Hoje Macau DesportoKenjiro Shinozuka, primeiro japonês a vencer o Paris-Dakar, morreu aos 75 anos O piloto Kenjiro Shinozuka, o primeiro japonês a vencer o Rali Paris-Dakar, morreu hoje, aos 75 anos, em consequência de um cancro no pâncreas, noticia a comunicação social nipónica. Shinozuka disputou pela primeira vez a prova rainha de todo-o-terreno em 1986, coincidindo com aposta da Mitsubishi na especialidade, e sagrou-se campeão nove anos mais tarde, em 1997, ao volante de um Pajero. O japonês terminou no segundo lugar em 1988 e 1998 e no terceiro em 1987, 1992, 1995 e 2002, tendo participado no Dakar até 2007, apesar de ter sofrido um grave acidente em 2003, na sequência do qual chegou a ser colocado em coma induzido. Natural de Tóquio, Shinozuka iniciou a ligação à Mitsubishi como mecânico, tendo começado a carreira de piloto no campeonato japonês de ralis, categoria em que obteve dois triunfos no Campeonato do Mundo, ambas no Rali da Costa do Marfim, em 1991 e 1992.
Sérgio Fonseca DesportoAutomobilismo | André Couto ganha na Malásia as 12 Horas de Sepang Dificilmente a temporada desportiva poderia ter começado melhor para André Couto. O piloto do território venceu a classe GTC nas 12 Horas de Sepang, a “clássica” de resistência do continente asiático, que teve lugar no Circuito Internacional de Sepang, na Malásia. O piloto português aceitou um convite de última hora da Madness Racing Team – inscrita como D1 Racing Team – para conduzir um Lamborghini Super Trofeo EVO2 na prova de resistência malaia, fazendo equipa com os pilotos chineses Hong Shijie, Chen Fang Ping e He Xinyang. Rapidamente, André Couto assumiu a liderança da formação de Hong Kong, ajudando-a a colocar o carro de fabrico italiano no topo da tabela de tempos da categoria GTC durante a sessão de qualificação de sexta-feira. Pelas 10h00 da manhã de sábado, os dezassete GT3, GTC e TCR, todos eles pertencentes a equipas da região Ásia-Pacifico, fizeram-se ao asfalto muito quente da antiga pista de Fórmula 1 da Malásia para meio dia de ritmo elevado numa das mais duras corridas de resistência de velocidade nesta parte do globo. A liderança na classe só esteve em causa pontualmente no início da corrida, quando na abordagem para a primeira curva André Couto não conseguiu evitar um ligeiro toque num Audi R8 LMS GT3 que travou demasiado cedo. Recuperada a primeira posição, o Lamborghini Super Trofeo EVO2 nº710 nunca mais foi importunado pela concorrência, com a equipa a ver a bandeira de xadrez com duas voltas de avanço sobre os mais directos adversários e no oitavo lugar da classificação geral. “É uma excelente sensação dar início à temporada com uma vitória”, disse André Couto no “flash interview” da corrida. “Parabéns aos meus colegas de equipa, especialmente os que estavam a fazer a sua primeira corrida de sempre (n.d.r: Chen e He) e terminaram no pódio, o que é fantástico. Estamos todos muito felizes e agradecidos à equipa”. A preparar o futuro Depois de ter competido pela Dongfeng Honda Racing Team em algumas provas do TCR China na época passada, incluindo no Grande Prémio de Macau, André Couto tem estado ocupado com as suas actividades de “Driver Coach”, mas também de pilotos de testes. O piloto da RAEM tem participado nos testes de desenvolvimento de pneus de uma marca chinesa para uma disciplina de monolugares, onde tem vindo a usar a sua experiência adquirida em mais de uma dezena de anos a trabalhar ao mais alto nível no automobilismo japonês. Apesar de ainda não ter um programa desportivo confirmado para este ano, André Couto mostra-se confiante que esta corrida lhe possa abrir portas no universo das corridas da Lamborghini. Recorde-se que esta não foi a primeira ligação de André Couto à marca de Sant’Agata Bolognese, tendo o piloto de Macau participado com um Huracán GT3 no campeonato japonês Super GT de 2019, onde foi oitavo classificado da categoria GT300, no Asian Le Mans Series 2019/2020 e competido ainda com um carro igual na Taça do Mundo FIA de GT do Grande Prémio de Macau em 2016.
Hoje Macau DesportoGP | Provas de apuramento de pilotos locais serão em Hunan A Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC) publicou no passado fim de semana o regulamento técnico e desportivo do campeonato de carros de Turismo de Macau, cuja designação oficial, em inglês, será Macao Touring Car Series (MTCS) – Macau Roadsport Challenge Os concorrentes do território e das regiões vizinhas vão este ano trocar de palco, deixando o Circuito Internacional de Guangdong, nos arredores da cidade de Zhaoqing, para rumarem ao mais moderno Circuito Internacional de Zhuzhou. Serão duas as jornadas planeadas para o traçado localizado na Província de Hunan, sendo que a primeira será disputada de 10 a 12 de Maio e a segunda de 5 a 7 de Julho. O MTCS vai manter praticamente o mesmo regulamento técnico introduzido, com sucesso, na temporada passada. Sendo assim, a competição irá aceitar os Toyota GR86 (ZN8) e os Subaru BRZ (ZD8) que no passado mês de Novembro vimos em acção no Circuito da Guia. Cada uma das duas provas será composta por uma sessão de treinos livre de 30 minutos, uma sessão de treinos de qualificação de 30 minutos e duas corridas, cada uma com a duração de 15 voltas ou 30 minutos. A taxa de inscrição para estas duas provas será de 15 mil renmimbi, e não patacas, e o sorteio de centralinas antes do início de cada evento irá manter-se, uma medida vista com bons olhos para travar qualquer iniciativa de ganhar vantagem via desenvolvimento da electrónica. A obrigatoriedade de usar um fornecedor de pneus apontado pela organização é talvez a grande novidade para 2024. Se até aqui a escolha das “borrachas” era livre, este ano a escolha da organização recaiu nos pneus Sailun PC01. A marca chinesa originária de Qingdao não tem tradição no desporto motorizado, para além de algumas incursões na modalidade de Drift, mas esta será uma das primeiras iniciativas da Sailun para se afirmar no automobilismo. Visto para o GP O programa da 71.ª edição do Grande Prémio de Macau ainda não foi apresentado, mas haverá certamente menos vagas para os pilotos das corridas locais, devido ao facto do evento regressar ao seu formato original de um fim de semana só. Em 2023, os pilotos da competição bi-marca local puderam correr no Circuito da Guia na Corrida Macau Roadsport Challenge, no primeiro fim de semana, e no Desafio do 70.º Grande Prémio de Macau, no segundo fim de semana. Este ano, é previsível que só se realize uma corrida com os apurados das corridas de Zhuzhou, o que aumentará a importância e a dificuldade destes dois eventos para os pilotos do território. Segundo o regulamento desportivo: “A classificação das duas provas e os pontos da série serão enviados à Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau para que esta avalie se os melhores pilotos serão convidados a participar no 71.º Grande Prémio de Macau”. É obrigatório para cada inscrito a participação nas duas provas, com o mesmo piloto e no mesmo carro. Uma vez efectuada a inscrição e aceite, o piloto não pode mudar de viatura, excepto por um motivo aceite pelos Comissários Desportivos. Por outro lado, todo e qualquer “concorrente só pode participar no 71.º Grande Prémio de Macau com a mesma inscrição no Macao Touring Car Series (MTCS), com o mesmo piloto no mesmo carro”, não havendo possibilidade de transferências de lugares e de viaturas. O regulamento desportivo também é claro ao permitir a participação de pilotos, com licença internacional, de todas as proveniências, não limitando assim estas duas provas de apuramento aos pilotos da RAEM, Hong Kong e Interior da China.
Sérgio Fonseca DesportoGP Macau | FIA não mexe no formato da Taça do Mundo O Conselho Mundial de Automobilismo da Federação Internacional do Automóvel (FIA) confirmou no final da tarde de quarta-feira a continuidade de Macau como o palco de mais uma edição da Taça do Mundo de GT da FIA, a competição de “sprint” mais importante da popular categoria de carros GT3. Numa comunicação esperada, visto que em 2023 a FIA e a Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau assinaram um contrato de três anos, o órgão federativo referiu: “A sétima edição da Taça do Mundo de GT da FIA terá lugar no Circuito da Guia, de 12 a 17 de Novembro, no âmbito do Grande Prémio de Macau de 2024”. Com a presença de várias equipas e pilotos de fábrica, a edição passada da Taça do Mundo foi ganha pelo italiano Rafaelle Marciello em Mercedes-AMG GT3. O sucesso da prova fez com que a FIA apostasse nos mesmos moldes para este ano. Os regulamentos desportivos e técnicos da competição também foram aprovados, e o formato mantém-se inalterado, com duas sessões de treinos de 30 minutos seguidas de uma única qualificação com a mesma duração. A entrega deste prestigiado troféu “será realizada em duas corridas, com uma corrida de qualificação de 12 voltas seguida de uma corrida principal de 16 voltas para decidir o título”. Diz também o comunicado que pelo segundo ano consecutivo, “a Taça do Mundo de GT da FIA irá utilizar combustível sustentável fornecido pela ETS Racing Fuels”. O Conselho Mundial também confirmou a Corrida da Guia como a prova de encerramento do campeonato FIA TCR World Tour. Por outro lado, não houve qualquer menção à prova de Fórmula 3 no comunicado difundido pela FIA à imprensa.
Sérgio Fonseca DesportoReino Unido | Macau em destaque na imprensa britânica Na semana passada, Macau foi notícia no desporto motorizado do Reino Unido, tanto nos automóveis, como nas motos. Curiosamente, este destaque não está relacionado com o Grande Prémio, mas sim com a equipa de motociclismo FHO Racing e o piloto Kevin Tse O nome da FHO Racing, propriedade de Faye Ho, saltou novamente para os jornais, após a empresária de Macau anunciar que a sua equipa não irá competir na North West 200, umas das corridas “clássicas” de estrada do motociclismo mundial. A proprietária e chefe de equipa afirmou que, após discussão com os seus pilotos Peter Hickman e Josh Brookes, a FHO Racing não estará presente “simplesmente devido à logística e ao facto de o evento ser entre provas do BSB (Campeonato Britânico de Superbike), e depois directamente para a TT”. Para além da Ilha de Man TT deste ano, que terá início a 27 de Maio, as provas do BSB em Oulton Park e Donington Park também terão lugar no mesmo mês da North West 200, na Irlanda do Norte. Além disso, a responsável da equipa acrescenta que a decisão “permite que a equipa se concentre totalmente nos seus compromissos no Campeonato Britânico de Superbike, bem como na Ilha de Man TT”. “No ano passado, como equipa, não nos sentimos 100% prontos quando fomos para o TT e isso é algo que nenhum de nós quer”, explicou a neta de Stanley Ho. “Claro que existe a situação do ano passado no evento, que foi tida em conta na nossa decisão, mas, em última análise, a principal razão deve-se simplesmente ao facto de o calendário estar com provas muito próximas entre si.” Perante esta má notícia, os organizadores do North West 200 afirmam estar “desapontados” com a ausência da equipa FHO Racing, mas desejaram à equipa da empresária da RAEM “uma época de 2024 com segurança e bem-sucedida”. O vencedor da última edição do Grande Prémio de Motos de Macau, Peter Hickman, optou, no entanto, por estar presente na North West 200 deste ano, mas apenas com as suas próprias motos, assistidas pela PHR Performance, uma decisão que teve o aval da FHO Racing, com quem tem contrato. Tse de Mercedes GT3 Entretanto, Kevin Tse Wing Kin foi o primeiro piloto de Macau a confirmar uma temporada além-fronteiras para 2024, ao anunciar que irá tripular um Mercedes-AMG GT3 com o alemão Maximilian Goetz pela equipa 2 Seas Motorsport, no Campeonato Britânico de GT. Tse, que correu com um McLaren 720S da Sky Tempesta no Campeonato Britânico de GT de 2023 e terminou em segundo lugar na classificação da Silver-Am na época passada, mudou de ares este ano. Contudo, o piloto residente em Hong Kong e com licença de Macau também não é estranho às máquinas Mercedes-AMG, pois pilotou um carro igual para a equipa Sky Tempesta – que era supervisionada pela 2 Seas Motorsport na época passada – em dois eventos em 2022 e na prova de 2021 de Outon Park que venceu pela equipa RAM Racing. “Depois de uma temporada completa na classe a GT3 Silver-Am, estou extremamente entusiasmado por me graduar para a classe Pro-Am no Campeonato Britânico de GT em 2024”, disse Tse. “A 2 Seas provou ser extremamente bem-sucedida ao longo dos anos, e a cereja no topo do bolo para mim é conduzir com o Maximilian. O campeão do DTM de 2021 não precisa de apresentações e, com ele a guiar-me ao longo do ano, estou ansioso por melhorar as minhas capacidades de condução. Está tudo a preparar-se para ser uma época fantástica!” O novo copiloto de Tse tem um currículo formidável. Goetz está ao serviço da Mercedes-AMG há mais de uma década, tendo vencido as 24 Horas de Spa em 2013, antes de conquistar, no ano seguinte, o que agora é a coroa da Fanatec GT Europe Sprint Cup. O seu maior sucesso até à data chegou em 2021, quando Goetz, um dos habituais pilotos da Mercedes-AMG na Taça do Mundo de GT da FIA em Macau, conquistou o título do DTM durante uma dramática corrida final, tendo também vencido corridas no Fanatec GT Asia, no Intercontinental GT Challenge e no ADAC GT Masters.
Sérgio Fonseca DesportoTCR World Tour muda calendário, mas não toca no GP A principal competição de carros de Turismo na pirâmide da Federação Internacional do Automóvel (FIA) irá novamente passar por Macau este ano, no mês de Novembro, para a sua finalíssima, apesar das alterações forçadas a que o calendário do FIA TCR World Tour será sujeito As provas australianas do FIA TCR World Tour, que estavam previstas para Sydney e Bathurst, em 2024 foram canceladas, tendo o WSC Group, a entidade promotora da competição para carros TCR, informado o Australian Racing Group, o promotor dos eventos e do TCR Australia, que “não está em condições de correr na Austrália em 2024”. As causas para o cancelamento das duas provas da Oceania estão no enorme desafio e nos atrasos na logística internacional, e a escala de tempo apertada entre os eventos planeados na Austrália e em Macau – com os três eventos realizados no espaço de apenas 16 dias, todos em Novembro. O TCR World Tour realizou eventos na Austrália e em Macau no final de 2023, dentro de um calendário igualmente apertado, mas este ano o WSC Group de Marcello Lotti não quis arriscar. A incerteza e o aumento do custo do transporte marítimo internacional que faz a travessia pelo Mar Vermelho pelo Iémen, com vários navios a serem atacados pelos rebeldes Houthi nos últimos meses, foi o motivo para esta drástica medida. Entre cancelar as duas corridas em solo australiano ou o evento icónico da RAEM, a opção recaiu pelas duas concorridas provas da Austrália. O peso chinês Marcello Lotti, o Presidente da WSC e o autor do conceito TCR, explicou a razão para estas alterações imprevistas. “Na sequência do encerramento do Canal do Suez, em consequência da actual crise do Mar Vermelho, e do seu subsequente impacto na indústria naval e dos grandes atrasos daí resultantes, o WSC Group, o promotor do Kumho FIA TCR World Tour, não teve outra alternativa senão reavaliar o calendário desta época”, afirmou o empresário italiano. “O plano original era enviar o equipamento do Uruguai, após a quinta prova realizada em El Pinar (Uruguai), de 2 a 4 de Agosto, directamente para a China para o evento subsequente agendado em Zhuzhou de 20 a 22 de Setembro”, acrescentou Lotti. “No entanto, os atrasos no transporte impossibilitam que a carga seja entregue a tempo, deixando em dúvida a prova chinesa do campeonato, bem como as duas rondas seguintes na Austrália.” O crescimento da categoria TCR na Ásia, nomeadamente na China, e o facto de a Corrida da Guia ser uma das provas mais mediáticas do calendário, com uma exposição internacional fortíssima, obrigou o WSC Group a ter que optar pela manutenção das provas em território chinês e preterir a ida à Austrália. “Na sequência de consultas com as principais partes interessadas do campeonato e com as equipas participantes, foi tomada a difícil decisão de retirar as duas provas australianas (7ª ronda no Sydney Motorsport Park e a 8ª ronda no Mount Panorama Circuit) do calendário do Kumho FIA TCR World Tour deste ano, com a intenção de as reintegrar no calendário em 2025”, concluiu Lotti. O calendário do FIA TCR World Tour actualizado será submetido à aprovação do Conselho Mundial do Automobilismo da FIA na próxima reunião que terá lugar a 28 de Fevereiro. O 71º Grande Prémio de Macau disputa-se de 14 a 17 de Novembro.
Sérgio Fonseca Desporto MancheteFaleceu a primeira senhora a correr de moto na Guia O motociclismo português está de luto. Faleceu aos 57 anos, vítima de doença, Fernanda Ramos, a primeira senhora a correr de moto no Circuito da Guia, em Macau Em 2022, Nadieh Schoots foi a primeira senhora a participar no Grande Prémio de Motos de Macau, mas a verdade é que a holandesa não foi a primeira senhora a participar em corridas de motos no Circuito da Guia. Em 1997, com muito menos impacto mediático, Fernanda Ramos escreveu história no maior evento desportivo de carácter anual do território, ao alinhar na Corrida Super Challenge, para Superbikes, terminando num honroso 12.º lugar. A piloto natural de Vila Real e residente em Lisboa, que anos antes se tinha estreado no Troféu Honda CBR nas pistas portuguesas, teve nas sinuosas ruas de Macau o seu baptismo de fogo nos palcos internacionais. Não se intimidando com o cenário temeroso do Circuito da Guia, Fernanda Ramos esperava, no entanto, ainda fazer melhor resultado na corrida, tendo em conta a evolução que revelou dos treinos para a corrida de dez voltas. A transmontana disputou a Corrida Super Challenge, que na altura estava apenas aberta aos pilotos portugueses e pilotos provenientes de países asiáticos, com uma Ducati 916 SP, uma moto que nunca tinha tripulado até aquele fim de semana de Novembro e muito mais potente que as 600cc com que competia em Portugal na altura. “Gostei muito do circuito, mas o facto de não estar habituada à moto e de não conhecer a pista nunca me permitiu andar realmente depressa”, disse ao jornal português AutoSport, no final da corrida. Porém, a piloto e instrutora de condução estava naturalmente satisfeita com o facto de entre a qualificação e a corrida ter melhorado a sua volta mais rápida em oito expressivos segundos. Ao jornal South China Morning Post, em jeito de gozo, a portuguesa foi muito mais assertiva: “Desta vez estava a correr com a cabeça. Da próxima vez, vou correr com os meus tomates – isso se os tiver.” Citada na primeira pessoa, esta semana, pelo portal português especializado andardemoto.pt, Fernanda Ramos contava: “Nasci numa pequena cidade do norte de Portugal, Vila Real, considerada o equivalente português da Ilha de Man devido à sua tradição em corridas de rua. 1997 foi o meu ano mais feliz, corri no Grande Prémio de Macau, com uma Ducati 916 SP. Em 44 anos de corridas no Grande Prémio de Macau, fui a única mulher a correr lá (de moto).” Fernanda Ramos não regressou ao Circuito da Guia, voltaria mais tarde à China, para fotografar, outra das suas paixões, a estreia do MotoGP no país em 2005. Contudo, a sua marca ficará para sempre na história do Grande Prémio de Macau.
João Santos Filipe DesportoGP Macau | Félix da Costa não esconde que gostaria de voltar à Guia António Félix da Costa, o único piloto português a vencer a corrida principal do Grande Prémio de Macau por duas ocasiões (2012 e 2016), voltou a relembrar que o Circuito da Guia é o seu circuito predilecto, como também desvendou que esteve muito perto de regressar a Macau para participar no 70.º Grande Prémio de Macau No popular podcast brasileiro “Pelas Pistas”, que contou com a apresentação Thiago Alves e dos ex-pilotos de Fórmula 1, Christian Fittipaldi e Nelsinho Piquet, o piloto de Cascais voltou a classificar o Circuito da Guia como seu traçado favorito, “é um flow inacreditável, quando acertas…”, referiu com entusiasmo de quem tem uma enorme admiração pelo circuito citadino do território. Questionado por Nelsinho Piquet, piloto que correu em Macau em 2003 e 2004 antes de rumar à Fórmula 1, se já tinha corrido num carro de GT no traçado citadino da RAEM, Félix da Costa deixou claro que “não”, mas que é algo que “quero muito”, passando a explicar que “quando eu lá corri de Fórmula 3, o tempo da pole-position era 2:14 ou 2:12, mas agora o carro é outro, e fazem tempos inferiores a 2:10, mas os GT já fazem tempos de 2:14, muito rápidos. Neste (último) ano (o nível) estava muito bom, muitos carros e pilotos bons. Era algo que eu gostaria de fazer.” Félix da Costa competiu no evento de Macau por cinco ocasiões. Depois do sexto lugar na estreia em 2010 e o abandono no ano seguinte, Félix da Costa conquistou o título mais apreciado da Fórmula 3 em 2012 ao volante de um monolugar que hoje pode ser visto no Museu do Grande Prémio. Regressaria no ano seguinte, terminando em segundo, para voltar a subir ao primeiro lugar do pódio em 2016. Regresso esteve próximo Nas vésperas da 70.ª edição do maior cartaz desportivo da RAEM, o nome de Félix da Costa foi apontado pela imprensa de Hong Kong ao lugar vago no terceiro monolugar da Rodin Carlin a ser inscrito no Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 – Taça do Mundo de F3. A equipa britânica que estava a passar um momento conturbado, que culminou com o despedimento do seu fundador Trevor Carlin, acabou mesmo por não alinhar com um terceiro carro na corrida ganha pelo inglês Luke Browning. O piloto natural de Cascais que tem contrato com a marca Porsche confirmou que teve “uma proposta para participar de Fórmula 3 e não fui, mas quase que fui”. Mesmo não tendo revelado a identidade da equipa, Félix da Costa reconheceu que “até disse que sim, mas ia ter um dia de testes nessa mesma semana e a Porsche bem que ficou… e pronto, enfim!” O piloto português continua a fazer parte da TAG Heuer Porsche Formula E Team, a equipa oficial da Porsche Motorsport no Campeonato do Mundo de Fórmula E da FIA, para monolugares com motorização eléctrica. Para este ano, a marca germânica decidiu que os seus dois pilotos, Félix da Costa e o alemão Pascal Wehrlein, não podiam participar noutros campeonatos ou competições fora da Fórmula E, o que obrigou Félix da Costa a abandonar o seu programa no Campeonato do Mundo de Endurance da FIA (WEC). O piloto português vai regressar à República Popular da China no fim de semana de 25 e 26 de Maio, para disputar a prova de Xangai do Campeonato do Mundo de Fórmula E da FIA.
Sérgio Fonseca Desporto MancheteFórmula E | Di Grassi sugere Circuito de Macau para os próximos carros Lucas Di Grassi, o piloto brasileiro que venceu o Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 em 2005, e um dos pilotos com mais provas disputadas no Campeonato do Mundo FIA de Fórmula E, sugere que o Circuito da Guia seria o palco ideal para provar a performance da próxima geração de viaturas eléctricas de competição Numa altura em que o Campeonato do Mundo FIA de Fórmula E já trabalha na quarta geração de monolugares, a chamada Gen4, cuja introdução está prevista para a temporada de 2026/2027, Lucas di Grassi acredita que o desempenho destes carros irá traduzir-se numa maior rapidez e performance, o que significa que a competição estreada em 2014 pode finalmente ambicionar correr nos grandes palcos do automobilismo, em vez de circuitos citadinos improvisados e com pouco carisma. O piloto paulista sugere o exigente Circuito da Guia como a bitola para a próxima geração de monolugares propulsionados a electricidade. “Em termos de desempenho, eu teria exigido que o Gen4 pudesse correr em todo o Circuito da Guia de Macau e que, pelo menos numa volta de qualificação, fosse mais rápido do que os carros de Fórmula 3 e GT3. Para mim, isso seria um grande indicador de que seguimos na direção certa”, referiu o ex-piloto de F1 numa crónica escrita na reputada revista inglesa Autosport. A próxima geração de carros de Fórmula E, a construir pela francesa Spark Racing Technology, terão quatro rodas motrizes e serão capaz de debitar 600kW (cerca de 800cv). A Bridgestone será o fornecedor de pneus, enquanto a Marelli irá ser responsável pelo “powertrain” e a Podium Advanced Technologies pelas baterias. “A essência da Fórmula E são as corridas em circuitos citadinos”, referiu o actual piloto da ABT Cupra. “O melhor circuito urbano do mundo é Macau, portanto qual o melhor lugar que deveremos ambicionar (um dia correr) tendo o carro mais rápido?” Sugestão da FIA Recorde-se que em 2013, Jean Todt, visitou o Grande Prémio de Macau no sexagésimo aniversário do evento, e o então presidente da Federação Internacional do Automóvel (FIA) disse à imprensa que faria todo o sentido que o campeonato de carros eléctricos, que na altura estava a dar os seus primeiros passos, tivesse um dia um evento na RAEM. Terão existido até contactos para que o campeonato realizasse um evento no território, mas a resposta de Macau terá sido “vamos esperar para ver”, pois a competição precisava de tempo para amadurecer. Com o Circuito da Guia a ser incompatível com as necessidades dos monolugares eléctricos da altura e com o território sem grande vontade em realizar corridas numa outra localização, a vizinha Hong Kong acabou por avançar com a sua etapa da Fórmula E – em 2016, 2017 e 2019 – acabando por a perder em 2019 com a pandemia. Regresso ao Interior da China O Campeonato do Mundo FIA de Fórmula E regressa ao Interior da China este ano, um país que serviu de palco para estreia do campeonato em 2014. Depois de passagens por Pequim, pela ilha de Sanya e pela Região Administrativa Especial de Hong Kong, a competição de monolugares eléctricos vai finalmente cumprir o sonho de competir em Xangai. Após estudadas várias alternativas, a organização do campeonato decidiu que o ideal era mesmo utilizar o Circuito Internacional de Xangai. Os carros da Fórmula E não vão usar o circuito do Grande Prémio da China de Fórmula 1, mas sim um traçado alternativo e mais curto, muito mais adequado às performances destes carros que necessitam de vários pontos de travagem para regenerarem energia.
Hoje Macau DesportoFãs de Ronaldo invadem hotel do Al Nassr após adiamento da digressão na China Adeptos chineses desiludidos com a decisão do Al Nassr de cancelar jogos particulares na China, devido a lesão de Cristiano Ronaldo, invadiram na terça-feira o hotel onde a equipa estava hospedada, para tentar ver o português. Ronaldo é a principal atracção para os adeptos chineses e, sem ele, foi decidido que o melhor seria adiar as partidas frente ao Shanghai Shenhua e ao Zhejiang, para data a anunciar. “Como sabem, no futebol há coisas que não se podem controlar”, afirmou o português, em conferência de imprensa, na cidade de Shenzhen, no sudeste da China. “Vamos voltar para fazer o povo chinês feliz, é esse o meu objectivo. Quero jogar para vocês. Não fiquem tristes porque eu estou triste e espero que compreendam as circunstâncias de um jogador de futebol”, vincou. Milhares de adeptos, que viajaram de toda a China para assistir aos jogos, acorreram então ao hotel, o Mandarin Oriental. Os funcionários não conseguiram resistir aos avanços e algumas dezenas conseguiram entrar no átrio, segundo vídeos difundidos nas redes sociais. Outro vídeo mostra os adeptos no exterior do hotel a gritarem repetidamente o nome de Ronaldo. A polícia acabou por ser chamada e conseguiu restabelecer a ordem, de acordo com a imprensa local. Na rede social chinesa Weibo, o pedido de desculpas de Ronaldo foi o tema mais comentado na terça-feira, com mais de 19 milhões de visualizações. Os bilhetes para os dois jogos esgotaram-se poucas horas depois de terem sido postos à venda no início de janeiro. Os organizadores declararam que seria criado um “canal de reembolso incondicional o mais rapidamente possível”. Apesar do adiamento das partidas, o Al Nassr viajou para a China, incluindo Ronaldo, e ontem emitiu um comunicado manifestando a disponibilidade para continuar em solo chinês em estágio, enquanto se encontram novas datas. “C Luo”, Cristiano Ronaldo em chinês, é o português mais conhecido na China, onde o futebol tem tido renovado interesse, à medida que o Governo chinês almeja colocar a seleção do país entre as melhores do mundo. A selecção chinesa falhou na segunda-feira a qualificação para os oitavos de final da Taça Asiática, após dois empates em três jogos na fase de grupos, em que não marcou qualquer golo. A Associação Chinesa de Futebol (CFA, na sigla em inglês), o organismo estatal que funciona como uma federação, está envolvida em vários casos de corrupção. Cerca de dez responsáveis da CFA, incluindo o antigo presidente Chen Xuyuan, foram afastados em 2022, por suspeitas de corrupção. Chen admitiu ter recebido grandes quantidades de dinheiro de jogadores do mundo do futebol que queriam cair nas suas boas graças. Também o ex-treinador da selecção chinesa de futebol Li Tie confessou recentemente ter pago o equivalente a cerca de 400 mil euros para garantir a sua contratação, em Janeiro de 2020.
Sérgio Fonseca DesportoAutomobilismo | Rui Valente já delineou a temporada 2024 Se há um piloto de Macau que começa cedo a preparar a sua temporada desportiva, esse piloto é Rui Valente. O veterano piloto português teve uma participação no 70.º Grande Prémio de Macau quase para esquecer, mas isso não o desmotivou, bem pelo contrário Rui Valente está decidido a regressar em força em 2024, colocando a fasquia alta: “Gostaria de vencer, tanto o campeonato, como no Grande Prémio de Macau”, explicou ao HM. E o plano para lá chegar já está delineado: “vou continuar a correr no Subaru e fazer algumas provas no Mini, aquelas de uma hora do GIC (Circuito Internacional de Guangdong), para manter a forma. Lá para Fevereiro começamos a rodar outra vez”. Depois de ter dado boas indicações nas corridas de qualificação, em Zhaoqing, a estreia de Rui Valente no Circuito da Guia com o novo Subaru BRZ não foi brilhante. O piloto do território já não conduzia um carro com tracção à frente desde o BMW M3 em 1995, mas partia para as corridas do Desafio do 70.º Grande Prémio de Macau altamente motivado e a acreditar que um lugar no pódio era plausível. Contudo, nem tudo correu de acordo com as expectativas iniciais, e depois de ter corrido atrás do prejuízo nos treinos, um toque na corrida, na travagem para a Curva Lisboa, ditou o fim das possibilidades de obter um bom resultado. “Tínhamos as afinações totalmente erradas para Macau, que fomos alterando ao longo do fim de semana para melhorar, depois de uma qualificação desastrosa. Infelizmente, um toque de um adversário estragou a possibilidade de conseguir um bom resultado na corrida”, recorda o piloto inscrito pela Premium Racing Team, que é uma uma presença habitual nas corridas do Grande Prémio desde 1988, ano em que se estreou na prova com um pódio, na então Corrida de Iniciados. À espera do calendário A Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC) ainda não publicou o calendário de provas para a temporada de 2024, mas os concorrentes esperam que este seja preenchido por duas ou três provas. Para além do GIC, em Zhaoqing, em cima da mesa está novamente a possibilidade dos Toyota GR86 e Subaru BRZ rumarem até à Província de Hunan, para uma prova no Circuito Internacional de Zhuzhou. A incerteza do calendário não preocupa Rui Valente, que reconhece que não sabe se o calendário “vai ser igual ou se irão alterar alguma coisa, mas suponho que iremos saber brevemente. Diz-se que teremos duas provas em Maio e depois em Julho. Eu pessoalmente já renovei a minha licença desportiva para 2024.” Menos vagas para o GP O programa da 71ª edição do Grande Prémio de Macau ainda não foi apresentado, mas uma coisa é certa, haverá menos vagas para os pilotos das corridas locais, muito devido ao facto do evento regressar ao formato de um fim de semana só este ano. Em 2023, os pilotos da competição bi-marca local puderam correr no Circuito da Guia na Corrida Macau Roadsport Challenge, no primeiro fim de semana, e no Desafio do 70.º Grande Prémio de Macau, no segundo fim de semana. Este ano, é previsível que só se realize uma corrida com os apurados das provas a realizar antes do Grande Prémio, o que aumentará a importância e a dificuldade destas corridas para os pilotos locais. O maior cartaz desportivo de caracter anual da RAEM está agendado para os dias 14, 15, 16 e 17 de Novembro.
Hoje Macau DesportoPaulo Bento treina Emirados e três jogadores representam I Liga na Taça Asiática Paulo Bento vai comandar os Emirados Árabes Unidos na Taça Asiática, sendo o único treinador português na principal prova de seleções daquele continente, que arranca na sexta-feira, no Qatar, com três futebolistas oriundos da I Liga. Nomeado em julho de 2023 como sucessor do argentino Rodolfo Arruabarrena, o antigo selecionador nacional, entre 2010 e 2014, irá disputar a sua quinta fase final em grandes competições internacionais, e primeira ao serviço dos vice-campeões da Ásia em 1996. Paulo Bento, de 54 anos, guiou Portugal às meias-finais do Euro2012, na Ucrânia e na Polónia, mas não evitou a eliminação na fase de grupos do Mundial2014, no Brasil, num percurso técnico iniciado nos sub-19 do Sporting e impulsionado com a equipa principal ‘leonina’, na qual arrebatou duas Taças de Portugal e duas Supertaças, de 2005 a 2009. Seguiram-se efémeras passagens nos brasileiros do Cruzeiro (2016) e nos chineses do Chongqing Lifan (2018), por entre um campeonato grego conquistado pelo Olympiacos (2016/17), antes de retomar as funções de selecionador com a Coreia do Sul, em 2018. A caminhada na última Taça Asiática culminou com uma derrota nos ‘quartos’ perante o Qatar, campeão continental em 2019, que viria a ser anfitrião do Mundial2022, prova na qual os sul-coreanos ‘tombaram’ frente ao Brasil nos ‘oitavos’, na sequência do segundo posto alcançado no Grupo H, atrás de Portugal, que chegaram a bater na primeira fase. Esse desaire efetivou a saída do ex-médio internacional luso, que tenta agora melhorar a prestação dos Emirados Árabes Unidos na principal prova asiática de seleções, volvidas duas chegadas consecutivas às meias-finais, a última das quais na condição de anfitriã. Terceira colocada em 2015, a nação do Golfo Pérsico voltou a ficar às portas da decisão quatro anos mais tarde, ao ser batida em casa pelo Qatar, reiniciando em 2023 a luta por uma inédita conquista com embates diante de Hong Kong, Palestina e Irão no Grupo C. Campeões em 1968, 1972 e 1976, os iranianos convocaram o avançado Mehdi Taremi, quarto futebolista mais eficaz de sempre do seu país, com 44 golos em 77 desafios, que está em final de contrato com o FC Porto e foi o melhor marcador da I Liga em 2022/23. O Japão, recordista de cetros (1992, 2000, 2004 e 2011) e finalista derrotado em 2019, integra o médio Hidemasa Morita, do líder isolado Sporting, e vai encarar no Grupo D o Iraque, vencedor em 2007, que conta com o centrocampista Osama Rashid, do Vizela. Nascido em Portugal e com origens cabo-verdianas, o naturalizado defesa direito Pedro Correia, do Al-Sadd, está nas opções do Qatar, ao serviço do qual foi sempre titular no inédito cetro continental festejado há cinco anos e na estreia daquele país em Mundiais. Os dois primeiros colocados das seis ‘poules’ e os quatro melhores terceiros rumam aos ‘oitavos’ da 18.ª edição da Taça Asiática, que decorre entre sexta-feira e 10 de fevereiro, após ter sido deslocada da China, devido à pandemia de covid-19, e adiada para 2024.
Sérgio Fonseca DesportoAutomobilismo | Primeiro residente de Macau a vencer um troféu em Portugal Apesar dos laços existentes entre Macau e Portugal no automobilismo, são raros os casos de pilotos de Macau a competirem em provas portuguesas e vice-versa. Contudo, em 2023, assistimos ao primeiro título num troféu monomarca português, e de cariz ibérico, por parte de um residente do território Na pretérita temporada, Bruno Knudsen venceu o troféu Super Seven by Toyo Tires, a competição monomarca de maior longevidade em Portugal, na categoria “420R Gentleman”. Aos comandos do seu Caterham, modelo Super Seven, com motor Ford, Knudsen levou a melhor sobre a aguerrida concorrência ao longo da temporada de seis provas que compuseram o calendário da época passada, três delas realizadas em pistas espanholas. “De facto não foi uma tarefa fácil” obter este título, reconheceu o piloto ao HM, pois este é um troféu “muito competitivo, um dos mais competitivos a nível europeu”, com algumas provas a serem disputadas em conjunto com o congénere troféu britânico. Com a temporada de 2024 aí à porta, Knudsen já decidiu que vai continuar na Super Seven by Toyo Tires, mas numa categoria diferente. “Vamos entrar na categoria Pro, a categoria máxima, onde esperamos fazer bons resultados. Isto, embora saiba que tenha muito que evoluir ainda como piloto, mas também com o carro”, explica o piloto de 40 anos, filho de pai norueguês e mãe portuguesa. Razões da internacionalização Não é comum um piloto da RAEM correr tão longe de casa. Seria muito mais fácil para o piloto-empresário competir à porta de casa, numa das diversas ofertas que existem na região, mas esta opção tem um explicação e motivo. “Na verdade, trata-se de um campeonato ibérico – metade das corridas são em Portugal e a outra metade em Espanha – e evoluiu bastante, tornando-se grande, tanto em número de pilotos como de provas internacionais. Para 2024, apesar de ser uma competição ibérica, um dos fins de semana será disputado em Paul Ricard, em França”, explicou o piloto e CEO da Syntech Fuels, empresa de Macau que nos últimos anos tem apostado nas energias renováveis, incluindo mais recentemente no hidrogénio verde. “Para além do elevado nível do campeonato, também quero fazer chegar a publicidade da minha empresa à Europa. Como empresa, queremos ter presença fora de Macau e esta é também uma forma muito boa de criar brand awareness”. De olho no Grande Prémio Como qualquer piloto residente de Macau, Knudsen não esconde a vontade de um dia participar no maior evento desportivo do território, o Grande Prémio. “Já pensei muitas vezes em participar, quem sabe se em 2024 não o faça”, afirma o “Gentleman Driver” residente permanente de Macau desde 1993. Contudo, como nenhuma das corridas do programa do Grande Prémio aceita os Super Seven ibéricos, a participação no evento requereria um investimento suplementar e avultado, “que julgo só ser possível com o apoio de outras empresas de Macau, sejam do sector do jogo ou bancário assim como do Governo. O desporto automóvel é de facto um desporto muito caro que sem apoios para fazer uma prova específica fica bastante caro. De qualquer fora, seria uma forma de mostrar que pilotos de Macau, além de ganharem na Europa, podem ganhar em qualquer palco”.
Sérgio Fonseca Desporto MancheteGPM | Browning prova que a F3 ainda conta no caminho para a F1 Longe vão os tempos em que vencer o Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 era um passaporte de entrada directa para a Fórmula 1, até porque hoje os lugares no “Grande Circo” ficam praticamente todos fechados antes do mês de Novembro. Contudo, para Luke Browning, o vencedor da última edição, o triunfo no Circuito da Guia pode não significar a subida directa à Fórmula 1, mas pelo menos significou que poderá continuar a sonhar em lá chegar O piloto de 21 anos venceu o campeonato britânico de Fórmula 4 em 2020 e o campeonato GB3 em 2022, tendo ainda garantido o prestigiado troféu “Autosport BRDC Young Driver of the Year Award”, o que lhe permitiu testar um monolugar de Fórmula 1 da Aston Martin em Outubro passado. Como era natural, em 2023, Browning deu o salto para o Campeonato de Fórmula 3 da FIA e no mês de Abril foi admitido como membro da Williams Driver Academy. Para a sua temporada de estreia na disciplina, o inglês juntou-se à equipa Hitech Pulse Eight, uma das mais fortes do campeonato que o apoiou, visto que sozinho, Browning dificilmente conseguiria os meios financeiros para subir na pirâmide do automobilismo. Todavia, o que parecia uma combinação perfeita equipa-piloto, acabou por ser uma temporada para esquecer, principalmente a segunda metade, recheada de incidentes. O melhor resultado de Browning na sua época de estreia na Fórmula 3 saldou-se num segundo lugar nas ruas do Mónaco. A moral da equipa Hitech Pulse Eight para a viagem ao Oriente no mês de Novembro era tão grande que o patrão Oliver Oakes nem sequer viajou com a equipa para a RAEM, deixando na liderança da operação, o chefe de equipa, Paul Bellringer, que já não visitava Macau desde os anos 1980s, e então para trabalhar nas motos, assessorado pelo português Duarte Fidalgo, o mecânico chefe da equipa baseada em Silverstone. Por seu lado, Luke Browning sabia muito bem que se quisesse continuar a fazer parte da academia de pilotos da Williams e recuperar a confiança da equipa tinha que mostrar algo mais no Circuito da Guia. E assim foi. Apesar de nunca ter corrido anteriormente entre nós, Browning esteve a um nível que nunca tinha demonstrado até aqui na Fórmula 3, conquistando por 0,006 segundos o melhor tempo no cômputo das duas sessões de qualificação, vencendo indiscutivelmente a “Corrida Classificativa” e conquistando a corrida final com a mesma autoridade, mesmo numa corrida que teve vários reinícios e em que teve que defender por diversas vezes a sua primeira posição. No final, o jovem piloto confessou que para este sucesso contribuiu o facto de ter visto e estudado ao detalhe todas as partidas da prova de Fórmula 3 das duas últimas décadas. O esforço compensa Após um triunfo tão categórico como inesperado na exigente prova de Macau, Browning não só viu a sua continuidade na Williams Driver Academy garantida, como também assegurou mais uma temporada no Campeonato de Fórmula 3 da FIA este ano ao serviço da equipa Hitech Pulse-Eight. “Tenho muita fé na equipa que me rodeia, com as coisas que aprendemos ao longo da época do ano passado, acredito que seremos capazes de desenvolver as nossas competências e a capacidade de execução que mostrámos mais recentemente em Macau”, disse Browning, que depois do triunfo no Circuito da Guia dizia aos jornalistas sentir “um bocado surreal” colocar o seu nome ao lado de nomes como Ayrton Senna na lista de vencedores do Grande Prémio. Sobre o seu futuro, Browing admite que “este Campeonato nunca será fácil, não só pelo nível dos pilotos, mas também pela natureza do campeonato. No entanto, tendo já visitado todas as pistas para onde vamos no próximo ano, acredito que estamos numa excelente posição para marcar pontos em todos os fins-de-semana de corrida. Estou muito grato à Williams Racing e à Hitech Pulse-Eight pelo seu apoio na nova época.” Este novo contrato permite-lhe sonhar com um regresso a Macau no final do ano para tentar um segundo triunfo na corrida de Fórmula 3 e caso o faça, e depois da imagem que deixou em 2023, certamente ninguém lhe roubará o título de “grande favorito” à vitória.
Hoje Macau DesportoTenista Francisco Cabral eliminado na primeira ronda de pares de torneio de Hong Kong O tenista português Francisco Cabral entrou ontem a perder na nova temporada, caindo, ao lado do britânico Henry Patten, na primeira ronda de pares do torneio de Hong Kong. O número um nacional de pares e Patten perderam frente ao salvadorenho Marcelo Arévalo e o croata Mate Pavić, segundos cabeças de série do torneio chinês, com os parciais de 6-4 e 7-6 (7-3), em uma hora e 37 minutos. Com a eliminação de Cabral, 52.º do ranking mundial da variante, o torneio de Hong Kong fica sem representação portuguesa, já que Nuno Borges também tinha sido afastado na primeira ronda de singulares, na segunda-feira.
Sérgio Fonseca Desporto MancheteGrande Prémio | F4 tem os ingredientes para constar no menu Uma semana após ter revelado um calendário provisório com o Grande Prémio de Macau como uma das provas da temporada 2024, o organizador do Campeonato da China de Fórmula 4, que no próximo ano terá um monolugar da última geração, publicou uma nova versão do calendário já sem o evento do Circuito da Guia. Todavia, esta alteração não significa que os monolugares de Fórmula 4 deixarão de ser vistos no mundialmente famoso circuito citadino de Macau Esta alteração no calendário do Campeonato da China de Fórmula 4 não foi explicada, mas não é uma situação inédita, pois este ano o Grande Prémio permaneceu no calendário da competição promovida até meados de Outubro. Recorde-se que o Campeonato da China de Fórmula 4 visitou a RAEM de 2020 a 2022, quando a pandemia impediu a realização da prova de Fórmula 3. Contudo, este ano, a Corrida de Fórmula 4 de Macau foi realizada com os monolugares da última geração do revitalizado Campeonato do Sudeste Asiático de Fórmula 4 e não com os carros da competição nacional chinesa. Com o retorno do Grande Prémio ao seu formato habitual de um fim de semana num cenário pós-pandemia, o regresso da Fórmula 4 ao Circuito da Guia em 2024 é uma incógnita, embora haja um certo consenso sobre a relevância desta corrida no evento do Circuito da Guia. “Acho que a Corrida de Fórmula 4 proporcionou um bom espetáculo este ano na 70.ª edição do evento. É sempre bom termos mais categorias oficiais da FIA, como é este o caso, em que vemos jovens que aproveitaram a oportunidade para dar o salto do karting para as corridas de monolugares”, explicou Rodolfo Ávila, o chefe de equipa da local Asia Racing Team, ao HM, equipa que no mês de Novembro passado colocou em pista dois jovens estreantes do território, Tiago Rodrigues e Markus Cheong. Charles Leong Hon Chio, piloto que venceu o Grande Prémio de Macau de Fórmula 4 em 2020 e 2021, partilha da mesma opinião de Ávila. “Vamos ver se eles quererão incluir uma outra corrida de fórmula no programa do Grande Prémio de Macau daqui em diante. Acho que o deveriam fazer porque beneficia os pilotos juniores. Seria bom dar mais oportunidades aos pilotos mais jovens e ajudá-los a aprender a pista única de Macau”, salientou o piloto que este ano terminou no pódio na corrida de Fórmula 4. Bom para indústria local Com a Fórmula 3 actual restrita às dez equipas que participam a tempo inteiro no Campeonato da FIA e com um nível de exigência elevadíssimo para os pilotos, a presença da Fórmula 4 no Grande Prémio poderá ser benéfica para a relativamente pequena indústria do automobilismo local. “Só pelo facto de ser o Grande Prémio de Macau, esta corrida atrairá sempre os melhores do mundo na categoria, o que permitirá os jovens pilotos locais competirem com os próximos talentos mundiais do automobilismo”, refere Ávila, que acrescenta que “também para o lado das equipas locais e asiáticas, esta é um prova que a voltar a repetir-se ajudará bastante no crescimento das mesmas, pois ao medirmos forças com as equipas internacionais, que também têm os melhores engenheiros e mecânicos, aumentaremos a nossa competitividade.” Um horário apertado e um paddock limitado não permitem hoje em dia que o programa do Grande Prémio tenha muito mais que seis corridas, no entanto, várias outras disciplinas de monolugares para jovens talentos fizeram parte do evento ao longo das sete décadas do evento. “Penso que é possível a F4 regressar”, acredita Leong, relembrando que “quando houve uma corrida de Fórmula BMW ou de Fórmula Renault, utilizaram o paddock do parque de estacionamento subterrâneo e funcionou bem”. No mês passado, o piloto da Red Bull Academy, Arvid Lindblad, venceu a Corrida de Fórmula 4 de Macau, enquanto que Tiago Rodrigues, que se sagrou campeão chinês de F4 esta temporada, foi o sexto classificado, e Marcus Cheong foi o 12º.
Sérgio Fonseca DesportoKartódromo de Coloane | Sete corridas de karts e motas no fim-de-semana O Kartódromo de Coloane vai vestir-se a preceito para receber este fim-de-semana várias corridas de karting e motociclismo, naquele que será o seu maior evento no pós-pandemia. O “2023 Galaxy Entertainment Group Asia & Greater Bay Area Racing Festival”, organizado pelo Instituto do Desporto e Associação Geral de Automóvel de Macau-China (AAMC), com o patrocínio pelo Galaxy Entertainment Group, terá lugar nos dias 15 a 17 de Dezembro, de sexta-feira a domingo. O evento, apresentado no início da semana, contará com sete corridas de karting e de motociclos. No que respeita às provas de karting, serão três as classes em pista: ROK GP Junior, KZ e X30 Senior 125. Para pilotos com idades entre os 11 e os 16 anos, a classe ROK GP Junior reunirá nove pilotos, todos eles de Macau. A contrastar, a classe X30 Senior 125, que como o nome indica é para karts com motorizações até 125cc, juntará no kartódromo da RAEM dezassete pilotos de Macau, Hong Kong, Filipinas, Singapura e Interior da China. Destaque para o regresso às lides do veterano João Afonso, um dos pilotos com mais vitórias e êxitos conquistados no karting do território. A classe KZ também promete bastante em termos de espectáculo, num duelo entre as duas RAE. As cores do território estarão muito bem defendidas por uma nova geração de pilotos: Tiago Rodrigues, que este ano se sagrou campeão da China de Fórmula 4, Marcus Cheong, que se estreou no Circuito da Guia no mês passado na prova de Fórmula 4, ou Maximiano Manhão, que também já fez a sua estreia nos monolugares. A estes juntam-se pilotos habituais das provas de karting do território, como Lam To, Leong Kin On ou Gonçalo Ferreira. Também há motos Durante muitos anos, este fim de semana do mês de Dezembro foi preenchido pelo Grande Prémio Internacional de Kart de Macau, evento que até chegou a acolher uma prova do Campeonato do Mundo de Karting da CIK FIA em 2012. Infelizmente, por todo o continente asiático, a modalidade ainda se encontra a recuperar das fracturas causadas pela pandemia, o que quer dizer que o programa deste fim-de-semana será completo por provas de motociclos, à imagem do que acontece nos fins-de-semana de corridas organizados pela AAMC na infraestrutura localizada na Estrada Seac Pai Van. Sendo assim, o “2023 Galaxy Entertainment Group Asia & Greater Bay Area Racing Festival” contará com quatro corridas na categoria de motociclos: Mini Bike, 150-190 cc (a 4 tempos), 250 cc (a 4 tempos), e a Taça de Motos da Grande Baía (150 cc). Esta última corrida é aquela que tem mais inscritos à partida, contando com a participação de vinte concorrentes, entre eles o bem conhecido e multifacetado piloto macaense Álvaro Mourato. Com um formato de três dias, com treinos no dia 15 e corridas nos dias 16 e 17, a entrada no Kartódromo de Coloane durante o fim de semana será gratuita.
Sérgio Fonseca Desporto MancheteGrande Prémio | Corrida de resistência é hoje um cenário improvável Muitas das provas clássicas do automobilismo mundial são provas de resistência, como as 24 Horas de Le Mans ou as 24 Horas de Spa. O próprio Grande Prémio de Macau nasceu inspirado nas provas de “endurance”, mas hoje realizar uma “maratona” dessa natureza no Circuito da Guia é quase uma missão impossível Quando em 1954 os criadores do primeiro Grande Prémio de Macau avançaram com a sua corrida, esta foi inspirada nas 24 Horas de Le Mans, em França, para carros de Turismo, de Sport ou Especiais. Dada a fragilidade e limitações do parque automóvel da altura, os organizadores decidiram que a duração da prova seria de quatro horas. Com a excepção da “Guia 101” – que oficialmente se chamava “As 101 Voltas da Guia” e foi até hoje a única corrida de realizada no Circuito da Guia fora do contexto do Grande Prémio de Macau – nunca mais se realizou uma corrida desta natureza no circuito urbano mais famoso do Sudeste Asiático. Nesse remoto ano de 1969, a ideia inicial da Filial de Macau do Automóvel Clube de Portugal era organizar uma corrida de doze horas – as 12 Horas de Macau – mas esta acabou por ter apenas seis horas de duração. Muitos se interrogam sobre as razões de Macau nunca mais ter voltado a organizar uma prova de “endurance” e outros tantos ainda sugerem porque não fazê-la agora. Stéphane Ratel, o fundador da SRO Motorsports, a empresa co-organizadora da Taça do Mundo de GT da FIA, revelou, em entrevista recente, que foi abordado por um responsável de uma conceituada marca alemã que lhe sugeriu uma corrida de resistência dentro do Grande Prémio, algo que o empresário francês descartou de imediato. “Seria de facto emocionante, mas talvez também demasiado [para a estrutura do circuito]”, afirmou ao HM, Benjamin Franassovici, braço direito de Stéphane Ratel para a Ásia, e também Director do Campeonato GT World Challenge Asia e Co-Coordenador da Taça do Mundo de GT da FIA do Grande Prémio de Macau. Para o próprio, uma corrida deste género “exigiria que os organizadores fizessem alterações significativas ao evento como um todo.” Formato perfeito As provas de resistência em circuitos citadinos praticamente desapareceram. O Circuito Internacional de Vila Real, no norte de Portugal, tentou realizar uma prova de seis horas este ano, mas não o conseguiu por falta de quórum. Para além da dificuldade de cativar interessados e motivar o público para uma corrida tão longa, a FIA é bastante rigorosa no que respeita às normas de segurança nos reabastecimentos. O responsável pela maior competição regional de Grande Turismo nesta parte do globo, Benjamin Franassovici reconhece que “actualmente, o pitlane [do Circuito da Guia] não é suficientemente grande e seria necessário mais equipamento, como plataformas de combustível.” Mesmo que os obstáculos estruturais fossem ultrapassados, com a capacidade de organizar grandes eventos que a RAEM já nos habituou, existiria sempre um desafio suplementar que requeria um esforço considerável para ser superado, pois “isto teria um impacto logístico e orçamental que poderia ser prejudicial para os participantes internacionais e locais.” O próprio Benjamin Franassovici partilha da opinião generalizada de que o formato actual da Taça do Mundo de GT da FIA é a opção mais apropriada: “Pessoalmente, também acredito que o formato de ‘sprint’ é adequado para Macau. Existem inúmeras corridas de resistência para carros de GT em todo o mundo, mas muito poucos eventos de ‘sprint’ com pilotos profissionais. É algo que marca Macau.” Nos próximos dois anos, a Taça GT Macau vai manter o mesmo formato e acolher a Taça do Mundo de GT da FIA nos moldes que conhecemos. O que virá a seguir é uma incógnita, mas repetir 1954 é altamente improvável.
Hoje Macau DesportoDesporto | Rosa Mota ganha minimaratona de Macau A portuguesa Rosa Mota venceu ontem a minimaratona de Macau, aos 65 anos, o terceiro triunfo da ex-campeã olímpica na competição. “Correu bem. O tempo estava óptimo, não estava húmido. Claro, estou contente por ter ganho, evidente, e estou contente por ver esta grande festa, esta multidão”, disse à Lusa a antiga campeã do mundo e da Europa. Rosa Mota já tinha vencido a prova em 2018 e 2019, tendo regressado este ano a Macau, após um interregno de três anos devido à pandemia de covid-19. “O carinho que recebemos é que fica, isso é que são os grandes troféus. Já tinha saudades disto, porque na pandemia estivemos sempre tão afastados. É bom reencontrarmo-nos”, sublinhou. A minimaratona, de 6,3 quilómetros, foi uma das provas de ontem da Galaxy Entertainment Maratona Internacional de Macau. O etíope Debele Fikadu Kebebe foi o vencedor da maratona, seguido dos quenianos Kiptoo Edwin Kibet e Paul Katisa Matheka. Na prova feminina foi também uma etíope a vencer, Zinashwork Yenew Ambi, igualmente secundada pelas quenianas Rodah Jepkorir Tanui e Tecla Kirongo. Cerca de 12 mil participantes de 47 países e regiões marcaram presença no evento.
Sérgio Fonseca Desporto ManchetePromotores do Interior querem regressar ao Grande Prémio em 2024 Menos de duas semanas passaram desde a conclusão do 70.º Grande Prémio de Macau, mas já os promotores dos campeonatos de automobilismo do Interior da China tentam marcar posição para a edição número 71 do maior evento desportivo de carácter anual da RAEM O Campeonato da China de Fórmula 4 lançou o seu calendário para a temporada de 2024, colocando o Grande Prémio de Macau como a sua prova de encerramento, numa clara e pública demonstração de intenções sobre um eventual regresso à RAEM no próximo ano. Após três visitas consecutivas a Macau, o Campeonato Chinês de Fórmula 4 teve este ano a sua prova de encerramento agendada para o Circuito da Guia. Porém, a Comissão Organizadora do Grande Prémio acabou por optar pelos mais modernos e seguros monolugares Tatuus F4-T421 do revitalizado Campeonato do Sudoeste Asiático de Fórmula 4. Esta “derrota” gerou uma resposta imediata por parte do promotor do campeonato chinês que foi ganho este ano pelo jovem do território, Tiago Rodrigues. No próximo ano, o Campeonato Chinês de Fórmula 4, irá finalmente introduzir um monolugar de F4 da última geração. O novo Mygale M21-F4 vai substituir o desactualizado Mygale M14-F4, visto a correr no Grande Prémio de 2020 a 2022, que estava em uso desde 2015. O promotor da única competição nacional de monolugares da China apostará num calendário de seis provas, com a primeira a ser disputada no fim de semana do regresso do Grande Prémio da China de Fórmula 1, em Xangai, e a última agendada para o circuito citadino de Macau. Também o promotor do Campeonato da China de Carros de Turismo/TCR China, já divulgou às equipas o rascunho do calendário da próxima época. O Grande Prémio de Macau é a prova de final de ano, sendo que a competição onde correu André Couto esta temporada poderá optar por colocar a prova do Circuito da Guia como extra-campeonato, ao contrário deste ano, em que serviu de palco para a decisão dos títulos de pilotos e construtores. Mais ou menos fechado Com o regresso ao formato de fim de semana único, não se esperam grandes mexidas no programa do 71.º Grande Prémio de Macau. O acordo entre as autoridades competentes de Macau e a Federação Internacional do Automóvel (FIA) contempla a presença da Taça do Mundo de Fórmula 3 da FIA e a Taça do Mundo de GT da FIA no Circuito da Guia até 2025. O TCR World Tour ainda não anunciou o seu calendário para o próximo ano, mas dado o bom relacionamento entre o WSC Group e as entidades desportivas do território, é esperado que a Corrida da Guia volte a ser o palco para a prova de fim de temporada da maior competição internacional de carros de Turismo. O Grande Prémio de Motos de Macau, um dos elementos diferenciadores do evento, continua de boa saúde e ninguém acredita que o troféu bimarca Toyota GR86-Subaru BRZ, lançado com sucesso este ano pela Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC), não tenha o seu lugar no evento do mês de Novembro. A sexta prova é com certeza a Taça de Carros de Turismo de Macau, que provavelmente regressa como a prova final do Campeonato da China de Turismo/TCR China, ao passo que uma sétima corrida no evento, mesmo num horário já por si apertado, não é teoricamente impossível, tendo tal acontecido pela última vez em 2016. Contudo, para além da Corrida de Fórmula 4, a Taça GT – Corrida da Grande Baía, é outra forte candidata caso essa “slot” seja aproveitada.
Hoje Macau DesportoSelecção portuguesa fecha qualificação para Euro2024 com 10 vitórias Portugal fechou domingo só com vitórias o apuramento para o Euro2024 de futebol, vencendo a Islândia (2-0) no fecho do Grupo J, enquanto a Sérvia selou a qualificação na ‘poule’ G e a Bélgica goleou o Azerbaijão (5-0). No Estádio José Alvalade, a selecção lusa, orientada por Roberto Martínez, marcou o primeiro por intermédio de Bruno Fernandes, aos 37 minutos, e ampliou a vantagem na segunda parte, com um golo de Ricardo Horta, aos 66. Foi a exibição dominadora que se esperava, mesmo com seis ‘mudanças’ na equipa titular, com João Mário (FC Porto) em estreia a titular, e o resultado até podia ser mais avultado, numa campanha que culminou em 36 golos marcados e apenas dois sofridos, ambos marcados pela segunda classificada, e também apurada, Eslováquia. Portugal, que marcou presença em todas as fases finais de Europeus e Mundiais desde 2000, fechou pela primeira vez uma qualificação só com vitórias e venceu o grupo com 30 pontos, enquanto a Eslováquia, também apurada, ficou em segundo com 22, tendo ganho em casa da Bósnia e Herzegovina (2-1). Marcar presença Antes, a Sérvia tornou-se na 17.ª selecção a confirmar presença na fase final, mas não por mérito próprio, uma vez que não foi além do empate ante a Bulgária, em casa, a duas bolas, beneficiando antes do triunfo da invicta Hungria contra Montenegro (3-1). A Hungria, que se apurou em primeiro lugar e sem derrotas, à semelhança de Portugal e Bélgica, além da França que ainda tem um jogo a disputar, ‘deu a mão’ aos sérvios no Grupo G, apesar do tento inaugural de Rubezic para os montenegrinos, aos 36. Um ‘bis’ de Szoboszlai, aos 66 e 68, e outro tento de Nagy, aos 90+2, operaram a reviravolta e apuraram os sérvios para o Euro2024, em que vão participar enquanto Sérvia, a primeira vez que tal acontece após cinco presenças como Jugoslávia e República Federal da Jugoslávia. Ronaldo tramado Romelu Lukaku fez história no fecho da qualificação da Bélgica, solidificando a ‘provável’ conquista do título de melhor marcador da fase europeia de qualificação ao chegar aos 14 golos, mais quatro que Ronaldo, os quatro que fez ao Azerbaijão. Foi a primeira vez que um jogador fez quatro golos na primeira parte de um jogo da qualificação, e o avançado da Roma nem precisou de todo esse tempo: em Bruxelas, marcou aos 17, 26, 30 e 37 minutos.
Hoje Macau DesportoMotoGP | Miguel Oliveira admite que época acabou O piloto português Miguel Oliveira (Aprilia) admitiu domingo que a sua temporada no Mundial de MotoGP terminou no sábado, com a queda sofrida no GP do Qatar, que lhe provocou uma fratura na omoplata direita. Em declarações divulgadas pela assessoria de imprensa da RNF Aprilia, o piloto português revelou que ainda não sabe “a extensão da lesão”. “Foi um incidente de corrida. Infelizmente, uma queda com um colega da Aprilia [o espanhol Aleix Espargaró], o que me deixa mesmo triste”, sublinhou o piloto português natural de Almada. Miguel Oliveira recordou que fez “um bom arranque” pelo que pensou em “continuar a ganhar posições”. “Mas, na curva seis, travei um pouco tarde e o Aleix terá talvez travado demasiado. Quando vi que lhe iria acertar, endireitei a mota e tentei evitá-lo, mas já não consegui evitar a roda traseira dele. Infelizmente, caímos os dois”, contou Miguel Oliveira. O piloto luso sublinhou que foi “um erro de cálculo”, que acabou com os dois “no chão e lesionados”. Miguel Oliveira diz que só quando regressar a casa é que vai perceber “a extensão da lesão e qual o tempo de recuperação”. “Parece que não vai ser preciso cirurgia, mas vai necessitar de algum tempo para recuperar. Infelizmente, vou falhar o resto da temporada, pelo que esta foi a minha última volta”, garantiu. O piloto da RNF Aprilia sublinhou que esta temporada teve “um pouco de tudo”. “Isto poderá ajudar a fortalecer-me para a próxima temporada. Estou satisfeito por ter sobrevivido a tudo isto e espero que o próximo ano corra melhor”, concluiu o piloto de 28 anos. A temporada do Mundial de MotoGP termina no domingo, com o GP da Comunidade Valenciana, em Espanha. Miguel Oliveira é 16.º classificado, com 76 pontos.
Hoje Macau DesportoF4 | Tiago Rodrigues conquista título chinês Depois de cinco eventos e vinte corridas, Tiago Rodrigues sagrou-se Campeão da China de Fórmula 4 no pretérito fim de semana em Ningbo, no Interior da China. O piloto lusófono tornou-se o terceiro piloto de Macau a conquistar o ceptro da competição nacional chinesa de monolugares, sucedendo assim a Charles Leong (2017) e a Andy Chang (2021). Uma semana depois da sua estreia no Grande Prémio de Macau, onde obteve um muito positivo sexto lugar na corrida de Fórmula 4 do Circuito da Guia, o jovem piloto de 16 anos viajou até à província de Zhejiang para discutir o título do Campeonato da China de Fórmula 4. O único representante lusófono na competição chinesa chegou à jornada quadrupla do Ningbo International SpeedPark com uma liderança confortável do campeonato para o seu principal rival, Liu Kai Shun. No entanto, metade desta vantagem esfumou-se quando Tiago Rodrigues abandonou na primeira corrida, no sábado, e o seu directo adversário venceu. Obrigado a vencer, Liu Kai Shun voltou a ganhar na segunda corrida de sábado, mas o segundo lugar obtido por Tiago Rodrigues nesta contenda permitiu-lhe encarar as últimas duas corridas com alguma tranquilidade. O título chinês praticamente ficou garantido, quando o piloto da RAEM venceu categoricamente a primeira corrida de domingo, sendo que a consagração fez-se na última corrida da temporada. Com 25 pontos de avanço sobre o rival de Hong Kong, Tiago Rodrigues precisava apenas de completar a corrida para se sagrar campeão, algo que conseguiu com um merecido terceiro lugar. Após ter feito a sua formação no karting em Macau, esta foi a primeira temporada de Tiago Rodrigues nos automóveis.
João Santos Filipe Desporto MancheteMotociclismo | Peter Hickman provou superioridade e alcançou quarta vitória Após dominar as sessões de qualificação e arrancar do primeiro lugar da grelha de partida, o piloto britânico nunca facilitou e alcançou mais um triunfo no Circuito da Guia Peter Hickman (BMW M1000RR) foi o vencedor do Grande Prémio de Motas, no sábado, uma prova que dominou desde o início, após ter partido do primeiro lugar da grelha de partida. Com este triunfo o britânico que representa as cores da equipa FHO Racing juntou mais uma vitória às três conquistadas em 2015, 2016 e 2018. “Tudo correu de acordo com o planeado”, afirmou Hickman no final. “Os pneus estiveram fantásticos, tudo funcionou na perfeição. O Davey (Todd) estava a pressionar-me no início, o que foi bom, porque quando ganhei uma vantagem, comecei a cometer erros”, reconheceu. Contudo, o piloto acabaria por se encontrar, momentos mais tarde. “Tive uma pequena conversa comigo mesmo e, pela décima volta, estava novamente focado”, acrescentou. A equipa FHO Racing é propriedade de Faye Ho, neta de Stanley Ho, e no final o britânico destacou a importância do colectivo. “Estou satisfeito pela Faye Ho e por toda a equipa, que trabalhou sem descanso para conquistar esta vitória”, realçou. A prova ficou marcada pelo acidente de Brian McCormack (BMW M1000RR), logo na volta inicial, e que envolveu também Nadieh Schoots (Yamaha R1), que caiu quando tentava evitar a moto do piloto caído. No entanto, como o azar de uns é a sorte de outros, a interrupção permitiu a Davey Todd (BMW M1000RR) ter uma nova oportunidade. O piloto abortou o primeiro arranque da corrida, e tudo apontava para a desistência, porém a interrupção deu tempo para resolver os problemas técnicos da BMW. “Foi o Peter Hickman que me disse que poderia ter um problema”, revelou Todd. “Ele viu algum fumo a sair da moto na volta de aquecimento e acabou por ser um tubo de óleo partido. Senti que o meu mundo tinha acabado, quando caminhava no ‘pit-lane’. No entanto, a equipa foi fantástica, continuaram a trabalhar para o caso de aparecer uma bandeira vermelha, que acabou por acontecer, portanto, pude tomar parte no segundo arranque”, acrescentou. “Um grande obrigado a Phil Crowe, ele cedeu-nos o tubo de substituição, dado que não tínhamos nenhum, e sem ele não teríamos voltado à corrida”, destacou. O último lugar do pódio foi ocupado por David Datzer (BMW M1000RR), que saiu da segunda linha da grelha de partida. O arranque esteve longe de ser ideal, com a perda de inúmeras posições, mas aos poucos subiu até ao terceiro lugar. “Fiquei desapontado com o meu arranque”, admitiu o piloto alemão. “No entanto, fui abençoado com uma grande moto, que foi preparada por uma grande equipa. Conseguir recuperar e chegar outra vez ao pódio de Macau é uma excelente conclusão do evento”, apontou. Em relação a Michael Rutter (BMW M1000RR), o recordista de vitórias no Circuito da Guia foi obrigado a desistir momentos depois do segundo arranque com problemas mecânicos. “Foi pena, dado que a moto tinha vindo a melhorar ao longo de todo o fim-de-semana”, disse o recordista de vitórias. “Já aqui ando há tempo suficiente para perceber que são coisas que acontecem”. Corrida Posição Piloto Moto Tempo 1.º Peter Hickman BMW M1000RR 29m16s090 2.º Davey Todd BMW M1000RR a 28s969 3.º David Datzer BMW M1000RR a 30s809 Alto Prestação de Brookes Peter Hickman foi de longe o melhor piloto ao longo do fim-de-semana. No entanto, o australiano Joshua Brookes merece também ser destacado porque conseguiu um excelente quarto lugar, naquela que foi a sua estreia no Circuito da Guia. Fica a expectativa de que num possível regresso no futuro possa melhorar ainda mais este lugar Baixo Queda de Hólan Todas as quedas de pilotos ao longo do fim-de-semana são de lamentar, pelas pesadas consequências. Contudo, o momento vivido por Hólan assumiu contornos dramáticos, uma vez que o piloto checo caiu na última curva do circuito, de forma violenta, quando estava com uma volta de atraso e não lutava por qualquer objectivo.