GT | Construtores apoiam o GP Macau

A Federação Internacional do Automóvel (FIA) abdicou da organização da Taça do Mundo de GT da FIA este ano, no entanto, a maioria dos construtores que dariam corpo a este troféu pretende estar representada no 67º Grande Prémio de Macau, se tiverem uma oportunidade para o fazer

 

[dropcap]O[/dropcap] programa do maior evento desportivo de caracter anual do território ainda não é do domínio público, no entanto, a realização da Taça GT Macau, uma corrida que foi introduzida no evento em 2008, não deverá ficar comprometida pela ausência de um título mundial a atribuir, visto ao interesse na corrida de várias equipas do continente asiático e não só. Por outro lado, esta era uma corrida que já tinha corrida quatro construtores confirmados – Audi, BMW, Mercedes AMG e Porsche – que, na sua maioria, mantêm-se interessados.

O evento do Circuito da Guia deixou de ser apenas um marco importante para as corridas de monologares e de carros de Turismo, como era até há uma década, mas também já se tornou numa paragem obrigatória para os grandes intervenientes das corridas de Grande Turismo, como a Audi. A marca de Ingolstadt venceu esta corrida por quatro ocasiões, com Edoardo Mortara a triunfar três vezes consecutivas na Taça GT Macau, de 2011 a 2013, e Laurens Vanthoor vencer na atribulada segunda edição da Taça do Mundo, em 2016.

Ao HM, Chris Reinke, o responsável máximo pela Audi Sport customer racing, deixou claro que a visita anual a Macau faz parte dos planos da marca através das equipas que defendem as cores da marca dos anéis que estão baseadas no continente asiático: “Para a Audi Sport customer racing, a Taça do Mundo em Macau é parte integral do nosso programa e única para nós, como evento. Gostaríamos de ter ‘começado’ em 2020, mas a tradicional Taça do Mundo de GT não terá lugar este ano devido à crise do novo coronavírus. Se houver uma corrida no circuito citadino da Guia e os clientes da Audi Sport quiserem participar, nós iremos apoiar como é hábito, como parte do apoio da Audi Sport customer racing Asia”, asseverou Reinke.

Em sintonia

Tal como a Audi, a Porsche tem vindo a construir uma forte clientela na região e não foi por acaso que em 2017 abriu um quartel general só para a competição automóvel em Xangai. Como tal, a marca de Weissach espera estar representada numa corrida que venceu uma única vez, logo na prova de de estreia em 2008.

“O Grande Prémio de Macau é uma corrida icónica na região e a Porsche Motorsport Asia Pacific tem tido enorme prazer em apoiar os seus clientes na disputa deste evento emblemático nos últimos anos. Olhando em frente, o nosso compromisso em apoiar os nossos clientes continua inalterado”, esclareceu Alex Gibot, o responsável máximo pela Porsche Motorsport Asia Pacific, ao HM.

Na edição passada da prova, num esforço de quatro Porsche 911 GT3-R e que se saldou em dois pódios, a Porsche Motorsport Asia Pacific esteve ao lado da alemã ROWE Racing e da chinesa Absolute Racing. A equipa que tem bases em Xangai e Zhuhai tem vindo a representar a Porsche no campeonato GT World Challenge Asia e pontualmente no Intercontinental GT Challenge, sendo uma potencial candidata a defender as cores da marca em Novembro.

BMW do contra

Durante décadas o Circuito da Guia foi um poço de alegrias para a BMW, aliás o Grande Prémio de Macau ajudou a construir o nome da marca da Baviera nesta parte do globo. Com algumas excepções, como as participações de Augusto Farfus, vencedor da Taça do Mundo de GT em 2018, infelizmente, nas duas últimas décadas a BMW tem se afastado da prova, como também tem perdido protagonismo para as suas rivais na região. Portanto, não é de estranhar que seja a única marca a admitir publicamente que retirou o Grande Prémio do seu calendário desportivo.

“Como a Taça do Mundo foi cancelada pela FIA, não haverá participação da BMW Motorsport”, explicou um porta-voz da BMW Motorsport, acrescentando que “as nossas equipas clientes são independentes e, como tal, podem decidir em que competições querem tomar parte”.

O HM tentou obter uma reacção da Mercedes-AMG, mas à data desta publicação, o construtor de Estugarda não respondeu à nossa solicitação. Contudo, o HM sabe que duas das equipas que utilizam os carros da marca da estrelinha terão mostrado interesse em regressar à RAEM este ano.

O programa e o formato das corridas do Grande Prémio de 2020 ainda não são do conhecimento público, mas o Coordenador da Comissão Organizadora, Pun Weng Kun, em declarações à imprensa na passada quinta-feira, pediu à população de Macau para continuar a apoiar o evento e afirmou que a organização tem várias opções à mão para a prova que está agendada de 19 a 22 de Novembro.

23 Jun 2020

F3 | FIA conseguiu acomodar GP no calendário

A Federação Internacional do Automóvel (FIA) e a organização do Campeonato FIA de Fórmula 3 terão já conseguido acomodar a Taça do Mundo de F3 num calendário de recurso, após a pandemia da COVID-19 ter descontinuado todas as actividades desportivas a nível mundial

 

[dropcap]N[/dropcap]o passado mês de Março, o Conselho Mundial da FIA aprovou a inclusão da Taça do Mundo de F3 da FIA, pela quinta vez consecutiva, no programa do Grande Prémio de Macau. Isto quer dizer, que a corrida principal do Grande Prémio irá manter os mesmos moldes da edição do ano passado, em que todo o pelotão será proveniente do Campeonato FIA de Fórmula 3, utilizando os novos chassis construídos pela Dallara, equipados com motores V6 produzidos pela Mechachrome em França e pneus específicos da Pirelli.

Com a excepção da primeira prova, que estava calendarizada para o Bahrein, as outras sete provas que estavam no calendário inicial do Campeonato FIA de Fórmula 3 deveriam ser disputadas em fins-de-semana do Campeonato do Mundo de Fórmula 1 até Setembro, com o Grande Prémio a ser disputado como prova “extra-campeonato” a encerrar a temporada. Esta situação permitia que os carros e material das equipas voltassem para a Europa após a prova de Sochi (Rússia) e realizar um teste na Europa antes da jornada de Macau.

Este cenário não será possível este ano, pois o calendário original da categoria rainha do automobilismo foi praticamente riscado de cima a baixo e existiam sérias dúvidas como encaixar o Grande Prémio do território com as oito provas do campeonato, sabendo da necessidade que há em estender provas pontuáveis para o campeonato até ao mês de Dezembro.

Segundo o que o HM conseguiu apurar, as dez equipas do campeonato e que têm a obrigatoriedade contratual de também correr em Macau – Prema Racing, Hitech Grand Prix, ART Grand Prix, Trident, HWA Racelab, MP Motorsport, Jenzer Motorsport, Charouz Racing System, Carlin Buzz Racing e Campos Racing – terão já sido notificadas sobre qual o plano de provas provisório a seguir. A data do Grande Prémio de Macau – 19 a 22 de Novembro – não sofrerá qualquer alteração, mas a prova do Circuito da Guia não será a última da época para as equipas de Fórmula 3.

A competição que espera arrancar em conjunto com a Fórmula 1, no início de Julho na Áustria, com dois eventos à porta fechada, poderá prolongar-se até meados ao último mês do ano, o que quer dizer que Macau não será o evento fim de época, tendo as equipas e pilotos que disputar a Taça do Mundo antes da decisão do campeonato, uma situação totalmente nova para todos os intervenientes.

A Campeonato FIA de Fórmula 3 remete qualquer questão relacionada com o Grande Prémio para a FIA, enquanto que a federação não comenta por agora o calendário que está a tentar construir junto da Formula One Management e que ainda não foi dado a conhecer ao público no geral.

Precauções redobradas

O recomeço da Fórmula 3 terá cuidados sanitários redobrados. O número de pessoas presentes no paddock será reduzido ao mínimo nos eventos em conjunto com a Fórmula 1. Para além dos jornalistas e pessoal do catering ficarem à porta, as equipas estarão limitadas no número de membros presentes por evento. Serão implementadas regras e protocolos para promover o distanciamento, como um menor número de elementos presente nas grelhas de partida, menos pessoas na cerimónia do pódio ou um maior espaçamento entre equipas no paddock. O uso de máscara será obrigatório, haverá medição da temperatura corporal à entrada e todos aqueles autorizados a entrar nos circuitos terão de testar negativo à COVID-19 e poderá ser obrigatório a apresentação de um teste sorológico.

11 Mai 2020

WTCR | Equacionado calendário sem GP Macau

O Europort Events e a Federação Internacional do Automóvel (FIA) deverão apresentar muito em breve um novo calendário de seis eventos para a Taça do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCR). Segundo diversas fontes, este calendário deixará o Grande Prémio de Macau de fora e incluirá apenas provas na Europa

 

[dropcap]A[/dropcap]ntes da pandemia da COVID-19, a WTCR já estava debilitada, com a retirada do apoio de fábrica às equipas do campeonato por parte da Audi, SEAT e Volkswagen, o que despoletou a saída de várias equipas, como a KCMG, WRT, PWR Racing ou a Sébastien Loeb Racing. A crise sanitária apenas agravou mais a situação. Os sucessivos cancelamentos das provas de Hungaroring, Nurburgring e de Vila Real obrigaram a organização a tomar medidas drásticas.

“Um calendário revisto da WTCR está pronto e foi entregue à FIA para aprovação”, clarificou François Ribeiro há duas semanas. O Eurosport Events e a FIA estavam a trabalhar numa época compacta, com início no final de Agosto e final no mês de Novembro. Sabendo que só por uma ocasião na sua história o promotor da WTCR, e antes do WTCC, fretou transporte aéreo, as probabilidades da competição ser realizada em dois continentes em tão curto espaço de tempo são de facto pequenas.

De acordo com o portal motorsport.it, a organização da Taça do Mundo teme que não seja possível realizar a segunda parte do campeonato na Ásia, devido às restrições das deslocações entre países, para além da dificuldade que existe hoje em realizar planos para o último trimestre do ano. A ideia do promotor do campeonato será permanecer no “velho continente”, onde as viagens serão na teoria menos problemáticas e menos onerosas, até porque todas as equipas têm a sua base operacional na Europa.

Gyárfás Oláh, o presidente da Federação Húngara de Automobilismo (MNASZ na sigla inglesa), disse à publicação Daily News Hungary que o seu país, que tinha a sua prova marcada para Abril e foi obviamente cancelada, que a prova magiar está novamente bem posicionada para receber a caravana da WTCR. “O promotor está a pensar num calendário completamente novo que irá saltar todas as provas asiáticas e terá apenas as europeias, incluindo o Hungaroring”, revelou Gyárfás Oláh.

O Eurosport Events só irá prestar declarações sobre o calendário assim que este for publicado. Para além de Macau, em 2020 a WTCR tinha provas calendarizadas no continente asiático para os circuitos Ningbo (China), Inje (Coreia do Sul) e Sepang (Malásia).

Tiago Monteiro às escuras

Numa entrevista ao portal da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting (FPAK), Tiago Monteiro, que renovou com a Honda para disputar esta terceira temporada da WTCR, disse que “sinceramente não sei em que moldes (o campeonato) irá regressar”. Contudo, o piloto luso que venceu a Corrida da Guia em 2016, não está muito optimista quanto ao campeonato, pois devido à crise sanitária, “não se vai perder tudo, mas uma grande parte vai ficar pelo caminho.”

Monteiro, que guiará um dos quatro Honda Civic TCR já inscritos no campeonato pela Münnich Motorsport, parece naturalmente preocupado com o futuro do automobilismo no geral. “Não é apenas a questão de adiar ou cancelar provas, é toda uma componente económica que está neste momento a ser arrasada. Vai ser difícil recuperar e certamente muitas equipas, empresas e projectos desportivos vão ficar pelo caminho”, referiu o portuense.

Impacto modesto

Mesmo que se confirme a ausência da WTCR do programa do 67º Grande Prémio de Macau, que está agendado para 19 a 22 de Novembro, isto não significa um sério revés para o evento. Ninguém acredita que a Corrida da Guia, cuja primeira edição foi disputada em 1972, possa desaparecer, até porque esta não precisar de estar dependente de um qualquer campeonato para se realizar.

Quando o WTCC esteve afastado da RAEM durante dois anos, em 2015 e 2016, a Corrida da Guia realizou-se, utilizando uma regulamentação técnica que permitiu que fosse disputada com estas mesmas viaturas TCR, que hoje compõem a Taça Mundial. Repetir esse percurso certamente não será difícil, até porque existirão no continente asiático mais de uma centena de carros da categoria TCR, provenientes dos diversos campeonatos nacionais da especialidade, que poderão participar na prova que ainda hoje, quase cinquenta anos depois, é a mais prestigiada de carros de Turismo da região.

Antes de fazer parte do calendário do WTCC, de 2005 a 2015 e depois em 2017, a Corrida da Guia contou em 1994 para o Campeonato Ásia-Pacifico de Carros de Turismo e de 2000 a 2003 fez parte do calendário do defunto Campeonato da Ásia de Carros de Turismo. As outras edições foram sempre “extra-campeonato” e não consta que alguma vez tivesse existido falta de interesse. Devido à expressão que a prova tem no mercado asiático, é altamente provável que as principais marcas interessadas nesta disciplina se deslocarão ao Circuito da Guia de qualquer forma.

4 Mai 2020

GP Macau | Rob Huff aponta para mais uma vitória

Rob Huff é, a par com Michael Rutter, o piloto que mais vitórias celebrou no Circuito da Guia. O piloto britânico contabiliza nove títulos, todos alcançados em provas do Grande Prémio de Macau pontuáveis para o Campeonato do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCC). No final da época passada, Huff viu-se surpreendentemente sem lugar na Taça do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCR) de 2020, mas apesar disso, o campeão do mundo de carros de Turismo de 2012 rapidamente deixou claro que gostaria de regressar à RAEM em Novembro

 

[dropcap]N[/dropcap]as duas últimas temporadas, Huff conduziu um dos Volkswagen Golf GTi da Sébastien Loeb Racing (SLR) na WTCR, mas no final do ano transacto, a Volkswagen Motorsport resolveu repentinamente parar com todos os apoios às actividades desportivas com veículos a combustão. Curiosamente, Huff e a SLR iriam estrear esta temporada um novo Golf GTi. Esta decisão da marca alemã ditou a retirada da WTCR por parte da equipa da estrela dos ralis Sébastien Loeb, o que deixou Huff sem um volante no mundial para este ano.

Com quinze anos de experiência a competir ao mais alto nível nas corridas de carros de Turismo, Huff rapidamente encontrou um lugar para estar activo esta temporada, assinando pela equipa Lestrup Racing Team, para conduzir um Golf GTi no campeonato escandinavo da especialidade. A esta competição, Huff juntará este ano participações esporádicas em corridas de clássicos e também na China. O regresso a Macau em Novembro nunca foi posto em causa e o piloto, que nasceu no dia de Natal, está disposto a voltar, se conseguir reunir as condições necessárias para uma participação condigna. Isto é, um binómio equipa-carro capaz de vencer, mesmo sem contar com o apoio oficial de uma marca.

“Se fizermos Macau, certamente só estarei interessado em participar com uma equipa e um carro que possa vencer a corrida”, clarificou Huff ao HM. “Mas há algumas equipas privadas muito profissionais por aí e com a SLR éramos efectivamente isso, contra algumas equipas com mais apoio de fábrica por trás.”

Mesmo quando a Corrida da Guia deixou de estar na rota do WTCC, Huff quis sempre participar no maior evento desportivo do território, tendo corrido em 2016 e só não repetiu a presença em 2017, porque os regulamentos da altura não o permitiram. Esta é uma das pistas favoritas do inglês e uma daquelas que mais alegrias lhe deu ao longo da sua carreira.

“Ao longo dos anos, venci com uma variedade de carros em Macau. Tem sido um ‘terreno de caça’ de muitos sucessos para mim, e quando estou lá carrego uma grande quantidade de confiança e claro que isso ajuda quando procuras velocidade e vais para a vitória”, afirma Huff que para além da Volkswagen, defendeu as cores oficiais da Chevrolet, Lada e Honda.

Mais Oriente

A presença de Huff no continente asiático tem sido bastante regular ao longo da última década, principalmente como “Driver Coach” de pilotos menos experientes. Recentemente Huff colocou um pé no lado empresarial do automobilismo e, em parceria com o empresário-piloto de Hong Kong Alex Hui, fundou a Teamwork Huff Motorsport. Depois de uma passagem pelo campeonato TCR UK, a recém equipa do inglês sediado no Dubai vai colocar as suas atenções principalmente no continente asiático.

“Estamos certamente a planear para que a Teamwork Huff Motorsport corra muito mais na Ásia este ano. Especialmente, dado que provavelmente não será muito fácil competir na Ásia e na Europa ao mesmo tempo nas circunstâncias actuais”, explica Huff que considera que “o mercado asiático, em termos de carros de turismo tem crescido muito rapidamente, com programas fortes no TCR China e Ásia”.

Devido à crise sanitária em curso, a equipa que tem as suas oficinas em Zhaoqing e que participou este ano numa ronda do TCR Malásia com um Audi, ainda não revelou exactamente o seu programa desportivo, mas o seu proprietário admite que “esperamos ser parte deste crescimento e desenvolvimento da região”.

China em crescimento

O piloto de 40 anos tem sido uma presença habitual nos últimos anos em provas soltas na categoria principal do Campeonato Chinês de Carros de Turismo (CTCC), juntando-se ao piloto de Macau Rodolfo Ávila aos comandos dos Volkswagen Lamando oficiais. Huff reconhece que “o CTCC cresceu nos últimos anos. A introdução de ‘wild cards’ internacionais ajudou a construir a imagem do campeonato e ajudou também as equipas a se concentrarem mais em encontrar os melhores talentos nacionais”.

A chegada de outros pilotos internacionais de topo à mais popular competição chinesa de automobilismo, como Alex Fontana, Colin Turkington ou Pepe Oriola, segundo Huff “significa que há agora também (no campeonato) muitos pilotos competitivos da China, Hong Kong e Macau, o que garante que há lutas aguerridas, mas também um grande espectáculo, e com programas desportivos totalmente de fábrica, o que é algo raro em campeonatos nacionais.”

28 Abr 2020

Motociclismo | Michael Rutter vai voltar ao GP com nova moto

[dropcap]N[/dropcap]uma semana terrível para todos os desportos a nível mundial, com cancelamentos e adiamentos em catadupa em todas as modalidades, a indústria e os seus agentes tentam manter uma certa normalidade e vão-se preparando para quando a vida retomar ao normal.
Michael Rutter deu na passada sexta-feira uma entrevista ao Shropshire Star, onde confirmou que nos seus planos para a nova temporada está um regresso ao Grande Prémio de Macau este ano, onde com certeza tentará vencer pela décima vez no Circuito da Guia. Mais, aos 48 anos, o filho do ex-piloto Tony Rutter não tem planos para abrandar e espera também estar à partida de outros grandes eventos como a Ilha de Man TT ou a Classic TT.
“O ano passado fiz tudo o que tinha planeado fazer e, possivelmente, ainda mais”, disse o britânico, recordista de vitórias do Grande Prémio de Macau de Motos, à publicação da região de West Midlands. “Até venci o Grande Prémio de Macau e, embora tenha sido provavelmente uma sorte (a corrida teve apenas uma volta competitiva ao circuito). Na minha idade, fiquei muito satisfeito como tudo correu e ficarei bastante agradado se conseguir repetir alguns sucessos outra vez este ano”
Conhecido no meio como “The Blade”, Rutter continuará focado no seu novo projecto pessoal, a Bathams Racing. A equipa recebeu por parte da BMW Motorrad o estatuto de “equipa de fábrica”, tendo contratado à Suzuki os serviços de Richard Cooper. A Bathams Racing assim irá preparar duas novas Superbikes e duas Superstock, colocando-as a correr nas principais corridas de estrada e também no Campeonato Britânico de Superbikes.

Adeus à Super Honda

Depois de conquistar a 53ª edição do Grande Prémio de Macau de Motos, Rutter vai encostar a preciosa Honda RCV213V-S, uma moto proveniente do MotoGP e que estava avaliada em dois milhões e meio de patacas. O estatuto de equipa oficial da BMW da Bathams Racing e a maior competitividade da mais recente geração de motos da marca de Munique são razões mais que suficientes para Rutter deixar a Honda de lado.
“A Honda atingiu alguma idade, como acontece com todas as motos, porque estas novas motos são ainda melhores”, explicou Rutter. “Nós somos uma equipa oficial da BMW este ano e apesar de eu tecnicamente poder tripular qualquer moto que goste, acho que fica melhor que a equipa esteja toda com motos iguais.”
Esta parceria com a BMW permite à equipa de Rutter receber a ajuda em termos de electrónica e se algum “update” for lançado, a Bathams Racing irá ser a primeira a receber o material. Recorde-se que o ano passado, em Macau, a BMW S1000 RR inscrita pela MGM by Bathams Racing, tripulada por Peter Hickman, o pole-position e segundo classificado, já exibiu algumas das novidades técnicas a aplicar na competitiva máquina germânica em 2020.

16 Mar 2020

Motociclismo | Michael Rutter vai voltar ao GP com nova moto

[dropcap]N[/dropcap]uma semana terrível para todos os desportos a nível mundial, com cancelamentos e adiamentos em catadupa em todas as modalidades, a indústria e os seus agentes tentam manter uma certa normalidade e vão-se preparando para quando a vida retomar ao normal.

Michael Rutter deu na passada sexta-feira uma entrevista ao Shropshire Star, onde confirmou que nos seus planos para a nova temporada está um regresso ao Grande Prémio de Macau este ano, onde com certeza tentará vencer pela décima vez no Circuito da Guia. Mais, aos 48 anos, o filho do ex-piloto Tony Rutter não tem planos para abrandar e espera também estar à partida de outros grandes eventos como a Ilha de Man TT ou a Classic TT.

“O ano passado fiz tudo o que tinha planeado fazer e, possivelmente, ainda mais”, disse o britânico, recordista de vitórias do Grande Prémio de Macau de Motos, à publicação da região de West Midlands. “Até venci o Grande Prémio de Macau e, embora tenha sido provavelmente uma sorte (a corrida teve apenas uma volta competitiva ao circuito). Na minha idade, fiquei muito satisfeito como tudo correu e ficarei bastante agradado se conseguir repetir alguns sucessos outra vez este ano”

Conhecido no meio como “The Blade”, Rutter continuará focado no seu novo projecto pessoal, a Bathams Racing. A equipa recebeu por parte da BMW Motorrad o estatuto de “equipa de fábrica”, tendo contratado à Suzuki os serviços de Richard Cooper. A Bathams Racing assim irá preparar duas novas Superbikes e duas Superstock, colocando-as a correr nas principais corridas de estrada e também no Campeonato Britânico de Superbikes.

Adeus à Super Honda

Depois de conquistar a 53ª edição do Grande Prémio de Macau de Motos, Rutter vai encostar a preciosa Honda RCV213V-S, uma moto proveniente do MotoGP e que estava avaliada em dois milhões e meio de patacas. O estatuto de equipa oficial da BMW da Bathams Racing e a maior competitividade da mais recente geração de motos da marca de Munique são razões mais que suficientes para Rutter deixar a Honda de lado.

“A Honda atingiu alguma idade, como acontece com todas as motos, porque estas novas motos são ainda melhores”, explicou Rutter. “Nós somos uma equipa oficial da BMW este ano e apesar de eu tecnicamente poder tripular qualquer moto que goste, acho que fica melhor que a equipa esteja toda com motos iguais.”

Esta parceria com a BMW permite à equipa de Rutter receber a ajuda em termos de electrónica e se algum “update” for lançado, a Bathams Racing irá ser a primeira a receber o material. Recorde-se que o ano passado, em Macau, a BMW S1000 RR inscrita pela MGM by Bathams Racing, tripulada por Peter Hickman, o pole-position e segundo classificado, já exibiu algumas das novidades técnicas a aplicar na competitiva máquina germânica em 2020.

16 Mar 2020

F1 | Regresso à China no mesmo fim-de-semana do GP Macau

[dropcap]O[/dropcap] custo do cancelamento do Grande Prémio da China de Fórmula 1 para os cofres do campeonato rondará os 500 milhões de patacas. Por isso é que a Federação Internacional do Automóvel (FIA), juntamente com a Liberty Media, a empresa que gere os destinos da competição automóvel, decidiram aceitar o pedido de adiamento da prova, devido ao surto do coronavírus, que estava agendada para o fim-de-semana de 18 e 19 de Abril, depois de uma solicitação oficial do promotor do evento, o Juss Sports Group, em vez do seu cancelamento. Junto com as equipas, a Liberty Media procura agora uma data alternativa, num calendário apertado, para acomodar ainda este ano a prova de Xangai. Existe uma data proposta, é em Novembro e coincide precisamente com o Grande Prémio de Macau.
Devido aos condicionamentos do calendário de provas mais longo da história da Fórmula 1, o único fim-de-semana livre é o de 21 e 22 de Novembro, entre o Grande Prémio do Brasil e o Grande Prémio do Abu Dhabi.
A ideia inicial apresentada às equipas seria de um fim-de-semana de apenas dois dias. Por contrato, o circuito de Yas Marina, em Abu Dhabi, tem que receber a última corrida do ano, logo seria impossível realizar a prova chinesa numa data posterior. Mas a realização de três provas em locais tão longínquos do mundo não é por si só fácil ou sequer consensual.
“É um verdadeiro desafio logístico olímpico, uma vez que todo o circo terá de viajar do Brasil para a China e, posteriormente, para Abu Dhabi, isto no espaço de três semanas”, explicou ao HM o jornalista Jorge Girão que faz a cobertura da Fórmula 1 para o jornal português especializado em automobilismo AutoSport. “Ainda assim, é exequível e a FOM está interessada em tornar o evento chinês num de apenas dois dias, ao invés dos três habituais, para facilitar ao máximo.”
Um novo agendamento da prova requer o consentimento de todas as dez equipas, algo que raramente é possível. “Aqui surgem os problemas, uma vez que cada uma das equipas se move pelos seus próprios interesses e basta uma que não esteja interessada para que todo o plano impluda e quanto mais tempo demorar a uma votação, pior”, clarifica Jorge Girão.
Este é um evento muito importante para os construtores, mas também o é para diversos patrocinadores envolvidos na disciplina rainha do desporto motorizado. Por outro lado, a China tem sido um dos países em que as audiências mais cresceram, isto numa altura em que o campeonato tem perdido audiências televisivas, muito por culpa da aposta no “pay-per-view”.
“O final da temporada é sempre bastante atarefado, especialmente para o pessoal das equipas”, disse Chris Horner, o director desportivo da Red Bull, aos jornalistas na passada semana em Barcelona. Questionado se votaria a favor, o dirigente da poderosa estrutura apoiada pela Honda foi mais pragmático: “Tudo vai depender da situação no campeonato. Se tiveres numa boa posição no campeonato, claro que não vais querer mais uma corrida, mas se estás atrás, claro que vais votar a favor.”
Outros, como Franz Tost, o director desportivo da AlphaTauri (ex-Toro Rosso), são ainda mais cépticos, “em primeiro lugar, eles têm que resolver (o problema), o que eu duvido que aconteça dentro do prazo que precisam, para que seja seguro lá ir, sem termos problemas”.

Macau conta pouco

O Grande Prémio da China de Fórmula 1 realiza-se desde 2004, mas esta é a primeira vez que há uma potencial coincidência de datas com o Grande Prémio de Macau, um evento que decorre sem interrupções desde 1954. Contudo, a acontecer, esta não seria a primeira vez que haveria um campeonato mundial de automobilismo na China no mesmo fim-de-semana do Grande Prémio. Em 2018, as 6 Horas de Xangai, do Campeonato do Mundo FIA de Endurance (WEC), coincidiu com o Grande Prémio, algo que não se repetiu devido às exigências dos construtores automóveis presentes oficialmente na Taça do Mundo FIA de GT do Grande Prémio.
Contudo, desta vez a situação é diferente e o principal interessado vai certamente apenas olhar para o seu umbigo. “Antes de mais, a não realização de um Grande Prémio representa sempre uma penalização financeira e a China é dos países que mais paga para ter a sua corrida, logo, existe todo o interesse da parte da FOM para que a prova se realize e único constrangimento para o qual olharão será o calendário do Campeonato do Mundo de Fórmula 1”, acredita Jorge Girão. “Apesar da importância do Grande Prémio do Macau, uma das provas mais importantes da Ásia e de impacto mundial, este dificilmente será levado em consideração e, caso as equipas aprovem, o Grande Prémio da China será mesmo realizado no mesmo fim-de-semana do evento do Circuito da Guia.”
O impacto maior, se esta decisão for para a frente, será na cobertura mediática do evento da RAEM, até porque os horários das transmissões televisivas poderão coincidir.

27 Fev 2020

F1 | Regresso à China no mesmo fim-de-semana do GP Macau

[dropcap]O[/dropcap] custo do cancelamento do Grande Prémio da China de Fórmula 1 para os cofres do campeonato rondará os 500 milhões de patacas. Por isso é que a Federação Internacional do Automóvel (FIA), juntamente com a Liberty Media, a empresa que gere os destinos da competição automóvel, decidiram aceitar o pedido de adiamento da prova, devido ao surto do coronavírus, que estava agendada para o fim-de-semana de 18 e 19 de Abril, depois de uma solicitação oficial do promotor do evento, o Juss Sports Group, em vez do seu cancelamento. Junto com as equipas, a Liberty Media procura agora uma data alternativa, num calendário apertado, para acomodar ainda este ano a prova de Xangai. Existe uma data proposta, é em Novembro e coincide precisamente com o Grande Prémio de Macau.

Devido aos condicionamentos do calendário de provas mais longo da história da Fórmula 1, o único fim-de-semana livre é o de 21 e 22 de Novembro, entre o Grande Prémio do Brasil e o Grande Prémio do Abu Dhabi.

A ideia inicial apresentada às equipas seria de um fim-de-semana de apenas dois dias. Por contrato, o circuito de Yas Marina, em Abu Dhabi, tem que receber a última corrida do ano, logo seria impossível realizar a prova chinesa numa data posterior. Mas a realização de três provas em locais tão longínquos do mundo não é por si só fácil ou sequer consensual.

“É um verdadeiro desafio logístico olímpico, uma vez que todo o circo terá de viajar do Brasil para a China e, posteriormente, para Abu Dhabi, isto no espaço de três semanas”, explicou ao HM o jornalista Jorge Girão que faz a cobertura da Fórmula 1 para o jornal português especializado em automobilismo AutoSport. “Ainda assim, é exequível e a FOM está interessada em tornar o evento chinês num de apenas dois dias, ao invés dos três habituais, para facilitar ao máximo.”

Um novo agendamento da prova requer o consentimento de todas as dez equipas, algo que raramente é possível. “Aqui surgem os problemas, uma vez que cada uma das equipas se move pelos seus próprios interesses e basta uma que não esteja interessada para que todo o plano impluda e quanto mais tempo demorar a uma votação, pior”, clarifica Jorge Girão.

Este é um evento muito importante para os construtores, mas também o é para diversos patrocinadores envolvidos na disciplina rainha do desporto motorizado. Por outro lado, a China tem sido um dos países em que as audiências mais cresceram, isto numa altura em que o campeonato tem perdido audiências televisivas, muito por culpa da aposta no “pay-per-view”.

“O final da temporada é sempre bastante atarefado, especialmente para o pessoal das equipas”, disse Chris Horner, o director desportivo da Red Bull, aos jornalistas na passada semana em Barcelona. Questionado se votaria a favor, o dirigente da poderosa estrutura apoiada pela Honda foi mais pragmático: “Tudo vai depender da situação no campeonato. Se tiveres numa boa posição no campeonato, claro que não vais querer mais uma corrida, mas se estás atrás, claro que vais votar a favor.”

Outros, como Franz Tost, o director desportivo da AlphaTauri (ex-Toro Rosso), são ainda mais cépticos, “em primeiro lugar, eles têm que resolver (o problema), o que eu duvido que aconteça dentro do prazo que precisam, para que seja seguro lá ir, sem termos problemas”.

Macau conta pouco

O Grande Prémio da China de Fórmula 1 realiza-se desde 2004, mas esta é a primeira vez que há uma potencial coincidência de datas com o Grande Prémio de Macau, um evento que decorre sem interrupções desde 1954. Contudo, a acontecer, esta não seria a primeira vez que haveria um campeonato mundial de automobilismo na China no mesmo fim-de-semana do Grande Prémio. Em 2018, as 6 Horas de Xangai, do Campeonato do Mundo FIA de Endurance (WEC), coincidiu com o Grande Prémio, algo que não se repetiu devido às exigências dos construtores automóveis presentes oficialmente na Taça do Mundo FIA de GT do Grande Prémio.

Contudo, desta vez a situação é diferente e o principal interessado vai certamente apenas olhar para o seu umbigo. “Antes de mais, a não realização de um Grande Prémio representa sempre uma penalização financeira e a China é dos países que mais paga para ter a sua corrida, logo, existe todo o interesse da parte da FOM para que a prova se realize e único constrangimento para o qual olharão será o calendário do Campeonato do Mundo de Fórmula 1”, acredita Jorge Girão. “Apesar da importância do Grande Prémio do Macau, uma das provas mais importantes da Ásia e de impacto mundial, este dificilmente será levado em consideração e, caso as equipas aprovem, o Grande Prémio da China será mesmo realizado no mesmo fim-de-semana do evento do Circuito da Guia.”

O impacto maior, se esta decisão for para a frente, será na cobertura mediática do evento da RAEM, até porque os horários das transmissões televisivas poderão coincidir.

27 Fev 2020

Grande Prémio | Co-organizador quer continuidade do mundial de GT em Macau

O SRO Motorsports Group, a entidade responsável pela co-organização da Taça do Mundo FIA de GT, quer que o troféu volte mais uma vez a ser disputado no programa do Grande Prémio de Macau em Novembro. Durante as 12 Horas de Bathurst do fim-de-semana passado, Stéphane Ratel, o presidente da organização sediada em Londres, desmentiu os rumores que este troféu poderia ser este ano ser transferido para França

 
[dropcap]O[/dropcap] rumor sobre uma eventual troca de localização da taça mundial de carros Grande Turismo surgiu após a ter vindo a público a possibilidade de ser realizada uma corrida para pilotos profissionais com viaturas FIA GT3 durante a segunda edição do “FIA Motorsport Games” que este ano decorre em Outubro, no circuito francês de Paul Ricard. Estes “Jogos Olímpicos” de automobilismo também são organizados pelo SRO Motorsports Group.
O empresário francês confirmou que não tem ainda um acordo assinado com a Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau para a realização da Taça do Mundo FIA de GT, mas minimizou o facto, pois desde 2015 só mais tarde no ano é que ambas as partes selam esta parceria.
“Em todos os anos nunca tivemos um acordo para Macau antes do primeiro de Julho”, disse Ratel, citado pelo portal norte-americano Sportscar365. “Estamos a aguardar e trabalhamos com todos os construtores para saber quantos carros pretendem ter. Depois, mandamos para Macau um relatório a dizer ‘À data de hoje, isto é o que está confirmado. Isto é o que é possível.’ Depois Macau decide o que fazer. O processo é o mesmo todos os anos, mas é verdade que não tem sido fácil ter uma [grande] gelha de partida.”
Audi, BMW, Mercedes-AMG e Porsche já se comprometeram a regressar ao Circuito da Guia este ano, o que garante à partida mais de uma dúzia de concorrentes.

Participações não preocupam

Depois da presença de apenas 15 carros em 2018, a Taça do Mundo FIA de GT contou com 17 participantes o ano transacto. Em entrevista ao HM, na semana que antecedeu o 66º Grande Prémio de Macau, Chong Coc Veng, o presidente da Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC), afirmou que se a Taça do Mundo FIA de GT reunir mais de 15 equipas profissionais, então não será por aí que será posta em causa a sua continuidade.
“Consideramos que se tivermos mais de 15 equipas profissionais que o número é consideravelmente aceitável. Estamos a falar de equipas profissionais, de topo, que têm outras alternativas e lugares onde podem correr. Por isso, no nosso entender este número muito próximo dos 20 carros é satisfatório”, disse Veng ao HM.
Em 2019, a prova de sprint para viaturas FIA GT3 e destinada a pilotos profissionais contou com a presença oficial de quatro construtores: Audi, BMW, Mercedes AMG e Porsche. A Bentley teve muito próxima de ser a quinta marca a participar na prova, mas tal cenário não se concretizou no último momento. Raffaele Marciello venceu a corrida, oferecendo este prestigiado troféu à Mercedes-AMG.
Mesmo num cenário em que a Taça do Mundo FIA de GT não se realize na RAEM, a vinda dos potentes carros da classe FIA GT3 ao território não deverá ser posta em causa, visto que o troféu da federação internacional é parte integrante da corrida Taça GT Macau implementada com sucesso em 2008.

5 Fev 2020

Grande Prémio | Co-organizador quer continuidade do mundial de GT em Macau

O SRO Motorsports Group, a entidade responsável pela co-organização da Taça do Mundo FIA de GT, quer que o troféu volte mais uma vez a ser disputado no programa do Grande Prémio de Macau em Novembro. Durante as 12 Horas de Bathurst do fim-de-semana passado, Stéphane Ratel, o presidente da organização sediada em Londres, desmentiu os rumores que este troféu poderia ser este ano ser transferido para França

 

[dropcap]O[/dropcap] rumor sobre uma eventual troca de localização da taça mundial de carros Grande Turismo surgiu após a ter vindo a público a possibilidade de ser realizada uma corrida para pilotos profissionais com viaturas FIA GT3 durante a segunda edição do “FIA Motorsport Games” que este ano decorre em Outubro, no circuito francês de Paul Ricard. Estes “Jogos Olímpicos” de automobilismo também são organizados pelo SRO Motorsports Group.

O empresário francês confirmou que não tem ainda um acordo assinado com a Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau para a realização da Taça do Mundo FIA de GT, mas minimizou o facto, pois desde 2015 só mais tarde no ano é que ambas as partes selam esta parceria.

“Em todos os anos nunca tivemos um acordo para Macau antes do primeiro de Julho”, disse Ratel, citado pelo portal norte-americano Sportscar365. “Estamos a aguardar e trabalhamos com todos os construtores para saber quantos carros pretendem ter. Depois, mandamos para Macau um relatório a dizer ‘À data de hoje, isto é o que está confirmado. Isto é o que é possível.’ Depois Macau decide o que fazer. O processo é o mesmo todos os anos, mas é verdade que não tem sido fácil ter uma [grande] gelha de partida.”
Audi, BMW, Mercedes-AMG e Porsche já se comprometeram a regressar ao Circuito da Guia este ano, o que garante à partida mais de uma dúzia de concorrentes.

Participações não preocupam

Depois da presença de apenas 15 carros em 2018, a Taça do Mundo FIA de GT contou com 17 participantes o ano transacto. Em entrevista ao HM, na semana que antecedeu o 66º Grande Prémio de Macau, Chong Coc Veng, o presidente da Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC), afirmou que se a Taça do Mundo FIA de GT reunir mais de 15 equipas profissionais, então não será por aí que será posta em causa a sua continuidade.

“Consideramos que se tivermos mais de 15 equipas profissionais que o número é consideravelmente aceitável. Estamos a falar de equipas profissionais, de topo, que têm outras alternativas e lugares onde podem correr. Por isso, no nosso entender este número muito próximo dos 20 carros é satisfatório”, disse Veng ao HM.

Em 2019, a prova de sprint para viaturas FIA GT3 e destinada a pilotos profissionais contou com a presença oficial de quatro construtores: Audi, BMW, Mercedes AMG e Porsche. A Bentley teve muito próxima de ser a quinta marca a participar na prova, mas tal cenário não se concretizou no último momento. Raffaele Marciello venceu a corrida, oferecendo este prestigiado troféu à Mercedes-AMG.

Mesmo num cenário em que a Taça do Mundo FIA de GT não se realize na RAEM, a vinda dos potentes carros da classe FIA GT3 ao território não deverá ser posta em causa, visto que o troféu da federação internacional é parte integrante da corrida Taça GT Macau implementada com sucesso em 2008.

5 Fev 2020

Grande Prémio | Museu inaugurado antes do Verão

[dropcap]O[/dropcap] Museu do Grande Prémio deverá abrir portas este ano antes do Verão, afirmou ontem Maria Helena de Senna Fernandes. “Quanto à inauguração do Museu do Grande Prémio de Macau, a abertura está prevista para antes das férias do Verão de 2020. Antes da abertura ao público vamos convidar o sector do turismo e a comunicação social para uma visita em primeira mão”, referiu a responsável. De acordo com os serviços de turismo, a instalação vai incluir vários tipos de dispositivos interactivos multimédia, “para proporcionar uma experiência inteiramente nova aos visitantes do museu”.
Recorde-se que o museu irá funcionar num edifício de quatro andares, dividindo-se em diferentes zonas, conforme as corridas. O GP de Macau inclui três corridas de carros, as taças do mundo de Fórmula 3, GT e de carros de turismo (WTCR), e o Grande Prémio de motos, além da taça de carros de turismo de Macau e a taça da Grande Baía.
De frisar ainda que a representante da Direcção dos Serviços de Turismo (DST) Wan Wai avançou em Março de 2019, que o projecto total do Museu do Grande Prémio de Macau terá o custo estimado de 830 milhões de patacas.

16 Jan 2020

Grande Prémio | Museu inaugurado antes do Verão

[dropcap]O[/dropcap] Museu do Grande Prémio deverá abrir portas este ano antes do Verão, afirmou ontem Maria Helena de Senna Fernandes. “Quanto à inauguração do Museu do Grande Prémio de Macau, a abertura está prevista para antes das férias do Verão de 2020. Antes da abertura ao público vamos convidar o sector do turismo e a comunicação social para uma visita em primeira mão”, referiu a responsável. De acordo com os serviços de turismo, a instalação vai incluir vários tipos de dispositivos interactivos multimédia, “para proporcionar uma experiência inteiramente nova aos visitantes do museu”.

Recorde-se que o museu irá funcionar num edifício de quatro andares, dividindo-se em diferentes zonas, conforme as corridas. O GP de Macau inclui três corridas de carros, as taças do mundo de Fórmula 3, GT e de carros de turismo (WTCR), e o Grande Prémio de motos, além da taça de carros de turismo de Macau e a taça da Grande Baía.

De frisar ainda que a representante da Direcção dos Serviços de Turismo (DST) Wan Wai avançou em Março de 2019, que o projecto total do Museu do Grande Prémio de Macau terá o custo estimado de 830 milhões de patacas.

16 Jan 2020

Nova exposição de José Estorninho para visitar no Largo do Senado 

[dropcap]I[/dropcap]naugurou no passado dia 23 mais uma exposição da autoria do macaense José Luís Estorninho, intitulada “Abstraccionismo & (+)”, no âmbito das actividades comemorativas do terceiro aniversário da Associação para a Promoção e Desenvolvimento dos Circuito da Guia de Macau (APDCGM), e que está patente na Galeria Ritz, no Largo do Senado.

O público poderá contemplar 18 quadros, 14 dos quais telas, cujas obras se inserem na corrente do Expressionismo abstracto. Destaque para as obras “Traçado”, “Time Machine I” e “Time Machine II”, de maior dimensão, bem como um quadro mural intitulado “Puzzle 65 Years”. Esta última obra é feita com tela de madeira, “cuja técnica se baseia no trabalho de montagem de várias imagens de fotografias, representando as diferentes épocas de corridas” do Grande Prémio de Macau, aponta um comunicado.

“No conjunto dessas imagens, destaca-se a cena do desembarque do piloto ao volante do seu carro de cor encarnada, aquele que viria a ser o primeiro carro vencedor do primeiro Grande Prémio de Macau em 1954. Um efeito especial obtido pela sobreposição de duas imagens de fotografia, uma antiga e outra recente”, acrescenta a mesma nota de imprensa.

As duas telas gémeas, com os nomes “Time Machine I e II”, “apesar de obedecerem à mesma técnica de composição e enquadramento, são distintas pelas próprias cores e tons, ou pela luminosidade e perspectiva, assim como a geometria dos traços e das cores em manchas”, descreve o autor em comunicado.

Já na obra “Traçado”, José Estorninho afirma ter-se pautado pelo “background, as manchas de cores quentes esbatidas e fluidas”, enquanto que no primeiro plano “a tela é sobreposta e rematada por traços fortes e firmes de cores diversas com alguns tons fluorescentes, sobressaindo o branco, para dar o equilíbrio e contraste necessário”.

Tributos

Alguns trabalhos presentes nesta exposição fazem também uma homenagem aos pilotos que habitualmente correm no Grande Prémio de Macau, tal como Stuart Easton. Nesta obra, com o mesmo nome, “foi utilizada uma técnica collage, a sobrepôr numa pintura abstracta, cuja combinação das duas técnicas foi fundamental e decisiva, através das cores escolhidas com objecto representado, sendo por isso essencial para toda a sua composição final”.

Em “Homenagem ao André Couto” o artista assume ter usado “técnicas mistas em acrílico e a óleo, tendo por base o transfer dos elementos escolhidos e da própria composição, o essencial para todo o enquadramento”.

2 Dez 2019

Corridas loucas

[dropcap]O[/dropcap] Grande Prémio de Macau é disputado nas ruas da cidade, atingindo os veículos, que se lançam em curvas e contra-curvas através de ruas e vielas, velocidades superiores a 100Km/hora. Se fizéssemos isto no nosso dia a dia, seriamos considerados loucos e causaríamos terríveis acidentes. Mas Macau é um local peculiar, onde esta corrida, que faz disparar a adrenalina, se celebrizou e se tornou um acontecimento anual. Devido aos melhoramentos que foram feitos ao longo dos tempos no famoso Circuito da Guia, este ano não se registaram acidentes graves.

Muitas das ruas da cidade foram fechadas durante os quatro dias da competição. Com a ajuda da polícia de trânsito e a colaboração dos condutores locais, não houve problemas de tráfego de maior.

Ao longo dos anos, as vedações de segurança de bambú deram lugar às vedações de metal e o sistema anti-colisão tornou-se mais sofisticado. Estes melhoramentos trouxeram muito mais segurança aos pilotos e ao público. A corrida de velocidade já não é tão “selvagem”, tornou-se mais “civilizada” e procura atingir níveis de excelência.

Tomemos a “Taça do Mundo de GT da FIA” como exemplo. Quer Laurens Vanthoor, quer Earl Bamber são pilotos da Porsche, pertencem portanto à mesma equipa. Laurens Vanthoor deixou Earl Bamber ultrapassá-lo para apanhar o piloto da Mercedes, Raffaele Marciello. Na última volta, quando estava a chegar à Rua dos Pescadores, Earl Bamber não conseguiu ultrapassar Raffaele Marciell. Bamber, em vez de tentar entalar com o seu carro o da Mercedes, o que poderia ter provocado um acidente grave, manteve-se atrás dele, chegando a abrandar para permitir que Laurens Vanthoor retomasse a 2ª. posição. Com esta postura demonstrou que lutar pela vitória não é apenas lutar pelo 1º lugar, mas sim dar o nosso melhor. O que importa realmente é ter espírito competitivo e respeito pelos outros.

Nesse mesmo dia, a polícia e os manifestantes estavam envolvidos em confrontos na Universidade Politécnica de Hong Kong, numa escalada de violência após os acontecimentos na “No.2 Bridge”, que liga a Universidade Chinesa de Hong Kong à zona ribeirinha.

Em 1973, no mesmo dia, 17 de Novembro, a Junta Militar grega enviou tanques de guerra para a Universidade Técnica de Atenas (Metsovian) para esmagar pela força a revolta estudantil. O resultado foi a morte de 23 estudantes. Por causa desta tragédia, foi implementada a “Lei de Asilo Universitário”, destinada a banir a presença da polícia dos campus universitários, mas infelizmente foi abolida em Agosto de 2019.

O Grande Prémio de Macau foi-se tornando mais seguro ao longo dos anos e o tráfego da cidade também melhorou, porque o Governo aprendeu a lição com aqueles que o precederam. A corrida decorre num circuito fechado, supervisionada por procedimentos seguros e fiáveis, da responsabilidade da Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau. Os quatro dias deste evento decorreram “sobre rodas” devido à cooperação entre a polícia, o público e as instituições.

Em Hong Kong passa-se o contrário. O Governo, em vez de dar atenção às cinco reivindicações dos manifestantes, apenas atendeu a uma delas, a retirada da revisão da lei de extradição, e ignorou as outras quatro. Esta atitude fez com que a intenção de “acabar com a violência e com os distúrbios” se limitasse a ser um simples slogan e o “esforço de cooperação inter-departamental” um projecto sem conteúdo. Depois de ter sido promulgada a “Lei Anti-Máscara”, as manifestações e os distúrbios continuaram a aumentar.

Quando o Supremo Tribunal de Hong Kong interditou esta lei anti-constitucional, forçando a polícia a suspender a sua acção, o Governo de Hong Kong apelou. Desde o início do movimento “anti-extradição” até 15 de Novembro, mais de 4.400 pessoas, com idades compreendidas entre os 11 e os 83 anos, foram presas, 521 das quais formam acusadas. Mais de 9.100 bombas de gás lacrimgéneo, 14 projécteis e 4.300 balas de borracha, foram disparados e foram usadas mais de 1000 granadas de fumo. Embora as autoridades policiais tenham afirmado em sessões de esclarecimento que as acções de alguns agentes foram “desadequadas”, até agora nenhum polícia foi acusado. Ao longo dos últimos meses, o Conselho Independente, constituido para receber e avaliar as queixas contra a polícia, não fez absolutamente nada, ao passo que alguns especialistas externos, contratados por este Conselho, declararam não ter poderes para fazer prosseguir a investigação.

A violência não resolver os problemas e quando as pessoas lhe estão expostas durante longos períodos de tempo, acabam por enlouquecer. Uma cidade deve evitar ser arrastada para uma espiral de loucura e aprender a arte da negociação, porque as lutas internas só podem acabar em “destruição mútua”.

22 Nov 2019

Tiros nos pés

[dropcap]O[/dropcap] Grande Prémio de Macau é sem dúvida o evento mais internacional que se realiza no território, mas este ano ficou marcado por um episódio muito negativo, que não se coaduna com a reputação internacional da prova. Começo por apontar a proibição de entrada aos jornalistas do Apple Daily.

Neste caso a responsabilidade é totalmente de Wong Sio Chak e a comissão organizadora merece ser ilibada, até porque não controla as entradas. De acordo com os relatos, eram 10 jornalistas do Apple Daily, estavam todos acreditados, com hotéis marcados, com planos de fazer a cobertura, mas foram impedidos de entrar. Como acontece sempre nestas situações a justificação foi a ameaça à segurança. Presunção de inocência?

Não interessa. Proteger a imagem internacional da prova num fim-de-semana especial? Não interessa. Haveria mesmo razões que justificassem a proibição de entrada? Nunca vamos saber. Afinal de contas, até uma criança com um ano pode ser uma ameaça à segurança de Macau, desde que tenha nome de pró-democrata. O que é triste é o Grande Prémio de Macau ser afectado por este episódio. É o grande evento do território e merece ser protegido. Hoje o vento sopra a favor, mas amanhã não sabemos o que vai acontecer…

Uma última nota sobre a confusão da corrida das motos: houve uma falha de comunicação da organização, não vale a pena dourar a pílula porque, infelizmente, foi muito grave, mas ninguém acredita que tenha sido intencional. Deve ser assumida para se seguir em frente.

22 Nov 2019

Grande Prémio de Macau | As ausências notadas

[dropcap]O[/dropcap]s dois pilotos mais representativos de Macau estiveram ausentes do Grande Prémio. Esta não é a primeira vez que acontece, visto que a edição de 2017 também não contou com a participação André Couto ou Rodolfo Ávila à partida, no entanto, não deixa de ser um mau sinal para o automobilismo local.
Couto não poderia ter sido mais directo, justificando a sua ausência pelo facto de “não ter conseguido reunir as condições ideias para correr, essencialmente faltou-me dinheiro”. O piloto luso, que este ano comemora vinte anos desde a sua vitória no Grande Prémio de Macau de Fórmula 3, diz que “vai trabalhar para voltar para em 2020”.
Por seu lado, Ávila voltou a frisar que a prioridade desportiva na actualidade “passa pelo campeonato CTCC”, mas não também ele não fecha a porta a um regresso ao Grande Prémio, mas para isso ser possível “só se for num projecto que faça sentido. Como qualquer piloto de Macau, este evento é especial, mas não tenho interesse em correr só por correr”.

18 Nov 2019

Grande Prémio de Macau | As ausências notadas

[dropcap]O[/dropcap]s dois pilotos mais representativos de Macau estiveram ausentes do Grande Prémio. Esta não é a primeira vez que acontece, visto que a edição de 2017 também não contou com a participação André Couto ou Rodolfo Ávila à partida, no entanto, não deixa de ser um mau sinal para o automobilismo local.

Couto não poderia ter sido mais directo, justificando a sua ausência pelo facto de “não ter conseguido reunir as condições ideias para correr, essencialmente faltou-me dinheiro”. O piloto luso, que este ano comemora vinte anos desde a sua vitória no Grande Prémio de Macau de Fórmula 3, diz que “vai trabalhar para voltar para em 2020”.

Por seu lado, Ávila voltou a frisar que a prioridade desportiva na actualidade “passa pelo campeonato CTCC”, mas não também ele não fecha a porta a um regresso ao Grande Prémio, mas para isso ser possível “só se for num projecto que faça sentido. Como qualquer piloto de Macau, este evento é especial, mas não tenho interesse em correr só por correr”.

18 Nov 2019

Yvan Muller e Andy Priaulx vencem todas as corridas para a Lynk & Co

[dropcap]C[/dropcap]om duas vitórias de Yvan Muller e uma de Andy Priaulx, a Lynk & Co dominou por completo as corridas da Taça do Mundo de Carros de Turismo FIA [WTCR]. O francês foi o mais feliz não só porque somou dois triunfos, mas também porque voltou a entrar na luta pelo título, que vai ser decidido em Sepang, na Malásia.

Logo na primeira corrida de sábado, Muller mostrou-se maravilhado com o triunfo, ficando na frente de Nortbert Michelisz (Hyundai) e de Kevin Ceccon (Alfa Romeo). “É fantástico”, reconheceu. “Retirei-me em 2016 e achei que nunca voltaria a correr. Mas agora estou de regresso e a ganhar!”, apontou.

Na segunda corrida, ontem de manhã, a tarefa era mais complicada. O francês arrancou de quinto, mas conseguiu ultrapassar Guerrieri (Honda) e Ceccon (Alfa Romeo), o que lhe garantia o lugar mais baixo do pódio. Porém, os colegas de equipa Bjork e Ehrlacher deixaram passar Muller. “Tive uma partida fantástica, que é crucial nesta prova. […] E depois tive toda a ajuda dos meus colegas”, admitiu.

Ajuda de Buda

Desde o início do ano que Andy Priaulx andava à procura de um pódio. Esse resultado foi alcançado em Macau, depois de uma corrida em que o britânico segurou atrás de si Rob Huff (Volkswagen), um dos grandes especialistas do Circuito da Guia. Jean Karl-Vernay ficou no lugar mais baixo do pódio.

No final, Priaulx dedicou o triunfo à filha, que nasceu há 16 anos, precisamente quando o britânico estava a Macau correr: “Estou muito feliz com o resultado e com a primeira vitória do ano”, afirmou. “Em 2005 comprei um fio com um Buda e ainda hoje o tenho comigo. É um amuleto da sorte. “Mas hoje tive dois amuletos, porque a minha filha também faz anos, é o 16.º aniversário, e esta vitória é para ela”, afirmou.

Já Billy Lo, o único piloto de Macau no WTCR, somou um 23.º lugar, uma desistência e um 25.º. “Fiquei muito feliz porque consegui melhorar o meu tempo em cerca de 0,8 segundos, em relação ao ano passado”, disse Billy Lo, ao HM, no final.

Regresso de Monteiro em causa

O português Tiago Monteiro (Honda) com um fim-de-semana difícil, devido ao peso extra no carro, teve como melhor resultado um 15.º posto na primeira corrida. Nas seguintes ficou em 18.º e 19.º. A continuidade para o próximo ano na equipa Honda ainda não está garantida. “Ainda não sei o que vai acontecer e não comento o futuro. Não há nada feito (sobre a possibilidade de mudar para a Hyundai). O contrato acabou com a Honda, mas estamos a falar para o futuro” reconheceu. Contudo, Tiago Monteiro deixou o desejo de continuar no WTCR para a próxima época. “Não recuperei do acidente só para correr um ano”, indicou. Por outro lado, admitiu a possibilidade, caso falhe o WTCR, de competir em Macau no próximo ano na categoria GT. Anteriormente o português já competiu na Fórmula 3.

18 Nov 2019

Fórmula 3 |  Verschoors venceu batalha de ‘noviços’ e conquistou Grande Prémio de Macau 

Juri Vips teve um fim-de-semana quase perfeito, mas faltou o quase. O estónio facilitou no recomeço da corrida, depois da entrada do safety car, e permitiu a ultrapassagem do “holandês voador”, que se estreou com uma vitória na Guia

 

[dropcap]R[/dropcap]ichard Verschoors (MP Motorpsort) foi o grande vencedor da 66.ª edição do Grande Prémio de Macau, após uma luta intensa com Juri Vips (Hitch Grand Prix), que mostrou ser o piloto mais regular durante o fim-de-semana. Aos 18 anos, o holandês estreou-se em Macau e tornou-se no primeiro piloto a vencer uma corrida de Fórmula 3 na Guia com o novo monolugar.

“Nem acredito no que estou a sentir, ainda não me sinto vencedor. Para ser honesto, foi uma corrida tão intensa, estive sob tanta pressão que ainda estou a recuperar [emocionalmente]”, confessou Verschoors, minutos depois da vitória.

O momento chave da corrida aconteceu à volta número quatro, quando Ferdinand Hasburg perdeu o controlo do carro nos Esses da Solidão, embateu na barreira, num acidente que nos primeiro momentos gerou um incêndio, que acabou por se extinguir sozinho. Porém, foi necessária a entrada do safety car. Até esse momento, Vips estava na liderança e tinha estado a construir uma boa vantagem, principalmente depois de Robert Shwartzman (Prema Theodore Racing), que tinha terminado a corrida de qualificação em segundo, mas ficou fora da prova principal logo no início, devido a um toque com Christian Lundgaard (Art Grand Prix).

No recomeço, à sétima volta, Vips acabou surpreendido por Verschoors na Curva do Hotel Lisboa e, apesar de várias tentativas, nunca mais conseguiu voltar à liderança. “Fiz uma corrida muito boa e não estava à espera de manter o Juri [Vips] atrás de mim. A certa altura percebi que ele tentou fazer uma tentativa final de ultrapassagem e perdeu tempo. Depois ainda se aproximou, mas percebi que se fizesse um bom terceiro sector que ia ficar à frente”, relatou.

Já o estónio, que partiu da pole, estava visivelmente triste no final. “Só me consigo sentir desapontado. Tive um fim-de-semana perfeito à excepção do recomeço”, considerou. “Não sei bem o que aconteceu, mas acho que os meus pneus apanharam detritos do acidente. Quando fiz as últimas curvas antes do recomeço percebi que os pneus não estavam preparados. Isso permitiu ao Richard [Verschoors] aproximar-se”, explicou.

No lugar mais baixo do pódio terminou o americano Logan Sargeant (Carlin Buzz Racing), que também esteve envolvido numa disputa na pista muito intensa com o dinamarquês Christian Lundgaard.

Sophia desiludiu

Na corrida de ontem, o safety car entrou em pista uma vez, à quarta volta, e depois ainda houve uma situação de satefy car virtual, que obriga os pilotos a abrandarem ao ritmo, à nona volta.

A alemã Sophia Florsch (HWA Racelab) foi a responsável pelo período de VSC, depois do seu monolugar ter tido problemas técnicos que levaram ao abandono. No final, a grande protagonista, devido a um acidente no Grande Prémio de Macau do ano passado, ainda acabou classificada na 26.ª posição. “Senti-me muito feliz por regressar a Macau e encarei a prova como uma forma de me preparar para o próximo ano”, confessou. A alemã disse igualmente desconhecer a avaria que a obrigou a parar o motor do carro.

Por sua vez, Charles Leong (Jenzer Motorsport), piloto de Macau, arrancou de 13.º e terminou no 19.º posto. “Foi um fim-de-semana aceitável, com altos e baixos. Na qualificação fiquei um pouco mais à frente, e durante da corrida estive principalmente preocupado em não perder posições” considerou.

Sophia quer regressar para obter um bom resultado

Apesar de ter desistido com um problema mecânico, Sophia Florsch não se mostrou desanimada e prometeu fazer tudo para poder regressar no próximo ano. “No ano passado tive azar, este ano voltei a ter azar, por isso pode ser que no próximo regresse e possa mudar esta situação”, afirmou a alemã depois da prova. “O meu objectivo é realizar na próxima época o Campeonato de Fórmula 3, tive uma boa experiência com o carro novo e tenho esperança de voltar para fazer um bom resultado”, acrescentou. Apesar dos resultados, a piloto foi um sucesso entre os espectadores do Grande Prémio e sempre que apareceu em público havia filas para tirar uma fotografia com a piloto de 18 anos, que ficou famosa em Macau, depois de ter sofrido um espectacular acidente da Curva do Hotel Lisboa.

18 Nov 2019

Raffaele Marciello foi o vencedor da Taça do Mundo de GT da FIA

[dropcap]À[/dropcap] terceira tentativa  Raffaele Marciello venceu a Taça do Mundo de GT da FIA. O piloto da Mercedes-AMG Team GruppeM Racing obteve a pole-position na sexta-feira, venceu a corrida de qualificação no sábado e aguentou sempre a primeira posição no dia decisivo. “Sempre estive muito perto da corrida e no ano passado quase consegui ao partir da pole. Macau é uma corrida muito especial e finalmente consegui venci. É fantástico “, disse Marciello no final do dia em que a Mercedes-AMG soma a terceira Taça do Mundo de GT.

O italiano não teve vida fácil, pois os dois Porsche 911 GT3 R da ROWE Racing, conduzidos por Earl Bamber e Laurens Vanthoor, foram sempre uma forte oposição. Ontem, Vanthoor passou Bamber para segundo e na primeira parte da prova foi ele a pressionar o transalpino. Na segunda metade, os pilotos da Porsche trocaram de ordem, com Bamber a lançar os últimos ataques à liderança. Na última volta, os dois primeiros chegaram a tocar-se na Curva Melco, quando Bamber travou demasiado tarde e encostou na traseira do seu adversário. Sobre o incidente, Marciello disse que ” Ele tinha de tentar alguma coisa, pois estava a conduzir de forma louca. Tentou na parte em que estávamos mais lentos, era difícil”, concluiu.

Já sobre a linha de meta, Bamber travou a fundo para deixar passar o seu companheiro de equipa, tendo Vanthoor subido ao segundo posto e o neo-zelandês levado para casa o terceiro lugar. “Tínhamos decidido que um Porsche tinha de ganhar. Tentei no início, no reinício e tínhamos um ritmo muito bom. A certa altura fiz um erro e deixámos que o Earl também tentasse. Estávamos a correr para a equipa, tentámos, mas não foi suficiente”, afirmou Vanthoor, um ex-vencedor desta corrida. Também Bamber admitiu que Marciello esteve intocável: “estive em 3º a vê-los lutar. Depois do recomeço também tive de me preocupar com o BMW atrás.

Foi simpático do Laurens dar-me a vez para atacar. No entanto, o Mercedes consegue sempre sair bem nas últimas três curvas, o que impedia as nossas tentativas de ultrapassagem. Foi uma corrida fantástica do Marciello, que não cometeu qualquer erro ao longo do fim-de-semana e merece os parabéns”.

No quarto posto terminou Augusto Farfus Jr. Este ano a BMW não se conseguiu impor, apesar do brasileiro ter conseguido rodar momentaneamente em terceiro na corrida final de 18 voltas. Os favoritos Edoardo Mortara e Maro Engel, ambos da Mercedes-AMG, viram as suas hipóteses de chegar ao título hipotecadas na corrida de sábado, quando Engel, ao tentar subir um lugar na classificação, fez uma manobra arriscada na travagem para a Curva Lisboa, tendo levado consigo um inocente Mortara que no domingo recuperou até sexto. O melhor da armada Audi foi Christopher Haase, que foi o quinto classificado.

18 Nov 2019

Grande Prémio de Macau | Cerca de 86 mil espectadores compareceram ao evento

[dropcap]A[/dropcap]o longo dos quatro dias do Grande Prémio de Macau passaram pelas bancadas Circuito da Guia mais de 86 mil espectadores, de acordo com os números da Comissão Organizadora, o que representa uma média de 21,5 mil pessoas por dia.
Aos jornalistas, Pun Weng Kun afirmou que esta foi a edição com mais pessoas a assistir nos últimos anos, apesar de não ter referido os anos de comparação. Na quinta-feira estiveram na Guia 12 mil espectadores, um número que subiu para 15 mil no dia seguinte. No sábado, o primeiro dia com corridas, foram 28 mil as pessoas nas bancadas e o domingo, como habitualmente, foi o dia mais concorrido com uma assistência de 31 mil espectadores.

18 Nov 2019

Grande Prémio de Macau | Cerca de 86 mil espectadores compareceram ao evento

[dropcap]A[/dropcap]o longo dos quatro dias do Grande Prémio de Macau passaram pelas bancadas Circuito da Guia mais de 86 mil espectadores, de acordo com os números da Comissão Organizadora, o que representa uma média de 21,5 mil pessoas por dia.

Aos jornalistas, Pun Weng Kun afirmou que esta foi a edição com mais pessoas a assistir nos últimos anos, apesar de não ter referido os anos de comparação. Na quinta-feira estiveram na Guia 12 mil espectadores, um número que subiu para 15 mil no dia seguinte. No sábado, o primeiro dia com corridas, foram 28 mil as pessoas nas bancadas e o domingo, como habitualmente, foi o dia mais concorrido com uma assistência de 31 mil espectadores.

18 Nov 2019

Jornalistas de Hong Kong impedidos de entrar em Macau

[dropcap]O[/dropcap]s hotéis estavam marcados, as viagens compradas e a acreditação tinha sido tratada junto da Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau.

No entanto, o Corpo de Polícia de Segurança Pública impediu os repórteres do jornal Apple Daily, de Hong Kong, de entrarem no território. De acordo com os agentes, que estão sob a tutela do secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, os jornalistas foram considerados uma ameaça para a segurança da RAEM.

A informação foi avançada pelo jornal de Hong Kong, no seu portal, logo na quinta-feira, o primeiro dia de prova. A Lei Básica de Macau estipula a protecção da liberdade de imprensa, no artigo 27.º.

18 Nov 2019

Heróis locais | Paul Poon vence Taça de Carros de Turismo de Macau e Filipe de Souza alcança pódio

A competição para os pilotos locais ficou marcada pela polémica, devido à qualificação em que a maior parte dos automobilistas não conseguiu fazer uma volta lançada. No final, Paul Poon foi o rei em Macau, mas contou com a ajuda do safety car

 

[dropcap]N[/dropcap]o duelo entre Macau e Hong Kong da Taça de Carros de Turismo de Macau a vitória sorriu pelo segundo ano consecutivo ao território vizinho, com Paul Poon (Peugeot RCZ) a somar o oitavo triunfo em Macau. O piloto de Hong Kong imitou o feito do anterior colega de equipa Sunny Wong, que no ano passado também tinha levado um dos carros da Teamwork Motorsport à vitória.

Paul Poon venceu mas viveu um momento dramático, quando viu o seu carro perder potência a meio da prova. Por breves instantes o piloto ainda pensou que não conseguiria ganhar, mas a entrada do safety car permitiu-lhe reiniciar o carro.

“Comecei bem a corrida, mas a meio tive problemas. Felizmente a entrada do safety car permitiu-me reiniciar o sistema e o carro ficou bom”, disse Paul Poon. “O segredo para ganhar em Macau é a experiência. Eu faço esta corrida há mais de 20 anos e acho que é mesmo a experiência de todos os anos que faz a diferença”, acrescentou.

No segundo lugar terminou Alexander Fung (Peugeot RCZ), colega de equipa de Poon, que passou grande parte da corrida a ser pressionado por Filipe de Souza. Na zona rápida do circuito, Fung ganhava uma vantagem, mas na parte mais técnica via o macaense aproximar-se. Na última volta Filipe Souza apertou o ritmo e tentou a ultrapassagem na Curva do Hotel Lisboa, mas sem sucesso, ficando a milímetros de atingir a barreira.

Azar macaense

Durante a corrida de sábado de manhã, o safety car entrou em pista por três vezes. A primeira foi motivada pelo acidente na curva dos Pescadores que envolveu Célio Dias (Mini) e Leong Chi Kin (Mini), colegas de equipa. Leong ficou sem travões e acertou em cheio no macaense.
Devido à batida, Leong foi mesmo levado ao hospital por precaução, sem que tenha registado lesões de maior.

Pouco depois deste recomeço também Rui Valente foi bafejado pelo azar. Na entrada da Curva do Hotel Lisboa o piloto levou um toque por trás e acabou por entrar em pião, o que fez com que terminasse em penúltimo à geral.

Queixas do passado

Se no sábado os pilotos conseguiram completar algumas voltas em ritmo de corrida, o mesmo não aconteceu na qualificação de sexta-feira, o que provocou grande polémica. O modelo que mistura os carros da classe 1600 com os da classe superior a 1950cc voltou a merecer críticas.

A qualificação foi suspensa três vezes e a maior parte dos pilotos apenas fez uma volta lançada, nos minutos finais, em situação de trânsito intenso, uma vez que todos os carros foram para a pista ao mesmo tempo, acabando por se atrapalhar mutuamente. O facto de os pilotos terem passado mais tempo nas boxes à espera que os carros fossem removidos da pista causou um grande desagrado.

“Na qualificação não conseguimos fazer uma volta limpa. Eu acho que isso é um bocado falta de respeito pelos pilotos”, desabafou Filipe de Souza, que fez o quarto tempo, apesar de ter tido a última volta estragada.
Uma visão semelhante foi partilhada por Delfim Mendonça Choi: “Para o ano vou equacionar participar noutra prova. Esta categoria é muito aborrecida porque o safety car está sempre em pista e o tempo nunca pára. Não somos compensados com tempo em pista quando entra o safety car ou a corrida é suspensa”, confessou.

O piloto está a ponderar o futuro na categoria: “Não é justo para os pilotos que se esforçam para participar na corrida e espero que a organização melhore este aspecto”, frisou.

Também Célio Dias se mostrou cansado com o modelo: “Vou equacionar correr com um GT4 no próximo ano. Esta corrida é muito difícil e nunca temos tempo para fazer as afinações do carro”, apontou. O macaense explicou também que teve problemas com a afinação da suspensão, mas que a falta de rodagem na sexta-feira simplesmente impossibilitou que fossem resolvidos.

 

Filipe de Souza | Audi RS3 TCR; Geral 3.º; Classe 1.º

“O resultado é bom para a equipa, mas pessoalmente sinto que tive algum azar com o safety car porque poderia ter ganho. Na última volta, quando estava a puxar na zona da Guia percebi que o Paul Poon estava com problemas, mas o safety car já não permitiu as ultrapassagens”

Célio Dias | Mini Cooper S; Desistiu

“Tive muito azar. Infelizmente o meu colega de equipa ficou sem travões e acabou por atingir-me. Não gostei muito do carro porque não estava bem afinado. Como estamos sempre parados, nunca temos voltas suficientes para fazer uma boa afinação”

Rui Valente | Mini Cooper S; Geral 27.º; Classe 13.º

“Tive azar, mas as corridas são assim. Ou corre tudo bem até ao fim ou… estava a pensar no pódio da classe e estava em quarto ou quinto, mas um piloto empurrou-me e depois limitei-me a levar o carro até ao final. Já não valia a pensar ultrapassar e arriscar um dissabor.”

Delfim Mendonça Choi | Mitsubishi Evo 7 | Geral 11.º; Classe 7.º

“Fiquei satisfeito, depois da grande desilusão que foi a qualificação. Arranquei em 32.º e mentalizei-me que tinha de ser agressivo para obter um bom resultado. Se não fosse a entrada do safety car acredito que até poderia ter ficado melhor classificado.”

Jerónimo Badaraco | Chevrolet Cruze | Desistiu

“O resultado não foi tão bom porque logo no início tivemos um problema com a caixa de velocidades. Este problema logo no início acabou por condicionar-me a corrida.”

18 Nov 2019