Defesa | Washington e Seul acabam com grandes manobras militares conjuntas

[dropcap]O[/dropcap]s Estados Unidos e a Coreia do Sul vão acabar com os exercícios militares conjuntos de grande envergadura anuais, que provocam regularmente a cólera da Coreia do Norte, anunciou ontem o ministério sul-coreano da Defesa.

Estes dois exercícios, baptizados “Key Resolve” e “Foal Eagle”, serão substituídos por manobras mais restritas “com a finalidade de preservar uma sólida preparação militar” das forças estacionadas na Coreia do Sul, indicou o ministério através de um comunicado, citado pela agência France Press.

A decisão foi tomada numa conversa telefónica entre os ministros da Defesa sul-coreano e norte-americano, Jeong Kyeong-doo e Patrick Shanahan, três dias depois da cimeira entre o líder norte-coreano, Kim Jong Un, e o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Hanói.

A cimeira foi concluída sem acordo, mas os dois dirigentes manifestaram a intenção de manter aberta a porta do diálogo.

As manobras “Foal Eagle”, que acontecem normalmente na Primavera, provocam todos os anos a cólera de Pyongyang, que vê nelas uma representação de uma invasão da Coreia do Norte.

No passado, 200.000 soldados sul-coreanos e 30.000 soldados norte-americanos participaram no “Foal Eagle” e no “Key Resolve”.

Os Estados Unidos e a Coreia do Sul têm vindo a reduzir ou a suprimir vários exercícios militares conjuntos, assim como os bombardeiros norte-americanos deixaram de sobrevoar a Coreia do Sul, desde a primeira cimeira entre Trump e Kim Jong Un, em Junho último em Singapura.

4 Mar 2019

Coreia do Sul | Rede móvel 5G arranca no próximo mês

[dropcap]O[/dropcap] Governo sul-coreano anunciou ontem que o país irá disponibilizar a rede móvel de quinta geração (5G) em Março, tornando-se o primeiro país do mundo a comercializar esta tecnologia para ‘smartphones’.

O anúncio foi feito pelo ministro das Finanças sul-coreano, Hong Nam-ki, durante uma reunião do seu gabinete em Seul, noticiou a agência Yonhap.

Estima-se que a velocidade de transmissão de dados sem fios do conjunto de tecnologias 5G seja até 50 vezes superior à das actuais redes 4G e LTE. Ao mesmo tempo, espera-se que a sua implementação multiplique serviços para os utilizadores e oportunidades de negócio para as empresas.

Na mesma reunião, o governante adiantou que as três principais operadoras de telecomunicações sul-coreanas planeiam fazer um investimento equivalente a cerca de 2.355 milhões de euros este ano, para a plena implementação da rede 5G na Coreia do Sul.

A principal operadora sul-coreana, KT, já havia realizado um primeiro teste de serviços 5G numa área limitada durante os Jogos Olímpicos de Inverno, em Fevereiro do ano passado, na região sul-coreana de PyeongChang.

Em Janeiro, a gigante chinesa de telecomunicações Huawei anunciou que lançará um ‘smartphone’ de próxima geração baseado em tecnologia própria, ao invés de usar componentes norte-americanos, ilustrando os esforços para reduzir a dependência de fornecedores dos Estados Unidos. O aparelho, anunciado pela Huawei como o primeiro ‘smartphone’ dobrável de quinta geração, vai ser exibido, na próxima semana, durante o maior evento anual do sector, o Mobile World Congress, em Barcelona.

21 Fev 2019

Seul | Falhou primeiro teste para gerar chuva artificial

[dropcap]A[/dropcap] primeira experiência na Coreia do Sul para gerar chuva artificial e reduzir a concentração no ar de partículas poluentes da China falhou, anunciou ontem o Governo, que garantiu que vai prosseguir com os testes.

A experiência, realizada pela agência meteorológica da Coreia do Sul e pelo do Ministério do Meio Ambiente na sexta-feira, teve lugar sobre o mar Amarelo, com um avião coreano a espalhar iodeto de prata no ar, um composto químico que ajuda a concentrar vapor de água nas nuvens.

Registou-se um aumento das partículas de precipitação, mas não o suficiente para gerar chuva, segundo um comunicado do Ministério do Meio Ambiente.

No entanto, a agência indicou que este primeiro teste – cujos dados serão anunciados com detalhe no final de Fevereiro -, permite acumular experiência.

As autoridades planeiam realizar outros 14 testes como este ano para ajudar a reduzir a densidade do material particulado fino que afecta cada vez mais a Coreia do Sul.

O “pó fino” tem origem nos desertos do norte da China e da Mongólia e mistura-se com a poluição produzida pela actividade industrial.

A presença desta poeira na Coreia do Sul aumentou enormemente nos últimos anos e estudos locais sugerem que metade da poluição que contém é oriunda de fábricas e de centrais térmicas chinesas.

Em 14 de Janeiro, Seul e a sua região vizinha, onde vive metade dos 50 milhões de habitantes do país, registaram um nível recorde quando o índice PM 2,5 atingiu 188 microgramas por metro cúbico, mais de sete vezes o nível de 25 microgramas recomendados pela Organização Mundial da Saúde.

29 Jan 2019

Seul | Co-fundadora de ‘site’ pornográfico condenada a quatro anos de prisão

[dropcap]A[/dropcap] co-fundadora do maior ‘site’ pornográfico da Coreia do Sul foi condenada ontem a quatro anos de prisão, num contexto de indignação sul-coreana contra a “pornografia com câmara espia”.

Dezenas de milhares de sul-coreanos participaram nos últimos meses de protestos contra esse fenómeno, chamado de “molka”, cujos vídeos sem autorização mostravam imagens de mulheres na casa de banho, escola, nos transportes e vestiários.

O ‘site’ Soranet, fundado em 1999, oferecia dezenas de milhares de vídeos pornográficos, incluindo filmes de “vingança pornográfica” ou mesmo as tais imagens de mulheres em locais públicos. A produção ou distribuição de pornografia é ilegal na Coreia do Sul.

O Soranet foi encerrado em 2016 após reclamações de grupos de defesa dos direitos das mulheres.
A sua proprietária, de 45 anos, identificada pelo seu nome de família, Song, foi sentenciada a quatro anos de prisão e ao pagamento de uma multa de 1,4 mil milhões de won (um milhão de euros) por ajuda e cumplicidade na distribuição de material obsceno.

Song foi condenada por “violar gravemente a dignidade universal dos outros”, de acordo com um comunicado do tribunal, no qual se sublinha que esta obteve um lucro “enorme”.

A mulher agora condenada viveu durante anos, em fuga, na Nova Zelândia antes de ser detida em Junho passado, depois de ter sido forçada a regressar quando as autoridades sul-coreanas cancelaram o seu passaporte.

O seu marido e outro casal, também co-proprietários do ‘site’, todos cidadãos australianos ou com autorização de residência permanente, encontram-se fora da Coreia do Sul.

11 Jan 2019

Coreia do Sul quer ajudar a levantar sanções, mas avisa sobre desnuclearização norte-coreana

[dropcap]O[/dropcap] Presidente da Coreia do Sul disse hoje que vai cooperar com a comunidade internacional para serem levantadas as sanções contra a Coreia do Norte, mas defendeu que esta deve dar “passos mais ousados e práticos para a desnuclearização”.

“Medidas correspondentes deveriam ser concretizadas para facilitar a continuação dos esforços de desnuclearização da Coreia do Norte”, acrescentou Moon Jae-in, citando, por exemplo, a aceitação dos Estados Unidos de um “regime de paz” e uma declaração formal que coloque um ponto final na Guerra da Coreia (1950-1953).

Moon Jae-in referiu-se ainda a dois projectos de cooperação entre os dois países no Monte Kumgang, na Coreia do Norte, e no complexo industrial de Kaesong, no norte da fronteira, foram suspensos na última década, juntamente com outros projectos semelhantes devido à pretensão norte-coreana de investir no seu programa nuclear.

“Congratulamo-nos com a intenção da Coreia do Norte de retomar a sua operação sem condições ou compensação”, disse Moon.

“A minha administração vai cooperar com a comunidade internacional, incluindo os Estados Unidos, para resolver as questões restantes, como sanções internacionais, o mais rápido possível”, explicou.

As declarações de Moon foram feitas após o regresso do líder norte-coreano de uma viagem de quatro dias a Pequim, que incluiu um encontro com o Presidente chinês Xi Jinping.

10 Jan 2019

Fundação sul-coreana retira prémio atribuído em 2004 a Aung San Suu Kyi

[dropcap]U[/dropcap]ma das maiores organizações de defesa dos direitos humanos da Coreia do Sul anunciou ontem que ia retirar um prémio atribuído em 2004 à dirigente birmanesa Aung San Suu Kyi, devido à indiferença manifestada perante a crise dos muçulmanos rohingyas.

Na altura dissidente admirada, Aung San Suu Kyi não pôde receber na época o prémio Gwangju dos direitos humanos por se encontrar sob detenção domiciliária, decidida pela junta militar no poder.

Desde que o partido da prémio Nobel da paz chegou ao poder, Aung San Suu Kyi é a dirigente “de facto” de Myanmar, sendo alvo de numerosas críticas da comunidade internacional pela recusa de condenar as violências contra os rohingyas.

Mais de 720 mil rohingyas fugiram, desde 2017, da violência exercida pelos militares birmaneses e por milícias budistas, numa crise que a ONU qualificou de genocídio.

A “indiferença perante as atrocidades cometidas contra os rohingyas é contrária aos valores defendidos por este prémio, a protecção e a promoção dos direitos humanos”, declarou o porta-voz da Fundação do Memorial de 18 de Maio, Cho Jin-tae. Como consequência, o conselho de administração da fundação decidiu retirar o prémio a Aung San Suu Kyi.

Criada em 1994, esta fundação assinala o levantamento democrático de Gwangju em 1980, brutalmente reprimido pelo exército sul-coreano, com mais de 200 mortos e feridos.

A revolta contra o ditador militar Chun Doo-hwa inspirou o movimento contestatário que culminou no restabelecimento da democracia, sete anos mais tarde, na Coreia do Sul.

Em meados de Novembro, a organização não-governamental de defesa dos direitos humanos Amnistia Internacional retirou a Aung San Suu Kyi um prémio concedido em 2009, por considerar que a antiga dissidente tinha “traído os valores que outrora defendeu”.

19 Dez 2018

Coreia do Sul considera improvável que Kim Jong-un viaje a Seul ainda este ano

[dropcap]O[/dropcap] Governo sul-coreano considerou hoje ser improvável que o líder norte-coreano, Kim Jong-un, visite o país antes do final do ano, referindo-se às especulações sobre uma possível viagem a Seul ainda este mês.

“Consideramos que vai ser difícil que o líder Kim visite Seul este ano”, disse um porta-voz do gabinete presidencial à agência de notícias Yonhap. Ainda assim, o Governo reiterou estar “aberto à possibilidade [de uma visita de Kim] no início do próximo ano”.

Dezembro é um mês agitado no seio do regime norte-coreano, já que no próximo dia 17 celebra-se o aniversário da morte do antigo líder Kim Jong-il, pai de Kim Jong-un. Em Setembro, o Presidente sul-coreano, Moon Jae-in, convidou o líder norte-coreano a visitar Seul antes do final do ano, algo que Kim aceitou.

No entanto, a falta de progressos no diálogo entre Pyongyang e Washington parecem ser um entrave à realização de uma nova cimeira inter-coreana, que seria a quarta desde Abril. A realizar-se, seria a primeira viagem de um líder da Coreia do Norte a Seul.

Por sua vez, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou esperar reunir-se com o líder da Coreia do Norte “em Janeiro ou Fevereiro” e garantiu estarem em discussão “três locais” para esta segunda cimeira.

Em Setembro, Trump disse que queria programar uma segunda cimeira com Kim, mas o impasse nas negociações adiou a reunião, que daria continuidade ao histórico encontro de Singapura, em Junho passado.

Em Singapura, os dois líderes concordaram em “trabalhar para a completa desnuclearização da península” coreana, mas até agora os progressos têm sido apenas simbólicos, devido à ausência de um roteiro para o desarmamento.

12 Dez 2018

Foge ao Corpete

[dropcap]L[/dropcap]i há dias a história de uma rapariga na Coreia do Sul que começou a planear uma cirurgia plástica ao queixo a partir dos 7 anos de idade. Cirurgia essa realizada posteriormente, e que implicava partirem-lhe o queixo para alinhá-lo de novo. A mesma rapariga teve um momento de epifania e juntou-se ao movimento libertário que foge do corpete – e deixou de gastar 1600 patacas em maquilhagem todos os meses. Não desfez a cirurgia plástica, obviamente, mas agora apresenta-se de forma muito natural, sem os típicos apetrechos e auxiliadores de beleza. Se quiserem outra história mais caricata: na Coreia também, uma apresentadora de telejornal apareceu um dia de óculos na televisão e isso valeu-lhe atenção mediática. Por usar óculos… O simples gesto valeu-lhe um escrutínio feroz de como não estava perfeita ao mostrar-se como a pessoa míope que é.

Sempre existiram expectativas de beleza às quais as sociedades tendem a seguir. A força dessa pressão e a agência individual para seguir ou não estas tendências é que pode diferir. A pressão que existe na Coreia, contudo, é absolutamente aterrorizadora. Daí que o movimento esteja a tomar contornos de uma rebelião – com gloriosas imagens de conjuntos de maquilhagem totalmente destruídos a serem partilhadas redes sociais. Nada contra em querermos sentirmo-nos bonitas/os mas chegar a demorar duas horas para fazer os 20 passos pré-maquilhagem e depois a maquilhagem em si, parece-me um pouco demais. Para quem gosta e consegue, óptimo, mas tornar-se na norma… A intensa propaganda pró-cirurgia plástica, também tem ajudado a normalizar que ‘ninguém nasce bonita, mas que pode tornar-se bonita’. Partindo ossos e sei lá mais o quê. Isto não acontece só dentro da Coreia e com os Coreanos, acho que quase toma proporções asiáticas (em 2017 três mulheres chinesas foram lá fazer cirurgias plásticas e ficaram detidas na fronteira por estarem irreconhecíveis…).

Claro que a pressão ridícula que estas (especialmente jovens) mulheres têm que passar não é fácil de ser resolvida. Primeiro porque se tornou numa norma, uma norma que dita as relações sociais e de apresentação – e estas são difíceis de desconstruir. Segundo, porque há muita gente interessada que a norma permaneça intocável. Como toda a indústria de beleza, por exemplo. Apesar de não existirem estatísticas que o confirmem, parece que os senhores das marcas de maquilhagem estão um pouco receosos desta suposta rebelião. Seria uma chatice deixar de ter a renda mensal que o medo de mostrar caras com imperfeições motiva.

Mas esta fuga do corpete não fica só por aqui… não é só uma luta pela pressão de não apresentar poros na cara, ou de mudar o formato da pálpebra, o problema é que tem havido uma objectificação extrema do corpo feminino ao ponto de se colocar câmaras de filmar em casas de banho públicas. Continua-se na temática do terror, portanto. E isto está a ser tão problemático que na Coreia andam a contratar pessoal para monotorizá-las. O problema é que estas maquininhas são postas e re-postas por breves períodos de tempo, e nem os honrados monitores conseguem ser audazes para conseguirem apanhá-los. A situação é tão extrema que já legitimou manifestações nas ruas. ‘A minha vida não é a tua pornografia’.

Vejo como uma atitude bastante saudável pôr em causa estas dinâmicas. Pelo menos dá a oportunidade discutir aquilo que se julga ‘normalizado’ e poder renunciar certos exageros e a denunciar abusos. Agora as rebeldes só gastam uns tostões para comprar um creme hidratante facial mensalmente. Da supremacia dos cremes branqueadores… isso é que parece que não falam. Ainda.

5 Dez 2018

José Morais é o novo técnico dos sul-coreanos do Jeonbuk FC

[dropcap]O[/dropcap] português José Morais é o novo treinador do Jeonbuk FC, depois de ter rescindido contrato com o Karpaty Lviv, anunciou o clube sul-coreano de futebol na sua página oficial.

“Eu conheço a reputação do Jeonbuk. Vai ser um novo desafio e eu quero conhecer as expectativas dos jogadores”, reagiu o técnico português.

O clube coreano considera que “José Morais tem a experiência necessária para liderar a equipa”, destacando o facto de o treinador ter trabalhado com José Mourinho, como adjunto, como um “aspecto positivo para transmitir a filosofia que a equipa pretende”

José Morais vai assumir o comando técnico dos bicampeões sul-coreanos, que se encontram no primeiro lugar da liga local, com 85 pontos conquistados em 37 jogos, com 21 pontos de vantagem sobre o segundo classificado.

O português já treinou em Portugal o Benfica B, o Estoril, o Académico Viseu e o Santa Clara, tendo no estrangeiro passado por clubes na Alemanha, Suécia, Jordânia, Arábia Saudita, Tunísia, Iémen, Turquia, Grécia, Inglaterra e esta última época na Ucrânia, sendo a Coreia do Sul o 13.º país onde o técnico vai trabalhar.

30 Nov 2018

Coreia do Sul entrega milhares de tangerinas a Pyongyang

[dropcap]A[/dropcap] Coreia do Sul entregou milhares de caixas de tangerinas à Coreia do Norte em troca de grandes remessas de cogumelos, efectuadas em Setembro, anunciaram hoje as autoridades de Seul.

O Ministério da Defesa sul-coreano informou que o país vai enviar mais 200 toneladas de tangerinas para a Coreia do Norte esta tarde. No domingo, os aviões militares sul-coreanos voaram duas vezes para Pyongyang para entregar as frutas e vão voltar a fazer o mesmo durante a tarde de hoje.

O líder norte-coreano, Kim Jong-un, e o Presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, assinaram em meados de Setembro uma declaração conjunta, que poderá ser importante para o futuro diálogo sobre a desnuclearização da península, entre Pyongyang e Washington.

Na sequência desta ocasião e como gesto de boa fé, a Coreia do Norte enviou duas toneladas de cogumelos aos vizinhos do Sul.

O transporte aéreo de tangerinas é um sinal que as duas Coreias estão a estreitar os laços, apesar das sanções internacionais e da pressão da comunidade internacional para que o Norte renuncie ao programa nuclear.

Na terça-feira passada, o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, anunciou ter adiado um encontro com um alto dirigente norte-coreano.

Pompeo ia encontrar-se, em Nova Iorque, com Kim Yong-chol para discutir os progressos no desarmamento norte-coreano e preparar uma nova cimeira entre o Presidente norte-americano, Donald Trump, e Kim Jong-un.

Na sexta-feira, a Coreia do Norte advertiu que poderá reativar uma política de Estado dirigida a fortalecer o arsenal nuclear se os Estados Unidos não suspenderem as sanções económicas contra Pyongyang.

12 Nov 2018

Coreias vão formalizar intenção de organizar Jogos Olímpicos 2032

[dropcap]A[/dropcap] Coreia do Sul e a Coreia do Norte vão formalizar, junto do Comité Olímpico Internacional, a intenção de avançar com uma candidatura conjunta à organização dos Jogos Olímpicos de 2032, revelou a imprensa sul-coreana.

Os vice-ministros do Desporto da Coreia do Sul, Roh Tae-kang, e da Coreia do Norte, Won Kil-u, assinaram um acordo para por em prática o processo de candidatura, mas também para apresentar uma equipa conjunta ao Mundial de andebol masculino em 2019 (Alemanha e Dinamarca) e levar várias equipas aos Jogos Olímpicos de 2020.

O acordo é assinado semanas depois de Seul ter proposto a Pyongyang, em setembro passado, uma candidatura conjunta à organização dos Jogos Olímpicos de 2032.

As duas Coreias já tinham discutido a possibilidade de sediar conjuntamente os Jogos Olímpicos de Verão de 1988, mas as negociações fracassaram e Seul teve essa responsabilidade sozinha.

Apesar do processo de candidaturas não ter ainda começado, a cidade australiana de Brisbane, a região alemã da Renânia e a Índia já manifestaram interesse em acolher os Jogos Olímpicos de 2032.

4 Nov 2018

Coreias | Menos 11 postos de guarda na fronteira comum

[dropcap]A[/dropcap]s duas Coreias acordaram sexta-feira desmantelar até ao final de Novembro 11 postos de guarda ao longo da sua fronteira comum, com o objectivo potencial de retirar mais tarde todos os outros, anunciaram altos responsáveis militares.

O acordo concluído entre generais do Norte e do Sul insere-se na melhoria de relações entre os dois países que tem vindo a ocorrer desde Janeiro, após dois anos de subida de tensão devido aos programas nucleares e balísticos de Pyongyang.

Durante a sua terceira cimeira, em Setembro, o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, e o dirigente norte-coreano, Kim Jong-un, comprometeram-se a tomar medidas para reduzir as tensões ao longo da sua fronteira.

As duas Coreias estão ainda tecnicamente em guerra, dado o conflito de 1950-53 ter terminado com um armistício e não com um acordo de paz.
Nas discussões de sexta-feira, os dois campos decidiram retirar todos os militares e armas de 11 postos de guarda de cada lado da fronteira e destruí-los até ao final de Novembro, segundo um comunicado divulgado pelo exército sul-coreano.

A Zona de Segurança Conjunta (JSA na sigla em inglês) de Panmunjom é a única parte da fronteira intercoreana, com 250 quilómetros, onde as tropas dos dois países estão frente a frente.
No âmbito das medidas de apaziguamento, os dois lados terminaram na quinta-feira a retirada de todas as armas e postos de guarda da JSA, que passa a ser vigiada apenas por 35 funcionários não armados de cada um dos países.

A melhoria de relações entre a Coreia do Sul e a Coreia do Norte já se traduziu na realização de três cimeiras intercoreanas, assim como num encontro histórico entre Kim Jong-un e o Presidente norte-americano, Donald Trump.

29 Out 2018

Coreias vão avançar com projeto para ligar ferrovia e rede viária

[dropcap]A[/dropcap]s duas Coreias rivais acordaram realizar um evento inédito no final de Novembro ou início de Dezembro relacionado com um ambicioso projeto para conectar as suas ferrovias e redes viárias, informou hoje o Ministério da Unificação da Coreia do Sul.

A Coreia do Norte a Coreia do Sul concordaram também em realizar conversações militares para discutir a redução das tensões nas fronteiras e a criação de um comité militar conjunto destinado a manter a comunicação, bem como a evitar crises e eventuais confrontos acidentais.

As Coreias acordaram ainda em prosseguir conversações entre as autoridades desportivas no final de outubro para discutir planos de enviar equipas combinadas para as Olimpíadas de Verão de 2020 e fazer um esforço para garantirem a organização conjunta dos Jogos de Verão de 2032.

Finalmente, as duas Coreias decidiram promover reuniões da Cruz Vermelha em novembro, de forma a organizarem encontros por videoconferência entre familiares idosos separados pela Guerra da Coreia (1950-1953).

15 Out 2018

Representantes da Coreia do Sul visitam Pyongyang

Uma comissão sul-coreana com mais de 160 membros está desde ontem em Pyongyang para celebrar o histórico encontro dos dois líderes coreanos em 2017

[dropcap style≠‘circle’]U[/dropcap] ma delegação da Coreia do Sul iniciou ontem uma visita de três dias a Pyongyang para comemorar a histórica cimeira realizada entre os dois vizinhos em 2017, em mais um passo de reaproximação dos dois países.

A delegação sul-coreana é chefiada pelo ministro da Unificação da Coreia do Sul, Cho Myoung-gyon e é composta por cerca de 160 pessoas. Na sexta-feira, a delegação vai participar na cerimónia de comemoração da segunda cimeira da história entre os dois países, onde o ex-líder da Coreia do Norte, Kim Jong-il, recebeu o Presidente sul-coreano Roh Moo-hyun.

É esperado ainda que o ministro da Unificação da Coreia do Sul tenha um encontro com o seu homólogo norte-coreano, para discutirem a implementação do acordo assinado entre os dois países em meados de Setembro.

O líder norte-coreano, Kim Jong-un, e o Presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, assinaram em meados de Setembro uma declaração conjunta, que poderá ser importante para o futuro diálogo sobre a desnuclearização da península, entre Pyongyang e Washington.

Durante a cimeira, que durou três dias, os ministros da Defesa das duas Coreias, que tecnicamente continuam em guerra, assinaram ainda um histórico acordo militar, que reduz a possibilidade de se produzirem choques fronteiriços entre os respectivos exércitos.

Na declaração conjunta, Kim jong-un prometeu visitar Seul “num futuro próximo”, o que a acontecer tornará Kim no primeiro líder norte-coreano a visitar a capital da Coreia do Sul desde que a península foi dividida em Norte e Sul no final da Segunda Guerra Mundial, em 1945.

O falecido pai de Kim, Kim Jong-il, prometeu fazê-lo quando líderes sul-coreanos o visitaram em Pyongyang, em 2000 e 2007, mas a viagem a Seul nunca aconteceu.

Amigo americano

No próximo domingo é a vez do secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, deslocar-se Pyongyang e encontrar-se com o líder Kim Jong-un para tentar acelerar o processo de desnuclearização do regime de Pyongyang.

Pyongyang já advertiu Washington que uma eventual declaração de fim da Guerra da Coreia não pode ser moeda de troca nas negociações sobre desnuclearização, mas o fim das sanções ao país poderá ser um passo nesse sentido.

Se Washington pretende progressos na desnuclearização norte-coreana deve suspender as sanções, declarou na terça-feira a agência de notícias norte-coreana.

Os Estados Unidos recusaram categoricamente até agora qualquer alívio das sanções internacionais. Washington quer primeiro ver o fim da desnuclearização da península e que esta seja verificada de forma independente.

A Guerra da Coreia (1950-53) terminou com a assinatura de um armistício, mas nunca foi assinado um tratado de paz, por isso os dois países continuam tecnicamente em guerra.

5 Out 2018

Cimeira entre Coreias começa hoje para fazer avançar desnuclearização

[dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap]s líderes das duas Coreias voltam a reunir-se, entre hoje e quinta-feira, no Norte, numa tentativa de desbloquear o diálogo entre o regime de Kim Jong-un e os Estados Unidos para a desnuclearização da península.

O líder norte-coreano, Kim Jong-un, tem pedido progressos na assinatura de um tratado de paz que ponha fim ao estado de guerra que tecnicamente se mantém na península para, em troca, executar passos concretos para desmantelar o seu arsenal nuclear e de mísseis tal como exigem os Estados Unidos.

Washington, por seu lado, deu a entender que precisa de mais garantias, como a autorização de Pyongyang para a entrada de inspectores ou a divulgação dos inventários de armas, antes de começar a elaborar um acordo de paz e de fim das sanções que pesam sobre o regime.

Para o Presidente sul-coreano, Moon Jae-in, a Coreia do Norte “tem vontade de efectuar a desnuclearização” e os Estados Unidos estão prontos a voltar a página das relações hostis.

O encontro de Kim e Moon, que viajará de avião para o Norte, será o terceiro desde o final de Abril, o que confirma um excepcional clima de distensão na península. O objectivo é dar um novo impulso às negociações entre Washington e Pyongyang sobre o processo de desnuclearização, há várias semanas num impasse.

Moon admitiu, na quinta-feira passada, a existência de bloqueios e afirmou que os dois lados precisam de definir compromissos para avançar na questão chave dos programas nuclear e de mísseis do Norte. “A Coreia do Norte tem vontade de efetuar a desnuclearização e, portanto, desfazer-se das suas armas nucleares (…) e os Estados Unidos têm vontade de pôr fim às relações hostis com o Norte e de dar garantias de segurança”, declarou o Presidente sul-coreano, no final de uma reunião com os seus conselheiros. “Mas há bloqueios, pois cada lado exige ao outro que actue primeiro. Penso que vão estar em condições de encontrar um ponto de compromisso”, declarou.

Gabinete de Ligação

Na segunda-feira passada, a Casa Branca anunciou que Trump tinha recebido uma carta de Kim sobre a organização de uma nova reunião entre os dois. Um sinal positivo, sobretudo depois de o líder norte-americano ter anulado, no final de Agosto, uma deslocação à capital norte-coreana do Secretário de Estado Mike Pompeo, devido aos insuficientes progressos na questão nuclear.

Em antecipação da cimeira de Pyongyang e sinal de aproximação entre os dois vizinhos coreanos, foi aberto na sexta-feira um gabinete de ligação para facilitar as trocas transfronteiriças, melhorar as relações entre o Norte e os Estados Unidos e diminuir as tensões militares.

Moon Jae-in é esperado hoje em Pyongyang, numa deslocação de três dias. O primeiro encontro com Kim Jong-un, bem como os principais acontecimentos, vão ser difundidos em directo pela televisão, informou a presidência sul-coreana.

18 Set 2018

Futebol | Coreia do Sul de Paulo Bento empate com o Chile

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Coreia do Sul, treinada pelo português Paulo Bento, empatou ontem sem golos com o Chile, em jogo particular disputado em Busan, na Coreia do Sul.

Foi o segundo jogo dos sul-coreanos sob o comando do técnico português, que em agosto assumiu a seleção principal daquele país asiático.

Paulo Bento tinha-se estreado com um triunfo diante da Costa Rica (2-0), na última sexta-feira, também em jogo particular.

Na sua carreira, Paulo Bento destacou-se ao serviço do Sporting, clube com o qual ganhou duas Taças de Portugal e duas Supertaças, num percurso em que treinou também a seleção portuguesa, o Cruzeiro, o Olympiacos e os chineses do Chongqing Lifan, o seu último clube.

12 Set 2018

Coreia do Sul | Homenagem inédita a cão polícia morto em serviço

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]s autoridades sul-coreanas estão a organizar uma homenagem ao primeiro cão polícia morto “no desempenho das suas funções”, uma cerimónia inédita num país onde estes animais fazem parte do regime alimentar da população.

Larry, um pastor alemão de sete anos, morreu no passado mês de Julho depois de ter sido atacado por uma cobra, durante uma operação para tentar encontrar um desaparecido numa montanha em North Chungcheong, uma província no centro do país.

Em comunicado, a polícia destacou o facto deste ter sido o primeiro cão polícia a morrer “no desempenho das suas funções” naquele país.

Desde o início da sua ‘carreira’, em 2012, Larry contribuiu para a investigação de 39 crimes e participou nas buscas de mais de 170 desaparecidos. No ano passado, o cão que é agora alvo da homenagem encontrou o corpo de uma mulher que estava enterrada, uma descoberta que originou uma investigação por homicídio.

Depois do funeral, realizado no mês passado, a polícia regional encomendou uma placa em bronze com a mensagem: “em homenagem a Larry”. Esta será pendurada na sede da polícia durante uma cerimónia a realizar em Setembro.

O destino de Larry contrasta fortemente com o destino de muitos cães na Coreia do Sul, onde estes fazem parte do regime alimentar de muitas famílias. Estima-se que um milhão de cães sejam abatidos para esse efeito todos os anos.

30 Ago 2018

Coreia do Sul | Nove mortos e quatro feridos em incêndio em fábrica

[dropcap style=’circle’]P[/dropcap]elo menos nove pessoas morreram e quatro ficaram feridas na sequência de um incêndio numa fábrica de equipamento electrónica em Incheon, a oeste de Seul, na Coreia do Sul, anunciaram ontem as autoridades. O incêndio começou por volta das 14h43 de Macau no quarto andar e foi dado como extinto cerca de duas horas depois, segundo os relatórios oficiais citados pela agência noticiosa sul-coreana Yonhap, que não descartam a hipótese de o número de vítimas aumentar à medida que os bombeiros percorrem as instalações. A Yonhap acrescenta que alguns dos trabalhadores morreram quando tentavam escapar das chamas, saltando do prédio para a rua, antes da chegada dos bombeiros, que mobilizaram dezenas de viaturas para a fábrica, localizada no complexo industrial de Namdong. As forças de segurança estão a tentar determinar a causa exacta do incêndio.

22 Ago 2018

Coreia do Sul restringe circulação de viaturas BMW

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Governo sul-coreano decidiu restringir a circulação dos veículos BMW que não tenham sido inspeccionados, depois de mais de 30 viaturas da marca alemã se terem incendiado no país. A partir do dia 20, o fabricante vai chamar à revisão 106 mil veículos com sistema de re-circulação de gases presente nos modelos a gasóleo e que, segundo a BMW, está na origem das chamas.

O fabricante deveria ter concluído ontem a revisão prévia das viaturas afectadas, mas o ministério sul-coreano das Infra-estruturas e do Transporte avançou com a restrição da sua circulação por ainda faltar avaliar 27 mil veículos.

Nas estradas podem circular apenas carros com destino à revisão, segundo o ministério, que pediu a colaboração dos condutores para “evitar acidentes de maior alcance”.

A BMW garantiu que vai acatar a decisão e que tomará as medidas necessárias para minimizar os inconvenientes para os seus clientes, segundo a agência noticiosa local Yonhap. Este ano registaram-se 39 incêndios em veículos BMW na Coreia do Sul, o mais recente dos quais na segunda-feira, sem provocar vítimas.

A chamada à oficina também acontecerá na Europa para 324 mil viaturas.

Fonte oficial do grupo automóvel revelou à Lusa que quase 2.400 veículos BMW serão chamados à revisão em Portugal.

A chamada dos veículos ocorreu depois de uma investigação do fabricante ter revelado um “mau funcionamento do módulo de recirculação dos gases de escape (EGR) que pode, em casos extremos, originar um fogo em alguns modelos BMW com motores a gasóleo”.

“O BMW Group decidiu levar a cabo uma acção de chamada por forma a analisar o módulo EGR nos modelos BMW Série 3, Série 4, Série 5, Série 6, Série 7, X3, X4, X5, X6 com motores Diesel de 4 cilindros (produzidos entre Abril 2015 e Setembro 2016) e motores diesel de 6 cilindros (produzidos entre Julho 2012 e Junho 2015)”, referiu informação oficial.

O fabricante referiu que, em alguns casos, o radiador do módulo EGR pode ter fugas de líquido de refrigeração, que se acumula no módulo EGR. “Quando combinado com sedimentos de óleo, este líquido pode tornar-se combustível. Devido às altas temperaturas dos gases de escape nesta unidade, estes depósitos podem inflamar-se e provocar, em casos extremos, um fogo”, explicou ainda a BMW.

16 Ago 2018

Coreia do Sul | Proprietários de veículos BMW avançam com queixa judicial

 

Um grupo de proprietários de veículos BMW na Coreia do Sul interpuseram uma queixa judicial contra o fabricante automóvel, por ter atrasado a revisão de 100 mil carros de motor a gasóleo com risco de incêndio

 

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]advogado Ha Jong-sun explicou que foi interposta uma queixa contra seis trabalhadores do grupo alemão, incluindo o vice-presidente responsável pela Qualidade, John Ebenbichler, em nome de 20 proprietários de veículos e uma vítima de incêndio. Mais de 30 viaturas, sobretudo o modelo 520d, incendiaram-se este ano na Coreia do Sul, tendo um aviso de revisão sido publicado apenas um mês depois, um atraso que já é alvo de contencioso com o Governo local.
A BMW apresentou na segunda-feira desculpas aos proprietários vítimas de incêndios, explicando as causas técnicas, mas que não acalmou os condutores sul-coreanos. “É difícil de acreditar que a BMW demorou dois anos a determinar a causa dos incêndios nos motores […]. Um inquérito penal é necessário para encontrar as provas dessa dissimulação”, disse o advogado à agência noticiosa France Presse.
Caso fiquem provadas as acusações, a pena pode passar por 10 anos de prisão e uma multa de 77.126 euros. Ha Jong-sun referiu que o construtor já enfrenta um processo civil interposto por várias pessoas no sul do país.

Na quarta-feira, fonte oficial do grupo automóvel informou à Lusa que quase 2.400 veículos BMW serão chamados à revisão em Portugal, num total de 324 mil veículos com motor a gasóleo em toda a Europa, devido a perigo de incêndio.
A partir da sede da marca, a fonte precisou que “clientes de 2.359 veículos” serão chamados para a revisão num concessionário BMW, sem custos para os consumidores.
Uma fonte da empresa em Portugal tinha referido que a “BMW está a trabalhar nesta acção de chamada” e que prevê comunicar à rede de serviço até ao “final da próxima semana a informação relativa aos veículos afectados”.
“Os clientes serão posteriormente contactados pela rede de serviço BMW para agendar a acção”, segundo a mesma fonte da empresa em Portugal.
A chamada dos veículos ocorre depois de uma investigação do fabricante ter revelado um “mau funcionamento do módulo de recirculação dos gases de escape (EGR) que pode, em casos extremos, originar um fogo em alguns modelos BMW com motores a gasóleo”.
“O BMW Group decidiu levar a cabo uma acção de chamada por forma a analisar o módulo EGR nos modelos BMW Série 3, Série 4, Série 5, Série 6, Série 7, X3, X4, X5, X6 com motores Diesel de 4 cilindros (produzidos entre Abril 2015 e Setembro 2016) e motores diesel de 6 cilindros (produzidos entre Julho 2012 e Junho 2015)”, refere informação oficial.
O fabricante referiu que, em alguns casos, o radiador do módulo EGR pode ter fugas de líquido de refrigeração, que se acumula no módulo EGR. “Quando combinado com sedimentos de óleo, este líquido pode tornar-se combustível. Devido às altas temperaturas dos gases de escape nesta unidade, estes depósitos podem inflamar-se e provocar, em casos extremos, um fogo”, explicou ainda a BMW

10 Ago 2018

Guerra da Coreia | Restos mortais de soldados norte-americanos repatriados

O Comando das Nações Unidas (UNC), liderado pelo exército dos Estados Unidos, realizou ontem uma cerimónia solene para repatriar os restos mortais de 55 soldados norte-americanos mortos na Guerra da Coreia recentemente devolvidos pela Coreia do Norte

 

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] cerimónia foi realizada na base aérea de Osan, a 70 quilómetros ao sul de Seul, cinco dias após o regime de Pyongyang permitir que um avião norte-americano pousasse na localidade norte-coreana de Wonsan, recolhesse os restos mortais dos soldados e voltasse para a Coreia do Sul.

A entrega foi acordada pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, durante a cimeira realizada a 12 de Junho, em Singapura, em que ambos assinaram uma declaração para melhorar as relações entre os dois países e para trabalhar sobre a desnuclearização da península.

“Os mortos da Guerra da Coreia (1950-1953) nunca foram esquecidos pelos Estados Unidos ou pelos outros 16 países que compunham o Comando das Nações Unidas (UNC), nações que apoiaram os norte-americanos durante esta guerra. O Comando nunca deixa soldados para trás, vivos ou mortos, e continuará a missão de repatriação até que cada soldado retorne para casa”, explicou a UNC num comunicado.

Cerca de 500 pessoas participaram na cerimónia, incluindo o comandante da UNC, Vicent Brooks, o embaixador dos Estados Unidos na Coreia do Sul, Harry Harris, e o ministro da Defesa sul-coreano, Song Young-moo.

Concluído o acto, espera-se que os restos mortais sejam enviados para o Havai, onde está a sede da Agência de Contabilização de Desaparecidos em Combate e Prisioneiros de Guerra do Departamento de Defesa (DPAA), que será responsável pela identificação das ossadas.

Quem é quem

O processo de identificação deve levar pelo menos alguns meses, segundo os especialistas. Entretanto, as primeiras avaliações sugerem que é “provavelmente espólio norte-americano”, disse John Byrd, director de análise científica da DPAA. “Os restos são consistentes com os restos mortais que já recuperámos na Coreia do Norte (…) no passado”, disse Byrd a jornalistas na base militar de Osan.

Desde 1990, os restos mortais de 629 americanos que morreram na Coreia do Norte foram devolvidos às suas famílias, segundo a UNC.

Mais de 36 mil militares dos Estados Unidos morreram na Guerra da Coreia e cerca de 7700 desapareceram, dos quais 5300 estavam supostamente a norte do 38.º paralelo.

Com este gesto simbólico, a Coreia do Norte procura convencer os Estados Unidos da necessidade de assinar um tratado de paz para substituir o cessar-fogo que pôs fim ao conflito, um documento que o regime de Kim considerada chave para a sua sobrevivência. No entanto, Washington mostrou dúvidas sobre este tratado de paz e parece estar a esperar primeiro por acções concretas de Pyongyang que apontem para um compromisso real de abandonar o seu programa nuclear.

2 Ago 2018

Conversações ao mais alto nível entre Coreias foram significativas mas terminam sem acordo

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]s duas Coreias terminaram ontem conversações ao mais alto nível sem um acordo, mas Seul e Pyongyang indicaram que tiveram uma discussão significativa sobre o apaziguamento do impasse militar que dura há décadas na península coreana.

Esta é a segunda reunião entre altos representantes da Coreia do Sul e da Coreia do Norte desde que os líderes dos dois países, Moon Jae-in e Kim Jong-un, respetivamente, reuniram-se numa cimeira em abril passado e assumiram o compromisso de reduzir o clima de tensão e o perigo de um novo conflito naquela região.

O encontro de Abril foi a primeira cimeira entre as duas Coreias em 11 anos.

A reunião concluída hoje contou com a presença de altas patentes militares dos dois países e ocorreu em Panmunjom, aldeia localizada na zona desmilitarizada onde também foi assinado o armistício que suspendeu a Guerra da Coreia (1950-1953).

Em declarações citadas pelas agências internacionais, o chefe da delegação sul-coreana, o major-general Kim Do Gyun, referiu que os dois lados partilham uma visão comum sobre o princípio de desarmar a área conjunta controlada em Panmunjom, sobre a redução de alguns postos de guarda na zona desmilitarizada (faixa de quatro quilómetros de largura que divide os dois Estados) e sobre a suspensão de atos hostis ao longo de uma fronteira marítima fortemente disputada.

A realização de buscas conjuntas para encontrar soldados desaparecidos durante a Guerra da Coreia foi outro dos aspetos partilhados pelas duas delegações, referiu o mesmo representante sul-coreano, que adiantou que as duas Coreias vão prosseguir no futuro com as conversações sobre estes assuntos.

Kim Do Gyun descreveu ainda as conversações de hoje como “sinceras” e “francas”, concluindo que as chefias militares de Seul e de Pyongyang poderão contribuir para o estabelecimento de uma paz duradoura entre os dois países.

O seu homólogo norte-coreano, o tenente-general An Ik San, frisou que as conversações foram “produtivas”, afirmando ainda acreditar que muitas das questões militares pendentes entre os dois países podem ser resolvidas.

Durante a cimeira em abril e o encontro em junho com o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o líder norte-coreano, Kim Jong-un, expressou o seu compromisso para uma “completa desnuclearização da península coreana”.

Mas ainda persiste um clima de preocupação e muitas interrogações sobre quais têm sido as medidas reais e concretas do regime de Pyongyang para um cenário de desarmamento.

Na segunda-feira, o jornal norte-americano The Washington Post noticiou que os serviços de informação dos Estados Unidos acreditam que a Coreia do Norte está a construir novos mísseis, apesar das negociações em curso.

Esta indicação dos serviços norte-americanos baseia-se em recentes imagens de satélite de uma fábrica que produziu o primeiro míssil alegadamente capaz de atingir a costa leste do território dos Estados Unidos, referiu o diário, que citou responsáveis dos serviços que falaram sob anonimato.

Segundo as mesmas fontes, as informações recolhidas apontam que o regime norte-coreano estará a trabalhar em pelo menos um e talvez até dois mísseis balísticos intercontinentais.

1 Ago 2018

Coreias | Seul “acompanha de perto” suposto fabrico de novos mísseis pelo Norte

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Governo da Coreia do Sul disse ontem estar a “acompanhar de perto” a situação na Coreia do Norte na sequência das informações divulgadas nos Estados Unidos de que Pyongyang pode estar a construir novos mísseis intercontinentais. “O Governo acompanha de perto estes desenvolvimentos, em estreita colaboração com as autoridades dos Estados Unidos e da Coreia do Sul”, segundo um breve comunicado da presidência sul-coreana.

O texto refere também que, até ao momento, não está confirmada “nenhuma informação” sobre o assunto.

O jornal norte-americano Washington Post noticiou na segunda-feira, citando fontes dos serviços de informações norte-americanos que disseram basear-se em fotos de satélite, que o regime norte-coreano está a construir um ou dois mísseis intercontinentais nas instalações de Sanumdong, a sudoeste da capital. As instalações de Sanumdong têm sido utilizadas pelo regime norte-coreano para a produção de componentes essenciais para os mísseis intercontinentais. Em 2017 foi lá desenvolvido o míssil Hwasong-15, com capacidade para alcançar os Estados Unidos.

Porém, o registo de actividade em Sanumdong não implica necessariamente a expansão das capacidades de armamento, segundo especialistas, uma vez que os mísseis intercontinentais norte-coreanos funcionam com combustível líquido, o que obriga a que sejam carregados horas antes de serem disparados e os torna facilmente detectáveis pelos satélites norte-americanos.

1 Ago 2018

Coreia do Sul | Deputado suspeito de corrupção suicida-se em Seul

[dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]m deputado sul-coreano, visado num inquérito sobre um caso de corrupção, suicidou-se em Seul, anunciou a polícia. Roh Hoe-chan cumpria já um terceiro mandato como deputado, eleito pelo Partido da Justiça (esquerda).

O deputado era suspeito de ter recebido 50 milhões de won (37 mil euros) de “Druking”, um bloguista ligado a vários políticos e actualmente a ser julgado por ter usado ilegalmente programas informáticos para influenciar opiniões no Naver, o primeiro portal na Internet da Coreia do Sul. “Druking” foi acusado de ter aumentado artificialmente o número de respostas positivas a comentários publicados no Naver para apoiar ou criticar políticos.

Numa nota deixada num apartamento em Seul, Roh reconheceu ter recebido o dinheiro do bloguista, mas negou ter concedido em troca qualquer favor político, de acordo com a agência noticiosa sul-coreana Yonhap.

Roh, que foi encontrado morto junto do edifício de onde presumivelmente se atirou, desenvolvia uma carreira de advogado especializado em questões de defesa dos direitos humanos, antes de ser eleito em 2004. A Casa Azul, sede da presidência sul-coreana, lamentou este “trágico acontecimento”.

A Coreia do Sul tem uma das taxas de suicídios mais elevada do mundo, nomeadamente de figuras públicas implicadas em escândalos. Em 2009, o antigo Presidente Roh Moo-hyun suicidou-se depois de ser acusado de corrupção.

24 Jul 2018