Grande Prémio | "Sr. Macau" quer recuperar coroa perdida

[dropcap]E[/dropcap]doardo Mortara, vencedor por sete ocasiões em corridas do Grande Prémio de Macau, irá regressar no próximo mês ao Circuito da Guia. O piloto italiano irá conduzir um dos dois Mercedes-AMG GT3 da equipa Mercedes-AMG Team Craft-Bamboo Racing na “SJM Taça GT Macau – Taça do Mundo de GT da FIA”.
O “Sr. Macau”, como tem sido carinhosamente chamado pela imprensa e pelos fãs, irá tentar defender o ceptro perdido no ano passado nesta corrida para o brasileiro Augusto Farfus. Este ano, Mortara parte em ligeira desvantagem face à concorrência, pois não realizou qualquer prova de GT3 esta temporada, tendo sido colocado pela Mercedes-AMG a tempo inteiro ao serviço da equipa Venturi Formula E Team no Campeonato FIA de Fórmula E para carros eléctricos.
“Vou tentar vencer esta corrida outra vez, depois de ter triunfado em 2017 e estado no pódio o ano passado. Tive muito sucesso no passado em Macau e espero este ano conseguir um bom resultado”, disse o piloto de 32 anos, em comunicado. “Sinto-me muito motivado e determinado em regressar a Macau. Estou com fome de sucesso como nunca antes.”
Na Mercedes-AMG Team Craft-Bamboo Racing, Mortara vai encontrar o belga Alessio Picariello, um estreante no Circuito da Guia que este ano competiu com a formação de Hong Kong no Blancpain GT World Challenge Asia e no Campeonato da China de GT. De fora da corrida, desta vez ficou Darryl O’Young, que no fim-de-semana de 16 e 17 de Novembro vai trocar o “cockpit” de um dos Mercedes-AMG GT3 pelo lugar director desportivo da equipa fundada pelo piloto-empresário Frank Yu.

Mais carros

A representação da Mercedes-AMG na Taça do Mundo da FIA terá no total seis carros. Decidida a recuperar um título perdido, a marca de Affalterbach irá colocar os seus pilotos predilectos Maro Engel e Raffaele Marciello com a equipa Mercedes-AMG Team GruppeM Racing. O alemão triunfou nesta corrida por duas vezes e é desde 2014 uma presença habitual no pódio do evento da RAEM, tendo terminado em segundo lugar no ano transacto. Já o italiano, que foi uma das surpresas nos dois últimos anos, lutou com Farfus pela primeira posição na pretérita edição da corrida dos Grande Turismo até cometer um erro na Curva Lisboa. Os outros dois Mercedes-AMG inscritos na prova estarão entregues a equipas e pilotos privados.

18 Out 2019

Grande Prémio | “Sr. Macau” quer recuperar coroa perdida

[dropcap]E[/dropcap]doardo Mortara, vencedor por sete ocasiões em corridas do Grande Prémio de Macau, irá regressar no próximo mês ao Circuito da Guia. O piloto italiano irá conduzir um dos dois Mercedes-AMG GT3 da equipa Mercedes-AMG Team Craft-Bamboo Racing na “SJM Taça GT Macau – Taça do Mundo de GT da FIA”.

O “Sr. Macau”, como tem sido carinhosamente chamado pela imprensa e pelos fãs, irá tentar defender o ceptro perdido no ano passado nesta corrida para o brasileiro Augusto Farfus. Este ano, Mortara parte em ligeira desvantagem face à concorrência, pois não realizou qualquer prova de GT3 esta temporada, tendo sido colocado pela Mercedes-AMG a tempo inteiro ao serviço da equipa Venturi Formula E Team no Campeonato FIA de Fórmula E para carros eléctricos.

“Vou tentar vencer esta corrida outra vez, depois de ter triunfado em 2017 e estado no pódio o ano passado. Tive muito sucesso no passado em Macau e espero este ano conseguir um bom resultado”, disse o piloto de 32 anos, em comunicado. “Sinto-me muito motivado e determinado em regressar a Macau. Estou com fome de sucesso como nunca antes.”

Na Mercedes-AMG Team Craft-Bamboo Racing, Mortara vai encontrar o belga Alessio Picariello, um estreante no Circuito da Guia que este ano competiu com a formação de Hong Kong no Blancpain GT World Challenge Asia e no Campeonato da China de GT. De fora da corrida, desta vez ficou Darryl O’Young, que no fim-de-semana de 16 e 17 de Novembro vai trocar o “cockpit” de um dos Mercedes-AMG GT3 pelo lugar director desportivo da equipa fundada pelo piloto-empresário Frank Yu.

Mais carros

A representação da Mercedes-AMG na Taça do Mundo da FIA terá no total seis carros. Decidida a recuperar um título perdido, a marca de Affalterbach irá colocar os seus pilotos predilectos Maro Engel e Raffaele Marciello com a equipa Mercedes-AMG Team GruppeM Racing. O alemão triunfou nesta corrida por duas vezes e é desde 2014 uma presença habitual no pódio do evento da RAEM, tendo terminado em segundo lugar no ano transacto. Já o italiano, que foi uma das surpresas nos dois últimos anos, lutou com Farfus pela primeira posição na pretérita edição da corrida dos Grande Turismo até cometer um erro na Curva Lisboa. Os outros dois Mercedes-AMG inscritos na prova estarão entregues a equipas e pilotos privados.

18 Out 2019

Automobilismo | Charles Leong já conduziu o novo F3 para o GP

[dropcap]C[/dropcap]harles Leong Hon Chio já sabe o que o espera em Novembro: um enorme desafio. No passado fim-de-semana, o jovem piloto de Macau esteve no Autódromo de Sochi, na Rússia, para disputar a última prova do Campeonato FIA de Fórmula 3. Esta aparição esporádica serviu para preparar a sua participação no Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 – Taça do Mundo de F3 da FIA.
Sem qualquer experiência anterior ao volante do novo F3 construído pela Dallara, e depois de seis meses sem qualquer actividade competitiva, Leong teve apenas uma sessão de treinos livres para se habituar a um carro totalmente diferente e a um circuito que desconhecia por completo antes de enfrentar a qualificação. Foi sem espanto que o representante da RAEM foi apenas 29º da sessão, a mais de quatro segundos do pole-position, o russo Robert Shwartzman que viria a sagrar-se campeão mais tarde no fim-de-semana.
Na primeira corrida do fim-de-semana, realizada após a qualificação do mundial de Fórmula 1, uma chuva ligeira e traiçoeira fez-se notar e Leong não evitou uma ligeira saída de pista na quarta volta, batendo nas barreiras de protecção. No dia seguinte, na segunda corrida do programa, o sol voltou à pista da estância turística do Mar Negro, e Leong conseguiu completar as 20 voltas ao traçado russo sem problemas de maior, vendo a bandeirada de xadrez no 21º posto.
Shwartzman e Juri Vips partilharam os triunfos na prova russa, a derradeira da temporada. Ambos os pilotos são esperados no próximo mês no Circuito da Guia, onde trinta jovem lobos vão tentar conquistar um dos mais apetecidos troféus a nível mundial nas fórmulas de promoção.

Novo cenário

Leong sabia que não iria ter vida fácil em Sochi. Só o facto de nunca ter conduzido este carro tão diferente e ter de enfrentar uma concorrência que está praticamente há um ano a competir com estas máquinas dava-lhe uma desvantagem colossal logo à partida.
“Foi um fim-de-semana complicado”, confessou Leong ao HM. Para o piloto de 18 anos este novo carro “em nada se compara ao Fórmula 3 que conduzi em Macau o ano passado. Tenho que adaptar a minha condução para este novo carro. É mais pesado, com maior velocidade de ponta e diferente de conduzir”, afirma.
O novo monolugar de Fórmula 3 é mais potente que a versão anterior e ao mesmo tempo também é mais pesado. Os pneus Pirelli têm uma degradação propositadamente alta, o que obriga os pilotos a adaptarem-se a uma realidade mais próxima da Fórmula 1. Além disso, estes novos monolugares fabricados em Itália estão equipados com um sistema DRS, semelhante aos Fórmula 1, que reduz a força de arrasto num ponto determinado da pista, assim facilitando as ultrapassagens. Todos estes factores jogam contra qualquer piloto iniciado.
“Comparando com os outros pilotos da F3, os meus recursos são limitados. Portanto, vou ter que aproveitar bem o próximo teste para estar melhor preparado para Macau”, diz o piloto de 18 anos.
Antes do 66º Grande Prémio de Macau, Leong terá ainda a oportunidade de realizar um teste de três dias em Valência com o monolugar da equipa suíça Jenzer Motorsport. Esta será última oportunidade para se habituar a uma nova realidade antes do muito antecipado fim-de-semana do mês de Novembro.

3 Out 2019

Automobilismo | Charles Leong já conduziu o novo F3 para o GP

[dropcap]C[/dropcap]harles Leong Hon Chio já sabe o que o espera em Novembro: um enorme desafio. No passado fim-de-semana, o jovem piloto de Macau esteve no Autódromo de Sochi, na Rússia, para disputar a última prova do Campeonato FIA de Fórmula 3. Esta aparição esporádica serviu para preparar a sua participação no Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 – Taça do Mundo de F3 da FIA.

Sem qualquer experiência anterior ao volante do novo F3 construído pela Dallara, e depois de seis meses sem qualquer actividade competitiva, Leong teve apenas uma sessão de treinos livres para se habituar a um carro totalmente diferente e a um circuito que desconhecia por completo antes de enfrentar a qualificação. Foi sem espanto que o representante da RAEM foi apenas 29º da sessão, a mais de quatro segundos do pole-position, o russo Robert Shwartzman que viria a sagrar-se campeão mais tarde no fim-de-semana.

Na primeira corrida do fim-de-semana, realizada após a qualificação do mundial de Fórmula 1, uma chuva ligeira e traiçoeira fez-se notar e Leong não evitou uma ligeira saída de pista na quarta volta, batendo nas barreiras de protecção. No dia seguinte, na segunda corrida do programa, o sol voltou à pista da estância turística do Mar Negro, e Leong conseguiu completar as 20 voltas ao traçado russo sem problemas de maior, vendo a bandeirada de xadrez no 21º posto.
Shwartzman e Juri Vips partilharam os triunfos na prova russa, a derradeira da temporada. Ambos os pilotos são esperados no próximo mês no Circuito da Guia, onde trinta jovem lobos vão tentar conquistar um dos mais apetecidos troféus a nível mundial nas fórmulas de promoção.

Novo cenário

Leong sabia que não iria ter vida fácil em Sochi. Só o facto de nunca ter conduzido este carro tão diferente e ter de enfrentar uma concorrência que está praticamente há um ano a competir com estas máquinas dava-lhe uma desvantagem colossal logo à partida.

“Foi um fim-de-semana complicado”, confessou Leong ao HM. Para o piloto de 18 anos este novo carro “em nada se compara ao Fórmula 3 que conduzi em Macau o ano passado. Tenho que adaptar a minha condução para este novo carro. É mais pesado, com maior velocidade de ponta e diferente de conduzir”, afirma.

O novo monolugar de Fórmula 3 é mais potente que a versão anterior e ao mesmo tempo também é mais pesado. Os pneus Pirelli têm uma degradação propositadamente alta, o que obriga os pilotos a adaptarem-se a uma realidade mais próxima da Fórmula 1. Além disso, estes novos monolugares fabricados em Itália estão equipados com um sistema DRS, semelhante aos Fórmula 1, que reduz a força de arrasto num ponto determinado da pista, assim facilitando as ultrapassagens. Todos estes factores jogam contra qualquer piloto iniciado.

“Comparando com os outros pilotos da F3, os meus recursos são limitados. Portanto, vou ter que aproveitar bem o próximo teste para estar melhor preparado para Macau”, diz o piloto de 18 anos.

Antes do 66º Grande Prémio de Macau, Leong terá ainda a oportunidade de realizar um teste de três dias em Valência com o monolugar da equipa suíça Jenzer Motorsport. Esta será última oportunidade para se habituar a uma nova realidade antes do muito antecipado fim-de-semana do mês de Novembro.

3 Out 2019

Charles Leong garante presença de Macau na F3 do GP

[dropcap]P[/dropcap]ara o jovem Charles Leong Hon Chio não poderia ter existido uma melhor prenda do seu 18º aniversário que a confirmação da sua participação na edição deste ano do Grande Prémio de Macau de Fórmula 3.

O piloto de Macau chegou a acordo com a Jenzer Motorsport para participar na prova do mês de Novembro e como preparação irá alinhar na última corrida da temporada do Campeonato FIA de Fórmula 3, no fim-de-semana de 28 e 29 de Setembro, em Sochi, na Rússia.

“O meu aniversário foi na semana passada quando assinámos o contrato. Estou animado por ir conduzir este novo carro e voltar a competir no Grande Prémio outra vez”, afirmou o piloto da RAEM que esteve praticamente todo o ano afastado das pistas, tendo apenas participado em duas provas das Asian Winter Series de Fórmula 3.

Andreas Jenzer, o chefe de equipa da formação suíça, está confiante nas capacidades do seu novo recruta: “Com a sua experiência está bem qualificado a subir à F3 da FIA e competir outra vez no Grande Prémio de Macau este ano. Estamos entusiasmados em cumprir este programa com o Charles.”

A Jenzer Motorsport é uma das dez equipas europeias que trará três carros à prova que também é oficialmente Taça do Mundo FIA de Fórmula 3 desde 2016.

Metas definidas

Como o Campeonato FIA de Fórmula 3 não permite testes privados a meio da temporada, Leong irá realizar a prova de Sochi, num circuito que desconhece, sem se ter sentado neste novo e mais potente carro previamente. Isso não preocupa para já o ex-campeão asiático de Fórmula Renault e ex-campeão chinês de F4 que já traçou claramente os seus objectivos para a prova russa.

“Como só irei ter o meu primeiro contacto com o carro no único treino livre na Rússia, não tenho qualquer tipo de pressão. No fim-de-semana vou tentar aprender o mais possível para preparar Macau”, disse Leong ao HM. “Ficar entre os quinze primeiros numa das corridas já seria um resultado fantástico.”

Depois de Sochi e antes da prova do Circuito da Guia, Leong irá ter a oportunidade de somar mais quilómetros ao volante do novo F3 construído pela Dallara num teste a realizar em Valência. Leong estreou-se no Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 o ano passado, mas, após arrancar do 18º lugar, acabou por desistir ainda nos primeiros metros da corrida num acidente para a travagem para a Curva Lisboa.

24 Set 2019

Grande Prémio | Manifestações de Hong Kong não retiram confiança à organização

A organização está confiante que o evento vai decorrer dentro da normalidade e que o turismo não vai ser afectado na altura das corridas. O circuito sofreu algumas alterações para receber a homologação Grau II da Federação Internacional do Automóvel

 
[dropcap]A[/dropcap]pesar de Hong Kong ser um local tradicional de origem dos espectadores do Grande Prémio, a Comissão Organizadora não está preocupada com o impacto das manifestações no número de bilhetes vendidos, nem com eventuais suspensões do serviço de ferries. Esta foi a posição tomada, ontem, pelo coordenador da comissão e presidente do Instituto do Desporto, Pun Weng Kun, após uma conferência de imprensa para revelar o nome de alguns patrocinadores.
“Acredito que o Grande Prémio recebe turistas de todo o mundo, incluindo pessoas do nosso País, vindas de Cantão e de Hong Kong, mas também de outros países da Europa, e também da Austrália. São turistas que vêm de muito longe. Por isso temos muita confiança que o evento vai decorrer dentro da normalidade”, afirmou Pun.
Os bilhetes para o evento que decorre entre 14 e 17 de Novembro já se encontram à venda. Para os primeiros dois dias, os ingressos custam 50 patacas, já para sábado e domingo os preços variam entre as 400 e as 1000 patacas. O coordenador não revelou as vendas realizadas, mas apontou que tem havido muita procura de informação sobre os ingressos, principalmente através de perguntas online.
“Neste momento não temos números concretos. Mas recebemos muitos pedidos de informações online e por isso esperamos uma boa situação de vendas”, indicou.

Cuidados com as curvas

Ontem foi igualmente confirmado que o circuito da Guia recebeu a homologação de Grau II para poder receber os novos carros de Fórmula 3 e que vai haver alterações ao nível da segurança em várias curvas. Estas são alterações que também se prendem com o facto dos novos monolugares serem mais potentes.
A situação foi resumida por Chong Coc Veng, presidente da Associação Geral Automóvel de Macau-China. “Nas curvas da Bancada do Reservatório e na Curva do Mandarim Oriental vamos instalar um novo tipo de barreira de segurança recomendada pela FIA”, reconheceu o responsável.
“Vamos também aumentar a escapatória na Curva Lisboa e efectuar algumas alterações nas áreas da Colina da Guia e na Curva R, com incremento da protecção de impacto através de espuma”, indicou.
Face a estas alterações Pun sublinhou que a segurança é sempre uma das prioridades da organização: “Temos trabalhado muito para reforçar a segurança nas diferentes curvas”.

Bandeiras electrónicas

Outra novidade para a edição deste ano é a implementação do sistema de bandeiras electrónicas, que já é utilizado há vários anos na Fórmula 1, por imposição da homologação Grau II. Este é um sistema de “ecrãs” que mostra aos pilotos em vários pontos do circuito as bandeiras que estão a ser exibidas e que permite, em certas situações, dispensar os técnicos de pista deste trabalho.
O orçamento para a edição deste ano é de cerca de 270 milhões de patacas. Ontem a Sociedade de Jogos de Macau entregou um cheque de patrocínio à prova de GT, com o valor de 4,6 milhões de patacas. Já a empresa da app Food4U vai patrocinar a corrida de turismo e entregou um cheque no valor de 1,9 milhões de patacas.

Pun vai regressar

Com a mudança de Governo, o nome de Pun Weng Kun tem sido apontado ao Instituto dos Assuntos Municipais, o que implicaria a saída do Instituto do Desporto e da presidência da Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau. Ontem, Pun não quis responder à questão, mas frisou que todos os membros da comissão são entusiastas da prova: “É uma pergunta muito pessoal. Não consigo responder. Acredito que todos os membros da comissão têm imenso entusiasmo para continuar a trabalhar no Grande Prémio e eu também”, disse. O coordenador reconheceu ainda que mesmo que um dia seja afastado da prova que vai continuar a assistir às corridas, como entusiasta do evento.

13 Set 2019

Grande Prémio | Manifestações de Hong Kong não retiram confiança à organização

A organização está confiante que o evento vai decorrer dentro da normalidade e que o turismo não vai ser afectado na altura das corridas. O circuito sofreu algumas alterações para receber a homologação Grau II da Federação Internacional do Automóvel

 

[dropcap]A[/dropcap]pesar de Hong Kong ser um local tradicional de origem dos espectadores do Grande Prémio, a Comissão Organizadora não está preocupada com o impacto das manifestações no número de bilhetes vendidos, nem com eventuais suspensões do serviço de ferries. Esta foi a posição tomada, ontem, pelo coordenador da comissão e presidente do Instituto do Desporto, Pun Weng Kun, após uma conferência de imprensa para revelar o nome de alguns patrocinadores.

“Acredito que o Grande Prémio recebe turistas de todo o mundo, incluindo pessoas do nosso País, vindas de Cantão e de Hong Kong, mas também de outros países da Europa, e também da Austrália. São turistas que vêm de muito longe. Por isso temos muita confiança que o evento vai decorrer dentro da normalidade”, afirmou Pun.

Os bilhetes para o evento que decorre entre 14 e 17 de Novembro já se encontram à venda. Para os primeiros dois dias, os ingressos custam 50 patacas, já para sábado e domingo os preços variam entre as 400 e as 1000 patacas. O coordenador não revelou as vendas realizadas, mas apontou que tem havido muita procura de informação sobre os ingressos, principalmente através de perguntas online.

“Neste momento não temos números concretos. Mas recebemos muitos pedidos de informações online e por isso esperamos uma boa situação de vendas”, indicou.

Cuidados com as curvas

Ontem foi igualmente confirmado que o circuito da Guia recebeu a homologação de Grau II para poder receber os novos carros de Fórmula 3 e que vai haver alterações ao nível da segurança em várias curvas. Estas são alterações que também se prendem com o facto dos novos monolugares serem mais potentes.

A situação foi resumida por Chong Coc Veng, presidente da Associação Geral Automóvel de Macau-China. “Nas curvas da Bancada do Reservatório e na Curva do Mandarim Oriental vamos instalar um novo tipo de barreira de segurança recomendada pela FIA”, reconheceu o responsável.

“Vamos também aumentar a escapatória na Curva Lisboa e efectuar algumas alterações nas áreas da Colina da Guia e na Curva R, com incremento da protecção de impacto através de espuma”, indicou.

Face a estas alterações Pun sublinhou que a segurança é sempre uma das prioridades da organização: “Temos trabalhado muito para reforçar a segurança nas diferentes curvas”.

Bandeiras electrónicas

Outra novidade para a edição deste ano é a implementação do sistema de bandeiras electrónicas, que já é utilizado há vários anos na Fórmula 1, por imposição da homologação Grau II. Este é um sistema de “ecrãs” que mostra aos pilotos em vários pontos do circuito as bandeiras que estão a ser exibidas e que permite, em certas situações, dispensar os técnicos de pista deste trabalho.

O orçamento para a edição deste ano é de cerca de 270 milhões de patacas. Ontem a Sociedade de Jogos de Macau entregou um cheque de patrocínio à prova de GT, com o valor de 4,6 milhões de patacas. Já a empresa da app Food4U vai patrocinar a corrida de turismo e entregou um cheque no valor de 1,9 milhões de patacas.

Pun vai regressar

Com a mudança de Governo, o nome de Pun Weng Kun tem sido apontado ao Instituto dos Assuntos Municipais, o que implicaria a saída do Instituto do Desporto e da presidência da Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau. Ontem, Pun não quis responder à questão, mas frisou que todos os membros da comissão são entusiastas da prova: “É uma pergunta muito pessoal. Não consigo responder. Acredito que todos os membros da comissão têm imenso entusiasmo para continuar a trabalhar no Grande Prémio e eu também”, disse. O coordenador reconheceu ainda que mesmo que um dia seja afastado da prova que vai continuar a assistir às corridas, como entusiasta do evento.

13 Set 2019

Automobilismo | Badaraco renova aposta na Taça Macau

[dropcap]J[/dropcap]erónimo Badaraco vai renovar a aposta este ano na classe “1600cc Turbo” da Taça de Carros de Turismo de Macau. O piloto macaense não esconde que gostaria de voltar a repetir o triunfo obtido na edição de 2017 da popular corrida de automóveis do programa do Grande Prémio de Macau.
Novamente aos comandos de um Chevrolet Cruze preparado pela Song Veng Racing Team, o apuramento no Circuito Internacional de Guangdong, em Zhaoqing, não foi de todo fácil para o piloto macaense. Todavia, a qualificação para o Grande Prémio nunca esteve em causa, até porque um quarto lugar conquistado na segunda corrida e um segundo lugar na terceira foram mais que suficientes para garantir a presença na grelha de partida para o grande evento do mês de Novembro.
“As corridas no Zhaoqing correram mais ou menos”, explicou Badaraco ao HM. “Os resultados poderiam ser melhores, mas houve um problema na embraiagem que não conseguimos descobrir. Só o descobrimos quando voltou a piorar. Vamos testar novas soluções para que este problema não se repita no Grande Prémio”, clarificou o vencedor da última edição da Taça ACP em 1999.
Na corrida do ano passado, que apenas teve três voltas competitivas das doze previstas, “Nóni”, como o piloto do território é conhecido no meio, terminou no 23º da geral e 11º na classe para viaturas de motor turbo e máximo de 1600cc de cilindrada. Um resultado que ficou marcado por problemas na sessão de qualificação e que o piloto local espera ultrapassar este ano. Por isso mesmo, o Chevrolet Cruze voltou a ser alvo de evoluções técnicas face a uma concorrência que também não abranda no desenvolvimento das suas máquinas de competição.
Contudo, para a edição deste ano, Badaraco tem esperança que “o carro ande mais este ano. Mas ainda não sei como está o carro, é que agora ainda está no dinamómetro para afinação.”
As inscrições para a corrida encerraram na passada sexta-feira, no entanto, os nomes dos trinta e seis participantes da Taça de Carros de Turismo de Macau só deverão ser revelados ao público no próximo mês de Outubro.

WTCR nunca foi hipótese

Um regresso à Corrida da Guia – a corrida principal de carros de Turismo do programa do Grande Prémio – esteve sempre fora de questão para o experiente piloto local. “Por agora, não estou a pensar na WTCR e na Corrida da Guia”, afirma. E existem razões para isso, até porque para os pilotos do território esta é uma corrida difícil e pouco vantajosa, porque os “wildcards” para além de terem que ombrear com os melhores do mundo na especialidade equipados com outro tipo de material, carregam várias dezenas de quilogramas de lastro suplementar nos seus carros, o que lhes retira competitividade imediata.
“Primeiro há a parte financeira”, conta Badaraco, salientando que “em segundo lugar é muito difícil ficar no pódio nesta classe. Por enquanto, prefiro concentrar-me mais nesta corrida (Taça de Carros de Turismo de Macau) do Grande Prémio!” A 66ª edição do Grande Prémio de Macau disputa-se de 14 a 17 de Novembro.

10 Set 2019

Automobilismo | Badaraco renova aposta na Taça Macau

[dropcap]J[/dropcap]erónimo Badaraco vai renovar a aposta este ano na classe “1600cc Turbo” da Taça de Carros de Turismo de Macau. O piloto macaense não esconde que gostaria de voltar a repetir o triunfo obtido na edição de 2017 da popular corrida de automóveis do programa do Grande Prémio de Macau.

Novamente aos comandos de um Chevrolet Cruze preparado pela Song Veng Racing Team, o apuramento no Circuito Internacional de Guangdong, em Zhaoqing, não foi de todo fácil para o piloto macaense. Todavia, a qualificação para o Grande Prémio nunca esteve em causa, até porque um quarto lugar conquistado na segunda corrida e um segundo lugar na terceira foram mais que suficientes para garantir a presença na grelha de partida para o grande evento do mês de Novembro.

“As corridas no Zhaoqing correram mais ou menos”, explicou Badaraco ao HM. “Os resultados poderiam ser melhores, mas houve um problema na embraiagem que não conseguimos descobrir. Só o descobrimos quando voltou a piorar. Vamos testar novas soluções para que este problema não se repita no Grande Prémio”, clarificou o vencedor da última edição da Taça ACP em 1999.

Na corrida do ano passado, que apenas teve três voltas competitivas das doze previstas, “Nóni”, como o piloto do território é conhecido no meio, terminou no 23º da geral e 11º na classe para viaturas de motor turbo e máximo de 1600cc de cilindrada. Um resultado que ficou marcado por problemas na sessão de qualificação e que o piloto local espera ultrapassar este ano. Por isso mesmo, o Chevrolet Cruze voltou a ser alvo de evoluções técnicas face a uma concorrência que também não abranda no desenvolvimento das suas máquinas de competição.

Contudo, para a edição deste ano, Badaraco tem esperança que “o carro ande mais este ano. Mas ainda não sei como está o carro, é que agora ainda está no dinamómetro para afinação.”

As inscrições para a corrida encerraram na passada sexta-feira, no entanto, os nomes dos trinta e seis participantes da Taça de Carros de Turismo de Macau só deverão ser revelados ao público no próximo mês de Outubro.

WTCR nunca foi hipótese

Um regresso à Corrida da Guia – a corrida principal de carros de Turismo do programa do Grande Prémio – esteve sempre fora de questão para o experiente piloto local. “Por agora, não estou a pensar na WTCR e na Corrida da Guia”, afirma. E existem razões para isso, até porque para os pilotos do território esta é uma corrida difícil e pouco vantajosa, porque os “wildcards” para além de terem que ombrear com os melhores do mundo na especialidade equipados com outro tipo de material, carregam várias dezenas de quilogramas de lastro suplementar nos seus carros, o que lhes retira competitividade imediata.

“Primeiro há a parte financeira”, conta Badaraco, salientando que “em segundo lugar é muito difícil ficar no pódio nesta classe. Por enquanto, prefiro concentrar-me mais nesta corrida (Taça de Carros de Turismo de Macau) do Grande Prémio!” A 66ª edição do Grande Prémio de Macau disputa-se de 14 a 17 de Novembro.

10 Set 2019

BMW escolhe Augusto Farfus para renovar título de GT do Grande Prémio de Macau

[dropcap]A[/dropcap] BMW Motorsport foi a primeira equipa a confirmar os seus pilotos para a Taça do Mundo FIA de GT – Taça GT Macau do 66º Grande Prémio de Macau. O brasileiro Augusto Farfus vai defender a coroa de campeão.

Num anúncio surpresa, a BMW Motorsport deu conta na tarde de quarta-feira que irá regressar ao Circuito da Guia para tentar reconquistar o ceptro que lhe pertence e com o vencedor da pretérita edição da prova.

“Macau será muito especial este ano”, disse Farfus. “Primeiro, é um lugar de que tenho memórias fantásticas e a vitória na Taça do Mundo FIA de GT foi o momento alto da minha carreira”, afirmou o piloto brasileiro da BMW Team Schnitzer em comunicado.

Para Farfus esta corrida tem outro significado especial, porque será a primeira sem a chefia de Charly Lamm, o histórico chefe de equipa da Schnitzer que faleceu no passado mês de Janeiro.

“Vencer com o Charly, um amigo e meu mentor, e muito próximo de mim e da minha família, foi algo muito especial. Este ano espero repetir o sucesso em memória do Charly. Nós sabemos que será um desafio de verdade, mas lá estaremos a correr pelo terceiro ano consecutivo com o BMW M6 GT3 e temos já a necessária experiência. Vamos dar o nosso melhor para termos sucesso novamente.”

Farfus tem este ano um programa de provas com a BMW Motorsport, mas também está participar na Taça do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCR) com a Hyundai. Como o Grande Prémio não permite que um piloto tome parte de duas corridas do programa, o construtor sul-coreano terá que encontrar um substituto para o piloto lusófono para a Corrida da Guia.

Eriksson no segundo BMW

Ao contrário do ano passado, em que só inscreveu um carro na prova, desta vez a marca da Baviera inscreveu um segundo M6 GT3 no evento da RAEM para Joel Eriksson, o jovem sueco que terminou na segunda posição na corrida de Fórmula 3 do ano passado. Contudo, o carro do piloto nórdico será preparado pela estrutura asiática FIST-Team AAI, que tem várias participações no Grande Prémio, e não pela equipa de fábrica.

“Eu apaixonei-me pela Circuito da Guia nas minhas visitas na Fórmula 3 e simplesmente mal posso esperar correr com o BMW M6 GT3”, disse Eriksson. “É difícil saber o que esperar. Apenas corri de F3 em Macau, portanto algum nível de adaptação será necessário, mas estou honrado pela BMW ter decidido confiar em mim para uma das corridas mais importantes da temporada.”

Além dos dois GT3 na Taça GT Macau, a BMW também contará com a participação em Macau de várias motas preparadas pela BMW Motorrad Motorsport.

6 Set 2019

Guia | Estrada de Cacilhas fechada para finalizar obras do muro 

[dropcap]U[/dropcap]ma grande parte das obras do muro situado perto do circuito do Grande Prémio de Macau, na Rampa do Padre Vasconcelos, já foi concluída, sendo que os trabalhos começaram em finais de Julho. O orçamento para o projecto é superior a 6,4 milhões de patacas.
De acordo com o jornal Ou Mun, o Instituto para os Assuntos Municipais (IAM) assegura que o progresso da obra pode ser afectado pela ocorrência de fortes chuvas e tufões, entre outros factores. Para garantir a segurança, e evitar qualquer impacto na avaliação do circuito do Grande Prémio, é preciso fechar parte da Estrada de Cacilhas para concluir mais rapidamente os trabalhos.
Nelson Kot, presidente da Associação de Estudos Sintético Social de Macau, criticou o facto de o muro estar danificado há mais de três meses sem que tenham sido feitos trabalhos de reparação de imediato. Além disso, o dirigente lembrou que as obras começaram na mesma altura do arranque de um novo ano lectivo, o que trouxe maior pressão ao trânsito, apontando críticas ao Governo ao nível da coordenação.
Além disso, o responsável alerta para o facto de não ter ainda encontrado nenhuma informação relativa à realização de concurso público para adjudicar a obra em causa, exigindo mais dados por parte das autoridades. Nelson Kot pede ainda uma supervisão adequada das obras, com a presença de fiscais de forma permanente, para evitar atrasos.

4 Set 2019

Guia | Estrada de Cacilhas fechada para finalizar obras do muro 

[dropcap]U[/dropcap]ma grande parte das obras do muro situado perto do circuito do Grande Prémio de Macau, na Rampa do Padre Vasconcelos, já foi concluída, sendo que os trabalhos começaram em finais de Julho. O orçamento para o projecto é superior a 6,4 milhões de patacas.

De acordo com o jornal Ou Mun, o Instituto para os Assuntos Municipais (IAM) assegura que o progresso da obra pode ser afectado pela ocorrência de fortes chuvas e tufões, entre outros factores. Para garantir a segurança, e evitar qualquer impacto na avaliação do circuito do Grande Prémio, é preciso fechar parte da Estrada de Cacilhas para concluir mais rapidamente os trabalhos.

Nelson Kot, presidente da Associação de Estudos Sintético Social de Macau, criticou o facto de o muro estar danificado há mais de três meses sem que tenham sido feitos trabalhos de reparação de imediato. Além disso, o dirigente lembrou que as obras começaram na mesma altura do arranque de um novo ano lectivo, o que trouxe maior pressão ao trânsito, apontando críticas ao Governo ao nível da coordenação.

Além disso, o responsável alerta para o facto de não ter ainda encontrado nenhuma informação relativa à realização de concurso público para adjudicar a obra em causa, exigindo mais dados por parte das autoridades. Nelson Kot pede ainda uma supervisão adequada das obras, com a presença de fiscais de forma permanente, para evitar atrasos.

4 Set 2019

Hong Kong | Instabilidade não inquieta actores internacionais do Grande Prémio

[dropcap]O[/dropcap] clima de desassossego social por que está a passar Hong Kong não preocupa os actores internacionais do Grande Prémio de Macau. Entre nós os preparativos para o evento do mês de Novembro decorrem dentro da normalidade e, entre os agentes estrangeiros, ninguém acredita que a agitação na região vizinha vá ter um reflexo negativo no bom desenrolar do maior acontecimento desportivo de carácter anual da RAEM.

“Não há qualquer tipo de inquietude nesta altura”, esclareceu François Ribeiro, o CEO da Eurosport Events, a empresa que tem os direitos de promoção da Taça do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCR), à revista semanal francesa Auto Hebdo. Este ano a prova do Circuito da Guia não é a última da temporada do WTCR, que terminará na Malásia em Dezembro. Antes de Macau a caravana do mundial de carros de turismo compete em Suzuka, no Japão, no último fim-de-semana de Outubro. Os carros e o material deverão ser encaminhados por via marítima para a RAEM e por agora não existe qualquer plano de contingência.

Com o período de inscrições a terminar a 31 de Agosto, do lado dos participantes da Taça do Mundo FIA de GT, também não há qualquer tipo de desassossego quanto à regular organização do evento do território. Ainda na pretérita semana as equipas receberam informações quanto ao regulamento desportivo da prova e outras instruções, como por exemplo reservarem os pneus Pirelli para o fim-de-semana.

“É um grande evento que gostámos muito”, afirmou recentemente Stéphane Ratel, o CEO da SRO Motorsport Organization, a empresa que co-coordena a Taça do Mundo FIA de GT com a Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC). O empresário francês está optimista para o evento deste ano, mesmo admitindo que “este não é dos (eventos) mais fáceis e tivemos alguns anos turbulentos. O ano passado correu bem. Os anos turbulentos resultaram em apenas 15 carros em 2018. O ano passado foi mais calmo e estamos a ter mais interesse para este ano. Esperamos 16 ou 17 carros e talvez chegar 20 ou 21 carros em Novembro.”

Segundo pode apurar o HM junto de vários outros protagonistas, de igual serena forma também prosseguem paulatinamente os preparativos da Taça do Mundo FIA de Fórmula 3, que este ano terá uma grelha de partida com 30 monolugares da última geração, mais dois que o ano passado.

Os monolugares deverão chegar a Macau por via aérea este ano. Por seu lado, os concorrentes do Grande Prémio de Motos de Macau aguardam ansiosamente pelos convites para participarem na “Clássica do Extremo Oriente”. A 66ª edição do Grande Prémio de Macau disputa-se de 14 a 17 de Novembro.

26 Ago 2019

GP Macau | Filipe Souza não repete corridas do WTCR

[dropcap]F[/dropcap]ilipe Souza já decidiu. O piloto macaense abdicou de repetir a participação na Taça do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCR) no Grande Prémio de Macau este ano, para regressar à Taça de Carros de Turismo de Macau, onde espera lutar pelos lugares cimeiros da categoria “1950cc e Superior” e à geral.

Souza foi presença assídua na Corrida da Guia entre 2011 e 2014 e regressou em 2018, onde, integrado no pelotão do WTCR, terminou em 19º lugar em duas das corridas e em 17º noutra, sendo o piloto do território melhor classificado na primeira corrida. Contudo, após analisar as opções que tinha para o mês de Novembro, o campeão de Macau de Carros de Turismo de 2015 e 2016, na classe “AAMC Challenge”, optou contra correr novamente na competição mundial.

“Numa corrida do WTCR gasta-se muito dinheiro e as hipóteses de obter bons resultados são baixas”, explicou ao HM o piloto da RAEM que sabe que dificilmente pode competir com as equipas de fábrica e pilotos que, para além de serem rotulados como os melhores da especialidade, chegam a Macau com outra quilometragem e recursos.

Assim sendo, Souza vai apontar baterias à Taça de Carros de Turismo de Macau e vai fazê-lo com o mesmo Audi RS3 LMS TCR com que competiu nas provas de apuramento do Campeonato de Macau de Carros de Turismo (MTCS) em Zhaoqing e na pretérita edição do Grande Prémio de Macau.

Audi dá garantias

Para além das provas do MTCS, Souza tem disputado esta época diversas corridas na República Popular da China com o Audi da TA Motorsport, o que lhe permite fazer uma avaliação optimista para a prova de Novembro.

“Já fiz muitos testes e corridas com o meu Audi e vi as minhas melhores voltas. O carro é muito competitivo e compara-se aos carros de Road Sport”, explica Souza, desmistificando um pouco da ideia que os TCR dificilmente podem superar em pista as máquinas “Road Sport”, a designação popular dos automóveis desenvolvidos localmente para a classe “1950cc ou Superior”.

Depois de ter lutado pela vitória, tendo ficado mesmo no segundo lugar na categoria “1600cc Turbo” desta mesma corrida, Souza espera rodar nos lugares da frente da Taça de Carros de Turismo de Macau na grande prova do final do ano.

“Acho que o meu carro está agora muito competitivo, com andamento comparável aos carros de topo de Road Sport no Circuito da Guia. Se comparar os tempos do ano passado, a minha melhor volta ficava dentro dos cinco primeiros da classe do Road Sport. Por isso, com esse pensamento, decidi competir no Taça Macau este ano”, esclareceu.

Campeonato para vencer

O piloto macaense tem feito diversas corridas esta temporada e, para além do MTCS, está a disputar a categoria TCR dos Pan Delta Super Racing Festival aqui ao lado no Circuito de Zhuhai.

“Vou participar na última corrida em Setembro e se ganhar vou ser o campeão”, diz Souza que na classificação está em segundo, apenas atrás do tailandês Pattarapol Vongprai da Honda.

Só um infortúnio na última corrida impede hoje o experiente piloto de carros de turismo do território de não estar à frente nas contas do campeonato. “A corrida passada até correu muito bem dadas as circunstâncias, pois fiz a pole-position e a melhor volta. Arranquei muito bem, mas a duas últimas voltas do fim um pneu furou, e começou a perder ar, por isso perdi o primeiro lugar. Felizmente consegui acabar no segundo lugar, o que me permite ainda agora lutar pela vitória no campeonato”, esclareceu.

Souza ainda está a trabalhar num outro projecto, levar uma equipa só de pilotos de Macau à primeira edição da “TCR Spa 500” – a prova de resistência só para viaturas TCR a realizar no circuito de Spa-Francorchamps em Outubro.

13 Ago 2019

Automobilismo | Equipas japonesas ficam de fora do GP Macau F3

A adopção dos mais modernos monolugares do Campeonato FIA de Fórmula 3 por parte da Taça do Mundo FIA de Fórmula 3 do 66º Grande Prémio de Macau deixou os japoneses desconsolados. A prova revestia-se de capital importância para as equipas de Fórmula 3 do “país do sol nascente” e agora deixou forçosamente de o ser

 

[dropcap]K[/dropcap]eisuke Kunimoto, o último piloto japonês a vencer a prova de Fórmula 3 do Circuito da Guia, em 2008, logo após a corrida durante a qual superou Edoardo Mortara no sprint final rumo à vitória, exprimia ao HM a sua felicidade pelo êxito obtido, pois “tem um especial significado de vencer aqui”, isto porque “esta corrida tem um impacto muito grande no Japão. É a única oportunidade de enfrentar os melhores pilotos e equipas da Europa em terreno neutro e numa pista espectacular.”

Pelo número de jornalistas que se desloca à RAEM naquele fim-de-semana de Novembro, não é difícil perceber que o Grande Prémio de Macau é o evento de automobilismo do continente asiático que goza de maior protagonismo no Japão, excluindo os Grande Prémios de Fórmula 1.

Hoje, é com imensa tristeza que as equipas de Fórmula 3 nipónicas se vêm privadas da tradicional romaria de fim de ano a Macau. “Acreditamos que a maior parte das nossas equipas partilham do mesmo sentimento que nós – estamos extremamente desapontados com o anúncio recente [de Macau],” diz Susumu Koumi, responsável da equipa TOM’S, cuja equipa venceu o Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 mais vezes que qualquer outro adversário. “O nosso chefe engenheiro, Jun Yamada, disse-me: ‘Que pena – um evento histórico e uma corrida tão importante para nós’.”

Caso perdido

A federação japonesa terá desde a primeira hora se oposto em Paris a este novo conceito da FIA para a F3, em que os carros têm um chassis e um motor de uma única marca, o que limita a área de intervenção das equipas e respectivos engenheiros, restringindo também a diversidade técnica e tecnológica.

A disciplina nasceu nos anos 1950 com um espírito completamente antagónico ao caminho que a federação internacional decidiu agora traçar, que deixa de fora de uma assentada pequenos construtores de monolugares, empresas de engenharia, fornecedores de componentes técnicos e até construtores automóveis.

Como o organizador do Campeonato FIA de Fórmula 3 tem o exclusivo dos direitos comerciais sobre os carros, ninguém os pode adquirir, aparte das dez equipas que têm a licença para competir no campeonato a tempo inteiro. Como este caminho traçado pela federação internacional está trancado com contratos plurianuais, não haverá forma de as equipas japonesas regressarem a curto trecho àquele que era a sua favorita arena de final de temporada.

25 Jul 2019

Automobilismo | Riscos de velocidades máximas da F3 dividem opiniões

A confirmação do uso da última geração de monolugares na Taça do Mundo FIA de Fórmula 3 do 66º Grande Prémio de Macau, a que se seguiu o anúncio que a Federação Internacional do Automóvel (FIA) se prepara para mexer em alguns pontos estratégicos do Circuito da Guia a nível da segurança, atiçou novamente a conversa sobre as velocidades que estes pequenos carros de corrida irão atingir

 

[dropcap]O[/dropcap]s novos carros têm um sistema DRS, a sigla inglesa para o sistema de redução de arrasto. Este sistema é visto na Fórmula 1 desde 2011 e existe com o propósito de facilitar ultrapassagens, através da redução do arrasto aerodinâmico durante um curto espaço de tempo e numa zona particular da pista. Pela primeira vez este ano, o regulamento do Grande Prémio de Macau de F3 abre a porta para o uso deste equipamento que tornará os carros ainda mais rápidos, em velocidade de ponta, apesar da FIA não ter ainda comunicado como e se este sistema será mesmo utilizado.

O vencedor do ano passado, Dan Ticktum, sem beneficiar do cone de aspiração, foi cronometrado a 267km/h antes da travagem para a Curva do Lisboa. Os F3 actuais atingem velocidades de cerca de 280km/h nos circuitos convencionais, tendo superado a barreira dos 300km/h em Monza. O anterior monolugar pesava cerca de 580kg, menos cento e dez quilogramas que o actual, o que, para quem entender as leis da física, dá um momento linear superior em 33,7 por cento.

O brutal acidente de Sophia Flörsch o ano passado continua bem presente em todos intervenientes. Frits van Amersfoort, o chefe da equipa por quem Flörsch conduziu em 2018, lembrou, em entrevista à revista inglesa Autosport, que “Barry Bland [ex-co-coordenador do Grande Prémio de Macau de F3] introduziu os carros de F3 em Macau em 1983. Na altura, era uma excelente ideia, mas não nos podemos esquecer que esses primeiros carros de F3 tinham restritores de ar de 24 milímetros e 190 cavalos de potência. Agora vão correr com mais de 300 cavalos. Será sensato fazê-lo?”

Trevor Carlin, co-proprietário da equipa Carlin, a equipa por quem o português António Félix da Costa venceu o Grande Prémio, partilha o mesmo desassossego, como revelou à publicação britânica. “Estou ligeiramente preocupado com as velocidades, porque a velocidade máxima irá ser imensa”, afirmou o inglês, que acrescentou que “pelo que ouvi, eles (a FIA) fizeram simulações e dizem que está tudo bem. Mas claro, eles obviamente nunca estiveram ao pé do Mandarim ou do Lisboa.”

Pilotos tranquilos

Curiosamente, ao contrário da chefe de equipa, os pilotos estão mais tranquilos. Questionado sobre a perigosidade do Circuito da Guia numa sessão de perguntas e respostas com os fãs que antecedeu a ronda britânica do Campeonato FIA de Fórmula 3, no passado fim-de-semana, Jack Hughes, piloto que terminou em quarto lugar na pretérita edição da corrida, garantiu que “pessoalmente não acho que seja mais perigoso. Macau é perigoso, ponto final. É e sempre há-de ser. Eu não penso que a FIA vá tirar esse factor.”

Para o piloto inglês, conhecedor como poucos das diferenças entre as duas gerações de carros, “as velocidades não serão assim tão mais elevadas com o novo chassis Dallara. Com o carro anterior já eram de 270km/h. Não será uma diferença enorme, apenas na primeira curva. Na montanha as velocidades atingidas não serão muito diferentes.”

O jovem piloto de Macau Leong Hon Chio, que continua a trabalhar para fazer parte do lote restrito de 30 pilotos que correrão na edição deste ano da prova e que se estreou na categoria o ano transacto, em declarações ao HM, diz que “não acredita” que haja uma escalada dos riscos e reconhece que, em princípio, “estará tudo bem”. Para o piloto da RAEM, se os “Fórmula 1 correm no Mónaco, os novos F3 devem ser bons em Macau.”

19 Jul 2019

Festival de Corridas | Nomes lusos selaram apuramento para o GP

[dropcap]O[/dropcap] Circuito Internacional de Guangdong, nos arredores da cidade continental chinesa de Zhaoqing, foi palco do segundo e decisivo Festival de Corridas de Macau, a manifestação de automobilismo anual organizada pela Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC) que apura este ano os pilotos locais para a “Taça de Carros de Turismo de Macau” e para a “Taça GT – Corrida da Grande Baía” da 66ª edição do Grande Prémio de Macau.

Pilotos de Macau, Hong Kong, Taiwan, Japão, Singapura, Coreia do Sul e China continental lutaram em pista por uma entrada directa no evento do mês de Novembro. Entre os pilotos do território, esta segunda jornada do Campeonato de Carros de Turismo de Macau (MTCC) serviu para confirmar o apuramento de vários nomes portugueses.

Com quase tudo praticamente definido quanto ao apuramento dos dezoito concorrentes, seis dos vinte e quatro inscritos não compareceram sequer à prova. Na primeira corrida do fim-de-semana, Cheong Chi On triunfou, cortando a linha de meta com meio segundo de avanço sobre o Chevrolet Cruze de Jerónimo Badaraco. Às portas do pódio e atrás de Chang Weng Tong, terminou Célio Alves Dias que assim garantiu o regresso a uma prova onde esteve ausente em 2018.

No segundo embate, Alex Fung levou o “super” Peugeot RCZ da Suncity Racing Team ao triunfo, seguido de Cheong Chi On e Cheang Kin San. Badaraco não conseguiu repetir o segundo lugar na segunda corrida, devido a um problema de embraiagem, mas passar à fase seguinte nunca esteve em questão.

Também já com o carimbo para o “GP”, obtido na primeira jornada dupla, Rui Valente teve uma jornada azarada, mas onde deixou boas indicações para o que está para vir. O “renovado” MINI do piloto português rodou mesmo nos lugares do pódio na segunda corrida, mas um fusível da bomba de gasolina, que se desligou automaticamente devido ao excesso de aquecimento da bomba, quis o contrário. Um problema desta natureza já tinha sido encontrado na corrida de sábado, o que irá obrigar a equipa a encontrar uma solução para o mesmo nos meses que antecedem a prova.

Venham mais cinco

Na classe “AAMC Challenge 1950cc ou Superior”, que hoje engloba as viaturas que davam corpo ao “Road Sport Challenge” e tinha trinta e oito candidatos para dezoito vagas, o japonês Mitsuhiro Kinoshita e Samson Fung, de Hong Kong, dividiram os triunfos nas duas corridas do programa. Contudo, o elemento de maior destaque é o maior número de sempre de nomes portugueses apurados para o Grande Prémio de Macau nesta categoria: cinco.

O sistema de pontuação e um calendário reduzido permite aos pilotos que obtiveram resultados dentro dos cinco primeiros encarar esta segunda jornada sem qualquer pressão. A Delfim Mendonça Choi, Sabino Osório Lei e de Hélder Assunção, que tinham garantido o apuramento em Maio, juntaram-se Luciano Castilho Lameiras que terminou a primeira corrida na quinta posição, optando depois por não alinhar na corrida de domingo.

Também apurado está Filipe Souza que nesta sua estreia na categoria apenas selou o passaporte com um quarto lugar na última oportunidade, embora o experiente piloto macaense possa abrir mão à vaga conquistada em Zhaoqing para regressar ao Circuito da Guia integrado na caravana do WTCR.

Entre os GT, onde Eurico de Jesus já tinha garantido o passaporte, Lei Kit Meng, Kenny Chung e Sam Lok partilharam os triunfos de uma categoria que foi novamente dividida em dois grupos.

25 Jun 2019

Grande Prémio | Orçamento aumenta 50 milhões de patacas

A Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau aposta num orçamento de 270 milhões de patacas para o evento deste ano. Ontem foi avançada a confirmação de que a prova de Fórmula 3 vai ser realizada com o novo monolugar da categoria

 

[dropcap]A[/dropcap] edição deste ano do Grande Prémio de Macau vai ter um orçamento de 270 milhões de patacas, um aumento de 50 milhões face ao ano passado. Os valores foram revelados ontem por Pun Weng Kun, coordenador da Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau (COGPM). Em 2018 o orçamento tinha sido de 220 milhões de patacas, o que significa que há um crescimento de 22,7 por cento.

“Nos últimos três anos, desde que o Grande Prémio passou para o Instituto do Desporto, o orçamento rondou os 220 milhões de patacas. Tentámos sempre manter esse orçamento [220 milhões], mas este ano prevemos um orçamento de 270 milhões de patacas”, disse Pun Weng Kun.

No ano passado o responsável já tinha antevisto uma subida dos custos não só para acompanhar a inflação, mas também para fazer melhorias no traçado e cobrir custos de manutenção dos equipamentos.

Este ano o Grande Prémio de Macau volta a receber seis provas: a corrida de Fórmula 3, Taça GT de Macau, Corrida da Guia, que conta para Taça do Mundo de Carros de Turismo (WTCR), Taça de Carros de Turismo de Macau, Corrida da Grande Baía e ainda a prova para as motos.

No que diz respeito à prova de Fórmula 3, está confirmada a presença do modelo mais recente da categoria, que tem motores com mais 140 cavalos do que os anteriores, além de uma maior dimensão.

“A FIA [Federação Internacional de Automobilismo] tem um novo modelo de carros e claro que pretende que Macau utilize o novo modelo no Circuito da Guia. Os técnicos da FIA já visitaram o circuito para fazerem uma análise sobre a viabilidade de estes carros competirem neste circuito”, revelou. “Vamos fazer os ajustamentos conforme as exigências da FIA. Não só nas curvas, mas em diferentes pontos na Guia”, acrescentou.

Patrocínio também cresce

Além do orçamento, também o valor do patrocínio principal foi aumentado. A empresa promotora do jogo Suncity subiu a parada dos 20 milhões de patacas do ano passado para 25 milhões, ou seja, houve um aumento de 25 por cento.

A cerimónia de assinatura do novo contrato de publicidade decorreu ontem no Centro de Ciência de Macau. Ainda à margem do evento, Pun Weng Kun revelou que a preparação da prova, que se realiza entre 14 e 17 de Novembro, está a decorrer dentro da normalidade. “A preparação está a decorrer até ao momento de forma ideal e estamos a cumprir a calendarização da nossa agenda”, apontou Pun. “Creio que as corridas vão permitir atrair vários pilotos conhecidos a Macau e acredito que muitos, locais e do estrangeiro, já estão entusiasmados com a possibilidade de correrem em Macau”, frisou.

23 Mai 2019

GP Macau | Pilotos locais em força nas provas de apuramento

[dropcap]Q[/dropcap]uase cem pilotos, noventa e nove para sermos mais precisos, inscreveu-se nas provas de apuramento para as corridas da “Taça Carros de Turismo de Macau” e “Taça da Grande Baía de GT” da 66ª edição do Grande Prémio de Macau. A primeira das duas jornadas do Festival de Corridas de Macau, organizadas pela Associação Geral-Automóvel de Macau-China (AAMC), está agendada para o fim-de-semana de 25 e 26 de Maio no Circuito Internacional de Guangdong.

Este ano o Campeonato de Carros de Turismo de Macau (MTCS, na sigla inglesa) será novamente dividido em duas classes: “AAMC Challenge 1.6 Turbo” e “AAMC Challenge 1950cc ou Superior”.

Os melhores dezoito classificados de cada classe no somatório dos dois fins-de-semana – num total de quatro corridas – terão apuramento directo para o grande evento do mês de Novembro.

Os que ficarem de fora do “top-18” terão que aguardar alguma desistência para terem uma vaga.

A classe “AAMC Challenge 1.6 Turbo”, que tem a particularidade de ter um regulamento técnico único no mundo e que estará a chegar ao fim, reunirá vinte e três concorrentes, dezassete deles da RAEM. Destaque para a presença do veterano português Rui Valente e de Jerónimo Badaraco e Célio Alves Dias, dois nomes incontornáveis do automobilismo macaense.

Popularidade em alta

A popular categoria “Road Sport”, hoje designada como “AAMC Challenge 1950cc ou Superior”, volta a reunir um número vasto de concorrentes. Trinta e oito inscritos provenientes de cinco países e territórios vão medir forças numa classe que acolhe um colorido leque de viaturas e dezanove pilotos locais.

Para além dos tradicionais favoritos Leong Ian Veng, Ng Kin Veng ou Wong Wan Long, o contingente local contará com vários pilotos macaenses. Destaque para a presença de Filipe Souza, que ao volante de um Audi RS3 LMS TCR, que se estreia nesta classe, juntando-se à promessa Delfim Mendonça Choi e aos regressados Jo Merszei e Luciano Castilho Lameiras, que o ano passado falharam a qualificação.

O vencedor da Taça da Corrida Chinesa do Grande Prémio em 2017, Hélder Assunção, também está de volta, mas desta vez com uma máquina nova, um Nissan GTR-34. E numa altura em que o automobilismo do território precisa de novo sangue, há que realçar a estreia de Osório Sabino com um Volkswagen Golf GTi.

Estreia auspiciosa

A novidade do Festivais de Corridas de Macau de 2019 será a introdução da “Taça da Grande Baía de GT”. Esta competição irá permitir a participação de trinta e seis concorrentes na 66ª edição do Grande Prémio de Macau. Destinada a carros da categoria GT4 e ex-Taça Lotus, em termos de adesão, a estreia não poderia ser melhor apesar dos custos base que apresentam este tipo de viaturas.

Com trinta e oito carros garantidos à partida, devido às limitações do circuito dos arredores da cidade de Zhaoqing, a organização viu-se forçada a dividir os participantes em dois grupos. Audi, Aston Martin, BMW, Ginetta, Lotus, Mercedes AMG e McLaren são as marcas representadas numa Taça que no futuro poderá ganhar relevância dentro do Grande Prémio, trazendo para o Circuito da Guia aqueles pilotos que se viram afastados com a introdução da Taça do Mundo FIA de GT há três. Eurico de Jesus, ao volante de um Lotus Exige, é o único nome português na lista de inscritos dos carros de Grande Turismo.

17 Mai 2019

Museu do Grande Prémio vai custar mais de 800 milhões de patacas

[dropcap]A[/dropcap] reestruturação do Museu do Grande Prémio de Macau vai custar cerca de 92 milhões de euros, afirmou ontem uma representante dos Serviços de Turismo (DST), acrescentando que o espaço deverá abrir antes do final do ano.

“Este número [830 milhões de patacas] diz respeito ao projecto total, mas ainda é uma estimativa”, indicou Wan Wai, em conferência de imprensa sobre o dia internacional dos museus.

O Governo avançou com a reestruturação deste espaço museológico em 2016, altura em que propôs um orçamento quase três vezes inferior.

Num edifício de quatro andares, o novo museu vai dividir-se em “diferentes zonas, conforme as corridas”. O GP de Macau inclui três corridas de carros, as taças do mundo de Fórmula 3, GT e de carros de turismo (WTCR), e o Grande Prémio de motos, além da taça de carros de turismo de Macau e a taça da Grande Baía.

“Vamos também acrescentar elementos multimédia, apresentando a história do Museu e a história da corrida”, acrescentou Wan Wai.

O Museu do Grande Prémio de Macau foi inaugurado em 1993, em comemoração do 40.º aniversário do maior evento desportivo do território.

Quanto à inauguração do novo espaço, Wai apontou: “talvez Novembro ou Dezembro, não temos ainda uma data definida porque as obras ainda estão em processo”.

Disputado no icónico traçado citadino de 6,12 quilómetros, o Grande Prémio de Macau é considerado uma das mais perigosas provas de automobilismo do mundo. Este ano realiza-se entre os dias 14 e 17 de Novembro.

Na conferência de imprensa, o director do Museu de Arte de Macau (MAM), Loi Chi Pang, anunciou que 14 museus temáticos locais vão participar na “Feira do Dia Internacional dos Museus de Macau 2019”, no dia 12 de Maio, no espaço Anim’Arte Nam Van.

O programa prevê actividades com recurso à tecnologia de realidade virtual, disse.

3 Mai 2019

Autoridades britânicas não apontam falhas ao GP Macau no acidente de Daniel Hegarty

[dropcap]O[/dropcap] inquérito realizado pelo Nottingham Council House, em Inglaterra, ao acidente fatal do motociclista Daniel Hegarty no Grande Prémio de Macau de 2017, concluiu que a morte foi acidental. O inglês de Hegarty, de 31 anos, foi a 16ª vítima do Circuito da Guia, após ter batido nas barreiras de protecção na Curva dos Pescadores durante a corrida do 51º Grande Prémio de Motos de Macau, falecendo na ambulância a caminho do Centro Hospitalar Conde São Januário.

De acordo com a imprensa britânica, o relatório da polícia forense de Nottingham, de onde Hegarty era natural, diz que o motociclista inglês travou tarde de mais na Curva dos Pescadores, durante a quinta volta da corrida, e que se “tivesse abrandado antes” e “desengatado a embraiagem mais cedo, teria com sucesso negociado a curva apertada”. A mota do piloto britânico terá travado 18 metros mais tarde que o habitual do piloto naquela curva e perdido a aderência no pneu traseiro, provocando a queda do piloto e respectivo embate com violência nas barreiras de protecção a 222 km/h.

Na audição foi dito pelos peritos que a Honda CBR 1000cc preparada pela equipa Top Gun Racing não teve qualquer problema técnico. O relatório verbaliza que a “mota estava em condições de funcionamento perfeitas em todos os aspectos” e que o resultado foi “de um erro num minuto” num circuito notoriamente perigoso “numa situação de alta velocidade sem espaço para erros.”

A conclusão do médico legista James Hargan é que se tratou de um acidente e que não houve factores de segurança no circuito que tenham sido descurados, bem pelo contrário. Este relatório terá tido a colaboração das entidades da RAEM. Hegarty, que também era dono da concessionaria RTR Motorcycles em Bingham e um mecânico reputado na sua terra, participava pela segunda vez na prova.

Mais seguro

Apesar de não ter feito grande alarido em torno da questão e das limitações da natureza do próprio circuito, a verdade é que o ano passado a Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau voltou a reforçar a segurança do circuito para as motas. Na Curva dos Pescadores, onde em 2012 o também motociclista português Carreira perdeu a vida, foi instalada uma barreira mais adequada de última geração e homologada pela Federação Internacional de Motociclismo em frente das barreiras metálicas.

Ainda na Curva dos Pescadores, mas também na Curva do Mandarim, foram colocados nos pilares da rede uns anéis em espuma para minimizar as consequências físicas para os pilotos em caso de impacto. Como os pilares são atravessados por arames, não é possível colocar essa protecção ao longo do pilar, tendo sido implementados em anéis entre os arames.

Além disso, o ano transacto foram ainda colocados mais colchões no lado direito na saída da primeira curva e a seguir à partida, pois as motas fazem essa curva em aceleração e saem muito próximo das barreiras metálicas. Foram também colocados colchões numa série de postes ao longo do circuito, uns porque não existe rede nesse ponto da pista, como na direita da descida da Curva Melco, outros porque esses postes estarão muito próximos da rede de protecção e importa minimizar o impacto consequente de uma saída. Para 2019 é provável que ainda mais medidas pensadas na segurança dos intervenientes sejam implementadas.

29 Abr 2019

WTCR | Macau deverá manter a quota de seis pilotos para a Corrida da Guia

[dropcap]O[/dropcap]s interesses dos pilotos locais deverão estar salvaguardados no que respeita à sua participação na prova da Taça do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCR) do 66º Grande Prémio de Macau. O número da representação de Macau na prova deverá manter-se inalterado este ano.

O Eurosport Events, a entidade organizadora da competição rainha de carros de Turismo sob a égide da FIA, irá continuar a disponibilizar entradas para pilotos convidados nas dez provas do campeonato que arrancou no passado fim-de-semana em Marrocos. O ano passado esta regra estipulava que apenas dois convidados do país organizador da prova do WTCR poderiam participar na mesma. Contudo, a Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC) terá colocado pressão sobre o Eurosport Events, conseguindo a entrada de seis pilotos locais na prova do Circuito da Guia.

Para evitar este regime de excepção da prova da RAEM e que não terá sido do agrado de outros promotores, a organização do WTCR redigiu uma nova regulamentação para os “wildcards”.

Fonte oficial da Taça do Mundo explicou ao HM que “o máximo de inscritos é de 32 carros (por prova) e há 26 inscritos na temporada completa. O número máximo de ‘wildcards’ será de seis, mas o número total de inscrições de ‘wildcards’ está sujeito a aprovação para todos os eventos. Além isso, nem todas as pistas podem acomodar inscritos ‘wildcards’ devido às restrições no pitlane.”

Com esta regra, se assim a AAMC entender, Macau poderá ter novamente seis pilotos na prova do WTCR em Novembro. Isto, se o currículo e valor dos pilotos da terra não suscitar dúvidas aos olhos da FIA e do Eurosport Events.

Interesse local

André Couto, Rui Valente, Filipe Souza, Lam Ka San, Billy Lo Kai Fung e Kevin Tse foram os seis representantes da RAEM na estreia do sucessor do WTCC no Circuito da Guia. Dada a distância temporal para o evento do mês de Novembro é impossível medir hoje a intensidade do interesse dos pilotos locais nesta prova. Contudo, há quem não feche a porta a repetir a experiência.

Filipe Souza, que foi o melhor piloto de Macau na primeira das três corridas do WTCR no Circuito da Guia, diz que um regresso “é uma possibilidade, mas não está confirmada”. Já o português Rui Valente, que falhou a qualificação na edição passada, já tinha dito ao HM que “gostaria de voltar a correr no WTCR, mas para tal, teria que ser com outras condições”.

Só deverá ser possível ter uma ideia mais concreta sobre o que poderá ser a “embaixada” de Macau na Corrida da Guia após as provas de apuramento dos pilotos de carros de Turismo locais que se iniciam no próximo mês, em Zhaoqing, no Interior da China.

12 Abr 2019

Grande Prémio | Alexis Tam atribui louvor à Comissão

[dropcap]O[/dropcap] secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, reconheceu publicamente a Comissão do Grande Prémio, enaltecendo o “elevado mérito desportivo e organizativo” que “o evento conseguiu mais uma vez alcançar”.

Segundo o louvor, publicado ontem em Boletim Oficial, a Comissão do Grande Prémio “merece uma justa homenagem pela permanente, constante e competente entrega em todos os trabalhos que vão da complexa construção do circuito, minuciosa organização das provas, competente e delicado socorro dos feridos ou empenho na diminuição do impacto na vida dos residentes”.

Alexis Tam realça ainda “o profissionalismo exemplares” e a “grande capacidade de adaptação que foi reconhecida e elogiada internacionalmente”.

14 Fev 2019

Taça GT | BMW confirma regresso a Macau

[dropcap]A[/dropcap] BMW Motorsport é o primeiro construtor a confirmar a presença na Taça do Mundo FIA de GT – Taça GT Macau da 66ª edição do Grande Prémio de Macau. Os campeões em título vão defender a coroa, depois do ano passado terem sido os últimos confirmar a participação na prova e com uma representação limitada a um carro só.

“A Taça do Mundo FIA de GT no Circuito da Guia é sempre uma fantástica conclusão para a nossa temporada internacional de corridas de GT”, disse ao HM Jens Marquardt, o director da BMW Motorsport. “Temos muito boas memórias deste circuito citadino. Temos vindo a celebrar sucessos aqui há várias décadas. Como em 2018, quando o Augusto Farfus e a BMW Team Schnitzer obtiveram a vitória.”

Apesar de ter confirmado a participação, a BMW Motorsport ainda não decidiu quantos M6 GT3 enviará à RAEM, com que equipas e com que pilotos. A única certeza, após a dominadora exibição do ano transacto, é mesmo a vontade de triunfar.

“Este ano pretendemos regressar e assim que aí estivermos vamos ser caçados. E essa é precisamente a posição em que queres estar no automobilismo”, afirma Marquardt.

A BMW foi uma das marcas que nos últimos anos lamentou o facto do Grande Prémio de Macau coincidir com o fim-de-semana da prova do Campeonato do Mundo FIA de Endurance (WEC) em Xangai, algo que a FIA decidiu mudar para este ano, alterando a data da prova chinesa.

Sem toque lusófono

Augusto Farfus, o único piloto lusófono a conquistar a Corrida da Guia e a Taça GT Macau, será sem dúvida uma ausência sentida no campo da marca de Munique. O piloto brasileiro, que apesar de manter ligações à BMW Motorsport, assinou um contrato para representar a Hyundai na Taça do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCR) em 2019.

Nos últimos anos, o regulamento do Grande Prémio de Macau não permite que os pilotos participem em mais de uma corrida do evento e se nada de extraordinário acontecer, a presença de Farfus no Circuito da Guia em 2019 será mesmo para defender as cores do construtor sul-coreano.

A BMW Motorsport conta nos seus quadros com outro piloto lusófono com currículo entre nós. Depois de ter vencido o Grande Prémio de Macau de Fórmula 3, António Félix da Costa afirmou que gostaria de vencer na RAEM, mas desta vez para conduzir na corrida de GT. O piloto português tem estado ao serviço da marca no Campeonato FIA de Fórmula E, de carros eléctricos, sendo por isso pouco provável que seja chamado para conduzir um BMW M6 GT3 oficiais no mês de Novembro.

Adeus Charly

A família da BMW Motorsport sofreu na pretérita semana um rude golpe com o falecimento por doença súbita do lendário Charly Lamm, aos 63 anos. O Chefe de Equipa da Schnitzer foi o arquitecto de vários triunfos internacionais da BMW nas corridas de Turismos e GT, incluindo treze vitórias na Corrida da Guia e uma na Taça GT Macau.

Sem pretensiosismo, sempre disponível para conversar com a imprensa e abraçar o carinho dos fãs, Charly Lamm tinha-se despedido do seu cargo na BMW Team Schnitzer na pretérita edição do Grande Prémio, tendo Farfus e a marca germânica lhe dedicado o triunfo na Taça do Mundo FIA de GT.

“A minha história pessoal com o Circuito Guia começou em 1980, quando vencemos Hans-Joachim Stuck num BMW 320 Group 5. Ainda era um estudante na altura”, disse o alemão no passado mês de Novembro. “Esta vitória nos GT foi um sonho tornado realidade. Macau é um local mágico. Ganhar aqui é sempre o momento alto no ano. Experienciei muitos momentos fantásticos na minha carreira e a vitória de hoje foi definitivamente um deles.”

29 Jan 2019