Sérgio Fonseca Desporto71º Grande Prémio | Taça GT – Corrida da Grande Baía GT dos pequeninos Depois de anos a ser o “patinho feio” do programa, a aposta nos carros GT4 e num Balance of Performance (BoP) da SRO Motorsports Group, deu à Taça GT – Corrida da Grande Baía outra credibilidade e outros motivos de interesse. Num pelotão com muitas caras conhecidas do automobilismo chinês, as marcas começam a fazer-se representar. A Porsche trouxe o jovem francês Alessandro Ghiretti para vencer, enquanto a Toyota confia na presença da “sua” Gazoo Racing China, com Han Lichao ao volante, e a Lotus entregou um Emira ao capaz jornalista-piloto Yan Chuang. A grelha de partida conta também ex-vencedores desta corrida, como são os casos de Alex Jiang (BMW M4), em 2022, e Kevin Tse (Mercedes AMG GT4), em 2019, e vencedores de outras corridas passadas disputadas no Circuito da Guia, como são o local Kelvin Leong (BMW M4), talvez o mais rápido do contingente de oito pilotos de Macau, ou Lo Ka Chun (BMW M4) de Hong Kong, o mais ornado de todos. A corrida é também um interessante espectáculo visual, tanto pela acção arrebatadora em pista quanto pela variedade de carros de marcas conhecidas e reconhecidas no automobilismo, como a Audi, a BMW, a Toyota, a Lotus, a McLaren, a Mercedes, a Porsche ou até a Ginetta. A grande incógnita Que corrida vamos ter? No ano passado, quando até estava animada, esta mesma corrida teve um final prematuro devido a uma bandeira vermelha. Com uma grelha de partida que é composta maioritariamente por pilotos amadores, embora alguns com profundo conhecimento do Circuito da Guia, a possibilidade de termos mais uma corrida estragada por bandeiras vermelhas e safety-cars é elevada. Facto Esta será corrida com a maior grelha de partida com carros GT4 no continente asiático no ano de 2024.
Sérgio Fonseca Desporto71º Grande Prémio | Macau Roadsport Challenge / Macau Roadsport – Taça do Estabelecimento da RAEM Espaço para os talentos locais Desde o primeiro Grande Prémio, em 1954, que a presença dos pilotos locais é levada muito a sério. Quando os grandes nomes internacionais começaram a preencher as grelhas de partida, houve sempre um especial cuidado para manter a “prata da casa” no evento. Muitos se perguntarão qual a diferença entre estas duas corridas com nomes semelhantes e a resposta é simples: nenhuma. Dado o número de inscritos e o entusiasmo em redor das corridas de apuramento para o Grande Prémio, este ano realizadas no circuito chinês de Zhuzhou, que obrigou a separar a grelha de partida em dois, a Associação Geral Automóvel Macau-China conseguiu arranjar forma de encaixar todos os concorrentes no evento do Circuito da Guia. Todos os pilotos competem em carros Toyota GR86 (ZN8) ou Subaru BRZ (ZD8), o que permite, na teoria, corridas bastantes animadas. As centralinas são sorteadas antes do evento, para evitar excessos de criatividade, e todos os carros são obrigados a utilizar pneus da marca Pirelli. São treze os concorrentes com licença desportiva da RAEM, quatro deles nomes bem conhecidos da comunidade lusófona – Rui Valente, Jerónimo Badaraco e Célio Alves Dias correm na Macau Roadsport Challenge e Sabino Osório Lei na Macau Roadsport – Taça do Estabelecimento da RAEM. A grande incógnita No ano passado, ano da estreia destes carros nas corridas de Turismos locais, houve um ascendente claro dos pilotos de Hong Kong. Um ano depois, e com muito mais quilómetros em cima, será que esta tendência se mantém? Os resultados das corridas realizadas em Zhuzhou dizem que sim, mas o Circuito da Guia é a verdadeira prova de fogo. Facto Apesar da igualdade dos carros, 20 pilotos escolheram os Subaru e 34 os Toyota.
Sérgio Fonseca DesportoGP | Theodore Racing em três frentes no mesmo fim de semana A Theodore Racing é sinónimo do Grande Prémio de Macau há mais de quatro décadas. Este ano, a equipa de Teddy Yip Jr. vai apostar em três frentes no mesmo fim-de-semana, com um toque especial italiano Sem surpresa, a Theodore Racing manterá a sua habitual aposta na prova rainha de monolugares, preservando o legado do fundador, Teddy Yip Sr., mas acrescentará um elemento extra à sua participação anual no Grande Prémio de Macau, com a inscrição de dois carros na Taça do Mundo de GT da FIA. A histórica equipa, que conta com múltiplas vitórias no território, sobretudo nas provas de Fórmula 3, vai aliar-se este ano ao seu patrocinador, a SJM Resorts, e à equipa italiana Vincenzo Sospiri Racing, para colocar nas mãos dos experientes Edoardo Mortara e Matteo Cairoli dois competitivos Lamborghini Huracán GT3 Evo2. Para Teddy Yip Jr., “entrar na arena dos carros de GT é um desenvolvimento empolgante para a equipa” e, quanto à sua formação de pilotos para a Taça do Mundo, o empresário diz-se “entusiasmado por contar com Edoardo e Matteo — dois pilotos de fábrica excepcionais da Lamborghini”, referindo ainda que este será um “evento que certamente será disputado ao mais alto nível.” A escolha do Lamborghini Huracán será uma adição bem-vinda à grelha da Taça do Mundo de GT da FIA, com a marca ausente do evento desde que a equipa chinesa FFF Racing competiu com as versões originais do Huracán GT3 nas corridas de 2016 e 2017. Esta parceria com a marca de Sant’Agata Bolognese deu os primeiros passos esta temporada no Lamborghini Super Trofeo Asia. Aliás, enquanto nas ruas de Macau se disputa o 71.º Grande Prémio de Macau, no mesmo fim-de-semana, em Espanha, no Circuito de Jerez, o piloto do território Charles Leong Hon Chio, aos comandos de um Lamborghini Huracán Super Trofeo Evo 2 da equipa SJM Iron Lynx Theodore Racing, vai tentar conquistar o título da categoria PRO. Esta será também a primeira participação da Theodore Racing nas Finais Mundiais da Lamborghini. Objectivo: vencer Mantendo a tradição, neste novo capítulo do Circuito da Guia com a chegada da Fórmula Regional (FR), a Theodore Racing voltará a unir forças com a equipa vencedora Prema Racing, para assim inscrever três monolugares construídos pela Tatuus na primeira edição da Taça do Mundo de FR da FIA, sob a designação de SJM Theodore PREMA Racing. Muda a categoria de carros, mas o objectivo é o mesmo de sempre: vencer. “Tenho total confiança no nosso incrível trio de pilotos”, afirma Teddy Yip Jr. “Todos eles são vencedores e campeões, e tenho a certeza de que nos colocarão na posição certa para alcançar resultados memoráveis para a equipa.” Para liderar esta ofensiva, a Theodore Racing garantiu os serviços de Dino Beganovic, piloto da Scuderia Ferrari Driver Academy e campeão da FR europeia em 2022. No segundo carro estará o inglês Alex Dunne, piloto que no ano passado deu nas vistas na RAEM ao alcançar um pódio na Corrida de Qualificação da Fórmula 3. O terceiro carro será conduzido pelo actual campeão de F4 dos Emirados Árabes Unidos e de Itália, o britânico de 16 anos Freddie Slater, que fará a sua estreia na Fórmula Regional, mas que conhece o Circuito da Guia por ter participado na prova de 2023 da F4.
Sérgio Fonseca Desporto MancheteGP | Foco na F1 não impede grande armada Audi em Macau A Audi está a preparar a todo o vapor a entrada no Campeonato do Mundo de Fórmula 1 em 2026, tendo praticamente cessado todas as outras actividades da marca no desporto automóvel a nível mundial. Contudo, e um pouco contra a corrente, a casa de Ingolstadt vai regressar em força ao Grande Prémio de Macau este mês de Novembro Desde 1981, a Audi Sport tem representado o lema “Vorsprung durch Technik” no desporto motorizado internacional. Seja no Campeonato Mundial de Ralis, Pikes Peak, Turismos, DTM, corridas de GT, protótipos de Le Mans, Fórmula E ou, mais recentemente, no Rali Dakar, a Audi conquistou inúmeras vitórias e títulos importantes. Com o ex-Ferrari Mattia Binotto ao leme do projecto da Audi F1, que herdará muito do que actualmente constitui a equipa Sauber, a administração do construtor germânico optou por abandonar todas as outras disciplinas onde estava envolvida para se concentrar nesta cara e exigente aventura. Todavia, dado o interesse de clientes privados nas disciplinas de GT e Turismo e a representatividade da marca em alguns pontos do globo, como na Ásia, não é surpreendente, embora hoje em dia invulgar, ver dez carros Audi a competir no Circuito da Guia este ano. “O Grande Prémio de Macau é sempre o ponto alto absoluto do calendário asiático e, este ano, em conjunto com as nossas equipas clientes, reunimos uma forte formação para a Taça GT, que representa todo o espectro do pool global de pilotos da Audi Sport”, afirmou Alexander Blackie, Director da Audi Sport customer racing Asia. A marca do Grupo Volkswagen tentará novamente conquistar a Taça do Mundo na RAEM, feito que apenas alcançou em 2016, quando o belga Laurens Vanthoor celebrou aquela inesquecível vitória com o seu Audi R8 LMS GT3, com as quatro rodas viradas para o ar. Para isso, trouxe dois dos seus pilotos sob contrato na Europa para enfrentar as rivais BMW, Mercedes-AMG e Porsche. “Com Ricardo Feller e Christopher Haase, temos dois profissionais de topo da Europa a competir pelo quinto título da Taça GT para a Audi. Com James Yu e Adderly Fong, contamos com dois talentos locais altamente qualificados, representando a Audi Sport Asia na nossa maior corrida ‘em casa’. Com centenas de milhares de fãs ao longo do famoso Circuito da Guia todos os anos, a atmosfera é sempre electrizante”, referiu Alexander Blackie. “Mal podemos esperar para começar,” acrescentou. Um dos quatro Audi R8 LMS GT3 inscritos na sétima edição da Taça GT Macau – Taça do Mundo de GT da FIA será alinhado pela FAW Audi Sport Asia Racing Team. Este exemplar, que será conduzido por Ricardo Feller, simboliza a parceria entre a FAW (First Automotive Works) e a Audi na China. Esta é uma “joint venture” estratégica que desde o primeiro dia visa a produção e comercialização de veículos Audi no gigante mercado chinês. A colaboração começou em 1988, tornando a Audi numa das primeiras marcas premium ocidentais a estabelecer uma presença local robusta na China. Recentemente, as duas marcas criaram a Audi-FAW NEV Company, uma joint venture destinada à produção de veículos eléctricos da Audi numa nova fábrica localizada em Changchun. Várias frentes A Audi também terá uma presença relevante na Corrida da Guia, prova que venceu pela primeira vez em 1996, por intermédio do alemão Frank Biela. Numa corrida em que enfrentará equipas oficiais e semi-oficiais da Link & Co, Hyundai e Honda, a marca dos quatro anéis – que representam a união das quatro marcas que formaram a Auto Union em 1932: Audi, DKW, Horch e Wanderer – contará com os serviços do inglês Rob Huff, para tentar triunfar novamente no território e com um carro que é especialmente eficaz nas curvas e contracurvas do circuito urbano de Macau. “O Rob Huff é sinónimo do Grande Prémio de Macau e, incrivelmente, está a uma vitória de se tornar o primeiro a atingir um total de dez vitórias no circuito. Estamos muito contentes por ele voltar a tentar aumentar o seu recorde de vitórias com um Audi RS 3 LMS”, explicou Alexander Blackie, optimista quanto às possibilidades de um Audi vencer na última prova da temporada de 2024 do FIA TCR World Tour. Para além da presença na Taça GT Macau e na Corrida da Guia, a Audi terá ainda um carro a competir na Taça GT – Corrida da Grande Baía. O piloto de Macau, Miguel Lei, vai conduzir um Audi R8 LMS GT4, assistido pela Liwei World Team, nesta corrida.
Hoje Macau Desporto MancheteGP Macau | Nova edição acontece entre 14 e 17 de Novembro Foi ontem apresentado o cartaz da próxima edição do Grande Prémio de Macau, prova rainha do automobilismo no território e que este ano celebra o seu 71.º aniversário. Este ano decorrem sete provas, nomeadamente o Grande Prémio de Macau – Taça do Mundo de FR da FIA, a Taça GT Macau – Taça do Mundo de GT da FIA, a Corrida da Guia Macau – Kumho FIA TCR World Tour Event of Macau, o 56.º Grande Prémio de Motos de Macau, a Taça GT – Corrida da Grande Baía (GT4), a Macau Roadsport Challenge e a Macau Roadsport – Taça do Estabelecimento da RAEM. Os bilhetes estão à venda a partir das 10h de hoje, com preços a variar entre as 400 e 1.200 patacas, sendo que cada pessoa só poderá comprar 20 ingressos de cada vez. Para esta edição, fica a promessa de se fazer história no Grande Prémio de Macau – Taça do Mundo de FR da FIA, pois os carros da Fórmula Regional vão correr pela primeira vez, “com um brilhante leque de jovens talentos internacionais ao volante”. O piloto da Ferrari Academy, o entusiasmante finlandês Tuukka Taponen, faz a sua estreia em Macau com a R-race GP, ao lado do piloto júnior da McLaren F1, Ugo Ugochukwu, e do estreante da FR e piloto júnior da Red Bull, Enzo Deligny, constituindo alguns dos nomes em destaque nesta competição. Brilho GT No caso da Taça GT Macau – Taça do Mundo de GT da FIA, a organização destaca “uma das mais deslumbrantes listas de inscritos de sempre”, com carros como GT3s da Audi, BMW, Ferrari, Lamborghini, Mercedes e Porsche a representar cada uma das marcas. Nesta competição destaque para o regresso a Macau de Raffaele Marciello, vencedor em 2023, que irá defender o seu título num BMW, enquanto Edoardo Mortara, já intitulado de “Sr. Macau”, vai procurar uma “quinta vitória recorde”, desta vez aos comandos de um dos três Lamborghini Huracán GT3 inscritos. O piloto habitual da Mercedes, Maro Engel, chega a Macau à procura da sua quarta vitória na corrida, “que lhe permitirá igualar o recorde de Mortara, mas os três enfrentam uma concorrência formidável repleta de estrelas”, descreve a mesma nota. Eventos à parte Além das provas de competição, a organização irá promover uma série de actividades complementares que visam a inclusão do público, nomeadamente o Festival em Família do Grande Prémio de Macau, a ter lugar na praça do Tap Seac entre os dias 2 e 3 de Novembro. Neste caso, o recinto terá a reprodução do Circuito da Guia e uma mini pista de corridas. Depois, haverá ainda a Exposição de Carros e Motos do 71º Grande Prémio de Macau, realizada no mesmo local entre os dias 9 e 10 de Novembro, o que permite a residentes e visitantes verem de perto os carros e as motos de competição. Irá ainda decorrer um concurso de fotografia.
Sérgio Fonseca DesportoGP | André Couto confirma ida às Finais Mundiais da Lamborghini André Couto juntar-se-á ao rol de pilotos locais ausentes da 71.ª edição do Grande Prémio de Macau. Nesse fim de semana do mês de Novembro, o vencedor do Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 de 2000 vai estar na Europa, com o intuito de tentar trazer para casa o ceptro da categoria Pro-Am do Lamborghini Super Trofeo Asia De 14 a 17 de Novembro, aquando da 71.ª edição do Grande Prémio de Macau, André Couto encontrar-se-á em Jerez de la Frontera, no sul de Espanha, nas Finais Mundiais da Lamborghini. Antes dos concorrentes dos Lamborghini Super Trofeo América, Europa e Ásia competirem entre si, os vinte Huracán Super Trofeo Evo 2 participantes do troféu asiático disputam a sua derradeira jornada dupla da temporada de 2024. “Claro que gostaria de estar no Grande Prémio de Macau, mas tenho um compromisso com a Madness Racing Team e vamos a Espanha tentar ganhar a nossa categoria no campeonato”, disse André Couto ao HM. “Estamos em igualdade pontual com os nossos adversários e próximos de os conseguir vencer”. Depois de dez emocionantes corridas em cinco países da Ásia-Pacífico, quando só faltam disputar duas corridas, a dupla luso-chinesa está no comando da classe Pro-Am, com os mesmos pontos da dupla composta por Thomas Yu Lee de Hong Kong e Nikolas Pirttilahti da Finlândia. Contudo, esta classificação é traiçoeira e não demonstra o domínio de André Couto e Jason Chen na categoria. Infelizmente, devido a um compromisso pessoal do piloto chinês, o duo faltou à prova de Fuji, no Japão, não marcando qualquer ponto, e assim diluindo toda a vantagem construída em pista até aquele momento. Rumo ao desconhecido Jerez está prestes a tornar-se o segundo circuito a receber as Finais Mundiais da Lamborghini mais do que uma vez, depois de em 2019 ter acolhido este evento anual que se realiza desde 2013. O Autódromo do Dubai Autodrome esteve em consideração, mas Jerez acabou por ser o escolhido. Este será o oitavo ano consecutivo em que um circuito europeu acolhe o evento da prestigiada marca italiana de automóveis de luxo, sendo que Sebring, nos Estados Unidos da América, em 2015, foi o último anfitrião fora da Europa. Apesar de ter feito uma parte da sua carreira desportiva na Europa, há mais de duas décadas, o piloto português de Macau nunca conduziu no Circuito de Jerez – Ángel Nieto. O traçado que fica apenas a 90 quilómetros de Sevilha, e que chegou a acolher vários Grande Prémios de Fórmula 1, tanto de Espanha como da Europa, sempre esteve mais vocacionado para as provas de motociclismo do que para as de automobilismo. “Vai ser a primeira vez para mim e vai ser interessante descobrir um novo circuito”, reconhece o experiente piloto do território, que estará em igualdade de circunstâncias com grande parte do pelotão do Lamborghini Super Trofeo Asia que desconhece por completo o traçado bem cuidado da Andaluzia. Para além de André Couto, na pista espanhola estará também outro piloto da RAEM. Charles Long Hon Chio também se viu forçado a escolher e optou por rumar a Espanha. O vencedor do Grande Prémio de Macau de Fórmula 4 de 2020 e 2021 tripulará um Lamborghini Huracán Super Trofeo Evo 2 da equipa SJM Iron Lynx Theodore Racing, partilhando o volante com a sua habitual companheira de equipa, a japonesa Miki Koyama.
Sérgio Fonseca DesportoGrande Prémio | Tiago Rodrigues na Taça do Mundo de Fórmula Regional No final da pretérita semana, a Evans GP confirmou, através de um comunicado de imprensa, que contará com o piloto de Macau Tiago Rodrigues, o campeão da Fórmula 4 Chinesa de 2023, na primeira edição da Taça do Mundo de Fórmula Regional da FIA do 71º Grande Prémio de Macau O jovem piloto da RAEM já competiu no Circuito da Guia, tendo-se estreado entre nós na prova de Fórmula 4 do ano passado. Aos comandos de um monolugar da Asia Racing Team, Tiago Rodrigues terminou em oitavo e sexto nas duas corridas, que foram provas não pontuáveis para o campeonato da Fórmula 4 do Sudeste Asiático. Já antes, o jovem talento tinha alinhado na prova de abertura da F4 SEA em Zhuzhou, onde subiu ao pódio em todas as três corridas, o que foi suficiente para o colocar em quinto lugar na classificação do campeonato Na sua campanha na Fórmula 4 Chinesa, ao serviço da Champ Motorsport, o piloto de Macau conquistou sete vitórias, oito outros pódios, duas pole positions e seis voltas mais rápidas. No início deste ano, Tiago Rodrigues ficou em 22º na Fórmula 4 dos Emirados Árabes Unidos, e no mês passado, esteve em destaque ao alcançar uma vitória na Fórmula 4 Australiana, já com a Evans GP, em Sepang. Também participou no Programa de Selecção Ásia-Pacífico e Oceânia da Ferrari Driver Academy, cujos resultados ainda não foram publicamente revelados. Entusiasmo natural Para um piloto da casa, correr no Grande Prémio tem sempre um significado especial. Na sua segunda participação no evento, Tiago Rodrigues vai disputar pela primeira vez a corrida de monolugares mais importante do evento e muito provavelmente será o único piloto da RAEM a alinhar na corrida. “Estou muito entusiasmado por voltar a competir com a Evans GP no Grande Prémio de Macau na Taça do Mundo de Fórmula Regional. Depois de ter corrido em Macau no ano passado na Fórmula 4, sei o quão desafiante é o circuito”, disse o piloto de 17 anos que deu os primeiros passos no automobilismo no Kartódromo de Coloane em 2021. Ao contrário da concorrência que se deverá apresentar em Macau com várias corridas de experiência, Tiago Rodrigues sabe que não tem uma missão fácil pela frente. “Subir para a Fórmula Regional será difícil, especialmente com o nível de competição, mas estou pronto para me desafiar e aprender o máximo que puder”, reconhece o piloto do território, que deixou claro que “competir diante do público da minha terra torna esta corrida ainda mais especial, e mal posso esperar para representar Macau novamente.” Apoio da equipa Neste momento, dos vinte e sete pilotos esperados nesta Taça do Mundo no mês de Novembro, apenas Tiago Rodrigues e o seu colega de equipa Cooper Webster estão até hoje oficialmente confirmados para aquela que será a primeira edição a utilizar monolugares de Fórmula Regional. O chefe de equipa da Evans GP, Joshua Evans, referiu que estão “muito satisfeitos por receber o Tiago de volta à equipa para o Grande Prémio de Macau na Taça do Mundo de Fórmula Regional. A sua performance [na Fórmula 4 Australiana] em Sepang, onde garantiu a pole position e uma vitória, mostrou o potencial que traz consigo. Passar para a Fórmula Regional será um grande passo, especialmente com os pilotos experientes contra os quais vai competir, mas a experiência anterior do Tiago em Macau certamente que o ajudará. É sempre especial correr diante dos fãs da sua terra, e estamos confiantes de que ele dará o seu melhor.” O 71° Grande Prémio de Macau terá lugar de 14 a 17 de Novembro, sendo que as listas oficiais de inscritos deverão ser divulgadas ainda durante este mês, como é aliás tradição.
Sérgio Fonseca Desporto MancheteGP Macau | Huff regressa à Guia ao volante de um Audi A Corrida da Guia do Grande Prémio de Macau vai contar com o seu maior vencedor, o britânico Rob Huff. Actualmente a competir no popular BTCC, o campeonato britânico de carros de Turismo, Huff vai disputar os dois últimos eventos da temporada de 2024 do FIA TCR World Tour, conduzindo um Audi RS 3 LMS pela estreante equipa espanhola Volcano Motorsport. O piloto de 44 anos volta a tripular o carro com o qual esteve na disputa pelo título de 2023 até ao evento final da RAEM, agora com uma nova equipa para ele, os campeões da série TCR Europe de 2021, que subiram este ano para o TCR World Tour. Huff é conhecido pelo seu impressionante recorde no circuito citadino de Macau, com as suas 10 vitórias desde 2008, tanto na Corrida da Guia como na Taça de Macau de Carros de Turismo. Na próxima semana, o piloto britânico vai juntar-se à grelha do FIA TCR World Tour pela primeira vez este ano no próximo evento agendado para o Circuito Internacional de Zhuzhou, a primeira ronda chinesa de sempre do TCR World Tour, em preparação para o seu regresso a Macau. Nesta prova, as estrelas do mundial correrão em conjunto com o pelotão do TCR China. Huff não esconde o seu entusiasmo neste seu regresso a uma categoria que tantas alegrias lhe deu: “Estou absolutamente encantado por voltar a Macau, e também estou entusiasmado para ver o que podemos fazer em Zhuzhou, correndo com o TCR China, uma série que também conheço muito bem. É bom estar de volta ao TCR World Tour, especialmente agora que é uma categoria FIA. Conheço alguns dos elementos da equipa da Volcano Motorsport, uma vez que trabalharam comigo no ano passado, e claro, conheço o carro, tendo ajudado no seu desenvolvimento”. Em preparação O objectivo de Huff passa por ganhar ritmo com o carro na prova chinesa, para depois tentar vencer nas ruas de Macau. Huff correu pela Toyota Gazoo Racing UK este ano no BTCC e terminou em nono lugar do campeonato. “Não corro no TCR há dez meses, por isso ir a Zhuzhou será uma boa preparação para Macau. O objectivo é claro, estamos a procurar a vitória, e estou encantado por terminar o ano num dos meus lugares favoritos no mundo”, disse Huff. O 71.° Grande Prémio de Macau terá lugar de 14 a 17 de Novembro, sendo que as listas oficiais de inscritos deverão ser divulgadas ainda durante este mês.
Sérgio Fonseca DesportoGP | Charles Leong vai às Finais Mundiais da Lamborghini Charles Leong Hon Chio já decidiu. No fim de semana de 18 e 19 de Novembro, aquando da 71.ª edição do Grande Prémio de Macau, o vencedor do Grande Prémio de Macau de Fórmula 4 de 2020 e 2021 vai estar em Jerez de la Frontera nas Finais Mundiais da Lamborghini. O piloto da RAEM confirmou ao HM que vai participar nas Finais Mundiais da prestigiada marca italiana de automóveis de luxo no Circuito de Jerez, participando também na derradeira prova da temporada do Lamborghini Super Trofeo Asia no Lamborghini Huracán Super Trofeo Evo 2 da equipa SJM Iron Lynx Theodore Racing, partilhando o volante com a sua habitual companheira de equipa, a japonesa Miki Koyama. Com o título da categoria PRO em jogo, devido à coincidência de datas, o jovem piloto do território viu-se obrigado a escolher entre rumar ao sul de Espanha e uma possível sétima participação consecutiva no Grande Prémio de Macau. “Infelizmente, existe esta coincidência de datas da Lamborghini com o Grande Prémio, e nós estamos a fazer a temporada completa. Portanto, não posso perder a participação no campeonato”, disse ao HM, Charles Leong, reconhecendo um pouco de tristeza, porque se trata do Grande Prémio, aquela prova especial para todos os pilotos do território. Com apenas duas corridas para disputar, a dupla sino-nipónica encontra-se na segunda posição da categoria PRO, mas com menos dez pontos, o equivalente a um terceiro lugar, que o líder, o piloto britânico de Hong Kong, Dan Wells, e mais seis pontos que os terceiros classificados, Gavin Huang / Jonathan Cecotto. A decisão do título da classe PRO acontecerá no ex-circuito de Fórmula 1 nos dois dias que antecedem as Finais Mundiais da Lamborghini na pista espanhola. A última prova, em Xangai, não correu de feição para o duo da SJM Iron Lynx Theodore Racing, apesar de Leong ter liderado as corridas nas duas vezes que esteve ao volante. Para o que falta da competição, Leong deixou claro que “nós vamos continuar a lutar juntos e vamos lutar para vencer o campeonato.” A pensar no futuro Graças à boa temporada que está a fazer na competição monomarca organizada pela Lamborghini Squadra Corse, a divisão de competição da Automobili Lamborghini elegeu Leong como um dos 28 pilotos que fazem parte do “Programa de Pilotos Júnior” para jovens pilotos que competem em um dos três campeonatos regionais Lamborghini Super Trofeo (Europa, América do Norte e Ásia). O piloto de 23 anos, que está a fazer a sua primeira temporada completa em carros de GT, foi um dos três seleccionados da região asiática. Na pista a sul de Sevilha, após uma cuidada avaliação, Leong e os restantes pilotos seleccionados pela Lamborghini Squadra Corse vão participar num “shootout”. O vencedor receberá apoio financeiro do departamento de competição da marca italiana para a temporada de 2025. Mesmo que não seja seleccionado, esta foi a primeira vez que um piloto de Macau fez parte de um programa de jovens pilotos de um construtor automóvel europeu. O campeão asiático de Fórmula Renault e campeão chinês de Fórmula 4 tem sido uma presença regular no Circuito da Guia desde 2018. Depois de ter participado na prova de Fórmula 3 em 2018 e 2019, Leong alinhou na corrida de Fórmula 4 nos últimos quatro anos, tendo vencido por duas ocasiões e terminado no segundo lugar no ano passado quando a prova contou para o campeonato do sudeste asiático.
Hoje Macau DesportoTénis de mesa | Chineses vencem Torneio de Campeões de Macau Os chineses Sun Yingsha e Lin Shidong venceram domingo, respectivamente, as finais feminina e masculina do WTT Champions de Macau de ténis de mesa. A chinesa Sun Yingsha, de 23 anos, líder do ranking e vice-campeã nos Jogos Olímpicos Paris2024, precisou de seis parciais para bater a também chinesa Wang Yidi, de 27 anos e número quatro do mundo, por 11–7, 6–11, 12–10, 4–11, 11–8 e 11–4. Na final masculina, o jovem chinês Lin Shidong, de 19 anos e atualmente 12.º do ranking, derrotou o alemão Qiu Dang (13.º), de 27 anos, em apenas quatro parciais, por 11–5, 11–6, 11–8 e 1–8. Lin tinha sido o autor da maior surpresa da competição, ao bater o número um do mundo, o chinês Wang Chuqin, nas meias-finais, no sábado. A olímpica lusa Jieni Shao, de 30 anos, actualmente 45.ª do ranking mundial, foi eliminada do torneio na segunda-feira, ao perder com a sul-coreana Kim Nayeong (42.º), de 18 anos, na primeira ronda, em quatro parciais, por 11-3, 11-7, 11-13 e 11-6. Após o final do encontro, a portuguesa disse à Lusa que estava de férias, após Paris2024, na terra natal, em Liaoning, no nordeste da China, quando foi chamada para o torneio de Macau, após a lesão de duas jogadoras. Em Julho, na terceira presença em Jogos Olímpicos por Portugal, Jieni Shao bateu no primeiro encontro a luxemburguesa Sarah de Nutte, 91.ª do mundo, antes de perder na segunda ronda frente à austríaca Sofia Polcanova, 23.ª da hierarquia. O Torneio de Campeões, organizado desde 2022 na região semiautónoma chinesa de Macau, distribuiu este ano um total de prémios no valor de 800 mil dólares, com os vencedores a receberem 35 mil dólares. A competição da World Table Tennis (WTT) reuniu 64 dos melhores jogadores dos rankings masculino e feminino. Jieni Shao vai agora disputar, a partir de 26 de Setembro, o último torneio da temporada na principal competição da WTT, o China Smash 2024, na capital chinesa, Pequim, que distribui um total de prémios no valor de 2 milhões de dólares.
Sérgio Fonseca DesportoXangai | André Couto e Charles Leong adiam decisões para Espanha André Couto e Charles Leong Hon Chio viajaram no pretérito fim de semana até ao Circuito Internacional de Xangai para disputar a quinta prova da temporada de 2024 do Lamborghini Super Trofeo Asia e a última jornada do troféu italiano disputada este ano no continente asiático. Ambos os pilotos de Macau voltaram a subir ao pódio no Interior da China. Ausente por razões pessoais do seu companheiro de equipa na Madness Racing Team na prova de Fuji, o piloto português voltou ao cockpit do Lamborghini Huracan Super Trofeo Evo 2 nº88 da Madness Racing Team, onde esta época faz equipa com o Jason Fangping Chen. Num troféu que não tem uma classificação geral, mas sim classificações à classe, André Couto e o seu companheiro de equipa chinês cortaram a linha de meta no quinto lugar em ambas as corridas, mas foram segundos classificados na primeira corrida e vencedores na segunda. Enquanto a primeira corrida decorreu sob um calor abrasador, a segunda do fim de semana foi antecipada para uma hora mais cedo devido à ameaça de um forte tufão que se aproximava da cidade de Xangai. E foi na segunda corrida que se deu um insólito, após ter herdado o Lamborghini na segunda posição da classe Pro-Am, André Couto perdeu a asa traseira que se soltou do carro. O piloto apercebeu-se do comportamento diferente da viatura, mas optou por não entrar nas boxes, até porque isso iria custar a possibilidade de vitória. Felizmente, para a equipa chinesa a chuva apareceu em força e a corrida teve que ser interrompida por mais de 15 minutos. No recomeço, André Couto selou a sexta vitória da temporada. Com estes resultados, e quando só faltam disputar duas corridas, a dupla luso-chinesa está no comando da classe Pro-Am, em igualdade pontual com a dupla Thomas Yu Lee e Nikolas Pirttilahti. Depois de dez emocionantes corridas em cinco países da Ásia-Pacífico, o Lamborghini Super Trofeo Asia vira-se para o Ocidente para o seu final de temporada no circuito espanhol de Jerez de la Frontera, a 14 e 15 de Novembro. Logo de seguida, as equipas e os pilotos do troféu asiático irão medir forças com os seus homólogos dos Lamborghini Super Trofeo dos continentes europeu e americano nas Finais Mundiais, de 16 a 17 de Novembro. Soube a pouco Charles Leong não teve uma jornada muito fácil, somando um quarto e um lugar na classe PRO, nono e terceiro lugar da geral respectivamente. O Lamborghini da SJM Iron Lynx Theodore Racing, que Charles Leong partilha com a japonesa Miki Koyama, só teve na discussão pela vitória na segunda corrida, quando o piloto da RAEM assumiu a liderança após ter sido responsável pelo primeiro turno de condução. E este terceiro lugar só foi possível após uma penalização na secretaria ao terceiro classificado, o piloto chinês Li Zhi Cong, devido a um toque deste em Miki Koyama no momento da ultrapassagem. Com estes resultados, a dupla sino-nipónica está agora na segunda posição da categoria PRO, mas com menos dez pontos, o equivalente a um terceiro lugar, que o líder, o piloto britânico de Hong Kong, Dan Wells, e mais seis pontos que os terceiros classificados, Gavin Huang / Jonathan Cecotto. A decisão do título da classe PRO foi também adiada para a pista do sul de Espanha. Dado transtorno da coincidência de datas, no fim de semana de 16 a 17 de Novembro, tanto Charles Leong como André Couto terão que decidir nas próximas semanas se vão a Jerez de la Frontera tentar conquistar um saboroso título ou se ficam entre nós para participar na 71ª edição do Grande Prémio de Macau.
Hoje Macau DesportoÊxito da China no ténis não é acaso, mas reflexo de trabalho bem feito, diz treinador O crescente êxito dos tenistas chineses nas competições internacionais “não é surpresa”, mas antes resultado do trabalho “bem feito” da segunda maior economia mundial na modalidade, observou hoje à agência Lusa um treinador português radicado no país asiático. “A forma como [os chineses] trabalham os jogadores tem melhorado. Existem aqui muitos praticantes e se o trabalho for bem feito, os resultados aparecem com naturalidade”, descreveu João Silvério, fundador da Academia de Ténis JSTA, em Shenzhen, no sudeste da China. Zhang Zhizhen, 48º na classificação ATP, ganhou a prata nos Jogos Olímpicos Paris2024 em pares mistos com Wang Xinyu, enquanto Zheng Qinwen, sétima tenista mundial, tornou-se a primeira jogadora asiática a ganhar o ouro em singulares. “Não me surpreendeu. Acho que vamos ouvir falar muito da Zheng nos próximos anos, porque realmente não foi por acaso que ela ganhou o ouro”, observou Silvério. Li Na, a única jogadora da China que ganhou títulos do Grand Slam – Roland Garros (2011) e Open da Austrália (2014) – retirou-se em 2014 e foi preciso esperar 10 anos para voltar a ver uma tenista chinesa na final de um ‘major’, quando Zheng perdeu a final do Open da Austrália para a número dois mundial Aryna Sabalenka, por 6-3 e 6-2. Li e Zheng são as únicas jogadoras chinesas que entraram no top 10 mundial, mas a China tem atualmente seis jogadoras no top 100 WTA. Shang Juncheng – 66º classificado – é o único outro jogador masculino entre os 100 melhores do mundo. O ténis continua a ser um desporto elitista no país asiático. A academia de João Silvério cobra, por exemplo, 900 yuan (115 euros) por hora para aulas individuais. “Não é para qualquer pessoa”, explicou o treinador. No entanto, para os atletas “mais talentosos”, mas que “não têm tantas condições financeiras, o governo cria uma equipa por província” e financia os treinos, viagens e participações em torneios, explicou. João Silvério, 35 anos, foi jogador profissional, marcou presença em estágios das seleções nacionais de sub-16 e sub-18 e participou em diversos torneios internacionais pontuáveis para o ranking ATP, além de ter disputado a qualificação do Estoril Open. Foi ainda parceiro de treinos (‘sparring partner’) e um dos treinadores de Gastão Elias. Radicado na China desde 2019, viveu em Chongqing e Fuzhou, antes de se fixar em Shenzhen, em 2021, onde abriu a academia, em conjunto com a mulher, de nacionalidade colombiana. “O ténis acaba por ser um desporto global que exige grande mobilidade. Depois de me casar, optei por ter um local mais fixo e surgiu a oportunidade de virmos para China em 2019”, explicou.
Hoje Macau DesportoLuso-angolano Lázaro Oliveira pede mais ambição para continuar na seleção de Macau O treinador luso-angolano Lázaro Oliveira, cujo contrato com a Associação de Futebol de Macau termina este mês, pediu mais ambição, após a seleção ser eliminada da qualificação para a Taça Asiática de 2027. “Temos que aceitar que, depois da pandemia, Macau caiu para o fundo do futebol asiático”, disse Oliveira, na conferência de imprensa após a derrota por 0–1 com o Brunei, em casa, na segunda mão do play-off. Macau foi das últimas seleções de futebol a regressar aos jogos, em março de 2023, depois de uma pausa de quase quatro anos imposta pela política de ‘zero covid’, que incluía a restrição das entradas e quarentenas que chegaram a ser de 28 dias. A equipa “tem de jogar mais vezes”, defendeu Oliveira, sublinhando que, nos últimos 12 meses, Macau apenas disputou duas partidas oficiais, em outubro de 2023. No final de agosto, a FIFA confirmou a exclusão de cinco jogadores portugueses por não possuírem passaporte. Apenas os cidadãos chineses com estatuto de residente permanente em Macau podem obter um passaporte do território. A decisão impediu o capitão, o luso-sul-africano Nicholas Torrão, Filipe Duarte, formado no Benfica e antigo internacional jovem por Portugal, o central Vítor Almeida e o avançado Iuri Kaewchang Capelo de jogarem contra Brunei. Lázaro Oliveira voltou a lamentar a exclusão dos portugueses, mas sublinhou que isso deu oportunidade a vários jovens da equipa de sub–21 de se estrearem pela seleção. “Eles são o futuro de Macau, mas para elevar o nível competitivo, eles precisam de competir, de ganhar experiência”, disse o treinador. Oliveira assinou contrato como selecionador em outubro de 2019, mas regressou a Portugal em março de 2020. Depois só conseguiu voltar a Macau após a região ter abandonado, em meados de dezembro de 2022, a política de ‘zero covid’. “O meu contrato termina este mês e tenho de falar com a minha família e com a Associação. Temos de ter melhores condições. Se o objetivo é continuar a fazer uns jogos de vez em quando, terei de pensar no futuro”, explicou o luso-angolano. Após uma vitória por 3-0 na primeira mão, o Brunei segue para a terceira ronda, em busca de uma qualificação inédita para a Taça Asiática de 2027, a disputar na Arábia Saudita. O selecionador interino, Jamie McAllister, que sucedeu ao português Rui Capela, disse na conferência de imprensa estar “muito orgulhoso” pelo Brunei ter conseguido cinco vitórias consecutivas, pela primeira vez na sua história. O escocês sublinhou que a vitória no play-off já é “uma enorme conquista”, mas garantiu que a seleção do sudeste asiático vai “dar tudo” na próxima ronda, uma fase de grupos, cujos jogos arrancam em março.
Hoje Macau DesportoPortuguesa Jieni Shao eliminada do Torneio de Campeões de Macau em ténis de mesa A portuguesa Jieni Shao foi eliminada esta segunda-feira do WTT Champions de Macau de ténis de mesa, ao perder com a sul-coreana Kim Nayeong, na primeira ronda. Kim Nayeong, de 18 anos, começou melhor e venceu facilmente o primeiro parcial por 11-3. “Sinto que não estou muito habituada, que tive poucas oportunidades, neste tipo de torneio só com uma mesa. Por isso fui um bocado lenta a aquecer”, disse Jieni Shao à Lusa após o final do encontro. A portuguesa, atualmente 45.ª do ranking mundial, deu mais luta e chegou a liderar o segundo ‘set’, mas a jovem sul-coreana acabou por triunfar por 11-7. No terceiro parcial, o mais equilibrado, a 42.ª jogadora mundial chegou a estar um ponto da vitória no encontro, mas a olímpica lusa, de 30 anos, não desistiu e venceu por 13-11. Ainda assim, a sul-coreana acabou por fechar o encontro em 28 minutos ao vencer o quarto parcial por 11-6. “Gradualmente, senti-me melhor, mas ela hoje esteve melhor do que eu. Eu conheço a minha adversária, já jogámos várias vezes uma contra a outra e estou sempre em desvantagem”, explicou a portuguesa. Na segunda ronda, Kim Nayeong vai enfrentar a vencedora do encontro de hoje entre outra sul-coreana, Jeon Jihee, 16.ª do mundo, e a chinesa Sun Yingsha, líder do ranking e vice-campeã olímpica em Paris2024. Em julho, na terceira presença em Jogos Olímpicos por Portugal, Jieni Shao bateu no primeiro encontro a luxemburguesa Sarah de Nutte, 91ª do mundo, antes de perder na segunda ronda frente à austríaca Sofia Polcanova, 23.ª da hierarquia. O Torneio de Campeões, organizado desde 2022 na região semiautónoma chinesa de Macau, vai este ano distribuir um total de prémios no valor de 800 mil dólares, com os vencedores a receberem 35 mil dólares. A competição da World Table Tennis (WTT), que arrancou hoje e vai decorrer até domingo, reúne os 64 melhores jogadores dos rankings masculino e feminino, incluindo o número um do mundo, o chinês Wang Chuqin. Jieni Shao sublinhou que estava de férias, após Paris2024, na terra natal, em Liaoning, no nordeste da China, quando foi chamada para o torneio de Macau, após a lesão de duas jogadoras. A portuguesa vai agora disputar, a partir de 26 de setembro, o último torneio da temporada na principal competição da WTT, o China Smash 2024, na capital chinesa, Pequim, que distribui um total de prémios no valor de 2 milhões de dólares.
Sérgio Fonseca DesportoF4 | Tiago Rodrigues vence e sonha com a Academia da Ferrari Depois de ter participado na F4 dos Emirados Árabes Unidos (F4 UAE) nos dois primeiros meses de 2024 e de ser presença habitual no Campeonato de Karting de Macau, organizado pela AAMC no Kartódromo de Coloane, Tiago Rodrigues voltou ao cockpit de um monolugar além-fronteiras. O jovem piloto do território juntou-se à grelha de partida do Campeonato da Austrália de Fórmula 4, na prova disputada no Circuito Internacional de Sepang, tendo conquistado uma pole position e uma vitória Na Malásia, o campeão de F4 da China mostrou que “quem sabe, não esquece” e, ao volante de um Tatuus FIA F4-T421 da Evans GP, no sábado, alcançou uma pole position e uma vitória incontestável na primeira corrida do programa. Nas redes sociais, o piloto da RAEM considerou que foi “um bom fim de semana no geral”, até porque esta primeira corrida “foi praticamente perfeita, liderei da pole até ao fim e ganhei com uma diferença de 7,5 segundos” para o segundo classificado, a que somou “a volta mais rápida após seis meses sem conduzir”. Na primeira das duas corridas de domingo, Tiago Rodrigues não tirou partido da primeira posição na grelha de partida, pois, devido a um problema técnico no monolugar da Evans GP, teve de arrancar das boxes. A situação agravou-se momentos depois com uma penalização de “drive-through”. O décimo lugar no final da corrida, ganha pelo australiano Cooper Webster, acabou por saber a pouco, considerando que o jovem piloto de 16 anos fez novamente a volta mais rápida. Na última contenda do programa, “não tive um bom arranque, caí de segundo para quarto e, frustrantemente, fiquei lá até ao final da corrida, com dificuldades em ultrapassar o carro da frente, mas considerando que foi a minha pior corrida, diria que não foi nada mau”. O indiano residente em Hong Kong, Kai Daryanani, foi o vencedor desta terceira corrida. Mundo Ferrari A Scuderia Ferrari Driver Academy (FDA) vai realizar o seu Programa de Seleção da Ásia-Pacífico e Oceânia no Circuito Internacional de Sepang, na Malásia, de 15 a 18 de Setembro. A casa de Maranello revelou os treze pilotos, entre os 14 e os 17 anos, que vão competir por um lugar na Final Mundial de Scouting da FDA, em Itália, que por sua vez atribuirá uma vaga na cobiçada Scuderia Ferrari Driver Academy em 2025. Os australianos Tyler Calleja, Harrison Duske, Lincoln Evans, Seth Gilmore, Cohen Kokotovich, Jesse James Samuels, Nicolas Stati, Costa Toparis e Dante Vinci, Visal Raman do Azerbaijão, o indiano Arjun Chheda, o japonês Sena Tsukamoto e Tiago Rodrigues compõem a lista dos participantes que serão avaliados. Arjun Chheda e Nicolas Stati já participaram nesta iniciativa no ano passado, mas os restantes onze seccionados são novatos neste desafio. A avaliação em pista será feita com os mesmos Tatuus FIA F4-T421, mas outros parâmetros também irão pesar na decisão.
Hoje Macau DesportoParalímpicos | Atleta de Macau em último no salto em comprimento Chio Hao Lei, a primeira atleta de Macau a competir nos Jogos Paralímpicos, terminou em último na prova de salto em comprimento para atletas com deficiência intelectual em Paris2024. Chio, de 17 anos, que tinha a pior marca pessoal das 15 atletas (4,27 metros) em prova, não passou dos 4,17 metros, ao segundo dos três saltos que efectuou na prova que encerrou o dia do atletismo no Stade de France. O director da organização Macau Special Olympics disse à Lusa que a presença da jovem em Paris pode encorajar mais mulheres com deficiência a praticar desporto no território. “As mulheres com deficiência podem ver que, se praticarem desporto, têm a oportunidade de chegar ao mais alto nível mundial”, defendeu Hetzer Siu Yu Hong. Hetzer Siu admitiu que “a maioria dos atletas com deficiência são homens” e que é preciso “fazer mais esforços para encorajar as mulheres com deficiência a praticar desporto” no território.
Andreia Sofia Silva DesportoAutomobilismo | Rodolfo Ávila termina no pódio do CTCC O piloto Rodolfo Ávila conseguiu subir ao pódio este fim-de-semana na prova para o Campeonato da China de Carros de Turismo (CTCC) – Sports Cup, que decorreu em Ningbo, China, no Ningbo International SpeedPark. Segundo um comunicado, o piloto, que reside em Macau, conduziu um Volkaswagen Lamando L da equipa oficial SVW 333 Racing, tendo ganho a prova Classe S. Além disso, Ávila ficou em segundo lugar na prova geral da segunda corrida do programa. Destaque para o facto de Ávila ter estado mais de um ano sem competir, tendo agora sido convidado pela equipa SVW 333 Racing para “ajudar no desenvolvimento” do modelo Volkswagen Lamando L, “um carro que nunca tinha conduzido até então e que difere das versões anteriores”. A SVW 333 Racing foi a equipa que Ávila representou entre os anos de 2016 a 2020 no CTCC. Regresso feliz Em Ningbo, Ávila fez o formato de corrida de 55 minutos com uma paragem obrigatória para trocar de piloto, tendo o português feito equipa com o piloto chinês Sun Chao. “Fiquei muito feliz por regressar à família da SVW 333 Racing. Não estava nos meus planos voltar a correr este ano, mas aceitei este convite e gostei bastante”, explicou Rodolfo Ávila, que largou da quarta posição da grelha de partida na corrida de sábado, assumindo rapidamente a liderança e defendendo aguerridamente a posição até às paragens nas boxes. “Diverti-me imenso na primeira corrida, a defender a liderança dos Audi TCR que vinham atrás de mim, mas na minha última volta, pouco antes de entrar para as boxes, a suspensão traseira cedeu na curva 21. Consegui ainda levar o carro até às boxes sem perder a primeira posição. A equipa resolveu o problema, e o Sun Chao ainda voltou à pista, mas o resultado ficou comprometido”, afirmou o piloto do VW Lamando L nº7 que ainda assim subiu ao pódio da Classe S. Na segunda corrida de 55 minutos, no domingo, Rodolfo Ávila viu o seu companheiro de equipa realizar o primeiro turno de condução, para depois concluir a corrida com sucesso. “O meu companheiro de equipa entregou-me o carro na quarta posição, e eu levei-o até segundo na geral e primeiro na classe. Não foi uma corrida fácil, devido ao imenso calor dentro do cockpit. Nesta mistura de classes, os TCR continuam a ser os carros mais rápidos em pista, mas o mais importante era divertir-me e ajudar a equipa a evoluir o carro, que ainda tem margem para melhorar.” Na mesma nota refere-se ainda que, embora “não seja uma prioridade, Ávila mantém em aberto a possibilidade de regressar de forma mais consistente ao CTCC no futuro”.
Hoje Macau DesportoTaça Asiática | Selecção de Macau perde com Brunei sem portugueses Com esta derrota pesada, o ‘play-off’ de qualificação para a próxima Taça Asiática deverá estar decidido, embora Macau vá tentar dar a volta à situação, amanhã em jogo a disputar em casa A selecção masculina de futebol de Macau perdeu sexta-feira 3-0 em Brunei, na qualificação para a Taça Asiática 2027, naquele que foi o primeiro jogo depois da FIFA confirmar a exclusão de cinco jogadores portugueses. Os golos da primeira mão do ‘play-off’ de qualificação para a Taça Asiática 2027, na Arábia Saudita, foram apontados aos 32 minutos pelo médio Hakeme Yazid, aos 56 minutos pelo defesa Nazry Aiman, e aos 61 pelo médio Hariz Herman. “A vitória foi perfeitamente justa para a equipa de Brunei. Teve três oportunidades e concretizou as três”, disse à Lusa o luso-angolano Lázaro Oliveira, seleccionador de Macau. Após esta derrota, a primeira em cinco encontros frente a Brunei, Oliveira admitiu que o ‘playoff’ poderá estar decidido, mas prometeu que a equipa vai tentar “dar uma imagem completamente diferente” na segunda mão, marcada para amanhã, em Macau. “Uma equipa mais ambiciosa, com mais qualidade, a criar oportunidades de finalização e sobretudo tentar conseguir uma vitória perante os nossos apoiantes, em casa”, disse o seleccionador. Brunei foi treinado, de forma interina, pelo escocês Jamie McAllister, depois da saída do português Rui Capela, de 55 anos, que conduziu a equipa a vitórias em dois jogos amigáveis frente ao Sri Lanka, em Junho. A selecção do sudeste asiático não contou, devido a lesão, com o capitão Faiq Bolkiah, antigo jogador do clube português Marítimo, e conhecido como o futebolista mais rico do mundo, por ser sobrinho de Hassanal Bolkiah. O sultão de Brunei dá precisamente nome ao Estádio Nacional Hassanal Bolkiah, na capital, Bandar Seri Begawan, onde decorreu o jogo de sexta-feira. A selecção de Macau contou de início com o defesa Amâncio Goitia e com Nuno Pereira, médio do Imortal de Albufeira, que disputa o distrital do Algarve, uma vez que ambos detêm passaporte da região semiautónoma chinesa. Portugueses excluídos Este foi o primeiro jogo de Macau após a FIFA ter confirmado a exclusão de cinco jogadores portugueses por não possuírem passaporte. Apenas os cidadãos chineses com estatuto de residente permanente em Macau podem obter um passaporte do território. A decisão impediu o capitão, o luso-sul-africano Nicholas Torrão, Filipe Duarte, formado no Benfica e antigo internacional jovem por Portugal, o central Vítor Almeida e o avançado Iuri Kaewchang Capelo, de viajar para Brunei. A braçadeira de capitão ficou com o defesa Chan Man, que chegou a jogar em Portugal, no Olhanense. “Estamos a falar de jogadores que seriam titulares e extremamente importantes para a selecção”, lamentou Lázaro Oliveira. Uma exclusão que afecta também David Kong Cardoso, jogador do Fabril do Barreiro, que disputa o Campeonato de Portugal, o quarto escalão do futebol português. Em 23 de Agosto, uma porta-voz da Associação de Futebol de Macau confirmou à Lusa a exclusão, de acordo com regulamentos da Confederação Asiática de Futebol aprovados já em 2021, e lamentou que não haja qualquer exceção para “jogadores que já representam Macau há muitos, muitos anos”. A associação prometeu que “irá de certeza voltar a tentar” reverter a decisão junto da FIFA, mas excluiu a possibilidade de levar o caso ao Tribunal Arbitral do Desporto, na Suíça.
Sérgio Fonseca DesportoTaça do Mundo de GT | Edoardo Mortara esperado na Guia Edoardo Mortara está a preparar-se para ser um candidato à vitória na sétima edição da Taça do Mundo de GT da FIA, que será novamente realizada dentro do programa do Grande Prémio de Macau. De acordo com a imprensa alemã, o piloto suíço, que venceu este troféu pela Mercedes-AMG em 2017, será um dos pilotos que a Lamborghini irá enviar para conquistar o ambicionado troféu no Circuito da Guia A marca italiana tem sido uma das grandes ausentes da Taça do Mundo, em parte porque tem existido uma coincidência de calendário entre o Grande Prémio do território e as Finais Mundiais dos troféus monomarca da casa de Sant’Agata Bolognese. Este ano, o evento da RAEM volta a coincidir com o maior evento desportivo organizado pela Automobili Lamborghini, mas mesmo assim, dada a importância do mercado neste ponto do globo, a marca terá decidido inscrever dois carros. Segundo a revista alemã Motorsport Aktuell, a Lamborghini Squadra Corse delegou a “missão Macau” à equipa italiana Vincenzo Sospiri Racing, que este ano está a disputar o Fanatec GT World Challenge Asia. O plano dos italianos passa por inscrever dois Huracán GT3 Evo 2 para Edoardo Mortara, que defende as cores da marca no Campeonato do Mundo de Resistência da FIA (WEC), e para Mirko Bortolotti, que para além de ser companheiro de equipa de Mortara no mundial, é também o “ponta-de-lança” da marca transalpina no DTM e um dos melhores pilotos de GT3 a nível mundial. Conhecido como “Sr. Macau”, por ter vencido no Circuito da Guia por seis ocasiões, duas vezes na Fórmula 3 e quatro vezes nos GT, Mortara tem sido uma presença habitual entre nós. Apesar de já não fazer provas de GT com regularidade, a correr pela Audi, terminou em segundo lugar nas duas últimas edições da corrida. Bortolotti também não é um novato no Circuito da Guia, tendo defendido as cores da Lamborghini em 2016 e 2017, no entanto, sem obter resultados de vulto. A Lamborghini nunca venceu este prestigiado troféu atribuído pela FIA, mas já venceu a Taça GT Macau, a corrida que serve de berço à Taça do Mundo, por duas ocasiões. Em 2009 e 2010, o japonês Keita Sawa, aos comandos de um Gallardo GT3, deu as primeiras vitórias à Lamborghini no Circuito da Guia. Qualidade garantida A FIA restringiu a edição deste ano da Taça do Mundo a apenas 23 concorrentes. Para além da presença da Lamborghini, está igualmente prevista a presença, com pilotos e equipas apoiadas pela fábrica, da Porsche, da Mercedes-AMG e da Audi, sendo que esta última marca talvez se apresente com menos carros por estar a desinvestir na categoria. Quem também deverá estar novamente representada na grelha de partida é a Ferrari e com mais do que um 296 GT3. A prova irá atribuir novamente um título de pilotos e um título de construtores. O período de inscrições terminou no final de Julho, mas a lista oficial de inscritos só deverá ser revelada no mês de Outubro, quando a Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau assim o decidir. O evento de “sprint” da categoria GT3, de formato de piloto único, contará novamente com duas corridas – a de qualificação com 12 voltas e a final com 16 – que foram vencidas no ano passado pelo italo-suíço Raffaele Marciello (Mercedes-AMG GT3). O 71º Grande Prémio de Macau decorre de 14 a 17 de Novembro.
Sérgio Fonseca DesportoGP | Apresentado F3 que não correrá no Circuito da Guia O Autódromo Nazionale de Monza, em Itália, foi palco da apresentação do Dallara F3 2025, a próxima geração de monolugares de Fórmula 3 e o primeiro da disciplina, em quatro décadas, que não será visto a competir no Circuito da Guia O Dallara F3 2025 irá suceder ao Dallara F3 2019 que se retirou oficialmente das pistas este fim de semana. Este último, foi o primeiro monolugar de Fórmula 3 após a fusão entre a GP3 Series e o Campeonato Europeu de Fórmula 3, tendo competido no Circuito da Guia em 2019 e 2023. Para os livros de história também fica escrito que este foi o monolugar com que o inglês Luke Browning estabeleceu no ano passado o recorde da volta mais rápida em corrida no Circuito da Guia, com o tempo de 2:06.257, uma marca que provavelmente irá perdurar imbatível durante alguns anos. Visualmente, este novo carro tem semelhanças com os actuais modelos F1 e F2 e está equipado com o mesmo motor Mecachrome de 6 cilindros e de 3,4 litros que debita 380 cavalos de potência às 8000 rpm. Curiosamente, o carro que está confirmado para as três próximas temporadas, terá jantes de 16 polegadas, uma nova caixa de seis velocidades e será pela primeira vez alimentado por um combustível cem por cento sustentável. “Ao alinhar-se estreitamente com a aerodinâmica da Fórmula 2 e da Fórmula 1 da FIA, o novo carro de F3 oferece aos jovens pilotos uma plataforma essencial para desenvolverem as suas capacidades, preparando-os para os desafios que se avizinham nas categorias superiores”, disse o presidente da Federação Internacional do Automóvel (FIA), Mohammed Ben Sulayem, que acrescentou que “o design melhorado do cockpit reflete os nossos esforços contínuos para tornar o desporto motorizado mais inclusivo, garantindo que pilotos de todos os perfis físicos tenham a oportunidade de competir ao mais alto nível.” O ex-piloto de ralis e o primeiro presidente da FIA não europeu, que publicamente nunca comentou a exclusão da Fórmula 3 do Grande Prémio de Macau, referiu ainda que “este novo FIA Fórmula 3 incorpora a visão da FIA de um desporto que é progressivo, inclusivo e sustentável”. Este novo carro, que contou com a experiente colombiana Tatiana Calderón como piloto de desenvolvimento, terá sido uma das razões para a FIA decidir trocar no Grande Prémio de Macau os emblemáticos monolugares de Fórmula 3 pelos monolugares da muito menos reconhecida Fórmula Regional a partir já deste ano. Curiosamente, não foram reveladas as dimensões do novo carro, nem se este foi mais rápido nos testes que o modelo anterior, apenas que é capaz de atingir velocidades acima dos 300 km/h e acelerar dos 0 aos 100 km/h em três segundos. Um novo capítulo Os monolugares de Fórmula 3 usados até aqui serão ainda utilizados nos testes oficiais no mês de Outubro em Jerez e Barcelona e depois serão retirados. Grande parte destes carros serão adaptados para uso privado pelas equipas e outros acabarão como modelos de exposição. Por exemplo, o chassis com que Richard Verschoor venceu o Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 de 2019 ainda se encontra na MP Motorsport e será provavelmente vendido a um coleccionador privado. O 71.°Grande Prémio de Macau terá lugar de 14 a 17 de Novembr o e “a vinda de carros de Fórmula Regional a Macau para a Taça do Mundo FIA é uma consequência natural da evolução do panorama das corridas de monolugares de formação nos últimos anos e é um passo lógico na pirâmide”, disse o diretor de estratégia e operações de monolugares da FIA, François Sicard. A F3 foi introduzida no Grande Prémio de Macau em 1983, pelas mãos de Barry Bland com o apoio de Rogério Santos, na altura o presidente do Leal Senado, quando a FIA considerou que o Circuito da Guia não reunia as condições para receber a F2. As equipas de F3 visitaram o território por 38 vezes, uma vez que, de 2020 a 22, a pandemia de COVID-19 restringiu as viagens à RAEM. Durante esta quatro décadas, a prova de F3 de Macau recebeu inúmeras Taças Intercontinentais e Taças dos Mundo da FIA.
Hoje Macau Desporto MancheteFIFA exclui jogadores portugueses da selecção de Macau A FIFA confirmou a exclusão de cinco jogadores portugueses da equipa masculina de Macau por não possuírem o passaporte da RAEM, disse sexta-feira à Lusa o seleccionador Lázaro Oliveira. O luso-angolano disse que a Federação Internacional de Futebol (FIFA, na sigla em francês) já informou a Associação de Futebol de Macau da decisão de ratificar uma exclusão imposta pela Confederação Asiática de Futebol (AFC, na sigla em inglês). A decisão irá, no imediato, afectar o capitão, o luso-sul-africano Nicholas Torrão, Filipe Duarte, formado no Benfica e antigo internacional jovem por Portugal, o central Vítor Almeida e o avançado Iuri Kaewchang Capelo, lamentou Lázaro Oliveira. O seleccionador disse que contava com os quatro jogadores para as duas mãos do ‘play-off’ de qualificação para a Taça Asiática 2027, contra o Brunei, que estão marcadas para 05 e 10 de Setembro. Apesar de admitir que a situação fica “mais difícil”, Oliveira garantiu que Macau não desiste de sonhar: “Agora é pôr o foco nos jogadores que estão presentes e tentar rentabilizá-los ao máximo para que possam fazer dois bons jogos e tentar passar”. A médio prazo, acrescentou o seleccionador, a exclusão afecta também David Kong Cardoso, jogador do Fabril do Barreiro, que disputa o Campeonato de Portugal, o quarto escalão do futebol português, mas que actualmente está lesionado. Vítor Almeida, de 33 anos e radicado em Macau há quase nove anos, disse à Lusa que a decisão “não faz sentido”. “Há sensivelmente oito meses, jogámos o apuramento para o Mundial, em que não houve problema nenhum”, recordou o defesa. Em Outubro, Macau foi eliminada por Myanmar (antiga Birmânia) da corrida ao Mundial2026 após uma derrota por 5-1 fora e um empate a zero em casa, partidas em que participaram Vítor Almeida, Nicholas Torrão, Filipe Duarte e o médio Nuno Pereira, que então jogava no Imortal, do Campeonato de Portugal. Vítor Almeida descreveu esta exclusão como injusta para jogadores nascidos no exterior como Nicholas Torrão, que “já representa a selecção há mais de 20 anos e representou nas camadas jovens”, mas sobretudo para Iuri Capelo. Capelo, que nasceu em Macau há 31 anos, disse à Lusa estar “desiludido e um bocado frustrado”. “Nós todos trabalhamos, não vivemos do futebol. Então requer algum esforço da nossa parte ir aos treinos e é sempre um orgulho para todas as pessoas poderem representar o local onde nasceram”, sublinhou. Sem excepções Apenas os cidadãos chineses com estatuto de residente permanente em Macau podem obter um passaporte do território. Filho de mãe tailandesa e pai português, Capelo disse que, de acordo com as autoridades de Macau, teria de renunciar ao passaporte português. “Como é uma decisão pessoal minha, não quero renunciar à minha nacionalidade”, explicou. O jogador do Benfica de Macau, actual campeão, disse que a decisão da FIFA “pode desmotivar os mais jovens”, mas alertou que actualmente já há poucos não chineses “a jogar pelas camadas mais jovens da seleção de Macau”. Vítor Almeida, que também lidera uma escola de futebol, sublinhou a importância de não “ficar resignado e desistir”, para que os jovens da região “tenham essa possibilidade de poder representar a selecção de Macau mesmo não sendo chineses”. Uma porta-voz da Associação de Futebol de Macau confirmou à Lusa a exclusão, de acordo com regulamentos da AFC aprovados já em 2021, e lamentou que não haja qualquer excepção para “jogadores que já representam Macau há muitos, muitos anos”.
Hoje Macau DesportoParalímpicos | Presença de Macau pode encorajar mulheres a praticar desporto A presença da atleta de Macau Chio Hao Lei nos Jogos Paralímpicos Paris2024 pode encorajar mais mulheres com deficiência a praticar desporto no território, disse ontem o director da organização Macau Special Olympics. Chio, de 17 anos, viaja hoje para Paris, onde será a única atleta da região semiautónoma chinesa nos Paralímpicos, competindo na prova de salto em comprimento para atletas com deficiência intelectual. Esta é a quarta vez que um atleta de Macau recebe um convite especial da organização para os Paralímpicos, mas Chio foi a primeira mulher escolhida, sublinhou o director da Macau Special Olympics. Hetzer Siu Yu Hong disse acreditar que a escolha se deveu à política de paridade de género e recordou que os Jogos Olímpicos Paris2024 foram os primeiros a tentar ter um igual número de atletas femininos e masculinos. Graças à participação de Chio Hao Lei, “nestes Paralímpicos, as mulheres com deficiência podem ver que, se praticarem desporto, têm a oportunidade de chegar ao mais alto nível mundial”, defendeu o dirigente. Hetzer Siu admitiu que “a maioria dos atletas com deficiência são homens” e que é preciso “fazer mais esforços para encorajar as mulheres com deficiência a praticar desporto” no território. Apesar de sublinhar que este “é um desafio em toda a Ásia”, o director da Macau Special Olympics disse que a cultura chinesa tem factores culturais que ainda são obstáculos, incluindo a visão de “só é bonita a mulher que tem a pele branca, sem músculos”. A organização, com 37 anos de história, começou por promover o acesso de pessoas com deficiência intelectual à prática desportiva e actualmente aposta na educação e na formação de deficientes para acesso ao mercado de trabalho. Para as pessoas com deficiência, “a primeira preocupação é como viver na nossa sociedade e uma segunda prioridade são os estudos, algo que é muito importante na cultura chinesa”, disse Siu. Apesar de lamentar ser difícil atrair pessoas com deficiência para o desporto, o dirigente disse esperar que, depois dos Paralímpicos, também os Jogos Olímpicos Especiais da China possam ser “uma oportunidade para encorajar os cidadãos a praticar desporto”. Olhos no pódio Macau vai acolher duas provas de badminton, para pessoas com deficiência física ou auditiva e para pessoas com deficiência intelectual, no âmbito dos Jogos Olímpicos Especiais da China, que decorrem entre 8 e 15 de Dezembro de 2025. Siu disse que a Special Olympics tem todas as semanas treinos de 22 desportos, nos quais participam regularmente entre 100 e 120 utilizadores. Foi nestes treinos que o talento de Chio Hao Lei começou a despontar. Depois de conseguir o sexto lugar nos Jogos Asiáticos, realizados na cidade chinesa de Hangzhou, em Outubro passado, Chio assumiu à Lusa que não vai a Paris só para marcar presença. A jovem vai entrar em acção nos Paralímpicos a 6 de Setembro e tem três saltos para conseguir uma marca que lhe permita qualificar-se para os saltos finais. “O meu recorde pessoal é 4,25 metros, mas quero chegar aos 4,5 metros. Já o consegui nos treinos, mas nunca em competição”, referiu Chio. Como acontece desde os Jogos Seul1988, a competição paralímpica partilha as instalações com a olímpica e deverá juntar cerca de 4.400 atletas de 160 regiões e países, em 559 eventos, de 22 modalidades.
Hoje Macau DesportoVela | Macau recebe abertura de circuito mundial a partir de 2025 Macau vai receber anualmente, a partir de 2025, a abertura do circuito mundial da World Match Racing Tour (WMRT), uma das mais importantes competições internacionais de vela. Num comunicado divulgado na terça-feira, o Instituto de Desporto (ID) da região disse que o WMRT Macau Match Cup, evento reconhecido pela Federação Mundial de Vela, vai decorrer entre 8 e 12 de Janeiro. A etapa de Macau será o evento de abertura do circuito mundial da temporada de 2025 da WMRT, cujo programa completo ainda não foi divulgado. Este ano a competição arrancou nos Estados Unidos, em Abril, e a grande final está marcada para a cidade chinesa de Shenzhen, entre 10 e 15 de Dezembro. Num outro comunicado, divulgado na segunda-feira, o director executivo da WMRT, James Pleasance, disse que o acordo com Macau “é um outro marco importante” no crescimento do circuito. A WMRT referiu ainda que Macau vai acolher a abertura do circuito anualmente, “a partir de 2025”. A Lusa tentou obter mais informações junto do ID, mas não obteve até ao momento qualquer resposta. A etapa da WMRT vai fazer parte da Regata Internacional de Macau 2025, que irá incluir ainda a Regata da Taça Flor de Lótus e da Regata da Taça Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, referiu o ID. Mais de 300 velejadores têm participado anualmente na Regata Internacional de Macau, que arrancou em 2019, sublinhou a WMRT. A edição deste ano vai atribuir prémios no total de 100 mil dólares, acrescentou. O ID defendeu que trazer a Macau “os melhores velejadores do mundo” vai “consolidar ainda mais” o estatuto da cidade como “um centro mundial de turismo e lazer” e ajudar a diversificar a economia local, dependente do jogo. No comunicado da WMRT, o presidente interino do ID, Luís Gomes, defendeu que esta decisão “demonstra mais uma vez a capacidade de Macau para acolher grandes competições internacionais”.
Sérgio Fonseca Desporto MancheteGP | André Couto e Charles Leong com uma decisão difícil em mãos André Couto e Charles Leong Hong Chio enfrentam um enorme dilema. De um lado da balança está a participação no 71.º Grande Prémio de Macau, no outro prato da mesma está a possibilidade de conquistar um título no Lamborghini Super Trofeo Asia A competição monomarca do prestigiado construtor italiano de automóveis deslocou-se este fim de semana ao Japão, para a quarta prova da temporada no circuito de Fuji. Couto esteve presente, mas apenas para fazer ‘coaching’ aos pilotos da sua habitual equipa, pois o seu companheiro de equipa, o chinês Fangpin Chen, não viajou até ao “país do sol nascente” por razões pessoais. Com isto, o piloto português perdeu, por apenas seis pontos, a primeira posição que ocupava na classe Pro-Am para a dupla Nikolas Pirttilahti/Thomas Yu. Couto ainda poderá recuperar o primeiro lugar, mas terá que alinhar nas restantes jornadas do troféu e continuar a senda de vitórias (foram cinco em seis corridas), quando faltam disputar ainda quatro corridas, duas em Xangai (China) e outras duas em Jerez de la Frontera (Espanha) na semana que precede as “finais mundiais” das Lamborghini. Segundo o que apurou o HM, a Madness Racing Team conta com André Couto e Fangpin Chen para as últimas duas provas da temporada. Porém, como tem acontecido nos últimos anos, as Lamborghini World Finals voltam a coincidir no calendário com o Grande Prémio de Macau. Quer isto dizer, que Couto terá que escolher onde estará de 16 a 19 de Novembro – em Macau ou em Espanha. O piloto português não esconde que gostaria de voltar a competir no Circuito da Guia, e até existirão possibilidades para o voltar a fazer. Caso não encontre um volante competitivo, Couto não quererá perder a oportunidade de somar mais um título para o seu longo palmarés. Ainda mais a perder Presente em Fuji, mas ao volante, Charles Leong alcançou um segundo e um terceiro lugar, o que lhe permite estar no segundo lugar na classificação da classe PRO do Lamborghini Super Trofeo Asia, em igualdade de pontos com os rivais Dan Wells/Emilien Carde e com a sua companheira de equipa na SJM Iron Lynx Theodore Racing, a japonesa Miki Koyama. Graças à boa temporada que está a fazer na competição monomarca do prestigiado construtor italiano, no mês passado, a Lamborghini Squadra Corse, a divisão de competição da Automobili Lamborghini, elegeu Leong como um dos 28 pilotos que fazem parte do “Programa de Pilotos Júnior” para jovens pilotos dos Super Trofeo. Leong foi um dos três seleccionados da região asiática. O Super Trofeo Junior Driver Program é dedicado a pilotos até aos 25 anos e que competem em um dos três campeonatos regionais Lamborghini Super Trofeo (Europa, América do Norte e Ásia). Após a avaliação, os pilotos que mais impressionarem ao longo da temporada serão selecionados pela Squadra Corse para participar num “shootout”, a realizar após as tradicionais Lamborghini World Finals, o evento de encerramento da temporada dos troféus Lamborghini, que este ano decorrerá no circuito de Jerez de la Frontera, no sul da Espanha. O vencedor receberá apoio da fábrica da Squadra Corse durante a temporada de 2025. Tal como Couto, Leong não faz segredo da sua vontade em competir no Circuito da Guia, principalmente se for aos comandos de um carro competitivo, mas confessou ao HM “não saber de momento” onde estará naquele fim de semana de Novembro. Se a opção de Leong for correr entre nós no mês de Novembro, então deixará cair as ambições de conquistar o título na categoria PRO no Circuito de Jerez, pois durante a semana que precede as “finais mundiais” das Lamborghini, serão disputadas as duas últimas corridas pontuáveis para o Lamborghini Super Trofeo Asia. A não presença em Jerez também irá colocar um “ponto final” no sonho de um dia poder vir a ser piloto de fábrica da Lamborghini.