Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Sul | Pelo menos 12 pessoas morreram em onda de calor Uma onda de calor que está a afectar a Coreia do Sul há uma semana levou à morte de, pelo menos, 12 pessoas. Entre hoje e amanhã, as temperaturas podem subir mais dois graus Celsius, ultrapassando os 37 graus, com a sensação térmica a suplantar essa barreira Pelo menos 12 pessoas morreram devido à onda de calor que atinge a Coreia do Sul há uma semana, segundo o balanço realizado ontem pelas autoridades sul-coreanas, que alertaram para as altas temperaturas que se vão sentir no país. O calor sufocante deixou pelo menos 12 mortes durante o fim-de-semana, de acordo com as últimas informações publicadas ontem pela agência de notícias local Yonhap. As autoridades meteorológicas sul-coreanas estimavam ontem que os termómetros pudessem atingir temperaturas entre os 29 e 35 graus Celsius em quase todo o território, com a sensação térmica a ultrapassar esta barreira, pedindo prudência à população. A agência meteorológica nacional declarou que a onda de calor deve continuar nos próximos dias e as temperaturas podem subir mais de 2 graus entre hoje e amanhã. Desde 20 de Maio, mais de mil pessoas tiveram de ser socorridas por doenças relacionadas ao calor, das quais cerca de 200 foram atendidas nos últimos dias, segundo dados publicados pelo jornal The Korea Herald. As autoridades também alertaram para a possibilidade de quedas de energia devido ao aumento da demanda por electricidade em meio à onda de calor. Região a ferver No Japão, a agência meteorológica nacional mantém há dias um alerta de temperaturas elevadas para quase todo o arquipélago, com especial destaque para a zona de Tóquio e arredores, e no oeste do país. Ontem foi emitido um novo aviso para a semana de 6 e 14 de Agosto. As autoridades estão a pedir aos idosos que tomem mais cuidado, depois de um casal ter sido encontrado morto dentro de casa, aparentemente devido a um golpe de calor.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Sul aumenta salário mínimo 2,5% para 2024 A comissão que fixa o salário mínimo sul-coreano aprovou hoje um aumento de 2,5% para 2024, para 9.860 won (6,9 euros) por hora, esperando-se protestos dos sindicatos que pediam aumentos de 26,9%. Na ausência de um acordo entre o patronato, que pretendia o congelamento do salário mínimo, e os sindicatos, no final de quase quatro meses de negociações infrutíferas, a comissão aprovou por votação o aumento, depois de uma reunião de várias horas iniciada na terça-feira. A comissão é composta, em partes iguais, por representantes do setor público, do patronato e dos sindicatos. As negociações salariais deste ano foram as mais longas desde que o atual sistema de fixação do salário mínimo foi estabelecido em 2007. O novo aumento surge após subidas de 10,9%, em 2019, 1,5%, em 2021, 5,05%, em 2022, e 5% para este ano. Por lei, a comissão deve apresentar o novo salário mínimo acordado ao Ministério do Trabalho sul-coreano, responsável por anunciar publicamente a medida. Tanto os sindicatos como os empregadores podem manifestar-se contra a decisão e pedir uma revisão à comissão, desde que o próprio ministro do Trabalho dê autorização para isso, embora até agora nenhuma das partes tenha solicitado uma reavaliação. Apesar disso, os representantes sindicais tornaram já pública a indignação face à decisão. No início do mês, o principal sindicato do país, a Confederação de sindicatos coreana (KCTU), realizou uma greve em protesto contra a postura dos patrões e políticas laborais do Governo conservador do Presidente, Yoon Suk-yeol. Espera-se que a decisão de hoje conduza a novas greves este verão.
Hoje Macau SociedadeDST promove o destino turístico Macau ao mercado sul-coreano Termina hoje a promoção de rua “Sentir Macau Sem Limites”, que começou na passada sexta-feira. Durante quatro dias, a iniciativa mostrou ao público de Seul, na Coreia do Sul, “os ricos elementos de “turismo + de Macau”, indicou na sexta-feira a Direcção dos Serviços de Turismo (DST). A aposta do Governo da RAEM tem como objectivo atrair visitantes internacionais para as férias de Verão. A DST recorda que em 2019, Macau recebeu mais de 740 mil visitantes da Coreia do Sul, volume de turistas que destacou o país como o primeiro mercado internacional de visitantes. A cerimónia de abertura da promoção de rua teve lugar no complexo comercial Times Square, em Seul, e contou com a presença da directora da DST, Helena de Senna Fernandes, o presidente da Associação de Agentes de Viagem da Coreia, Henry Oh, assim como representantes dos sectores da aviação e turismo da Coreia do Sul. Além de membros do Governo, viajaram de Macau “representantes da indústria turística e das seis grandes empresas integradas de turismo e lazer”, indicou na sexta-feira a DST. Na cerimónia de abertura, Helena de Senna Fernandes, referiu que o número de voos entre Macau e a Coreia do Sul tem aumentado nos últimos meses e que o objectivo da acção de promoção seria mostrar as últimas novidades do menu de novos elementos turísticos de Macau. Prémios e influências Como não poderia deixar de ser no actual paradigma de marketing, a DST procurou atrair a colaboração e influência digital de uma grande plataforma sul-coreana. Portanto, “além da promoção contínua nas redes sociais, a representação da DST na Coreia do Sul convidou vários influenciadores digitais sul-coreanos para apoiarem a promoção. Uma das iniciativas foi realizada em parceria com a plataforma de viagem no Instagram Yeomi.travel, que tem mais de 1,2 milhões de seguidores, através de um sorteio, intitulado “Teleport to Macao”. Quem apareceu na abertura na Times Square, munido de passaporte, habilitou-se a ser um dos quatro felizardos que ganharam bilhetes de avião e pacotes de estadia gratuitos, com partida imediata. Além disso, o Governo promoveu encontros entre operadores turísticos de ambos os territórios, e lançou uma campanha publicitária para atrair turistas sul-coreanos.
Hoje Macau China / ÁsiaPortugal-Coreia do Sul | Salientados valores e visões comuns Os primeiros-ministros de Portugal e da Coreia do Sul defenderam ontem que os dois governos partilham valores comuns e uma ordem mundial baseada na democracia, no Estado de Direito e na livre iniciativa económica. Estas posições foram transmitidas por António Costa e Han Duck-soo no início da reunião entre ambos, na sede do Executivo sul-coreano, em Seul, à qual se seguirá uma cerimónia de assinatura de instrumentos jurídicos. Numa breve intervenção, o líder do Executivo português considerou que Portugal e a Coreia do Sul “têm uma tradição de boas relações” diplomáticas e políticas, e “partilham uma visão comum e valores comuns” no que respeita à ordem política internacional. “Nesta base comum, temos de reforçar e desenvolver as nossas relações económicas. Na terça-feira e esta manhã tive a oportunidade de me encontrar com alguns dos mais importantes empresários sul-coreanos e de lhes apresentar as oportunidades de investir em Portugal”, disse. De acordo com António Costa, o mundo “enfrenta grandes desafios”, estando em curso uma dupla transição ao nível do digital e da energia. “A crise da covid-19 foi um momento para se abrir os olhos no sentido de compreender o quanto eram frágeis as nossas cadeias de abastecimento e sobre os riscos resultantes de uma escassez de matérias-primas e de falta de componentes críticos, como os microchips e semicondutores. Temos de caminhar juntos para reorganizar estas cadeias de abastecimento e aumentar a resiliência das nossas economias”, advertiu. Na perspectiva do primeiro-ministro português, Portugal e a Coreia do Sul “estão numa boa posição para isso”. “A Coreia do Sul é uma das mais importantes economias do mundo e Portugal é um dos países mais seguros do mundo. Somos a porta de entrada para mercados de 500 milhões de pessoas”, disse, numa alusão à União Europeia e aos países de língua portuguesa, “desde Timor-Leste ao Brasil”. Boas posturas Perante Han Duck-soo, Costa insistiu na ideia de que Portugal “é campeão na transição energética e é o único país com conexões por cabo de fibra óptica com todos os continentes”. “Estamos em boa posição para cooperar com as empresas coreanas, num momento em que o mundo precisa de enfrentar grandes desafios”, declarou, já depois de Han Duck-soo ter lembrado que a visita de António Costa é a primeira de um chefe do Governo português ao fim de 23 anos. “Tivemos sempre boas relações entre os dois países. Com a sua visita, acreditamos que as nossas relações serão reforçadas e irão mais longe no futuro, na economia, na cultura e no comércio. Após a pandemia da covid-19, está a aumentar o intercâmbio entre estudantes e os jovens são o nosso futuro”, observou o primeiro-ministro sul-coreano. Do ponto de vista das relações internacionais, Han Duck-soo deixou a seguinte mensagem: “Portugal e a Coreia partilham os valores universais simbolizados na democracia, no Estado de Direito, no mercado livre, e estão empenhados no cumprimento dos Direitos Humanos”. De acordo com o primeiro-ministro sul-coreano, com base nesses valores comuns, os dois países mostram-se empenhados na resolução dos principais problemas ao nível mundial, “estabelecendo uma ordem mundial assente no Direito Internacional”. “A sua visita será um ponto de viragem em relação aos principais indicadores da cooperação bilateral”, acrescentou.
Hoje Macau China / ÁsiaSeul | Vítimas de trabalho forçado no Japão rejeitam plano de compensações Vítimas sul-coreanas de trabalhos forçados em tempo de guerra por empresas do Japão rejeitaram ontem a proposta do Governo da Coreia do Sul para pagar indemnizações sem o envolvimento directo das companhias japonesas. “Não aceitarei o dinheiro mesmo que morra à fome”, disse Yang Geum-deok, 94 anos, durante uma conferência de imprensa realizada no âmbito de um protesto na Assembleia Nacional, em Seul, citada pelo jornal The Korea Times. Yang reagia à proposta do Governo, divulgada na segunda-feira, de compensar as vítimas através de uma fundação pública financiada por empresas coreanas, em vez das empresas japonesas responsáveis pelos trabalhos forçados. O Japão ocupou a península coreana entre 1910 e 1945, e sujeitou muitos coreanos a trabalhos forçados em empresas como a Mitsubishi ou a Nippon Steel durante a Guerra do Pacífico (1941-1945), a extensão asiática da Segunda Guerra Mundial. Seul diz que cerca de 780 mil coreanos foram sujeitos a trabalhos forçados durante os 35 anos de ocupação japonesa, não incluindo mulheres que foram forçadas à escravidão sexual, segundo a agência francesa AFP. Tóquio considera que a questão das compensações foi resolvida pelo tratado de 1965, que normalizou as relações entre o Japão e a Coreia do Sul. Nos termos do tratado, Tóquio transferiu para Seul 800 milhões de dólares em diferentes pacotes de ajuda económica e empréstimos, a título de compensações pela ocupação ilegal da península. Apesar de Tóquio considerar que o tratado abrange as compensações individuais, o Supremo Tribunal sul-coreano ordenou, em 2018, que as empresas japonesas indemnizassem directamente as vítimas. O plano de Seul não implica um pedido de desculpas do Japão, como exigem as vítimas, e sugere contribuições voluntárias das empresas japonesas envolvidas nos trabalhos forçados para o fundo de compensação.
Hoje Macau DesportoJürgen Klinsmann sucede a Paulo Bento como selecionador da Coreia do Sul O antigo futebolista alemão Jürgen Klinsmann, que foi selecionador da Alemanha e dos Estados Unidos, é o novo treinador da Coreia do Sul, cargo no qual sucede ao português Paulo Bento, informou hoje a Federação sul-coreana. Klinsmann, de 58 anos, foi contratado com vista ao Mundial2026 e deverá estar em Seul na próxima semana, assumindo já a equipa no jogo particular com a Colômbia, em 24 de março, disse também a federação. O antigo avançado, que enquanto jogador foi campeão europeu e mundial com a Alemanha (108 internacionalizações e 47 golos), foi treinador da Alemanha e dos Estados Unidos, mas também teve curtas passagens pelo Bayern Munique e Hertha Berlim. Na Coreia do Sul, Klinsmann sucede a Paulo Bento, que esteve à frente dos sul-coreanos entre 2018 e 2022, saindo após o último Mundial, realizado no Qatar, numa decisão que estava tomada desde setembro e que não se deveu à eliminação da equipa. No Qatar, a Coreia do Sul foi afastada nos oitavos de final, ao perder com o Brasil por 4-1.
Hoje Macau China / ÁsiaII Guerra | Seul pondera criar fundo para apoiar trabalhadores forçados por empresas japonesas O Governo da Coreia do Sul anunciou hoje estar a considerar a criação de um fundo doméstico para compensar os coreanos forçados a trabalhar para empresas japonesas durante a Segunda Guerra Mundial. O plano, revelado durante uma audiência pública organizada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, foi recebido com duras críticas pelos antigos trabalhadores forçados e seus representantes legais, que exigiram que as indemnizações viessem do Japão. Uma dirigente do ministério, Seo Min-jung, disse que a prioridade é providenciar as compensações o mais rápido possível, lembrando que muitas vítimas de trabalho forçado já estão mortas e que a maioria dos sobreviventes tem mais de 90 anos. Seo, diretora do ministério para a Ásia Pacífico, disse que os pagamentos poderiam ser geridos pela Fundação para Vítimas de Mobilização Forçada do Japão Imperial, com sede em Seul. Shim Kyu-sun, presidente da fundação, disse que as indemnizações poderiam ser financiadas por empresas sul-coreanas que beneficiaram de assistência económica japonesa quando os dois países normalizaram os laços diplomáticos na década de 1960, incluindo a gigante do aço POSCO. Tribunais coreanos condenaram em 2018 empresas japonesas a pagar indemnizações a antigos trabalhadores forçados coreanos. Gigantes japonesas como a Nippon Steel e a Mitsubishi Heavy Industries recusaram-se a cumprir as decisões judiciais. Mas Seo Min-jung disse que “as empresas japonesas reduziram grande parte de sua atividade económica na Coreia do Sul e retiraram ativos, por isso nem está claro se um processo de liquidação seria suficiente para compensar os demandantes”. A dirigente ministerial disse ainda que funcionários do governo irão encontrar-se pessoalmente com as vítimas e familiares para explicar os planos de pagamento e obter o seu consentimento. Seo admitiu que seria “impossível” obrigar as empresas japonesas a desculparem-se pelo trabalho forçado, que por décadas foi uma das principais causas do impasse diplomático entre a Coreia do Sul e o Japão. “Seria importante que o Japão sinceramente mantivesse e herdasse as comoventes expressões de desculpas e remorso que já expressou no passado”, disse a dirigente. O Presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol, um conservador que assumiu o cargo em maio, reuniu-se com o primeiro-ministro japonês Fumio Kishida em novembro. Na primeira reunião entre os chefes de governo dos dois países em três anos, ambos expressaram o compromisso de resolver rapidamente questões bilaterais “pendentes”, numa referência implícita à disputa do trabalho forçado. A Coreia do Sul e o Japão mantêm disputas decorrentes da ocupação colonial japonesa, antes e durante a Segunda Guerra Mundial, nomeadamente devido à escravidão sexual vivida por mulheres sul-coreanas e imposta por soldados japoneses.
Hoje Macau China / ÁsiaChina suspende emissão de vistos de curto prazo para sul-coreanos em retaliação A China suspendeu a emissão de vistos de curto prazo para sul-coreanos, na primeira retaliação de Pequim contra as restrições impostas a viajantes chineses, face ao rápido aumento de casos de covid-19 no país. A embaixada chinesa na Coreia do Sul anunciou que os vistos para negócios, turismo, tratamento médico, escalas aéreas e assuntos privados vão ser suspensos para cidadãos sul-coreanos. A suspensão foi desencadeada por “restrições de entrada discriminatórias impostas pela Coreia do Sul à China”, lê-se no comunicado. A Coreia do Sul suspendeu a emissão de vistos de curto prazo para viajantes chineses até 31 de janeiro, impedindo a entrada de turistas no país. Os voos entre a Coreia do Sul e a China também estão limitados ao aeroporto internacional de Incheon, em Seul. As ligações a Busan, Daegu e Jeju foram suspensas. O anúncio da embaixada da China surge depois de o recém-nomeado ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Qin Gang, ter protestado junto do seu colega sul-coreano, Park Jin, sobre as restrições de viagem, durante uma conversa por telefone, na segunda-feira. Qin expressou “preocupações” e instou Seul a manter uma “atitude objetiva e científica”, de acordo com um comunicado emitido pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês. Vários outros países, incluindo Portugal, impuseram restrições a viajantes oriundos da China, apontando preocupações com o recente aumento de casos de covid-19 no país e o surgir de uma nova variante do novo coronavírus. As restrições consistem, sobretudo, na obrigação de fazer um teste 48 horas antes de embarcar, uma medida que a China impõe também a quem viaja para o país. Nos últimos três anos, o país asiático impôs um sistema de quarentena em instalações designadas, que chegou a ser de 28 dias em algumas províncias, e a realização de vários testes, incluindo o serológico e o PCR, para quem chegava à China vindo de fora. Pequim diz agora que vai adotar “medidas recíprocas” para responder aos países que impuseram medidas de prevenção face ao aumento de casos na China, que abandonou a política de ‘zero casos’ de covid-19 em dezembro, desencadeando uma vaga de infeções sem precedentes.
Hoje Macau China / ÁsiaSeul | Ex-director de segurança detido por suspeita de encobrir homicídio O ex-director de segurança nacional da Coreia do Sul foi detido no sábado por suspeita de encobrir o homicídio de um funcionário do organismo de pesca sul-coreana pela Coreia do Norte perto da fronteira marítima dos dois países em 2020. A detenção de Suh Hoon ocorre quando o governo conservador do Presidente do país, Yoon Suk Yeol, investiga o modo como o seu predecessor liberal lidou com este homicídio e outro incidente na fronteira no mesmo ano, casos que geraram muitas críticas. Seul estava, na altura destes incidentes, a tentar desesperadamente apaziguar a Coreia do Norte para melhorar as suas relações. O ex-Presidente Moon Jae-in, que apostou o seu único mandato na reaproximação entre as Coreias antes de deixar o cargo em Maio, reagiu com raiva à investigação sobre as acções de Suh. Moon emitiu um comunicado esta semana acusando o Governo de Yoon de levantar alegações infundadas e de politizar questões de segurança sensíveis. De acordo com um comunicado do Tribunal Distrital Central de Seul, o juiz Kim Jeong-min aprovou o pedido do procurador para deter Suh, com o objectivo de evitar a destruição de provas. Suh não respondeu às perguntas dos jornalistas sobre as alegações feitas contra si na sexta-feira, quando compareceu ao tribunal para uma revisão do pedido de mandado de prisão da procuradoria. Uma investigação anterior do Conselho de Auditoria e Inspecção da Coreia do Sul concluiu que funcionários do governo de Moon não fizeram nenhuma tentativa significativa de resgatar Lee Dae-jun depois de saber que o oficial de pesca de 47 anos estava à deriva em águas perto da fronteira marítima ocidental da Coreia em Setembro de 2020. Depois de confirmar que Lee tinha sido morto a tiro por tropas norte-coreanas, as autoridades levantaram publicamente a possibilidade de que estivesse a tentar desertar para a Coreia do Norte, citando as suas dívidas de jogo e problemas familiares, enquanto ocultavam evidências que Lee não tinha essa intenção, segundo um relatório do Conselho de Auditoria de Outubro. Sem rasto Suh serviu também como chefe de espionagem de Moon antes de ser nomeado director de segurança nacional dois meses antes do assassínio. O ex-director da segurança nacional enfrenta suspeitas de que usou uma reunião do Gabinete para instruir as autoridades a destruírem os registos de informação relacionados ao incidente, enquanto o governo elaborava uma explicação pública para a morte de Lee. Suh é ainda suspeito de ordenar que o Ministério da Defesa, o Serviço de Informação Nacional e a Guarda Costeira colocassem nos seus relatórios que Lee estava a tentar desertar. Em Junho, o Ministério da Defesa e a Guarda Costeira reverteram a descrição do incidente feita pelo governo de Moon, dizendo que não havia provas de que Lee estivesse a tentar desertar.
João Luz China / ÁsiaDeclarado luto nacional após mortes do Halloween em Seul Mais de 150 pessoas morreram esmagadas na sequência da debandada de uma multidão que celebrava o Halloween em Seul. Várias dezenas de milhares de pessoas acorreram ao centro de Seul para a primeira Noite das Bruxas desde o início da pandemia. Foi ontem decretado um período de luto nacional O pesadelo tornou-se realidade. Pelo menos 151 pessoas morreram e cerca de 150 ficaram feridas na noite de sábado numa debandada no centro de Seul, segundo um balanço feito pelos bombeiros à agência de notícias AFP. As autoridades sul-coreanas tinham referido 140 mortos e 150 feridos num anterior balanço. No centro de Seul dezenas de milhares de pessoas, muitas fantasiadas, estavam a celebrar o Halloween pela primeira vez desde a pandemia de covid-19 e muitas foram esmagadas até à morte quando uma grande multidão avançou por uma rua estreita. O distrito de Itaewon, perto de uma antiga base militar dos Estados Unidos e conhecido pela sua atmosfera cosmopolita, bares e todos os tipos de locais de festa num labirinto de becos estreitos, transformou-se num local com corpos alinhados no pavimento tapados com cobertores ou outras mortalhas improvisadas, massagens cardíacas realizadas na rua por transeuntes a pedido de bombeiros sobrecarregados, e pessoas disfarçadas ou em traje formal a correr em pânico. O acidente, um dos piores da história recente da Coreia do Sul, aconteceu perto do Hotel Hamilton, numa avenida principal rodeada por vielas íngremes e inclinadas. Os meios de comunicação locais disseram que cerca de 100.000 pessoas afluíram às ruas de Itaewon para as festividades de Halloween, que foram as maiores desde o início da pandemia de covid-19. Razões da tragédia As autoridades receberam as primeiras chamadas de emergência de pessoas “enterradas” em multidões às 22h24 de Seul (21h24 em Macau). Quando a notícia foi dada, a agência noticiosa da Coreia do Sul, Yonhap, relatou que algumas pessoas sofreram “paragem cardíaca”, com outras a relatar “dificuldade em respirar”. Contudo, as autoridades não confirmaram a existência de fugas de gás ou incêndios no local. As equipas de resposta a emergências enviaram para o local mais de 1.700 agentes, incluindo 517 bombeiros, 1.100 agentes policiais, e cerca de 70 funcionários do governo. Vídeos partilhados nas redes sociais mostraram as autoridades a selar uma zona onde a multidão ficou comprimida, deixando vários feridos deitados no chão à espera de ajuda médica. Outros mostraram pessoas trajadas a rigor para celebrar o Halloween deitadas na rua e em macas, enquanto lhes eram dados os primeiros socorros ou a serem transportados para ambulâncias. O Presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol convocou uma reunião de emergência nas primeiras horas de ontem, e mais tarde visitou o local para receber um balanco dos trabalhos e do volume de vítimas pela equipa de resposta a emergências. Em declarações aos média, o governante expressou consternação perante a situação dramática vivida horas antes. “Uma tragédia que nunca deveria ter acontecido ocorreu no centro de Seul na noite de Halloween. As minhas orações vão para aqueles que perderam a vida num acidente inesperado, e para os feridos que recuperem rapidamente”, declarou Yoon Suk Yeol, citado pela CNN. “Os ministérios relevantes, incluindo o Ministério do Interior e Segurança, vão realizar inspecções de emergência a eventos de Halloween, mas também a outros festivais locais para gerir minuciosamente os eventos para que decorram de forma ordenada e segura”, afirmou o Presidente sul-coreano. Relatos de horror Vários órgãos de comunicação social sul-coreanos e internacionais reproduziram ontem relatos impressionantes de testemunhas que conseguiram a custo escapar à sufocante multidão num beco inclinado de Itaewon. No fundo do beco, os corpos foram-se amontoando. “As pessoas continuavam a empurrar quem estava mais abaixo ao longo do beco. Ouvi muitos gritos, enquanto as pessoas caíam como peças de dominó. Pensei que ia ser esmagado até à morte, à medida que a multidão continuava a apertar sem se aperceber que muitas pessoas já estavam caídas no chão”, indicou uma testemunha à agência Yonhap. “Um número enorme de pessoas estava a ser empurrado de um lado para o outro e eu fui apanhado pela massa de gente e também não estava a conseguir libertar-me. Senti que estava prestes a acontecer uma tragédia”, contou Jeon Ga-eul à agência AFP sobre o início do acidente. Um dos sobreviventes culpou os donos de bares e discotecas pelo elevado número de vítimas mortais, acusando-os de impedirem as pessoas de entrar nos estabelecimentos enquanto tentavam escapar. “Parece-me que o número de mortes foi mais severo, à medida que as pessoas tentavam escapar para o interior de lojas e eram impedidas de entrar por já estarem encerradas ao público”, afirmou o sobrevivente que não se identificou à agência noticiosa sul-coreana. Tratar as feridas De imediato foi anunciado que o Governo irá criar um sistema de apoio multidisciplinar para ajudar os feridos e familiares dos mortos. Nesse sentido, o Primeiro-Ministro Han Duck-soo esclareceu ontem que o seu Executivo irá criar um fundo para ajudar as famílias e os feridos, que irá incluir uma equipa a apoio funerário, assim como profissionais para providenciar apoio físico e psicológico a feridos. Para assegurar que não falta pessoal de apoio, o Governo de Seul indicou estar a “consultar activamente representantes diplomáticos. Ontem à tarde, as autoridades contavam entre os mortos, pelo menos, vítimas de 19 nacionalidades diferentes, incluindo Irão, Noruega, China, Uzbequistão, Tailândia, entre outros. “O nosso país tem uma vasta história de superação de desastres, com os todos os seus cidadãos a responder em uníssono. Peço sinceramente a todos os cidadãos que se juntem para que possamos superar a mágoa e erguermo-nos de novo”, afirmou o Primeiro-Ministro. O governo metropolitano de Seul afirmou ontem que será erguido hoje um altar em memória às vítimas no Seoul Plaza. Luto e mensagens do mundo O Presidente sul-coreano anunciou o início de um período de luto nacional, que irá durar até à meia-noite do dia 5 do próximo sábado, e prometeu uma “investigação aprofundada” para apurar as causas. Yoon Suk-yeol declarou o luto nacional “até que o acidente esteja sob controlo” e prometeu dar “como prioridade máxima” a investigação ao caso, num discurso dirigido à nação. Vários líderes mundiais enviaram mensagens de condolências e de solidariedade às autoridades sul-coreanas, como o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que disse que os Estados Unidos estão “ao lado” da Coreia do Sul, enviando “os melhores votos de rápida recuperação a todos os que ficaram feridos”. O Presidente francês, Emmanuel Macron, também se mostrou solidário para com o povo de Seul e de todo o país. “A França está ao vosso lado”, acrescentou o chefe de Estado na rede social Twitter. O Governo venezuelano foi outro dos que se solidarizou com os familiares das vítimas e com o povo da Coreia do Sul e num comunicado fez votos de rápida recuperação dos feridos. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, enviou também ao chefe de Estado sul-coreano, Yoon Suk Yeol, uma mensagem de condolências e solidariedade pela tragédia ocorrida nos festejos do Halloween. “Ao tomar conhecimento da terrível tragédia ocorrida em Seul, o Presidente da República apresentou as suas sentidas condolências e uma palavra de reconforto e solidariedade às famílias das vítimas, em mensagem enviada ao Presidente da Coreia”, lê-se numa nota publicada na página oficial da Presidência da República. Com Agências
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Norte e Coreia do Sul trocam tiros de aviso na fronteira marítima A Coreia do Norte e a Coreia do Sul trocaram hoje tiros de advertência e acusações de violação da fronteira marítima, num novo episódio num contexto de crescente tensão nas últimas semanas. Numa primeira momento, um navio mercante norte-coreano ultrapassou esta madrugada a fronteira marítima perto da ilha de Baengnyeong, recuando depois de a marinha sul-coreana ter disparado tiros de aviso, disse Seul. “As contínuas provocações e reivindicações imprudentes do Norte minam a paz e a estabilidade da península coreana e da comunidade internacional”, disseram os Chefes de Estado-Maior Conjunto, exortando Pyongyang a acabar com essas ações. Pelo seu lado, os militares de Pyongyang disseram que um navio militar sul-coreano violou a fronteira minutos depois e que o exército norte-coreano (KPA) disparou dez tiros de aviso, a partir da costa ocidental. “As unidades de defesa da costa ocidental da KPA tomaram uma contramedida inicial para repelir poderosamente o navio de guerra inimigo”, disse um porta-voz em comunicado. “Mais uma vez emitimos um aviso severo aos inimigos, na sequência das provocações marítimas, além do fogo de artilharia e da transmissão de mensagens transfronteiriças através de altifalantes”, acrescentou. A “zona tampão” marítima foi estabelecida num acordo de 2018, concebido para evitar tensões entre os dois países. Mas estas intensificaram-se nas últimas semanas, com Pyongyang a efetuar vários lançamentos de mísseis e disparos de artilharia nas águas das costas leste e oeste, visando esta fronteira, o que é considerado como uma provocação pela Coreia do Sul e pelo Japão. A Coreia do Norte também aumentou recentemente os testes de armas descritos como ataques “nucleares táticos” simulados contra alvos na Coreia do Sul. Seul e Washington disseram esperar que Pyongyang, que acredita estar ameaçada pelas manobras militares norte-americanas, sul-coreanas e japonesas na região, retome em breve os testes nucleares. As tensões têm vindo a aumentar na península coreana desde o início do ano. No mês passado, a Coreia do Norte também declarou o seu estatuto nuclear “irreversível”, fechando definitivamente a porta às negociações de desarmamento, e avisou que avançaria para ataques preventivos se fosse ameaçada. A troca de tiros de advertência acontece no mesmo dia em que a secretária de Estado-adjunta dos EUA, Wendy Sherman, viaja para o Japão para conversações tripartidas com os aliados de Washington, Tóquio e Seul, numa demonstração de unidade após as ações da Coreia do Norte.
Hoje Macau China / ÁsiaSeul | Partido no poder admite anular acordo de 2018 com Pyongyang Face à possível realização de mais um teste nuclear pela Coreia do Norte, o Partido do Poder Popular ameaça rasgar o acordo assinado há quatro anos que visava pôr termo às hostilidades entre as duas Coreias O partido no poder na Coreia do Sul ameaçou na passada sexta-feira anular o pacto sobre o fim das hostilidades alcançado em 2018 com Pyongyang se a Coreia do Norte realizar um novo teste nuclear. A Coreia do Norte disparou durante a madrugada de sexta-feira um novo míssil balístico de curto alcance. Tratou-se do nono lançamento em 20 dias sendo que foi acompanhado de manobras aéreas e de artilharia junto da fronteira com a Coreia do Sul que realizou exercícios com fogo real na quinta-feira. Os disparos de artilharia (junto da fronteira) ocorrem após “contínuas provocações durante as últimas três semanas” e constituem “uma clara violação do acordo militar de 19 de Setembro (2018)”, disse Yang Kum-hee, o porta-voz do Partido do Poder Popular (PPP) no governo na Coreia do Sul. O acordo de 19 de Setembro, como é conhecida a declaração conjunta assinada em 2018 após a cimeira entre o chefe de Estado da Coreia do Sul e o líder da Coreia do Norte, pretendia atenuar as actividades militares hostis entre os dois países. “Se a Coreia do Norte levar a cabo mais um teste nuclear devemos considerar seriamente renunciar à declaração conjunta sobre a desnuclearização da península e ao acordo de 19 de Setembro”, disse Yang Kum-hee. Primeiras sanções Os serviços de informações da Coreia do Sul e dos Estados Unidos mantêm que o regime de Pyongyang está preparado para realizar um teste atómico, pela primeira vez desde 2017. O porta-voz do PPP responsabilizou as políticas de proximidade levadas a cabo pelo anterior governo da Coreia do Sul, assim como se referiu ao que considerou “falso espectáculo de paz” como razões que intensificaram as provocações de Pyongyang tendo urgindo a Coreia do Norte a parar com as “hostilidades”. Em resposta aos disparos das últimas semanas, entre os quais um míssil balístico que sobrevoou território japonês, Seul adoptou esta sexta-feira as primeiras medidas unilaterais contra Pyongyang, dos últimos cinco anos. As restrições afectam 15 personalidades e 16 instituições da Coreia do Norte vinculadas ao programa de desenvolvimento bélico do país, assim como afecta o comércio de materiais que pode ser potencialmente utilizado na fabricação de armas. O Presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, admitiu pedir aos Estados Unidos o aumento do dispositivo militar norte-americano na região perante a escalada das tensões e dos indícios de um novo teste nuclear norte-coreano. Ameaça constante O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul acusou na passada sexta-feira os militares norte-coreanos de lançarem entre 90 e 200 projécteis de artilharia no Mar Amarelo e outros 90 nas águas do Mar do Japão. Segundo as autoridades sul-coreanas, os projécteis caíram nas ‘zonas tampão’, a leste e a oeste da Linha da Fronteira Norte, nome pelo qual é conhecida a fronteira marítima entre os dois países. Em comunicado, o Estado-Maior Conjunto sublinhou que estas provocações da Coreia do Norte prejudicam a paz e a estabilidade na região.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Sul diz que Coreia do Norte testou míssil em direção ao mar Os militares da Coreia do Sul dizem que a Coreia do Norte disparou hoje pelo menos um míssil balístico não identificado em direção ao seu mar oriental. O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul não disse imediatamente que tipo de míssil era ou quão longe voou. O lançamento ocorreu um dia depois de as autoridades sul-coreanas terem detetado sinais de que a Coreia do Norte estava a preparar-se para testar um míssil projectado para ser disparado de submarinos. A Coreia do Norte acelerou as suas atividades de testes para um ritmo recorde em 2022, testando mais de 30 armas balísticas, incluindo os seus primeiros mísseis balísticos intercontinentais desde 2017, enquanto continua a expandir as suas capacidades militares, no meio de um impasse prolongado na diplomacia nuclear. O lançamento ocorreu quando o porta-aviões nuclear USS Ronald Reagan e o seu grupo de ataque chegaram à Coreia do Sul para o exercício militar conjunto dos dois países para mostrar a sua força contra as crescentes ameaças norte-coreanas. A ameaça norte-coreana também deverá estar na agenda da vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, quando esta visitar a Coreia do Sul na próxima semana, depois de participar no funeral, em Tóquio, do ex-primeiro-ministro japonês Shinzo Abe.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Sul | Detida suspeita de matar filhos, corpos encontrados em malas Uma mulher de 42 anos, suspeita de assassinar duas crianças cujos restos mortais foram encontrados em malas na Nova Zelândia, foi detida na Coreia do Sul, informou ontem a polícia sul-coreana. A mulher, supostamente a mãe das duas crianças mortas, foi detida por homicídio na Coreia do Sul a pedido da Nova Zelândia, e vai enfrentar um processo de extradição, adiantaram as autoridades de ambos os países. “A suspeita é acusada pela polícia da Nova Zelândia de assassinar dois dos seus filhos, na altura com sete e dez anos, em 2018, na área de Auckland”, pode ler-se no comunicado da polícia sul-coreana. Na mesma nota acrescenta-se que a mulher “chegou à Coreia do Sul depois do crime, onde se tem mantido escondida desde então”. A agência de notícias Yonhap avançou que se trata de uma cidadã neozelandesa nascida na Coreia do Sul. A descoberta dos corpos aconteceu no mês passado. As malas faziam parte de um reboque carregado com artigos comprados por uma família num leilão de bens abandonados em Auckland, a maior cidade da Nova Zelândia.
Hoje Macau China / ÁsiaNuclear | Seul alerta Pyongyang para “caminho de autodestruição” A Coreia do Sul avisou ontem Pyongyang de que o recurso a armas nucleares vai colocar o país num “caminho de autodestruição”, depois de a Coreia do Norte ter aprovado legislação sobre o uso de armas nucleares de modo preventivo. Habitualmente, Seul evita usar termos tão fortes para evitar o aumento da tensão na península coreana. O Ministério da Defesa sul-coreano considera que a legislação apenas vai aprofundar o isolamento da Coreia do Norte e incitar Seul e Washington a “reforçar ainda mais a capacidade de dissuasão e reacção”, disse aos jornalistas Moon Hong-sik, porta-voz da tutela. Para conseguir que a Coreia do Norte não use armas nucleares, o ministério disse que a Coreia do Sul vai impulsionar fortemente a capacidade de ataque preventivo, defesa antimísseis e de retaliação maciça, enquanto procura um maior compromisso de segurança dos Estados Unidos da América (EUA) para defender o país aliado, com todas as capacidades disponíveis, incluindo a nuclear. “Advertimos o Governo norte-coreano de que enfrentará a resposta esmagadora da aliança militar Coreia do Sul-EUA e seguirá o caminho da autodestruição, se tentar utilizar armas nucleares”, salientou o porta-voz. Na semana passada, o parlamento da Coreia do Norte aprovou a legislação sobre as regras relativas ao arsenal nuclear, permitindo a Pyongyang recorrer ao armamento atómico, se a liderança enfrentar um ataque iminente ou se pretender evitar uma “crise catastrófica” não especificada para o país. Num discurso, no parlamento, o líder norte-coreano, Kim Jong-un, afirmou que o país nunca abandonará as armas nucleares de que necessita para responder às ameaças dos EUA, que acusou de pressionarem para enfraquecer as defesas do país e eventualmente derrubar o regime que lidera.
Hoje Macau China / ÁsiaComissão sul-coreana acusa anteriores governos por atrocidades sobre sem-abrigo A Comissão de Verdade e Reconciliação da Coreia do Sul responsabilizou hoje anteriores governos pelas atrocidades cometidas na Casa dos Irmãos, instalação financiada pelo Estado onde milhares de sem-abrigo foram escravizados há mais de 40 anos. A comissão anunciou as conclusões preliminares da investigação sobre as violações dos direitos humanos naquela instituição, incluindo casos extremos de trabalho forçado, violência e mortes. A comissão afirmou ter confirmado até agora 657 mortes, elevando o número anteriormente avançado de 513 entre 1975 e 1986, documentado nos registos da instalação. Entre os anos 60 e 80 do século passado, os ditadores militares sul-coreanos ordenaram operações com o objetivo de ‘limpar’ as ruas. Milhares, incluindo pessoas sem-abrigo e deficientes, bem como crianças, foram arrancados das ruas e levados para instalações, onde permaneceram detidos e forçados a trabalhar. A Casa dos Irmãos foi a maior dessas instalações, antes de um procurador ter exposto os horrores praticados em 1987. O governo do ditador militar Chun Doo-hwan procurou acabar com a investigação que determinou centenas de mortes, violações e espancamentos nas instalações.
Hoje Macau China / ÁsiaNuclear | Seul diz que não irá entrar pelo caminho da dissuasão O presidente sul-coreano disse ontem que o seu Governo não tem planos de entrar no caminho da dissuasão nuclear, na sequência do aumento das capacidades das armas nucleares da Coreia do Norte, que disparou, também ontem, dois mísseis de cruzeiro. Yoon Suk-yeol pediu a Pyongyang que retome as conversações e a diplomacia, destinadas a trocar as etapas da desnuclearização dos norte-coreanos por benefícios económicos. Este pedido ocorre horas depois de os militares sul-coreanos terem detectado o disparo de dois mísseis pela Coreia do Norte a partir da cidade costeira ocidental de Onchon, em território norte-coreano, em direcção ao mar. Até ao momento, o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul não divulgou mais detalhes sobre o lançamento destes dois mísseis. O gabinete de Yoon disse que o director de segurança nacional sul-coreano, Kim Sung-han, discutiu o lançamento com outras autoridades antes de Yoon dirigir-se aos jornalistas numa conferência de imprensa e reafirmar a prontidão militar da Coreia do Sul. Yoon afirmou aos jornalistas que a Coreia do Sul não deseja mudanças políticas à força na Coreia do Norte e apelou ao retorno das negociações para a construção de uma paz sustentável. Estas declarações acontecem dias depois do líder sul-coreano ter proposto um pacote de assistência económica “audacioso” à Coreia do Norte se o país abandonasse o seu programa de armas nucleares. O primeiro-ministro sul-coreano evitou fazer duras críticas aos norte-coreanos, mesmo depois de estes terem ameaçado com uma retaliação “mortal” devido ao surto de covid-19 no seu país, o qual atribuem à Coreia do Sul. Ofertas e promoções A proposta de Yoon é, nomeadamente, uma ajuda em larga escala em alimentos, em medicamentos e saúde e na modernização do campo da energia e infraestruturas portuárias, assemelhando-se a ofertas sul-coreanas anteriores que foram rejeitadas pela Coreia do Norte, que está a acelerar o desenvolvimento de armas nucleares e mísseis balísticos vistos pelo líder norte-coreano, Kim Jong-un, como a sua principal garantia de sobrevivência. Ainda assim, Yoon expressou esperança de um “diálogo significativo” com a Coreia do Norte sobre o seu plano e enfatizou que Seul está disposta a fornecer recompensas económicas correspondentes em cada etapa de um processo de desnuclearização, se a Coreia do Norte se comprometer com um “roteiro” genuíno para abandonar o seu programa de armamentos. A Coreia do Norte aumentou os seus testes de mísseis para um ritmo recorde em 2022, lançando mais de 30 armas balísticas até agora, incluindo os seus primeiros mísseis balísticos intercontinentais em quase cinco anos.
Hoje Macau China / ÁsiaOnze mortos e oito desaparecidos em Seul devido às chuvas mais fortes em 80 anos Subiu para onze o número de mortos devido às inundações causadas pelas chuvas mais fortes a atingir Seul em 80 anos, deixando ainda oito pessoas desaparecidas, disseram hoje autoridades locais. As inundações deixaram até agora seis mortos na capital, Seul, três no resto da província ocidental de Gyeonggi e outros três na província oriental de Gangwon, segundo a agência noticiosa sul-coreana Yonhap. Além disso, mais de cinco mil pessoas e quase três mil famílias tiveram de ser retiradas das suas casas em 46 cidades, vilas e aldeias, incluindo Seul. Muitas dessas pessoas vivem em caves inundadas pela chuva. Metade das pessoas que perderam a vida nos últimos dias viviam neste tipo de habitação. Em Seul existem cerca de 200 mil habitações em caves, albergando 5% de todas as famílias na capital, avançou a Yonhap. Partes de Seul, bem como da cidade portuária de Inchon e da província de Gyeonggi, registaram fortes chuvas de mais de 100 milímetros (mm) durante várias horas consecutivas na terça-feira. A precipitação excedeu mesmo 140 milímetros (mm) numa hora no distrito de Dongjak de Seul, a chuva mais forte registada em 60 minutos desde 1942. As fortes chuvas provocaram inundações de casas, veículos, edifícios e estações subterrâneas, de acordo com a Yonhap. As chuvas atingiram também a Coreia do Norte, onde as autoridades emitiram alertas para o sul e oeste do país, avançou na terça-feira a televisão estatal KCTV. O jornal oficial Rodong Sinmun descreveu as chuvas fortes como potencialmente “desastrosas” e apelou a medidas para proteger terras agrícolas e impedir inundações causadas pelo rio Taedong, que passa pela capital, Pyongyang.
Hoje Macau China / ÁsiaOito mortos e seis desaparecidos em Seul devido às chuvas mais fortes em 80 anos Subiu para oito o número de mortos devido às inundações causadas pelas chuvas mais fortes que atingiram Seul em 80 anos, deixando ainda seis pessoas desaparecidas, disseram hoje autoridades locais. Partes da capital sul-coreana, bem como da cidade portuária de Inchon e da província de Gyeonggi, registaram fortes chuvas de mais de 100 milímetros (mm) durante várias horas consecutivas nas primeiras horas da manhã de hoje, informou a agência noticiosa Yonhap. A precipitação excedeu mesmo 140 milímetros (mm) numa hora no distrito de Dongjak de Seul, a chuva mais forte registada em 60 minutos desde 1942. Entre as vítimas mortais estão duas mulheres e uma adolescente, todas da mesma família, que se encontravam numa cave no distrito de Gwanak de Seul. Um funcionário público perdeu a vida ao tentar remover árvores caídas na via pública, possivelmente eletrocutado. As inundações deixaram cinco pessoas mortas e outras quatro desaparecidas em Seul, enquanto no resto da província de Gyeonggi, três pessoas perderam a vida em deslizamentos de terra e no desabamento de uma estação de autocarro e duas outras estão desaparecidas. As fortes chuvas provocaram inundações de casas, veículos, edifícios e estações subterrâneas, de acordo com a Yonhap. Quase 800 edifícios em Seul e nas cidades vizinhas ficaram danificadas e pelo menos 790 pessoas tiveram de ser retiradas das suas casas, revelou o Ministério do Interior e Segurança da Coreia do Sul. As chuvas atingiram também o Norte, onde as autoridades emitiram alertas para o sul e oeste do país, avançou a televisão estatal KCTV. O jornal oficial Rodong Sinmun descreveu as chuvas fortes como potencialmente “desastrosas” e apelou a medidas para proteger terras agrícolas e impedir inundações causadas pelo rio Taedong, que passa pela capital, Pyongyang.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Sul e Estados Unidos iniciam exercícios militares conjuntos com F-35 A Coreia do Sul e os Estados Unidos iniciaram hoje manobras com caças F-35 de quinta geração, numa demonstração de poderio militar, numa altura em que a Coreia do Norte se prepara para um novo teste nuclear. Os exercícios vão ter uma duração de quatro dias e envolvem 30 aviões de combate F-35, F-15, F-16 e F-50, de acordo com uma declaração do Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul. Esta é a primeira vez desde dezembro de 2017 que os EUA enviam caças F-35 para a península coreana e que os dois países realizam um treino conjunto deste tipo desde que Seul completou o desenvolvimento da própria frota de F-35. Este desenvolvimento aconteceu após o Presidente dos EUA, Joe Biden, se ter comprometido, numa cimeira de maio com o homólogo sul-coreano, Yoon Suk-yeol, a destacar bens estratégicos dos EUA para a Coreia do Sul “de uma forma atempada e coordenada, conforme necessário”, com base nas ações da Coreia do Norte. O F-35, um caça-bombardeiro furtivo de quinta geração, desenvolvido principalmente pelas empresas Lockheed Martin e Northrop Grumman, dos EUA, e pela britânica BAE Systems, é considerado pela Coreia do Norte como um dos ativos que mais ameaçam a segurança. Seul e Washington acreditam que Pyongyang se prepara há semanas para realizar o primeiro ensaio nuclear desde 2017 e que a execução deste depende unicamente de uma ordem do líder Kim Jong-un. A Coreia do Norte, isolada do mundo pela pandemia desde 2020, ignorou os pedidos da Coreia do Sul e dos Estados Unidos para retomar as negociações sobre a desnuclearização. No ano passado, Pyongyang aprovou um plano de modernização de armamento, que está por detrás do número recorde de ensaios com projéteis realizados este ano – mais de 20. O comandante das Forças dos EUA na Coreia, Paul LaCamera, disse ontem durante um evento em Seul que a questão sobre o próximo teste nuclear de Pyongyang “não é se isso vai acontecer ou não, mas quando”.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Sul efetua testes com mísseis em resposta ao ensaio de Pyongyang O Exército sul coreano anunciou hoje o disparo de vários mísseis em resposta ao ensaio de um míssil balístico intercontinental da Coreia do Norte. “Respondendo ao lançamento do míssil intercontinental (ICBM) da Coreia do Norte, as Forças Armadas, em conjunto, dispararam mísseis do solo, do mar e do ar” desde as 16:25 para o mar do Japão, indicou o Estado-Maior de Seul através de um comunicado. Nas últimas horas, o Ministério da Defesa do Japão informou que a Coreia do Norte efetuou o disparo de um míssil balístico intercontinental que atingiu a Zona Económica Exclusiva (marítima) japonesa. “As nossas análises indicam que o míssil balístico (da Coreia do Norte) deslocou-se durante 71 minutos e caiu cerca das 15:44 na Zona Económica Exclusiva, no mar do Japão, a cerca de 150 quilómetros a oeste da península de Oshima”, ilha norte de Hokkaido, declarou o vice-ministro da Defesa, Makoto Oniki, acrescentando que podia tratar-se de um míssil balístico intercontinental (ICBM). “Dado que o míssil balístico voou a uma altitude de mais de seis mil quilómetros, o que é bem mais elevado que o ICBM Hwasong-15, que foi lançado em novembro de 2017, pensamos que o de hoje seja um novo ICBM”, salientou. Oniki indicou que o Ministério da Defesa japonês não tinha recebido qualquer informação relativa a danos causados em navios ou aviões, mas o responsável sublinhou que este disparo representa uma “ameaça séria” para a segurança do Japão. De acordo com Washington e Seul, Pyongyang está a testar um novo míssil balístico intercontinental (ICBM), designado Hwasong-17, alegadamente com maior alcance e poder destrutivo.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Sul bate recorde de novos casos de covid-19 A Coreia do Sul quebrou hoje um novo recorde de infeções por covid-19, registando mais de 621.000 casos, num momento em que as autoridades consideram que o país está a atingir o pico da vaga causada pela variante Ómicron. As autoridades de saúde sul-coreanas disseram que foram detetados 621.328 casos na quarta-feira, dos quais apenas 62 eram de pessoas que chegaram do exterior. O número representa um salto de 55% em relação aos dados do dia anterior e de 120% em relação aos de há uma semana. As autoridades anunciaram também um número recorde de mortes diárias ligadas à covid-19, 429, embora o número de pessoas com sintomas moderados a graves tenha caído para 1.159, menos 100 do que no dia anterior. O Ministério da Saúde sul-coreano disse que considera que o pico da vaga atual, causada pela variante Ómicron, será atingido esta semana ou na próxima. O primeiro-ministro, Kim Boo-kyum, solicitou a revisão dos protocolos para reclassificar o covid-19 como uma doença menos grave. Isso permitiria mais agilidade aos serviços de saúde para combater um número crescente de positivos com sintomas leves ou assintomáticos. As autoridades têm vindo a flexibilizar gradualmente as restrições em vigor. Está agendada para sexta-feira uma reunião para decidir sobre a prorrogação ou flexibilização das principais medidas, que incluem o encerramento obrigatório dos hotéis às 23:00 e um máximo de seis pessoas em reuniões privadas. O país asiático, onde 86,6% da população tem esquema vacinal duplo completo e 62,8% uma dose de reforço, registou desde o início da pandemia cerca de 8,25 milhões de infeções e pouco mais de 11.400 mortes.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Sul envia equipamento militar não letal e material médico para a Ucrânia A Coreia do Sul vai enviar equipamento militar não letal, como capacetes e cobertores à prova de bala, e material médico para a Ucrânia, anunciou hoje o Governo. O carregamento, avaliado em cerca de mil milhões de won (733 mil euros), consiste em conjuntos de primeiros socorros, rações alimentares militares prontas a comer e tendas, disso o porta-voz do Ministério da Defesa sul-coreano, Boo Seung-chan, em conferência de imprensa. Os pormenores da remessa “ainda estão em discussão”, acrescentou Boo, de acordo com a agência de notícias sul-coreana Yonhap. Na semana passada, o mesmo porta-voz tinha afirmado que o Ministério da Defesa acredita existirem “limites para o fornecimento de armas letais” à Ucrânia, numa aparente rejeição do pedido de fornecimento de armas feito por Kiev à comunidade internacional. O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, solicitou ajuda humanitária e militar, incluindo armas, para tentar repelir a invasão do exército russo, iniciada há quase três semanas. Os meios de comunicação sul-coreanos noticiaram que Kiev terá pedido a Seul mísseis antitanque, espingardas, coletes à prova de bala e o fornecimento de informações militares obtidas por satélite. O Governo sul-coreano, que se juntou à UE e ao G7 [Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido] na imposição de sanções económicas à Rússia, comprometeu-se até agora a enviar cerca de nove milhões de euros em ajuda humanitária para a Ucrânia. No mês passado, o embaixador ucraniano em Seul, Dmytro Ponomarenko, também pediu ajuda a Seul para reforçar a cibersegurança no seu país. A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 564 mortos e mais de 982 feridos entre a população civil e provocou a fuga de cerca de 4,5 milhões de pessoas, entre as quais 2,5 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU. A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
Hoje Macau China / ÁsiaNovo Presidente sul-coreano preparado para dialogar com Pyongyang O Presidente eleito sul-coreano, o conservador Yoon Suk-yeol, afirmou hoje que vai manter a janela de diálogo com Pyongyang “sempre aberta” e prometeu reforçar a cooperação militar com Washington, depois de vencer as eleições presidenciais. Yoon apresentou-se hoje como o Presidente eleito da Coreia do Sul, com um apelo à “unidade” e ao “senso comum”, depois de obter uma vitória muito apertada nas eleições, realizadas na quarta-feira após uma campanha eleitoral marcada por diversos escândalos. O líder do Partido do Poder Popular (PPP) conquistou a vitória eleitoral contra o liberal Lee Jae-myung, do partido no poder, por menos de 250 mil votos (0,73%), a menor margem registada em escrutínios livres nos últimos 35 anos na Coreia do Sul. Yoon chegou ao poder depois de adotar um tom mais duro com o regime da Coreia do Norte do que o do presidente cessante, Moon Jae-in, que promoveu o degelo na relação entre os dois países vizinhos e facilitou as negociações com os Estados Unidos da América (EUA), para a desnuclearização da península coreana. O Presidente eleito afirmou hoje que procurará fortalecer as defesas nacionais para dissuadir o regime de Pyongyang de qualquer “provocação”, além de reforçar a cooperação na área da Defesa com os EUA. Yoon, que durante a campanha falou de “ataques preventivos” contra o Norte, alertou hoje que “responderá severamente” se Pyongyang tomar “ações ilegais ou irracionais”, embora tenha acrescentado que “sempre deixará a porta aberta para o diálogo”. A sua vitória eleitoral ocorre após o regime de Kim Jong-un testar várias armas, incluindo mísseis hipersónicos e projéteis balísticos de alcance intermédio. A imprensa oficial norte-coreana, que ainda não comentou o resultado eleitoral no Sul, noticiou hoje uma visita de Kim às instalações aeroespaciais nacionais para supervisionar um programa de desenvolvimento de satélites destinados a espionar os EUA e os seus aliados. O desenvolvimento de satélites de vigilância e de recolha de informações foi uma das medidas aprovadas no congresso norte-coreano de partido único, em janeiro de 2021, junto com outras, para ampliar o arsenal do país, o que sugere uma estratégia de longo prazo para tentar forçar o regresso das negociações com Washington, independentemente de quem governa em Seul. Horas depois de se proclamar vencedor das eleições, Yoon Suk-yeol conversou por telefone com o Presidente dos EUA, Joe Biden, que o congratulou pela vitória e expressou o desejo de aprofundar uma aliança bilateral, que definiu como o “eixo da paz, segurança e prosperidade no Indo-Pacífico”. Ambos também se comprometeram a “manter estreita a coordenação na resposta às ameaças representadas pelos programas nuclear e de mísseis da Coreia do Norte”, segundo a Casa Branca. Um dos aspetos específicos em que os aliados podem reforçar as suas capacidades conjuntas é a implantação de sistemas de mísseis THAAD adicionais em território sul-coreano, mas que pode aumentar as tensões com China, que considera esses escudos como uma ameaça à sua segurança nacional. O líder conservador, que deve assumir o cargo em 10 de maio, disse hoje que aspira construir uma relação de “respeito mútuo” com Pequim. Em relação ao Japão, um país com o qual os laços se deterioraram nos últimos anos devido a disputas relacionadas à ocupação japonesa da Coreia antes da Segunda Guerra Mundial, Yoon disse que trabalhará para alcançar um “relacionamento que olha para o futuro”. O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, felicitou hoje Yoon e defendeu relações “saudáveis” entre Tóquio e Seul.