Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Sul ultrapassa um milhão de infeções de covid-19 desde início da pandemia A Coreia do Sul ultrapassou hoje o milhão de casos de covid-19 acumulados desde o início da pandemia, depois de ter registado um novo recorde diário de 38.691 casos face ao rápido aumento das infeções devido à propagação da variante Ómicron. As infeções têm aumentado acentuadamente no território asiático nos últimos dias. Os casos diários passaram a marca de 30.000 pela primeira vez, três dias após terem atingido 20.000 e uma semana após terem ultrapassado 10.000 em 26 de janeiro. As infeções aumentaram mais de cinco vezes nas últimas duas semanas na Coreia do Sul e os responsáveis de saúde sul-coreanos acreditam que podem continuar a acumular picos e atingir 100.000 infeções diárias nas próximas semanas após as férias de Ano Novo Lunar, que duraram até quarta-feira. As autoridades comunicaram hoje mais 15 mortes, elevando o número total de mortes por covid-19 para 6.873, o que mostra uma taxa de fatalidade de 0,68%. Numa tentativa de travar a propagação, o governo sul-coreano prorrogou até 20 de fevereiro as suas atuais medidas de prevenção de infeções, que proíbem concentrações privadas de mais de seis pessoas e estabelecem uma hora de encerramento de negócios às 21:00. As autoridades sul-coreanas também planeiam baixar a idade das pessoas elegíveis para serem tratadas com comprimidos covid-19 de 60 para 50 anos a partir de segunda-feira.
Hoje Macau China / ÁsiaHomem que entrou clandestinamente na Coreia do Norte será um desertor, diz Coreia do Sul Um homem que entrou clandestinamente na Coreia do Norte no sábado a partir da Coreia do Sul será um desertor norte-coreano que regressou ao país, admitiu hoje o Ministério da Defesa sul-coreano. O indivíduo foi avistado pelo sistema de vigilância quando atravessava a parte oriental da zona desmilitarizada que divide a península coreana, segundo a agência de notícias France-Presse (AFP). Os militares sul-coreanos lançaram uma operação de busca, mas sem resultado. As autoridades sul-coreanas ainda não identificaram o homem, mas um funcionário do Ministério da Defesa disse que deverá ser uma pessoa atravessou a fronteira clandestinamente em 2020. “Assumimos que foi o mesmo homem que desertou para o Sul ao escalar a cerca de arame farpado em novembro de 2020”, disse a fonte do Ministério à AFP. O homem terá cerca de 30 anos, acrescentou. Uma fonte do Ministério da Defesa disse à agência noticiosa sul-coreana Yonhap que o homem “foi reconhecido como o mesmo desertor”. Até agora, não foram encontradas provas de espionagem, disse a mesma fonte, sob a condição de não ser identificada. Após ter chegado à Coreia do Sul, o homem terá trabalhado como funcionário de limpeza, uma indicação de que poderia ter tido dificuldades económicas e preferido regressar à Coreia do Norte, segundo a agência sul-coreana. Os militares sul-coreanos informaram as autoridades da Coreia do Norte sobre o caso e Pyongyang confirmou ter recebido a informação. “Mas não houve resposta sobre o nosso pedido de proteção da pessoa”, disse a fonte do Ministério da Defesa à Yonhap. Anos de repressão e pobreza na Coreia do Norte levaram mais de 30.000 pessoas a fugir para o Sul nas décadas após a Guerra da Coreia (1950-1953), mas as travessias na direção contrária são muito raras. Em 2020, soldados norte-coreanos mataram a tiro, no mar, um funcionário sul-coreano do setor das pescas que Pyongyang disse ter atravessado ilegalmente a fronteira marítima. A grande maioria dos norte-coreanos que escapam primeiro vão para a China antes de se dirigirem para a Coreia do Sul. Apenas alguns ousaram atravessar a zona desmilitarizada, que está repleta de minas e arame farpado e tem uma forte presença militar de ambos os lados. Este incidente ocorre depois de a Coreia do Sul ter reforçado o seu sistema de defesa de fronteira com equipamento de vigilância mais sofisticado.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Sul diz ter concluído projeto para pôr fim à Guerra da Coreia O ministro dos Negócios Estrangeiros sul-coreano afirmou hoje que Seul e Washington concluíram um projeto de declaração para pôr fim à Guerra da Coreia e trazer a Coreia do Norte de volta às negociações. A Coreia do Sul e os Estados Unidos da América (EUA) concordam com a importância de uma declaração que ponha fim à guerra na península e “concluíram virtualmente um projeto”, disse Chung Eui-yong, em conferência de imprensa. O objetivo é assinatura de um tratado de paz para pôr fim à Guerra da Coreia (1950-1953), que terminou apenas com um cessar-fogo, mantendo os dois vizinhos tecnicamente em guerra. “Estamos a explorar várias formas de fazer avançar as conversações com a Coreia do Norte”, acrescentou Chung, sem pormenorizar, citado pela agência de notícias sul-coreana Yonhap. Observadores disseram já duvidar da viabilidade desta iniciativa, destinada a trazer Pyongyang de volta às conversações de desnuclearização da península coreana. O líder norte-coreano, Kim Jong-un Yo-jong, afirmou já não estar interessado em realizar quaisquer reuniões com os EUA para tentar reavivar o diálogo de desnuclearização suspenso, devido à “política hostil” em relação ao regime. As observações de Chung surgiram quando na Coreia do Norte está a decorrer uma reunião plenária do partido único, na qual serão delineadas políticas e ação diplomática para o próximo ano. Kim Jong-un deverá proferir um discurso no encerramento, provavelmente no final desta semana.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Coreia do Sul com mais de 7.800 casos diários. Governo prepara restrições A Coreia do Sul registou hoje 7.850 novos casos de covid-19, tendo o Governo sul-coreano anunciado que vai reativar as restrições para aliviar a pressão sobre os hospitais. O número de casos diários tem vindo a aumentar, desde 01 de novembro, quando a Coreia do Sul levantou várias restrições, de quatro mil para quase oito mil. De acordo com a agência de controlo e prevenção de doenças sul-coreana, 75% dos novos casos foram detetados na região de Seul, onde mais de metade da população do país, de 51 milhões, reside. As autoridades sul-coreanas estão especialmente preocupadas com o número de casos graves e de mortes, uma vez que, desde novembro, os óbitos devidos à covid-19 representam já 35,1% do total desde o início da pandemia. Por outro lado e uma vez que 30% dos novos casos de covid-19 são diagnosticados em pessoas com mais de 60 anos, vacinados no início deste ano, o Governo está a tentar acelerar a administração de doses de reforço. Ao mesmo tempo, as autoridades estão também a tentar acelerar a vacinação do grupo que regista 20% dos novos casos, os menores de 20 anos. A variante Ómicron do novo coronavírus levou a Coreia do Sul a prolongar a quarentena obrigatória de dez dias, até 06 de janeiro, para todos aos viajantes oriundos do estrangeiro. O Governo sul-coreano deverá anunciar novas restrições na quinta-feira, estando a ser considerado uma redução do número máximo de pessoas em grupos, atualmente de seis na região da capital e de oito no resto do país, e a reintrodução do encerramento noturno obrigatório da indústria hoteleira para conter os contágios. A covid-19 provocou pelo menos 5.311.914 mortes em todo o mundo, entre mais de 269 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Hoje Macau China / ÁsiaEx-Presidente sul coreano Roh Tae-woo morreu aos 88 anos O ex-Presidente sul-coreano Roh Tae-woo morreu hoje aos 88 anos, segundo o Hospital Universitário Nacional de Seul. A instituição hospitalar adiantou que Roh morreu enquanto estava a ser tratado por uma doença, mas não avançou mais pormenores. Roh liderou uma divisão do exército em Seul em apoio ao golpe militar de 1979 que fez do seu amigo do exército Chun Doo-hwan Presidente. O golpe e uma subsequente repressão militar contra os manifestantes pró-democracia em 1980 são dois dos capítulos mais negros da história moderna da Coreia do Sul. As revoltas pró-democracia em 1987 forçaram Roh e Chun a aceitar uma votação presidencial direta. Roh acabou por ganhar as eleições presidenciais mais tarde, em 1987. Após deixar o cargo admitiu ter acumulado uma fortuna que resultava de subornos e foi preso, tendo sido posteriormente perdoado numa tentativa de reconciliação nacional, passando os seus últimos anos fora da vista do público.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Sul lança com êxito o seu primeiro foguetão espacial A Coreia do Sul lançou hoje o seu primeiro foguetão de fabrico próprio, segundo as imagens transmitidas pela televisão, tornando-se o décimo país do mundo com capacidade para desenvolver e lançar veículos espaciais. O veículo coreano de lançamento de satélites, chamado Nuri, foi lançado do centro espacial Naro, em Goheung, no sul do país, às 17:00 locais. O Instituto de Investigação Aeroespacial da Coreia (KARI) confirmou que o Nuri colocou com éxito na órbita terrestre, um satélite simulado de 1,5 toneladas ao alcançar 700 quilómetros de altitude cerca de 16 minutos depois de descolar. Cerca de 30 empresas sul-coreanas participaram no desenvolvimento do Nuri, que demorou uma década a ser desenvolvido e custou dois triliões de won. Com seis motores de combustível líquido, pesa 200 toneladas e tem 47,2 metros de comprimento. A Coreia do Sul é a 12.ª maior economia do mundo e um dos países mais avançados tecnologicamente, com o maior fabricante mundial de smartphones e chips Samsung Electronics. O país ficou para trás na corrida à conquista do espaço, que a União Soviética liderou com o lançamento do primeiro satélite em 1957, seguido de perto pelos Estados Unidos. Ásia, China, Japão e Índia desenvolveram programas espaciais avançados, e a Coreia do Norte é o mais recente participante no clube de países capazes de lançar um satélite. Os primeiros dois lançamentos da Coreia do Sul, em 2009 e 2010, com tecnologia russa, foram um fracasso. O segundo foguetão explodiu após dois minutos de voo, com Seul e Moscovo a culparem-se mutuamente. Em 2013, o terceiro lançamento foi um êxito. O negócio do lançamento de satélites está cada vez mais nas mãos de empresas privadas, como a SpaceX de Elon Musk, cujos clientes incluem a agência espacial norte-americana NASA e as forças armadas sul-coreanas. A Coreia do Sul pretende aterrar uma sonda na Lua até 2030.
Hoje Macau China / ÁsiaPresidente da Coreia do Sul abre à porta à proibição do consumo de carne de cão O Presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, abriu ontem a porta a uma proibição do consumo de carne de cão no país, um costume que se tornou uma vergonha internacional, revelou o seu gabinete. “Não terá chegado o momento de considerar prudentemente a proibição do consumo de carne de cão?”, disse Moon ao primeiro-ministro, Kim Boo-kyum, de acordo com a porta-voz presidencial citada pela agência France-Presse. A recomendação foi feita durante uma apresentação do plano para melhorar o sistema de tratamento dos animais abandonados, disse a porta-voz. A carne de cão é um alimento popular na Coreia do Sul, com estimativas de até um milhão de animais consumidos por ano. Mas o seu consumo tem diminuído à medida que os sul-coreanos passaram a ver os cães mais como companheiros do que como alimento. O consumo de carne de cão tornou-se tabu entre as gerações mais jovens e a pressão dos ativistas animais tem aumentado na Coreia do Sul. A indústria de animais de estimação está a crescer na Coreia do Sul, com cada vez mais famílias a viverem com um cão em casa, a começar pelo chefe de Estado. Moon Jae-in nunca escondeu o seu amor por cães e tem vários na sua residência presidencial, incluindo um rafeiro que resgatou depois de tomar posse. Esta adoção foi uma das suas promessas de campanha e Tory tornou-se o primeiro cão a ser levado de um centro de acolhimento de animais para a Casa Azul, o palácio presidencial em Seul. A lei de proteção dos animais da Coreia do Sul centra-se na proibição do abate cruel de cães e gatos, mas não proíbe o seu consumo. As autoridades têm recorrido a este e outros regulamentos de higiene para reprimir as quintas de criação de cães para consumo alimentar e os restaurantes que servem a sua carne antes de eventos internacionais, como os Jogos Olímpicos de Inverno de 2018.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Coreia do Sul avança com terceira dose da vacina nos próximos meses A Coreia do Sul planeia administrar a terceira dose da vacina contra a covid-19 aos grupos prioritários, nos próximos meses, anunciou hoje o Governo. O primeiro-ministro sul-coreano, Kim Boo-kyum, disse hoje que na próxima segunda-feira vai divulgar as datas exatas de administração da dose de reforço, adiantando que será aplicada nos próximos meses. Conforme apontou, numa primeira fase, a vacina será administrada a pessoas com mais de 60 anos e a profissionais da saúde. Por outro lado, o executivo quer encurtar o atual intervalo entre a primeira e a segunda dose. Segundo os dados da Agência de Prevenção e Controle de Doenças Infecciosas (KDCA), 45,2% da população do país já foi inoculada com as duas doses, enquanto 74,1% receberam a primeira dose. As previsões do Governo apontam para mais de 70% da população vacinada com as duas doses até ao final de outubro. O país contabilizou 3.272 infetados no sábado, o número mais elevado desde o início da pandemia, agravado pelas novas variantes e pelo período de férias. O primeiro-ministro sul-coreano classificou como “muito grave” o aumento das infeções, acrescentando que a evolução das próximas semanas vai determinar o início do plano de regresso “à vida normal”. Desde o início da pandemia de covid-19, a Coreia do Sul contabilizou 300.000 infetados e 2.450 mortes.
Hoje Macau China / ÁsiaInfluente irmã de líder norte-coreano ameaça Seul com corte total de relações Kim Yo Jong, a influente irmã do líder da Coreia do Norte, criticou ontem o Presidente sul-coreano, Moon Jae-in, e ameaçou com uma “destruição completa” das relações bilaterais, horas depois do lançamento de mísseis balísticos pelos dois países. Kim Yo Jong reagia às declarações de Moon Jae-in que, momentos antes, afirmou que a capacidade crescente de mísseis da Coreia do Sul servirá como uma “dissuasão segura” contra as “provocações norte-coreanas”. Moon fez os comentários após o primeiro teste bem-sucedido da Coreia do Sul com um míssil balístico lançado por um submarino, teste que aconteceu horas depois de os militares sul-coreanos e japoneses confirmarem que a Coreia do Norte tinha disparado dois mísseis balísticos, que caíram no Mar do Japão. Segundo a imprensa estatal de Pyongyang, a também conselheira do Presidente Kim Jong Un condenou a “atitude ilógica de Seul”, lembrando que, segundo a lógica da Coreia do Sul, os mísseis sul-coreanos são “ações legítimas para apoiar a paz” enquanto os norte-coreanos constituem “uma ameaça à paz”. Nesse sentido, Kim Yo Jong considerou, por sua vez, como “uma provocação” a descrição dos testes de mísseis da Coreia do Sul e advertiu para os perigos de uma “destruição completa” das relações bilaterais se o Presidente Moon Jae-in continuar a caluniar a Coreia do Norte. A Coreia do Sul, que não possui armas nucleares, está sob a proteção do “guarda-chuva nuclear” norte-americano, que garante uma resposta devastadora dos Estados Unidos em caso de ataque ao seu aliado. No entanto, Seul tem acelerado os esforços para construir as suas armas convencionais, incluindo o desenvolvimento de mísseis mais poderosos. Especialistas dizem que os avanços militares de Seul têm como objetivo melhorar a capacidade de ataques preventivos e destruir as principais instalações e ‘bunkers’ norte-coreanos. Além do míssil lançado por submarino, a Coreia do Sul também testou um míssil a partir de um aparelho militar. Em Tóquio, o primeiro-ministro do Japão, Yoshihide Suga, condenou o lançamento dos dois mísseis balísticos pela Coreia do Norte afirmando que, além de violar resoluções internacionais, representam “uma ameaça à paz e à segurança” do seu país. Suga, em declarações à imprensa, expressou o seu “forte protesto” e apontou que o teste “viola as resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas”, garantindo que o Japão “está a acompanhar a situação”. Por outro lado, adiantou que Tóquio convocou uma reunião do Conselho de Segurança Nacional depois de os mísseis atingirem as águas da zona económica exclusiva do arquipélago japonês. A última vez que o regime norte-coreano disparou um míssil balístico foi no final de março passado, quando testou o que parecia ser uma versão de seu míssil KN-23, capaz de traçar trajetórias muito difíceis de intercetar. Além disso, o teste de hoje ocorreu depois de os norte-coreanos terem anunciado, na segunda-feira, que tinham testado um novo tipo de míssil de cruzeiro no fim de semana. Este armamento, devido ao seu alcance, capacidade de contornar os sistemas de deteção e potencial para carregar também ogivas nucleares, é considerado uma ameaça direta pelo Japão.
Hoje Macau China / ÁsiaMNE chinês defende que países envolvidos na península coreana devem reduzir tensão militar O Ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, insistiu hoje, durante uma visita a Seul, sobre a importância de todos os países envolvidos na península coreana reduzirem as suas atividades militares, visando reduzir a tensão. Depois de reunir com o homólogo sul-coreano Chung Eui-yong, Wang Yi falou sobre o teste de mísseis de cruzeiro, realizado por Pyongyang na semana passada. O ministro chinês afirmou que todos os países envolvidos devem “contribuir para a paz e estabilidade na península coreana”. Wang Yi acrescentou que “não apenas a Coreia do Norte, mas também outros países estão a realizar atividades militares”, numa referência a exercícios conjuntos de verão entre Seul e Washington, que Pyongyang considera uma provocação. As palavras de Wang Yi também se referem ao primeiro teste, bem-sucedido, recentemente realizado pela Coreia do Sul, para lançar o seu primeiro míssil balístico a partir de um submarino. Chung considerou a China um parceiro importante na iniciativa de Seul para alcançar a paz na península por meio dos canais diplomáticos. Pouco após os dois falarem à imprensa, foi anunciado que a Coreia do Norte lançou dois mísseis balísticos no Mar do Japão (ou Mar Oriental, segundo a designação coreana). Após almoçar com Chung, Wang deve fazer uma visita de cortesia ao presidente sul-coreano Moon Jae-in, antes de deixar Seul. Desde a vitória de Joe Biden que Washington tenta puxar Seul para a sua órbita de segurança, para fortalecer a frente comum contra Pequim. No entanto, o governo sul-coreano de Moon permanece prudente e equidistante, sabendo que a China é o maior parceiro comercial da Coreia do Sul e um país-chave na tentativa de alcançar a desnuclearização da península.
Hoje Macau DesportoMundial 2022 | Coreia do Sul, de Paulo Bento, estreia-se com empate caseiro A Coreia do Sul, seleção treinada pelo português Paulo Bento, estreou-se ontem na segunda fase de grupos do apuramento asiático para o Mundial2022 de futebol com um nulo caseiro perante o Iraque. Em Seul, a Coreia do Sul teve o controlo total da partida, mas foi incapaz de furar com sucesso a barreira defensiva iraquiana, formação liderada pelo técnico holandês Dick Advocaat. A equipa de Paulo Bento fica agora a aguardar os restantes resultados do Grupo A, que inclui ainda Síria, Líbano, Emirados Árabes Unidos e Irão, todos a actuar ainda hoje. O próximo encontro da seleção sul-coreana está agendado para 07 de setembro, no Líbano.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreias retomam comunicação telefónica interrompida há mais de um ano As duas Coreias retomaram hoje a comunicação telefónica 13 meses depois de ter sido cortada unilateralmente pelo Norte em protesto contra o envio de propaganda antirregime por ativistas do Sul. Os dois vizinhos, tecnicamente ainda em guerra desde o fim da Guerra da Coreia (1950-53), decidiram retomar os contactos telefónicos a partir das 10:00, disse, em comunicado, o porta-voz da Presidência da Coreia do Sul, Park Soo-hyun. O Presidente sul-coreano, Moon Jae-in, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, trocaram cartas, várias vezes desde abril, para discutir o restabelecimento das relações intercoreanas”, de acordo com a mesma nota. O comunicado acrescentou que “os dois também concordaram em restabelecer a confiança mútua entre as duas Coreias o mais rapidamente possível e fazer novos progressos na relação bilateral”. A agência noticiosa estatal da Coreia do Norte, a KCNA, também divulgou o restabelecimento das comunicações e da correspondência entre os líderes dos dois países. A KCNA indicou que “toda a nação coreana deseja ver a relação Norte-Sul recuperar dos reveses e da estagnação” e que o reinício das trocas “terá efeitos positivos na melhoria e no desenvolvimento das relações Norte-Sul”. Em 09 de junho do ano passado, Pyongyang suspendeu as comunicações telefónicas com o Sul, argumentando que Seul não tinha feito o suficiente para impedir o envio de balões de propaganda a partir do seu território. Pouco depois, Pyongyang destruiu o edifício do gabinete de ligação intercoreano local e bloqueou o diálogo entre os dois países, retomado em 2018, menos de um ano depois de Moon se ter tornado Presidente na Coreia do Sul. O restabelecimento da comunicação surgiu depois de o regime de Pyongyang ter passado mais de um ano em extremo isolamento a tentar combater a pandemia da covid-19 e de ter admitido recentemente uma “crise alimentar”, agravada pela onda de calor que atingiu a península coreana nas duas últimas semanas.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Sul regista maior número diário de casos de covid-19 em 2021 A Coreia do Sul registou 1.212 casos em 24 horas, maior número diário deste ano, e as autoridades disseram hoje que vão manter as actuais restrições durante pelo menos mais uma semana. Do número total de casos nas últimas 24 horas, 44 foram importados e 1.168 foram infeções locais, das quais quase 85% estavam localizadas na região da capital, onde reside mais de metade da população do país, de acordo com dados divulgados pela Agência de Controlo e Prevenção de Doenças da Coreia (KDCA). O primeiro-ministro sul-coreano, Kim Boo-kyum, disse que as restrições em vigor no país vão continuar na área metropolitana de Seul, onde não são permitidas reuniões de mais de quatro pessoas e a restauração deve fechar às 22:00, pelo menos durante mais uma semana. O Governo vai considerar a possibilidade de apertar as restrições, caso o nível de infeção persistir ou se agravar durante os próximos dois ou três dias. A Coreia do Sul, um dos países que melhor geriram a pandemia, com apenas cerca de 150 mil casos e duas mil mortes, tinha planeado flexibilizar as atuais restrições para a região da capital a 01 de julho, mas recuou com o agravamento da situação. Além de estar concentrado em Seul e arredores, o aumento das infeções parece dever-se a um aumento da circulação da variante Delta mais contagiosa do vírus, que está a afetar principalmente as pessoas entre os 20 e 39 anos, um grupo ainda sem acesso à vacina. Como muitos outros territórios, a Coreia do Sul enfrenta o problema do fornecimento global de vacinas. Até agora apenas 15,4 milhões de pessoas (30,1% da população) receberam pelo menos uma dose e 5,46 milhões (10,6% da população) as duas necessárias para completar o processo de vacinação contra a covid-19. A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 3.987.613 mortos em todo o mundo, resultantes de mais de 184,1 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente feito pela agência France-Presse.
Hoje Macau China / ÁsiaAntigo político sul-coreano condenado a três anos de prisão por assédio sexual O antigo presidente da câmara de Busan, a segunda maior cidade da Coreia do Sul, foi hoje condenado a três anos de prisão por assédio sexual a duas subordinadas. Oh Keo-don demitiu-se no ano passado do cargo de líder da autarquia desta cidade portuária, conhecida também pelo festival internacional de cinema. Três meses mais tarde, o presidente da câmara de Seul, Park Won-soon, suicidou-se depois de ter sido acusado de assédio sexual por uma subordinada. Os dois homens pertenciam ao Partido Democrático, de centro-esquerda, do Presidente sul-coreano, Moon Jae-in. Oh, de 72 anos, alegou sempre que o contacto com as funcionárias foi acidental, enquanto ao chegar ao tribunal disse aos jornalistas que a culpa era “de todos”. O juiz do Tribunal Distrital de Busan, Ryu Seung-woo, considerou que o arguido tinha abusado da “posição de superior” para assediar as subordinadas. “As pessoas, que não deviam ter sofrido, ainda estão a sofrer”, acrescentou, de acordo com a agência de notícias sul-coreana Yonhap. A sociedade sul-coreana permanece profundamente conservadora nas questões sociais, apesar de uma economia em expansão. As vítimas de assédio sexual enfrentam frequentemente fortes pressões para permanecerem em silêncio. O movimento #metoo, de denúncia de assédio e violência sexual contra as mulheres, tem levado a algumas mudanças na Coreia do Sul, desde que uma procuradora, Seo Ji-hyun, acusou publicamente um supervisor de a apalpar insistentemente num funeral. Outro caso de grande visibilidade foi o do antigo candidato presidencial Ahn Hee-jung, acusado de violação pela secretária e condenado em fevereiro de 2019 a três anos e meio de prisão.
Hoje Macau China / ÁsiaSeul condiciona aceitação de descarga de água radioactiva de Fukushima A Coreia do Sul aceitará, caso sejam cumpridas algumas condições, o plano do Governo japonês para despejar gradualmente no mar águas tratadas, mas ainda radioactivas, da central nuclear destruída de Fukushima, segundo o Governo sul-coreano. O ministro dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Sul, Chung Eui-yong, afirmou ontem no Parlamento que o país pode levantar as suas objecções, se forem cumpridos dos padrões da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA). “Se (o Japão) seguir os processos apropriados, de acordo com os padrões da AIEA, (o Governo sul-coreano) não tem nenhuma razão particular para se opor”, disse Chung. Para haver acordo com Seul sobre o assunto, adiantou, o Japão deve apresentar provas e informações científicas suficientes e compartilhá-las, fazer consultas com antecedência e garantir a participação da Coreia do Sul no processo de verificação de segurança da AIEA. “Em vez de se opor ao plano (abertamente), Seul está implacável e consistentemente a solicitar ao Japão (que aceite essas três coisas, enquanto dá prioridade à saúde e segurança da população”, observou o ministro dos Negócios Estrangeiros. O Enviado Presidencial Especial dos EUA para o Clima, John Kerry, afirmou no domingo que Washington está “confiante” sobre a consulta do Japão à AIEA sobre o plano. Desde o anúncio do plano, na semana passada, a Coreia do Sul tem sido palco de protestos de pescadores, grupos ambientalistas e outras associações cívicas, que prosseguiram nos últimos dias. Ontem, em Yeosu, sudoeste do país, cerca de 150 navios de pesca foram mobilizados para uma manifestação marítima, cenário que se repetiu noutros pontos do país. Aprovação internacional A Agência Internacional de Energia Atómica, das Nações Unidas, apoiou o plano do Japão para despejar gradualmente no mar águas tratadas, considerando reunidas as necessárias condições de segurança. “Estou confiante de que o governo [japonês] continuará a interagir com todas as partes de uma forma transparente e aberta enquanto trabalha para implementar a decisão de hoje”, disse o director-geral da AIEA, Rafael Grossi, em comunicado. Salientado que o despejo de águas está de acordo com a prática internacional e é tecnicamente viável, a organização manifesta ainda disponibilidade para dar apoio técnico na monitorização da implementação do plano. De acordo com a AIEA, as descargas controladas de águas radioactivas no mar são usadas de forma rotineira por operadores de centrais nucleares em todo o mundo, sob autorizações regulatórias específicas com base em avaliações de impacto ambiental e de segurança. As instalações de Fukushima Daiichi geraram toneladas de água contaminada que tiveram de ser armazenadas depois de usadas para arrefecer os núcleos parcialmente derretidos de três reatores. Desde há anos que a empresa responsável pela central, a TEPCO, utiliza um sistema para filtrar aquela água e eliminar todos os seus isótopos radioactivos com exceção do trítio.
Hoje Macau China / ÁsiaPresidentes dos EUA e da Coreia do Sul reúnem-se em Washington em Maio O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, vai reunir-se em Maio, em Washington, com o homólogo da Coreia do Sul, Moon Jae-in, anunciou a Casa Branca. “O Presidente Biden espera receber o Presidente sul-coreano Moon na Casa Branca na segunda quinzena de maio”, disse a porta-voz governamental Jen Psaki, sublinhando que a administração norte-americana pretende reafirmar “a aliança inabalável entre os Estados Unidos e a Coreia do Sul”. Em meados de Março, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, e o chefe do Pentágono, Lloyd Austin, deslocaram-se a Seul para reafirmar o compromisso conjunto face à Coreia do Norte e às crescentes ambições de Pequim. A reunião de Biden com Moon segue-se também à reunião tripartida realizada em Abril em Annapolis, no Estado do Maryland, entre os conselheiros de segurança nacional dos Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul. A nova Presidência norte-americana está empenhada em solidificar os laços dos Estados Unidos com seus parceiros tradicionais na Ásia, num momento em que a China continua a exibir pretensões hegemónicas na região. O primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, será o primeiro líder estrangeiro a ser recebido pessoalmente pelo presidente democrata na Casa Branca, mas já sexta-feira.
Hoje Macau China / ÁsiaExpansão de “cafés” com bonecas sexuais alarma pais na Coreia do Sul Depois de o Supremo Tribunal da Coreia do Sul ter decidido a favor da importação de bonecas sexuais, centenas de “cafés” em que estas são protagonistas abriram em todo o país, gerando alarme entre os pais sul-coreanos. Os cafés oferecem “experiências” com as bonecas sexuais em tamanho real, feitas muitas vezes à semelhança de actrizes ou outras mulheres famosas – com silicone e detalhes realísticos. A mais recente polémica envolvendo um destes cafés teve lugar 50 quilómetros a sul da capital Seul, na cidade de Yongin, onde um empresário foi obrigado a encerrar o estabelecimento e a procurar novo poiso com as suas bonecas, depois de um abaixo-assinado de pais locais a favor do encerramento ter reunido mais de 36 mil assinaturas. Apenas 3 dias depois da inauguração, e depois de um investimento de mais de 40 milhões de won, o empresário foi vergado pela pressão pública – e apesar de a câmara municipal se declarar impotente para intervir. Neste tipo de espaços, as bonecas são geralmente expostas sem roupa ou em roupa interior. A agitação em torno dos “cafés-experiência” estendeu-se a meios judiciais e ao parlamento sul-coreano. No final de fevereiro, o Tribunal Administrativo de Seul decidiu a favor de um importador local que havia processado um funcionário da alfândega que impediu o tráfego aduaneiro de bonecas sexuais. Durante o julgamento, o importador, citado pelo jornal Korea Herald, defendeu-se dizendo que “embora a boneca sexual seja um dispositivo de masturbação para homens com forma e tamanho semelhantes aos das mulheres adultas, ela não (…) prejudica seriamente a dignidade e o valor humanos”. O despachante alfandegário defendeu, por seu lado, que “uma boneca sexual é um produto para adultos feito apenas para despertar o interesse sexual e satisfazer desejos sexuais, e enquadra-se em ‘bens que vão contra os costumes’ cuja importação é proibida de acordo com a Lei Aduaneira.” O tribunal admitiu que as bonecas sexuais dão uma impressão de vulgaridade e promiscuidade em geral, mas concluiu que os dispositivos sexuais têm a finalidade de satisfazer o desejo sexual em vez do contacto físico, e como tal têm de ser conforme as características do corpo humano. Entretanto, alguns deputados avançaram com projectos de lei para regular a produção e a venda de bonecas sexuais, nomeadamente Song Ki-heon, do partido Democrático da Coreia do Sul, que propõe uma revisão das leis relacionadas aos crimes sexuais proibindo que aquelas sejam modeladas a partir da aparência de crianças, adolescentes e pessoas específicas, sob pena de prisão. O deputado Choi Hye-young, do mesmo partido, também propôs uma emenda parcial à Lei de Protecção Sexual de Crianças e Adolescentes para restringir a produção, venda e aluguer de bonecas sexuais na forma de crianças e adolescentes. Entretanto, o uso das bonecas continua a generalizar-se, até de forma inesperada. No ano passado, e com os estádios encerrados ao público devido à pandemia, o FC Seul usou bonecas sexuais em tamanho real, vestidas com o equipamento do clube, para ajudar a preencher algumas das cadeiras vazias.
Hoje Macau SociedadeDireito Penal | Acordo judiciário com Coreia do Sul entra em vigor O Governo de Macau anunciou ontem a entrada em vigor do acordo relativo ao Auxílio Judiciário Mútuo em Matéria Penal com a Coreia do Sul. A informação foi publicada ontem em Boletim Oficial. “O Governo da Região Administrativa Especial de Macau e o Governo da República da Coreia efectuaram a notificação recíproca de terem sido cumpridas as formalidades internas exigidas para a entrada em vigor do acordo”, lê-se. O compromisso foi celebrado em Outubro de 2019, altura em que o gabinete da Administração e Justiça de Macau indicou que o acordo visa “reforçar a cooperação mútua no âmbito da entrega de infractores em fuga entre as duas jurisdições, com vista a apurar a responsabilidade penal do agente e o cumprimento da pena que lhe foi aplicada, assegurar e fazer a justiça, bem como salvaguardar a segurança e a estabilidade social”.
Hoje Macau China / ÁsiaONG diz que Coreia do Norte aprisiona há décadas prisioneiros de guerra sul-coreanos Uma organização dos direitos humanos da Coreia do Sul denunciou ontem que o regime de Pyongyang usa, há décadas, prisioneiros de guerra sul-coreanos e respectivos descendentes em “trabalhos forçados” numa rede de minas de carvão. Segundo um relatório da Aliança de Cidadãos para os Direitos Humanos na Coreia do Norte (NKHR, na sigla em inglês), com sede em Seul, dezenas de milhares de prisioneiros de guerra sul-coreanos nunca foram libertados por Pyongyang após a Guerra da Coreia (1950-1953). Esses prisioneiros foram enviados para as minas de carvão em condições semelhantes à escravidão e os filhos e netos “herdaram esse destino brutal”, refere o documento. Na Coreia do Norte, existe o chamado sistema ‘songbun’, que classifica os cidadãos de acordo com suas origens sociais e políticas. A lealdade absoluta às autoridades é um fator crucial e aqueles cujos ancestrais colaboraram com o inimigo japonês ou foram capitalistas estão na base da escala. “Este sistema ‘songbun’ foi passado para os filhos e netos dos prisioneiros de guerra, que continuam a trabalhar nas minas de carvão, chumbo, zinco, magnesite e outras”, denuncia a NKHR. “Estão proibidos de mudar de residência e de trabalho ou frequentar o ensino superior”, acrescenta-se no documento. Pyongyang invadiu a Coreia do Sul em 1950, até ao armistício, centenas de milhares de soldados dos dois lados foram feitos prisioneiros na chamada Zona Desmilitarizada (DMZ, na sigla em inglês). Nos termos da Convenção de Genebra (em vigor desde 1949), os Estados não podem manter um prisioneiro de guerra após o fim do conflito, mas a Coreia do Norte apenas autorizou o regresso de 8.343 sul-coreanos. Em 2014, um relatório das Nações Unidos estimou em pelo menos 50.000 o total de prisioneiros de guerra mantidos na Coreia do Norte após o final do conflito, estando vivos, na altura, cerca de 500. Em declarações à agência noticiosa France-Presse (AFP), a autora do relatório, Joanna Hosaniak, indicou que o “calvário” dos detidos foi “ignorado” pelas autoridades de Seul e nem sequer foram alvo de discussão nas cinco cimeiras inter-coreanas. “Não há informações nem interesse” por este caso na Coreia do Sul, lamentou Hosaniak. A Coreia do Norte, por seu lado, afirma respeitar os direitos humanos e garantiu ter devolvido todos os prisioneiros de guerra.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Coreia do Sul pretende alcançar “imunidade de grupo” em Novembro A Coreia do Sul pretende alcançar a chamada “imunidade de grupo” contra a covid-19 em Novembro, após ter vacinado 70% da sua população até ao terceiro trimestre, de acordo com um plano de acção apresentado esta segunda-feira pelas autoridades. O programa divulgado pela Agência de Controlo e Prevenção de Doenças Infecciosas (KDCA) prevê que, antes do final do primeiro trimestre, os profissionais de saúde (de alto risco devido ao seu maior potencial de exposição ao vírus) e os que trabalham em lares de idosos já terão recebido a vacina. A previsão é de que as primeiras vacinas cheguem ao país em fevereiro e a vacinação comece imediatamente, de acordo com o documento, explicando que no segundo trimestre as vacinas serão aplicadas a todos os maiores de 65 anos e ao restante dos trabalhadores do sector da saúde. Depois, no terceiro trimestre, será a vez dos portadores de doenças crónicas e das pessoas entre 19 e 64 anos. Este plano de acção, coordenado pelo KDCA e pelos Ministérios da Saúde e Segurança Alimentar e Farmacologia, inclui os primeiros dados do plano de vacinação, cujos detalhes completos serão apresentados no dia 28 de Janeiro e com o qual está prevista a inoculação gratuita ao 51 milhões de habitantes do país. Por meio do programa Covax (Fundo de acesso para vacinas contra a covid-19) e de contractos com quatro empresas farmacêuticas (AstraZeneca, Pfizer, Johnson & Johnson e Moderna), o Governo sul-coreano afirma ter vacinas suficientes para os 56 milhões de habitantes este ano. O plano apresentado hoje também inclui disposições para fortalecer o combate ao vírus, como o aumento da capacidade de testes que, até meados de fevereiro, permitirá à Coreia do Sul realizar até 240 mil testes de diagnóstico por dia. O número de funcionários encarregados da investigação epidemiológica para rastreamento de contactos passará de 325 para 385, segundo o documento. A Coreia do Sul, que nunca recorreu a confinamentos ou encerramentos de fronteiras, é um dos países que melhor lidou com a pandemia. O país, que actualmente regista entre 300 e 400 infecções diárias e tem uma incidência cumulativa em 14 dias de 11,7 casos por 100.000 habitantes, tem no total pouco mais de 69.000 infeções locais e 1.360 mortes desde o início da pandemia.
Hoje Macau China / ÁsiaDiplomata norte-coreano desertou para a Coreia do Sul em 2019 Um alto diplomata norte-coreano, que assegurou interinamente o cargo de embaixador no Kuwait, desertou em 2019 para a Coreia do Sul com a família, noticiou hoje um diário sul-coreano. Ryu Hyun-woo chegou em setembro de 2019 à Coreia do Sul, onde pediu asilo político, de acordo com o diário Maeil Business, citado pela agência de notícias France-Presse, mas a fuga foi mantida em segredo. Cerca de 30 mil norte-coreanos fugiram já à repressão e à pobreza no país para o Sul, na maioria dos casos passando primeiro pela fronteira com a China. As deserções de responsáveis são raras. No entanto, a chegada de Ryu à Coreia do Sul ocorreu alguns meses depois da fuga do antigo embaixador interino em Itália Jo Song-gil, que também pediu asilo a Seul. “Decidi desertar porque queria dar ao meu filho um futuro melhor”, declarou Ryu, citado pelo Maeil Business. Em setembro de 2017, Ryu assumiu interinamente a liderança da embaixada, na sequência da expulsão pelo Kuwait do diplomata So Chang-sik, depois de a ONU ter adotado sanções contra Pyongyang relacionadas com os programas nuclear e balístico. Os meios de comunicação social identificaram Ryu como familiar de Jon Il-chun, antigo chefe do Gabinete 39, que gere os fundos secretos dos dirigentes norte-coreanos. Em 2016, o antigo “número dois” da embaixada da Coreia do Norte no Reino Unido Tae Yong-ho desertou para a Coreia do Sul, naquela que foi a mais recente deserção de um responsável do Norte. Eleito deputado no ano passado, Tae apresentou Ryu como membro do “coração da elite” do regime. “Independentemente dos privilégios que se possam ter na Coreia do Norte, o vosso espírito só poderá mudar quando se vai ao estrangeiro e se faz a comparação”, afirmou. O Norte reforçou as restrições e o controlo das fronteiras no âmbito das medidas contra a covid-19 e o número de norte-coreanos a fugir para o Sul diminuiu consideravelmente no ano passado. Mas, para Tae, o líder norte-coreano, Kim Jong-un, “nunca poderá impedir os norte-coreanos que sonham com a liberdade de fugirem para a Coreia do Sul”. Depois de uma notável melhoria nas relações intercoreanas em 2018, na sequência dos Jogos Olímpicos de inverno, o fracasso da segunda cimeira entre Kim e o ex-Presidente dos Estados Unidos Donald Trump, em fevereiro de 2019, em Hanoi, trouxe um novo “arrefecimento” à política na península. As duas Coreias continuam tecnicamente em guerra, depois de a Guerra da Coreia (1950-53) ter terminado com a assinatura de um armistício, que ainda não foi substituído por um acordo de paz.
Hoje Macau China / ÁsiaSupremo Tribunal da Coreia do Sul confirma condenação da ex-Presidente Park Geun-hye O Supremo Tribunal da Coreia do Sul confirmou hoje a condenação da ex-Presidente Park Geun-hye a 20 anos de prisão, num caso de corrupção que levou à sua destituição, em 2017. A decisão põe termo a um longo processo judicial após a destituição de Park, precedida de meses de protestos nas ruas. Primeira mulher eleita para o cargo na Coreia do Sul, Park tinha sido condenada em 2018 a 30 anos de prisão por corrupção e abuso de poder. Os tribunais viriam a reduzir a pena a 20 anos de prisão, na sequência de uma série de recursos da defesa. O Supremo Tribunal aprovou igualmente as multas a pagar pela antiga chefe de Estado, de 21,5 mil milhões de won. Park foi ainda condenada a dois anos de prisão por infrações às leis eleitorais. Se cumprir integralmente as duas penas, a ex-Presidente terá mais de 80 anos quando for libertada. Park tinha admitido ter recebido ou pedido dezenas de milhões de dólares de empresas sul-coreanas, incluindo a Samsung Electronics, além de partilhar documentos secretos e ter organizado uma “lista negra” de artistas críticos das suas políticas, ou ainda de ter demitido responsáveis que se opuseram aos seus abusos de poder. A Justiça da Coreia do Sul é conhecida pela severidade em relação a antigos chefes de Estado. Quatro dos ex-presidentes ainda vivos foram condenados após o fim dos seus mandatos. O antigo chefe de Estado Roh Moo-hyun suicidou-se em 2009, após ter sido questionado sobre suspeitas de corrupção que implicavam a sua família. Há algumas semanas, o líder do Partido Democrata, atualmente no poder, Lee Nak-yon, admitiu propor o perdão de Park e de Lee Myung-bak, outro ex-Presidente condenado, mas as declarações suscitaram protestos tanto à direita como à esquerda.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Coreia do Sul identifica primeiros infectados com variante mais contagiosa do novo coronavírus A Coreia do Sul anunciou hoje ter detectado os primeiros casos de uma variante mais contagiosa do novo coronavírus e que foi identificada pela primeira vez no Reino Unido. A Agência de Controlo e Prevenção de Doenças da Coreia afirmou que os casos foram diagnosticados numa família de três pessoas que chegou à Coreia do Sul a 22 de dezembro, antes das autoridades suspenderem as ligações aéreas com o reino Unido até 31 de dezembro. As três pessoas, que residem no Reino Unido, estão sob quarentena na Coreia do Sul. A Coreia do Sul registou na segunda-feira 808 novos casos de coronavírus, elevando o seu número de casos nacionais para 57.680, com 819 mortes. Nas últimas semanas, a Coreia do Sul tem registado um pico súbito de infeções ligadas a hospitais, lares, igrejas, uma prisão e reuniões familiares. No domingo, o Governo disse que iria passar mais uma semana antes de determinar se iria impor regras mais duras de distanciamento físico na grande área de Seul, apesar de tal prejudicar ainda mais a economia. A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.758.026 mortos resultantes de mais de 80,2 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência de notícias France-Presse (AFP).
Tânia dos Santos Sexanálise VozesMulheres mortuárias, k-pop e o sexo [dropcap]V[/dropcap]i uma notícia algures que a Coreia do Sul está a formar cada vez mais mulheres em estudos mortuários. Mulheres mortuárias não é coisa que abunda por aqueles lados, mas a crescente procura está a exigir uma quebra na tradição: já não precisa de ser um trabalho exclusivo aos homens. Pensei que esta procura inesperada (e tão específica) por mulheres mortuárias no país fosse um sinal de mudança. Uma análise mais cuidada mostra uma narrativa muito mais complexa do que uma viragem para a igualdade de género no ramo. Parece que a crescente procura por mulheres mortuárias se deve ao crescente número de suicídios entre as mulheres jovens no país. As famílias das vítimas têm procurado mulheres para tratarem do corpo, e para manterem os seus segredos e desconfortos lá escondidos. A Coreia do Sul está bem alta nos rankings mundiais do suicídio, e estima-se que o suicídio entre mulheres continue a aumentar. A tradição, a produção cultural e as dinâmicas das redes sociais podem estar a contribuir para isso. Para provar a tendência são os muitos artistas k-pop que se suicidaram nos últimos tempos – em 2019, no espaço de dois meses, suicidaram-se três. O “lado negro do k-pop” tornou-se mais visível e parece estar sobre escrutínio. Num país patriarcal como a Coreia do Sul, as artistas k-pop têm que encarnar um misto de inocência e disponibilidade sexual. Têm que ser sexy, bonitas e puras, e se não o são, a indústria e os fãs desempenham a sua função de policiamento. A Sulli, que acabou por se suicidar em Outubro de 2019, era alvo de escândalos recorrentes porque frequentemente não usava soutien. Isto é preocupante a dois níveis: para os artistas que se vêm amordaçados por expectativas da indústria, e para a sociedade que assiste, participa e é influenciada por estas dinâmicas. Um artigo de 2017 mostra que o consumo recorrente de k-pop pode contribuir de forma positiva para a crescente desigualdade de género. Não admira. A crescente popularidade deste género musical (e os seus derivados) parece produzir representações muito inflexíveis de homens, mulheres e do sexo. Na Coreia do Sul, não é por acaso que as operações plásticas estão ao rubro. Não é por acaso que as violações, abusos e assédios não são tratados com a gravidade que merecem. Não é por acaso que se estejam a exigir mais mulheres mortuárias – e era aqui que gostaria de voltar. A exigência de mais mulheres mortuárias, bem pode ser uma oportunidade para a igualdade de género neste ramo profissional, mas é um sintoma de toda a parvoíce que culmina – e é apresentada em esteróides – na cultura popular. As medidas necessárias são tomadas para que o corpo, que trabalhou para ser perfeito, fique protegido dos olhos julgadores e críticos. O corpo continua a precisar da protecção desse outro, até na morte. Não poderia existir consciência mais plena que as pessoas não estão autorizadas a mostrarem-se de forma honesta. Para que a conversa não seja tendenciosa, é importante ressalvar que o suicídio entre os homens é bastante maior, até na Coreia do Sul. Chamam-lhe epidemia silenciosa (uma epidemia que mobiliza poucos recursos comparada com outras epidemias mais virulentas…). Mas a fonte para esta disparidade continua a ser a mesma: as expectativas e categorias de género que ditam uma qualquer ignorância de que o sofrimento – vinda da desadequação social – é coisa que só as mulheres sabem sentir e identificar. Só desconstruindo os macro e micro- processos sistémicos da morte, do suicídio, e destes jogos representacionais que a cultura pop contemporânea nos traz, é que percebemos que não há vilões bem definidos. Há, sim, processos de vilificação que andam a assolar o mundo.