[dropcap]O[/dropcap]s Serviços de Saúde (SS) asseguram que vão garantir todos os tratamentos médicos e o funcionamento das urgências nos feriados do Ano Novo Chinês, ou seja, entre os dias 25 e 27 de Janeiro, bem como o dia 28 e 29, que são dias de tolerância aos funcionários públicos.
Desta forma, os Serviços de Urgência, de internamento hospitalar do Centro Hospitalar Conde de São Januário e o Posto de Urgência das Ilhas funcionam normalmente durante 24 horas. A unidade de hemodiálise estará a funcionar nos dias 25 e 28 de Janeiro entre as 8h e as 21h bem como nos dias 27 e 29 de Janeiro entre as 8h e 21h. No dia 26 este serviço estará encerrado. As consultas externas de especialidade, a farmácia hospitalar e os serviços de aposição de carimbo estarão encerrados nos dias 25 a 29 de Janeiro. A farmácia do Serviço de Urgência estará aberta 24 horas nos dias 25, 26 e 27 de Janeiro.
Ao nível dos centros de saúde, os SS vão manter abertos, entre os dias 25 e 29 de Janeiro, os centros de saúdes da Areia Preta, Fai Chi Kei, Ilha Verde, o Tap Seac, Porto Interior, São Lourenço, Jardins do Oceano, Nossa Senhora do Carmo – Lago e o Posto de Saúde Provisório de Seac Pai Van. Estes locais estarão a funcionar entre as 09h e as 13h para consultas externas não marcadas. Os serviços de vacinação contra a gripe e de cuidados de enfermagem estarão disponíveis nos dias 25 a 29 de Janeiro em todos os centros de saúde e postos de saúde das 09h às 13h.
Areia Preta | Arguida no caso de homicídio em prisão preventiva
[dropcap]A[/dropcap] mulher oriunda do Interior da China responsável pelo chocante ataque com faca num apartamento na Areia Preta, do qual resultou uma morte e dois feridos, viu-lhe aplicada a prisão preventiva como medida de coacção.
Segundo um comunicado emitido pelo Ministério Público (MP), o juiz de instrução criminal justificou a medida como uma forma de “evitar o perigo de fugir de Macau” e de continuar a perturbar a ordem e tranquilidade pública.
A prisão preventiva foi também justificada face à “gravidade dos factos, nomeadamente, as circunstâncias perversas e consequências graves que causaram a morte da ofendida na sequência da violência praticada com premeditação”.
Após a investigação preliminar do MP, a arguida foi indiciada da prática, na forma consumada, de um crime de homicídio qualificado e na forma tentada, de dois crimes de homicídio qualificado, bem como do crime de detenção de armas proibidas. O crime de homicídio qualificado é punido com pena de prisão de 15 a 25 anos, enquanto o crime de detenção de armas proibidas é punível com pena de prisão de 2 a 8 anos.
Areia Preta | Arguida no caso de homicídio em prisão preventiva
[dropcap]A[/dropcap] mulher oriunda do Interior da China responsável pelo chocante ataque com faca num apartamento na Areia Preta, do qual resultou uma morte e dois feridos, viu-lhe aplicada a prisão preventiva como medida de coacção.
Segundo um comunicado emitido pelo Ministério Público (MP), o juiz de instrução criminal justificou a medida como uma forma de “evitar o perigo de fugir de Macau” e de continuar a perturbar a ordem e tranquilidade pública.
A prisão preventiva foi também justificada face à “gravidade dos factos, nomeadamente, as circunstâncias perversas e consequências graves que causaram a morte da ofendida na sequência da violência praticada com premeditação”.
Após a investigação preliminar do MP, a arguida foi indiciada da prática, na forma consumada, de um crime de homicídio qualificado e na forma tentada, de dois crimes de homicídio qualificado, bem como do crime de detenção de armas proibidas. O crime de homicídio qualificado é punido com pena de prisão de 15 a 25 anos, enquanto o crime de detenção de armas proibidas é punível com pena de prisão de 2 a 8 anos.
Cinemateca Paixão | Aberto concurso público para gestão do espaço
Foi ontem publicado em Boletim Oficial o despacho que dá conta da abertura do concurso público para a gestão e operacionalização da Cinemateca Paixão. O contrato com a nova concessionária começa oficialmente em Agosto deste ano e tem validade até Julho de 2023
[dropcap]E[/dropcap]stá oficialmente aberto o concurso público para a gestão do espaço da Cinemateca Paixão, depois da polémica marcada pelo fim do contrato de concessão com a Associação Audiovisual Cut, no final de 2019, sem que tenha sido realizado, por parte do Instituto Cultural (IC), um novo concurso, o que quase ditou o fecho da Cinemateca.
De acordo com o despacho ontem publicado em Boletim Oficial (BO), o concurso visa a assinatura de um novo contrato de concessão, com a duração prevista para 1 de Agosto deste ano até 31 de Julho de 2023.
As empresas candidatas devem entregar uma caução provisória de cerca de 554 mil patacas, valor que corresponde a quatro por cento do valor total da adjudicação. Segundo o despacho, assinado por Leong Wai Man, presidente substituta do IC, são considerados como critérios de apreciação das propostas o preço proposto pela empresa, factor que tem um peso de 40 por cento. Segue-se, também com um peso de 40 por cento, o “grau de perfeição da proposta operacional trienal e do plano operacional para os primeiros doze meses”. Por sua vez, o factor “experiência do concorrente e da pessoa proposta para director de operações” ocupa apenas um peso de 14 por cento na tomada de decisão do Governo, enquanto que o critério “experiência da pessoa proposta para consultor”, tem um peso de seis por cento.
Haja esperança
Em Dezembro foi notícia o fim do concurso público para a operacionalização da Cinemateca Paixão, único espaço em Macau que exibe cinema independente, não só feito na Ásia mas também no resto do mundo. O facto de o IC não ter lançado novo concurso punha em causa a continuação do projecto, mas o Governo decidiu estender o contrato com a Associação Audiovisual Cut por mais seis meses, a fim de manter a Cinemateca de portas abertas.
Em declarações recentes ao HM, Rita Wong, responsável pela programação da Cinemateca, disse ter esperança na renovação da concessão à Cut, dada a experiência já adquirida.
“Claro que temos confiança [em ganhar a concessão], tendo em conta o bom planeamento que fizemos e a experiência que temos. Conhecemos o mercado e esperamos vencer de novo o concurso público para podermos trabalhar para o público.”
Rita Wong deu também explicações sobre o que de facto aconteceu com a concessão do projecto. “Não se esqueceram [de lançar um novo concurso público], mas penso que tiveram as suas próprias dificuldades. Esperávamos a chegada do novo concurso público para que nos pudéssemos preparar para concorrer. Eles [IC] sabiam disso, tudo estava a ser trabalhado e nós continuámos à espera. Na segunda metade do ano pareceu-nos que já não ia ser lançado o concurso.”
Cinemateca Paixão | Aberto concurso público para gestão do espaço
Foi ontem publicado em Boletim Oficial o despacho que dá conta da abertura do concurso público para a gestão e operacionalização da Cinemateca Paixão. O contrato com a nova concessionária começa oficialmente em Agosto deste ano e tem validade até Julho de 2023
[dropcap]E[/dropcap]stá oficialmente aberto o concurso público para a gestão do espaço da Cinemateca Paixão, depois da polémica marcada pelo fim do contrato de concessão com a Associação Audiovisual Cut, no final de 2019, sem que tenha sido realizado, por parte do Instituto Cultural (IC), um novo concurso, o que quase ditou o fecho da Cinemateca.
De acordo com o despacho ontem publicado em Boletim Oficial (BO), o concurso visa a assinatura de um novo contrato de concessão, com a duração prevista para 1 de Agosto deste ano até 31 de Julho de 2023.
As empresas candidatas devem entregar uma caução provisória de cerca de 554 mil patacas, valor que corresponde a quatro por cento do valor total da adjudicação. Segundo o despacho, assinado por Leong Wai Man, presidente substituta do IC, são considerados como critérios de apreciação das propostas o preço proposto pela empresa, factor que tem um peso de 40 por cento. Segue-se, também com um peso de 40 por cento, o “grau de perfeição da proposta operacional trienal e do plano operacional para os primeiros doze meses”. Por sua vez, o factor “experiência do concorrente e da pessoa proposta para director de operações” ocupa apenas um peso de 14 por cento na tomada de decisão do Governo, enquanto que o critério “experiência da pessoa proposta para consultor”, tem um peso de seis por cento.
Haja esperança
Em Dezembro foi notícia o fim do concurso público para a operacionalização da Cinemateca Paixão, único espaço em Macau que exibe cinema independente, não só feito na Ásia mas também no resto do mundo. O facto de o IC não ter lançado novo concurso punha em causa a continuação do projecto, mas o Governo decidiu estender o contrato com a Associação Audiovisual Cut por mais seis meses, a fim de manter a Cinemateca de portas abertas.
Em declarações recentes ao HM, Rita Wong, responsável pela programação da Cinemateca, disse ter esperança na renovação da concessão à Cut, dada a experiência já adquirida.
“Claro que temos confiança [em ganhar a concessão], tendo em conta o bom planeamento que fizemos e a experiência que temos. Conhecemos o mercado e esperamos vencer de novo o concurso público para podermos trabalhar para o público.”
Rita Wong deu também explicações sobre o que de facto aconteceu com a concessão do projecto. “Não se esqueceram [de lançar um novo concurso público], mas penso que tiveram as suas próprias dificuldades. Esperávamos a chegada do novo concurso público para que nos pudéssemos preparar para concorrer. Eles [IC] sabiam disso, tudo estava a ser trabalhado e nós continuámos à espera. Na segunda metade do ano pareceu-nos que já não ia ser lançado o concurso.”
CA e CCAC | Aumentados valores de aquisições e concursos aprovados
[dropcap]O[/dropcap] Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, decidiu aumentar os valores envolvidos em adjudicações de obras e serviços ou concursos públicos que entram no âmbito da competência de autorização dos comissários do Comissariado de Auditoria (CA) e do Comissariado contra a Corrupção (CCAC).
Na prática, tanto Ho Veng On, comissário do CA, como Chan Tsz King, comissário do CCAC, continuam a ter competência para aprovar este tipo de aquisições ou a realização de concursos públicos, mas com valores bem mais elevados em relação aos que estavam definidos no despacho assinado por Edmund Ho, ex-Chefe do Executivo, em 2000. No caso do CA, os valores tinham sido definidos em 2010, por despacho assinado por Chui Sai On, então Chefe do Executivo. Ambos os despachos foram revogados.
As mudanças nas competências do comissário do CCAC em matéria de gestão dos recursos financeiros e patrimoniais mostram que Chan Tsz King passa a ter competência para aprovar abertura de concursos para a realização de obras ou aquisição de bens e serviços até 30 milhões de patacas, quando até então esse valor se situava nos 10 milhões de patacas. É também definido um limite máximo de 18 milhões de patacas para o mesmo tipo de aprovações, quando antes esse valor se situava nas seis milhões. No caso de ser autorizada a despensa de concurso público ou na celebração de um contrato escrito, o comissário pode efectuar autorizações até um montante máximo de 9 milhões de patacas, quando até então esse valor era de 3 milhões de patacas. Os mesmos valores aplicam-se ao CA.
CA e CCAC | Aumentados valores de aquisições e concursos aprovados
[dropcap]O[/dropcap] Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, decidiu aumentar os valores envolvidos em adjudicações de obras e serviços ou concursos públicos que entram no âmbito da competência de autorização dos comissários do Comissariado de Auditoria (CA) e do Comissariado contra a Corrupção (CCAC).
Na prática, tanto Ho Veng On, comissário do CA, como Chan Tsz King, comissário do CCAC, continuam a ter competência para aprovar este tipo de aquisições ou a realização de concursos públicos, mas com valores bem mais elevados em relação aos que estavam definidos no despacho assinado por Edmund Ho, ex-Chefe do Executivo, em 2000. No caso do CA, os valores tinham sido definidos em 2010, por despacho assinado por Chui Sai On, então Chefe do Executivo. Ambos os despachos foram revogados.
As mudanças nas competências do comissário do CCAC em matéria de gestão dos recursos financeiros e patrimoniais mostram que Chan Tsz King passa a ter competência para aprovar abertura de concursos para a realização de obras ou aquisição de bens e serviços até 30 milhões de patacas, quando até então esse valor se situava nos 10 milhões de patacas. É também definido um limite máximo de 18 milhões de patacas para o mesmo tipo de aprovações, quando antes esse valor se situava nas seis milhões. No caso de ser autorizada a despensa de concurso público ou na celebração de um contrato escrito, o comissário pode efectuar autorizações até um montante máximo de 9 milhões de patacas, quando até então esse valor era de 3 milhões de patacas. Os mesmos valores aplicam-se ao CA.
Cibercrime | Pedidas mais explicações sobre buscas transfronteiriças
Numa reunião que contou com membros do Executivo, a 1ª Comissão Permanente da Assembleia Legislativa (AL) defendeu a importância de alterar a lei do combate à criminalidade informática, de forma a permitir o acesso a dados informáticos fora de Macau
[dropcap]O[/dropcap]s membros da 1ª Comissão Permanente da Assembleia Legislativa reuniram ontem para discutir, pela segunda vez, as alterações à lei da criminalidade informática. Numa reunião que serviu para abordar apenas “alterações pontuais da lei vigente”, o presidente da Comissão Ho Ion Sang frisou que um dos temas que carece de análise e que é da maior importância para o caso, diz respeito à possibilidade de admitir o acesso a dados informáticos situados fora da RAEM.
“Da resposta dada hoje [ontem] (…) pelo Governo, neste momento a lei restringe a recolha de provas meramente ao território de Macau e, por isso, esperamos que no futuro com esta alteração, seja possível proceder à recolha de provas de dados existentes fora da RAEM, tendo em conta o desenvolvimento social (…), os crimes praticados na internet ou até as situações criminosas verificadas nas estações ilegais simuladas”, explicou Ho Ion Sang.
A actualização diz respeito à eliminação da expressão “situado na RAEM”, que consta no artigo dedicado às medidas especiais da actual lei, permitindo assim que as autoridades judiciais avaliem em cada caso concreto, havendo razões para isso, se existem condições de legitimidade para recolher cópias de dados informáticos guardados noutras jurisdições, ou seja, fora de Macau. “Ainda não tivemos tempo para abordar aprofundadamente esta questão com o Governo, mas nas futuras reuniões vamos discuti-la”, acrescentou o presidente da Comissão.
De acordo com a proposta de alteração de lei, a preocupação está também relacionada com a proliferação das chamadas “estações ilegais simuladas”, que se fazem passar por estações de telecomunicações legítimas e que podem facilmente operar além-fronteiras. Localizadas geralmente em postos fronteiriços ou zonas de grande afluência de pessoas, estas estações enviam mensagens com conteúdo relacionado com actividades ilegais, podendo interferir com a privacidade dos receptores.
De acordo com Ho Ion Sang, o Governo esclareceu ontem também quais os dados informáticos susceptíveis de ser extraídos em caso de ocorrência de um crime informático. Segundo a proposta de alteração da lei, podem ser consultados dados de navegação, informações acerca do software e hardware, documentação digital e informações constantes de aplicações ou redes sociais, excepto informações de comunicações.
Quanto à forma de actuar para a obtenção destes dados, o presidente da 1ª Comissão Permanente da AL referiu que o Governo esclareceu que o “acesso aos dados não é feito arbitrariemente”.
“Quando se procede à investigação de um crime informático para recolher provas (…) é sempre preciso uma ordem judicial. Numa situação urgente, a polícia pode aceder ao computador ou ao sistema informático, mas tem de requerer a ordem do juiz dentro de 72 horas”, esclareceu Ho Ion Sang.
Advogados de fora
Após a reunião, Ho Ion Sang revelou ainda que a comissão apresentou ao Governo um parecer da Associação dos Advogados sobre o diploma. No entanto, segundo o Presidente da Comissão, “o Governo não ouviu a associação dos advogados” por “não se tratar de uma alteração do regime criminal”.
“Como as alterações desta vez são (…) pontuais, se calhar os advogados pretendem, no futuro, em relação ao combate de criminalidade, que o Governo possa proceder a uma alteração geral da lei ou uma revisão geral da lei, porque a lei foi aplicada há mais de dez anos”, explicou Ho Ion Sang aos jornalistas.
Cibercrime | Pedidas mais explicações sobre buscas transfronteiriças
Numa reunião que contou com membros do Executivo, a 1ª Comissão Permanente da Assembleia Legislativa (AL) defendeu a importância de alterar a lei do combate à criminalidade informática, de forma a permitir o acesso a dados informáticos fora de Macau
[dropcap]O[/dropcap]s membros da 1ª Comissão Permanente da Assembleia Legislativa reuniram ontem para discutir, pela segunda vez, as alterações à lei da criminalidade informática. Numa reunião que serviu para abordar apenas “alterações pontuais da lei vigente”, o presidente da Comissão Ho Ion Sang frisou que um dos temas que carece de análise e que é da maior importância para o caso, diz respeito à possibilidade de admitir o acesso a dados informáticos situados fora da RAEM.
“Da resposta dada hoje [ontem] (…) pelo Governo, neste momento a lei restringe a recolha de provas meramente ao território de Macau e, por isso, esperamos que no futuro com esta alteração, seja possível proceder à recolha de provas de dados existentes fora da RAEM, tendo em conta o desenvolvimento social (…), os crimes praticados na internet ou até as situações criminosas verificadas nas estações ilegais simuladas”, explicou Ho Ion Sang.
A actualização diz respeito à eliminação da expressão “situado na RAEM”, que consta no artigo dedicado às medidas especiais da actual lei, permitindo assim que as autoridades judiciais avaliem em cada caso concreto, havendo razões para isso, se existem condições de legitimidade para recolher cópias de dados informáticos guardados noutras jurisdições, ou seja, fora de Macau. “Ainda não tivemos tempo para abordar aprofundadamente esta questão com o Governo, mas nas futuras reuniões vamos discuti-la”, acrescentou o presidente da Comissão.
De acordo com a proposta de alteração de lei, a preocupação está também relacionada com a proliferação das chamadas “estações ilegais simuladas”, que se fazem passar por estações de telecomunicações legítimas e que podem facilmente operar além-fronteiras. Localizadas geralmente em postos fronteiriços ou zonas de grande afluência de pessoas, estas estações enviam mensagens com conteúdo relacionado com actividades ilegais, podendo interferir com a privacidade dos receptores.
De acordo com Ho Ion Sang, o Governo esclareceu ontem também quais os dados informáticos susceptíveis de ser extraídos em caso de ocorrência de um crime informático. Segundo a proposta de alteração da lei, podem ser consultados dados de navegação, informações acerca do software e hardware, documentação digital e informações constantes de aplicações ou redes sociais, excepto informações de comunicações.
Quanto à forma de actuar para a obtenção destes dados, o presidente da 1ª Comissão Permanente da AL referiu que o Governo esclareceu que o “acesso aos dados não é feito arbitrariemente”.
“Quando se procede à investigação de um crime informático para recolher provas (…) é sempre preciso uma ordem judicial. Numa situação urgente, a polícia pode aceder ao computador ou ao sistema informático, mas tem de requerer a ordem do juiz dentro de 72 horas”, esclareceu Ho Ion Sang.
Advogados de fora
Após a reunião, Ho Ion Sang revelou ainda que a comissão apresentou ao Governo um parecer da Associação dos Advogados sobre o diploma. No entanto, segundo o Presidente da Comissão, “o Governo não ouviu a associação dos advogados” por “não se tratar de uma alteração do regime criminal”.
“Como as alterações desta vez são (…) pontuais, se calhar os advogados pretendem, no futuro, em relação ao combate de criminalidade, que o Governo possa proceder a uma alteração geral da lei ou uma revisão geral da lei, porque a lei foi aplicada há mais de dez anos”, explicou Ho Ion Sang aos jornalistas.
Epidemia | Número de mortes na China sobe para 17, e de infectados para 541
O número de mortes causadas pelo novo tipo de pneumonia na China subiu ontem para 17, enquanto o número total de infectados é já superior a 550. A Comissão Nacional de Saúde apelou à população para evitar multidões e encontros em espaços públicos, em plena época do Ano Novo Chinês
[dropcap]O[/dropcap] número de casos aumentou rapidamente desde que a nova pneumonia foi detectada no mês passado em Wuhan, no centro da China. Ao fim da manhã de ontem, o total de casos confirmados era de 471, em 13 jurisdições do país, anunciados pelo vice-director da Comissão Nacional de Saúde, Li Bin.
Nove pessoas tinham falecido, todas na província de Hubei, cuja capital é Wuhan. No total, com o registo de infectados fora da China continental, o número ascendia a 481. No entanto, à hora do fecho da edição, os números já tinham disparado para 17 mortos e 541 infectados no Interior da China, num total de 552 infectados.
“Já há casos de transmissão e infecção entre seres humanos e funcionários de saúde infectados”, disse Li, em conferência de imprensa. “As evidências demonstram que a doença foi transmitida por via respiratória e existe a possibilidade de uma mutação do vírus”, detalhou.
As autoridades disseram que ainda é cedo para comparar o novo vírus com o SARS ou o MERS, ou síndrome respiratória do Médio Oriente, em termos da sua capacidade letal. “Ainda estamos no processo de aprender mais sobre esta doença”, disse Gao Fu, um académico da Academia Chinesa de Ciências e chefe do Centro Chinês de Controle de Doenças, na mesma conferência de imprensa. Os casos alimentaram receios sobre uma potencial epidemia, semelhante à da pneumonia atípica, ou Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), que entre 2002 e 2003 matou 650 pessoas na China continental e em Hong Kong.
Gao disse que as autoridades estão a trabalhar no pressuposto de que o surto resultou da exposição humana a animais selvagens que eram comercializados ilegalmente no mercado de alimentos em Wuhan. Importa referir que Wuhan é uma megametrópole, com mais de 11 milhões de habitantes, e um importante centro de transporte doméstico e internacional.
Não se sabe o quão contagioso é o vírus, mas a transmissão de pessoa para pessoa pode permitir que se espalhe rapidamente.
A Comissão Nacional de Saúde da China alertou que o novo tipo de coronavírus, uma espécie de vírus que causa infecções respiratórias em seres humanos e animais, “pode espalhar-se mais facilmente”.
Foram ainda anunciadas medidas para conter a doença, incluindo desinfecção dos sistemas de ventilação de aeroportos, estações e centros comerciais. “Se for necessário, serão também realizados controlos de temperatura em áreas-chave e locais movimentados”, esclareceu a Comissão, em comunicado.
Dentro e fora
As autoridades de Hong Kong confirmaram ontem o primeiro infectado na região. O doente é um turista chinês residente em Wuhan, que entrou em Hong Kong através do comboio de alta velocidade na noite de terça-feira. À chegada ao terminal ferroviário de West Kowloon o turista acusou febre. De seguida, foi transferido para o Hospital Queen Elizabeth onde o teste ao vírus deu positivo.
De acordo com o South China Morning Post, a MTR confirmou que o mesmo comboio já tinha partido de regresso à China com passageiros, antes de ser notificada pelas autoridades de saúde de Hong Kong.
Segundo a empresa de transportes, as autoridades relevantes na China foram notificadas para limpar e desinfectar o lugar e a carruagem onde o paciente seguiu, assim como espaços adjacentes.
Fora da China continental, foram confirmados casos do novo coronavírus entre viajantes chineses na Coreia do Sul, Japão, Tailândia, Taiwan e Estados Unidos todos também oriundos de Wuhan. Vários países com ligações aéreas directas ou indirectas a Wuhan estão a efectuar verificações sistemáticas de passageiros de voos oriundos de áreas consideradas de risco.
A um doente no Estado de Washington foi diagnosticado o primeiro caso confirmado nos Estados Unidos da doença. A pessoa afectada foi hospitalizada na semana passada e permanece “muito doente” numa unidade de Seattle, a capital deste Estado do nordeste dos EUA, após ter viajado recentemente à cidade chinesa de Wuhan onde teve origem o surto epidémico, referiram os ‘media’ locais.
À procura de espaço
O Centro Europeu de Controlo de Doenças afirmou ontem que está confirmada a transmissão pessoa a pessoa da pneumonia de Wuhan. O organismo europeu (ECDC, na sigla inglesa) acrescenta que ainda é necessária informação adicional para avaliar de modo completo as formas de transmissão deste novo coronavírus, numa publicação no seu ‘site’.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que “a fonte primária mais provável” de transmissão é animal, tendo os primeiros casos surgido em pessoas que contactaram com um mercado de pescado na cidade chinesa de Wuhan. Contudo, o vírus assume “transmissão limitada entre seres humanos através de contacto próximo”.
Quinze funcionários hospitalares também apresentaram teste positivo para o vírus, anunciou a Comissão Municipal de Saúde de Wuhan. A comissão tinha dito, na semana passada, que nenhum dos funcionários que teve contacto próximo com os pacientes tinha sido infectado.
As autoridades chinesas apelaram ontem à população para que evite multidões e encontros em espaços públicos, alertando que uma nova doença viral se pode alastrar ainda mais. O surto surge numa altura em que milhões de chineses viajam, por ocasião do Ano Novo Lunar, a principal festa das famílias chinesas, equivalente ao natal nos países ocidentais. Segundo o ministério chinês dos Transportes, a China deve registar um total de três mil milhões de viagens internas durante os próximos 40 dias.
Política viral
A Presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, pediu às autoridades chinesas que divulguem toda a informação sobre o surto de uma nova pneumonia viral e que trabalhem com Taipé para conter a propagação.
“Quero especialmente pedir à China, como país membro da comunidade internacional, que cumpra as suas responsabilidades e seja transparente sobre os desenvolvimentos do surto, e que compartilhe informações precisas com Taiwan”, afirmou Tsai, em conferência de imprensa.
No entanto, por insistência de Pequim, Taiwan não é membro da Organização Mundial da Saúde e não pode participar de nenhuma das reuniões daquela organização. O Centro de Controlo de Doenças de Taiwan revelou anteriormente que foi notificado, no dia 15 de Janeiro, pela sua contraparte chinesa, sobre o surto. O órgão também enviou dois especialistas a Wuhan para visitar unidades de saúde, visando compreender melhor a doença.
A ilha confirmou já um caso de infecção com o vírus. Trata-se de uma empresária, que reside em Taiwan, mas que voltou recentemente de uma viagem a Wuhan.
“Partilhar informação também é importante para a saúde da população chinesa e Pequim não deve colocar questões políticas acima da protecção do seu próprio povo”, apontou Tsai.
“Quero reiterar que Taiwan é membro da sociedade internacional. Os seus 23 milhões de habitantes, como as pessoas de todos os cantos do mundo, estão a enfrentar uma ameaça à sua saúde”, afirmou.
Em Pequim, o porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros Geng Shuang disse que os especialistas de Taiwan visitaram Wuhan a pedido de Taipé, entre os dias 13 e 14 de Janeiro, e mantiveram trocas com os colegas locais. “Ninguém se preocupa mais com o bem-estar dos compatriotas de Taiwan do que o Governo central chinês”, defendeu Geng.
Cisne negro
Há um ano, Xi Jinping deixou o alerta para a necessidade de Pequim se preparar para “rinocerontes cinzentos”, referindo-se a riscos económicos, e “cisnes negros”, que serão situações inesperadas. Ao longo do ano passado, a guerra comercial com os Estados Unidos e a turbulência em Hong Kong foram rotuladas por académicos como os “cisnes negros” de 2019.
“Um cisne negro surge sempre sem ser convidado”, escreveu no Weibo Guan Qingyou, um economista citado pelo South China Morning Post, com os seus seguidores a discutiram o nível de impacto que a pneumonia de Wuhan pode representar para a economia chinesa. Houve mesmo quem sugerisse que a epidemia poderia ter um efeito maior do que a guerra comercial.
Por exemplo, as reservas de viagens para Wuhan são grátis em plataformas como a Trip.com, Fliggy, Meituan Dianping e Qunar.com. Além disso, vão ser disponibilizados reembolsos a pessoas que foram sujeitas a quarentena ou a quem tenha sido diagnosticado o vírus.
Também o gasto dos consumidores em entretenimento e turismo durante o Ano Novo Lunar, que começa amanhã, deve sofrer uma quebra à medida que as preocupações do público aumentarem.
Os principais focos de abrandamento de consumo devem sentir-se com maior intensidade nas principais cidades onde já foram confirmados casos de infecção, como Pequim, Xangai e Shenzhen. Com Lusa
Epidemia | Número de mortes na China sobe para 17, e de infectados para 541
O número de mortes causadas pelo novo tipo de pneumonia na China subiu ontem para 17, enquanto o número total de infectados é já superior a 550. A Comissão Nacional de Saúde apelou à população para evitar multidões e encontros em espaços públicos, em plena época do Ano Novo Chinês
[dropcap]O[/dropcap] número de casos aumentou rapidamente desde que a nova pneumonia foi detectada no mês passado em Wuhan, no centro da China. Ao fim da manhã de ontem, o total de casos confirmados era de 471, em 13 jurisdições do país, anunciados pelo vice-director da Comissão Nacional de Saúde, Li Bin.
Nove pessoas tinham falecido, todas na província de Hubei, cuja capital é Wuhan. No total, com o registo de infectados fora da China continental, o número ascendia a 481. No entanto, à hora do fecho da edição, os números já tinham disparado para 17 mortos e 541 infectados no Interior da China, num total de 552 infectados.
“Já há casos de transmissão e infecção entre seres humanos e funcionários de saúde infectados”, disse Li, em conferência de imprensa. “As evidências demonstram que a doença foi transmitida por via respiratória e existe a possibilidade de uma mutação do vírus”, detalhou.
As autoridades disseram que ainda é cedo para comparar o novo vírus com o SARS ou o MERS, ou síndrome respiratória do Médio Oriente, em termos da sua capacidade letal. “Ainda estamos no processo de aprender mais sobre esta doença”, disse Gao Fu, um académico da Academia Chinesa de Ciências e chefe do Centro Chinês de Controle de Doenças, na mesma conferência de imprensa. Os casos alimentaram receios sobre uma potencial epidemia, semelhante à da pneumonia atípica, ou Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), que entre 2002 e 2003 matou 650 pessoas na China continental e em Hong Kong.
Gao disse que as autoridades estão a trabalhar no pressuposto de que o surto resultou da exposição humana a animais selvagens que eram comercializados ilegalmente no mercado de alimentos em Wuhan. Importa referir que Wuhan é uma megametrópole, com mais de 11 milhões de habitantes, e um importante centro de transporte doméstico e internacional.
Não se sabe o quão contagioso é o vírus, mas a transmissão de pessoa para pessoa pode permitir que se espalhe rapidamente.
A Comissão Nacional de Saúde da China alertou que o novo tipo de coronavírus, uma espécie de vírus que causa infecções respiratórias em seres humanos e animais, “pode espalhar-se mais facilmente”.
Foram ainda anunciadas medidas para conter a doença, incluindo desinfecção dos sistemas de ventilação de aeroportos, estações e centros comerciais. “Se for necessário, serão também realizados controlos de temperatura em áreas-chave e locais movimentados”, esclareceu a Comissão, em comunicado.
Dentro e fora
As autoridades de Hong Kong confirmaram ontem o primeiro infectado na região. O doente é um turista chinês residente em Wuhan, que entrou em Hong Kong através do comboio de alta velocidade na noite de terça-feira. À chegada ao terminal ferroviário de West Kowloon o turista acusou febre. De seguida, foi transferido para o Hospital Queen Elizabeth onde o teste ao vírus deu positivo.
De acordo com o South China Morning Post, a MTR confirmou que o mesmo comboio já tinha partido de regresso à China com passageiros, antes de ser notificada pelas autoridades de saúde de Hong Kong.
Segundo a empresa de transportes, as autoridades relevantes na China foram notificadas para limpar e desinfectar o lugar e a carruagem onde o paciente seguiu, assim como espaços adjacentes.
Fora da China continental, foram confirmados casos do novo coronavírus entre viajantes chineses na Coreia do Sul, Japão, Tailândia, Taiwan e Estados Unidos todos também oriundos de Wuhan. Vários países com ligações aéreas directas ou indirectas a Wuhan estão a efectuar verificações sistemáticas de passageiros de voos oriundos de áreas consideradas de risco.
A um doente no Estado de Washington foi diagnosticado o primeiro caso confirmado nos Estados Unidos da doença. A pessoa afectada foi hospitalizada na semana passada e permanece “muito doente” numa unidade de Seattle, a capital deste Estado do nordeste dos EUA, após ter viajado recentemente à cidade chinesa de Wuhan onde teve origem o surto epidémico, referiram os ‘media’ locais.
À procura de espaço
O Centro Europeu de Controlo de Doenças afirmou ontem que está confirmada a transmissão pessoa a pessoa da pneumonia de Wuhan. O organismo europeu (ECDC, na sigla inglesa) acrescenta que ainda é necessária informação adicional para avaliar de modo completo as formas de transmissão deste novo coronavírus, numa publicação no seu ‘site’.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que “a fonte primária mais provável” de transmissão é animal, tendo os primeiros casos surgido em pessoas que contactaram com um mercado de pescado na cidade chinesa de Wuhan. Contudo, o vírus assume “transmissão limitada entre seres humanos através de contacto próximo”.
Quinze funcionários hospitalares também apresentaram teste positivo para o vírus, anunciou a Comissão Municipal de Saúde de Wuhan. A comissão tinha dito, na semana passada, que nenhum dos funcionários que teve contacto próximo com os pacientes tinha sido infectado.
As autoridades chinesas apelaram ontem à população para que evite multidões e encontros em espaços públicos, alertando que uma nova doença viral se pode alastrar ainda mais. O surto surge numa altura em que milhões de chineses viajam, por ocasião do Ano Novo Lunar, a principal festa das famílias chinesas, equivalente ao natal nos países ocidentais. Segundo o ministério chinês dos Transportes, a China deve registar um total de três mil milhões de viagens internas durante os próximos 40 dias.
Política viral
A Presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, pediu às autoridades chinesas que divulguem toda a informação sobre o surto de uma nova pneumonia viral e que trabalhem com Taipé para conter a propagação.
“Quero especialmente pedir à China, como país membro da comunidade internacional, que cumpra as suas responsabilidades e seja transparente sobre os desenvolvimentos do surto, e que compartilhe informações precisas com Taiwan”, afirmou Tsai, em conferência de imprensa.
No entanto, por insistência de Pequim, Taiwan não é membro da Organização Mundial da Saúde e não pode participar de nenhuma das reuniões daquela organização. O Centro de Controlo de Doenças de Taiwan revelou anteriormente que foi notificado, no dia 15 de Janeiro, pela sua contraparte chinesa, sobre o surto. O órgão também enviou dois especialistas a Wuhan para visitar unidades de saúde, visando compreender melhor a doença.
A ilha confirmou já um caso de infecção com o vírus. Trata-se de uma empresária, que reside em Taiwan, mas que voltou recentemente de uma viagem a Wuhan.
“Partilhar informação também é importante para a saúde da população chinesa e Pequim não deve colocar questões políticas acima da protecção do seu próprio povo”, apontou Tsai.
“Quero reiterar que Taiwan é membro da sociedade internacional. Os seus 23 milhões de habitantes, como as pessoas de todos os cantos do mundo, estão a enfrentar uma ameaça à sua saúde”, afirmou.
Em Pequim, o porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros Geng Shuang disse que os especialistas de Taiwan visitaram Wuhan a pedido de Taipé, entre os dias 13 e 14 de Janeiro, e mantiveram trocas com os colegas locais. “Ninguém se preocupa mais com o bem-estar dos compatriotas de Taiwan do que o Governo central chinês”, defendeu Geng.
Cisne negro
Há um ano, Xi Jinping deixou o alerta para a necessidade de Pequim se preparar para “rinocerontes cinzentos”, referindo-se a riscos económicos, e “cisnes negros”, que serão situações inesperadas. Ao longo do ano passado, a guerra comercial com os Estados Unidos e a turbulência em Hong Kong foram rotuladas por académicos como os “cisnes negros” de 2019.
“Um cisne negro surge sempre sem ser convidado”, escreveu no Weibo Guan Qingyou, um economista citado pelo South China Morning Post, com os seus seguidores a discutiram o nível de impacto que a pneumonia de Wuhan pode representar para a economia chinesa. Houve mesmo quem sugerisse que a epidemia poderia ter um efeito maior do que a guerra comercial.
Por exemplo, as reservas de viagens para Wuhan são grátis em plataformas como a Trip.com, Fliggy, Meituan Dianping e Qunar.com. Além disso, vão ser disponibilizados reembolsos a pessoas que foram sujeitas a quarentena ou a quem tenha sido diagnosticado o vírus.
Também o gasto dos consumidores em entretenimento e turismo durante o Ano Novo Lunar, que começa amanhã, deve sofrer uma quebra à medida que as preocupações do público aumentarem.
Os principais focos de abrandamento de consumo devem sentir-se com maior intensidade nas principais cidades onde já foram confirmados casos de infecção, como Pequim, Xangai e Shenzhen. Com Lusa
Epidemia | Governo afasta “bloqueio” a Wuhan
[dropcap]A[/dropcap]pesar do epicentro da epidemia, assim como o caso importado para Macau, terem origem em Wuhan, o Governo afasta a hipótese, por enquanto, de proibir a entrada de pessoas naturais da província de Hubei no território. Ontem, a emissão de um alerta de viagem para que se evitem, ou proíbam, deslocações a essa província foi totalmente recusada.
De acordo com a lei de prevenção, controlo e tratamento de doenças transmissíveis, o Chefe do Executivo pode evocar medidas especiais e decretar “restrições ou proibição de entrada ou saída da RAEM a pessoas não residentes provenientes de países ou regiões com ocorrência, surto ou prevalência de doenças transmissíveis”.
No entanto, por enquanto, a hipótese não é admitida pelos membros do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus. “Sabemos que a cidade de Wuhan já não autoriza a saída de excursões e que as viagens de excursões vindas de Hubei estão suspensas. Assumo que já estejam mesmo paradas”, afirmou Maria Helena de Senna Fernandes, directora os Serviços de Turismo (DST), sobre a situação. “No entanto, se houver necessidade de outros grupos de Wuhan virem a Macau vamos manter-nos em comunicação com as autoridades competentes para garantir a segurança nessas situações”, acrescentou.
Maria Helena de Senna Fernandes sublinhou ainda que neste momento não há qualquer proibição de ida a Wuhan, mas que a viagem é “desaconselhada”. O nível de alerta de turismo para a zona também não foi accionado.
Em relação à proibição dos residentes se deslocarem a Wuhan, o representante do Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) reconheceu que as autoridades têm esse poder, mas que a proibição “ainda” não está a ser equacionada.
Voto de confiança
Na conferência de imprensa dos Serviços de Saúde, o tema do bloqueio voltou a ser abordado, porém, Lam Cheong, chefe do Centro de Prevenção e Controlo da Doença, negou a hipótese.
A justificação para a recusa prendeu-se com as medidas tomadas pelas autoridades centrais: “Neste momento as pessoas que vivem em Wuhan já estão proibidas de sair da cidade e da província. Estão submetidos a medidas que já não lhes permitem deslocaram-se a outros territórios”, defendeu.
Contudo, Lam Cheong acabou por explicar de forma indirecta que bloquear apenas a cidade de Wuhan ou a província de Hubei seria inútil. “Neste momento há mais cidades infectadas, até Zhuhai já teve casos. Sabemos que a zona mais afectada, que foi o epicentro foi Wuhan, mas já há casos em mais sítios”, complementou.
Além de Hubei que ontem tinha 375 casos confirmados, Guangdong, às portas de Macau, é a segunda província mais afectada com 26 ocorrências, seguida por Pequim, com 10 casos e Xangai com nove ocorrências. Fora da China houve casos confirmados nos Estados Unidos, Coreia do Sul, Japão e Tailândia.
Epidemia | Governo afasta "bloqueio" a Wuhan
[dropcap]A[/dropcap]pesar do epicentro da epidemia, assim como o caso importado para Macau, terem origem em Wuhan, o Governo afasta a hipótese, por enquanto, de proibir a entrada de pessoas naturais da província de Hubei no território. Ontem, a emissão de um alerta de viagem para que se evitem, ou proíbam, deslocações a essa província foi totalmente recusada.
De acordo com a lei de prevenção, controlo e tratamento de doenças transmissíveis, o Chefe do Executivo pode evocar medidas especiais e decretar “restrições ou proibição de entrada ou saída da RAEM a pessoas não residentes provenientes de países ou regiões com ocorrência, surto ou prevalência de doenças transmissíveis”.
No entanto, por enquanto, a hipótese não é admitida pelos membros do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus. “Sabemos que a cidade de Wuhan já não autoriza a saída de excursões e que as viagens de excursões vindas de Hubei estão suspensas. Assumo que já estejam mesmo paradas”, afirmou Maria Helena de Senna Fernandes, directora os Serviços de Turismo (DST), sobre a situação. “No entanto, se houver necessidade de outros grupos de Wuhan virem a Macau vamos manter-nos em comunicação com as autoridades competentes para garantir a segurança nessas situações”, acrescentou.
Maria Helena de Senna Fernandes sublinhou ainda que neste momento não há qualquer proibição de ida a Wuhan, mas que a viagem é “desaconselhada”. O nível de alerta de turismo para a zona também não foi accionado.
Em relação à proibição dos residentes se deslocarem a Wuhan, o representante do Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) reconheceu que as autoridades têm esse poder, mas que a proibição “ainda” não está a ser equacionada.
Voto de confiança
Na conferência de imprensa dos Serviços de Saúde, o tema do bloqueio voltou a ser abordado, porém, Lam Cheong, chefe do Centro de Prevenção e Controlo da Doença, negou a hipótese.
A justificação para a recusa prendeu-se com as medidas tomadas pelas autoridades centrais: “Neste momento as pessoas que vivem em Wuhan já estão proibidas de sair da cidade e da província. Estão submetidos a medidas que já não lhes permitem deslocaram-se a outros territórios”, defendeu.
Contudo, Lam Cheong acabou por explicar de forma indirecta que bloquear apenas a cidade de Wuhan ou a província de Hubei seria inútil. “Neste momento há mais cidades infectadas, até Zhuhai já teve casos. Sabemos que a zona mais afectada, que foi o epicentro foi Wuhan, mas já há casos em mais sítios”, complementou.
Além de Hubei que ontem tinha 375 casos confirmados, Guangdong, às portas de Macau, é a segunda província mais afectada com 26 ocorrências, seguida por Pequim, com 10 casos e Xangai com nove ocorrências. Fora da China houve casos confirmados nos Estados Unidos, Coreia do Sul, Japão e Tailândia.
Epidemia de Wuhan | Governo vai importar 20 milhões de máscaras só para residentes
[dropcap]A[/dropcap]pós o Governo ter confirmado o primeiro caso de Pneumonia de Wuhan houve uma corrida às farmácias e supermercados que fez com que numa questão de horas as máscaras ficassem esgotadas. Um pouco por toda a cidade começaram igualmente a surgir notícias de pessoas que já estavam a especular e, de acordo com o portal Macau Concealers, a polícia prendeu mesmo duas pessoas na Zona Norte.
Segundo a versão relatada ao HM por uma residente na zona de Seac Pai Van, apesar de ter corrido a oito farmácias e três supermercados não conseguiu encontrar uma única máscara. Frequentemente deparou-se com um aviso para o facto de os produtos estarem esgotados.
Também uma moradora da Taipa traçou um cenário semelhante. Nas três farmácias em que entrou, na Península, foi sempre informada que já não havia máscaras para venda. Face a este cenário desistiu da compra, depois de um amigo lhe ter prometido uma máscara.
De acordo com os dados revelados pelos SSM, ontem à tarde apenas um dos oito fornecedores de máscaras em Macau tinha produtos em stock, nomeadamente numa quantidade de 150 mil.
Quem dá mais?
Já no mercado negro, de acordo com o Macau Concealers, uma caixa estava a ser vendida por 85 patacas, quando normalmente seis caixas do mesmo produto custam 19 patacas.
Por este motivo, as autoridades prometeram importar ainda antes do Ano Novo Chinês vinte milhões de máscaras, que vão estar disponíveis só para residentes. Os produtos vão ser colocados em 53 das 249 farmácias do território e o objectivo é garantirem aos residentes o acesso às mesmas. Os preços são estipulados pelo Governo e cada residente apenas pode comprar 10 máscaras por cada 10 dias.
“Houve turistas e pessoas que compraram 50 caixas de máscaras de uma vez. Por isso encomendámos 20 milhões de máscaras que vão chegar ainda antes do Ano Novo Chinês e que só estão disponíveis para residentes”, revelou Lei Chin Ion.
O director dos Serviços de Saúde desvalorizou igualmente o facto de os trabalhadores não-residentes não poderem ter acesso às máscaras: “Não vai haver nenhuma limitação, os não-residentes vão poder comprar os outros produtos, que estão no mercado normal”, frisou.
Ainda sobre este aspecto, Lam Chong, Chefe do Centro de Prevenção e Controlo de Doença, foi questionado sobre o perigo de vários trabalhadores não-residentes lidarem directamente com crianças e idosos poderem ficar afastados da compra de máscaras: “O nosso objectivo é garantir que os residentes têm o acesso às máscaras”, limitou-se a responder.
Epidemia de Wuhan | Governo vai importar 20 milhões de máscaras só para residentes
[dropcap]A[/dropcap]pós o Governo ter confirmado o primeiro caso de Pneumonia de Wuhan houve uma corrida às farmácias e supermercados que fez com que numa questão de horas as máscaras ficassem esgotadas. Um pouco por toda a cidade começaram igualmente a surgir notícias de pessoas que já estavam a especular e, de acordo com o portal Macau Concealers, a polícia prendeu mesmo duas pessoas na Zona Norte.
Segundo a versão relatada ao HM por uma residente na zona de Seac Pai Van, apesar de ter corrido a oito farmácias e três supermercados não conseguiu encontrar uma única máscara. Frequentemente deparou-se com um aviso para o facto de os produtos estarem esgotados.
Também uma moradora da Taipa traçou um cenário semelhante. Nas três farmácias em que entrou, na Península, foi sempre informada que já não havia máscaras para venda. Face a este cenário desistiu da compra, depois de um amigo lhe ter prometido uma máscara.
De acordo com os dados revelados pelos SSM, ontem à tarde apenas um dos oito fornecedores de máscaras em Macau tinha produtos em stock, nomeadamente numa quantidade de 150 mil.
Quem dá mais?
Já no mercado negro, de acordo com o Macau Concealers, uma caixa estava a ser vendida por 85 patacas, quando normalmente seis caixas do mesmo produto custam 19 patacas.
Por este motivo, as autoridades prometeram importar ainda antes do Ano Novo Chinês vinte milhões de máscaras, que vão estar disponíveis só para residentes. Os produtos vão ser colocados em 53 das 249 farmácias do território e o objectivo é garantirem aos residentes o acesso às mesmas. Os preços são estipulados pelo Governo e cada residente apenas pode comprar 10 máscaras por cada 10 dias.
“Houve turistas e pessoas que compraram 50 caixas de máscaras de uma vez. Por isso encomendámos 20 milhões de máscaras que vão chegar ainda antes do Ano Novo Chinês e que só estão disponíveis para residentes”, revelou Lei Chin Ion.
O director dos Serviços de Saúde desvalorizou igualmente o facto de os trabalhadores não-residentes não poderem ter acesso às máscaras: “Não vai haver nenhuma limitação, os não-residentes vão poder comprar os outros produtos, que estão no mercado normal”, frisou.
Ainda sobre este aspecto, Lam Chong, Chefe do Centro de Prevenção e Controlo de Doença, foi questionado sobre o perigo de vários trabalhadores não-residentes lidarem directamente com crianças e idosos poderem ficar afastados da compra de máscaras: “O nosso objectivo é garantir que os residentes têm o acesso às máscaras”, limitou-se a responder.
Epidemia de Wuhan | Turista de 52 anos trouxe o primeiro caso para o território
Com a oficialização do primeiro caso da pneumonia de Wuhan no território seguiu-se uma corrida às máscaras. Segundo os SSM, entre os oito fornecedores apenas um tinha stock disponível. Ontem à noite havia ainda outros quatro casos suspeitos
[dropcap]U[/dropcap]ma turista de 52 anos que viajou para Macau no dia 19 de Janeiro, vinda de Wuhan, é o primeiro caso no território da epidemia que até ontem já tinha feito nove mortos, todos no Interior da China. A primeira ocorrência em Macau da nova doença foi anunciada ontem pela secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Ao Ieng U, numa conferência de imprensa do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, que teve lugar na sede do Governo.
“Ontem à noite registámos o primeiro caso confirmado [de pneumonia de Wuhan]. É um caso importado por uma visitante de Wuhan, que foi diagnosticada com o coronavírus. Fizemos dois testes e o resultado foi positivo”, anunciou a secretária. “Quando a mulher chegou a Macau não tinha sintomas óbvios de febre, nem os manifestou no hospital. Os sintomas que apresentava eram uma dor de garganta e tosse, que já durava há uma semana”, acrescentou.
Em Macau, a mulher entrou pelas Portas do Cerco, por volta das 22h00 de domingo, tendo depois apanhado um autocarro shuttle da Galaxy, acabando no hotel e casino Landmark, onde ficou hospedada. Segundo a informação oficial, a doente apenas deixou o hotel e as mesas do casino para ir a restaurantes nas zonas adjacentes ao edifício.
Foi já na terça-feira à tarde, quando estava em Macau há quase dois dias, que a comerciante de Wuhan se sentiu mal e se deslocou ao Hospital Conde São Januária, com tosse e dores de garganta. Na instituição foi logo classificada pelo paciente de “alto risco”, revelou Lei Chin Ion, director dos Serviços de Saúde, e os dois exames feitos pelo pessoal médico confirmaram a existência do coronavírus.
A mulher infectada viajou com outros dois amigos que se encontravam no mesmo hotel e que estão isolados no Hospital Conde São Januário. Este casal conviveu igualmente com uma outra mulher, que também foi isolada. Os três vão permanecer durante 14 dias em isolamento, que corresponde ao período de incubação da pneumonia de Wuhan.
Além destes três casos suspeitos, há um outro, assinalado desde terça-feira, que diz respeito a um homem com cerca de 60 anos. Em todas as outras situações identificadas na terça-feira a hipótese de contágio foi afastada.
Doença confirmada
Ainda sobre o caso da mulher, Lei Chin Ion apontou que não considera o risco de transmissão “muito alto”, uma vez que a doença foi detectada numa fase inicial, quando ainda nem havia febre.
“A declaração que o risco de transmissão não é muito alto tem por base o diagnóstico médico. O nível de transmissão tem em conta o nível da gravidade do paciente. Se apresentou sintomas graves, como tosse contínua, muitos vírus no corpo ou corrimento nasal então dizemos que existe um alto risco de contágio”, justificou o director dos SSM. “Mas neste paciente a situação não era assim tão grave, apresentou tosse, dor de garganta, mas não tinha febre, nem sintomas no sistema respiratório, por isso consideramos que o nível de transmissão não é assim tão elevado”, clarificou.
Medidas em curso
Após ter sido divulgado o primeiro caso em Macau, o Executivo apresentou igualmente um conjunto de medidas com o objectivo de prevenir mais casos e evitar um surto no território, tal como acontece no Interior.
No que diz respeito aos departamentos governamentais, Ao Ieng U anunciou que vai haver controlos de temperatura e que vai ser obrigatório a utilização de máscara para as pessoas na linha da frente. O mesmo acontece em todas as mesas de jogo da RAEM em que a utilização de máscara passou a ser obrigatória, apesar de na tarde de ontem nem todos os croupiers estarem a utilizá-las.
Também as escolas, que tiveram ontem uma reunião de emergência com a Direcção de Serviços de Educação e Juventude (DSEJ), vão ter instruções para aplicarem, após as férias do Ano Novo Chinês.
O Instituto para os Assuntos Municipais (IAM) vai igualmente conduzir operações de limpeza frequentes em paragens de autocarros, de táxis, assim como nos mercados municipais e casas-de-banho públicas. Já nas Portas do Cerco a limpeza por parte do IAM vai também ser diária.
Por sua vez, a Direcção de Serviços de Turismo vai medir a temperatura dos trabalhadores durante as grandes festividades de Ano Novo Chinês, mas afastou, por enquanto, a possibilidade de aconselhar as pessoas a evitarem multidões e grandes eventos. No entanto, a secretária pediu às pessoas que se sintam mal que não frequentem os espaços, ou que o façam usando máscara.
Camas de isolamento insuficientes
Os dois locais da RAEM prontos para isolar eventuais pacientes só têm capacidade para 180 pessoas. Os números foram avançados ontem por Lei Chin Ion, director dos Serviços de Saúde de Macau. Face ao número de pessoas a viver em Macau registados no final do terceiro trimestre do ano passado, que era de cerca de 676.100, o número de camas disponíveis não chega nem para 1 por cento, ficando-se nos 0,03 por cento. Se for tido em conta o número de turistas que entra em Macau durante o período do Ano Novo Chinês, o número cai ainda mais.
Epidemia de Wuhan | Turista de 52 anos trouxe o primeiro caso para o território
Com a oficialização do primeiro caso da pneumonia de Wuhan no território seguiu-se uma corrida às máscaras. Segundo os SSM, entre os oito fornecedores apenas um tinha stock disponível. Ontem à noite havia ainda outros quatro casos suspeitos
[dropcap]U[/dropcap]ma turista de 52 anos que viajou para Macau no dia 19 de Janeiro, vinda de Wuhan, é o primeiro caso no território da epidemia que até ontem já tinha feito nove mortos, todos no Interior da China. A primeira ocorrência em Macau da nova doença foi anunciada ontem pela secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Ao Ieng U, numa conferência de imprensa do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, que teve lugar na sede do Governo.
“Ontem à noite registámos o primeiro caso confirmado [de pneumonia de Wuhan]. É um caso importado por uma visitante de Wuhan, que foi diagnosticada com o coronavírus. Fizemos dois testes e o resultado foi positivo”, anunciou a secretária. “Quando a mulher chegou a Macau não tinha sintomas óbvios de febre, nem os manifestou no hospital. Os sintomas que apresentava eram uma dor de garganta e tosse, que já durava há uma semana”, acrescentou.
Em Macau, a mulher entrou pelas Portas do Cerco, por volta das 22h00 de domingo, tendo depois apanhado um autocarro shuttle da Galaxy, acabando no hotel e casino Landmark, onde ficou hospedada. Segundo a informação oficial, a doente apenas deixou o hotel e as mesas do casino para ir a restaurantes nas zonas adjacentes ao edifício.
Foi já na terça-feira à tarde, quando estava em Macau há quase dois dias, que a comerciante de Wuhan se sentiu mal e se deslocou ao Hospital Conde São Januária, com tosse e dores de garganta. Na instituição foi logo classificada pelo paciente de “alto risco”, revelou Lei Chin Ion, director dos Serviços de Saúde, e os dois exames feitos pelo pessoal médico confirmaram a existência do coronavírus.
A mulher infectada viajou com outros dois amigos que se encontravam no mesmo hotel e que estão isolados no Hospital Conde São Januário. Este casal conviveu igualmente com uma outra mulher, que também foi isolada. Os três vão permanecer durante 14 dias em isolamento, que corresponde ao período de incubação da pneumonia de Wuhan.
Além destes três casos suspeitos, há um outro, assinalado desde terça-feira, que diz respeito a um homem com cerca de 60 anos. Em todas as outras situações identificadas na terça-feira a hipótese de contágio foi afastada.
Doença confirmada
Ainda sobre o caso da mulher, Lei Chin Ion apontou que não considera o risco de transmissão “muito alto”, uma vez que a doença foi detectada numa fase inicial, quando ainda nem havia febre.
“A declaração que o risco de transmissão não é muito alto tem por base o diagnóstico médico. O nível de transmissão tem em conta o nível da gravidade do paciente. Se apresentou sintomas graves, como tosse contínua, muitos vírus no corpo ou corrimento nasal então dizemos que existe um alto risco de contágio”, justificou o director dos SSM. “Mas neste paciente a situação não era assim tão grave, apresentou tosse, dor de garganta, mas não tinha febre, nem sintomas no sistema respiratório, por isso consideramos que o nível de transmissão não é assim tão elevado”, clarificou.
Medidas em curso
Após ter sido divulgado o primeiro caso em Macau, o Executivo apresentou igualmente um conjunto de medidas com o objectivo de prevenir mais casos e evitar um surto no território, tal como acontece no Interior.
No que diz respeito aos departamentos governamentais, Ao Ieng U anunciou que vai haver controlos de temperatura e que vai ser obrigatório a utilização de máscara para as pessoas na linha da frente. O mesmo acontece em todas as mesas de jogo da RAEM em que a utilização de máscara passou a ser obrigatória, apesar de na tarde de ontem nem todos os croupiers estarem a utilizá-las.
Também as escolas, que tiveram ontem uma reunião de emergência com a Direcção de Serviços de Educação e Juventude (DSEJ), vão ter instruções para aplicarem, após as férias do Ano Novo Chinês.
O Instituto para os Assuntos Municipais (IAM) vai igualmente conduzir operações de limpeza frequentes em paragens de autocarros, de táxis, assim como nos mercados municipais e casas-de-banho públicas. Já nas Portas do Cerco a limpeza por parte do IAM vai também ser diária.
Por sua vez, a Direcção de Serviços de Turismo vai medir a temperatura dos trabalhadores durante as grandes festividades de Ano Novo Chinês, mas afastou, por enquanto, a possibilidade de aconselhar as pessoas a evitarem multidões e grandes eventos. No entanto, a secretária pediu às pessoas que se sintam mal que não frequentem os espaços, ou que o façam usando máscara.
Camas de isolamento insuficientes
Os dois locais da RAEM prontos para isolar eventuais pacientes só têm capacidade para 180 pessoas. Os números foram avançados ontem por Lei Chin Ion, director dos Serviços de Saúde de Macau. Face ao número de pessoas a viver em Macau registados no final do terceiro trimestre do ano passado, que era de cerca de 676.100, o número de camas disponíveis não chega nem para 1 por cento, ficando-se nos 0,03 por cento. Se for tido em conta o número de turistas que entra em Macau durante o período do Ano Novo Chinês, o número cai ainda mais.
Tóquio2020 | Vírus na China ‘obriga’ à mudança da qualificação no futebol feminino
[dropcap]O[/dropcap]s jogos de qualificação da zona asiática para o torneio feminino de futebol dos Jogos Olímpicos de 2020, previstos para Fevereiro em Wuhan, onde teve origem o coronavírus, novo vírus detetado na China, vão mudar de local. De acordo com a Confederação Asiática de futebol (AFC), os jogos da terceira fase de qualificação, entre 3 e 9 de Fevereiro, vão ser transferidos para Nanjing, na zona oriental e capital da província de Jiangsu.
Os jogos do grupo B de qualificação, agendados para a China, incluem a Austrália, China, Tailândia e Taiwan, enquanto que o grupo A, que decorre na Coreia do Sul, conta com os sul-coreanos, Vietname e Myanmar.
Antes desta decisão, a Federação de futebol de Taiwan chegou a ameaçar retirar-se da qualificação, caso os jogos se mantivessem em Wuhan, afirmado que a prioridade era a segurança das suas jogadoras.
Entretanto, um torneio de boxe, igualmente de qualificação para os Jogos de Tóquio2020 e também agendado para fevereiro em Wuhan, deverá mudar de local, segundo indicou a agência japonesa Kyodo.
A agência cita os organizadores, mas o novo local ainda não foi confirmado, com a Federação japonesa de boxe a aguardar por novas diretrizes do Comité Olímpico Internacional (COI).
Hoje, as autoridades chinesas apelaram à população para evitar multidões e encontros em espaços públicos, alertando que a nova doença, que se transmite pelas vias respiratórias e que infectou centenas e matou nove pessoas, se pode alastrar ainda mais.
O número de casos aumentou rapidamente desde que a nova pneumonia foi detectada no mês passado em Wuhan, no centro da China. No total, há 440 casos confirmados, em 13 jurisdições do país, anunciou o vice-diretor da Comissão Nacional de Saúde, Li Bin. Nove pessoas morreram, todas na província de Hubei, cuja capital é Wuhan.
Tóquio2020 | Vírus na China 'obriga' à mudança da qualificação no futebol feminino
[dropcap]O[/dropcap]s jogos de qualificação da zona asiática para o torneio feminino de futebol dos Jogos Olímpicos de 2020, previstos para Fevereiro em Wuhan, onde teve origem o coronavírus, novo vírus detetado na China, vão mudar de local. De acordo com a Confederação Asiática de futebol (AFC), os jogos da terceira fase de qualificação, entre 3 e 9 de Fevereiro, vão ser transferidos para Nanjing, na zona oriental e capital da província de Jiangsu.
Os jogos do grupo B de qualificação, agendados para a China, incluem a Austrália, China, Tailândia e Taiwan, enquanto que o grupo A, que decorre na Coreia do Sul, conta com os sul-coreanos, Vietname e Myanmar.
Antes desta decisão, a Federação de futebol de Taiwan chegou a ameaçar retirar-se da qualificação, caso os jogos se mantivessem em Wuhan, afirmado que a prioridade era a segurança das suas jogadoras.
Entretanto, um torneio de boxe, igualmente de qualificação para os Jogos de Tóquio2020 e também agendado para fevereiro em Wuhan, deverá mudar de local, segundo indicou a agência japonesa Kyodo.
A agência cita os organizadores, mas o novo local ainda não foi confirmado, com a Federação japonesa de boxe a aguardar por novas diretrizes do Comité Olímpico Internacional (COI).
Hoje, as autoridades chinesas apelaram à população para evitar multidões e encontros em espaços públicos, alertando que a nova doença, que se transmite pelas vias respiratórias e que infectou centenas e matou nove pessoas, se pode alastrar ainda mais.
O número de casos aumentou rapidamente desde que a nova pneumonia foi detectada no mês passado em Wuhan, no centro da China. No total, há 440 casos confirmados, em 13 jurisdições do país, anunciou o vice-diretor da Comissão Nacional de Saúde, Li Bin. Nove pessoas morreram, todas na província de Hubei, cuja capital é Wuhan.
Coreia do Norte fecha fronteiras para evitar propagação de vírus chinês – agência de viagens
[dropcap]A[/dropcap] Coreia do Norte vai encerrar temporariamente as fronteiras para se proteger do novo coronavírus detetado na China, informou ontem uma agência de viagens chinesa especializada em excursões ao país. Os chineses representam a esmagadora maioria dos turistas que chegam à Coreia do Norte, tendo o número de visitantes aumentado no ano passado devido à aproximação diplomática entre os dois países.
Pyongyang “fechará temporariamente as fronteiras a todos os turistas estrangeiros como medida de prevenção contra o coronavírus”, lê-se num comunicado da agência de viagens Young Pioneer Tours.
Vários países têm reforçado o controlo nos aeroportos devido ao vírus detetado no mês passado em Wuhan, cidade do centro da China, que provoca pneumonias virais e já causou nove mortos entre as mais de 440 pessoas infectadas.
Fora da China, foram já confirmados casos do novo coronavírus entre viajantes chineses na Coreia do Sul, Japão, Tailândia, Taiwan e Estados Unidos, todos oriundos de Wuhan.
Citada pela agência de notícias France-Presse (AFP), a agência norte-coreana de viagens Koryo Tours disse ter sido “informada de que a medida [encerramento das fronteiras] está a ser considerada”, mas ainda não confirmou a decisão.
Também hoje o jornal norte-coreano Rodong Sinmun não deu a conhecer nenhuma medida especial aplicada pelo regime face ao vírus chinês, mencionando apenas que este “se espalhou rapidamente” e que as autoridades chinesas tomaram “medidas equivalentes”.
Outros surtos já levaram Pyongyang a fechar as fronteiras: em outubro de 2014, o regime aplicou a mesma medida para se proteger do vírus Ébola, apesar de não ter sido detetado nenhum caso na Ásia.
Já durante o surto SARS (Síndrome Respiratória Aguda Grave), que entre 2002 e 2003 matou 650 pessoas na China continental e em Hong Kong, suspendera excursões ao estrangeiro.
Segurança | Militarizados perdem contra Governo no reconhecimento de tempo de serviço
[dropcap]C[/dropcap]erca de 150 militarizados não vão ganhar o valor da pensão ao qual acreditam ter direito. Isto porque o Tribunal de Última Instância (TUI) lhes negou um recurso apresentado relativo a três despachos de 2016 assinados pelo secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, que negam a contagem de tempo de serviço pretendida por estes profissionais.
De acordo com o acórdão do TUI ontem tornado público, os militarizados exigiam a contagem do tempo de serviço prestado nos 1º Turno/STT/Especial/1990 e o 1º Turno/STT/Normal/1990 no Serviço de Segurança Territorial para “efeitos de aposentação e sobrevivência”. Estes pediam também “o direito ao gozo de licença especial e reconhecimento da contagem do tempo prestado no Serviço de Segurança Territorial para efeitos de antiguidade na carreira”.
Como argumento, os militarizados alegaram exercer, no Serviço de Segurança Territorial, “funções materialmente semelhantes às dos militarizados das Forças de Segurança, pelo que tal tempo de serviço lhes deveria ser contado para efeitos de antiguidade na carreira”.
A 9 de Maio do ano passado, o TSI rejeitou o recurso, e o TUI teve agora um entendimento semelhante.
Para o tribunal, “no que concerne à questão do estatuto dos instruendos do Serviço de Segurança Territorial, e nos termos do disposto nas Normas Reguladoras da Prestação do Serviço de Segurança Territorial, os instruendos do Serviço de Segurança Territorial não integravam as Forças de Segurança de Macau”.
Nesse sentido, “mesmo que o estágio consistisse na execução de funções semelhantes às dos militarizados das Forças de Segurança, isso não lhes conferia o estatuto de militarizados das Forças de Segurança, dado que eram instruendos do Serviço de Segurança Territorial”.
Datas e decretos
No que diz respeito à exigência de uma bonificação de 20 por cento do tempo de serviço prestado no Serviço de Segurança Territorial nos anos de 1990 e 1991, para efeitos de aposentação e sobrevivência, o TUI entendeu que “a bonificação supra mencionada só se manteve para o serviço prestado antes de 1 de Janeiro de 1986, o que não era o caso dos recorrentes”.
Além disso, os cerca de 150 militarizados não pertenciam às Forças de Segurança à data da entrada em vigor do decreto-lei, ou seja, 27 de Dezembro de 1989. “Nesta data, os recorrentes nem sequer eram instruendos do Serviço de Segurança Territorial, cuja prestação se iniciou em Março de 1990, pelo que os recorrentes, que eram apenas candidatos a este Serviço, não tinham nenhum direito, nem a este, nem a nenhum outro, pelo que estiveram a alegar contra lei expressa.” A questão da data de ingresso nas Forças de Segurança foi também usada como argumento pelo TUI no que diz respeito ao pedido de gozo de licença especial.
O TUI indicou também que “a antiguidade em qualquer carreira se conta a partir do ingresso na mesma”, pelo que, “para que outro tempo fosse contado, por exemplo, em estágio, tinha de haver norma a prevê-lo, o que não existia no caso dos autos”.
Segurança | Militarizados perdem contra Governo no reconhecimento de tempo de serviço
[dropcap]C[/dropcap]erca de 150 militarizados não vão ganhar o valor da pensão ao qual acreditam ter direito. Isto porque o Tribunal de Última Instância (TUI) lhes negou um recurso apresentado relativo a três despachos de 2016 assinados pelo secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, que negam a contagem de tempo de serviço pretendida por estes profissionais.
De acordo com o acórdão do TUI ontem tornado público, os militarizados exigiam a contagem do tempo de serviço prestado nos 1º Turno/STT/Especial/1990 e o 1º Turno/STT/Normal/1990 no Serviço de Segurança Territorial para “efeitos de aposentação e sobrevivência”. Estes pediam também “o direito ao gozo de licença especial e reconhecimento da contagem do tempo prestado no Serviço de Segurança Territorial para efeitos de antiguidade na carreira”.
Como argumento, os militarizados alegaram exercer, no Serviço de Segurança Territorial, “funções materialmente semelhantes às dos militarizados das Forças de Segurança, pelo que tal tempo de serviço lhes deveria ser contado para efeitos de antiguidade na carreira”.
A 9 de Maio do ano passado, o TSI rejeitou o recurso, e o TUI teve agora um entendimento semelhante.
Para o tribunal, “no que concerne à questão do estatuto dos instruendos do Serviço de Segurança Territorial, e nos termos do disposto nas Normas Reguladoras da Prestação do Serviço de Segurança Territorial, os instruendos do Serviço de Segurança Territorial não integravam as Forças de Segurança de Macau”.
Nesse sentido, “mesmo que o estágio consistisse na execução de funções semelhantes às dos militarizados das Forças de Segurança, isso não lhes conferia o estatuto de militarizados das Forças de Segurança, dado que eram instruendos do Serviço de Segurança Territorial”.
Datas e decretos
No que diz respeito à exigência de uma bonificação de 20 por cento do tempo de serviço prestado no Serviço de Segurança Territorial nos anos de 1990 e 1991, para efeitos de aposentação e sobrevivência, o TUI entendeu que “a bonificação supra mencionada só se manteve para o serviço prestado antes de 1 de Janeiro de 1986, o que não era o caso dos recorrentes”.
Além disso, os cerca de 150 militarizados não pertenciam às Forças de Segurança à data da entrada em vigor do decreto-lei, ou seja, 27 de Dezembro de 1989. “Nesta data, os recorrentes nem sequer eram instruendos do Serviço de Segurança Territorial, cuja prestação se iniciou em Março de 1990, pelo que os recorrentes, que eram apenas candidatos a este Serviço, não tinham nenhum direito, nem a este, nem a nenhum outro, pelo que estiveram a alegar contra lei expressa.” A questão da data de ingresso nas Forças de Segurança foi também usada como argumento pelo TUI no que diz respeito ao pedido de gozo de licença especial.
O TUI indicou também que “a antiguidade em qualquer carreira se conta a partir do ingresso na mesma”, pelo que, “para que outro tempo fosse contado, por exemplo, em estágio, tinha de haver norma a prevê-lo, o que não existia no caso dos autos”.
Tailândia | Tribunal sem provas para dissolver partido da oposição
[dropcap]U[/dropcap]m dos principais partidos de oposição tailandeses, acusado de tentar derrubar a monarquia, escapou ontem da dissolução por falta de “elementos de prova”, mas continua sob ameaça devido a um outro caso ainda em tribunal.
“Não há evidências” que provem que os principais líderes do Future Forward “tenham movido acções contra a monarquia”, concluiu o Tribunal Constitucional tailandês.
Future Forward é a terceira força política do país. O movimento conquistou mais de seis milhões de votos durante as eleições legislativas de 2019, sendo muito popular entre as classes mais jovens tailandeses, preocupadas com o papel desempenhado pelo exército na política.
Liderado por um bilionário carismático, Thanathorn Juangroongruangkit, o partido é defensor da redução dos orçamentos de defesa. Em Novembro passado, Thanathorn Juangroongruangkit, de 41 anos, foi destituído do mandato parlamentar, por ter sido acusado de manter acções num órgão de imprensa durante a campanha eleitoral.
O Future Forward corre ainda risco de ser dissolvido num outro caso de alegados empréstimos ilegais supostamente concedidos pelo empresário ao movimento.
A organização não-governamental de defesa dos direitos humanos Amnistia Internacional pediu “que as autoridades tailandesas deixem de recorrer a processos judiciais para intimidar e assediar os líderes e membros do Future Forward”.
Tailândia | Tribunal sem provas para dissolver partido da oposição
[dropcap]U[/dropcap]m dos principais partidos de oposição tailandeses, acusado de tentar derrubar a monarquia, escapou ontem da dissolução por falta de “elementos de prova”, mas continua sob ameaça devido a um outro caso ainda em tribunal.
“Não há evidências” que provem que os principais líderes do Future Forward “tenham movido acções contra a monarquia”, concluiu o Tribunal Constitucional tailandês.
Future Forward é a terceira força política do país. O movimento conquistou mais de seis milhões de votos durante as eleições legislativas de 2019, sendo muito popular entre as classes mais jovens tailandeses, preocupadas com o papel desempenhado pelo exército na política.
Liderado por um bilionário carismático, Thanathorn Juangroongruangkit, o partido é defensor da redução dos orçamentos de defesa. Em Novembro passado, Thanathorn Juangroongruangkit, de 41 anos, foi destituído do mandato parlamentar, por ter sido acusado de manter acções num órgão de imprensa durante a campanha eleitoral.
O Future Forward corre ainda risco de ser dissolvido num outro caso de alegados empréstimos ilegais supostamente concedidos pelo empresário ao movimento.
A organização não-governamental de defesa dos direitos humanos Amnistia Internacional pediu “que as autoridades tailandesas deixem de recorrer a processos judiciais para intimidar e assediar os líderes e membros do Future Forward”.