Figuras da Alegria e do Silêncio no Acolhimento do Chan Paulo Maia e Carmo - 25 Jan 202125 Jan 2021 Fanyin Tuoluo, o abade pintor de um mosteiro de Kaifeng no século XIV, utilizou o seu estilo caligráfico num álbum de pinturas que retratam encontros entre um mestre e um aprendiz intitulados «Feitos dos mestres Chan», diálogos de monges que foi um dos temas que ajudaram o reconhecimento do Budismo Chan. Na página que retrata «Budai e Jiang Mohe» (35,6 x 48,5 cm, a tinta sobre papel) que se conserva no Museu de Arte de Nezu, em Tóquio, ele mostra o momento em que Jiang se apercebe finalmente que o monge Budai é uma manifestação de Maitreya, o Buda do futuro. Budai, também referido como o «buda que ri», ou o «gordo» ou o «feliz», cuja lenda diz que teria vivido cerca de 907-923 no reino de Wuyue no tempo das Cinco Dinastias e Dez Reinos, e cujo nome significa «bolsa de pano», um dos elementos que o caracterizam e onde transportava consolações para o mundo que sofre, seria uma reconhecível figura na difusão popular do Chan. O riso, expressão clara da empatia com que quase sempre é retratado o Budai, também está presente na pintura do século XII, «Três gargalhadas no Rio dos tigres» Huxi Sanxiao, que refere um provérbio que conta o momento em que o solitário monge budista Huiyuan (334-416) se encontrou com o confuciano Tao Yuanming (365-427) e o daoísta Lu Xiujing (406-477) e desataram a rir quando se aperceberam que, de tão embrenhados que estavam na sua conversa, nem se aperceberam que tinham atravessado uma região infestada de tigres. Nessa pintura que está no Museu do Palácio Nacional em Taipé, feita no estilo de «rugas talhadas com machado», fupi cun de Li Tang (c. 1050-1130) a tinta e cor sobre seda, fica clara a relação harmoniosa entre as três filosofias. Num outro ícone do Budismo, desta vez sempre envolto em silêncio, também se espelhava a harmonia e seria repetido pelos pintores. Jueji Yongzhong, um obscuro monge pintor do século XIII é o autor de uma dessas figuras. A sua fluida e sintética «Guanyin vestida de branco» (104 x 42,3 cm, rolo vertical, tinta sobre papel) de que uma cópia está no Museu de Arte de Cleveland, contém uma curiosa anotação: «uma de oitenta e quatro mil pintadas pelo sacerdote Insei», o que seria uma resposta a uma promessa do «Sutra do Loto» que assegurava a «via do Buda» a quem se dedicasse a mostrar as figuras do Budismo. Dessa Guanyin, a que «escuta os pesares do mundo», na aparente informalidade do traço rápido, desprende-se uma impressão de proximidade. Como também no caso do diálogo a dois, ou na conversa a três com diversos pontos de vista; nessas confissões privadas transmitidas em silêncio à Guanyin, estão exemplificados valores de cumplicidade e de atenção fraterna que foram mostrados pelos pintores, testemunhos da forma como o Chan foi sendo acolhido desde que Bodhidharma atravessou um largo rio numa fina cana de bambu.
Fernão de Magalhães & Francisco de Almeida José Simões Morais - 25 Jan 2021 Aos 21 barcos da sétima armada capitaneada por D. Francisco de Almeida (1457-1510), que deixaram Lisboa a 25 de Março de 1505 com 1500 homens e onde embarcou Fernão de Magalhães, o seu irmão Diogo de Sousa, assim como Fernão Peres de Andrade, que em 1517 levará o primeiro embaixador português à China, juntaram-se depois mais seis naus, que saíram a 18 de Maio e outras duas, em Setembro. Oito meses após a partida, já a 26 de Novembro de 1505 regressavam cinco barcos capitaneados por Fernão Soares carregados de tecidos, pérolas e especiarias e só em pimenta traziam 15 mil quintais, chegando quatro a Portugal a 22 de Maio de 1506. Fernão de Magalhães andou um ano na expedição comandada por Nuno Vaz Pereira, que desde finais de 1506 esteve na costa oriental de África, entre Melinde, Quíloa e Sofala, servindo o Vice-Rei D. Francisco de Almeida, a executar o plano de D. Manuel proposto por Afonso de Albuquerque, regressado em Agosto de 1504, vindo de passar um ano no Oriente. Afonso de Albuquerque fora capitão-mor da quinta armada (1503-04), da qual ainda não viera a frota comandada por seu primo Francisco de Albuquerque, com quem em Calicute derrotou o Samorim e em Cochim, da feitoria fizeram em 1503 uma fortaleza de madeira [só em 1506 erguida em pedra], deixando como capitão Duarte Pacheco Pereira, que contara com a ajuda de 30 mil malabares, associados a 160 homens dos nossos, contra 70 a 100 mil naíres do Samorim, segundo Joaquim Candeias Silva. Em Dezembro, Afonso de Albuquerque criara a feitoria em Coulão, estava em Cochim a 12 de Janeiro 1504 e seguiu para Cananor, onde se juntou ao primo. Seria a última vez que o via. “O Estado Português da Índia surge como entidade política com a nomeação do primeiro governador, D. Francisco de Almeida, em 1505, sete anos após a chegada de Vasco da Gama [cuja armada, a quarta à Índia (1502-03), era de doze barcos da Coroa e treze de mercadores] – sete anos, em que a presença portuguesa, de início meramente diplomática e comercial, tomara gradualmente um cunho militar e passara de intermitente, ao sabor da ida e vinda das armadas, a contínua, com uma força de patrulhamento marítimo constantemente presente. D. Francisco é ainda um vice-rei flutuante, governador de um estado sem território, com o convés da sua nau por capital”, refere Luís Filipe Thomaz, que lembra, a “Índia, mais dotada pela Natureza do que a Europa e não menos desenvolvida em indústria humana, quase nada tinha a importar do Ocidente.” Os navios na viagem de Portugal para Oriente iam sem suficientes mercadorias de troca [transportando cobre, prata, chumbo e cera] e para ter lastro, ainda embarcavam pedras para erguer fortalezas e madeira já cortada para fazer barcos. “Na ausência de produtos que interessassem aos mercados indianos, os Portugueses são obrigados a pagar em metal sonante as especiarias que adquirem – o que os leva a interessarem-se igualmente pelo ouro do Monomotapa, escoado pelo porto de Sofala. Este era tradicionalmente obtido pelos Árabes a troco de tecidos de algodão indiano, oriundo sobretudo do Guzerate. O comércio do ouro conduz assim os Portugueses ao dos panos e arrasta-os para o golfo de Cambaia – como o das especiarias os levara ao do ouro e às costas moçambicanas.” Bloqueio à Arábia Na oitava armada à Índia, o capitão-mor Tristão da Cunha partiu de Lisboa com onze naus a 6 de Março de 1506 e a 28 largava Afonso de Albuquerque (1452-1515), que regressava ao Oriente com cinco naus de guerra, levando já a carta para dois anos depois suceder a Francisco de Almeida no governo das Índias. As duas frotas juntaram-se na costa Oriental de África, onde em Moçambique fizeram um forte e em Abril de 1507, à entrada do Mar Vermelho conquistaram a ilha de Socotorá. Aí se separou a armada e Tristão da Cunha chegou à Índia em Agosto, apoiando o cerco de Cananor, onde os portugueses em 1505 tinham feito uma fortaleza em madeira, que então passou a ser de pedra. A 23 de Novembro dava auxílio ao Vice-Rei para derrotar a frota do Samorim de Calicute e por Cananor regressou a Lisboa a 7/12/1507 carregado de especiarias. Já Afonso de Albuquerque, de Socotorá rumou à costa da Arábia conquistando Omã, fazendo tributárias as suas cidades e a 21 de Setembro chegava à ilha de Ormuz, à entrada do Golfo Pérsico. Cercando-a, enviou recado ao Rei, de apenas 12 anos, para se fazer vassalo dos portugueses e evitar uma guerra. Habituado a receber por quem vinha comerciar e não a pagar, o regente do Rei não aceitou. Então os portugueses abriram fogo demorado sobre as forças navais e terrestres, muito superiores às suas, sendo a resposta tão fraca que a deram por conquistada. A paz foi negociada com um tributo anual à Coroa portuguesa de 15 mil xerafins em ouro, o pagamento dos prejuízos sofridos nas naus durante o combate e um terreno na ilha para construir uma feitoria e a fortaleza. O Forte de Nossa Senhora da Conceição de Ormuz era o principal objectivo de Afonso de Albuquerque e, apesar de o ter começado em 1507, só o terminaria em 1515, pois, em Fevereiro de 1508 três capitães dos navios, liderados por Afonso Lopes da Costa, recusando ficar a construir a fortaleza, revoltaram-se e abandonaram-no para irem fazer queixa ao Vice-Rei. O futuro governador Albuquerque, [tomará posse a 29/10/1509], deixou a meio a construção, indo também para a Índia. Conquista de Diu Já em Março de 1508 Lourenço de Almeida morrera em Chaul, apanhado de surpresa no interior do porto pela armada do Sultão do Egipto, pois pensara ser a frota de Albuquerque, que falhara o controlo e no aviso. O Vice-Rei D. Francisco de Almeida, para vingar o filho, em Dezembro foi ao território de Cambaia, onde arrasou o porto de Dabul e seguiu para Diu. Fernão de Magalhães participou a 2 e 3 de Fevereiro de 1509 na batalha naval de Diu, quando o ainda Vice-Rei com 19 velas atacou essa praça dos rumes (turcos) e destruiu a esquadra do egípcio mameluco Mir Hocem, a do Sultão Otomano Beyazid II, com as forças do Samorim de Calicute e do Melique Iaz de Guzarate, que governava Diu. Esta vitória deu aos portugueses o domínio do Mar Arábico. A expedição de Diogo Lopes de Sequeira, que saíra do Tejo com quatro navios em Abril de 1508 a caminho de Malaca, afim de estabelecer um tratado comercial num dos portos mais concorridos da Ásia, passava por Cochim a 20 de Abril de 1509. Aí estava Fernão de Magalhães, que embarcou e assim passou por Samatra, antes de chegar a 11 de Setembro a Malaca, onde os locais lhes prepararam uma cilada. Avisados por chineses do plano para destruir a frota lusa, tal não teve total sucesso devido às precauções de nunca se desembarcar todos os marinheiros e assim, Sequeira conseguiu fugir com dois barcos para a Índia, deixando dezoito portugueses prisioneiros. Foram depois barrados por um barco muçulmano com quem entraram em batalha, quando Magalhães salvou da morte pela segunda vez Francisco Serrão, seu grande amigo e companheiro de aventura.
Turcos e Bordados Amélia Vieira - 25 Jan 2021 6 de Dezembro de 2020 Com a cidade semi-deserta uma das coisas boas é sem dúvida ir lendo os nomes dos estabelecimentos comerciais e tentar entender a nomeação de tais espaços. Se nos dermos conta, só mesmo as lojas chinesas que já estão em maioria por todos os lados, escusam designações de qualquer género, o que se entende, dada a profusão de mercadoria diversa e em nada coincidente. E este deambular numa terra de titularidades é um exercício também ele linguístico acerca daquilo que o denominar abrange, e vamos aos turcos: de repente, pensamos no Império Otomano, em Solomião o Magnífico, Istambul, cidade entre dois continentes, e chás no deserto — mas não — apenas passamos por uma loja com o nome «Turcos e Bordados» e é bonito! Para um qualquer transeunte de outros lados reparar nisto deve causar estranheza, mas há quem conviva com certas coisas com tanta naturalidade que nunca pensou nos turcos, e ainda outros para quem não aquece nem arrefece, e é aqui, na manobra da correlação que entra a temperatura; as toalhas turcas! Um tecido todo feito integralmente de algodão para os famosos banhos que séculos de domínio islâmico aperfeiçoou. Quanto aos banhos, são também eles um legado greco-latino, só que uma religião monoteísta requer práticas constantes de higienização fazendo de tal labor uma prédica mais, por vezes até bastante compulsiva. É, sem dúvida, um facto que um pano por si mesmo não é nada, o que faz que se possa acrescentar toda uma técnica decorativa que transponha o seu carácter de objecto, e, por isso mesmo, na loja lhe acrescentem, bordados, que sendo esses panos “turcos” ainda suportem a delicadeza de tais artifícios, é obra! Mas um verdadeiro exemplar, tributado numa mancha iconoclástica tamanha, levará apenas franjas na ponta e riscas no fundo, o mais perto de um tratado geométrico simples, requerendo-se leve para se tornar absorvente, e quem estiver ainda muito distraído pensará que se trata de um «talit», o manto da oração, que sendo aspectos aparentemente transversais nos mostram bastante da natureza das coisas, que quanto muito, e neste caso, poderia fazer sentido uma loja «Turcos e Molhados». As franjas mostram somente que Deus nos toca indelevelmente, e sempre, em regime de extremidade, quer estejamos a tomar banho ou envoltos na oração, as riscas indicam a impossibilidade, talvez, de recorrer às imagens, mas Lisboa, é como Constantinopla, outra cidade das sete colinas, e no que diz respeito a Impérios sabe também que estes se esfrangalham, e na derrocada, as bases de uns vão formando outros, como as lojas dos tapetes persas chamados «Aladinos» que não raro têm inscrições de Arraiolos. Que os há! Bem perto até dos «Turcos e Bordados». A simulação da oferta é uma mais valia com que os puristas não contavam, e também é neste cruzar de dados com o nosso cristianismo pagão que vamos construindo estéticas desconcertantes e admiráveis. Bom, mas também é certo que a cidade está cifrada. Os nomes em inglês, as ofertas tresvariáveis, as coberturas de pequenos cubículos sem graça nenhuma, a não ornamentação do minimalismo mórbido, mais os eloquentes «Pés de Salsa» convivem como se cada um vivesse num planeta distinto, mas que não deixa de fazer os encantos destes olhares. Como ainda não se pode ir naturalmente a lado nenhum, não raro apetece muito um «-hamame-» e em seguida jantar uma bela chanfana com vinho tinto, o que não afecta de todo a distância a que está cada um destes prazeres. Os “turcos” podem ser bordados, e nós não reparamos nos lindos monogramas que representam o grau de familiaridade: avô, mãe, pai, filho, e se os tecidos engrossam é por que há mais algodão e não precisamos de secar tão depressa. Na cidade antiga, ainda existe a «Camisaria Controle» e os «Lençóis tipo Zé» o que dá uma tónica indispensável à sua humanização. Coisas que já não dizemos nem escrevemos, mas tempo houve em que se podia dizer e não escrever, o que ficou conhecido certamente pela frase popular «o que tu dizes não se escreve». Nestas linhas, como nos fusos de tecer, há ainda muitos Impérios, e os turcos ajudaram à queda de alguns, foram pioneiros nos Holocaustos do século XX, tentaram derrubar o nosso, mas, o seu fascínio persiste, pois que estamos em cidade de califado. «Istanbul (not) Constantinopla» nem o Santo Sudário, uma peça de linho para os dias de maior calor; mas que estes panos são grandes monumentos, isso, ninguém duvida. Lojas abertas com inscrições várias precisam-se para manter a economia de bairro bem desperta (a venda de relíquias está proibida). «Sudário & Filhos» ao lado de «Turcos e Bordados» e ainda Maomé bordado numa nestas toalhas com a inocência estrangeira das multidões.
Xi Jinping | Luta contra a corrupção está longe de terminar Hoje Macau - 25 Jan 2021 O presidente Xi Jinping destacou, na sexta-feira, na quinta sessão plenária da Comissão Central de Inspeção Disciplinar (CCID) do 19º Comité Central do PCC, a importância de reforçar os papéis de orientação e salvaguarda de uma governação rigorosa do Partido em todos os aspectos para assegurar o cumprimento dos objectivos de desenvolvimento e as tarefas no período do 14º Plano Quinquenal (2021-2025). “O ano de 2020 foi extraordinário na história da República Popular da China”, disse Xi ao resumir os êxitos do ano passado na construção do Partido. “A população sente profundamente que, em tempos difíceis, pode contar com a forte liderança do Partido e a autoridade do Comité Central do PCC”. Contudo, se “na luta contra a corrupção, êxitos históricos foram alcançados, a situação continua a ser desafiante e complexa”, advertiu Xi. “A corrupção, como o maior risco para a governança do Partido, ainda existe”, disse Xi, assinalando que os velhos e novos tipos de corrupção se entrelaçaram e que a corrupção é cada vez mais encoberta e complexa. Em 2020, 18 funcionários foram investigados pelas autoridades centrais. Além disso, 1229 fugitivos no exterior retornaram e 2,45 mil milhões de yuans foram recuperados nos primeiros 11 meses de 2020. Já em 2021, o mais alto órgão anti-corrupção da China anunciou punições para sete funcionários que foram acusados de aceitar subornos. “A luta entre a corrupção e os esforços anti-corrupção continuará existindo durante um longo período no futuro”, afirmou Xi. “Não há alternativa e devemos avançar na luta apesar das dificuldades”. Xi enfatiza constantemente a melhoria da conduta do Partido, a construção do governo limpo e o combate à corrupção. “A governação do Partido deve sempre ser rigorosa, para que o PCC possa liderar e garantir a navegação tranquila do grande navio do socialismo com características chinesas”, disse. Xi exigiu uma supervisão política forte para garantir a implementação das principais decisões e planos do Comité Central. “Devemos continuar resolutamente com a luta anti-corrupção”, disse Xi, enfatizando a necessidade para construir sistemas e medidas para garantir que os funcionários não se atrevam, sejam incapazes e não desejem cometer actos de corrupção. Nesse sentido, Xi exigiu esforços para refrear a prática de “usar o formalismo pelo fim do formalismo” e a burocracia. “Esforços contínuos devem ser feitos para lidar com a corrupção e a conduta imprópria que afectam os interesses imediatos da população, a fim de impulsionar o seu sentido de estar a ser beneficiada”, acrescentou. Xi enfatizou ainda a necessidade de melhorar os sistemas de supervisão do Partido e do Estado, e para integrar a supervisão no desenvolvimento do país durante o período do 14º Plano Quinquenal. “As agências de inspecção disciplinar e de supervisão devem tomar a liderança no fortalecimento da construção política do Partido. Elas devem também ser sujeitas à restrição e supervisão mais estritas”, disse Xi.
Exposição | Artesanato de miniaturas no 10 Fantasia a partir sábado João Luz - 25 Jan 2021 A partir de sábado, o espaço 10 Fantasia, ao lado do Albergue SCM, dá a mostrar “Miniature Art Work by Betty Ng”, uma exposição de artesanato de miniaturas organizada pela Ark-Association of Macau Art, que reduz objectos e conceitos quotidianos para as mais pequenas formas de expressão artística. A mostra estará patente até 19 de Março O tamanho é importante, principalmente para o conceito artístico que Betty Ng vai apresentar a partir do próximo sábado no espaço 10 Fantasia, ao lado do Albergue SCM. “Miniature Art Work by Betty Ng” é uma colecção de artesanato de miniaturas, apresentada pela Ark-Association of Macau Art (AAMA), que faz parte do ciclo “Art Power Jamming”, que organiza um ciclo de exposições na Calçada de São Lázaro desde Agosto do ano passado, uma iniciativa que promete animar o bairro até Julho de 2021. Com a escala reduzida, a lembrar as evocações de “As Viagens de Gulliver”, as miniaturas de Betty Ng representam objectos e realidades do quotidiano, como carros de comida de rua, vasos e arranjos florais, bancas de mercado com fruta, taças de noodles, dim sum, prendas de casamento e muitas outras miniaturas de situações típicas da região. A exposição vai estar patente ao público até 19 de Março. “Sempre fui fascinada por objectos microscópicos. Ficava com os olhos colados a miniaturas, a pensar como seria possível atingir tão impressionante realismo, a estudar a beleza e a estrutura dos objectos. Então, comecei a trabalhar com barro nos tempos livres, a usar tinta e utensílios para esculpir pequenos e realísticos miniaturas de comida e flores”, conta Betty Ng, citada em comunicado da AAMA. Do início, como hobby, até ao estudo online da expressão artística através de miniaturas, Betty Ng começou a visitar exposições do género em Hong Kong e Taiwan e a coleccionar livros sobre o tema. Tudo é matéria Tampas de embalagens de pasta de dentes, papel de embrulho, palhinhas e utensílios de espuma de esferovite fazem parte do universo da matéria-prima para as criações de Betty Ng. “A ideia de transformar lixo em expressão artística é algo bastante atraente para mim. A maioria dos meus trabalhos são feitos a partir de material descartado”, confessa. A artista gosta do mistério de tornar irreconhecível objectos como tampas de embalagens de creme para as mãos, frascos de perfume, ou contas de fios ou pulseiras aleatórias. Desde cedo apaixonada por artesanato, Betty Ng lançou em 2013 a marca “B Handmade” e participou em feiras de arte, exposições e organizou workshops. A “Miniature Art Work by Betty Ng” é um de sete exposições, no âmbito do “Capítulo da Amizade”, financiada pela Fundação Macau, com o apoio da incubadora da Associação Promotora para as Indústrias Criativas na Freguesia de São Lázaro. Este ciclo de exposições foi pensado para fornecer uma plataforma de troca e criação entre artistas que exploram diversos meios criativos. Sete mostras, de seis artistas, todos membros da AAMA. Demonstrar a vitalidade e criatividade dos artistas locais é outra das metas do ciclo de exposições.
Mais do triplo de votos em Macau nas eleições presidenciais portuguesas Salomé Fernandes - 25 Jan 202125 Jan 2021 Quase 1500 eleitores de Macau votaram este fim-de-semana nas eleições presidenciais portuguesas. O aumento de votantes face às presidenciais de 2016 foi explicado pelo Consulado Geral de Portugal em Macau com o recenseamento automático, que notou também mais eleitores de etnia chinesa. Os resultados finais de Macau só devem ser divulgados na quarta-feira Os resultados provisórios parciais revelam que aproximadamente 1500 pessoas votaram em Macau nas eleições para Presidente da República Portuguesa. O número provisório mostra que a adesão às urnas rondou o triplo dos votantes das eleições presidenciais de 2016. Segundo o cônsul Paulo Cunha Alves, no sábado votaram cerca de 640 eleitores, com a maior ocorrência às urnas a verificar-se domingo à tarde. Ontem não foi revelado o número total de eleitores, nem os resultados, porque uma das duas mesas de voto só será contabilizada depois de recebidos os boletins da Coreia do Sul. “De acordo com a lei, as mesas de voto com menos de 100 votantes não podem proceder à contagem dos votos localmente, têm de enviar os boletins de voto para uma assembleia de apuramento intermédio”, explicou Paulo Cunha Alves, depois do fecho das urnas em Macau. Como tal, o diplomata informou que os votos de Seul seriam enviados hoje de manhã, por correio expresso, contados em Macau e somados à mesa dois. Além do aumento da afluência, o cônsul notou também mais eleitores de etnia chinesa. “Apercebi-me de muitos portugueses de etnia chinesa a votar e alguns que, tive a sensação, nunca tinham vindo ao consulado, porque ficavam a apreciar o edifício e o jardim”, conta. Paulo Cunha Alves encara a participação como “um sinal importante”, porque não basta ter cartão do cidadão e passaporte. “É importante que as pessoas do ponto de vista intelectual e cultural procurem também informar-se e saber um pouco mais sobre a vida política de Portugal e demonstrem esse conhecimento através de uma escolha”, comenta o diplomata. A importância das associações Dados do Ministério da Administração Interna indicam que nas presidenciais de 2016, participaram no Consulado Geral de Portugal em Macau e Hong Kong 580 eleitores, excluindo votos em branco e nulos. Na altura, a participação foi inferior a quatro por cento dos mais de 16 mil inscritos. “Pensamos que será o resultado do Recenseamento Automático, a vigorar desde 2018, que aumentou o universo de votantes de 16 mil para cerca de 70 mil. Julgamos também ser de notar uma boa mobilização por parte de algumas associações de matriz portuguesa em Macau”, respondeu o Consulado-Geral ao HM, quando questionado sobre o aumento do número de pessoas que votaram, face às eleições de 2016. Importa referir que mesmo na logística do sufrágio, com a cedência de voluntários para as mesas de voto, Paulo Cunha Alves deixou uma palavra de apreço para a Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau e Associação dos Aposentados, Reformados e Pensionistas de Macau. Rita Santos também destacou a importância do recenseamento automático. Além disso, a Conselheira das Comunidades Portuguesas indicou que o debate político pode ter sido um dos motivos a levar mais pessoas às urnas. “Quando há mais diferenças de ideias, trocas de impressões ou propostas, dá mais oportunidade para o eleitor reflectir [sobre] qual será o futuro presidente”, disse ao HM. No seu entender, esta é também uma forma de mostrar a Portugal que quem está na RAEM também quer “participar na vida política” e que “Macau não seja esquecida”. Também Pereira Coutinho, deputado à Assembleia Legislativa e Conselheiro das Comunidades Portuguesas em Macau, encarou a maior participação da comunidade de etnia chinesa com a maior afluência nas eleições para o conselho das comunidades e para a assembleia da república, uma explicação que pode passar por o passaporte português ter “boa reputação”, de acordo com Coutinho. A quem lhe pediu opinião, Coutinho não teve dúvidas em referir que apoiou Marcelo Rebelo de Sousa. “Considero que é um homem moderado, com as características certas para ser um bom Presidente da República. Espero que ganhe à primeira volta”, referiu ao HM. Debate “vivo” Nestas eleições foi possível votar apresentando apenas o Bilhete de identidade de Residente (BIR) da RAEM, medida elogiada por Rita Santos, que indicou que o Cônsul-Geral tem feito um trabalho “muito bom”, nomeadamente na vertente logística. Face a um cenário em que se chegaram a registar filas para votar em Macau, a conselheira mostrou-se “contente” por mais portugueses votarem, apesar de reconhecer que o volume “ainda está muito longe” comparativamente ao número de eleitores. “Na história de Macau, penso que vai ser o número maior de todas as eleições do Presidente da República”, previu ontem. José Sales Marques, presidente do Instituto dos Estudos Europeus de Macau, considerou a adesão às urnas algo de “muito positivo” e a diferença face às eleições anteriores “interessante”, apesar de ressalvar que não tem uma explicação clara para o fenómeno. “Provavelmente terá havido um esforço de mobilização aqui em Macau e as pessoas responderam a isso”, observou. Sales Marques notou ainda que a campanha eleitoral foi marcada por uma “disputa viva”, apesar das projecções apontarem para a possível reeleição do actual presidente. Marcelo esmaga na mesa 1 Foram ontem, pelas 23 horas, conhecidos os resultados das eleições de uma das duas mesas que recolheram os votos dos portugueses em Macau. O resultado de Marcelo Rebelo de Sousa foi esmagador. Assim, o actual Presidente da República obteve 506 votos, Ana Gomes garantiu o segundo lugar com 91 votos, Ventura 61, Tiago Mayan 37, Marisa Matias 27, João Ferreira 17 e Vitorino Silva 14. Seis eleitores escolheram votar em branco e 15 votos foram considerados nulos. Percentualmente, Marcelo obteve 66,5%, Ana Gomes 12%, Ventura 8%, Tiago Mayan 4,8%, Marisa Matias 3,5%, João Ferreira 2,2% e Vitorino Silva 1,8%. A outra mesa espera pelos votos que hão-de chegar de Seul para que seja possível divulgar os resultados que não se espera que difiram em muito dos obtidos na mesa 1. Ana Gomes mais votada em Timor-leste A candidata presidencial Ana Gomes foi a mais votada pelos eleitores portugueses em Timor-Leste nas eleições deste domingo, conseguindo 35 dos 80 votos recolhidos nas urnas na Embaixada de Portugal em Díli, segundo fonte da missão diplomática. A ex-embaixadora de Portugal em Jacarta, na altura do referendo de independência de Timor-Leste, em 1999, Ana Gomes ficou à frente de Marcelo Rebelo de Sousa, que obteve 20 votos, segundo a mesma fonte. André Ventura foi o terceiro candidato mais votado com 13 votos, seguindo-se Tiago Mayan Gonçalves com cinco votos, Marisa Matias com três e Vitorino Silva e João Ferreira, ambos com dois cada. Os eleitores portugueses recenseados em Timor-Leste puderam votar no sábado e domingo. Antes, entre 13 e 15 de Janeiro, tinham votado no mesmo local, antecipadamente, cerca de 150 portugueses recenseados em Portugal.
Conferência Consultiva de Guangdong | Quarta sessão do 12º Comité Nacional termina hoje Hoje Macau - 25 Jan 2021 Termina hoje, ao meio-dia, a quarta sessão do 12º Comité Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC) da província de Guangdong, que arrancou no sábado. A sessão começou com o presidente da CCPPC de Guangdong, Wang Rong, a apresentar o relatório dos trabalhos e políticas implementadas ao longo do ano passado. Segundo o canal chinês da Rádio Macau, Wang Rong destacou a posição forte assumida pelos membros de Macau e Hong Kong em relação à lei de segurança nacional da RAEHK e para a implementação estável do princípio “Um País, Dois Sistemas”. O líder do órgão consultivo destacou ainda o papel positivo que os membros de Macau e Hong Kong devem desempenhar para o desenvolvimento económico e social do país, ao mesmo tempo que promovem a prosperidade e estabilidade das regiões administrativas especiais, reforçando a coesão nacional. Nas reuniões, que terminam hoje ao meio-dia, contaram com 688 membros, incluindo 32 de Macau. Entre os membros de Macau da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC) da província de Guangdong contam-se figuras como o deputado Zheng Anting, o membro do Conselho Executivo Ieong Tou Hong e a ex-deputada Melinda Chan. A sessão deveria decorrer ao longo de cinco dias, mas devido aos esforços para conter a propagação da pandemia a duração foi encurtada para dois dias e meio.
Novo Macau | Pensamento independente sugerido à DSEJ Hoje Macau - 25 Jan 2021 A consulta pública sobre o Planeamento a Médio e Longo Prazo do Ensino Não Superior entre 2021 e 2030 terminou na sexta-feira. A Associação Novo Macau, que submeteu opiniões sobre o documento, sugere “cultivar o pensamento independente e crítico” dos jovens. Em comunicado, defende que esta capacidade é um elemento central do “soft power”. Entre as seis sugestões apresentadas pela ANM inclui-se também que “devem ser feitos esforços para manter o cantonense como a principal língua de ensino”. Uma política acompanhada pela ideia de que devem ser criados materiais de ensino relacionados com disciplinas como cidadania e história local, para fortalecer o sentimento de pertença e participação dos jovens na sociedade. Além disso, pretende que os professores e investigadores locais tenham prioridade na compilação e publicação de materiais de ensino. A Novo Macau defendeu também melhorias à profissão e à protecção dos professores na reforma, incluindo a revisão do número de aulas semanais e do sistema de promoção, bem como das contribuições para o fundo de providência e rácio do retorno. Outras medidas que a associação quer que o Governo adopte passam pela equidade na educação além de um sistema gratuito, por exemplo através de ajustes ao rácio alunos-professores, e apoios mais específicos para reduzir a sobrecarga dos alunos de forma atingir equilíbrio entre aprendizagem e descanso. A ANM focou-se ainda na supervisão do uso dos recursos financeiros. “É compreensível o aumento do financiamento da educação, mas também é muito importante assegurar que todos os recursos são usados de forma apropriada e distribuídos com justiça”, indica a nota. Os dirigentes associativos pedem ainda a democratização da administração da escola, através de uma maior participação de professores, pais e estudantes, nomeadamente na monitorização das finanças.
CCAC | Qualidade da habitação no Edifício do Lago motiva investigação Salomé Fernandes - 25 Jan 2021 A queda de azulejos no Edifício do Lago é o mais recente incidente em habitações públicas e levou o CCAC a pegar no caso, depois de receber queixas de moradores. O Instituto da Habitação e o Gabinete de Desenvolvimento de Infra-estruturas estão sob investigação O Comissariado Contra a Corrupção (CCAC) abriu oficialmente uma investigação sobre a queda de azulejos de alguns andares do Edifício do Lago, na Taipa, noticiou o canal chinês da TDM Rádio Macau. O Comissário Contra a Corrupção, Chan Tsz King, disse que abriu um caso para dar seguimento ao tema depois de receber queixas do público. O CCAC está a investigar os departamentos envolvidos, incluindo o Instituto da Habitação e o Gabinete de Desenvolvimento de Infra-estruturas. Chan Tsz King reconheceu que a sociedade atribui importância ao incidente, pelo que o organismo vai fazer uma investigação e análise aprofundada o mais cedo possível. A má qualidade das obras públicas, visível em infra-estruturas com poucos anos de construção, foi criticada por vários deputados na última sessão plenária da Assembleia Legislativa. Zheng Anting falou da necessidade de criar um plano a determinar que “as obras de reparação devem ser da responsabilidade das autoridades e do empreiteiro”. Também foram dadas sugestões para o reforço da fiscalização da qualidade durante a construção e a melhoria do regime de responsabilização dos dirigentes. Em meados deste mês, o Instituto de Habitação (IH) comunicou que, como o prazo de garantia do Edifício do Lago e do Edifício Ip Heng já terminou, têm de ser os proprietários a responsabilizar-se pela reparação das partes comuns do edifício. Na mesma nota, disse que alertou as empresas de administração dos prédios para reforçarem a fiscalização e retirarem os azulejos com risco de queda. Integridade eleitoral Por outro lado, questionado sobre o combate à corrupção nas próximas eleições para a Assembleia Legislativa, Chan Tsz King disse que os pontos centrais são a integridade e justiça do processo eleitoral, nos quais os trabalhos do CCAC se vão focar. Recorde-se que nas Linhas de Acção Governativa foi revelado que o CCAC vai criar um grupo anti-corrupção eleitoral, bem como uma plataforma online e uma linha telefónica para denúncias relacionadas com as eleições. O responsável adiantou ainda na sexta-feira que o relatório de investigação sobre as portas corta-fogo do Bairro da Ilha Verde está em fase de tradução, acreditando que os resultados vão ser divulgados em breve.
Ho Iat Seng distingue com medalhas de mérito 34 figuras e entidades Pedro Arede - 25 Jan 2021 Num ano marcado pela pandemia, o Chefe do Executivo distinguiu entidades da área da saúde como o pneumologista chinês Zhong Nanshan e Lei Chin Ion, que se mostrou “orgulhoso”, independentemente de estar a cumprir, ou não, os últimos meses na direcção dos SS. Lionel Leong, galardoado com a Medalha do Lótus de Ouro, diz-se preparado para “retribuir” tudo o que Macau lhe deu Depois de repetir o gesto algumas vezes, parecia não haver nada que fizesse Ho Iat Seng quebrar o ritual. O galardoado levanta-se do lugar, curva-se perante a plateia, repete a vénia na direcção do Chefe do Executivo e vai ao seu encontro levando o queixo ao peito para receber a medalha. A assistência aplaude. Assim foi ao longo de toda a Cerimónia de Imposição de Medalhas e Títulos Honoríficos do Ano 2020, menos no momento em que o antigo secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong, se levantou para ser galardoado com o Lótus de Ouro. Isto porque, ao receber a distinção, o metal separou-se da fita que o sustentava. Ho Iat Seng e Lionel Leong apanharam a medalha antes de cair no chão e, para a posteridade, fica uma fotografia sui generis, em que o peso da medalha foi sustentado pela mão esquerda do ex-secretário. “Talvez a medalha seja demasiado pesada, especialmente para mim. Na verdade, apanhámo-la num momento perfeito e agora já está no sítio certo”, apontou Lionel Leong na passada sexta-feira, após a cerimónia de entrega de prémios. Para o antigo secretário, a atribuição da Medalha de Honra de Lótus de Ouro é uma distinção que vai muito além do trabalho de uma só pessoa e que constitui um incentivo para continuar a contribuir para o desenvolvimento de Macau. “Este prémio é, simultaneamente, uma honra e um dever de compromisso comigo próprio para assegurar que continuo a aprender e que estou à altura de retribuir tudo o que recebi. Tenho a certeza de que, quando o país me chamar, quando Macau me chamar e quando houver algo que possa fazer para servir a economia e o país, darei o meu melhor”, sublinhou Lionel Leong. Lionel Leong frisou ainda que o prémio é “oferecido a todas as pessoas de Macau” que contribuíram para a boa governação do território, incluindo “não só os membros do Governo, mas também os vários quadrantes da sociedade”. Questionado sobre as actuais medidas do Governo para combater a crise gerada pela pandemia, o antigo secretário para a Economia e Finanças, mostrou-se optimista e não tem dúvidas que, se trabalhar de “mãos dadas”, Macau conseguirá ultrapassar o momento “difícil” que atravessa. “Acredito que o Governo de Macau tem sempre boas ideias para melhorar a situação económica, mesmo depois de um acontecimento tão grave como a pandemia. Não tenho uma bola de cristal e, por isso, não posso fazer previsões para o futuro, especialmente se tivermos em conta que estamos a viver uma época impensável. É impossível alguém conseguir prever o que quer que seja, até para o dia de amanhã, mas tenho a certeza que, com a nossa capacidade, trabalho árduo, a situação harmoniosa que se vive em Macau e com todos a trabalhar de mãos dadas, definitivamente, quando surgir uma oportunidade Macau estará pronta”, vincou. Agraciado também com Medalha de Honra de Lótus de Ouro foi o antigo secretário das Obras Públicas Lau Si Io, pelo seu contributo para a “construção urbana, a governação social e o ensino e popularização da ciência em Macau”, pode ler-se no documento oficial distribuído por todos os que assistiram na passa à Cerimónia de Imposição de Medalhas e Títulos Honoríficos do Ano 2020. Haja saúde Num ano que ficará para a história pela crise sanitária gerada pela covid-19 e pela elogiada prontidão com que Macau reagiu à ameaça, foram várias as personalidades e entidades distinguidas por Ho Iat Seng na área da Saúde. Entre os galardoados esteve Lei Chin Ion. O director dos Serviços de Saúde, que recebeu das mãos do Chefe do Executivo a medalha de Mérito Altruístico, revelou estar “orgulhoso” do trabalho desenvolvido por todos os que, em nome do seu departamento, têm lutado contra a pandemia. Isto, apesar de não saber ainda se continua no cargo depois de 1 de Abril, altura em que termina a comissão de serviço. “Independentemente de ser ou não o fim da comissão de serviço, estou muito orgulhoso de ser um dos membros dos Serviços de Saúde que lutou contra a pandemia. Não interessa se estamos a falar do pessoal da linha da frente ou da retaguarda. Trabalhámos arduamente e de forma diligente para combater esta pandemia e estamos muito orgulhosos disso”, reagiu após a cerimónia. Da lista entidades que fizeram parte da linha da frente no combate à pandemia, estão os próprios Serviços de Saúde, organismo agraciado com a Medalha de Mérito Profissional. Outros, como o Centro de Prevenção e Controlo da Doença dos Serviços de Saúde, o Serviço de Pneumologia do Centro Hospitalar Conde de São Januário, o Gabinete de Gestão de Crises do Turismo, o Departamento de Fiscalização Alfandegária dos Postos Fronteiriços dos Serviços de Alfândega, a Equipa de Ambulâncias para Doenças Infecciosas do Corpo de Bombeiros ou o Departamento de Informações e Apoio da Polícia Judiciária, foram galardoados com a Medalha de Valor. Com a Medalha de Serviços Comunitários foram distinguidas individualidades que têm dado a cara no combate à pandemia, sobretudo ao nível da divulgação de políticas de prevenção, como Alvis Lo Iek Long, o médico adjunto da direcção do Centro Hospitalar Conde de São Januário, Lam Chong, chefe do Centro de Prevenção e Controlo de Doença e, ainda Leong Iek Hou, coordenadora do Centro de Doenças Infecciosas. No âmbito da pandemia, destaque ainda para o Título Honorífico de Valor, atribuído às equipas de missão de apoio no combate à pandemia em África e à equipa de resgate de residentes de Macau retidos em Hubei e no cruzeiro “Diamond Princess”, no Japão. Lótus para dois Numa ocorrência rara na história da RAEM, a Medalha de Honra Grande Lótus, a mais alta condecoração atribuída pelo Governo de Macau, Ho Iat Seng distinguiu duas personalidades em simultâneo: Chui Sai On e Zhong Nanshan. Não tendo comparecido para prestar declarações aos jornalistas após a cerimónia, o antigo Chefe do Executivo, Chui Sai On, foi galardoado com a Grande Lótus pelo seu empenho, enquanto líder de Governo e Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, “na promoção do desenvolvimento estável da RAEM e no melhoramento das condições de vida da população”. “Promoveu a construção de mecanismos eficientes de longo prazo relacionados com a vida dos cidadãos, a criação do regime de reserva financeira e da reserva de terras, a construção de mais instalações sociais, o aperfeiçoamento dos sistemas de educação e saúde, bem como, a integração activa da RAEM na grande conjuntura do desenvolvimento nacional”, pode ler-se no documento oficial da cerimónia. Além de Chui, Ho Iat Seng atribuiu a Grande Lótus a Zhong Nashan, especialista em doenças infecciosas da Comissão Nacional de Saúde da China, sendo a primeira vez que o prémio é atribuído a uma personalidade externa. Isto, porque durante “a fase crucial” do combate à pandemia, Zhong Nashan deslocou-se várias vezes a Macau “para partilhar a sua experiência no âmbito da prevenção e controlo de epidemias com o Chefe do Executivo, os serviços envolvidos na prevenção da pandemia e o pessoal médico e de enfermagem”. Segundo o mesmo documento, o especialista contribuiu de forma “significativa” para o combate de Macau contra a pandemia. Ma Io Kun | Servir e proteger O antigo Comandante-Geral dos Serviços de Polícia Unitários foi galardoado com a Medalha de Honra Lótus de Ouro. Durante o seu mandato “promoveu activamente a optimização e inovação do sistema de protecção civil”, tendo contribuído para a manutenção da ordem pública e para a garantia da segurança social da RAEM. Viriato Lima | O juiz português O juiz reformado do Tribunal de Última Instância (TUI) foi galardoado com medalha de Honra do Lótus de Prata, tendo o juiz Álvaro Dantas recebido o prémio em seu nome. Segundo a nota oficial do Governo, desde 1993, Viriato Manuel Pinheiro de Lima “contribuiu significativamente” para manter o normal funcionamento dos órgãos judiciais antes e, depois do estabelecimento da RAEM, manter a transição “sem sobressaltos” do poder judiciário e ainda para promover a revisão “profunda” da lei processual da RAEM. Associação de Educação| Pelos interesses da Nação No ano em que celebrou o seu 100º aniversário, aquela que é uma das mais antigas organizações culturais e educacionais de Macau foi galardoada com a Medalha de Honra Lótus de Ouro. “Desde a sua criação, sempre defendeu os interesses da nação, salvaguardou os direitos de professores e alunos e promoveu o desenvolvimento da Educação”, pode ler-se numa nota oficial do Governo. Depois do estabelecimento da RAEM tem-se dedicado activamente à prática do princípio “um país, dois sistemas”. Chan Chak Mo | O homem dos comes e bebes A União das Associações dos Proprietários de Estabelecimentos de Restauração e Bebidas foi galardoada com a Medalha de Mérito Industrial e Comercial. O prémio foi recebido por, Chan Chak Mo, presidente do organismo e também deputado da Assembleia Legislativa. Fundada em 1967, a associação tem-se dedicado a “estimular o desenvolvimento do sector da restauração de Macau” e organiza há já 20 anos o Festival de Gastronomia de Macau.
Covid-19 | Governo sem capacidade para apoiar todos os residentes que queiram voltar Andreia Sofia Silva e Pedro Arede - 25 Jan 2021 Depois da chegada de dois voos de Tóquio com um total de 115 residentes a bordo, a directora dos Serviços de Turismo, Helena de Senna Fernandes, admitiu que o Executivo não tem possibilidade de dar apoio a todos os residentes que estão no estrangeiro e que pretendem voltar ao território. A responsável não soube precisar o número de turistas que Macau vai receber este ano Helena de Senna Fernandes, directora dos Serviços de Turismo, disse esta sexta-feira que não existe possibilidade de prestar apoio a todos os residentes que pretendam voltar ao território e que não o conseguem fazer devido à pandemia da covid-19. “É muito difícil ao Governo, perante a situação actual, fazer com alguma regularidade este tipo de acções para pessoas que viajam para fora”, disse a responsável horas depois da chegada de dois voos a Macau oriundos da Europa, via Tóquio, com residentes. Num dos voos, foi detectado um caso positivo de covid-19. “Não sabemos qual é o plano de voos das companhias aéreas e são decisões comerciais. Se tivéssemos acesso a essas informações o Governo iria preparar [voos] conforme a situação. Se os passageiros vêm de zonas de alto risco o Governo tem a responsabilidade de garantir a segurança da população local e temos de montar acções de prevenção conforme a situação”, adiantou. Helena de Senna Fernandes afastou, para já, a possibilidade de vir a criar um outro corredor especial com Hong Kong. “Neste momento não vemos essa possibilidade. Não posso dizer que não vai acontecer porque temos de analisar conforme a situação.” Hotéis com ocupação alta A directora da DST não soube precisar o número de turistas que o território poderá receber este ano, mas prevê uma boa taxa de ocupação nos hotéis para o período do Ano Novo Chinês. “Parecem números bastante bons. Claro que não será ao nível dos anos anteriores, mas parecem melhores do que nos últimos meses, não só em termos de turistas, mas também de residentes. Espero que atinja uma taxa de 70 a 80 por cento e que seja semelhante ao período do Natal.” Helena de Senna Fernandes deixou claro que o Governo vai esperar até Março para recuperar as acções de promoção do turismo de Macau no interior da China, estando também “atento à situação das vacinas”. “É precipitado dizer qual será a previsão [do número de turistas] para este ano”, rematou.
Taiwan | Pequim critica conluio entre DPP e políticos americanos Hoje Macau - 25 Jan 2021 Zhu Fenglian, porta-voz para o Departamento dos Assuntos de Taiwan do Conselho de Estado da China, criticou na sexta-feira o conluio do Partido Progressivo Democrático (DPP, em inglês) de Taiwan com o ex-secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, e os seus aliados, dizendo que eles prejudicam a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan. Zhu fez o comentário ao responder a uma pergunta sobre as declarações feitas pelo conselho dos assuntos da parte continental de Taiwan sobre as sanções da China continental contra 28 indivíduos norte-americanos, incluindo Pompeo. Zhu indicou que as autoridades do DPP procuram “fortalecer os seus laços com os políticos anti-China dos EUA da administração anterior e fomentar o resultado de seu conluio por interesses próprios, como já provado pelos factos”. Segundo Zhu, o DPP permitiu a importação de porco americano contendo ractopamina, o que é prejudicial à saúde do povo. “Isso provocou indignação entre os residentes de Taiwan”, disse Zhu. “As autoridades do DPP mostraram que são do mesmo tipo que Pompeo e seus aliados por conluiar com eles, por isso serão julgados e punidos pela história, acrescentou Zhu.
Covid-19 | Novo caso aguarda resultados sobre variante inglesa e não implica medidas nas fronteiras Pedro Arede - 25 Jan 2021 Será que a passageira proveniente do voo de Tóquio está infectada com a nova variante do vírus? Os Serviços de Saúde descartam haver perigo de propagação comunitária e o fecho de fronteiras com a China. A operação prova a eficácia das medidas tomadas, afirmam. Plano de vacinação continua sem datas A passageira diagnosticada com covid-19 à chegada a Macau na passada quinta-feira não apresenta sinais de mal-estar nem indícios de pneumonia, após a realização das primeiras análises no Centro Hospitalar Conde de São Januário, onde está internada. Contudo, os Serviços de Saúde (SS) revelaram que é ainda impossível confirmar se se trata da nova variante do vírus, mais contagiosa. Por esse motivo, e vincando não existir risco de transmissão comunitária e que os SS estão preparados para lidar com novos casos, o médico Alvis Lo Iek Long avançou que serão realizados novos testes à paciente de 43 anos. “Existir um caso confirmado significa que a situação é estável e que vamos tomar medidas para evitar a transmissão entre o pessoal da Saúde. [A paciente] esteve em vários lugares durante a viagem e, por isso, vamos fazer testes aos genes para verificar o nível de anticorpos e assim confirmar se tem a nova variante”, revelou durante uma conferência de imprensa realizada na passada sexta-feira, agendada no rescaldo da descoberta do novo caso. Recorde-se que a infecção, correspondente ao 47º caso em Macau, foi a primeira registada no território em cerca de sete meses. A paciente é uma residente, de 43 anos, que partiu do Dubai a 19 de Janeiro, e que chegou a Tóquio no dia 20 por Singapura, acabando por aterrar em Macau às 21h18 de quinta-feira. Antes disso, foi também revelado que, até chegar a Macau, a paciente esteve no Reino Unido entre 22 de Novembro e 23 de Dezembro para visitar familiares e que, entre 24 de Dezembro e 19 de Janeiro, ficou no Dubai. Questionado sobre o motivo para a paciente ter testado positivo à covid-19, mesmo depois de ter sido obrigada a apresentar um resultado negativo nas 72 horas anteriores, Alvis Lo vincou que “os testes não oferecem 100 por cento de garantias” e que, quando fez o rastreio, estava assintomática e, provavelmente, em período de incubação. Já sobre as medidas tomadas para lidar com a chegada dos 109 passageiros distribuídos por dois voos provenientes de Tóquio, o médico revelou que os SS estavam preparados para “o pior”. “Fizemos vários simulacros e reuniões e preparámo-nos para o pior. Por isso, durante a operação, cada passageiro que chegou a Macau foi tratado como se fosse um caso confirmado. Além disso, todo o pessoal teve de usar equipamento de protecção e fizemos tudo para evitar infecções cruzadas. As bagagens foram desinfectadas três vezes e todos o pessoal da linha da frente que participou (…) vai fazer três testes de ácido nucleico porque estiveram próximo dos passageiros. A tripulação vai fazer quarentena durante 21 dias e testes de ácido nucleico. Com as medidas tomadas, o risco não é grave”, explicou. Fronteiras sem mexidas Durante a conferência de imprensa, Alvis Lo Iek Long sublinhou ainda que, devido ao novo caso, não estão a ser ponderadas novas medidas, nomeadamente nas fronteiras. Isto apesar de revelar que as autoridades de Macau estão em “alerta máximo” e em contacto permanente com as autoridades do Interior da China, onde se tem verificado um aumento recente do número de casos de covid-19. “Só no caso de haver casos na comunidade é que vamos activar o mecanismo de corte das entradas e saídas nas fronteiras. Mas agora, como o caso confirmado foi tratado em circuito fechado não vai afectar as medidas nas fronteiras”, explicou. Segurança | Governo pondera comprar seguros para quem for vacinado O Governo está a estudar a aquisição de um seguro para quem for vacinado contra o novo tipo de coronavírus. A informação foi avançada pela secretária pelos Assuntos Sociais e Cultura, Ao Ieong U. O objectivo passa pela compra de um seguro para quem vai receber a vacina, ficando as despesas a cargo do Governo, que já entrou em negociações com o sector dos seguros. “Quando houver uma proposta adequada será divulgada”, indica uma nota do Gabinete de Comunicação Social. Por outro lado, questionada sobre a utilidade do edifício do Instituto de Enfermagem do Complexo de Cuidados de Saúde das Ilhas, a secretária indicou que o Governo espera “aproveitar ao máximo essas instalações para alcançar maior eficácia”, no sentido de formar mais pessoal na área. Vacinas | Governo ainda sem datas para anunciar Continua a não haver datas para o início do plano de vacinação contra a covid-19 em Macau. Contudo, apontando que as vacinas encomendadas chegarão ao território até Março Leong Iek Hou, do Centro de Prevenção e Controlo da Doença, diz que não há motivos para a população estar preocupada, até porque as autoridades estão a trabalhar nesse sentido. “Ainda não sabemos a data exacta da chegada das vacinas, mas é no primeiro trimestre. Já temos planos traçados e estamos a preparar, por exemplo, como fazer a avaliação das vacinas, dar formação ao pessoal de saúde (…), aproveitar a Conta Única para as pessoas fazerem o registo e como apresentar essa informação no Código de Saúde. Posteriormente vamos divulgar mais detalhes sobre a vacinação e transmitir o mais cedo possível. Não se preocupem”, referiu.
Voo Tóquio-Macau: Residentes contam como foi Andreia Sofia Silva - 25 Jan 2021 Kits com fraldas, que não foram obrigatórias, distanciamento social, organização, método, aparato policial do aeroporto aos hotéis. Três residentes descrevem a sua experiência nos voos Tóquio-Macau, vindo da Europa, de onde saiu mais um caso positivo de covid-19, com ínfima possibilidade de transmissão local Viajaram por questões prementes para Portugal e não faziam ideia de que, quando do regresso, se deparassem com o cancelamento de voos por parte das autoridades de Taiwan. Um total de 115 residentes chegaram na quinta-feira oriundos da Europa, via Tóquio, separados em dois voos. Três deles contaram ao HM a experiência de viajar com todas as regras de segurança, em contraste com o cenário vivido na Europa. “O voo para Amesterdão vinha quase lotado. Felizmente que o voo Amesterdão-Tóquio tinha o distanciamento necessário e quando chegámos a Tóquio já tínhamos pessoal dos Serviços de Saúde a dar-nos apoio”, contou o fotógrafo António Mil-Homens, que viajou no segundo voo, de onde saiu o 47º caso positivo de covid-19 registado em Macau. No entanto, o residente confessa que “o risco e o número de pessoas com contacto próximo foi extremamente reduzido”. “Havia lugares livres entre pessoas e filas vazias entre passageiros. Não se podia ter exigido mais em termos de precauções”, disse. Num voo de cerca de cinco horas, António Mil-Homens acabou por não usar a fralda providenciada pelas autoridades, que não era de uso obrigatório. “Desembarcámos do avião e fomos divididos em quatro grupos, identificados por cores. Fizemos o teste e tínhamos um balcão só para nós para controlo da emigração.” António Mil-Homens destaca o enorme aparato policial aquando do transporte para o hotel onde se encontra a cumprir a quarentena de 21 dias. “A sensação que tenho é que como se gerou um movimento de crítica de que vinham residentes de zonas de alto risco, este aparato exterior serviu para demonstrar à população de que estavam a ser tomadas todas as precauções.” Mais voos precisam-se Jéssica Leão viajou para Portugal a 11 de Dezembro por motivos familiares, e desde o momento em que aterrou em Lisboa tudo mudou. O voo de regresso foi feito de forma tranquila. “Acho que se fez um grande alarido à volta do uso das fraldas, mas não usei porque foi um voo de cinco horas.” O contraste com a insegurança sentida na Europa foi grande. “Mostrámos o teste [à covid-19] no momento do check-in em Lisboa para Amesterdão, mas o voo ia cheio. Não tem comparação possível, os voos que fiz na Europa estavam apinhados.” A residente gostaria que as autoridades organizassem mais acções semelhantes para o regresso de outros portadores de BIR ao território. “Dentro de um certo período de tempo deveria pensar-se nessa hipótese. As medidas aqui são rigorosas para evitar o contágio junto da população, mas é sempre uma decisão do Governo, uma vez que envolve uma grande logística.” Marta Pereira, jornalista, confessa que sentiu medo quando viajou no espaço europeu. “A Europa não está preparada como está a Ásia. Quando fui para Portugal, via Taiwan, e quando cheguei a Paris, deparei-me com um aeroporto completamente cheio sem distanciamento social.” A chegada à RAEM fez-se com ajuda do pessoal da Air Macau “de forma muito ordeira e organizada”, frisou a residente. Código de saúde | Cor amarela permite trabalhar e ir à escola Sobre o período de auto-gestão de sete dias obrigatório para quem tenha feito quarentena e que activa o Código de Saúde amarelo, Leong Iek Hou, do Centro de Prevenção e Controlo da Doença, esclareceu que a sinalética não introduz qualquer impedimento para trabalhar ou ir à escola. As proibições são apenas ao nível da entrada em locais com aglomerações ou contactos com trabalhadores da linha da frente. “Depois da observação médica de 21 dias é necessário fazer auto-gestão de saúde de sete dias. As pessoas podem ir à escola, podem ir trabalhar, mas estão proibidas de ir a locais com grandes concentrações ou de ter contacto, por exemplo, com o pessoal da linha da frente. O período de auto-gestão é uma medida de dupla proteção, até porque essas pessoas já foram testadas”, explicou a médica.
Covid-19 | Decretada quarentena para oriundos de Huangpu, em Xangai, e Ninjiang Hoje Macau - 24 Jan 2021 O Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus anunciou hoje que será decretada, a partir da meia-noite desta segunda-feira, dia 25, quarentena obrigatória de 14 dias para todas as pessoas que tenham estado nos últimos 14 dias na na área sob jurisdição da Rua da Estrada Leste de Nanjing (Nanjing East Road Street), do Distrito de Huangpu, da Cidade de Xangai, ou no Distrito de Ninjiang, da Cidade de Songyuan, da Província de Jilin. De frisar que se mantém a quarentena obrigatória para outras zonas da cidade de Xangai, bem como algumas zonas de Pequim. Mantém-se também a quarentena para zonas da província de Liaoning, Heilongjiang e Jilin.
Covid-19 | Governo alerta para caso assintomático detectado em Zhuhai vindo a Ucrânia Hoje Macau - 24 Jan 2021 O Centro de Coordenação e Contingência do Novo Tipo de Coronavírus emitiu hoje um alerta para a descoberta de um novo caso de infecção de covid-19 em Zhuhai, para já assintomático, proveniente da Ucrânia. A pessoa em questão chegou a Zhuhai a 2 de Janeiro e, depois de 14 dias de quarentena, regressou à cidade para uma auto-gestão do seu estado de saúde na sua casa por um período adicional de sete dias. No sábado foi realizado um teste de ácido nucleico com resultado positivo. Os especialistas concluíram tratar-se de uma infecção assintomática importada (recaída). As autoridades de Macau afirmam estar em contacto com Zhuhai sobre esta matéria e, para já, “nos contactos próximos [com a pessoa infectada] não foi encontrado ninguém que tenha estado em Macau”. Além disso, “as informações das autoridades de saúde de Zhuhai indicam que as infecções assintomáticas do fenómeno de recaída são menos infecciosas”. Ainda assim, o Centro de Coordenação e Contingência fez hoje um apelo para que todas as pessoas que tenham estado no distrito de Doumen, da cidade de Zhuhai, de 16 a 23 de Janeiro e que apresentem sintomas como febre, tosse, dificuldade em respirar ou falta de paladar e olfacto, entre outras indisposições, se desloquem aos hospitais. “O Centro de Coordenação e Contingência está a monitorizar de perto a situação e se for necessário anunciará outras medidas”, aponta um comunicado.
Covid-19 | Decretado confinamento em dois bairros de Kowloon, em Hong Kong Hoje Macau - 24 Jan 2021 O Governo de Hong Kong, que vive a sua quarta onda de infeções pelo novo coronavírus, confinou este sábado dois bairros populosos localizados na península de Kowloon, numa tentativa de impedir o avanço do vírus. Esta será a primeira vez que os seus residentes ficam confinados nestes bairros desde o início da pandemia. As autoridades tomaram a medida depois de registar um rápido aumento de casos na área nos últimos quatro dias, com 145 casos positivos do SARS-CoV-2 nos bairros de Yau Ma Tei e Jordan. Conforme foi anunciado pelo Governo, num comunicado, quem residir nessas duas áreas deverá fazer o teste para o SARS-CoV-2 e permanecer em casa até que os resultados sejam conhecidos. O confinamento vai durar 48 horas e afeta cerca de 10.000 residentes, muitos deles pobres e idosos que vivem em prédios antigos. Só tem acesso àquela área, isolada pela polícia militar desde a madrugada de sábado, agentes de saúde e demais trabalhadores considerados essenciais como cuidadores de idosos. Os residentes confinados não terão permissão para deixar a área, mas poderão deslocar-se dentro desta se tiverem um resultado negativo do teste para o vírus. As autoridades, que mobilizaram cerca de 3.000 trabalhadores de prevenção e controlo de epidemias para implementar o confinamento, garantiram que fornecerão alimentos e produtos de limpeza para os moradores afetados. Em caso de detecção de um caso de coronavírus, a pessoa infetada será encaminhada ao hospital, enquanto os seus contactos próximos ficarão isolados em centros de observação. O total de infectados em Hong Kong desde o início da pandemia chega a 9.928 pessoas, dos quais 168 morreram.
Covid-19 | China regista 80 novos casos, incluindo 65 de contágio local Hoje Macau - 24 Jan 2021 A China registou 80 infectados com o novo coronavírus nas últimas 24 horas, 65 dos quais são contágios locais, informou hoje a Comissão de Saúde do país. Foram detectadas infeções locais nas províncias de Heilongjiang (29), Hebei (19) e Jilin (12 e três casos na cidade de Xangai e dois casos na capital, Pequim. As autoridades chinesas redobraram os esforços para conter os surtos. Várias áreas foram isoladas e estão a ser efetuados testes em massa à população, numa tentativa de refrear a curva dos casos. As autoridades estão a tentar travar o ressurgimento de surtos na véspera do período de férias do Ano Novo lunar, que decorre entre 11 e 17 de fevereiro de 2021, quando centenas de milhões chineses viajam para os locais de origem. A Comissão de Saúde da China disse que o número de pessoas infetadas ativas no país se fixou em 1.800. O organismo tinha anunciado uma nova morte devido à covid-19 na passada semana, depois de quase oito meses sem registar qualquer óbito causado pela doença. O número de mortes é agora de 4.635. O país somou, no total, 88.991 infetados desde o início da pandemia.
Onze mineiros resgatados com vida de uma mina de ouro na China Hoje Macau - 24 Jan 202124 Jan 2021 Onze mineiros presos há duas semanas dentro de uma mina de ouro na China, devido a uma explosão, foram hoje trazidos em segurança para a superfície, informou a televisão estatal chinesa. No dia 10 de Janeiro, 22 mineiros ficaram presos numa mina na localidade Qixia, na província de Shandong, após uma explosão. A televisão estatal CCTV mostrou os trabalhadores a serem retiradosum a um na tarde de hoje, com os olhos cobertos para os proteger depois de tantos dias a viver na escuridão. Um mineiro morreu devido a um ferimento na cabeça após a explosão, que depositou grandes quantidades de escombros no poço da mina. O destino dos outros 10 mineiros que estavam no subsolo é desconhecido. As autoridades detiveram os administradores de minas por atrasarem a comunicação do acidente. O jornal China Daily disse no seu portal na internet que sete dos trabalhadores foram capazes de caminhar sem auxílio para as ambulâncias. A CCTV mostrou várias ambulâncias estacionadas ao lado de veículos de engenharia no local do acidente. O aumento da supervisão melhorou a segurança na indústria de mineração da China, que costumava ter uma média de 5.000 mortes por ano. No entanto, a grande procura de carvão e metais preciosos continua a estimular a construção de mina, e dois acidentes em Chongqing, no ano passado, mataram 39 mineiros.
Covid-19 | Um infectado entre os passageiros do voo vindo de Tóquio Hoje Macau - 22 Jan 202123 Jan 2021 Macau registou um caso importado de covid-19, o primeiro em cerca de sete meses no território, anunciaram as autoridades de saúde. A doente é uma residente de Macau, de 43 anos, que chegou ao território na quinta-feira, num voo oriundo de Tóquio, acrescentou o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus. “A mulher está assintomática e foi encaminhada para o Centro Hospitalar Conde de São Januário para tratamento em isolamento”, depois de ter obtido resultado positivo em “dois testes rápidos” para a covid-19, de acordo com um comunicado. As autoridades indicaram que oito pessoas que estiveram próximo da doente infetada encontram-se “sob observação médica, em isolamento”, no Centro Clínico de Saúde Pública de Coloane. Dois voos, oriundos de Tóquio, com um total de 109 passageiros provenientes de zonas consideradas de alto risco, chegaram na quinta-feira a Macau. Estes passageiros partiram de 14 países, incluindo: Reino Unido, Portugal, Japão, Irlanda, Países Baixos, Estados Unidos, Suíça, Austrália, Coreia do Sul, Indonésia, França, Emirados Árabes Unidos, Espanha e Itália. Após a chegada, os residentes desembarcaram por grupos, submetidos a testes para a covid-19 e iniciaram já uma quarentena obrigatória de 21 dias, num hotel designado pelas autoridades. Durante este período de observação médica, os residentes vão realizar quatro testes de ácido nucleico, medição diária da temperatura, sem sair do quarto do hotel. No final desta quarentena, todos ficarão sujeitos a “um período adicional de pelo menos sete dias de autogestão de saúde”, indicaram as autoridades.
Tóquio 2020 | COI convicto de que os Jogos vão realizar-se e sem plano B Hoje Macau - 22 Jan 2021 O presidente do Comité Olímpico Internacional (COI) mostrou-se convicto de que os Jogos Olímpicos Tóquio2020 vão decorrer no próximo verão, garantindo que não existe um plano B para a realização da competição. “Não temos, neste momento, qualquer razão para acreditar que os Jogos Olímpicos de Tóquio não começarem em 23 de julho no estádio Olímpico de Tóquio”, afirmou Thomas Bach em entrevista à agência de notícias nipónica Kyodo. Bach garantiu que todos estão “comprometidos” com a realização dos Jogos na data prevista, afirmando que “é por isso que não existe qualquer plano B”. A cerca de seis meses do início dos Jogos, a realização da competição, adiada para o verão de 2021 devido à pandemia, volta a ser questionada devido ao aumento do número de casos e mortes por covid-19, que levou o governo de Tóquio a reinstaurar o estado de emergência. Na quarta-feira, o diretor executivo do comité organizador dos Jogos Olímpicos Tóquio2020 garantiu que “não está em discussão” um cancelamento da competição devido à pandemia de covid-19, admitindo a possibilidade de a realizar sem público. “A realização dos Jogos é o nosso caminho, não discutimos outro”, disse Toshiro Mutu, em entrevista à agência noticiosa francesa AFP, garantindo que o cancelamento da competição, que deverá decorrer entre 23 de julho e 08 de agosto, não está a ser equacionado. Na segunda-feira, o primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, assegurou que o país continua comprometido em realizar os Jogos Olímpicos Tóquio2020 no verão, apesar do número crescente de casos de covid-19 no mundo. Em 08 de janeiro, o Japão decretou um novo estado de emergência, em vigor em 11 das 47 prefeituras do país, nas quais está concentrada mais de metade da população e perto de 80% dos contágios contabilizados. Devido à pandemia de covid-19, que já provocou pelo menos 2.058.226 mortos em todo o mundo, os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Tóquio2020 foram adiados para o verão de 2021.
Covid-19 | China oferece 500 mil doses de vacina ao Paquistão Hoje Macau - 22 Jan 2021 A China vai oferecer 500 mil doses de uma das vacinas contra a doença covid-19 desenvolvidas naquele país ao Paquistão, anunciou o chefe da diplomacia paquistanesa, Shah Mahmood Qureshi. “O Paquistão manifesta grande apreço pelas 500 mil doses de vacina oferecidas pela China”, referiu o ministro dos Negócios Estrangeiros do Paquistão, numa mensagem publicada na rede social Twitter. Já em declarações à imprensa, o ministro frisou que Pequim prometeu a Islamabad que esta primeira entrega de meio milhão de doses seria gratuita e que iria chegar ao Paquistão antes do final do corrente mês. A China também prometeu enviar ao Paquistão outra entrega, desta vez de um milhão de doses, antes do final do mês de fevereiro, acrescentou Shah Mahmood Qureshi, precisando que as autoridades paquistanesas já autorizaram o uso de emergência da vacina desenvolvida pela farmacêutica estatal chinesa Sinopharm. Desde o diagnóstico do primeiro caso da doença covid-19 no país, em fevereiro de 2020, o Paquistão totaliza 527.146 casos e mais de 11.000 vítimas mortais. Outros países asiáticos, como Filipinas, Camboja ou Myanmar (antiga Birmânia), já anunciaram doações de vacinas por parte de Pequim, uma ofensiva diplomática da China que já foi apelidada como “a diplomacia das vacinas”. Em maio de 2020, durante a reunião anual da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Presidente chinês, Xi Jinping, anunciou que Pequim ia oferecer dois mil milhões de dólares (cerca de 1,64 mil milhões de euros) em assistência aos países afetados pela pandemia da covid-19, sobretudo aos mais pobres. Na mesma altura, Xi Jinping disse ainda que as potenciais vacinas que a China previa desenvolver contra a doença iriam estar disponíveis “como um bem público global para que fossem acessíveis a todos os países em desenvolvimento”.
Parlamento Europeu lamenta acordo de investimentos com a China Hoje Macau - 22 Jan 2021 O Parlamento Europeu (PE) apelou esta quinta-feira à libertação “imediata e incondicional” dos activistas de Hong Kong e defendeu que a União Europeia “corre o risco” de perder a “credibilidade” ao negociar um acordo de investimentos com a China. Numa resolução aprovada com 597 votos a favor, 17 contra e 61 abstenções, os eurodeputados apelam “à libertação imediata dos representantes da oposição democrática e activistas detidos em Hong Kong durante as duas primeiras semanas de 2021, mas também de todos aqueles previamente detidos sob acusações de subversão previstas na Lei de Segurança Nacional”. Entre os indivíduos citados na resolução, o PE pede nomeadamente a libertação do activista Joshua Wong, Ivan Lam e Agnes Chow. Face à detenção dos activistas, os eurodeputados ameaçam não ratificar o acordo de investimentos negociado pela UE com a China em dezembro, referindo que, no momento da sua aprovação na assembleia, irão “examinarão cuidadosamente o acordo” e irão ter em consideração “a situação dos direitos humanos na China, incluindo em Hong Kong”. Nesse âmbito, os eurodeputados lamentam que, tanto a Comissão como o Conselho da UE, não tenham ouvido os “pedidos do PE” que instava as instituições a utilizarem o acordo sobre os investimentos com a China enquanto “instrumento de pressão para preservar o alto nível de autonomia de Hong Kong”. “Ao apressar-se a lograr este acordo sem adotar medidas concretas contra as graves violações dos direitos humanos em curso, por exemplo, em Hong Kong, na província de Xinjiang e no Tibete, a UE corre o risco de comprometer a sua credibilidade como paladino mundial dos direitos humanos”, sublinha a resolução. Os eurodeputados exortam ainda o Conselho da UE a ponderar “introduzir sanções direcionadas” contra “indivíduos em Hong Kong e na China, incluindo contra a líder de Hong Kong, Carrie Lam”. A UE e a China chegaram, em 30 de dezembro de 2020, a um “acordo de princípio” sobre investimentos, ao fim de sete anos de negociações, durante uma videoconferência entre líderes da UE e o Presidente chinês, Xi Jinping. De acordo com Bruxelas, este acordo político “irá criar um melhor equilíbrio nas relações comerciais UE-China”, uma vez que “a UE tem sido tradicionalmente muito mais aberta do que a China ao investimento estrangeiro”. Pequim “compromete-se agora a abrir-se à UE numa série de sectores-chave” e a assegurar “um tratamento justo” às empresas europeias, de modo a que estas possam competir em condições de igualdade, referiu a Comissão. Falta agora que o texto do acordo seja finalizado pelas partes, tendo depois de ainda ser aprovado pelo Conselho (Estados-membros) e pelo Parlamento Europeu.
Morreu o autor francês de BD Jean Graton, criador de Michel Vaillant Hoje Macau - 22 Jan 2021 O autor francês de banda desenhada Jean Graton, criador da personagem Michel Vaillant, morreu esta quinta-feira aos 97 anos em Bruxelas, revelou a editora Dupuis. “Jean Graton foi o último ‘monstro sagrado’ da época de ouro da banda desenhada franco-belga”, ao lado de nomes como Franquin, Albert Uderzo e René Goscinny, lembrou a editora. Nascido em Nantes em 1923, Jean Graton conjugou duas paixões ao longo da vida – arte e desporto – vertendo-as para as pranchas da banda desenhada, ao criar em 1957 o automobilista Michel Vaillant, protagonista de uma série de histórias em quadradinhos. A editora Dupuis descreve Graton como “um verdadeiro embaixador do desporto motorizado”, cuja obra e paixão influenciaram gerações de leitores e criaram um universo que ainda hoje “brilha nas livrarias”. Graton iniciou o percurso profissional em Bruxelas em finais dos anos 1940, a desenhar caricaturas e publicidade no Le Journal des Sports. A entrada na banda desenhada deu-se na revista Spirou, tendo colaborado depois na revista Tintin, na qual, a 12 de junho de 1957, apareceu pela primeira vez Michel Vaillant. A propósito do trabalho de Graton na construção desta personagem e do universo automobilístico, no portal Lambiek, dedicado à banda desenhada, lê-se que o autor francês procurava ser rigoroso sobre este desporto e fazia bastante pesquisa, incluindo idas a corridas e encontros com pilotos. “Jean Graton participou em corridas em quase todo o mundo, fazendo amizade com os pilotos, chefes de equipa e diretores de circuito, acumulando milhares de fotos e documentos que conferem ao seu trabalho prestígio e autenticidade”, justifica a editora Dupuis. Em 1982, Jean Graton conseguiu a titularidade legal da sua obra e criou a própria editora, Studio Graton, com a participação do filho, Philippe Graton, que se tornou, entretanto, argumentista das histórias de Michel Vaillant. Jean Graton reformou-se em 2004, altura em que já tinham sido editados cerca de 70 álbuns da série com o piloto. A série, que conta com vários álbuns editados em Portugal, seria retomada em 2012, com novos desenhadores e o argumentista Philippe Graton. Entre os álbuns da série Michel Vaillant há dois com histórias ambientadas em Portugal – “Rali em Portugal” (1971) e “O homem de Lisboa” (1984) -, aos quais se junta “Um encontro em Macau” (1983). Nas primeiras presenças em publicações periódicas portuguesas, como a Cavaleiro Andante, Michel Vaillant chegou a ser designado Miguel Gusmão.