Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Sul | CEO da Jeju Air proibido de sair do país após queda de Boeing O presidente executivo da Jeju Air foi proibido de sair da Coreia do Sul na sequência da queda do avião da companhia aérea sul-coreana na semana passada que causou a morte a 179 pessoas, informou ontem a polícia. “A equipa de investigação impôs proibições de viagem a duas pessoas, incluindo o CEO da Jeju Air, Kim E-bae”, disse a polícia da província de South Jeolla, onde se situa o aeroporto de Muan onde ocorreu o acidente. A polícia da Coreia do Sul já tinha anunciado estar a realizar buscas no aeroporto de Muan, sudoeste do país, e noutros locais, na sequência da queda de um Boeing 737-800 da Jeju Air. “Em relação ao acidente de avião de 29 de Dezembro, está a decorrer uma operação de busca desde as 09h (08h em Macau) de 2 de Janeiro em três locais, incluindo o aeroporto de Muan, o escritório da Jeju Air em Seul e um escritório da autoridade regional de aviação em Muan”, declarou a polícia num comunicado enviado à agência de notícias France-Presse. “A polícia tenciona determinar rápida e rigorosamente a causa e a responsabilidade por este acidente, em conformidade com a lei”, acrescentou a mesma fonte. Na quarta-feira, o governo sul-coreano anunciou que vai enviar uma das caixas negras do Boeing para os Estados Unidos, para ser descodificada. “Decidimos que não é possível extrair aqui os dados do gravador de dados de voo [FDR] danificado”, declarou o responsável pela Aviação do Ministério dos Transportes sul-coreano, Joo Jong-wan, em conferência de imprensa. O anúncio surgiu no mesmo dia em que os dados da outra caixa negra, o gravador de voz do cockpit (CVR), foram extraídos.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Sul | Tribunal emitiu mandado de detenção de presidente deposto O mandado de detenção contra o presidente deposto sul-coreano, em vigor até segunda-feira, vai ser executado “dentro do prazo” estipulado, afirmou a agência que investiga a imposição de lei marcial a 3 de Dezembro. Yoon Suk-yeol prometeu lutar até ao fim O mandado contra Yoon Suk-yeol vai ser executado “dentro do prazo”, disse aos jornalistas o director do gabinete de investigação da corrupção (CIO), Oh Dong-woon. Os investigadores defendem “um processo fluido sem grandes perturbações”, indicou Oh, alertando para a possibilidade de uma “mobilização policial”. “Consideramos que acções como a montagem de barricadas e encerramento dos portões de ferro [da residência de Yoon] para resistir à execução do nosso mandado de detenção constituem uma obstrução às funções oficiais”, prosseguiu o responsável, acrescentando que qualquer pessoa que se oponha à detenção de Yoon pode “ser processada”. Um tribunal sul-coreano emitiu na terça-feira um mandado de detenção contra Yoon Suk-yeol, pela imposição de lei marcial no início de Dezembro. É a primeira vez na história da Coreia do Sul que um Presidente em exercício é alvo de uma acção judicial do género. Yoon Suk-yeol continua oficialmente em funções enquanto aguarda a decisão do Tribunal Constitucional sobre a destituição, adoptada em 14 de Dezembro pela Assembleia Nacional. Actualmente, está suspenso do cargo e espera-se que o tribunal confirme ou rejeite a destituição até meados de Junho. Yoon surpreendeu o país a 3 de Dezembro ao declarar lei marcial e enviar o exército para o parlamento. Foi forçado a recuar algumas horas mais tarde, sob pressão dos deputados e de milhares de manifestantes. O antigo procurador, de 64 anos, não respondeu por três vezes às convocatórias para ser interrogado sobre a tentativa de golpe de Estado, o que levou a que, na segunda-feira, fosse pedido um mandado de captura. Apelo aos crentes Yoon Suk Yeol, dirigiu-se na quarta-feira os seus apoiantes numa carta em que afirma que “lutará até ao fim”. “Estou a ver em directo no YouTube todo o trabalho árduo que estão a fazer”, escreveu Yoon na quarta-feira às centenas de apoiantes que se reuniram perto da sua residência oficial para protestar contra a investigação. “Lutarei até ao fim para proteger este país juntamente convosco”, declarou na carta, cuja fotografia foi enviada aos meios de comunicação social por Seok Dong-hyeon, um advogado que aconselha Yoon. O Partido Democrático, na oposição, que detém o controlo maioritário do Parlamento e liderou a destituição de Yoon, afirmou que a carta prova o estado de delírio de Yoon, que continua empenhado em completar a “insurreição”. “Como se não bastasse tentar encenar uma insurreição, está agora a incitar os seus apoiantes a um confronto extremo”, declarou o porta-voz do partido, Jo Seoung-lae, em comunicado.
Hoje Macau China / ÁsiaJeju Air | Anunciadas inspecções devido a problemas com trens de aterragem O Governo sul-coreano anunciou ontem “inspecções rigorosas de segurança” à companhia aérea Jeju Air, na sequência de dois episódios com problemas nos trens de aterragem, um dos quais causou a morte a 179 pessoas no domingo. O segundo incidente aconteceu ontem, forçando o regresso do avião à pista após a descolagem A companhia aérea responsável pelo avião que se despenhou no domingo na Coreia do Sul, causando a morte a 179 pessoas, vai ser alvo de “inspecções rigorosas de segurança” devido a problemas com trens de aterragem das aeronaves, avançou ontem o Governo sul-coreano. “Planeamos implementar inspecções rigorosas de segurança aérea, em resposta aos incidentes com os trens de aterragem”, afirmou Joo Jong-wan, responsável pelo departamento de aviação no ministério sul-coreano dos Transportes, após uma reunião ontem em Seul. A reacção do Governo sul-coreano surge depois de, no domingo, um acidente com um avião da Jeju Air no Aeroporto Internacional de Muan (sul) causar a morte de 179 pessoas e de, na manhã de ontem, um segundo avião da mesma companhia aérea ter registado um problema semelhante, forçando-o a regressar ao aeroporto de partida. Joo referiu que a Jeju Air, uma das principais transportadoras aéreas de baixo custo do país, é conhecida pela elevada taxa de utilização dos aviões, o que, segundo alguns peritos, poderá ter contribuído para os incidentes. O funcionário do ministério sul-coreano dos Transportes acrescentou que o Conselho Nacional de Segurança dos Transportes dos Estados Unidos vai estar envolvido na investigação dos incidentes e que a Boeing, fabricante de ambos os aviões do mesmo modelo, também foi contactada para cooperar. Segundo acto Um avião da Jeju Air foi ontem forçado a regressar ao aeroporto de partida, o Aeroporto Internacional de Gimpo, na ponta ocidental de Seul, depois de registar uma anomalia com o trem de aterragem, semelhante ao problema ocorrido com o aparelho que falhou a aterragem no domingo no aeroporto de Muan, acidente que causou a morte de 179 pessoas. O voo 7C101 da Jeju Air, que partiu do aeroporto internacional de Gimpo com destino a Jeju, no sul da Coreia do Sul, às 06h37 de segunda-feira (05h37 em Macau), detectou um problema no trem de aterragem pouco depois de levantar voo. A transportadora disse que tenciona retomar as operações depois de trocar de aparelho, também um Boeing 737-800, considerado um dos mais seguros do mundo. A Jeju Air, transportadora sul-coreana de baixo custo, opera 39 aparelhos 737-800 numa frota de 41 aviões. No domingo, o avião que fazia o voo 7C2216 da Jeju Air explodiu no final de um “pouso de barriga”, sem trem, derrapando na pista do aeroporto de Muan até embater num muro de betão, matando 179 pessoas e deixando apenas dois sobreviventes, naquele que é o pior acidente de sempre da aviação civil em solo sul-coreano.
Andreia Sofia Silva SociedadeTurismo | Excursionistas coreanos mais que triplicam até Novembro Dados da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) mostram um aumento das excursões com turistas oriundos de fora da China até Novembro. Em 11 meses, Macau registou 79 mil visitantes em excursões da Coreia do Sul, um aumento significativo de 257,9 por cento em termos anuais, enquanto o número de excursionistas da Índia, 23 mil, subiu 426 por cento. Em termos globais, Macau recebeu, de Janeiro a Novembro, 1.908.000 turistas em excursões, mais 70,9 por cento face a igual período de 2023, sendo que 1.699.000 eram do Interior da China e 182.000 eram visitantes internacionais em excursões, um aumento de 63,4 por cento e 179,4 por cento, respectivamente. Relativamente ao mês de Novembro, os excursionistas foram 213 mil, mais 5,2 por cento em termos anuais. Nos primeiros 11 meses deste ano, um total de 524 mil residentes adquiriu viagens para fora, mais 43,3 por cento em termos anuais. A DSEC indica também a taxa média de ocupação dos quartos, que em 11 meses foi de 86,1 por cento, um aumento de cinco pontos percentuais face ao mesmo período de 2023. Nestes meses, os estabelecimentos hoteleiros hospedaram 13.242.000 indivíduos, um aumento de 8,1 por cento face ao período homólogo de 2023. O período médio de permanência dos hóspedes manteve-se em 1,7 noites.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Sul | Presidente deposto volta a falhar interrogatório O presidente deposto da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, não compareceu ontem, pela terceira vez, para interrogatório sobre a imposição da lei marcial, disse uma equipa especial de investigação. Yoon tinha sido convocado para estar na sede da agência anticorrupção, o Gabinete Sénior de Investigação de Corrupção, em Gwacheon, nos subúrbios de Seul, às 10h (09h em Macau), mas não apareceu. Esta é a terceira vez que Yoon, um antigo procurador, se recusa a obedecer a intimações dos investigadores, depois de ter rejeitado uma primeira intimação, em 18 de Dezembro. No sábado foi revelado que Yoon Suk Yeol autorizou o exército a abrir fogo para entrar no parlamento no início de Dezembro, durante a tentativa de impor a lei marcial, segundo um relatório do Ministério Público consultado pela AFP. ““Ainda não entraste? O que estão a fazer? Arrombem a porta e tirem-nos de lá, mesmo que seja preciso disparar”, disse a 3 de Dezembro, durante uma chamada telefónica com o comandante militar de Seul, Lee Jin-woo, que se encontrava perto do parlamento, segundo a procuradoria. O Ministério Público divulgou aos meios de comunicação social o relatório de acusação contra o antigo ministro da Defesa Kim Yong-hyun, apontado como a pessoa que pressionou o Presidente Yoon a impor a lei marcial. Segundo o relatório, com 10 páginas, o Presidente sul-corenano também ordenou ao chefe da contraespionagem militar, general Kwak Jong-keun, que “entrasse rapidamente” no parlamento. “Tirem as pessoas do interior da assembleia, destruam as portas com um machado, se necessário”, disse ainda Yoon Suk Yeol. No relatório aponta-se ainda que o Presidente tinha discutido a lei marcial com oficiais militares superiores já em Março. Enquanto os deputados se apressavam em rejeitar a lei marcial na madrugada de 4 de Dezembro, o Presidente Yoon disse a Lee que a declararia “uma segunda e terceira vez”.
Hoje Macau China / ÁsiaQueda de avião na Coreia: O que se sabe até ao momento Um avião de passageiros incendiou-se quando aterrava este domingo, 29, num aeroporto na Coreia do Sul, matando 179 pessoas, num dos desastres aéreos mais mortíferos da história do país. Houve apenas dois sobreviventes no voo 2216 da companhia de baixo custo Jeju Air, segundo as autoridades. Um vídeo mostrou o avião a derrapar e ultrapassar a pista de aterragem e depois a colidir com uma barreira no aeroporto. O trem de aterragem dianteiro aparentemente não foi acionado. O que aconteceu? O jato Boeing 737-800, proveniente de Banguecoque, despenhou-se ao aterrar no aeroporto de Muan (sudoeste), a cerca de 290 quilómetros a sul da capital, Seul, às 09:03 locais, segundo o Ministério dos Territórios. As autoridades do Ministério dos Transportes disseram que a torre de controlo do aeroporto emitiu um alerta de colisão com aves aos pilotos pouco antes da sua intenção de aterrar e deu-lhes permissão para usar uma área diferente. Um vídeo transmitido pela emissora sul-coreana MBC mostra o avião a aterrar com fumo a sair dos motores, aparentemente sem trem de aterragem. A aeronave saiu da pista e ficou envolvida pelas chamas. Apenas dois sobreviventes Todos os 175 passageiros e quatro dos seis tripulantes a bordo morreram. Os passageiros eram todos coreanos, exceto dois tailandeses, uma criança de 3 anos e um homem de 78, disseram as autoridades. As equipas de socorro resgataram dois tripulantes dos destroços do avião. Segundo o ‘site’ especializado Flightradar, o avião, um Boeing 737-800 da empresa sul-coreana de baixo custo Jeju Air, entrou ao serviço em 2009. Como estão a decorrer as operações de socorro? Centenas de membros da equipa de resgate, incluindo bombeiros e soldados, foram enviados para o local. Os familiares aguardavam no primeiro andar do aeroporto. Imagens transmitidas pelos canais de televisão locais mostraram a aeronave completamente carbonizada, com exceção da cauda, e corpos envoltos em mortalhas azuis retirados em macas. O Presidente sul-coreano em exercício, Choi Sang-mok, presidiu a uma reunião governamental de emergência e visitou hoje o local. O Governo declarou Muan uma zona de catástrofe especial. Kim E-bae, presidente da Jeju Air, fez uma profunda vénia a outros altos funcionários da empresa ao pedir desculpa às famílias enlutadas e afirmou que sente “total responsabilidade” pelo desastre. A Boeing também apresentou condolências e disse em comunicado na rede X que está pronta para apoiar a empresa na investigação do acidente. O que provocou o acidente? Serão necessários meses para determinar as causas. Mas existem algumas pistas possíveis. Lee Jeong-hyeon, chefe do corpo de bombeiros de Muan, disse que os trabalhadores estavam a analisar várias possibilidades, incluindo se a aeronave foi atingida por aves. “Suspeita-se que a causa do acidente tenha sido uma colisão com aves combinada com condições meteorológicas desfavoráveis. Mas a causa exata será anunciada após uma investigação”, disse Lee Jeong-hyun. Os primeiros elementos noticiados pela agência de notícias sul-coreana Yonhap deram conta de um “mau funcionamento do trem de aterragem”. Segundo a mesma fonte, a aeronave aterrou de barriga e incendiou-se ao embater numa vedação no final da pista. Questionado sobre a possibilidade de a pista de aterragem ser demasiado curta, um responsável disse que isso provavelmente não era um fator. “A pista tem 2.800 metros de comprimento, ou 9.200 pés, e os aviões de tamanho semelhante utilizam-na sem problemas”, esclareceu. As duas caixas negras – o gravador de dados de voo e o gravador de voz da cabine – foram recuperadas. Quais os perigos das colisões de aves? As colisões de aves, que podem causar danos significativos no motor ou no pára-brisas, são a causa de muitos acidentes aéreos. Na maioria dos casos, a colisão ocorre durante a descolagem ou aterragem, quando os motores estão a trabalhar a toda a velocidade. Os danos materiais variam desde uma simples deformação do bordo de ataque da asa até à destruição parcial ou total do reator. Um dos casos mais famosos remonta a janeiro de 2009, quando o piloto de um Airbus A320 da US Airways com 155 pessoas a bordo conseguiu aterrar de emergência no rio Hudson, em Nova Iorque, após uma colisão deste tipo, e salvou todos os ocupantes. E quanto aos acidentes aéreos anteriores? Este é o primeiro acidente mortal na história da Jeju Air, fundada em 2005. Em 12 de agosto de 2007, um Bombardier Q400 da sua frota que transportava 74 pessoas despistou-se sob ventos fortes no aeroporto de Busan-Gimhae (sudeste), provocando cerca de 10 feridos ligeiros. Antes do acidente de hoje, o acidente de avião mais grave da história da Coreia do Sul foi a queda de um Boeing 767 da Air China vindo de Pequim contra uma colina perto do aeroporto de Busan-Gimhae, que fez 129 mortos a 15 de abril de 2002. O último acidente mortal numa companhia aérea sul-coreana foi o de um Boeing 777 da Asiana Airlines que falhou a aterragem no aeroporto de São Francisco, matando três pessoas e ferindo 182 a 6 de julho de 2013. O desastre mais mortífero para uma empresa sul-coreana continua a ser o de um Boeing 747 da Korean Air, que ligava Nova Iorque a Seul via Anchorage (Alaska), que foi abatido por um caça soviético sobre o Mar do Japão, causando a morte de 246 passageiros e 23 tripulantes em 1 de setembro de 1983. No entanto, os especialistas acreditam que o setor do transporte aéreo sul-coreano é globalmente fiável e seguro.
Hoje Macau China / ÁsiaAcidente de avião terá causado 179 mortos na Coreia do Sul Um total de 179 pessoas terão morrido este domingo na queda de um avião da Jeju Air no aeroporto de Muan, no sudoeste da Coreia do Sul, de acordo com informações preliminares dos bombeiros. Segundo a agência de notícias pública sul-coreana Yonhap, as equipas de emergências conseguiram resgatar dois sobreviventes, um tripulante e um passageiro, do avião que tinha 181 pessoas a bordo. O número oficial de mortos é de 120, enquanto os bombeiros continuam a trabalhar na zona e a verificar o estado das vítimas, embora já tenham notado que a maioria estaria “presumivelmente morta” e que o número oficial deverá aumentar drasticamente nas próximas horas. O anterior balanço provisório daquele que é já um dos piores desastres aéreos na história da Coreia do Sul apontava para pelo menos 85 mortos. O avião ficou “quase completamente destruído” e os passageiros e tripulantes tiveram “poucas hipóteses de sobreviver”, disseram os bombeiros. “Os passageiros foram ejetados do avião quando este colidiu com uma barreira, deixando-os com poucas hipóteses de sobrevivência”, disse um bombeiro local, durante uma reunião com familiares das vítimas. “O avião está quase totalmente destruído e a identificação dos falecidos está a ser difícil”, acrescentou. O avião, com 175 passageiros e seis membros da tripulação a bordo, despenhou-se por volta das 09:07 (hora local) ao aterrar no aeroporto da cidade de Muan, no sul da Coreia do Sul, a cerca de 290 quilómetros da capital, Seul. De acordo com a polícia e bombeiros, o avião, um Boeing 737-8AS vindo da capital da Tailândia, Banguecoque, colidiu com uma vedação de betão e incendiou-se. As autoridades aeroportuárias disseram que o avião estava a tentar uma aterragem forçada, após uma primeira tentativa ter falhado, devido a uma avaria do trem de aterragem. No entanto, o avião não terá conseguido reduzir a velocidade até chegar ao fim da pista, o que provocou a colisão com a vedação e o incêndio. O chefe do corpo de bombeiros de Muan, Lee Jeong-hyun, disse que a queda se deveu provavelmente a uma colisão com um pássaro, combinada com condições meteorológicas adversas. O presidente em exercício do país, Choi Sang-mok, ordenou que fossem feitos todos os esforços possíveis nas operações de resgate após o acidente. O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Tailândia confirmou em comunicado a presença de dois cidadãos no avião e disse que o país está em contacto com Seul. Nikorndej Balankura instou os familiares destes dois cidadãos a telefonar para a embaixada tailandesa em Seul para receber mais informações. A última vez que a Coreia do Sul sofreu um desastre aéreo de grande escala foi em 1997, quando um avião da companhia aérea sul-coreana Korean Airline se despenhou no território norte-americano de Guam, matando as 228 pessoas a bordo.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Sul | Presidente deposto volta a ser convocado por investigadores O Presidente deposto da Coreia do Sul foi ontem novamente convocado pelos investigadores, depois de ter rejeitado um pedido anterior e no âmbito da tentativa falhada de impor lei marcial no início do mês. Yoon Suk-yeol, de 63 anos, foi suspenso no passado fim-de-semana pelos deputados, no âmbito de um processo de destituição, na sequência da declaração de lei marcial na noite de 03 para 04 de Dezembro e pelo envio do exército para o parlamento. Yoon e os aliados envolvidos no golpe de Estado podem ser condenados a prisão perpétua e, teoricamente, até à pena de morte, se forem considerados culpados de rebelião. Yoon está proibido de abandonar o país. O antigo procurador está a ser investigado pelo Ministério Público sul-coreano e por uma equipa conjunta da polícia, do Ministério da Defesa e de investigadores anticorrupção. A audição na agência anticorrupção está marcada para as 10:00 horas de 25 de Dezembro. Se Yoon se apresentar, torna-se o primeiro Presidente sul-coreano em exercício a comparecer perante um órgão de investigação. A antiga presidente Park Geun-hye foi destituída em circunstâncias semelhantes às de Yoon, mas só foi investigada depois de ter sido afastada do poder pelo Tribunal Constitucional. Yoon Suk-yeol não foi à audiência para a qual tinha sido convocado na quarta-feira, sem dar qualquer justificação para a ausência. No início da semana, os procuradores ordenaram que se apresentasse para ser interrogado ou enfrentaria a prisão, mas, entretanto, entregaram o caso à agência anticorrupção. O chefe deste organismo, Oh Dong-woon, disse ao parlamento, na terça-feira, que a possibilidade de deter Yoon também estava a “ser examinada”. O Tribunal Constitucional, que está a analisar o pedido de destituição, deve pronunciar-se sobre a validade deste num prazo de cerca de seis meses. Para o efeito, solicitou documentos relativos à declaração da lei marcial, mas o pedido foi devolvido ao remetente. “Estamos a examinar outras opções”, declarou um porta-voz do tribunal.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Sul | Presidente volta a faltar a audição, pela terceira vez O Presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, voltou ontem a faltar a uma audição no âmbito da investigação da controversa lei marcial decretada no início de Dezembro e que levou à sua destituição. Yoon foi convocado para ser ouvido pelos investigadores às 09h de ontem (hora de Macau), mas voltou a não comparecer, o que acontece pela terceira vez, segundo a agência espanhola Europa Press. O Presidente está a ser investigado simultaneamente pelo Gabinete de Investigação Anticorrupção (CIO), pelo Ministério Público (MP) e pelo Ministério da Defesa. É suspeito de ter incitado à rebelião ao declarar a lei marcial em 3 de Dezembro, que foi revogada pelo parlamento poucas horas depois de ter entrado em vigor. O Presidente conservador justificou na altura que a lei marcial se devia a uma alegada aproximação da oposição a posições “semelhantes às da Coreia do Norte”.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Sul | Presidente destituído rejeita convocatórias da Justiça O Presidente deposto da Coreia do Sul rejeitou citações judiciais para o interrogar sobre a breve imposição da lei marcial, enquanto o Tribunal Constitucional começou a examinar a moção de destituição aprovada pelo parlamento. China espera relação estável após destituição de Yoon Suk-yeol Suspenso desde a votação parlamentar de sábado à noite, Yoon Suk-yeol é objecto de dois inquéritos por rebelião, além do processo aberto na manhã de ontem pelo Tribunal Constitucional. A 3 de Dezembro, Yoon surpreendeu o país ao declarar a lei marcial e enviar o exército para o parlamento, antes de ter de recuar pouco antes do amanhecer, sob pressão da Assembleia Nacional e dos manifestantes. O antigo procurador, de 63 anos, tal como os aliados que também estiveram envolvidos no golpe de Estado, enfrenta a prisão perpétua e, teoricamente, a pena de morte se for considerado culpado de rebelião. Está proibido de sair do país. O Ministério Público, que dirige uma das duas investigações, voltou a enviar uma nova convocatória, depois de Yoon se “ter recusado” a comparecer no dia anterior. A equipa da segunda investigação também pediu autorização para interrogar Yoon, mas o pedido foi rejeitado pelo gabinete presidencial, informou a agência de notícias sul-coreana Yonhap. Se Yoon continuar a recusar, os investigadores poderão solicitar aos tribunais a emissão de um mandado de captura contra o Presidente destituído. O Tribunal Constitucional deverá pronunciar-se sobre a validade da moção de destituição dentro de cerca de seis meses. Se o Tribunal der provimento à moção, Yoon será deposto e terá de se realizar uma eleição presidencial no prazo de dois meses. O vencedor tomará posse no dia seguinte ao resultado, sem o período de transição habitual. Durante este período, que poderá ir até oito meses, o primeiro-ministro sul-coreano, Han Duck-soo, vai assumir as funções presidenciais interinamente e garantir “uma governação estável”. Estabilidade chinesa O Tribunal agendou uma audiência preliminar para 27 de Dezembro, à qual Yoon não será obrigado a comparecer, disse aos jornalistas a porta-voz Lee Jean. “Este caso será considerado de alta prioridade”, assegurou Lee Jean aos jornalistas. De acordo com a maioria dos peritos, existem poucas dúvidas quanto ao resultado do processo, tendo em conta as violações flagrantes da Constituição e da lei de que Yoon Suk-yeol é acusado. Desde o golpe de Estado, têm-se multiplicado as manifestações em grande escala contra Yoon Suk-yeol, bem como as manifestações mais pequenas de apoio, com manifestantes de ambos os lados a afirmar que vão continuar a protestar até que o Tribunal dê o veredicto. Em resposta à turbulência política no país, a China disse ontem que espera manter uma relação estável com a Coreia do Sul. “Promover o desenvolvimento saudável e estável das relações entre a China e a Coreia do Sul é do interesse comum de ambas as partes”, afirmou Lin Jian, porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, numa conferência de imprensa, em Pequim. “A Coreia do Sul é um vizinho próximo e um parceiro de cooperação importante e amigável para a China. A promoção de um desenvolvimento saudável e estável das relações sino – sul-coreanas é do interesse comum de ambas as partes”, afirmou Lin Jean. “A política da China em relação à Coreia do Sul é coerente e estável”, disse o porta-voz, acrescentando que a “manutenção da paz e da estabilidade na península coreana é do interesse de todas as partes e exige esforços activos de todos”. No entanto, quando questionado directamente sobre a demissão do Presidente Yoon, o porta-voz recusou-se a comentar, dizendo que se tratava de “um assunto interno da Coreia do Sul”.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Sul | Quando a lei marcial apanhou de surpresa três portugueses a viver em Seul Reportagem de Catarina Domingues, enviada da agência Lusa Sophie, Maria João e Miguel foram apanhados de surpresa quando, há uma semana, o Presidente sul-coreano declarou lei marcial. Impedidos por lei de participarem em atividades políticas, observam de longe os protestos e simpatizam com a causa. Sophie Carvalho juntou no sábado um grupo de amigos em casa para uma festa antecipada de Natal, mas acabaram todos no sofá a olhar para a televisão. Nas ruas de Seul, multidões pediam a destituição do Presidente, Yoon Suk-yeol, que dias antes tinha declarado lei marcial. Na casa de Sophie vivia-se a contestação através do pequeno ecrã. “É importante acompanhar, só estava uma coreana lá em casa, o resto eram todos estrangeiros, mas para nós é importante”, afirma agora à Lusa a tradutora, de 30 anos, que diz ter recebido um alerta da embaixada portuguesa em Seul para não participar nos protestos. A lei do controlo de imigração da Coreia do Sul proíbe estrangeiros no país de levarem a cabo atividades políticas. A viver na Coreia do Sul há uma década, Sophie já tinha reservas em relação a Yoon, devido às políticas do dirigente conservador “em relação aos direitos das mulheres e dos estrangeiros”, mas, admite, estava longe de se imaginar a viver sob lei marcial, ainda que esta tenha durado apenas umas horas. “Eu nunca imaginei que ia acontecer algo assim, embora achasse que [Yoon Suk-yeol] nunca seria um bom Presidente”, continua. Yoon sobreviveu, entretanto, a uma moção parlamentar. A destituição do Presidente exigia o apoio de dois terços da Assembleia Nacional, ou seja, 200 dos 300 deputados, mas apenas 195 participaram na votação, sendo que o Partido do Poder Popular (PPP), no poder, boicotou o escrutínio. Nesse dia, os coreanos foram para as ruas um pouco por todo o país, como, aliás, continua a acontecer diariamente. Em Seul, cerca de um milhão de pessoas ocuparam a vizinhança do parlamento, de acordo com dados da organização. Os números da polícia, mais conservadores, apontam para 150 mil manifestantes. Sophie queria fazer parte do movimento, mas receia que a participação possa trazer “problemas para o visto”. De longe, assiste a um momento que classifica “de incrível” e chama a atenção para a presença dos bastões luminosos nos protestos. Utilizados em concertos de música popular coreana (K-pop), estes bastões tornaram-se num símbolo da cultura de protesto sul-coreana em 2016, durante as maciças manifestações contra a ex-Presidente Park Geun-hye. Também Maria João Amaral tem acompanhado os últimos acontecimentos desde casa, pelo YouTube e pelas notícias. “Fiquei a saber naquela mesma noite, à hora, pouco depois de ter sido declarada a lei marcial e confesso que me assustei, porque pensei que havia algum problema com a Coreia do Norte”, diz a professora de português na Universidade Hankuk de Estudos Estrangeiros. A viver há 20 anos em Seul, a docente, de 64 anos, olha para a resiliência e mobilização em massa dos sul-coreanos “de maneira muito positiva”. Em conversa com a Lusa lembra o passado ditatorial do país e de como os sul-coreanos ergueram uma democracia. E recua ao tal momento em que Park Geun-hye caiu. “Houve protestos durante meses, vigílias, e penso que também foi no inverno. Mas agora também achei que os militares [durante a lei marcial] não estavam interessados em fazer mal às pessoas, porque as pessoas afrontaram-nos e não houve tiros”, diz. Sondagens têm sugerido que a maioria dos sul-coreanos quer a destituição de Yoon. Uma investigação da Realmeter indicou, no início dos protestos, que sete em cada dez sul-coreanos apoia a suspensão do exercício do poder do Presidente. Também Miguel Morais, de 20 anos, aponta o caráter pacífico do país. Daí que não tenha sentido medo. Admite, porém, ter “ficado chocado” com a declaração da lei marcial e ainda “mais impressionado por se ter resolvido” em poucas horas. O jovem, que trabalha numa organização de intercâmbio de línguas e tem feito trabalhos como ator em publicidade, chegou ao país há apenas nove meses. Reconhece que os sul-coreanos estão “cem por cento, mesmo” na luta: “Existe um sentimento coletivo coreano que se vê em pequenas coisas (…) e há aquele sentimento da união do povo, e se alguém quebrar isso, juntam-se na luta”, considera. Apesar de “ter imensos amigos” nos protestos antigovernamentais, Miguel faz eco do que Sophie e Maria João disseram à Lusa. “Não fui aos protestos porque fomos claramente avisados que podia haver consequências legais para estrangeiros presentes”, disse o jovem portuense.
Hoje Macau China / ÁsiaParlamento da Coreia do Sul vota no sábado segunda moção de destituição de Yoon A oposição da Coreia do Sul agendou para sábado a votação no parlamento de uma segunda moção de destituição contra o Presidente Yoon Suk–yeol, disse ontem um porta-voz do Partido Democrático. A votação na Assembleia Nacional está marcada “para 14 de Dezembro às 17:00”, disse à agência de notícias France–Presse Jo Seung-lae, deputado do Partido Democrático. Ontem de manhã, uma unidade especial de investigação da polícia da Coreia do Sul disse ter efectuado buscas na sede da polícia e no gabinete do Presidente. “A equipa especial de investigação realizou uma busca no gabinete presidencial, na agência de polícia [sul-coreana], na agência de polícia metropolitana de Seul e no Departamento de Segurança da Assembleia Nacional”, uma semana depois de Yoon Suk-yeol ter imposto a lei marcial no país, disse a unidade às agências de notícias. As buscas foram anunciadas horas depois dos dois principais chefes da polícia terem sido detidos pelo papel na breve imposição da lei marcial na semana passada. As forças de segurança sul-coreanas disseram que o comissário-geral da agência de polícia sul-coreana, Cho Ji-ho, e o chefe da agência de polícia metropolitana de Seul, Kim Bong-sik, estavam detidos na esquadra de Namdaemun, na capital. Os dois dirigentes policiais estão a ser investigados pelo papel no envio de forças policiais para a Assembleia Nacional, numa tentativa de impedir os deputados de entrar no parlamento para suspender a lei marcial, anunciada abruptamente na noite de 03 de Dezembro. Outro golpe No sábado passado, o conservador Yoon escapou por pouco a uma primeira tentativa. O Partido Popular do Povo (PPP), no poder, boicotou e invalidou a votação por falta de quórum. Mais tarde, o partido disse que, em troca do bloqueio da moção, tinha obtido a promessa de que Yoon se ia retirar para deixar a governação ao PPP e ao primeiro-ministro. A oposição acusou o PPP de um “segundo golpe” de Estado. O Gabinete de Investigação de Corrupção de Altos Funcionários, conhecido como CIO, indicou ontem que vai solicitar a detenção e prisão de Yoon assim que estiverem reunidas as condições necessárias. “Estamos a conduzir uma investigação completa e vamos analisar a questão da prisão”, disse o presidente do CIO, Oh Dong-woon.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Sul | Vozes de jovens femininas estão a ser reconhecidas A participação das mulheres em protestos na Coreia do Sul faz-se sentir com cada vez maior intensidade. Na mais recente manifestação pela destituição do presidente conservador que decretou a lei marcial, as vozes femininas foram as que mais se fizeram ouvir As mulheres jovens sul-coreanas votam mais à esquerda e estão a emergir como líderes de opinião, incluindo nos últimos dias, quando saíram em força para as ruas a exigir a destituição do Presidente conservador. Nos protestos, à frente da Assembleia Nacional, ouviam-se sobretudo mulheres a gritar, recorda Jung Hyun-joo. E enquanto ali estava, a professora da Universidade Nacional de Seul não conseguia deixar de pensar em como a voz feminina ocupa um papel cada vez mais central na contestação. Esta presença, reflecte em entrevista à Lusa, é um fenómeno recente. Mulheres “na casa dos 20 e 30 anos emergiram como um grupo importante de líderes de opinião em todos os aspectos da vida social, incluindo, mas não se limitando, a questões políticas”, disse. “Nas últimas presidenciais, ficou claro que as mulheres jovens deram um apoio esmagador ao partido progressista [Partido Democrático], em contraste com os pares masculinos, que emergiram como um novo grupo conservador”, exemplifica. Nessas eleições, em 2022, 58,7 por cento dos homens com idades entre os 18 e os 29 anos escolheram Yoon Suk-yeol, actual Presidente, ficando apenas atrás da faixa etária mais velha (mais de 60 anos). Já as mulheres com menos de 30 anos foi quem menos apoiou o líder conservador entre todos os grupos analisados – apenas 34 por cento, indicam sondagens à boca das urnas. Kim, de 22 anos, e Na, de 21, são estudantes da área das Humanidades da Universidade de Dankooku, fora de Seul, e têm participado nos protestos. “Há aqui tantas mulheres porque os homens apoiam o Partido do Poder Popular [PPP]”, diz Kim. “O PPP tem sido durante muito tempo o partido dos mais fortes [homens] e parece que as mulheres, a minoria, levantam mais a voz”, diz Na, que também prefere não ser identificada pelo nome completo. Na madrugada que antecedeu a votação da moção de destituição de Yoon Suk-yeol – que impôs há uma semana a lei marcial, suspendendo-a poucas horas mais tarde – um grupo de pessoas ficou a guardar os portões da Assembleia Nacional. Estes vigilantes nocturnos, conta Chan Mi, outra manifestante, eram sobretudo jovens mulheres. “As mulheres coreanas, seja qual for a idade, sempre participaram durante crises nacionais nos protestos tanto quanto os homens – e agora mais do que os homens, penso. Mas os ‘media’ sempre as sub-representaram e a história não lhes deu justo crédito”, analisa. Despertares Mas a especialista Jung Hyun-joo, ligada aos estudos de género, considera que houve um momento recente que levou ao “despertar político” das mulheres mais novas: um femicídio, em 2016, numa casa banho pública de um bar de karaoke em Seul. Kim Seong-min, um homem de 34 anos, esfaqueou até à morte uma mulher que não conhecia. As adolescentes, grupo mais afectado pelo evento “são agora jovens adultas”, nota Jung. “Estimuladas pelo rápido desenvolvimento da Coreia e com um elevado nível de formação, mas confrontadas com antigas tradições patriarcais que ainda existem em muitos setores da sociedade coreana, as jovens mulheres na casa dos 20 e 30 anos têm uma energia e uma sensibilidade política diferente das gerações mais velhas e dos pares masculinos”, contextualiza. Outro episódio ocasionou este afastamento político entre homens e mulheres mais novos, sugere Kim Hun-joon, cientista político da Universidade da Coreia. Como parte da estratégia da campanha, em 2022, Yoon anunciou, “um dia, do nada”, a intenção de abolir o Ministério da Igualdade de Género e Família. “Foi uma estratégia polarizadora, ele queria o apoio dos jovens homens eleitores e então tornou isto num assunto fundamental”, recorda. A luta antifeminista tem vindo a conquistar espaço com o actual Presidente. Kim, investigador na área dos Direitos Humanos, considera que os jovens conservadores sentem que “têm tido um tratamento social e noutras áreas desigual em relação às mulheres”. Rhee Jane, de 22 anos, activa nos recentes protestos, defende que as mulheres mais novas são quem mais tem saído à rua. Antes “não lhes prestavam muita atenção”, mas neste movimento pró-destituição, “têm sido reconhecidas, as pessoas estão a ouvi-las”, diz a estudante de Antropologia. Já Chan Mi lembra outros tempos para explicar a mobilização feminina. “Sabemos que as mulheres, especialmente as jovens, são sempre o grupo mais vulnerável quando o país se torna instável. Tendo em conta a história da Coreia, as mulheres são as primeiras a serem despedidas quando há um abalo na economia”, refere. A jovem de 30 anos diz ainda que a população feminina é também o “primeiro alvo do crime quando a segurança é ameaçada”. “A liberdade das mulheres é a primeira a ser oprimida em tempo de ditadura. É por isso que as mulheres agem”, sublinha. Reportagem de Catarina Domingues, Lusa
Hoje Macau China / ÁsiaJustiça sul-coreana proíbe Presidente de sair do país O Ministério da Justiça da Coreia do Sul disse ontem que proibiu o Presidente Yoon Suk-yeol de viajar para o estrangeiro enquanto estiver sob investigação devido à imposição da lei marcial, na semana passada. Durante uma audiência parlamentar, um funcionário dos serviços de imigração do Ministério da Justiça, Bae Sang-up, disse que a proibição já tinha sido emitida. Pouco antes, na mesma sessão, o procurador-chefe do Gabinete de Investigação de Corrupção para Funcionários de Alto Nível, Oh Dong-woon, disse que tinha solicitado esta proibição. O gabinete, conhecido como CIO, é um dos vários organismos de segurança e judiciais, incluindo o Ministério Público e a polícia, a investigar as circunstâncias em torno da imposição da lei marcial por parte de Yoon. Horas antes, a imprensa local tinha avançado que também a polícia sul-coreana estava a considerar proibir o Presidente de viajar para o estrangeiro, enquanto investiga possíveis suspeitas acusação de traição, rebelião e abuso de poder. O principal partido da oposição da Coreia do Sul classificou a imposição da lei marcial por parte de Yoon como “rebelião inconstitucional e ilegal ou golpe”. O Partido Democrático (PD) apresentou queixas junto da polícia contra pelo menos nove pessoas, incluindo Yoon e o ex-ministro da Defesa. Os procuradores sul-coreanos detiveram no domingo o ex-ministro da Defesa Kim Yong-hyun, que terá recomendado que Yoon declarasse a lei marcial. Embora o Presidente tenha imunidade contra processos judiciais enquanto estiver em funções, tal não se estende a alegações de rebelião ou traição. Segunda tentativa Também ontem, a oposição criticou o Partido Popular do Povo (PPP), no poder, por se recusar a destituir Yoon. “Por mais que tentem justificar (…) este é um segundo acto de rebelião e um segundo golpe, ilegal e inconstitucional”, disse Park Chan-dae, líder parlamentar do PD. No sábado, Yoon escapou por pouco a uma primeira moção de destituição, submetida ao Parlamento. O PPP boicotou e invalidou a votação por falta de quórum. Em comunicado, o PPP afirmou ter obtido, em troca do bloqueio da moção, a promessa de que Yoon se retiraria para deixar a governação do país à sua formação e ao primeiro-ministro. “Mesmo antes da sua retirada, o Presidente não interferirá nos assuntos de Estado, nem nos assuntos externos”, certificou o líder do PPP, Han Dong-hoon, no domingo. O presidente do Parlamento sul-coreano, Won Woo-shik, disse que “o exercício conjunto da autoridade presidencial pelo primeiro-ministro e pelo partido no poder (…) é uma clara violação da Constituição”. Para Kim Hae-won, professor de direito constitucional na Escola Nacional de Direito de Busan, este acordo é semelhante a um “golpe de Estado silencioso”. No domingo, o PD anunciou que vai tentar novamente destituir o Presidente, no dia 14 de Dezembro. Yoon proclamou a lei marcial em 3 de Dezembro, uma medida que foi forçado a suspender apenas seis horas depois.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Sul | Líder da oposição convicto que destituição do Presidente é uma questão de tempo O líder da oposição sul-coreana, Lee Jae-myung, afirmou hoje estar convicto que Yoon Suk-yeol sairá da presidência do país no âmbito do processo de destituição iniciado no parlamento, restando, porém, a dúvida se acontecerá “amanhã ou no próximo mês”. A liderar o processo de destituição, o líder do Partido Democrático da Coreia admitiu que será difícil obter o apoio necessário para conseguir a saída de Yoon Suk-yeol já esta semana, mas destacou que se trata de “uma simples questão de tempo”, segundo as citações publicadas pela agência noticiosa sul-coreana Yonhap. Depois de recuar na imposição da lei marcial, que declarou na terça-feira, Yoon Suk-yeol enfrenta agora o pedido de seis partidos para a sua destituição, cuja aprovação necessita do apoio de dois terços dos deputados, ou seja, 200 dos 300 parlamentares que compõem a assembleia sul-coreana. Para que a votação seja válida é necessária ainda a presença de mais da metade dos parlamentares. Atualmente, o partido conservador Poder Popular, a força política de Yoon Suk-yeol, tem 108 assentos em comparação com os 192 da oposição. “O problema é que alguns deputados do partido de Yoon estão dispostos a votar a favor (da saída), mas isso significaria quebrar a disciplina partidária e colocá-los-ia numa situação difícil”, reconheceu Lee Jae-myung. No entanto, o líder partidário está convicto que o Presidente “será destituído, seja em um dia, dois, uma semana, um mês ou três meses”. Na terça-feira, numa comunicação de surpresa ao país, o Presidente Yoon Suk-yeol justificou a imposição da lei marcial para “erradicar as forças pró-norte-coreanas e proteger a ordem constitucional”. Na mesma intervenção, Yoon acusou a oposição de atividades contra o Estado e de conspirar “para uma rebelião”. Horas depois, o Presidente da Coreia do Sul anunciou que ia suspender a lei marcial, que tinha sido entretanto revogada pelo parlamento.
Hoje Macau China / ÁsiaParlamento sul-coreano vota moção de destituição do Presidente do país no sábado O parlamento da Coreia do Sul vai votar uma moção de destituição do Presidente Yoon Suk-yeol no sábado, noticiou ontem a agência de notícias pública sul-coreana Yonhap. “O voto da moção de destituição do Presidente Yoon vai decorrer cerca das 19 horas de sábado”, declarou um deputado da oposição Jo Seoung-lae, citado pela Yonhap. Entretanto, a polícia sul-coreana anunciou a abertura de um inquérito por “rebelião” contra Yoon, na sequência da imposição da lei marcial no país, suspensa horas mais tarde. “O caso está em curso”, declarou o chefe de investigações da polícia, Woo Kong-suu, aos deputados. A última intervenção pública de Yoon ocorreu ao início da manhã de quarta-feira, quando suspendeu a lei marcial. Na terça-feira à noite, Yoon comunicou ao país a imposição da lei marcial para “erradicar as forças a favor da Coreia do Norte e proteger a ordem constitucional” das actividades “anti-estatais”, tendo acusado o principal bloco da oposição, o Partido Democrático (PD). Poucas horas depois, o Presidente suspendeu a lei marcial, depois de a Assembleia Nacional ter revogado a decisão, numa sessão plenária extraordinária convocada numa altura em que milhares protestavam nas ruas de Seul. Poder menor Na quarta-feira, seis partidos da oposição na Coreia do Sul apresentaram uma moção para a destituição de Yoon. O PD e cinco outros partidos iniciaram assim o processo parlamentar que poderá levar ao afastamento do Presidente sul-coreano, cujo Partido do Poder Popular (PPD) governa em minoria. O chefe da bancada parlamentar do PPD garantiu já que todos os 108 deputados do partido vão rejeitar a moção apresentada pela oposição para destituir o chefe de Estado. Ainda assim, o líder do PPP exigiu que Yoon Suk-yeol abandone a formação política. Sete em 10 cidadãos apoiam moção Sete em cada dez sul-coreanos apoiam a moção parlamentar de destituição do Presidente Yoon Suk-yeol, apresentada pela oposição, depois de o dirigente ter decretado lei marcial, indica ontem uma sondagem do Realmeter. De acordo com a sondagem, 73,6 por cento da população sul-coreana apoia o processo parlamentar que poderá levar à suspensão do exercício do poder de Yoon, que, na terça-feira declarou a lei marcial para proteger a “ordem constitucional” contra actividades “anti-estatais” e “forças a favor da Coreia do Norte”. A lei marcial foi revogada no parlamento cerca de seis horas depois de ser anunciada. Em contrapartida, 24 por cento dos cidadãos rejeitam a moção, apresentada na quarta-feira por seis grupos parlamentares – incluindo o principal partido da oposição, o liberal Partido Democrático (PD) de Lee Jae-myung – que anularam o estado de emergência de Yoon e agora contra-atacaram, dando início ao processo de destituição do Presidente. Questionados sobre se as acções do Yoon podiam “constituir traição”, 70 por cento dos inquiridos responderam afirmativamente, contra 25 por cento que têm uma opinião contrária. A sondagem, com uma margem de erro de aproximadamente 4,4 por cento e um nível de confiança de 95 por cento, inquiriu 504 pessoas com mais de 18 anos. Os promotores da moção argumentaram que Yoon violou a Constituição e outras leis com a declaração de lei marcial.
Hoje Macau China / ÁsiaOposição apresenta moção de destituição do Presidente da Coreia do Sul Seis partidos da oposição na Coreia do Sul apresentaram ontem uma moção para a destituição do Presidente Yoon Suk-yeol, depois de este ter visto revogada a lei marcial que decretou na véspera. O Partido Democrático (PD) e cinco outros partidos iniciaram assim o processo parlamentar que poderá levar à suspensão do poder do Presidente sul-coreano, cujo partido governa em minoria. Na terça-feira à noite, Yoon comunicou ao país a imposição da lei marcial para “erradicar as forças a favor da Coreia do Norte e proteger a ordem constitucional” das actividades “anti-estatais”, tendo acusado o principal bloco da oposição, o Partido Democrático (PD). Poucas horas depois, o Presidente suspendeu a lei marcial, depois de o parlamento da Coreia do Sul, a Assembleia Nacional, ter revogado a decisão, numa sessão plenária extraordinária convocada numa altura em que milhares protestavam nas ruas de Seul. A apresentação da moção de destituição foi anunciada à comunicação social na Assembleia Nacional pelos 192 deputados dos seis partidos. Os promotores indicaram que tencionam votar a proposta na sexta-feira ou no sábado, dentro do prazo legal de 72 horas para a tramitação deste tipo de iniciativas, uma vez apresentadas. Para que a proposta seja aprovada, será necessário o apoio de pelo menos 200 dos 300 lugares que compõem o parlamento da Coreia do Sul. O PD e outras forças tinham obtido 190 votos na véspera para revogar a lei marcial, o que significa que só precisariam de mais dez votos para afastar Yoon. Cerco de críticas O Partido do Poder Popular, do próprio Yoon, criticou a decisão de aplicar a lei marcial, com o líder do partido, Han Dong-hoon, a prometer trabalhar para “acabar com ela juntamente com o povo”, tendo alguns dos seus deputados votado a favor da revogação. Se a moção for aprovada, Yoon Suk-yeol será destituído das funções até que o Tribunal Constitucional delibere, durante um período máximo de 180 dias, sobre uma eventual violação da Constituição. Ministro demite-se O ministro da Defesa sul-coreano, Kim Yong-hyun, pediu ontem desculpa ao país e apresentou a demissão após a tentativa falhada do Presidente Yoon Suk-yeol de impor a lei marcial. “Peço desculpa por ter causado confusão e preocupação ao público relativamente à lei marcial”, afirmou Kim num comunicado, segundo a agência sul-coreana Yonhap. “Assumo a responsabilidade por todos os assuntos relacionados com a lei marcial e apresentei a minha demissão ao Presidente”, anunciou, também citado pela agência francesa AFP. Kim ilibou os soldados que desempenharam funções relacionadas com a lei marcial, referindo que estavam a cumprir as suas ordens como ministro da Defesa. Milhares na rua Milhares de manifestantes a manifestaram-se ontem no centro de Seul exigindo a destituição do Presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, cuja tentativa de impor a lei marcial na noite de terça-feira mergulhou o país no caos político. Segurando cartazes com frases como “Yoon Suk-yeol deve-se demitir”, os manifestantes marcharam pela avenida principal da capital coreana em direcção ao parlamento para se encontrarem com outro protesto organizado pelos partidos da oposição, disseram os jornalistas da agência de notícias AFP. Os sul-coreanos saíram às ruas para demonstrar a sua insatisfação com o Yoon Suk-yeol, cuja tentativa de impor a lei marcial no país, na terça-feira, chocou os cidadãos desta jovem democracia. Ao longo do dia, as ruas da capital Seul foram atravessadas por pequenos grupos de manifestantes e polícias, enquanto os sindicatos convocavam uma greve geral e a oposição exigia a demissão do presidente, acusando-o de rebelião.
Hoje Macau China / ÁsiaAssembleia Nacional sul-coreana aprova levantamento de lei marcial A Assembleia Nacional sul-coreana votou na madrugada de quarta-feira (hora local) a favor do levantamento da lei marcial de emergência decretada pelo Presidente Yoon Suk Yeol visando proteger a “ordem democrática constitucional”, De acordo com a Constituição do país, a lei marcial deve ser levantada quando uma maioria parlamentar o exigir. De um total de 300 deputados, 190 estavam presentes e todos votaram a favor da moção, pelo que, segundo o gabinete do presidente do parlamento, a declaração da lei marcial fica sem efeito. Milhares de pessoas concentraram-se em frente à Assembleia Nacional para protestar contra a declaração da lei marcial, enquanto as tropas sul-coreanas tentavam tomar a sede do poder legislativo ao abrigo desta medida de emergência. De acordo com a agência EFE, não se registaram incidentes graves até o momento. A declaração da lei marcial foi feita depois de o Partido Democrático, na oposição, ter apresentado um projeto de lei orçamental reduzido na comissão parlamentar do orçamento e de ter apresentado moções de impugnação contra um auditor estatal e o procurador-geral. A imprensa local refere que um comando militar, lançado com a declaração da lei marcial, anunciou um decreto para probir todas as atividades políticas, incluindo protestos e ações partidárias. O decreto foi emitido pelo Chefe do Estado-Maior do Exército, General Park An-su, e entrou em vigor às 23:00 locais. “Todas as atividades políticas, incluindo as relacionadas com a Assembleia Nacional, as assembleias regionais, os partidos políticos, a formação de organizações políticas, as manifestações e os protestos são proibidos”, declarou Park, informando que o decreto foi proclamado a nível nacional para “defender a democracia livre e a segurança do povo contra as forças anti-estatais que ameaçam derrubar o país”. O decreto também coloca sob controlo todos os meios de comunicação social, além de ordenar aos médicos estagiários em greve que regressem imediatamente ao trabalho no prazo de 48 horas. De acordo com o decreto, as pessoas que violarem a lei marcial podem ser detidas ou alvo de rusgas sem mandado. O acesso à Assembleia Nacional sul-coreana foi bloqueado por guardas parlamentares e pela polícia, depois da declaração da lei marcial. Segundo uma televisão local, helicópteros sobrevoavam o parlamento. Yoon Suk Yeol declarou hoje “lei marcial de emergência” para proteger a “ordem democrática constitucional”, acusando a oposição de controlar o parlamento e simpatizar com a Coreia do Norte. Durante uma comunicação transmitida pela televisão, Yoon prometeu “erradicar as forças pró-norte-coreanas e proteger a ordem democrática constitucional”. O Ministério da Defesa convocou uma reunião dos “principais comandantes e apelou a uma vigilância reforçada”, segundo a agência noticiosa local Yonhap. Enfrentando uma diminuição na sua aprovação, Yoon tem-se esforçado por aplicar a sua agenda desde que assumiu o cargo em 2022, contra um parlamento controlado pela oposição. O partido conservador Poder Popular de Yoon regista um impasse com o Partido Democrático, da oposição liberal, sobre o projeto de lei orçamental para 2025. Yoon tem também rejeitado os apelos a investigações independentes sobre os escândalos que envolvem a sua mulher e altos funcionários, o que tem levado a fortes críticas dos seus rivais políticos. Partido Democrático já considerou a declaração de lei marcial de Yoon como “inconstitucional e contra o povo”, segundo a agência sul-coreana.
Hoje Macau China / ÁsiaPyongyang-Moscovo | Seul pede medidas contra cooperação militar O Presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, apelou ontem à adopção de medidas contra a “cooperação militar ilegal” entre a Coreia do Norte e a Rússia, que disse representar uma ameaça à segurança da Coreia do Sul. “A recente situação da segurança internacional e a cooperação militar ilegal entre a Coreia do Norte e a Rússia representam uma ameaça significativa para a nossa segurança nacional”, afirmou Yoon, citado pela agência sul-coreana Yonhap. Seul receia que Pyongyang possa receber tecnologia militar da Rússia em troca do destacamento de tropas e, assim, modernizar as suas forças armadas. Num discurso no parlamento de Seul lido pelo primeiro-ministro, Han Duck-soo, Yoon comprometeu-se a reforçar a segurança e a defesa no contexto do envio de tropas norte-coreanas para a Rússia para apoiar a guerra na Ucrânia. “Iremos analisar minuciosamente todos os cenários possíveis para preparar contramedidas”, afirmou, também citado pela agência espanhola Europa Press. Yoon disse que Seul reforçou a aliança com os Estados Unidos e a cooperação com o Japão, e referiu que continuará a aumentar a capacidades de defesa e a preparação para eventuais ataques da Coreia do Norte. Comprometeu-se também a alargar o apoio aos desertores norte-coreanos e a aumentar a sensibilização internacional para as questões dos direitos humanos na Coreia do Norte. “Trabalharemos para alargar a compreensão e o apoio da comunidade internacional à visão de uma Coreia livre e unificada”, afirmou, referindo-se a uma opção descartada pelo líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un. As duas Coreias estão divididas desde a guerra de 1950-1953. Aposta nos reforços As autoridades sul-coreanas calculam a Coreia do Norte já enviou 11.000 tropas para a Rússia para serem destacadas para a guerra contra a Ucrânia. Seul disse que Pyongyang pagava cerca de 2.000 dólares mensais a cada soldado e que a força estava a ser treinada na Rússia, dadas as diferenças técnicas entre os dois exércitos. Fontes governamentais admitiram a possibilidade de alguns dos soldados serem destacados para zonas de combate com as forças ucranianas, embora isso não implique necessariamente uma entrada na Ucrânia e possa limitar-se à frente de Kursk, na Rússia. O discurso lido pelo primeiro-ministro sul-coreano destinou-se a apresentar o orçamento para 2025, no valor de 677,4 biliões de wons, um aumento de 3,2 por cento em relação ao ano anterior. Yoon disse que a proposta de orçamento se centra na agenda de reformas do Governo nos sectores da saúde, das pensões, do trabalho e da educação, para fazer face aos desafios colocados por uma baixa taxa de natalidade e pelo envelhecimento da população. Foi a primeira vez em 11 anos que um Presidente em exercício optou por não apresentar pessoalmente o orçamento na Assembleia Nacional, uma decisão criticada pelo líder do parlamento. “A recusa do Presidente em apresentar o discurso sobre o orçamento é uma violação dos direitos do povo. Na qualidade de líder da Assembleia Nacional, que representa o público, lamento profundamente”, afirmou o democrata Woo Won-sik, segundo a Yonhap. Enquanto os antigos presidentes só faziam o discurso do orçamento no primeiro ano de mandato e delegavam no primeiro-ministro nos anos seguintes, a antiga presidente Park Geun-hye estabeleceu a prática de o fazer anualmente a partir de 2013. A decisão de Yoon de não proferir o discurso a meio do mandato de cinco anos surge num contexto de agravamento dos conflitos políticos entre o Partido do Poder Popular, no poder, e o Partido Democrático, principal formação da oposição, segundo a Yonghap.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | Tropas norte-coreanas enviadas para a frente de batalha, diz Seul O Serviço Nacional de Inteligência (NIS) da Coreia do Sul disse ontem ter indicações de que algumas tropas norte-coreanas podem estar já a deslocar-se para combater na Ucrânia. “As transferências de tropas entre a Coreia do Norte e a Rússia estão em curso e estamos a estudar a possibilidade de que algum pessoal, incluindo generais militares, passe para a frente de batalha”, disse o NIS. O exército da Rússia está a ensinar aos norte-coreanos uma centena de termos na língua russa para tentar prevenir “problemas de comunicação”, acrescentou, citado pela agência de notícias pública sul-coreana Yonhap. “Acreditamos que um importante responsável de segurança russo envolvido no envio de tropas norte-coreanas estava a bordo do avião especial do governo russo que viajou entre Moscovo e Pyongyang nos dias 23 e 24 de Outubro”, disse o NIS, indicando que o objectivo da viagem seria coordenar o envio de tropas. A cooperação militar entre Moscovo e Pyongyang representa uma “ameaça significativa à segurança da comunidade internacional e pode representar um sério risco para a segurança” da Coreia do Sul, afirmou o Presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol. Na segunda-feira, o Departamento de Defesa norte-americano tinha anunciado que cerca de dez mil militares da Coreia do Norte foram enviados para treinar na Rússia e combater na Ucrânia nas próximas semanas. “Estamos cada vez mais preocupados com a intenção da Rússia de utilizar estes soldados em combate ou para apoiar operações de combate contra as forças ucranianas na região russa de Kursk”, disse a porta-voz do Pentágono aos jornalistas. Reverso da medalha Sabrina Singh lembrou que o secretário da Defesa norte-americano, Lloyd Austin, já tinha avisado publicamente que, caso os soldados da Coreia do Norte fossem utilizados no campo de batalha, seriam considerados beligerantes e alvos legítimos, com sérias implicações para a segurança na região do Indo-Pacífico. Austin vai ter um encontro com os responsáveis da Defesa da Coreia do Sul no final desta semana no Pentágono, no qual se espera que seja discutido o uso de soldados norte-coreanos no conflito da Ucrânia. Também na segunda-feira, a NATO afirmou que algumas das tropas norte-coreanas já foram enviadas para a região fronteiriça de Kursk, onde a Rússia tem tentado repelir uma incursão ucraniana iniciada no Verão. Entretanto, a ministra dos Negócios Estrangeiros, Choe Son-hui, partiu na segunda-feira para uma visita oficial à Rússia, disse a agência de notícias estatal norte-coreana KCNA, sem adiantar o motivo da deslocação.
Hoje Macau China / ÁsiaEnvio de soldados norte-coreanos para a Rússia é provocação, diz Seul O envio de soldados norte-coreanos para a Rússia é “uma provocação”, declarou ontem o Presidente sul-coreano, prometendo que Seul “não vai ficar de braços cruzados”. “A Coreia do Sul não vai ficar de braços cruzados” perante o envio de soldados da Coreia do Norte para a Rússia, disse Yoon Suk-yeol, no final de um encontro com o homólogo da Polónia, Andrzej Duda, em visita ao país asiático. Os dois dirigentes consideram que este destacamento é “uma provocação que ameaça a segurança mundial, além da península coreana e da Europa”, acrescentou Yoon. Além de questões de interesse bilateral, os dois líderes debateram o alegado envio de tropas norte-coreanas para a Ucrânia para apoiar a Rússia, decisão que Seul e Kiev denunciaram na semana passada. Embora a aproximação entre Seul e Varsóvia tenha sido reforçada pelo conflito na Ucrânia, a Polónia tem sido o parceiro comercial mais importante da Coreia do Sul na Europa Oriental há mais de cinco anos, com um comércio superior a 10 mil milhões de dólares no ano passado. Investimento mortífero Em 2022, ano em que começou a invasão russa da Ucrânia, a Polónia assinou um acordo no valor de mais de 12 mil milhões de dólares para comprar tanques K2, projécteis de autopropulsão K9, sistemas de mísseis Chunmoo e caças ligeiros FA-50 nos próximos anos. Varsóvia também assinou recentemente um contrato para localizar a produção de um dos mísseis disparados pelo lançador Chunmoo. Amanhã, Duda vai visitar as fábricas da Hyundai Rotem e da Hanwha Aerospace, duas das empresas que fabricam uma grande parte das armas adquiridas por Varsóvia. Ao mesmo tempo, a crescente cooperação bilateral em matéria de segurança levou Seul a adquirir recentemente mais de uma centena de ‘drones’ suicidas Warmate 3, fabricados pela polaca WB Electronics, para fazer frente ao cada vez mais sofisticado arsenal da Coreia do Norte.
Hoje Macau China / ÁsiaSeul diz que norte-coreanos enviaram mais 1.500 soldados para a Rússia A Coreia do Sul avançou ontem que os norte-coreanos enviaram mais 1.500 soldados para a Rússia, acrescentando que um total de 10.000 militares devem ser mobilizados para território russo até Dezembro. “Estima-se que mais 1.500 soldados tenham sido enviados para a Rússia”, elevando o total para 3.000, disse o legislador Park Sun-won, membro da comissão parlamentar de informação sul-coreana, após uma reunião com o Serviço Nacional de Informações da Coreia do Sul (NIS, serviços secretos). Na sexta-feira, o NIS tinha afirmado que Pyongyang estava a enviar “um grande número de tropas” para apoiar a Rússia na sua ofensiva militar na Ucrânia. Na altura, os serviços secretos sul-coreanos indicaram que 1.500 soldados já tinham sido transferidos na semana anterior para instalações militares russas nas regiões de Primorye, Khabarovsk e Amur, no Extremo Oriente. As autoridades ucranianas informaram posteriormente que Moscovo planeava enviar cerca de 10.000 soldados norte-coreanos para a região fronteiriça de Kursk a partir de 01 de Novembro para conter os avanços do exército ucraniano. Convocatória alemã Entretanto, o Ministério dos Negócios Estrangeiros alemão convocou ontem o encarregado de negócios da Coreia do Norte devido ao apoio que os norte-coreanos estão a fornecer a Moscovo na ofensiva militar no território ucraniano. “Se os relatos sobre os soldados norte-coreanos na Ucrânia forem verdadeiros e a Coreia do Norte apoiar a guerra de agressão da Rússia na Ucrânia com tropas, isso seria grave e uma violação do direito internacional”, referiu a diplomacia alemã na rede social X. O ministério alemão referiu que tal apoio “ameaça directamente a segurança da Alemanha e da paz europeia”. A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de Fevereiro de 2022. Os aliados de Kiev também têm decretado sanções contra sectores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.
Hoje Macau China / ÁsiaSeul | Docentes estrangeiros regressam a universidade norte-coreana Professores estrangeiros da Universidade de Ciência e Tecnologia de Pyongyang (PUST) regressaram à Coreia do Norte, quatro anos depois de terem sido obrigados a sair devido à política anti-pandemia, disse ontem o Governo sul-coreano. Pyonyang aprovou, no final de Agosto, vistos de entrada para alguns dos professores estrangeiros que trabalharam para a instituição de ensino, a única semiprivada na Coreia do Norte, antes do encerramento do país em 2020, indicou o secretário-geral do conselho consultivo para a Unificação Pacífica, Thae Yong-ho, à agência de notícias sul-coreana Yonhap. A permissão mostra que o regime está disposto a garantir “a segurança” dos académicos, disse Thae, antigo diplomata norte-coreano que desertou para o Sul em 2016 e citou fontes em Genebra, onde a Coreia do Norte tem uma das principais embaixadas na Europa. “De momento é difícil confirmar esta informação”, respondeu um porta-voz do Ministério da Unificação da Coreia do Sul à agência de notícias espanhola EFE. Desde que a Coreia do Norte começou a reabrir parcialmente as fronteiras, em Agosto do ano passado, já aprovou a entrada de alguns estrangeiros, como diplomatas de países próximos, como China e Cuba, e permitiu a entrada de grupos de turistas de nacionalidade russa. A confirmar-se, a entrada dos académicos marca a primeira vez, desde o início da pandemia, que a Coreia do Norte concede acesso a pessoas de países não alinhados com o regime do líder, Kim Jong-un. Todo o corpo docente estrangeiro da PUST, constituído por europeus e norte-americanos, foi obrigado a abandonar a Coreia do Norte quando o Governo encerrou as fronteiras em 2020. Desde então, as aulas, leccionadas em inglês, têm sido ministradas ‘online’. A PUST funciona nos arredores da capital norte-coreana desde 2010 e é o resultado de um acordo entre instituições norte-coreanas e uma organização evangélica coreano-americana.
Hoje Macau China / ÁsiaSeul | Pyongyang diz ter transferido 250 lançadores de mísseis para fronteira A Coreia do Norte anunciou ontem que transferiu 250 lançadores de mísseis de nova geração para as tropas destacadas para a fronteira com o Sul, na sequência de uma guerra de propaganda iniciada em Maio. “Uma cerimónia de transferência de 250 lançadores de mísseis tácticos de nova geração (…) para as tropas militares na fronteira” foi realizada no sábado, na capital Pyongyang, sob a direcção do líder norte-coreano, informou a agência de notícias estatal KCNA. Os dispositivos são “armas de ataque táctico actualizadas”, declarou Kim Jong-un, alegando tê-los “projectado pessoalmente”. Na quinta-feira, o Governo da Coreia do Sul ofereceu ajuda a Pyongyang, na sequência das inundações registadas no país em Julho. Mas a Coreia do Norte, que não responde aos apelos de Seul através das linhas de comunicação intercoreanas desde Abril de 2023, ignorou a oferta. Em Julho, a Coreia do Norte registou um recorde de chuvas torrenciais. No sudoeste do país, a cidade de Kaesong atingiu o nível de pluviosidade mais elevado no país em 29 anos, indicou o centro meteorológico sul-coreano. Na sexta-feira, o líder norte-coreano qualificou de “falsos rumores” as notícias publicadas nos meios de comunicação social da Coreia do Sul, de acordo com as quais 1.500 pessoas teriam morrido nas inundações no norte do país, ao longo da fronteira com a China. Kim Jong-un afirmou que ninguém morreu e cinco mil pessoas tinham sido colocadas em abrigos. As relações Norte-Sul atravessam actualmente um dos períodos de tensão mais fortes dos últimos anos. Desde o final de Maio, a Coreia do Norte lançou mais de dois mil balões transportando papéis, restos de roupa, pontas de cigarro e até estrume em direcção à Coreia do Sul. Em resposta, a Coreia do Sul suspendeu um acordo de redução de tensão de 2018 com a Coreia do Norte, retomando as transmissões por altifalante de ‘hits’ da sensação K-pop BTS, como “Butter” e “Dynamite”.