João Santos Filipe Desporto Grande Prémio de MacauRoadsport | Badaraco subiu ao pódio em dia de aniversário, mas acabou penalizado Em dia de aniversário, Badaraco recuperou de um 17.º até chegar ao segundo lugar do pódio. Horas depois da festa, chegou a má notícia, com uma penalização a relegá-lo para 15.º. Já Rui Valente foi colocado fora de pista, depois de recuperar várias posições Em dia de aniversário, Jerónimo Badaraco subiu ao segundo lugar do pódio da prova do Roadsport Challenge, depois de ter arrancado de 17.º. No entanto, o pior chegou depois, quando os três primeiros, todos pilotos locais, foram penalizados e relegados na classificação geral, por ultrapassarem antes da linha de partida, após a saída do safety car, outros carros que se despistaram. O macaense teve assim um revés ao ser relegado para 15.º, depois de uma corrida quase perfeita: “Foi muito injusto e acho que os stewards não sabem o que estão a fazer”, afirmou Jerónimo. “Acho que a decisão não foi transparente. Após a saída do safety car, vários pilotos bateram nas barreiras… claro que nós pensámos que eles não iam continuar em prova, após aquelas batidas e tivemos de ultrapassá-los”, explicou. “E mesmo que nós tivéssemos parado ou abrandado face aos despistes desses pilotos, íamos criar uma situação muito mais perigosa para todos, porque os carros atrás de nós seriam surpreendidos com a nossa travagem, pelo que haveria mais acidentes”, justificou. Ainda assim, o macaense garantiu ao HM que a penalização não lhe ia estragar o dia: “Eu vou continuar a aproveitar o dia, subi ao pódio, bebi o champanhe, tirei as fotografias… Mais taça, menos taça, vou é continuar a celebrar”, garantiu entre risos. Horas antes, Badaraco já havia explicado que subir ao pódio na Guia “é um sentimento diferente” que justifica “em 80 por cento” a sua opção de pilotar há 26 anos. O piloto mostrou-se ainda satisfeito com a prova, por considerar que ninguém lhe pode tirar o mérito do que alcançou na pista, ao subir de 17.º para 2.º: “Antes da corrida pensei muito em como ia abordar a partida, para recuperar posições, e estava confiante num bom resultado. O mais importante foi não ter desistido, depois da qualificação, e não ter deixado de acreditar que era possível chegar ao pódio”, explicou o macaense. “Sei que o Circuito da Guia tem sempre muitas mudanças ao longo da corrida, há muitos safety cars e bandeiras amarelas, e sabia que tinha a experiência, e também a calma, para conseguir aproveitar as oportunidades”, realçou. “Estragaram-me a corrida” Por sua vez, Rui Valente desistiu e mostrou-se desiludido, devido ao que considerou um excesso do piloto que o tentou ultrapassar por dentro, na curva de acesso à estrada de São Francisco. “Não sei o que passou na cabeça do piloto que me tentou ultrapassar. Não consigo perceber como é que ele viu um espaço que simplesmente não existia!”, desabafou Valente. “Fui colocado fora de prova. Quando tentei fazer a curva, ele tocou-me e pronto, fiquei com a traseira danificada e tive de voltar à box para abandonar”, relatou. Quando aconteceu o toque que colocou o final à corrida, Valente estava a circular entre os 10 primeiros, mesmo depois de um arranque menos conseguido, após a saída do primeiro Safety Car. Apesar deste aspecto, o macaense chegou a acreditar que era possível alcançar um resultado entre os cinco primeiros: “Eu estava com bom ritmo, estava confiante e acho que ia conseguir um resultado entre os cinco primeiros…. São as corridas…”, lamentou. O macaense fez ainda um balanço de um fim-de-semana “complicado” em que também esteve envolvido num outro acidente na sessão de treinos livres. “Para ser sincero não foi um dos fins-de-semana em que mais me diverti em Macau. Tive esse primeiro toque, que me condicionou a qualificação. Na corrida até estive bem, a ganhar posições, mas colocaram-me fora de pista…”, realçou. Com 64 anos, Rui Valente admite agora que pode ficar de fora da próxima edição do Grande Prémio: “Com um modelo de qualificação para Macau tão difícil e depois com corridas com tantos acidentes, vou ponderar o que fazer no futuro”, confessou. “Não quero ficar parado, quero continuar activo e envolvido em diferentes actividades, por isso, se encontrar uma actividade que me ocupe e me faça sentir bem, talvez fique de fora das corridas no próximo ano”, contou. Resultados 1.º Leung Tsz Wa Toyota GR86 40m09s237 2.º Adrian Chung Toyota GR86 a 0.148 3.º Tsang Pak Yin Toyota GR86 a 0.407 (…) 15.º Jerónimo Badaraco Toyota GR86 a 29.061 Alto e Baixo Alto A prestação de Jerónimo Badaraco com a recuperação de várias posições mostra a importância que a experiência tem no circuito Baixo O safety car ficou em pista demasiadas voltas, o que reduziu em muito o tempo de corrida
João Santos Filipe Desporto Grande Prémio de MacauCurtas do Grande Prémio Espectadores | Mais de 110 mil passaram pelas bancadas Ao longo dos quatro dias do Grande Prémio de Macau mais de 110 mil pessoas passaram pelas bancadas do Circuito da Guia, um aumento em relação ao ano passado, que ficou marcado pela passagem de um tufão. Segundo os números oficiais, o bom tempo ajudou e na quinta-feira houve mais de 15 mil espectadores, na sexta cerca de 28 mil e no sábado 35 mil. Ontem, no dia das principais corridas, o número de espectadores ficou acima dos 32 mil. Tabaco | Harmony Racing multada A equipa Harmony Racing, do piloto Ye Yifei, foi multada em 500 euros, depois de um dos membros ter sido apanhado a fumar na garagem. De acordo com a sanção dos stewards, o membro da equipa estava a fumar, quando foi abordado pelos responsáveis. Ao ser apanhado, apagou imediatamente o cigarro, dentro de um copo, onde estavam outras cinco beatas. Grande Baía | Lu Wenlong superiorizou-se Lu Wenlong (Lotus Emira) foi o vencedor da Taça GT- Corrida da Grande Baía, terminando à frente de Han Lichao (Toyota GR Supra GT4 Evo2) e de Liu Kai Shun (Lotus Emira). O experiente Leong Ian Veng (BMW M4 GT4) foi o melhor piloto de Macau ao terminar no quarto lugar, muito perto do pódio. Naquela que admitiu ser a despedida da Guia, Darryl O’Young (Mercedes AMG GT4 EVO), que durante vários anos competiu na Taça GT, não foi além de uma desistência. O piloto de Hong Kong bateu com o Mercedes ao sair de frente na entrada para a subida de São Franciso. Organização | Evento satisfatório A coordenadora da Comissão Organizadora considerou que o evento decorreu de forma satisfatória e que contribuiu, em conjunto com os Jogos Nacionais, para criar um ambiente festivo em Macau. Lei Si Leng destacou a valia para o Grande Prémio das sete corridas do programa que disse ser maravilhoso. Quando questionada sobre um eventual regresso da Fórmula 3, a responsável afirmou que a organização vai continuar a cooperar com a FIA para escolher as corridas que mais se adequem a Macau. Ao mesmo tempo, deixou a garantia de que o plano passa por continuar a receber pilotos em idade de formação e que se espera que se afirmem como o futuro do automobilismo.
João Santos Filipe Desporto Grande Prémio de MacauTaça GT Macau | Fuoco vinga desastre de 2024 e vence sem espinhas O piloto italiano conseguiu finalmente levar o Ferrari ao lugar mais alto do pódio, e superou Raffaele Marciello, piloto com quem colidiu no ano passado na Curva do Lisboa, quando liderava, e que lhe valeu a desistência Antonio Fuoco (Ferrari 296 GT3) foi o vencedor da Taça GT Macau, uma prova que dominou desde o início até ao final. O italiano vingou assim a desistência do ano passado, depois de ter sido obrigado a abandonar, quando liderava, após um toque com Raffaele Marciello (BMW M4 GT3), na Curva do Lisboa. “Acho que é muito especial ganhar em Macau, principalmente depois do que aconteceu no ano passado. Mas isto faz parte das corridas, e o principal foi voltar neste ano, e conseguir fazer tudo bem”, afirmou Fuoco. “A equipa fez tudo para voltarmos e ganharmos (…) tentei fazer um arranque forte, e forçar muito na última curva para abrir uma vantagem para os restantes. Puxei muito e a certa altura ia perdendo o controlo do carro na Curva do Mandarim, mas correu tudo bem”, contou. Fuoco elogiou ainda o novo formato da qualificação, com uma segunda sessão apenas para os melhores qualificados: “foi muito divertido, acho que foi uma boa mudança”, considerou. Em segundo lugar, terminou Raffaele Marciello, que tinha vencido no ano passado, mas que nesta edição nunca mostrou andamento para ameaçar o domínio da Ferrari. No entanto, o suíço voltou a estar envolvido em toques, desta feita com Alessio Picariello (Porsche 911 GT3 R), que acabou nas barreiras. “Tentei recuperar no início e quase que consegui (…) mas os Ferraris tiveram um bom começo e foi uma corrida difícil”, disse o piloto. “O carro estava muito complicado de conduzir, por isso a certa altura tive de mentalizar-me que o importante era chegar ao fim”, acrescentou. Porsche com sortes distintas A Porsche também assegurou uma presença no pódio, através do alemão Laurin Heinrich (Porsche 911 GT3 R). “Sabia que ao arrancar do oitavo lugar da grelha ia ser muito difícil recuperar, mas acho que fui beneficiado quando perdi uma posição na corrida de qualificação, porque assim fiquei no lado mais favorável na grelha de partida”, relatou. Heinrich reconheceu também não ter andamento para conseguir mais do que o lugar mais baixo do pódio. “Eu tentei pressionar o Raffaele Marciello, mas senti que não tinha andamento para ele, por isso, sabia que só poderia fazer melhor se ele cometesse um grande erro, o que não aconteceu. A corrida passou assim também por garantir que não era pressionar atrás”, apontou. Heinrich lamentou também o toque no colega de equipa Ayhancan Guven, que fez com que o turco ficasse fora de prova: “Por um lado estou contente com o pódio, mas também triste com o que aconteceu. Acho que o meu colega tinha um bom ritmo e merecia mais”, lamentou. Alto e Baixo Alto Numa pista em que nem sempre é fácil fazer voltas lançadas, o novo modelo de qualificação traz mais emoção à prova Baixo Edoardo Mortara conhece o circuito da Guia como poucos, no entanto, a prova do italiano ficou marcada pela falta de ritmo do Lamborghini, erros do piloto e azares Classificação 1.º Antonio Fuoco Ferrari 296 GT3 27m29s598 2.º Raffaele Marciello BMW M4 GT3 a 3.960 3.º Laurin Heinrich Porsche 911 GT3 R a 4.609 Ye Yifei fenómeno de popularidade Ye Yifei (Ferrari 296 GT3) regressou a Macau, no ano em que se tornou o primeiro piloto chinês a vencer as 24 horas de Le Mans, o maior feito até agora do automobilismo do Império do Meio. Apesar de correr em Macau com licença italiana, o chinês foi recebido como herói nacional e foi um dos pilotos mais requisitados do paddock para tirar fotografias e dar autógrafos. O piloto ainda chegou a sonhar com a vitória, depois de arrancar do segundo lugar da grelha de partida, mas um arranque menos conseguido fez com que não fosse além do quinto lugar final. Nada que afectasse a sua popularidade, dado que após a corrida continuou a ser o mais requisitado entre os fãs.
João Santos Filipe Desporto Grande Prémio de MacauMotas | Todd coroado o Rei da Guia depois de recital de condução Após um ano em que foi declarado vencedor sem corrida, Davey Todd mostrou que actualmente é o piloto mais rápido no Circuito da Guia, dominando ao longo de todo o fim-de-semana. No final, lamentou não ter estabelecido um novo recorde do circuito Davey Todd (BMW M1000RR) foi o vencedor da 57.ª edição do Grande Prémio de Macau em Motos, num fim-de-semana em que não deu quaisquer hipóteses à concorrência. Após ter sido declarado o vencedor da edição do ano passado, sem que tivesse havido corrida por causa da chuva, o inglês regressou e tirou todas as dúvidas sobre o facto de ser actualmente o piloto mais rápido na categoria. “Foi um resultado fantástico”, afirmou Todd, momentos após a vitória. “Sabia que tinha um bom ritmo, que estava forte, mas que o Peter também ia estar rápido na corrida. Felizmente, consegui forçar desde o início, ganhar uma vantagem significativa nas primeiras voltas, para no final apenas ter de gerir”, explicou. Como aconteceu no ano passado, a chuva voltou a intrometer-se nos planos da organização e a qualificação, que originalmente estava agendada para a sexta-Feira de manhã, foi mudada para sábado, mesmo antes da prova principal. Todd garantiu a pole-position e durante a prova nunca mais largou esse lugar, construindo volta-a-volta uma vantagem considerável, suficiente para cortar a meta em cavalinho. No entanto, o vencedor lamentou não ter aproveitado o ritmo elevado de sábado para estabelecer um novo recorde do circuito. “Acho que fico desiludido com o facto de ter estado perto de bater o recorde do circuito, mas, durante a corrida, não sabia em que tempos estava a rodar. Estive muito perto, pelo que poderia ter batido esse recorde”, lamentou. “Mas estamos aqui para ganhar a corrida, não é para bater recordes, por isso o mais importante foi alcançado”, frisou. Em recuperação No segundo lugar, ficou o tetra vencedor em Macau Peter Hickman (BMW M1000RR), que na primeira volta teve de lidar com problemas com as mudanças. A recuperar de um grande acidente, o inglês arrancou de terceiro e aproveitou o erro de Erno Kostamo (BMW M1000RR), que saiu em frente na Curva do Lisboa, conseguindo o lugar intermédio do pódio. No final, Hickman reconheceu ter um bom ritmo, mas estar longe da forma ideal: “Eu preciso de trabalhar mais no meu corpo, para ganhar a resistência. Nesta altura, tenho a força necessária, mas canso-me depressa. Vou ter de trabalhar no Inverno”, reconheceu Hickman. O piloto admitiu ainda ter ficado assustado nas primeiras voltas com a condução de Erno Kostamo. “Para ser honesto fiquei um bocado assustado com a forma como Erno estava a correr, porque ele começou com um ritmo muito forte, mas também estava a cometer grandes erros”, revelou Hickman. “Felizmente ele não caiu, porque se ele caísse eu ia cair com ele. Isso também fez com que o deixasse ganhar alguma vantagem no início”, reconheceu. “Depois, quando ele saiu em frente na Curva do Lisboa, eu consegui ter pista livre, e consegui fazer a minha corrida”, indicou. Corrida feliz Erros à parte, o finlandês foi um dos grandes animadores da corrida. Partiu do segundo lugar, perdeu a posição no início e até à curva do Hotel Lisboa, ainda na primeira volta, conseguiu recuperá-la. Depois, devido ao erro, caiu para o quinto lugar e em pouco mais de uma volta subiu para terceiro. Por isso, apesar dos incidentes, Kostamo afirmou estar feliz com o resultado: “Em três voltas forcei muito o andamento. É verdade que fiz um grande erro na Curva do Lisboa, ao falhar o ponto de travagem, o que foi uma loucura”, relatou. “Mas, estou feliz com o resultado e por ter estabelecido a volta mais rápida da corrida”, contou. Classificação 1.º Davey Todd BMW M1000RR 29m07s289 2.º Peter Hickman BMW M1000RR a 10.021 3.º Erno Kostamo BMW M1000RR a 24.706 Alto e Baixo Alto A prestação de Peter Hickman mostra que o piloto está em recuperação após o grave acidente sofrido Baixo O cancelamento da sessão de qualificação na sexta-feira de manhã voltou a reduzir o tempo de pista do Grande Prémio de Motas
João Santos Filipe Desporto Grande Prémio de MacauRoussel triunfa na F4, Cheong Man Hei foi 9.º e Tiago Rodrigues 11.º Jules Roussel foi o vencedor da Fórmula 4, depois de uma das provas mais emocionantes do fim-de-semana, com o francês a ter de lidar durante várias voltas com o compatriota Rayna Caretti. Apesar de muito disciplinados durante a maioria do duelo, os dois acabaram por se envolver num toque que deixou Caretti fora de prova “É fantástico ser o vencedor, ganhar em Macau era um dos meus sonhos. No passado vi a corrida na televisão várias vezes, e sei que é sempre muito traiçoeira, por isso estou muito feliz”, afirmou Roussel. O piloto reconheceu também que durante o duelo com o compatriota sentiu momentos de frustração, apesar de admitir que para o público o duelo terá sido um bom espectáculo: “a corrida foi boa, mas eu estava um bocado frustrado com o duelo, porque sentia que tinha um ritmo elevado, e durante algum tempo não consegui ultrapassá-lo [Caretti]. Ele estava a defender-se muito bem”, explicou. “Felizmente, depois de passá-lo consegui aumentar o ritmo e manter a posição”, acrescentou. No segundo lugar, depois de arrancar da pole, Emanuele Olivieri mostrou-se conformado, mas algo desiludido: “O resultado não é aquilo que eu pretendia, mas fiz o meu melhor”, desabafou. “Tive muitas dificuldades com o carro ao longo da última corrida e considero que tenho de estar feliz com o que consegui alcançar”, vincou. Imune a frustrações, mesmo depois de uma penalização que o fez arrancar de 11.º, Rintaro Sato terminou no pódio. E no final o japonês admitiu toda a felicidade: “Comecei em 11.º num circuito em que é muito difícil ultrapassar, por isso estou feliz”, indicou. “Consegui ficar na pista, que é o mais difícil neste traçado e fico satisfeito com o resultado final”, concluiu. Cheong Man Hei foi o melhor piloto de Macau, mesmo se não teve melhor ritmo que Tiago Rodrigues. Cheong terminou no nono lugar, enquanto Rodrigues ficou em 11.º. Alto e Baixo Alto A ultrapassagem de Caretti a Roussel na Curva do Lisboa foi o melhor momento da corrida. Caretti apanhou o compatriota distraído, atrasou a travagem e passou por dentro Baixo Tiago Rodrigues esteve sempre rápido, mas estragou o fim-de-semana com um acidente na corrida de qualificação Classificação 1.º Jules Roussel 31m16s409 2.º Emanuele Olivieri a 1.258 3.º Rintaro Sato a 1.438 (…) 9.º Cheong Man Hei a 5.282 (…) 11.º Tiago Rodrigues a 5.782
João Santos Filipe Desporto Grande Prémio de MacauMacau consagrou Yann Ehrlacher como o campeão do TCR World Tour Yann Ehrlacher (Lynk & Co 03 FL TCR) sagrou-se campeão do TCR World Tour no sábado, ao terminar a primeira das duas corridas do fim-de-semana em terceiro lugar. O piloto francês chegou ao Circuito na Guia em vantagem pontual, tinha como único adversário o colega de equipa Thed Bjork (Lynk & Co 03 FL TCR), e uma prova sem problemas foi suficiente para carimbar o título. “Foi uma época muito boa para nós. No final houve muita pressão, mas o objectivo foi conseguido”, disse o recém-campeão, após a corrida de sábado. “Estava à espera que a corrida fosse um bocado mais emocionante, mas felizmente confirmei o título sem grandes sobressaltos”, admitiu. Este não é o primeiro título de Ehrlacher nas categorias de Carros de Turismo, dado que em 2020 e 2021 tinha vencido a Taça Mundial de Carros de Turismo. Corrida segura Em relação à primeira corrida, Néstor Girolami (Hyundai Elantra N TCR) mostrou-se imbatível, dominando desde o arranque e sem ter sido verdadeiramente pressionado pelos adversários. Ehrlacher chegou a circular em segundo, mas deixou que Azcona (Hyundai Elantra N TCR) o ultrapassasse sem grande esforço, numa altura em que estava unicamente concentrado em garantir os pontos suficientes para assegurar o campeonato. No final, o piloto argentino mostrou-se muito satisfeito com a primeira vitória do fim-de-semana: “Em Macau é fundamental conseguir ser rápido nos sectores número um e cinco. O meu carro estava bem, e eu sabia que se fosse rápido nessas zonas ia conseguir um bom resultado”, contou Girolami. “Fiquei muito feliz, porque a partir do meio da corrida comecei a sentir vibrações, o que me fez pensar que não ia conseguir ganhar. […] Mas também tínhamos ordens de equipa para correr de forma inteligente e evitar perder pontos”, admitiu. Bis da Hyundai A superioridade dos Hyundai no Circuito da Guia ficou provada na segunda corrida, com Josh Buchan (Hyundai Elantra N TCR) a garantir mais uma vitória para o construtor sul-coreano. Quando foi necessário, o australiano soube defender-se dos ataques do uruguaio Santiago Urrutia (Lynk & Co 03 FL TCR) e nunca pareceu verdadeiramente ameaçado. Seria o uruguaio a errar, o que fez com que os colegas de equipa Ma Qin Hua (Lynk & Co 03 FL TCR) e Thed Bjork (Lynk & Co 03 FL TCR) completassem o pódio na corrida de domingo. “Estive lento no primeiro sector ao longo de todo o fim-de-semana. No resto do circuito estava bem, mas sentia-me lento no primeiro sector, enquanto os outros pilotos eram muito rápidos e claro muito talentosos”, explicou Buchan, no final. “Mas, depois, quando cheguei à liderança, estava determinado a fazer tudo para defender a posição e bloquear as trajectórias. Felizmente, tento sempre correr limpo e os outros pilotos também me trataram com muito respeito. Foi uma excelente corrida para todos”, acrescentou. Quanto ao campeão, Yann Ehrlacher (Lynk & Co 03 FL TCR) teve uma segunda corrida para esquecer, inclusive saindo em frente na curva do Hotel Lisboa, o que não o impediu de terminar a prova. No entanto, o campeonato já estava garantido. Alto e Baixo Alto Os participantes deram um bom espectáculo, com poucos acidentes e interrupções. Ao contrário do que muitas vezes acontece houve corrida Baixo Com o título em aberto havia a esperança de que o campeonato de pilotos fosse disputado até à última corrida, mas Ehrlacher, com todo o mérito, antecipou as celebrações Classificação Primeira Corrida 1.º Néstor Girolami (Hyundai Elantra N TCR) 25m21s264 2.º Mikel Azcona (Hyundai Elantra N TCR) a 0.562 3.º Yan Ehrlacher (Lynk & Co 03 FL TCR) a 0.698 Segunda Corrida 1.º Joshua Buchan (Hyundai Elantra N TCR) 25m32.673 2.º Ma Qin Hua (Lynk & Co 03 FL TCR) a 0.414 3.º Thed Bjork (Lynk & Co 03 FL TCR) a 1.991
João Santos Filipe Desporto Grande Prémio de Macau MancheteFórmula Regional | Théophile Nael aproveita lotaria do Safety Car e vence Grande Prémio de Macau Apesar de ter rodado a maior parte do tempo na luta pela liderança, Théophile Nael ultrapassou dois pilotos na última abordagem à Curva do Lisboa e selou a vitória na “montanha russa” da Guia O francês Théophile Nael (KCMG Enya Pinnacle Motorsport) sagrou-se o vencedor da 72.ª edição do Grande Prémio de Macau, numa corrida em que esteve quase sempre a lutar pelo terceiro lugar e apenas assumiu a liderança momentos antes da entrada do último Safety Car. Ao longo do fim-de-semana, Freddie Slater (SJM Theodore Prema Racing) e Mari Boya (KCMG Enya Pinnacle Motorsport) foram os mais rápidos do pelotão, mas o britânico bateu na barreira durante a corrida, e o espanhol não conseguiu defender-se naqueles que foram os derradeiros metros competitivos, antes da última entrada do Safety Car, que só voltou a sair da pista para os pilotos cortarem a meta. “Sinto-me mesmo muito bem, mesmo muito bem! Quando as coisas não me correram como queria ao longo do fim-de-semana mantive-me calmo, porque estamos em Macau e tudo pode acontecer”, relatou Nael no final da corrida. O francês recordou também a última volta competitiva, quando passou de terceiro para primeiro, ultrapassando Boya e Enzo Deligny. “Meti a sexta mudança, pé a fundo, e só olhei para a frente”, recordou. “Depois quando concretizei a ultrapassagem, tentei meter-me o mais possível para o interior da pista para fechar a porta aos adversários”, acrescentou. As constantes mudanças de posição, e de liderança, levaram ainda o francês a considerar que a prova foi uma verdadeira “montanha russa”. Resultado possível Por sua vez, Mari Boya, segundo classificado, lamentou a posição, depois de liderar durante algumas voltas, e de um duelo intenso com Freddie Slater: “Eu queria ganhar, porque sei que as pessoas só se lembram do primeiro. Infelizmente quando a corrida recomeçou, após o último safety car, o slipstream estava demasiado forte e não havia nada que pudesse fazer para me defender”, admitiu. “Hoje não estou feliz, mas sei que amanhã, quando olhar para este fim-de-semana, não me vou sentir mal com a prestação”, reconheceu. No terceiro lugar, ficou Enzo Deligny R-ACE, depois de uma corrida intensa, em que rodou sempre perto de Théophile Nael. No entanto, depois de ter partido de sexto, o franco-chinês mostrou-se satisfeito com o resultado: “Comecei em sexto e consegui aproveitar as entradas do safety car para subir até ao pódio. Como não tinha carro para ser muito mais rápido fico muito feliz com este resultado”, afirmou. Alto A ultrapassagem de Nael a Boya e Deligny foi um dos momentos mais emocionantes do fim-de-semana e uma prova de determinação Baixo Fredy Slater foi muito regular e rápido, mas na corrida final começou por posicionar o carro mal na grelha de partida e depois cometeu o erro que o obrigou a desistir Classificação 1.º Théophile Nael KCMG Enya Pinnacle Motorsport 43m01s466 2.º Mari Boya KCMG Enya Pinnacle Motorsport a 0.250 3.º Enzo Deligny R-ACE a 1.130
Hoje Macau Desporto Grande Prémio de MacauGP | O programa das corridas deste fim-de-semana Hoje 06:00 Fecho do Circuito 06:30-07:00 Inspecção do Circuito 07:45-08:45 57.º Grande Prémio de Motos de Macau – Qualificação 09:15-09:55 Corrida de Fórmula 4 de Macau – Taça do Mundo de F4 da FIA – Treinos Livres 2 10:15-10:55 Grande Prémio de Macau – Taça do Mundo de FR da FIA – Treinos Livres 2 11:10-11:40 Taça GT – Corrida da Grande Baía (GT4) – Qualificação 12:10-12:40 Corrida da Guia Macau – Kumho FIA TCR World Tour Event of Macau – Qualificação 1 12:55-13:10 Corrida da Guia Macau – Kumho FIA TCR World Tour Event of Macau – Qualificação 2 13:30-14:10 Corrida de Fórmula 4 de Macau – Taça do Mundo de F4 da FIA – Qualificação 14:30-15:10 Grande Prémio de Macau – Taça do Mundo de FR da FIA – Qualificação 2 15:40-16:10 Taça GT Macau – Taça do Mundo de GT da FIA – Qualificação 1 16:30-16:55 Taça GT Macau – Taça do Mundo de GT da FIA – Qualificação 2 18:00 Abertura do Circuito Amanhã 06:00 Fecho do Circuito 06:30-07:00 Inspecção do Circuito 07:10- 07:30 57.º Grande Prémio de Motos de Macau – Aquecimento 09:10-10:00 57.º Grande Prémio de Motos de Macau – Corrida (12 voltas) 10:25-11:05 Macau Roadsport Challenge – Corrida (9 voltas) 11:40-12:45 Corrida de Fórmula 4 de Macau – Taça do Mundo de F4 da FIA – Corrida Classificativa (8 voltas) 13:20-14:00 Corrida da Guia Macau – Kumho FIA TCR World Tour Event of Macau – Corrida 1 (10 voltas) 14:35-15:40 Taça GT Macau – Taça do Mundo de GT da FIA – Corrida Classificativa (12 voltas) 16:15-17:20 Grande Prémio de Macau – Taça do Mundo de FR da FIA – Corrida Classificativa (10 voltas) 18:00 Abertura do Circuito Domingo 06:00 Fecho do Circuito 06:30-07:00 Inspecção do Circuito 08:00-08:40 Taça GT – Corrida da Grande Baía (GT4) – Corrida (9 voltas) 09:15-10:20 Corrida de Fórmula 4 de Macau – Taça do Mundo de F4 da FIA – Corrida (10 voltas) 11:00-11:40 Corrida da Guia Macau – Kumho FIA TCR World Tour Event of Macau – Corrida 2 (10 voltas) 12:35-13:50 Taça GT Macau – Taça do Mundo de GT da FIA – Corrida (16 voltas) 14:00-14:25 Evento Especial 15:15-15:20 Dança do Leão 15:30-16:35 Grande Prémio de Macau – Taça do Mundo de FR da FIA – Corrida (15 voltas) 18:00 ** Abertura do Circuito
João Santos Filipe Desporto Grande Prémio de MacauFórmula Regional | Freddie Slater foi o mais rápido na qualificação e tem pole provisória Freddie Slater (SJM Theodore Prema Racing) está na pole-position provisória para a Corrida de Qualificação do Grande Prémio de Macau, depois de ter sido o piloto mais rápido na primeira sessão de qualificação. Numa sessão com duas bandeiras vermelhas, mas em que os pilotos tiveram oportunidade de rodar durante longos períodos, o britânico fez a volta mais rápida em 2m15s708. No final, Slater fez um balanço positivo do resultado, sem esquecer que ainda está tudo em aberto: “Não foram as voltas mais fáceis, mas o objectivo era fazer muitas voltas e ir ajustando o carro. Consegui um bom resultado, mas ainda temos mais voltas de qualificação amanhã”, realçou. Slater admitiu também que no regresso a Macau o objectivo é ganhar, o que acredita ser possível, dado que, ao contrário do ano passado, a chuva ainda não apareceu. “No ano passado foi tudo mais caótico por causa da chuva. Mas começamos bem este ano, porque conseguimos fazer voltas consistentes e ir melhorando volta-a-volta. Acho que este ano estou a disfrutar mais”, acrescentou. Sobre o regresso a Macau, Slater destacou também que com mais experiência pode alcançar a consistência que lhe faltou no ano passado. No segundo lugar, Enzo Deligny (R-ACE GP) destacou a possibilidade de fazer várias voltas ao longo do dia de ontem e considerou estar na corrida pela pole-position. “Foi uma boa sessão de qualificação, não houve muitas bandeiras vermelhas e conseguimos ir melhorando”, contou. “Amanhã [hoje] ainda vamos todos melhorar”, frisou. Por sua vez, Mari Boya (KCMG Enya Pinnacle Motorsport) também se mostrou satisfeito com a sessão, embora lamentasse que as bandeiras vermelhas tivessem surgido numa altura em que estava a rodar com bom ritmo: “Foi uma boa sessão. Pena que as bandeiras vermelhas fossem mostradas quando estava com bom ritmo, mas acho que temos uma boa equipa e estamos bem”, afirmou. “Temos tudo para ser competitivos”, concluiu. Em termos das cores de Macau, Charles Leong Hon Chio (SJM Theodore Prema Racing) não foi além do 20.º tempo, com um registo de 2m18s000, longe dos concorrentes da frente. Qualificação 1 1.º Freddie Slater (Theodore Prema Racing) 2m15s708 2.º Enzo Deligny (R-ACE GP) 2m16s016 3.º Mari Boya (KCMG Enya Pinnacle Motorsport) 2m16s029 (…) 20.º Charles Leong (SJM Theodore Prema Racing) 2m18s000 Rui Marques numa posição diferente Depois de ter sido o Director de Corrida da primeira edição da Taça do Mundo de FR da FIA, Rui Marques está a cem por cento focado no Mundial de Fórmula 1, onde exerce essas funções desde o Grande Prémio de Macau do ano passado. Contudo, o experiente português regressou a Macau este ano para exercer as funções de conselheiro para a prova. Recorde-se que Rui Marques tem uma vasta experiência no Circuito da Guia, dos carros de Turismo até aos fórmulas. No lugar de Director de Corrida da Taça do Mundo de FR da FIA, está este ano o britânico Simon Gnana-Pragasam, que desempenha esta função nos Campeonatos de Fórmula 2 e de Fórmula 3 da FIA.
João Santos Filipe Desporto Grande Prémio de MacauAlguns destaques do Grande Prémio de Macau F4 | Brasileiro KO Ethan Nobels vai estar ausente da primeira edição da Corrida de Fórmula 4 de Macau – Taça do Mundo de F4 da FIA. O único piloto brasileiro inscrito no 72.º Grande Prémio de Macau sofreu um violento acidente na prova do Campeonato do Brasil de Fórmula 4, disputada no circuito de Interlagos, durante o Grande Prémio do Brasil de Fórmula 1. O jovem piloto de 16 anos sofreu uma concussão e uma contusão pulmonar e estará afastado das pistas durante dois a três meses. Taça GT | Vanthoor com acidente do dia O belga Vanthoor proporcionou o acidente do dia de ontem, depois de perder o controlo do Porsche 911 GT3 R na Curva do Hotel Mandarim. O piloto saiu largo da curva, e entrou em pião, ainda durante a primeira sessão de treinos livres. Como consequência do acidente, o experiente piloto ficou afastado da segunda sessão de treinos livres, mas deverá continuar em prova. F4 | Tiago Rodrigues terminou sessão em 14.º Tiago Rodrigues terminou a sessão de ontem de treinos livres de Fórmula 4 no 14.º lugar, com um tempo de 2m31s697. O piloto de Macau ficou a cerca de sete décimas do mais rápido, o japonês Kean Nakamura-Berta, que percorreu o Circuito da Guia em 2m27s776. O piloto local conseguiu completar oito voltas na sessão da manhã de ontem, conseguindo o melhor registo durante a quarta volta. O segundo mais rápido foi o italiano Emanuele Olivieri (2m28s601) e no terceiro lugar ficou o argentino Gino Trappa (2m28s883). Merchandising | Corrida começou às 5h À semelhança dos anos mais recentes, os fãs do merchandising do Grande Prémio responderam à “chamada” e a fila para comprar as miniaturas ou roupas começou a ser feita pelas 5h, largas horas antes dos carros e motas irem para a pista. Como se tornou uma tradição dos anos mais recentes, as decorações do carro de Adderly Fong com as personagens da marca japonesa Sanrio são as mais populares. Este ano, o piloto de Hong Kong decorou o Audi R8 LMS com a personagem Cinnamonroll, mas o sucesso manteve-se. Largas fila, produtos esgotados e vendas por pessoas limitadas a um certo número de produtos, para evitar a especulação. Motas | Davey Todd o mais rápido dos treinos livres Davey Todd (BMW M1000RR) estabeleceu o tempo mais rápido de ontem na primeira sessão de treinos livres. A marca de 2m26s210 permitiu a Todd superiorizar-se ao colega de equipa Peter Hickman (BMW M1000RR), cujo melhor tempo foi de 2m28s451. No terceiro lugar ficou Rob Hodson (Honda CBR1000RR) com um tempo de 2m28s824, tendo sido o primeiro piloto não BMW. Os pilotos das motas foram os primeiros a ir para a pista no dia de ontem e conseguiram rodar durante longos períodos. Don Gilbert (Suzuki GSXR 1000) foi o piloto que acumulou mais tempo na pista, com 17 voltas completas. No entanto, o também britânico ficou longe dos melhores classificados, não ido além do 16.º lugar, com um registo de 2m40s355.
João Santos Filipe Desporto Grande Prémio de Macau MancheteRoadsport | Badaraco e Valente partem com expectativas de um bom resultado Apesar da qualificação difícil e com um andamento longe da frente, os macaenses voltaram a conseguir a presença no Circuito da Guia e ambicionam andar entre os pilotos mais rápidos na corrida de amanhã Um fim-de-semana especial em que Jerónimo Badaraco (Toyota GR86) e Rui Valente (Subaru BRZ) arrancam com expectativas de conseguirem um bom resultado e a sonharem com o pódio. Os macaenses são dois dos nove pilotos de Macau que conseguiram o apuramento para participar na corrida do Roadsport Challenge. Ao HM, Rui Valente mostrou-se feliz e entusiasmado por regressar ao Circuito da Guia, mantendo a meta principal de sempre: “acabar a corrida”. No entanto, admitiu que pode conseguir algo mais: “Claro que o objectivo é sempre acabar, e quanto mais à frente melhor”, explicou. “Mas, como sempre, gostava de ir ao pódio e acho que estou com carro para isso. O carro evoluiu bastante, e está muito melhor em comparação com o ano passado, não só a nível da afinação, mas em todas as áreas”, acrescentou. No ano passado Rui Valente terminou a corrida com um sétimo lugar. Porém, acredita que este ano todo o plantel vai estar mais rápido: “Acho que com as evoluções que os carros tiveram que vamos ter uma corrida mais rápida do que no ano passado”, deixou como antevisão. Por sua vez, Jerónimo Badaraco começou por indicar que o primeiro objectivo passa por garantir que tudo “corre bem”. Conseguindo esse objectivo, vai pensar em subir ao pódio. No entanto, mesmo que os resultados fiquem aquém do esperado, o macaense não se deixa abalar: “Se não conseguir também não faz mal. O mais importante acaba por ser disfrutar de competir no Circuito de Guia”, vincou. Badaraco chega a Macau depois de competir na Hyundai Cup, em Xangai, e de participar nas qualificações para a corrida da Guia. “Fiz uma sessão de treinos e fiz quatro corridas. São só quatro corridas, mas como no ano passado também conduzi o carro acho que estou habituado”, afirmou. Apesar do optimismo inicial, os dois pilotos locais tiveram um arranque difícil. Na sessão de qualificação que definiu a ordem de partida para a corrida de amanhã, tanto Badaraco (17.º) como Valente ficaram na segunda metade da grelha de partida (25.º). Na pole-position ficou Damon Chan (Toyota GR86), piloto de Hong Kong. Modelo difícil Os 32 pilotos que vão disputar a corrida do Roadsport Challenge foram escolhidos depois de participarem numa ronda de qualificação no Interior, que contou com mais de 60 pilotos. No final, apenas nove pilotos de Macau conseguiram a qualificação para correr na Guia. Rui Valente considerou que é necessário mudar o modelo de qualificação para o Grande Prémio, também a pensar nos pilotos mais jovens. “Este modelo actual é ingrato porque muitos pilotos nem sequer conseguem pontuar. E os mais novos acabam por ser mais prejudicados. Como são muitos carros em pista ao mesmo tempo, há muita gente desesperada para conseguir pontuar e acabam por surgir muitos acidentes. O apuramento acaba assim por ser mais uma lotaria, do que verdadeiramente com base no mérito”, explicou. “Mesmo para os pilotos mais experientes é muito difícil a qualificação. Por isso, se pensarmos nos mais jovens, eles são os mais prejudicados com este modelo”, concluiu. Badaraco também lamentou o menor contingente local, e destacou a importância para os pilotos de Macau de estarem presentes no circuito da Guia: “O Grande Prémio de Macau é muito especial para nós. Temos sempre muitos amigos e a família presentes, temos o apoio das pessoas e depois as corridas são transmitidas na televisão. Por isso, é um circuito muito especial. É um palco muito importante para nós!”, contou. Todavia, a competição é cada vez mais desigual: “Acho que os pilotos de fora conseguem estar em melhores condições, porque quando sabem qual é o circuito onde vamos fazer as qualificações, eles conseguem fazer testes nesse circuito mais cedo”, apontou. “Para os locais, principalmente os mais velhos, está cada vez mais difícil. E o resultado está à vista. Temos menos pilotos locais a competir”, lamentou. Pela igualdade de apoios Rui Valente e Jerónimo Badaraco são dos pilotos locais com mais experiência no Circuito da Guia. No entanto, na hora de serem atribuídos apoios públicos, esse facto acaba por ser prejudicial. Actualmente, os pilotos locais com menos de 35 anos que conseguem a qualificação para correr em Macau podem receber cerca de 300 mil patacas em apoios públicos. Se os pilotos com menos de 35 anos falharem a qualificação, o montante fica abaixo desse valor, mas perto das 200 mil patacas. No entanto, os pilotos com mais de 35 anos só recebem cerca de 80 mil patacas, contou Rui Valente ao HM. Na perspectiva dos dois macaenses não faz sentido esta diferenciação apenas com base na idade. Valente e Badaraco consideram assim que este modelo deve ser alterado.
Sérgio Fonseca Desporto MancheteGP Macau | Semana de corridas aproxima-se Já cheira a Grande Prémio na cidade. Na sexta-feira, os contentores com os dezasseis carros da Taça do Mundo de GT da FIA descarregam no paddock e, depois de colocados os autocolantes oficiais, serão transportados para a Praça do Tap Seac, onde estarão expostos, a par com as motas do 57.º Grande Prémio de Motos de Macau, até domingo A edição deste ano conta com nada menos do que trinta e duas bandeiras nacionais, que serão hasteadas pelos concorrentes das três Taças do Mundo FIA e do Kumho FIA TCR World Tour durante o recheado programa do 72.º Grande Prémio de Macau. Poderiam ter sido trinta e três se o sérvio Dušan Borković, vencedor da Corrida da Guia de 2024, não tivesse sido substituído esta semana pelo espanhol Pepe Oriola num dos três Honda da GOAT Racing. A Taça do Mundo de Fórmula Regional (FR) da FIA, que se realiza pela segunda vez após a edição de estreia em 2024, conta com quinze países ou regiões administrativas especiais representados, incluindo Macau. Na sua primeira edição, a Taça do Mundo de Fórmula 4 da FIA apresenta treze nacionalidades na lista de inscritos, enquanto a oitava Taça do Mundo GT da FIA será disputada por pilotos provenientes de dez países ou regiões administrativas especiais. Sendo assim, serão vistas as bandeiras da África do Sul, Alemanha, Argentina, Áustria, Bélgica, Brasil, China, Coreia do Sul, Dinamarca, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Estados Unidos da América, Filipinas, França, Hong Kong, Hungria, Índia, Indonésia, Irlanda, Itália, Japão, Macau, México, Polónia, Reino Unido, Suécia, Suíça, Tailândia, Taipé Chinês, Turquia, Uruguai e Vietname. Destaque para a ausência da bandeira de Portugal entre os pilotos. É preciso recuar ao início da década de 1970 para encontrar uma presença de pilotos de matriz portuguesa tão reduzida no evento. Para além do jovem Tiago Rodrigues, estarão presentes os veteranos do território Rui Valente e Jerónimo Badaraco, ambos na corrida Macau Roadsport Challenge. O universo da lusofonia completa-se com o brasileiro Ethan Nobels, que se estreará no Circuito da Guia na prova de F4. Couceiro e Lamy presentes Depois de ter sido o Director de Corrida da primeira edição da Taça do Mundo FR da FIA, Rui Marques está a cem por cento focado no Mundial de Fórmula 1, onde exerce essas funções desde o Grande Prémio de Macau do ano passado. No seu lugar virá Simon Gnana-Pragasam, que desempenha esta função nos Campeonatos de Fórmula 2 e de Fórmula 3 da FIA. O britânico irá também dirigir a primeira Taça do Mundo de Fórmula 4 da história. Dino Lodola será o Director de Corrida da Corrida da Guia, ao passo que o checo Miroslav Bartos terá essa função na prova de GT e na única prova de motociclismo, enquanto o experiente chinês Zhang Tao ficará ao leme da Taça GT – Corrida da Grande Baía (GT4) e da Macau Roadsport Challenge. Também estarão novamente presentes em Macau duas caras conhecidas do automobilismo nacional, agora retiradas das pistas, mas com outras funções no panorama internacional: Pedro Lamy e Pedro Couceiro. O segundo classificado do Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 de 1992, e primeiro piloto a marcar pontos no mundial de Fórmula 1, Lamy voltará a estar presente na qualidade de Stewards’ Driver Advisor nas provas da FR e na Corrida da Guia, papel que já exerceu no Circuito da Guia e na Fórmula 1, partilhando essa função com o ex-piloto de F1 Vitantonio Liuzzi, que desempenhará esse cargo nas corridas de GT e de F4. Já Pedro Couceiro, que, tal como Pedro Lamy, competiu nas ruas de Macau na Fórmula 3 na década de 1990, será nas três Taças do Mundo da FIA e na Corrida da Guia, o condutor do Safety Car, que este ano será patrocinado pela BMW Concessionaires (Macau). O ex-piloto português assume esta posição no Campeonato do Mundo de Endurance da FIA (WEC) e já esteve anteriormente na RAEM nestas funções.
Hoje Macau DesportoFutebol | Shao Jiayi é o novo seleccionador Shao Jiayi é o novo seleccionador de futebol da China, substituindo o sérvio Dejan Djurdjevic, que ocupava o cargo interinamente desde Junho, informou ontem a federação num comunicado publicado no seu sítio na Internet. O organismo refere que para a escolha de Shao Jiayi, de 45 anos, num processo que incluiu “vários candidatos chineses e estrangeiros”, foi tido em conta “a experiência e as lições aprendidas com a nomeação de outros treinadores da selecção nacional” Em Junho, a Federação Chinesa de Futebol (CFA) despediu o croata Branko Ivankovic, que tinha sido contratado em Fevereiro de 2024 depois de ter levado o Irão ao Mundial de 2006 e também pela sua experiência na conquista de títulos na China com o Shandong Luneng. O despedimento de Branko Ivankovic surgiu na sequência da eliminação da China do Mundial de futebol de 2026, a decorrer nos Estados Unidos, México e Canadá, e alargado a 48 selecções, após a derrota por 1-0 com a Indonésia. A eliminação constituiu um revés para o futebol chinês, que não regressa a um Mundial desde a sua única participação em 2002, na Coreia do Sul e Japão, sendo que, na altura, o então médio Shao Jiayi foi um dos destaques dessa selecção. O seu desempenho no Mundial chamou a atenção dos clubes ocidentais, e Shao acabou por assinar pelo 1860 Munique, da Bundesliga, nessa mesma temporada, onde permaneceu até 2006. Shao continuou depois a sua carreira na Alemanha, jogando no Energie Cottbus (2006-2011) e no Duisburg (2011), antes de regressar ao clube da sua infância, o Beijing Guoan, e retirar-se em 2015 como uma lenda. Posteriormente, trabalhou com as selecções jovens da China, chegando ao cargo de treinador adjunto antes de assumir o comando do Qingdao West Coast, a sua primeira experiência como treinador principal. Deixa a equipa na nona posição da Superliga chinesa, depois de registar nove vitórias, dez empates e dez derrotas esta temporada.
Hoje Macau DesportoPequim | Diogo Craveiro com bronze nos Mundiais de patinagem artística O patinador português Diogo Craveiro obteve esta quinta-feira a medalha de bronze na variante livre do Campeonato do Mundo de patinagem artística, a decorrer em Pequim. Diogo Craveiro, vice-campeão europeu, fechou o pódio com a pontuação de 223.39 no total das provas dos programas curto e longo, atrás dos espanhóis Hector Diez Severino (243.44) e Arnau Pérez Montero (231.55), respetivamente ouro e prata. A medalha de Diogo Craveiro é a quarta da seleção lusa em Pequim, depois dos títulos mundiais de Madalena Costa, primeiro de sempre no escalão sénior feminino, e Rita Azinheira (júnior) e do bronze de João Pedro Cruz (júnior).
Sérgio Fonseca Desporto MancheteGP | Mercedes continua consciente do valor de Macau A ausência da Mercedes-AMG da lista de inscritos da Taça GT Macau – Taça do Mundo de GT da FIA é provavelmente a maior desilusão da 72.ª edição do Grande Prémio de Macau. O construtor germânico, que venceu pela primeira vez em Macau em 1956, citou os novos sensores de binário como razão para a sua ausência, mas há indícios de que outros factores também pesaram na decisão Pela primeira vez desde a criação da Taça do Mundo de GT da FIA em 2015, a Mercedes-AMG não estará representada na prova. A razão, oficialmente, é a alteração no regulamento técnico, com a imposição dos sensores de binário, uma exigência que a Mercedes-AMG e as suas equipas clientes afirmam não terem conseguido preparar adequadamente para competirem de forma competitiva. Pelo menos, as equipas de Hong Kong, GruppeM Racing e Craft-Bamboo Racing, tinham intenções de regressar à prova da RAEM este ano. “Esta decisão foi tomada em conjunto com as nossas equipas”, explicou Stefan Wendl, responsável pela Mercedes-AMG Customer Racing, numa declaração partilhada com a imprensa. “Os custos técnicos e orçamentais adicionais associados aos sensores de binário recentemente introduzidos são, infelizmente, inacessíveis para nós. Juntamente com as equipas que normalmente competem em Macau, avaliámos cuidadosamente todas as opções disponíveis. No final, chegámos à conclusão de que, dadas as condições actuais, não seria possível garantir um nível de preparação suficiente para assegurar um pacote global competitivo.” Nenhuma das duas equipas sediadas em Hong Kong tem qualquer experiência com sensores de binário, a Mercedes-AMG sabia desde Março que teria que resolver este problema se quisesse regressar ao Circuito da Guia. Contudo, não terá feito nada nesse sentido. Por outro lado, a equipa da Mercedes-AMG que este ano compete no Campeonato do Mundo FIA de Endurance (WEC), a Iron Lynx, enfrentou dificuldades quando os sensores MagCanica não se integraram correctamente com o software ECU da Magneti Marelli. Mas esta não é toda a história, Outros “obstáculos” A Mercedes-AMG encontra-se numa fase de transição, afastando-se da sua antiga parceira de longa data, a HWA, para estabelecer a sua própria divisão de competição interna, chamada Affalterbach Racing GmbH. Contudo, nesta fase de transição, a marca continua a recorrer a engenheiros da HWA, apesar de muitos quadros desta empresa já terem passado para a nova estrutura oficial da marca, e ao apoio na venda de material aos clientes da mesma, o que é vista por muitos como uma situação desconfortável. Por outro lado, o Mercedes-AMG GT3 está a chegar ao fim de vida, estando a marca de Estugarda a desenvolver outro carro para a categoria, cujos detalhes permanecem em segredo, com base no Concept AMG GT Track Sport, e cuja chegada ao mercado se prevê para 2027. Apesar da Mercedes-AMG continuar a investir energia, dinheiro e recursos nos seus projectos na categoria GT3 nesta fase de transição, a realidade é que a aposta da marca está no futuro e não no presente. O elevado custo da introdução destes sensores de binário, sem garantias de fiabilidade, teria obrigado a Mercedes-AMG Customer Racing a grandes compromissos numa fase em que tem obstáculos internos para ultrapassar. Regresso garantido Esta ausência da marca germânica marca o fim de uma série de vitórias dos Mercedes-AMG GT3. Nas ruas de Macau, o carro que já vai na sua segunda evolução, após o seu lançamento em 2015, conquistou cinco vitórias na Taça do Mundo, em sete possíveis, sendo a mais recente em 2024 com o alemão Maro Engel. Nos anos de pandemia, de 2020 a 2022, em que a FIA não realizou a Taça do Mundo, a marca da estrela de três pontas venceu todas as três edições da Taça GT Macau. Por isso, não é surpresa que “a Taça do Mundo de GT da FIA continua a ser um evento atractivo para a Mercedes-AMG, tanto do ponto de vista desportivo como estratégico, e olhamos para trás e vemos uma longa e bem-sucedida história em Macau”, esclareceu Stefan Wendl, aproveitando para desejar “a todos os participantes em Macau um fim‑de‑semana de corridas emocionante e bem-sucedido”. Apesar da ausência da Mercedes-AMG, a lista de inscritos da Taça do Mundo de GT da FIA, que decorrerá de 13 a 16 de Novembro, contará com dezasseis carros de seis gigantes da indústria automóvel: Audi, BMW, Ferrari, Lamborghini, McLaren e Porsche.
Sérgio Fonseca DesportoGP Macau | Listas de inscritos apresentadas não desapontaram Na passada segunda-feira, a Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau apresentou a 72.ª edição do maior evento desportivo do território. No total, serão sete grelhas de GT, turismos, monolugares e motos que proporcionarão, entre corridas de qualificação e corridas, um total de onze imprevisíveis batalhas pela vitória no sempre carismático e mundialmente respeitado Circuito da Guia A RAEM terá 19 pilotos no total, espalhados por quatro corridas do programa, visto que não terá pilotos nem na prova de GT, nem no Grande Prémio de Motos ou na Corrida da Guia. O território estará representado por Charles Leong Hon Chio no Grande Prémio de Macau – Taça do Mundo de FR da FIA. O campeão da classe PRO desta temporada do Lamborghini Super Trofeo Asia passa à Fórmula Regional, uma categoria que não corre desde 2020, quando esta ainda se chamava F3 (!) na Ásia. Tiago Rodrigues, na sua terceira participação no evento, e Marcus Cheong, na sua segunda, defenderão as cores da RAEM na primeira edição da Taça do Mundo de F4, uma corrida que contará com sete ex-campeões de F4 ou equivalente. O restante da comitiva do território competirá na Taça GT – Corrida da Grande Baía, com sete pilotos, e na Macau Roadsport Challenge, com nove. É preciso recuar aos inícios dos anos 1970 para encontrarmos uma presença de pilotos de matriz portuguesa tão reduzida num Grande Prémio. Para além do jovem Tiago Rodrigues, estarão presentes os veteranos do território Rui Valente e Jerónimo Badaraco, ambos na corrida Macau Roadsport Challenge. O universo da lusofonia completa-se com o brasileiro Ethan Nobels, que se estreará no Circuito da Guia na prova de F4. A última representação de Portugal na prova remonta ao Grande Prémio de Motos de Macau de 2022, quando André Pires e Sheridan Morais superaram o confinamento obrigatório, com Morais a conquistar um pódio, um feito único para o motociclismo português. Nos automóveis, a última participação foi em 2019, quando Tiago Monteiro conduziu um Honda Civic Type-R TCR na Corrida da Guia. Curiosamente, numa altura em que há um aumento da participação feminina em provas de automobilismo a nível mundial, não há uma única senhora entre mais de cento e sessenta pilotos inscritos no Grande Prémio. Mercedes borra a pintura Depois de dois anos com pelotões com duas dezenas de carros GT3, a Taça GT Macau – Taça do Mundo de GT da FIA está novamente a baixo desse número de referência. Felizmente, os dezasseis carros de seis construtores diferentes, incluindo o regresso da McLaren, serão conduzidos por pilotos de credenciais mundiais. Nomes conhecidos de Macau, como Edoardo Mortara ou Raffaele Marciello, a que se junta o novo herói do automobilismo chinês, o vencedor das 24 Horas de Le Mans, Ye Yifei, apaziguam eventuais desilusões. Caso a Audi Sport Asia, numa altura em que a marca de Ingolstadt está a desinvestir nas provas de GT, tivesse recuado, teríamos menos carros que na edição de 2018, onde alinharam apenas quinze máquinas. A introdução de sensores de binário na corrida deste ano – uma decisão onerosa da inteira responsabilidade da FIA – esteve no cerne da decisão da Mercedes-AMG de não participar no evento. O modelo de negócio da marca alemã passa por inscrever carros em parceria com equipas da região no evento. No Sudeste Asiático, os carros estão constantemente em movimento através de transporte em contentores, deixando poucas oportunidades para trabalhos de conversão e testes dos sensores, algo imperativo para a Mercedes-AMG. Todos estão certos de que a marca de Estugarda voltará ao Circuito da Guia num futuro próximo, mas este ano Maro Engel não poderá defender a coroa conquistada no ano transato. Clássicas mantém a áurea Confirmada a ausência de Michael Rutter, havia muita apreensão sobre a lista de inscritos do Grande Prémio de Motos, mas a presença de Davey Todd, o vencedor do ano passado, e de Peter Hickman manterá a prova no radar internacional. Doze países, todos europeus, estarão representados numa grelha que este ano contará com quatro estreantes, enquanto das quatro marcas presentes, a BMW e a Honda somam mais de 70% das vinte inscrições. Notavelmente, nenhum piloto compete montado numa Kawasaki, marcando a primeira vez nesta década que a empresa, que no próximo ano celebra 130 anos desde a sua fundação, não tem presença na principal corrida de estrada de motociclismo da Ásia. Numa altura em que as corridas de Turismo vivem um momento menos pujante a nível mundial, a Corrida da Guia tem já vinte e quatro carros inscritos, sendo que três ainda terão que ser preenchidos por pilotos a nomear. A presença das estrelas do FIA TCR World Tour, que volta a ser decidido no circuito território, é sempre sinónimo de um bom espectáculo em pista.
Sérgio Fonseca Desporto MancheteGP Macau: Primeiros nomes e primeiras dúvidas Outubro é habitualmente o mês de preparativos para o Grande Prémio de Macau. Com os campeonatos a chegarem ao fim um pouco por todo o mundo, as atenções viram-se para o grande evento da RAEM, que este ano decorrerá de 13 a 16 de Novembro Depois de Marcos Cheong e Vernice Lau terem corrido na prova do Campeonato da China de Fórmula 4, este fim-de-semana é a vez de Tiago Rodrigues voltar a pegar no capacete para disputar a prova de encerramento da temporada da competição chinesa, no circuito da cidade vizinha de Zhuhai. O ex-campeão chinês da disciplina tem estado afastado das corridas de monolugares desde que participou no Campeonato de Fórmula 4 do Médio Oriente, no início do ano, mas a sua experiência poderá revelar-se uma mais-valia na defesa das cores do território no Circuito da Guia. Vinte dos monolugares Mygale M21-F4 do campeonato chinês serão revistos após esta prova no Circuito Internacional de Zhuhai e entregues a técnicos nomeados pela Federação Francesa do Desporto Automóvel (FFSA), que os colocarão em pista na primeira edição da Taça do Mundo de Fórmula 4 da FIA, em Macau. Trata-se do mesmo modelo utilizado no Campeonato de França de Fórmula 4. Alguns nomes das motos A ausência de Michael Rutter da lista de inscritos da edição deste ano do Grande Prémio de Motos de Macau é já uma certeza. No entanto, começam a ser conhecidos, através da imprensa especializada, os primeiros nomes que darão corpo à única prova de estrada do continente asiático. Praticamente confirmadas estão as presenças de Davey Todd, vencedor da edição do ano passado, e de Peter Hickman, o motociclista que persegue o recorde de vitórias de Rutter e que deverá estar praticamente recuperado das lesões sofridas no acidente da Ilha de Man. Ambos irão pilotar as competitivas BMW M1000RR oficiais da 8TEN Racing. Rob Hodson, piloto da SMT Racing, também tem garantido a sua presença na RAEM, sendo habitualmente um dos fortes candidatos ao Top 5 da corrida. Mas nem só de nomes consagrados se faz a prova. Entre os estreantes já confirmados está o piloto de rampas Maurizio Bottalico. O piloto de São Marino, que subiu ao pódio no Manx Grand Prix, segue os passos de outros grandes nomes italianos das corridas de estrada do século XXI — como Stefano Bonetti, Luca Gottardi ou Alex Polita — ao enfrentar a mais célebre e temida corrida do Oriente. Segundo o portal Road Racing News, haverá mais estreantes no Circuito da Guia este ano, como Mitch Rees, piloto com vários títulos na Nova Zelândia, Ryan Whitehall, um piloto oriundo da Ilha de Wight, e o novo detentor do recorde da volta em Frohburger Dreieck na categoria Supersport, Paul Jordan. Dúvidas nos GT Stéphane Ratel, fundador e CEO do SRO Motorsports Group — a empresa que co-organiza a Taça do Mundo de GT da FIA do Grande Prémio de Macau — tem sido uma das vozes mais críticas em relação à introdução dos sensores de binário nas provas de GT3. Contudo, a FIA decidiu a favor da sua utilização na Taça do Mundo do Circuito da Guia, e o empresário francês falou pela primeira vez sobre o assunto. “As equipas que competem em Macau são maioritariamente da Ásia, onde os sensores de binário nunca foram utilizados. A falta de experiência poderá afectar o equilíbrio desportivo, e foi por isso que me opus à sua utilização”, referiu Stéphane Ratel à revista alemã Motorsport Aktuell, acrescentando que não acredita que este seja o caminho a seguir. Apesar de o SRO Motorsports Group ser co-organizador da prova e de dispor de um Balance of Performance (BoP) reconhecido a nível mundial, nos dois últimos anos o BoP de Macau foi determinado pela própria FIA. No ano passado, o BoP da FIA valeu uma série de críticas, com equipas e pilotos – particularmente da Audi, Porsche e Lamborghini, os principais prejudicados – a manifestarem publicamente o seu desagrado face às diferenças de andamento. Por essa razão, a FIA decidiu introduzir estes dispendiosos sensores, instalados nos veios de transmissão dos carros, que representam a ferramenta mais precisa para medir a potência transmitida às rodas. “Alguns construtores apoiaram a ideia, mas outros, como a Mercedes, foram contra”, afirmou Stéphane Ratel. “Como resultado, perdemos alguns carros da lista de inscritos. Para ser claro: encaro esta questão de forma pragmática, não dogmática. No ano passado, em Macau, três ou quatro construtores poderiam ter vencido sem estes sensores de binário. Em 2025 veremos se esta tecnologia é realmente útil”, concluiu.
Sérgio Fonseca Desporto MancheteAutomobilismo | Banda desenhada da RAEM com estreia especial no Japão A banda desenhada de Macau, “Heróis do Circuito” (街道), teve a sua primeira internacionalização de forma muito especial há duas semanas, nos 1000 km de Suzuka, no Japão Desde 2019 que não se disputava a clássica prova de resistência, e, para assinalar o regresso desta prova icónica no País do Sol Nascente, a Porsche Motorsport Asia Pacific decidiu decorar os três carros que apoiou com cores históricas da marca de Estugarda. De entre eles, um dos Porsche 911 GT3 R da Absolute Racing foi pintado de amarelo e preto, em homenagem à vitória da Joest Racing nas 24 Horas de Le Mans de 1985, quando o português Domingos Piedade era Director Desportivo da equipa alemã. Com os patrocinadores actuais, e não com a marca de vestuário francesa NewMan, responsável pela decoração de há 40 anos, sobressaía na asa traseira do Porsche 911 GT3 R nº 7 a inscrição em língua portuguesa: “Heróis do Circuito”. Para quem acompanha de perto o desporto automóvel local, a banda desenhada “Heróis do Circuito” faz já parte da cultura automobilística do território. Apaixonado pela nona arte e confesso devoto dos desportos motorizados, MP Man é o “Jean Graton de Macau”. O seu título, frequentemente visto em carros nas provas locais do Grande Prémio, alcançou desta vez um palco de dimensão internacional. Sobre a participação na mais prestigiada prova de resistência para carros GT3 no continente asiático, MP Man declarou ao HM: “Ao receber esta notícia emocionante, senti surpresa e admiração. Este reconhecimento não só valoriza o esforço e a dedicação de anos, como também abre uma porta para a presença de uma marca original de Macau nos palcos internacionais do automobilismo, permitindo mostrar ao mundo o carácter cultural único e a criatividade de Macau, uma honra que me enche de orgulho e entusiasmo.” A estreia internacional não poderia ter corrido melhor em termos desportivos, já que o Porsche 911 GT3 R nº 7 da Absolute Racing, conduzido por Kévin Estre, Laurens Vanthoor e Patrick Pilet, cortou a meta na segunda posição da geral, numa corrida que também pontuou para o Intercontinental GT Challenge. Juntar sinergias Curiosamente, o trampolim para colocar a banda desenhada da RAEM num carro de topo da Absolute Racing, equipa asiática apoiada pela Porsche Motorsport Asia Pacific e com vários triunfos na Taça GT Macau, esteve num patrocinador comum: uma marca de miniaturas de automóveis do sul da China. “Mantemos uma relação próxima e amigável com a reconhecida marca nacional de modelos de coleccionador Almost Real. O fundador, Liu Xueshen, o senhor Sum, sempre apoiou entusiasticamente a minha banda desenhada, tornando-se agora um dos principais patrocinadores. Com uma visão ambiciosa, pretendem levar a obra para além-fronteiras, explorando novos horizontes”, explicou o autor, responsável por algumas das ilustrações patentes no Museu do Grande Prémio de Macau. “Ao tornarem-se patrocinadores da Absolute Racing, integraram elementos da marca Heróis do Circuito na pintura do carro de corrida, permitindo que, ao rodar em pista, o veículo anunciasse ao mundo o encanto único da banda desenhada.” Para MP Man, que lançou em 2018 o primeiro número de “Heróis do Circuito”, o objectivo é claro: “Que os fãs de corridas e de banda desenhada prestem mais atenção à criação original feita em Macau e reconheçam o esforço dedicado a este projecto.” Olhar para o futuro A presença no evento de Suzuka, que reuniu mais de 65 mil espectadores, constituiu um passo decisivo na internacionalização da marca. “Agora, “Heróis do Circuito” alcançou um momento de grande significado. Tal como uma águia que alça voo, integrou com sucesso uma equipa apoiada pela Porsche, participando numa prova de resistência que reúne as melhores equipas e pilotos de toda a Ásia”, refere MP Man, que não esconde a ambição de ir mais longe. “Se algum dia a minha marca conseguir chegar a provas como Le Mans, ou até a um Grande Prémio de Fórmula 1, será um sonho tornado realidade! (risos) Este é, sem dúvida, o meu desejo mais profundo. Mas sei também que os sonhos não se concretizam de imediato; a minha obra tem ainda muito a evoluir e a aperfeiçoar. Continuarei a criar com humildade, perseverando no aprimoramento da obra, procurando oferecer aos leitores experiências cada vez mais emocionantes”. Entretanto, o quarto volume da série “Heróis do Circuito” está prestes a ser publicado, abrindo um novo capítulo, sempre com o seu charme singular e narrativas cativantes que conquistaram a atenção e o carinho do público local, afirmando-se cada vez mais no universo global da banda desenhada e junto dos fãs dos desportos motorizados.
Sérgio Fonseca Desporto MancheteVernice Lao de apenas 15 anos estreou-se na F4 em Chengdu Numa iniciativa apoiada pela Associação Geral Automóvel Macau-China (AAMC), Marcus Cheong e Vernice Lao participaram na prova de Chengdu do Campeonato da China de Fórmula 4. Os dois pilotos oriundos do karting local mediram forças com alguns dos melhores pilotos de monolugares da região, sendo que, para a jovem Vernice Lao, esta foi uma estreia absoluta no automobilismo. No recém-construído Circuito Internacional de Tianfu Chengdu, Marcus Cheong regressou à disciplina de Fórmula 4, ele que já teve várias incursões na categoria, tendo inclusive terminado no 12.º lugar na Corrida de Fórmula 4 do Grande Prémio de Macau de 2023. Neste regresso, o piloto de Macau conduziu um dos chassis Mygale, iguais aos que serão usados na Taça do Mundo da FIA no Circuito da Guia, no final do ano, da equipa Apollo RFN Racing by Blackjack. Na equipa irmã Asia Racing Team, fundada em Macau em 2003, e também apoiada pela AAMC, a jovem de 15 anos Vernice Lao deu os primeiros passos na competição automóvel, depois de dois dias de testes em Zhuhai com o monolugar construído em França. Rodolfo Ávila, Team Manager da equipa dos dois pilotos do território, salientou “o quão fantástico é ver dois pilotos apoiados pela AAMC, algo que tem um significado especial para mim, pois também dei os meus primeiros passos na competição de monolugares com o apoio da AAMC. Ver estes jovens talentos de Macau a seguir um caminho semelhante é extremamente gratificante, e a sua participação tem uma importância muito especial tanto para mim como para a equipa.” Resultados condizentes Depois das sessões de qualificação de sexta-feira, na primeira corrida de sábado Marcus Cheong alcançou a sexta posição na classe CFGP e terminou em 12.º lugar da classificação geral. Já Vernice Lao classificou-se em 6.º lugar na classe Fórmula 4 para jovens pilotos, ocupando a 18.ª posição à geral. Na segunda corrida do mesmo dia, Marcus Cheong repetiu o resultado, conquistando novamente a 6.ª posição na classe CFGP e o 12.º posto na geral. Vernice Lao concluiu em 23.º lugar, assegurando ainda a 6.ª posição na classe Fórmula 4. Na primeira corrida de domingo, Marcus Cheong melhorou a sua prestação, alcançando a 5.ª posição na classe CFGP e o 10.º lugar da geral. Por sua vez, Vernice Lao terminou em 7.º lugar na Fórmula 4, correspondendo ao 19.º posto da geral. No derradeiro confronto do fim-de-semana, Marcus Cheong brilhou ao conquistar o 2.º lugar na classe CFGP, obtendo ainda um honroso 6.º lugar na classificação geral. Quanto a Vernice Lao, terminou em 13.º lugar da geral, assegurando uma consistente 6.ª posição na classe Fórmula 4. Saldo muito positivo Num fim-de-semana particularmente exigente, com condições de pista variáveis, o português Rodolfo Ávila destacou a performance dos pilotos de Macau apoiados pela AAMC, Marcus Cheong e Vernice Lao. “Ambos mostraram uma evolução clara ao longo do fim-de-semana e a Vernice, em particular, impressionou todos com uma estreia limpa e confiante em monolugares. Competir contra um pelotão tão experiente, com tão pouca rodagem num carro de Fórmula 4, e apresentar o desempenho que conseguiu foi uma agradável surpresa”, referiu o campeão asiático de Fórmula Renault de 2003. Nas redes sociais, Vernice Lao relatou que esta foi “uma experiência incrível”, acrescentando que “ao longo do fim-de-semana perdemos bastante, mas acabámos por alcançar um resultado satisfatório”. A piloto da RAEM reconheceu que “ainda há um longo caminho a percorrer” e aproveitou para agradecer “o apoio e o incentivo” da equipa, do Team Manager e do companheiro de equipa, naquele que classificou como “um fim-de-semana inesquecível com a Asia Racing Team”. O próximo passo dos dois pilotos do território ainda não é conhecido, mas o Campeonato da China de Fórmula 4 termina na cidade vizinha de Zhuhai no fim-de-semana de 11 e 12 de Outubro. Depois, estes mesmos carros da competição chinesa serão revistos antes de viajarem para Macau, onde serão usados na Taça do Mundo da FIA.
Sérgio Fonseca DesportoGP | FIA dá a conhecer 10 equipas da Taça do Mundo FR Na noite de quarta-feira, a Federação Internacional do Automóvel (FIA), em parceria com a Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau, publicou a lista oficial de equipas inscritas para a edição deste ano do Grande Prémio de Macau – Taça do Mundo FR da FIA. Apesar de não terem sido divulgados os nomes dos pilotos de Fórmula Regional (FR) que visitarão Macau em Novembro, segundo o comunicado oficial da organização, com sede em Paris, este “pelotão cuidadosamente selecionado de dez equipas verdadeiramente internacionais irá reunir os melhores talentos regionais de todo o mundo para disputar esta prestigiada prova única no icónico Circuito da Guia”. A edição deste ano dá as boas-vindas a duas novas equipas de peso no evento: a italiana Trident Motorsport, que chega a Macau depois de uma temporada de 2025 em que conquistou o Campeonato de Fórmula 3 da FIA, com o brasileiro Rafael Câmara, e a neerlandesa Van Amersfoort Racing (VAR), equipa que conhece bem o Circuito da Guia desde 1998 e que, em 2018, apanhou um enorme susto com o aparatoso acidente de Sophia Flörsch. De regresso para defender o cobiçado título em Macau estará a R-ace GP, formação europeia que venceu em 2024 com Ugo Ugochukwu, piloto que não estará presente este ano para tentar revalidar o título. A equipa francesa mantém-se em grande forma, liderando a classificação actual do FRECA e tendo terminado em segundo lugar no Campeonato do Médio Oriente de Fórmula Regional, no início deste ano. Regresso da SJM Theodore Também estão de volta alguns dos mais fortes candidatos do Grande Prémio de Macau do ano passado e do panorama FR em geral, incluindo um nome bem conhecido do evento: a SJM Theodore Prema Racing. A equipa italiana Prema, atualmente em segundo lugar no campeonato FRECA 2025, é uma das formações mais bem-sucedidas do desporto motorizado de base e volta a fazer parceria com Teddy Yip Jr. no evento da RAEM. De regresso estão ainda a Pinnacle Motorsport, equipa de bandeira irlandesa; a australiana Evans GP, que alcançou um quarto lugar na última edição; a japonesa TOM’S Racing, uma das mais prestigiadas do automobilismo nipónico; a alemã PHM Racing; e as sempre competitivas estruturas francesas Saintéloc Racing e ART Grand Prix. Por outro lado, saíram de cena a holandesa MP Motorsport, a australiana Kiwi Motorsport e a japonesa TGM Grand Prix. Nenhuma equipa da China foi selecionada, mas, ao contrário do ano passado, nenhuma tentou inscrever-se na prova. A lista oficial de inscritos só deverá ser dada a conhecer em meados de Outubro, como é tradição do Grande Prémio. A segunda edição da Taça do Mundo FR da FIA realiza-se durante a semana do Grande Prémio de Macau, de 13 a 16 de novembro, e contará ainda, pela primeira vez, com a Taça do Mundo de F4 da FIA, tornando o evento numa das mais prestigiadas montras mundiais das categorias júnior de monolugares.
Sérgio Fonseca DesportoCharles Leong conquista título Lamborghini Super Trofeo O piloto de Macau, Charles Leong Hon Chio, sagrou-se vencedor da classe PRO do Lamborghini Super Trofeo Asia no passado fim de semana, no Circuito Internacional de Sepang, na Malásia. Este representa o primeiro título do piloto da RAEM em competições de Grande Turismo (GT) e o primeiro título de um campeonato alcançado ao serviço da SJM Theodore Racing. Apesar de se encontrar doente e com ainda duas corridas por disputar no calendário da competição organizada pela prestigiada marca italiana de automóveis, Charles Leong e o jovem irlandês Alex Denning mostraram-se sempre extremamente rápidos na pista malaia. Venceram a primeira corrida do fim de semana, alcançando assim o sexto triunfo da temporada, e terminaram em segundo lugar na segunda corrida. Este segundo lugar elevou para 10 o número de pódios obtidos em 10 corridas, prolongando a impressionante série da equipa, que nunca terminou abaixo do segundo lugar. Com duas corridas ainda por disputar nas Finais Mundiais do Lamborghini Super Trofeo, em Misano, Itália, em Novembro, a SJM Theodore Racing poderá concentrar-se em manter esta impressionante sequência de pódios, já com o principal objectivo da temporada alcançado. Charles Leong e Alex Denning encontram-se empatados no topo da classificação de pilotos e deverão concluir a temporada lado a lado, partilhando o mesmo Lamborghini Huracán Super Trofeo EVO2. Sempre a somar Para Charles Leong, este resultado é fruto de “um trabalho incrível da equipa. Conquistámos o campeonato graças a um grande esforço colectivo, sem grandes erros e com total consistência. Para a corrida, esperava mais grupo, mas foi difícil lutar contra os meus adversários com pneus novos. No final, segui o meu ritmo e gerimos os pneus para entregar o melhor carro ao Alex. Foi um fim de semana muito bom.” Após ter terminado no segundo lugar da classificação deste mesmo troféu monomarca, o piloto de Macau soma este título aos que conquistou em tenra idade no Campeonato Asiático de Fórmula Renault e no Campeonato da China de Fórmula 4, para além das duas vitórias marcantes no Grande Prémio de Macau de Fórmula 4. Obviamente satisfeito com os resultados obtidos pelos seus pupilos, Teddy Yip Jr., proprietário da SJM Theodore Racing, comentou: “Quero felicitar toda a equipa por este feito, resultado de um esforço colectivo ao longo da temporada e de anos anteriores. Os pilotos responderam de forma exemplar à pressão. Obrigado ao Charles, mesmo doente, e ao Alex, que realizou outro stint rápido e consistente, garantindo o décimo ‘top-2’ em dez corridas.” A equipa Theodore Racing e a SJM têm apoiado Charles Leong desde 2021, quando conquistou o seu segundo triunfo na Fórmula 4 no Circuito da Guia. Em 2023, terminou muito próximo do colega de equipa Arvid Lindblad na corrida de Fórmula 4 do Grande Prémio de Macau, completando um triunfante 1-2 da SJM Theodore PREMA Racing. Ausente da edição do ano passado devido a compromissos no Lamborghini Super Trofeo Asia em Espanha, Charles Leong ainda não anunciou se participará na edição deste ano do Grande Prémio de Macau.
Sérgio Fonseca DesportoGP Macau | Michael Rutter falha edição deste ano Nove vezes vencedor do Grande Prémio de Macau, Michael Rutter, vai falhar a 72.ª edição do Grande Prémio de Macau. O carismático piloto britânico continua a recuperar do grave acidente sofrido na Isle of Man TT, no passado mês de Junho, e não está apto para lutar pela décima vitória No início do Verão, na grande clássica de estrada, Michael Rutter caiu da moto na última volta da corrida de Supertwin, no local conhecido como 31st Milestone, e sofreu várias fracturas na coluna, entre as vértebras L2 e L5, sendo mesmo transferido por helicóptero para o hospital. O piloto de 53 anos foi também diagnosticado com uma fractura num tornozelo. Depois de quase três meses afastado da competição, “The Blade”, como é conhecido no meio, fez o seu regresso ao motociclismo no último fim-de-semana de Agosto, participando na famosa volta de desfile da Classic TT, em cima de uma Honda RVF750 RC45, integrado numa homenagem aos modelos das décadas de 1980 e 1990. O motociclista mais bem-sucedido de sempre em Macau, onde conquistou a primeira das suas nove vitórias em 1998, voltou a subir para uma moto pela primeira vez no Classic TT, onde conduziu uma Honda RC45 na volta de desfile dedicada aos anos 1980 e 1990. No entanto, Rutter ainda não está preparado para regressar à competição, adiantou na pretérita semana a publicação irlandesa News Letter. A sua última vitória foi alcançada no Circuito da Guia em 2019, ainda que não da forma como Rutter gostaria de ter aumentado o seu palmarés, já que o resultado foi decidido com base nas posições após apenas uma volta, depois de duas interrupções com bandeira vermelha que levaram ao cancelamento definitivo da corrida. Ainda com ambição de vencer uma décima vez na RAEM, no Grande Prémio de Motos de Macau do ano passado, profundamente afectado pelo mau tempo, Rutter ficou desapontado com o resultado, tendo-se qualificado com o quarto melhor tempo, numa prova em que o resultado da qualificação determinou as posições finais da corrida. Antes do acidente na Isle of Man TT, Rutter tinha dito ao News Letter que queria viajar até Macau no final do ano. “Voltaremos a tentar, porque é outra corrida à qual gosto realmente de ir. É completamente única, fica do outro lado do mundo, num outro fuso horário, por isso é única”, referiu sem saber o que lhe esperava. Outra grande dúvida Rutter poderá não ser o único “histórico” do Grande Prémio de Motos de Macau a ficar de fora da edição deste ano, pois persistem muitas dúvidas em torno de Peter Hickman, também ele vítima de um acidente no evento da Ilha de Man. O acidente do britânico foi provocado por uma falha mecânica: a fixação do escape partiu, fazendo com que este entrasse em contacto com o pneu traseiro e provocasse um furo que levou à queda do experiente piloto. O vencedor de quatro edições sofreu lesões graves: fractura da clavícula e da omoplata esquerda, três costelas partidas, quatro vértebras fracturadas e ainda ferimentos faciais. Numa publicação nas redes sociais, Hickman afirmou que tem trabalhado “muito arduamente” nos bastidores e chegou mesmo a realizar recentemente um teste em Cadwell Park. Três meses após o acidente, regressou, este fim de semana, ao popular British Superbike Championship, em Donington Park. O piloto de 38 anos ainda não recuperou a sua melhor forma e a exigência de um circuito citadino, como o de Macau, é muito superior à de um circuito convencional. Por isso, só nas próximas semanas se saberá se Hickman tentará conquistar a sua quinta vitória nas ruas de Macau, em 2025. O 72.º Grande Prémio de Macau terá lugar entre os dias 13 e 16 de Novembro deste ano. Para além do 57.º Grande Prémio de Motos de Macau, o programa conta ainda com o Grande Prémio de Macau -Taça do Mundo de FR da FIA, a Taça GT Macau – Taça do Mundo de GT da FIA, a Corrida da Guia Macau – Kumho FIA TCR World Tour Event of Macau, a Corrida de Macau de Fórmula 4 – Taça do Mundo da Fórmula 4 da FIA, a Taça GT – Corrida da Grande Baía (GT4) e o Macau Roadsport Challenge.
Sérgio Fonseca DesportoGP | Literatura do evento deverá crescer nos próximos anos A literatura sobre o Grande Prémio de Macau poderá continuar a crescer nos próximos anos. O lançamento do livro Grande Prémio de Macau – Colecção Pessoal de Victor H. de Lemos, 1954-1978, Volume II (1967-1978), da autoria do macaense Carlos Lemos, a residir em Toronto desde 1974, decorrerá no mês de Novembro, e não em Outubro como inicialmente previsto, ao mesmo tempo que um novo livro sobre as provas de motociclismo está a ganhar forma. Esta alteração da data não está relacionada com qualquer atraso, mas sim com a data da visita ao território pelo autor. Depois do sucesso do Volume I, a segunda parte de um livro que pretende homenagear o pai do autor, Victor Hugo Lemos – um entusiasta do Grande Prémio de Macau que, em vida, coleccionou um vasto número de fotografias e tudo o que se relacionava com as corridas de automóveis e motos em Macau desde 1954, data da realização da primeira edição do evento. “Este segundo volume completa uma significativa parte da colecção do Grande Prémio de Macau do meu pai, Victor H. de Lemos. É um livro de capa dura com 356 páginas, ou seja, mais 100 do que o primeiro volume”, revela Carlos Lemos. “O conteúdo e a composição são muito idênticos aos do primeiro volume. Inclui mais recortes de jornais chineses e documenta o primeiro acidente fatal, a fracassada tentativa da criação do Circuito da Associação de Corridas Automóveis do Extremo Oriente (FEMRAC), a primeira edição da Corrida da Guia, a Corrida dos Gigantes e a evolução gradual do Grande Prémio de Macau, desde as corridas amadoras até se tornar um evento de classe mundial, reconhecido pela Federação Internacional do Automóvel (FIA).” Ainda segundo o autor, “o livro contém cerca de 471 fotografias, bem como uma introdução à outra colecção do meu pai, World of Motor Racing, composta por mais de 1900 fotografias autografadas de pilotos, proprietários de carros e designers de renome internacional, como Il Commendatore Enzo Ferrari, Sir Stirling Moss, Michael Schumacher, Roy Salvadori, Dan Gurney, Sir Jack Brabham, Juan Manuel Fangio, Helmut Marko, Colin Chapman, Sir Jackie Stewart, Janet Guthrie, o professor Sid Walkins, Tony e Mary Hulman (proprietários do circuito de Indianápolis), Frank Williams, Charlie Whiting, Louis Meyer, entre outros.” As vendas do primeiro volume excederam as expectativas e, por isso, serão comercializados 550 exemplares. O preço de capa será de 400 patacas, mas será comercializado por 350 patacas no período de promoção. Parte do produto líquido proveniente da venda reverterá a favor da instituição Associação IC2 – “I Can Too”, que apoia pessoas com autismo ou deficiência, e também da APOMAC. A apresentação deverá acontecer na sede da Associação dos Aposentados, Reformados e Pensionistas de Macau (APOMAC), em data e hora a revelar. Um livro sobre as motos A literatura sobre o Grande Prémio de Macau poderá continuar a crescer nos próximos anos. Carlos Barreto, o autor do livro História do Karting em Macau, escrito em coautoria com Pedro Dá Mesquita, está a ponderar escrever um livro sobre o motociclismo no Grande Prémio de Macau, disciplina que, por vezes, acaba por ficar em segundo plano em termos de cobertura literária dos mais de setenta anos do evento do Circuito da Guia. “A ideia passa por reunir os depoimentos de pilotos de Macau que participaram nas provas de motociclos do Grande Prémio de Macau”, explicou Carlos Barreto ao HM. “Já temos algum material recolhido; há ainda muito trabalho de recolha por fazer, compilar e escrever a história, selecionar as imagens, etc… Não temos pressa!” O Grande Prémio de Macau tem hoje apenas uma prova de motos no programa, o histórico Grande Prémio de Macau de Motos, mas nem sempre foi assim. O evento chegou a ter mais de três corridas de motos, e até corridas de scooters se realizaram no circuito citadino da RAEM, sempre com uma presença muito forte de pilotos locais.
Sérgio Fonseca DesportoGP | Convites para pilotos TCR Asia que participem na Coreia e Zhuzhou A Corrida da Guia do 72.º Grande Prémio de Macau será novamente o palco da prova final do Kumho FIA TCR World Tour, a maior competição de carros de turismo a nível mundial sob a chancela da Federação Internacional do Automóvel (FIA). A prova estará igualmente aberta à participação de concorrentes de outras proveniências Sendo a última etapa da temporada da competição mundial do TCR, a prova de Macau reunirá os pilotos de turismo mais rápidos do mundo, coroando também o campeão absoluto do FIA TCR World Tour. O formato único da competição promovida pelo WSC Group permitirá que pilotos locais e regionais do TCR enfrentem as estrelas internacionais, criando um espetáculo inesquecível nas ruas do território. Antes da final em Macau, o ressuscitado TCR Asia Series partilhará a pista com o FIA TCR World Tour de 17 a 19 de Outubro, no Circuito de Inje, na Coreia do Sul, e de 31 de Outubro a 2 de Novembro, no Circuito Internacional de Zhuzhou, na China. A participação nesta prova será obrigatória para os pilotos que desejem obter um convite para o evento do Circuito da Guia, proporcionando também uma oportunidade para pilotos de Macau, que não se qualificaram noutras competições, garantirem um lugar na grande festa de final de ano. “Em 2025, inscrições ‘wildcard’ estarão disponíveis para os concorrentes que participaram em provas do TCR Asia. Para serem elegíveis para se inscreverem em Macau, os concorrentes poderão participar nas próximas corridas na Coreia do Sul e na China, onde o TCR Asia partilhará igualmente a grelha com o TCR World Tour”, escreveu a organização do TCR Asia Series nas redes sociais, sublinhando que: “É uma oportunidade única de toda a vida: medir forças com os melhores do mundo num dos traçados mais lendários do desporto motorizado.” Sobre o assunto, o presidente do WSC Group, Marcello Lotti, o pai do conceito TCR, acrescentou: “Estamos orgulhosos por o TCR Asia ter acrescentado dois eventos conjuntos com o Kumho FIA TCR World Tour. O WSC tem o prazer de confirmar que iremos atribuir ‘wildcards’ aos concorrentes que desejem juntar-se a nós também na final da temporada em Macau.” O TCR Asia Series tem competido com pneus da marca chinesa Sailun, mas nesta prova os pilotos terão de se adaptar aos compostos Kumho, obrigatórios na competição sancionada pela FIA. Sean Chang Chien Shang, piloto de Taiwan, lidera a classificação com quatro pontos de vantagem sobre o chinês Liu Zhi Chen, ambos ao volante de Audi RS 3 LMS. Qualidade garantida O TCR Asia Series não será a única competição a compor a lista de inscritos do FIA TCR World Tour na RAEM, pois a temporada de 2025 do TCR Austrália terminará em estilo ao juntar-se à grelha de partida da Corrida da Guia do 72.º Grande Prémio de Macau, que decorrerá de 13 a 16 de Novembro. A primeira participação internacional do TCR Austrália foi possível graças ao detentor global dos direitos do campeonato, o WSC Group, que assegurará a cobertura total dos custos de transporte para as equipas australianas que viajem para Macau. O TCR Australia anunciou em Junho que irá concentrar-se no reinício da competição no evento “The Bend 500”, de 12 a 14 de Setembro, em conjunto com a ronda australiana do Kumho FIA TCR World Tour, competição que conta com mais de uma dezena de concorrentes a tempo-inteiro. A competição australiana, que em tempos teve grelhas de partida com cerca de duas dezenas de carros, não fará mais nenhuma corrida este ano, para além desta e daquela agendada para o Grande Prémio de Macau. Com provas ainda por disputar na Austrália, Coreia do Sul, interior da China e Macau, o campeão em título do Kumho FIA World Tour, Yann Ehrlacher, da Lynk & Co, lidera a classificação com 250 pontos, seguido de perto por Esteban Guerrieri, ao volante de um Honda, com 223, enquanto Santiago Urrutia, também ao comando de um Lynk & Co, ocupa a terceira posição com 215 pontos.