Hoje Macau China / ÁsiaMNE chinês defende que países envolvidos na península coreana devem reduzir tensão militar O Ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, insistiu hoje, durante uma visita a Seul, sobre a importância de todos os países envolvidos na península coreana reduzirem as suas atividades militares, visando reduzir a tensão. Depois de reunir com o homólogo sul-coreano Chung Eui-yong, Wang Yi falou sobre o teste de mísseis de cruzeiro, realizado por Pyongyang na semana passada. O ministro chinês afirmou que todos os países envolvidos devem “contribuir para a paz e estabilidade na península coreana”. Wang Yi acrescentou que “não apenas a Coreia do Norte, mas também outros países estão a realizar atividades militares”, numa referência a exercícios conjuntos de verão entre Seul e Washington, que Pyongyang considera uma provocação. As palavras de Wang Yi também se referem ao primeiro teste, bem-sucedido, recentemente realizado pela Coreia do Sul, para lançar o seu primeiro míssil balístico a partir de um submarino. Chung considerou a China um parceiro importante na iniciativa de Seul para alcançar a paz na península por meio dos canais diplomáticos. Pouco após os dois falarem à imprensa, foi anunciado que a Coreia do Norte lançou dois mísseis balísticos no Mar do Japão (ou Mar Oriental, segundo a designação coreana). Após almoçar com Chung, Wang deve fazer uma visita de cortesia ao presidente sul-coreano Moon Jae-in, antes de deixar Seul. Desde a vitória de Joe Biden que Washington tenta puxar Seul para a sua órbita de segurança, para fortalecer a frente comum contra Pequim. No entanto, o governo sul-coreano de Moon permanece prudente e equidistante, sabendo que a China é o maior parceiro comercial da Coreia do Sul e um país-chave na tentativa de alcançar a desnuclearização da península.
Hoje Macau DesportoMundial 2022 | Coreia do Sul, de Paulo Bento, estreia-se com empate caseiro A Coreia do Sul, seleção treinada pelo português Paulo Bento, estreou-se ontem na segunda fase de grupos do apuramento asiático para o Mundial2022 de futebol com um nulo caseiro perante o Iraque. Em Seul, a Coreia do Sul teve o controlo total da partida, mas foi incapaz de furar com sucesso a barreira defensiva iraquiana, formação liderada pelo técnico holandês Dick Advocaat. A equipa de Paulo Bento fica agora a aguardar os restantes resultados do Grupo A, que inclui ainda Síria, Líbano, Emirados Árabes Unidos e Irão, todos a actuar ainda hoje. O próximo encontro da seleção sul-coreana está agendado para 07 de setembro, no Líbano.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreias retomam comunicação telefónica interrompida há mais de um ano As duas Coreias retomaram hoje a comunicação telefónica 13 meses depois de ter sido cortada unilateralmente pelo Norte em protesto contra o envio de propaganda antirregime por ativistas do Sul. Os dois vizinhos, tecnicamente ainda em guerra desde o fim da Guerra da Coreia (1950-53), decidiram retomar os contactos telefónicos a partir das 10:00, disse, em comunicado, o porta-voz da Presidência da Coreia do Sul, Park Soo-hyun. O Presidente sul-coreano, Moon Jae-in, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, trocaram cartas, várias vezes desde abril, para discutir o restabelecimento das relações intercoreanas”, de acordo com a mesma nota. O comunicado acrescentou que “os dois também concordaram em restabelecer a confiança mútua entre as duas Coreias o mais rapidamente possível e fazer novos progressos na relação bilateral”. A agência noticiosa estatal da Coreia do Norte, a KCNA, também divulgou o restabelecimento das comunicações e da correspondência entre os líderes dos dois países. A KCNA indicou que “toda a nação coreana deseja ver a relação Norte-Sul recuperar dos reveses e da estagnação” e que o reinício das trocas “terá efeitos positivos na melhoria e no desenvolvimento das relações Norte-Sul”. Em 09 de junho do ano passado, Pyongyang suspendeu as comunicações telefónicas com o Sul, argumentando que Seul não tinha feito o suficiente para impedir o envio de balões de propaganda a partir do seu território. Pouco depois, Pyongyang destruiu o edifício do gabinete de ligação intercoreano local e bloqueou o diálogo entre os dois países, retomado em 2018, menos de um ano depois de Moon se ter tornado Presidente na Coreia do Sul. O restabelecimento da comunicação surgiu depois de o regime de Pyongyang ter passado mais de um ano em extremo isolamento a tentar combater a pandemia da covid-19 e de ter admitido recentemente uma “crise alimentar”, agravada pela onda de calor que atingiu a península coreana nas duas últimas semanas.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Sul regista maior número diário de casos de covid-19 em 2021 A Coreia do Sul registou 1.212 casos em 24 horas, maior número diário deste ano, e as autoridades disseram hoje que vão manter as actuais restrições durante pelo menos mais uma semana. Do número total de casos nas últimas 24 horas, 44 foram importados e 1.168 foram infeções locais, das quais quase 85% estavam localizadas na região da capital, onde reside mais de metade da população do país, de acordo com dados divulgados pela Agência de Controlo e Prevenção de Doenças da Coreia (KDCA). O primeiro-ministro sul-coreano, Kim Boo-kyum, disse que as restrições em vigor no país vão continuar na área metropolitana de Seul, onde não são permitidas reuniões de mais de quatro pessoas e a restauração deve fechar às 22:00, pelo menos durante mais uma semana. O Governo vai considerar a possibilidade de apertar as restrições, caso o nível de infeção persistir ou se agravar durante os próximos dois ou três dias. A Coreia do Sul, um dos países que melhor geriram a pandemia, com apenas cerca de 150 mil casos e duas mil mortes, tinha planeado flexibilizar as atuais restrições para a região da capital a 01 de julho, mas recuou com o agravamento da situação. Além de estar concentrado em Seul e arredores, o aumento das infeções parece dever-se a um aumento da circulação da variante Delta mais contagiosa do vírus, que está a afetar principalmente as pessoas entre os 20 e 39 anos, um grupo ainda sem acesso à vacina. Como muitos outros territórios, a Coreia do Sul enfrenta o problema do fornecimento global de vacinas. Até agora apenas 15,4 milhões de pessoas (30,1% da população) receberam pelo menos uma dose e 5,46 milhões (10,6% da população) as duas necessárias para completar o processo de vacinação contra a covid-19. A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 3.987.613 mortos em todo o mundo, resultantes de mais de 184,1 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente feito pela agência France-Presse.
Hoje Macau China / ÁsiaAntigo político sul-coreano condenado a três anos de prisão por assédio sexual O antigo presidente da câmara de Busan, a segunda maior cidade da Coreia do Sul, foi hoje condenado a três anos de prisão por assédio sexual a duas subordinadas. Oh Keo-don demitiu-se no ano passado do cargo de líder da autarquia desta cidade portuária, conhecida também pelo festival internacional de cinema. Três meses mais tarde, o presidente da câmara de Seul, Park Won-soon, suicidou-se depois de ter sido acusado de assédio sexual por uma subordinada. Os dois homens pertenciam ao Partido Democrático, de centro-esquerda, do Presidente sul-coreano, Moon Jae-in. Oh, de 72 anos, alegou sempre que o contacto com as funcionárias foi acidental, enquanto ao chegar ao tribunal disse aos jornalistas que a culpa era “de todos”. O juiz do Tribunal Distrital de Busan, Ryu Seung-woo, considerou que o arguido tinha abusado da “posição de superior” para assediar as subordinadas. “As pessoas, que não deviam ter sofrido, ainda estão a sofrer”, acrescentou, de acordo com a agência de notícias sul-coreana Yonhap. A sociedade sul-coreana permanece profundamente conservadora nas questões sociais, apesar de uma economia em expansão. As vítimas de assédio sexual enfrentam frequentemente fortes pressões para permanecerem em silêncio. O movimento #metoo, de denúncia de assédio e violência sexual contra as mulheres, tem levado a algumas mudanças na Coreia do Sul, desde que uma procuradora, Seo Ji-hyun, acusou publicamente um supervisor de a apalpar insistentemente num funeral. Outro caso de grande visibilidade foi o do antigo candidato presidencial Ahn Hee-jung, acusado de violação pela secretária e condenado em fevereiro de 2019 a três anos e meio de prisão.
Hoje Macau China / ÁsiaSeul condiciona aceitação de descarga de água radioactiva de Fukushima A Coreia do Sul aceitará, caso sejam cumpridas algumas condições, o plano do Governo japonês para despejar gradualmente no mar águas tratadas, mas ainda radioactivas, da central nuclear destruída de Fukushima, segundo o Governo sul-coreano. O ministro dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Sul, Chung Eui-yong, afirmou ontem no Parlamento que o país pode levantar as suas objecções, se forem cumpridos dos padrões da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA). “Se (o Japão) seguir os processos apropriados, de acordo com os padrões da AIEA, (o Governo sul-coreano) não tem nenhuma razão particular para se opor”, disse Chung. Para haver acordo com Seul sobre o assunto, adiantou, o Japão deve apresentar provas e informações científicas suficientes e compartilhá-las, fazer consultas com antecedência e garantir a participação da Coreia do Sul no processo de verificação de segurança da AIEA. “Em vez de se opor ao plano (abertamente), Seul está implacável e consistentemente a solicitar ao Japão (que aceite essas três coisas, enquanto dá prioridade à saúde e segurança da população”, observou o ministro dos Negócios Estrangeiros. O Enviado Presidencial Especial dos EUA para o Clima, John Kerry, afirmou no domingo que Washington está “confiante” sobre a consulta do Japão à AIEA sobre o plano. Desde o anúncio do plano, na semana passada, a Coreia do Sul tem sido palco de protestos de pescadores, grupos ambientalistas e outras associações cívicas, que prosseguiram nos últimos dias. Ontem, em Yeosu, sudoeste do país, cerca de 150 navios de pesca foram mobilizados para uma manifestação marítima, cenário que se repetiu noutros pontos do país. Aprovação internacional A Agência Internacional de Energia Atómica, das Nações Unidas, apoiou o plano do Japão para despejar gradualmente no mar águas tratadas, considerando reunidas as necessárias condições de segurança. “Estou confiante de que o governo [japonês] continuará a interagir com todas as partes de uma forma transparente e aberta enquanto trabalha para implementar a decisão de hoje”, disse o director-geral da AIEA, Rafael Grossi, em comunicado. Salientado que o despejo de águas está de acordo com a prática internacional e é tecnicamente viável, a organização manifesta ainda disponibilidade para dar apoio técnico na monitorização da implementação do plano. De acordo com a AIEA, as descargas controladas de águas radioactivas no mar são usadas de forma rotineira por operadores de centrais nucleares em todo o mundo, sob autorizações regulatórias específicas com base em avaliações de impacto ambiental e de segurança. As instalações de Fukushima Daiichi geraram toneladas de água contaminada que tiveram de ser armazenadas depois de usadas para arrefecer os núcleos parcialmente derretidos de três reatores. Desde há anos que a empresa responsável pela central, a TEPCO, utiliza um sistema para filtrar aquela água e eliminar todos os seus isótopos radioactivos com exceção do trítio.
Hoje Macau China / ÁsiaPresidentes dos EUA e da Coreia do Sul reúnem-se em Washington em Maio O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, vai reunir-se em Maio, em Washington, com o homólogo da Coreia do Sul, Moon Jae-in, anunciou a Casa Branca. “O Presidente Biden espera receber o Presidente sul-coreano Moon na Casa Branca na segunda quinzena de maio”, disse a porta-voz governamental Jen Psaki, sublinhando que a administração norte-americana pretende reafirmar “a aliança inabalável entre os Estados Unidos e a Coreia do Sul”. Em meados de Março, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, e o chefe do Pentágono, Lloyd Austin, deslocaram-se a Seul para reafirmar o compromisso conjunto face à Coreia do Norte e às crescentes ambições de Pequim. A reunião de Biden com Moon segue-se também à reunião tripartida realizada em Abril em Annapolis, no Estado do Maryland, entre os conselheiros de segurança nacional dos Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul. A nova Presidência norte-americana está empenhada em solidificar os laços dos Estados Unidos com seus parceiros tradicionais na Ásia, num momento em que a China continua a exibir pretensões hegemónicas na região. O primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, será o primeiro líder estrangeiro a ser recebido pessoalmente pelo presidente democrata na Casa Branca, mas já sexta-feira.
Hoje Macau China / ÁsiaExpansão de “cafés” com bonecas sexuais alarma pais na Coreia do Sul Depois de o Supremo Tribunal da Coreia do Sul ter decidido a favor da importação de bonecas sexuais, centenas de “cafés” em que estas são protagonistas abriram em todo o país, gerando alarme entre os pais sul-coreanos. Os cafés oferecem “experiências” com as bonecas sexuais em tamanho real, feitas muitas vezes à semelhança de actrizes ou outras mulheres famosas – com silicone e detalhes realísticos. A mais recente polémica envolvendo um destes cafés teve lugar 50 quilómetros a sul da capital Seul, na cidade de Yongin, onde um empresário foi obrigado a encerrar o estabelecimento e a procurar novo poiso com as suas bonecas, depois de um abaixo-assinado de pais locais a favor do encerramento ter reunido mais de 36 mil assinaturas. Apenas 3 dias depois da inauguração, e depois de um investimento de mais de 40 milhões de won, o empresário foi vergado pela pressão pública – e apesar de a câmara municipal se declarar impotente para intervir. Neste tipo de espaços, as bonecas são geralmente expostas sem roupa ou em roupa interior. A agitação em torno dos “cafés-experiência” estendeu-se a meios judiciais e ao parlamento sul-coreano. No final de fevereiro, o Tribunal Administrativo de Seul decidiu a favor de um importador local que havia processado um funcionário da alfândega que impediu o tráfego aduaneiro de bonecas sexuais. Durante o julgamento, o importador, citado pelo jornal Korea Herald, defendeu-se dizendo que “embora a boneca sexual seja um dispositivo de masturbação para homens com forma e tamanho semelhantes aos das mulheres adultas, ela não (…) prejudica seriamente a dignidade e o valor humanos”. O despachante alfandegário defendeu, por seu lado, que “uma boneca sexual é um produto para adultos feito apenas para despertar o interesse sexual e satisfazer desejos sexuais, e enquadra-se em ‘bens que vão contra os costumes’ cuja importação é proibida de acordo com a Lei Aduaneira.” O tribunal admitiu que as bonecas sexuais dão uma impressão de vulgaridade e promiscuidade em geral, mas concluiu que os dispositivos sexuais têm a finalidade de satisfazer o desejo sexual em vez do contacto físico, e como tal têm de ser conforme as características do corpo humano. Entretanto, alguns deputados avançaram com projectos de lei para regular a produção e a venda de bonecas sexuais, nomeadamente Song Ki-heon, do partido Democrático da Coreia do Sul, que propõe uma revisão das leis relacionadas aos crimes sexuais proibindo que aquelas sejam modeladas a partir da aparência de crianças, adolescentes e pessoas específicas, sob pena de prisão. O deputado Choi Hye-young, do mesmo partido, também propôs uma emenda parcial à Lei de Protecção Sexual de Crianças e Adolescentes para restringir a produção, venda e aluguer de bonecas sexuais na forma de crianças e adolescentes. Entretanto, o uso das bonecas continua a generalizar-se, até de forma inesperada. No ano passado, e com os estádios encerrados ao público devido à pandemia, o FC Seul usou bonecas sexuais em tamanho real, vestidas com o equipamento do clube, para ajudar a preencher algumas das cadeiras vazias.
Hoje Macau SociedadeDireito Penal | Acordo judiciário com Coreia do Sul entra em vigor O Governo de Macau anunciou ontem a entrada em vigor do acordo relativo ao Auxílio Judiciário Mútuo em Matéria Penal com a Coreia do Sul. A informação foi publicada ontem em Boletim Oficial. “O Governo da Região Administrativa Especial de Macau e o Governo da República da Coreia efectuaram a notificação recíproca de terem sido cumpridas as formalidades internas exigidas para a entrada em vigor do acordo”, lê-se. O compromisso foi celebrado em Outubro de 2019, altura em que o gabinete da Administração e Justiça de Macau indicou que o acordo visa “reforçar a cooperação mútua no âmbito da entrega de infractores em fuga entre as duas jurisdições, com vista a apurar a responsabilidade penal do agente e o cumprimento da pena que lhe foi aplicada, assegurar e fazer a justiça, bem como salvaguardar a segurança e a estabilidade social”.
Hoje Macau China / ÁsiaONG diz que Coreia do Norte aprisiona há décadas prisioneiros de guerra sul-coreanos Uma organização dos direitos humanos da Coreia do Sul denunciou ontem que o regime de Pyongyang usa, há décadas, prisioneiros de guerra sul-coreanos e respectivos descendentes em “trabalhos forçados” numa rede de minas de carvão. Segundo um relatório da Aliança de Cidadãos para os Direitos Humanos na Coreia do Norte (NKHR, na sigla em inglês), com sede em Seul, dezenas de milhares de prisioneiros de guerra sul-coreanos nunca foram libertados por Pyongyang após a Guerra da Coreia (1950-1953). Esses prisioneiros foram enviados para as minas de carvão em condições semelhantes à escravidão e os filhos e netos “herdaram esse destino brutal”, refere o documento. Na Coreia do Norte, existe o chamado sistema ‘songbun’, que classifica os cidadãos de acordo com suas origens sociais e políticas. A lealdade absoluta às autoridades é um fator crucial e aqueles cujos ancestrais colaboraram com o inimigo japonês ou foram capitalistas estão na base da escala. “Este sistema ‘songbun’ foi passado para os filhos e netos dos prisioneiros de guerra, que continuam a trabalhar nas minas de carvão, chumbo, zinco, magnesite e outras”, denuncia a NKHR. “Estão proibidos de mudar de residência e de trabalho ou frequentar o ensino superior”, acrescenta-se no documento. Pyongyang invadiu a Coreia do Sul em 1950, até ao armistício, centenas de milhares de soldados dos dois lados foram feitos prisioneiros na chamada Zona Desmilitarizada (DMZ, na sigla em inglês). Nos termos da Convenção de Genebra (em vigor desde 1949), os Estados não podem manter um prisioneiro de guerra após o fim do conflito, mas a Coreia do Norte apenas autorizou o regresso de 8.343 sul-coreanos. Em 2014, um relatório das Nações Unidos estimou em pelo menos 50.000 o total de prisioneiros de guerra mantidos na Coreia do Norte após o final do conflito, estando vivos, na altura, cerca de 500. Em declarações à agência noticiosa France-Presse (AFP), a autora do relatório, Joanna Hosaniak, indicou que o “calvário” dos detidos foi “ignorado” pelas autoridades de Seul e nem sequer foram alvo de discussão nas cinco cimeiras inter-coreanas. “Não há informações nem interesse” por este caso na Coreia do Sul, lamentou Hosaniak. A Coreia do Norte, por seu lado, afirma respeitar os direitos humanos e garantiu ter devolvido todos os prisioneiros de guerra.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Coreia do Sul pretende alcançar “imunidade de grupo” em Novembro A Coreia do Sul pretende alcançar a chamada “imunidade de grupo” contra a covid-19 em Novembro, após ter vacinado 70% da sua população até ao terceiro trimestre, de acordo com um plano de acção apresentado esta segunda-feira pelas autoridades. O programa divulgado pela Agência de Controlo e Prevenção de Doenças Infecciosas (KDCA) prevê que, antes do final do primeiro trimestre, os profissionais de saúde (de alto risco devido ao seu maior potencial de exposição ao vírus) e os que trabalham em lares de idosos já terão recebido a vacina. A previsão é de que as primeiras vacinas cheguem ao país em fevereiro e a vacinação comece imediatamente, de acordo com o documento, explicando que no segundo trimestre as vacinas serão aplicadas a todos os maiores de 65 anos e ao restante dos trabalhadores do sector da saúde. Depois, no terceiro trimestre, será a vez dos portadores de doenças crónicas e das pessoas entre 19 e 64 anos. Este plano de acção, coordenado pelo KDCA e pelos Ministérios da Saúde e Segurança Alimentar e Farmacologia, inclui os primeiros dados do plano de vacinação, cujos detalhes completos serão apresentados no dia 28 de Janeiro e com o qual está prevista a inoculação gratuita ao 51 milhões de habitantes do país. Por meio do programa Covax (Fundo de acesso para vacinas contra a covid-19) e de contractos com quatro empresas farmacêuticas (AstraZeneca, Pfizer, Johnson & Johnson e Moderna), o Governo sul-coreano afirma ter vacinas suficientes para os 56 milhões de habitantes este ano. O plano apresentado hoje também inclui disposições para fortalecer o combate ao vírus, como o aumento da capacidade de testes que, até meados de fevereiro, permitirá à Coreia do Sul realizar até 240 mil testes de diagnóstico por dia. O número de funcionários encarregados da investigação epidemiológica para rastreamento de contactos passará de 325 para 385, segundo o documento. A Coreia do Sul, que nunca recorreu a confinamentos ou encerramentos de fronteiras, é um dos países que melhor lidou com a pandemia. O país, que actualmente regista entre 300 e 400 infecções diárias e tem uma incidência cumulativa em 14 dias de 11,7 casos por 100.000 habitantes, tem no total pouco mais de 69.000 infeções locais e 1.360 mortes desde o início da pandemia.
Hoje Macau China / ÁsiaDiplomata norte-coreano desertou para a Coreia do Sul em 2019 Um alto diplomata norte-coreano, que assegurou interinamente o cargo de embaixador no Kuwait, desertou em 2019 para a Coreia do Sul com a família, noticiou hoje um diário sul-coreano. Ryu Hyun-woo chegou em setembro de 2019 à Coreia do Sul, onde pediu asilo político, de acordo com o diário Maeil Business, citado pela agência de notícias France-Presse, mas a fuga foi mantida em segredo. Cerca de 30 mil norte-coreanos fugiram já à repressão e à pobreza no país para o Sul, na maioria dos casos passando primeiro pela fronteira com a China. As deserções de responsáveis são raras. No entanto, a chegada de Ryu à Coreia do Sul ocorreu alguns meses depois da fuga do antigo embaixador interino em Itália Jo Song-gil, que também pediu asilo a Seul. “Decidi desertar porque queria dar ao meu filho um futuro melhor”, declarou Ryu, citado pelo Maeil Business. Em setembro de 2017, Ryu assumiu interinamente a liderança da embaixada, na sequência da expulsão pelo Kuwait do diplomata So Chang-sik, depois de a ONU ter adotado sanções contra Pyongyang relacionadas com os programas nuclear e balístico. Os meios de comunicação social identificaram Ryu como familiar de Jon Il-chun, antigo chefe do Gabinete 39, que gere os fundos secretos dos dirigentes norte-coreanos. Em 2016, o antigo “número dois” da embaixada da Coreia do Norte no Reino Unido Tae Yong-ho desertou para a Coreia do Sul, naquela que foi a mais recente deserção de um responsável do Norte. Eleito deputado no ano passado, Tae apresentou Ryu como membro do “coração da elite” do regime. “Independentemente dos privilégios que se possam ter na Coreia do Norte, o vosso espírito só poderá mudar quando se vai ao estrangeiro e se faz a comparação”, afirmou. O Norte reforçou as restrições e o controlo das fronteiras no âmbito das medidas contra a covid-19 e o número de norte-coreanos a fugir para o Sul diminuiu consideravelmente no ano passado. Mas, para Tae, o líder norte-coreano, Kim Jong-un, “nunca poderá impedir os norte-coreanos que sonham com a liberdade de fugirem para a Coreia do Sul”. Depois de uma notável melhoria nas relações intercoreanas em 2018, na sequência dos Jogos Olímpicos de inverno, o fracasso da segunda cimeira entre Kim e o ex-Presidente dos Estados Unidos Donald Trump, em fevereiro de 2019, em Hanoi, trouxe um novo “arrefecimento” à política na península. As duas Coreias continuam tecnicamente em guerra, depois de a Guerra da Coreia (1950-53) ter terminado com a assinatura de um armistício, que ainda não foi substituído por um acordo de paz.
Hoje Macau China / ÁsiaSupremo Tribunal da Coreia do Sul confirma condenação da ex-Presidente Park Geun-hye O Supremo Tribunal da Coreia do Sul confirmou hoje a condenação da ex-Presidente Park Geun-hye a 20 anos de prisão, num caso de corrupção que levou à sua destituição, em 2017. A decisão põe termo a um longo processo judicial após a destituição de Park, precedida de meses de protestos nas ruas. Primeira mulher eleita para o cargo na Coreia do Sul, Park tinha sido condenada em 2018 a 30 anos de prisão por corrupção e abuso de poder. Os tribunais viriam a reduzir a pena a 20 anos de prisão, na sequência de uma série de recursos da defesa. O Supremo Tribunal aprovou igualmente as multas a pagar pela antiga chefe de Estado, de 21,5 mil milhões de won. Park foi ainda condenada a dois anos de prisão por infrações às leis eleitorais. Se cumprir integralmente as duas penas, a ex-Presidente terá mais de 80 anos quando for libertada. Park tinha admitido ter recebido ou pedido dezenas de milhões de dólares de empresas sul-coreanas, incluindo a Samsung Electronics, além de partilhar documentos secretos e ter organizado uma “lista negra” de artistas críticos das suas políticas, ou ainda de ter demitido responsáveis que se opuseram aos seus abusos de poder. A Justiça da Coreia do Sul é conhecida pela severidade em relação a antigos chefes de Estado. Quatro dos ex-presidentes ainda vivos foram condenados após o fim dos seus mandatos. O antigo chefe de Estado Roh Moo-hyun suicidou-se em 2009, após ter sido questionado sobre suspeitas de corrupção que implicavam a sua família. Há algumas semanas, o líder do Partido Democrata, atualmente no poder, Lee Nak-yon, admitiu propor o perdão de Park e de Lee Myung-bak, outro ex-Presidente condenado, mas as declarações suscitaram protestos tanto à direita como à esquerda.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Coreia do Sul identifica primeiros infectados com variante mais contagiosa do novo coronavírus A Coreia do Sul anunciou hoje ter detectado os primeiros casos de uma variante mais contagiosa do novo coronavírus e que foi identificada pela primeira vez no Reino Unido. A Agência de Controlo e Prevenção de Doenças da Coreia afirmou que os casos foram diagnosticados numa família de três pessoas que chegou à Coreia do Sul a 22 de dezembro, antes das autoridades suspenderem as ligações aéreas com o reino Unido até 31 de dezembro. As três pessoas, que residem no Reino Unido, estão sob quarentena na Coreia do Sul. A Coreia do Sul registou na segunda-feira 808 novos casos de coronavírus, elevando o seu número de casos nacionais para 57.680, com 819 mortes. Nas últimas semanas, a Coreia do Sul tem registado um pico súbito de infeções ligadas a hospitais, lares, igrejas, uma prisão e reuniões familiares. No domingo, o Governo disse que iria passar mais uma semana antes de determinar se iria impor regras mais duras de distanciamento físico na grande área de Seul, apesar de tal prejudicar ainda mais a economia. A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.758.026 mortos resultantes de mais de 80,2 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência de notícias France-Presse (AFP).
Tânia dos Santos Sexanálise VozesMulheres mortuárias, k-pop e o sexo [dropcap]V[/dropcap]i uma notícia algures que a Coreia do Sul está a formar cada vez mais mulheres em estudos mortuários. Mulheres mortuárias não é coisa que abunda por aqueles lados, mas a crescente procura está a exigir uma quebra na tradição: já não precisa de ser um trabalho exclusivo aos homens. Pensei que esta procura inesperada (e tão específica) por mulheres mortuárias no país fosse um sinal de mudança. Uma análise mais cuidada mostra uma narrativa muito mais complexa do que uma viragem para a igualdade de género no ramo. Parece que a crescente procura por mulheres mortuárias se deve ao crescente número de suicídios entre as mulheres jovens no país. As famílias das vítimas têm procurado mulheres para tratarem do corpo, e para manterem os seus segredos e desconfortos lá escondidos. A Coreia do Sul está bem alta nos rankings mundiais do suicídio, e estima-se que o suicídio entre mulheres continue a aumentar. A tradição, a produção cultural e as dinâmicas das redes sociais podem estar a contribuir para isso. Para provar a tendência são os muitos artistas k-pop que se suicidaram nos últimos tempos – em 2019, no espaço de dois meses, suicidaram-se três. O “lado negro do k-pop” tornou-se mais visível e parece estar sobre escrutínio. Num país patriarcal como a Coreia do Sul, as artistas k-pop têm que encarnar um misto de inocência e disponibilidade sexual. Têm que ser sexy, bonitas e puras, e se não o são, a indústria e os fãs desempenham a sua função de policiamento. A Sulli, que acabou por se suicidar em Outubro de 2019, era alvo de escândalos recorrentes porque frequentemente não usava soutien. Isto é preocupante a dois níveis: para os artistas que se vêm amordaçados por expectativas da indústria, e para a sociedade que assiste, participa e é influenciada por estas dinâmicas. Um artigo de 2017 mostra que o consumo recorrente de k-pop pode contribuir de forma positiva para a crescente desigualdade de género. Não admira. A crescente popularidade deste género musical (e os seus derivados) parece produzir representações muito inflexíveis de homens, mulheres e do sexo. Na Coreia do Sul, não é por acaso que as operações plásticas estão ao rubro. Não é por acaso que as violações, abusos e assédios não são tratados com a gravidade que merecem. Não é por acaso que se estejam a exigir mais mulheres mortuárias – e era aqui que gostaria de voltar. A exigência de mais mulheres mortuárias, bem pode ser uma oportunidade para a igualdade de género neste ramo profissional, mas é um sintoma de toda a parvoíce que culmina – e é apresentada em esteróides – na cultura popular. As medidas necessárias são tomadas para que o corpo, que trabalhou para ser perfeito, fique protegido dos olhos julgadores e críticos. O corpo continua a precisar da protecção desse outro, até na morte. Não poderia existir consciência mais plena que as pessoas não estão autorizadas a mostrarem-se de forma honesta. Para que a conversa não seja tendenciosa, é importante ressalvar que o suicídio entre os homens é bastante maior, até na Coreia do Sul. Chamam-lhe epidemia silenciosa (uma epidemia que mobiliza poucos recursos comparada com outras epidemias mais virulentas…). Mas a fonte para esta disparidade continua a ser a mesma: as expectativas e categorias de género que ditam uma qualquer ignorância de que o sofrimento – vinda da desadequação social – é coisa que só as mulheres sabem sentir e identificar. Só desconstruindo os macro e micro- processos sistémicos da morte, do suicídio, e destes jogos representacionais que a cultura pop contemporânea nos traz, é que percebemos que não há vilões bem definidos. Há, sim, processos de vilificação que andam a assolar o mundo.
Hoje Macau China / ÁsiaSupremo Tribunal da Coreia do Sul mantém pena de prisão de 17 anos a ex-Presidente [dropcap]O[/dropcap] Supremo Tribunal da Coreia do Sul, o mais alto tribunal do país, manteve hoje a condenação de 17 anos por corrupção do ex-Presidente Lee Myung-bak, de 78 anos. Myung-bak, no poder de 2008 a 2013, tinha sido libertado sob fiança enquanto aguardava a decisão e não estava presente no Supremo Tribunal. O ex-Presidente sul-coreano, que não tem mais recursos legais, corre o risco de terminar a vida atrás das grades, a menos que lhe seja concedido um perdão presidencial. Na Coreia do Sul, os chefes de Estado terminam muitas vezes na prisão depois de terem deixado o poder, em consequência da alternância política. Os quatro antigos presidentes que ainda estão vivos foram todos condenados desta forma. Lee Myung-bak foi condenado por corrupção em 2018 pelo Tribunal Distrital Central de Seul a uma pena de 15 anos de prisão e uma multa de 13 mil milhões de won. Em Fevereiro, a sentença foi aumentada em recurso para 17 anos de prisão, mas permaneceu em liberdade até à decisão do tribunal supremo. Hoje, o Supremo Tribunal manteve a decisão, confirmando as condenações do ex-Presidente por desvio de 25,2 mil milhões de won e por receber 9,4 mil milhões de won em subornos. “Não houve erro legal na condenação do tribunal de recurso por corrupção e desvio de fundos”, informou a instância judicial em comunicado. O ex-Presidente, que chegou à política depois de uma longa carreira na Hyundai, foi condenado por aceitar subornos do Grupo Samsung para conceder um indulto presidencial ao antigo responsável da empresa Lee Kun-hee, que foi condenado por evasão fiscal. Lee Kun-hee faleceu no domingo. O antigo Presidente Lee Myung-bak disse que estava “chocado” com as acusações, afirmando que tinha concedido um perdão presidencial ao chefe da Samsung, então membro do Comité Olímpico Internacional (COI), para que pudesse liderar a batalha para ganhar os Jogos Olímpicos de Inverno de 2018. A Samsung também tinha negado as acusações.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Sul | Grupo de trabalhadores migrantes denuncia ‘escravatura’ Um grupo de trabalhadores migrantes, que inclui pelo menos um timorense, denunciou casos de exploração laboral e de ‘escravatura moderna’ na Coreia do Sul, onde empregadores beneficiam de um programa de importação de mão-de-obra [dropcap]A[/dropcap]s denúncias feitas numa conferência de imprensa em Seul por vários migrantes foram publicadas ontem no jornal Korea Herald. Um dos migrantes que denunciou o abuso foi o pescador timorense Lopes M., que explicou aos jornalistas ter suportado condições de trabalho terríveis e violações dos direitos humanos numa pequena ilha coreana onde esteve vários anos. “Durante a época das anchovas, eu ia ao mar duas vezes por dia, tinha de secar anchovas e cuidar das redes de pesca, trabalhando cerca de 15 a 20 horas por dia. Isso não quer dizer que eu tenha ganhado mais dinheiro”, disse. O pescador disse que viveu praticamente preso e isolado na ilha de Gaeyado, ao largo da costa de Gunsan, não lhe sendo permitido ausentar-se sem autorização do patrão. Ainda que o contrato de trabalho proibisse transferência para outros locais de trabalho, foi enviado para outras zonas várias vezes e só há pouco tempo teve acesso à caderneta bancária, controlada pelo patrão, onde supostamente era depositado o seu salário de cerca de 1.765 dólares mensais. “Quando estava no barco a pescar não havia refeição e apenas comíamos pão e chocolate”, contou. O jovem chegou pela primeira vez à Coreia do Sul em julho de 2014, tendo trabalhado para o mesmo patrão em Gaeyado durante quatro anos e 10 meses. No ano passado obteve uma segunda licença de trabalho, válida por mais quatro anos e 10 meses, com a condição de ficar com o mesmo empregador, mas em Setembro último acabou por fugir da ilha, estando desde então num abrigo. Mestres e servos Em causa estão trabalhadores de vários países, incluindo timorenses, que estão na Coreia do Sul ao abrigo do programa conhecido como “Sistema de Licenças de Emprego” que assenta na importação de mão-de-obra da região asiática que procura melhores salários que nos seus países. O jornal referiu que o programa existe há 16 anos, mas que tem sido criticado por permitir o tratamento desigual de migrantes, face a trabalhadores coreanos, “tornando-os vulneráveis a práticas abusivas e até mesmo exploração escrava por parte dos empregadores”. Uma investigação recente da Comissão Nacional de Direitos Humanos da Coreia do Sul às condições de trabalho de 63 migrantes no sector da pesca na costa oeste do país constatou que, em média, trabalhavam 12 horas por dia, com uma pausa de menos de uma hora. Cerca de 90 por cento dos trabalhadores disseram que não tinham dias de folga durante um ano, com o rendimento médio mensal a ser menos 40 por cento que o salário mínimo nacional. Em seis casos os trabalhadores migrantes tinham os seus passaportes confiscados e em 23 os patrões é que guardavam as suas cadernetas bancárias. Tratamento desumano Outro dos migrantes a denunciar maus tratos foi um cidadão vietnamita a trabalhar no país desde Junho de 2019 que, no decurso do trabalho, desenvolveu problemas respiratórios por exposição prolongada a fumos e gases de soldadura na unidade onde trabalhava. Quando contou ao patrão em Janeiro, a sua situação, ouviu a promessa de que seria mudado de local de trabalho, mas seis meses depois a transferência nunca ocorreu. Depois de voltar a repetir o pedido ao patrão foi agredido e até acusado de ter coronavírus, tendo o patrão obrigado a que assinasse um papel para trabalhar para si mais três anos. Após nova agressão do patrão fez queixa à polícia e apresentou um pedido no centro de emprego a pedir autorização para mudar de local de trabalho. Está a aguardar a decisão do centro. O programa de trabalho engloba actualmente mais de 248 mil trabalhadores de 16 países asiáticos que estão destacados em pequenas e médias empresas dos setores da indústria transformadora, agrícola e das pescas. Empregos pouco qualificados que são muitas vezes evitados pelos trabalhadores coreanos pelas suas más condições de trabalho e pelos baixos salários. Os trabalhadores migrantes chegam à Coreia com um contrato, que inicialmente lhes permite trabalhar até três anos. Se os seus empregadores concordarem, podem prolongar o contrato por um ano e 10 meses. Se forem considerados “trabalhadores diligentes”, podem ter a oportunidade de reentrar no país e trabalhar aqui por mais quatro anos e 10 meses. Só podem mudar de local de trabalho até três vezes durante a sua estadia, e apenas em casos excepcionais. Aqueles que abandonam os seus empregos sem consentimento dos empregadores são comunicados à polícia como imigrantes ilegais e podem acabar por ser deportados, dizem activistas que acompanham os casos. O Ministério do Trabalho e do Emprego, por seu lado, defendeu que as polémicas restrições são necessárias para impedir que o sistema se transforme numa rota de imigração ilegal.
Hoje Macau China / ÁsiaTufão faz estragos na Coreia do Sul, após causar mais de 20 feridos no Japão [dropcap]A[/dropcap] passagem de um tufão na Coreia do Sul danificou prédios, inundou estradas e cortou a energia a milhares de casas, depois de ter causado mais de 20 feridos no Japão, segundo dados oficiais hoje divulgados. Após ter atingido ilhas no sul do Japão, o tufão Haishen já motivara alertas da Administração Meteorológica da Coreia, devido aos ventos e chuva forte, que atingiram a cidade portuária de Ulsan, no sudeste. A agência meteorológica informou que o tufão, o terceiro a atingir a península em poucas semanas, está a enfraquecer e provavelmente será classificado como tempestade tropical em 24 horas. Os carros tiveram dificuldade para navegar pelas estradas inundadas em Ulsan e outras cidades costeiras, como Busan, Sokcho e Gangneung. Pelo menos 318 voos de e para a província insular de Jeju e no continente foram cancelados. Algumas pontes e secções de ferrovia foram fechadas, milhares de barcos de pesca e outras embarcações foram enviados para um local seguro e foram retirados mais de 1.600 residentes nas regiões sul do continente. Esta manhã, as autoridades conseguiram repor o abastecimento de energia para 11.523 das 17.620 famílias que perderam eletricidade nas áreas sul do continente e em Jeju. Haishen, que significa “deus do mar” em chinês, passou por Okinawa e outras ilhas do sul do Japão no fim de semana. O tráfego ainda estava paralisado em alguns lugares, os comboios de alta velocidade foram suspensos e a maioria dos voos domésticos de e para os aeroportos do sudoeste japonês foram hoje cancelados. A Agência de Gestão de Incêndios e Desastres do Japão disse que pelo menos 20 pessoas ficaram feridas, duas delas gravemente. Esta manhã, cerca de meio milhão de casas ainda estavam sem energia. A emissora pública NHK noticiou que quatro pessoas estão desaparecidas em Miyazaki. Espera-se que a tempestade chegue no final do dia de hoje à região nordeste da Coreia do Norte, que foi atingida pelo tufão Maysak na semana passada, causando ainda mais problemas a uma economia devastada pelas sanções lideradas pelos Estados Unidos, encerramento da fronteira devido à pandemia do novo coronavírus e escassez crónica de alimentos. Segundo a imprensa estatal, o líder Kim Jong-un visitou áreas atingidas por tufões, demitiu um alto funcionário regional e prometeu enviar 12 mil trabalhadores da capital, Pyongyang, para ajudar nos esforços de recuperação. O tufão Maysak destruiu mais de mil casas e inundou edifícios públicos e explorações agrícolas. O Maysak danificou estradas e edifícios e causou pelo menos um morto na Coreia do Sul. Um navio de carga de gado afundou na costa do Japão aquando da passagem do Maysak. Dois dos 43 tripulantes foram resgatados e um corpo foi recuperado antes que a busca fosse interrompida por causa do Haishen. O navio transportava 5.800 vacas da Nova Zelândia para a China.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Coreia do Sul com 441 novos casos, pior registo diário desde Março [dropcap]A[/dropcap] Coreia do Sul registou 441 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas, anunciaram as autoridades, o pior balanço diário desde 7 de Março, quando o país contabilizou 483 infecções. O Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da Coreia do Sul informou que 315 dos novos casos são provenientes da área metropolitana de Seul, onde vive metade da população do país, que conta com 51 milhões de habitantes. O aumento de casos já levou os peritos de saúde a alertar para a possibilidade de os hospitais esgotarem a capacidade para acolher novos doentes. A Assembleia Nacional de Seul foi hoje encerrada e mais de uma dúzia de deputados do partido no poder foram forçados a entrar em quarentena, após um jornalista que cobriu uma reunião dos líderes do partido ter testado positivo, segundo a agência de notícias Associated Press (AP). Na semana passada, o Governo da Coreia do Sul alargou a todo o país uma série de restrições em vigor até ali apenas na capital, Seul, devido ao aumento de casos de covid-19. As restrições, que correspondem ao nível 2 de uma escala de 3, incluem o encerramento de espaços públicos e estádios desportivos, a redução do número de alunos até um terço do total, o encerramento de cafés e salas de ‘karaoke’ e o cancelamento dos serviços religiosos dominicais. As reuniões em espaços fechados com mais de 50 pessoas e com mais de uma centena em espaços ao ar livre também passaram a estar proibidas a nível nacional. Já em 25 de agosto, a Coreia do Sul ordenou que as escolas em Seul retomassem o ensino à distância. As autoridades sanitárias descreveram o surto das últimas duas semanas como a maior crise do país desde o surgimento da covid-19, e já alertaram que, se a propagação não abrandar, poderão vir a elevar as medidas para o nível 3. As autoridades temem, no entanto, que essas medidas, que limitariam a economia às actividades essenciais, prejudiquem a recuperação do país. O banco central da Coreia do Sul baixou hoje as suas perspectivas de crescimento para a economia nacional, prevendo uma contração de 1,3%. A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 820 mil mortos e infetou mais de 23,9 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência de notícias France-Presse (AFP).
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Coreia do Sul retoma ensino à distância para conter novos casos [dropcap]A[/dropcap] Coreia do Sul ordenou hoje que todas as escolas em Seul e na sua região retomem o ensino à distância para conter a nova onda de casos de covid-19, segundo o Ministério da Educação. O Governo sul-coreano obteve bons resultados na luta contra a covid-19 devido a uma ampla estratégia de triagem e rastreamento de contactos de pessoas infectadas, mas nas últimas semanas o país tem vindo a registar novos casos após o aparecimento de surtos, a maioria deles ligados a igrejas protestantes. A Coreia do Sul registou hoje 280 novos casos de covid-19, elevando o número desde o início da epidemia para 17.945 pessoas infectadas. Este é o 12.º dia consecutivo com um número de contaminações superior a 100, após várias semanas durante as quais os números oscilaram entre 30 e 40. A maioria dos novos casos estão localizados na área da grande Seul, onde vive metade da população do país. As autoridades anunciaram hoje que as aulas nas escolas em Seul e Incheon, bem como na província de Gyeonggi, perto da capital, serão dadas novamente online a partir de quarta-feira e até 11 de Setembro. De acordo com o ministro da Educação, Yoo Eun-hae, foram registados casos de infecção em alunos e funcionários: “Quase 200 pessoas nas últimas duas semanas”, disse o ministro da Educação. Os únicos alunos autorizados a continuar a ter aulas presenciais são os do ensino secundário, que deverão fazer exames no início de Dezembro. O Exército também intensificou as suas medidas, tornando obrigatório o uso de máscaras pelos soldados em público, dentro e fora de casa. Na semana passada, medidas restritivas foram reforçadas em Seul e na sua região. Discotecas, museus, bares de karaoke estão fechados e estão proibidas grandes reuniões e cerimónias religiosas. Os jogos desportivos voltam a ser disputados à porta fechada. As autoridades já ameaçaram que as regras podem vir a ser reforçadas, incluindo o encerramento de empresas, se o número de novos casos continuar a aumentar rapidamente. A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 809 mil mortos e infectou mais de 23,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Norte vai lançar 12 milhões de panfletos de propaganda sobre Coreia do Sul [dropcap]A[/dropcap] Coreia do Norte planeia enviar para a Coreia do Sul cerca de 12 milhões de panfletos de propaganda através de balões, em “retaliação” por acções semelhantes de activistas a partir de Seul, anunciou hoje Pyongyang. O regime liderado por Kim Jong-un tinha ameaçado avançar com essa medida após anunciar na semana passada que estava a cortar o diálogo com o país vizinho e que ia enviar tropas para a fronteira entre as duas Coreias, tudo devido à distribuição de propaganda para a Coreia do Norte, o que, segundo Pyongyang, viola o pacto bilateral de 2018. “Os preparativos para a distribuição mais ampla de folhetos até o momento estão quase completos”, informou a agência estatal da Coreia do Norte, a KCNA, acrescentando que a iniciativa é “retaliação contra aqueles que lançaram um insulto intolerável” para o país. O regime de Pyongyang imprimiu cerca de 12 milhões de panfletos que expressam a “raiva e ódio” do povo norte-coreano e também preparou “vários tipos de equipamentos” para disseminar essa propaganda no território sul-coreano, o que inclui cerca de três mil balões, de acordo com a KCNA. A agência de notícias oficial norte-coreana não especificou para quando está agendada a distribuição dos panfletos, a última medida anunciada pela Coreia do Norte depois de Pyongyang ter destruído o escritório de ligação inter-coreano em 15 de junho e anunciado o envio de tropas para a fronteira. Em 19 de junho, o Presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, aceitou a demissão do ministro da Unificação, Kim Yeon-chul, na sequência do agravamento da tensão com a Coreia do Norte. O ex-ministro, também académico e anterior dirigente de um importante centro de estudos estratégicos sobre a Coreia do Norte, tinha sido empossado no cargo em abril de 2019 para impulsionar as relações bilaterais, na sequência do fracasso da cimeira entre o Presidente norte-americano, Donald Trump, e Kim Jong-un, em Hanói, em fevereiro do mesmo ano. No entanto, e perante a possibilidade de retomar os projetos de cooperação económica intercoreana, devido ao bloqueio na cimeira, Kim pouco pôde fazer, dado que Pyongyang assumiu progressivamente um tom mais duro com Seul e Washington. Observadores disseram acreditar que o regime norte-coreano está a usar o lançamento destes balões como desculpa para agravar uma estratégia de pressão, originada pelo fracasso da cimeira de Hanói, onde não conseguiu o fim das sanções internacionais.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Norte anuncia corte de contactos com “inimigo” sul-coreano [dropcap]A[/dropcap] Coreia do Norte anunciou que tenciona cortar hoje os seus canais de comunicação, nomeadamente militares, com o “inimigo” sul-coreano, anunciou a agência noticiosa estatal norte-coreana KCNA. O anúncio segue-se à ameaça de envio de panfletos anti-Pyongyang para o território do norte da península coreana por parte de militantes antirregime. Pyongyang “vai cortar completamente a ligação entre as autoridades do Norte e do Sul”, bem como outros canais de comunicação, nomeadamente entre as forças armadas dos dois Estados ou entre os partidos políticos governantes em Seul e Pyongyang, detalhou a KCNA. O início da interrupção está programa para as 12:00 locais, acrescentou a agência. A ameaça foi feita quando as relações entre os dois países estão no impasse, apesar de três cimeiras em 2018 entre o dirigente norte-coreano Kim Jong Un e o presidente sul-coreano Moon Jae-in. A Coreia do Norte ameaçou na semana passada fechar o gabinete de ligação com a Coreia do Sul e tomar medidas suplementares para fazer “sofrer” Seul. A influente irmã de Kim Jong Un, Kim Yo Jong, também já ameaçou tornar caduco o acordo militar entre os dois Estados, se Seul não impedir os militantes de enviar os panfletos anti-Pyongyang. A Coreia do Norte acabou com a maior parte dos seus contactos com o Sul depois do fracasso da cimeira de Kim com Donald Trump, em 2019, em Hanói, que deixou as negociações sobre o nuclear norte-coreano em ponto morto.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Sul regista 40 novos casos de covid-19 e autoridades atrasam regresso a escolas A Coreia do Sul registou hoje 40 novos casos de coronavírus, o maior número diário em quase 50 dias, provocando preocupação entre as autoridades e adiando o retorno às aulas em centenas de escolas. O principal especialista em doenças infeciosas da Coreia do Sul disse que o país poderá ter que repor as restrições de distanciamento social que diminuiu em abril, com as transmissões do novo coronavírus a subir na área metropolitana de Seul e em outros lugares nas últimas semanas. Jeong Eun-kyeong, diretor do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da Coreia do Sul, disse hoje durante uma reunião sobre o vírus que está a ficar cada vez mais difícil para os profissionais de saúde rastrear a disseminação da covid-19, o que coincidiu com o aumento da atividade pública em meio ao clima mais quente e o relaxamento no distanciamento social. “Faremos o possível para rastrear contactos e implementar medidas preventivas, mas há um limite para esses esforços”, disse Jeong. “É necessário maximizar o distanciamento social nas áreas em que o vírus está a circular e forçar as pessoas a evitar instalações públicas e outros espaços lotados”, declarou ainda. O rastreamento e a realização de testes ativos haviam estabilizado o surto do país desde o pico de março, o que permitiu às autoridades flexibilizar as diretrizes de distanciamento social. Entretanto, um aumento constante de casos na área de capital, nas últimas semanas, levantou preocupações, à medida que as autoridades prosseguem com a reabertura gradual das escolas. Os alunos de parte do ensino médio voltaram às escolas na semana passada. Estava previsto para hoje o retorno de mais de dois milhões de alunos ensino básico, pré-escolar, creches e parte do secundário. O Ministério da Educação disse que a volta dos alunos foram adiadas em 561 escolas em todo o país devido a preocupações com vírus, incluindo 111 escolas em Seul. A Coreia do Sul confirmou um total de 11.265 casos de coronavírus, incluindo 269 mortes. Todos os novos casos, com exceção de quatro, estão na área metropolitana de Seul, densamente povoada, onde as autoridades têm lutado para conter as transmissões ligadas a casas noturnas, bares de karaoke e um armazém de comércio eletrónico. Três casos foram relacionados a chegadas internacionais. As autoridades de saúde disseram que estão a testar 3.600 funcionários da gigante local de comércio eletrónico Coupang, depois de descobrirem dezenas de infeções do novo coronavírus vinculadas a trabalhadores no armazém da empresa perto de Seul. A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 350 mil mortos e infetou mais de 5,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios. Cerca de 2,2 milhões de doentes foram considerados curados.
Hoje Macau China / ÁsiaGolfe regressa na Coreia do Sul com máscaras e distância entre atletas [dropcap]G[/dropcap]olfistas do ‘top 10’ feminino, distâncias de dois metros entre jogadoras e o uso de máscaras foram o retrato do primeiro torneio de golfe após a suspensão das competições desportivas devido à covid-19. O campeonato KLPGA, prova do circuito feminino sul-coreano de golfe, sem créditos firmados, conseguiu atrair três golfistas de topo no ‘ranking’ mundial, numa competição que decorreu em Seul, à porta fechada. Sob medidas de segurança, o torneio de quatro dias obrigou a um protocolo sanitário, com as jogadoras a terem que cumprir uma distância obrigatória entre si, de prevenção ao contágio pelo novo coronavírus, e a usar máscaras. O torneio, o primeiro desde o confinamento e suspensão do desporto mundial, levou a interesse de transmissão para os Estados Unidos, Canadá e Japão. A sul-coreana Park Hyun-kyung (número 3 mundial) foi a vencedora, à frente das suas compatriotas Bae Seon-woo (33.ª) e Lim Hee-jeong (24.ª). A competição foi a segunda a realizar-se na Coreia do Sul, ainda em alerta devido à crise sanitária com a covid-19, depois de ter tido início há uma semana o campeonato de futebol, que cumpre este fim de semana a segunda jornada. Após a declaração de pandemia, em 11 de março, as competições desportivas de quase todas as modalidades foram disputadas sem público, adiadas – Jogos Olímpicos Tóquio2020, Euro2020 e Copa América -, suspensas, nos casos dos campeonatos nacionais e provas internacionais, ou mesmo canceladas. Os campeonatos de futebol de França, dos Países Baixos e da Bélgica foram cancelados, enquanto outros países preparam o regresso à competição, com fortes restrições, como sucede na Inglaterra, Itália, Espanha e Portugal, que tem o reinício da I Liga previsto para 4 de Junho, enquanto a Alemanha regressou no sábado.