MGM China | Receitas líquidas subiram para 1,2 mil milhões dólares de HK

A melhoria não significa que a concessionária consiga apresentar resultados positivos, depois das perdas de 5,2 mil milhões de dólares de Hong Kong no ano passado

 

As receitas líquidas da MGM China subiram para os 1,2 mil milhões de dólares de Hong Kong no ano passado. Os resultados da concessionária foram apresentados ontem, num comunicado enviado à Bolsa de Hong Kong. As receitas líquidas são o total do montante gerado pelo negócio, ao qual são subtraídos custos com devoluções, reembolsos, descontos, entre outros.

O número representa um aumento das receitas líquidas de 84 por cento face a 2020, o primeiro ano da pandemia, em que este valor se tinha fixado em 656,7 milhões de dólares de Hong Kong. Em 2020, a MGM China tinha registado perdas de 5,2 mil milhões de dólares para os accionistas, um indicador que ontem ainda não foi revelado. Tal só deverá acontecer com a publicação do relatório anual.

Na apresentação dos resultados, William Hornbuckle, presidente da MGM International, empresa-mãe da MGM China, mostrou-se animado com as perspectivas para o futuro. “Apesar de o ambiente operacional continuar a ser cortante a devido a factores variados como as restrições de viagem e as mudanças estruturais no segmento VIP, a MGM China alcançou um recorde de 14 por cento de quota do mercado”, afirmou Hornbuckle.

Por outro lado, o responsável destacou o processo de atribuição das concessões, depois das alterações à lei do jogo terem sido aprovadas, na especialidade, na Assembleia Legislativa. “É importante destacar, que os desenvolvimentos construtivos à volta do processo da renovação das concessões servem para reafirmar a nossa confiança no Governo e na capacidade de conduzir o processo de forma justa”, vincou.

Mais do mesmo

Quanto ao presente ano, o director das operações da MGM China, Hubert Wang, admitiu esperar uma recuperação lenta, devido à política de controlo da covid-19 no Interior. De acordo com as explicações avançadas aos analistas, enquanto as restrições não forem levantadas é difícil ver as receitas do jogo a subirem para níveis próximos daqueles registados antes da pandemia.

Hubert Wang abordou igualmente a campanha contra os junkets promovida pelo Governo de Macau, com as detenções de Alvin Chau, dono da Suncity, e Levo Chan, principal accionista da Tak Chun.

Segundo Wang, o cenário representa uma oportunidade, uma vez que os jogadores podem ser absorvidos pelas concessionárias, e tornarem-se em jogadores do segmento premium de massas.

“Por agora, acho que todos os junkets que operavam no modelo tradicional deixaram de existir em Macau. Por isso, os jogadores e agentes que trabalhavam com os junket estão à procura de um lugar no mercado para se estabelecerem”, explicou Wang.

Estes jogadores são assim uma das apostas para a MGM China. “A nossa prioridade é o mercado de massas, porque sabemos que é o futuro do jogo em Macau. A nossa segunda prioridade passa por absorver tanto quanto possível esses jogadores e transformá-los em clientes do mercado de massas”, acrescentou.

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