Grande Prémio | Chan Chak Mo volta a integrar Comissão

A secretária para os Assuntos Sociais e Cultural, Elsie Ao Ieong U, nomeou o deputado e empresário Chan Chak Mo como membro da Comissão do Grande Prémio deste ano. O despacho da nomeação foi publicado ontem no Boletim Oficial, produz efeitos até ao final do ano e Chan Chak Mo foi considerado pela secretária como uma das “individualidades de reconhecido mérito na área do turismo e do desporto de Macau”.

Nos anos mais recentes, Chan Chak Mo tem integrado a Comissão do Grande Prémio, que por sua vez encomenda grandes quantidades de bolos secos à pastelaria Yeng Kee, controlada pelo deputado e empresário, através de empresa Future Bright. Estes bolos são anualmente distribuídos, através de duas caixas, aos membros da imprensa acreditados, mas também a outras pessoas acreditadas.

Como parte da comissão coordenada por Pun Weng Kung, presidente do Instituto do Desporto, fazem ainda parte na condição de individualidades ligadas ao turismo e desporto Chong Coc Veng, ligado à Associação Geral de Automóvel de Macau-China, o empresário Chum Pak Tak, ligado à construção civil e sector do imobiliário, Henry Ho, ex-piloto, Cheang Peng Tai, hoteleiro e Chao Hio Tong.

29 Fev 2024

Grande Prémio | F4 tem os ingredientes para constar no menu

Uma semana após ter revelado um calendário provisório com o Grande Prémio de Macau como uma das provas da temporada 2024, o organizador do Campeonato da China de Fórmula 4, que no próximo ano terá um monolugar da última geração, publicou uma nova versão do calendário já sem o evento do Circuito da Guia. Todavia, esta alteração não significa que os monolugares de Fórmula 4 deixarão de ser vistos no mundialmente famoso circuito citadino de Macau

Esta alteração no calendário do Campeonato da China de Fórmula 4 não foi explicada, mas não é uma situação inédita, pois este ano o Grande Prémio permaneceu no calendário da competição promovida até meados de Outubro. Recorde-se que o Campeonato da China de Fórmula 4 visitou a RAEM de 2020 a 2022, quando a pandemia impediu a realização da prova de Fórmula 3. Contudo, este ano, a Corrida de Fórmula 4 de Macau foi realizada com os monolugares da última geração do revitalizado Campeonato do Sudeste Asiático de Fórmula 4 e não com os carros da competição nacional chinesa.

Com o retorno do Grande Prémio ao seu formato habitual de um fim de semana num cenário pós-pandemia, o regresso da Fórmula 4 ao Circuito da Guia em 2024 é uma incógnita, embora haja um certo consenso sobre a relevância desta corrida no evento do Circuito da Guia.

“Acho que a Corrida de Fórmula 4 proporcionou um bom espetáculo este ano na 70.ª edição do evento. É sempre bom termos mais categorias oficiais da FIA, como é este o caso, em que vemos jovens que aproveitaram a oportunidade para dar o salto do karting para as corridas de monolugares”, explicou Rodolfo Ávila, o chefe de equipa da local Asia Racing Team, ao HM, equipa que no mês de Novembro passado colocou em pista dois jovens estreantes do território, Tiago Rodrigues e Markus Cheong.

Charles Leong Hon Chio, piloto que venceu o Grande Prémio de Macau de Fórmula 4 em 2020 e 2021, partilha da mesma opinião de Ávila. “Vamos ver se eles quererão incluir uma outra corrida de fórmula no programa do Grande Prémio de Macau daqui em diante. Acho que o deveriam fazer porque beneficia os pilotos juniores. Seria bom dar mais oportunidades aos pilotos mais jovens e ajudá-los a aprender a pista única de Macau”, salientou o piloto que este ano terminou no pódio na corrida de Fórmula 4.

Bom para indústria local

Com a Fórmula 3 actual restrita às dez equipas que participam a tempo inteiro no Campeonato da FIA e com um nível de exigência elevadíssimo para os pilotos, a presença da Fórmula 4 no Grande Prémio poderá ser benéfica para a relativamente pequena indústria do automobilismo local.

“Só pelo facto de ser o Grande Prémio de Macau, esta corrida atrairá sempre os melhores do mundo na categoria, o que permitirá os jovens pilotos locais competirem com os próximos talentos mundiais do automobilismo”, refere Ávila, que acrescenta que “também para o lado das equipas locais e asiáticas, esta é um prova que a voltar a repetir-se ajudará bastante no crescimento das mesmas, pois ao medirmos forças com as equipas internacionais, que também têm os melhores engenheiros e mecânicos, aumentaremos a nossa competitividade.”

Um horário apertado e um paddock limitado não permitem hoje em dia que o programa do Grande Prémio tenha muito mais que seis corridas, no entanto, várias outras disciplinas de monolugares para jovens talentos fizeram parte do evento ao longo das sete décadas do evento.

“Penso que é possível a F4 regressar”, acredita Leong, relembrando que “quando houve uma corrida de Fórmula BMW ou de Fórmula Renault, utilizaram o paddock do parque de estacionamento subterrâneo e funcionou bem”. No mês passado, o piloto da Red Bull Academy, Arvid Lindblad, venceu a Corrida de Fórmula 4 de Macau, enquanto que Tiago Rodrigues, que se sagrou campeão chinês de F4 esta temporada, foi o sexto classificado, e Marcus Cheong foi o 12º.

29 Dez 2023

Grande Prémio | Corrida de resistência é hoje um cenário improvável

Muitas das provas clássicas do automobilismo mundial são provas de resistência, como as 24 Horas de Le Mans ou as 24 Horas de Spa. O próprio Grande Prémio de Macau nasceu inspirado nas provas de “endurance”, mas hoje realizar uma “maratona” dessa natureza no Circuito da Guia é quase uma missão impossível

 

Quando em 1954 os criadores do primeiro Grande Prémio de Macau avançaram com a sua corrida, esta foi inspirada nas 24 Horas de Le Mans, em França, para carros de Turismo, de Sport ou Especiais. Dada a fragilidade e limitações do parque automóvel da altura, os organizadores decidiram que a duração da prova seria de quatro horas. Com a excepção da “Guia 101” – que oficialmente se chamava “As 101 Voltas da Guia” e foi até hoje a única corrida de realizada no Circuito da Guia fora do contexto do Grande Prémio de Macau – nunca mais se realizou uma corrida desta natureza no circuito urbano mais famoso do Sudeste Asiático.

Nesse remoto ano de 1969, a ideia inicial da Filial de Macau do Automóvel Clube de Portugal era organizar uma corrida de doze horas – as 12 Horas de Macau – mas esta acabou por ter apenas seis horas de duração. Muitos se interrogam sobre as razões de Macau nunca mais ter voltado a organizar uma prova de “endurance” e outros tantos ainda sugerem porque não fazê-la agora.

Stéphane Ratel, o fundador da SRO Motorsports, a empresa co-organizadora da Taça do Mundo de GT da FIA, revelou, em entrevista recente, que foi abordado por um responsável de uma conceituada marca alemã que lhe sugeriu uma corrida de resistência dentro do Grande Prémio, algo que o empresário francês descartou de imediato.

“Seria de facto emocionante, mas talvez também demasiado [para a estrutura do circuito]”, afirmou ao HM, Benjamin Franassovici, braço direito de Stéphane Ratel para a Ásia, e também Director do Campeonato GT World Challenge Asia e Co-Coordenador da Taça do Mundo de GT da FIA do Grande Prémio de Macau. Para o próprio, uma corrida deste género “exigiria que os organizadores fizessem alterações significativas ao evento como um todo.”

Formato perfeito

As provas de resistência em circuitos citadinos praticamente desapareceram. O Circuito Internacional de Vila Real, no norte de Portugal, tentou realizar uma prova de seis horas este ano, mas não o conseguiu por falta de quórum. Para além da dificuldade de cativar interessados e motivar o público para uma corrida tão longa, a FIA é bastante rigorosa no que respeita às normas de segurança nos reabastecimentos.

O responsável pela maior competição regional de Grande Turismo nesta parte do globo, Benjamin Franassovici reconhece que “actualmente, o pitlane [do Circuito da Guia] não é suficientemente grande e seria necessário mais equipamento, como plataformas de combustível.”

Mesmo que os obstáculos estruturais fossem ultrapassados, com a capacidade de organizar grandes eventos que a RAEM já nos habituou, existiria sempre um desafio suplementar que requeria um esforço considerável para ser superado, pois “isto teria um impacto logístico e orçamental que poderia ser prejudicial para os participantes internacionais e locais.”

O próprio Benjamin Franassovici partilha da opinião generalizada de que o formato actual da Taça do Mundo de GT da FIA é a opção mais apropriada: “Pessoalmente, também acredito que o formato de ‘sprint’ é adequado para Macau. Existem inúmeras corridas de resistência para carros de GT em todo o mundo, mas muito poucos eventos de ‘sprint’ com pilotos profissionais. É algo que marca Macau.”

Nos próximos dois anos, a Taça GT Macau vai manter o mesmo formato e acolher a Taça do Mundo de GT da FIA nos moldes que conhecemos. O que virá a seguir é uma incógnita, mas repetir 1954 é altamente improvável.

12 Dez 2023

Promotores do Interior querem regressar ao Grande Prémio em 2024

Menos de duas semanas passaram desde a conclusão do 70.º Grande Prémio de Macau, mas já os promotores dos campeonatos de automobilismo do Interior da China tentam marcar posição para a edição número 71 do maior evento desportivo de carácter anual da RAEM

O Campeonato da China de Fórmula 4 lançou o seu calendário para a temporada de 2024, colocando o Grande Prémio de Macau como a sua prova de encerramento, numa clara e pública demonstração de intenções sobre um eventual regresso à RAEM no próximo ano. Após três visitas consecutivas a Macau, o Campeonato Chinês de Fórmula 4 teve este ano a sua prova de encerramento agendada para o Circuito da Guia. Porém, a Comissão Organizadora do Grande Prémio acabou por optar pelos mais modernos e seguros monolugares Tatuus F4-T421 do revitalizado Campeonato do Sudoeste Asiático de Fórmula 4. Esta “derrota” gerou uma resposta imediata por parte do promotor do campeonato chinês que foi ganho este ano pelo jovem do território, Tiago Rodrigues.

No próximo ano, o Campeonato Chinês de Fórmula 4, irá finalmente introduzir um monolugar de F4 da última geração. O novo Mygale M21-F4 vai substituir o desactualizado Mygale M14-F4, visto a correr no Grande Prémio de 2020 a 2022, que estava em uso desde 2015. O promotor da única competição nacional de monolugares da China apostará num calendário de seis provas, com a primeira a ser disputada no fim de semana do regresso do Grande Prémio da China de Fórmula 1, em Xangai, e a última agendada para o circuito citadino de Macau.

Também o promotor do Campeonato da China de Carros de Turismo/TCR China, já divulgou às equipas o rascunho do calendário da próxima época. O Grande Prémio de Macau é a prova de final de ano, sendo que a competição onde correu André Couto esta temporada poderá optar por colocar a prova do Circuito da Guia como extra-campeonato, ao contrário deste ano, em que serviu de palco para a decisão dos títulos de pilotos e construtores.

Mais ou menos fechado

Com o regresso ao formato de fim de semana único, não se esperam grandes mexidas no programa do 71.º Grande Prémio de Macau. O acordo entre as autoridades competentes de Macau e a Federação Internacional do Automóvel (FIA) contempla a presença da Taça do Mundo de Fórmula 3 da FIA e a Taça do Mundo de GT da FIA no Circuito da Guia até 2025. O TCR World Tour ainda não anunciou o seu calendário para o próximo ano, mas dado o bom relacionamento entre o WSC Group e as entidades desportivas do território, é esperado que a Corrida da Guia volte a ser o palco para a prova de fim de temporada da maior competição internacional de carros de Turismo.

O Grande Prémio de Motos de Macau, um dos elementos diferenciadores do evento, continua de boa saúde e ninguém acredita que o troféu bimarca Toyota GR86-Subaru BRZ, lançado com sucesso este ano pela Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC), não tenha o seu lugar no evento do mês de Novembro. A sexta prova é com certeza a Taça de Carros de Turismo de Macau, que provavelmente regressa como a prova final do Campeonato da China de Turismo/TCR China, ao passo que uma sétima corrida no evento, mesmo num horário já por si apertado, não é teoricamente impossível, tendo tal acontecido pela última vez em 2016. Contudo, para além da Corrida de Fórmula 4, a Taça GT – Corrida da Grande Baía, é outra forte candidata caso essa “slot” seja aproveitada.

1 Dez 2023

70.º Grande Prémio de Macau, a outra efeméride

Mário Duarte Duque *

Este ano, volveram também 10 anos sobre as circunstâncias pelas quais se subtraiu ao edifício do Grande Prémio a sua Torre de Controlo original.

A iniciativa foi movida pelo Sr. Eng. Costa Antunes em 2013, enquanto Coordenador da Comissão do Grande Prémio, com o propósito de desde logo ampliar o edifício com uma nova torre de controlo, recusando-se a consultar o autor da obra de arquitectura que granjeara o Prémio de Arquitectura da Associação dos Arquitectos de Macau de 1992 para edifícios institucionais.

A questão foi notada pela comunicação social em Fevereiro de 2013, e também pelo autor da obra de arquitectura, tendo aquele dirigente assegurado que a iniciativa não se tratava de uma modificação à obra de arquitectura, mas de uma obra inteiramente nova feita por fases e, nesse caso, a consulta ao autor da obra original era desnecessária.

Em ocasião seguinte, o autor da obra de arquitectura esclareceu a mesma comunicação social que na RAEM só existem obras feitas por fases quando fazem parte do mesmo projecto, cujo licenciamento se encontra em curso. De outra forma, a obra é isolada, como esta efectivamente era.

Esse esclarecimento motivou o dirigente ter apelidado o autor da obra de arquitectura de mentiroso no seu contacto seguinte com a comunicação social, e de ter expressado, em nome da RAEM, que não mais iria invocar o nome do autor da obra de arquitectura no futuro. Na gíria, dir-se-ia: cada tiro, cada melro.

O incidente determinou a intervenção do Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura da RAEM, em Julho de 2013, que assegurou ao autor da obra de arquitectura ter havido comunicação deficiente por parte da Comissão do Grande Prémio de Macau e que, em circunstância alguma, a RAEM deixaria de invocar o nome do autor da obra; ou não estivesse em causa uma disposição da própria Lei Básica.

Nesse seguimento, em Maio de 2013, o mesmo dirigente moveu e obteve autorização para a adjudicação de serviços de projecto de reconstrução do Edifício do Grande Prémio, denominado fase 2, com que deu início ao licenciamento da obra de reconstrução do edifício do Grande Prémio, em Junho de 2013, junto da DSSOPT, onde não se encontrava efectivamente em curso.

Em Julho de 2013, começaram os trabalhos na Torre de Controlo, entretanto denominados fase 1. Em Agosto de 2013, a Comissão do Grande Prémio de Macau obteve autorização para a abertura do concurso público para a adjudicação da empreitada denominada “Obras de Demolições no Edifício do Grande Prémio de Macau” e, em Outubro de 2013, obteve autorização para adjudicar esses trabalhos.

Em Outubro de 2013, os trabalhos na Torre de Controlo tiveram licença de utilização e, em Novembro de 2013, realizou-se o 60.º Grande Prémio.

Surpreendentemente, logo em Janeiro de 2014, o Sr. Eng. Costa Antunes moveu e obteve autorização para a extinção de todo o procedimento de adjudicação das obras de demolição do Edifício do Grande Prémio e, em consequência disso, extinguir-se-ia por si o licenciamento da mesma obra, i.e. da fase 2, no caso de não ter continuidade por mais de 6 meses.

A razão da extinção dos trabalhos de demolição do edifício do Grande Prémio teve por fundamento que a realização dessa obra comprometeria a realização do 61.º Grande Prémio de Macau.

Como também comprometeria qualquer das edições seguintes do Grande Prémio, e nem sequer os anos da pandemia, entre 2020 e 2023, em que foi difícil trazer pilotos e equipas a Macau, serviram de oportunidade para programar tal obra.

Em suma, o tempo revelou que não houve uma obra inteiramente nova feita por fases, que o dirigente sequer tinha condições para realizar uma obra inteiramente nova, apenas teve condições para decepar um corpo arquitectónico, nele instalando um implante, para o qual a consulta ao autor da obra de arquitectura era efectivamente devida.

O tempo geralmente encarrega-se de revelar quais e como resvalam os actos de governação que assentam em narrativas ficcionadas.

*Autor da obra de arquitectura

27 Nov 2023

Motociclismo | Peter Hickman provou superioridade e alcançou quarta vitória

Após dominar as sessões de qualificação e arrancar do primeiro lugar da grelha de partida, o piloto britânico nunca facilitou e alcançou mais um triunfo no Circuito da Guia

 

Peter Hickman (BMW M1000RR) foi o vencedor do Grande Prémio de Motas, no sábado, uma prova que dominou desde o início, após ter partido do primeiro lugar da grelha de partida. Com este triunfo o britânico que representa as cores da equipa FHO Racing juntou mais uma vitória às três conquistadas em 2015, 2016 e 2018.

“Tudo correu de acordo com o planeado”, afirmou Hickman no final. “Os pneus estiveram fantásticos, tudo funcionou na perfeição. O Davey (Todd) estava a pressionar-me no início, o que foi bom, porque quando ganhei uma vantagem, comecei a cometer erros”, reconheceu. Contudo, o piloto acabaria por se encontrar, momentos mais tarde. “Tive uma pequena conversa comigo mesmo e, pela décima volta, estava novamente focado”, acrescentou.

A equipa FHO Racing é propriedade de Faye Ho, neta de Stanley Ho, e no final o britânico destacou a importância do colectivo. “Estou satisfeito pela Faye Ho e por toda a equipa, que trabalhou sem descanso para conquistar esta vitória”, realçou.

A prova ficou marcada pelo acidente de Brian McCormack (BMW M1000RR), logo na volta inicial, e que envolveu também Nadieh Schoots (Yamaha R1), que caiu quando tentava evitar a moto do piloto caído.

No entanto, como o azar de uns é a sorte de outros, a interrupção permitiu a Davey Todd (BMW M1000RR) ter uma nova oportunidade. O piloto abortou o primeiro arranque da corrida, e tudo apontava para a desistência, porém a interrupção deu tempo para resolver os problemas técnicos da BMW.

“Foi o Peter Hickman que me disse que poderia ter um problema”, revelou Todd. “Ele viu algum fumo a sair da moto na volta de aquecimento e acabou por ser um tubo de óleo partido. Senti que o meu mundo tinha acabado, quando caminhava no ‘pit-lane’. No entanto, a equipa foi fantástica, continuaram a trabalhar para o caso de aparecer uma bandeira vermelha, que acabou por acontecer, portanto, pude tomar parte no segundo arranque”, acrescentou. “Um grande obrigado a Phil Crowe, ele cedeu-nos o tubo de substituição, dado que não tínhamos nenhum, e sem ele não teríamos voltado à corrida”, destacou.

O último lugar do pódio foi ocupado por David Datzer (BMW M1000RR), que saiu da segunda linha da grelha de partida. O arranque esteve longe de ser ideal, com a perda de inúmeras posições, mas aos poucos subiu até ao terceiro lugar. “Fiquei desapontado com o meu arranque”, admitiu o piloto alemão. “No entanto, fui abençoado com uma grande moto, que foi preparada por uma grande equipa. Conseguir recuperar e chegar outra vez ao pódio de Macau é uma excelente conclusão do evento”, apontou.

Em relação a Michael Rutter (BMW M1000RR), o recordista de vitórias no Circuito da Guia foi obrigado a desistir momentos depois do segundo arranque com problemas mecânicos. “Foi pena, dado que a moto tinha vindo a melhorar ao longo de todo o fim-de-semana”, disse o recordista de vitórias. “Já aqui ando há tempo suficiente para perceber que são coisas que acontecem”.

Corrida

Posição Piloto Moto Tempo

1.º Peter Hickman BMW M1000RR 29m16s090

2.º Davey Todd BMW M1000RR a 28s969

3.º David Datzer BMW M1000RR a 30s809

Alto

Prestação de Brookes

Peter Hickman foi de longe o melhor piloto ao longo do fim-de-semana. No entanto, o australiano Joshua Brookes merece também ser destacado porque conseguiu um excelente quarto lugar, naquela que foi a sua estreia no Circuito da Guia. Fica a expectativa de que num possível regresso no futuro possa melhorar ainda mais este lugar

Baixo

Queda de Hólan

Todas as quedas de pilotos ao longo do fim-de-semana são de lamentar, pelas pesadas consequências. Contudo, o momento vivido por Hólan assumiu contornos dramáticos, uma vez que o piloto checo caiu na última curva do circuito, de forma violenta, quando estava com uma volta de atraso e não lutava por qualquer objectivo.

20 Nov 2023

TCR World Tour | Norbert Michelisz vence no sábado e sagra-se campeão no domingo

O experiente Rob Huff esteve na luta pelo título até à oitava volta da segunda corrida, mas pagou o preço de vários toques na traseira de Urrutia. Quando o capot se soltou, partiu-lhe o pára-brisas e obrigou-o a parar nas boxes. Frédéric Vervisch (Audi RS3 LMS) venceu a Corrida da Guia

 

Norbert Michelisz (Hyundai Elantra N) sagrou-se o primeiro campeão do TCR World Tour, superando ao longo do fim-de-semana os rivais Rob Huff (Audi RS3 LMS) e Yann Ehrlacher (Lynk & Co 03 TCR). O húngaro venceu a corrida de sábado, e cimentou uma vantagem que lhe permitiu gerir o andamento no domingo, com a Corrida da Guia a ser conquistada por Frédéric Vervisch (Audi RS3 LMS).

“É muito bom ser o primeiro campeão. Não sei muito bem o que dizer. Vencer uma corrida, num circuito como este… estou muito orgulhoso, sinto-me sem palavras. Estou incrivelmente feliz”, afirmou Norbert Michelisz, após o oitavo lugar na segunda corrida, que lhe possibilitou a conquista do título.

“Foi uma época muito difícil. Começou bem, mas tivemos momentos muito complicados. Olho para esta época e só me faz lembrar uma montanha russa, com muitos altos e baixos, mas felizmente terminou da melhor forma”, acrescentou.

O grande passo na direcção do título foi dado no sábado, quando o piloto que tripula o Hyundai venceu a prova, enquanto Huff foi terceiro e Ehrlacher sexto. Os rivais ficavam assim a 18 pontos e 20 pontos, uma distância que permitia ao campeão do WTCR de 2019 fazer uma corrida de gestão.

Golpe de teatro

Na corrida de domingo confirmou-se o título, depois de um grande golpe de teatro, que afectou Huff, quando o britânico estava em boa posição para conquistar o título do TCR World Tour.

Depois de rodar em quarto lugar durante grande parte da prova, atrás de Thed Bjork (Lynk & Co), o inglês precisava de terminar pelo menos no segundo lugar, dado que Michelisz era nono, para ter hipóteses de sonhar com o título.

Contudo, quando chegou a terceiro, Huff começou a dar vários toques na traseira de Santiago Urrutia (Lynk & Co), de forma a pressionar o adversário. Porém, o piloto do Audi acabou por pagar o preço, com o capot abrir-se, perto da curva Melco, e a bloquear a vista ao britânico, que não teve outra alternativa se não parar nas boxes e desistir do sonho.

Quanto a Ehrlacher, terminou a prova de domingo no terceiro lugar, o que foi insuficiente para obter o título. No entanto, o francês teve muito perto de abandonar, quando na curva do Hotel do Mandarim tocou no muro, conseguindo, ainda assim, controlar a viatura e prosseguir em prova.

“Ele (Michelisz) merece os parabéns, fez tudo o que tinha de fazer para ganhar o título no fim-de-semana e não cometeu erros. É um título merecido”, afirmou Ehrlacher, no final. “Nós cometemos muitos erros ao longo do campeonato e pagámos o preço”, acrescentou. Por sua vez, Frédéric Vervisch, colega de equipa de Huff, foi o vencedor da corrida de domingo.

Corrida 1

Posição Piloto Carro Tempo

1.º Norbert Michelisz  Hyundai Elantra N 22m41s912

2.º Néstor Girolami Honda Civic Type R a 0s598

3.º Rob Huff Audi RS3 LMS a 1s993

Corrida 2

Posição Piloto Carro Tempo

1.º Frédéric Vervisch  Audi RS3 LMS 32m26s904

2.º Santiago Urrutia Lynk & Co 03 TCR a 3s714

3.º Yann Ehrlacher Lynk & Co 03 TCR a 3s993

Alto

Emoção da prova

Com poucas interrupções, a corrida de domingo do TCR World Tour foi uma das mais interessantes de acompanhar. E se há provas em Macau frustrantes com interrupções frequentes, a prova de ontem foi praticamente o oposto, o que tornou o evento mais agradável para quem se deslocou ao Circuito da Guia.

Baixo

Precipitação de Huff

Rob Huff tem uma história de amor com Macau, onde somou várias vitórias na carreira. Porém, também tem momentos baixos, como o toque em Ma Qing Hua em 2020. Ontem, o inglês, que estava na luta pelo título, voltou a conhecer o lado negativo da moeda, com vários toques em Urrutia. Numa altura em que ainda não precisava de pressionar tão agressivamente o adversário, até porque poderiam surgir mais hipótese de ultrapassagem, hipotecou qualquer hipótese de conquistar o título.

20 Nov 2023

70º Grande Prémio | Consagração de Lei Kit Meng

A edição deste ano do Grande Prémio de Macau vai ficar na memória de Lei Kit Meng (Toyota GR 86), depois de no sábado ter vencido a corrida do Desafio do 70.º Aniversário. No final, o piloto, que chegou a competir na Fórmula 3, não evitou as lágrimas. Lei não foi o mais rápido, e apenas terminou em segundo, atrás de Adrian Chung (Toyota GR 86).

Contudo, o piloto de Hong Kong foi penalizado em 10 segundos, por partida falsa. Chan Chi Ha (Toyota GR 86) e Loo Long Yin (Toyota GR 86) completaram os restantes lugares do pódio. Na segunda corrida do Desafio do 70.º Aniversário, realizada ontem, Adrian Chung evitou os erros à partida e ganhou com grande à vontade, mostrando que esteve muito acima de toda a concorrência. O pódio ficou completo com Loo Long Yin e Chan Chi Ha.

Rui Valente (Subaru BRZ), que se mostrou sem ritmo para lutar pelos lugares da frente ao longo do fim-de-semana, conseguiu a 9.ª posição na corrida de sábado, mas ontem acabou por desistir, depois de ter ficado envolvido no acidente na Curva do Hotel Lisboa.

20 Nov 2023

Taça GT Macau | Raffaele Marciello leva Mercedes ao lugar mais alto do pódio

O suíço foi o vencedor da Taça GT Macau – Taça do Mundo de GT da FIA, num fim-de-semana em que o construtor de Estugarda arrasou a concorrência. Edoardo Mortara criticou Maro Engel, que com problemas mecânicos atrasou os restantes concorrentes no recomeço da prova e permitiu a Marciello distanciar-se na frente

Raffaele Marciello foi o vencedor da Taça GT Macau, num fim-de-semana em que o Mercedes AMG GT3 esteve sempre muito acima da concorrência. O suíço despediu-se assim do construtor alemão com a segunda vitória no Circuito da Guia, um feito que tinha alcançado pela primeira vez em 2019, também ao volante de um Mercedes.

“Estou muito feliz com a vitória, porque a equipa é praticamente a mesma de 2019. É uma combinação vencedora!”, afirmou Marciello. “Em comparação com as outras corridas, Macau é especial também por ser uma prova em que não partilho o carro com mais ninguém, pelo que é um resultado que depende só de mim”, acrescentou. “Fiquei feliz por terminar o meu percurso com a Mercedes AMG desta forma”, completou.

Com os Mercedes a mostrarem-se bem mais rápidos que a concorrência, a principal preocupação para Marciello foi o colega de equipa, Maro Engel, vencedor da prova em 2014 e no ano passado. Porém, o piloto alemão mostrou ter como prioridade a vitória da marca, mais do que o triunfo individual, pelo que não correu riscos de maior na altura de pressionar o colega de equipa.

A vitória de Raffaele Marciello ficou praticamente confirmada, após a saída do Safety Car, que tinha sido chamado à pista, depois do acidente de Chen Weian na Curva do Hotel Lisboa.

Na altura do recomeço, o carro de Engel perdeu a potência, o que permitiu a Marciello cavar uma distância de vários segundos para a concorrência, mas que também significou um fim inglório para a prova do alemão. Mais atrás, Edoardo Mortara , o Senhor Macau, bem tentou rodar próximo dos rivais. E na zona menos lenta até conseguia aproximar-se, mas a partir da Curva Melco até à Curva do Hotel Lisboa, onde é possível ultrapassar, o Audi R8 LMS nunca mostrou ter a potência necessária para permitir a ultrapassagem.

E se o problema tinha sido identificado no sábado, durante a corrida de Qualificação, a situação não se alterou no domingo. O segundo lugar foi assim realisticamente o melhor que o suíço poderia ambicionar. “Não sei se a desistência do Engel me ajudou muito, porque a distância para a frente cresceu. Fui muito pressionado pelos BMW, atrás de mim e para ser sincero nem sei como mantive a vantagem do segundo lugar”, reconheceu Mortara. “Consegui o segundo lugar e fiquei muito feliz”, frisou.

Contudo, Mortara não deixou de criticar Engel, por considerar que o piloto da Mercedes devia ter entrado para a boxes, antes da saída do Safety Car, para não atrasar os outros concorrentes. “O Maro teve um problema, e na minha opinião se tens um problema tens de ir para as boxes”, indicou. “Perdi muito tempo atrás dele no recomeçou, porque após a saída do Safety Car não podemos ultrapassar antes da linha de meta”, vincou. “Foi uma manobra muito suja e acho que o Marciello não precisava disto para ganhar”, criticou.

No lugar mais baixo do pódio terminou Augusto Farfus (BMW M4 GT3), vencedor da edição de 2018 da prova. O simpático brasileiro nunca teve ritmo para andar entre os da frente, mas conseguiu aproveitar as desistências de Engel e de Sheldon Van der Linde, para conquistar mais um pódio.

“Caí no início e depois limitei-me a tentar sobreviver. Beneficiei dos azares dos outros, mas Macau é uma pista onde uma pessoa precisa de ter sorte e eu tive”, disse Farfus. “Vou para casa com um sorriso, porque terminei a época com um pódio”, acrescentou.

Taça GT Macau

Posição Piloto Carro Tempo

1.º Raffaele Marciello Mercedes AMG GT3 38m35s554

2.º Edoardo Mortara Audi R8 LMS GT3 a 2s510

3.º Augusto Farfus BMW M4 GT3 a 4s295

Alto

Hello Kitty

É estranho ver um desenho animado como a Hello Kitty associado a carros tão agressivos como os GT. No entanto, o piloto Adderly Fong arriscou com uma decoração a antecipar as celebrações do 50.º aniversário da Hello Kitty e causou furor. Durante dias, foram várias as filas na banca de venda de merchadising para comprar miniaturas do Audi R8 LMS com a decoração especial ou outros materiais, como peças de roupa.

Baixo

Domínio da Mercedes

As corridas de GT são uma das grandes atracções do Grande Prémio de Macau, não só pela espectacularidade dos carros, mas pela qualidade de topo dos pilotos que nos visitam. Contudo, num circuito em que é sempre muito difícil ultrapassar, foi uma pena que a Mercedes estivesse tão acima dos rivais, o que retirou alguma emoção da corrida. Isto sem tirar mérito ao trabalho do construtor.

20 Nov 2023

Cerca de 145 mil pessoas no circuito

Durante os seis dias do Grande Prémio cerca de 145 mil pessoas passaram pelas bancadas do Circuito da Guia. Ontem, foi o dia em que mais pessoas se deslocaram às bancadas do circuito para assistirem à prova, com 36 mil espectadores contabilizados.

No sábado, registaram-se 31 mil presenças, na sexta-feira 20 mil e na quinta-feira 12 mil. Se a estes dias juntarmos o sábado e domingo da semana passada (46 mil espectadores), nos seis dias registaram-se 145 mil pessoas a assistirem às diferentes corridas, de acordo com os dados oficiais.

Pun Weng Kun destacou contributo para o turismo local

No final do evento, o presidente do Instituto do Desporto e lider da Comissão Organizadora do Grande Prémio, Pun Weng Kun, destacou a importância do evento para a promoção do turismo de Macau a nível internacional.

O responsável apontou também que as receitas do evento são superiores às anteriores, mas reconheceu que a organização ainda precisa de mais tempo para fechar as contas.

20 Nov 2023

Fórmula 3 | Luke Browning deu aula defensiva e venceu corrida atrás do Safety Car

Numa corrida marcada pelo acidente que deixou o carro de Paul Aron em chamas, Browning defendeu-se bem de todos os ataques e foi o vencedor da 70.ª edição do Grande Prémio de Macau. A prova terminou em situação de Safety Car

 

Luke Browning (Hitech Pulse-Eight) foi o vencedor da 70.ª edição do Grande Prémio de Macau, numa prova que ficou marcada pelo espectacular acidente de Paul Aron (SJM Theodore Prema). Apesar de ter cortado a meta em situação de Safety Car, que saiu de pista só para não aparecer na fotografia, o britânico foi o mais rápido ao longo do fim-de-semana e soube defender-se quando foi altamente pressionado.

“Vamos, baby!”, foram estas as palavras de um Luke Browning muito eufórico, quando saiu do carro após a vitória na prova, que esteve suspensa mais de uma hora, além de outras entradas do Safety Car. “Ao longo da corrida dei por mim a pensar quantos recomeços precisávamos de fazer antes do final”, admitiu. “Mas, foi um fim-de-semana muito agradável e dei por mim a sorrir ao longo de todos os momentos. Foi um sonho”, acrescentou.

Browning, estreante no Circuito da Guia, arrancou do primeiro lugar e depois de se defender na primeira volta começou a abrir uma vantagem significativa para os restantes participantes.

Ao mesmo tempo que o líder dava mostras da sua rapidez, atrás, alguns dos candidatos à vitória iam ficando pelo caminho. O primeiro a desistir foi Alex Dunne (Hitech Pulse-Eight), que logo na primeira volta saiu em frente na Curva do Hotel Lisboa.

Duas voltas depois, novo favorito eliminado. Dino Beganovic (SJM Theodore Prema) aproveitou o sistema de DRS para ultrapassar o colega de equipa Gabriele Minì (SJM Theodore Prema), mas falhou a travagem do Hotel Lisboa e bateu nas barreiras de protecção.

Contudo, o momento mais intenso registou-se na volta número oito, quando Paul Aron bateu na barreira e o carro se incendiou de imediato, ficando a arder durante minutos na pista, antes da intervenção das equipas de emergência.

Como consequência, a corrida foi interrompida durante quase uma hora, para remover o carro ardido e fazer a limpeza necessária, devido aos fluidos deixados no asfalto. No entanto, ficou a ideia de que as equipas de segurança entraram em acção demasiado tarde, o que poderia ter resultado em consequências mais graves, se Aron não tivesse sido capaz de sair da viatura pelos seus meios.

No recomeço, Browning foi altamente pressionado até à Curva do Hotel Lisboa por Gabriele Minì, que procurou o interior da pista, enquanto Dennis Hauger (MP Motorsport) apostou no lado de fora do traçado. O britânico não acusou a pressão e manteve-se na liderança. Já Hauger recolheu os dividendos de apostar no lado de fora da pista e subiu ao segundo lugar por troca com Minì.

Porém, a prova durou poucos minutos, uma vez que mais um acidente na Curva dos Pescadores levou à entrada de um novo Safety Car, que insistiu em manter-se em pista, mesmo quando estavam reunidas as condições para recomeçar a prova, a tempo da última volta.

Grande Prémio de Macau – F3

Posição Piloto Equipa Tempo

1.º Luke Browning MP Motorsport 1h35m08s337

2.º Dennis Hauger Hitech Pulse-Eight a 0s347

3.º Gabriele Minì SJM Theodore Prema a 0s699

Alto

Regresso dos F3

Depois de dois anos em que o Grande Prémio teve como principal categoria os Fórmula 4, foi muito positivo assistir ao regresso dos F3 como “prato principal” do fim-de-semana de corridas. É um carro espectacular, muito rápido, e com motores que se ouvem a vários metros de distância e que contribuem para o prestígio deste que é o evento mais internacional de Macau.

Baixo

Excessos do Safety Car

É incompreensível que a prova tenha terminado atrás do Safety Car, que apenas saiu de pista no final da última volta para não aparecer na “fotografia”. Antes do início dessa volta, a pista estava limpa e não se viu uma razão para que a prova não fosse recomeçada para uma última volta lançada.

20 Nov 2023

70º Grande Prémio | Calendário de corridas este fim-de-semana

Sexta-feira, 17 de Novembro

06h00 – Fecho do Circuito

06h30-07h00: Inspecção do Circuito

08h00-08h45: 55.º Grande Prémio de Motos de Macau – Qualificação

09h30-10h10: Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 – Taça do Mundo de F3 da FIA – Treinos Livres 2

10h30-11h05: Taça de Carros de Turismo de Macau – China Touring Car Championship – Qualificação

11h25-11h55: Desafio do 70° Aniversário do Grande Prémio de Macau – Qualificação

12h45-13h35: Corrida da Guia Macau – Kumho TCR World Tour Event of Macau – Qualificação

14h05-14h35: Taça GT Macau – Taça do Mundo de GT da FIA – Qualificação

15h05-15h45: Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 – Taça do Mundo de F3 da FIA – Qualificação 2

18h00: Abertura do Circuito

Sábado, 18 de Novembro

06h00: Fecho do Circuito

06h30-07h00: Inspecção do Circuito

07h40-08h00: 55.º Grande Prémio de Motos de Macau – Aquecimento

08h30-09h15: 55.º Grande Prémio de Motos de Macau – Corrida (12 voltas)

10h05-10h40: Taça de Carros de Turismo de Macau – China Touring Car Championship – 1.ª Corrida (9 voltas)

11h20-11h50: Desafio do 70° Aniversário do Grande Prémio de Macau – 1.ª Corrida (8 voltas)

12h50-13h25: Corrida da Guia Macau – Kumho TCR World Tour Event of Macau – 1.ª Corrida (9 voltas)

14h05-15h05: Taça GT Macau – Taça do Mundo de GT da FIA – Corrida Classificativa (12 voltas)

15h50-16h50: Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 – Taça do Mundo de F3 da FIA – Corrida Classificativa (10 voltas)

18h00: Abertura do Circuito

Domingo, 19 de Novembro

06h00: Fecho do Circuito

06h30-07h00: Inspecção do Circuito

08h20-08h55: Taça de Carros de Turismo de Macau – China Touring Car Championship – 2.ª Corrida (9 voltas)

09h30-10h00: Desafio do 70° Aniversário do Grande Prémio de Macau – 2.ª Corrida (8 voltas)

10h35-11h10: Corrida da Guia Macau – Kumho TCR World Tour Event of Macau – 2.ª Corrida (9 voltas)

12h05-13h15: Taça GT Macau – Taça do Mundo de GT da FIA (16 voltas)

13h30-14h30: Parada de Carros Clássicos

15h15-15h20: Dança do Leão

15h30-16h30: Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 – Taça do Mundo de F3 da FIA (15 voltas)

18h00: Abertura do Circuito

17 Nov 2023

Desafio do 70.º Aniversário do Grande Prémio de Macau | Pilotos de HK destacam-se

Os pilotos de Hong Kong foram os mais rápidos, de forma destacada, nas duas sessões de treinos livres do Desafio do 70.º Aniversário do Grande Prémio de Macau.

Na primeira sessão de treinos livres, Lo Pak Yu (Toyota GR86) foi primeiro, 2m50s432, seguido por Damon Chan (Toyota GR86), 2m51s035 e Adrian Chung (Toyota GR86), com um tempo de 2m51s299. O melhor piloto de Macau foi Lei Kit Meng (Toyota GR86), no quarto lugar, com a marca de 2m52s423. Rui Valente (Subaru BRZ) mostrou dificuldades para andar no ritmo da frente, e não foi além do 18.º lugar, com a marca de 2m59s063.

Na sessão da tarde, que decorreu sem qualquer acidente, os pilotos de Hong Kong voltaram a manter-se na frente e conseguiram melhorar significativamente os tempos. Adrian Chung foi o mais rápido, com a marca de 2m47s034, seguido por Damon Chan (2m47s993) e Lo Pak Yu (2m48s509).

Apesar de ter sido um dos pilotos que mais rodou na segunda sessão de treinos livres, Rui Valente não conseguiu fazer melhor que o 21.º lugar com a marca de 2m56s922, ainda assim, quase três segundos mais rápido do que na manhã. O piloto macaense queixou-se de o carro estar demasiado duro, o que lhe causou dificuldades. Mou Chi Fai (Subaru BRZ) foi o melhor representante do território, com o tempo de 2m52s890.

17 Nov 2023

Corrida da Guia – TCR World Tour: Treinos acidentados

O espanhol Mikel Azcona (Hyundai Elantra) e o húngaro Norbert Michelisz (Hyundai Elantra) foram os mais rápidos nos treinos livres da Corrida da Guia – TCR World Tour, que se realizaram ontem. Esta promete ser uma das categorias mais intensas do fim-de-semana, uma vez que Yann Ehrlacher (Lynk & Co 03), Rob Huff (Audi RS 3) e Michelisz estão separados por dois pontos e decidem entre si o título do campeonato TCR World Tour.

A sessão da tarde ficou marcada por vários acidentes que fizeram com que os concorrentes quase não tivessem oportunidade de fazer voltas lançadas. Um dos primeiros a levar à suspensão da sessão foi o experiente Ma Qinghua, que saiu em frente na Curva do Hotel Lisboa. Contudo, por essa altura, já o circuito estava com bandeiras amarelas, devido ao facto de o australiano Ben Bargwanna ter parado o Peugeot 308 TCR, a seguir à Curva Melco.

Após a bandeira vermelha, e com os carros retirados da pista, os treinos voltaram a decorrer normalmente. Porém, poucos minutos depois Li Wengji (Hyundai i30) bateu forte na parte mais técnica do circuito, danificou a suspensão e a sessão foi definitivamente interrompida.

Norbert Michelisz foi o mais rápido com o tempo de 2m29s048, seguido por Mikel Azcona (2m29s196) e Yann Ehrlacher (2m29s388). Rob Huff ficou em 13.º com a marca de 2m43s259.

Ao contrário da tarde acidentada, a sessão da manhã decorreu sem sobressaltos. Mikel Azcona foi o mais rápido, seguido pelos candidatos ao título: Ehrlacher (2m29s313), Michelisz (2m29s421) e Huff (2m30s321), o que deixa antever um grande equilíbrio para o que falta do fim-de-semana.

17 Nov 2023

70º Grande Prémio | Fórmula 3: Gabriele Minì mais rápido na primeira sessão de qualificação

O piloto italiano da SJM Theodore Prema está provisoriamente na grelha de partida para a Corrida de Qualificação, mas os tempos devem continuar a cair ao longo do dia de hoje

 

Gabriele Minì (SJM Theodore Prema) está na pole-position provisória para a Corrida de Qualificação do Grande Prémio de Macau, após ter sido o único piloto a rodar abaixo da barreira dos dois minutos e seis segundos, no dia de ontem. A primeira sessão de qualificação para a Corrida de Qualificação ficou marcada por dois acidentes e ainda um final mais emotivo, com os pilotos a fazerem cair sucessivamente os tempos anteriores.

No meio da emoção final, o italiano Gabriele Minì foi o mais rápido, com a marca de 2m05s521. O registo está longe da pole-position de 2019, com o tempo de 2m04s997, estabelecido por Juri Vips. Contudo, a proximidade entre as duas marcas torna provável que o registo seja batido na qualificação de hoje, agendada para as 15h05.

No segundo lugar encontra-se Luke Browning (Hitech Pulse-Eight), com o registo de 2m06s018 e Dino Beganovic (Jenzer Motorsport) que fez a volta mais rápida em 2m06s131.

Por sua vez, Dan Ticktum (Rodin Carlin), duplo vencedor da prova, ficou no 10.º ligar, com o registo de (2m06s985). Quanto ao vencedor de 2019, Richard Verschoor (Trident Motorsport) fez a 11.ª melhor marca (2m07s064), a quase dois segundos de Gabriele Minì. Sempre o centro das atenções em Macau, a alemã Sophia Floersch (Van Amersfoort Racing) não foi além do 24.º lugar, com o registo de 2h08s966.

Sessão interrompida

Apesar dos momentos mais emocionantes no final da sessão, a qualificação ficou marcada por dois acidentes que fizeram com que a prova fosse interrompida.

A primeira bandeira vermelha surgiu quando estavam passados cerca de 10 minutos do início, depois de Sebastían Montoya (Campos Racing) ter saído em frente na Curva do Hotel Lisboa. Na origem do acidente, esteve o facto do piloto ter abordado aquela parte do circuito com demasiada velocidade. A batida significou que a sessão ficou terminada imediatamente para o filho do ex-piloto de Fórmula 1 Juan Pablo Montoya.

O outro acidente foi protagonizado por Zane Maloney (Rodin Carlin), que se despistou mais perto da Colina da Guia. Também neste caso, a qualificação ficou imediatamente terminada para o barbadense. Destaque igualmente para o piloto Callum Ilott, que acabou por não comparecer na Circuito da Guia para disputar a prova, ao contrário do inicialmente previsto.

17 Nov 2023

70º Grande Prémio | O menu do segundo fim-de-semana

Depois do aperitivo servido no fim de semana passado, nestes próximos quatro dias vamos degustar do melhor que o automobilismo nos pode oferecer no Circuito da Guia, com duas Taças do Mundo da FIA, as provas finais da competição de carros de Turismo com maior expressão a nível mundial e do maior campeonato de automobilismo da China, e ainda a única prova de motociclismo de estrada do continente asiático

 

Grande Prémio de Macau de F3 – Taça do Mundo de F3 da FIA

Colheita excepcional

Os novos F3 mostraram toda a sua espectacularidade e rapidez em 2019, e depois de três anos de F4 como “prato principal”, Macau já merecia algo mais requintado para este banquete automobilístico. Contudo, esta não foi uma corrida fácil de colocar de pé pela FIA, com as equipas a debaterem-se com algumas dificuldades em viajar até Macau, a começar com a falta de peças sobressalentes e exigente logística. Nove das dez equipas do Campeonato de F3 da FIA aceitaram viajar, cada uma com três monolugares Dallara, até à RAEM para a mais icónica corrida de F3 do panorama mundial e entre 27 concorrentes há muita qualidade e caras conhecidas.

Richard Verschoor venceu em 2019 e foi chamado pela Trident para liderar a equipa italiana. Agora a competir na F2, o neerlandês vai tentar obter um “bis” nas ruas de Macau. Contudo, o nome mais sonante da grelha de partida é certamente o de Dan Ticktum, por duas vezes vencedor do Grande Prémio de Macau de F3, ou então, Marcus Armstrong e Callum Ilott, actuais pilotos da IndyCar Series. O irreverente piloto britânico, que agora milita na Fórmula E, venceu em 2017 e 2018, regressando com o objectivo de se tornar o primeiro a vencer a corrida três vezes desde a introdução da F3 em 1983. Já o neozelandês e o compatriota que emigrou para os EUA querem “vingar” performances passadas no Circuito da Guia.

A super-equipa SJM Theodore Prema Racing alinha com três carros para vencer, com Paul Aron, Dino Beganovic e Gabriele Minì, enquanto a Red Bull Junior Academy – Zane Maloney, Isack Hadjar e Pepe Martí – espalhou o seu talento por várias equipas. Com um teste de F1 no bolso, Franco Colapinto, apoiado pela Williams F1, é outro talento nato que certamente vai dar nas vistas. Outros nomes familiares, mesmo para aqueles que não seguem a disciplina, são certamente os de Sophia Flörsch, que dispensa apresentações em Macau, Sebastián Montoya, filho do colombiano ex-F1 Juan Pablo Montoya, ou Charlie Wurz, o filho do austríaco ex-F1 Alexander Wurz.

Pilotos com ligações a equipas de F1:

Red Bull Junior Team

Dennis Hauger, Zane Maloney, Isack Hadjar, Pepe Martí, Oliver Goethe

Ferrari Driver Academy

Dino Beganovic

Mercedes Junior Team

Paul Aron

Williams Driver Academy

Luke Browning

McLaren Driver Development Programme

Ugo Ugochukwu

Alpine Academy

Gabriele Minì, Sophia Flörsch, Nikola Tsolov

Taça GT Macau – Taça do Mundo de GT da FIA

Duelo de titãs

Muito provavelmente esta vai ser a melhor edição de sempre de uma corrida que se iniciou em 2008 para “Gentleman Drivers” locais e que é hoje um feudo dos grandes construtores e de pilotos profissionais. A Audi, a BMW, a Ferrari, a Mercedes-AMG e a Porsche estão representadas na grelha de partida, com equipas oficiais, ou estruturas apoiadas pela fábrica, e pilotos cedidos pelas marcas.

A grelha de partida de duas dezenas de carros da categoria FIA GT3 conta com todos os vencedores das Taças do Mundo disputadas até aqui – Maro Engel, Laurens Vanthoor, Edoardo Mortara, Augusto Farfus e Raffaele Marciello – mais o vencedor da Taça GT Macau de 2020, Ye Hongli, dois campeões do DTM, Sheldon van der Linde e Thomas Preining, dois vencedores do Grande Prémio de Macau de F3, Daniel Juncadella e Mortara (de novo), e o vencedor das três maiores provas de resistência de GT3 da actualidade, Jules Gounon.

Os grandes construtores não se pouparam a esforços, a BMW trouxe duas equipas europeias para estrear o seu M3 GT3 nas ruas de Macau, a Mercedes-AMG fez o mesmo para a despedida de Marciello da marca (o próximo destino ainda é incerto, mas a rival BMW é uma forte probabilidade), a Audi foi contratar Mortara só para esta corrida, e até a Ferrari, que é sempre aquela marca que menos precisa de investir no “customer racing”, enviou o rápido brasileiro Daniel Serra para o confronto deste fim de semana.

Pilotos de fábrica:

Audi

Christopher Haase

BMW

Augusto Farfus

Sheldon van der Linde

Ferrari

Daniel Serra

Mercedes-AMG

Raffaele Marciello

Maro Engel

Jules Gounon

Daniel Juncadella

Porsche

Kevin Estre

Thomas Preining

Alessio Picariello

Matteo Cairolli

Laurens Vanthoor

55º Grande Prémio de Motos de Macau

Duelo a dois … ou a três!

A 55.ª edição da corrida de motociclismo de Macau vai ter como principal protagonistas o duo da FHO Racing BMW Motorrad, Michael Rutter e Peter Hickman. Ambos os britânicos vão tripular motos BMW M1000RR com as cores da equipa de Faye Ho, a neta de Stanley Ho. O australiano Josh Brookes é o terceiro membro da equipa e provavelmente o único, na teoria, capaz de se intrometer na luta destes dois multi-vencedores do evento.

O finlandês Erno Kostamo, venceu a edição de 2022, e o alemão David Datzer foi o segundo, mas o nível do plantel da corrida do ano passado era muito mais humilde. O regresso em força do contingente anglófono traz consigo pilotos com currículo e andamento, como Davey Todd, quatro classificado em 2019, para além de Rob Hodson, Michael Evans, Paul Jordan, Dominic Herbertson ou David Johnson.

Destaque também para a presença da holandesa Nadieh Schoots, que no ano passado se tornou na primeira mulher a competir no evento principal de duas rodas de Macau, que vai pilotar uma Yamaha da Basomba Racing em honra ao amigo falecido este ano na Ilha de Man, o espanhol Raul Torras.

Excluindo os dois anos da pandemia que não se realizou o Grande Prémio de Motos, esta será a primeira vez desde 1986 que não virá de Portugal qualquer piloto para competir numa corrida de duas rodas do evento. Aliás, é preciso recuar até aos anos 1960s, nos primórdios das corridas de motos no território, para não se encontrar um nome português numa prova de motos do Grande Prémio de Macau.

Corrida da Guia – TCR World Tour

Melhores da especialidade

Ao longo da sua história de mais de cinquenta anos, a Corrida da Guia sempre foi um ponto de encontro entre os melhores pilotos de Turismo internacionais e alguns dos habituais da modalidade deste ponto do globo. Este ano a história repete-se.

Quando o Discovery Sports Events decidiu dar a machadada final na Taça do Mundo de Turismos da FIA – WTCR no final do ano passado, o WSC Group, que tem os direitos do TCR, não perdeu tempo e lançou o TCR World Tour. O fim de semana do 70.º aniversário de Macau encerrará uma época de grande sucesso para o conceito que se situa no topo da pirâmide mundial dos carros de turismo e que, em 2023, a caminho de Macau, teve corridas na Europa, América do Sul e Austrália.

Três pilotos, que representam três marcas diferentes, vão lutar por este troféu. A equipa Cyan Racing Lynk & Co venceu as três corridas na sua última participação na Corrida da Guia Macau em 2019, conta com a estrela chinesa Ma Qing Hua, vencedor do título do WTCC de 2017, Thed Björk, e pelo duplo campeão do WTCR, Yann Ehrlacher, para além do uruguaio Santiago Urrutia. Ehrlacher lidera na tabela de pontos, mas em igualdade pontual com Rob Huff.

A privada Audi Sport Team Comtoyou conta com o inglês, que detém o recorde de maior número de vitórias na Corrida da Guia, e outro vencedor desta corrida, Frédéric Vervisch, no seu alinhamento de Audi RS 3 LMS da segunda geração.

A Hyundai estará presente com “Norbi” Michelisz, o campeão do WTCR de 2019 e vencedor da Corrida da Guia Macau em 2010, que está apenas um ponto atrás de Ehrlacher e Huff. O húngaro será acompanhado pelo companheiro de equipa Mikel Azcona – campeão do WTCR do ano passado – e por um terceiro piloto ainda não nomeado para um Hyundai Elantra N TCR.

Sem a força de outros tempos, a Honda escolheu o argentino Nestor Girolami para guiar o seu novo Honda Civic Type R FL5 TCR. A estes juntam-se os pilotos que se qualificaram para esta corrida via o TCR Asia Challenge da passada semana: Lo Sze Ho (Hyundai), Paul Poon (Audi), Deng Bao Wei (Honda), Yan Chuang (Lynk & Co), Osborn Li (Hyundai) e Ken Tian Kai (Audi).

Classificação – TCR World Tour: 1. Y. Ehrlacher, 384 pontos; 2. R. Huff, 384; 3. N. Michelisz, 383

Taça de Carros de Turismo de Macau – CTCC

Couto, Souza e um campeonato por decidir

Este ano, o Campeonato Chinês de Carros de Turismo assumiu-se como um dos mais fortes campeonatos nacionais de Turismo. Agora adoptando a cem por cento o regulamento técnico do TCR, a competição nacional chinesa conta com equipas oficiais da Dongfeng Honda, Hyundai e Link & Co. O Circuito da Guia vai ser o palco de todas as decisões de uma competição liderada pelo norte-irlandês Jack Young da Dongfeng Honda.

Para as gentes de Macau, o interesse nesta corrida vai concentrar-se em duas histórias: o regresso há muito esperado de André Couto ao Grande Prémio e o fim de carreira de Filipe Souza. Numa corrida em que as “ordens de equipa” podem pesar e muito, Couto pode ser a chave na luta pelo título da marca japonesa. Por outro lado, Souza, o único piloto de Macau a vencer a Corrida da Guia, quer despedir-se com um resultado de vulto num circuito que conhece como a sua palma da mão.

Desafio do 70.º Aniversário do Grande Prémio de Macau

Homenagem aos locais

Para muitos será provavelmente “mais do mesmo”; uma corrida com os carros do troféu bimarca Subaru BRZ e Toyota GR86, conduzidos por pilotos da região. Contudo, esta será uma justa homenagem às provas locais, que durante os setenta anos foram sempre um pilar do Grande Prémio, ajudando a manter o interesse no evento entre a população local e das regiões vizinhas.

A lista de inscritos inclui nada menos do que uma dúzia pilotos de Macau, liderados por Rui Valente e Lei Kit Meng, dois históricos do automobilismo de Macau, aos quais se juntam Mou Chi Fai, Cheung Hing Wah, Chan Chi Ha, Lo Kai Tin, Leong Iok Choi, Carson Tang, Sou Ieng Hong, Leong Keng Hei, Wong Ka Hong e Cheang Kin Sang.

Programa de corridas – Quinta-Feira, 16 de Novembro

06h00: Fecho do Circuito

06h30-07h00: Inspecção do Circuito

07h45-08h30: 55.º Grande Prémio de Motos de Macau – Treinos Livres

09h00-09h40: Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 – Taça do Mundo de F3 da FIA – Treinos Livres 1

09h55-10h20: Taça de Carros de Turismo de Macau – China Touring Car Championship – Treinos Livres 1

10h30-10h55: Desafio do 70° Aniversário do Grande Prémio de Macau – Treinos Livres 1

11h10-11h40: Corrida da Guia Macau – Kumho TCR World Tour Event of Macau – Treinos Livres 1

12h15-12h45: Taça GT Macau – Taça do Mundo de GT da FIA – Treinos Livres 1

13h00-13h25: Taça de Carros de Turismo de Macau – China Touring Car Championship – Treinos Livres 2

13h35-14h00: Desafio do 70° Aniversário do Grande Prémio de Macau – Treinos Livres 2

14h15-14h45: Corrida da Guia Macau – Kumho TCR World Tour Event of Macau – Treinos Livres 2

15h15-15h55: Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 – Taça do Mundo de F3 da FIA – Qualificação 1

16h10-16h40: Taça GT Macau – Taça do Mundo de GT da FIA – Treinos Livres 2

18h00: Abertura do Circuito

16 Nov 2023

70º Grande Prémio | Tse Ka Hing (Toyota GR86) superou concorrência e venceu RoadSport Challenge

Tse Ka Hing (Toyota GR86) foi o vencedor do Macau Roadsport Challenge com um tempo de 29m32s492 ao longo das oito voltas, numa prova que ficou marcada por dois acidentes e uma longa marcha atrás do safety car. Ao arrancar do primeiro lugar da grelha de partida, Tse deixou-se surpreender por Ivan Szeto (Toyota GR86), piloto que fez um excelente arranque que lhe permitiu assumir a liderança logo nos primeiros metros.

No entanto, na abordagem à Curva do Hotel Lisboa, Szeto deixou espaço no interior da curva e Tse aproveitou. Sem grandes cerimónias, o piloto de Hong Kong voltou assim a assumir a frente da corrida, que nunca mais largou. Mais atrás, Lam Kam San (Toyota GR86) brilhava e no espaço de três curvas subiu do sexto ao terceiro lugar.

Todavia, o acidente de Kwok Kai Wing (Toyota GR86), à segunda volta, na zona da recta da meta, levou o safety car a entrar em pista, onde ficou durante a maior parte da corrida.

No recomeço, Tse aproveitou para ganhar uma grande vantagem e segurar a liderança, mas a prova durou apenas alguns metros, porque Rolly Sham (Toyota GR86) perdeu o controlo no mesmo local do acidente Kwok. Ainda assim, o piloto local Lam Kam San conseguiu subir ao segundo lugar, ao ultrapassar Szeto, na curva para a Estrada de São Francisco. A partir desse momento as posições ficaram definidas, uma vez que a prova terminou atrás do safety car.

Alto

Lam Kam San

O piloto arrancou de sexto e mostrou um ritmo que lhe permitiu ir subindo na classificação, apesar dos poucos minutos em que foi possível competir. O momento mais alto para Lam Kam San chegou na última volta sem safety car, quando ultrapassou Szeto, para subir ao lugar intermédio do pódio.

Baixo

Acidentes

Tse Ka Hing, Ivan Szeto e Lam Kam San pareciam estar em condições de oferecer um grande espectáculo dentro da pista. Contudo, os acidentes ao longo da sessão, com a entrada do safety car em duas ocasiões distintas, impediram aquilo que prometia ser uma corrida bastante interessante.

13 Nov 2023

Grande Prémio | Electrificação dos Turismo é uma possibilidade no futuro

Numa altura em que as viaturas eléctricas vão invadindo o mercado automóvel, com as marcas a apostar forte neste segmento, o desporto ainda carece de opções. O WSC Group, o detentor dos direitos do conceito TCR, esteve na linha da frente nesta área, embora a ETCR, a versão electrificada do TCR e que chegou a ser uma Taça Europeia da FIA, não tenha alcançado o mesmo sucesso e a competição tenha terminado ao fim do segundo ano.

“Diferentes razões levaram ao término do acordo com o promotor do campeonato, e por isso tornou-se impossível organizar o campeonato em 2023”, explicou Marcello Lotti, o responsável máximo do WSC Group, ao HM. “Estamos a ter reuniões com os construtores e com a FIA para analisar o projecto com o objectivo de reconstruirmos o campeonato de uma forma que seja interessante para todas as partes envolvidas. O objectivo é relançar a competição de carros de Turismo eléctricos em 2025”.

Com a presença oficial da Cupra e da Hyundai, e de uma equipa privada Romeos Ferrari, o modelo desportivo da ETCR nunca convenceu os fãs. Devido às limitações técnicas, que obrigavam a corridas curtas, as provas tinham um formato mais próximo do rallycross do que de corridas de velocidade, com apenas seis carros em pista ao mesmo tempo e mangas com poucas voltas. “O formato foi escolhido pelo promotor e era completamente novo”, assevera Marcello Lotti. “Pessoalmente, não tinha nada contra, e achava-o inovador. Contudo, quando a categoria for recuperada, iremos para um formato mais tradicional”.

Um dos factores que certamente prejudicou a ETCR reside no facto da electrificação no automobilismo não estar a ser recebida com enorme entusiasmo pelos fãs. “Quanto aos fãs, penso que ainda estão ligados às formas clássicas do desporto automóvel, pelo que o primeiro passo é educá-los”, diz o empresário italiano, o mentor do ressurgimento das provas de carros de Turismos no final dos anos 1990s e mais tarde do WTCC. “Vai levar tempo e temos de esperar até que haja mais carros eléctricos na estrada, especialmente carros de alto desempenho, porque, por enquanto, a primeira mensagem transmitida pelos construtores é sobre a autonomia. No momento em que começarem a falar do desempenho dos seus produtos, os adeptos ficarão cientes de que os carros eléctricos têm um enorme potencial desportivo.”

O Circuito da Guia nunca esteve na rota do ETCR, mas de futuro não é de excluir que a Corrida da Guia, a grande clássica das corridas de Turismo no Sudoeste Asiático possa seguir esse caminho, até porque as marcas chinesas apostam forte neste mercado. “Eu acredito que o automobilismo irá ter uma evolução, devido a esta nova tendência que as marcas estão a seguir. Claro, isto também acontecerá na China, onde o mercado automóvel está a puxar bastante em direcção da electrificação.”

Em 70 anos de história, o Circuito da Guia nunca recebeu uma corrida de carros eléctricos, no entanto, em 2018, dois protótipos propulsionados pela XPT, uma subsidiária do construtor automóvel chinês NIO, realizaram voltas de exibição. Estes carros foram mais tarde utilizados no Campeonato de Carros Eléctricos da China que apenas durou uma temporada.

13 Nov 2023

70º Grande Prémio | Luo Kailuo vence Taça GT4 numa corrida perfeita para o Lotus Emira

Luo Kailuo (Lotus Emira) venceu a corrida Taça GT4 – Corrida da Grande Baía, com um tempo de 7m38s375 ao longo de três voltas, naquela que foi uma estreia fantástica em provas internacionais para o Lotus Emira. Para a TORO Racing dificilmente as coisas poderiam ter corrido melhor ao conquistar os dois primeiros lugares do pódio.

Adam Christodoulou (Lotus Emira) foi segundo, numa corrida com pouco mais de quatro voltas, devido ao fim forçado por acidente. Todavia, nos momentos em que foi possível correr houve emoção com o duelo entre os Lotus. Luo ganhava espaço na curva da Melco, mas na zona rápida do circuito via o colega a aproximar-se e até mostrar-se, à procura do espaço para a ultrapassagem que nunca surgiu.

“Tivemos um carro muito bom ao longo de todo o fim-de-semana, e como existe muito respeito entre mim e o Adam, foi possível lutarmos de forma intensa”, afirmou Luo, no final da corrida.

Christodoulou arrancou da pole-position, mas quando chegou à Curva do Hotel Lisboa tinha sido ultrapassado por Luo. Mas, nem tudo foi mau para o inglês, que se viu protegido pela sorte. Na curva do Hotel Lisboa, Han Lichao falhou a travagem, seguiu em frente, e por milímetros não acertou no carro do britânico.

“Na altura da corrida não me apercebi que tinha estado perto de ser atingido por um carro atrás. Mas quando vi o vídeo… Acho que tive muita sorte em não ter sofrido qualquer dano”, comentou Christodoulou. “Espero poder regressar no próximo ano, agora que aprendi que em Macau é melhor começar em segundo lugar na grelha do que em primeiro”, completou.

Em terceiro terminou Alex Liang, ao volante do novo BMW M4 GT4. No final o chinês reconheceu aquilo que foi evidente para todos, apesar dos melhores esforços, o BMW M4 esteve muito longe dos Lotus, que estiveram imbatíveis. “A corrida nunca foi fácil para nós, como não foi o fim-de-semana. Logo na sexta-feira identificámos um problema técnico, que apesar dos nossos melhores esforços não conseguimos resolver”, comentou. “Não era possível competir com os Lotus que estiveram fantásticos todo o fim-de-semana”, frisou.


Alto

Duelo pela liderança

Foi curto, mas bom enquanto durou. Luo Kailuo e Adam Christodoulou proporcionaram um duelo muito divertido em que se notava que nenhum dos pilotos estava em pista para fazer favores ao outro. Apesar da vontade de ganhar, correram de forma limpa, o que nem sempre é fácil.

Baixo

Acidente de Lee Yen-Han

O piloto perdeu o controlo do BMW M4 à saída da Curva D. Maria II, onde não é muito normal, e causou o congestionamento que levou ao fim prematuro da corrida. Zeng Jian Feng também contribuiu para o acidente ao atingir outros pilotos que estavam bloqueados pela viatura de Lee. Os líquidos derramados na pista complicaram as operações de limpeza.

13 Nov 2023

70º Grande Prémio | Darryl O’Yang controlou Taça GT3 Corrida da Grande Baía e conseguiu terceira vitória “caseira”

Com uma corrida tranquila, Darryl O’Young (Mercedes AMG GT3) conquistou a Taça GT3 Corrida da Grande Baía, naquela que foi a sua terceira vitória com carros GT no Circuito da Guia, onde diz correr em casa. O piloto de Hong Kong superou Ling Kang (Lamborghini GT3 EVO) e Chang Chien-Shang (Mercedes AMG GT3)

O’Young arrancou da pole-position e teve de suar nos metros iniciais, para se manter à frente de Ling. Contudo, depois de chegar à Curva do Lisboa na frente, limitou-se a gerir, também com ajuda do safety car, que entrou em pista devido ao acidente de Andrian D’Silva.

“O arranque é a parte mais importante da corrida. Só que o Ling Kang também arrancou muito bem, por isso, no início, na primeira curva, lutámos muito pela posição. Só que tudo correu bem e fiquei na frente”, afirmou o piloto, sobre aquele que considerou o momento mais importante da prova.

O segundo momento marcante da corrida aconteceu após o acidente que fez o safety car entrar em pista, onde ficou por algumas voltas. Nessa altura, Darryl O’Young preparava-se para estar novamente sob pressão de Ling no recomeço da corrida. Contudo, nesse momento-chave, o piloto do Interior cometeu um erro na Curva Melco, saiu largo e bateu ligeiramente na barreira.

Ling continuou em prova, mas a tarefa do piloto de Hong Kong ficou facilitada, porque lhe permitiu gerir a distância até ao final e somar a terceira vitória “em casa”. “Para mim, quando corro em Macau sinto sempre que estou a correr em casa, também porque Hong Kong não tem um circuito e me sinto sempre bem aqui. Fico muito feliz com esta vitória em Macau”, sublinhou O’Young.

Por sua vez, no final, Ling Kang mostrou-se desiludido com o erro que lhe custou a possibilidade de lutar até ao final pelo lugar mais alto do pódio.

“Quando o safety car saiu de pista os pneus ainda estavam frios. Só que eu sabia que aqueles momentos eram fundamentais para me aproximar do Darryl e poder lutar pela vitória”, começou por explicar o piloto do Lamborghini. “Travei demasiado tarde para a curva da Melco, saí um pouco em frente e tive sorte por conseguir fazer a curva. Infelizmente não evitei bater na barreira e perder cerca de dois segundos, um atraso que nunca mais recuperei”, acrescentou.

Sem acompanhar o ritmo dos pilotos da frente, mas não deixando de fazer uma boa prova, em terceiro lugar terminou Chang Chien-Shang. Também no final, o piloto mostrou-se muito satisfeito com o resultado alcançado, naquela que foi a sétima participação em provas no Circuito da Guia.

Alto

Espírito combativo de Ling Kang

Ling Kang cometeu um erro, quando não devia ter falhado. Mas o piloto do Lamborghini GT3 EVO nunca desistiu e lutou até ao fim, para tentar encurtar a distância para a frente e aproveitar qualquer erro ou problema técnico que surgisse. No final levou para casa a taça do segundo lugar, e, não sendo o resultado que pretendia, é um registo bastante meritório.

Baixo

Poucos pilotos

Com 17 inscritos, e 15 concorrentes a arrancarem para a prova de ontem, não se pode dizer que a lista fosse má. No entanto, em relação às outras provas, quase todas com mais de 20 inscritos, a prova de GT3 teve menos participantes, e talvez por isso tenha sido menos intensa. No final, apenas 13 participantes chegaram ao fim.

Posição Piloto Carro Tempo

1.º Darryl O’Young Mercedes AMG GT3 23m09s777

2.º Ling Kang Lamborghini GT3 EVO a 0s910

3.º Chang Chien-Shang Mercedes AMG GT3 a 11s834  

Mais de 45 mil espectadores em dois dias

Ao longo dos primeiros dois dias da 70.ª edição do Grande Prémio de Macau 46 mil pessoas passaram pelas bancadas do circuito da Guia, de acordo com a informação oficial. No sábado, a assistência foi de 18 mil pessoas, e no segundo dia, ontem, houve mais 28 mil pessoas no Circuito a Guia, o que contribuiu para um total de 46 mil.

13 Nov 2023

70º Grande Prémio | Shaun Thong teve uma manhã para esquecer, mas saiu da Guia com um triunfo

Os pilotos Lo Sze Ho (Hyundai Elantra) e Shaun Thong Wei Fung (Honda Civic FK7) foram os vencedores das duas corridas da competição de carros de turismo TCR Asia Challenge. Por sua vez, Chan Weng Tong (Audi RS3 LMS), em terceiro, e Wong Kian Kuan (Seat Cupra TCR), sétimo, foram os melhores pilotos de Macau

 

A primeira prova decorreu de manhã, numa altura em que o circuito ainda estava molhado. Por razões de segurança, o arranque aconteceu atrás do safety car. Após uma volta, o safety car entrou nas boxes, o que apanhou vários pilotos desprevenidos.

Com o golpe de teatro, a primeira corrida ficou logo partida, com um primeiro grupo na frente constituído por Shaun Thong, Lo, Yan Chuang (Lynk & Co 03) e Chan Weng Tong. Mais atrás, seguiam os restantes competidores separados por uma distância muito considerável.

Logo na primeira volta, a luta entre Shaun e Lo aqueceu, com o piloto do Hyundai a sair em frente e bater na barreira, fica a dúvida se tocado por Lo, junto à zona do Ramal dos Mouros. Shaun conseguiu fazer marcha-atrás e voltar à pista, mas perdeu tempo importante, com a perda de alguns lugares.

A partir desse momento, Lo começou a ganhar vantagem sobre todos os adversários e cimentou a liderança. Por sua vez, Shaun Ho ainda teve mais um momento infeliz, porque quando tentava dobrar Ou Yang Zheng Wei (Honda Civic FK7) bateu no adversário, que teve de desistir. A partir desse momento entrou novamente o safety car e não se correu mais

Noite e Dia

Na segunda corrida, Shaun Thong Wei Fung teve a oportunidade de redenção. A arrancar do décimo lugar, devido às regras com grelha de partida invertida, o piloto de Hong Kong conseguiu subir seis lugares até à Curva do Hotel Lisboa.

Ao mesmo tempo, na frente, Henry Lee Junior e Li Ka Hei definiam o ritmo da corrida, mas sempre ameaçados por um Thong que parecia endiabrado. No final da segunda volta, o piloto de Hong Kong já era segundo e com Li, que tinha subido a primeiro, na mira.

Finalmente, a quatro voltas do fim, Thong ultrapassou Li, e assumiu a liderança, a tempo da entrada do safety car, que só voltaria a sair na última das nove voltas da corrida.

A história da segunda prova ficou praticamente definida, uma vez que no recomeço houve um acidente espectacular, depois da Curva do Mandarim Oriental, que começou quando Lam Ka Chun perdeu o controlo do Audi. Porém, ao tentarem evitar o carro despistado, também Wong Chun Hao (Audi), Cheon Chi On (Seat Cupra TCR) e Wong Kian Kuan se envolveram no acidente.

Corrida 1

Posição Piloto Carro Tempo

1.º Lo Sze Ho Hyundai Elantra N TCR 29m47s680

2.º Yan Chuang Lynk & Co 03 TCR a 1s132

3.º Chan Weng Tong Audi RS3 LMS a 5s105

Corrida 2

Posição Piloto Carro Tempo

1.º Shaun Thong Honda Civic FK7 20m03s460

2.º Li Ka Hei Audi RS3 LMS a 0s518

3.º Lo Sze Ho Hyundai Elantra N TCR a 1s1289

Alto

Ritmo de Corrida

As duas corridas TCR Asia Challenge foram das provas mais interessantes de acompanhar no dia de ontem. Apesar da entrada do safety car em várias ocasiões, houve tempo para fazer ultrapassagens e rodar durante longos períodos de tempo, o que no Circuito da Guia tende a ser mais uma excepção do que a regra.

Baixo

Acidente de Shaun Thong

É verdade que a corrida de manhã teve condições extremamente complicadas, uma vez que a pista se encontrava molhada. No entanto, Shaun Thong devia ter sido mais cuidadoso quando tentava dobrar Ou Yang Zheng Wei, porque não só arruinou a sua corrida, como também prejudicou o adversário.

13 Nov 2023

70º Grande Prémio | Arvid Lindblad vence corrida de Fórmula 4

Arvid Lindblad sagrou-se o vencedor da corrida de Fórmula 4 do Grande Prémio de Macau, depois de aguentar a pressão de Freddie Slater e mostrar que era o mais rápido

 

“Estou na lua com esta vitória”, foi desta forma que Arvid Lindblad comentou o triunfo na corrida de Fórmula 4 do 70.º Grande Prémio de Macau. Numa prova com vários incidentes e entradas de Safety Car, o britânico da SJM Theodore Prema Racing foi o mais forte.

Apesar da prova da tarde ter sido o ponto alto da competição, o maior desafio para os pilotos de Fórmula 4 surgiu na manhã de ontem, na corrida de qualificação, que foi realizada com o piso muito molhado. E logo nessa sessão, Arvid Lindblad mostrou-se muito rápido, apesar de ser acompanhado de perto pelo colega de equipa Freddie Slater.

Com a manhã a servir como aperitivo, a prova da tarde confirmou o duelo em expectativa. Arvid Lindblad arrancou do primeiro lugar da grelha de partida e manteve a posição, apesar de ser muito pressionado por Slater.

Contudo, ainda na primeira volta, o carro de Slater teve problemas, e o também britânico perdeu o contacto com o grupo da frente. A partir desse momento, Lindblad começou a construir uma distância significativa para Charles Leong, segundo classificado, que por falta de velocidade estava mais preocupado em manter atrás de si Rashi Al Dhaheri.

E a história da primeira volta foi também a história da corrida, visto que com a entrada frequente do safety car, ou a situação de bandeiras amarelas na Curva do Hotel Lisboa, praticamente não houve oportunidade para competir.

No entanto, a vitória não deixou de ser menos saborosa para Lindblad, como o piloto apoiado pela Red Bull reconheceu: “Fico muito feliz por ganhar em Macau, um evento com uma história muito longa, numa pista muito especial. Só posso dizer que amei este fim-de-semana e tenho pena de não competir no próximo”, reconheceu Arvid. “As coisas correram-nos muito bem desde os treinos livres, quando sentimos que o carro estava muito rápido”, acrescentou.

No segundo lugar ficou Charles Leong, vencedor de duas edições da prova em Fórmula 4. O herói local chegava à Guia em desvantagem, uma vez que não conhecia o novo modelo da F4 e também por não ter realizado qualquer prova neste ano. “Consegui um bom resultado, porque este era um fim-de-semana para aprender, adaptar-me ao carro e melhorar. Acho que consegui fazer isso”, disse o piloto de Macau. “Mostrei que tenho capacidade para andar ao melhor nível e estar no topo, quando tenho tempo suficiente de condução”, sublinhou.

No terceiro lugar, Rashi Al Dhaheri mostrou ritmo para ultrapassar Charles Leong, mas quando esteve mais perto do piloto de Macau, à entrada da Curva do Hotel Lisboa, foi forçado a abortar a ultrapassagem, por estarem a ser mostradas bandeiras amarelas. “Houve uma altura em que estive muito perto de ultrapassar o Charles e subir ao segundo lugar, na curva do Hotel Lisboa, onde fazemos a travagem mais forte do circuito. Só que estavam a ser mostradas bandeiras amarelas e não deu”, justificou o piloto dos Emirados Árabes Unidos.

Apesar das limitações, o piloto fez um balanço positivo: “É um circuito muito exigente, em que andamos sempre junto aos muros e não dá para cometer erros. Também o efeito de slipstream é muito forte, por isso acho que fizemos um bom trabalho e diverti-me”, considerou.

Corrida 1

Posição Piloto Equipa Tempo

1.º Arvid Lindblad SJM Theodore Prema Racing 37m28s517

2.º Charles Leong Hon Chio SJM Theodore Prema Racing a 0s274

3.º Rashi Al Dhaheri Prema Racing a 0s922

Alto

Estreia de Tiago Rodrigues

O piloto local fez a estreia no circuito da Guia e naquela que é a primeira época ao volante do F4 conseguiu um brilhante sexto lugar. Soube evitar os erros, que afectaram muitos outros pilotos, e mesmo sem mostrar andamento para estar mais perto do pelotão da frente, deu uma prova de maturidade e colheu os frutos da estratégia. Uma estreia para ser orgulhar.

Baixa

Pouca corrida

Muitos acidentes fizeram com que grande parte da corrida fosse realizada com o safety car, o que teve impacto no espectáculo. Se de manhã se justificou o arranque com o safety car, devido às condições da pista, que estava muito molhada, na parte da tarde ficou a ideia que em uma ou outra situação se devia ter procurado alternativas, a bem do espectáculo.

13 Nov 2023

70º Grande Prémio | Corrida de Macau de Fórmula 4: A prata da casa

Reza a sabedoria popular que “santos da casa não fazem milagres”. No entanto, a história diz que as três corridas de Fórmula 4 disputadas no Circuito da Guia foram vencidas por pilotos de Macau.

A quarta prova da disciplina tutelada pela FIA conta com três pilotos do território. Andy Chang, que venceu o Grande Prémio de Macau de F4 de 2022, esteve tentado a participar, mas um orçamento curto não permitiu juntar-se ao trio da casa. Este não é um número recorde, mas esta é uma representação significativa. Primeiro, porque são três jovens pilotos, dois deles estreantes absolutos nestas andanças do Grande Prémio, isto numa terra que tem tido enormes dificuldades em produzir novos talentos.

Segundo, porque Charles Leong Hon Chio, vencedor do Grande Prémio de Macau de F4 de 2020 e 2021, é um sério candidato à vitória. Apesar de não ter realizado qualquer prova de monolugares este ano, Charles Leong conhece o Circuito da Guia como nenhum dos seus adversários. Já Tiago Rodrigues e Marcus Cheong vão tentar aplicar tudo o que aprenderam ao longo do ano no mais difícil dos palcos. Curiosamente, ambos os estreantes já tiveram uma experiência anterior em circuitos citadinos, neste caso no circuito de Pingtan, em Fujian.

O que eles dizem…

Marcus Cheong (Nº4, Asia Racing Team): “Este ano, a corrida de Fórmula 4 do Grande Prémio de Macau é uma corrida internacional por convite, o que significa que o nível dos pilotos será mais profissional em comparação com os anos anteriores. Para mim, é um pouco desafiante competir a um nível tão elevado, mas é também uma óptima oportunidade para aprender e ganhar mais experiência. O meu objectivo é terminar a corrida entre os dez primeiros na pista da minha cidade natal.”

Tiago Rodrigues (Nº7, Asia Racing Team): “Estou ansioso pelo meu primeiro Grande Prémio de Macau. É um desafio totalmente diferente, mas vou esforçar-me para conseguir manter um ritmo semelhante ao que tive na corrida de Zhuzhou, o que me deverá colocar entre os dez primeiros. Sem dúvida, será um fim de semana bastante exigente, mas estou empenhado em dar o meu melhor.”

Charles Leong (nº11, SJM Prema Theodore Racing): “Não tinha planos para fazer esta corrida até há bem pouco tempo. O Grande Prémio é sempre uma prova especial e é a minha prova favorita, por isso estou muito contente em regressar. Nunca fiz nenhuma corrida com este novo carro, mas eu vou dar o meu melhor e em Macau tudo pode acontecer.”

Girls Power

Nada mais, nada menos que três senhoras, todas elas asiáticas, vão alinhar na Corrida de Macau de Fórmula 4. Com currículos bastante diferentes, têm em comum a estreia num dos mais difíceis circuitos do mundo, podendo até surpreender os favoritos.

Tendo competido anteriormente em Macau, em provas de karting, a filipina Bianca Bustamante, que se tornou o primeiro membro do sexo feminino a juntar-se ao McLaren Driver Development Program, vai fazer a sua estreia no Circuito da Guia. Aos 18 anos, Bianca Bustamante vai tentar aproveitar esta oportunidade ao máximo.

“Passar para os monolugares e para o Grande Prémio de Macau é um passo significativo para mim, mas estou totalmente empenhada em executar um fim de semana forte”, diz Bustamante, que competiu na F1 Academy este ano. A jovem filipina acrescenta que “esta é uma tremenda oportunidade de aprendizagem e vou absorver o máximo de conhecimento possível desta experiência”.

A juntar-se a Bianca Bustamante na grelha de partida da prova de F4 estará também Miki Koyama. A piloto japonesa disputou duas temporadas no campeonato feminino W Series, em 2019 e 2021, tendo obtido um quarto lugar como melhor resultado. Um ano depois, Koyama juntou-se ao programa de jovens pilotos da Toyota e, na sua primeira participação, fez história ao conquistar o título no Campeonato Japonês de Fórmula Regional. A nipónica de 26 anos socorreu-se aos serviços da equipa japonesa Super Licence para a estreia em Macau.

Vivian Siu é sem dúvida a menos experiente das três, tendo iniciado a sua carreira há menos de um ano. A atleta de Hong Kong, no entanto, já fez história ao tornar-se a primeira mulher a pontuar no Campeonato Chinês de Fórmula 4. “Passar de uma experiência de corridas nula para corridas de monolugares tem sido para mim um sonho irreal nos últimos meses. Ter a oportunidade de participar no 70.º Grande Prémio de Macau era algo impensável. Isto terá um significado muito especial para mim, uma vez que o meu pai foi criado em Macau. Tenho a certeza de que se os meus pais ainda fossem vivos hoje, também não acreditariam que isto está a acontecer”, expressou a piloto de Hong Kong nas redes socais.

GPM | Direcção de Corrida à portuguesa

As cinco corridas do primeiro fim de semana do 70.º Grande Prémio de Macau terão todas um Director de Corrida português. O conceituado Eduardo Freitas, o actual Director de Corrida permanente do Campeonato do Mundo de Endurance da FIA (WEC) e que também já assumiu essas mesmas funções no mundial de Fórmula 1, vai estar no lugar que lhe é habitual nas corridas do TCR Asia Challenge, Taça GT – Corrida da Grande Baía (GT3), Taça GT – Corrida da Grande Baía (GT4), e Macau Roadsport Challenge.
Freitas é um “velho conhecido” de Macau, tendo já sido Director de Corrida das provas de F3, GT e Corrida da Guia, entre outras. Já a Corrida de Macau de Fórmula 4, terá como Director de Corrida o também português Rui Marques, que tem igualmente um vasto currículo internacional, onde se destaca o cargo de actual Director de Corrida da Fórmula 2. Ambos os portugueses também assumirão as mesmas funções em várias corridas do segundo fim-de-semana do Grande Prémio.

10 Nov 2023

70º Grande Prémio | Aperitivos de luxo

O 70.º Grande Prémio de Macau arranca este fim-de-semana com cinco corridas, uma de monolugares, duas de GT e duas de carros de Turismo, naquele que é um aperitivo para o prometedor fim-de-semana que está para vir

 

Corrida de Macau de Fórmula 4

Depois de três anos em que o Campeonato da China de Fórmula 4 serviu como “prato principal” do Grande Prémio, a disciplina de introdução ao automobilismo volta a visitar o Circuito da Guia, mas desta vez acepipada por um carro novo e bem mais apelativo. Neste serviço gourmet, desta vez temos um pelotão verdadeiramente internacional, com pilotos japoneses, australianos e europeus, assim como as presenças confirmadas do britânico Arvid Lindbald, do Red Bull Junior Team, da filipina Bianca Bustamente, da McLaren F1 Academy, o vice-campeão da Formula Regional europeia, o norueguês Martinius Stenshorne, e ainda o ex-campeão francês de F4, Hadrien David. Não menos interessante vai ser acompanhar o andamento dos três pilotos da casa.

Envergando as cores da Theodore Racing, Charles Leong vai tentar vencer pela terceira vez em Macau, mas terá uma missão difícil, não só porque a concorrência é mais forte, mas também porque não disputou qualquer corrida este ano. As cores da RAEM vão também ser defendidas por dois jovens pilotos da Asia Racing Team, a equipa fundada no território há precisamente vinte anos. Tiago Rodrigues fará a sua estreia no Circuito da Guia, ele que lidera tanto o Campeonato da China de F4 como o Campeonato do Sudoeste Asiático, assim como Marcus Cheong, com menos experiência em monolugares, e que terá que escalar a mesma montanha de emoções num dos mais difíceis circuitos do mundo.

TCR Asia Challenge

Depois de ter sido parte integrante da Corrida da Guia no ano passado, a segunda edição do TCR Asia Challenge é a primeira competição de carros de Turismo da classe TCR a entrar em acção no Grande Prémio este ano. Não só em “cima da mesa” está a luta pela vitória nesta corrida, que é composta por pilotos da Grande China, mas também um lugar na Corrida da Guia – TCR World Tour do próximo fim de semana. Os oito primeiros da segunda corrida deste fim-de-semana terão acesso à grelha de partida dos “mundialistas”.

Esta grelha de partida tem várias caras conhecidas do desporto motorizado local, como os pilotos de Hong Kong, Lo Sze Ho, Shaun Thong, Henry Lee Jr ou Paul Poon. De Macau, estarão na pista Wong Kiang Kuan, Ip Tak Meng, Lam Ka Chun, Chan Weng Tong, Cheong Chi On, Ng Kin Veng, Wong Chun Hao e Jerónimo Badaraco.

Taça GT – Corrida da Grande Baía (GT3)

Com a lista de inscritos da Taça GT Macau – Taça do Mundo de GT da FIA a transbordar de interessados e o espaço no programa a ser limitado, a AAMC viu a oportunidade para dividir a Taça GT – Corrida da Grande Baía em duas, uma para viaturas GT3 e outra para viaturas GT4. Neste primeiro fim-de-semana, a corrida de GT3 ficará entregue à nata local, com um misto de pilotos com uma vasta experiência, como Darryl O’Young ou Ling Kang, e rápidos “Gentleman Drivers”, como Andrew Haryanto, Chris Chia, Min Heng ou Chang Chien-Shang.

A RAEM conta com dois pilotos que conhecem bem o Circuito da Guia, como são o caso de Kevin Tse, vencedor da primeira Taça GT – Corrida da Grande Baía com um GT4 e que este ano competiu em Inglaterra, e de Alex Liu Lic Ka, que este ano fez várias corridas além-fronteiras com o seu Mercedes-AMG GT3.

Taça GT – Corrida da Grande Baía (GT4)

Finalmente a Taça GT – Corrida da Grande Baía ganhou a forma que os agentes do desporto sempre sugeriram como a mais adequada; uma corrida para viaturas da classe GT4 e uma porta de entrada para as corridas de Grande Turismo para os pilotos locais. A mais variada das grelhas de partida conta com carros da BMW, Ginetta, KTM, Lotus, McLaren, Mercedes, Porsche e Toyota. Destaque para a presença do vencedor desta corrida em 2022, Alex Jiang, ao volante de um novo BMW M4 GT4, e de dois novíssimos Lotus Emira GT4 – um carro que nunca antes competiu e que fará a sua estreia mundial em competição entre nós – guiados por dois pilotos velozes, o chinês Lou Kailuo e o inglês Adam Christodoulou. Macau conta com nove pilotos, entre eles Leong Ian Veng, que era um habitué no pódio da antiga Corrida Macau Roadsport Challenge.

Macau Roadsport Challenge

A constituição das corridas de carros de Turismo locais mudou este ano. Ao fim de mais de uma década, acabaram-se as carismáticas categorias Roadsport e 1600ccTurbo para carros de preparação local que tanto entusiasmavam o público, não só pela singularidade dos seus carros, mas também pela incerteza daquelas corridas que eram muitas vezes decididas nos seus últimos momentos. No seu lugar, temos agora um troféu bimarca, reservado exclusivamente para os modelos Subaru BRZ e Toyota GR86, para pilotos do Interior da China e das vizinhas RAE de Macau e Hong Kong. Dado o equilíbrio de forças, os troféus sempre trouxeram corridas muito interessantes e apesar da edição deste ano da Macau Road Sport Challenge não ter nomes sonantes, o espectáculo em pista poderá ser um dos mais interessantes de acompanhar para o comum espectador.

10 Nov 2023