Ano Novo Lunar | Ho Iat Seng comprome-se com firmeza na recuperação económica Salomé Fernandes - 17 Fev 2021 Numa mensagem de Ano Novo Lunar, o Chefe do Executivo garantiu que o Governo vai “trabalhar de mãos dadas” com os vários sectores da sociedade para “avançar nas adversidades”. “Vamos coordenar, com firmeza, as acções de prevenção e controlo da pandemia e as de recuperação económica e social, e envidar esforços na aceleração do desenvolvimento da diversificação adequada da economia”, disse Ho Iat Seng. O Chefe do Executivo prometeu também continuidade em “elevar a capacidade de governação pública e de prestação de serviços”, com acções centradas no bem-estar da população. Além disso, deixou uma mensagem de agradecimento aos trabalhadores da linha da frente no combate à epidemia. O líder da RAEM descreveu que “a sociedade de Macau tem enfrentado, unida e solidária, as dificuldades, e a conjuntura sócio-económica mantém-se estável, em geral”. Por outro lado, Ho Iat Seng destacou as políticas de integração de Macau no desenvolvimento do país e no sistema de governação nacional: o papel de plataforma da RAEM, a articulação com o Plano Quinquenal Nacional, a “dupla circulação” do país, bem como as estratégias “Uma Faixa, Uma Rota” e a Grande Baía. O Chefe do Executivo afirmou que a implementação “firme e inabalável” dos princípios “um País, dois sistemas” e “Macau governado pelas suas gentes”, a par de um “alto grau de autonomia, solidariedade e espírito empreendedor”, ajudam a “vencer todas as dificuldades e desafios”. Para o Ano do Búfalo deixou ainda votos de “prosperidade e fortalecimento” à Pátria, e de “estabilidade e tranquilidade” à RAEM.
Governo promete a Wong Kit Cheng combate à prostituição João Luz e Nunu Wu - 17 Fev 2021 No ano passado, as autoridades detiveram 29 indivíduos em 121 operações de combate à prostituição. Os números foram avançados em resposta a uma interpelação de Wong Kit Cheng, que lançou uma cruzada contra o fenómeno e aos panfletos pornográficos. A deputada pediu ainda a redefinição do conceito legal de pornografia “Na internet existem muitos websites e publicações com informações pornográficas, portanto, as autoridades devem seguir e recolher provas nestes websites e publicações, com vista a combater a prostituição em grupo e a evitar que os jovens acedam a essas informações através da internet. Já o fizeram?” A pergunta é de Wong Kit Cheng, numa interpelação em que apelou ao combate à prostituição e à distribuição de panfletos que denomina como pornográficos. A interpelação foi respondida pela chefe do gabinete do secretário para a Segurança, Cheong Ioc Ieng, que apontou que “desde o fim de 2018, a Polícia Judiciária faz inspecções online de combate ao recrutamento de menores para prostituição”. O responsável indica que foram descobertos três anúncios de venda de substâncias usadas para dopar vítimas de abuso sexual, e que também foram investigadas publicações nas redes sociais a oferecer serviços de prostituição. A chefe de gabinete revelou que em 2020 foram detidas 29 pessoas na sequência de 121 operações de combate à prostituição, durante as quais foram identificados 203 indivíduos. A resposta surge depois do apelo da deputada, que representa a Associação Geral das Mulheres de Macau na Assembleia Legislativa, no combate aos “problemas dos panfletos pornográficos e da prostituição nos bairros comunitários”. A imagem de Macau, enquanto cidade turística, a segurança dos bairros e o pensamento dos jovens podem estar em risco, no óptica de Wong Kit Cheng. “Muitos encarregados de educação dizem que não sabem o que explicar aos filhos quando recebem panfletos pornográficos nas ruas, além disso, o problema da prostituição nos bairros comunitários também constitui uma grande perturbação para os moradores”, referiu a deputada. O que é pornografia? Outra das demandas da legisladora é a redefinição do conceito legal de pornografia. “Só a descrição de actos sexuais ou a exposição dos órgãos genitais é considerada como pornografia, por isso, não se pode recorrer a esta lei para sancionar a distribuição de panfletos pornográficos”, argumentou Wong Kit Cheng, em relação à falta de cobertura legal para proibir os panfletos que anunciam serviços de prostituição. Cheong Ioc Ieng respondeu que tanto as alterações aos conceitos legais, como a reforma legislativa para punir penalmente a prostituição, carecem de consenso social, e que “as autoridades de segurança têm uma atitude de abertura” para as sugestões.
Myanmar | Comunidade católica associa-se aos protestos contra os militares Andreia Sofia Silva - 17 Fev 202117 Fev 2021 São católicos, muitos deles luso-descendentes, e nunca apoiaram um Governo liderado por militares. Desde o golpe de estado que levou à detenção de Aung San Suu Kyi que os membros da comunidade católica do Myanmar têm saído às ruas para lutar por uma verdadeira democracia. Ao HM, um fotógrafo, uma freira e um padre relatam o patrulhamento de várias cidades e os disparos perpetrados por soldados vestidos de polícias Quando, às cinco da manhã, o padre Dominican Koyin recebeu um telefonema a avisá-lo do golpe de estado perpetrado por militares, tudo pareceu desabar na sua cabeça. “Foi um momento completamente inesperado, o golpe militar e a detenção, a meio da noite [de Aung San Suu Kyi, conselheira de Estado, e Wu Myint, Presidente em exercício]. Ligaram-me e perguntaram ‘Padre, já viu as notícias no Facebook? Tentei ir à internet mas tinham cortado a ligação. Senti-me mal e não sabia o que fazer, parecia que algo tinha acabado”, contou ao HM. Dominican Koyin, a residir em Yangon desde 2019, para onde voltou desde que terminou os estudos em religião em Roma e Macau, sentiu-se, acima de tudo, roubado. “Senti como se tudo aquilo tivesse sido um roubo, como se algo nos tivesse sido tirado.” Este padre é uma das vozes da comunidade católica do Myanmar que tem aderido aos protestos dos últimos dias contra o golpe de estado levado a cabo por militares. Trata-se de uma comunidade que está no país desde o século XVI, cujos membros descendem, na sua grande maioria, de portugueses. Os católicos sempre se opuseram ao poder militar e agora lutam como nunca para o regresso dos líderes do partido Liga Nacional para a Democracia, vencedores das eleições de Novembro. Não foi só Dominican que se sentiu assustado com os acontecimentos do passado dia 1. “Foi chocante, numa primeira fase, porque o país estava pacífico, tranquilo. A 4 de Fevereiro um grupo de pessoas começou a fazer barulho contra os militares. Cresci com medo deles, eu e a minha geração. Então não começamos de imediato a ir para as ruas, mas fizemos uma coisa muito simples, bater nas panelas das cozinhas. Para nós esta é uma forma tradicional para afastar os maus espíritos. Mais tarde os estudantes e as gerações mais jovens vieram para as ruas e começaram as manifestações”, contou. O padre revela que há pressões sobre a comunidade, o que faz com que muitos bispos e outros líderes espirituais optem por protestar na qualidade de cidadãos do Myanmar e não como católicos. Mas os jovens têm um espírito diferente e preferem assumir a sua faceta religiosa. “Na verdade a pressão sempre existiu. A 1 de Fevereiro alguns militares visitaram os nossos jardineiros. Receberam-nos, porque tinham de o fazer, e provavelmente foram dados avisos. Os bispos não participam com a sua identidade católica mas como cidadãos. Mas os jovens acham que devemos participar como católicos, porque protestamos de uma forma pacífica. Os mais jovens têm diferentes opiniões e querem mostrar a sua identidade sem medo.” A união faz a força A freira Elizabeth Joseph é outro dos rostos que tem ido para as ruas protestar contra um Governo corrupto e em prol de melhores sistemas de educação e saúde. A irmã assegura que o país sob liderança da Liga Nacional para a Democracia estava a registar progressos a vários níveis. “Notamos uma melhoria nos sistemas de educação, saúde e no emprego. A cidade tornou-se mais limpa, os transportes, a electricidade, tudo melhorou, mas há mais coisas para fazer. Estamos a recuperar de um Governo muito mau e todas as pessoas no Myanmar querem mesmo que os líderes continuem no Governo para que tenhamos liberdade e um verdadeiro desenvolvimento. Essa é a razão pela qual estamos contra os militares”, disse ao HM. Elizabeth Joseph assegura que os militares fizeram vários “estragos” ao país e que a luta pacífica é o único caminho, associada ao movimento de desobediência civil que está a ser levado a cabo pelos funcionários públicos. “Vamos para as ruas, rezamos e os jovens participam de uma forma obediente e pacífica. Acreditamos que a união pode mudar as coisas. Não sei se faremos a diferença mas sentimos que esta é a forma que temos de expressar a nossa solidariedade. As pessoas estão a tentar ao máximo que o movimento de desobediência civil fique mais forte e acreditamos que esta é a melhor forma de travar o avanço dos militares, porque se ninguém for trabalhar eles vão ter dificuldades”, adiantou. Relatório enviado a Haia Por estes dias, Yangon e outras cidades do país, como Mandalay, a indefinição tem sido a palavra de ordem. À noite, no período compreendido entre as 20h e as 4h, vigora a lei marcial em que ninguém pode sair à rua. No entanto, nas redes sociais são partilhados vídeos de tanques militares a percorrerem as ruas. “À noite os militares apanham pessoas na rua. Com a lei marcial ninguém pode sair à rua, mas à noite os militares fazem o que querem”, frisou Dominican, que fala também da escalada de violência. “Em Yangon e em muitas cidades colocaram os seus soldados e tanques, é assustador. No entanto, até hoje, as pessoas continuam a protestar. Os militares vestem-se com fardas de polícias e atiram armas de borracha e não só. Uma mulher foi baleada e não estava sequer na linha da frente dos protestos, estava atrás de uma paragem de autocarro. A bala entrou-lhe na cabeça e agora tem cinco por cento de hipóteses de sobrevivência.” “Eles [militares] atiram contra as pessoas e mais de 60 pessoas foram baleadas ontem [domingo] em Mandalay há também disparos, nem sempre sabemos se com balas de borracha ou com balas verdadeiras”, descreveu ainda o padre. Prova disso é um relatório assinado pela Associação de Estudantes da Universidade de Medicina de Yangon, enviado ao Tribunal Internacional de Crimes de Guerra, em Haia, Holanda, no passado dia 11 de Fevereiro, onde são descritos vários episódios deste género. “Neste momento, as leis do Myanmar não conseguem proteger os manifestantes ou qualquer outra pessoa que se oponha ao regime militar uma vez que o sistema judicial caiu sob o controlo da junta militar. Esta é a razão pela qual recorremos ao Tribunal Internacional de Crimes de Guerra como a nossa última oportunidade de levar os nossos opressores armados à justiça”, lê-se no relatório divulgado nas redes sociais por membros da comunidade católica. O relatório exige ainda uma investigação independente aos actos das autoridades. Elizabeth Joseph defende que, em apenas 15 dias após o golpe de estado, já ocorreram actos de corrupção no Governo. “Só passaram duas semanas e eles já destruíram muitas coisas, tiraram dinheiro do país, estão a fazer coisas perigosas para o país. E nós, o povo do Myanmar, necessitamos que os nossos líderes fiquem em liberdade para que continuem o seu trabalho.” Um movimento digital Freddy Lynn é fotógrafo e é através da sua lente que tem sido retratada a presença dos católicos nas ruas contra os militares. “Não devemos ignorar os nossos direitos e a justiça para as futuras gerações”, defendeu. “Por isso é que temos de expressar as nossas ideias, pois ficarmos em silêncio não está de acordo com a vontade de Deus.” Freddy, que também se encontra em Yangon, fala do importante papel das redes sociais e de como é fácil juntar as pessoas depois de vários anos de descontentamento. “A maior parte das pessoas do Myanmar, e da comunidade católica, sabe o que se passa e não precisamos de dizer muitas palavras, porque já sabemos o pior lado de uma ditadura militar. Não precisamos de falar muito para que as pessoas adiram ao movimento. A maior parte das pessoas protestam de forma pacífica, apenas caminhando nas ruas.” Nenhum dos amigos de Freddy Lynn foi, até agora, baleado. “Não temos medo de ir para as ruas e a nossa geração está a protestar de forma diferente, já não tem nada a ver com a revolução de 1988. Temos uma estratégia diferente, através das redes digitais. Há um movimento digital a acontecer, muitas pessoas podem não compreendê-lo, mas têm de aceitar. Protestamos em lugares específicos, como embaixadas ou os escritórios das Nações Unidas.” Como há este movimento digital os militares estão a impor restrições, como o corte da internet e a proposta de uma nova lei da cibersegurança, que levou várias câmaras de comércio com presença no país a assinarem um comunicado conjunto onde se expressa a “profunda preocupação colectiva” sobre a referida proposta. Ontem os militares restauraram a ligação à internet depois de um corte de oito horas. Também foi decretado o alargamento da prisão de Aung San Suu Kyi por mais dois dias. Questionado sobre a resposta da comunidade internacional, Dominican Koyin pede uma maior intervenção. “Isso também aconteceu em 1988. As pessoas não estão satisfeitas com as Nações Unidas e com a comunidade internacional porque pensam que vai acontecer o mesmo que antes, ou seja, que nada seja feito. As sanções não funcionam e na verdade não afectam os militares mas sim o povo.” Para Freddy Lynn, é difícil falar do futuro ou daquilo que poderá acontecer nas próximas semanas, mas a palavra de ordem é para continuar a lutar. “As pessoas só querem um governo democraticamente eleito. Elegemos a nossa presidente e o nosso governo representativo, por isso rejeitamos a junta militar. Mas é difícil falar da nossa situação, mas acredito que vamos vencer. Devemos lutar pela nossa democracia porque isto é para as próximas gerações”, rematou. Esta terça-feira a Junta Militar fez uma nova promessa de eleições. “O nosso objectivo é organizar eleições e dar poder ao partido vencedor”, disse o general Zaw Min Tun, porta-voz da Junra, citado pela Reuters. Esta foi a primeira conferência de imprensa promovida pelos militares desde o golpe de estado. Não foi adiantada nenhuma data para as eleições, tendo sido imposto o estado de emergência no país pelo período de um ano. Zaw Min Tun assegurou que a Junta Militar não irá ocupar o poder por muito tempo. “Garantimos… que a eleição vai acontecer”. Quanto à detenção de Aung San Suu Kyi, Prémio Nobel da Paz, o general optou por dizer que Aung San Suu Kyi e outros líderes do seu partido não estão presos, mas sim nas suas casas em segurança enquanto a lei toma o seu rumo. “Mantemos Aung San Suu Kyi e Win Myint num local mais seguro para a sua própria segurança. Estão de boa saúde. Não é como se tivessem sido presos. Estão em casa”, em regime de prisão domiciliar na capital administrativa do país, Naypyidaw, acrescentou. Aung San Suu Kyi, que desempenha funções de conselheira de Estado [semelhantes à posição de primeira-ministra] é acusada de importar de forma ilegal de seis walkie-talkies e vai ficar detida até esta quarta-feira. Ontem o seu advogado de defesa confirmou que a polícia fez uma segunda acusação, de violação da lei de gestão de desastres naturais. Win Mynt foi acusado de violar as as medidas de distanciamento social impostas na sequência da pandemia de covid-19 ao organizar um acto de campanha eleitoral com mais de 30 pessoas. Na conferência de imprensa, Zaw Min Tun assegurou também que a política externa do Myanmar não sofrerá consequências apesar da situação política interna, tendo frisado que o país continua aberto às parcerias comerciais e que os acordos podem ser selados. Segundo os últimos dados recolhidos pela Associação para a Assistência de Presos Políticos (AAPP), as novas autoridades de Myanmar já prenderam 426 pessoas desde o levantamento militar, tendo libertado apenas 35. A difícil obtenção de cidadania Apesar de esta ser uma comunidade que está presente no país desde o século XVI, a verdade é que é difícil aos católicos a obtenção da cidadania do Myanmar. Dominican Koyin só fez o pedido aos 18 anos e levou dois anos para conseguir os seus documentos. “Os nossos antepassados são portugueses, e por isso é que tivemos de lutar para ter a nossa cidadania no Myanmar. No meu caso foi muito difícil obter a cidadania e muitos nunca conseguem. No período dos militares ninguém podia arranjar problemas, então quem estava nas aldeias morria nas aldeias.” Esta luta pela cidadania faz o padre sentir empatia e compreensão pela situação do grupo étnico Rohingya, perseguido pelas autoridades. Para ele, Aung San Suu Kyi sempre quis assegurar a harmonia entre comunidades. “Entendo a luta dos Rohingya mas a situação é diferente. Nós não somos perseguidos e já estamos no país desde o século XVI. Somos birmanesas há muitas gerações. Os Rohingya chegaram depois de nós.”
FDIC | Centro de Produtividade e Tecnologia lidera concessão de subsídios Andreia Sofia Silva - 11 Fev 2021 O Centro de Produtividade e Transferência de Tecnologia de Macau (CPTTM) foi a entidade que mais dinheiro recebeu do Fundo de Desenvolvimento Industrial e de Comercialização (FDIC) no quarto trimestre do ano passado, num valor aproximado de 35 milhões de patacas. Um total de 26,2 milhões de patacas foram atribuídas a título de “concessão de apoio financeiro”, segundo o despacho publicado ontem em Boletim Oficial (BO). O FDIC atribuiu ainda 4,3 milhões de patacas para custear o plano de “serviços de envio de produtos ao exterior para testes e análises”, além de terem sido concedidas quase 300 mil patacas para custear os planos de apoio às Pequenas e Médias Empresas (PME) geridos pelo CPTTM. Foram também atribuídas 1,5 milhões de patacas para o “Plano de Melhoramento da Competitividade Sectorial Global – Projecto de Formação de Recursos Humanos”.
MP | Traficantes de droga em garrafas de vinho em prisão preventiva Hoje Macau - 11 Fev 2021 Dois arguidos, indiciados do crime de tráfico ilícito de estupefacientes e de substâncias psicotrópicas, vão ficar em prisão preventiva, depois de serem presentes a Juiz de Instrução Criminal, na sequência do primeiro interrogatório judicial. O caso envolve dois homens, detidos pela Polícia Judiciária, depois de terem tentado levantar encomendas que continham quase 7 litros e meio de cocaína líquida, divididos por oito garrafas, do que aparentava ser vinho tinto. De acordo com informação veiculada pela polícia, as encomendas foram remetidas da América do Sul e Europa. A cocaína chegou a Macau, via Hong Kong, através uma empresa de correio rápido, e tem valor preliminarmente estimado em 23 milhões de patacas. Se forem condenados, os arguidos arriscam penas de prisão entre 5 e 15 anos, com eventuais agravações caso se verificarem circunstâncias agravantes legalmente previstas.
PSP | Vietnamitas identificados por agressão no mês passado Hoje Macau - 11 Fev 2021 A Polícia de Segurança Pública identificou oito vietnamitas suspeitos de estarem envolvidos num caso de agressão, na Rua Um do Bairro Iao Hon em Janeiro. Entre os suspeitos, com idades compreendidas entre 25 a 34 anos, quatro são trabalhadores não residentes, e os restantes têm notificações de reapresentação e aguardam repatriação devido à ofensa e tráfico de droga. A sessão de pancadaria ocorreu a 21 de Janeiro, na Rua Um do Bairro Iao Hon, ocorrência que fez com que as autoridades acorressem ao local, onde descobriram armas, uma faca com 79 centímetros. A violência entre dois grupos foi admitida por alguns dos suspeitos. Após a verificação da videovigilância, as autoridades identificaram sete pessoas suspeitas do crime de detenção de armas proibidas. Além disso, no apartamento de um dos suspeitos foram encontradas drogas, que viria também a ser acusado de consumo de estupefaciente.
Aeroporto | Extensão do terminal na zona sul deve ficar concluída este ano Hoje Macau - 11 Fev 2021 As obras da extensão do terminal de passageiros do Aeroporto Internacional de Macau (AIM), na zona sul, deverão estar concluídas no quarto trimestre deste ano, uma vez que as obras da estrutura principal ficaram concluídas esta segunda-feira, aponta um comunicado. O AIM acrescenta ainda que 40 por cento das obras de todo o projecto já estão concluídas. “Assim que o projecto estiver concluído no quarto trimestre de 2021, a capacidade anual de transporte de passageiros do AIM irá aumentar significativamente de 7,8 milhões para 10 milhões”, pode ler-se.
BNU com quebra de lucros na ordem dos 41 por cento Hoje Macau - 11 Fev 2021 O Banco Nacional Ultramarino (BNU) em Macau registou em 2020 lucros de 420,3 milhões de patacas, de acordo com o balancete publicado no Boletim Oficial. Em comparação com 2019, quando contabilizou 721,9 milhões de patacas, o BNU registou uma perda de 41,7 por cento. O BNU, do Grupo Caixa Geral de Depósitos é, juntamente com o Banco da China, banco emissor de moeda na RAEM. Além de Macau, o BNU está também presente em Xangai e em Hengquin, Zhuhai.
Créditos por pagar das PME aumentam Hoje Macau - 11 Fev 2021 As dívidas de empréstimos não pagas pelas Pequenas e Médias Empresas (PME) cresceram 113 por cento entre a primeira e a segunda metade do ano passado. Segundo os dados oficiais publicados ontem pela Autoridade Monetária de Macau (AMCM), na segunda metade do ano o montante dos empréstimos por pagar pelas PME era de 486,5 milhões de patacas, quando nos seis meses anteriores se tinha limitado a 228,3 milhões. Em ano de pandemia, e ao mesmo tempo que cresce o montante dos empréstimos não pagos, houve uma redução no montante dos empréstimos as que as PME recorreram. Na primeira metade do ano, tinham sido aprovados créditos para estas empresas no valor de 15,3 mil milhões de patacas. Contudo, a partir de Julho o montante foi cortado para praticamente metade, o equivalente a 8,2 mil milhões de patacas, o que significa um corte de 46,5 por cento. Na nota da AMCM sobre os resultados é indicado que o “novo crédito aprovado às PME no segundo semestre de 2020 recuou”, mas que, por outro lado, “o valor utilizado do total dos empréstimos concedidos […] registaram um acréscimo”. Os sectores que mais cortaram nos pedidos de empréstimos foram os “restaurantes, hotéis e similares”, com uma diminuição de 5,8 por cento, os “transporte, armazéns e comunicações”, com redução de 4,4 por cento, e finalmente o “comércio por grosso e retalho”, onde a mudança foi de 2,9 por cento. Os sectores da “tecnologia de informação” e “construção e obras públicas” registaram uma tendência oposta à maioria do mercado e aumentaram os empréstimos em 7,9 por cento e 2,9 por cento, respectivamente. Sobre as alterações nos diferentes sectores, a AMCM considerou que “os empréstimos às PME para as principais indústrias permaneceram estáveis”.
Vacinas covid-19 | Fidelidade orgulha-se de contrato com o Governo Hoje Macau - 11 Fev 2021 A seguradora Fidelidade Macau diz estar honrada por ter sido escolhida pelo Governo para o seguro relativo às reacções adversas ou efeitos secundários de administração de vacinas contra a COVID-19. A posição foi tomada ontem por Paulo Barbosa, CEO da Fidelidade Macau, em comunicado. “A protecção de vidas e o bem-estar das pessoas sempre foram as nossas principais competências, salvaguardando a estabilidade da sociedade de Macau. Esta oportunidade de fornecer esta cobertura à população de Macau enche-nos de honra, mas também de um maior sentido de responsabilidade e compromisso para com todos os cidadãos nestes tempos de mudança”, afirmou Paulo Barbosa. De acordo com os moldes do contrato entre o Governo e a empresa, o montante máximo segurado por pessoa abaixo dos 70 anos é de um milhão de patacas. Para as pessoas com mais de 70 anos, o montante é reduzido em 50 por cento. O período de cobertura será de 90 dias após cada vacinação.
Jogo | MGM China com perdas de 1,37 mil milhões de dólares de HK em 2020 Hoje Macau - 11 Fev 2021 A MGM China, que opera dois casinos em Macau, apresentou perdas de 1,37 mil milhões de dólares de Hong Kong em 2020, devido ao impacto da causado pela pandemia. Em 2019, a MGM China tinha registado 6,18 mil milhões de dólares de Hong Kong de EBITDA ajustado positivo (resultados antes de impostos, juros, depreciações e amortizações). Contudo, o impacto da pandemia e as medidas para travar a covid-19 na capital mundial do jogo fizeram com que os casinos registassem perdas históricas. Na mesma nota, o MGM China apresentou ainda receitas de 5,09 mil milhões de dólares de Hong Kong em 2020, quando no ano anterior tinha apresentado cerca de quatro vezes mais: 22,76 mil milhões de dólares de Hong Kong. Este valor representa uma quebra de 77%. Com a imposição de restrições fronteiriças e com a suspensão dos vistos turísticos da China (o maior mercado turístico de jogo para Macau), cuja emissão foi retomada no final de setembro, os casinos de Macau sofreram perdas sem precedentes, ainda que a partir de outubro tenham registado uma tímida recuperação, em receitas e nas operações. Desta forma, nos últimos três meses de 2020, a operadora registou um melhor desempenho. No último trimestre de 2020, o grupo apresentou EBITDA ajustado positivo de 367 milhões de dólares de Hong Kong, ainda assim uma diminuição de 58% em relação ao período homólogo de 2019. Os casinos de Macau terminaram 2020 com receitas de 60,4 mil milhões de patacas, uma quebra de 79,3% em relação a 2019, ano em que a região administrativa especial chinesa recebeu quase 40 milhões de turistas.
Japão anuncia pior registo diário de mortes por covid-19 Hoje Macau - 11 Fev 2021 O Japão anunciou hoje que registou o pior número de mortes num só dia, ao contabilizar 121 óbitos por covid-19 nas últimas 24 horas. O número adiantado pelo Ministério da Saúde japonês aumentou o total de mortos no país para 6.678 desde o início da pandemia. O Japão ainda não iniciou a vacinação contra o novo coronavírus. As vacinas para o pessoal médico estão previstas para este mês. A área metropolitana de Tóquio está sob estado de emergência, com as autoridades a pedirem aos residentes para ficarem em casa e os restaurantes a fecharem durante a noite. Embora os casos tenham permanecido relativamente baixos no Japão no ano passado, em comparação com os Estados Unidos e a Europa, as infeções têm vindo a aumentar recentemente, no momento em que crescem os pedidos para serem cancelados os Jogos Olímpicos de Tóquio, programados para começarem em julho. A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.341.496 mortos no mundo, resultantes de mais de 106,8 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Nada está perdido Gonçalo Waddington - 11 Fev 202117 Fev 2021 PRIMEIRO ACTO CENA 1 Uma pequena sala escura com paredes empedradas e chão de madeira escura. Ao fundo, dois toros robustos ardem na lareira. Encostado à lareira, um fogão de ferro envelhecido com uma cafeteira ainda a fumegar; do lado oposto, um balcão de madeira com um lava-loiça de pedra onde alguns pratos jazem amontoados. À direita de cena, uma janela com as portadas abertas para uma noite escura. Nem árvores, nem estrelas. Encostada à janela, uma pequena mesa com uma máquina de escrever, algumas garrafas de vinho e um pequeno candeeiro a petróleo. Na esquerda alta, a porta da casa e o bengaleiro, de onde pendem dois casacos de neve e alguns cachecóis. Há alguns quadros pendurados nas paredes: algumas naturezas-mortas, um oficial exibindo as suas condecorações e uma aberração de circo, sem braços e sem pernas, equilibrando uma bola na ponta do seu grande nariz. Ao fundo, na direita alta, uma porta para quem se quiser aventurar para outras divisões. Há livros e jornais espalhados pelo chão da pequena divisão. Gonçalo está sentado numa cadeira de madeira, ensimesmado, de costas para o fogo. Por cima dele, um lustre dourado e envelhecido com algumas velas acesas. Ao seu lado, estão três garrafas de vinho vazias, pousadas no chão. Valério está ao pé da mesa, abrindo outra garrafa com um saca- rolhas. As labaredas recortam as suas sombras intermitentes nas paredes. Gonçalo É mais como se fosse um sopro, agudo… mas às centenas. O calor que me rodeia é insuportável. [pausa] E estou sozinho… Valério Sozinho? Gonçalo Sim. [pausa] Quando penso nisso… é o que me parece, sim. Que estou sozinho. Só eu e o inimigo… não há ninguém do meu lado. Ou melhor, ninguém a meu lado… porque mesmo que haja, seja quem for… ninguém me poderá valer nessa altura… é cada um por si, cada um consigo próprio e o inimigo, que é comum a todos. Valério E o calor, vem de onde? Gonçalo Dos fogos… dos rebentamentos. A floresta arde, os morteiros continuam a silvar… Valério Ah, é numa floresta! Gonçalo [surpreso] Sim. 1 of 3 Valério Não tinhas referido. Gonçalo Hmmm… o sol está quase a pôr-se. Valério Ajuda a elevação. Gonçalo Sim. Valério pousa o saca-rolhas na mesa e cheira o vinho pelo gargalo. Enche o seu copo e prova o vinho. Depois, vem sentar-se num velho cadeirão, ao lado de Gonçalo. Este bebe o resto que tem no copo e Valério enche-o com o novo néctar. Valério Os morteiros continuam a silvar… Gonçalo Sim. Valério E…? Gonçalo Eu encolho-me… no meio de uns arbustos. Tapo os ouvidos… [pausa] A mistura dos cheiros, o sangue queimado e o metal a ferver…[pausa] é… Valério Nauseabundo? Gonçalo Não… não diria tanto. É… [pausa] perturbador. Valério Hmmm… Gonçalo E é precisamente nessa diferença que está a questão. [pausa] Se fosse nauseabundo, eu continuaria vergado, a vomitar o medo… mas o cheiro do metal ardente… [pausa]… impele-me… Valério A olhar para cima? Gonçalo Sim. [pausa] E é nesse momento que acontece… o relâmpago interior, fugaz… Valério O êxtase? 2 of 3 Gonçalo O êxtase, sim. Os sentidos… o conflito dos cheiros, as balas que me sopram ao ouvido, os silvos dos morteiros… uma sobra gigante cobre-me… olho… e lá em cima, no céu alaranjado… um bombardeiro desaparece no meio das nuvens depois de largar a carga mortal… e algures entre o sol e as nuvens há uma… [sorri]… uma presença, uma paz… [pausa] Encho-me de felicidade… e nunca estive tão desprotegido como estou ali, naquele momento. E sou invencível. Os dois amigos ficam em silêncio durante algum tempo, repisando aquele episódio nas suas cabeças e beberricando o vinho. Valério Isso parece um sonho molhado de um neo-nazi! Os dois desatam a rir, Valério entorna o seu vinho. Gonçalo Du bist… du bist… du bist ein schwein! Valério Nein, nein, nein… ich bin ein untermenschen! Gonçalo Nein, nein, nein! Mein Gott… du bist ein arschloch! Valério limpa o vinho que caiu em cima de alguns livros, passando a manga da camisola sobre eles, enquanto espreita os títulos. Depois da limpeza, dá-se conta da quantidade de livros espalhados pela pequena divisão. Valério Tens livros suficientes para ficares sozinho e nunca te sentires sozinho… [pausa] Isso é perigoso! Gonçalo Hmmm… Valério serve-se de vinho, repara que Gonçalo ainda tem o copo a meio e mesmo assim enche-o até quase transbordar. Gonçalo Falei-te do primeiro conto que escrevi? E que foi recusado por uma revista? Valério Ainda havia revistas a publicar contos e foste recusado? Fala-me disso! Gonçalo Primeiro vou mijar. Ele não se levanta. Valério acende um cigarro e dá duas longas baforadas. Oferece o maço a Gonçalo. Este tira um cigarro e acende-o, dando uma longa baforada. Os dois em silêncio, recordistas em apneia de fumo.
Covid-19 | OMS começa a deixar a China sem resultados conclusivos Hoje Macau - 11 Fev 202111 Fev 2021 Especialistas da missão da Organização Mundial da Saúde (OMS) encarregados de investigar as origens do novo coronavírus começaram ontem a deixar a China, país que consideram o “início do caminho” para desvendar a origem da covid-19. “A equipa está a trabalhar até sair [da China]. Este é apenas o início do caminho, com muito trabalho a ser feito, seguindo as pistas dos nossos colegas chineses”, afirmou ontem o britânico Peter Daszak, membro da missão, na rede social Twitter. “Muito orgulhoso das nossas conquistas e realista sobre o percurso que nos espera”, acrescentou. Também Marion Koopmans, virologista holandesa, declarou-se “exausta”, mas comemorou a missão de 27 dias em Wuhan, a cidade chinesa onde foram diagnosticados os primeiros casos de covid-19. “Estou realmente ansiosa para dar os próximos passos”, escreveu no Twitter. A epidemiologista dinamarquesa Thea K. Fischer, que considerou na mesma rede social que a missão foi uma “experiência única”, apontou duas teorias preliminares sobre as origens do vírus: através de um animal que serviu de hospedeiro intermediário para humanos ou através de algum alimento congelado. Esta segunda teoria tem sido defendida pela China repetidamente, nos últimos meses, após a detecção de vestígios do vírus em alguns produtos congelados importados pelo país asiático. A investigação é extremamente sensível para o regime, cujos órgãos oficiais têm promovido teorias que apontam que o vírus teve origem em outros países. A administração do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump acusou o Instituto de Virologia de Wuhan de ter deixado o vírus escapar, voluntariamente ou não. Peter Daszak admitiu que a equipa teve de realizar as suas investigações num ambiente de pressão política. O chefe da missão, o especialista em zoonose dinamarquês Peter Ben Embarek, descartou na que o vírus tenha tido origem num laboratório, e considerou a possibilidade de que tenha chegado à China por meio de produtos congelados. “Tudo continua a apontar para um reservatório deste vírus, ou um vírus semelhante, nas populações de morcegos”, seja na China, em outros países asiáticos ou mesmo em outros lugares, defendeu. O especialista disse que rastrear o percurso do vírus ainda é um “trabalho em andamento”.
O vírus olímpico João Romão - 11 Fev 2021 Primeiro por manifesta influência familiar e depois por opção, a prática desportiva foi desde cedo importante na minha existência, apesar das minhas limitadas habilidades. A ginástica ocupou grande parte da minha infância e depois passei a desportos colectivos e com bola, tendo aderido à grande família do andebol português, onde permaneci por uns 10 anos, só depois de ter comprovado a minha manifesta incompetência para a prática do desporto-rei. Passei para o pavilhão em vez dos ar livre e a usar as mãos em vez dos pés, mas na realidade o jogo até era semelhante. Eram tempos em que acompanhava com regularidade os Jogos Olímpicos, na altura relativamente fáceis de entender: que modalidades se praticavam ou não, que atletas podiam ou não participar, enfim, até a Guerra Fria que se jogava naqueles dias – e os inerentes boicotes políticos aos Jogos – eram coisas inteligíveis, mesmo para crianças ou adolescentes que seguissem o assunto com algum interesse e dedicação. Não viria a ser assim depois: hoje estou muito longe de perceber o que se passa nos Jogos Olímpicos, porque são aquelas as modalidades praticadas, porque estão outras de fora, que critérios estão definidos para a participação de atletas, agora que a divisão entre “amadores” e “profissionais” é tão dificilmente aplicável, porque há critérios diferentes segundo a modalidade, enfim, toda uma série de questões regulamentares que certamente condicionam a competição e os resultados mas que deixaram de ser facilmente inteligíveis, requerem um certo estudo para mim incompatível com a simplicidade das regras que historicamente tornaram globalmente tão populares tantos jogos desportivos. Deixei-me de Olimpíadas, portanto, e passei a seguir campeonatos nacionais e mundiais, competições simples e de regras claras que ainda consigo acompanhar com a minha limitada disponibilidade para o estudo de normas regulamentares que não me dizem directamente respeito. De resto, o romântico, generoso e inteligente princípio de que o que importa é participar há muito tinha sido erradicado do desporto em geral e do Olimpismo em particular. Foi no Japão que me reconciliei com os Jogos. Foi logo na primeira visita ao país, quatro meses no Verão de 2012. Com a diferença dos fusos horários, as competições em Londres podiam ser vistas em directo na noite japonesa e quase todos os cafés, bares ou restaurantes que tivessem televisão davam grande importância ao assunto. Não deixava de haver alguma motivação nacionalista a determinar o interesse nas modalidades que se acompanhavam, mas estava o Japão representado em tantas modalidades, com homens e mulheres, que era grande a diversidade de opções. Mesmo com as insuficiências e barreiras comunicacionais inerentes à língua, não foi difícil perceber o genuíno entusiasmo e apoio popular às equipas e atletas e também – muito mais importante – a aceitação generosa da possibilidade de derrota, quando muito manifesta num certo desinteresse pelo resto da prova depois da eliminação da participação japonesa, mas em nenhuma circunstância orientada para manifestações de ódio, xenofobia ou violência verbal contra adversários e equipas de arbitragem que vão caracterizando – aparentemente cada vez mais – as competições desportivas. Quando se jogaram os Jogos de 2016 já eu estava no Japão mais regularmente e voltei a acompanhar os Jogos, desta vez no continente americano e com horários mais difíceis, com muitas provas a disputar-se na minha manhã. Seriam Jogos de grande impacto político no Brasil, que queria transformar o relativo sucesso económico e social dos anos anteriores numa projecção internacional sem precedentes, a que estas competições globais aparecem hoje inevitavelmente associadas: foi também o Mundial de futebol de 2014, ambos vividos já no contexto dos impactos implacáveis da crise económica global que se seguiu à crise financeira de 2008. Com maior ou menos demagogia ou manipulação mediática, em vez de projecção internacional estes eventos contribuíram para intensificar a revolta e a oposição popular a um governo em dificuldades para lidar com o regresso da crise social e históricos problemas de corrupção. Os Jogo, enquanto super-evento mediático, contribuiriam então para o declínio da popularidade dão PT e a emergência deste novo poder que ainda vigora. Em 2020 teria oportunidade de acompanhar pela terceira vez os Jogos Olímpicos em território japonês, com a particularidade de ser Tóquio a cidade escolhida para os organizar, essa fabulosa metrópole com 37 milhões de pessoas em intenso movimento. Como é norma actual, também aqui os Jogos se assumiram como uma gigantesca intervenção de renovação urbana e promoção internacional, com investimentos de visível impacto ainda muito longe de se começar a competir. Os principais estádios e os edifícios da aldeia olímpica estavam prontos ainda no final de 2019, mais um significativo desenvolvimento na baía de Tóquio, um oásis de tranquilidade, amplas avenidas, espaços verdes e transportes com pouca gente, numa cidade intensa em que o normal é o contrário: multidões aceleradas em espaços relativamente exíguos, transportes cheios e infra-estruturas urbanas pesadas. As estações de comboios e transportes metropolitanos foram objecto de renovação profunda, passando a ter informação digital e multilíngue a facilitar a vida a pessoas como eu, e novas torres de escritórios, hotéis e centros comerciais, que por aqui as grandes estações são, na realidade, pequenas cidades – ou não tão pequenas, já que as maiores (como Shinjuku ou Shibuya) movimentam mais de 3 milhões de pessoas por dia. Foi com alguma supresa que assisti a esta gigantesca renovação. É verdade que se trata da maior área metropolitana do mundo, mas também é verdade que é das únicas em que a população está a decrescer, apesar do contexto global em que as pessoas continuam a concentrar-se cada vez mais nas grandes cidades. Esta excepção de Tóquio tem a ver com o envelhecimento populacional que caracteriza o Japão há várias décadas mas nem assim constituiu impedimento para que se investisse tanto em novos edifícios e infra-estruturas para diferentes tipos de uso, aproveitando-se, naturalmente, para melhorar os aspectos da ecologia urbana, dos modes de transporte e da ocupação dos espaços públicos. Como visitante, só posso agradecer. Em todo o caso, com ou sem realização dos Jogos este ano, o impacto desta operação parece inevitavelmente longe das intenções: todas as intervenções urbanas associadas a este evento – e também à Expo-2025, em Osaka – estão fortemente orientadas para a promoção internacional do país, não só do ponto de vista turístico, mas também do ponto de vista da localização de empresas e atração de população estrangeira jovem e qualificada, um papel que o Japão já teve mas no qual foi perdendo protagonismo em relação a Singapura, Hong Kong ou mesmo Seul, actualmente o mais importante ponto de ligação para os transportes aéreos entre a Ásia e o resto do mundo. Além do evidente impacto do covid-19, que na melhor das hipóteses permitirá a realização de umas mini-olimpíadas em 2021, o contexto actual parece ser de de-globalização, não só turística mas da generalidade da economia. Não parece ser o tempo dos grandes eventos de promoção internacional. Também não parece bom tempo para Jogos Olímpicos, agora ou num futuro próximo.
Restaurante Harmonia Carlos Morais José - 11 Fev 2021 (por ocasião do Ano Novo Lunar) Enquanto em Portugal se desenrolam vários dramas, por Macau caminha-se com pachorra p’ró Ano Novo Lunar. De nenúfar em nenúfar, no pequeno país teme-se pela pancada; no pequeno enclave é que não se teme nada: tudo aqui é passível de uma marcha regular, sem tragédias, nem lamentos: isto é bom de governar. Com a bênção lá do Céu e as riquezas da Terra, aqui não medram tormentos. Nesta nova utopia, à sombra da grande árvore da pataca, regurgitamos e rimos: não sabemos, não vemos e não ouvimos. Mas, por enquanto, comemos. Eis o menu: Primeiro prato: o leitão. Ornado de luzes com um alegre piscar. Iguaria para os olhos, jovens de uniforme rosa não param de desfilar. Seguram sobre as cabeças o bicho sacrificado, a cada um distribuem elegantes um bocado. Depois, é sublime o momento em que os dentes se cravam na crocante pele enquanto, em simultâneo perfeito, afluem às narinas odores de um aipo santo. Uma respiga de picante vermelho conclui o incidente. Segundo prato: Garoupa ao vapor. Lascas que se elevam brancas, oferecidas, em cama de ervas claras, de coentros da ribeira, da escura soja a pontilhar. Delírio de suavidade no palato, inflamado pela sombra de gengibre. Rodou o peixe e, quando aqui chegou, restava uma ternura de óleo sobre o arroz alvíssimo. Cheirava a fresco, que delícia… Terceiro prato: Galinha assada. Apresente-se a condenada! Tostadinha, crepitante, de cabeça ainda agarrada. Reparta-se agora a ave p’los ilustres comensais: para ali, o peito gordo, a perna, o ovo; as peles para os demais. Não gostais? Mas a pele é nutritiva, tem gordura e bom sabor. Há quem diga que é mesmo a melhor parte, ainda que a rejeite quem parte. Quarto prato: Sopa de tubarão. Que delícia de odor se evola daquela panela, onde ossos e barbatanas partilham da mesma cama, do calor, da cozedura. É cálido o caldo fino, desliza pela colher e sinaliza a fartura. Aí vem a minha vez, levo ao lábios a loucura. E, quando, com prudência, engulo a carne do frango, ainda creio na língua fiapos de tubarão, que certamente nadou numa outra direcção. Quinto prato: Camarões à Sichuão. Polvilhados de picante, do que faz adormecer, são camarões singulares que fartamente se dão a todos os populares. Fazem beber, é certo, mas a vida não se faz a metro: é à unidade e camarões de Sichuão para todos são, não queremos excepção. Afinal, há que dar comida ao povo e o picante dormente é um achado brilhante. Saia mais uma travessa para aquela mesa do canto até que barriga cante. Sexto prato: Bacalhau à brava. Adaptação local do lusitano à Brás. Igual na confusão, na mistura e na falta de rigor, da caótica acepção do ovo com a batata, da cebola que todo o prato engraça, da salsa com a chalaça. À origem, acrescente-se-lhe o “vale tudo”, condimento a ser usado com toda a impunidade, sem pejo e sem poejo. Mexa-se bem, evite-se o sal, pimenta ainda vale, mas deixe de fora o mistério, público ou privado: um prato para comer como se fosse a sério. Sétimo prato: Arroz frito, massa e sobremesa. Para quem ainda tiver fome, eis o truque definitivo, a tranca da refeição. Que ninguém diga: ai que fome, meu Senhor! Aqui tem, senhor doutor, o complemento da casa: arroz ali de Cantão, massa e doce de feijão. É comer até fartar. De barriga bem fornida, são suaves os desgostos desta e da outra vida. Tendes queixas da comida? Não digais que estava má. Deve ser da digestão. Recomendamos um chá… Convém uma explicação. A refeição apresentada foge ao tradicional banquete de catorze pratos. A razão é a contenção necessária em época de crise internacional, para não despertar escusadas invejas em vizinhos e parentes. Por aqui tudo desliza, com vigor e alegria, à medida do menu do Restaurante Harmonia. Kung Hei Fat Chói!
Um pioneiro chamado Blanchot Luís Carmelo - 11 Fev 202111 Fev 2021 A ideia de fim – ou mesmo de fim último – fez uma alegre caminhada ao longo de milénios. Fosse nos “Livros” que se pretendiam revelatórios, fosse nos mais diversos domínios agnósticos. Na cultura contemporânea (divirto-me quando a intitulo por “mundo-pós-pós”), esse modelo linear, que liga as visões de uma origem única ao seu termo, parece hoje, no mínimo, encoberta por uma névoa bastante espessa. Em primeiro lugar, porque a rede inventou um novo modo de ‘morrer e nascer ao mesmo tempo’, como se com isso tivéssemos fundido a metempsicose platónica às redenções do Ganges com um tipo de instantaneidade que hoje brilha de modo natural no instinto das nossas crianças. Em segundo lugar, porque a febre da actualização (o deslumbre do ‘refresh on-off’) já se tornou numa aprendizagem que nos diz que um corpo só é de facto um corpo, se estiver sempre conectado com a rede. Esta reinvenção da vida que se baseia no ‘update’ permanente afasta-nos das tradições melancólicas, pois passamos o tempo a nadar nas vagas do presente como se nada mais existisse. A tradição da melancolia sempre se associou a um tipo de “História” – ou a um conjunto de narrativas –, cujo significado irradiava do passado por razões míticas, canónicas ou de domesticação moderna do tempo. Contudo, nas últimas décadas, esse tipo de narrativas estáticas – que me educaram na escola e fora dela – foram perdendo as suas estruturas subjacentes, os seus centros e a sua territorialidade imperial. A supremacia do ‘Agora’ passou a governar todas as novas melancolias, convertendo-as numa doce ansiedade que apenas se conforma ao teclar ou ao deslizar com o dedo sobre os ecrãs. Já não existe hoje a melancolia que se estruturava em objectos fixos (na Carta medieval do Pseudo-Hipócrates, a bílis era ainda o humor da melancolia), tendo esta dado origem a uma outra que se dilui na exaltação das interacções e na acelerada ‘desreferenciação’ da vida e do quotidiano. Quando penso neste tipo de efeitos que decorrem da nossa ininterrupta ligação à rede, ocorre-me quase sempre Maurice Blanchot, no momento em que, possuído por uma espécie de desespero apocalíptico, se pôs a imaginar o último escritor sobre a terra (o autor referia-se ao escritor, enquanto figura pós-romântica que encarnaria um deus a passear-se para sempre nas arenas do espaço público). Quase no final de Le livre à venir (Gallimard, 1959), Blanchot colocou em cena a morte do último escritor e questionou, alarmado: o que resultaria de um tal facto? A resposta, umas linhas à frente, era clara: “Apparemment un grand silence”. É uma daquelas frases de que me lembro muitas vezes. A reflexão de Blanchot é logo a seguir invadida por um vaticínio dramático, já que, com a morte do último escritor, apareceria “um novo ruído” com a função de nos anunciar ‘a era da não palavra’ (“l´ère sans parole”). Este novo ruído passaria a ouvir-se para sempre, transformando-se num vazio que fala (“un vide qui parle”). Um vazio insistente, indiferente, sem segredos, capaz de isolar os homens; capaz mesmo de separá-los de si mesmos e de os conduzir a labirintos ínvios e sem fim. Este “terrível” ruído, espécie de recriação da música com apelo disfórico, teria uma natureza estranha (“l´etrangeté de cette parole”) e basear-se-ia na mais pura simulação. Se parecia querer comunicar-nos qualquer coisa concreta, essa “palavra” estaria antes a convidar-nos ao nada, ou seja, ao paraíso da angústia pura, território desapossado de passado onde, como é natural, não há sequer lugar para um olhar melancólico. Blanchot reviu nesta metáfora da ‘palavra-ruído’ algo que escaparia à intimidade e ao ânimo, como se tivesse sido criado expressamente para os operários-autómatos a que Fritz Lang deu corpo no seu magistral ‘Metropolis’. Uma “palavra” que, ao fim e ao cabo, subtrairia a humanidade ao essencial pois só sobreviveria se estivesse ligada a uma máquina. Uma “palavra” fantasmática e em forma de vírus – continuava Blanchot já no penúltimo capítulo do livro (capítulo IV) – que seria “essencialmente errante”, manipuladora e exterior (“toujours au-dehors”), ao contrário, por exemplo, do fulgor do monólogo interior que seria movido a partir de um centro irradiador. Apesar de se poder hoje escarnecer desta metáfora de Blanchot, ela contém em si uma premonição interessantíssima do mundo da rede. Ao ‘actualizarmos por actualizar’, a todo o momento, removemos o que antes aconteceu e, a pouco e pouco, apagamos a memória sem sequer darmos por isso; ao entregarmo-nos minuto a minuto aos nossos terminais, prendemos a mente a esse gesto e o próprio rosto torna-se num diagrama que declina e que se assume em estado de dependência. Relembro que este livro de Blanchot, baseado no mais puro questionamento metafórico-literário, saiu a público curiosamente na mesma altura em que, no campo da ciência, duas teorias – que viriam a ser importantes para uma história da internet – se tornaram conhecidas: a teoria dos grafos aleatórios de Paul Erdos e Alfréd Rényi e a teoria da interacção simbiótica homem-computador de Joseph Licklider. A coincidência fala por si. Erdos, Paul e Rényi, Alfréd, ‘On Random Graphs’, Publicationes Mathematicae, Debrecen, N.6, pp. 290-297, 1959. Licklider, Joseph, ‘Man-Computer Symbiosis’, IRE Transactions on Human Factors in Electronics, Piscataway – New Jersey, Vol.1 pp. 4-11, 1960.
Marcha dos cangalheiros António Cabrita - 11 Fev 202111 Fev 2021 No último mês tenho assistido aos telejornais portugueses a que posso aceder (RTP e TVI), e estou atónito: a Cultura foi exterminada. Aliando isto à inexplicável proibição de comprar livros “presencialmente” e à suspensão de tudo o que seja espectáculo, confirma-se: para além de um imenso tecido profissional rasgado em pedaços por determinações do poder que pela metade são algo arbitrárias (não vejo a dificuldade das salas de teatro ou de espectáculos – se não convém ter orquestras em palco, divulge-se a música de câmara, por ex. – poderem abrir com restrições de lugares que salvaguardem as medidas sanitárias), regista-se uma profunda insensibilidade para o que seja e representa a cultura. O escandaloso? Que não haja um político revoltado contra “o estatuto de coisa decorativa e dispensável em que se confinou a cultura”; que os agentes da cultura não estejam unidos contra a vileza da miséria simbólica que permeia o actual “pensamento” político (cada sector indiferente aos demais); que os professores não sejam os primeiros a repudiar este estado de coisas. Veremos porquê. No meu ensaio sobre o Bocage escrevi: «Bocage foi o artista possível num mundo intelectual que era a inúmeros títulos uma farsa. No tempo de Pombal, na ópera italiana da corte, “o primeiro dançarino era cego. Acostumavamo-nos a ver a medida dos seus passos regulada pelas proporções do palco”», e dizia-se «”(…) A representação nem sempre é de bom nível, excepto no caso das farsas”. É um povo que só dá para a farsa, desde que a mordacidade seja doce — e que não se quer creditar para além disso. Natural que os castratri e o travestismo durem em Portugal até ao último lustro do século XVIII, enquanto os actores eram menosprezados, no dizer de Cavaleiro de Oliveira, que daqui zarpou: “Os portugueses, a exemplo dos romanos, têm os actores em grande desprezo. A profissão de comediante é a mais vergonhosa de todas. Consideram-se ainda abaixo das que são realmente infames e criminosas. Para nos convencermos disto, basta dizer-se que negam sepultura em sagrado aos actores, e que as dão aos salteadores e facínoras” (…) Ao mesmo tempo, segundo os testemunhos estrangeiros, na cidade denota-se um estulto orgulho em ser “mosca”, esbirro, servil, bufo (…) e veja-se esta observação de Eduardo Mascarenhas, biógrafo de Manique: “aos moscardos e moscas entretetidos a vigiar de longe e de perto os cafés (…) não lhes sobrava horas para outros serviços” — ó codiciosa e recompensada preguiça! Neste chão em que os ociosos eram recrutados como delatores, todos eles se viam, mediam e ajuizavam uns aos outros, comendo à vez da mesma gamela; uns pelo elogio e a hipocrisisa, outros pela vileza da denúncia. A dignidade não é ainda uma palavra com plena cidadania. » Daqui não saímos. Para o filósofo e pedagogo José Antonio Marina, uma cultura fracassa quando, em confronto com um mundo mais complexo do que aquele em que crêem os seus políticos ou comunicadores, estes simplificam a realidade. É um vivo retrato do jornalismo actual, ocupado a simplificar a realidade e a encurrá-la num único índice: a morte. Passámos com exaltação das Indústrias Culturais para as Indústrias da Morte. E com a indignidade dos bufos, que num afã de controle, se esmeram em não falhar nenhum número, esquecendo outros pontos de vista da realidade e até qualitativos, os pivots vestem a pele dos gatos-pingados. É tão deslocado como recrutar Paulo Portas para comentar o Covid. Um dos marcadores que faz esmorecer a inteligência colectiva é o medo. Quatro desejos fundamentais motivam as actividades humanas (cf. JAM): sobreviver, desfrutar, vincular-se e ampliar as possibilidades. Para que esta última, a mais importante, se realize é necessário que a relação entre o indivíduo e a sociedade se paute por uma cada vez maior autonomia individual; dinamismo emancipador que faz nutrir a inteligência e essa capacidade desiquilibradora que é o pensamento crítico. Só depois da terra estar remexida por estes dois instrumentos se semeia a liberdade, nem há desenvolvimento sem que isto se cumpra. Vejo os telejornais e só me lembro da abertura de um ensaio sobre o Mal do Fernando Gil: «Venho falar-vos do mal. O bem está acima das minhas posses». Esta irónica inversão dá conta dos paradoxos do mundo: a loucura com que a humanidade se evade de interrogar a atracção para alimentarmos com o erário público fortunas instantâneas que nos exaurem, ou o desleixo de não interrogamos porque é que nenhum director de canal televisivo ou um pivot de renome (esses Novos Cangalheiros que passam por “influencers”) se lembrou de que, sendo uma das funções da arte a catarse, e, dada a Grande Anomalia em que vivemos, despontava uma óptima oportunidade para conciliar a arte e a cultura com novos públicos e para aumentar na programação televisão as horas dedicadas ao teatro, à música, à dança, aos livros, às artes plásticas. A questão é: porque é que nenhum se lembrou, desbaratando esta oportunidade histórica? O que os motiva? Há um contínuo derrame de bens e recursos, como se, precisamente, o Bem estivesse acima das nossas posses enquanto pelo consentimento do Mal brilhasse a promessa de nos lambuzarmos com os restos do saque. Outra frase, no ensaio de Gil: «A malignidade da natureza humana não é tanto a maldade… isto é… uma intenção de admitir o mal enquanto mal como motivo… como a perversão do coração» resume aquilo a que assistimos hoje: um encortiçamento geral do coração. E se onde há cortiça há vinho, neste caso, não é do que nos aquece o sangue mas é do que nos habitua ao sabor da ira e da cólera e alimenta os Venturas. Os canais televisivos traíram o resguardo simbólico que só a cultura de um país pode vivificar. Os seus jornalistas aderiram à cobardia militante e já não desfrutam nem vinculam: colocando-se por escolha exclusiva do lado da morte, onde, como arautos desta, só enrolham.
Conto 2 Rosa Coutinho Cabral - 11 Fev 2021 Tenho um olimpo de bolso onde moram o clássico, o moderno… Coro: Sou solidário: como, sem alguém que o assista, sem um sócio que o esguarde, infeliz, sozinho sempre, padece de moléstia que não cede… Neoptólemo: Começo pelo início: somos gregos, se é isso o que desejas conhecer. Filoctetes: Que som subtil! Depois de tanto tempo, ouvir desse rapaz a doce música. Estou deitada de costas de olhos postos no céu, como se ele fosse o grande atlas de todas as cidades que planeei conhecer nestes contos. O céu, não sei onde termina, mas sei que é do tamanho do meu olhar. Lá se projectem as imagens do Olimpo, que contemplo da humilde plateia planetária. Está tudo ali desde a primordial angústia, o primitivo som, o original risco, a grávida palavra, o primigênio grão semeado, o inconfudível símbolo orto-gráfico, a paradigmática sedentarização, a linguagem que nos permite, entre outros, ao trágico e à cidade. Anseio que se soltem na tela do destino todos os pequenos olimpos que os humanos guardam no bolso, libertando performativamente a figuralidade, entre passados, presentes, e futuros, na valsa da realidade que nenhuma linguagem pode captar totalmente. O baile, devassando poeticamente a experiência, remete as obras para a empiricidade e para as imagens, que se instalam na crosta volúvel e caprichosa da Terra, o singular acontecimento que nos move no mundo. Em profundidade, a cena ganha a cor dos belos cabelos de Ariadna quando entrega a Teseu o fio que, mais do que salvá-lo no labirinto, o salva da natureza que ela representa e, traindo-a, o herói afirma a isonomia e a polis. Vendo isso, Dionísio, deus da potência e do irracional, casa-se com a princesa abandonada por Teseu e dá-lhe filhos. Mais tarde, mata-a, projectando para sempre no céu a constelação da figura trágica de Ariadna. O labirinto pode ser Dionísio, mas pertence ao touro -“besta que desatrela a vida e que a afirma na legitimidade da ocupação do seu labirinto”- como segreda Deleuze. Certo é ser um lugar sempre inaugural: cada vez que se avança, entre figuras, fantasmas e corpos, a natureza incontrolável da experiência renova-se nas entradas, corredores e clareiras, onde afinal não nos perdemos, mas retornamos nietzscheanamente. Numa voluntariosa afirmação, Sófocles, o cidadão da polis grega, e Godard, saído da multidão contemporânea, entram em cena, opondo dramaturgicamente a cidade que ganha, à cidade que nos perde. A imagem é refractada e desfocada pelo choro que inquieta as urbes quando a tradição se quebra, e novas linguagens emergem. A Tragédia, quando a cidade está na aurora da sua positividade com o nascimento da Polis Grega; o Cinema, quando a cidade moderna enfrenta o seu primeiro momento de crise e negatividade, como é a Paris de Baudelaire e Benjamin. Neste devir solta-se um testamento que não é destinado ao futuro, como desconfia Char, mas deixa herança desde que romperam na terra a divisão entre os que veem e os que actuam, criando uma comunidade específica: a dos espectadores, separados fisicamente do palco ou do ecrã. A luz baixa, e dois offs – que os textos também os têm – juntam-se à cena. Aristóteles (OFF): A plateia é a comunidade de cidadãos… Barthes(OFF): … que provavelmente conhecem as tragédias que vão assistir. Como se uma grande faca tombasse sobre a experiência, a mão grega corta ontologicamente com a totalidade mítica do mundo. Numa paideia cívica sem precedentes a Tragédia exorta a universalidade racional da acção humana e persuasão dos cidadãos pela palavra, no espaço público da polis. Vernant e Barthes confirmam que as perguntas dramatúrgicas expressam o novo quadro cívico e se distanciam das antigas respostas míticas. O fio de Ariadna ligava, afinal, dois mundos cuja separação foi mobilizada politicamente na Tragédia, celebrando com os contemporâneos a superioridade do novo mundo grego. Como um tremor de terra, 2000 anos depois, a crescente velocidade tecnológica acelera e instabiliza a experiência, esfacelando o espaço público clássico, actualizando um modo de ver adequado à vivência moderna: tempo descontínuo, espaço fragmentado, montagens rápidas de imagens e sons, numa estética do choque. O cinema é a escola desta nova forma de percepção, “aquilo que os gregos designavam por estética”. Benjamin deixa claro que a “percepção da colectividade humana transforma-se ao mesmo tempo que o seu modo de existência”. Benjamin(OFF): A plateia do cinema é uma multidão que perde a capacidade de contemplação e se conforma em ser um colectivo de espectadores distraídos e alienados. Num mesmo lance, defrontam-se as raízes do clássico e do moderno e estremeço porque sou ávida desta dilogía em que balança a positividade e negatividade da civilização ocidental, desde o seu berço à sua forma contemporânea. O cinema representa o “inconsciente visual” da sua época, como “um caleidoscópio dotado de consciência dos “perigos existenciais mais intensos com os quais se confronta o homem contemporâneo” e a função política do cinema, “não está em condicionar espectadores distraídos, mas em descondicionar espectadores manipulados. O grande cinema é crítico, não mobilizador”, palavras de Benjamin com ressonância criativa em Godard, que se inspira também na vontade do filósofo de conceber uma obra a partir de arquivos, citações, montagem, constelações, e que se ergue de novo no palco deste meu pequeno olimpo. Godard: o cinema foi a fábrica do século XX e do mundo contemporâneo! Vernant: A tragédia foi a fábrica do século V e do mundo grego! Do homem trágico que morre de temor de não viver na cidade. Num interlúdio trágico as figuras valsam neste céu de veludo que somos nós a pensar. Porque o pensamento está sempre a recomeçar.
Food Truck | Canções e Poemas de Amor e Ódio este sábado Hoje Macau - 11 Fev 2021 Sábado, dia 13 de Fevereiro, pelas 20 horas, juntam-se novamente num concerto acústico Fabrizio Croce e Luís Bento, para uma viagem musical. Local de partida, o Food Truck, na Rua dos Ervanários. A “viagem” levará a audiência, de forma descontraída, por paisagens feitas canções, cantadas em português, italiano e inglês. Com paragens em autores como Paul Simon, Neil Young, Cat Stevens, Jorge Palma, Rui Veloso, Eros Ramazzotti, Toto Cutugno, Battisti, entre outros. Domingo, 14 de Fevereiro, Ballantine’s Day. “Poemas de Amor e Ódio”, também no Food Truck, regados a vinho e outro álcool. Microfone aberto para quem quiser dizer um poema, relacionado com o amor, a paixão, o ciúme, o esquecimento, a inveja ou o ódio. A partir das 17 horas. Oferta de uma bebida.
“Vitalina Varela” de Pedro Costa de fora da corrida aos Óscares Hoje Macau - 11 Fev 2021 O filme “Vitalina Varela”, de Pedro Costa, ficou de fora dos 15 finalistas para uma nomeação para o Óscar de Melhor Filme Internacional, revelou ontem a Academia de Hollywood, nos Estados Unidos. A longa-metragem de Pedro Costa tinha sido considerada elegível em Janeiro passado, quando a academia norte-americana revelou os 93 filmes candidatos a uma nomeação ao Óscar de Melhor Filme Internacional. No entanto, “Vitalina Varela” já não chegou à lista de 15 filmes finalistas anunciada ontem, e que o comité da academia votou, com vista às nomeações da 93.ª edição dos Óscares, a anunciar a 15 de março. De acordo com a organização dos Óscares, são finalistas os filmes “Another Round” (Dinamarca), “Quo Vadis, Aida?” (Bósnia Herzegovina), “La llorona” (Guatemala), “El agente topo” (Chile), “Charlatan” (República Checa), “Deux” (França), “Better days” (Hong Kong), “Sun children” (Irão), “Night of the kings” (Costa do Marfim), “Ya no estoy aqui” (México), “Hope” (Noruega), “Collective” (Roménia), “Dear comrades!” (Rússia), “A Sun” (Taiwan) e “The man who sold his skin” (Tunísia). A academia anunciou ainda listas de finalistas de outras oito categorias aos Óscares, entre as quais de Melhor Documentário em longa e curta-metragem, Melhor Filme de Animação e Melhor Banda Sonora. Apesar de anualmente submeter uma obra candidata aos Óscares, Portugal nunca teve qualquer filme entre os nomeados para o prémio de melhor filme estrangeiro, em língua não inglesa, categoria recentemente renomeada de Melhor Filme Internacional. Percurso trilhado “Vitalina Varela” teve estreia mundial em Agosto de 2019, no Festival de Cinema de Locarno (Suíça), onde arrecadou os principais prémios: Leopardo de Ouro e Leopardo de Melhor Interpretação Feminina para Vitalina Varela, a mulher que inspirou a história filmada por Pedro Costa. Desde Locarno, o filme soma mais de 22 prémios, a maioria de melhor filme e melhor realização, integrou mais de 50 festivais e mostras internacionais de cinema e reúne críticas elogiosas, tendo integrado as listas de melhores filmes do ano (2020) por vários media especializados. O documentário brasileiro “Babenco – Alguém tem de ouvir o coração e dizer: parou”, de Bárbara Paz, sobre o cineasta argentino radicado no Brasil, que dirigiu “O Beijo da Mulher Aranha”, também ficou fora da lista de candidatos. De fora ficou também o candidato da Palestina, “Gaza, mon amour”, dos irmãos Tarzan Nasser e Arab Nasser, que contou com coprodução portuguesa. Os nomeados para a 93.ª edição dos Óscares serão anunciados a 15 de Março e a cerimónia acontecerá a 25 de Abril.
Música | Free Yoga Mats aguardam melhores tempos para voltar aos palcos lá fora Andreia Sofia Silva - 11 Fev 2021 Os Free Yoga Mats [Tapetes de Yoga Gratuitos] só têm este nome por brincadeira, e a música que fazem, muito ligada ao género rock, punk ou grunge, pretende igualmente transmitir boas vibrações a quem os ouve. Depois de alguns concertos e de uma demo gravada, a banda ensaia agora com um novo baixista e espera pelo fim da pandemia para voltar à estrada Tudo começou quando um grupo de amigos se juntou num festival de música na Tailândia, mas a ideia de formar uma banda em Macau já há muito andava na cabeça de Pedro Domingues. O guitarrista dos Free Yoga Mats queria construir algo e, numa conversa com o vocalista, Hafiz Said, foi feita uma proposta. “Aí dissemos que se ele voltasse para Macau que iríamos fazer uma banda. Voltamos e daí a uns meses ele arranjou trabalho cá. Depois começamos a trabalhar com o Marcio [Rios, baterista] e com o Bastiani [Bani, baixista]”, contou ao HM Pedro Domingues, guitarrista do grupo. Já o nome foi ideia de Adam Cook, também ele guitarrista. “Tudo começou com uma piada do Adam, que disse ‘se pusermos free yoga mats [tapetes de yoga grátis]’, de certeza que vem gente, e vêm muitas raparigas [risos]. E as nossas mulheres fazem yoga, uma delas até é instrutora. Foi uma piada e gostamos porque é um nome que não é para levar muito a sério.” O projecto dos Free Yoga Mats é recente e, para já, o grupo tem apenas uma demo tape gravada para reunir todas as canções que foram compondo e tocando nos últimos tempos. Mas essa demo tape servirá também para promover o projecto online numa altura em que os palcos estão fechados devido à pandemia da covid-19. O último concerto da banda foi no espaço Live Music Association e, para trás, teve de ficar o plano de tocar fora de Macau. “Em Macau estamos optimistas porque temos seguidores e sítios onde tocar, mas já tocámos em todos. Mas facilmente podemos organizar um concerto. Mas a realidade é que este ano e até meados do próximo ano a situação vai estar comprometida, e não há garantias de que possamos andar a viajar.” “O nosso plano para este ano, sem a covid, era tocar em Hong Kong, Singapura, Taiwan, em várias cidades da China. Olhamos para a realidade como ela é e esperamos que isto melhore, e aí estaremos prontos para ir para fora”, adiantou Pedro Domingues. Músicas de intervenção Os dias têm sido passados a ensaiar com o novo baixista que substituiu Bastiani Bani, que teve de voltar a Singapura, a sua terra natal, pelo facto de ter ficado numa situação de lay-off. No entanto, o projecto musical não está parado. A demo tape é, para já, uma ferramenta de promoção, mas já antes o grupo tinha gravado o EP “Made in Macau”, com músicas como “Tokyo”, “Go Robot” ou “War and Order”. “O nosso espírito como banda e em palco é, sem dúvida, positivo e construtivo, de amizade. Mas as nossas letras são mais de intervenção, contra a sociedade e as coisas que não estão bem”, adiantou Pedro Domingues. Cabe a Hafiz Said a composição de todas as letras. Para já, “não existe nada de concreto sobre a possibilidade de gravarmos um novo álbum”, frisou o guitarrista. Questionado sobre as referências musicais da banda, Pedro Domingues assegura que são várias, embora quem os oiça associe de imediato o seu trabalho às sonoridades mais ligadas ao rock. “Dentro da banda temos o Adam que ouve mais rock e grunge, o Marcio também anda mais nessa onda, começou no punk hardcore, eu sou mais punk-rock, mas ouvimos um pouco de tudo. Mas diria que é o rock, grunge e o punk que são as grandes referências da banda.”
Previsões por signos e por anos para 2021 José Simões Morais - 11 Fev 202111 Fev 2021 As previsões aqui expressas são a ideia criada pela interpretação das escritas por Edward Li. O Tai Sui (Deus do Ano) do ano lunar de 2021 é Yang Xin, general da dinastia Han do Oeste nascido na província de Shaanxi. Foi o oficial escolhido por Wudi (Imperador entre 140 e 87 a.n.E.) para o representar entre 116 a 111 a.n.E. (era Yuanding) nas negociações com os Xiong-nu, uma confederação de tribos do povo nómada das estepes do Norte. Temíveis guerreiros, fortes nas tácticas de guerra retiradas do arrebanhar gado, infligiam, nas incursões para Sul ao território dos sedentários chineses, constantes e pesadas baixas. Após cinco batalhas, para estudar as tácticas e armamento, em 121 a.n.E., a dinastia Han expulsou das suas fronteiras os Xiong-nu e por várias ocasiões se realizaram acordos de paz, através de casamentos. Com o propósito de tornar seguro o caminho terrestre para Oeste, a proposta do General Yang Xin era consolidar de novo a confiança por casamentos reais e daí, a troca de princesas entre ambos os lados, havendo assim um refém em caso de quebra de palavra. Logo no ano de 115 a.n.E. conseguiu integrar a actual província de Gansu e uma extensão de terra a Oeste do Rio Amarelo, onde o Imperador Wu Di estabeleceu quatro prefeituras. Para Ocidente, o deserto de Taclimacan e com oásis se permitiu dar os passos para em 101 a.n.E. a dinastia Han do Oeste se expandir pela bacia de Tarim, até ao vale de Fergana, na Ásia Central. Seguia-se o território dos Partos Arsácidas a ligar por comércio com o Império Romano. O dia de ir ao templo oferecer sacrifícios ao General Yang Xin, Deus do Ano (Tai Sui), é o oitavo da primeira Lua, que ocorre a 19 de Fevereiro de 2021. Búfalo Como animal do ano, os nativos de Búfalo estão em Zhi Tai Sui (em confronto com o Tai Sui) a trazer forte ondulação e grande movimentação, logo ano de mudança. Ano cheio de possibilidades para os nativos revelar os talentos, em especial os nascidos na Primavera e Verão. Contará com a poderosa estrela da sorte Hua Gai (华盖, bonito e poderoso guarda-sol real, pálio), que reconhece talento e habilidade, e dá protecção. Captará a atenção dos outros e por isso, é importante aproveitar todas as oportunidades para se mostrar. Se resolver realizar algo, os seus opositores afastam-se. Esta estrela para o masculino está ligada à carreira, mas para o elemento feminino amplifica o poder e leva-a a ficar só. Este ano sentirá terem-lhe retirado as amarras das charruas e ganhar independência do trabalho feito para os outros. Com acumulada energia de anos a andar à volta, por ser bastante sensível está pronto a explodir mas, esse longo sacrifício de interiorizado carregar, terá agora oportunidade de se expor e liberto, brilhar. Está sob a influência de três más estrelas, Jian Feng (剑锋, ponta da Espada), Po Sui (破碎, separação) e Fu Shi (伏尸, Corpo Morto), e por isso, deverá acalmar o seu temperamento impulsivo e tranquilizar a disposição anímica pois, pelas suas qualificações, não há dúvida poder controlar tudo o que vier. Use bem este ano, poderá ser o início de uma nova vida. Carreira: A estrela da sorte Hua Gai (华盖) eleva os nativos ao pódio dos três mais bafejados do ano quanto à carreira, os outros dois são os nativos de Serpente e Galo, bons aliados para se juntar. Não se esconda por trás dos outros, coloque-se à frente e mostre as suas qualificações e talentos. Claro, terá de entrar em competição e estar sob tensões, mas isto não retirará a hipótese de atingir uma posição cimeira. Amor: Ofuscados pela carreira, os nativos de Búfalo, sem tempo para pensar em organizar família, ficam-se nas relações ocasionais. Para os casais, se a mulher for nativa de Búfalo, o homem terá de ser paciente e se não se controlar, facilmente a relação quebra. Saúde: Ano propenso para lhe ocorrer acidentes e daí, deverá ir ao templo oferecer sacrifícios ao Deus do Ano. Preocupe-se com o seu fígado, pois poderá trazer-lhe problemas e por isso, trate-o bem. Caminhe com cuidado para não cair, não quebre nenhum membro. Evite, discussões e correr grandes riscos. Ao sentir-se com menos saúde, use roupa interior vermelha. Os nativos de Búfalo nascidos em: 1973 – Serão de todos os nativos de Búfalo os mais bafejados do ano. Terá um impulso na carreira, contando com muita gente a ajudar, e também com a estrela An Lu (暗禄, Dinheiro Sombra, ou da Sorte), significando para além da carreira conseguir dinheiro fora das suas expectativas. Cada oportunidade apanhada trará como resultado ganhos e boas colheitas. É aproveitar as ondas criadas pelo Tai Sui e ‘surfar’. 1961 – Ano calmo, sem muita ondulação e com a ajuda de amigos poderá chegar a um novo patamar. Não se esqueça de oferecer sacrifícios ao Deus do Ano e celebrar o seu aniversário para trazer boas energias e sorte. 1949 – Vida social activa e com o suporte de pessoas competentes os seus planos realizam-se e encontrará um novo sentido para a vida. 1985 – Cheio de ideias e vontade para as realizar, deve tomar atenção pois encontrará detractores e assim, antes de fazer alguma coisa precisa de pensar melhor; dinheiro fácil não permanece muito tempo. 1997 – Ano para se começar a mostrar. Conseguirá um salário satisfatório. Trabalhe arduamente e o tentar encontrar novas direcções resultará, de repente, no reconhecimento. Tigre O ponto central este ano para os nativos de Tigre é o Amor. Estará mais atraente, apelativo ao olhar dos outros e conta com imensos adeptos e seguidores. Com a estrela Hong Luan (红鸾, Sorte no Amor) o ponto fulcral para os nativos solteiros é casar e para os casados, ter um filho, um descendente. Mas sendo a carreira para os nativos sempre o mais importante, não fazendo o amor parte das suas prioridades, perdem a oportunidade de desfrutar dum ano tão generoso e só os próprios saberão se será bom, ou mau para eles. Carreira: Não conseguirá este ano puxar para cima a carreira, nem mesmo os projectos já planeados, pois de um momento para o outro sofrem uma mudança e perplexo, perceberá estar a ficar sem controlo, a colocá-lo numa posição difícil. Para conseguir daí sair contará com duas estrelas da sorte, Tian Yi Gui Ren, (天乙贵人) e Tai Ji Gui Ren, (太极贵人), significando ter poderosa e criativa ajuda de alguém qualificado. Já quanto às más estrelas, Gua Su (寡宿, arrogância), a levar a viver sozinho e Mo yue (陌越, estrela de mudança), colocando o ano a depender com quem se conjuga, se for boa estrela melhora a situação. Apesar de muito pensar não se consegue encontrar, ou perdeu a direcção e fraco, sem poder, também não acredita nos outros. Ano em que menos é mais e trabalhando menos, cometerá menos erros. Retorne à família e aos amigos, não é o material que conta. Amor: Os solteiros descobrem parceiro, mas devido à má estrela Gua Su (寡宿, ficar sozinho) a relação só não ocorre se não quer, já que as suas expectativas são sempre muito altas. Quem destrói a relação é você mesmo, por prezar em demasia a sua liberdade. Não importa como, dê um ano para si, sem pensar na carreira e dinheiro, desfrute Amor. Saúde: Terá duas más estrelas, Bing Fu (病符, sinaliza doença) e Fei Ren (飞刃, fio da lâmina) a levar a uma operação cirúrgica, mas poderá substitui-la por antecipação ao doar sangue, permitindo transferir essa má, numa boa energia. Faça um exame à sua saúde. Mantenha relaxada a vida, sem esquecer o exercício físico. Dê mais tempo à família e retire-se do trabalho árduo fora de horas, esse é o melhor tratamento a dar ao corpo. Os nativos de Tigre nascidos em: 1974 – Terá o melhor desempenho quanto à carreira entre os nativos de Tigre. Trabalhe muito e bem e haverá possibilidade de ser promovido e ter reconhecimento na sua especialidade. 1962 – Ano ameno, mas com surpresas. Terá muita gente a ajudar e o dinheiro vai pingando, sem precisar de se preocupar. Deverá realizar uma festa de aniversário a trazer boas energias e sorte. 1986 – Para ganhar o que pretende terá de trabalhar arduamente, mas a boa notícia é ter alguém qualificado como suporte. Poderá usufruir de um estável rendimento. 1998 – Revela-se pelo bom trabalho, mas não o deixe ficar fora do seu controlo e das suas forças. Bom ano para estudar. 1950 – Activo ano social, não faltando encontros com muitos amigos, levando a descobrir novos interesses. Ano despreocupado, mas precisa de tomar cuidado com a saúde, em especial com o fígado. Coelho Se no ano passado os nativos de Coelho tiveram inúmeras ajudas e suporte, nem mesmo a pandemia criou problemas, para este ano o caso é completamente diferente. Deve preparar-se, pois os que o suportavam desaparecem e sem suporte, vai trabalhar sozinho. Assim, proteja-se a si mesmo e o tentar ajudar outros poderá trazer-lhe problemas. Evite relações complicadas. Carreira: Sem ajudas, nem estrelas da sorte, coloque a vida simples, pois quanto mais faz mais problemas pode ter. A má estrela Gua Su (寡宿, arrogância) leva-o a não ter paciência e a fechar-se, desinteressando-se da vida social. Já Tian Gou, (天狗, Cão do Céu), fácil a provocar conflitos, leva a criar inimigos e perder dinheiro. Pelas más estrelas, Pi Tou (披头, deixar solto o cabelo) e Bao Wei (豹尾, cauda do leopardo), o querer ajudar o amigo, para além de só lhe trazer problemas, nem agradecimento recebe. Tenha cuidado ao assinar garantias. Ano para dar um passo atrás afim de conseguir discernir melhor o que se passa à volta, pois para a frente, poderá cair no precipício. Amor: Este ano as relações serão complicadas e confusas, colocando os nativos de Coelho muito cansados. Os casais serão afectados pela estrela Gua Su (寡宿) e facilmente entram em guerra-fria. Sensível, seja inteligente e por isso não se coloque nas pontas dos cornos do búfalo, pretenda-se estúpido. Saúde: A má estrela Diao Ke (吊客), relacionada com receber más notícias da família, coloca-o triste e desconsolado, a poder levar a facilmente ter um acidente. Por isso, no princípio do ano é melhor ir prestar sacrifícios ao Deus do Ano, a pedir protecção e na parte Leste da casa, ou escritório, coloque uma planta verde, para ajudar a abrir mais o seu coração. Ano em que o fígado e olhos podem dar-lhe problemas, por isso dê tempo a si e encontre mais maneiras para relaxar, como ouvir música, … Os nativos de Coelho nascidos em: 1963 – São os mais bafejados de todos os nativos de Coelho para este ano em relação à carreira e dinheiro devido às duas estrelas da sorte, Fu Xing (福星) e An Lu (暗禄). Não se vanglorie, proteja-se e não o divulgue e assim poderá ter uma vida maravilhosa. 1975 – Ano para falar menos e trabalhar mais. Fuja de relações complicadas e terá menos problemas. As ondas este ano não lhe trazem perigo. 1951 – Regresse à vida simples e rejeite entrar em competições. Em conjunto com os amigos não fale sobre tópicos sensíveis. Necessário realizar uma festa de aniversário. 1987 – Este ano vai trabalhar só, ninguém o ajudará, levando-o a tornar-se mais flexível para tentar algo novo. Poderá ter surpreendentes resultados. 1999 – Ano trabalhoso. Precisa de aprender a ser independente. Quando mais forte lhe baterem, mais alto se vai erguer. Não é ano para ganhar muito, mas para muito aprender. Dragão Os nativos de Dragão viram a carreira a progredir e este ano continuará a ser promissora. Virada para a criação, tanto na carreira como no amor, o seu sonho torna-se realidade. À sua volta rodopiam possibilidades e o sucesso. Carreira: Contará com três poderosas estrelas da sorte, Tian De (天德, Céu protector) a limpar o caminho, Long De (龙德, Dragão da Virtude), promissora para a carreira e Fu Xing (福星), significando ter ajuda para conseguir resolver todos os problemas e por isso, só terá de dar o seu melhor. Poderá expandir-se do local ao internacional devido a outra estrela da sorte, Ban An (板鞍, ligada à viagem), que representa boas novas vindas do exterior, a permitir poder tomar a iniciativa de sair e conseguir boa cooperação, ganhando nome no estrangeiro. Quando o nativo de Dragão se encontra no ano de Búfalo, em Po Tai Sui (destruído por o Deus do Ano), significa ocorrer de repente alguns danos, que apenas o assustarão, sem trazer outros problemas. A má estrela Juan She (卷舌) alguém a falar mal de si por trás, também pouca mossa fará, pois é só por inveja. Não importa como, é ano para a sua vida chegar a um novo patamar. Amor: Será activo nas suas relações sociais, fazendo boas amizades. Os solteiros podem encontrar a cara-metade durante uma viagem, ou reunião, a trazer alento emocional e permitir revolucionar a sua vida e mesmo casar. Com uma forte personalidade, centrado apenas em si mesmo, as discussões são imparáveis, este o único senão, a não dar ainda este ano a perfeição aos nativos de Dragão. Saúde: Por causa de estar num ano Po Tai Sui haverá hipótese de ter problemas de saúde e apesar de contar com inúmeras estrelas da sorte, será bom ir ao templo e fazer sacrifícios ao Deus do Ano. Pratique mais exercício físico, mas com menos intensidade e varie nos exercícios e movimentos dos membros. Relaxe e ouça música, ou leia um livro. Os nativos nascidos no Outono e Inverno devem usar mais a cor verde, assim como o vermelho ajudará a defendê-lo do Metal, ou a balançá-lo. Os nativos de Dragão nascidos em: 1964 – Ano cheio de novos projectos e com muito bons comentários, colocando-o em posições de topo, levando a sentir-se muito orgulhoso de si mesmo. 1952 – Cheio de suporte, a carreira navega num mar sem ondas e os rendimentos não param. Espera-lhe uma vida feliz, com boa saúde. 1976 – Tem uma base firme e este ano terá muitas oportunidades para livremente criar, por isso precisa de agarrar a oportunidade e promover a sua imagem. 1988 – De repente, a mente abre e descobre-se em muitas coisas que não sabia e cheio de energia encontra novos significados. Com qualificado suporte e ajuda poderá criar o seu próprio negócio. Apenas não leve a extremos o trabalho, para não magoar a saúde. 1940 – Terá energia para acompanhar a vida social, que será intensa e continue a procurar o que gosta. Será um ano interessante. 2000 – Oportunidade para construir uma boa relação de amizade, a substituir a criada em competição e aprender a relacionar-se com os outros. Mergulhe no estudo para criar uma base de conhecimentos com alicerces mais profundos. Serpente Mesmo em situação difícil como foi o ano anterior, os nativos continuaram a ter um bom progresso na carreira. Este ano, os nativos de Serpente e Galo combinam-se com Búfalo por aliança dos três animais (San He), significando amizade entre eles e tudo se poderá realizar. Ano de muitas oportunidades, mas ao mesmo tempo cheio de desafios, pois quanto melhor é, mais complicadas serão as dificuldades. Ultrapassadas, pode aspirar a um lugar de chefia, ou ser o melhor na sua área. Chegar aí, dependerá como coopera com a outra parte, sendo a melhor solução, ganhar e dar a ganhar, representado no He. Levar o outro a perder, só para conseguir ganhar, é para quem se presta a aí cair. Os nativos de Serpente sofrem este ano da influência da Estrela de Conflito Beligerante, 3 Jade (San Bi) a trazer disputas, alertando-o para alguém lhe quer fazer mal. Assim, ofereça sacrifícios ao Deus do Ano. Carreira: Terá a estrela da sorte Hua Gai (华盖, protecção real) a representar boa carreira, mas para as mulheres empurra-as a ficarem sozinhas. Esta estrela quando aparece representa o Rei, significando continuar a comandar firmemente na sua área e tudo o que faz, dá-lhe mais poder. As duas estrelas da sorte, Guo Yin Gui Ren (国印贵人) e Fu Xing (福星, protectora, a limpar caminho) significam, ter apoio de oficiais poderosos no que realiza. A estrela Ci Guan (词馆, perfeitas palavras) dá-lhe eloquência numa clara mente e coloca as pessoas a acreditar em si. Daqui, estar ao seu alcance conseguir uma muito boa reputação, após se distinguir por mérito. Mas o sucesso nunca se consegue facilmente e assim, deve contar com uma das fortes más estrelas, Bai Hu (白虎, Tigre Branco), a representar, facilmente entrar em problemas, a poder levá-lo à justiça e ser julgado em tribunal. Mas mais sério será uma disputa com violência física, para magoar. Significa ser o seu adversário muito poderoso e se com quem necessita de negociar é um ser feminino, mais difícil se tornará a tarefa. Assim reúna à sua volta os amigos, para conseguir resolver o conflito. Já as más estrelas Da Sha (大 煞, grande acidente) e Fei Lian (飞廉, calamidade) representam algo imprevisto e inesperado a perturbar os seus planos, sendo apanhado não preparado. Amor: Os nativos de Serpente são sempre bem vindos quando aparecem na vida social e muito activos nas associações a que pertencem. Mas com a sua áurea e estatuto de perfeição, os outros têm receio de ir ter consigo. A nativa de Serpente, demasiadamente poderosa, leva a existir entre o casal imensas discussões e o marido terá de ser muito paciente e condescendente, pois ela é o Rei. Saúde: Evite discussões, de outro modo irá ficar em perigo. As grávidas devem tomar cuidados para não perderem o bebé. Muita atenção ao viajar e conduza com redobrada precaução. Os nativos nascidos no Outono e Inverno precisam de se resguardar em Maio e Setembro. Os nativos de Serpente nascidos em: 1953 – São os melhores para este ano entre os nativos de Serpente na carreira e dinheiro e mesmo enfrentando algum problema, é ele facilmente resolvido. 1965 – Mesmo a dar o seu melhor, encontrará resistências e maus comentários, mas isso só o surpreende, não trazendo grande perigo devido às inúmeras ajudas com que pode contar. 1977 – Experimente fora da sua área de trabalho, pois é ano para investir em outras matérias e conseguir ganhar mais experiência, conhecimentos e dinheiro. 1989 – Ano em que estará muito ocupado por ter de tratar de tudo, sem ninguém a ajudar, mas mostrará talento nos resultados das suas criações. O ser feminino deverá ter mais cuidado com a saúde. 1941 – Vida social activa, apenas precisará de cautela com a saúde do corpo. Cavalo O passado ano teve grandes oscilações, entre alegrias a tristezas, mas no de Búfalo, os nativos de Cavalo estão de parabéns, pois são o primeiro dos doze animais. Libertar-se-á do freio e com rédea solta, tem prados para correr. Poderá controlar e decidir o que pretende fazer, mas lembre-se ao investir deverá providenciar o continuar seguinte. O carácter dos nativos é de rectidão e falar sempre de frente e por isso, facilmente ofendem as pessoas sem intenção. Assim, aja com tacto e flexibilidade. Crie bases para o desenvolvimento futuro. Carreira: De cliente, este ano passará a patrão devido às estrelas da sorte Zi Wei (紫微, promoção) e Long De (龙德, Dragão da Virtude), boas para a carreira. Aproveite e use bem esta boa sorte, pois só daqui a doze anos a voltará a ter tão forte. A estrela Tian Yi Gui Ren, (天乙贵人, edificar) é promissora para começar algo de novo, investir e fazer negócios, o que trará bastantes proveitos. Mas por outro lado, este ano o Cavalo está em Hai Tai Sui (magoado pelo Deus do Ano), a representar poder ter problemas devido a amigos. Isso não o levará a perdas, apenas ficar zangado. Também poderão ocorrer obstruções e resistências, devido às más estrelas, Bao Bai (暴败, mudança sem controlo) e Tian E (天厄, Catástrofe do Céu) e por isso, em tudo o que fizer deve dar espaço para poder retornar, não siga até ao fim quando vê o caminho a afunilar e então, já não há volta a dar. Pense duas vezes antes de tomar uma decisão e faça um plano geral e detalhado dos objectivos que pretende alcançar. Amor: Está no seu meio, como peixe na água, feliz e com fortes emoções. A flor do amor já abriu para os solteiros, está na altura de colher a fruta, prognosticando uma vida familiar. Os casais viverão em harmonia. Saúde: Por ser um ano em Hai Tai Sui, é fácil ter pequenos acidentes, sobretudo os idosos. Os nativos estão propensos a facilmente se irritarem e daí, precisar de relaxar e abrandar a sua velocidade. Tudo o que está ligado ao fígado (como os olhos, os braços e pernas) levará a não se sentir bem, procure exercícios físicos calmos para evitar problemas. Os nativos de Cavalo nascidos em: 1954 – Chegarão a um novo patamar, mas o sucesso vem do suporte do seu grupo de trabalho e por isso, uma boa relação retira-lhe trabalho e com menos esforço obtém melhores resultados. 1966 – A carreira está como o Sol ao meio-dia, tudo o que fizer terá pessoas qualificadas a ajudar e sem obstáculos, conseguirá ganhos, tantos quanto esperava ter. 1978 – Os seus planos podem realizar-se e terá bom desenvolvimento. Cuidado, pois trabalha arduamente e precisa de tempo para descansar. Realize uma festa de aniversário para trazer boa fortuna ao ano. 1990 – Bom para iniciar o próprio negócio, mas melhor é encontrar um parceiro para cooperar. 1942 – Continua em firme posição e respeitado, com bons resultados financeiros. Pense abrandar o ritmo de vida e coloque a saúde em primeiro lugar. 2002 – Ano fácil, com tudo aplanado. Cabra Está em ano Chong Tai Sui, em oposição ao Deus do Ano. Prepare-se bem para aceitar as mudanças, pois este ano será de confronto entre dois poderes energéticos de cargas diferentes. Os nativos nascidos no Outono e Inverno, num gelado mês, ao entrar no ano de Búfalo o frio encontra Terra húmida e afecta-lhes a saúde. Os nascidos no calor da Primavera e Verão fazem balança com a Terra yin e encontram-se com algo novo, a levá-los a ver pelo outro lado. Essa mudança propicia o trocar de emprego, casa, ou de parceiro, mas a saúde deve ser a sua principal prioridade. Carreira: Sem estrelas da sorte para ajudar e sem conseguir uma clara imagem do que está à frente, terá de ser paciente e tolerante com o que se lhe apresenta. Coloque as aspirações num ponto mais baixo e assim reconhecerá ser menos difícil o ano. De más estrelas conta com Da Hao (大耗, despender fortuna), que a nível financeiro pressupõe gastar mais do que ganhará, no entanto, se for a investir não haverá prejuízo. Lan Gan (阑干, barreira) revela o aparecer sempre problemas a necessitar de serem resolvidos e a má estrela Bao Wei (豹尾, fraude, batido pela cauda do leopardo) a significar, facilmente cair na armadilha e ser enganado, mesmo por amigos. Daí, faça um pé-de-meia, evite dar garantias e primeiro que tudo, proteja-se. Amor: No ano Chong Tai Sui facilmente os nativos de Cabra entram em discussões, por isso use o amor e não argumentos para resolver as questões. O nada ocorrer são boas notícias. Saúde: No início do ano deverá prestar sacrifícios ao Deus do Ano e meditar sobre as suas preocupações e anseios. Para segurança faça um exame de saúde. Ao movimentar-se deverá ter cuidado pois está propenso a cair, ou ter um acidente. Quem nasceu no Outono e Inverno deverá trajar com cores quentes (vermelhos e amarelos) e evitar o preto e cores frias, para conseguir mais fogo a equilibrar. Os nativos de Cabra nascidos em: 1955 – A carreira não será fácil, mas consegue ter ajudas. Não se exponha, pois o resultado será o contrário do que pretende. Cuide da saúde. 1967 – Mudança é o ponto principal do ano e se não encontrar um caminho para seguir, não fique no antigo percurso, pois está propenso ao divórcio. Tente diversificar e terá surpresas. 1979 – Ano para aprender a lidar com as mudanças; seja mais activo e com mais vida social. Desenvolva os seus interesses pessoais. Cuidado ao conduzir e evite desportos de alto risco. 1943 – Ano sem problemas, com ganhos estáveis, mas cuidado com o que faz. Sentir-se-á muito sozinho e por isso, deverá juntar-se com amigos e abrir o coração. 1991 – Vai ser confrontado com enorme competição, por isso mantenha-se silencioso e trabalhe arduamente, degrau a degrau é o caminho. Uma boa e amistosa relação com as pessoas poderá ajudar a resolver muitas resistências e problemas. Macaco No ano transacto, os nativos de Macaco, mesmo em tempos de epidemia, conseguiram evoluir na carreira e para o ano de Búfalo as boas notícias continuam. Terá ajuda da estrela da sorte Yue De (月德, Virtude da Lua), estrela da Paz e Harmonia, a colocá-lo esplendoroso e com brilho, atraindo os amigos. Pela auspiciosa super estrela da sorte Tian Xi (天喜, Alegria Celeste) contará com muitas celebrações e cerimónias para festejar e daí a Felicidade. Mas não se esqueça ter cuidado em controlar os custos, válido tanto para a saúde como monetariamente, pois extremos prazeres levam a gastos que o arruínam e o põem a pedir. Será um ano feliz pois esta estrela transforma pequenos infortúnios em bons acontecimentos e é propícia ao casamento e para o relacionamento entre pessoas. Carreira: Com a estrela da sorte Ban An (板鞍, sela) a significar viajar e negócios no estrangeiro, agora com um novo significado por se poder vender on-line os produtos no mundo inteiro. Assim a popularidade neste virtual meio leva-o ao sucesso. A estrela da sorte Tian Guan (天官, oficial do Céu) permite continuar a receber ajuda, mas não a suficiente para favorecer a sua carreira. A má estrela Xiao Hao (小耗, pequenos gastos) indica ter contas de pequenos montantes a pagar em muitos lados e se não controlar bem, entrará em insolvência. Isto é, a carreira leva-o a conseguir maior reputação, mas não favorece no dinheiro. Amor: Com a estrela da sorte Tian Xi (天喜, Alegria Celeste) não importa se for casado ou solteiro vai ter eventos felizes, muitas celebrações familiares para festejar como nascimentos, casamentos e aniversários, mas tenha atenção às despesas e não gaste o que não pode. Saúde: Cuidado com os problemas de intestinos e diabetes. Conta duas más estrelas, Yang Ren (羊刃, fio da navalha, cirúrgica) e a Shi Fu (死符, sinal de morte) e para reverter isso, deverá tomar especial atenção aos alimentos que ingere, como excessos de carne e marisco, fritos e grelhados. Tenha um horário regrado, coma a horas certas e durma cedo. Viva menos à noite e mantenha tranquilas as suas emoções, evitando conflitos e zangas. É a maneira de ganhar saúde. Os nativos de Macaco nascidos em: 1992 – Contarão com a estrela da sorte Jin Yu Lu (金舆禄, grande fortuna) a favorecer a carreira e finanças. 1980 – Deve contar com um mar revoltado e o sentido da sua vida vai dar uma volta e mudar de direcção. Não trabalhará sozinho pois terá pessoas a ajudar. Não se esqueça, em tudo o que fizer a segurança é o mais importante. 1968 – As suas criativas ideias encontram este ano espaço para serem apresentadas. Não terá via rápida e por isso será degrau a degrau. Preste muita atenção à saúde. 1956 – Para este ano a sua evolução desenvolve-se ordenadamente e poderá gozar a vida, pois não terá nenhum problema a incomodar. 1944 – Se continua a trabalhar, terá possibilidade de desenvolver muito o seu negócio. Se está reformada, procure novos interesses, mantenha-se activo. 2004 – Com a mente clara, consegue facilmente aprender e torna-se um bom aluno. Galo O ano anterior não foi muito difícil, mas também nada fácil e para este, o Galo combina-se com Búfalo, o animal do ano, no grupo dos três amigos, conjuntamente com Serpente. Não será um ano simples, mas para onde for terá suporte e estará rodeado de amigos. Pode chamar vento e chuva, tal é o seu poder e a sua qualificação e talento colocam-no num ano perfeito. Carreira: Glorioso ano pois conta entre as seis estrelas da sorte, três poderosas para a carreira, San Tai (三台, Carimbo), Ba Zuo (八座, promoção) e Hua Gai (华盖, protecção, pálio), conseguindo com a ajuda deste arsenal energético positivo atingir o topo na sua área. Para resolver os problemas e quebrar todos os obstáculos, as estrelas da sorte Tian Jie (天解) e Jie Shen (解神), a levá-lo a poder voar à altura que quiser. Com a estrela da sorte Lu Shen (禄神) ganha reputação e rendimentos. Mas deve contar com um número igual de más estrelas. Previna-se, pois há pessoas a querer enganá-lo, a fazer-lhe mal pelas costas, ou a levá-lo a tribunal e tal é devido às três más estrelas, Wu Gui (五鬼, Cinco fantasmas), Guan Fu (官符) e Fei Fu (飞符, más notícias). Já as outras três más estrelas, Huang Fan (黄幡, danosa notícia) Xue Ren (血刃, corte de lâmina) e Chen fu (沉浮, grandes oscilações) colocam-no muito em baixo, desanimado. Quanto mais responsabilidade, mais pressão na carreira, a fazer-lhe lembrar que o custo para ganhar a medalha de ouro é o de precisar passar por tudo isto. Amor: Ajudado pela relação dos seus amigos, Búfalo e Serpente, a vida social dos nativos de Galo é activa e tal como gosta, é o centro das atenções. Tem a estrela da sorte Hong Yan (红艳, emoção e amor) a promover uma vida emocionante e feliz, e não importa se casado ou solteiro, leva-o a estar cheio de pretendentes. Uma enchente de relações e por isso, deve tomar cuidado e não torne o que é bom em maus momentos. Este ano, as nativas de Galo facilmente entram em discussões com os seus parceiros. Saúde: Sob grande pressão no trabalho, os nativos de Galo entrarão este ano facilmente em depressão e por isso, devem controlar o temperamento, sobretudo no Outono e Inverno. Dentro de casa, na parte Noroeste não coloque objectos cortantes e a Sudoeste, ponha uma lâmpada vermelha para o proteger das más estrelas voadoras. Os nativos de Galo nascidos em: 1993 – Conseguirão ter suportes qualificados e boas relações, contando com a admiração dos outros pelo seu talento. Para a carreira e dinheiro, é entre os nativos de Galo quem terá o melhor ano. 1981 – Conte com grande competição, que virá não só dos seus inimigos, como de alguns amigos. Terá de trabalhar duplamente para sair do redemoinho e atingir a sua meta. Tome mais cuidado com a saúde de um parente idoso. É bom realizar uma festa de aniversário para limpar as más energias. 1969 – Altura de mostrar em diferentes áreas o seu lado criativo, mas cuide da saúde. 1957 – Invista em diferentes áreas, o que lhe trará um novo rumo e pode mesmo empurrar um passo para a frente o seu antigo negócio. 1945 – Ouvirá muitas acusações criadas pelos seus detractores por inveja de si; não precisa de se zangar e quanto mais calmo se mantiver, mais facilmente os cala. Faça exercício físico para se manter em forma. Cão Sem as grandes mudanças do ano passado, a principal função dos nativos de Cão para este ano é servirem de meio para se fazer a ponte nas negociações, porque Cão (戌, Xu) é Terra yang, o que balança a Água e o Fogo, levando-as a não se combaterem. Conta com a super estrela da sorte Tai Yin (太阴), a representar boas relações sociais, pois combina bem yin e yang, transformando o negativo em situações positivas, a permitir criar um negócio com o seu parceiro oposto. Excelente para relações públicas, ou enviado da paz. Carreira: Não precisará de trabalhar muito, apenas criar boas relações pois, as três más estrelas, Tian Sha (天煞), Gou Jiao (勾绞) e Cu Bao (卒暴) significam catástrofe proveniente do Céu, fora do seu controlo. Encontrará resistência de onde menos espera, que destrói os seus muito bem preparados planos, sendo à última hora cancelados, ou adiados. De facto, a gentileza do nativo de Cão leva a facilmente os outros acreditarem nele e o acolherem. Estenderá o seu social campo de amizade e abrirá a mente para novos temas e fora da competição, resolve problemas aos outros. Ganha e dá a ganhar. Será um ano confortável. Amor: A estrela da sorte Tai Yin (太阴), a representar boas relações sociais, permitirá encontrar o seu amor. Os nativos solteiros terão de tomar mais iniciativa, o que trará agradáveis surpresas. Os casais estarão em harmonia e encontram prazer na vivência familiar. Passivo na carreira, a emocional vida permite aos nativos estar todo o ano como se fosse Primavera, cheio de felicidade e esperança. Saúde: Este ano não contará com grandes problemas de saúde, apenas coisas leves como, questões de pele, ou dor de ossos e músculos. Os nativos de Cão nascidos em: 1982 – Não precisarão de se preocupar com as finanças, pois nos anos anteriores capitalizaram, assim este será para relaxar e desfrutar da vida, já que nada poderá fazer quanto à carreira. 1994 – Terá possibilidade de ser promovido. Ano criativo com novas ideias, a ajudar a encontrar uma nova área de trabalho. Precisa de celebrar o seu aniversário. 1970 – Activo ano na vida social, encontrará novas funções e outras maneiras de trabalhar. Conte com muita competição e resistências. Prepare um plano de longa duração. Regresse ao seio familiar e terá boas surpresas. 1958 – As suas boas relações continuarão a evoluir, precisando apenas de se controlar na bebida e comida e não abusar da nocturna vida. Dê mais tempo ao exercício físico. 1946 – Ano para tentar manter o que tem e não procurar mudança. Evite investir onde ninguém se mostra interessado. Porco Se no ano passado deitou foguetes, este é para apanhar as canas. Após o ribombar da pólvora e o seu brilho ao rebentar, para os nativos de Porco este ano vem o silêncio e preferem isolar-se das outras pessoas. Siga a sua ideia e não aceite as sugestões, e mesmo trabalhando arduamente é fácil ser apanhado por tristes emoções. A vida complica-se e insatisfeito protesta. Tudo isto, devido à má estrela Sang Men (丧门, de má sorte), a dar más notícias, que muito o entristecem. Ano para aprender a deixar de ter negativas emoções, pois estas ainda mais atraem más novas. Carreira: A estrela da sorte Tai Ji Gui Ren (太极贵人) significa ter alguém a ajudá-lo e Jin Yu Lu (金舆禄, grande fortuna), receber dinheiro não proveniente do trabalho, mas da sorte. As más estrelas, Da Hao (大耗, gastar fortuna) e Bao Wei (豹尾, ser apanhado pela cauda do leopardo), significam ter à frente muitos problemas, colocando-o perdido. Deverá ser paciente e não perder a serenidade, pois está na altura de saber temperar-se e não explodir emocionalmente. Mas muito positivo nos nativos de Porco é nunca desistirem. Perdido e sob pressão, até chegar ao fim não saberá se ganhou ou perdeu, pois às vezes, a desgraça traz razões que levam a vantagens. Amor: Terá de cuidar mais dos familiares e mostre-se paciente e condescendente, abrindo o coração, pois numa sociedade tão agitada é preciso descomprimir. Coloque dentro de casa, na sala a Nordeste, uma flor aberta de pessegueiro, o que ajudará a melhorar as relações com as pessoas. Boas energias levam-no a atrair boas situações. Saúde: Antes de tudo o mais, primeiro deve ir oferecer sacrifícios ao Deus do Ano, devido à má estrela Fei Lian (飞廉, imprevista calamidade), pois será um ano de grandes e fortes emoções, a não lhe permitir mente limpa e visão clara. Cuidado com o coração e poderá ter problemas de sangue e com a uretra. Quando não se sentir com vontade, melhor descansar, ouvir música, ler um livro e fazer exercício físico. Atenção especial aos meses de Abril, Junho e Agosto. Os nativos de Porco nascidos em: 1983 – Ano no topo na carreira e rendimentos de entre todos os nativos de Porco. Se controlar as suas emoções continuará a ser ganhador. 1971 – Vai parecer-lhe ter uma vida simples, mas ganhará vitalidade e conquista profundidade. Procure abrir-se para uma activa vida social e encontre-se mais com os amigos. Para os nativos masculinos devem tomar cuidado com a saúde e acidentes. 1959 – Tem já uma boa posição e este ano não precisa de viver em competição, o que lhe falta e precisa é fazer exercício físico e manter-se com saúde. 1947 – Vida estável e não haver notícias é a melhor notícia. Se conseguir manter-se calmo encontrará a Felicidade. 1995 – Se mantiver o que tem, já está a ganhar. Expectativas maiores é apenas para chamar problemas e meter-se em trabalhos, arriscando a sofrer maldosos comentários e apreciações. Rato No ano passado os nativos de Rato estavam em Zhi Tai Sui (confronto com o Deus do Ano) e daí terem ocorrido grandes mudanças, mas este ano encontra-se num grande barco sentado a pescar, pois Rato e Búfalo são um dos seis pares de animais que combinam (Liu He). Normalmente receosos, no ano de Búfalo a química que ocorre aos nativos de Rato leva-os a ficar mais confiantes e seguros, tornando-se corajosos. Terá as estrelas da sorte, Wen Chang (文昌), Deus dos Letrados) a levá-lo ao estudo, em especial à cultura e artes e Tian Chu (天厨, Cozinha do Céu), a permitir dedicar-se a ser cozinheiro e aperfeiçoar e saborear boa comida. Terá boas mudanças, tornando-se popular. Carreira: A super Tai Yang (太阳, a estrela Sol) significa cheio de energia e se a colocar em tudo o que faz, nada nem ninguém o conseguirá deter. A estrela da sorte Yu Tang (玉堂) leva a ter suporte de pessoas competente a ajudá-lo a atingir uma alta posição, colocando-o como pessoa mais respeitável, a quem se presta homenagem. Ban An (板鞍, sela), a boa estrela de viagem, representa terem os nativos de Rato a possibilidade de desenvolver os negócios com o estrangeiro, ou emigrar, ou investir no comércio on-line. Tudo o que fizer terá sucesso. Já a má estrela Tian Kong (天空, Vazio Céu) leva os nativos a muito pensar e mesmo assim, não conseguir tomar uma decisão, mas tal não trará problemas à carreira. Ano para criar a sua própria marca, que aparecerá como poderosa imagem. Amor: Especial para os nativos de Rato solteiros, pois facilmente irão descobrir a pessoa certa para se juntar, casar e ter filhos. A melhor altura para celebrar o casamento é no oitavo mês lunar. Quanto aos casados, muitas são as pessoas a sentirem-se atraídas por si, mas deverá transferir essa relação para o campo da amizade, a permitir ajudar na carreira, levando a muitas surpresas. Saúde: A boa energia da estrela Tai Yang (太阳, Sol) coloca-o a sentir-se mais novo e traz-lhe boa saúde. Quem nasceu no Outono e Inverno deve nos meses de Maio e Novembro tomar cuidado ao nadar no mar, viajar de barco e em todos os desportos aquáticos. Os nativos de Rato ao sentirem-se doentes, devem vestir-se com roupa vermelha. Os nativos de Rato nascidos em: 1972 – Terão um ano perfeito, não precisando de trabalhar arduamente para ganhar aplausos. Na carreira e nos rendimentos este ano será o melhor de todos os nativos de Rato. 1984 – Tudo seguirá a direcção que planeou, será promovido e a sua carreira entra num novo patamar. Terá possibilidade de comprar casa e abrir uma companhia. 1996 – Preste especial atenção ao desenvolvimento da sua carreira, pois conseguirá uma excelente resposta e com a ajuda de uma pessoa competente terá um futuro brilhante. 1960 – Uma activa vida social coloca-o cheio de amigos. Este ano com uma nova ideia terá hipóteses de arranjar um novo emprego, o qual já estava interessado, mas é apenas para trabalhar e não querer logo ser materialmente recompensado. 1948 – Vai ter um novo projecto e isso levará a uma mudança, sendo o trabalho completamente diferente do que até então já fez. Deite fora o antigo e invista no novo. Tal levará a ter de trabalhar muito, mas não estará só, pois será ajudado e lembre-se de o equilibrar com descanso. Deixamos aqui votos de um Feliz Ano Novo – San Lin Fai Lok, em mandarim Xin Nian Kuai Le, e sobretudo com muito Boa Saúde – 身体健康 (Sun Tan Kin Hong, em mandarim Shen ti Jian Kang).
Governo renova concessão de dois terrenos à Diocese de Macau para fins educativos Andreia Sofia Silva - 11 Fev 2021 O Governo atribuiu uma nova concessão, sem concurso público, de dois terrenos à Diocese de Macau para que esta possa manter as escolas Dom João Paulino e o infantário de Nossa Senhora do Carmo, na Taipa, bem como as escolas de São José e D. Luís Versíglia, na povoação de Ká-Hó, em Coloane O secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, assinou dois despachos, ontem publicados em Boletim Oficial (BO), que dão conta da concessão de dois terrenos à Diocese de Macau para fins educativos. Um dos terrenos está localizado junto à avenida Carlos da Maia, na Taipa, e destina-se a “manter construídas a creche e a escola particular dedicadas à educação regular”, estando estas “integradas no sistema de escolaridade gratuita”. As instituições de ensino são a Escola Dom João Paulino e o infantário de Nossa Senhora do Carmo. A 9 de Agosto de 2019 foi declarada a caducidade da concessão gratuita, por arrendamento, do referido terreno. No entanto, a 25 de Julho do mesmo ano a Diocese de Macau já tinha solicitado a concessão gratuita do terreno, pedido que mereceu o parecer favorável da Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT). A DSSOPT entendeu que a Diocese de Macau “reúne as condições para que lhe seja atribuída uma nova concessão gratuita”, além de que “a concessão solicitada visa manter as instalações escolares particulares existentes no terreno, dedicadas à educação regular e integradas no sistema escolar de escolaridade gratuita”. Terreno em Ka-Hó O segundo terreno também concessionado à Diocese de Macau fica situado na Estrada de Nossa Senhora de Ká-Hó, em Coloane, onde funcionam a escola de S. José de Ká-Hó e escola D. Luís Versíglia. O pedido para uma nova concessão foi feito a 1 de Junho de 2017, tendo em conta que terminou o prazo de 25 anos “sem que a concessionária tivesse requerido oportunamente a renovação da concessão”. A DSSOPT voltou a dar um parecer favorável a uma nova concessão gratuita por arrendamento, processo esse que foi analisado pela Comissão de Terras a 12 de Novembro do ano passado.