Hoje Macau China / ÁsiaCooperação | Coreia do Sul e Pequim discutem economia e estabilidade global Yoon Suk-yeol e Li Qiang reuniram na capital sul-coreana para acertar agulhas em projectos partilhados e fazer o diagnóstico de questões regionais e internacionais O Presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, e o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, discutiram ontem em Seul projectos conjuntos em questões económicas e cooperação em assuntos regionais e internacionais. “Acredito que a Coreia do Sul e a China devem cooperar estreitamente não só para a nossa relação bilateral, mas também para a paz e a estabilidade da comunidade internacional”, disse o Presidente sul-coreano no início da reunião, segundo declarações divulgadas pela agência local. Yoon sublinhou no seu discurso a importância de trabalhar com a China para enfrentar as crescentes incertezas económicas na sequência da guerra na Ucrânia e do conflito entre Israel e o Hamas e disse esperar que possam “continuar a reforçar a cooperação no meio de complexas crises globais”. O primeiro-ministro chinês destacou, por seu lado, as estreitas relações económicas entre os dois países e manifestou o desejo de desenvolver ainda mais os seus laços para “benefício mútuo”. “A China deseja trabalhar em conjunto com a Coreia do Sul para se tornar um vizinho bom e confiável e um parceiro solidário que ajude ambos a terem sucesso”, afirmou o Presidente chinês. Li disse que as cadeias industriais e de abastecimento entre a China e a Coreia do Sul estão “profundamente interligadas” e apelou a Yoon para “resistir à politização de questões de segurança, económicas e comerciais” para proteger essas ligações, segundo à agência de notícias oficial chinesa Xinhua. Disse ainda que Pequim está “disposta a acelerar” as negociações para um acordo de comércio livre com Seul “baseado no pragmatismo e no equilíbrio”, assim como para reforçar o diálogo sobre produção, cadeias de abastecimento, controlos de abastecimento, exportação. Também a segurança é um tema importante entre os dois países, tendo Yoon e Li concordado em estabelecer um diálogo diplomático sobre segurança e realizar a primeira reunião em meados de Junho. Sobre economia, concordaram em retomar as negociações para melhorar o acordo bilateral de comércio livre adoptado pelos seus países assim como retomar um comité bilateral de cooperação sobre investimentos no final do ano, após uma pausa de 13 anos. Conversas a três A China é o maior parceiro comercial da Coreia do Sul, mas as suas relações bilaterais têm sido tensas nos últimos anos devido à estreita cooperação de Seul com os Estados Unidos sob o Governo de Yoon, um alinhamento que se estende a Tóquio e que Pequim procura contrariar com esta aproximação. O primeiro-ministro chinês viajou à Coreia do Sul para participar na segunda-feira da primeira cimeira trilateral com o Japão em mais de quatro anos, que também marca a sua primeira visita à península coreana desde que assumiu o cargo em Março de 2023 e a primeira visita de um número dois chinês à Península Coreana desde a de Li Keqiang. Os presidentes chineses, os líderes supremos do país, nunca participaram nesta cimeira tripartida, que normalmente conta com a presença do primeiro-ministro. A reunião não acontecia desde 2019.
Hoje Macau China / ÁsiaSeul | Líderes da China, Japão e Coreia do Sul reúnem-se pela primeira vez desde 2019 Líderes da Coreia do Sul, China e Japão vão reunir-se a partir da próxima segunda-feira, em Seul, para as primeiras negociações trilaterais desde 2019, avançou ontem a agência de notícias pública sul-coreana Yonhap. A cimeira trilateral vai juntar o Presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, disse a Yonhap. A notícia foi confirmada por outros meios de comunicação da Coreia do Sul, que citaram a Presidência do país. A primeira cimeira trilateral aconteceu em 2008 e os três países asiáticos acordaram realizar uma reunião desse tipo entre os seus líderes todos os anos. Algo que não acontece desde 2019, sobretudo devido às restrições impostas pela China devido à pandemia de covid-19. Os esforços para reforçar a cooperação entre os vizinhos asiáticos têm enfrentado obstáculos como as disputas históricas em torno das ocupações japonesas durante a Segunda Guerra Mundial e a competição estratégica entre a China e os Estados Unidos, aliados tanto de Seul como de Tóquio. A 14 de Maio, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Sul, Cho Tae-yu, visitou Pequim, onde se encontrou com o homólogo chinês, Wang Yi, que lamentou as “dificuldades e desafios” que afectam a relação entre os dois países. Ressalvando que “não existem conflitos de interesse fundamentais” entre as duas partes, Wang sublinhou a importância de manter “intercâmbios regulares” entre os dois países vizinhos. Segundo a mesma nota, Cho Tae-yul manifestou esperança de que esta visita constitua um “passo significativo” nas relações entre a Coreia do Sul e a China. Os dois ministros trocaram igualmente pontos de vista sobre a cooperação trilateral entre a China, Japão e Coreia do Sul.
Hoje Macau China / ÁsiaPresidente sul-coreano promete laços estreitos com Kiev e “boa relação” com Moscovo O Presidente da Coreia do Sul prometeu ontem cultivar uma “boa relação” com a Rússia e manter laços estreitos com a Ucrânia, excluindo o fornecimento directo de armas. Seul “fará tudo o que estiver ao seu alcance para prosseguir a cooperação económica” com Moscovo, mantendo-se ao mesmo tempo próximo de Kiev, afirmou Yoon Suk-yeol, na primeira conferência de imprensa que deu em quase dois anos e depois da derrota do Partido do Poder Popular (PPP) nas eleições gerais de Abril. Yoon referiu ainda a “posição firme” do país de não fornecer armas letais a países em conflito. Que rica bolsa Na conferência, o líder sul-coreano, há dois anos no poder, prometeu novas políticas para a educação e o trabalho, bem como ajudas para apoiar o equilíbrio entre a vida profissional e familiar. Pediu, além disso, a cooperação da oposição, que reforçou a maioria no Parlamento após a pesada derrota de Abril, para aprovar leis que permitam a criação de um novo ministério para combater a baixa taxa de natalidade no país, ameaçado por uma crise demográfica. “Durante dois anos, tentámos melhorar a vida dos sul-coreanos, mas não foi suficiente. Nos próximos três anos, vamos ouvir a voz do povo com humildade”, disse Yoon, referindo-se à derrota nas urnas e aos três anos que lhe restam no poder. “Peço desculpa por ter incomodado o povo devido à imprudência da minha mulher”, acrescentou, numa referência ao chamado “escândalo da bolsa Dior”, surgido na sequência de um vídeo gravado com imagens da primeira-dama a receber uma bolsa Dior avaliada em mais de 2.200 dólares das mãos de um religioso. Yoon escusou-se a fazer mais comentários sobre o assunto, dizendo que não quer influenciar a investigação do gabinete do procurador-geral. O sucedido pode constituir um crime, uma vez que a lei anticorrupção sul-coreana considera ilegal que um funcionário do Governo, ou cônjuges, recebam presentes avaliados em mais de um milhão de won de uma só vez ou um valor acumulado de mais de três milhões de won durante um ano fiscal. O caso voltou à ribalta depois da pesada derrota eleitoral do PPP, juntamente com as alegações de que a primeira-dama também teria cometido um crime de manipulação de activos da bolsa entre 2009 e 2012. Em Janeiro, Yoon teve de exercer o veto presidencial a uma moção do Partido Democrático para investigar o alegado crime de manipulação de activos, mas, na sequência do resultado das eleições, a oposição voltou a pedir a abertura de um inquérito especial sobre o caso.
Hoje Macau China / ÁsiaSeul-Lisboa | Portugal destaca “impacto positivo” da nova rota aérea directa A nova ligação aérea entre Portugal e a Coreia do Sul poderá trazer um forte impulso ao turismo internacional para o país. O Turismo de Portugal aplaude a criação da nova rota e mostra-se optimista no desenvolvimento novas oportunidades no mercado asiático O Turismo de Portugal destacou ontem o “impacto positivo” na promoção do turismo internacional para o país da nova ligação aérea directa entre Seul e Lisboa, a operar a partir de Setembro pela Korean Air. “Destaca-se sobretudo pelo impacto positivo na promoção do turismo internacional para Portugal e no fortalecimento da conectividade aérea com uma região muito importante e carenciada de ligações a Portugal”, sustenta o Turismo de Portugal em comunicado. Referindo que a nova rota é “o culminar de um trabalho colaborativo intenso” com a ANA Aeroportos e a Korean Air, o Turismo de Portugal destaca que “representa a segunda ligação directa da Ásia para Portugal e deverá potenciar novas oportunidades de mercado não só na Coreia, mas também no Japão, onde a Korean Air tem uma forte presença consolidada e poderá captar uma fatia importante do mercado japonês através das suas ligações via Seul”. Com três voos semanais, às quartas-feiras, sextas-feiras e domingos, a nova ligação directa entre Seul e Lisboa será inaugurada no próximo mês de Setembro. “Esta rota é um marco na conectividade aérea e no fortalecimento das relações entre Portugal e a Ásia”, afirma o presidente do Turismo de Portugal, Carlos Abade, citado no comunicado, acrescentando que este organismo “está focado em identificar e aproveitar oportunidades em mercados promissores para atender às necessidades do turismo.” Segundo o Turismo de Portugal, a Coreia do Sul é “um dos mercados asiáticos muito promissores” para o sector, tendo-se destacado em 2023 como o 25.º mercado turístico da procura externa aferido pelo indicador dormidas e o 19.º no indicador hóspedes. Face a 2022, o número de hóspedes em 2023 aumentou cerca de 189 por cento, fixando-se em 170,1 mil, enquanto nas dormidas o acréscimo foi de 136,2 por cento, registando-se 264,7 mil dormidas de sul-coreanos em Portugal. “Estes números reflectem um potencial de crescimento significativo para Portugal nos próximos anos com a implementação desta nova rota”, sustenta o Turismo de Portugal, reafirmando o seu “compromisso com a promoção da conectividade e a expansão para novos mercados, […] através de uma aposta clara na captação de novas rotas e parcerias estratégicas de ‘marketing’ envolvendo os destinos nacionais”. Pólos ligados A companhia aérea de bandeira sul-coreana Korean Air anunciou na terça-feira o lançamento de voos ‘charter’ directos entre a capital da Coreia do Sul, Seul, e Lisboa a partir de 11 de Setembro. Num comunicado, a Korean Air disse que irá usar aviões Boeing 787-9, com capacidade para 290 passageiros, para operar três voos semanais entre o aeroporto de Seul Incheon e Lisboa. A companhia aérea disse que os voos irão decorrer durante quase dois meses, pelo menos até 25 de Outubro, mas admitiu que “também tem planos para prolongar a operação desta rota durante a época de inverno”. A Korean Air sublinhou que a nova ligação a partir de Incheon irá oferecer “os únicos voos diretos entre Lisboa e o Nordeste da Ásia”, região que inclui o Japão, a Mongólia e o extremo oriente da Rússia. “Os novos voos directos irão facilitar a deslocação, tornando mais acessíveis as viagens para Lisboa e cidades vizinhas”, disse a companhia aérea, que deu como exemplo o Porto. Esta ligação poderá também ser usada para passageiros que queiram voar entre Macau e Lisboa, disse na segunda-feira num comunicado a CAM, empresa gestora do aeroporto da região administrativa especial chinesa.
Hoje Macau China / ÁsiaSeul | Maior crescimento económico dos últimos dois anos A economia da Coreia do Sul cresceu 1,3 por cento no primeiro trimestre de 2024, em comparação com o período anterior, o valor mais elevado desde o final de 2021, disse ontem o banco central. Num comunicado, o Banco da Coreia (BoK) justifica o aumento do produto interno bruto (PIB) com a força das exportações e à recuperação dos gastos das famílias e do investimento na construção civil. A quarta maior economia da Ásia cresceu duas vezes mais depressa do que no último trimestre de 2023, quando registou uma expansão de 0,6 por cento, e atingiu o valor mais elevado desde que subiu 1,4 por cento, entre Setembro e Dezembro de 2021. Em termos anuais, o PIB da Coreia do Sul aumentou 3,4 por cento no primeiro trimestre do ano, muito acima da subida anual de 2,2 por cento registada nos últimos três meses de 2023. No ano passado, a economia sul-coreana cresceu 1,4 por cento, a taxa mais baixa dos últimos três anos, devido ao abrandamento das exportações, causado por políticas monetárias restritivas em grande parte do mundo. As exportações, um dos pilares do PIB da Coreia do Sul, cresceram 0,9 por cento no primeiro trimestre, impulsionadas pelos telemóveis, enquanto as importações baixaram 0,7 por cento devido uma queda no equipamento eletrónico. O investimento na construção aumentou 2,7 por cento, em contraste com a queda de 4,5 por cento no último trimestre de 2023, e o consumo privado subiu 0,8 por cento, face ao crescimento de 0,2 por cento dos três meses anteriores. O investimento público cresceu 0,7 por cento, mais duas décimas do que no período entre Setembro e Dezembro, enquanto o investimento das empresas diminuiu 0,8 por cento devido a cortes no equipamento de transporte.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Sul | Primeiro-ministro e líder do partido no poder demitem-se O primeiro-ministro e o líder do partido no poder na Coreia do Sul demitiram-se ontem, depois da derrota do Partido do Poder Popular nas legislativas, deixando o Presidente numa posição difícil até ao final do mandato O primeiro-ministro Han Duck-soo “manifestou a intenção de se demitir”, disse um funcionário presidencial aos jornalistas, de acordo com a agência de notícias sul-coreana Yonhap. Também o líder do Partido do Poder Popular (PPP) pediu “desculpas ao povo por não ter sido escolhido”. “Assumo toda a responsabilidade pelos resultados das eleições e vou demitir-me do cargo”, declarou à imprensa Han Dong-hoon. Os principais conselheiros do Presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, igualmente do PPP, estão a considerar demitir-se após a derrota eleitoral, informaram meios de comunicação social sul-coreanos, incluindo a Yonhap. Com a maior parte dos votos contados, o Partido Democrático, principal partido da oposição, e o partido satélite deste, deverão ter conquistado um total de 175 lugares na Assembleia Nacional, composta por 300 membros. Um outro pequeno partido liberal da oposição deverá obter 12 lugares, de acordo com os ‘media’ sul-coreanos. Já o PPP e o partido satélite deverão ter alcançado 109 lugares. Ventos liberais Os resultados das eleições de quarta-feira representam um golpe político para Yoon, fazendo recuar a agenda interna do líder e deixando-o perante uma ofensiva política cada vez mais intensa da oposição liberal durante os três anos que lhe restam no cargo, escreveu a agência de notícias Associated Press (AP). Numa reacção aos resultados, Yoon Suk-yeol prometeu reformas: “Honrarei humildemente a vontade do povo expressa nas eleições gerais, reformarei os assuntos do Estado e farei o meu melhor para estabilizar a economia e os meios de subsistência das pessoas”, disse o dirigente, de acordo com o chefe de gabinete Lee Kwan-sup. O resultado significa que as forças liberais da oposição vão alargar o controlo do parlamento, embora seja possível que não consigam alcançar a maioria de 200 lugares que lhes confere poderes legislativos para anular vetos e até mesmo destituir o Presidente, indicou a AP. Na Coreia do Sul, o poder executivo está fortemente concentrado no Presidente, mas o primeiro-ministro é o segundo responsável e dirige o país em caso de incapacidade do chefe do Estado. A eleição de quarta-feira foi vista como um voto de confiança a meio do mandato de Yoon, um antigo procurador de topo que assumiu o cargo em 2022. Yoon tem feito pressão para impulsionar a cooperação com os Estados Unidos e o Japão de forma a enfrentar uma combinação de desafios económicos e de segurança. Mas o Presidente sul-coreano tem-se debatido com baixos índices de aprovação no país e com um parlamento controlado pela oposição liberal.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Sul | Sondagens dão vitória expressiva da oposição nas eleições O Partido Democrático, principal força da oposição, poderá aumentar a maioria no parlamento sul-coreano após as eleições legislativas de ontem, segundo sondagens à boca da urna divulgadas pelas televisões sul-coreanas O maior partido da oposição da Coreia do Sul, o Partido Democrático (PD), deverá reforçar a sua presença no parlamento depois do que aparenta ter sido uma vitória expressiva nas eleições legislativas, segundo as sondagens à boca das urnas. Até ao fecho desta edição, as autoridades ainda estavam a contar os votos, sem terem sido anunciados os resultados finais. De acordo com as previsões, o conjunto dos partidos da oposição poderá obter uma “super maioria” de pelo menos 200 lugares em 300 na Assembleia Nacional, noticiou a agência francesa AFP. A confirmar-se, será suficiente para contrariar o poder de veto do Presidente conservador, Yoon Suk-yeol, ou mesmo para o destituir. As sondagens anteriores às eleições mostravam o partido de Yoon, o Partido do Poder Popular PPP), ligeiramente atrás do PD, que detém actualmente 142 dos 300 lugares na Assembleia Nacional. O PD (centro-esquerda), de Lee Jae-myung, e os seus partidos aliados poderão conquistar até 197 lugares, contra 156 no parlamento cessante. O PPP deverá obter entre 85 e 99 lugares, contra os actuais 114. Fim da linha Um novo partido antissistema, o Rebuilding Korea, do antigo ministro da Justiça Cho Kuk, que está a cumprir uma pena de dois anos de prisão por corrupção, da qual recorreu, deverá obter entre 12 e 14 lugares. Os analistas esperam que Cho junte forças com os democratas para formar uma “super maioria” contra o PPP, segundo a AFP. As sondagens foram realizadas pelos três principais canais de televisão da Coreia do Sul, junto de cerca de 360.000 eleitores em todo o país. A confirmarem-se, os resultados auguram um final de mandato complicado para Yoon, que foi eleito por pouco contra Lee, em 2022, e foi impedido de aplicar o seu programa de direita por falta de uma maioria parlamentar.
Hoje Macau China / ÁsiaSul-coreanos com doenças graves denunciam consequências da greve dos médicos Várias associações de pacientes com doenças graves denunciaram ontem as dificuldades pelas quais as pessoas estão a passar com a greve que milhares de médicos sul-coreanos mantêm há cerca de um mês. “As principais vítimas [da greve] são pessoas com doenças raras e incuráveis”, disse o presidente da Fundação Lou Gehrig da Coreia do Sul, Kim Tae-hyun, numa conferência de imprensa realizada no Clube de Correspondentes Estrangeiros, em Seul. Kim, que sofre de esclerose lateral amiotrófica (ELA), falou através de um membro da fundação que dirige e lembrou que “é muito triste que um paciente com ELA que tem cerca de três anos de vida tenha de implorar para ser salvo”. Exortando os médicos a não esquecerem o Juramento de Hipócrates, Kim considerou que estes devem ser “um raio de esperança para os pacientes com doenças raras e incuráveis” e “não se esquecer do seu dever”. Mais de 90 por cento dos 13 mil médicos estagiários do país aderiram à greve desde 20 de Fevereiro em protesto contra o plano do executivo conservador Yoon Suk-yeol de aumentar as vagas nas escolas médicas em 2.000 por ano. Uma vez que os médicos residentes representam cerca de 40 por cento do pessoal dos grandes hospitais de Seul, os maiores do país, estes centros médicos estão a ser obrigados a suspender cerca de metade das cirurgias programadas, muitas delas para pacientes com cancro, como recordaram várias associações. A greve também está a afectar pacientes pendentes ou em tratamento de quimioterapia ou radioterapia. Portas abertas Um representante da Associação Coreana de Pacientes com Cancro do Esófago Kim Jin-sun afirmou ontem que “esta situação é da responsabilidade do governo e deve ser abordada com urgência”. “É irónico é que haja uma recusa de praticar a medicina em protesto contra o aumento do número de estudantes nas escolas médicas”, disse. O Governo defende que é necessário aumentar em 2.000 as vagas anuais nas escolas médicas para colmatar a escassez de médicos, especialmente nas zonas rurais e em áreas como a pediatria, a obstetrícia ou a cirurgia cardiotorácica. Mas os médicos denunciam que a decisão foi unilateral e consideram que o aumento deveria ser de 350 vagas para não afectar a qualidade da formação e do serviço, bem como para reforçar a protecção jurídica dos trabalhadores da saúde. “Os pacientes não devem, em circunstância alguma, ser usados como instrumento político por nenhum dos lados. Os doentes são a nossa família, os nossos vizinhos. O seu sofrimento e as suas necessidades são da responsabilidade de todos”, disse Baek Min-hwan, da Associação de Pacientes com Mieloma. Baek pediu ao Governo e aos médicos que “encontrem uma solução através do diálogo e do compromisso”.
Hoje Macau China / ÁsiaSeul avança com suspensão de licenças de médicos em greve O Governo da Coreia do Sul anunciou ontem o início dos procedimentos para suspender as licenças de mais de 4.900 jovens médicos, em greve há quase três semanas em protesto contra uma reforma do sector. Um dirigente do Ministério da Saúde sul-coreano, Chun Byung-wang, disse que, até sexta-feira passada, foram enviadas notificações administrativas a mais de 4.900 “médicos estagiários que desafiaram as ordens de regresso ao trabalho”. Estas notificações formais são o primeiro passo antes de uma suspensão administrativa de três meses. Esta medida poderá ainda atrasar em mais de um ano o curso de especialização e quaisquer formações posteriores na carreira, já que os processos dos médicos vão ficar com a medida disciplinar e o motivo registados, o que vai afectar na procura de trabalho. O ministro da Saúde sul-coreano, Cho Kyoo-hong, prometeu ser tolerante com os médicos que abandonem a greve antes de concluídos os procedimentos de suspensão. Cerca de 12 mil estagiários, ou 93 por cento do total, permaneciam ausentes dos postos, de acordo com os mais recentes dados oficiais do Ministério da Saúde, divulgados esta manhã. Quase 70 por cento dos 13 mil médicos residentes do país entregaram cartas de demissão numa centena de hospitais universitários. Braço-de-ferro A 3 de Março, cerca de 30 mil médicos – 15 mil, indicou a polícia local – manifestaram-se nas ruas de Seul. No mesmo dia, os estagiários receberam ordem para regressarem ao trabalho, mas apenas 565 o fizeram. De acordo com a lei sul-coreana, os médicos, considerados trabalhadores essenciais, não podem fazer greve. A greve por tempo indeterminado foi lançada em protesto contra a reforma do sector promovida pelo Governo da Coreia do Sul, que inclui o aumento do número anual de licenciados em medicina de 3.000 para 5.000. A Associação Médica Coreana (KMA) denunciou que estas medidas implicam uma carga insustentável para as universidades e não resolvem a falta de incentivos para escolher as especialidades mais mal pagas, como a pediatria, ou para preencher vagas em locais remotos. Na semana passada, a polícia convocou ainda cinco actuais e antigos responsáveis da KMA para testemunhar em relação à greve, emitindo mesmo ordens para não deixar quatro funcionários da organização sair do país, tendo, entretanto, realizado buscas à sede do organismo. A 3 de Março, a Associação Médica Mundial emitiu uma declaração de apoio ao direito à greve dos médicos sul-coreanos e apelou para “condições de trabalho razoáveis” e um “plano estratégico para o desenvolvimento da educação médica”. A greve perturbou o funcionamento dos hospitais da Coreia do Sul, obrigando a cancelar tratamentos cruciais e cirurgias.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Sul | Líder da oposição esfaqueado deixa hospital Uma semana depois te ter sido esfaqueado no pescoço, Lee Jae-myung apelou ao fim dos discursos de ódio que transformam em guerra as disputas políticas O líder da oposição da Coreia do Sul, Lee Jae-myung, deixou ontem o hospital, oito dias depois de ter sido esfaqueado no pescoço durante um evento público, e apelou ao fim da “guerra política”. “Realmente espero que este incidente, que nos surpreendeu a todos, sirva como um marco para acabar com a política de ódio e confronto e restaurar uma política decente na qual nos respeitamos uns aos outros e coexistimos (…) Deveríamos pôr fim à guerra política em que temos que matar e eliminar adversários”, disse Lee à imprensa. Após deixar o hospital, o político agradeceu à polícia, aos médicos e aos serviços de emergência que o trataram em Busan, no sudeste do país, onde aconteceu o ataque, e na capital Seul, para onde foi levado de avião e submetido a uma cirurgia. Lee prometeu também dedicar o resto da vida a servir o povo da Coreia do Sul, avançou a agência de notícias Yonhap. O ataque aconteceu enquanto o líder do Partido Democrático (PD) falava com jornalistas numa conferência de imprensa no novo aeroporto de Busan, na ilha de Gadeok. Um homem de 67 anos aproximou-se de Lee e esfaqueou-o no lado esquerdo do pescoço, causando danos à veia jugular interna. Lee foi levado para o hospital onde foi submetido a uma cirurgia e depois transferido para os cuidados intensivos. Cúmplice detido O atacante foi detido no local e o motivo do crime está atualmente a ser investigado, embora as autoridades tenham indicado que o agressor manifestou ressentimento para com os políticos e a situação económica que a Coreia do Sul atravessa. Além disso, a polícia sul-coreana deteve na segunda-feira um homem de 70 anos por supostamente ajudar e facilitar o ataque. O alegado cúmplice tinha concordado em publicar uma nota escrita pelo agressor, na qual acusava o PD de se dedicar a “salvar Lee” a nível político em vez de a fazer oposição ao Governo. Lee Jae-myung perdeu as eleições presidenciais de 2022 para o actual Presidente, o conservador Yoon Suk-yeol, por uma margem estreita. Durante a campanha, Lee, antigo governador da província de Gyeonggi, a mais populosa da Coreia do Sul, tinha proposto algumas medidas inovadoras, incluindo a criação de um rendimento mínimo universal e uniformes escolares gratuitos.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Sul | Aprovada lei que proíbe consumo de carne de cão O parlamento da Coreia do Sul aprovou ontem, por unanimidade, um projecto de lei que irá proibir pela primeira vez o consumo de carne de cão, uma prática secular no país asiático. A Assembleia Nacional sul-coreana aprovou o projecto com 208 votos a favor e nenhum contra. A proposta tornar-se-á lei depois de ser aprovada pelo Conselho de Ministros e ratificado pelo Presidente, Yoon Suk Yeol, medidas consideradas uma formalidade, uma vez que o Governo apoia a proibição. O projecto de lei torna ilegal o abate, criação, comércio e venda de carne de cão para consumo humano a partir de 2027 e pune tais actos com dois a três anos de prisão. Os esforços para proibir o consumo de carne de cão tinham enfrentado forte resistência por parte do sector da pecuária. A carne de cão é um alimento popular na Coreia do Sul, com estimativas de até um milhão de animais consumidos por ano. Mas o seu consumo tem diminuído à medida que os sul-coreanos passaram a ver os cães mais como companheiros do que como alimento. O consumo de carne de cão tornou-se tabu entre as gerações mais jovens e a pressão dos activistas animais tem aumentado na Coreia do Sul. A indústria de animais de estimação está a crescer na Coreia do Sul, com cada vez mais famílias a viverem com um cão em casa. Sondagens recentes mostram que a maioria dos sul-coreanos já deixou de comer carne de cão.
Hoje Macau China / ÁsiaLíder da oposição sul-coreana recupera depois de ter sido esfaqueado no pescoço O líder da oposição sul-coreana, Lee Jae-myung, está a recuperar nos cuidados intensivos, após ter sido esfaqueado no pescoço na terça-feira, informaram hoje fontes do Partido Democrático (PD) que representa. “Lee está na UCI [unidade de cuidados intensivos] e só os seus familiares o podem visitar”, afirmou o porta-voz do PD, Park Sung-joon, à agência noticiosa Yonhap. Os médicos do Hospital da Universidade Nacional de Seul que o operaram não fizeram declarações sobre o estado de saúde de Lee. Têm sido os membros do PD a informarem os meios de comunicação social sobre o estado de saúde do político. Representantes do grupo político afirmaram, no início do dia, que a operação para reconstruir a veia jugular de Lee e remover os coágulos de sangue demorou mais tempo do que o previsto, mas foi concluída com aparente sucesso. O ataque ocorreu na terça-feira, durante um evento público na cidade de Busan, a 350 quilómetros a sudeste de Seul, quando o agressor, um homem de 66 anos, cravou uma faca de cerca de 17 centímetros no lado esquerdo do pescoço do político. Entretanto, a polícia sul-coreana efetuou hoje uma rusga à residência e ao escritório do atacante, na cidade central de Asan, disseram as autoridades, sem avançar mais detalhes.
Hoje Macau China / ÁsiaPresidente coreano manifesta preocupação após ataque a líder da oposição O Presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, manifestou ontem “profunda preocupação” com a segurança do líder da oposição, Lee Jae-myung, esfaqueado no pescoço num evento público no sudeste do país. Yoon Suk-yeol manifestou “profunda preocupação com a segurança de Lee Jae-myung depois de ter tomado conhecimento do ataque”, afirmou a porta-voz da presidência sul-coreana. O chefe de Estado “sublinhou que a sociedade sul-coreana nunca deve tolerar este tipo de violência, quaisquer que sejam as circunstâncias”, acrescentou Kim Soo-kyung. Tanto Yoon Suk-yeol como Han Dong-hoon, o líder do conservador Partido do Poder Popular, actualmente no poder, condenaram veementemente o ataque e pediram uma investigação exaustiva. Atacante detido Lee Jae-myung foi esfaqueado numa conferência de imprensa realizada durante uma visita ao estaleiro de construção do novo aeroporto que irá servir a cidade portuária de Busan, na ilha de Gadeok. Às 10:27, um homem, cuja identidade ainda não foi divulgada, aproximou-se do líder do Partido Democrático (PD), aparentemente fingindo ser um apoiante e pediu-lhe um autógrafo. O homem esfaqueou-o então no lado esquerdo do pescoço com um objecto não identificado, de acordo com testemunhas e imagens transmitidas pelas televisões sul-coreanas. Lee foi levado para o hospital cerca de 20 minutos depois, em estado consciente apesar de ter uma hemorragia grave, enquanto o autor do ataque foi imediatamente detido, informou a agência de notícias sul-coreana Yonhap. O líder do PD perdeu as eleições presidenciais de 2022 para Yoon Suk-yeol por uma margem estreita. Durante a campanha, Lee, antigo governador da província de Gyeonggi, a mais populosa da Coreia do Sul, tinha proposto algumas medidas inovadoras, incluindo a criação de um rendimento mínimo universal e uniformes escolares gratuitos. Os críticos acusaram o político de ser um populista perigoso que procura fomentar divisões e demonizar os opositores conservadores.
Hoje Macau China / ÁsiaSeul diz suspeitar que Pyongyang forneceu mísseis e munições à Rússia Militares sul-coreanos disseram ontem suspeitar que a Coreia do Norte tenha fornecido mísseis, munições e projécteis à Rússia para apoiar as forças russas na guerra contra a Ucrânia. A avaliação foi divulgada um dia depois de os serviços secretos de Seul terem dito aos deputados sul-coreanos que Pyongyang forneceu recentemente mais de um milhão de projécteis de artilharia à Rússia, num contexto de aprofundamento da cooperação militar entre os dois países. Num encontro com jornalistas locais, os militares sul-coreanos afirmaram que a Coreia do Norte é suspeita de ter enviado para a Rússia um número não especificado de mísseis balísticos de curto alcance, mísseis antitanque e mísseis antiaéreos portáteis, além de espingardas, lança-foguetes, morteiros e obuses. O conteúdo deste encontro foi partilhado com a agência de notícias norte-americana Associated Press. Na semana passada, a Coreia do Sul, os Estados Unidos e o Japão condenaram o fornecimento de munições e equipamento militar pela Coreia do Norte à Rússia, afirmando que tais carregamentos de armas aumentam drasticamente o número de vítimas da guerra na Ucrânia. Qualquer comércio de armas com a Coreia do Norte constitui uma violação de várias resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que a Rússia, membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, apoiou anteriormente. Tanto a Rússia como a Coreia do Norte rejeitaram as acusações. Troca de interesses Mas a especulação sobre os carregamentos de armas norte-coreanas aumentou depois de o líder norte-coreano, Kim Jong-un, se ter encontrado, em Setembro, na Rússia, com o Presidente russo, Vladimir Putin, e visitado instalações militares russas. Os Estados Unidos e os aliados acusam a Coreia do Norte de procurar tecnologia russa para modernizar o arsenal de armas nucleares e mísseis, em troca de armas convencionais. Numa reunião privada com deputados, na quarta-feira, o Serviço Nacional de Informações (NIS) sul-coreano disse que mais de um milhão de projécteis de artilharia norte-coreanos foram enviados para a Rússia, desde Agosto. O NIS afirmou que a Coreia do Norte está provavelmente a receber assistência tecnológica russa no projecto para lançar o primeiro satélite espião militar para o espaço. As duas recentes tentativas de lançamento pela Coreia do Norte fracassaram devido a problemas técnicos. De acordo com as forças armadas sul-coreanas, a Coreia do Norte também quer receber da Rússia tecnologia relacionada com o sector nuclear, aviões de combate, equipamento aeronáutico e assistência para a criação de redes de defesa antiaérea.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Sul | Tribunal nega detenção de líder da oposição Um tribunal de Seul negou ontem o mandado de prisão solicitado pelo Ministério Público contra o líder do principal partido da oposição, Lee Jae-myung, acusado de corrupção. A decisão considerou ser “difícil ver a justificação e a necessidade” da detenção do líder do Partido Democrático (PD), uma vez que não há risco de fuga ou de destruição de provas. Pouco depois do anúncio, Lee agradeceu ao tribunal por ter “demonstrado claramente que é o último bastião dos direitos humanos”. O político de 58 anos levou a cabo uma greve de fome de 24 dias em protesto contra as políticas do Governo de Yoon Suk-yeol, que acusa de “liquidar” a ordem democrática ao endurecer leis contra os ‘media’ e ao não condenar a libertação no mar da água tratada da central nuclear de Fukushima, no Japão. Críticos dizem que a greve de fome de Lee serviu para desviar as atenções das acusações de corrupção. O político é acusado de ser responsável por a autarquia de Seongnam, uma cidade dormitório nos arredores da capital, Seul, ter perdido cerca de 20 mil milhões de won entre 2014 e 2015, depois cancelar abruptamente um plano de construção de habitações sociais e permitir que um promotor privado assumisse o empreendimento. Os procuradores disseram acreditar também que, entre 2019 e 2020, Lee pediu a uma empresa que transferisse cerca de oito milhões de dólares para as autoridades da Coreia do Norte – algo que sem autorização prévia é crime no Sul – para facilitar a visita do político ao Estado vizinho, com o qual o país ainda está tecnicamente em guerra. Na altura, Lee era governador de Gyeonggi, a província que rodeia Seul – a mais populosa do país, com mais de 13 milhões de habitantes -, e era candidato às eleições presidenciais de 2022, defendendo o diálogo e a aproximação entre as duas Coreias.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Sul | Pelo menos 12 pessoas morreram em onda de calor Uma onda de calor que está a afectar a Coreia do Sul há uma semana levou à morte de, pelo menos, 12 pessoas. Entre hoje e amanhã, as temperaturas podem subir mais dois graus Celsius, ultrapassando os 37 graus, com a sensação térmica a suplantar essa barreira Pelo menos 12 pessoas morreram devido à onda de calor que atinge a Coreia do Sul há uma semana, segundo o balanço realizado ontem pelas autoridades sul-coreanas, que alertaram para as altas temperaturas que se vão sentir no país. O calor sufocante deixou pelo menos 12 mortes durante o fim-de-semana, de acordo com as últimas informações publicadas ontem pela agência de notícias local Yonhap. As autoridades meteorológicas sul-coreanas estimavam ontem que os termómetros pudessem atingir temperaturas entre os 29 e 35 graus Celsius em quase todo o território, com a sensação térmica a ultrapassar esta barreira, pedindo prudência à população. A agência meteorológica nacional declarou que a onda de calor deve continuar nos próximos dias e as temperaturas podem subir mais de 2 graus entre hoje e amanhã. Desde 20 de Maio, mais de mil pessoas tiveram de ser socorridas por doenças relacionadas ao calor, das quais cerca de 200 foram atendidas nos últimos dias, segundo dados publicados pelo jornal The Korea Herald. As autoridades também alertaram para a possibilidade de quedas de energia devido ao aumento da demanda por electricidade em meio à onda de calor. Região a ferver No Japão, a agência meteorológica nacional mantém há dias um alerta de temperaturas elevadas para quase todo o arquipélago, com especial destaque para a zona de Tóquio e arredores, e no oeste do país. Ontem foi emitido um novo aviso para a semana de 6 e 14 de Agosto. As autoridades estão a pedir aos idosos que tomem mais cuidado, depois de um casal ter sido encontrado morto dentro de casa, aparentemente devido a um golpe de calor.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Sul aumenta salário mínimo 2,5% para 2024 A comissão que fixa o salário mínimo sul-coreano aprovou hoje um aumento de 2,5% para 2024, para 9.860 won (6,9 euros) por hora, esperando-se protestos dos sindicatos que pediam aumentos de 26,9%. Na ausência de um acordo entre o patronato, que pretendia o congelamento do salário mínimo, e os sindicatos, no final de quase quatro meses de negociações infrutíferas, a comissão aprovou por votação o aumento, depois de uma reunião de várias horas iniciada na terça-feira. A comissão é composta, em partes iguais, por representantes do setor público, do patronato e dos sindicatos. As negociações salariais deste ano foram as mais longas desde que o atual sistema de fixação do salário mínimo foi estabelecido em 2007. O novo aumento surge após subidas de 10,9%, em 2019, 1,5%, em 2021, 5,05%, em 2022, e 5% para este ano. Por lei, a comissão deve apresentar o novo salário mínimo acordado ao Ministério do Trabalho sul-coreano, responsável por anunciar publicamente a medida. Tanto os sindicatos como os empregadores podem manifestar-se contra a decisão e pedir uma revisão à comissão, desde que o próprio ministro do Trabalho dê autorização para isso, embora até agora nenhuma das partes tenha solicitado uma reavaliação. Apesar disso, os representantes sindicais tornaram já pública a indignação face à decisão. No início do mês, o principal sindicato do país, a Confederação de sindicatos coreana (KCTU), realizou uma greve em protesto contra a postura dos patrões e políticas laborais do Governo conservador do Presidente, Yoon Suk-yeol. Espera-se que a decisão de hoje conduza a novas greves este verão.
Hoje Macau SociedadeDST promove o destino turístico Macau ao mercado sul-coreano Termina hoje a promoção de rua “Sentir Macau Sem Limites”, que começou na passada sexta-feira. Durante quatro dias, a iniciativa mostrou ao público de Seul, na Coreia do Sul, “os ricos elementos de “turismo + de Macau”, indicou na sexta-feira a Direcção dos Serviços de Turismo (DST). A aposta do Governo da RAEM tem como objectivo atrair visitantes internacionais para as férias de Verão. A DST recorda que em 2019, Macau recebeu mais de 740 mil visitantes da Coreia do Sul, volume de turistas que destacou o país como o primeiro mercado internacional de visitantes. A cerimónia de abertura da promoção de rua teve lugar no complexo comercial Times Square, em Seul, e contou com a presença da directora da DST, Helena de Senna Fernandes, o presidente da Associação de Agentes de Viagem da Coreia, Henry Oh, assim como representantes dos sectores da aviação e turismo da Coreia do Sul. Além de membros do Governo, viajaram de Macau “representantes da indústria turística e das seis grandes empresas integradas de turismo e lazer”, indicou na sexta-feira a DST. Na cerimónia de abertura, Helena de Senna Fernandes, referiu que o número de voos entre Macau e a Coreia do Sul tem aumentado nos últimos meses e que o objectivo da acção de promoção seria mostrar as últimas novidades do menu de novos elementos turísticos de Macau. Prémios e influências Como não poderia deixar de ser no actual paradigma de marketing, a DST procurou atrair a colaboração e influência digital de uma grande plataforma sul-coreana. Portanto, “além da promoção contínua nas redes sociais, a representação da DST na Coreia do Sul convidou vários influenciadores digitais sul-coreanos para apoiarem a promoção. Uma das iniciativas foi realizada em parceria com a plataforma de viagem no Instagram Yeomi.travel, que tem mais de 1,2 milhões de seguidores, através de um sorteio, intitulado “Teleport to Macao”. Quem apareceu na abertura na Times Square, munido de passaporte, habilitou-se a ser um dos quatro felizardos que ganharam bilhetes de avião e pacotes de estadia gratuitos, com partida imediata. Além disso, o Governo promoveu encontros entre operadores turísticos de ambos os territórios, e lançou uma campanha publicitária para atrair turistas sul-coreanos.
Hoje Macau China / ÁsiaPortugal-Coreia do Sul | Salientados valores e visões comuns Os primeiros-ministros de Portugal e da Coreia do Sul defenderam ontem que os dois governos partilham valores comuns e uma ordem mundial baseada na democracia, no Estado de Direito e na livre iniciativa económica. Estas posições foram transmitidas por António Costa e Han Duck-soo no início da reunião entre ambos, na sede do Executivo sul-coreano, em Seul, à qual se seguirá uma cerimónia de assinatura de instrumentos jurídicos. Numa breve intervenção, o líder do Executivo português considerou que Portugal e a Coreia do Sul “têm uma tradição de boas relações” diplomáticas e políticas, e “partilham uma visão comum e valores comuns” no que respeita à ordem política internacional. “Nesta base comum, temos de reforçar e desenvolver as nossas relações económicas. Na terça-feira e esta manhã tive a oportunidade de me encontrar com alguns dos mais importantes empresários sul-coreanos e de lhes apresentar as oportunidades de investir em Portugal”, disse. De acordo com António Costa, o mundo “enfrenta grandes desafios”, estando em curso uma dupla transição ao nível do digital e da energia. “A crise da covid-19 foi um momento para se abrir os olhos no sentido de compreender o quanto eram frágeis as nossas cadeias de abastecimento e sobre os riscos resultantes de uma escassez de matérias-primas e de falta de componentes críticos, como os microchips e semicondutores. Temos de caminhar juntos para reorganizar estas cadeias de abastecimento e aumentar a resiliência das nossas economias”, advertiu. Na perspectiva do primeiro-ministro português, Portugal e a Coreia do Sul “estão numa boa posição para isso”. “A Coreia do Sul é uma das mais importantes economias do mundo e Portugal é um dos países mais seguros do mundo. Somos a porta de entrada para mercados de 500 milhões de pessoas”, disse, numa alusão à União Europeia e aos países de língua portuguesa, “desde Timor-Leste ao Brasil”. Boas posturas Perante Han Duck-soo, Costa insistiu na ideia de que Portugal “é campeão na transição energética e é o único país com conexões por cabo de fibra óptica com todos os continentes”. “Estamos em boa posição para cooperar com as empresas coreanas, num momento em que o mundo precisa de enfrentar grandes desafios”, declarou, já depois de Han Duck-soo ter lembrado que a visita de António Costa é a primeira de um chefe do Governo português ao fim de 23 anos. “Tivemos sempre boas relações entre os dois países. Com a sua visita, acreditamos que as nossas relações serão reforçadas e irão mais longe no futuro, na economia, na cultura e no comércio. Após a pandemia da covid-19, está a aumentar o intercâmbio entre estudantes e os jovens são o nosso futuro”, observou o primeiro-ministro sul-coreano. Do ponto de vista das relações internacionais, Han Duck-soo deixou a seguinte mensagem: “Portugal e a Coreia partilham os valores universais simbolizados na democracia, no Estado de Direito, no mercado livre, e estão empenhados no cumprimento dos Direitos Humanos”. De acordo com o primeiro-ministro sul-coreano, com base nesses valores comuns, os dois países mostram-se empenhados na resolução dos principais problemas ao nível mundial, “estabelecendo uma ordem mundial assente no Direito Internacional”. “A sua visita será um ponto de viragem em relação aos principais indicadores da cooperação bilateral”, acrescentou.
Hoje Macau China / ÁsiaSeul | Vítimas de trabalho forçado no Japão rejeitam plano de compensações Vítimas sul-coreanas de trabalhos forçados em tempo de guerra por empresas do Japão rejeitaram ontem a proposta do Governo da Coreia do Sul para pagar indemnizações sem o envolvimento directo das companhias japonesas. “Não aceitarei o dinheiro mesmo que morra à fome”, disse Yang Geum-deok, 94 anos, durante uma conferência de imprensa realizada no âmbito de um protesto na Assembleia Nacional, em Seul, citada pelo jornal The Korea Times. Yang reagia à proposta do Governo, divulgada na segunda-feira, de compensar as vítimas através de uma fundação pública financiada por empresas coreanas, em vez das empresas japonesas responsáveis pelos trabalhos forçados. O Japão ocupou a península coreana entre 1910 e 1945, e sujeitou muitos coreanos a trabalhos forçados em empresas como a Mitsubishi ou a Nippon Steel durante a Guerra do Pacífico (1941-1945), a extensão asiática da Segunda Guerra Mundial. Seul diz que cerca de 780 mil coreanos foram sujeitos a trabalhos forçados durante os 35 anos de ocupação japonesa, não incluindo mulheres que foram forçadas à escravidão sexual, segundo a agência francesa AFP. Tóquio considera que a questão das compensações foi resolvida pelo tratado de 1965, que normalizou as relações entre o Japão e a Coreia do Sul. Nos termos do tratado, Tóquio transferiu para Seul 800 milhões de dólares em diferentes pacotes de ajuda económica e empréstimos, a título de compensações pela ocupação ilegal da península. Apesar de Tóquio considerar que o tratado abrange as compensações individuais, o Supremo Tribunal sul-coreano ordenou, em 2018, que as empresas japonesas indemnizassem directamente as vítimas. O plano de Seul não implica um pedido de desculpas do Japão, como exigem as vítimas, e sugere contribuições voluntárias das empresas japonesas envolvidas nos trabalhos forçados para o fundo de compensação.
Hoje Macau DesportoJürgen Klinsmann sucede a Paulo Bento como selecionador da Coreia do Sul O antigo futebolista alemão Jürgen Klinsmann, que foi selecionador da Alemanha e dos Estados Unidos, é o novo treinador da Coreia do Sul, cargo no qual sucede ao português Paulo Bento, informou hoje a Federação sul-coreana. Klinsmann, de 58 anos, foi contratado com vista ao Mundial2026 e deverá estar em Seul na próxima semana, assumindo já a equipa no jogo particular com a Colômbia, em 24 de março, disse também a federação. O antigo avançado, que enquanto jogador foi campeão europeu e mundial com a Alemanha (108 internacionalizações e 47 golos), foi treinador da Alemanha e dos Estados Unidos, mas também teve curtas passagens pelo Bayern Munique e Hertha Berlim. Na Coreia do Sul, Klinsmann sucede a Paulo Bento, que esteve à frente dos sul-coreanos entre 2018 e 2022, saindo após o último Mundial, realizado no Qatar, numa decisão que estava tomada desde setembro e que não se deveu à eliminação da equipa. No Qatar, a Coreia do Sul foi afastada nos oitavos de final, ao perder com o Brasil por 4-1.
Hoje Macau China / ÁsiaII Guerra | Seul pondera criar fundo para apoiar trabalhadores forçados por empresas japonesas O Governo da Coreia do Sul anunciou hoje estar a considerar a criação de um fundo doméstico para compensar os coreanos forçados a trabalhar para empresas japonesas durante a Segunda Guerra Mundial. O plano, revelado durante uma audiência pública organizada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, foi recebido com duras críticas pelos antigos trabalhadores forçados e seus representantes legais, que exigiram que as indemnizações viessem do Japão. Uma dirigente do ministério, Seo Min-jung, disse que a prioridade é providenciar as compensações o mais rápido possível, lembrando que muitas vítimas de trabalho forçado já estão mortas e que a maioria dos sobreviventes tem mais de 90 anos. Seo, diretora do ministério para a Ásia Pacífico, disse que os pagamentos poderiam ser geridos pela Fundação para Vítimas de Mobilização Forçada do Japão Imperial, com sede em Seul. Shim Kyu-sun, presidente da fundação, disse que as indemnizações poderiam ser financiadas por empresas sul-coreanas que beneficiaram de assistência económica japonesa quando os dois países normalizaram os laços diplomáticos na década de 1960, incluindo a gigante do aço POSCO. Tribunais coreanos condenaram em 2018 empresas japonesas a pagar indemnizações a antigos trabalhadores forçados coreanos. Gigantes japonesas como a Nippon Steel e a Mitsubishi Heavy Industries recusaram-se a cumprir as decisões judiciais. Mas Seo Min-jung disse que “as empresas japonesas reduziram grande parte de sua atividade económica na Coreia do Sul e retiraram ativos, por isso nem está claro se um processo de liquidação seria suficiente para compensar os demandantes”. A dirigente ministerial disse ainda que funcionários do governo irão encontrar-se pessoalmente com as vítimas e familiares para explicar os planos de pagamento e obter o seu consentimento. Seo admitiu que seria “impossível” obrigar as empresas japonesas a desculparem-se pelo trabalho forçado, que por décadas foi uma das principais causas do impasse diplomático entre a Coreia do Sul e o Japão. “Seria importante que o Japão sinceramente mantivesse e herdasse as comoventes expressões de desculpas e remorso que já expressou no passado”, disse a dirigente. O Presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol, um conservador que assumiu o cargo em maio, reuniu-se com o primeiro-ministro japonês Fumio Kishida em novembro. Na primeira reunião entre os chefes de governo dos dois países em três anos, ambos expressaram o compromisso de resolver rapidamente questões bilaterais “pendentes”, numa referência implícita à disputa do trabalho forçado. A Coreia do Sul e o Japão mantêm disputas decorrentes da ocupação colonial japonesa, antes e durante a Segunda Guerra Mundial, nomeadamente devido à escravidão sexual vivida por mulheres sul-coreanas e imposta por soldados japoneses.
Hoje Macau China / ÁsiaChina suspende emissão de vistos de curto prazo para sul-coreanos em retaliação A China suspendeu a emissão de vistos de curto prazo para sul-coreanos, na primeira retaliação de Pequim contra as restrições impostas a viajantes chineses, face ao rápido aumento de casos de covid-19 no país. A embaixada chinesa na Coreia do Sul anunciou que os vistos para negócios, turismo, tratamento médico, escalas aéreas e assuntos privados vão ser suspensos para cidadãos sul-coreanos. A suspensão foi desencadeada por “restrições de entrada discriminatórias impostas pela Coreia do Sul à China”, lê-se no comunicado. A Coreia do Sul suspendeu a emissão de vistos de curto prazo para viajantes chineses até 31 de janeiro, impedindo a entrada de turistas no país. Os voos entre a Coreia do Sul e a China também estão limitados ao aeroporto internacional de Incheon, em Seul. As ligações a Busan, Daegu e Jeju foram suspensas. O anúncio da embaixada da China surge depois de o recém-nomeado ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Qin Gang, ter protestado junto do seu colega sul-coreano, Park Jin, sobre as restrições de viagem, durante uma conversa por telefone, na segunda-feira. Qin expressou “preocupações” e instou Seul a manter uma “atitude objetiva e científica”, de acordo com um comunicado emitido pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês. Vários outros países, incluindo Portugal, impuseram restrições a viajantes oriundos da China, apontando preocupações com o recente aumento de casos de covid-19 no país e o surgir de uma nova variante do novo coronavírus. As restrições consistem, sobretudo, na obrigação de fazer um teste 48 horas antes de embarcar, uma medida que a China impõe também a quem viaja para o país. Nos últimos três anos, o país asiático impôs um sistema de quarentena em instalações designadas, que chegou a ser de 28 dias em algumas províncias, e a realização de vários testes, incluindo o serológico e o PCR, para quem chegava à China vindo de fora. Pequim diz agora que vai adotar “medidas recíprocas” para responder aos países que impuseram medidas de prevenção face ao aumento de casos na China, que abandonou a política de ‘zero casos’ de covid-19 em dezembro, desencadeando uma vaga de infeções sem precedentes.
Hoje Macau China / ÁsiaSeul | Ex-director de segurança detido por suspeita de encobrir homicídio O ex-director de segurança nacional da Coreia do Sul foi detido no sábado por suspeita de encobrir o homicídio de um funcionário do organismo de pesca sul-coreana pela Coreia do Norte perto da fronteira marítima dos dois países em 2020. A detenção de Suh Hoon ocorre quando o governo conservador do Presidente do país, Yoon Suk Yeol, investiga o modo como o seu predecessor liberal lidou com este homicídio e outro incidente na fronteira no mesmo ano, casos que geraram muitas críticas. Seul estava, na altura destes incidentes, a tentar desesperadamente apaziguar a Coreia do Norte para melhorar as suas relações. O ex-Presidente Moon Jae-in, que apostou o seu único mandato na reaproximação entre as Coreias antes de deixar o cargo em Maio, reagiu com raiva à investigação sobre as acções de Suh. Moon emitiu um comunicado esta semana acusando o Governo de Yoon de levantar alegações infundadas e de politizar questões de segurança sensíveis. De acordo com um comunicado do Tribunal Distrital Central de Seul, o juiz Kim Jeong-min aprovou o pedido do procurador para deter Suh, com o objectivo de evitar a destruição de provas. Suh não respondeu às perguntas dos jornalistas sobre as alegações feitas contra si na sexta-feira, quando compareceu ao tribunal para uma revisão do pedido de mandado de prisão da procuradoria. Uma investigação anterior do Conselho de Auditoria e Inspecção da Coreia do Sul concluiu que funcionários do governo de Moon não fizeram nenhuma tentativa significativa de resgatar Lee Dae-jun depois de saber que o oficial de pesca de 47 anos estava à deriva em águas perto da fronteira marítima ocidental da Coreia em Setembro de 2020. Depois de confirmar que Lee tinha sido morto a tiro por tropas norte-coreanas, as autoridades levantaram publicamente a possibilidade de que estivesse a tentar desertar para a Coreia do Norte, citando as suas dívidas de jogo e problemas familiares, enquanto ocultavam evidências que Lee não tinha essa intenção, segundo um relatório do Conselho de Auditoria de Outubro. Sem rasto Suh serviu também como chefe de espionagem de Moon antes de ser nomeado director de segurança nacional dois meses antes do assassínio. O ex-director da segurança nacional enfrenta suspeitas de que usou uma reunião do Gabinete para instruir as autoridades a destruírem os registos de informação relacionados ao incidente, enquanto o governo elaborava uma explicação pública para a morte de Lee. Suh é ainda suspeito de ordenar que o Ministério da Defesa, o Serviço de Informação Nacional e a Guarda Costeira colocassem nos seus relatórios que Lee estava a tentar desertar. Em Junho, o Ministério da Defesa e a Guarda Costeira reverteram a descrição do incidente feita pelo governo de Moon, dizendo que não havia provas de que Lee estivesse a tentar desertar.