Hoje Macau China / ÁsiaUE | Pequim com “forte oposição” aos impostos extra a veículos eléctricos Apesar da oposição alemã, a União Europeia votou favoravelmente a introdução de taxas elevadas às importações de veículos eléctricos chineses. Pequim protestou veementemente contra a decisão e alerta que as consequências negativas poderão recair não só sobre o país asiático, mas também sobre empresas europeias e multinacionais com operações na China Pequim manifestou na sexta-feira “forte oposição” à decisão da União Europeia de impor impostos adicionais sobre veículos eléctricos chineses, segundo o Ministério do Comércio da China. “A China opõe-se firmemente às práticas proteccionistas injustas, não conformes e vergonhosas da UE neste caso e opõe-se fortemente à imposição pela UE de direitos anti-subsídios sobre os veículos eléctricos chineses”, segundo o ministério. O ministério instou os países da UE a “voltarem ao bom caminho”, resolvendo as tensões comerciais através do diálogo, e avisou que iria “salvaguardar os interesses das empresas chinesas”. Para a Câmara de Comércio da China na União Europeia a imposição de tarifas elevadas “não vai prejudicar apenas as empresas chinesas”, mas também “as empresas europeias e multinacionais com operações na China”. A imposição “não irá melhorar a resiliência da indústria europeia local” e poderá “dissuadir futuros investimentos chineses na Europa, prejudicando a competitividade do mercado europeu e enfraquecendo a cadeia de abastecimento global de veículos eléctricos”, alertou a mesma fonte. O gigante automóvel chinês Geely indicou que “esta decisão corre o risco de prejudicar as relações económicas e comerciais entre a UE e a China”. Numa votação realizada na sexta-feira, os 27 confirmaram a imposição de direitos aduaneiros sobre os automóveis eléctricos importados da China, apesar da oposição dos alemães, que receiam uma guerra comercial com Pequim. A Comissão Europeia tem agora carta branca para acrescentar ao imposto de 10 por cento já em vigor uma sobretaxa que pode ir até 35 por cento sobre os veículos a bateria fabricados na China. Estes direitos de compensação deverão entrar em vigor no final de Outubro. Em pormenor, os impostos adicionais ascenderão a 7,8 por cento para a Tesla, 17 por cento para a BYD, 18,8 por cento para a Geely e 35,3 por cento para a SAIC, de acordo com um documento final enviado aos países membros a 27 de Setembro. O objectivo declarado é restabelecer a igualdade de condições com os fabricantes acusados de beneficiarem de importantes subsídios públicos. A imposição de impostos visa ainda defender a indústria automóvel europeia e os seus cerca de 14 milhões de postos de trabalho contra práticas consideradas injustas e identificadas durante uma longa investigação da Comissão. A aplicação de tarifas iniciou-se em Julho, numa base provisória quando Bruxelas decidiu impor direitos aduaneiros até 36,3 por cento ao fabricante de automóveis SAIC, 19,3 por cento à Geely e 17 por cento à BYD, alegando que recebem subsídios que prejudicam os fabricantes da UE. As tarifas também afectam as importações de fabricantes ocidentais que produzem na China, como a Telsa, a Dacio e a BMW, que seriam tributadas a 21 por cento. Olho por olho Em Junho, em resposta às tarifas, o Ministério do Comércio chinês anunciou uma investigação “anti-dumping” contra a carne de porco ou miudezas da UE – tanto refrigerada como congelada -, bem como gordura e derivados de porco ou miudezas, uma medida que poderia acabar por afectar Espanha, o principal exportador de carne de porco para a China, tanto a nível da UE como a nível mundial. De acordo com dados das alfândegas chinesas, em 2023, o gigante asiático importou 1.537 milhões de dólares destes produtos de Espanha. Espera-se que as conclusões desta investigação sejam conhecidas dentro de um ano, embora o processo possa ser prolongado por mais seis meses “em circunstâncias especiais”. Além da carne de porco, Pequim anunciou, em Agosto, uma investigação anti-subvenções a certas importações de produtos lácteos da UE, que afecta, nomeadamente, a Irlanda, a Áustria, a Bélgica, a Itália, a Croácia, a Finlândia, a Roménia e a República Checa.
João Santos Filipe Manchete SociedadeVeículos Eléctricos | Che Sai Wang defende reforço da segurança As viaturas eléctricas são cada vez mais populares, porém, o deputado ligado à ATFPM alerta para a necessidade de aumentar as medidas de segurança na utilização dos postos de carregamento. O aviso foi deixado depois de recentemente uma moto se ter incendiado durante o carregamento O deputado Che Sai Wang defende que o Governo deve apostar mais na segurança dos veículos eléctricos e dos postos de carregamento. A opinião é expressa através de uma interpelação escrita, em que o legislador ligado à Associação de Trabalhadores de Função Pública (AFTPM) reage a um incêndio ocorrido recentemente, quando uma moto eléctrica estava a ser carregada num parque de estacionamento. Segundo o deputado, o objectivo de promover a utilização de eléctricos vai permitir que a cidade emita menores níveis de carbono. No entanto, como a tecnologia ainda é recente, “há vários desafios” com os quais é necessário lidar. E um destes desafios é o facto de haver riscos de incêndio durante os carregamentos, e o facto deste tipo de incêndios exigir medidas especiais de combate. “As autoridades devem reforçar a supervisão da qualidade dos equipamentos de carregamento de veículos eléctricos, da tecnologia de instalação dos postos, e melhorar as medidas de resposta a incêndios dos veículos eléctricos”, alertou. Por outro lado, Che avisa que é necessário realizar uma adaptação a esta nova realidade, a nível da cobertura dos seguros face a estes acidentes, mas também perceber se os preços das medidas de segurança para estes veículos estão ao alcance dos proprietários. “As autoridades devem continuar a optimizar e a rever as medidas de protecção existentes, tais como a cobertura do seguro, o preço dos materiais de combate a incêndios, para garantir que correspondem às necessidades do público”, vincou. “Isto não só protegerá a segurança dos condutores dos veículos eléctricos, mas também aumentará a confiança do público na utilização destes veículos”, acrescentou. Mais acção Ao mesmo tempo, o deputado pretende saber se o Governo vai apertar a fiscalização aos postos de carregamento e realizar inspecções periódicas, para reduzir este tipo de ocorrências. “Actualmente, o funcionamento dos veículos eléctricos em Macau é inseparável da utilização de postos de carregamento. No entanto, com a instalação dos postos pode haver problemas de qualidade ou utilização inadequada, o que pode provocar incêndios”, aponta. “Como podem as autoridades reforçar a segurança e a garantia de qualidade dos postos de carregamento?”, questionou. “Poderão as autoridades considerar a possibilidade de contratar pessoal qualificado para efectuar regularmente a manutenção mensal das instalações de alimentação eléctrica nos locais de carregamento, de modo a evitar a ocorrência de acidentes com incêndios?”, acrescentou. Para evitar os perigos, o legislador quer saber se existe a possibilidade de se recorrer às tecnologias mais recentes para evitar fogos. Com este objectivo, Che pergunta ao Governo se pode utilizar sistemas de videovigilância e inteligência artificial para detectar precocemente os incêndios e activar os mecanismos de segurança.
Hoje Macau China / ÁsiaUE | ACAP acredita em acordo sobre subsídios a eléctricos O secretário-geral da ACAP sublinhou ontem que a decisão da União Europeia (UE) em aumentar as tarifas para a importação de veículos eléctricos da China não é final e que permite às partes chegarem a um entendimento. Em declarações à Lusa, Helder Pedro registou que vê “uma abertura da Comissão Europeia” para que esta e a China, junto da Organização Mundial do Comércio (OMC), possam “negociar e chegar a um entendimento” sobre os subsídios de Estado à produção de veículos eléctricos chineses. “O ideal é haver, digamos, uma liberdade de circulação e que não haja, digamos, este tipo de situações que vão discriminar aquilo que são os vários construtores presentes no mercado”, disse. Helder Pedro assinalou que esta medida pode ainda ser cancelada e tem cariz provisório, prolongando-se até Novembro. “O que está em cima da mesa são medidas provisórias da Comissão Europeia, que vão ser aplicadas entre 4 de Julho e 4 de Novembro sobre alguns construtores. Até lá irão a Comissão Europeia – a Europa, no fundo –, e a China, o Governo chinês, no âmbito da Organização Mundial do Comércio, negociar, dialogar, no sentido de ultrapassar a situação e ver se no fim do período provisório, em Novembro, se continuarão ou não a aplicar estas tarifas”, explicou. O responsável da associação está confiante que o bloco europeu e o gigante asiático vão alcançar um acordo para que possam “cessar estas medidas”. Balança descaída A ACAP entende que este é um assunto que diz respeito a subsídios de Estado e que “não se trata de ‘dumping’, que são processos mais graves”. Estes subsídios, de acordo com Helder Pedro, “não são iguais para todos os fabricantes chineses e também não se aplicam a todos”. Para a decisão, segundo o secretário-geral da associação automóvel, também deve ter pesado a “grande disparidade” entre as importações e as exportações de veículos eléctricos de e para a China. “Em 2023, a União Europeia importou 438 mil veículos eléctricos e exportou 11.500”, referiu, apontando que “os números são muito desproporcionais para a União Europeia”. Para Bruxelas, a cadeia de valor dos veículos eléctricos da China beneficia de subvenções injustas, o que está a causar uma ameaça de prejuízo económico aos construtores da UE. A Comissão Europeia abriu no ano passado uma investigação a estas subvenções, uma investigação que o porta-voz governamental chinês Lin Jian considerou ontem ser “um caso típico de proteccionismo”. “Isto vai contra os princípios da economia de mercado e as regras do comércio internacional, e prejudica a cooperação económica e comercial entre a China e a UE, bem como a estabilidade da produção automóvel global e das cadeias de abastecimento”, referiu o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Lin Jian, em conferência de imprensa. Bruxelas contactou ainda as autoridades chinesas para discutir estas conclusões e possíveis formas de resolver a questão, mas caso as conversações com as autoridades chinesas não conduzam a uma solução eficaz, estes direitos de compensação provisórios serão introduzidos a partir de 4 de Julho através de uma garantia cuja forma será decidida pelas alfândegas de cada Estado-membro.
Hoje Macau China / ÁsiaBYD | Aumento dos lucros estimado em 80 por cento A chinesa BYD, maior fabricante mundial de veículos eléctricos, estimou ontem um lucro líquido entre 29 e 31 mil milhões de yuan, em 2023, uma subida homóloga de cerca de 80 por cento por cento. Em comunicado enviado à Bolsa de Valores de Hong Kong, onde está cotada, a empresa atribuiu este valor ao “rápido crescimento” no sector eléctrico, onde a BYD atingiu um novo recorde de vendas e destronou a norte-americana Tesla como a maior vendedora mundial de eléctricos no último trimestre. “Apesar de a concorrência cada vez mais feroz no sector, a empresa alcançou melhorias significativas na rentabilidade e demonstrou uma forte resiliência através das suas melhorias contínuas na força da marca, do rápido crescimento do volume de vendas no estrangeiro, do aumento constante da vantagem de escala e da forte capacidade de controlo dos custos na cadeia industrial”, referiu a BYD. Estes números são uma estimativa provisória e a BYD vai publicar os resultados para o exercício financeiro de 2023 no final de Março. Tomando estas estimativas como referência, alguns analistas defenderam que os resultados do quarto trimestre da BYD deveriam ser um pouco melhores, o que fez com que as acções da empresa caíssem ontem 5,48 por cento durante a parte da manhã da sessão da bolsa de Hong Kong. Actualmente, dois em cada cinco veículos vendidos na China são eléctricos, representando estas vendas 60 por cento do total mundial. Segundo estimativas do banco suíço UBS, até 2030, três em cada cinco veículos novos vendidos no país asiático serão movidos a baterias e não a combustíveis fósseis. A BYD indicou recentemente que as vendas de todos os seus automóveis aumentaram quase 62 por cento em termos anuais até 2023, para mais de três milhões de unidades.
Hoje Macau China / ÁsiaVeículos eléctricos | Xpeng quer reduzir custos em 25% A Xpeng, uma das maiores fabricantes de veículos eléctricos da China, anunciou ontem um plano para cortar os seus custos de produção em 25 por cento, até 2024, visando alcançar um saldo de caixa positivo no ano seguinte. “A capacidade de desenvolver produtos atractivos a preços acessíveis tornou-se mais importante [no sector]”, disse o presidente da empresa, Brian Gu, citado pelo jornal de Hong Kong South China Morning Post. O plano ilustra a acirrada competição entre as fabricantes de veículos eléctricos do país asiático, que estão a travar uma guerra de preços, após o governo chinês ter removido a atribuição de subsídios, oferecidos desde 2009 para este tipo de veículo. A Xpeng baixou já os seus preços em 13 por cento em Janeiro, também apoiada pela queda nos preços do carbonato de lítio, o mineral utilizado no fabrico de baterias que pode representar 40 por cento do custo de um carro eléctrico. O preço do lítio caiu 60 por cento no espaço de um ano. “Os fabricantes de eléctricos inteligentes precisam de ter cautela com a lucratividade daqui para a frente porque a concorrência vai aumentar com o lançamento de novos modelos”, explicou Gao Shen, analista do sector, citado pelo SCMP. “As principais empresas emergentes do sector também vão ter que ser cuidadosas para se prepararem para a turbulência no sector eléctrico nos próximos anos”, acrescentou.
Hoje Macau China / ÁsiaChina respondeu por metade das vendas globais de veículos elétricos em 2021 Metade das vendas de veículos elétricos registadas em 2021 em todo o mundo foram realizadas na China, segundo dados divulgados hoje pela consultora Canalys. De acordo com a Canalys, foram vendidos em todo o mundo 6,5 milhões de veículos elétricos, no ano passado, um acréscimo de 109%, face a 2020. O valor corresponde a 9% do total de vendas de veículos em todo o mundo. Mais de 3,2 milhões de unidades foram vendidas na China, onde os elétricos já representam 15% das vendas, duplicando assim a percentagem face ao ano anterior. “Muitos modelos novos são lançados todos os meses em cada um dos segmentos importantes do mercado”, referiu a consultora no relatório. “Há grandes oportunidades de crescimento em 2022 e para o futuro”, descreveu. A Europa fica atrás no valor nominal das vendas (2,3 milhões de veículos), mas supera a China no percentual, com os elétricos a representarem 19% do total de carros vendidos em 2021. Nos Estados Unidos, a taxa de adoção é bem menor. No total, foram vendidas 535 mil unidades, o que representou 4% das vendas de automóveis, em 2021. A fabricante norte-americana Tesla continua a ser a marca líder, com 14% de quota de mercado, seguida do Grupo Volkswagen (12%) e das chinesas SAIC (11%) e BYD (9%). No caso da SAIC, muito do sucesso deve ser atribuído ao seu modelo ‘low-cost’ Wuling Hongguang Mini EV, que custa cerca de 3.900 euros e foi o modelo mais vendido na China, no ano passado.
Hoje Macau SociedadePoluição | Ambientalistas contra compra de veículos eléctricos A associação Green Student Union defende que o Governo deve reduzir o número de veículos privados em vez de promover a compra de veículos eléctricos. A posição foi tomada na sequência do relatório com o Planeamento da Protecção Ambiental de Macau, publicado pela Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental, onde consta como objectivo a promoção da compra de veículos eléctricos. Em declaração ao jornal All About Macau, Joe Chan, o presidente da associação, explicou que este planeamento só está a incentivar a população a trocar os carros movidos a combustíveis fósseis por carros eléctricos. Contudo, a associação quer é promover a redução dos veículos. Segundo as explicações, mesmo um veículo eléctrico precisa de electricidade para andar, que é produzida com recurso à queima de combustíveis fósseis, o que também provoca poluição. Ainda no que diz respeito ao transporte privado, Joe Chan apelou ao Governo para pensar em como promover a substituição dos veículos antigos e mais poluidores e aplicar exigências mais restritivas sobre a emissão de gases poluentes dos veículos.
Hoje Macau China / ÁsiaVendas de veículos “limpos” quase triplicam na China em 2021 As vendas dos chamados veículos “limpos” praticamente triplicaram, no ano passado, na China, impulsionadas por subsídios, anunciou hoje uma associação do setor. A China, o maior emissor de gases com efeito de estufa do mundo, tem como objetivo ter uma frota de veículos em 2035 composta sobretudo por veículos não poluentes. Em 2021, cerca de três milhões de veículos limpos (elétricos, híbridos ou a hidrogénio) foram vendidos no país asiático, o maior mercado automóvel do mundo, informou a Associação Chinesa de Fabricantes de Veículos de Passageiros (CPCA). Trata-se de um aumento de 169%, no período de um ano, praticamente triplicando as vendas. A CPCA reviu em alta as suas projeções, para 2022, e tem como meta 5,5 milhões de veículos “limpos” vendidos. Um quarto da frota de carros do país asiático seria então alimentada com novas energias. Muitas marcas locais – BYD, SAIC-GM-Wuling, Geely, XPeng ou Nio – competem neste nicho com a norte-americana Tesla. O mercado é impulsionado principalmente por subsídios, que foram reduzidos em 30%, desde o início deste ano, e devem desaparecer totalmente, em 31 de dezembro de 2022. A China é o maior mercado de automóveis do mundo. Em 2021, foram vendidos cerca de 20,1 milhões de veículos novos em todas as categorias, um aumento de 4,4% no espaço de um ano. Em crescimento contínuo desde a década de 1990, graças à melhoria de vida da população, as vendas de automóveis caíram em 2018 e 2019, num cenário de desaceleração da economia chinesa e de tensões comerciais com os Estados Unidos. Em 2020, as vendas de automóveis foram fortemente penalizadas, recuando 6,8%, devido ao impacto da pandemia da covid-19, que paralisou o país no primeiro trimestre.
Hoje Macau China / ÁsiaXiaomi vai fabricar 300.000 veículos eléctricos por ano na nova fábrica em Pequim O grupo de tecnologia chinês Xiaomi assinou um acordo com as autoridades de Pequim para construir uma fábrica de veículos elétricos, com capacidade para produzir até 300.000 unidades por ano, informou hoje o portal de notícias económicas Yicai. A fábrica, da qual sairão os primeiros veículos em 2024, vai ser construída em duas fases, embora não tenha sido divulgado o valor do investimento. A Xiaomi, conhecida pelos seus telemóveis e outros dispositivos, anunciou, em março passado, a entrada no setor elétrico, com um investimento equivalente a 8.864 milhões de euros, ao longo dos próximos dez anos. Em setembro, a empresa formalizou a criação da sua nova subsidiária dedicada a este tipo de veículo, com um capital inicial de 1.389 milhões de euros. Mais de 500 funcionários trabalham já nesta nova subsidiária, disse recentemente a empresa de tecnologia, que já fabrica alguns veículos elétricos de pequeno porte, e também fez parceria com a chinesa Super Soco para produzir conjuntamente motocicletas elétricas.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadePlano quinquenal | Especialistas destacam política sobre veículos eléctricos O ambientalista Joe Chan e o académico Thomas Lei congratulam o Governo pela medida que obriga serviços públicos a escolherem veículos eléctricos, quando for necessário adquirir viaturas novas. Porém, Joe Chan critica a postura conservadora face às metas ambientais para os próximos anos A partir do próximo ano, o Executivo vai obrigar todos os serviços públicos a comprar veículos eléctricos quando for necessário adquirir ou substituir viaturas da frota automóvel. A medida prevista no segundo Plano de Desenvolvimento Quinquenal da RAEM (2020-2025) é para o académico Thomas Lei, da Universidade de São José (USJ), um passo importante. “É um grande passo em frente o Governo exigir aos departamentos públicos que apenas tenham veículos eléctricos em substituição dos antigos, assim como a construção de estações de carregamento para veículos eléctricos”, disse ao HM. Para o especialista, “como os veículos eléctricos têm zero emissões e não emitem partículas PM 2.5 e NOx [óxido de nitrogénio] para a atmosfera, podem ser uma solução para reduzir as emissões dos veículos nas estradas de Macau”. Na óptica do ambientalista Joe Chan este é o único ponto positivo das políticas ambientais contidas no novo Plano Quinquenal. “Vemos que o Governo está a esforçar-se para que os veículos eléctricos sejam mais populares, com mais parques de estacionamento e estações de carregamento, além de que o Governo vai adquirir carros eléctricos. Nos próximos cinco anos, sem dúvida que veremos mais viaturas deste tipo nas estradas.” Níveis podem melhorar Outra das propostas do Executivo é manter, até 2025, a emissão de partículas PM 2.5 abaixo das 25 microgramas por metro cúbico. Thomas Lei destaca “o compromisso” de reduzir emissões de dióxido de carbono para a atmosfera nos próximos cinco anos, propondo passar de 53 para 45 por cento. O académico considera, no entanto, que o nível da emissão das partículas PM 2.5 ainda pode melhorar para atingir os níveis sugeridos pelo Guia da Qualidade do Ar da Organização Mundial de Saúde. Além disso, “o ideal é que haja uma elevada percentagem de dias com ar limpo para actividades ao ar livre”. Para Joe Chan a redução das emissões de dióxido de carbono “é o único objectivo do Plano no qual vale a pena focarmo-nos”. O ambientalista aponta que “não podemos esperar uma grande melhoria da qualidade do ar nos próximos cinco anos porque continua a ser usado o mesmo objectivo constante no índice de poluição do ar”. Assim sendo, o ambientalista considera que os objectivos públicos para as zonas verdes são “desapontantes”. Está prevista a plantação de cinco mil árvores e o aperfeiçoamento de 20 mil metros quadrados de zonas verdes. “O Governo apenas diz que vai melhorar a área destinada a zonas verdes em vez de aumentar, o que é verdade, pois no passado a definição de zona verde era ridícula, incluindo espaços abertos dos casinos e cemitérios. Provavelmente, o Governo quer usar os próximos cinco anos para melhorar essas áreas.” Relativamente a Coloane, Joe Chan entende que “a construção deveria ser restringida nas zonas húmidas e montanhosas” e aproveitados os terrenos ocupados ilegalmente para novos espaços verdes.
Pedro Arede SociedadeCarregamento de veículos eléctricos vai passar a ser pago O GDSE quer incentivar a instalação de postos de carregamento privados, já que, a longo prazo, carregar o automóvel nas estações públicas terá um preço. Existem em Macau actualmente 196 estações públicas para carregar veículos eléctricos. Até ao final do ano, serão instaladas mais quatro [dropcap]A[/dropcap] longo prazo, o serviço de carregamento público de veículos eléctricos vai passar a ser pago. De acordo com uma nota divulgada pelo Gabinete para o Desenvolvimento do Sector Energético (GDSE), a intenção é incentivar gradualmente a instalação de carregadores de velocidade média/lenta nos lugares de estacionamento privados. Com o tempo, a ideia é que os lugares de estacionamento para carregamento de electricidade assumam um papel complementar, até porque se prevê, que “o carregamento privado seja mais barato do que as tarifas do serviço de carregamento público”. “Os cidadãos devem instalar carregadores para seu próprio uso nos lugares de estacionamento privados e recarregar os veículos preferencialmente à noite. Como os carregadores a velocidade rápida têm um custo de instalação mais elevado, diminuem a vida útil das baterias e gastam os recursos da rede eléctrica, entre outros pontos negativos, (…) o Governo incentiva os cidadãos a instalarem, nos lugares de estacionamento dos edifícios residenciais, equipamentos privados para o carregamento a velocidade média/lenta”, pode ler-se no comunicado. Apesar de ainda não existirem detalhes concretos quanto a valores e início da implementação das tarifas nas estações públicas, o GDSE aponta que o preço será “mais alto do que a tarifa de electricidade normal das residências, mas mais baixo do que a despesa do consumo de gasolina normal por quilómetro”. Venham mais quatro Dos 200 postos de carregamento públicos propostos pelo Governo no Plano Quinquenal de Desenvolvimento da RAEM (2016-2020), faltam ainda instalar quatro, cuja implementação está a ser “acelerada”. Quanto aos 196 já em funcionamento, 42 situam-se em parques de estacionamento públicos geridos pela Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) e seis estão nas vias públicas. A médio/curto prazo, o GDSE considera ainda que os 200 lugares de estacionamento públicos propostos pelo Governo “são suficientes para uso em caso de necessidade por motivos de autonomia, para os veículos eléctricos ligeiros existentes em Macau”.
Hoje Macau DesportoAntónio Félix da Costa admite que título de Fórmula E é “a maior conquista da carreira” [dropcap]O[/dropcap] piloto português António Félix da Costa (DS Techeetah) considera que o título conquistado na semana passada no Campeonato de Fórmula E, para carros elétricos, é a “maior conquista” da sua carreira. Em entrevista à Agencia Lusa, o piloto de Cascais recorda as duas vitórias em Macau em Fórmula 3, mas admite que o título de Fórmula E as supera. “Os grandes prémios de Macau que venci foram, de facto, muito grandes e a felicidade que senti foi muito alta, mas este campeonato de Fórmula E chega a bater isso. O esforço, a dedicação, os anos que demorei a colocar-me na posição de conseguir ganhar… é o melhor resultado da minha carreira até agora”, diz. António Félix da Costa revela que sentiu algumas dificuldades de adaptação ao DS após seis anos com um BMW, mas, no final, o esforço compensou. “Ingressar numa equipa nova é sempre complicado. Estive seis anos na BMW, conhecia a equipa toda, os cantos à casa. O carro foi desenhado por mim na BMW. No início, não estava a acertar com as qualificações, não tinha ainda a confiança no carro. Mas, com o tempo e com trabalho, conseguimos aperfeiçoar essa fase, o que tornou a nossa vida mais fácil”, frisa. O piloto de 28 anos acredita que a próxima temporada “vai ser muito complicada. “Esta equipa é campeã há três anos e toda a gente nos vai querer bater”, sublinha o luso. O piloto português terminou o campeonato com uma vantagem de 71 ponto em relação ao segundo classificado, um recorde na disciplina. Nas últimas corridas do campeonato, saltou à vista alguma tensão no relacionamento com o companheiro de equipa, o francês Jean-Eric Vergne, que era o bicampeão da categoria. “É um piloto ganhador, que quer ser campeão. Não me ajudou, mas também não me prejudicou. Não me tratou pior do que trataria qualquer outro piloto. Mas já estava à espera, pelo que não foi uma surpresa”, declara Félix da Costa. Quanto à possibilidade de Portugal vir a acolher uma corrida do campeonato, revela que já existiram conversações entre os responsáveis da categoria e a Câmara de Lisboa. “Há essa vontade. Sei que há coisas a acontecer, Portugal está no mapa, mas a Fórmula E está a crescer de uma forma incrível, tem 20 países à espera para entrar no campeonato. Pode ser que com este título se desperte um pouco mais esse interesse e haja mais vontade”, atira. O carro que deu o título ao piloto luso é já de segunda geração. “É um carro 100% elétrico. A forma como a potência chega às rodas é incrível, tens um binário instantâneo e muito consistente. Não precisas de mudanças, o motor elétrico está sempre pronto para o seu nível máximo”, explica, abrindo a porta “a uma terceira geração”, que deverá surgir “dentro de dois anos”. “Terá quatro motores e o dobro da potência. Atualmente temos cerca de 370 cavalos”, revela. Anda assim, muito longe da potência da Fórmula 1, que ficou como um espinho atravessado na garganta. Mas Félix da Costa garante que já ultrapassou a desilusão e já não pensa nisso. “Já estou velho. Os miúdos que estão na calha têm todos 21, 22 anos. O meu foco já não está aí”, frisa. Agora, o próximo objetivo passa pelas 24 Horas de Le Mans. “Acho que se tivermos cabeça e minimizarmos os erros, podemos fazer um pódio”, conclui.
Hoje Macau SociedadeTransportes | Defendidos mais apoios para uso de veículos eléctricos [dropcap]O[/dropcap] presidente da Associação de Veículos Motorizados de Protecção Ambiental Verde de Macau, Lei Chong Sam, lamentou que Macau não tenha mais de 100 motociclos eléctricos nas ruas, e apontou inconveniências ao carregamento da bateria, noticiou o Ou Mun. De acordo com o responsável, só o estacionamento do Jardim de Vasco da Gama oferece pontos de carregamento. De resto, os utilizadores podem trocar a bateria, mas ficam dependentes de pontos criados pelas empresas que vendem o produto. Lei Chong Sam comparou esta situação à de Taiwan, que no ano passado atingiu um recorde, com cerca de 79 mil motos eléctricos nas ruas. Já a província de Guangdong, tem pelo menos 50 milhões de carros eléctricos e 10 milhões de motociclos. Observou ainda que entre 2011 e 2018 houve marcas de Taiwan e da China Continental voltadas para motas eléctricas que abandonaram o mercado, argumentando que não há uma tendência de utilização de motociclos eléctricos por falta de políticas de apoio por parte do Governo, e de poder de mercado. O vendedor de autocarros eléctricos, Ho Chak Meng afirmou que o consumo energético de automóveis e autocarros turísticos eléctricos, é 60 por cento mais baixo do que nos carros a diesel. E notou que existem no território 120 autocarros turísticos eléctricos, por causa da escassez dos apoios do Governo. Os dois representantes sugerem que o Governo elimine gradualmente os motociclos com emissões altas e poluentes, e incentive os utilizadores a mudarem os motociclos com a idade superior a 10 anos para veículos eléctricos, mediante isenção do custo de registo.
Hoje Macau PolíticaAmbiente | Lam Lon Wai exige mais carros eléctricos [dropcap]O[/dropcap] deputado Lam Lon Wai interpelou o Governo sobre medidas para promover o uso de veículos eléctricos, criticando o facto de o número de carros movidos a electricidade no território ser ainda muito baixo. Para o deputado, as estratégias do Governo não são claras. Na sua interpelação, o deputado também lembrou que os departamentos públicos são os mais qualificados para aderir aos veículos eléctricos e que o Governo deveria assumir a liderança a este nível. Lam Lon Wai citou ainda a resposta do coordenador do Gabinete para o Desenvolvimento do Sector Energético (GDSE), Hoi Chi Leong, a uma interpelação do deputado Ho Ion Sang. Na resposta, o coordenador explicou que foi introduzida a obrigatoriedade da reserva de espaço em edifícios novos para a instalação de equipamentos de carregamento de veículos eléctricos. No entanto, até ao dia 31 de Maio deste ano, havia apenas 566 veículos eléctricos em Macau, incluindo 401 automóveis ligeiros, 90 automóveis pesados, cinco motociclos e 70 ciclomotores, o que, na visão do coordenador do GDSE, mostra que a promoção do uso destes veículos não tem sido eficaz.
admin DesportoFórmula E | Sam Bird vence na pista, Mortara na secretaria Final electrizante em Hong Kong, com o piloto inglês da Virgin, Sam Bird, a ser penalizado em cinco segundos após um toque em Andre Lotterer, que comandou grande parte da corrida, deixando-o fora de prova com um furo no seu DS Teecheetah. A vitória acabaria por sorrir a Edoardo Mortara. António Félix da Costa não foi além do 10.º lugar O circuito temporário de Hong Kong ocupa os novos aterros em Central. [dropcap]H[/dropcap]ong Kong recebeu pela terceira vez o campeonato de automobilismo do futuro, com monolugares totalmente eléctricos, organizando a quinta prova da época 2018/2019. Dada a estratégia envolvida, há quem diga que a Fórmula E está mais próxima de uma consola de jogos do que de uma corrida de automóveis tradicional. Mas nesta época, em que foram introduzidos os carros da segunda geração, mais rápidos e com maior autonomia, a emoção e a imprevisibilidade têm durado até à última curva. Foi o que aconteceu este ano no território vizinho. Stoffel Vandoorne (ex-piloto McLaren F1) saiu da pole mas foi surpreendido pelos seus adversários, com Oliver Rowland (Nissan) a assumir o comando, com Bird logo atrás. Mas um acidente envolvendo Filipe Nasr (Dragon Racing) e os dois homens da Mahindra, Jerome d’Ambrosio e Pascal Wehrlein, a equipa com melhor performance até aqui, accionou uma bandeira vermelha e interrompeu a corrida durante 15 minutos. Sam Bird não conseguiu repetir o triunfo de 2018, sofrendo uma penalização de cinco segundos que o relegou para a sexta posição. No reinício, Bird ultrapassa Rowland, que cai para décimo, e Lotterer não perde tempo e repete a operação ao britânico, quando este alarga demasiado a trajectória, ocupando assim o topo da classificação. Num circuito exíguo, construído no porto marítimo junto ao centro financeiro da RAEHK, não há lugar para erros, e Sebastien Buemi, o outro piloto da Nissan e eterno candidato ao título, conseguiu percebê-lo a meio da prova ao destruir uma roda numa das chicanes do percurso, trazendo o safety car de volta para a pista. Vandoorne também parava, continuando a sua série de maus resultados. Até ao fim A prova realiza-se apenas durante um dia, com treinos e qualificação durante a manhã e a corrida durante a tarde. Com 11 minutos de prova por cumprir, a luta continuou nas garras de Bird e do alemão da Teecheetah, que comandava pela primeira vez na sua carreira uma corrida de Fórmula E. Mas nunca se desiste e cada milímetro da pista conta. Forçando a ultrapassagem, o piloto inglês recupera a primeira posição, deixando um rasto de fumo no carro de Lotterer, com um dos pneus traseiros furado, não conseguindo completar a última volta. Já fora de horas, a manobra seria penalizada pelos comissários de pista, elevando Eduardo Mortara (Venturi), o segundo a passar a linha de meta, ao topo do pódio, seguido de Di Grassi (Audi) e Frinjs (Virgin). Bird foi relegado para o sexto posto, o que equilibrou bastante as contas do campeonato. Quanto a António Félix da Costa, vencedor do Grande Prémio de Macau, pela primeira vez esta época não conseguiu dar nas vistas. Partindo de 20.º lugar, cedo se queixou de falta de velocidade e aderência no seu BMW iFE.18, não conseguindo recuperar para além da décima posição, apesar de ter efectuado um excelente arranque. O piloto português ocupa agora o quinto lugar no campeonato, com 47 pontos. A competição é comandada por Sam Bird (54), seguido por d’Ambrosio (53) e Di Grassi e Mortara (ambos com 52), o que deixa tudo em aberto quando ainda faltam oito corridas até ao final. A próxima prova realiza-se na estância turística de Sanya na ilha chinesa de Hainão, no dia 23 de Março. O QUE MUDOU NA ÉPOCA 2018/2019 • São introduzidos os veículos Gen2, agora com 250kW de potência, atingindo 280km/h; • Novas baterias desenvolvidas pela McLaren; • Corridas apenas com um carro por piloto, com a duração de 45min + 1 volta; • Attack Mode: Área designada da pista que activa mais 25kw durante oito minutos; • Introdução do “halo” nos cockpits como medida de segurança; • A BMW torna-se construtor oficial em parceria com a Andretti; • A HWA entra no campeonato preparando terreno para a Mercedes; • A Renault passa o testemunho à sua irmã Nissan; • Felipe Massa e Stoffel Vandoorne juntam-se aos pilotos que transitaram da F1 para esta disciplina. Resumo da Prova https://www.youtube.com/watch?v=oEVcCWnufCI • SITE OFICIAL
Hoje Macau China / ÁsiaFabricantes de carros eléctricos enviam localização de viaturas para Governo chinês [dropcap]A[/dropcap] China pediu a todos os fabricantes de veículos eléctricos o envio de informações constantes sobre a localização precisa dos carros, reforçando a capacidade de vigilância de Pequim, noticiou a agência de notícias Associated Press (AP). Mais de 200 fabricantes, incluindo a Tesla, a Volkswagen, a BMW, a Daimler, a Ford, a General Motors, a Nissan, a Mitsubishi e a startup NIO transmitem informações sobre a localização e dezenas de outros dados para centros de monitorização do Governo chinês, segundo a AP. Geralmente, tal acontece sem o conhecimento dos proprietários de carros. Os fabricantes alegam que estão apenas a cumprir as leis locais, que se aplicam apenas aos veículos de energia alternativa. As autoridades chinesas explicam que os dados são usados de forma a melhorar a segurança pública, facilitar o desenvolvimento industrial e o planeamento de infra-estruturas, além de prevenir fraudes em programas de subsídios. Contudo, outros países que são grandes mercados para os veículos eléctricos, como os Estados Unidos, o Japão, e por toda a Europa, não recolhem esse tipo de dados em tempo real. A recolha de informações é vista com preocupação, uma vez que estas podem ser usadas não apenas para prejudicar a posição competitiva de fabricantes estrangeiros, mas também para a vigilância num país onde há poucas protecções à privacidade pessoal. Sob a liderança do Presidente chinês, Xi Jinping, Pequim passou a gerir grandes volumes de dados e inteligência artificial para reforçar o policiamento, capaz de prever e eliminar as ameaças percebidas à estabilidade do Partido Comunista. Há também a preocupação com o precedente que essas regras possam estabelecer na partilha de dados de carros da próxima geração, que em breve poderão transmitir ainda mais informações pessoais.
Sofia Margarida Mota SociedadeDSPA diz querer apostar nos veículos eléctricos [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Governo está a promover um plano de curto, médio e longo prazo para a introdução de eco veículos em Macau. A informação é dada pela Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental em resposta às preocupações do deputado Leong Sun Iok. Para provar a afirmação, a DSAT avança com números. “Existem em Macau, 26 parques de estacionamento públicos que disponibilizam no total, 121 lugares de carregamento para veículos e motocicletas eléctricos”, lê-se no documento. Quanto à instalação deste tipo de equipamentos em instalações privadas, o Governo aponta a sua viabilidade para meio do ano. A justificação prende-se com a entrada em vigor do regime jurídico da administração das partes comuns do condomínio, “que irá facilitar a instalação de equipamentos de carregamento elétrico em edifícios privados”, explica a DSPA. De acordo com o organismo, trata-se de uma iniciativa que conta com o apoio da Direcção para os Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT). Entretanto os estudos continuam, desta feita com a colaboração do Gabinete para o Desenvolvimento do Sector Energético, acerca das normas e instalação de equipamentos para os edifícios recém construídos. Eléctricos, mas para os outros Já nos serviços públicos os veículos eléctricos parecem estar esquecidos. A atenção vai antes para os chamados eco-veículos com emissões reduzidas de gazes tóxicos. São um total, a uso da administração, de 713 veículos. Em 2016 o Governo teve dois autocarros eléctricos em circulação durante o período de 30 dias para. O objectivo era recolher opiniões de modo a pensar na viabilidade de se implementar este tipo de transportes em Macau. Ainda sem resposta relativamente este tipo de transporte, a DSAT considera antes a quantidade de veículos de transporte público que circulam com emissões reduzidas de gazes e afirma que “60 por cento dos autocarros públicos “satisfazem as normas Euro IV, ou superior” . Paralelamente a DSAT garante estar a apoiar a introdução de veículos de energia ecológica pelas concessionárias de jogo. As vantagens do uso de autocarros eléctricos já eram defendidas em 2016 por quem trabalhava no projecto piloto. De acordo com o engenheiro Wong Hongwei, que estava encarregue da supervisão dos autocarros em experimentação, “os veículos a diesel, depois de circularem três mil a cinco mil quilómetros, já precisam de trocar o óleo de motor e outras pequenas peças”, dizia. “Os nossos autocarros eléctricos que já andaram cerca de seis mil quilómetros, ainda não têm essa necessidade. Ainda não trocámos nada”, acrescentava, sendo que “basta estarem a carregar durante uma hora que chega para fazer o percurso diário”, garantia Wong Hongwei. Por cada percurso completo, o autocarro eléctrico E02 gasta “quatro por cento de electricidade, naquilo que se calcula serem 17 quilómetros”.
Victor Ng PolíticaVeículos eléctricos | Leong Sun Iok fala em pouca eficácia do Governo [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] deputado Leong Sun Iok escreveu uma interpelação escrita ao Governo onde fala da falta de eficácia do Governo na promoção dos veículos amigos do ambiente, apesar dos trabalhos de divulgação que têm sido realizados nos últimos anos. O deputado citou dados estatísticos que mostram que, até final de Outubro, existiam apenas 209 carros eléctricos a circular no território, número que ocupa menos de 0,1 por cento do total de veículos motorizados registados. Na visão de Leong Sun Iok, a pouca adesão a este tipo de veículos prende-se com a insuficiência na sua promoção, a falta de instalações complementares bem como a falta de lugares de carregamento de baterias. Como a maioria desses lugares de carregamento estão situados nos parques de estacionamento públicos, isso pode tornar-se um inconveniente para muitos condutores, lembrou Leong Sun Iok. O deputado, número dois de Ella Lei na Assembleia Legislativa e ligado à Federação das Associações dos Operários de Macau, pediu ao Governo para explicar as razões que têm levado à pouca utilização de veículos verdes, exigindo a instalação de mais equipamentos nos edifícios para o carregamento de baterias. Por outro lado, Leong Sun Iok acha que a participação dos serviços públicos é essencial para incentivar a que mais pessoas usem veículos ecológicos. Nesse sentido, o deputado questiona o Executivo sobre as medidas de fomento deste tipo de veículos por parte dos serviços públicos.
João Luz SociedadeAmbiente | Veículos verdes representam percentagem minúscula [dropcap style≠’circle’]N[/dropcap]o final de Agosto, Macau tinha registados 203 veículos movidos a energias renováveis, uma parcela ínfima do valor global. Esta semana, foi anunciado na Agência Xinhua que a China tenciona proibir a produção e venda de carros a gasolina e gasóleo. Na semana passada, a Direcção para os Assuntos do Tráfego (DSAT) anunciou o reembolso total do imposto pago na compra de um veículo danificado pelo tufão Hato caso o lesado escolhesse comprar um carro, ou motociclo, novo e amigo do ambiente. Os serviços deram como exemplo veículos eléctricos, ou que usem a energia solar ou gás como combustíveis. De acordo com dados fornecidos pela própria DSAT, no final de Agosto estavam registados em Macau 203 veículos eléctricos. Desse reduzido universo, 22 pertencem à Função Pública, 14 à CEM e três pertencem aos serviços do aeroporto. Ou seja, de um total de 242.718 veículos, apenas 164 são eléctricos e têm donos privados, o que representa a ínfima percentagem de 0,07. Carros movidos a energia solar não existem, enquanto os que usam gás como combustível são 99, todos veículos pesados de transporte de passageiros. A aposta tímida neste tipo de transporte não é coisa de agora. Em 2006, a arquitecta Maria José de Freitas apostou no sector. Conseguiu o contacto de uma fábrica em Shenzhen que produzia os automóveis, e outra que fazia e reciclava baterias, ambas patrocinadas pelo Governo Central. “O ciclo era perfeitamente controlado. Consegui trazer esses carros para cá, estiveram em exposição no Venetian por dois anos consecutivos, mas não havia legislação que suportasse isso em Macau, não havia forma de autenticar a utilização dessas viaturas”, conta. Proibição ecológica Maria José de Freitas enfrentaria uma batalha quixotesca, um jogo do empurra entre a DSAT e a Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental. “Foi uma corrida de obstáculos permanente, extremamente desgastante”, recorda. Desde então, apesar de haver enquadramento legal, pouco mudou na realidade de Macau quanto ao uso de veículos amigos do ambiente. No final de Agosto estavam registados 86 motociclos “verdes”, o que, num universo total de 94.865, representa uma percentagem de 0,09. A China, o maior mercado automóvel do mundo, anunciou que vai proibir a venda e produção de carros a gasolina e gasóleo, seguindo os exemplos da França, Reino Unido, Noruega e Índia. Apesar de ainda não ter data estabelecida, a decisão promete abalar a inteira indústria automóvel. Maria José de Freitas acredita que esta medida pode mudar totalmente o jogo. A entrada em campo da Tesla já havia mudado ligeiramente o panorama cultural onde conduzir um carro eléctrico não dava status. Independentemente de questões culturais, a Ford, General Motors e Volkswagen, que estão instaladas na China, já anunciaram a produção de carros 100 por cento eléctricos. Proprietários de carros inundados entregam carta na DSAT [dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]m grupo de proprietários de veículos que ficaram inundados com a passagem do tufão Hato dirigiram-se esta semana à Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) para a entrega de uma carta onde expressam as suas opiniões e queixas sobre as medidas a adoptar pelo Governo acerca desta matéria. O representante dos donos dos veículos, de apelido Ng, disse que as inundações registadas em cinco parques de estacionamento públicos provocaram estragos em 700 veículos. Segundo o Jornal do Cidadão, os proprietários pedem que sejam feitas melhorias na medida de redução do imposto, uma vez que há pessoas que não estão interessadas em comprarem novos automóveis. Esta é uma situação que não está prevista nas medidas anunciadas pela DSAT, e pedem, por isso, que sejam pagas indemnizações. Os donos dos veículos pedem ainda que sejam concedidos empréstimos sem juros para quem ainda não terminou de pagar o carro, montante que, reivindicam, deveria ser pago aquando do cancelamento das matrículas. Negligência? [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] carta exige ainda ao Governo que apure se existiu negligência por parte das empresas que gerem os parques de estacionamento, uma vez que algumas infra-estruturas não funcionaram, o que levou a que vários auto-silos tenham ficado inundados durante seis dias. U Wai Kun, presidente da Associação de Reciclagem de Veículos de Macau, esteve presente no local e revelou que não concorda com as medidas adoptadas pelo Governo, pois o tratamento dos carros inutilizados será feito pela Administração, o que vai trazer consequências negativas para o sector da reciclagem. Para U Wai Kun, seria mais viável que os proprietários entregassem directamente as suas viaturas nos locais de ferro velho. Si Ka Lon, candidato às eleições, esteve presente no local e defendeu que, no futuro, a DSAT deve aumentar os requisitos para as empresas aquando da realização de novos concursos públicos para a gestão de parques de estacionamento. O candidato disse ainda que o Governo deve legislar o mais depressa possível sobre assuntos relacionados com catástrofes naturais.
Hoje Macau SociedadeAmbiente | Achim Steiner defende veículos eléctricos em Macau Achim Steiner, antigo director executivo do Programa da Organização das Nações Unidas para o Ambiente, acredita que o território deve promover mais os veículos eléctricos, através de um trabalho feito pelo Executivo em prol de mais infra-estruturas [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] vice-presidente internacional do Conselho Chinês para a Cooperação em Ambiente e Desenvolvimento defendeu a transição de Macau para uma “economia verde” com a introdução de veículos eléctricos no território. Achim Steiner, antigo director executivo do Programa da ONU para o Ambiente, falava aos jornalistas no âmbito do Fórum e Exposição Internacional de Cooperação Ambiental de Macau (MIECF, na sigla inglesa). “O custo mais elevado de adquirir um automóvel e usar petróleo não é o combustível, é a poluição e a saúde. O uso de combustíveis fósseis está a matar as pessoas, é simples”, afirmou. De acordo com estatísticas da Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de seis milhões de pessoas morrem prematuramente todos os anos devido à má qualidade do ar. Com uma população de cerca de 650 mil habitantes e 250 mil veículos e motorizadas, Macau “representa uma enorme oportunidade para uma transição para uma economia verde” com a introdução de carros eléctricos, disse. Esta transição só é bem sucedida se os governos intervierem para garantir investidores e infra-estruturas, incentivos aos utilizadores e um bom serviço de abastecimento na cidade, explicou. “Se o governo não desenvolver estas medidas, é muito difícil ao sector privado vender carros e aos consumidores escolher veículos eléctricos”. Macau pode aproveitar o enorme potencial no sector automóvel da China, que é um líder mundial na produção, acrescentou. Steiner lembrou também a importância de um sistema de transportes públicos conveniente para o utente, o que implica “frequência, qualidade e cobertura”. O desenvolvimento de energias limpas, uma utilização eficiente dos recursos, a separação entre o crescimento económico e as emissões de carbono, a resolução dos problemas da qualidade do ar, reciclagem e gestão podem integrar a cooperação definida na estratégia “Uma Faixa, uma Rota” da China, considerou, destacando o papel de Macau. Prioridades verdes A décima edição do MIECF abriu na quarta-feira com as palavras do Chefe do Executivo, Fernando Chui Sai On, que lembrou que o “reforço da protecção ambiental” foi definido “como uma prioridade” para “garantir uma cidade com qualidade de vida, com intenção de equilibrar e coordenar o desenvolvimento urbano e a protecção ambiental”, de acordo com o primeiro plano quinquenal do Governo, apresentado no ano passado. “Também iremos aproveitar as oportunidades de desenvolvimento criadas pela estratégia ‘Uma Faixa, Uma Rota’ [e] à medida que desenvolvemos o papel de Macau como ‘Um Centro, Uma Plataforma’ iremos encorajar uma cooperação regional próxima na área da protecção do ambiente e o desenvolvimento de uma economia verde”, afirmou. Subordinada ao tema “Desenvolvimento Verde Inovador para um Futuro Sustentável”, a edição deste ano do MIECF conta com mais de 50 oradores e mais de 450 expositores de 17 países e regiões, incluindo de países de língua portuguesa. O MIECF, cujo programa inclui seminários, fóruns, além da área de exibição, terminou no sábado.