Hoje Macau DesportoTénis | Nuno Borges vai jogar frente a Alcaraz no Open da Austrália Nuno Borges superou quarta-feira o nervosismo para derrotar o australiano Jordan Thompson, em três sets, na segunda ronda do Open da Austrália, e vai agora defrontar ‘Carlitos’ Alcaraz sem pressão, admitiu o tenista português à agência Lusa. “Sinto que foi um bom jogo da minha parte. Sem dúvida que foi melhor do que a primeira ronda, as sensações estavam lá”, começou por analisar o número um nacional, em declarações à agência Lusa, depois de avançar para a terceira ronda do primeiro Grand Slam da temporada. O maiato, de 27 anos, contrariou quarta-feira o favoritismo do ‘local’ Jordan Thompson, 27.º cabeça de série, impondo-se com os parciais de 6-3, 6-2 e 6-4, em uma hora e 47 minutos, numa John Cain Arena – o terceiro court mais importante de Melbourne Park – lotada. “Estava bastante nervoso, era um estádio grande, não é todos os dias [que acontece], portanto acho que dentro disso consegui fazer um muito bom jogo e realmente estou muito contente pelo resultado”, pontuou. Siga para Alcaraz Semifinalista em Auckland no arranque do ano, Borges estendeu agora o seu bom momento, marcando encontro na terceira ronda com o espanhol Carlos Alcaraz, terceiro jogador mundial. “Agora, contra o ‘Carlitos’, não há muito a dizer. Toda a gente sabe do que ele é capaz e tudo o que já fez, [é] bastante famoso por todo o mundo, não há muito a realçar”, declarou sobre o seu opositor que, na Austrália, procura tornar-se no mais jovem tenista (tem 21 anos) a completar o Grand Slam de carreira. Frente ao espanhol, o 33.º classificado do ranking ATP vai tentar dar o seu melhor e “metê-lo o mais desconfortável possível”. “Vou jogar sem pressão, tentar não pôr grandes expectativas na minha cabeça para ver se consigo trazer o meu melhor ténis”, concluiu. No ano passado, Nuno Borges, que ainda vai iniciar a sua caminhada no quadro de pares ao lado de Francisco Cabral, tornou-se no primeiro tenista português a alcançar os oitavos de final no Open da Austrália.
Hoje Macau DesportoApós “encontro muito positivo”, Borges “ansioso por jogar num estádio” com Thompson O tenista português Nuno Borges estreou-se ontem, dia 13, na 113.ª edição do Open da Austrália, primeiro Major da época, com um “encontro muito positivo” frente o francês Alexandre Muller em Melbourne Park, onde vai defrontar agora o australiano Jordan Thompson. “Estou muito contente. Foi um encontro muito positivo. Acho que, no geral, servi muito bem, pelo menos consegui colocar a bola nos sítios onde queria e ter uma boa percentagem (69%). Senti que me mantive bastante constante, exceto no ‘tie-break’ do primeiro set, que não joguei muito bem. Mantive-me sempre à procura e muito consistente durante encontro e isso acabou por ser a chave do resultado”, comentou em declarações à agência Lusa. O número um nacional e 33.º do mundo precisou de duas horas e 55 minutos para levar a melhor sobre o adversário gaulês, recentemente campeão do ATP 250 de Hong Kong, em quatro sets, pelos parciais de 6-7 (2-7), 6-3, 6-2 e 7-5, mas acredita ter merecido o triunfo, no regresso a Melbourne, onde há um ano se tornou no primeiro tenista português a atingir os oitavos de final. “Sinto que mereci ganhar em quatro sets, fui ligeiramente superior a partir do primeiro set e estou muito contente. As primeiras rondas nunca são fáceis em termos de sensações. O ténis não flui da mesma maneira, é tentar ganhar ritmo, mas felizmente encontros à melhor de cinco sets dão mais tempo para encontrar esse ritmo. Sinto que acabei bastante bem o encontro, apesar de desgastante também”, explicou. Após a vitória na ronda inaugural, Nuno Borges vai “aproveitar para descansar e recuperar amanhã para jogar possivelmente quarta-feira” com um jogador da casa, Jordan Thompson (27.º ATP), que hoje superou na Margaret Court Arena o ‘qualifier’ alemão Dominik Koepfer também em quatro parciais, por 7-6 (7-3), 6-4, 4-6 e 6-3. “Espero que seja uma boa oportunidade para jogar num estádio possivelmente, estou ansioso por isso. Já jogámos há muito tempo [Estoril Open de 2021]. Em 2024, ele fez uma grande temporada, bastante impressionante e sei que ele, aqui na Austrália, compete muito bem, sempre disponível para jogar cinco sets. Sei que vou ter de jogar o meu melhor ténis e estou à espera de mais um grande desafio, se calhar ainda mais desafiante que o de hoje”, rematou Borges, vencedor do único duelo com Thompson.
Sérgio Fonseca Desporto MancheteGP Macau | Luca Engstler ainda recupera do acidente Apesar de todos os anos a Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau colocar vários recursos e muita energia na segurança dos pilotos, o Circuito da Guia continua, e continuará, a ser um dos mais perigosos e arriscados do mundo. Este ano, o jovem alemão Luca Engstler, que participou pela primeira vez num carro GT3, sentiu na pele a velha máxima deste circuito: “os erros pagam-se caro” Passadas oito semanas após o acidente mais grave da sua carreira, o piloto de 24 anos ainda está a recuperar do aparatoso infortúnio na sessão de qualificação da Taça do Mundo de GT da FIA do 71.º Grande Prémio de Macau. Na tarde de sexta-feira, com o cronómetro a contar e quando tentava melhorar a sua marca, Luca Engstler perdeu o controlo do seu Lamborghini Huracán GT3 EVO na temida Curva do Mandarim, batendo a mais de 230 km/h nas barreiras de protecção. O carro inscrito pela Liqui Moly Team Engstler, mas preparado e colocado a correr pela Grasser Racing Team, ficou completamente destruído e o piloto germânico chegou mesmo a ficar inconsciente após o impacto. “Este é um evento único, o andamento dos Lamborghini não estava muito bom e para estarmos à frente tínhamos que arriscar mais que os outros. Basicamente, fui completamente a fundo e não tive sucesso”, explicou assim Luca Engstler, na altura, o acidente que sofreu. Dois meses depois daquele que foi “o dia mais horrível da minha vida até hoje”, o ex-campeão alemão de Turismo (TCR) ainda se encontra em processo de recuperação. “Foi realmente um grande impacto”, recordou Luca Engstler, em conversa com o portal especializado Motorsport-Total.com, que precisou de uma cadeira de rodas após o acidente. “O grande problema foi que o meu tornozelo direito sofreu bastante. Rasguei os ligamentos laterais e tive bastantes hemorragias na tíbia e na fíbula, o que causou alguma preocupação”, relembrou. Voltar a caminhar normalmente foi também um grande desafio para o jovem piloto da Lamborghini, que na temporada de 2024 venceu de forma impressionante duas corridas da DTM e participou pela primeira vez num carro GT3 em Macau. “Demorei bastante tempo para conseguir andar”, recordou. “Nos primeiros dois ou três dias, estive mesmo de cadeira de rodas, porque simplesmente não conseguia fazer nada e todos os ossos me doíam”, descreveu Engstler à publicação do seu país, referindo que “tinha hematomas por todo o lado e tudo estava difícil”. A recuperar Ainda assim, Lucas Engstler, no final do dia do acidente, já no Centro Hospitalar Conde de São Januário, fez uma publicação nas redes sociais a afirmar que estava tudo bem. O piloto, que se encontrava em Macau acompanhado pelo seu pai, Franz Engstler — também piloto e uma figura bem conhecida do automobilismo asiático —, quis tranquilizar os mais próximos. Dois dias após o acidente, apareceu na grelha de partida da Taça do Mundo de GT da FIA, no domingo, sem muletas, apenas ligeiramente apoiado por um guarda-chuva. “O que era importante para mim era não querer fazer um grande alarido sobre isto”, explicou ao portal germânico. “No final, o acidente parecia muito grave, mas isso só demonstra o quão seguros são os carros”, realçou. O piloto continua a recuperar das sequelas do forte impacto. Aproveitou a pausa de Inverno para fazer uma viagem de autocaravana até à Suécia com o seu melhor amigo. “Está tudo a correr bem”, afirmou, esclarecendo que já consegue correr. “Diria que estou a 95 por cento e não tenho danos permanentes.” Após o acidente, o alemão trabalhou na sua recuperação na região do Allgäu, na sua terra Natal, “com alguns conhecidos, que são fisioterapeutas e médicos. Recebi uma excelente assistência”. Regresso para breve Luca Engstler admite que se tornou impaciente durante o processo de recuperação. “Disseram-me que só poderia voltar a fazer desporto no início de Fevereiro, mas claro que isso não consegui aceitar”, reconhecendo que começou a treinar mais cedo do que o recomendado. Felizmente para Luca Engstler, o DTM só começa no último fim de semana de Abril. Nos próximos tempos, o piloto planeia voltar a sentar-se novamente ao volante, possivelmente num kart de aluguer para começar. O objectivo é estar em forma para o início da pré-temporada e dos testes de preparação do popular campeonato alemão, agendados para meados de Fevereiro e início de Março. Quanto ao Grande Prémio de Macau, dois dias depois do acidente, Luca Engstler foi bastante claro: “Disse a todos que o meu objectivo é regressar e tentar lutar pela vitória nesta grande corrida.”
Sérgio Fonseca DesportoGP Macau | Maro Engel esclareceu episódio da Taça do Mundo de GT Maro Engel venceu, numa corrida imprópria para cardíacos, a Taça do Mundo de GT da FIA no 71.º Grande Prémio de Macau. Contudo, a quarta vitória do alemão entre nós foi tudo menos pacífica. Maro Engel aproveitou uma entrevista à revista alemã Motorsport Aktuell para explicar o que se passou nas ruas do território e que lhe valeu tantas críticas O piloto germânico, que este ano irá completar 40 anos de idade, teve uma temporada de 2024 repleta de sucessos: venceu o GT World Challenge Europe, foi o melhor dos representantes da Mercedes-AMG no DTM e conquistou um quarto triunfo no Grande Prémio de Macau. Todavia, Maro Engel prefere não destacar um único feito na sua temporada de sonho de 2024, tendo referido à revista especializada do seu país que “em termos de prestígio, a vitória em Macau tem de ser destacada. Mas, sinceramente, não quero destacar um único momento como o grande feito deste ano incrível. Trabalhei arduamente para alcançar todos esses sucessos.” Na RAEM, o triunfo do piloto bávaro foi oferecido de bandeja quando os dois primeiros classificados da corrida, Antonio Fuoco (Ferrari) e Raffaele Marciello (BMW), se desentenderam na travagem para a Curva Lisboa a duas voltas do fim. Porém, Maro Engel já tinha estado envolvido noutro incidente, quando, no início da corrida, nos Esses da Solidão, o seu Mercedes-AMG GT3 deu um toque subtil na traseira do BMW de Dries Vanthoor, que seguia à sua frente na terceira posição. O jovem belga foi projectado contra as barreiras, acabando por abandonar devido a danos na suspensão do M4 GT3, enquanto Maro Engel viria a ver a bandeira axadrezada em primeiro lugar, com uma vantagem de 11 segundos. Já no final da corrida, o Colégio de Comissários Desportivos deliberou que o toque mencionado merecia uma penalização de 5 segundos, o que não teve impacto no resultado final, levando o responsável da BMW Motorsport, Andreas Roos, a afirmar à imprensa que o incidente “não foi penalizado de forma adequada”. Dries Vanthoor, que era também um candidato à vitória, foi mais longe e disse na altura que, quando “empurras outro carro para fora de pista, não deverias ser capaz de ganhar a corrida.” Não foi de propósito O estilo agressivo de Maro Engel foi criticado na altura, mas o piloto, que se estreou a vencer em Macau em 2014, prefere salientar que “faz tudo dentro dos limites do fair play” e julga ser “difícil acusar um piloto de não tentar tudo para vencer ali (em Macau).” Na situação em questão, Maro Engel quis esclarecer que “estava claramente mais rápido. Na parte larga do circuito, na parte inferior, não tinha hipótese de atacar, então tentei na parte de cima. Acabou por correr mal, e isso não era a minha intenção. Pedi desculpa ao Dries depois. De uma forma geral, corro para ganhar. O dia em que já não der tudo para isso, penduro o meu capacete. Definitivamente, não estou aqui para fazer novos amigos.” Apesar da “dança de cadeiras” entre os construtores automóveis envolvidos na classe GT3 nesta pré-temporada, Maro Engel vai continuar a defender as cores da Mercedes-AMG, algo que faz desde 2008, e naturalmente será uma das escolhas da marca de Estugarda para a Taça do Mundo no mês de Novembro, no Circuito da Guia. O piloto natural de Munique não se vê a retirar das pistas tão cedo, pois “ainda não cheguei ao meu auge e continuo a encontrar prazer nas corridas.” No seu currículo, em provas realizadas em Macau, Maro Engel tem duas vitórias na Taça GT Macau – Taça do Mundo de GT da FIA (2015 e 2024) e outras duas na Taça GT Macau (2014 e 2022), mas promete não ficar por aqui.
Hoje Macau DesportoFutebol | Guangzhou FC dissolvido por excesso de endividamento O Guangzhou FC, o clube de futebol com mais títulos na China, foi ontem dissolvido devido ao excesso de endividamento, sofrendo o mesmo destino de dezenas de clubes do país, após anos de exuberância. Anteriormente conhecido como Guangzhou Evergrande, o clube não conseguiu cumprir os requisitos financeiros da Associação Chinesa de Futebol, necessários para competir na época de 2025. “Devido aos pesados encargos financeiros resultantes de épocas anteriores, o clube não conseguiu pagar todas as dívidas dentro do prazo”, afirmou o Guangzhou, num comunicado. “Expressamos as nossas sinceras desculpas e agradecemos a compreensão e o perdão de todos os adeptos”, acrescentou. Depois de ter sido adquirido pelo promotor imobiliário Evergrande em 2010, o clube iniciou uma onda de gastos na China que fez manchetes em todo o mundo. Ajudado por jogadores como o internacional brasileiro Paulinho e treinadores de elite como o italiano Marcello Lippi e o antigo treinador da selecção portuguesa Luiz Felipe Scolari, o Guangzhou conquistou oito títulos da Superliga chinesa, prova máxima do futebol na China, entre 2011 e 2019. A equipa triunfou também na Liga dos Campeões da Ásia em 2013 e 2015. No entanto, em 2021, a Evergrande registou dívidas superiores a 300 mil milhões de dólares e, como os principais jogadores deixaram o clube devido a problemas financeiros, foi despromovido ao segundo escalão da China em 2022.
Hoje Macau DesportoTenista Nuno Borges vence na estreia no torneio de Auckland O tenista português Nuno Borges, sétimo cabeça de série, venceu hoje o italiano Luciano Darderi na primeira ronda do torneio ATP250 de Auckland, na Nova Zelândia. Nuno Borges, 36.º classificado no ranking mundial, perdeu o primeiro parcial por 7-5 face ao jovem italiano de 22 anos, que ocupa a 44.ª posição na hierarquia da ATP. “Foi importante para mim manter-me positivo depois daquele difícil primeiro ‘set'”, disse o melhor tenista português da atualidade, numa entrevista depois do final da partida. Borges conseguiu virar o encontro ao vencer os dois parciais seguintes por 3-6 e 5-7, fechando a partida em duas horas e três minutos e avançando para a segunda eliminatória. “Continuei a acreditar e consegui dar a volta”, explicou o tenista maiato de 27 anos, que apontou ainda o forte vento que se fazia sentir em Auckland como uma dificuldade extra. Borges recordou que já tinha defrontado e batido Darderi em 2022, num torneio ‘challenger’ que o português venceu em Itália. “Sabia que ia ser uma grande luta”, disse o maiato. O próximo adversário de Borges sairá do encontro de terça-feira entre o argentino Mariano Navone (47.º), que o derrotou nos Jogos Olímpicos, e o norte-americano Reilly Opelka (293.º e ex-17.º), que na sexta-feira surpreendeu Novak Djokovic em Brisbane. O ATP 250 de Auckland é o segundo e último torneio de preparação do número um nacional e único tenista português no top-100 mundial para o Open da Austrália, o primeiro torneio do Grand Slam da temporada. Na quinta-feira, Nuno Borges foi eliminado na segunda ronda do torneio ATP250 de Hong Kong, ao perder em dois ‘sets’ com o espanhol Jaume Munar, que ocupava a 62.ª posição na hierarquia da ATP.
Sérgio Fonseca DesportoTaça GT | Corrida da Grande Baía inspira campeonato no Interior da China Um novo campeonato para viaturas da classe GT4, sediado na China e com o nome de SRO GT Cup, será lançado em 2025. A competição foi inspirada no sucesso alcançado nos últimos anos pela Taça GT – Corrida da Grande Baía, do Grande Prémio de Macau Nas vésperas de Natal, o SRO Motorsport Group, a empresa que organiza, entre muitas outras provas e campeonatos, o GT World Challenge Asia e co-coordena a Taça do Mundo de GT da FIA em Macau, anunciou a criação de uma competição para viaturas GT4 na China, com estreia marcada para 2025. O campeonato contará com um total de oito corridas sprint de 30 minutos, cada uma com um único piloto por carro, distribuídas por quatro eventos que terão início em março. Haverá duas corridas por fim de semana. O calendário dos quatro eventos foi apresentado, sendo que a temporada começa em Xangai, integrado no programa do Grande Prémio da China de Fórmula 1. Com dois circuitos ainda por oficializar, a outra prova confirmada será no novo circuito urbano de Pequim, no fim de semana do GT World Challenge Asia. Uma certeza: o Grande Prémio de Macau não fará parte do calendário. Benjamin Franassovici, Director Geral da SRO Motorsports Asia, disse: “Este é um capítulo incrivelmente empolgante para a SRO na Ásia, especialmente na China. Muitas das maiores equipas do país e os pilotos mais experientes já competem no GT World Challenge Asia e além, mas ainda existe um grande mercado, em certa medida inexplorado, para amadores aspirantes, jovens profissionais e equipas de nível nacional que desejam correr mais perto de casa. O evento de GT4 em Macau, que atraiu mais de 25 inscrições no mês passado, é um excelente exemplo disso.” Ambição e muita concorrência A SRO não esconde a expectativa de contar com grelhas de vinte carros na temporada de estreia, cujas inscrições abrirão a 9 de Janeiro. Para alcançar esse objetivo, a organização europeia, em colaboração com os seus parceiros chineses, restringiu a participação a pilotos não profissionais. Assim, apenas pilotos classificados pela FIA como “Bronze” ou “Silver” poderão competir. Outro trunfo da SRO é a aplicação do seu mundialmente reconhecido “Balance of Performance”, um sistema que equilibra a performance entre diferentes carros e que tem sido um dos pilares da credibilidade da Taça GT – Corrida da Grande Baía nos últimos anos. “Estou confiante de que o nosso formato e a mistura de eventos de alto perfil proporcionarão uma alternativa desejável, mas também acessível, à oferta doméstica actual”, referiu Benjamin Franassovici, que sabe que a SRO GT Cup vai encontrar uma feroz concorrência dentro de portas. Para além da SRO GT Cup, serão realizados no Interior da China, em 2025, pelo menos mais três campeonatos de âmbito nacional para carros de GT: o GTCC – GT China Cup, organizado pela TopSpeed, que colabora na Taça do Mundo de FR da FIA; o Campeonato da China de Endurance (CEC); e ainda a Mintimes GT Series, organizado pela empresa responsável pelo Campeonato da China de F4. Como de melhor se faz lá fora A SRO GT Cup será a segunda competição dedicada a viaturas GT4 na Ásia. Esta categoria, que reúne marcas de prestígio como Aston Martin, Audi, BMW, Lotus, Mercedes-AMG, McLaren, Porsche, entre outras, conta também com diversos campeonatos na Europa, incluindo o renovado Campeonato de Portugal de Velocidade e o Iberian Supercars Series. Para aliciar as marcas, os resultados das corridas da SRO GT Cup também contarão para o Ranking de Construtores de GT4 da SRO, um título atribuído à marca presente na categoria GT4 com melhor desempenho no final de cada temporada. A SRO GT Cup junta-se à sua equivalente asiática, a Japan Cup, numa lista que também inclui competições continentais e nacionais na Europa, América e Austrália.
Sérgio Fonseca DesportoAutomobilismo | Tiago Rodrigues regressa à F4 do Médio Oriente em 2025 Tiago Rodrigues vai regressar ao Médio Oriente no início do próximo ano. O piloto residente em Macau foi anunciado pela equipa Evans GP como um dos seus elementos para o Campeonato de Fórmula 4 do Médio Oriente de 2025, que arranca já no próximo mês de Janeiro, no Kuwait Depois de se tornar campeão da Fórmula 4 Chinesa em 2023, Tiago Rodrigues causou um impacto imediato na equipa Evans GP ao protagonizar uma performance marcante no circuito malaio de Sepang, no passado mês de Setembro, onde conquistou a pole position, registou a volta mais rápida e assegurou uma vitória na prova pontuável para o Campeonato Australiano de Fórmula 4. O piloto português alinhou ainda na primeira edição da Taça do Mundo de FR da FIA, no 71º Grande Prémio de Macau, uma participação que acabou por ser inglória devido a vários problemas técnicos no seu monolugar e um abandono infeliz na corrida decisiva, em que foi vítima de uma carambola causada por um adversário. Este será o regresso de Tiago Rodrigues à Fórmula 4 e a uma competição que conhece em particular. No início deste ano, Tiago Rodrigues participou na Fórmula 4 dos Emirados Árabes Unidos, que em 2025 passará a chamar-se Fórmula 4 do Médio Oriente, terminando no 22º lugar. O piloto da RAEM é o terceiro a confirmar o retorno à Evans GP para a temporada de 2025, juntando-se a Kai Daryanani e Seth Gilmore. Confiança acima de tudo Tanto nas palavras do piloto como da equipa, há uma grande confiança para a temporada que se avizinha no Médio Oriente. O conhecimento mútuo e a experiência adquirida durante o ano de 2024 poderão ser factores-chave para novas alegrias. “Estou muito entusiasmado por regressar à Evans GP para o Campeonato de Fórmula 4 do Médio Oriente de 2025”, disse Tiago Rodrigues, em comunicado emitido pela Evans GP. “Trabalhar com a equipa na temporada passada, especialmente em Sepang, foi uma experiência fantástica, e é evidente que partilhamos os mesmos objectivos e visão. Estou grato pela confiança que a equipa depositou em mim, e estou determinado a apresentar desempenhos ainda mais fortes nesta temporada. Juntos, sei que podemos alcançar grandes conquistas.” O director da equipa, Joshua Evans, partilhou a sua satisfação com o regresso do piloto de 17 anos aos comandos de um dos monolugares da sua formação, pois “a performance em Sepang foi simplesmente extraordinária, e é evidente que ele tem o talento e a determinação para alcançar grandes feitos”, acrescentando que “estamos confiantes de que o Tiago será uma peça-chave para continuar o nosso sucesso na próxima temporada.” 30 corridas em 7 semanas A temporada de 2025 da Fórmula 4 do Médio Oriente, composta por cinco eventos, começa com duas provas no Kuwait Motor Town, a 17 e 24 de Janeiro, seguindo-se uma prova no Autódromo do Dubai, a 8 de Fevereiro, e outra no Circuito de Yas Marina em Abu Dhabi, a 15 de Fevereiro. O evento final, agendado para 27 de Fevereiro, será realizado num circuito a ser anunciado. Cada evento incluirá três corridas, totalizando trinta corridas ao longo de um período de sete semanas. O Campeonato Fórmula 4 do Médio Oriente, ainda na sua versão dos Emirados Árabes Unidos, teve início na temporada de 2016/2017 e tem sido, desde então, uma plataforma de lançamento para inúmeros jovens talentos e para preparar as mais exigentes épocas europeias. O campeão de F4 de Itália, Freddie Slater, conquistou o título de 2024. A competição usa os chassis italianos Tatuus e motores preparados pela Autotecnica Motori.
Hoje Macau DesportoFutebol | Equipa de Pequim vence Torneio da Soberania A equipa de Pequim venceu ontem o Torneio da Soberania de futebol, organizado pela Associação dos Veteranos de Futebol de Macau, no Canídromo. Na final, frente à equipa de Macau, Pequim venceu por 6-5, no desempate por grandes penalidades, após um empate 2-2 no fim do tempo regulamentar. Antes da final, foi disputado o jogo de atribuição do terceiro e quarto lugares, com a formação do Sporting a derrotar a equipa de Fujian por 8-0. Pedro Queijeira foi o autor de 6 golos, e os restantes foram marcados por Paulo Letras e Nuno Rosário. No sábado, o Sporting havia sido derrotado pela formação de Pequim, por 15-14, nas grandes penalidades, enquanto Macau venceu a formação de Fujian por 4-0.
Hoje Macau DesportoFederação Internacional do Automóvel reúne no Cotai em Junho Pela primeira vez na sua história, em 2025, Macau vai acolher as Assembleias Gerais Extraordinárias e Conferência da Federação Internacional do Automóvel (FIA). Este evento, anunciado na passada sexta-feira em Kigali, no Ruanda, terá lugar no Galaxy International Convention Centre, de 10 a 13 de Junho. Organizado em parceria com a Associação Geral do Automóvel de Macau-China (AAMC), a associação desportiva do território filiada na FIA, e com o Galaxy Entertainment Group, este evento espera reunir na RAEM mais de 500 delegados séniores da FIA provenientes de 147 países. O Presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, afirmou que “Macau é uma região entusiasmante e multicultural, o cenário perfeito para a FIA reunir os nossos Clubes Membros de todo o mundo. Agradeço à AAMC e ao Galaxy Entertainment Group por nos acolherem e estou ansioso por uma conferência e Assembleias Gerais Extraordinárias bem-sucedidas.” O facto de o Grande Prémio de Macau continuar a ser, nos dias de hoje, um dos principais eventos sob a chancela da FIA terá certamente influenciado esta decisão. No entanto, não é nas assembleias gerais que se decide o futuro do automobilismo, uma vez que estas são, sobretudo, dedicadas à aprovação das contas anuais. AAMC e Galaxy apoiam a escolha Chong Coc Veng, Presidente do Conselho da AAMC, congratulou-se com a escolha da federação internacional. “Estamos satisfeitos por a Conferência da FIA de 2025 se realizar em Macau. Macau é um destino único que preserva um património multicultural, ao mesmo tempo que oferece uma rica gastronomia e eventos culturais e desportivos, incluindo o prestigiado evento de automobilismo do ano – o Grande Prémio de Macau, com as Taças do Mundo da FIA”, disse Chong Coc Veng, em comunicado. O ex-piloto e responsável máximo da AAMC há mais de duas décadas, referiu ainda que “Junho é a época perfeita para visitar Macau, saborear os sabores distintos de várias cozinhas e conhecer os locais do Património Mundial com a mistura da cultura chinesa e portuguesa.” Inaugurado em 2023, o Galaxy International Convention Centre está situado no Galaxy Macau Integrated Resort, na zona de Cotai, e regularmente recebe eventos desportivos e conferências de classe mundial, assim como exposições internacionais. “Acreditamos que o Galaxy Macau é o local perfeito para a Conferência e as Assembleias Gerais da FIA”, acrescentou Francis Lui, Presidente do Galaxy Entertainment Group. “A localização geográfica única de Macau, no coração da Ásia, a sua acessibilidade global, o património cultural internacional e a sua profunda apreciação pelo automobilismo, adquirida ao longo de 71 anos do Grande Prémio de Macau, juntamente com os nossos premiados hotéis de classe mundial, garantirão uma recepção calorosa para os delegados de todo o mundo.”
Sérgio Fonseca DesportoGP | FIA confirma regresso do TCR World Tour em 2025 O Conselho Mundial da Federação Internacional do Automóvel reuniu-se na passada quarta-feira, no Ruanda, e a principal novidade foi a confirmação, já esperada, da continuidade do Grande Prémio de Macau no calendário do Kumho FIA TCR World Tour O calendário da próxima temporada do FIA TCR World Tour foi revelado, com oito eventos entre Maio e Novembro, a acontecer na América do Norte, Europa, Ásia e Oceânia. A temporada terá início no Autódromo Hermanos Rodríguez, na Cidade do México, antes de se deslocar para a Europa, com três eventos em Espanha, em Valência, em Itália, em Monza, e em Portugal, no circuito citadino de Vila Real. Os carros serão então enviados para o sul da Austrália para se reencontrarem com o TCR Australia no circuito The Bend, em Setembro. Seguir-se-á a primeira visita ao Inje Speedium, na Coreia do Sul, e o regresso ao Circuito Internacional de Zhuzhou, no Interior da China, antes de a temporada terminar da forma tradicional, como parte do Grande Prémio de Macau. “Embora tenhamos tentado oferecer aos concorrentes e fãs novas emoções a cada ano, não mudámos tudo”, explicou Marcello Lotti, o “pai” do conceito TCR e responsável pela empresa que promove o FIA TCR World Tour. “Voltaremos ao Circuito Internacional de Zhuzhou após uma estreia muito bem-sucedida em 2024, e terminamos a temporada com a tradicional e imperdível Corrida da Guia Macau, a conclusão de cada temporada de carros de Turismo”, referiu o empresário italiano. Este anúncio também nos permitiu ficar a saber que o 72.º Grande Prémio de Macau será realizado de 13 a 16 de Novembro de 2025. Sobre as Taças do Mundo de GT e FR, não saiu deste Conselho Mundial, organizado na cidade de Kigali, qualquer informação suplementar. Surpresa lusitana A maior surpresa do anúncio do calendário foi mesmo o regresso do circuito citadino português de Vila Real à competição principal de carros de Turismo da FIA. Aliás, os primeiros passos para este acordo terão sido dados em Macau durante o fim de semana do Grande Prémio. O 54.º Circuito Internacional de Vila Real decorrerá nos dias 4, 5 e 6 de Julho, no ano em que a cidade de Vila Real assinalará o seu centenário. As corridas serão o prato forte do fim de semana, mas a elas estarão associados grandes concertos musicais, festivais gastronómicos e muitos motivos para vir a Vila Real. Rui Santos, presidente da Câmara Municipal de Vila Real, considerou que “felizmente tem sido possível organizar anualmente um evento magnífico, homenageando a grande marca que são as corridas de Vila Real. Em 2025 voltará a ser assim, com o esforço de todos os parceiros envolvidos, mas tentando ir ainda mais longe, já que se assinalam os 100 anos da cidade de Vila Real.” Chineses e australianos? Os “mundialistas” do FIA TCR World Tour irão, a exemplo deste ano, fazer-se acompanhar na Corrida da Guia pelos concorrentes do Campeonato da China de Carros de Turismo / TCR China. A competição chinesa já anunciou o seu calendário para 2025 e colocou a prova no Circuito da Guia como “extra-campeonato”, ao contrário de 2024, onde a corrida foi pontuável para o campeonato, para desagrado de muitos participantes que se viram obrigados a trocar os habituais pneus Michelin do campeonato pelos Kumho da competição reconhecida pela FIA. Segundo a imprensa especializada australiana, os concorrentes do TCR Australia também irão visitar o território. O calendário divulgado no início da semana não especificava o circuito, mas indicava que a prova de encerramento da temporada do TCR Australia se realizaria em novembro, juntamente com o FIA TCR World Tour – sendo, portanto, a prova da RAEM. As equipas australianas contarão com assistência no transporte dos seus carros para este evento, uma valiosa ajuda que será fornecida pela organização do TCR Australia.
Sérgio Fonseca DesportoIAME Series Asia encantou-se com GP Karting e quer voltar Nos dois últimos fins de semana, o Kartódromo de Coloane esteve ao rubro com o regresso do Grande Prémio de Karting Internacional de Macau que este ano recebeu um impulso ao acolher a final asiática da competição promovida pelo reconhecido construtor italiano de motores para karting, a IAME. Como o evento voltou a estar ao nível de outros tempos, os promotores da IAME Series Asia gostaram da experiência e não escondem a vontade de voltar. Organizado pelo Instituto do Desporto, Associação Geral de Automóvel de Macau-China (AAMC), OTK Kart Asia e IAME Asia, com o patrocínio da Sands China Limited, o Kartódromo de Coloane recebeu várias corridas e as várias categorias da IAME Series Asia e do Campeonato de Karting da AAMC, que disputou a sua oitava prova da temporada, para além do Grande Prémio de Karting de Macau – categoria KZ e a Taça Sands. O sabor internacional da prova regressou como há muito não se via, com pilotos oriundos do Interior da China, Singapura, Filipinas, Malásia, Tailândia, Indonésia, Japão, Índia, Sri Lanka, Austrália, Nova Zelândia, Suécia, Itália, França, Áustria, Estados Unidos da América, Brasil, Taipé Chinês, Hong Kong ou Macau. “O Grande Prémio de Karting Internacional de Macau com a Final IAME Asia 2024 cumpriu as nossas expectativas e objectivos iniciais”, contou Daniel Ling, o responsável pelo marketing da IAME Series Asia, ao HM. “A resposta inicial com 180 pilotos inscritos (embora alguns tenham desistido em cima da hora devido a compromissos pessoais e circunstâncias imprevistas), o entusiástico apoio e colaboração da AAMC e do Governo de Macau, contribuíram todos para este nível de sucesso.” Novo padrão para o futuro O evento colocado de pé no Kartódromo de Colone – uma infra-estrutura inaugurada nos anos da administração portuguesa do território e que ainda hoje é umas das pistas de referência da modalidade no sudeste asiático – reuniu na RAEM os vários participantes da competição asiática IAME Series Asia que teve duas provas na Tailândia e quatro na Malásia esta temporada, colocando frente a frente pilotos provenientes dos primeiros lugares das classificações da IAME Series e eventos IAME realizados em todo o mundo. A marca IAME é distribuída nos cinco continentes e os motores IAME vão para as pistas em mais de cinquenta países. A prova no território elevou a fasquia na IAME Series Asia, como reconhece Daniel Ling. “O elevado nível de competição e a atmosfera vibrante estabeleceram um novo padrão para os eventos de karting na Ásia”, isto numa altura em que a organização, com sede em Singapura, ambiciona para um futuro a curto prazo “alcançar ainda maiores conquistas, com mais asiáticos a competir numa escala ainda maior.” Quando a prova de Macau entrou oficialmente no calendário da IAME Series Asia, a organização singapurense queria criar sinergias com as entidades do território e ajudar a colocar novamente no mapa-mundo o Grande Prémio de Karting Internacional de Macau. Este primeiro objectivo foi cumprido na íntegra e, por isso mesmo, um regresso ao território é algo que a IAME Series Asia não recusaria. “A partir desta experiência, acreditamos que Macau será um potencial local para futuras edições da IAME Series Asia, ou outros eventos e iniciativas da IAME. Macau, com o seu rico historial no desporto motorizado, é muito procurado por participantes de todo o mundo”, referiu Daniel Ling, acrescentando que “aguardamos com expectativa mais colaborações com Macau no futuro.”
Hoje Macau DesportoFutebol | Antigos dirigentes condenados a penas de prisão por corrupção Um tribunal da China condenou ontem dois antigos dirigentes da Associação Chinesa de Futebol (CFA) a penas de prisão por corrupção, no contexto de uma grande campanha anticorrupção na modalidade. Liu Yi, antigo secretário-geral da CFA, foi condenado a 11 anos de prisão e multado em 3,6 milhões de yuan por “aceitar subornos”, informou um tribunal da província de Hubei, no centro da China. Um outro tribunal de Hubei anunciou igualmente que Tan Hai, antigo chefe do gabinete de gestão de árbitros da CFA, foi condenado a seis anos e meio de prisão e multado em 200 mil yuan. “Os bens que obteve vão ser confiscados em conformidade com a lei e entregues ao tesouro público”, declarou a justiça. Numa outra decisão judicial, na terça-feira, Qi Jun, antigo director de planeamento estratégico da CFA, foi condenado a sete anos de prisão e multado em 600 mil yuan por corrupção. Após ascender ao poder, em 2013, o Presidente chinês, Xi Jinping, lançou uma ampla campanha contra a corrupção. No final de 2022, as autoridades começaram a visar altos funcionários do futebol. Xi Jinping, que se descreve como um adepto do futebol, quer que a China organize e ganhe um dia o Campeonato do Mundo. Mas ainda há um longo caminho a percorrer: a equipa chinesa está classificada em 90.º lugar no ranking mundial da FIFA, o organismo que rege o futebol, logo acima da ilha caribenha de Curaçao.
Sérgio Fonseca DesportoMotociclismo | Faye Ho aprova regresso à North West 200 Após uma ausência de dois anos, a equipa FHO Racing BMW, de Faye Ho, irá competir na North West 200, uma das clássicas do motociclismo de estrada, em 2025. A empresária de Macau chegou a acordo com o organizador durante a 71.ª edição do Grande Prémio de Macau, revelou a organização da prova Irlanda do Norte esta semana “Após dois anos de ausência, tenho o prazer de anunciar que a FHO Racing estará presente no North West 200 de 2025 com a minha dupla de pilotos”, declarou Faye Ho, proprietária da equipa, em comunicado de imprensa. “Estou muito entusiasmada por regressar e proporcionar um grande espectáculo para todos. Será maravilhoso rever os fãs da equipa. Espero vê-los todos em 2025!” A equipa da neta de Stanley Ho irá competir nas corridas de Superbike e Superstock com as suas ultra-competitivas BMW M1000RR e com dois dos seus melhores pilotos: Peter Hickman e a sua nova contratação, Davey Todd – o vencedor do primeiro Grande Prémio de Motos de Macau que foi decidido com os tempos da sessão de qualificação. Mervyn Whyte, o Director de Corrida da North West 200 e que em Macau tem desempenhado um papel de ligação entre as equipas e os pilotos e a organização do Grande Prémio de Macau, revelou que fechou o acordo durante o evento da RAEM, no passado mês de Novembro. Este acordo assegura a presença de uma das principais equipas da especialidade e de dois dos mais destacados pilotos do Campeonato Britânico de Superbikes na grelha de partida da prova que decorrerá de 5 a 10 de Maio próximo. “O Davey Todd venceu o Campeonato Britânico de Superstock deste ano e vai subir à categoria Superbike em 2025, onde se junta a Peter Hickman”, comentou Whyte. “Tanto o Davey como o Peter são fortes candidatos nas provas de estrada e circuito, e as BMW da FHO Racing têm um historial comprovado de sucesso, pelo que esta é uma notícia extremamente entusiasmante para os fãs do North West 200.” Também este ano, em Macau, Mervyn Whyte garantiu a participação de Erno Kostamo, Laurent Hoffman e Luca Gottardi na sua prova. A contar para Novembro Apesar da distância, a prova do Reino Unido pesa bastante quando o tema é decidir a grelha de partida da única corrida de duas rodas do Grande Prémio de Macau. Apenas vinte pilotos foram convidados a participar na corrida de Macau este ano e os critérios de seleção foram alvo de críticas por parte de vários pilotos não selecionados na imprensa internacional. Entre os excluídos estavam o alemão David Datzer, que terminou no Circuito da Guia em segundo lugar em 2022 e em terceiro em 2023, os suíços Lukas Maurer e Olivier Lupberger, e, de forma algo surpreendente, o britânico Phillip Crowe. As vitórias à geral no International Road Racing Championship, ao que parece, não são consideradas um critério suficiente, sendo obrigatório apresentar resultados no North West 200 ou na Tourist Trophy. Lukas Maurer, em particular, fez declarações bastante críticas sobre a escolha de pilotos para o evento da RAEM à publicação alemã Speedweek: “Os organizadores de Macau realmente tratam os participantes muito mal. Promessas são feitas todos os anos e, posteriormente, não são cumpridas. No geral, na minha opinião, a comunicação é sempre muito condescendente, por isso não me surpreende que tenha terminado desta forma.”
Hoje Macau DesportoTaekwondo poomsae | Eduarda Costa Ferraz bicampeã do mundo em mais de 65 anos A portuguesa Eduarda Costa Ferraz sagrou-se bicampeã do mundo de taekwondo poomsae, na categoria de mais de 65 anos, no mundial que está a decorrer na região chinesa de Hong Kong. Na segunda-feira, Ferraz conquistou a medalha de ouro, batendo a austríaca Bronwyn Butterworth, que levou a prata, e a alemã Iris Hitzemann e a japonesa Yukiko Takizawa, com o bronze. Como tricampeã europeia, a portuguesa “veio com o estatuto de uma das favoritas, mas foi uma disputa muito renhida, porque havia também adversárias com um bom nível”, disse à Lusa o chefe da delegação portuguesa, Pedro Valentim. Ferraz já se tinha sagrado campeã mundial em Taiwan, em 2018, mas no último campeonato do mundo, em 2022, na Coreia do Sul, “não esteve presente devido ao covid–19”, lamentou Valentim. O resultado conseguido por Ferraz foi o ponto alto da participação portuguesa nos Mundiais de Hong Kong da vertente de poomsae, uma disciplina não olímpica de taekwondo. Portugal logrou ainda um quinto lugar na categoria de sub50, por Sérgio Ramos, também na segunda-feira. Já ontem, José Manuel Gradil conseguiu um quinto lugar na categoria de mais de 65 anos. A delegação portuguesa nesta competição em Hong Kong, que arrancou no sábado e termina hoje, contou com 20 atletas nas variadas provas. “Infelizmente alguns atletas, mesmo estando convocados, não puderam participar”, por não terem capacidade financeira para pagar a deslocação até ao sul da China, lamentou Valentim. A Federação Portugal Taekwondo “não consegue suportar toda a selecção, apenas os que já têm vindo a alcançar melhores resultados”, explicou o chefe da delegação. “Infelizmente o taekwondo e outras modalidades em Portugal não são apoiadas como em outros países”, disse Valentim.
Hoje Macau DesportoMinimaratona | Rosa Mota volta a ganhar em Macau A portuguesa Rosa Mota repetiu ontem a vitória na minimaratona de Macau, aos 66 anos, no quarto triunfo da ex-campeã olímpica na distância. Rosa Mota já tinha vencido em 2018, 2019 e 2023 a minimaratona, de 6,3 quilómetros, prova que integra a Maratona Internacional de Macau. O etíope Debele Fikadu Kebebe também repetiu a vitória do ano passado na maratona, com 02:12:16. Na prova feminina, a vitória foi da russa Alexandra Morozova, com 02:24:32.
Hoje Macau DesportoTénis | Nuno Borges à procura de ser “mais rápido e forte para fazer a diferença” Nuno Borges acredita ser necessário tornar-se mais rápido e forte para poder ter mais hipóteses frente aos melhores tenistas do mundo. Já a trabalhar na pré-temporada, sob a orientação da equipa técnica da Federação Portuguesa de Ténis no Jamor, o tenista da Maia, número 33 do mundo, está à procura de elevar a sua condição física e o nível de ténis para conseguir ser mais eficaz e assim acompanhar a tendência ditada por jovens como Jannik Sinner ou Carlos Alcaraz. “Acima de tudo, falta-me nível. É difícil apontar uma coisa, do género se servisse mais rápido já tinha mais hipótese. Não. Precisava de ser mais eficaz, mais rápido, que as minhas bolas fossem mais potentes, se calhar, se conseguisse fazer mais mossa no serviço e tivesse mais jogo de rede. Olhar um bocadinho para os melhores do mundo… se conseguisse gerar mais potência nas pancadas, como o Carlos e o Sinner, os dois que conseguem fazer isso um bocadinho mais que os outros e dá-lhes alguma vantagem, mas eles também se movimentam muito bem”, aponta, em entrevista à Lusa. Definindo o espanhol (3.º ATP) como um jogador “muito rápido” e o italiano, número um mundial, como “extremamente eficaz”, Borges defende a importância de ganhar maior resistência física para conseguir um “ténis mais ágil e cada vez mais potente nas pancadas.” “Se jogar nos sítios certos e tiver o controlo do ponto, é meio caminho andado, mas, se pudesse melhorar a minha resposta, ajudava muito. Sinto que melhorou muito, mas precisava de ser melhor ainda para jogar com o [Alexander] Zverev (2.º ATP), por exemplo. Tem um serviço excecional e quando joguei contra ele senti muitas dificuldades nos jogos de resposta. No ‘rally’ consigo estar com eles, mas no início da jogada eles estão melhores do que eu e acho que é aí que o ténis se define muito”, explica. Face a esta leitura do ténis atual e dos adversários, sobretudo os que estão no top 20, o campeão português do ATP 250 de Bastad considera que “seria muito positivo” ter outro ano como 2024, mas que para isso precisa de “atacar estas próximas semanas para tentar ganhar um bocadinho mais de caparro.” “Acima de tudo, o que posso melhorar mais é o nível físico e acho que os melhores do mundo também nesse aspeto estão excecionalmente acima dos outros. Vou à procura de ficar mais rápido, ter mais força, servir mais rápido, de tentar fazer mais a diferença, porque, conseguir estar na bola mais cedo é uma vantagem gigante”, justifica. Para 2025 as ambições do tenista maiato, que iniciou a última temporada no 66.º lugar do ranking’ ATP e chegou a atingir o 30.º posto em setembro, passam também por protagonizar uma melhor campanha em Roland Garros, onde ganhou apenas um encontro em 2023, e em Wimbledon, onde há dois anos se lesionou no pé direito e onde ficou na primeira ronda em 2024. “Gostava de fazer, pelo menos, melhor em Roland Garros e Wimbledon. Tenho um objetivo de tirar um bocadinho esse estigma de Wimbledon e da relva, de conseguir movimentar-me melhor [na superfície]. Acho que no ano que vem vou tentar fazer um bocadinho diferente, não sei como ainda. Tenho muito tempo ainda para pensar nisso, mas da maneira que joguei este ano não dá. Portanto, vou à procura de fazer algo diferente”, garante. Apesar de ter sido apenas o segundo tenista português a quebrar a barreira do top 50 da hierarquia mundial, depois de João Sousa, 28.º colocado em 2016, e de ter encerrado a época na 33.ª posição, Nuno Borges garante não estar à procura de bater o recorde do vimaranense. “A verdade é que não jogo para isso, jogo para melhorar. Se isso é 29.º, 28.º ou 25.º, está tudo certo. Mas vou à procura de jogar melhor e estar melhor. Se conseguir manter isso o ano todo, acho que o resultado vai acabar por vir. O ranking também é algo que não consigo controlar, depende dos meus adversários e dos quadros [dos torneios]. É uma pressão que eu não preciso ter”, sublinha, considerando ainda ser “injusto” comparar as carreiras. Nuno Borges, de 27 anos, ainda não tem o calendário totalmente definido para 2025, mas pretende começar a época, à semelhança do último ano, em Hong Kong, no dia 01 de janeiro, e seguir para Auckland, antes de regressar a Melbourne Park para disputar o primeiro torneio do Grand Slam da temporada.
Hoje Macau DesportoRalis | Thierry Neuville campeão do mundo pela primeira vez O belga Thierry Neuville (Hyundai i20) conquistou pela primeira vez o título mundial de ralis, após o companheiro de equipa, o estónio Ott Tänak, ter desistido do Rali do Japão devido a um acidente. Tänak, líder do Rali do Japão desde sexta-feira, foi ontem vítima de uma saída de pista, oferecendo assim o título ao rival ainda antes do final da prova japonesa, a última do campeonato. Para garantir o título, o estónio, que já foi campeão em 2019, teria de ser o mais rápido no último dia e esperar que Neuville não tivesse somado mais de um ponto ontem. “Não sei bem o que dizer… Mas acho que merecemos. A época foi muito complicada, tivemos muita pressão, principalmente este fim de semana”, disse o belga. O líder do campeonato tinha recuperado até ao sétimo posto desde o 15.º lugar com que partiu no sábado de manhã, depois de uma avaria no turbo do seu Hyundai, na sexta-feira, o ter afastado irremediavelmente da luta pela vitória na prova. “Estamos muito felizes e aliviados, por isso poderemos pressionar totalmente na esperança de conquistar também o título de construtores “, declarou Neuville no final da segunda especial de ontem. O belga, vice-campeão já por cinco vezes, foi finalmente coroado campeão do mundo de ralis.
Sérgio Fonseca DesportoGP Macau | Taça do Mundo de GT finalmente convenceu Se dúvidas existissem quanto à realização da Taça do Mundo de GT da FIA no Circuito da Guia, e essas existiram durante muitos anos, a edição de 2024 da Taça GT Macau dissipou-as. Depois da afirmação à sétima tentativa, daqui em diante o caminho, que até aqui teve muitos altos e baixos, advinha-se prometedor Este ano, a presença de seis marcas e vinte e três carros fortemente apoiados pelas mesmas, dos quais dezassete foram conduzidos por pilotos categorizados como “Platinum”, o nível mais alto da FIA, proporcionaram um espectáculo de excelência em pista. Isto, mesmo em condições de pista extremamente difíceis, em que não houve a necessidade da intervenção do Safety-Car, cuja presença inicial foi em prol da segurança de todos. A forma dramática como a corrida foi decidida já ao cair do pano foi a cereja no topo do bolo. Para além dos quatro grandes construtores germânicos – Audi, BMW, Mercedes-AMG e Porsche – regressaram este ano de forma mais séria as marcas italianas Ferrari, que veio “ver” como era em 2023, e Lamborghini, que estava afastada desde 2017. A grelha de partida deste ano atingiu a sua capacidade máxima, limitada pelo regulamento, de 23 carros. De acordo com o director do SRO Motorsports Group Asia, Benjamin Franassovici, cuja equipa é co-coordenadora desta corrida, não é possível ter mais carros, pois não há garagens no paddock suficientes – “É o máximo. Se tivermos 20, é bom, mas 23 é excelente”. É sabido que houve dois outros construtores de GT3 interessados em se juntarem ao evento, mas nenhuma das duas possibilidades se materializou. A Chevrolet, que lançou este ano para o mercado o seu novo Corvette Z06 GT3.R, e a Aston Martin, que tem equipas clientes na Ásia, terão mostrado interesse, mas não o concretizaram. No entanto, nem à corrida faltou quantidade nem qualidade. Quente fora de pista Até fora da pista a corrida foi interessante de seguir, terminando com a troca de acusações entre Raffaele Marciello e Antonio Fuoco, após o toque na travagem para a Curva Lisboa, e com os lamentos de Dries Vanthoor que considerou que a penalização dos comissários desportivos ao vencedor Maro Engel foi demasiado branda. No entanto, o tema da semana foi mesmo o Balance of Performance (BoP), a “fórmula mágica” dos GT que coloca na teoria todos os carros ao mesmo nível. Apesar do SRO Motorsports Group ser co-organizador da Taça do Mundo de GT da FIA, o BoP utilizado em Macau não foi providenciado pela SRO, mas sim pela própria FIA. Se no ano passado este BoP tinha sido bastante criticado por pilotos, equipas e marcas, a verdade é que a FIA caiu no mesmo erro de não delegar totalmente à SRO esta responsabilidade, o que lhe valeu mais uma série de críticas. Após a qualificação, o piloto da Porsche, Laurens Vanthoor, escreveu nas redes sociais (e depois apagou): “Todo o paddock diz que temos um bom BoP, mas os BMW foram 0,9 segundos mais rápidos no Sector 1 por alguma razão misteriosa. Duas curvas que são a fundo e a direito”. Depois do descontentamento generalizado, a FIA, na manhã da corrida de sábado, retirou 40 milibares à pressão turbo dos BMW. Não adiantou muito que a velocidade de ponta dos BMW M4 GT3 até aumentou. Se os Ferrari e os Mercedes-AMG ainda conseguiram acompanhar os BMW em piso seco, a verdade é que os Porsche, Audi e Lamborghini não tinham como o fazer da Curva dos Pescadores até ao Hotel Lisboa. Felizmente, a chuva de domingo acabou por amenizar esta diferença de velocidade de ponta. O que pode vir aí Apesar da natureza imprevisível do Circuito da Guia, a boa imagem deixada este ano e a maturidade atingida pelas equipas de GT3 asiáticas, que hoje em dia não ficam a perder para as homologas europeias ou americanas, dá garantias de um futuro saudável para a Taça do Mundo de GT da FIA no Circuito da Guia. A FIA quererá certamente evitar mais aborrecimentos e como tal, no paddock existia a noção que serão introduzidos no próximo ano os sensores de torque já obrigatórios noutros campeonatos – caros para as marcas e para as equipas, mas necessários para o órgão regulador obter mais e melhor informação. A presença de fortes equipas na Ásia, algumas delas que se apresentaram este ano com patrocinadores de renome, significa que as marcas podem assim poupar elevadas somas na logística de carros e material para uma só corrida, optando por apoiar as equipas clientes da região para viabilizarem a sua participação sem com isso baixarem a fasquia das suas exigências. Por isso mesmo, não é de estranhar que o sonho de Stéphane Ratel, o cérebro da SRO Motorsports Group, para esta corrida seja ter nove ou dez construtores representados na grelha de partida, cada um com dois carros cada, algo que não é difícil quando se tem a Aston Martin, a Corvette, a Ford e a McLaren à espreita.
Hoje Macau DesportoPedro Arede vence Open de Hong Kong em esgrima O português Pedro Arede disse à Lusa estar “mesmo muito feliz” após vencer a competição de espada do Open de Hong Kong em esgrima, que contou com 149 atletas vindos de 12 países e regiões. Na final da categoria de espada, disputada no sábado, Arede derrotou por 15-13 o quinto cabeça-de-série do torneio, o atleta da casa Ng Ting Hin, que tinha ficado em 62.º lugar no mundial da modalidade, disputado este mês na Suíça. “Foi de facto um bom dia, um dia em que as coisas correram bem, fui resolvendo os problemas todos que foram aparecendo. E de facto, vencer em Hong Kong, acho que é extremamente importante”, disse o atleta. Arede sublinhou que o Open de Hong Kong, disputado anualmente na região, é “uma das provas de esgrima mais concorridas e mais fortes ao nível da Ásia”, tendo este ano contado com o vice-campeão asiático, Ng Ho Tin, também um atleta da casa. “Hong Kong neste momento é uma das grandes potências mundiais da esgrima”, disse o português, recordando que o território conseguiu duas medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos de Paris, este verão. Arede admitiu que esta foi a maior vitória desde que se mudou para a região vizinha de Macau, no final de 2019, meses após se ter sagrado, pela segunda vez, campeão de Portugal. A mudança aconteceu por “motivos profissionais e pessoais”, mas o português manteve a intenção de continuar a competir, acompanhado à distância pelo treinador e pela seleção de Portugal. Mas a pandemia de covid-19 causou um interregno e, mesmo depois do recomeço das competições internacionais, o atleta ficou limitado às competições em Macau e na China continental, devido à política ‘zero covid’. Sem regresso a Portugal Aos 36 anos, Arede confessa que já não tem como objectivo regressar à selecção de Portugal, na qual participou pela primeira vez com 15 anos. “As pessoas que estão agora mais na equipa têm feito resultados e épocas extraordinárias, portanto acho que está muito bem entregue”, disse o atleta. Arede acrescentou que tem sido “muito positivo e interessante” contribuir também para a esgrima em Macau, nomeadamente através de treinos com a selecção da região. O atleta tem dado aulas particulares a alguns jogadores de Macau e também já deu aulas de grupo na Escola Portuguesa do território. “É um projecto que gostava de retomar, nesses modos ou noutros modos, mas ter um grupo para trabalhar, acho que era interessante”, explicou o português. Arede disse que “ainda há muita coisa por fazer” para que Macau esteja ao nível da região vizinha, mas sublinhou que “estão a ser dados passos muito bons para que possa haver bons jogadores e um bom nível”. O atleta destacou a existência de “muitos praticantes, uma vez que praticamente todas as escolas de Macau têm a prática de esgrima e um clube afiliado”.
Sérgio Fonseca DesportoAutomobilismo | Couto vence classe Pro-Am do Lamborghini Super Trofeo Asia Os pilotos de Macau tiveram diferentes sortes nas finais da Lamborghini no Circuito de Jerez, em Espanha. No fim de semana em que estiveram ausentes da 71.ª edição do Grande Prémio de Macau, André Couto celebrou o título da categoria Pro-Am do Lamborghini Super Trofeo Asia, ao passo que Charles Leong Hon Chio acabou por não repetir o feito na categoria Pro. André Couto, que esta temporada fez equipa com o chinês Jason Fangping Chen, aos comandos do Lamborghini Super Trofeo EVO2 da Madness Racing Team, conquistou uma vitória e um terceiro lugar na sua classe nas duas provas disputadas na quinta e sexta-feira passadas no ex-circuito espanhol de Fórmula 1. Com estes resultados, a dupla luso-chinesa levou a melhor por seis pontos sobre Thomas Yu e Nikolas Pirttilahti por seis pontos. “Foi uma óptima forma de terminar a temporada, neste ano fantástico para a nossa equipa Madness Racing Team”, disse o piloto português que tinha chegado ao sul de Espanha em igualdade pontual com os seus directos adversários. “Agradecimentos especiais à minha equipa, ao meu companheiro de equipa, Jason Chen, a todos os funcionários, mecânicos e engenheiros que fizeram um trabalho incrível!” Charles não conseguiu Charles Leong sabia que tinha uma tarefa árdua pela frente e tudo se complicou quando o piloto de Macau e a sua companheira de equipa, Miki Koyama, não foram além do terceiro lugar da classe na primeira corrida. Na segunda corrida, a japonesa não aproveitou o facto de arrancar da pole-position, cometendo um erro na primeira curva, traída por uma pista molhada. Na ânsia de recuperar o tempo perdido, já com Charles Leong ao volante, o “touro” da SJM Iron Lynx Theodore Racing tocou no adversário que ultrapassava e entrou em pião. Um segundo lugar à classe, depois de uma recuperação, foi apenas suficiente para garantirem o segundo lugar da classe Pro. Na pista da Andaluzia, esta dupla alinhou nas provas das Finais Mundiais da Lamborghini juntamente com os concorrentes dos troféus americanos e europeus. Na primeira corrida, após Charles Leong se qualificar no 27.º lugar, o duo que enverga as cores da Theodore Racing terminou no 26.º lugar. Já na corrida final, no domingo, em que Mini Koyama foi a 7.ª mais veloz na qualificação, a dupla finalizou no oitavo lugar final.
João Santos Filipe Desporto Grande Prémio de MacauAntes da mudança para a F1, Rui Marques foi o director da corrida de Fórmula Regional Após vários anos como director de corridas em Macau, Rui Marques está a caminho da Fórmula 1, para assumir uma das posições mais desafiantes do automobilismo mundial. Neste percurso, valorizou o Grande Prémio de Macau, que admite tê-lo dotado de uma experiência que dificilmente teria em outro local Macau é tido como um evento de promoção, em que os melhores pilotos acabam por subir à Fórmula 1. Nos últimos anos, também os directores de corridas são convidados para subir à F1, como aconteceu com Eduardo Freitas e agora consigo. Qual a importância do Grande Prémio de Macau neste salto? Acredito que todos evoluímos nas categorias em que passamos pela história e experiência que vamos tendo. Macau é mais uma dessas experiências. Levamos a experiência de Macau para as provas citadinas, para esse tipo de circuitos, e Macau faz parte desse bolo todo. Quantas corridas vai fazer na F1? Neste momento vou fazer as corridas até ao final do ano. Depois logo veremos o futuro. Ficou surpreendido com o convite para f1? Não se trata de ser uma questão de ficar surpreendido. As coisas têm a sua evolução e a experiência que vamos tendo vai-nos trazendo essas possibilidades. O cargo que vai ocupar tem tido várias mudanças nos últimos tempos. Sente que é uma posição amaldiçoada? Não, é mais uma categoria da qual vou ser director da corrida. Tem desafios que não tem em Macau, sobretudo em termos mediáticos… Sim, é um facto. Como conhecido sportinguista, acha que tem um desafio maior que o de Ruben Amorim? Espero ser campeão (risos)… Ele vai ter os seus desafios e eu vou ter os meus, são histórias diferentes. Na Fórmula 1 discute-se a utilização de palavrões e têm sido aplicadas sanções aos pilotos. Como encara a questão? Não vou entrar nessa questão. Sou meramente um director de corrida (risos). Há a possibilidade de voltar a Macau no futuro? Há. Se olharmos para o calendário, o fim-de-semana da prova está disponível. E gosto sempre de voltar. Qual o contributo do Grande Prémio para a sua experiência profissional? Este é um dos circuitos citadinos mais difíceis, talvez só seja comparável ao do Mónaco. Por isso, temos uma pista muito específica que exige uma série de procedimentos que fazemos em Macau e que não fazemos em mais lado nenhum. Isso traz-nos uma experiência que dificilmente mais algum circuito nos dará. Como classifica o desenvolvimento da prova nos últimos anos? Uma das coisas que apreciamos em Macau é o facto de todos os anos vermos melhoramentos. Alguns não são visíveis para o exterior, como acontece este ano que temos um novo sistema de câmaras no controlo da corrida. Mas todos os anos conseguimos encontrar melhoramentos e diria que 90 por cento das nossas recomendações são seguidas, com melhoramentos no ano seguinte. Considera que há espaço para haver mais corridas no programa? Não iria por esse caminho, porque o horário tem as restrições que sabemos. Cada vez que há um acidente em Macau, as probabilidades de termos de reparar um rail ou substituir alguma peça são grandes. Quando metemos mais corridas, começamos a ter outros problemas em termos de horário. Eu não aconselharia esse caminho, mas a escolha é da Comissão Organizadora. Uma das críticas ao Grande Prémio é o número de bandeiras vermelhas e interrupções. É possível reduzir as interrupções? Estamos num circuito citadino, e cada vez que se tem um acidente a tendência é para ter uma neutralização, seja com safety car ou com a bandeira vermelha. Para nós, a segurança está sempre em primeiro lugar, e é mais importante do que o espectáculo. O espectáculo é também importante, faz parte, mas a segurança estará sempre em primeiro, por isso, paramos quando realmente temos de parar. Quando estamos em categorias de promoção, de aprendizagem, notam-se mais as bandeiras vermelhas. Com pilotos mais experientes nota-se menos. Na sexta-feira houve sete bandeiras vermelhas na qualificação da Fórmula Regional. Continua a considerar esta categoria uma boa aposta para Macau? Continuamos muitíssimo bem por ter a Fórmula Regional em Macau. Tivemos um conjunto de situações que levaram ao que vimos. Foi a primeira vez que os pilotos andaram com a pista seca e todos sabemos a grande probabilidade de haver uma bandeira vermelha em Macau. Todos os pilotos tentaram fazer uma volta rápida o mais cedo possível, e como estamos a falar de pilotos em categorias de aprendizagem é normal haver erros. Não é o que queríamos, mas entendemos as razões. Após a qualificação houve uma reunião com os pilotos. O que foi abordado? Estivemos reunidos com os pilotos e equipas para chamá-los à atenção para o que é Macau e o respeito que a pista merece. Perfil Sucesso aos 51 anos num percurso constante Aos 51 anos, Rui Marques vai ser o director de corridas da Fórmula 1 até ao final do ano, quando faltam disputar três provas. Era desde Março de 2022 o director das corridas de Fórmula 3 e Fórmula 2 e desde 2014 que tem desempenhado as funções de director de corridas no Grande Prémio de Macau nas diferentes categorias FIA. Além disso, está ligado à Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting e foi adjunto do director de corridas na Taça do Mundo de Carros de Turismo. A estreia no Circuito de Macau aconteceu em Novembro de 1999, como comissário de pista, na Curva da Maternidade.
João Santos Filipe Desporto Grande Prémio de Macau Manchete71º GPM: Roadsport Challenge | Jerónimo Badaraco queria mais mas ficou feliz com segundo lugar Lei Kit Meng (Subaru BRZ) venceu uma corrida acidentada em que se fizeram poucas voltas. No final, os pilotos macaenses tiveram sortes distintas, mas todos lamentaram o pouco tempo de pista Jerónimo Badaraco (Toyota GR86) alcançou o segundo lugar na Macau Roadpsort Challenge e foi o melhor piloto macaense, numa corrida ganha por Lei Kit Meng. Apesar de destacar a felicidade com o resultado, Badaraco ficou com a sensação de que poderia ter vencido, dado que no arranque chegou a liderar. “Na partida fiz um bom trabalho, mas talvez o Lei Kit Meng tenha feito melhor ao longo da corrida. Mesmo assim, estou satisfeito com o segundo lugar, porque ele tinha mais experiência, já tinha conduzido este carro na Guia, enquanto eu estava a fazer a estreia”, afirmou o piloto. A corrida de sábado acabou por ser bastante acidentada, com a entrada de Safety Car e duas interrupções por acidentes que levaram a bandeiras vermelhas. Por isso, os pilotos tiveram poucas oportunidades para fazer voltas em ritmo de competição. E para Badaraco o pouco tempo de corrida fez a diferença. “Se não fosse o safety car, a corrida seria mais interessante, porque eu sabia que estava mais rápido do que o Lei Kit Meng na zona de subida do circuito. Ele estava mais rápido na zona rápida, mas acho que poderia ter ficado à frente se houvesse mais voltas”, indicou. Faltou tempo Também Rui Valente (Subaru BRZ) se queixou da falta de tempo na pista para melhorar o resultado. O piloto terminou em sexto lugar, depois de perder algumas posições no arranque, ao cair para 10.º. No entanto, no último recomeço fez uma “volta canhão” e ganhou três lugares. Na volta seguinte voltou a subir de posição. “Faltou tempo para chegar ao pódio, acredito que tinha andamento para isso, mas faltaram voltas”, lamentou Rui Valente, ao HM. “Quando me disseram pelo rádio, depois da confusão, que faltavam oito minutos para acabar a corrida, houve alguma coisa que me mordeu e alterei-me. Tanto que o safety car saiu da pista, e ultrapassei logo três carros”, relatou. “E, depois, na volta seguinte, passei mais carros, mas houve um acidente, e vieram as bandeiras vermelhas. Se não fosse esse acidente, tinha acabado em terceiro, de certeza”, acrescentou. “Infelizmente não consegui chegar ao pódio, mas estava muito motivado e estive muito perto. Senti que tinha o carro mais rápido na recta, estava a fazer 220 km/h, acho que os outros estavam a fazer 210 ou 215 km/h”, contou. “Mas fiquei feliz porque conseguimos afinações muito boas. O carro estava a responder muito bem e eu estava muito confiante”, acrescentou. Apanhado no azar Por sua vez, Célio Dias (Toyota GR86) foi forçado a desistir depois de ter sofrido um toque e batido violentamente contra o muro. O macaense ficou arredado da corrida na primeira volta, no incidente que levou à entrada do safety car. “Um carro atrás de mim levou um toque e bateu-me. Como todos os carros estavam muito juntos, não consegui evitar bater no carro da frente. Foi uma batida forte e o carro até levantou um pouco da pista com o toque”, explicou Célio Dias, sobre o acidente. “Não era o fim-de-semana que queria, e fiquei um pouco triste, não tanto pela batida, isso acontece porque é automobilismo, mas pela falta de voltas em ritmo competitivo”, desabafou. “Nos últimos dias esteve a chover, e hoje (sábado), com o piso seco, a corrida, para mim, terminou muito cedo, pelo que acabei por não andar a fazer tempos rápidos e a divertir-me”, lamentou. Apesar do contratempo, Célio prometeu tentar regressar à Guia no próximo ano, por admitir ter gostado de conduzir o Toyota. Alto Apesar dos treinos e qualificação com condições muito traiçoeiras, os pilotos do Roadsport Challenge foram dos que menos bateram. Mostraram inteligência emocional para evitar os problemas que outros pilotos mais reputados não tiveram Baixos Quem corre por gosto não cansa. Mas o tempo do programa dedicado à categoria com mais pilotos locais é demasiado curto. Com uma bandeira vermelha no domingo, o tempo de prova foi demasiado reduzido. Os pilotos mereciam mais Resultados Posição Piloto Carro Tempo 1 Lei Kit Meng Subaru BRZ 32m055s338 2 Jerónimo Badaraco Toyota GR86 a 0s769 3 Mou Chi Fai Toyota GR86 a 1s788 (…) 7 Rui Valente Subaru BRZ a 6s405 23 Célio Alves Dias Toyota GR86 não terminou
João Santos Filipe Desporto Grande Prémio de Macau71º Grande Prémio | Chuva força cancelamento da corrida e Davey Todd foi declarado o vencedor nas motos Entre as cinco sessões previstas, os corredores apenas foram para a pista duas vezes, no sábado de manhã. Após a chuva intensa de domingo de manhã, a organização declarou o britânico vencedor, com base nos resultados da sessão de qualificação O britânico Davey Todd (BMW M1000RR) foi declarado o vencedor do 56.º Grande Prémio de Motos de Macau, apesar da corrida nunca ter sido realizada. Num fim-de-semana em que o território foi afectado pelos Toraji e Man-yi, os troféus foram atribuídos com base na única sessão de qualificação, em que Todd superou Erno Kostamo (BMW M1000RR) e Peter Hickman (BMW M1000RR). “Estou absolutamente devastado por não ter sido possível correr. Depois de termos ido para a pista no sábado, todos pensámos que o mau tempo tinha passado, e que íamos ter uma boa corrida esta manhã (ontem). Mas não foi isso que aconteceu e foi uma desilusão para todos”, afirmou Davey Todd, depois de receber o troféu. Na conferência de imprensa do pódio, todos os pilotos concordaram com a decisão de não realizar a corrida por falta de condições e ilibaram a organização de qualquer culpa. “Acho que os organizadores fizeram absolutamente tudo o que estava ao seu alcance. Mas, infelizmente, parece que foi o terceiro tufão na última semana e não foi possível correr”, vincou o vencedor. “Nós queremos sempre correr, mas estou inteiramente satisfeito com a decisão, porque honestamente acho que hoje (ontem) tivemos as piores condições de toda a semana. (…) As pessoas vêem os carros e talvez pensem que nós podíamos ter corrido. Mas, Macau é um circuito muito perigoso, e com chuva as condições ficam muito diferentes, mais perigosas, por isso, respeito totalmente a decisão dos organizadores”, explicou. Mesmo sem correr, Todd mostrou-se feliz com a vitória, dado que foi a estreia com a equipa FHO Racing BMW Motorrad, propriedade de Faye Ho, neta do falecido Stanley Ho. E a presença em Macau até nem estava prevista: “Não podia ter sido uma estreia melhor, e acho que os rapazes não poderiam ter feito um trabalho melhor, dado que só nas últimas semanas conseguimos chegar a um acordo para estar em Macau. Inicialmente, o nosso acordo só previa que começasse a correr para o ano”, revelou. “Foi um trabalho fantástico da equipa para montar uma mota que se adequasse ao meu estilo, e estou super agradecido”, destacou. Tudo contra nós Em segundo lugar terminou Erno Kostamo, da equipa 38 Motorsport by Penz13 Racing, que se limitou a dizer que foi “um fim-de-semana de loucos”, e aproveitou a estadia no hotel. O finlandês tinha sido o vencedor da edição de 2022 da corrida. Por sua vez, Peter Hickman, colega de equipa de Todd destacou ter feito o “bingo” no pódio em Macau. “Foi uma daquelas edições em que tudo estava contra nós”, afirmou o britânico. “No que me diz respeito, fiz o bingo do pódio, agora tenho o troféu de todos os lugares, de primeiro, segundo e terceiro”, frisou. Até esta edição, Hickman tinha vencido em 2015, 2016, 2018 e 2023 e tinha alcançado o segundo lugar em 2017 e 2019. O piloto deixou ainda o desejo de regressar no próximo ano, e que tudo corra pelo melhor: “Pessoalmente, não sou um piloto de qualificações, e por isso quero sempre correr, como todos os pilotos”, apontou. “Mas não era isso que tínhamos reservado, e vamos ter de regressar no próximo ano, a fazer figas para que tudo corra bem”, concluiu. Alto A organização tentou mexer no programa para garantir que os pilotos tivessem tempo de pista suficiente antes de participarem na corrida. Esta edição foi uma desilusão, mas a opção de não correr foi consensual entre os pilotos Baixo O mau tempo. Há coisas que não se controlam, e pouco mais haveria a fazer tendo em conta os horários apertados do fim-de-semana e a insistência da chuva ao longo do dia de ontem Resultados Posição Piloto Equipa Tempo 1 Davey Todd FHO Racing 2m25s563 2 Erno Kostamo 38 Motorsport 2m25s820 3 Peter Hickman FHO Racing 2m26s155 Matt Steven caiu, mas evitou operação O momento de maior apreensão do Grande Prémio de Macau em motas foi vivido no sábado, durante a sessão de qualificação. O britânico Matt Stevenson caiu e ficou momentaneamente inconsciente no traçado, o que levou à interrupção da prova durante vários minutos. O piloto acabou levado para o Hospital Conde São Januário, onde foi diagnosticado com uma fractura na vértebra T12, uma concussão cerebral e ferimentos nos membros. Apesar do diagnóstico, num primeiro momento, foi considerado que a recuperação não exige qualquer cirurgia. Ontem de manhã, o piloto fez uma publicação nas redes sociais em que revelava que não sentia dores na vértebra T12, mas que o mesmo não se passava com os braços e pernas. “Sinto que me conseguia levantar e começar a andar… Só não estou autorizado”, brincou. Stevenson agradeceu ainda às várias mensagens de apoio.