Seul avança com suspensão de licenças de médicos em greve

O Governo da Coreia do Sul anunciou ontem o início dos procedimentos para suspender as licenças de mais de 4.900 jovens médicos, em greve há quase três semanas em protesto contra uma reforma do sector.

Um dirigente do Ministério da Saúde sul-coreano, Chun Byung-wang, disse que, até sexta-feira passada, foram enviadas notificações administrativas a mais de 4.900 “médicos estagiários que desafiaram as ordens de regresso ao trabalho”. Estas notificações formais são o primeiro passo antes de uma suspensão administrativa de três meses.

Esta medida poderá ainda atrasar em mais de um ano o curso de especialização e quaisquer formações posteriores na carreira, já que os processos dos médicos vão ficar com a medida disciplinar e o motivo registados, o que vai afectar na procura de trabalho.

O ministro da Saúde sul-coreano, Cho Kyoo-hong, prometeu ser tolerante com os médicos que abandonem a greve antes de concluídos os procedimentos de suspensão.

Cerca de 12 mil estagiários, ou 93 por cento do total, permaneciam ausentes dos postos, de acordo com os mais recentes dados oficiais do Ministério da Saúde, divulgados esta manhã. Quase 70 por cento dos 13 mil médicos residentes do país entregaram cartas de demissão numa centena de hospitais universitários.

Braço-de-ferro

A 3 de Março, cerca de 30 mil médicos – 15 mil, indicou a polícia local – manifestaram-se nas ruas de Seul. No mesmo dia, os estagiários receberam ordem para regressarem ao trabalho, mas apenas 565 o fizeram. De acordo com a lei sul-coreana, os médicos, considerados trabalhadores essenciais, não podem fazer greve.

A greve por tempo indeterminado foi lançada em protesto contra a reforma do sector promovida pelo Governo da Coreia do Sul, que inclui o aumento do número anual de licenciados em medicina de 3.000 para 5.000. A Associação Médica Coreana (KMA) denunciou que estas medidas implicam uma carga insustentável para as universidades e não resolvem a falta de incentivos para escolher as especialidades mais mal pagas, como a pediatria, ou para preencher vagas em locais remotos.

Na semana passada, a polícia convocou ainda cinco actuais e antigos responsáveis da KMA para testemunhar em relação à greve, emitindo mesmo ordens para não deixar quatro funcionários da organização sair do país, tendo, entretanto, realizado buscas à sede do organismo.

A 3 de Março, a Associação Médica Mundial emitiu uma declaração de apoio ao direito à greve dos médicos sul-coreanos e apelou para “condições de trabalho razoáveis” e um “plano estratégico para o desenvolvimento da educação médica”. A greve perturbou o funcionamento dos hospitais da Coreia do Sul, obrigando a cancelar tratamentos cruciais e cirurgias.

12 Mar 2024

Coreia do Sul | Líder da oposição esfaqueado deixa hospital

Uma semana depois te ter sido esfaqueado no pescoço, Lee Jae-myung apelou ao fim dos discursos de ódio que transformam em guerra as disputas políticas

 

O líder da oposição da Coreia do Sul, Lee Jae-myung, deixou ontem o hospital, oito dias depois de ter sido esfaqueado no pescoço durante um evento público, e apelou ao fim da “guerra política”.

“Realmente espero que este incidente, que nos surpreendeu a todos, sirva como um marco para acabar com a política de ódio e confronto e restaurar uma política decente na qual nos respeitamos uns aos outros e coexistimos (…) Deveríamos pôr fim à guerra política em que temos que matar e eliminar adversários”, disse Lee à imprensa.

Após deixar o hospital, o político agradeceu à polícia, aos médicos e aos serviços de emergência que o trataram em Busan, no sudeste do país, onde aconteceu o ataque, e na capital Seul, para onde foi levado de avião e submetido a uma cirurgia. Lee prometeu também dedicar o resto da vida a servir o povo da Coreia do Sul, avançou a agência de notícias Yonhap.

O ataque aconteceu enquanto o líder do Partido Democrático (PD) falava com jornalistas numa conferência de imprensa no novo aeroporto de Busan, na ilha de Gadeok.

Um homem de 67 anos aproximou-se de Lee e esfaqueou-o no lado esquerdo do pescoço, causando danos à veia jugular interna. Lee foi levado para o hospital onde foi submetido a uma cirurgia e depois transferido para os cuidados intensivos.

Cúmplice detido

O atacante foi detido no local e o motivo do crime está atualmente a ser investigado, embora as autoridades tenham indicado que o agressor manifestou ressentimento para com os políticos e a situação económica que a Coreia do Sul atravessa.

Além disso, a polícia sul-coreana deteve na segunda-feira um homem de 70 anos por supostamente ajudar e facilitar o ataque.

O alegado cúmplice tinha concordado em publicar uma nota escrita pelo agressor, na qual acusava o PD de se dedicar a “salvar Lee” a nível político em vez de a fazer oposição ao Governo. Lee Jae-myung perdeu as eleições presidenciais de 2022 para o actual Presidente, o conservador Yoon Suk-yeol, por uma margem estreita.

Durante a campanha, Lee, antigo governador da província de Gyeonggi, a mais populosa da Coreia do Sul, tinha proposto algumas medidas inovadoras, incluindo a criação de um rendimento mínimo universal e uniformes escolares gratuitos.

11 Jan 2024

Coreia do Sul | Aprovada lei que proíbe consumo de carne de cão

O parlamento da Coreia do Sul aprovou ontem, por unanimidade, um projecto de lei que irá proibir pela primeira vez o consumo de carne de cão, uma prática secular no país asiático.

A Assembleia Nacional sul-coreana aprovou o projecto com 208 votos a favor e nenhum contra. A proposta tornar-se-á lei depois de ser aprovada pelo Conselho de Ministros e ratificado pelo Presidente, Yoon Suk Yeol, medidas consideradas uma formalidade, uma vez que o Governo apoia a proibição.

O projecto de lei torna ilegal o abate, criação, comércio e venda de carne de cão para consumo humano a partir de 2027 e pune tais actos com dois a três anos de prisão.

Os esforços para proibir o consumo de carne de cão tinham enfrentado forte resistência por parte do sector da pecuária. A carne de cão é um alimento popular na Coreia do Sul, com estimativas de até um milhão de animais consumidos por ano.

Mas o seu consumo tem diminuído à medida que os sul-coreanos passaram a ver os cães mais como companheiros do que como alimento. O consumo de carne de cão tornou-se tabu entre as gerações mais jovens e a pressão dos activistas animais tem aumentado na Coreia do Sul.

A indústria de animais de estimação está a crescer na Coreia do Sul, com cada vez mais famílias a viverem com um cão em casa. Sondagens recentes mostram que a maioria dos sul-coreanos já deixou de comer carne de cão.

10 Jan 2024

Líder da oposição sul-coreana recupera depois de ter sido esfaqueado no pescoço

O líder da oposição sul-coreana, Lee Jae-myung, está a recuperar nos cuidados intensivos, após ter sido esfaqueado no pescoço na terça-feira, informaram hoje fontes do Partido Democrático (PD) que representa. “Lee está na UCI [unidade de cuidados intensivos] e só os seus familiares o podem visitar”, afirmou o porta-voz do PD, Park Sung-joon, à agência noticiosa Yonhap.

Os médicos do Hospital da Universidade Nacional de Seul que o operaram não fizeram declarações sobre o estado de saúde de Lee. Têm sido os membros do PD a informarem os meios de comunicação social sobre o estado de saúde do político. Representantes do grupo político afirmaram, no início do dia, que a operação para reconstruir a veia jugular de Lee e remover os coágulos de sangue demorou mais tempo do que o previsto, mas foi concluída com aparente sucesso.

O ataque ocorreu na terça-feira, durante um evento público na cidade de Busan, a 350 quilómetros a sudeste de Seul, quando o agressor, um homem de 66 anos, cravou uma faca de cerca de 17 centímetros no lado esquerdo do pescoço do político. Entretanto, a polícia sul-coreana efetuou hoje uma rusga à residência e ao escritório do atacante, na cidade central de Asan, disseram as autoridades, sem avançar mais detalhes.

3 Jan 2024

Presidente coreano manifesta preocupação após ataque a líder da oposição

O Presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, manifestou ontem “profunda preocupação” com a segurança do líder da oposição, Lee Jae-myung, esfaqueado no pescoço num evento público no sudeste do país. Yoon Suk-yeol manifestou “profunda preocupação com a segurança de Lee Jae-myung depois de ter tomado conhecimento do ataque”, afirmou a porta-voz da presidência sul-coreana.

O chefe de Estado “sublinhou que a sociedade sul-coreana nunca deve tolerar este tipo de violência, quaisquer que sejam as circunstâncias”, acrescentou Kim Soo-kyung. Tanto Yoon Suk-yeol como Han Dong-hoon, o líder do conservador Partido do Poder Popular, actualmente no poder, condenaram veementemente o ataque e pediram uma investigação exaustiva.

Atacante detido

Lee Jae-myung foi esfaqueado numa conferência de imprensa realizada durante uma visita ao estaleiro de construção do novo aeroporto que irá servir a cidade portuária de Busan, na ilha de Gadeok. Às 10:27, um homem, cuja identidade ainda não foi divulgada, aproximou-se do líder do Partido Democrático (PD), aparentemente fingindo ser um apoiante e pediu-lhe um autógrafo.

O homem esfaqueou-o então no lado esquerdo do pescoço com um objecto não identificado, de acordo com testemunhas e imagens transmitidas pelas televisões sul-coreanas.

Lee foi levado para o hospital cerca de 20 minutos depois, em estado consciente apesar de ter uma hemorragia grave, enquanto o autor do ataque foi imediatamente detido, informou a agência de notícias sul-coreana Yonhap. O líder do PD perdeu as eleições presidenciais de 2022 para Yoon Suk-yeol por uma margem estreita.

Durante a campanha, Lee, antigo governador da província de Gyeonggi, a mais populosa da Coreia do Sul, tinha proposto algumas medidas inovadoras, incluindo a criação de um rendimento mínimo universal e uniformes escolares gratuitos. Os críticos acusaram o político de ser um populista perigoso que procura fomentar divisões e demonizar os opositores conservadores.

3 Jan 2024

Seul diz suspeitar que Pyongyang forneceu mísseis e munições à Rússia

Militares sul-coreanos disseram ontem suspeitar que a Coreia do Norte tenha fornecido mísseis, munições e projécteis à Rússia para apoiar as forças russas na guerra contra a Ucrânia. A avaliação foi divulgada um dia depois de os serviços secretos de Seul terem dito aos deputados sul-coreanos que Pyongyang forneceu recentemente mais de um milhão de projécteis de artilharia à Rússia, num contexto de aprofundamento da cooperação militar entre os dois países.

Num encontro com jornalistas locais, os militares sul-coreanos afirmaram que a Coreia do Norte é suspeita de ter enviado para a Rússia um número não especificado de mísseis balísticos de curto alcance, mísseis antitanque e mísseis antiaéreos portáteis, além de espingardas, lança-foguetes, morteiros e obuses. O conteúdo deste encontro foi partilhado com a agência de notícias norte-americana Associated Press.

Na semana passada, a Coreia do Sul, os Estados Unidos e o Japão condenaram o fornecimento de munições e equipamento militar pela Coreia do Norte à Rússia, afirmando que tais carregamentos de armas aumentam drasticamente o número de vítimas da guerra na Ucrânia.

Qualquer comércio de armas com a Coreia do Norte constitui uma violação de várias resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que a Rússia, membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, apoiou anteriormente. Tanto a Rússia como a Coreia do Norte rejeitaram as acusações.

Troca de interesses

Mas a especulação sobre os carregamentos de armas norte-coreanas aumentou depois de o líder norte-coreano, Kim Jong-un, se ter encontrado, em Setembro, na Rússia, com o Presidente russo, Vladimir Putin, e visitado instalações militares russas. Os Estados Unidos e os aliados acusam a Coreia do Norte de procurar tecnologia russa para modernizar o arsenal de armas nucleares e mísseis, em troca de armas convencionais.

Numa reunião privada com deputados, na quarta-feira, o Serviço Nacional de Informações (NIS) sul-coreano disse que mais de um milhão de projécteis de artilharia norte-coreanos foram enviados para a Rússia, desde Agosto. O NIS afirmou que a Coreia do Norte está provavelmente a receber assistência tecnológica russa no projecto para lançar o primeiro satélite espião militar para o espaço.

As duas recentes tentativas de lançamento pela Coreia do Norte fracassaram devido a problemas técnicos. De acordo com as forças armadas sul-coreanas, a Coreia do Norte também quer receber da Rússia tecnologia relacionada com o sector nuclear, aviões de combate, equipamento aeronáutico e assistência para a criação de redes de defesa antiaérea.

3 Nov 2023

Coreia do Sul | Tribunal nega detenção de líder da oposição

Um tribunal de Seul negou ontem o mandado de prisão solicitado pelo Ministério Público contra o líder do principal partido da oposição, Lee Jae-myung, acusado de corrupção. A decisão considerou ser “difícil ver a justificação e a necessidade” da detenção do líder do Partido Democrático (PD), uma vez que não há risco de fuga ou de destruição de provas.

Pouco depois do anúncio, Lee agradeceu ao tribunal por ter “demonstrado claramente que é o último bastião dos direitos humanos”.
O político de 58 anos levou a cabo uma greve de fome de 24 dias em protesto contra as políticas do Governo de Yoon Suk-yeol, que acusa de “liquidar” a ordem democrática ao endurecer leis contra os ‘media’ e ao não condenar a libertação no mar da água tratada da central nuclear de Fukushima, no Japão.

Críticos dizem que a greve de fome de Lee serviu para desviar as atenções das acusações de corrupção. O político é acusado de ser responsável por a autarquia de Seongnam, uma cidade dormitório nos arredores da capital, Seul, ter perdido cerca de 20 mil milhões de won entre 2014 e 2015, depois cancelar abruptamente um plano de construção de habitações sociais e permitir que um promotor privado assumisse o empreendimento.

Os procuradores disseram acreditar também que, entre 2019 e 2020, Lee pediu a uma empresa que transferisse cerca de oito milhões de dólares para as autoridades da Coreia do Norte – algo que sem autorização prévia é crime no Sul – para facilitar a visita do político ao Estado vizinho, com o qual o país ainda está tecnicamente em guerra.

Na altura, Lee era governador de Gyeonggi, a província que rodeia Seul – a mais populosa do país, com mais de 13 milhões de habitantes -, e era candidato às eleições presidenciais de 2022, defendendo o diálogo e a aproximação entre as duas Coreias.

27 Set 2023

Coreia do Sul | Pelo menos 12 pessoas morreram em onda de calor

Uma onda de calor que está a afectar a Coreia do Sul há uma semana levou à morte de, pelo menos, 12 pessoas. Entre hoje e amanhã, as temperaturas podem subir mais dois graus Celsius, ultrapassando os 37 graus, com a sensação térmica a suplantar essa barreira

 

Pelo menos 12 pessoas morreram devido à onda de calor que atinge a Coreia do Sul há uma semana, segundo o balanço realizado ontem pelas autoridades sul-coreanas, que alertaram para as altas temperaturas que se vão sentir no país.

O calor sufocante deixou pelo menos 12 mortes durante o fim-de-semana, de acordo com as últimas informações publicadas ontem pela agência de notícias local Yonhap.

As autoridades meteorológicas sul-coreanas estimavam ontem que os termómetros pudessem atingir temperaturas entre os 29 e 35 graus Celsius em quase todo o território, com a sensação térmica a ultrapassar esta barreira, pedindo prudência à população.

A agência meteorológica nacional declarou que a onda de calor deve continuar nos próximos dias e as temperaturas podem subir mais de 2 graus entre hoje e amanhã.

Desde 20 de Maio, mais de mil pessoas tiveram de ser socorridas por doenças relacionadas ao calor, das quais cerca de 200 foram atendidas nos últimos dias, segundo dados publicados pelo jornal The Korea Herald.

As autoridades também alertaram para a possibilidade de quedas de energia devido ao aumento da demanda por electricidade em meio à onda de calor.

Região a ferver

No Japão, a agência meteorológica nacional mantém há dias um alerta de temperaturas elevadas para quase todo o arquipélago, com especial destaque para a zona de Tóquio e arredores, e no oeste do país.

Ontem foi emitido um novo aviso para a semana de 6 e 14 de Agosto. As autoridades estão a pedir aos idosos que tomem mais cuidado, depois de um casal ter sido encontrado morto dentro de casa, aparentemente devido a um golpe de calor.

1 Ago 2023

Coreia do Sul aumenta salário mínimo 2,5% para 2024

A comissão que fixa o salário mínimo sul-coreano aprovou hoje um aumento de 2,5% para 2024, para 9.860 won (6,9 euros) por hora, esperando-se protestos dos sindicatos que pediam aumentos de 26,9%.

Na ausência de um acordo entre o patronato, que pretendia o congelamento do salário mínimo, e os sindicatos, no final de quase quatro meses de negociações infrutíferas, a comissão aprovou por votação o aumento, depois de uma reunião de várias horas iniciada na terça-feira.

A comissão é composta, em partes iguais, por representantes do setor público, do patronato e dos sindicatos.

As negociações salariais deste ano foram as mais longas desde que o atual sistema de fixação do salário mínimo foi estabelecido em 2007. O novo aumento surge após subidas de 10,9%, em 2019, 1,5%, em 2021, 5,05%, em 2022, e 5% para este ano.

Por lei, a comissão deve apresentar o novo salário mínimo acordado ao Ministério do Trabalho sul-coreano, responsável por anunciar publicamente a medida.

Tanto os sindicatos como os empregadores podem manifestar-se contra a decisão e pedir uma revisão à comissão, desde que o próprio ministro do Trabalho dê autorização para isso, embora até agora nenhuma das partes tenha solicitado uma reavaliação. Apesar disso, os representantes sindicais tornaram já pública a indignação face à decisão.

No início do mês, o principal sindicato do país, a Confederação de sindicatos coreana (KCTU), realizou uma greve em protesto contra a postura dos patrões e políticas laborais do Governo conservador do Presidente, Yoon Suk-yeol. Espera-se que a decisão de hoje conduza a novas greves este verão.

19 Jul 2023

DST promove o destino turístico Macau ao mercado sul-coreano

Termina hoje a promoção de rua “Sentir Macau Sem Limites”, que começou na passada sexta-feira. Durante quatro dias, a iniciativa mostrou ao público de Seul, na Coreia do Sul, “os ricos elementos de “turismo + de Macau”, indicou na sexta-feira a Direcção dos Serviços de Turismo (DST).

A aposta do Governo da RAEM tem como objectivo atrair visitantes internacionais para as férias de Verão. A DST recorda que em 2019, Macau recebeu mais de 740 mil visitantes da Coreia do Sul, volume de turistas que destacou o país como o primeiro mercado internacional de visitantes.

A cerimónia de abertura da promoção de rua teve lugar no complexo comercial Times Square, em Seul, e contou com a presença da directora da DST, Helena de Senna Fernandes, o presidente da Associação de Agentes de Viagem da Coreia, Henry Oh, assim como representantes dos sectores da aviação e turismo da Coreia do Sul. Além de membros do Governo, viajaram de Macau “representantes da indústria turística e das seis grandes empresas integradas de turismo e lazer”, indicou na sexta-feira a DST.

Na cerimónia de abertura, Helena de Senna Fernandes, referiu que o número de voos entre Macau e a Coreia do Sul tem aumentado nos últimos meses e que o objectivo da acção de promoção seria mostrar as últimas novidades do menu de novos elementos turísticos de Macau.

Prémios e influências

Como não poderia deixar de ser no actual paradigma de marketing, a DST procurou atrair a colaboração e influência digital de uma grande plataforma sul-coreana. Portanto, “além da promoção contínua nas redes sociais, a representação da DST na Coreia do Sul convidou vários influenciadores digitais sul-coreanos para apoiarem a promoção.

Uma das iniciativas foi realizada em parceria com a plataforma de viagem no Instagram Yeomi.travel, que tem mais de 1,2 milhões de seguidores, através de um sorteio, intitulado “Teleport to Macao”. Quem apareceu na abertura na Times Square, munido de passaporte, habilitou-se a ser um dos quatro felizardos que ganharam bilhetes de avião e pacotes de estadia gratuitos, com partida imediata.

Além disso, o Governo promoveu encontros entre operadores turísticos de ambos os territórios, e lançou uma campanha publicitária para atrair turistas sul-coreanos.

16 Jul 2023

Portugal-Coreia do Sul | Salientados valores e visões comuns

Os primeiros-ministros de Portugal e da Coreia do Sul defenderam ontem que os dois governos partilham valores comuns e uma ordem mundial baseada na democracia, no Estado de Direito e na livre iniciativa económica.

Estas posições foram transmitidas por António Costa e Han Duck-soo no início da reunião entre ambos, na sede do Executivo sul-coreano, em Seul, à qual se seguirá uma cerimónia de assinatura de instrumentos jurídicos.

Numa breve intervenção, o líder do Executivo português considerou que Portugal e a Coreia do Sul “têm uma tradição de boas relações” diplomáticas e políticas, e “partilham uma visão comum e valores comuns” no que respeita à ordem política internacional.

“Nesta base comum, temos de reforçar e desenvolver as nossas relações económicas. Na terça-feira e esta manhã tive a oportunidade de me encontrar com alguns dos mais importantes empresários sul-coreanos e de lhes apresentar as oportunidades de investir em Portugal”, disse.

De acordo com António Costa, o mundo “enfrenta grandes desafios”, estando em curso uma dupla transição ao nível do digital e da energia.

“A crise da covid-19 foi um momento para se abrir os olhos no sentido de compreender o quanto eram frágeis as nossas cadeias de abastecimento e sobre os riscos resultantes de uma escassez de matérias-primas e de falta de componentes críticos, como os microchips e semicondutores. Temos de caminhar juntos para reorganizar estas cadeias de abastecimento e aumentar a resiliência das nossas economias”, advertiu.

Na perspectiva do primeiro-ministro português, Portugal e a Coreia do Sul “estão numa boa posição para isso”.
“A Coreia do Sul é uma das mais importantes economias do mundo e Portugal é um dos países mais seguros do mundo. Somos a porta de entrada para mercados de 500 milhões de pessoas”, disse, numa alusão à União Europeia e aos países de língua portuguesa, “desde Timor-Leste ao Brasil”.

Boas posturas

Perante Han Duck-soo, Costa insistiu na ideia de que Portugal “é campeão na transição energética e é o único país com conexões por cabo de fibra óptica com todos os continentes”.

“Estamos em boa posição para cooperar com as empresas coreanas, num momento em que o mundo precisa de enfrentar grandes desafios”, declarou, já depois de Han Duck-soo ter lembrado que a visita de António Costa é a primeira de um chefe do Governo português ao fim de 23 anos.

“Tivemos sempre boas relações entre os dois países. Com a sua visita, acreditamos que as nossas relações serão reforçadas e irão mais longe no futuro, na economia, na cultura e no comércio. Após a pandemia da covid-19, está a aumentar o intercâmbio entre estudantes e os jovens são o nosso futuro”, observou o primeiro-ministro sul-coreano.

Do ponto de vista das relações internacionais, Han Duck-soo deixou a seguinte mensagem: “Portugal e a Coreia partilham os valores universais simbolizados na democracia, no Estado de Direito, no mercado livre, e estão empenhados no cumprimento dos Direitos Humanos”.

De acordo com o primeiro-ministro sul-coreano, com base nesses valores comuns, os dois países mostram-se empenhados na resolução dos principais problemas ao nível mundial, “estabelecendo uma ordem mundial assente no Direito Internacional”. “A sua visita será um ponto de viragem em relação aos principais indicadores da cooperação bilateral”, acrescentou.

13 Abr 2023

Seul | Vítimas de trabalho forçado no Japão rejeitam plano de compensações

Vítimas sul-coreanas de trabalhos forçados em tempo de guerra por empresas do Japão rejeitaram ontem a proposta do Governo da Coreia do Sul para pagar indemnizações sem o envolvimento directo das companhias japonesas.

“Não aceitarei o dinheiro mesmo que morra à fome”, disse Yang Geum-deok, 94 anos, durante uma conferência de imprensa realizada no âmbito de um protesto na Assembleia Nacional, em Seul, citada pelo jornal The Korea Times.
Yang reagia à proposta do Governo, divulgada na segunda-feira, de compensar as vítimas através de uma fundação pública financiada por empresas coreanas, em vez das empresas japonesas responsáveis pelos trabalhos forçados.

O Japão ocupou a península coreana entre 1910 e 1945, e sujeitou muitos coreanos a trabalhos forçados em empresas como a Mitsubishi ou a Nippon Steel durante a Guerra do Pacífico (1941-1945), a extensão asiática da Segunda Guerra Mundial.

Seul diz que cerca de 780 mil coreanos foram sujeitos a trabalhos forçados durante os 35 anos de ocupação japonesa, não incluindo mulheres que foram forçadas à escravidão sexual, segundo a agência francesa AFP. Tóquio considera que a questão das compensações foi resolvida pelo tratado de 1965, que normalizou as relações entre o Japão e a Coreia do Sul.

Nos termos do tratado, Tóquio transferiu para Seul 800 milhões de dólares em diferentes pacotes de ajuda económica e empréstimos, a título de compensações pela ocupação ilegal da península.

Apesar de Tóquio considerar que o tratado abrange as compensações individuais, o Supremo Tribunal sul-coreano ordenou, em 2018, que as empresas japonesas indemnizassem directamente as vítimas. O plano de Seul não implica um pedido de desculpas do Japão, como exigem as vítimas, e sugere contribuições voluntárias das empresas japonesas envolvidas nos trabalhos forçados para o fundo de compensação.

8 Mar 2023

Jürgen Klinsmann sucede a Paulo Bento como selecionador da Coreia do Sul

O antigo futebolista alemão Jürgen Klinsmann, que foi selecionador da Alemanha e dos Estados Unidos, é o novo treinador da Coreia do Sul, cargo no qual sucede ao português Paulo Bento, informou hoje a Federação sul-coreana.

Klinsmann, de 58 anos, foi contratado com vista ao Mundial2026 e deverá estar em Seul na próxima semana, assumindo já a equipa no jogo particular com a Colômbia, em 24 de março, disse também a federação.

O antigo avançado, que enquanto jogador foi campeão europeu e mundial com a Alemanha (108 internacionalizações e 47 golos), foi treinador da Alemanha e dos Estados Unidos, mas também teve curtas passagens pelo Bayern Munique e Hertha Berlim.

Na Coreia do Sul, Klinsmann sucede a Paulo Bento, que esteve à frente dos sul-coreanos entre 2018 e 2022, saindo após o último Mundial, realizado no Qatar, numa decisão que estava tomada desde setembro e que não se deveu à eliminação da equipa. No Qatar, a Coreia do Sul foi afastada nos oitavos de final, ao perder com o Brasil por 4-1.

27 Fev 2023

II Guerra | Seul pondera criar fundo para apoiar trabalhadores forçados por empresas japonesas

O Governo da Coreia do Sul anunciou hoje estar a considerar a criação de um fundo doméstico para compensar os coreanos forçados a trabalhar para empresas japonesas durante a Segunda Guerra Mundial.

O plano, revelado durante uma audiência pública organizada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, foi recebido com duras críticas pelos antigos trabalhadores forçados e seus representantes legais, que exigiram que as indemnizações viessem do Japão.

Uma dirigente do ministério, Seo Min-jung, disse que a prioridade é providenciar as compensações o mais rápido possível, lembrando que muitas vítimas de trabalho forçado já estão mortas e que a maioria dos sobreviventes tem mais de 90 anos.

Seo, diretora do ministério para a Ásia Pacífico, disse que os pagamentos poderiam ser geridos pela Fundação para Vítimas de Mobilização Forçada do Japão Imperial, com sede em Seul.

Shim Kyu-sun, presidente da fundação, disse que as indemnizações poderiam ser financiadas por empresas sul-coreanas que beneficiaram de assistência económica japonesa quando os dois países normalizaram os laços diplomáticos na década de 1960, incluindo a gigante do aço POSCO.

Tribunais coreanos condenaram em 2018 empresas japonesas a pagar indemnizações a antigos trabalhadores forçados coreanos. Gigantes japonesas como a Nippon Steel e a Mitsubishi Heavy Industries recusaram-se a cumprir as decisões judiciais.

Mas Seo Min-jung disse que “as empresas japonesas reduziram grande parte de sua atividade económica na Coreia do Sul e retiraram ativos, por isso nem está claro se um processo de liquidação seria suficiente para compensar os demandantes”.

A dirigente ministerial disse ainda que funcionários do governo irão encontrar-se pessoalmente com as vítimas e familiares para explicar os planos de pagamento e obter o seu consentimento. Seo admitiu que seria “impossível” obrigar as empresas japonesas a desculparem-se pelo trabalho forçado, que por décadas foi uma das principais causas do impasse diplomático entre a Coreia do Sul e o Japão.

“Seria importante que o Japão sinceramente mantivesse e herdasse as comoventes expressões de desculpas e remorso que já expressou no passado”, disse a dirigente.
O Presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol, um conservador que assumiu o cargo em maio, reuniu-se com o primeiro-ministro japonês Fumio Kishida em novembro.

Na primeira reunião entre os chefes de governo dos dois países em três anos, ambos expressaram o compromisso de resolver rapidamente questões bilaterais “pendentes”, numa referência implícita à disputa do trabalho forçado.

A Coreia do Sul e o Japão mantêm disputas decorrentes da ocupação colonial japonesa, antes e durante a Segunda Guerra Mundial, nomeadamente devido à escravidão sexual vivida por mulheres sul-coreanas e imposta por soldados japoneses.

12 Jan 2023

China suspende emissão de vistos de curto prazo para sul-coreanos em retaliação

A China suspendeu a emissão de vistos de curto prazo para sul-coreanos, na primeira retaliação de Pequim contra as restrições impostas a viajantes chineses, face ao rápido aumento de casos de covid-19 no país.

A embaixada chinesa na Coreia do Sul anunciou que os vistos para negócios, turismo, tratamento médico, escalas aéreas e assuntos privados vão ser suspensos para cidadãos sul-coreanos.

A suspensão foi desencadeada por “restrições de entrada discriminatórias impostas pela Coreia do Sul à China”, lê-se no comunicado.

A Coreia do Sul suspendeu a emissão de vistos de curto prazo para viajantes chineses até 31 de janeiro, impedindo a entrada de turistas no país. Os voos entre a Coreia do Sul e a China também estão limitados ao aeroporto internacional de Incheon, em Seul. As ligações a Busan, Daegu e Jeju foram suspensas.

O anúncio da embaixada da China surge depois de o recém-nomeado ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Qin Gang, ter protestado junto do seu colega sul-coreano, Park Jin, sobre as restrições de viagem, durante uma conversa por telefone, na segunda-feira.

Qin expressou “preocupações” e instou Seul a manter uma “atitude objetiva e científica”, de acordo com um comunicado emitido pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.

Vários outros países, incluindo Portugal, impuseram restrições a viajantes oriundos da China, apontando preocupações com o recente aumento de casos de covid-19 no país e o surgir de uma nova variante do novo coronavírus.

As restrições consistem, sobretudo, na obrigação de fazer um teste 48 horas antes de embarcar, uma medida que a China impõe também a quem viaja para o país.

Nos últimos três anos, o país asiático impôs um sistema de quarentena em instalações designadas, que chegou a ser de 28 dias em algumas províncias, e a realização de vários testes, incluindo o serológico e o PCR, para quem chegava à China vindo de fora.

Pequim diz agora que vai adotar “medidas recíprocas” para responder aos países que impuseram medidas de prevenção face ao aumento de casos na China, que abandonou a política de ‘zero casos’ de covid-19 em dezembro, desencadeando uma vaga de infeções sem precedentes.

10 Jan 2023

Seul | Ex-director de segurança detido por suspeita de encobrir homicídio

O ex-director de segurança nacional da Coreia do Sul foi detido no sábado por suspeita de encobrir o homicídio de um funcionário do organismo de pesca sul-coreana pela Coreia do Norte perto da fronteira marítima dos dois países em 2020.

A detenção de Suh Hoon ocorre quando o governo conservador do Presidente do país, Yoon Suk Yeol, investiga o modo como o seu predecessor liberal lidou com este homicídio e outro incidente na fronteira no mesmo ano, casos que geraram muitas críticas.

Seul estava, na altura destes incidentes, a tentar desesperadamente apaziguar a Coreia do Norte para melhorar as suas relações. O ex-Presidente Moon Jae-in, que apostou o seu único mandato na reaproximação entre as Coreias antes de deixar o cargo em Maio, reagiu com raiva à investigação sobre as acções de Suh. Moon emitiu um comunicado esta semana acusando o Governo de Yoon de levantar alegações infundadas e de politizar questões de segurança sensíveis.

De acordo com um comunicado do Tribunal Distrital Central de Seul, o juiz Kim Jeong-min aprovou o pedido do procurador para deter Suh, com o objectivo de evitar a destruição de provas.

Suh não respondeu às perguntas dos jornalistas sobre as alegações feitas contra si na sexta-feira, quando compareceu ao tribunal para uma revisão do pedido de mandado de prisão da procuradoria.

Uma investigação anterior do Conselho de Auditoria e Inspecção da Coreia do Sul concluiu que funcionários do governo de Moon não fizeram nenhuma tentativa significativa de resgatar Lee Dae-jun depois de saber que o oficial de pesca de 47 anos estava à deriva em águas perto da fronteira marítima ocidental da Coreia em Setembro de 2020.

Depois de confirmar que Lee tinha sido morto a tiro por tropas norte-coreanas, as autoridades levantaram publicamente a possibilidade de que estivesse a tentar desertar para a Coreia do Norte, citando as suas dívidas de jogo e problemas familiares, enquanto ocultavam evidências que Lee não tinha essa intenção, segundo um relatório do Conselho de Auditoria de Outubro.

Sem rasto

Suh serviu também como chefe de espionagem de Moon antes de ser nomeado director de segurança nacional dois meses antes do assassínio.

O ex-director da segurança nacional enfrenta suspeitas de que usou uma reunião do Gabinete para instruir as autoridades a destruírem os registos de informação relacionados ao incidente, enquanto o governo elaborava uma explicação pública para a morte de Lee.

Suh é ainda suspeito de ordenar que o Ministério da Defesa, o Serviço de Informação Nacional e a Guarda Costeira colocassem nos seus relatórios que Lee estava a tentar desertar. Em Junho, o Ministério da Defesa e a Guarda Costeira reverteram a descrição do incidente feita pelo governo de Moon, dizendo que não havia provas de que Lee estivesse a tentar desertar.

5 Dez 2022

Declarado luto nacional após mortes do Halloween em Seul

Mais de 150 pessoas morreram esmagadas na sequência da debandada de uma multidão que celebrava o Halloween em Seul. Várias dezenas de milhares de pessoas acorreram ao centro de Seul para a primeira Noite das Bruxas desde o início da pandemia. Foi ontem decretado um período de luto nacional

 

O pesadelo tornou-se realidade. Pelo menos 151 pessoas morreram e cerca de 150 ficaram feridas na noite de sábado numa debandada no centro de Seul, segundo um balanço feito pelos bombeiros à agência de notícias AFP.

As autoridades sul-coreanas tinham referido 140 mortos e 150 feridos num anterior balanço.

No centro de Seul dezenas de milhares de pessoas, muitas fantasiadas, estavam a celebrar o Halloween pela primeira vez desde a pandemia de covid-19 e muitas foram esmagadas até à morte quando uma grande multidão avançou por uma rua estreita.

O distrito de Itaewon, perto de uma antiga base militar dos Estados Unidos e conhecido pela sua atmosfera cosmopolita, bares e todos os tipos de locais de festa num labirinto de becos estreitos, transformou-se num local com corpos alinhados no pavimento tapados com cobertores ou outras mortalhas improvisadas, massagens cardíacas realizadas na rua por transeuntes a pedido de bombeiros sobrecarregados, e pessoas disfarçadas ou em traje formal a correr em pânico.

O acidente, um dos piores da história recente da Coreia do Sul, aconteceu perto do Hotel Hamilton, numa avenida principal rodeada por vielas íngremes e inclinadas.

Os meios de comunicação locais disseram que cerca de 100.000 pessoas afluíram às ruas de Itaewon para as festividades de Halloween, que foram as maiores desde o início da pandemia de covid-19.

 

Razões da tragédia

As autoridades receberam as primeiras chamadas de emergência de pessoas “enterradas” em multidões às 22h24 de Seul (21h24 em Macau). Quando a notícia foi dada, a agência noticiosa da Coreia do Sul, Yonhap, relatou que algumas pessoas sofreram “paragem cardíaca”, com outras a relatar “dificuldade em respirar”.

Contudo, as autoridades não confirmaram a existência de fugas de gás ou incêndios no local. As equipas de resposta a emergências enviaram para o local mais de 1.700 agentes, incluindo 517 bombeiros, 1.100 agentes policiais, e cerca de 70 funcionários do governo. Vídeos partilhados nas redes sociais mostraram as autoridades a selar uma zona onde a multidão ficou comprimida, deixando vários feridos deitados no chão à espera de ajuda médica. Outros mostraram pessoas trajadas a rigor para celebrar o Halloween deitadas na rua e em macas, enquanto lhes eram dados os primeiros socorros ou a serem transportados para ambulâncias.

O Presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol convocou uma reunião de emergência nas primeiras horas de ontem, e mais tarde visitou o local para receber um balanco dos trabalhos e do volume de vítimas pela equipa de resposta a emergências.

Em declarações aos média, o governante expressou consternação perante a situação dramática vivida horas antes. “Uma tragédia que nunca deveria ter acontecido ocorreu no centro de Seul na noite de Halloween. As minhas orações vão para aqueles que perderam a vida num acidente inesperado, e para os feridos que recuperem rapidamente”, declarou Yoon Suk Yeol, citado pela CNN. “Os ministérios relevantes, incluindo o Ministério do Interior e Segurança, vão realizar inspecções de emergência a eventos de Halloween, mas também a outros festivais locais para gerir minuciosamente os eventos para que decorram de forma ordenada e segura”, afirmou o Presidente sul-coreano.

 

Relatos de horror

Vários órgãos de comunicação social sul-coreanos e internacionais reproduziram ontem relatos impressionantes de testemunhas que conseguiram a custo escapar à sufocante multidão num beco inclinado de Itaewon. No fundo do beco, os corpos foram-se amontoando.

“As pessoas continuavam a empurrar quem estava mais abaixo ao longo do beco. Ouvi muitos gritos, enquanto as pessoas caíam como peças de dominó. Pensei que ia ser esmagado até à morte, à medida que a multidão continuava a apertar sem se aperceber que muitas pessoas já estavam caídas no chão”, indicou uma testemunha à agência Yonhap.

“Um número enorme de pessoas estava a ser empurrado de um lado para o outro e eu fui apanhado pela massa de gente e também não estava a conseguir libertar-me. Senti que estava prestes a acontecer uma tragédia”, contou Jeon Ga-eul à agência AFP sobre o início do acidente.

Um dos sobreviventes culpou os donos de bares e discotecas pelo elevado número de vítimas mortais, acusando-os de impedirem as pessoas de entrar nos estabelecimentos enquanto tentavam escapar.

“Parece-me que o número de mortes foi mais severo, à medida que as pessoas tentavam escapar para o interior de lojas e eram impedidas de entrar por já estarem encerradas ao público”, afirmou o sobrevivente que não se identificou à agência noticiosa sul-coreana.

 

Tratar as feridas

De imediato foi anunciado que o Governo irá criar um sistema de apoio multidisciplinar para ajudar os feridos e familiares dos mortos.

Nesse sentido, o Primeiro-Ministro Han Duck-soo esclareceu ontem que o seu Executivo irá criar um fundo para ajudar as famílias e os feridos, que irá incluir uma equipa a apoio funerário, assim como profissionais para providenciar apoio físico e psicológico a feridos.

Para assegurar que não falta pessoal de apoio, o Governo de Seul indicou estar a “consultar activamente representantes diplomáticos. Ontem à tarde, as autoridades contavam entre os mortos, pelo menos, vítimas de 19 nacionalidades diferentes, incluindo Irão, Noruega, China, Uzbequistão, Tailândia, entre outros.

“O nosso país tem uma vasta história de superação de desastres, com os todos os seus cidadãos a responder em uníssono. Peço sinceramente a todos os cidadãos que se juntem para que possamos superar a mágoa e erguermo-nos de novo”, afirmou o Primeiro-Ministro.

O governo metropolitano de Seul afirmou ontem que será erguido hoje um altar em memória às vítimas no Seoul Plaza.

 

Luto e mensagens do mundo

O Presidente sul-coreano anunciou o início de um período de luto nacional, que irá durar até à meia-noite do dia 5 do próximo sábado, e prometeu uma “investigação aprofundada” para apurar as causas.

Yoon Suk-yeol declarou o luto nacional “até que o acidente esteja sob controlo” e prometeu dar “como prioridade máxima” a investigação ao caso, num discurso dirigido à nação.

Vários líderes mundiais enviaram mensagens de condolências e de solidariedade às autoridades sul-coreanas, como o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que disse que os Estados Unidos estão “ao lado” da Coreia do Sul, enviando “os melhores votos de rápida recuperação a todos os que ficaram feridos”.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, também se mostrou solidário para com o povo de Seul e de todo o país. “A França está ao vosso lado”, acrescentou o chefe de Estado na rede social Twitter. O Governo venezuelano foi outro dos que se solidarizou com os familiares das vítimas e com o povo da Coreia do Sul e num comunicado fez votos de rápida recuperação dos feridos.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, enviou também ao chefe de Estado sul-coreano, Yoon Suk Yeol, uma mensagem de condolências e solidariedade pela tragédia ocorrida nos festejos do Halloween.

“Ao tomar conhecimento da terrível tragédia ocorrida em Seul, o Presidente da República apresentou as suas sentidas condolências e uma palavra de reconforto e solidariedade às famílias das vítimas, em mensagem enviada ao Presidente da Coreia”, lê-se numa nota publicada na página oficial da Presidência da República.

 

Com Agências

31 Out 2022

Coreia do Norte e Coreia do Sul trocam tiros de aviso na fronteira marítima

A Coreia do Norte e a Coreia do Sul trocaram hoje tiros de advertência e acusações de violação da fronteira marítima, num novo episódio num contexto de crescente tensão nas últimas semanas.

Numa primeira momento, um navio mercante norte-coreano ultrapassou esta madrugada a fronteira marítima perto da ilha de Baengnyeong, recuando depois de a marinha sul-coreana ter disparado tiros de aviso, disse Seul.

“As contínuas provocações e reivindicações imprudentes do Norte minam a paz e a estabilidade da península coreana e da comunidade internacional”, disseram os Chefes de Estado-Maior Conjunto, exortando Pyongyang a acabar com essas ações.

Pelo seu lado, os militares de Pyongyang disseram que um navio militar sul-coreano violou a fronteira minutos depois e que o exército norte-coreano (KPA) disparou dez tiros de aviso, a partir da costa ocidental.

“As unidades de defesa da costa ocidental da KPA tomaram uma contramedida inicial para repelir poderosamente o navio de guerra inimigo”, disse um porta-voz em comunicado.

“Mais uma vez emitimos um aviso severo aos inimigos, na sequência das provocações marítimas, além do fogo de artilharia e da transmissão de mensagens transfronteiriças através de altifalantes”, acrescentou.

A “zona tampão” marítima foi estabelecida num acordo de 2018, concebido para evitar tensões entre os dois países.

Mas estas intensificaram-se nas últimas semanas, com Pyongyang a efetuar vários lançamentos de mísseis e disparos de artilharia nas águas das costas leste e oeste, visando esta fronteira, o que é considerado como uma provocação pela Coreia do Sul e pelo Japão.

A Coreia do Norte também aumentou recentemente os testes de armas descritos como ataques “nucleares táticos” simulados contra alvos na Coreia do Sul.

Seul e Washington disseram esperar que Pyongyang, que acredita estar ameaçada pelas manobras militares norte-americanas, sul-coreanas e japonesas na região, retome em breve os testes nucleares. As tensões têm vindo a aumentar na península coreana desde o início do ano.

No mês passado, a Coreia do Norte também declarou o seu estatuto nuclear “irreversível”, fechando definitivamente a porta às negociações de desarmamento, e avisou que avançaria para ataques preventivos se fosse ameaçada.

A troca de tiros de advertência acontece no mesmo dia em que a secretária de Estado-adjunta dos EUA, Wendy Sherman, viaja para o Japão para conversações tripartidas com os aliados de Washington, Tóquio e Seul, numa demonstração de unidade após as ações da Coreia do Norte.

24 Out 2022

Seul | Partido no poder admite anular acordo de 2018 com Pyongyang

Face à possível realização de mais um teste nuclear pela Coreia do Norte, o Partido do Poder Popular ameaça rasgar o acordo assinado há quatro anos que visava pôr termo às hostilidades entre as duas Coreias

 

O partido no poder na Coreia do Sul ameaçou na passada sexta-feira anular o pacto sobre o fim das hostilidades alcançado em 2018 com Pyongyang se a Coreia do Norte realizar um novo teste nuclear. A Coreia do Norte disparou durante a madrugada de sexta-feira um novo míssil balístico de curto alcance.

Tratou-se do nono lançamento em 20 dias sendo que foi acompanhado de manobras aéreas e de artilharia junto da fronteira com a Coreia do Sul que realizou exercícios com fogo real na quinta-feira.

Os disparos de artilharia (junto da fronteira) ocorrem após “contínuas provocações durante as últimas três semanas” e constituem “uma clara violação do acordo militar de 19 de Setembro (2018)”, disse Yang Kum-hee, o porta-voz do Partido do Poder Popular (PPP) no governo na Coreia do Sul.

O acordo de 19 de Setembro, como é conhecida a declaração conjunta assinada em 2018 após a cimeira entre o chefe de Estado da Coreia do Sul e o líder da Coreia do Norte, pretendia atenuar as actividades militares hostis entre os dois países.

“Se a Coreia do Norte levar a cabo mais um teste nuclear devemos considerar seriamente renunciar à declaração conjunta sobre a desnuclearização da península e ao acordo de 19 de Setembro”, disse Yang Kum-hee.

Primeiras sanções

Os serviços de informações da Coreia do Sul e dos Estados Unidos mantêm que o regime de Pyongyang está preparado para realizar um teste atómico, pela primeira vez desde 2017. O porta-voz do PPP responsabilizou as políticas de proximidade levadas a cabo pelo anterior governo da Coreia do Sul, assim como se referiu ao que considerou “falso espectáculo de paz” como razões que intensificaram as provocações de Pyongyang tendo urgindo a Coreia do Norte a parar com as “hostilidades”.

Em resposta aos disparos das últimas semanas, entre os quais um míssil balístico que sobrevoou território japonês, Seul adoptou esta sexta-feira as primeiras medidas unilaterais contra Pyongyang, dos últimos cinco anos.

As restrições afectam 15 personalidades e 16 instituições da Coreia do Norte vinculadas ao programa de desenvolvimento bélico do país, assim como afecta o comércio de materiais que pode ser potencialmente utilizado na fabricação de armas.

O Presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, admitiu pedir aos Estados Unidos o aumento do dispositivo militar norte-americano na região perante a escalada das tensões e dos indícios de um novo teste nuclear norte-coreano.

Ameaça constante

O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul acusou na passada sexta-feira os militares norte-coreanos de lançarem entre 90 e 200 projécteis de artilharia no Mar Amarelo e outros 90 nas águas do Mar do Japão. Segundo as autoridades sul-coreanas, os projécteis caíram nas ‘zonas tampão’, a leste e a oeste da Linha da Fronteira Norte, nome pelo qual é conhecida a fronteira marítima entre os dois países.

Em comunicado, o Estado-Maior Conjunto sublinhou que estas provocações da Coreia do Norte prejudicam a paz e a estabilidade na região.

17 Out 2022

Coreia do Sul diz que Coreia do Norte testou míssil em direção ao mar

Os militares da Coreia do Sul dizem que a Coreia do Norte disparou hoje pelo menos um míssil balístico não identificado em direção ao seu mar oriental. O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul não disse imediatamente que tipo de míssil era ou quão longe voou.

O lançamento ocorreu um dia depois de as autoridades sul-coreanas terem detetado sinais de que a Coreia do Norte estava a preparar-se para testar um míssil projectado para ser disparado de submarinos.

A Coreia do Norte acelerou as suas atividades de testes para um ritmo recorde em 2022, testando mais de 30 armas balísticas, incluindo os seus primeiros mísseis balísticos intercontinentais desde 2017, enquanto continua a expandir as suas capacidades militares, no meio de um impasse prolongado na diplomacia nuclear.

O lançamento ocorreu quando o porta-aviões nuclear USS Ronald Reagan e o seu grupo de ataque chegaram à Coreia do Sul para o exercício militar conjunto dos dois países para mostrar a sua força contra as crescentes ameaças norte-coreanas.

A ameaça norte-coreana também deverá estar na agenda da vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, quando esta visitar a Coreia do Sul na próxima semana, depois de participar no funeral, em Tóquio, do ex-primeiro-ministro japonês Shinzo Abe.

25 Set 2022

Coreia do Sul | Detida suspeita de matar filhos, corpos encontrados em malas

Uma mulher de 42 anos, suspeita de assassinar duas crianças cujos restos mortais foram encontrados em malas na Nova Zelândia, foi detida na Coreia do Sul, informou ontem a polícia sul-coreana.

A mulher, supostamente a mãe das duas crianças mortas, foi detida por homicídio na Coreia do Sul a pedido da Nova Zelândia, e vai enfrentar um processo de extradição, adiantaram as autoridades de ambos os países.

“A suspeita é acusada pela polícia da Nova Zelândia de assassinar dois dos seus filhos, na altura com sete e dez anos, em 2018, na área de Auckland”, pode ler-se no comunicado da polícia sul-coreana.

Na mesma nota acrescenta-se que a mulher “chegou à Coreia do Sul depois do crime, onde se tem mantido escondida desde então”. A agência de notícias Yonhap avançou que se trata de uma cidadã neozelandesa nascida na Coreia do Sul.

A descoberta dos corpos aconteceu no mês passado. As malas faziam parte de um reboque carregado com artigos comprados por uma família num leilão de bens abandonados em Auckland, a maior cidade da Nova Zelândia.

16 Set 2022

Nuclear | Seul alerta Pyongyang para “caminho de autodestruição”

A Coreia do Sul avisou ontem Pyongyang de que o recurso a armas nucleares vai colocar o país num “caminho de autodestruição”, depois de a Coreia do Norte ter aprovado legislação sobre o uso de armas nucleares de modo preventivo. Habitualmente, Seul evita usar termos tão fortes para evitar o aumento da tensão na península coreana.

O Ministério da Defesa sul-coreano considera que a legislação apenas vai aprofundar o isolamento da Coreia do Norte e incitar Seul e Washington a “reforçar ainda mais a capacidade de dissuasão e reacção”, disse aos jornalistas Moon Hong-sik, porta-voz da tutela.

Para conseguir que a Coreia do Norte não use armas nucleares, o ministério disse que a Coreia do Sul vai impulsionar fortemente a capacidade de ataque preventivo, defesa antimísseis e de retaliação maciça, enquanto procura um maior compromisso de segurança dos Estados Unidos da América (EUA) para defender o país aliado, com todas as capacidades disponíveis, incluindo a nuclear.

“Advertimos o Governo norte-coreano de que enfrentará a resposta esmagadora da aliança militar Coreia do Sul-EUA e seguirá o caminho da autodestruição, se tentar utilizar armas nucleares”, salientou o porta-voz.

Na semana passada, o parlamento da Coreia do Norte aprovou a legislação sobre as regras relativas ao arsenal nuclear, permitindo a Pyongyang recorrer ao armamento atómico, se a liderança enfrentar um ataque iminente ou se pretender evitar uma “crise catastrófica” não especificada para o país.

Num discurso, no parlamento, o líder norte-coreano, Kim Jong-un, afirmou que o país nunca abandonará as armas nucleares de que necessita para responder às ameaças dos EUA, que acusou de pressionarem para enfraquecer as defesas do país e eventualmente derrubar o regime que lidera.

14 Set 2022

Comissão sul-coreana acusa anteriores governos por atrocidades sobre sem-abrigo

A Comissão de Verdade e Reconciliação da Coreia do Sul responsabilizou hoje anteriores governos pelas atrocidades cometidas na Casa dos Irmãos, instalação financiada pelo Estado onde milhares de sem-abrigo foram escravizados há mais de 40 anos.

A comissão anunciou as conclusões preliminares da investigação sobre as violações dos direitos humanos naquela instituição, incluindo casos extremos de trabalho forçado, violência e mortes. A comissão afirmou ter confirmado até agora 657 mortes, elevando o número anteriormente avançado de 513 entre 1975 e 1986, documentado nos registos da instalação.

Entre os anos 60 e 80 do século passado, os ditadores militares sul-coreanos ordenaram operações com o objetivo de ‘limpar’ as ruas. Milhares, incluindo pessoas sem-abrigo e deficientes, bem como crianças, foram arrancados das ruas e levados para instalações, onde permaneceram detidos e forçados a trabalhar.

A Casa dos Irmãos foi a maior dessas instalações, antes de um procurador ter exposto os horrores praticados em 1987. O governo do ditador militar Chun Doo-hwan procurou acabar com a investigação que determinou centenas de mortes, violações e espancamentos nas instalações.

24 Ago 2022

Nuclear | Seul diz que não irá entrar pelo caminho da dissuasão

O presidente sul-coreano disse ontem que o seu Governo não tem planos de entrar no caminho da dissuasão nuclear, na sequência do aumento das capacidades das armas nucleares da Coreia do Norte, que disparou, também ontem, dois mísseis de cruzeiro.

Yoon Suk-yeol pediu a Pyongyang que retome as conversações e a diplomacia, destinadas a trocar as etapas da desnuclearização dos norte-coreanos por benefícios económicos.

Este pedido ocorre horas depois de os militares sul-coreanos terem detectado o disparo de dois mísseis pela Coreia do Norte a partir da cidade costeira ocidental de Onchon, em território norte-coreano, em direcção ao mar.
Até ao momento, o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul não divulgou mais detalhes sobre o lançamento destes dois mísseis.

O gabinete de Yoon disse que o director de segurança nacional sul-coreano, Kim Sung-han, discutiu o lançamento com outras autoridades antes de Yoon dirigir-se aos jornalistas numa conferência de imprensa e reafirmar a prontidão militar da Coreia do Sul.

Yoon afirmou aos jornalistas que a Coreia do Sul não deseja mudanças políticas à força na Coreia do Norte e apelou ao retorno das negociações para a construção de uma paz sustentável. Estas declarações acontecem dias depois do líder sul-coreano ter proposto um pacote de assistência económica “audacioso” à Coreia do Norte se o país abandonasse o seu programa de armas nucleares. O primeiro-ministro sul-coreano evitou fazer duras críticas aos norte-coreanos, mesmo depois de estes terem ameaçado com uma retaliação “mortal” devido ao surto de covid-19 no seu país, o qual atribuem à Coreia do Sul.

Ofertas e promoções

A proposta de Yoon é, nomeadamente, uma ajuda em larga escala em alimentos, em medicamentos e saúde e na modernização do campo da energia e infraestruturas portuárias, assemelhando-se a ofertas sul-coreanas anteriores que foram rejeitadas pela Coreia do Norte, que está a acelerar o desenvolvimento de armas nucleares e mísseis balísticos vistos pelo líder norte-coreano, Kim Jong-un, como a sua principal garantia de sobrevivência.

Ainda assim, Yoon expressou esperança de um “diálogo significativo” com a Coreia do Norte sobre o seu plano e enfatizou que Seul está disposta a fornecer recompensas económicas correspondentes em cada etapa de um processo de desnuclearização, se a Coreia do Norte se comprometer com um “roteiro” genuíno para abandonar o seu programa de armamentos.

A Coreia do Norte aumentou os seus testes de mísseis para um ritmo recorde em 2022, lançando mais de 30 armas balísticas até agora, incluindo os seus primeiros mísseis balísticos intercontinentais em quase cinco anos.

17 Ago 2022