Hoje Macau China / ÁsiaSeul | Docentes estrangeiros regressam a universidade norte-coreana Professores estrangeiros da Universidade de Ciência e Tecnologia de Pyongyang (PUST) regressaram à Coreia do Norte, quatro anos depois de terem sido obrigados a sair devido à política anti-pandemia, disse ontem o Governo sul-coreano. Pyonyang aprovou, no final de Agosto, vistos de entrada para alguns dos professores estrangeiros que trabalharam para a instituição de ensino, a única semiprivada na Coreia do Norte, antes do encerramento do país em 2020, indicou o secretário-geral do conselho consultivo para a Unificação Pacífica, Thae Yong-ho, à agência de notícias sul-coreana Yonhap. A permissão mostra que o regime está disposto a garantir “a segurança” dos académicos, disse Thae, antigo diplomata norte-coreano que desertou para o Sul em 2016 e citou fontes em Genebra, onde a Coreia do Norte tem uma das principais embaixadas na Europa. “De momento é difícil confirmar esta informação”, respondeu um porta-voz do Ministério da Unificação da Coreia do Sul à agência de notícias espanhola EFE. Desde que a Coreia do Norte começou a reabrir parcialmente as fronteiras, em Agosto do ano passado, já aprovou a entrada de alguns estrangeiros, como diplomatas de países próximos, como China e Cuba, e permitiu a entrada de grupos de turistas de nacionalidade russa. A confirmar-se, a entrada dos académicos marca a primeira vez, desde o início da pandemia, que a Coreia do Norte concede acesso a pessoas de países não alinhados com o regime do líder, Kim Jong-un. Todo o corpo docente estrangeiro da PUST, constituído por europeus e norte-americanos, foi obrigado a abandonar a Coreia do Norte quando o Governo encerrou as fronteiras em 2020. Desde então, as aulas, leccionadas em inglês, têm sido ministradas ‘online’. A PUST funciona nos arredores da capital norte-coreana desde 2010 e é o resultado de um acordo entre instituições norte-coreanas e uma organização evangélica coreano-americana.
Hoje Macau China / ÁsiaSeul | Pyongyang diz ter transferido 250 lançadores de mísseis para fronteira A Coreia do Norte anunciou ontem que transferiu 250 lançadores de mísseis de nova geração para as tropas destacadas para a fronteira com o Sul, na sequência de uma guerra de propaganda iniciada em Maio. “Uma cerimónia de transferência de 250 lançadores de mísseis tácticos de nova geração (…) para as tropas militares na fronteira” foi realizada no sábado, na capital Pyongyang, sob a direcção do líder norte-coreano, informou a agência de notícias estatal KCNA. Os dispositivos são “armas de ataque táctico actualizadas”, declarou Kim Jong-un, alegando tê-los “projectado pessoalmente”. Na quinta-feira, o Governo da Coreia do Sul ofereceu ajuda a Pyongyang, na sequência das inundações registadas no país em Julho. Mas a Coreia do Norte, que não responde aos apelos de Seul através das linhas de comunicação intercoreanas desde Abril de 2023, ignorou a oferta. Em Julho, a Coreia do Norte registou um recorde de chuvas torrenciais. No sudoeste do país, a cidade de Kaesong atingiu o nível de pluviosidade mais elevado no país em 29 anos, indicou o centro meteorológico sul-coreano. Na sexta-feira, o líder norte-coreano qualificou de “falsos rumores” as notícias publicadas nos meios de comunicação social da Coreia do Sul, de acordo com as quais 1.500 pessoas teriam morrido nas inundações no norte do país, ao longo da fronteira com a China. Kim Jong-un afirmou que ninguém morreu e cinco mil pessoas tinham sido colocadas em abrigos. As relações Norte-Sul atravessam actualmente um dos períodos de tensão mais fortes dos últimos anos. Desde o final de Maio, a Coreia do Norte lançou mais de dois mil balões transportando papéis, restos de roupa, pontas de cigarro e até estrume em direcção à Coreia do Sul. Em resposta, a Coreia do Sul suspendeu um acordo de redução de tensão de 2018 com a Coreia do Norte, retomando as transmissões por altifalante de ‘hits’ da sensação K-pop BTS, como “Butter” e “Dynamite”.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | Seul aumenta lista de produtos proibidos de vender à Rússia A Coreia do Sul proibiu na sexta-feira a exportação para a Rússia e a Bielorrússia de 243 produtos potencialmente utilizados para fins militares, em resposta ao acordo de cooperação de Moscovo com a Coreia do Norte. A decisão eleva para 1.400 o número de produtos proibidos pelo Ministério do Comércio, da Indústria e da Energia da Coreia do Sul desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, em Fevereiro de 2022. Seul incluiu desta vez na “lista negra” equipamento de corte de metais, peças de instrumentos ópticos e sensores, entre outros, noticiou a agência sul-coreana Yonhap. A decisão que afecta esta nova lista de produtos deverá entrar em vigor no final de Agosto, altura em que as autoridades esperam ter toda a legislação e autorizações em vigor. O Governo sul-coreano reserva a possibilidade de uma análise caso a caso, nomeadamente para os acordos comerciais que tenham sido celebrados antes do anúncio desta proibição, segundo a agência espanhola Europa Press. A Rússia assinou um tratado de cooperação com a Coreia do Norte em Junho, durante uma visita. Os líderes da Rússia, Vladimir Putin, e da Coreia do Norte, Kim Jong-un, assinaram um tratado de parceria estratégica a 19 de Junho, durante uma visita do Presidente russo a Pyongyang. O acordo prevê a prestação de assistência mútua se um dos países for atacado. Os Estados Unidos e os aliados ocidentais têm acusado a Coreia do Norte de fornecer à Rússia munições e mísseis para a guerra contra a Ucrânia. A Rússia e a Coreia do Norte são aliadas desde o fim da Guerra da Coreia (1950-1953), mas tornaram-se mais próximos desde a invasão russa da Ucrânia.
Hoje Macau China / ÁsiaPelo menos 15 mortos em incêndio em fábrica na Coreia do Sul O número de mortos num incêndio numa fábrica de baterias de lítio perto da capital da Coreia do Sul aumentou para 15, segundo o novo balanço provisório das autoridades. Inicialmente, as equipas de salvamento retiraram oito corpos da fábrica, mas o número de vítimas aumentou nas seguintes horas, confirmando-se “sete feridos”, de acordo com Kim Jin-young, oficial dos bombeiros, em informações transmitidas pela televisão. As equipas de salvamento que se encontram a operar na fábrica da cidade de Hwaseong, a sul de Seul, recuperaram os 15 corpos referindo que mais “seis pessoas estão desaparecidas”. Kim disse que a maioria das pessoas desaparecidas são cidadãos estrangeiros, incluindo trabalhadores oriundos da República Popular da China. Segundo o mesmo responsável, o sinal dos telemóveis das pessoas desaparecidas foi localizado no segundo piso da fábrica. Kim afirmou que uma testemunha disse às autoridades que o incêndio começou depois de as baterias terem explodido quando os trabalhadores as estavam a examinar antes do embalamento, mas frisou que “a causa exacta será investigada”. O mesmo oficial dos bombeiros afirmou ainda que 102 pessoas estavam a trabalhar na fábrica antes do incêndio. Areia salvadora Cerca de 35 mil baterias de lítio – altamente inflamáveis – encontravam-se armazenadas no segundo andar da fábrica onde deflagrou o incêndio. “Foi difícil entrar no edifício porque tínhamos medo de mais explosões”, disse Kim, acrescentando que os bombeiros conseguiram apagar as chamas com “areia seca”. O complexo industrial pertencente ao fabricante sul-coreano de baterias Aricell. As baterias de lítio são utilizadas em várias circunstâncias e suportes desde computadores portáteis a veículos eléctricos. Imagens difundidas pela agência noticiosa sul-coreana Yonhap mostram nuvens de fumo cinzento a elevarem-se sobre o edifício da fábrica devastado pelas chamas. O Presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, pediu às autoridades locais que “mobilizassem todo o pessoal e equipamento disponível para se concentrarem na procura e no salvamento de pessoas”. Yoon Suk Yeol pediu igualmente às autoridades no local para “garantirem a segurança dos bombeiros, dada a rápida propagação do incêndio”. Entretanto, os residentes da cidade de Hwaseong foram aconselhados a não abandonarem as residências devido à densidade do fumo.
Hoje Macau China / ÁsiaBombeiros sul-coreanos confirmam oito mortos em incêndio de fábrica em Seul Os bombeiros sul-coreanos indicaram ter descoberto oito cadáveres vítimas de um incêndio numa fábrica de baterias de lítio na região de Seul. O comandante dos bombeiros Kim Jin-young disse que os corpos foram retirados e estão a ser transferidos para um hospital. A agência noticiosa sul coreana Yonhap, citada pela Associated Press, informou anteriormente que tinham sido descobertos 20 cadáveres, mas este número não foi confirmado pelas autoridades. Kim disse anteriormente que a operação de resgate estava a decorrer na fábrica de Hwaseong, a sul da capital da Coreia do Sul. Na altura, Kim acrescentou que 23 pessoas tinham sido dadas como desaparecidas, incluindo cidadãos de origem chinesa. Segundo os meios de comunicação social sul-coreanos, 67 pessoas estavam a trabalhar na fábrica antes do incêndio. Até ao momento desconhecem-se as causas do fogo.
Hoje Macau China / ÁsiaSeul cria medidas para solucionar baixa natalidade O Presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, disse ontem que o país se encontra numa situação de “emergência demográfica” e prometeu um plano global para aumentar a taxa de natalidade, a mais baixa do mundo desenvolvido. “Declaro oficialmente uma ‘emergência demográfica nacional’. Vamos activar um sistema de resposta governamental abrangente até que o desafio da baixa taxa de natalidade seja resolvido”, afirmou Yoon durante uma reunião com um comité presidencial em Seongnam, a sul de Seul. A Coreia do Sul regista actualmente a mais baixa taxa de natalidade do mundo desenvolvido, de acordo com dados da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico). O Presidente sul-coreano delineou três grandes áreas para o plano: equilíbrio entre a vida profissional e a vida privada, melhoria dos serviços de acolhimento de crianças e melhor acesso à habitação para as famílias. Na sequência da pesada derrota do partido conservador de Yoon, o Partido do Poder Popular, nas eleições legislativas de Abril, o chefe de Estado, que se encontra gravemente enfraquecido no Parlamento durante os três anos que restam de mandato, anunciou a criação de um novo ministério para resolver o problema da baixa taxa de natalidade. O ministro desta nova pasta, inicialmente designada por Ministério do Planeamento Estratégico da População, vai desempenhar também as funções de vice-primeiro-ministro para os assuntos sociais. O ministério vai ser responsável pelo desenvolvimento de estratégias relacionadas com o problema populacional da Coreia do Sul, incluindo a taxa de natalidade, o envelhecimento da população e as políticas de migração. Caminho suavizado As medidas delineadas ontem por Yoon incluem o aumento dos subsídios para a licença de paternidade e o alargamento da licença de paternidade para que 50 por cento dos pais sul-coreanos façam uso da lei (actualmente apenas 6,8 por cento cumpre o período de baixa). O Presidente da Coreia do Sul falou também de um trabalho mais flexível, do aumento dos programas pós-escolares nas escolas primárias, da prioridade às famílias com recém-nascidos no acesso à habitação e a hipotecas com juros baixos e de mais isenções fiscais para as famílias com menores de idade.
Hoje Macau China / ÁsiaSeul | Anunciada suspensão de acordo militar de 2018 com Coreia do Norte As constantes provocações de Pyongyang, que ultimamente tem enviado balões carregados de lixo para a Coreia do Sul, levaram Seul a suspender o acordo militar entre os dois lados A Coreia do Sul vai suspender totalmente o acordo militar de 2018 com o Norte, numa tentativa de reduzir as tensões entre os dois países, anunciou ontem o Conselho de Segurança Nacional sul-coreano. Seul já tinha suspendido parcialmente este acordo no ano passado, na sequência do lançamento de um satélite espião em órbita por Pyongyang, mas o Conselho de Segurança Nacional disse que ia pedir ao Governo para “suspender totalmente” aquele acordo militar “até que a confiança mútua entre as duas Coreias seja restaurada”. No domingo, a Coreia do Norte comprometeu-se “a suspender” o lançamento para a Coreia do Sul de balões cheios de lixo, desde beatas de cigarros a excrementos de animais, depois de ter lançado várias centenas deles nos últimos dias. “Vamos suspender temporariamente a dispersão de resíduos de papel através da fronteira”, declarou a agência de notícias oficial norte-coreana KCNA, acrescentando que “esta contramedida tinha sido eficaz”. Desde terça-feira, cerca de mil balões foram lançados por Pyongyang em direcção ao país vizinho, incluindo 600 no domingo, de acordo com o Estado-Maior da Coreia do Sul, com Seul a denunciar a acção como de “baixo nível” e a ameaçar com retaliações. Na manhã de domingo, o exército sul-coreano contabilizou entre 20 e 50 balões por hora no ar. Os balões aterraram nas províncias do norte da Coreia do Sul, incluindo Seul e a região adjacente de Gyeonggi, que no conjunto albergam quase metade da população do Sul. A Coreia do Sul declarou que a iniciativa norte-coreana violava o acordo de armistício que pôs fim às hostilidades entre as duas Coreias em 1953, apesar de não ter sido encontrada qualquer substância perigosa nos balões. O Estado-Maior sul-coreano pediu à população que evite “qualquer contacto” com estes resíduos. “Os nossos militares estão a conduzir operações de vigilância e reconhecimento dos locais de lançamento dos balões, controlando-os por reconhecimento aéreo e recolhendo os destroços caídos, dando prioridade à segurança do público”, acrescentou. Presentes envenenados No início da semana, Pyongyang afirmou que os balões eram “presentes sinceros” e tinham como objectivo retaliar contra o envio de balões carregados de panfletos de propaganda contra o líder norte-coreano, Kim Jong-un. Em 2020, o parlamento sul-coreano aprovou uma lei que criminaliza o envio de panfletos para o Norte. Mas a lei, que não foi respeitada pelos activistas, foi anulada no ano passado por violar a liberdade de expressão. Kim Yo-jong, a irmã de Kim Jong-un, afirmou esta semana que os norte-coreanos estavam simplesmente a praticar a sua liberdade de expressão. A campanha de balões surge depois de analistas terem afirmado que Kim Jong-un tinha ordenado testes de armas antes de as enviar para a Rússia para a guerra na Ucrânia. De acordo com o Ministério da Defesa sul-coreano, Pyongyang enviou cerca de 10.000 contentores de armas para Moscovo em troca de conhecimentos russos sobre satélites.
Hoje Macau China / ÁsiaSeul, Tóquio e Pequim concordam em retomar as cimeiras trilaterais “numa base regular” A Coreia do Sul, o Japão e a China manifestaram ontem o desejo de retomar as suas cimeiras trilaterais “de forma regular e ininterrupta”, num comunicado conjunto emitido no final de uma reunião em Seul. “Reiteramos que a promoção da institucionalização da cooperação trilateral reforça as respectivas relações bilaterais e promove a paz, a estabilidade e a prosperidade na região do nordeste asiático, e ajuda a promover um mundo em que os países, grandes ou pequenos, podem beneficiar universalmente”, lê-se no documento, emitido após o encontro entre o Presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, e os primeiros-ministros japonês e chinês, Fumio Kishida e Li Qiang, respectivamente. Os três países realizaram as suas primeiras cimeiras anuais entre 2008 e 2012, mas as divergências entre Seul e Tóquio sobre as consequências do domínio colonial do Japão na península coreana fizeram com que as reuniões começassem a ser convocadas de forma intermitente. Desde que Yoon chegou ao poder, em 2022, juntamente com Kishida têm procurado resolver estas divergências, a par de um reforço da cooperação militar dos dois países com o seu parceiro tradicional, os Estados Unidos. Boa vizinhança Os três países sublinharam ontem que esta nona cimeira trilateral em Seul “tem um significado importante para revitalizar a cooperação trilateral”, segundo o comunicado, que acrescenta que “serão realizadas conversações para acelerar as negociações de um acordo de comércio livre (ACL) trilateral”, como Kishida já tinha dito numa conferência de imprensa. Os três vizinhos decidiram estabelecer projectos de cooperação em seis áreas-chave: intercâmbios humanos, desenvolvimento sustentável, cooperação económica e comercial, saúde pública e envelhecimento da sociedade, ciência e tecnologia e segurança e assistência em caso de catástrofe. “Estamos a esforçar-nos por aumentar o número de intercâmbios humanos entre os três países para 40 milhões até 2030, promovendo intercâmbios em áreas como a cultura, o turismo e a educação”, explicou o documento. As duas áreas que aparentemente produziram os resultados mais tangíveis em termos de cooperação após a cimeira de ontem foram a propriedade intelectual e as “futuras pandemias”, uma vez que foram assinados dois memorandos separados a este respeito.
João Luz Manchete SociedadeDST | Lançada campanha de charme na Coreia do Sul O Governo começa na quinta-feira uma campanha promocional na Coreia do Sul para atrair turistas. Passados 10 meses, os Serviços de Turismo estão de volta ao país que regressou este ano ao topo do pódio dos maiores mercados de visitantes internacionais de Macau A partir da próxima quinta-feira, a Direcção dos Serviços de Turismo (DST) dá início a uma campanha de promoção turística na capital da Coreia do Sul, que irá durar quatro dias. Cerca de 10 meses depois da primeira promoção de rua após a pandemia em Seul, a DST volta a lançar uma campanha de charme destinada a seduzir turistas sul-coreanos. Entre quinta-feira e domingo, a campanha “Sentir Macau” irá “invadir” o complexo comercial Shinsegae, localizado na zona nobre da capital sul coreana, Gangnam. O objectivo é “atrair visitantes com elevado poder de compra”. Como tal, a DST especifica que “a média diária do fluxo de pessoas no Shinsegae aos fins-de-semana é de mais de 800 mil pessoas, e o valor de vendas em 2023 foi superior a 2.3 mil milhões de dólares americanos”, valores que fazem com que o Shinsegae seja o maior complexo comercial da Coreia e o terceiro maior do mundo ao nível da facturação. Além da DST, a campanha irá contar com stands da Direcção dos Serviços de Desenvolvimento Económico da Zona de Cooperação Guangdong-Macau em Hengqin e as seis concessionárias de jogo “para divulgar as ofertas e novas infra-estruturas turísticas de Macau e Hengqin”. Antes do início da campanha, a DST organiza amanhã um seminário promocional sobre produtos de “turismo + convenções e exposições” de Macau com bolsa de contactos para operadores turísticos sul-coreanos e da RAEM, com o objectivo de divulgar ao público e profissionais de turismo coreanos os pontos fortes do turismo de Macau. Amigos com cacau A DST adaptou a campanha ao público sul-coreano, nomeadamente através de colaborações com a plataformas online populares no país, com a aplicação móvel de pagamentos Kakao Pay e a plataforma de emoticons e bonecos Kakao Friends, introduzindo personagens com características de Macau. Foi também estabelecida uma cooperação com “a maior plataforma coreana de reservas de viagens online Good Choice”, com jogos interactivos e descontos na compra de produtos turísticos de Macau, “incluindo bilhetes de avião de voos da Air Macau, Cathay Pacific, Korean Air, Jin Air, Jeju Air e Air Busan”. O Governo realça também que este ano a Coreia do Sul voltou a ocupar o primeiro lugar entre os dez maiores mercados de visitantes internacionais de Macau. De acordo com dados preliminares, até 21 de Maio deste ano, mais de 192 mil turistas sul-coreanos visitaram Macau, volume que atingiu 93,9 por cento de todo o ano passado e que representou uma recuperação de 52 por cento face aos níveis de 2019.
Hoje Macau China / ÁsiaCooperação | Coreia do Sul e Pequim discutem economia e estabilidade global Yoon Suk-yeol e Li Qiang reuniram na capital sul-coreana para acertar agulhas em projectos partilhados e fazer o diagnóstico de questões regionais e internacionais O Presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, e o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, discutiram ontem em Seul projectos conjuntos em questões económicas e cooperação em assuntos regionais e internacionais. “Acredito que a Coreia do Sul e a China devem cooperar estreitamente não só para a nossa relação bilateral, mas também para a paz e a estabilidade da comunidade internacional”, disse o Presidente sul-coreano no início da reunião, segundo declarações divulgadas pela agência local. Yoon sublinhou no seu discurso a importância de trabalhar com a China para enfrentar as crescentes incertezas económicas na sequência da guerra na Ucrânia e do conflito entre Israel e o Hamas e disse esperar que possam “continuar a reforçar a cooperação no meio de complexas crises globais”. O primeiro-ministro chinês destacou, por seu lado, as estreitas relações económicas entre os dois países e manifestou o desejo de desenvolver ainda mais os seus laços para “benefício mútuo”. “A China deseja trabalhar em conjunto com a Coreia do Sul para se tornar um vizinho bom e confiável e um parceiro solidário que ajude ambos a terem sucesso”, afirmou o Presidente chinês. Li disse que as cadeias industriais e de abastecimento entre a China e a Coreia do Sul estão “profundamente interligadas” e apelou a Yoon para “resistir à politização de questões de segurança, económicas e comerciais” para proteger essas ligações, segundo à agência de notícias oficial chinesa Xinhua. Disse ainda que Pequim está “disposta a acelerar” as negociações para um acordo de comércio livre com Seul “baseado no pragmatismo e no equilíbrio”, assim como para reforçar o diálogo sobre produção, cadeias de abastecimento, controlos de abastecimento, exportação. Também a segurança é um tema importante entre os dois países, tendo Yoon e Li concordado em estabelecer um diálogo diplomático sobre segurança e realizar a primeira reunião em meados de Junho. Sobre economia, concordaram em retomar as negociações para melhorar o acordo bilateral de comércio livre adoptado pelos seus países assim como retomar um comité bilateral de cooperação sobre investimentos no final do ano, após uma pausa de 13 anos. Conversas a três A China é o maior parceiro comercial da Coreia do Sul, mas as suas relações bilaterais têm sido tensas nos últimos anos devido à estreita cooperação de Seul com os Estados Unidos sob o Governo de Yoon, um alinhamento que se estende a Tóquio e que Pequim procura contrariar com esta aproximação. O primeiro-ministro chinês viajou à Coreia do Sul para participar na segunda-feira da primeira cimeira trilateral com o Japão em mais de quatro anos, que também marca a sua primeira visita à península coreana desde que assumiu o cargo em Março de 2023 e a primeira visita de um número dois chinês à Península Coreana desde a de Li Keqiang. Os presidentes chineses, os líderes supremos do país, nunca participaram nesta cimeira tripartida, que normalmente conta com a presença do primeiro-ministro. A reunião não acontecia desde 2019.
Hoje Macau China / ÁsiaSeul | Líderes da China, Japão e Coreia do Sul reúnem-se pela primeira vez desde 2019 Líderes da Coreia do Sul, China e Japão vão reunir-se a partir da próxima segunda-feira, em Seul, para as primeiras negociações trilaterais desde 2019, avançou ontem a agência de notícias pública sul-coreana Yonhap. A cimeira trilateral vai juntar o Presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, disse a Yonhap. A notícia foi confirmada por outros meios de comunicação da Coreia do Sul, que citaram a Presidência do país. A primeira cimeira trilateral aconteceu em 2008 e os três países asiáticos acordaram realizar uma reunião desse tipo entre os seus líderes todos os anos. Algo que não acontece desde 2019, sobretudo devido às restrições impostas pela China devido à pandemia de covid-19. Os esforços para reforçar a cooperação entre os vizinhos asiáticos têm enfrentado obstáculos como as disputas históricas em torno das ocupações japonesas durante a Segunda Guerra Mundial e a competição estratégica entre a China e os Estados Unidos, aliados tanto de Seul como de Tóquio. A 14 de Maio, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Sul, Cho Tae-yu, visitou Pequim, onde se encontrou com o homólogo chinês, Wang Yi, que lamentou as “dificuldades e desafios” que afectam a relação entre os dois países. Ressalvando que “não existem conflitos de interesse fundamentais” entre as duas partes, Wang sublinhou a importância de manter “intercâmbios regulares” entre os dois países vizinhos. Segundo a mesma nota, Cho Tae-yul manifestou esperança de que esta visita constitua um “passo significativo” nas relações entre a Coreia do Sul e a China. Os dois ministros trocaram igualmente pontos de vista sobre a cooperação trilateral entre a China, Japão e Coreia do Sul.
Hoje Macau China / ÁsiaPresidente sul-coreano promete laços estreitos com Kiev e “boa relação” com Moscovo O Presidente da Coreia do Sul prometeu ontem cultivar uma “boa relação” com a Rússia e manter laços estreitos com a Ucrânia, excluindo o fornecimento directo de armas. Seul “fará tudo o que estiver ao seu alcance para prosseguir a cooperação económica” com Moscovo, mantendo-se ao mesmo tempo próximo de Kiev, afirmou Yoon Suk-yeol, na primeira conferência de imprensa que deu em quase dois anos e depois da derrota do Partido do Poder Popular (PPP) nas eleições gerais de Abril. Yoon referiu ainda a “posição firme” do país de não fornecer armas letais a países em conflito. Que rica bolsa Na conferência, o líder sul-coreano, há dois anos no poder, prometeu novas políticas para a educação e o trabalho, bem como ajudas para apoiar o equilíbrio entre a vida profissional e familiar. Pediu, além disso, a cooperação da oposição, que reforçou a maioria no Parlamento após a pesada derrota de Abril, para aprovar leis que permitam a criação de um novo ministério para combater a baixa taxa de natalidade no país, ameaçado por uma crise demográfica. “Durante dois anos, tentámos melhorar a vida dos sul-coreanos, mas não foi suficiente. Nos próximos três anos, vamos ouvir a voz do povo com humildade”, disse Yoon, referindo-se à derrota nas urnas e aos três anos que lhe restam no poder. “Peço desculpa por ter incomodado o povo devido à imprudência da minha mulher”, acrescentou, numa referência ao chamado “escândalo da bolsa Dior”, surgido na sequência de um vídeo gravado com imagens da primeira-dama a receber uma bolsa Dior avaliada em mais de 2.200 dólares das mãos de um religioso. Yoon escusou-se a fazer mais comentários sobre o assunto, dizendo que não quer influenciar a investigação do gabinete do procurador-geral. O sucedido pode constituir um crime, uma vez que a lei anticorrupção sul-coreana considera ilegal que um funcionário do Governo, ou cônjuges, recebam presentes avaliados em mais de um milhão de won de uma só vez ou um valor acumulado de mais de três milhões de won durante um ano fiscal. O caso voltou à ribalta depois da pesada derrota eleitoral do PPP, juntamente com as alegações de que a primeira-dama também teria cometido um crime de manipulação de activos da bolsa entre 2009 e 2012. Em Janeiro, Yoon teve de exercer o veto presidencial a uma moção do Partido Democrático para investigar o alegado crime de manipulação de activos, mas, na sequência do resultado das eleições, a oposição voltou a pedir a abertura de um inquérito especial sobre o caso.
Hoje Macau China / ÁsiaSeul-Lisboa | Portugal destaca “impacto positivo” da nova rota aérea directa A nova ligação aérea entre Portugal e a Coreia do Sul poderá trazer um forte impulso ao turismo internacional para o país. O Turismo de Portugal aplaude a criação da nova rota e mostra-se optimista no desenvolvimento novas oportunidades no mercado asiático O Turismo de Portugal destacou ontem o “impacto positivo” na promoção do turismo internacional para o país da nova ligação aérea directa entre Seul e Lisboa, a operar a partir de Setembro pela Korean Air. “Destaca-se sobretudo pelo impacto positivo na promoção do turismo internacional para Portugal e no fortalecimento da conectividade aérea com uma região muito importante e carenciada de ligações a Portugal”, sustenta o Turismo de Portugal em comunicado. Referindo que a nova rota é “o culminar de um trabalho colaborativo intenso” com a ANA Aeroportos e a Korean Air, o Turismo de Portugal destaca que “representa a segunda ligação directa da Ásia para Portugal e deverá potenciar novas oportunidades de mercado não só na Coreia, mas também no Japão, onde a Korean Air tem uma forte presença consolidada e poderá captar uma fatia importante do mercado japonês através das suas ligações via Seul”. Com três voos semanais, às quartas-feiras, sextas-feiras e domingos, a nova ligação directa entre Seul e Lisboa será inaugurada no próximo mês de Setembro. “Esta rota é um marco na conectividade aérea e no fortalecimento das relações entre Portugal e a Ásia”, afirma o presidente do Turismo de Portugal, Carlos Abade, citado no comunicado, acrescentando que este organismo “está focado em identificar e aproveitar oportunidades em mercados promissores para atender às necessidades do turismo.” Segundo o Turismo de Portugal, a Coreia do Sul é “um dos mercados asiáticos muito promissores” para o sector, tendo-se destacado em 2023 como o 25.º mercado turístico da procura externa aferido pelo indicador dormidas e o 19.º no indicador hóspedes. Face a 2022, o número de hóspedes em 2023 aumentou cerca de 189 por cento, fixando-se em 170,1 mil, enquanto nas dormidas o acréscimo foi de 136,2 por cento, registando-se 264,7 mil dormidas de sul-coreanos em Portugal. “Estes números reflectem um potencial de crescimento significativo para Portugal nos próximos anos com a implementação desta nova rota”, sustenta o Turismo de Portugal, reafirmando o seu “compromisso com a promoção da conectividade e a expansão para novos mercados, […] através de uma aposta clara na captação de novas rotas e parcerias estratégicas de ‘marketing’ envolvendo os destinos nacionais”. Pólos ligados A companhia aérea de bandeira sul-coreana Korean Air anunciou na terça-feira o lançamento de voos ‘charter’ directos entre a capital da Coreia do Sul, Seul, e Lisboa a partir de 11 de Setembro. Num comunicado, a Korean Air disse que irá usar aviões Boeing 787-9, com capacidade para 290 passageiros, para operar três voos semanais entre o aeroporto de Seul Incheon e Lisboa. A companhia aérea disse que os voos irão decorrer durante quase dois meses, pelo menos até 25 de Outubro, mas admitiu que “também tem planos para prolongar a operação desta rota durante a época de inverno”. A Korean Air sublinhou que a nova ligação a partir de Incheon irá oferecer “os únicos voos diretos entre Lisboa e o Nordeste da Ásia”, região que inclui o Japão, a Mongólia e o extremo oriente da Rússia. “Os novos voos directos irão facilitar a deslocação, tornando mais acessíveis as viagens para Lisboa e cidades vizinhas”, disse a companhia aérea, que deu como exemplo o Porto. Esta ligação poderá também ser usada para passageiros que queiram voar entre Macau e Lisboa, disse na segunda-feira num comunicado a CAM, empresa gestora do aeroporto da região administrativa especial chinesa.
Hoje Macau China / ÁsiaSeul | Maior crescimento económico dos últimos dois anos A economia da Coreia do Sul cresceu 1,3 por cento no primeiro trimestre de 2024, em comparação com o período anterior, o valor mais elevado desde o final de 2021, disse ontem o banco central. Num comunicado, o Banco da Coreia (BoK) justifica o aumento do produto interno bruto (PIB) com a força das exportações e à recuperação dos gastos das famílias e do investimento na construção civil. A quarta maior economia da Ásia cresceu duas vezes mais depressa do que no último trimestre de 2023, quando registou uma expansão de 0,6 por cento, e atingiu o valor mais elevado desde que subiu 1,4 por cento, entre Setembro e Dezembro de 2021. Em termos anuais, o PIB da Coreia do Sul aumentou 3,4 por cento no primeiro trimestre do ano, muito acima da subida anual de 2,2 por cento registada nos últimos três meses de 2023. No ano passado, a economia sul-coreana cresceu 1,4 por cento, a taxa mais baixa dos últimos três anos, devido ao abrandamento das exportações, causado por políticas monetárias restritivas em grande parte do mundo. As exportações, um dos pilares do PIB da Coreia do Sul, cresceram 0,9 por cento no primeiro trimestre, impulsionadas pelos telemóveis, enquanto as importações baixaram 0,7 por cento devido uma queda no equipamento eletrónico. O investimento na construção aumentou 2,7 por cento, em contraste com a queda de 4,5 por cento no último trimestre de 2023, e o consumo privado subiu 0,8 por cento, face ao crescimento de 0,2 por cento dos três meses anteriores. O investimento público cresceu 0,7 por cento, mais duas décimas do que no período entre Setembro e Dezembro, enquanto o investimento das empresas diminuiu 0,8 por cento devido a cortes no equipamento de transporte.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Sul | Primeiro-ministro e líder do partido no poder demitem-se O primeiro-ministro e o líder do partido no poder na Coreia do Sul demitiram-se ontem, depois da derrota do Partido do Poder Popular nas legislativas, deixando o Presidente numa posição difícil até ao final do mandato O primeiro-ministro Han Duck-soo “manifestou a intenção de se demitir”, disse um funcionário presidencial aos jornalistas, de acordo com a agência de notícias sul-coreana Yonhap. Também o líder do Partido do Poder Popular (PPP) pediu “desculpas ao povo por não ter sido escolhido”. “Assumo toda a responsabilidade pelos resultados das eleições e vou demitir-me do cargo”, declarou à imprensa Han Dong-hoon. Os principais conselheiros do Presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, igualmente do PPP, estão a considerar demitir-se após a derrota eleitoral, informaram meios de comunicação social sul-coreanos, incluindo a Yonhap. Com a maior parte dos votos contados, o Partido Democrático, principal partido da oposição, e o partido satélite deste, deverão ter conquistado um total de 175 lugares na Assembleia Nacional, composta por 300 membros. Um outro pequeno partido liberal da oposição deverá obter 12 lugares, de acordo com os ‘media’ sul-coreanos. Já o PPP e o partido satélite deverão ter alcançado 109 lugares. Ventos liberais Os resultados das eleições de quarta-feira representam um golpe político para Yoon, fazendo recuar a agenda interna do líder e deixando-o perante uma ofensiva política cada vez mais intensa da oposição liberal durante os três anos que lhe restam no cargo, escreveu a agência de notícias Associated Press (AP). Numa reacção aos resultados, Yoon Suk-yeol prometeu reformas: “Honrarei humildemente a vontade do povo expressa nas eleições gerais, reformarei os assuntos do Estado e farei o meu melhor para estabilizar a economia e os meios de subsistência das pessoas”, disse o dirigente, de acordo com o chefe de gabinete Lee Kwan-sup. O resultado significa que as forças liberais da oposição vão alargar o controlo do parlamento, embora seja possível que não consigam alcançar a maioria de 200 lugares que lhes confere poderes legislativos para anular vetos e até mesmo destituir o Presidente, indicou a AP. Na Coreia do Sul, o poder executivo está fortemente concentrado no Presidente, mas o primeiro-ministro é o segundo responsável e dirige o país em caso de incapacidade do chefe do Estado. A eleição de quarta-feira foi vista como um voto de confiança a meio do mandato de Yoon, um antigo procurador de topo que assumiu o cargo em 2022. Yoon tem feito pressão para impulsionar a cooperação com os Estados Unidos e o Japão de forma a enfrentar uma combinação de desafios económicos e de segurança. Mas o Presidente sul-coreano tem-se debatido com baixos índices de aprovação no país e com um parlamento controlado pela oposição liberal.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Sul | Sondagens dão vitória expressiva da oposição nas eleições O Partido Democrático, principal força da oposição, poderá aumentar a maioria no parlamento sul-coreano após as eleições legislativas de ontem, segundo sondagens à boca da urna divulgadas pelas televisões sul-coreanas O maior partido da oposição da Coreia do Sul, o Partido Democrático (PD), deverá reforçar a sua presença no parlamento depois do que aparenta ter sido uma vitória expressiva nas eleições legislativas, segundo as sondagens à boca das urnas. Até ao fecho desta edição, as autoridades ainda estavam a contar os votos, sem terem sido anunciados os resultados finais. De acordo com as previsões, o conjunto dos partidos da oposição poderá obter uma “super maioria” de pelo menos 200 lugares em 300 na Assembleia Nacional, noticiou a agência francesa AFP. A confirmar-se, será suficiente para contrariar o poder de veto do Presidente conservador, Yoon Suk-yeol, ou mesmo para o destituir. As sondagens anteriores às eleições mostravam o partido de Yoon, o Partido do Poder Popular PPP), ligeiramente atrás do PD, que detém actualmente 142 dos 300 lugares na Assembleia Nacional. O PD (centro-esquerda), de Lee Jae-myung, e os seus partidos aliados poderão conquistar até 197 lugares, contra 156 no parlamento cessante. O PPP deverá obter entre 85 e 99 lugares, contra os actuais 114. Fim da linha Um novo partido antissistema, o Rebuilding Korea, do antigo ministro da Justiça Cho Kuk, que está a cumprir uma pena de dois anos de prisão por corrupção, da qual recorreu, deverá obter entre 12 e 14 lugares. Os analistas esperam que Cho junte forças com os democratas para formar uma “super maioria” contra o PPP, segundo a AFP. As sondagens foram realizadas pelos três principais canais de televisão da Coreia do Sul, junto de cerca de 360.000 eleitores em todo o país. A confirmarem-se, os resultados auguram um final de mandato complicado para Yoon, que foi eleito por pouco contra Lee, em 2022, e foi impedido de aplicar o seu programa de direita por falta de uma maioria parlamentar.
Hoje Macau China / ÁsiaSul-coreanos com doenças graves denunciam consequências da greve dos médicos Várias associações de pacientes com doenças graves denunciaram ontem as dificuldades pelas quais as pessoas estão a passar com a greve que milhares de médicos sul-coreanos mantêm há cerca de um mês. “As principais vítimas [da greve] são pessoas com doenças raras e incuráveis”, disse o presidente da Fundação Lou Gehrig da Coreia do Sul, Kim Tae-hyun, numa conferência de imprensa realizada no Clube de Correspondentes Estrangeiros, em Seul. Kim, que sofre de esclerose lateral amiotrófica (ELA), falou através de um membro da fundação que dirige e lembrou que “é muito triste que um paciente com ELA que tem cerca de três anos de vida tenha de implorar para ser salvo”. Exortando os médicos a não esquecerem o Juramento de Hipócrates, Kim considerou que estes devem ser “um raio de esperança para os pacientes com doenças raras e incuráveis” e “não se esquecer do seu dever”. Mais de 90 por cento dos 13 mil médicos estagiários do país aderiram à greve desde 20 de Fevereiro em protesto contra o plano do executivo conservador Yoon Suk-yeol de aumentar as vagas nas escolas médicas em 2.000 por ano. Uma vez que os médicos residentes representam cerca de 40 por cento do pessoal dos grandes hospitais de Seul, os maiores do país, estes centros médicos estão a ser obrigados a suspender cerca de metade das cirurgias programadas, muitas delas para pacientes com cancro, como recordaram várias associações. A greve também está a afectar pacientes pendentes ou em tratamento de quimioterapia ou radioterapia. Portas abertas Um representante da Associação Coreana de Pacientes com Cancro do Esófago Kim Jin-sun afirmou ontem que “esta situação é da responsabilidade do governo e deve ser abordada com urgência”. “É irónico é que haja uma recusa de praticar a medicina em protesto contra o aumento do número de estudantes nas escolas médicas”, disse. O Governo defende que é necessário aumentar em 2.000 as vagas anuais nas escolas médicas para colmatar a escassez de médicos, especialmente nas zonas rurais e em áreas como a pediatria, a obstetrícia ou a cirurgia cardiotorácica. Mas os médicos denunciam que a decisão foi unilateral e consideram que o aumento deveria ser de 350 vagas para não afectar a qualidade da formação e do serviço, bem como para reforçar a protecção jurídica dos trabalhadores da saúde. “Os pacientes não devem, em circunstância alguma, ser usados como instrumento político por nenhum dos lados. Os doentes são a nossa família, os nossos vizinhos. O seu sofrimento e as suas necessidades são da responsabilidade de todos”, disse Baek Min-hwan, da Associação de Pacientes com Mieloma. Baek pediu ao Governo e aos médicos que “encontrem uma solução através do diálogo e do compromisso”.
Hoje Macau China / ÁsiaSeul avança com suspensão de licenças de médicos em greve O Governo da Coreia do Sul anunciou ontem o início dos procedimentos para suspender as licenças de mais de 4.900 jovens médicos, em greve há quase três semanas em protesto contra uma reforma do sector. Um dirigente do Ministério da Saúde sul-coreano, Chun Byung-wang, disse que, até sexta-feira passada, foram enviadas notificações administrativas a mais de 4.900 “médicos estagiários que desafiaram as ordens de regresso ao trabalho”. Estas notificações formais são o primeiro passo antes de uma suspensão administrativa de três meses. Esta medida poderá ainda atrasar em mais de um ano o curso de especialização e quaisquer formações posteriores na carreira, já que os processos dos médicos vão ficar com a medida disciplinar e o motivo registados, o que vai afectar na procura de trabalho. O ministro da Saúde sul-coreano, Cho Kyoo-hong, prometeu ser tolerante com os médicos que abandonem a greve antes de concluídos os procedimentos de suspensão. Cerca de 12 mil estagiários, ou 93 por cento do total, permaneciam ausentes dos postos, de acordo com os mais recentes dados oficiais do Ministério da Saúde, divulgados esta manhã. Quase 70 por cento dos 13 mil médicos residentes do país entregaram cartas de demissão numa centena de hospitais universitários. Braço-de-ferro A 3 de Março, cerca de 30 mil médicos – 15 mil, indicou a polícia local – manifestaram-se nas ruas de Seul. No mesmo dia, os estagiários receberam ordem para regressarem ao trabalho, mas apenas 565 o fizeram. De acordo com a lei sul-coreana, os médicos, considerados trabalhadores essenciais, não podem fazer greve. A greve por tempo indeterminado foi lançada em protesto contra a reforma do sector promovida pelo Governo da Coreia do Sul, que inclui o aumento do número anual de licenciados em medicina de 3.000 para 5.000. A Associação Médica Coreana (KMA) denunciou que estas medidas implicam uma carga insustentável para as universidades e não resolvem a falta de incentivos para escolher as especialidades mais mal pagas, como a pediatria, ou para preencher vagas em locais remotos. Na semana passada, a polícia convocou ainda cinco actuais e antigos responsáveis da KMA para testemunhar em relação à greve, emitindo mesmo ordens para não deixar quatro funcionários da organização sair do país, tendo, entretanto, realizado buscas à sede do organismo. A 3 de Março, a Associação Médica Mundial emitiu uma declaração de apoio ao direito à greve dos médicos sul-coreanos e apelou para “condições de trabalho razoáveis” e um “plano estratégico para o desenvolvimento da educação médica”. A greve perturbou o funcionamento dos hospitais da Coreia do Sul, obrigando a cancelar tratamentos cruciais e cirurgias.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Sul | Líder da oposição esfaqueado deixa hospital Uma semana depois te ter sido esfaqueado no pescoço, Lee Jae-myung apelou ao fim dos discursos de ódio que transformam em guerra as disputas políticas O líder da oposição da Coreia do Sul, Lee Jae-myung, deixou ontem o hospital, oito dias depois de ter sido esfaqueado no pescoço durante um evento público, e apelou ao fim da “guerra política”. “Realmente espero que este incidente, que nos surpreendeu a todos, sirva como um marco para acabar com a política de ódio e confronto e restaurar uma política decente na qual nos respeitamos uns aos outros e coexistimos (…) Deveríamos pôr fim à guerra política em que temos que matar e eliminar adversários”, disse Lee à imprensa. Após deixar o hospital, o político agradeceu à polícia, aos médicos e aos serviços de emergência que o trataram em Busan, no sudeste do país, onde aconteceu o ataque, e na capital Seul, para onde foi levado de avião e submetido a uma cirurgia. Lee prometeu também dedicar o resto da vida a servir o povo da Coreia do Sul, avançou a agência de notícias Yonhap. O ataque aconteceu enquanto o líder do Partido Democrático (PD) falava com jornalistas numa conferência de imprensa no novo aeroporto de Busan, na ilha de Gadeok. Um homem de 67 anos aproximou-se de Lee e esfaqueou-o no lado esquerdo do pescoço, causando danos à veia jugular interna. Lee foi levado para o hospital onde foi submetido a uma cirurgia e depois transferido para os cuidados intensivos. Cúmplice detido O atacante foi detido no local e o motivo do crime está atualmente a ser investigado, embora as autoridades tenham indicado que o agressor manifestou ressentimento para com os políticos e a situação económica que a Coreia do Sul atravessa. Além disso, a polícia sul-coreana deteve na segunda-feira um homem de 70 anos por supostamente ajudar e facilitar o ataque. O alegado cúmplice tinha concordado em publicar uma nota escrita pelo agressor, na qual acusava o PD de se dedicar a “salvar Lee” a nível político em vez de a fazer oposição ao Governo. Lee Jae-myung perdeu as eleições presidenciais de 2022 para o actual Presidente, o conservador Yoon Suk-yeol, por uma margem estreita. Durante a campanha, Lee, antigo governador da província de Gyeonggi, a mais populosa da Coreia do Sul, tinha proposto algumas medidas inovadoras, incluindo a criação de um rendimento mínimo universal e uniformes escolares gratuitos.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Sul | Aprovada lei que proíbe consumo de carne de cão O parlamento da Coreia do Sul aprovou ontem, por unanimidade, um projecto de lei que irá proibir pela primeira vez o consumo de carne de cão, uma prática secular no país asiático. A Assembleia Nacional sul-coreana aprovou o projecto com 208 votos a favor e nenhum contra. A proposta tornar-se-á lei depois de ser aprovada pelo Conselho de Ministros e ratificado pelo Presidente, Yoon Suk Yeol, medidas consideradas uma formalidade, uma vez que o Governo apoia a proibição. O projecto de lei torna ilegal o abate, criação, comércio e venda de carne de cão para consumo humano a partir de 2027 e pune tais actos com dois a três anos de prisão. Os esforços para proibir o consumo de carne de cão tinham enfrentado forte resistência por parte do sector da pecuária. A carne de cão é um alimento popular na Coreia do Sul, com estimativas de até um milhão de animais consumidos por ano. Mas o seu consumo tem diminuído à medida que os sul-coreanos passaram a ver os cães mais como companheiros do que como alimento. O consumo de carne de cão tornou-se tabu entre as gerações mais jovens e a pressão dos activistas animais tem aumentado na Coreia do Sul. A indústria de animais de estimação está a crescer na Coreia do Sul, com cada vez mais famílias a viverem com um cão em casa. Sondagens recentes mostram que a maioria dos sul-coreanos já deixou de comer carne de cão.
Hoje Macau China / ÁsiaLíder da oposição sul-coreana recupera depois de ter sido esfaqueado no pescoço O líder da oposição sul-coreana, Lee Jae-myung, está a recuperar nos cuidados intensivos, após ter sido esfaqueado no pescoço na terça-feira, informaram hoje fontes do Partido Democrático (PD) que representa. “Lee está na UCI [unidade de cuidados intensivos] e só os seus familiares o podem visitar”, afirmou o porta-voz do PD, Park Sung-joon, à agência noticiosa Yonhap. Os médicos do Hospital da Universidade Nacional de Seul que o operaram não fizeram declarações sobre o estado de saúde de Lee. Têm sido os membros do PD a informarem os meios de comunicação social sobre o estado de saúde do político. Representantes do grupo político afirmaram, no início do dia, que a operação para reconstruir a veia jugular de Lee e remover os coágulos de sangue demorou mais tempo do que o previsto, mas foi concluída com aparente sucesso. O ataque ocorreu na terça-feira, durante um evento público na cidade de Busan, a 350 quilómetros a sudeste de Seul, quando o agressor, um homem de 66 anos, cravou uma faca de cerca de 17 centímetros no lado esquerdo do pescoço do político. Entretanto, a polícia sul-coreana efetuou hoje uma rusga à residência e ao escritório do atacante, na cidade central de Asan, disseram as autoridades, sem avançar mais detalhes.
Hoje Macau China / ÁsiaPresidente coreano manifesta preocupação após ataque a líder da oposição O Presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, manifestou ontem “profunda preocupação” com a segurança do líder da oposição, Lee Jae-myung, esfaqueado no pescoço num evento público no sudeste do país. Yoon Suk-yeol manifestou “profunda preocupação com a segurança de Lee Jae-myung depois de ter tomado conhecimento do ataque”, afirmou a porta-voz da presidência sul-coreana. O chefe de Estado “sublinhou que a sociedade sul-coreana nunca deve tolerar este tipo de violência, quaisquer que sejam as circunstâncias”, acrescentou Kim Soo-kyung. Tanto Yoon Suk-yeol como Han Dong-hoon, o líder do conservador Partido do Poder Popular, actualmente no poder, condenaram veementemente o ataque e pediram uma investigação exaustiva. Atacante detido Lee Jae-myung foi esfaqueado numa conferência de imprensa realizada durante uma visita ao estaleiro de construção do novo aeroporto que irá servir a cidade portuária de Busan, na ilha de Gadeok. Às 10:27, um homem, cuja identidade ainda não foi divulgada, aproximou-se do líder do Partido Democrático (PD), aparentemente fingindo ser um apoiante e pediu-lhe um autógrafo. O homem esfaqueou-o então no lado esquerdo do pescoço com um objecto não identificado, de acordo com testemunhas e imagens transmitidas pelas televisões sul-coreanas. Lee foi levado para o hospital cerca de 20 minutos depois, em estado consciente apesar de ter uma hemorragia grave, enquanto o autor do ataque foi imediatamente detido, informou a agência de notícias sul-coreana Yonhap. O líder do PD perdeu as eleições presidenciais de 2022 para Yoon Suk-yeol por uma margem estreita. Durante a campanha, Lee, antigo governador da província de Gyeonggi, a mais populosa da Coreia do Sul, tinha proposto algumas medidas inovadoras, incluindo a criação de um rendimento mínimo universal e uniformes escolares gratuitos. Os críticos acusaram o político de ser um populista perigoso que procura fomentar divisões e demonizar os opositores conservadores.
Hoje Macau China / ÁsiaSeul diz suspeitar que Pyongyang forneceu mísseis e munições à Rússia Militares sul-coreanos disseram ontem suspeitar que a Coreia do Norte tenha fornecido mísseis, munições e projécteis à Rússia para apoiar as forças russas na guerra contra a Ucrânia. A avaliação foi divulgada um dia depois de os serviços secretos de Seul terem dito aos deputados sul-coreanos que Pyongyang forneceu recentemente mais de um milhão de projécteis de artilharia à Rússia, num contexto de aprofundamento da cooperação militar entre os dois países. Num encontro com jornalistas locais, os militares sul-coreanos afirmaram que a Coreia do Norte é suspeita de ter enviado para a Rússia um número não especificado de mísseis balísticos de curto alcance, mísseis antitanque e mísseis antiaéreos portáteis, além de espingardas, lança-foguetes, morteiros e obuses. O conteúdo deste encontro foi partilhado com a agência de notícias norte-americana Associated Press. Na semana passada, a Coreia do Sul, os Estados Unidos e o Japão condenaram o fornecimento de munições e equipamento militar pela Coreia do Norte à Rússia, afirmando que tais carregamentos de armas aumentam drasticamente o número de vítimas da guerra na Ucrânia. Qualquer comércio de armas com a Coreia do Norte constitui uma violação de várias resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que a Rússia, membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, apoiou anteriormente. Tanto a Rússia como a Coreia do Norte rejeitaram as acusações. Troca de interesses Mas a especulação sobre os carregamentos de armas norte-coreanas aumentou depois de o líder norte-coreano, Kim Jong-un, se ter encontrado, em Setembro, na Rússia, com o Presidente russo, Vladimir Putin, e visitado instalações militares russas. Os Estados Unidos e os aliados acusam a Coreia do Norte de procurar tecnologia russa para modernizar o arsenal de armas nucleares e mísseis, em troca de armas convencionais. Numa reunião privada com deputados, na quarta-feira, o Serviço Nacional de Informações (NIS) sul-coreano disse que mais de um milhão de projécteis de artilharia norte-coreanos foram enviados para a Rússia, desde Agosto. O NIS afirmou que a Coreia do Norte está provavelmente a receber assistência tecnológica russa no projecto para lançar o primeiro satélite espião militar para o espaço. As duas recentes tentativas de lançamento pela Coreia do Norte fracassaram devido a problemas técnicos. De acordo com as forças armadas sul-coreanas, a Coreia do Norte também quer receber da Rússia tecnologia relacionada com o sector nuclear, aviões de combate, equipamento aeronáutico e assistência para a criação de redes de defesa antiaérea.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Sul | Tribunal nega detenção de líder da oposição Um tribunal de Seul negou ontem o mandado de prisão solicitado pelo Ministério Público contra o líder do principal partido da oposição, Lee Jae-myung, acusado de corrupção. A decisão considerou ser “difícil ver a justificação e a necessidade” da detenção do líder do Partido Democrático (PD), uma vez que não há risco de fuga ou de destruição de provas. Pouco depois do anúncio, Lee agradeceu ao tribunal por ter “demonstrado claramente que é o último bastião dos direitos humanos”. O político de 58 anos levou a cabo uma greve de fome de 24 dias em protesto contra as políticas do Governo de Yoon Suk-yeol, que acusa de “liquidar” a ordem democrática ao endurecer leis contra os ‘media’ e ao não condenar a libertação no mar da água tratada da central nuclear de Fukushima, no Japão. Críticos dizem que a greve de fome de Lee serviu para desviar as atenções das acusações de corrupção. O político é acusado de ser responsável por a autarquia de Seongnam, uma cidade dormitório nos arredores da capital, Seul, ter perdido cerca de 20 mil milhões de won entre 2014 e 2015, depois cancelar abruptamente um plano de construção de habitações sociais e permitir que um promotor privado assumisse o empreendimento. Os procuradores disseram acreditar também que, entre 2019 e 2020, Lee pediu a uma empresa que transferisse cerca de oito milhões de dólares para as autoridades da Coreia do Norte – algo que sem autorização prévia é crime no Sul – para facilitar a visita do político ao Estado vizinho, com o qual o país ainda está tecnicamente em guerra. Na altura, Lee era governador de Gyeonggi, a província que rodeia Seul – a mais populosa do país, com mais de 13 milhões de habitantes -, e era candidato às eleições presidenciais de 2022, defendendo o diálogo e a aproximação entre as duas Coreias.