Sérgio Fonseca Desporto MancheteGP Macau | Huff regressa à Guia ao volante de um Audi A Corrida da Guia do Grande Prémio de Macau vai contar com o seu maior vencedor, o britânico Rob Huff. Actualmente a competir no popular BTCC, o campeonato britânico de carros de Turismo, Huff vai disputar os dois últimos eventos da temporada de 2024 do FIA TCR World Tour, conduzindo um Audi RS 3 LMS pela estreante equipa espanhola Volcano Motorsport. O piloto de 44 anos volta a tripular o carro com o qual esteve na disputa pelo título de 2023 até ao evento final da RAEM, agora com uma nova equipa para ele, os campeões da série TCR Europe de 2021, que subiram este ano para o TCR World Tour. Huff é conhecido pelo seu impressionante recorde no circuito citadino de Macau, com as suas 10 vitórias desde 2008, tanto na Corrida da Guia como na Taça de Macau de Carros de Turismo. Na próxima semana, o piloto britânico vai juntar-se à grelha do FIA TCR World Tour pela primeira vez este ano no próximo evento agendado para o Circuito Internacional de Zhuzhou, a primeira ronda chinesa de sempre do TCR World Tour, em preparação para o seu regresso a Macau. Nesta prova, as estrelas do mundial correrão em conjunto com o pelotão do TCR China. Huff não esconde o seu entusiasmo neste seu regresso a uma categoria que tantas alegrias lhe deu: “Estou absolutamente encantado por voltar a Macau, e também estou entusiasmado para ver o que podemos fazer em Zhuzhou, correndo com o TCR China, uma série que também conheço muito bem. É bom estar de volta ao TCR World Tour, especialmente agora que é uma categoria FIA. Conheço alguns dos elementos da equipa da Volcano Motorsport, uma vez que trabalharam comigo no ano passado, e claro, conheço o carro, tendo ajudado no seu desenvolvimento”. Em preparação O objectivo de Huff passa por ganhar ritmo com o carro na prova chinesa, para depois tentar vencer nas ruas de Macau. Huff correu pela Toyota Gazoo Racing UK este ano no BTCC e terminou em nono lugar do campeonato. “Não corro no TCR há dez meses, por isso ir a Zhuzhou será uma boa preparação para Macau. O objectivo é claro, estamos a procurar a vitória, e estou encantado por terminar o ano num dos meus lugares favoritos no mundo”, disse Huff. O 71.° Grande Prémio de Macau terá lugar de 14 a 17 de Novembro, sendo que as listas oficiais de inscritos deverão ser divulgadas ainda durante este mês.
Sérgio Fonseca DesportoGP | Charles Leong vai às Finais Mundiais da Lamborghini Charles Leong Hon Chio já decidiu. No fim de semana de 18 e 19 de Novembro, aquando da 71.ª edição do Grande Prémio de Macau, o vencedor do Grande Prémio de Macau de Fórmula 4 de 2020 e 2021 vai estar em Jerez de la Frontera nas Finais Mundiais da Lamborghini. O piloto da RAEM confirmou ao HM que vai participar nas Finais Mundiais da prestigiada marca italiana de automóveis de luxo no Circuito de Jerez, participando também na derradeira prova da temporada do Lamborghini Super Trofeo Asia no Lamborghini Huracán Super Trofeo Evo 2 da equipa SJM Iron Lynx Theodore Racing, partilhando o volante com a sua habitual companheira de equipa, a japonesa Miki Koyama. Com o título da categoria PRO em jogo, devido à coincidência de datas, o jovem piloto do território viu-se obrigado a escolher entre rumar ao sul de Espanha e uma possível sétima participação consecutiva no Grande Prémio de Macau. “Infelizmente, existe esta coincidência de datas da Lamborghini com o Grande Prémio, e nós estamos a fazer a temporada completa. Portanto, não posso perder a participação no campeonato”, disse ao HM, Charles Leong, reconhecendo um pouco de tristeza, porque se trata do Grande Prémio, aquela prova especial para todos os pilotos do território. Com apenas duas corridas para disputar, a dupla sino-nipónica encontra-se na segunda posição da categoria PRO, mas com menos dez pontos, o equivalente a um terceiro lugar, que o líder, o piloto britânico de Hong Kong, Dan Wells, e mais seis pontos que os terceiros classificados, Gavin Huang / Jonathan Cecotto. A decisão do título da classe PRO acontecerá no ex-circuito de Fórmula 1 nos dois dias que antecedem as Finais Mundiais da Lamborghini na pista espanhola. A última prova, em Xangai, não correu de feição para o duo da SJM Iron Lynx Theodore Racing, apesar de Leong ter liderado as corridas nas duas vezes que esteve ao volante. Para o que falta da competição, Leong deixou claro que “nós vamos continuar a lutar juntos e vamos lutar para vencer o campeonato.” A pensar no futuro Graças à boa temporada que está a fazer na competição monomarca organizada pela Lamborghini Squadra Corse, a divisão de competição da Automobili Lamborghini elegeu Leong como um dos 28 pilotos que fazem parte do “Programa de Pilotos Júnior” para jovens pilotos que competem em um dos três campeonatos regionais Lamborghini Super Trofeo (Europa, América do Norte e Ásia). O piloto de 23 anos, que está a fazer a sua primeira temporada completa em carros de GT, foi um dos três seleccionados da região asiática. Na pista a sul de Sevilha, após uma cuidada avaliação, Leong e os restantes pilotos seleccionados pela Lamborghini Squadra Corse vão participar num “shootout”. O vencedor receberá apoio financeiro do departamento de competição da marca italiana para a temporada de 2025. Mesmo que não seja seleccionado, esta foi a primeira vez que um piloto de Macau fez parte de um programa de jovens pilotos de um construtor automóvel europeu. O campeão asiático de Fórmula Renault e campeão chinês de Fórmula 4 tem sido uma presença regular no Circuito da Guia desde 2018. Depois de ter participado na prova de Fórmula 3 em 2018 e 2019, Leong alinhou na corrida de Fórmula 4 nos últimos quatro anos, tendo vencido por duas ocasiões e terminado no segundo lugar no ano passado quando a prova contou para o campeonato do sudeste asiático.
Hoje Macau DesportoTénis de mesa | Chineses vencem Torneio de Campeões de Macau Os chineses Sun Yingsha e Lin Shidong venceram domingo, respectivamente, as finais feminina e masculina do WTT Champions de Macau de ténis de mesa. A chinesa Sun Yingsha, de 23 anos, líder do ranking e vice-campeã nos Jogos Olímpicos Paris2024, precisou de seis parciais para bater a também chinesa Wang Yidi, de 27 anos e número quatro do mundo, por 11–7, 6–11, 12–10, 4–11, 11–8 e 11–4. Na final masculina, o jovem chinês Lin Shidong, de 19 anos e atualmente 12.º do ranking, derrotou o alemão Qiu Dang (13.º), de 27 anos, em apenas quatro parciais, por 11–5, 11–6, 11–8 e 1–8. Lin tinha sido o autor da maior surpresa da competição, ao bater o número um do mundo, o chinês Wang Chuqin, nas meias-finais, no sábado. A olímpica lusa Jieni Shao, de 30 anos, actualmente 45.ª do ranking mundial, foi eliminada do torneio na segunda-feira, ao perder com a sul-coreana Kim Nayeong (42.º), de 18 anos, na primeira ronda, em quatro parciais, por 11-3, 11-7, 11-13 e 11-6. Após o final do encontro, a portuguesa disse à Lusa que estava de férias, após Paris2024, na terra natal, em Liaoning, no nordeste da China, quando foi chamada para o torneio de Macau, após a lesão de duas jogadoras. Em Julho, na terceira presença em Jogos Olímpicos por Portugal, Jieni Shao bateu no primeiro encontro a luxemburguesa Sarah de Nutte, 91.ª do mundo, antes de perder na segunda ronda frente à austríaca Sofia Polcanova, 23.ª da hierarquia. O Torneio de Campeões, organizado desde 2022 na região semiautónoma chinesa de Macau, distribuiu este ano um total de prémios no valor de 800 mil dólares, com os vencedores a receberem 35 mil dólares. A competição da World Table Tennis (WTT) reuniu 64 dos melhores jogadores dos rankings masculino e feminino. Jieni Shao vai agora disputar, a partir de 26 de Setembro, o último torneio da temporada na principal competição da WTT, o China Smash 2024, na capital chinesa, Pequim, que distribui um total de prémios no valor de 2 milhões de dólares.
Sérgio Fonseca DesportoXangai | André Couto e Charles Leong adiam decisões para Espanha André Couto e Charles Leong Hon Chio viajaram no pretérito fim de semana até ao Circuito Internacional de Xangai para disputar a quinta prova da temporada de 2024 do Lamborghini Super Trofeo Asia e a última jornada do troféu italiano disputada este ano no continente asiático. Ambos os pilotos de Macau voltaram a subir ao pódio no Interior da China. Ausente por razões pessoais do seu companheiro de equipa na Madness Racing Team na prova de Fuji, o piloto português voltou ao cockpit do Lamborghini Huracan Super Trofeo Evo 2 nº88 da Madness Racing Team, onde esta época faz equipa com o Jason Fangping Chen. Num troféu que não tem uma classificação geral, mas sim classificações à classe, André Couto e o seu companheiro de equipa chinês cortaram a linha de meta no quinto lugar em ambas as corridas, mas foram segundos classificados na primeira corrida e vencedores na segunda. Enquanto a primeira corrida decorreu sob um calor abrasador, a segunda do fim de semana foi antecipada para uma hora mais cedo devido à ameaça de um forte tufão que se aproximava da cidade de Xangai. E foi na segunda corrida que se deu um insólito, após ter herdado o Lamborghini na segunda posição da classe Pro-Am, André Couto perdeu a asa traseira que se soltou do carro. O piloto apercebeu-se do comportamento diferente da viatura, mas optou por não entrar nas boxes, até porque isso iria custar a possibilidade de vitória. Felizmente, para a equipa chinesa a chuva apareceu em força e a corrida teve que ser interrompida por mais de 15 minutos. No recomeço, André Couto selou a sexta vitória da temporada. Com estes resultados, e quando só faltam disputar duas corridas, a dupla luso-chinesa está no comando da classe Pro-Am, em igualdade pontual com a dupla Thomas Yu Lee e Nikolas Pirttilahti. Depois de dez emocionantes corridas em cinco países da Ásia-Pacífico, o Lamborghini Super Trofeo Asia vira-se para o Ocidente para o seu final de temporada no circuito espanhol de Jerez de la Frontera, a 14 e 15 de Novembro. Logo de seguida, as equipas e os pilotos do troféu asiático irão medir forças com os seus homólogos dos Lamborghini Super Trofeo dos continentes europeu e americano nas Finais Mundiais, de 16 a 17 de Novembro. Soube a pouco Charles Leong não teve uma jornada muito fácil, somando um quarto e um lugar na classe PRO, nono e terceiro lugar da geral respectivamente. O Lamborghini da SJM Iron Lynx Theodore Racing, que Charles Leong partilha com a japonesa Miki Koyama, só teve na discussão pela vitória na segunda corrida, quando o piloto da RAEM assumiu a liderança após ter sido responsável pelo primeiro turno de condução. E este terceiro lugar só foi possível após uma penalização na secretaria ao terceiro classificado, o piloto chinês Li Zhi Cong, devido a um toque deste em Miki Koyama no momento da ultrapassagem. Com estes resultados, a dupla sino-nipónica está agora na segunda posição da categoria PRO, mas com menos dez pontos, o equivalente a um terceiro lugar, que o líder, o piloto britânico de Hong Kong, Dan Wells, e mais seis pontos que os terceiros classificados, Gavin Huang / Jonathan Cecotto. A decisão do título da classe PRO foi também adiada para a pista do sul de Espanha. Dado transtorno da coincidência de datas, no fim de semana de 16 a 17 de Novembro, tanto Charles Leong como André Couto terão que decidir nas próximas semanas se vão a Jerez de la Frontera tentar conquistar um saboroso título ou se ficam entre nós para participar na 71ª edição do Grande Prémio de Macau.
Hoje Macau DesportoÊxito da China no ténis não é acaso, mas reflexo de trabalho bem feito, diz treinador O crescente êxito dos tenistas chineses nas competições internacionais “não é surpresa”, mas antes resultado do trabalho “bem feito” da segunda maior economia mundial na modalidade, observou hoje à agência Lusa um treinador português radicado no país asiático. “A forma como [os chineses] trabalham os jogadores tem melhorado. Existem aqui muitos praticantes e se o trabalho for bem feito, os resultados aparecem com naturalidade”, descreveu João Silvério, fundador da Academia de Ténis JSTA, em Shenzhen, no sudeste da China. Zhang Zhizhen, 48º na classificação ATP, ganhou a prata nos Jogos Olímpicos Paris2024 em pares mistos com Wang Xinyu, enquanto Zheng Qinwen, sétima tenista mundial, tornou-se a primeira jogadora asiática a ganhar o ouro em singulares. “Não me surpreendeu. Acho que vamos ouvir falar muito da Zheng nos próximos anos, porque realmente não foi por acaso que ela ganhou o ouro”, observou Silvério. Li Na, a única jogadora da China que ganhou títulos do Grand Slam – Roland Garros (2011) e Open da Austrália (2014) – retirou-se em 2014 e foi preciso esperar 10 anos para voltar a ver uma tenista chinesa na final de um ‘major’, quando Zheng perdeu a final do Open da Austrália para a número dois mundial Aryna Sabalenka, por 6-3 e 6-2. Li e Zheng são as únicas jogadoras chinesas que entraram no top 10 mundial, mas a China tem atualmente seis jogadoras no top 100 WTA. Shang Juncheng – 66º classificado – é o único outro jogador masculino entre os 100 melhores do mundo. O ténis continua a ser um desporto elitista no país asiático. A academia de João Silvério cobra, por exemplo, 900 yuan (115 euros) por hora para aulas individuais. “Não é para qualquer pessoa”, explicou o treinador. No entanto, para os atletas “mais talentosos”, mas que “não têm tantas condições financeiras, o governo cria uma equipa por província” e financia os treinos, viagens e participações em torneios, explicou. João Silvério, 35 anos, foi jogador profissional, marcou presença em estágios das seleções nacionais de sub-16 e sub-18 e participou em diversos torneios internacionais pontuáveis para o ranking ATP, além de ter disputado a qualificação do Estoril Open. Foi ainda parceiro de treinos (‘sparring partner’) e um dos treinadores de Gastão Elias. Radicado na China desde 2019, viveu em Chongqing e Fuzhou, antes de se fixar em Shenzhen, em 2021, onde abriu a academia, em conjunto com a mulher, de nacionalidade colombiana. “O ténis acaba por ser um desporto global que exige grande mobilidade. Depois de me casar, optei por ter um local mais fixo e surgiu a oportunidade de virmos para China em 2019”, explicou.
Hoje Macau DesportoLuso-angolano Lázaro Oliveira pede mais ambição para continuar na seleção de Macau O treinador luso-angolano Lázaro Oliveira, cujo contrato com a Associação de Futebol de Macau termina este mês, pediu mais ambição, após a seleção ser eliminada da qualificação para a Taça Asiática de 2027. “Temos que aceitar que, depois da pandemia, Macau caiu para o fundo do futebol asiático”, disse Oliveira, na conferência de imprensa após a derrota por 0–1 com o Brunei, em casa, na segunda mão do play-off. Macau foi das últimas seleções de futebol a regressar aos jogos, em março de 2023, depois de uma pausa de quase quatro anos imposta pela política de ‘zero covid’, que incluía a restrição das entradas e quarentenas que chegaram a ser de 28 dias. A equipa “tem de jogar mais vezes”, defendeu Oliveira, sublinhando que, nos últimos 12 meses, Macau apenas disputou duas partidas oficiais, em outubro de 2023. No final de agosto, a FIFA confirmou a exclusão de cinco jogadores portugueses por não possuírem passaporte. Apenas os cidadãos chineses com estatuto de residente permanente em Macau podem obter um passaporte do território. A decisão impediu o capitão, o luso-sul-africano Nicholas Torrão, Filipe Duarte, formado no Benfica e antigo internacional jovem por Portugal, o central Vítor Almeida e o avançado Iuri Kaewchang Capelo de jogarem contra Brunei. Lázaro Oliveira voltou a lamentar a exclusão dos portugueses, mas sublinhou que isso deu oportunidade a vários jovens da equipa de sub–21 de se estrearem pela seleção. “Eles são o futuro de Macau, mas para elevar o nível competitivo, eles precisam de competir, de ganhar experiência”, disse o treinador. Oliveira assinou contrato como selecionador em outubro de 2019, mas regressou a Portugal em março de 2020. Depois só conseguiu voltar a Macau após a região ter abandonado, em meados de dezembro de 2022, a política de ‘zero covid’. “O meu contrato termina este mês e tenho de falar com a minha família e com a Associação. Temos de ter melhores condições. Se o objetivo é continuar a fazer uns jogos de vez em quando, terei de pensar no futuro”, explicou o luso-angolano. Após uma vitória por 3-0 na primeira mão, o Brunei segue para a terceira ronda, em busca de uma qualificação inédita para a Taça Asiática de 2027, a disputar na Arábia Saudita. O selecionador interino, Jamie McAllister, que sucedeu ao português Rui Capela, disse na conferência de imprensa estar “muito orgulhoso” pelo Brunei ter conseguido cinco vitórias consecutivas, pela primeira vez na sua história. O escocês sublinhou que a vitória no play-off já é “uma enorme conquista”, mas garantiu que a seleção do sudeste asiático vai “dar tudo” na próxima ronda, uma fase de grupos, cujos jogos arrancam em março.
Hoje Macau DesportoPortuguesa Jieni Shao eliminada do Torneio de Campeões de Macau em ténis de mesa A portuguesa Jieni Shao foi eliminada esta segunda-feira do WTT Champions de Macau de ténis de mesa, ao perder com a sul-coreana Kim Nayeong, na primeira ronda. Kim Nayeong, de 18 anos, começou melhor e venceu facilmente o primeiro parcial por 11-3. “Sinto que não estou muito habituada, que tive poucas oportunidades, neste tipo de torneio só com uma mesa. Por isso fui um bocado lenta a aquecer”, disse Jieni Shao à Lusa após o final do encontro. A portuguesa, atualmente 45.ª do ranking mundial, deu mais luta e chegou a liderar o segundo ‘set’, mas a jovem sul-coreana acabou por triunfar por 11-7. No terceiro parcial, o mais equilibrado, a 42.ª jogadora mundial chegou a estar um ponto da vitória no encontro, mas a olímpica lusa, de 30 anos, não desistiu e venceu por 13-11. Ainda assim, a sul-coreana acabou por fechar o encontro em 28 minutos ao vencer o quarto parcial por 11-6. “Gradualmente, senti-me melhor, mas ela hoje esteve melhor do que eu. Eu conheço a minha adversária, já jogámos várias vezes uma contra a outra e estou sempre em desvantagem”, explicou a portuguesa. Na segunda ronda, Kim Nayeong vai enfrentar a vencedora do encontro de hoje entre outra sul-coreana, Jeon Jihee, 16.ª do mundo, e a chinesa Sun Yingsha, líder do ranking e vice-campeã olímpica em Paris2024. Em julho, na terceira presença em Jogos Olímpicos por Portugal, Jieni Shao bateu no primeiro encontro a luxemburguesa Sarah de Nutte, 91ª do mundo, antes de perder na segunda ronda frente à austríaca Sofia Polcanova, 23.ª da hierarquia. O Torneio de Campeões, organizado desde 2022 na região semiautónoma chinesa de Macau, vai este ano distribuir um total de prémios no valor de 800 mil dólares, com os vencedores a receberem 35 mil dólares. A competição da World Table Tennis (WTT), que arrancou hoje e vai decorrer até domingo, reúne os 64 melhores jogadores dos rankings masculino e feminino, incluindo o número um do mundo, o chinês Wang Chuqin. Jieni Shao sublinhou que estava de férias, após Paris2024, na terra natal, em Liaoning, no nordeste da China, quando foi chamada para o torneio de Macau, após a lesão de duas jogadoras. A portuguesa vai agora disputar, a partir de 26 de setembro, o último torneio da temporada na principal competição da WTT, o China Smash 2024, na capital chinesa, Pequim, que distribui um total de prémios no valor de 2 milhões de dólares.
Sérgio Fonseca DesportoF4 | Tiago Rodrigues vence e sonha com a Academia da Ferrari Depois de ter participado na F4 dos Emirados Árabes Unidos (F4 UAE) nos dois primeiros meses de 2024 e de ser presença habitual no Campeonato de Karting de Macau, organizado pela AAMC no Kartódromo de Coloane, Tiago Rodrigues voltou ao cockpit de um monolugar além-fronteiras. O jovem piloto do território juntou-se à grelha de partida do Campeonato da Austrália de Fórmula 4, na prova disputada no Circuito Internacional de Sepang, tendo conquistado uma pole position e uma vitória Na Malásia, o campeão de F4 da China mostrou que “quem sabe, não esquece” e, ao volante de um Tatuus FIA F4-T421 da Evans GP, no sábado, alcançou uma pole position e uma vitória incontestável na primeira corrida do programa. Nas redes sociais, o piloto da RAEM considerou que foi “um bom fim de semana no geral”, até porque esta primeira corrida “foi praticamente perfeita, liderei da pole até ao fim e ganhei com uma diferença de 7,5 segundos” para o segundo classificado, a que somou “a volta mais rápida após seis meses sem conduzir”. Na primeira das duas corridas de domingo, Tiago Rodrigues não tirou partido da primeira posição na grelha de partida, pois, devido a um problema técnico no monolugar da Evans GP, teve de arrancar das boxes. A situação agravou-se momentos depois com uma penalização de “drive-through”. O décimo lugar no final da corrida, ganha pelo australiano Cooper Webster, acabou por saber a pouco, considerando que o jovem piloto de 16 anos fez novamente a volta mais rápida. Na última contenda do programa, “não tive um bom arranque, caí de segundo para quarto e, frustrantemente, fiquei lá até ao final da corrida, com dificuldades em ultrapassar o carro da frente, mas considerando que foi a minha pior corrida, diria que não foi nada mau”. O indiano residente em Hong Kong, Kai Daryanani, foi o vencedor desta terceira corrida. Mundo Ferrari A Scuderia Ferrari Driver Academy (FDA) vai realizar o seu Programa de Seleção da Ásia-Pacífico e Oceânia no Circuito Internacional de Sepang, na Malásia, de 15 a 18 de Setembro. A casa de Maranello revelou os treze pilotos, entre os 14 e os 17 anos, que vão competir por um lugar na Final Mundial de Scouting da FDA, em Itália, que por sua vez atribuirá uma vaga na cobiçada Scuderia Ferrari Driver Academy em 2025. Os australianos Tyler Calleja, Harrison Duske, Lincoln Evans, Seth Gilmore, Cohen Kokotovich, Jesse James Samuels, Nicolas Stati, Costa Toparis e Dante Vinci, Visal Raman do Azerbaijão, o indiano Arjun Chheda, o japonês Sena Tsukamoto e Tiago Rodrigues compõem a lista dos participantes que serão avaliados. Arjun Chheda e Nicolas Stati já participaram nesta iniciativa no ano passado, mas os restantes onze seccionados são novatos neste desafio. A avaliação em pista será feita com os mesmos Tatuus FIA F4-T421, mas outros parâmetros também irão pesar na decisão.
Hoje Macau DesportoParalímpicos | Atleta de Macau em último no salto em comprimento Chio Hao Lei, a primeira atleta de Macau a competir nos Jogos Paralímpicos, terminou em último na prova de salto em comprimento para atletas com deficiência intelectual em Paris2024. Chio, de 17 anos, que tinha a pior marca pessoal das 15 atletas (4,27 metros) em prova, não passou dos 4,17 metros, ao segundo dos três saltos que efectuou na prova que encerrou o dia do atletismo no Stade de France. O director da organização Macau Special Olympics disse à Lusa que a presença da jovem em Paris pode encorajar mais mulheres com deficiência a praticar desporto no território. “As mulheres com deficiência podem ver que, se praticarem desporto, têm a oportunidade de chegar ao mais alto nível mundial”, defendeu Hetzer Siu Yu Hong. Hetzer Siu admitiu que “a maioria dos atletas com deficiência são homens” e que é preciso “fazer mais esforços para encorajar as mulheres com deficiência a praticar desporto” no território.
Andreia Sofia Silva DesportoAutomobilismo | Rodolfo Ávila termina no pódio do CTCC O piloto Rodolfo Ávila conseguiu subir ao pódio este fim-de-semana na prova para o Campeonato da China de Carros de Turismo (CTCC) – Sports Cup, que decorreu em Ningbo, China, no Ningbo International SpeedPark. Segundo um comunicado, o piloto, que reside em Macau, conduziu um Volkaswagen Lamando L da equipa oficial SVW 333 Racing, tendo ganho a prova Classe S. Além disso, Ávila ficou em segundo lugar na prova geral da segunda corrida do programa. Destaque para o facto de Ávila ter estado mais de um ano sem competir, tendo agora sido convidado pela equipa SVW 333 Racing para “ajudar no desenvolvimento” do modelo Volkswagen Lamando L, “um carro que nunca tinha conduzido até então e que difere das versões anteriores”. A SVW 333 Racing foi a equipa que Ávila representou entre os anos de 2016 a 2020 no CTCC. Regresso feliz Em Ningbo, Ávila fez o formato de corrida de 55 minutos com uma paragem obrigatória para trocar de piloto, tendo o português feito equipa com o piloto chinês Sun Chao. “Fiquei muito feliz por regressar à família da SVW 333 Racing. Não estava nos meus planos voltar a correr este ano, mas aceitei este convite e gostei bastante”, explicou Rodolfo Ávila, que largou da quarta posição da grelha de partida na corrida de sábado, assumindo rapidamente a liderança e defendendo aguerridamente a posição até às paragens nas boxes. “Diverti-me imenso na primeira corrida, a defender a liderança dos Audi TCR que vinham atrás de mim, mas na minha última volta, pouco antes de entrar para as boxes, a suspensão traseira cedeu na curva 21. Consegui ainda levar o carro até às boxes sem perder a primeira posição. A equipa resolveu o problema, e o Sun Chao ainda voltou à pista, mas o resultado ficou comprometido”, afirmou o piloto do VW Lamando L nº7 que ainda assim subiu ao pódio da Classe S. Na segunda corrida de 55 minutos, no domingo, Rodolfo Ávila viu o seu companheiro de equipa realizar o primeiro turno de condução, para depois concluir a corrida com sucesso. “O meu companheiro de equipa entregou-me o carro na quarta posição, e eu levei-o até segundo na geral e primeiro na classe. Não foi uma corrida fácil, devido ao imenso calor dentro do cockpit. Nesta mistura de classes, os TCR continuam a ser os carros mais rápidos em pista, mas o mais importante era divertir-me e ajudar a equipa a evoluir o carro, que ainda tem margem para melhorar.” Na mesma nota refere-se ainda que, embora “não seja uma prioridade, Ávila mantém em aberto a possibilidade de regressar de forma mais consistente ao CTCC no futuro”.
Hoje Macau DesportoTaça Asiática | Selecção de Macau perde com Brunei sem portugueses Com esta derrota pesada, o ‘play-off’ de qualificação para a próxima Taça Asiática deverá estar decidido, embora Macau vá tentar dar a volta à situação, amanhã em jogo a disputar em casa A selecção masculina de futebol de Macau perdeu sexta-feira 3-0 em Brunei, na qualificação para a Taça Asiática 2027, naquele que foi o primeiro jogo depois da FIFA confirmar a exclusão de cinco jogadores portugueses. Os golos da primeira mão do ‘play-off’ de qualificação para a Taça Asiática 2027, na Arábia Saudita, foram apontados aos 32 minutos pelo médio Hakeme Yazid, aos 56 minutos pelo defesa Nazry Aiman, e aos 61 pelo médio Hariz Herman. “A vitória foi perfeitamente justa para a equipa de Brunei. Teve três oportunidades e concretizou as três”, disse à Lusa o luso-angolano Lázaro Oliveira, seleccionador de Macau. Após esta derrota, a primeira em cinco encontros frente a Brunei, Oliveira admitiu que o ‘playoff’ poderá estar decidido, mas prometeu que a equipa vai tentar “dar uma imagem completamente diferente” na segunda mão, marcada para amanhã, em Macau. “Uma equipa mais ambiciosa, com mais qualidade, a criar oportunidades de finalização e sobretudo tentar conseguir uma vitória perante os nossos apoiantes, em casa”, disse o seleccionador. Brunei foi treinado, de forma interina, pelo escocês Jamie McAllister, depois da saída do português Rui Capela, de 55 anos, que conduziu a equipa a vitórias em dois jogos amigáveis frente ao Sri Lanka, em Junho. A selecção do sudeste asiático não contou, devido a lesão, com o capitão Faiq Bolkiah, antigo jogador do clube português Marítimo, e conhecido como o futebolista mais rico do mundo, por ser sobrinho de Hassanal Bolkiah. O sultão de Brunei dá precisamente nome ao Estádio Nacional Hassanal Bolkiah, na capital, Bandar Seri Begawan, onde decorreu o jogo de sexta-feira. A selecção de Macau contou de início com o defesa Amâncio Goitia e com Nuno Pereira, médio do Imortal de Albufeira, que disputa o distrital do Algarve, uma vez que ambos detêm passaporte da região semiautónoma chinesa. Portugueses excluídos Este foi o primeiro jogo de Macau após a FIFA ter confirmado a exclusão de cinco jogadores portugueses por não possuírem passaporte. Apenas os cidadãos chineses com estatuto de residente permanente em Macau podem obter um passaporte do território. A decisão impediu o capitão, o luso-sul-africano Nicholas Torrão, Filipe Duarte, formado no Benfica e antigo internacional jovem por Portugal, o central Vítor Almeida e o avançado Iuri Kaewchang Capelo, de viajar para Brunei. A braçadeira de capitão ficou com o defesa Chan Man, que chegou a jogar em Portugal, no Olhanense. “Estamos a falar de jogadores que seriam titulares e extremamente importantes para a selecção”, lamentou Lázaro Oliveira. Uma exclusão que afecta também David Kong Cardoso, jogador do Fabril do Barreiro, que disputa o Campeonato de Portugal, o quarto escalão do futebol português. Em 23 de Agosto, uma porta-voz da Associação de Futebol de Macau confirmou à Lusa a exclusão, de acordo com regulamentos da Confederação Asiática de Futebol aprovados já em 2021, e lamentou que não haja qualquer exceção para “jogadores que já representam Macau há muitos, muitos anos”. A associação prometeu que “irá de certeza voltar a tentar” reverter a decisão junto da FIFA, mas excluiu a possibilidade de levar o caso ao Tribunal Arbitral do Desporto, na Suíça.
Sérgio Fonseca DesportoTaça do Mundo de GT | Edoardo Mortara esperado na Guia Edoardo Mortara está a preparar-se para ser um candidato à vitória na sétima edição da Taça do Mundo de GT da FIA, que será novamente realizada dentro do programa do Grande Prémio de Macau. De acordo com a imprensa alemã, o piloto suíço, que venceu este troféu pela Mercedes-AMG em 2017, será um dos pilotos que a Lamborghini irá enviar para conquistar o ambicionado troféu no Circuito da Guia A marca italiana tem sido uma das grandes ausentes da Taça do Mundo, em parte porque tem existido uma coincidência de calendário entre o Grande Prémio do território e as Finais Mundiais dos troféus monomarca da casa de Sant’Agata Bolognese. Este ano, o evento da RAEM volta a coincidir com o maior evento desportivo organizado pela Automobili Lamborghini, mas mesmo assim, dada a importância do mercado neste ponto do globo, a marca terá decidido inscrever dois carros. Segundo a revista alemã Motorsport Aktuell, a Lamborghini Squadra Corse delegou a “missão Macau” à equipa italiana Vincenzo Sospiri Racing, que este ano está a disputar o Fanatec GT World Challenge Asia. O plano dos italianos passa por inscrever dois Huracán GT3 Evo 2 para Edoardo Mortara, que defende as cores da marca no Campeonato do Mundo de Resistência da FIA (WEC), e para Mirko Bortolotti, que para além de ser companheiro de equipa de Mortara no mundial, é também o “ponta-de-lança” da marca transalpina no DTM e um dos melhores pilotos de GT3 a nível mundial. Conhecido como “Sr. Macau”, por ter vencido no Circuito da Guia por seis ocasiões, duas vezes na Fórmula 3 e quatro vezes nos GT, Mortara tem sido uma presença habitual entre nós. Apesar de já não fazer provas de GT com regularidade, a correr pela Audi, terminou em segundo lugar nas duas últimas edições da corrida. Bortolotti também não é um novato no Circuito da Guia, tendo defendido as cores da Lamborghini em 2016 e 2017, no entanto, sem obter resultados de vulto. A Lamborghini nunca venceu este prestigiado troféu atribuído pela FIA, mas já venceu a Taça GT Macau, a corrida que serve de berço à Taça do Mundo, por duas ocasiões. Em 2009 e 2010, o japonês Keita Sawa, aos comandos de um Gallardo GT3, deu as primeiras vitórias à Lamborghini no Circuito da Guia. Qualidade garantida A FIA restringiu a edição deste ano da Taça do Mundo a apenas 23 concorrentes. Para além da presença da Lamborghini, está igualmente prevista a presença, com pilotos e equipas apoiadas pela fábrica, da Porsche, da Mercedes-AMG e da Audi, sendo que esta última marca talvez se apresente com menos carros por estar a desinvestir na categoria. Quem também deverá estar novamente representada na grelha de partida é a Ferrari e com mais do que um 296 GT3. A prova irá atribuir novamente um título de pilotos e um título de construtores. O período de inscrições terminou no final de Julho, mas a lista oficial de inscritos só deverá ser revelada no mês de Outubro, quando a Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau assim o decidir. O evento de “sprint” da categoria GT3, de formato de piloto único, contará novamente com duas corridas – a de qualificação com 12 voltas e a final com 16 – que foram vencidas no ano passado pelo italo-suíço Raffaele Marciello (Mercedes-AMG GT3). O 71º Grande Prémio de Macau decorre de 14 a 17 de Novembro.
Sérgio Fonseca DesportoGP | Apresentado F3 que não correrá no Circuito da Guia O Autódromo Nazionale de Monza, em Itália, foi palco da apresentação do Dallara F3 2025, a próxima geração de monolugares de Fórmula 3 e o primeiro da disciplina, em quatro décadas, que não será visto a competir no Circuito da Guia O Dallara F3 2025 irá suceder ao Dallara F3 2019 que se retirou oficialmente das pistas este fim de semana. Este último, foi o primeiro monolugar de Fórmula 3 após a fusão entre a GP3 Series e o Campeonato Europeu de Fórmula 3, tendo competido no Circuito da Guia em 2019 e 2023. Para os livros de história também fica escrito que este foi o monolugar com que o inglês Luke Browning estabeleceu no ano passado o recorde da volta mais rápida em corrida no Circuito da Guia, com o tempo de 2:06.257, uma marca que provavelmente irá perdurar imbatível durante alguns anos. Visualmente, este novo carro tem semelhanças com os actuais modelos F1 e F2 e está equipado com o mesmo motor Mecachrome de 6 cilindros e de 3,4 litros que debita 380 cavalos de potência às 8000 rpm. Curiosamente, o carro que está confirmado para as três próximas temporadas, terá jantes de 16 polegadas, uma nova caixa de seis velocidades e será pela primeira vez alimentado por um combustível cem por cento sustentável. “Ao alinhar-se estreitamente com a aerodinâmica da Fórmula 2 e da Fórmula 1 da FIA, o novo carro de F3 oferece aos jovens pilotos uma plataforma essencial para desenvolverem as suas capacidades, preparando-os para os desafios que se avizinham nas categorias superiores”, disse o presidente da Federação Internacional do Automóvel (FIA), Mohammed Ben Sulayem, que acrescentou que “o design melhorado do cockpit reflete os nossos esforços contínuos para tornar o desporto motorizado mais inclusivo, garantindo que pilotos de todos os perfis físicos tenham a oportunidade de competir ao mais alto nível.” O ex-piloto de ralis e o primeiro presidente da FIA não europeu, que publicamente nunca comentou a exclusão da Fórmula 3 do Grande Prémio de Macau, referiu ainda que “este novo FIA Fórmula 3 incorpora a visão da FIA de um desporto que é progressivo, inclusivo e sustentável”. Este novo carro, que contou com a experiente colombiana Tatiana Calderón como piloto de desenvolvimento, terá sido uma das razões para a FIA decidir trocar no Grande Prémio de Macau os emblemáticos monolugares de Fórmula 3 pelos monolugares da muito menos reconhecida Fórmula Regional a partir já deste ano. Curiosamente, não foram reveladas as dimensões do novo carro, nem se este foi mais rápido nos testes que o modelo anterior, apenas que é capaz de atingir velocidades acima dos 300 km/h e acelerar dos 0 aos 100 km/h em três segundos. Um novo capítulo Os monolugares de Fórmula 3 usados até aqui serão ainda utilizados nos testes oficiais no mês de Outubro em Jerez e Barcelona e depois serão retirados. Grande parte destes carros serão adaptados para uso privado pelas equipas e outros acabarão como modelos de exposição. Por exemplo, o chassis com que Richard Verschoor venceu o Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 de 2019 ainda se encontra na MP Motorsport e será provavelmente vendido a um coleccionador privado. O 71.°Grande Prémio de Macau terá lugar de 14 a 17 de Novembr o e “a vinda de carros de Fórmula Regional a Macau para a Taça do Mundo FIA é uma consequência natural da evolução do panorama das corridas de monolugares de formação nos últimos anos e é um passo lógico na pirâmide”, disse o diretor de estratégia e operações de monolugares da FIA, François Sicard. A F3 foi introduzida no Grande Prémio de Macau em 1983, pelas mãos de Barry Bland com o apoio de Rogério Santos, na altura o presidente do Leal Senado, quando a FIA considerou que o Circuito da Guia não reunia as condições para receber a F2. As equipas de F3 visitaram o território por 38 vezes, uma vez que, de 2020 a 22, a pandemia de COVID-19 restringiu as viagens à RAEM. Durante esta quatro décadas, a prova de F3 de Macau recebeu inúmeras Taças Intercontinentais e Taças dos Mundo da FIA.
Hoje Macau Desporto MancheteFIFA exclui jogadores portugueses da selecção de Macau A FIFA confirmou a exclusão de cinco jogadores portugueses da equipa masculina de Macau por não possuírem o passaporte da RAEM, disse sexta-feira à Lusa o seleccionador Lázaro Oliveira. O luso-angolano disse que a Federação Internacional de Futebol (FIFA, na sigla em francês) já informou a Associação de Futebol de Macau da decisão de ratificar uma exclusão imposta pela Confederação Asiática de Futebol (AFC, na sigla em inglês). A decisão irá, no imediato, afectar o capitão, o luso-sul-africano Nicholas Torrão, Filipe Duarte, formado no Benfica e antigo internacional jovem por Portugal, o central Vítor Almeida e o avançado Iuri Kaewchang Capelo, lamentou Lázaro Oliveira. O seleccionador disse que contava com os quatro jogadores para as duas mãos do ‘play-off’ de qualificação para a Taça Asiática 2027, contra o Brunei, que estão marcadas para 05 e 10 de Setembro. Apesar de admitir que a situação fica “mais difícil”, Oliveira garantiu que Macau não desiste de sonhar: “Agora é pôr o foco nos jogadores que estão presentes e tentar rentabilizá-los ao máximo para que possam fazer dois bons jogos e tentar passar”. A médio prazo, acrescentou o seleccionador, a exclusão afecta também David Kong Cardoso, jogador do Fabril do Barreiro, que disputa o Campeonato de Portugal, o quarto escalão do futebol português, mas que actualmente está lesionado. Vítor Almeida, de 33 anos e radicado em Macau há quase nove anos, disse à Lusa que a decisão “não faz sentido”. “Há sensivelmente oito meses, jogámos o apuramento para o Mundial, em que não houve problema nenhum”, recordou o defesa. Em Outubro, Macau foi eliminada por Myanmar (antiga Birmânia) da corrida ao Mundial2026 após uma derrota por 5-1 fora e um empate a zero em casa, partidas em que participaram Vítor Almeida, Nicholas Torrão, Filipe Duarte e o médio Nuno Pereira, que então jogava no Imortal, do Campeonato de Portugal. Vítor Almeida descreveu esta exclusão como injusta para jogadores nascidos no exterior como Nicholas Torrão, que “já representa a selecção há mais de 20 anos e representou nas camadas jovens”, mas sobretudo para Iuri Capelo. Capelo, que nasceu em Macau há 31 anos, disse à Lusa estar “desiludido e um bocado frustrado”. “Nós todos trabalhamos, não vivemos do futebol. Então requer algum esforço da nossa parte ir aos treinos e é sempre um orgulho para todas as pessoas poderem representar o local onde nasceram”, sublinhou. Sem excepções Apenas os cidadãos chineses com estatuto de residente permanente em Macau podem obter um passaporte do território. Filho de mãe tailandesa e pai português, Capelo disse que, de acordo com as autoridades de Macau, teria de renunciar ao passaporte português. “Como é uma decisão pessoal minha, não quero renunciar à minha nacionalidade”, explicou. O jogador do Benfica de Macau, actual campeão, disse que a decisão da FIFA “pode desmotivar os mais jovens”, mas alertou que actualmente já há poucos não chineses “a jogar pelas camadas mais jovens da seleção de Macau”. Vítor Almeida, que também lidera uma escola de futebol, sublinhou a importância de não “ficar resignado e desistir”, para que os jovens da região “tenham essa possibilidade de poder representar a selecção de Macau mesmo não sendo chineses”. Uma porta-voz da Associação de Futebol de Macau confirmou à Lusa a exclusão, de acordo com regulamentos da AFC aprovados já em 2021, e lamentou que não haja qualquer excepção para “jogadores que já representam Macau há muitos, muitos anos”.
Hoje Macau DesportoParalímpicos | Presença de Macau pode encorajar mulheres a praticar desporto A presença da atleta de Macau Chio Hao Lei nos Jogos Paralímpicos Paris2024 pode encorajar mais mulheres com deficiência a praticar desporto no território, disse ontem o director da organização Macau Special Olympics. Chio, de 17 anos, viaja hoje para Paris, onde será a única atleta da região semiautónoma chinesa nos Paralímpicos, competindo na prova de salto em comprimento para atletas com deficiência intelectual. Esta é a quarta vez que um atleta de Macau recebe um convite especial da organização para os Paralímpicos, mas Chio foi a primeira mulher escolhida, sublinhou o director da Macau Special Olympics. Hetzer Siu Yu Hong disse acreditar que a escolha se deveu à política de paridade de género e recordou que os Jogos Olímpicos Paris2024 foram os primeiros a tentar ter um igual número de atletas femininos e masculinos. Graças à participação de Chio Hao Lei, “nestes Paralímpicos, as mulheres com deficiência podem ver que, se praticarem desporto, têm a oportunidade de chegar ao mais alto nível mundial”, defendeu o dirigente. Hetzer Siu admitiu que “a maioria dos atletas com deficiência são homens” e que é preciso “fazer mais esforços para encorajar as mulheres com deficiência a praticar desporto” no território. Apesar de sublinhar que este “é um desafio em toda a Ásia”, o director da Macau Special Olympics disse que a cultura chinesa tem factores culturais que ainda são obstáculos, incluindo a visão de “só é bonita a mulher que tem a pele branca, sem músculos”. A organização, com 37 anos de história, começou por promover o acesso de pessoas com deficiência intelectual à prática desportiva e actualmente aposta na educação e na formação de deficientes para acesso ao mercado de trabalho. Para as pessoas com deficiência, “a primeira preocupação é como viver na nossa sociedade e uma segunda prioridade são os estudos, algo que é muito importante na cultura chinesa”, disse Siu. Apesar de lamentar ser difícil atrair pessoas com deficiência para o desporto, o dirigente disse esperar que, depois dos Paralímpicos, também os Jogos Olímpicos Especiais da China possam ser “uma oportunidade para encorajar os cidadãos a praticar desporto”. Olhos no pódio Macau vai acolher duas provas de badminton, para pessoas com deficiência física ou auditiva e para pessoas com deficiência intelectual, no âmbito dos Jogos Olímpicos Especiais da China, que decorrem entre 8 e 15 de Dezembro de 2025. Siu disse que a Special Olympics tem todas as semanas treinos de 22 desportos, nos quais participam regularmente entre 100 e 120 utilizadores. Foi nestes treinos que o talento de Chio Hao Lei começou a despontar. Depois de conseguir o sexto lugar nos Jogos Asiáticos, realizados na cidade chinesa de Hangzhou, em Outubro passado, Chio assumiu à Lusa que não vai a Paris só para marcar presença. A jovem vai entrar em acção nos Paralímpicos a 6 de Setembro e tem três saltos para conseguir uma marca que lhe permita qualificar-se para os saltos finais. “O meu recorde pessoal é 4,25 metros, mas quero chegar aos 4,5 metros. Já o consegui nos treinos, mas nunca em competição”, referiu Chio. Como acontece desde os Jogos Seul1988, a competição paralímpica partilha as instalações com a olímpica e deverá juntar cerca de 4.400 atletas de 160 regiões e países, em 559 eventos, de 22 modalidades.
Hoje Macau DesportoVela | Macau recebe abertura de circuito mundial a partir de 2025 Macau vai receber anualmente, a partir de 2025, a abertura do circuito mundial da World Match Racing Tour (WMRT), uma das mais importantes competições internacionais de vela. Num comunicado divulgado na terça-feira, o Instituto de Desporto (ID) da região disse que o WMRT Macau Match Cup, evento reconhecido pela Federação Mundial de Vela, vai decorrer entre 8 e 12 de Janeiro. A etapa de Macau será o evento de abertura do circuito mundial da temporada de 2025 da WMRT, cujo programa completo ainda não foi divulgado. Este ano a competição arrancou nos Estados Unidos, em Abril, e a grande final está marcada para a cidade chinesa de Shenzhen, entre 10 e 15 de Dezembro. Num outro comunicado, divulgado na segunda-feira, o director executivo da WMRT, James Pleasance, disse que o acordo com Macau “é um outro marco importante” no crescimento do circuito. A WMRT referiu ainda que Macau vai acolher a abertura do circuito anualmente, “a partir de 2025”. A Lusa tentou obter mais informações junto do ID, mas não obteve até ao momento qualquer resposta. A etapa da WMRT vai fazer parte da Regata Internacional de Macau 2025, que irá incluir ainda a Regata da Taça Flor de Lótus e da Regata da Taça Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, referiu o ID. Mais de 300 velejadores têm participado anualmente na Regata Internacional de Macau, que arrancou em 2019, sublinhou a WMRT. A edição deste ano vai atribuir prémios no total de 100 mil dólares, acrescentou. O ID defendeu que trazer a Macau “os melhores velejadores do mundo” vai “consolidar ainda mais” o estatuto da cidade como “um centro mundial de turismo e lazer” e ajudar a diversificar a economia local, dependente do jogo. No comunicado da WMRT, o presidente interino do ID, Luís Gomes, defendeu que esta decisão “demonstra mais uma vez a capacidade de Macau para acolher grandes competições internacionais”.
Sérgio Fonseca Desporto MancheteGP | André Couto e Charles Leong com uma decisão difícil em mãos André Couto e Charles Leong Hong Chio enfrentam um enorme dilema. De um lado da balança está a participação no 71.º Grande Prémio de Macau, no outro prato da mesma está a possibilidade de conquistar um título no Lamborghini Super Trofeo Asia A competição monomarca do prestigiado construtor italiano de automóveis deslocou-se este fim de semana ao Japão, para a quarta prova da temporada no circuito de Fuji. Couto esteve presente, mas apenas para fazer ‘coaching’ aos pilotos da sua habitual equipa, pois o seu companheiro de equipa, o chinês Fangpin Chen, não viajou até ao “país do sol nascente” por razões pessoais. Com isto, o piloto português perdeu, por apenas seis pontos, a primeira posição que ocupava na classe Pro-Am para a dupla Nikolas Pirttilahti/Thomas Yu. Couto ainda poderá recuperar o primeiro lugar, mas terá que alinhar nas restantes jornadas do troféu e continuar a senda de vitórias (foram cinco em seis corridas), quando faltam disputar ainda quatro corridas, duas em Xangai (China) e outras duas em Jerez de la Frontera (Espanha) na semana que precede as “finais mundiais” das Lamborghini. Segundo o que apurou o HM, a Madness Racing Team conta com André Couto e Fangpin Chen para as últimas duas provas da temporada. Porém, como tem acontecido nos últimos anos, as Lamborghini World Finals voltam a coincidir no calendário com o Grande Prémio de Macau. Quer isto dizer, que Couto terá que escolher onde estará de 16 a 19 de Novembro – em Macau ou em Espanha. O piloto português não esconde que gostaria de voltar a competir no Circuito da Guia, e até existirão possibilidades para o voltar a fazer. Caso não encontre um volante competitivo, Couto não quererá perder a oportunidade de somar mais um título para o seu longo palmarés. Ainda mais a perder Presente em Fuji, mas ao volante, Charles Leong alcançou um segundo e um terceiro lugar, o que lhe permite estar no segundo lugar na classificação da classe PRO do Lamborghini Super Trofeo Asia, em igualdade de pontos com os rivais Dan Wells/Emilien Carde e com a sua companheira de equipa na SJM Iron Lynx Theodore Racing, a japonesa Miki Koyama. Graças à boa temporada que está a fazer na competição monomarca do prestigiado construtor italiano, no mês passado, a Lamborghini Squadra Corse, a divisão de competição da Automobili Lamborghini, elegeu Leong como um dos 28 pilotos que fazem parte do “Programa de Pilotos Júnior” para jovens pilotos dos Super Trofeo. Leong foi um dos três seleccionados da região asiática. O Super Trofeo Junior Driver Program é dedicado a pilotos até aos 25 anos e que competem em um dos três campeonatos regionais Lamborghini Super Trofeo (Europa, América do Norte e Ásia). Após a avaliação, os pilotos que mais impressionarem ao longo da temporada serão selecionados pela Squadra Corse para participar num “shootout”, a realizar após as tradicionais Lamborghini World Finals, o evento de encerramento da temporada dos troféus Lamborghini, que este ano decorrerá no circuito de Jerez de la Frontera, no sul da Espanha. O vencedor receberá apoio da fábrica da Squadra Corse durante a temporada de 2025. Tal como Couto, Leong não faz segredo da sua vontade em competir no Circuito da Guia, principalmente se for aos comandos de um carro competitivo, mas confessou ao HM “não saber de momento” onde estará naquele fim de semana de Novembro. Se a opção de Leong for correr entre nós no mês de Novembro, então deixará cair as ambições de conquistar o título na categoria PRO no Circuito de Jerez, pois durante a semana que precede as “finais mundiais” das Lamborghini, serão disputadas as duas últimas corridas pontuáveis para o Lamborghini Super Trofeo Asia. A não presença em Jerez também irá colocar um “ponto final” no sonho de um dia poder vir a ser piloto de fábrica da Lamborghini.
Hoje Macau DesportoJO | Iúri Leitão primeiro português a conquistar duas medalhas numa edição O ciclista Iúri Leitão tornou-se sábado no primeiro atleta português a conquistar duas medalhas numa edição dos Jogos Olímpicos, ao vencer o ouro no Madison, ao lado do compatriota Rui Oliveira, depois da prata no Omnium em Paris2024. Depois de ter conquistado na quinta-feira a medalha de prata na prova de Omnium, Iúri Leitão chegou sábado ao lugar mais alto do pódio em equipa com Rui Oliveira, com ambos a vencerem a prova de Madison, com um total de 55 pontos, à frente da Itália, com Simone Consonni e Elia Viviani, segunda com 47, e da Dinamarca, com Niklas Larsen e Michael Moerkoev, terceira, com 41. Numa edição de estreia lusa em provas masculinas do ciclismo de pista, Iúri Leitão e Rui Oliveira juntaram-se a Carlos Lopes, Rosa Mota, Fernanda Ribeiro, Nélson Évora e Pedro Pichardo como campeões olímpicos, com Iúri a igualar o recorde de duas medalhas, mas com o feito de ser numa única edição. Poucas horas depois de o canoísta Fernando Pimenta ter falhado o objectivo de medalha nos Jogos, ao ser sexto em K1 1.000 metros, e assim ficar impedido de se tornar no primeiro português a conquistar três medalhas, Iúri Leitão e Rui Oliveira atenuaram a desilusão lusa e, com o título olímpico, o primeiro juntou-se ainda ao restrito lote das duas medalhas. O triunfo da dupla Iúri Leitão e Rui Oliveira no Madison em Paris2024 constituiu o sexto título olímpico do desporto português, o primeiro fora do atletismo, e o 32.º pódio luso de sempre.
Sérgio Fonseca DesportoTaça do Mundo de FR no GP Macau sem equipas chinesas A Federação Internacional do Automóvel (FIA) emitiu um comunicado a anunciar as equipas que participarão na primeira edição da Taça do Mundo de Fórmula Regional (FR) da FIA que será disputada no programa da 71.ª edição do Grande Prémio de Macau de 14 a 17 de Novembro. Nenhuma das equipas seleccionadas é da República Popular da China. Tradicionalmente disputado com carros de Fórmula 3 desde o início da década de 1980s, a prova principal do Grande Prémio de Macau será agora uma corrida para monolugares de Fórmula Regional, especificamente chassis Tatuus T-318 e motores Alfa Romeo. O comunicado, publicado na noite de sexta-feira, refere que “a edição deste ano do Grande Prémio de Macau, que utilizará pela primeira vez máquinas da Fórmula Regional da FIA, tem atraído a atenção das melhores equipas de quase todos os campeonatos de FR em todo o mundo, incluindo o campeonato japonês de FR, FRECA, FR Américas, FR Oceânia e FR Médio Oriente”. Segundo o comunicado da FIA foram escolhidas doze equipas, mas na lista de inscritos apresentada pela entidade reguladora do desporto automóvel mundial apenas constam o nome de onze equipas, sendo que a equipa francesa Sainteloc Racing é mencionada a duplicar. A FIA não revelou quantos carros cada equipa irá inscrever, mas indicou, como o Hoje Macau já tinha revelado anteriormente, que o número total de participantes será limitado a 27 concorrentes, o que sugere que apenas algumas equipas, as quais não sabemos, competirão com um máximo de três carros. O regulamento desportivo da primeira edição Taça do Mundo de FR da FIA é omisso no que respeita à forma como foi feita a selecção das equipas e quantos carros poderão trazer para o evento da RAEM. No entanto, este é bastante explicito a indicar que “qualquer decisão sobre se um piloto tem a experiência necessária [para participar na prova] será tomada a exclusivo critério da FIA.” A selecção dos pilotos deverá começar agora, pois de acordo com o mesmo comunicado, “abre-se agora a porta para que jovens pilotos talentosos de todo o mundo se candidatem às equipas registadas e comecem o processo de se juntarem a uma das grelhas mais prestigiadas do desporto motorizado.” Oportunidade perdida Destaque a para a ausência de qualquer equipa do Reino Unido e da República Popular da China na lista de inscritos, sabendo que neste último caso existem carros no país e equipas que estavam interessadas em participar. Entre as equipas inscritas, há apenas duas equipas asiáticas, ambas japonesas, a Tom’s Formula e a TGM Grand Prix, visto que a SJM Theodore Prema Racing, não é mais que a estrutura da reputada equipa italiana com o apoio do entusiasta local Teddy Yip Jr. Numa altura em que a China é uma super potência da indústria automóvel, as equipas do Interior da China e das duas Regiões Administrativas Especiais têm demostrado nos últimos anos estar ao nível das melhores do mundo. Basta recordar que os grandes construtores germânicos Audi, Mercedes e Porsche recorrem a estruturas chinesas para colocarem em pista os seus carros oficiais na Taça do Mundo de GT da FIA no Circuito da Guia. A inexistência de um campeonato de FR na China poderá ser um argumento para a rejeição das equipas chinesas, embora a equipa japonesa TGM Grand Prix tenha sido aceite à partida sem nunca ter participado numa prova de FR. Equipas Inscritas: ART Grand Prix Evans GP MP Motorsport Kiwi Motorsport Pinnacle Motorsport PHM Racing R-Ace GP Sainteloc Racing SJM Theodore Prema Racing TGM Grand Prix Tom’s Formula
Sérgio Fonseca DesportoAustrália gostaria de correr no Circuito da Guia O promotor do campeonato TCR Austrália, o Australian Racing Group, está a estudar várias possibilidades para revitalizar a sua competição de carros de Turismo, sendo que uma das possibilidades que agradava aos australianos era uma visita ao Circuito da Guia. Segundo o portal especializado australiano speedcafe.com, entre as dúvidas que ainda existem sobre o futuro da categoria TCR na Austrália, surgiram duas possibilidades distintas, que poderão ser concretizadas já no próximo ano. Uma das soluções em cima da mesa passa pelo TCR Australia acompanhar o super popular campeonato australiano Supercars em algumas provas de 2025. A segunda possibilidade, e possivelmente a mais forte, passa por entrar numa colaboração com o TCR Asia para formar um mini-campeonato Ásia-Pacífico, com provas em comum. O Director Geral do Australian Racing Group, Liam Curkpatrick, revelou que contactou os organizadores do TCR Asia para ver se existe algum interesse para uma colaboração. “Quer sejam eles a vir fazer algumas provas aqui e/ou o TCR Austrália a ir a provas de lá, e também se existe a possibilidade de o TCR Austrália competir em Macau”, revelou Curkpatrick citado pela publicação online australiana. Apesar do TCR Australia estar a viver um momento menos bom, com apenas treze carros a comparecerem na última prova realizada em Queensland, o responsável do maior campeonato TCR na Oceânia está convicto que o campeonato não vai desaparecer e sublinhou novamente que a categoria TCR ainda tem relevância no automobilismo mundial, mesmo após o fim da Taça do Mundo de Carros de Turismo da FIA – WTCR no final da temporada de 2022. “Infelizmente, este ano o TCR World Tour teve de fazer uma pausa [não visitando a Austrália este ano] porque teve de fazer o evento da China e, obviamente, não pôde fazer Bathurst”, relembrou Curkpatrick à imprensa do seu país. “Continuam as conversações com o WSC Group (o promotor do FIA TCR World Tour) sobre o regresso de uma prova do World Tour à Austrália no próximo ano. Estamos muito interessados em manter essas ligações. Há muitas hipóteses de haver outra prova do World Tour no próximo ano. Não sei até que ponto [as conversações] progrediram, mas tivemos as primeiras conversas com o TCR Asia sobre as possibilidades. É mais um complemento ao que vamos fazer. Nada é para substituir o que estamos a fazer”. Sem necessidade de corrida extra Ao longo das suas sete décadas de história, o Grande Prémio de Macau sempre foi muito acarinhado em “Down Under”, mas apesar das várias tentativas, as competições australianas nunca conseguiram visitar o território. O Kumho FIA TCR World Tour fará parte do programa do 71.º Grande Prémio de Macau e a dúzia de pilotos que compete a tempo inteiro no “mundial” irá partilhar a grelha de partida da Corrida da Guia com o pelotão de pilotos do TCR China. Os concorrentes do TCR Australia poderão ganhar o desejado bilhete para Macau sem que haja a necessidade de adicionar uma corrida o programa, visto que poderão juntar-se a esta grelha de partida, uma vez que a regulamentação técnica da categoria é universal.
Sérgio Fonseca DesportoAutomobilismo | Futuro das pistas de Zhaoqing e Zhuhai não é risonho Este Verão trouxe más notícias para o desenvolvimento do desporto motorizado de Macau. O futuro dos dois circuitos permanentes da província de Guangdong está envolto de muitas dúvidas. O Circuito Internacional de Guangdong (GIC) deverá cessar actividade no dia 30 de Setembro, enquanto que o Circuito Internacional de Zhuhai (ZIC) tem um novo accionista maioritário, não se sabendo que planos tem o gigante do imobiliário que irá a partir de agora gerir a infraestrutura Sem uma infraestrutura para a prática dos desportos motorizados no território, para além do Kartódromo de Coloane, os pilotos de Macau de duas e quatro rodas, assim como os seus congéneres de Hong Kong, têm recorrido nas últimas duas décadas e meia aos circuitos permanentes das cidades vizinhas. Contudo, este cenário poderá mudar abruptamente por falta de alternativas. Zhaoqing é para demolir Esta semana ficou-se a saber que a Zona de Alta Tecnologia de Zhaoqing emitiu uma revisão de várias parcelas do Plano Detalhado de Controlo da Área Sudeste do Parque Dawang, onde neste momento está edificado o GIC. Onde hoje é o circuito, está planeada a construção de um parque de exposições de automóveis de novas energias e de um parque industrial de armazenamento de peças sobressalentes. As equipas que têm sede no GIC terão uma reunião com a administração do circuito esta sexta-feira, mas a informação oficial é que a pista cessa actividade já no próximo dia 30 de Setembro. Erguido em 2008, o circuito desenhado pela arquitecta Qiming Yao abriu oficialmente as portas em 2009. Apesar de incluir a palavra internacional no nome e ter feito parte de um calendário provisório do defunto WTCC, em 2011, o circuito de 2,8 quilómetros dos arredores de Zhaoqing, nunca acolheu provas para além das locais e de algumas competições nacionais chinesas. Foi igualmente ao longo dos anos palco de várias provas dos campeonatos de carros de Turismo de Macau, embora este ano tenha sido preterido pelo Circuito Internacional de Zhuzhou na província de Hunan. Nunca tendo recebido grandes investimentos, o circuito de Grau 3 da FIA, que sempre teve um aspecto inacabado e envelhecido, era actualmente o favorito das equipas e pilotos de Macau para basearem as suas oficinas de competição e deixarem os seus carros do outro lado da fronteira. Os seus preços acessíveis faziam do GIC o circuito ideal para os pilotos privados testarem as suas máquinas, sendo a sua alargada disponibilidade uma mais valia. Dúvidas sobre Zhuhai Mais perto das Portas do Cerco, na cidade de Zhuhai, a empresa malaia LBS Bina Group Bhd comunicou que venceu a sua participação no primeiro circuito permanente construído no Interior da China por 124,7 milhões de ringuites (cerca de 214,15 milhões de patacas). Numa declaração apresentada à Bursa Malaysia Securities Bhd, o grupo informou que a sua unidade Dragon Hill Corporation Ltd vendeu a totalidade da sua participação na Lamdeal Investments Ltd (LIL) à Huafa Urban Operation (HK) Ltd. A LIL detém uma participação de 60 por cento no operador do circuito, a Zhuhai International Circuit Limited (ZICL). No âmbito do acordo, o Huafa liquidará cerca de 257,55 milhões de patacas em empréstimos que a LIL e as suas filiais deviam à LBS Bina. “O circuito tem-se deparado com desafios cada vez mais difíceis devido aos requisitos cada vez mais rigorosos de conformidade com a sustentabilidade. Estes desafios incluem a resolução de questões relacionadas com o ruído, em que o cumprimento destes regulamentos exige ajustamentos operacionais significativos”, afirmou a LBS Bina, em comunicado. Mais conhecida pelos seus gigantes empreendimentos imobiliários da empresa mãe, a Huafa Urban Operation foca-se no investimento e na aquisição de participações em várias empresas, operando no sector das finanças empresariais. A gestão do dia-a-dia do circuito de Zhuhai esteve sempre a cargo da empresa malaia. No entanto, ainda não é visível qualquer reestruturação ou alteração de gestão no circuito nascido em 1996 para acolher o mundial de Fórmula 1, algo que não se concretizou. Um dia construído numa zona inóspita, mas hoje cercado por zonas residenciais, o futuro da infraestrutura tem sido colocado em causa por diversas vezes, operando presentemente com rigorosas limitações de ruído que condicionam a prática de diversas modalidades. Apesar de ter recebido as competições automobilísticas da RAEM no passado, nos últimos anos, o ZIC perdeu predominância no desporto motorizado local devido aos preços mais altos praticados, à disponibilidade limitada e à actividade desportiva reduzida em prol de actividades comerciais.
Hoje Macau DesportoParis2024: Natação lança três novos campeões perante ascensão do Japão O Japão isolou-se esta segunda-feira no comando da tabela de medalhas de Paris2024, cujo terceiro dia ofereceu os primeiros títulos olímpicos dos nadadores David Popovici, Thomas Ceccon e Summer McIntosh, sem conceder novos recordes mundiais. Numa apertada final dos 200 metros livres, o romeno Popovici gastou 1.44,72 minutos e bateu o britânico Matthew Richards e o norte-americano Luke Hobson por apenas dois e sete centésimos, respetivamente, melhorando o quarto posto alcançado em Tóquio2020. O nadador, de 19 anos, iniciou com êxito o objetivo de se sagrar campeão dos 100 e 200 livres em Paris, onde o italiano e recordista mundial Thomas Ceccon também passou por dificuldades para ‘vingar’ a sua ausência do pódio dos 100 costas nos derradeiros Jogos. O transalpino cumpriu a distância em 52 segundos, relegando para segundo o chinês Xu Jiayu, a somente 32 centésimos, com o norte-americano Ryan Murphy em terceiro, a 39. Autoritária foi a vitória nos 400 estilos da canadiana Summer McIntosh (4.27,71 minutos), de 17 anos, que, dois dias depois da medalha de prata nos 400 livres, foi hegemónica na disciplina em que se tornou recordista mundial há praticamente dois meses, tendo como maiores perseguidoras as americanas Katie Grimes (4.33,40) e Emma Weyant (4.34,93). Uma das surpresas foi protagonizada nos 100 metros bruços, com a sul-africana Tatjana Smith (1.05,28 minutos) a bater a chinesa Tang Qianting por 26 centésimos e a irlandesa Mona McSharry por 31, deixando a recordista Lilly King, ouro no Rio2016, atrás do pódio. A australiana Mollie O’Callaghan também causou furor nos 200 livres, ao gastar 1.53,27 minutos para renovar o máximo olímpico da sua compatriota e recordista mundial Ariarne Titmus, ‘vice’, a 54 centésimos, com Siobhán Haughey, de Hong Kong, a 1,28 segundos. O Japão ficou em ‘branco’ na natação, mas isolou-se no comando do medalheiro global, com seis ouros em 12 ‘metais’ – contra cinco títulos da anfitriã França, China, Austrália e Coreia do Sul, fruto de vitórias em competições masculinas de ginástica artística e skate. Três anos depois de terem sido destronados em Tóquio pelo então Comité da Rússia no concurso por equipas, os ginastas nipónicos impuseram-se com reviravolta à China, que, na quinta e última rotação, claudicou com dois erros de Su Weide na barra fixa, aliados à execução categórica de Daiki Hashimoto, campeão olímpico e mundial daquele aparelho. O Japão garantiu o oitavo título com 259.594 pontos, contra 259.062 da China e 257.793 dos Estados Unidos, que não faziam parte de um pódio desde o bronze em Pequim2008. No dia seguinte à vitória da jovem Coco Yoshizawa, os nipónicos lograram a ‘dobradinha’ na variante de street do skate, tendo Yuto Horigome, campeão na estreia da modalidade em Jogos Olímpicos, atualizado esse estatuto com 281,14 pontos, em outra final intensa. Um derradeiro ‘trick’ de 97,08 permitiu-lhe passar do sétimo lugar para o topo, superando os norte-americanos Jagger Eaton (281,04), segundo, e Nyjah Huston (279,38), terceiro, num evento que tinha sido adiado no sábado, face à chuva contínua na capital francesa. Com 17 desportos em ação, o terceiro dia trouxe 19 finais e afastou os Estados Unidos, país mais laureado desde Londres2012, do top 5 do medalheiro, com apenas três ouros. A Grã-Bretanha pisou pela primeira vez o lugar mais elevado do pódio em Paris2024, ao revalidar os triunfos no concurso completo por equipas de equestre e no ciclismo ‘cross-country’ masculino, com Tom Pidcock a recuperar do atraso de mais de meio minuto provocado por um furo na roda dianteira para cronometrar 1:26:22 horas, acima do gaulês Victor Koretzky, a nove segundos, e do sul-africano Alan Hatherly, a 11. Já o torneio de singulares masculinos de ténis ofereceu um ‘choque’ de titãs entre Novak Djokovic, segundo jogador mundial, e Rafael Nadal, 161.º e campeão em Pequim2008, com o sérvio a triunfar naquele que pode ter sido o último duelo de uma das maiores rivalidades da história (6-1 e 6-4), no court central de Roland Garros, onde o espanhol cimentou um recorde de 14 troféus no segundo Grand Slam da temporada, três dos quais sobre ‘Nole’. Detentor de um máximo de 24 vitórias em ‘majors’ masculinos e bronze em Pequim2008, Djokovic continua na luta pelo único título em falta na carreira e defrontará nos ‘oitavos’ o alemão Dominik Koepfer, 70.º ATP, enquanto Nadal, que junta 22 Grand Slams e perdeu pela 31.ª vez em 60 desafios com ‘Nole’, ainda ladeia Carlos Alcaraz no evento de pares.
Sérgio Fonseca DesportoAutomobilismo | Da Guia para Portugal 25 anos depois Entre as várias dezenas de carros que participaram no 53.º Circuito Internacional de Vila Real, um carro em particular chamou-nos à atenção, tratava-se de um Honda Civic EG6 amarelo com um logótipo antigo de “Macau”. Vinte cinco anos depois, o mesmo carro que competiu na Taça ACP do Grande Prémio de Macau em 1998 e 1999 regressou às pistas…em Portugal Paulo Ascensão participou no Grande Prémio por duas ocasiões, onde foi 15.º (1998) e 17.º (1999) classificado, mas depois da transferência regressou a Portugal e com ele levou o seu carro de corrida. “Quando viemos para Portugal em 1999 havia alguma incerteza em relação ao futuro tanto de Macau, como da evolução familiar e profissional. A decisão de deixar Macau foi alvo de muita ponderação e foi com muita dificuldade que a decisão foi tomada”, explicou Paulo Ascensão ao HM. “Após a decisão ser tomada, tudo o que havia em Macau, carros inclusive, acompanharam a família. Tanto o Honda como também os Alfa Romeos, e todos os restantes projectos.” O “bichinho das corridas” sempre o acompanhou e, assim que apareceu a oportunidade, Paulo Ascensão voltou a vestir o fato e a colocar o capacete. Com o filho Luís Ascensão, inscreveu-se na prova do Campeonato de Portugal de Velocidade Legends, na categoria 1600, e com o mesmo Honda que, ainda nos dias da administração portuguesa do território, comprou a um amigo chinês de Hong Kong. “A ideia de correr em Portugal com o Honda sempre foi uma semente que estava latente, bem como a preparação de mais um carro de corrida (um Alfa Romeo clássico), mas os compromissos pessoais e profissionais nem sempre nos deixam tempo para levar todos os projectos em frente. A família e o trabalho sobrepuseram-se aos projectos lúdicos”, mas acresce que “o Honda na garagem gritava todos os dias por ar fresco!” Com os filhos mais velhos já crescidos, e com o mais novo a estudar Engenharia Mecânica, Paulo Ascensão confessa que tinha “chegado a altura de voltar a pôr os carros a andar. O Honda era o candidato ideal para esse regresso.” Futuro nas pistas Depois da estreia positiva em Vila Real, sem toques nem incidentes, o EG6 irá continuar a ser visto nos circuitos portugueses, pois “vai cumprir o restante calendário dos Legends, com mais duas provas em Setembro e Outubro”. Isto, porque o projecto pai e filho em Vila Real ficou em suspenso, devido a uma indisposição do filho Luís, “pois não tendo sido possível realizar as qualificações, para conhecer a pista e adaptar-se ao carro, optou-se por ser o pai a fazer ambas as corridas.” Bem estimado, o Honda “macaense” apareceu no circuito transmontano com muita saúde e como se os vinte e cinco anos de inactividade não tivessem passado por si. “Esteve a ser revisto e actualizado, com tudo o que é obrigatório e carece de homologação, como por exemplo, o banco, os cintos, depósito combustível, extintor, etc. Foram feitas melhorias que nos anos noventa eram extremamente difíceis, pois a tecnologia à data não o permitia com facilidade, como por exemplo a afinação em tempo real em banco de potência. Essas melhorias pretendem trazer uma fiabilidade extra ao carro, que de si já é lendária. Contudo, é basicamente o mesmo carro que correu em Macau, com a mesma suspensão, travões, caixa de velocidade, escape, admissão, etc.” O Honda nº38, que competiu com pneus semi-slicks como mandam as regras, e não slicks como em Macau, completou com êxito as duas corridas, em 7.º e 5.º lugar da Taça Legends 1600 do Campeonato de Portugal de Velocidade Legends. Voltar a Macau Paulo Ascensão não perdeu a esperança de um dia voltar a competir no Circuito da Guia, apesar de ter a noção que hoje em dia não é fácil conseguir uma vaga no programa do maior cartaz desportivo da RAEM. Esta experiência no actualmente único circuito urbano português trouxe-lhe à memória recordações do traçado da “Pérola do Oriente”. “Vila Real trouxe de volta memórias de Macau, pois também é um circuito citadino. Não tem grandes escapatórias e os limites da pista são os rails”, realça o piloto que é residente de Macau. “Correr em Macau é algo único, é um circuito muito mais rápido, com uma zona baixa muito rápida, e depois uma zona superior com todos os SS, onde os limites do piloto e do carro são desafiados constantemente. As ultrapassagens em Macau são muito difíceis, e em Vila Real também. Macau tem uma zona rápida mais larga, mas por ser rápida é difícil ultrapassar. Por seu lado, Vila Real é mais apertada, mas com mais transições, sendo por isso mais propícia a ultrapassagens na saída das travagens.” “O Honda ainda tem algumas referências a Macau, e foi muito bem recebido pelos outros concorrentes. Houve vários pilotos que questionaram sobre a sua proveniência e muitos referiram ambicionaram também correr em Macau. Embora seja um desafio deslocar máquinas e equipas, ainda mantemos o sonho de voltar a correr em Macau. Ambiciono, um dia, voltar e, quem sabe, levar mais três ou quatro pilotos nacionais para disputarem provas em Macau.”
Sérgio Fonseca DesportoCouto volta às vitórias na Coreia do Sul Os pilotos de Macau, André Couto e Charles Leong Hong Chio, viajaram no fim de semana até à Coreia do Sul, para a terceira jornada da temporada de 2024 do Lamborghini Super Trofeo Asia. No Inje Speedium, os dois pilotos do território voltaram a estar em evidência, com André Couto a vencer a sua categoria em ambas das corridas. Localizado nas montanhas de Taebaek, na província de Gangwon, aproximadamente a 121 quilómetros a leste da capital sul-coreana, Seul, o Inje Speedium foi inaugurado em 2013. Desde então, o circuito tem acolhido regularmente uma série de competições regionais, com o seu traçado a proporcionar um desafio emocionante para os pilotos e corridas interessantes para os espectadores, emoldurado por uma paisagem pitoresca. Os pilotos da RAEM destacaram-se logo na qualificação. André Couto marcou o segundo melhor tempo na Qualificação 1, ficando a duas décimas da pole-position, conquistada pelo neo-zelandês e campeão em título, Chris van der Drift. Já Charles Leong, o piloto da SJM Iron Lynx Theodore Racing fez o quarto melhor tempo da sessão. Na tarde de sábado, André Couto fez um bom arranque e manteve sempre van der Drift sob pressão no seu turno de condução. Com a habitual troca de pilotos, e já com Fangping Chen ao volante, o Lamborghini Huracán Super Trofeo Evo 2 nº88 acabou por cair até ao sexto lugar. No entanto, a vantagem conquistada pelo piloto português na primeira metade da corrida foi o suficiente para a dupla da Madness Racing Team celebrar uma vitória na classe Pro-Am. Charles Leong também teve razões para sorrir no sábado, pois fez uma boa corrida, tendo no seu turno de condução ganho uma posição. A japonesa Miki Koyama fez o que lhe competia na integra e subiu ao segundo lugar, por troca com Fangping Chen, vendo a bandeira de xadrez apenas atrás de van der Drift. Para a segunda corrida do fim de semana, disputada no início da tarde de domingo e com os dois pilotos de Macau a assistirem das boxes à primeira parte da corrida, Koyama largou do segundo lugar, ao passo que Fangping Chen partiu de sétimo. A japonesa cumpriu o que se lhe pediu, mantendo-se sempre na pegada do primeiro classificado, no entanto, a dupla do carro patrocinado pela Theodore Racing caiu para o terceiro lugar da geral e da classe Pro já no final da contenda. No entanto, nas contas do campeonato, este conjunto de resultados, permitiu ao jovem duo subir para a primeira posição na classe Pro. André Couto herdou o seu Lamborghini no oitavo lugar, mas Fangping Chen já liderava entre os carros inscritos na classe Pro-Am. Com o ex-campeão de Super GT, na classe GT300, aos comandos, o “touro” da equipa chinesa subiu três posições, terminando no quinto posto, e vencendo a corrida na sua classe. A dupla luso-chinesa está isolada na classificação da classe Pro-Am quando ainda faltam três eventos por realizar. O troféu da prestigiada marca de automóveis de luxo italiana continua no próximo mês, com uma jornada dupla no emblemático circuito japonês de Fuji, no fim de semana de 17 e 18 de Agosto.