Sérgio Fonseca DesportoIAME Series Asia encantou-se com GP Karting e quer voltar Nos dois últimos fins de semana, o Kartódromo de Coloane esteve ao rubro com o regresso do Grande Prémio de Karting Internacional de Macau que este ano recebeu um impulso ao acolher a final asiática da competição promovida pelo reconhecido construtor italiano de motores para karting, a IAME. Como o evento voltou a estar ao nível de outros tempos, os promotores da IAME Series Asia gostaram da experiência e não escondem a vontade de voltar. Organizado pelo Instituto do Desporto, Associação Geral de Automóvel de Macau-China (AAMC), OTK Kart Asia e IAME Asia, com o patrocínio da Sands China Limited, o Kartódromo de Coloane recebeu várias corridas e as várias categorias da IAME Series Asia e do Campeonato de Karting da AAMC, que disputou a sua oitava prova da temporada, para além do Grande Prémio de Karting de Macau – categoria KZ e a Taça Sands. O sabor internacional da prova regressou como há muito não se via, com pilotos oriundos do Interior da China, Singapura, Filipinas, Malásia, Tailândia, Indonésia, Japão, Índia, Sri Lanka, Austrália, Nova Zelândia, Suécia, Itália, França, Áustria, Estados Unidos da América, Brasil, Taipé Chinês, Hong Kong ou Macau. “O Grande Prémio de Karting Internacional de Macau com a Final IAME Asia 2024 cumpriu as nossas expectativas e objectivos iniciais”, contou Daniel Ling, o responsável pelo marketing da IAME Series Asia, ao HM. “A resposta inicial com 180 pilotos inscritos (embora alguns tenham desistido em cima da hora devido a compromissos pessoais e circunstâncias imprevistas), o entusiástico apoio e colaboração da AAMC e do Governo de Macau, contribuíram todos para este nível de sucesso.” Novo padrão para o futuro O evento colocado de pé no Kartódromo de Colone – uma infra-estrutura inaugurada nos anos da administração portuguesa do território e que ainda hoje é umas das pistas de referência da modalidade no sudeste asiático – reuniu na RAEM os vários participantes da competição asiática IAME Series Asia que teve duas provas na Tailândia e quatro na Malásia esta temporada, colocando frente a frente pilotos provenientes dos primeiros lugares das classificações da IAME Series e eventos IAME realizados em todo o mundo. A marca IAME é distribuída nos cinco continentes e os motores IAME vão para as pistas em mais de cinquenta países. A prova no território elevou a fasquia na IAME Series Asia, como reconhece Daniel Ling. “O elevado nível de competição e a atmosfera vibrante estabeleceram um novo padrão para os eventos de karting na Ásia”, isto numa altura em que a organização, com sede em Singapura, ambiciona para um futuro a curto prazo “alcançar ainda maiores conquistas, com mais asiáticos a competir numa escala ainda maior.” Quando a prova de Macau entrou oficialmente no calendário da IAME Series Asia, a organização singapurense queria criar sinergias com as entidades do território e ajudar a colocar novamente no mapa-mundo o Grande Prémio de Karting Internacional de Macau. Este primeiro objectivo foi cumprido na íntegra e, por isso mesmo, um regresso ao território é algo que a IAME Series Asia não recusaria. “A partir desta experiência, acreditamos que Macau será um potencial local para futuras edições da IAME Series Asia, ou outros eventos e iniciativas da IAME. Macau, com o seu rico historial no desporto motorizado, é muito procurado por participantes de todo o mundo”, referiu Daniel Ling, acrescentando que “aguardamos com expectativa mais colaborações com Macau no futuro.”
Hoje Macau DesportoFutebol | Antigos dirigentes condenados a penas de prisão por corrupção Um tribunal da China condenou ontem dois antigos dirigentes da Associação Chinesa de Futebol (CFA) a penas de prisão por corrupção, no contexto de uma grande campanha anticorrupção na modalidade. Liu Yi, antigo secretário-geral da CFA, foi condenado a 11 anos de prisão e multado em 3,6 milhões de yuan por “aceitar subornos”, informou um tribunal da província de Hubei, no centro da China. Um outro tribunal de Hubei anunciou igualmente que Tan Hai, antigo chefe do gabinete de gestão de árbitros da CFA, foi condenado a seis anos e meio de prisão e multado em 200 mil yuan. “Os bens que obteve vão ser confiscados em conformidade com a lei e entregues ao tesouro público”, declarou a justiça. Numa outra decisão judicial, na terça-feira, Qi Jun, antigo director de planeamento estratégico da CFA, foi condenado a sete anos de prisão e multado em 600 mil yuan por corrupção. Após ascender ao poder, em 2013, o Presidente chinês, Xi Jinping, lançou uma ampla campanha contra a corrupção. No final de 2022, as autoridades começaram a visar altos funcionários do futebol. Xi Jinping, que se descreve como um adepto do futebol, quer que a China organize e ganhe um dia o Campeonato do Mundo. Mas ainda há um longo caminho a percorrer: a equipa chinesa está classificada em 90.º lugar no ranking mundial da FIFA, o organismo que rege o futebol, logo acima da ilha caribenha de Curaçao.
Sérgio Fonseca DesportoMotociclismo | Faye Ho aprova regresso à North West 200 Após uma ausência de dois anos, a equipa FHO Racing BMW, de Faye Ho, irá competir na North West 200, uma das clássicas do motociclismo de estrada, em 2025. A empresária de Macau chegou a acordo com o organizador durante a 71.ª edição do Grande Prémio de Macau, revelou a organização da prova Irlanda do Norte esta semana “Após dois anos de ausência, tenho o prazer de anunciar que a FHO Racing estará presente no North West 200 de 2025 com a minha dupla de pilotos”, declarou Faye Ho, proprietária da equipa, em comunicado de imprensa. “Estou muito entusiasmada por regressar e proporcionar um grande espectáculo para todos. Será maravilhoso rever os fãs da equipa. Espero vê-los todos em 2025!” A equipa da neta de Stanley Ho irá competir nas corridas de Superbike e Superstock com as suas ultra-competitivas BMW M1000RR e com dois dos seus melhores pilotos: Peter Hickman e a sua nova contratação, Davey Todd – o vencedor do primeiro Grande Prémio de Motos de Macau que foi decidido com os tempos da sessão de qualificação. Mervyn Whyte, o Director de Corrida da North West 200 e que em Macau tem desempenhado um papel de ligação entre as equipas e os pilotos e a organização do Grande Prémio de Macau, revelou que fechou o acordo durante o evento da RAEM, no passado mês de Novembro. Este acordo assegura a presença de uma das principais equipas da especialidade e de dois dos mais destacados pilotos do Campeonato Britânico de Superbikes na grelha de partida da prova que decorrerá de 5 a 10 de Maio próximo. “O Davey Todd venceu o Campeonato Britânico de Superstock deste ano e vai subir à categoria Superbike em 2025, onde se junta a Peter Hickman”, comentou Whyte. “Tanto o Davey como o Peter são fortes candidatos nas provas de estrada e circuito, e as BMW da FHO Racing têm um historial comprovado de sucesso, pelo que esta é uma notícia extremamente entusiasmante para os fãs do North West 200.” Também este ano, em Macau, Mervyn Whyte garantiu a participação de Erno Kostamo, Laurent Hoffman e Luca Gottardi na sua prova. A contar para Novembro Apesar da distância, a prova do Reino Unido pesa bastante quando o tema é decidir a grelha de partida da única corrida de duas rodas do Grande Prémio de Macau. Apenas vinte pilotos foram convidados a participar na corrida de Macau este ano e os critérios de seleção foram alvo de críticas por parte de vários pilotos não selecionados na imprensa internacional. Entre os excluídos estavam o alemão David Datzer, que terminou no Circuito da Guia em segundo lugar em 2022 e em terceiro em 2023, os suíços Lukas Maurer e Olivier Lupberger, e, de forma algo surpreendente, o britânico Phillip Crowe. As vitórias à geral no International Road Racing Championship, ao que parece, não são consideradas um critério suficiente, sendo obrigatório apresentar resultados no North West 200 ou na Tourist Trophy. Lukas Maurer, em particular, fez declarações bastante críticas sobre a escolha de pilotos para o evento da RAEM à publicação alemã Speedweek: “Os organizadores de Macau realmente tratam os participantes muito mal. Promessas são feitas todos os anos e, posteriormente, não são cumpridas. No geral, na minha opinião, a comunicação é sempre muito condescendente, por isso não me surpreende que tenha terminado desta forma.”
Hoje Macau DesportoTaekwondo poomsae | Eduarda Costa Ferraz bicampeã do mundo em mais de 65 anos A portuguesa Eduarda Costa Ferraz sagrou-se bicampeã do mundo de taekwondo poomsae, na categoria de mais de 65 anos, no mundial que está a decorrer na região chinesa de Hong Kong. Na segunda-feira, Ferraz conquistou a medalha de ouro, batendo a austríaca Bronwyn Butterworth, que levou a prata, e a alemã Iris Hitzemann e a japonesa Yukiko Takizawa, com o bronze. Como tricampeã europeia, a portuguesa “veio com o estatuto de uma das favoritas, mas foi uma disputa muito renhida, porque havia também adversárias com um bom nível”, disse à Lusa o chefe da delegação portuguesa, Pedro Valentim. Ferraz já se tinha sagrado campeã mundial em Taiwan, em 2018, mas no último campeonato do mundo, em 2022, na Coreia do Sul, “não esteve presente devido ao covid–19”, lamentou Valentim. O resultado conseguido por Ferraz foi o ponto alto da participação portuguesa nos Mundiais de Hong Kong da vertente de poomsae, uma disciplina não olímpica de taekwondo. Portugal logrou ainda um quinto lugar na categoria de sub50, por Sérgio Ramos, também na segunda-feira. Já ontem, José Manuel Gradil conseguiu um quinto lugar na categoria de mais de 65 anos. A delegação portuguesa nesta competição em Hong Kong, que arrancou no sábado e termina hoje, contou com 20 atletas nas variadas provas. “Infelizmente alguns atletas, mesmo estando convocados, não puderam participar”, por não terem capacidade financeira para pagar a deslocação até ao sul da China, lamentou Valentim. A Federação Portugal Taekwondo “não consegue suportar toda a selecção, apenas os que já têm vindo a alcançar melhores resultados”, explicou o chefe da delegação. “Infelizmente o taekwondo e outras modalidades em Portugal não são apoiadas como em outros países”, disse Valentim.
Hoje Macau DesportoMinimaratona | Rosa Mota volta a ganhar em Macau A portuguesa Rosa Mota repetiu ontem a vitória na minimaratona de Macau, aos 66 anos, no quarto triunfo da ex-campeã olímpica na distância. Rosa Mota já tinha vencido em 2018, 2019 e 2023 a minimaratona, de 6,3 quilómetros, prova que integra a Maratona Internacional de Macau. O etíope Debele Fikadu Kebebe também repetiu a vitória do ano passado na maratona, com 02:12:16. Na prova feminina, a vitória foi da russa Alexandra Morozova, com 02:24:32.
Hoje Macau DesportoTénis | Nuno Borges à procura de ser “mais rápido e forte para fazer a diferença” Nuno Borges acredita ser necessário tornar-se mais rápido e forte para poder ter mais hipóteses frente aos melhores tenistas do mundo. Já a trabalhar na pré-temporada, sob a orientação da equipa técnica da Federação Portuguesa de Ténis no Jamor, o tenista da Maia, número 33 do mundo, está à procura de elevar a sua condição física e o nível de ténis para conseguir ser mais eficaz e assim acompanhar a tendência ditada por jovens como Jannik Sinner ou Carlos Alcaraz. “Acima de tudo, falta-me nível. É difícil apontar uma coisa, do género se servisse mais rápido já tinha mais hipótese. Não. Precisava de ser mais eficaz, mais rápido, que as minhas bolas fossem mais potentes, se calhar, se conseguisse fazer mais mossa no serviço e tivesse mais jogo de rede. Olhar um bocadinho para os melhores do mundo… se conseguisse gerar mais potência nas pancadas, como o Carlos e o Sinner, os dois que conseguem fazer isso um bocadinho mais que os outros e dá-lhes alguma vantagem, mas eles também se movimentam muito bem”, aponta, em entrevista à Lusa. Definindo o espanhol (3.º ATP) como um jogador “muito rápido” e o italiano, número um mundial, como “extremamente eficaz”, Borges defende a importância de ganhar maior resistência física para conseguir um “ténis mais ágil e cada vez mais potente nas pancadas.” “Se jogar nos sítios certos e tiver o controlo do ponto, é meio caminho andado, mas, se pudesse melhorar a minha resposta, ajudava muito. Sinto que melhorou muito, mas precisava de ser melhor ainda para jogar com o [Alexander] Zverev (2.º ATP), por exemplo. Tem um serviço excecional e quando joguei contra ele senti muitas dificuldades nos jogos de resposta. No ‘rally’ consigo estar com eles, mas no início da jogada eles estão melhores do que eu e acho que é aí que o ténis se define muito”, explica. Face a esta leitura do ténis atual e dos adversários, sobretudo os que estão no top 20, o campeão português do ATP 250 de Bastad considera que “seria muito positivo” ter outro ano como 2024, mas que para isso precisa de “atacar estas próximas semanas para tentar ganhar um bocadinho mais de caparro.” “Acima de tudo, o que posso melhorar mais é o nível físico e acho que os melhores do mundo também nesse aspeto estão excecionalmente acima dos outros. Vou à procura de ficar mais rápido, ter mais força, servir mais rápido, de tentar fazer mais a diferença, porque, conseguir estar na bola mais cedo é uma vantagem gigante”, justifica. Para 2025 as ambições do tenista maiato, que iniciou a última temporada no 66.º lugar do ranking’ ATP e chegou a atingir o 30.º posto em setembro, passam também por protagonizar uma melhor campanha em Roland Garros, onde ganhou apenas um encontro em 2023, e em Wimbledon, onde há dois anos se lesionou no pé direito e onde ficou na primeira ronda em 2024. “Gostava de fazer, pelo menos, melhor em Roland Garros e Wimbledon. Tenho um objetivo de tirar um bocadinho esse estigma de Wimbledon e da relva, de conseguir movimentar-me melhor [na superfície]. Acho que no ano que vem vou tentar fazer um bocadinho diferente, não sei como ainda. Tenho muito tempo ainda para pensar nisso, mas da maneira que joguei este ano não dá. Portanto, vou à procura de fazer algo diferente”, garante. Apesar de ter sido apenas o segundo tenista português a quebrar a barreira do top 50 da hierarquia mundial, depois de João Sousa, 28.º colocado em 2016, e de ter encerrado a época na 33.ª posição, Nuno Borges garante não estar à procura de bater o recorde do vimaranense. “A verdade é que não jogo para isso, jogo para melhorar. Se isso é 29.º, 28.º ou 25.º, está tudo certo. Mas vou à procura de jogar melhor e estar melhor. Se conseguir manter isso o ano todo, acho que o resultado vai acabar por vir. O ranking também é algo que não consigo controlar, depende dos meus adversários e dos quadros [dos torneios]. É uma pressão que eu não preciso ter”, sublinha, considerando ainda ser “injusto” comparar as carreiras. Nuno Borges, de 27 anos, ainda não tem o calendário totalmente definido para 2025, mas pretende começar a época, à semelhança do último ano, em Hong Kong, no dia 01 de janeiro, e seguir para Auckland, antes de regressar a Melbourne Park para disputar o primeiro torneio do Grand Slam da temporada.
Hoje Macau DesportoRalis | Thierry Neuville campeão do mundo pela primeira vez O belga Thierry Neuville (Hyundai i20) conquistou pela primeira vez o título mundial de ralis, após o companheiro de equipa, o estónio Ott Tänak, ter desistido do Rali do Japão devido a um acidente. Tänak, líder do Rali do Japão desde sexta-feira, foi ontem vítima de uma saída de pista, oferecendo assim o título ao rival ainda antes do final da prova japonesa, a última do campeonato. Para garantir o título, o estónio, que já foi campeão em 2019, teria de ser o mais rápido no último dia e esperar que Neuville não tivesse somado mais de um ponto ontem. “Não sei bem o que dizer… Mas acho que merecemos. A época foi muito complicada, tivemos muita pressão, principalmente este fim de semana”, disse o belga. O líder do campeonato tinha recuperado até ao sétimo posto desde o 15.º lugar com que partiu no sábado de manhã, depois de uma avaria no turbo do seu Hyundai, na sexta-feira, o ter afastado irremediavelmente da luta pela vitória na prova. “Estamos muito felizes e aliviados, por isso poderemos pressionar totalmente na esperança de conquistar também o título de construtores “, declarou Neuville no final da segunda especial de ontem. O belga, vice-campeão já por cinco vezes, foi finalmente coroado campeão do mundo de ralis.
Sérgio Fonseca DesportoGP Macau | Taça do Mundo de GT finalmente convenceu Se dúvidas existissem quanto à realização da Taça do Mundo de GT da FIA no Circuito da Guia, e essas existiram durante muitos anos, a edição de 2024 da Taça GT Macau dissipou-as. Depois da afirmação à sétima tentativa, daqui em diante o caminho, que até aqui teve muitos altos e baixos, advinha-se prometedor Este ano, a presença de seis marcas e vinte e três carros fortemente apoiados pelas mesmas, dos quais dezassete foram conduzidos por pilotos categorizados como “Platinum”, o nível mais alto da FIA, proporcionaram um espectáculo de excelência em pista. Isto, mesmo em condições de pista extremamente difíceis, em que não houve a necessidade da intervenção do Safety-Car, cuja presença inicial foi em prol da segurança de todos. A forma dramática como a corrida foi decidida já ao cair do pano foi a cereja no topo do bolo. Para além dos quatro grandes construtores germânicos – Audi, BMW, Mercedes-AMG e Porsche – regressaram este ano de forma mais séria as marcas italianas Ferrari, que veio “ver” como era em 2023, e Lamborghini, que estava afastada desde 2017. A grelha de partida deste ano atingiu a sua capacidade máxima, limitada pelo regulamento, de 23 carros. De acordo com o director do SRO Motorsports Group Asia, Benjamin Franassovici, cuja equipa é co-coordenadora desta corrida, não é possível ter mais carros, pois não há garagens no paddock suficientes – “É o máximo. Se tivermos 20, é bom, mas 23 é excelente”. É sabido que houve dois outros construtores de GT3 interessados em se juntarem ao evento, mas nenhuma das duas possibilidades se materializou. A Chevrolet, que lançou este ano para o mercado o seu novo Corvette Z06 GT3.R, e a Aston Martin, que tem equipas clientes na Ásia, terão mostrado interesse, mas não o concretizaram. No entanto, nem à corrida faltou quantidade nem qualidade. Quente fora de pista Até fora da pista a corrida foi interessante de seguir, terminando com a troca de acusações entre Raffaele Marciello e Antonio Fuoco, após o toque na travagem para a Curva Lisboa, e com os lamentos de Dries Vanthoor que considerou que a penalização dos comissários desportivos ao vencedor Maro Engel foi demasiado branda. No entanto, o tema da semana foi mesmo o Balance of Performance (BoP), a “fórmula mágica” dos GT que coloca na teoria todos os carros ao mesmo nível. Apesar do SRO Motorsports Group ser co-organizador da Taça do Mundo de GT da FIA, o BoP utilizado em Macau não foi providenciado pela SRO, mas sim pela própria FIA. Se no ano passado este BoP tinha sido bastante criticado por pilotos, equipas e marcas, a verdade é que a FIA caiu no mesmo erro de não delegar totalmente à SRO esta responsabilidade, o que lhe valeu mais uma série de críticas. Após a qualificação, o piloto da Porsche, Laurens Vanthoor, escreveu nas redes sociais (e depois apagou): “Todo o paddock diz que temos um bom BoP, mas os BMW foram 0,9 segundos mais rápidos no Sector 1 por alguma razão misteriosa. Duas curvas que são a fundo e a direito”. Depois do descontentamento generalizado, a FIA, na manhã da corrida de sábado, retirou 40 milibares à pressão turbo dos BMW. Não adiantou muito que a velocidade de ponta dos BMW M4 GT3 até aumentou. Se os Ferrari e os Mercedes-AMG ainda conseguiram acompanhar os BMW em piso seco, a verdade é que os Porsche, Audi e Lamborghini não tinham como o fazer da Curva dos Pescadores até ao Hotel Lisboa. Felizmente, a chuva de domingo acabou por amenizar esta diferença de velocidade de ponta. O que pode vir aí Apesar da natureza imprevisível do Circuito da Guia, a boa imagem deixada este ano e a maturidade atingida pelas equipas de GT3 asiáticas, que hoje em dia não ficam a perder para as homologas europeias ou americanas, dá garantias de um futuro saudável para a Taça do Mundo de GT da FIA no Circuito da Guia. A FIA quererá certamente evitar mais aborrecimentos e como tal, no paddock existia a noção que serão introduzidos no próximo ano os sensores de torque já obrigatórios noutros campeonatos – caros para as marcas e para as equipas, mas necessários para o órgão regulador obter mais e melhor informação. A presença de fortes equipas na Ásia, algumas delas que se apresentaram este ano com patrocinadores de renome, significa que as marcas podem assim poupar elevadas somas na logística de carros e material para uma só corrida, optando por apoiar as equipas clientes da região para viabilizarem a sua participação sem com isso baixarem a fasquia das suas exigências. Por isso mesmo, não é de estranhar que o sonho de Stéphane Ratel, o cérebro da SRO Motorsports Group, para esta corrida seja ter nove ou dez construtores representados na grelha de partida, cada um com dois carros cada, algo que não é difícil quando se tem a Aston Martin, a Corvette, a Ford e a McLaren à espreita.
Hoje Macau DesportoPedro Arede vence Open de Hong Kong em esgrima O português Pedro Arede disse à Lusa estar “mesmo muito feliz” após vencer a competição de espada do Open de Hong Kong em esgrima, que contou com 149 atletas vindos de 12 países e regiões. Na final da categoria de espada, disputada no sábado, Arede derrotou por 15-13 o quinto cabeça-de-série do torneio, o atleta da casa Ng Ting Hin, que tinha ficado em 62.º lugar no mundial da modalidade, disputado este mês na Suíça. “Foi de facto um bom dia, um dia em que as coisas correram bem, fui resolvendo os problemas todos que foram aparecendo. E de facto, vencer em Hong Kong, acho que é extremamente importante”, disse o atleta. Arede sublinhou que o Open de Hong Kong, disputado anualmente na região, é “uma das provas de esgrima mais concorridas e mais fortes ao nível da Ásia”, tendo este ano contado com o vice-campeão asiático, Ng Ho Tin, também um atleta da casa. “Hong Kong neste momento é uma das grandes potências mundiais da esgrima”, disse o português, recordando que o território conseguiu duas medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos de Paris, este verão. Arede admitiu que esta foi a maior vitória desde que se mudou para a região vizinha de Macau, no final de 2019, meses após se ter sagrado, pela segunda vez, campeão de Portugal. A mudança aconteceu por “motivos profissionais e pessoais”, mas o português manteve a intenção de continuar a competir, acompanhado à distância pelo treinador e pela seleção de Portugal. Mas a pandemia de covid-19 causou um interregno e, mesmo depois do recomeço das competições internacionais, o atleta ficou limitado às competições em Macau e na China continental, devido à política ‘zero covid’. Sem regresso a Portugal Aos 36 anos, Arede confessa que já não tem como objectivo regressar à selecção de Portugal, na qual participou pela primeira vez com 15 anos. “As pessoas que estão agora mais na equipa têm feito resultados e épocas extraordinárias, portanto acho que está muito bem entregue”, disse o atleta. Arede acrescentou que tem sido “muito positivo e interessante” contribuir também para a esgrima em Macau, nomeadamente através de treinos com a selecção da região. O atleta tem dado aulas particulares a alguns jogadores de Macau e também já deu aulas de grupo na Escola Portuguesa do território. “É um projecto que gostava de retomar, nesses modos ou noutros modos, mas ter um grupo para trabalhar, acho que era interessante”, explicou o português. Arede disse que “ainda há muita coisa por fazer” para que Macau esteja ao nível da região vizinha, mas sublinhou que “estão a ser dados passos muito bons para que possa haver bons jogadores e um bom nível”. O atleta destacou a existência de “muitos praticantes, uma vez que praticamente todas as escolas de Macau têm a prática de esgrima e um clube afiliado”.
Sérgio Fonseca DesportoAutomobilismo | Couto vence classe Pro-Am do Lamborghini Super Trofeo Asia Os pilotos de Macau tiveram diferentes sortes nas finais da Lamborghini no Circuito de Jerez, em Espanha. No fim de semana em que estiveram ausentes da 71.ª edição do Grande Prémio de Macau, André Couto celebrou o título da categoria Pro-Am do Lamborghini Super Trofeo Asia, ao passo que Charles Leong Hon Chio acabou por não repetir o feito na categoria Pro. André Couto, que esta temporada fez equipa com o chinês Jason Fangping Chen, aos comandos do Lamborghini Super Trofeo EVO2 da Madness Racing Team, conquistou uma vitória e um terceiro lugar na sua classe nas duas provas disputadas na quinta e sexta-feira passadas no ex-circuito espanhol de Fórmula 1. Com estes resultados, a dupla luso-chinesa levou a melhor por seis pontos sobre Thomas Yu e Nikolas Pirttilahti por seis pontos. “Foi uma óptima forma de terminar a temporada, neste ano fantástico para a nossa equipa Madness Racing Team”, disse o piloto português que tinha chegado ao sul de Espanha em igualdade pontual com os seus directos adversários. “Agradecimentos especiais à minha equipa, ao meu companheiro de equipa, Jason Chen, a todos os funcionários, mecânicos e engenheiros que fizeram um trabalho incrível!” Charles não conseguiu Charles Leong sabia que tinha uma tarefa árdua pela frente e tudo se complicou quando o piloto de Macau e a sua companheira de equipa, Miki Koyama, não foram além do terceiro lugar da classe na primeira corrida. Na segunda corrida, a japonesa não aproveitou o facto de arrancar da pole-position, cometendo um erro na primeira curva, traída por uma pista molhada. Na ânsia de recuperar o tempo perdido, já com Charles Leong ao volante, o “touro” da SJM Iron Lynx Theodore Racing tocou no adversário que ultrapassava e entrou em pião. Um segundo lugar à classe, depois de uma recuperação, foi apenas suficiente para garantirem o segundo lugar da classe Pro. Na pista da Andaluzia, esta dupla alinhou nas provas das Finais Mundiais da Lamborghini juntamente com os concorrentes dos troféus americanos e europeus. Na primeira corrida, após Charles Leong se qualificar no 27.º lugar, o duo que enverga as cores da Theodore Racing terminou no 26.º lugar. Já na corrida final, no domingo, em que Mini Koyama foi a 7.ª mais veloz na qualificação, a dupla finalizou no oitavo lugar final.
João Santos Filipe Desporto Grande Prémio de MacauAntes da mudança para a F1, Rui Marques foi o director da corrida de Fórmula Regional Após vários anos como director de corridas em Macau, Rui Marques está a caminho da Fórmula 1, para assumir uma das posições mais desafiantes do automobilismo mundial. Neste percurso, valorizou o Grande Prémio de Macau, que admite tê-lo dotado de uma experiência que dificilmente teria em outro local Macau é tido como um evento de promoção, em que os melhores pilotos acabam por subir à Fórmula 1. Nos últimos anos, também os directores de corridas são convidados para subir à F1, como aconteceu com Eduardo Freitas e agora consigo. Qual a importância do Grande Prémio de Macau neste salto? Acredito que todos evoluímos nas categorias em que passamos pela história e experiência que vamos tendo. Macau é mais uma dessas experiências. Levamos a experiência de Macau para as provas citadinas, para esse tipo de circuitos, e Macau faz parte desse bolo todo. Quantas corridas vai fazer na F1? Neste momento vou fazer as corridas até ao final do ano. Depois logo veremos o futuro. Ficou surpreendido com o convite para f1? Não se trata de ser uma questão de ficar surpreendido. As coisas têm a sua evolução e a experiência que vamos tendo vai-nos trazendo essas possibilidades. O cargo que vai ocupar tem tido várias mudanças nos últimos tempos. Sente que é uma posição amaldiçoada? Não, é mais uma categoria da qual vou ser director da corrida. Tem desafios que não tem em Macau, sobretudo em termos mediáticos… Sim, é um facto. Como conhecido sportinguista, acha que tem um desafio maior que o de Ruben Amorim? Espero ser campeão (risos)… Ele vai ter os seus desafios e eu vou ter os meus, são histórias diferentes. Na Fórmula 1 discute-se a utilização de palavrões e têm sido aplicadas sanções aos pilotos. Como encara a questão? Não vou entrar nessa questão. Sou meramente um director de corrida (risos). Há a possibilidade de voltar a Macau no futuro? Há. Se olharmos para o calendário, o fim-de-semana da prova está disponível. E gosto sempre de voltar. Qual o contributo do Grande Prémio para a sua experiência profissional? Este é um dos circuitos citadinos mais difíceis, talvez só seja comparável ao do Mónaco. Por isso, temos uma pista muito específica que exige uma série de procedimentos que fazemos em Macau e que não fazemos em mais lado nenhum. Isso traz-nos uma experiência que dificilmente mais algum circuito nos dará. Como classifica o desenvolvimento da prova nos últimos anos? Uma das coisas que apreciamos em Macau é o facto de todos os anos vermos melhoramentos. Alguns não são visíveis para o exterior, como acontece este ano que temos um novo sistema de câmaras no controlo da corrida. Mas todos os anos conseguimos encontrar melhoramentos e diria que 90 por cento das nossas recomendações são seguidas, com melhoramentos no ano seguinte. Considera que há espaço para haver mais corridas no programa? Não iria por esse caminho, porque o horário tem as restrições que sabemos. Cada vez que há um acidente em Macau, as probabilidades de termos de reparar um rail ou substituir alguma peça são grandes. Quando metemos mais corridas, começamos a ter outros problemas em termos de horário. Eu não aconselharia esse caminho, mas a escolha é da Comissão Organizadora. Uma das críticas ao Grande Prémio é o número de bandeiras vermelhas e interrupções. É possível reduzir as interrupções? Estamos num circuito citadino, e cada vez que se tem um acidente a tendência é para ter uma neutralização, seja com safety car ou com a bandeira vermelha. Para nós, a segurança está sempre em primeiro lugar, e é mais importante do que o espectáculo. O espectáculo é também importante, faz parte, mas a segurança estará sempre em primeiro, por isso, paramos quando realmente temos de parar. Quando estamos em categorias de promoção, de aprendizagem, notam-se mais as bandeiras vermelhas. Com pilotos mais experientes nota-se menos. Na sexta-feira houve sete bandeiras vermelhas na qualificação da Fórmula Regional. Continua a considerar esta categoria uma boa aposta para Macau? Continuamos muitíssimo bem por ter a Fórmula Regional em Macau. Tivemos um conjunto de situações que levaram ao que vimos. Foi a primeira vez que os pilotos andaram com a pista seca e todos sabemos a grande probabilidade de haver uma bandeira vermelha em Macau. Todos os pilotos tentaram fazer uma volta rápida o mais cedo possível, e como estamos a falar de pilotos em categorias de aprendizagem é normal haver erros. Não é o que queríamos, mas entendemos as razões. Após a qualificação houve uma reunião com os pilotos. O que foi abordado? Estivemos reunidos com os pilotos e equipas para chamá-los à atenção para o que é Macau e o respeito que a pista merece. Perfil Sucesso aos 51 anos num percurso constante Aos 51 anos, Rui Marques vai ser o director de corridas da Fórmula 1 até ao final do ano, quando faltam disputar três provas. Era desde Março de 2022 o director das corridas de Fórmula 3 e Fórmula 2 e desde 2014 que tem desempenhado as funções de director de corridas no Grande Prémio de Macau nas diferentes categorias FIA. Além disso, está ligado à Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting e foi adjunto do director de corridas na Taça do Mundo de Carros de Turismo. A estreia no Circuito de Macau aconteceu em Novembro de 1999, como comissário de pista, na Curva da Maternidade.
João Santos Filipe Desporto Grande Prémio de Macau Manchete71º GPM: Roadsport Challenge | Jerónimo Badaraco queria mais mas ficou feliz com segundo lugar Lei Kit Meng (Subaru BRZ) venceu uma corrida acidentada em que se fizeram poucas voltas. No final, os pilotos macaenses tiveram sortes distintas, mas todos lamentaram o pouco tempo de pista Jerónimo Badaraco (Toyota GR86) alcançou o segundo lugar na Macau Roadpsort Challenge e foi o melhor piloto macaense, numa corrida ganha por Lei Kit Meng. Apesar de destacar a felicidade com o resultado, Badaraco ficou com a sensação de que poderia ter vencido, dado que no arranque chegou a liderar. “Na partida fiz um bom trabalho, mas talvez o Lei Kit Meng tenha feito melhor ao longo da corrida. Mesmo assim, estou satisfeito com o segundo lugar, porque ele tinha mais experiência, já tinha conduzido este carro na Guia, enquanto eu estava a fazer a estreia”, afirmou o piloto. A corrida de sábado acabou por ser bastante acidentada, com a entrada de Safety Car e duas interrupções por acidentes que levaram a bandeiras vermelhas. Por isso, os pilotos tiveram poucas oportunidades para fazer voltas em ritmo de competição. E para Badaraco o pouco tempo de corrida fez a diferença. “Se não fosse o safety car, a corrida seria mais interessante, porque eu sabia que estava mais rápido do que o Lei Kit Meng na zona de subida do circuito. Ele estava mais rápido na zona rápida, mas acho que poderia ter ficado à frente se houvesse mais voltas”, indicou. Faltou tempo Também Rui Valente (Subaru BRZ) se queixou da falta de tempo na pista para melhorar o resultado. O piloto terminou em sexto lugar, depois de perder algumas posições no arranque, ao cair para 10.º. No entanto, no último recomeço fez uma “volta canhão” e ganhou três lugares. Na volta seguinte voltou a subir de posição. “Faltou tempo para chegar ao pódio, acredito que tinha andamento para isso, mas faltaram voltas”, lamentou Rui Valente, ao HM. “Quando me disseram pelo rádio, depois da confusão, que faltavam oito minutos para acabar a corrida, houve alguma coisa que me mordeu e alterei-me. Tanto que o safety car saiu da pista, e ultrapassei logo três carros”, relatou. “E, depois, na volta seguinte, passei mais carros, mas houve um acidente, e vieram as bandeiras vermelhas. Se não fosse esse acidente, tinha acabado em terceiro, de certeza”, acrescentou. “Infelizmente não consegui chegar ao pódio, mas estava muito motivado e estive muito perto. Senti que tinha o carro mais rápido na recta, estava a fazer 220 km/h, acho que os outros estavam a fazer 210 ou 215 km/h”, contou. “Mas fiquei feliz porque conseguimos afinações muito boas. O carro estava a responder muito bem e eu estava muito confiante”, acrescentou. Apanhado no azar Por sua vez, Célio Dias (Toyota GR86) foi forçado a desistir depois de ter sofrido um toque e batido violentamente contra o muro. O macaense ficou arredado da corrida na primeira volta, no incidente que levou à entrada do safety car. “Um carro atrás de mim levou um toque e bateu-me. Como todos os carros estavam muito juntos, não consegui evitar bater no carro da frente. Foi uma batida forte e o carro até levantou um pouco da pista com o toque”, explicou Célio Dias, sobre o acidente. “Não era o fim-de-semana que queria, e fiquei um pouco triste, não tanto pela batida, isso acontece porque é automobilismo, mas pela falta de voltas em ritmo competitivo”, desabafou. “Nos últimos dias esteve a chover, e hoje (sábado), com o piso seco, a corrida, para mim, terminou muito cedo, pelo que acabei por não andar a fazer tempos rápidos e a divertir-me”, lamentou. Apesar do contratempo, Célio prometeu tentar regressar à Guia no próximo ano, por admitir ter gostado de conduzir o Toyota. Alto Apesar dos treinos e qualificação com condições muito traiçoeiras, os pilotos do Roadsport Challenge foram dos que menos bateram. Mostraram inteligência emocional para evitar os problemas que outros pilotos mais reputados não tiveram Baixos Quem corre por gosto não cansa. Mas o tempo do programa dedicado à categoria com mais pilotos locais é demasiado curto. Com uma bandeira vermelha no domingo, o tempo de prova foi demasiado reduzido. Os pilotos mereciam mais Resultados Posição Piloto Carro Tempo 1 Lei Kit Meng Subaru BRZ 32m055s338 2 Jerónimo Badaraco Toyota GR86 a 0s769 3 Mou Chi Fai Toyota GR86 a 1s788 (…) 7 Rui Valente Subaru BRZ a 6s405 23 Célio Alves Dias Toyota GR86 não terminou
João Santos Filipe Desporto Grande Prémio de Macau71º Grande Prémio | Chuva força cancelamento da corrida e Davey Todd foi declarado o vencedor nas motos Entre as cinco sessões previstas, os corredores apenas foram para a pista duas vezes, no sábado de manhã. Após a chuva intensa de domingo de manhã, a organização declarou o britânico vencedor, com base nos resultados da sessão de qualificação O britânico Davey Todd (BMW M1000RR) foi declarado o vencedor do 56.º Grande Prémio de Motos de Macau, apesar da corrida nunca ter sido realizada. Num fim-de-semana em que o território foi afectado pelos Toraji e Man-yi, os troféus foram atribuídos com base na única sessão de qualificação, em que Todd superou Erno Kostamo (BMW M1000RR) e Peter Hickman (BMW M1000RR). “Estou absolutamente devastado por não ter sido possível correr. Depois de termos ido para a pista no sábado, todos pensámos que o mau tempo tinha passado, e que íamos ter uma boa corrida esta manhã (ontem). Mas não foi isso que aconteceu e foi uma desilusão para todos”, afirmou Davey Todd, depois de receber o troféu. Na conferência de imprensa do pódio, todos os pilotos concordaram com a decisão de não realizar a corrida por falta de condições e ilibaram a organização de qualquer culpa. “Acho que os organizadores fizeram absolutamente tudo o que estava ao seu alcance. Mas, infelizmente, parece que foi o terceiro tufão na última semana e não foi possível correr”, vincou o vencedor. “Nós queremos sempre correr, mas estou inteiramente satisfeito com a decisão, porque honestamente acho que hoje (ontem) tivemos as piores condições de toda a semana. (…) As pessoas vêem os carros e talvez pensem que nós podíamos ter corrido. Mas, Macau é um circuito muito perigoso, e com chuva as condições ficam muito diferentes, mais perigosas, por isso, respeito totalmente a decisão dos organizadores”, explicou. Mesmo sem correr, Todd mostrou-se feliz com a vitória, dado que foi a estreia com a equipa FHO Racing BMW Motorrad, propriedade de Faye Ho, neta do falecido Stanley Ho. E a presença em Macau até nem estava prevista: “Não podia ter sido uma estreia melhor, e acho que os rapazes não poderiam ter feito um trabalho melhor, dado que só nas últimas semanas conseguimos chegar a um acordo para estar em Macau. Inicialmente, o nosso acordo só previa que começasse a correr para o ano”, revelou. “Foi um trabalho fantástico da equipa para montar uma mota que se adequasse ao meu estilo, e estou super agradecido”, destacou. Tudo contra nós Em segundo lugar terminou Erno Kostamo, da equipa 38 Motorsport by Penz13 Racing, que se limitou a dizer que foi “um fim-de-semana de loucos”, e aproveitou a estadia no hotel. O finlandês tinha sido o vencedor da edição de 2022 da corrida. Por sua vez, Peter Hickman, colega de equipa de Todd destacou ter feito o “bingo” no pódio em Macau. “Foi uma daquelas edições em que tudo estava contra nós”, afirmou o britânico. “No que me diz respeito, fiz o bingo do pódio, agora tenho o troféu de todos os lugares, de primeiro, segundo e terceiro”, frisou. Até esta edição, Hickman tinha vencido em 2015, 2016, 2018 e 2023 e tinha alcançado o segundo lugar em 2017 e 2019. O piloto deixou ainda o desejo de regressar no próximo ano, e que tudo corra pelo melhor: “Pessoalmente, não sou um piloto de qualificações, e por isso quero sempre correr, como todos os pilotos”, apontou. “Mas não era isso que tínhamos reservado, e vamos ter de regressar no próximo ano, a fazer figas para que tudo corra bem”, concluiu. Alto A organização tentou mexer no programa para garantir que os pilotos tivessem tempo de pista suficiente antes de participarem na corrida. Esta edição foi uma desilusão, mas a opção de não correr foi consensual entre os pilotos Baixo O mau tempo. Há coisas que não se controlam, e pouco mais haveria a fazer tendo em conta os horários apertados do fim-de-semana e a insistência da chuva ao longo do dia de ontem Resultados Posição Piloto Equipa Tempo 1 Davey Todd FHO Racing 2m25s563 2 Erno Kostamo 38 Motorsport 2m25s820 3 Peter Hickman FHO Racing 2m26s155 Matt Steven caiu, mas evitou operação O momento de maior apreensão do Grande Prémio de Macau em motas foi vivido no sábado, durante a sessão de qualificação. O britânico Matt Stevenson caiu e ficou momentaneamente inconsciente no traçado, o que levou à interrupção da prova durante vários minutos. O piloto acabou levado para o Hospital Conde São Januário, onde foi diagnosticado com uma fractura na vértebra T12, uma concussão cerebral e ferimentos nos membros. Apesar do diagnóstico, num primeiro momento, foi considerado que a recuperação não exige qualquer cirurgia. Ontem de manhã, o piloto fez uma publicação nas redes sociais em que revelava que não sentia dores na vértebra T12, mas que o mesmo não se passava com os braços e pernas. “Sinto que me conseguia levantar e começar a andar… Só não estou autorizado”, brincou. Stevenson agradeceu ainda às várias mensagens de apoio.
João Santos Filipe Desporto Grande Prémio de MacauTaça GT | Marciello atira Fuoco para fora de pista e Engel vence pela quarta vez No momento alto do fim-de-semana, Maro Engel esteve longe de ter a corrida perfeita, e até eliminou Dries Vanthoor de prova, o que lhe valeu uma penalização de cinco segundos. Porém, o toque entre Marciello e Fuoco, os mais rápidos, levou a que fizesse a festa no fim Maro Engel (Mercedes-AMG GT3) venceu a Taça do Mundo de GT, depois de ter sido penalizado em cinco segundos, devido a uma batida em Dries Vanthoor (BMW M4 GT3), e ter aproveitado o toque entre os dois primeiros Raffaele Marciello (BMW M4 GT3) e Antonio Fuoco (Ferrari 296 GT3). “É um sentimento incrível vencer pela segunda vez com a Mercedes. Foi uma corrida com muito a acontecer e foi fantástico”, afirmou o alemão. “Não estávamos nada à espera, porque quando fizemos os treinos com o piso seco não tínhamos andamento para os mais rápidos. Até o pódio nos parecia difícil. Mas quando o António e o Marciello seguiram em frente, percebi que podíamos ganhar”, acrescentou. Sobre aquele que foi o momento chave da corrida, Engel admitiu que sem o toque entre os pilotos que seguiam em primeiro e segundo nunca teria conseguido vencer: “Não tinha hipóteses de vencer, porque eles ganhavam muita distância na zona rápida. Quando vi que tinham batido, percebi que era uma oportunidade dourada”, reconheceu. Este foi o quarto triunfo do alemão em Macau, repetindo os feitos de 2015, quando também se disputou a Taça do Mundo GT, e das provas de 2014 e 2022, quando apenas foram contada como Taça GT de Macau, no mais mais recente devido à pandemia. No momento da vitória, o piloto de 39 anos pediu ainda desculpa a Dries Vanthoor, pelo toque que deixou o belga de fora da prova. “Quero pedir desculpa ao Dries, foi uma pena termos aquele toque. Não houve qualquer intenção, eu tentei ultrapassá-lo, ele tentou fechar o espaço para a manobra, batemos e ele acabou por ir contra o muro”, contou Engel, sobre um momento que não foi totalmente captado pelas câmaras. O alemão foi penalizado em cinco segundos, mas não foi suficiente para perder a primeira posição. “Não podemos fazer nada” Arrancando de terceiro, Antonio Fuoco foi um dos grandes animadores na corrida. Num primeiro momento, ultrapassou Dries Vanthoor na Curva R e repetiu a manobra, na mesma curva, face a Marciello, assumindo a liderança. No entanto, o suíço tentou responder na Curva do Hotel Lisboa, e acabou por bater na traseira do italiano, com os dois a seguirem em frente para a escapatória. Ao HM, Fuoco admitiu a desilusão com o toque que o impediu de vencer a corrida, naquela que foi a primeira vez que conduziu um carro GT no Circuito da Guia. “Quando uma pessoa não consegue aceitar que não vai ganhar, vai agir desta forma. Acho que conduzi bem, que fiz duas ultrapassagens muito limpas na última curva do circuito, e quando o ultrapassei, ele não aceitou e atirou-me para fora de pista”, apontou o italiano. “Acho que a manobra foi clara, ele sabia que não ia ser capaz de travar a tempo”, considerou. Apesar da desilusão, Fuoco deixou o desejo de regressar num futuro próximo para tentar ganhar a corrida GT, embora tenha admitido que a escolha não depende dele. Por sua vez, Marciello responsabilizou Fuoco pelo toque, num comentário publicado nas redes sociais. “Infelizmente não tinha para onde ir, porque o carro da frente mudou de trajectória durante a travagem”, escreveu. “Estou muito desiludido, mas tentei o meu melhor”, vincou. Pódio em português O pódio da corrida mais interessante do fim-de-semana ficou completo com o brasileiro Augusto Farfus (BMW GT3) e Sheldon Van der Linde (BMW GT3). E com uma experiência de anos na Guia, devido à chuva praticamente constante, o piloto brasileiro considerou este o fim-de-semana mais complicado em Macau. “Este foi o fim-de-semana mais difícil em Macau, com todo o tipo de tempo, e com as condições sempre a mudarem”, afirmou no final. “Competi com uma equipa de Macau, que teve o apoio da BMW, é uma equipa pequena, mas estou aqui no pódio, o que me deixa muito feliz e mostra o excelente trabalho da BMW na assistência”, acrescentou. “Durante a corrida, senti que alguma coisa poderia acontecer entre os pilotos da frente, aconteceu e consegui chegar ao pódio”, frisou. Por sua vez, Linde mostrou-se satisfeito com o pódio que lhe tinha fugido no ano passado. “É o meu primeiro pódio em Macau, e depois de ter perdido o pódio nas últimas cinco voltas do ano passado, estou satisfeito, recordou o piloto sul-africano. “Comecei em sexto, e fico surpreendido por estar aqui, porque havia muita pressão dos outros pilotos. Felizmente fui melhorando ao longo da corrida”, finalizou. Alto A ultrapassagem de Fuoco a Marciello na última curva do circuito com o piso molhado foi um recital de condução. Uma manobra corajosa de um piloto que merecia mais do que ser colocado fora de pista e terminar em nono Baixo Marciello sabia que era o mais rápido no primeiro sector do circuito, que vai da partida até à Curva do Hotel Lisboa. Porém, nada justificou a tentativa desesperada de recuperar a primeira posição que estragou a sua corrida e a de Fuoco. Posição Piloto Carro Tempo 1 Maro Engel Mercedes-AMG GT3 Evo 45m44s519 2 Augusto Farfus BMW M4 GT3 a 6s641 3 Sheldon Van der Linde BMW M4 GT3 a 10s299
João Santos Filipe Desporto Grande Prémio de Macau71º Grande Prémio | Triunfo para Han Lichao na Corrida da Grande Baía Han Lichao (Toyota GR Supra GT4) foi o vencedor na Corrida da Grande Baía. A prova ficou marcada pelo duelo entre Lo Ka Chun (BMW M4 GT4) e Liang Jia Tong (BMW M4 GT4), que terminaram em primeiro e segundo, separados por 8 milésimas. Porém, horas depois os dois foram desclassificados não terem respeitado os procedimentos na partida. O melhor piloto de Macau foi Leong Ian Veng (BMW M4 GT4) no sexto lugar. Damon Chan conquistou Taça do Estabelecimento RAEM Damon Chan (Toyota GR86) foi o vencedor da prova Macau Roadsport – Taça do Estabelecimento da RAEM, numa corrida que foi praticamente toda disputada atrás do safety car, antes de ser interrompida. O piloto de Hong Kong superiorizou-se ao piloto local Cheang Kin San (Subaru BRZ) e Ivan Szeto Wing Shun (Toyota GR86), outro piloto de Hong Kong. A corrida ficou marcada pela chuva e começou atrás do safety car, que se manteve em pista durante cerca de cinco voltas. Quando o safety car entrou nas boxes, foi disputada cerca de meia volta, até haver um acidente, que levou a direcção de corrida a decidir mostrar a bandeira vermelha e dar por terminada a prova. Chuva afastou público A chuva foi o factor marcante desta edição do Grande Prémio e até o presidente da Comissão Organizadora, e do Instituto do Desporto, Luís Gomes, reconheceu que a chuva contribuiu para afastar muita gente do circuito, principalmente na manhã de ontem. O responsável também explicou que a proximidade do tufão Toraji levou, como precaução, a remover os toldos da bancada central, que depois acabaram por não voltar a ser colocados. A colocação levaria cerca de 15 horas, tempo que não havia entre os diferentes dias de prova.
João Santos Filipe Desporto Grande Prémio de Macau Manchete71º Grande Prémio | Ugo Ugochukwu foi o primeiro vencedor da Fórmula Regional O norte-americano foi o primeiro piloto a ganhar o Grande Prémio de Macau na categoria da Fórmula Regional, numa prova que controlou desde o início. Para trás, fica um fim-de-semana em que a chuva foi o principal adversário dos concorrentes Ugo Ugochukwu (R-ace GP) entrou ontem para a História do Grande Prémio de Macau ao tornar-se o primeiro vencedor da prova disputada com carros da Fórmula Regional. O norte-americano arrancou da pole-position, depois de ter conquistado a corrida de qualificação, no sábado, e nunca mais largou a liderança. “Não consigo descrever o sentimento da vitória, estou super feliz. Foi uma corrida muito traiçoeira, tivemos que forçar o andamento desde o início. Mas desde a segunda sessão de qualificação que sentia que estava muito rápido, por isso, senti que tinha de ganhar a corrida”, afirmou Ugo, no final da prova. O norte-americano comentou também as várias entradas do safety car em pista, que faziam com que Oliver Goethe (MP Motorpsort), segundo classificado, se fosse aproximando. “Em todos os recomeços após o safety car tentei ser perfeito. Na primeira zona de travagem tive de ser muito defensivo, mas depois conseguia sempre a voltar a ganhar distância”, contou. No segundo lugar ficou Oliver Goethe, alemão que tinha sido o mais rápido na sessão de qualificação, fazendo sempre tempos muito competitivos. No final, o segundo classificado lamentou não ganho, considerando ter andamento para mais. “Foi difícil, o Ugo fez um bom trabalho nos recomeços. No final senti que estava perto de ter uma oportunidade para atacar, mas depois os pneus começaram a sofrer. Tentei sempre aquecê-los durante os períodos de safety car, mas não consegui aquecê-los o suficiente para atacar”, lamentou Goethe. “Quando fizemos um período de quatro ou cinco voltas sem paragens senti que os pneus estavam a ficar numa boa temperatura para atacar, mas agora só me resta pensar o que seria”, acrescentou. “Deixo Macau com um sentimento misto, porque queria muito ganhar e acho que tinha capacidade”, concluiu. Ataque “maluco” O pódio ficou completo com Noel León (KCM IXO by Pinnacle Motorsport), que terminou no lugar mais baixo do pódio. Na última volta, o mexicano ainda apanhou um susto, com um ataque desesperado de Freddie Slater (SJM Theodore Prema Racing) na Curva do Hotel Lisboa. Como resultado o britânico terminou nas barreiras. “Todos querem atacar quando estão perto do terceiro lugar para chegarem ao pódio. Foi muito difícil, mas estou super feliz por conseguir nesta posição”, afirmou o piloto. “Eu sabia que ele (Slater) estava disposto a fazer algo maluco, porque era a última volta e ele considerou que valia a pena arriscar. Ele tentou meter o carro na linha interior, mas numa zona mais húmida, pelo que foi uma manobra traiçoeira e stressante. Mas consegui aguentar a posição”, acrescentou. Quanto a Tiago Rodrigues, o piloto local foi apanhado no primeiro acidente da Curva do Hotel Lisboa e foi obrigado a desistir. O piloto de Macau foi mostrando ritmo ao longo do fim-de-semana, mas sem ter tido tempo para se aproximar do 10.º lugar, que acredita ter capacidade para fazer. Alto Oliver Goethe foi batido por Ugochukwu, mas os dois andaram sempre muito perto e a bom ritmo. O americano ganhou, mas o alemão mostrou-se a muito bom nível, foi rápido, mas cauteloso, evitando problemas desnecessários Baixo A sessão de qualificação de sexta-feira teve sete situações de bandeira vermelha, antes de ser dada como terminada. A falta de cabeça fria levou mesmo os pilotos a uma reunião extra, onde foram recordados da importância de respeitar o circuito da guia Posição Piloto Carro Tempo 1 Ugo Ugochukwu R-ace GP 1h06m58s505 2 Oliver Goethe MP Motorsport a 0s412 3 Noel Leon Pinnacle Motorsport a 2s013 Champanhe sem álcool Depois da confusão do ano passado em que semanas após a entrada em vigor da nova lei contra o álcool foram servidas bebida alcoólicas a menores na cerimónia do pódio, este ano a organização deixou um aviso através da transmissão a destacar que o champanhe do pódio não tinha álcool.
João Santos Filipe Desporto Grande Prémio de Macau MancheteTCR World Tour | Michelisz foi bicampeão em dia dominado pela Honda Cinco pilotos partiam com hipóteses de vencer o TCR World Tour no início do fim-de-semana, mas foi o húngaro a conseguir o feito. No final, recordou a primeira vitória alcançada em Macau, em 2010 A Corrida da Guia consagrou Norbert Michelisz (Hyundai Elantra N TCR) como bicampeão do TCR FIA World Tour. Ao contrário do que aconteceu na temporada anterior, o húngaro não venceu qualquer corrida, somando os pontos suficientes com um pódio no sábado e um quinto lugar ontem. “Que dia tão bonito, estar nesta posição é muito especial, por isso tenho de agradecer à minha equipa e aos meus colegas. Foi uma época em que nunca colocámos um pé em falso, e com a experiência acumulada sei que uma equipa eficiente permite estar na luta pelo título”, afirmou Michelisz. O piloto do Hyundai recordou ainda a primeira vitória em campeonatos e taças mundiais de carros de turismo, que aconteceu em Macau, em 2010, ao volante de um Seat Leon. “É um dia muito feliz, especial, lembro-me de há 14 anos ter a minha primeira vitória no campeonato de carros de turismo em Macau”, confessou. “Repetir agora este sentimento, realmente sinto-me uma pessoa muito sortuda, e agradeço a todos os que me apoiaram ao longo desta viagem”, confessou. Michelisz mostrou-se imune ao facto de a corrida ter sido adiada durante várias horas, devido à chuva, e após uma primeira tentativa de começo que nunca chegou a arrancar. Foi preciso esperar pela corrida de GT, que secou parte do traçado, para que os carros de turismo fossem finalmente para a pista. Feitas as contas, Michelisz terminou o campeonato com 323 pontos, mais 11 pontos do que o sueco Thed Bjork (Lynk & Co 03 FL TCR), vencedor da primeira corrida do TCR World Tour. Mikel Azcona (Hyundai Elantra N TCR) foi terceiro no campeonato, com 295 pontos. Vitórias para Bjork e Borkovic Em relação à corrida de sábado, quando o campeonato ainda estava em aberto para cinco pilotos, Thed Bjork foi o mais rápido e colocou-se a cinco pontos de Michelisz, o que deixava tudo em aberto para a prova de ontem. Face ao primeiro triunfo, o piloto sueco valorizou a postura dos adversários, principalmente ao nível dos toques, que foram muito poucos. Contudo, no domingo, Bjork arrancou do 10.º lugar, enquanto Michelisz saiu de 7.º. Apesar de todos os esforços, Bjork não conseguiu ir além de um 8.º lugar, o que selou o título. Mais à frente, ao arrancar de quarto, Dusan Borkovic fez uma corrida imaculada e acabou por vencer. “É uma sensação estranha (…) quando se corre na Europa e na Sérvia sinto que tenho muita pressão porque está sempre toda a gente a olhar para mim, a acompanhar os meus resultados. Até o presidente da Sérvia me manda mensagens”, declarou Borkovic no final. “Aqui correu tudo bem, não senti a pressão”, acrescentou. Alto Não é fácil estar mais de 20 minutos na grelha de partida à espera para arrancar para uma corrida que até acaba por ser suspensa, como aconteceu no domingo. No entanto, quando regressaram à pista, os pilotos mostraram cabeça fria e tudo correu sem incidentes de maior Baixo Esteban Guerrieri estava na luta pelo título, mas o que pareceu um erro deixou-o de fora na primeira corrida, logo na primeira volta. No final disse que não se arrependeu de nada, mas esperava-se mais Corrida 1 Posição Piloto Carro Tempo 1 Thed Bjork Lynk & Co 1h04m29s809 2 Norbert Michelisz Hyundai a 1s874 3 Mikel Azcona Hyundai a 2s629 Corrida 2 Posição Piloto Carro Tempo 1 Dusan Borkovic Honda 39m14s582 2 Esteban Guerrieri Honda a 3s568 3 Marco Butti Honda a 4s108
Hoje Macau Desporto Grande Prémio de Macau71º Grande Prémio | O programa do fim-de-semana Hoje 06:00 Fecho do Circuito 06:30-07:00 Inspecção do Circuito 07:45-08:30 Grande Prémio de Motos – Treinos Livres 09:20-10:00 Taça do Mundo de Fórmula Regional da FIA – Treinos Livres 2 10:15-10:45 Macau Roadsport Challenge – Qualificação 11:00-11:30 Corrida da Grande Baía (GT4) – Qualificação 12:10-12:40 Macau Roadsport – Qualificação 12:55-13:25 Corrida da Guia Macau – Qualificação 1 13:35-13:50 Corrida da Guia Macau – Qualificação 2 14:05-14:35 Taça GT Macau – Qualificação 14:5-15:35 Taça do Mundo de Fórmula Regional da FIA – Qualificação 2 16:15-17:00 Grande Prémio de Motos – Qualificação 18:00 Abertura do Circuito Amanhã 06:00 Fecho do Circuito 06:30-07:00 Inspecção do Circuito 07:20-07:40 Grande Prémio de Motos – Aquecimento 09:30-10:15 Grande Prémio de Motos – Corrida (12 voltas) 10:55-11:40 Macau Roadsport Challenge – Corrida (12 voltas) 12:35-13:15 Corrida da Guia Macau – Corrida 1 (10 voltas) 13:50-14:50 Taça GT Macau – Corrida Classificativa (12 voltas) 15:30-16:30 Taça do Mundo de Fórmula Regional da FIA – Corrida Classificativa (10 voltas) 18:00 Abertura do Circuito Domingo 06:00 Fecho do Circuito 06:30-07:00 Inspecção do Circuito 08:15-09:00 Corrida da Guia Macau – Corrida (12 voltas) 09:35-10:20 Macau Roadsport – Corrida (12 voltas) 10:55-11:35 Corrida da Guia Macau – Corrida 2 (10 voltas) 12:25-13:35 Taça GT Macau – Corrida (16 voltas) 13:45-14:25 Evento Especial 15:15-15:20 Dança do Leão 15:30-16:30 Taça do Mundo de Fórmula Regional da FIA – Corrida (15 voltas) 18:00 Abertura do Circuito
Hoje Macau Desporto Grande Prémio de Macau71º Grande Prémio | 5ª feira: dia para aprender a pista e poupar o carro Um dia para testar o carro, mas também para rodar com cuidado e evitar problemas de maior. Foi desta forma que o piloto local Miguel Lei (Audi R8 LMS GT4) abordou os treinos livres de ontem, que decorreram debaixo de chuva, naquela que é a sua segunda participação no Grande Prémio de Macau. “Temos de nos focar em rodar e tentar ter um bom carro para amanhã (hoje). É importante perceber como está a pista em relação ao ano passado, porque as condições mudam muito de um ano para o outro”, afirmou Lei, ao HM. O piloto local reconheceu também que é difícil fazer previsões sobre os objectivos para a prova, pelo que vai tentar disfrutar ao máximo. “É a minha segunda participação e há pilotos com muita qualidade e experiência nesta prova. Por isso, vou tentar divertir-me ao máximo. Claro que quero sempre ficar o melhor classificado possível, mas isso vai ser um bónus”, acrescentou. Combustível 100% sustentável A grelha da Taça GT Macau – Taça do Mundo de GT da FIA vai ser impulsionada por combustível 100% sustentável pela primeira vez na sua história. Em linha com o roteiro de combustíveis desenvolvido pela Comissão de GT da FIA e através de parcerias com a ETS Racing Fuels, os concorrentes utilizaram 50% de combustível sustentável na edição de 2023 do evento. Este ano, durante a sétima edição da mais prestigiada corrida de “sprint” para máquinas GT3, a FIA anunciou que alcançou outro marco ambiental significativo, com todos os 23 carros dos seis diferentes construtores, a utilizarem um combustível feito a partir de bio-componentes de segunda geração provenientes de resíduos biológicos. Esta solução requer apenas ajustes menores no mapeamento do motor e foi amplamente testado pelos construtores da categoria GT3 antes da prova. Leona: uma leoa entre homens A piloto Leona Chin Lyweoi (Porsche 718 Cayman) assegura a representação feminina na edição deste ano do Grande Prémio de Macau, ao competir na Taça GT – Corrida da Grande Baía. Em declarações ao HM, a malaia reconheceu que tem aspirações limitadas. “Só quero chegar ao fim da corrida sem ter problemas, porque é a minha primeira vez em Macau. Estou a pensar em ganhar experiência, para no próximo ano voltar a Macau e, com um orçamento maior, poder ter objectivos mais ambiciosos”, afirmou. Antes da vinda para o território, Leona afirmou ter passado muitas horas à frente do simulador a estudar a pista, porém, realçou que, de acordo com o relato de outros pilotos, a diferença com as condições reais do circuito é muito acentuada.
Hoje Macau Desporto Grande Prémio de Macau71º Grande Prémio | Taça GT Macau | Picariello foi o mais rápido em dia de treinos livres à chuva Alessio Picariello (Porsche 911 GTR 3) liderou a segunda sessão de treinos livres, a mais rápida na Taça GT Macau. O dia de ontem, principalmente na parte manhã, ficou marcado por uma pista muito molhada, depois de se ter chegada a temer, durante a noite e madrugada anteriores, que os carros nem fossem para a pista, devido à possibilidade de ser içado o sinal n.º 8 de Tufão. O segundo mais rápido foi Laurens Vanthoor (Porsche 911 GTR 3), o que mostrou a boa adaptação dos Porsches ao piso molhado. O Ferrari de Daniel Serra (Ferrari 269 GT3) fechou os lugares do pódio dos treinos livres, e o brasileiro foi o primeiro GT não Porsche. Os BMW de Raffaele Marciello e Augusto Farfus completaram os primeiros cinco lugares cimeiros dos treinos livres. Mortara em boa forma A conduzir pela primeira vez um Lamborghini em Macau, Edoardo Mortara mostrou um bom ritmo na segunda sessão de treinos livres, a melhorar os tempos por volta de forma regular. No entanto, não foi além do 10.º, tendo sido afectado por algum tráfego em algumas das voltas. Os Mercedes melhor classificados foram de Maro Engel (Mercedes-AMG GT3 Evo), em sétimo, e Daniel Juncadella (Mercedes-AMG GT3 Evo), em oitavo. Com o mau tempo trazido pelo Ciclone Tropica Toraji a afectar Macau, o principal objectivo das equipas passou por evitar problemas, dado que a informação recolhida para as afinações dos carros pode ter uma utilidade muito limitada, caso as corridas de sábado e domingo sejam disputadas com piso seco.
Sérgio Fonseca Desporto Grande Prémio de MacauRui Valente mantém o entusiasmo O que seria um Grande Prémio de Macau sem termos o “nosso” Rui Valente à partida? O piloto português com mais participações no Circuito da Guia vai para o seu trigésimo primeiro Grande Prémio, e sempre com a mesma dedicação e vontade de andar depressa. O trabalho de casa foi feito e o piloto da Premium Racing Team está confiante para enfrentar o desafio das decisivas 12 voltas no final da manhã de sábado. Na corrida Macau Roadsport, Rui Valente vai novamente conduzir o Subaru BRZ, com o dorsal n.º 16 nas portas. Exteriormente, o carro é o mesmo do ano passado, mas, “por dentro”, o carro japonês chega com outra genica, fruto de uma preparação cuidada que foi feita após a participação nas provas de apuramento no circuito de Zhuzhou durante o Verão. “Antes do carro vir para Macau, estive a testar no GIC (Circuito Internacional de Guangdong) e o mesmo carro foi quase dois segundos mais rápido que no ano passado”, explicou o piloto luso ao HM que sabe que todos os seus adversários evoluíram de um ano para o outro. O motor nipónico também foi revisto e agora “é outra coisa. Antes da revisão estava cansado”, explica, acrescentando de seguida que se nota “bastante pelo menos no tempo em que ele leva a recuperar. Quando desaceleras e quando voltas à carga”, clarifica. Três décadas depois, a vontade e o entusiasmo de lutar pelas primeiras posições continuam intactos. Vamos ver o Rui Valente nas posições cimeiras? “Sim, se as afinações forem as acertadas, é isso que vai acontecer”, garante.
João Santos Filipe Desporto Grande Prémio de Macau MancheteJerónimo Badaraco corre com homenagem a Ayrton Senna No ano em que se assinalaram 30 anos da morte do piloto Ayrton Senna, Jerónimo Badaraco vai competir com um capacete com as cores que eram utilizadas pelo génio brasileiro. E no regresso à Guia, um circuito onde já triunfou e sempre mostrou um ritmo elevado, Badaraco espera conseguir um lugar nos cinco primeiros. “É a primeira vez que conduzo o GR86 que tem mudanças manuais neste circuito. Há mais de 10 anos que não ando na Guia com carros com mudanças manuais, mas mesmo assim vou ver se me adapto rapidamente ao carro e espero ficar nos cinco primeiros lugares”, afirmou o macaense ao HM. “Quero ver se me adapto rapidamente, porque se conseguir acho que vou alcançar um bom tempo”, sublinhou. A sessão de treinos livres de ontem decorreu com o piso molhado, e o macaense foi o segundo mais rápido. No entanto, há a possibilidade de a corrida de sábado acontecer com o piso seco, uma eventualidade para a qual o piloto também está preparado. “Estou preparado para se a corrida acontecer com o piso molhado ou com seco. Nesta altura, ainda é difícil prever como vão estar as condições”, indicou. “Para mim, não faz assim tanta diferença. Se a pista estiver seca podemos acelerar mais e desfrutar mais do carro, se estiver molhada temos de ter mais cuidado, porque na Guia sabemos que não há margem para errar”, frisou. O piloto foi 2.º na sessão de treinos livres de ontem e entra em acção às 10h15 de hoje, com a sessão de qualificação, e tem a principal corrida agendada para as 10h55 de sábado.
João Santos Filipe Desporto Grande Prémio de MacauCélio Dias: a tentar melhorar ao longo do fim-de-semana Célio Dias vai correr pela primeira vez com um dos vários Toyota GR86 no Circuito da Guia e o objectivo passa por ir melhorando ao longo de todo o fim de semana. Um resultado nos seis primeiros é um bónus, mas ontem o piloto local admitia que seria um resultado difícil. “O nosso objectivo é chegar ao fim de todas as sessões, porque tenho de ganhar experiência com este carro. Claro que gostava de ficar em sexto ou melhor classificado, mas tenho algumas limitações, porque ainda preciso de procurar as melhores afinações do carro”, afirmou o piloto ao HM. “Vai ser a primeira vez que vou conduzir este carro em Macau, porque é o primeiro ano de competição com este GR86, e ainda estou a tentar encontrar as afinações ideais para o meu estilo de condução, e não tem sido fácil”, admitiu. Célia Dias também explicou que as provas de classificação para o Grande Prémio de Macau, disputadas no Interior, tiveram resultados aquém das expectativas, mas espera inverter o cenário. “Fiz duas provas no Interior, antes do Grande Prémio, mas não consegui bons resultados, porque não tinha as afinações que pretendidas”, indicou. “Chego a Macau e sinto que as afinações estão ligeiramente melhores, mas espera melhorar sempre ao longo de todo o fim-de-semana de provas”, acrescentou. O piloto foi 10.º na sessão de treinos livros de ontem e entra em acção às 10h15 de hoje, com a sessão de qualificação, e tem a principal corrida agendada para as 10h55 de sábado.
Sérgio Fonseca Desporto71º Grande Prémio de Macau | Corrida da Guia Macau – Kumho FIA TCR World Tour Event of Macau A tradição ainda é o que era O conceito TCR que está prestes a comemorar uma década, mas os investimentos das marcas no mercado dos veículos eléctricos afastou-as das corridas de carros de Turismo a combustão. Contudo, o FIA TCR World Tour, que aos poucos se ergue após o trambolhão da Taça do Mundo de Carros de Turismo da FIA – WTCR no final de 2022, volta a reunir na Corrida da Guia os melhores da nata dos carros de Turismo internacionais. A Link & Co e a Hyundai trazem as suas equipas internacionais, às quais se juntam as suas equipas oficiais do TCR China. A Honda também se faz representar com a sua equipa privada do “mundial” e a homologa do Interior da China, enquanto a Audi foi buscar Rob Huff, um especialista no Circuito da Guia, para defender os seus interesses. Para além de Huff, há mais três pilotos que venceram nas ruas de Macau na grelha de partida: Norbert Michelisz, Ma Qing Hua e Jason Zhang. Com o título do FIA TCR World Tour em disputa, a estratégia das equipas poderá sobrepor-se aos interesses individuais dos pilotos, o que deverá moldar a dinâmica das corridas e que nos leva a acreditar que vamos ter duas corridas muito engraçado de seguir. A grande incógnita Quem sairá de Macau campeão? Norbert Michelisz lidera com 274 pontos ao volante do seu Hyundai Elantra N TCR, destacando-se pela consistência ao longo da temporada. Em segundo lugar, Esteban Guerrieri, com 264 pontos no seu Honda Civic Type R FL5 TCR, ao passo que Thed Björk, no terceiro lugar com 255 pontos e ao volante de um Lynk & Co 03 FL TCR, tem mostrado um desempenho sólido. Ainda com hipótese de ser campeão estão Yann Ehrlacher, também em Lynk & Co, segue em quarto com 251 pontos, Mikel Azcona, que fecha o top 5, com 247 pontos, no Hyundai Elantra N TCR. Com 70 pontos em cima da mesa, 10 deles a atribuir na qualificação, ainda muito pode acontecer. Facto Já não tínhamos uma Corrida da Guia sem um piloto de Macau desde 1991.