Coreia do Sul | Sondagens dão vitória expressiva da oposição nas eleições

O Partido Democrático, principal força da oposição, poderá aumentar a maioria no parlamento sul-coreano após as eleições legislativas de ontem, segundo sondagens à boca da urna divulgadas pelas televisões sul-coreanas

 

O maior partido da oposição da Coreia do Sul, o Partido Democrático (PD), deverá reforçar a sua presença no parlamento depois do que aparenta ter sido uma vitória expressiva nas eleições legislativas, segundo as sondagens à boca das urnas. Até ao fecho desta edição, as autoridades ainda estavam a contar os votos, sem terem sido anunciados os resultados finais.

De acordo com as previsões, o conjunto dos partidos da oposição poderá obter uma “super maioria” de pelo menos 200 lugares em 300 na Assembleia Nacional, noticiou a agência francesa AFP. A confirmar-se, será suficiente para contrariar o poder de veto do Presidente conservador, Yoon Suk-yeol, ou mesmo para o destituir.

As sondagens anteriores às eleições mostravam o partido de Yoon, o Partido do Poder Popular PPP), ligeiramente atrás do PD, que detém actualmente 142 dos 300 lugares na Assembleia Nacional.

O PD (centro-esquerda), de Lee Jae-myung, e os seus partidos aliados poderão conquistar até 197 lugares, contra 156 no parlamento cessante. O PPP deverá obter entre 85 e 99 lugares, contra os actuais 114.

Fim da linha

Um novo partido antissistema, o Rebuilding Korea, do antigo ministro da Justiça Cho Kuk, que está a cumprir uma pena de dois anos de prisão por corrupção, da qual recorreu, deverá obter entre 12 e 14 lugares. Os analistas esperam que Cho junte forças com os democratas para formar uma “super maioria” contra o PPP, segundo a AFP.

As sondagens foram realizadas pelos três principais canais de televisão da Coreia do Sul, junto de cerca de 360.000 eleitores em todo o país. A confirmarem-se, os resultados auguram um final de mandato complicado para Yoon, que foi eleito por pouco contra Lee, em 2022, e foi impedido de aplicar o seu programa de direita por falta de uma maioria parlamentar.

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