Hoje Macau China / ÁsiaPresidente Xi Jinping apela à conservação da água O Presidente chinês Xi Jinping incentivou os voluntários ambientais a promoverem a conservação da água e a contribuírem para a modernização da harmonia entre a humanidade e a natureza. Antes do segundo Dia Nacional da Ecologia da China, que se assinala hoje, Xi, também secretário-geral do Comité Central do Partido Comunista da China e presidente da Comissão Militar Central, fez as observações numa carta de resposta aos voluntários do reservatório de Danjiangkou, na cidade de Shiyan, Província de Hubei, no centro da China, indica o Diário do Povo. Danjiangkou é a fonte de água para a rota intermediária do Projecto de Transposição de Água Sul-Norte da China. Xi deu instruções importantes quando a primeira fase da rota começou a fornecer água em 2014. Na última década, mais esforços foram canalizados para a protecção da qualidade da água do reservatório, com a participação activa de funcionários e residentes, incluindo voluntários ambientais. Recentemente, os voluntários escreveram a Xi para destacar os seus serviços e expressar a sua firme determinação em proteger a qualidade da água no reservatório. Na carta de resposta, Xi elogiou o esforço dos voluntários, afirmando que a ampla participação pública ajudou a tornar “a água na área do reservatório mais clara, as montanhas mais verdes e o ambiente mais bonito”. Haja harmonia Observando que o projecto de desvio de água tem uma importância estratégica e é crucial para o desenvolvimento a longo prazo e para o bem-estar da população, Xi pediu esforços persistentes para proteger o ambiente ecológico das fontes de água. Xi incentivou os voluntários a motivar mais pessoas a conservarem conscientemente os recursos hídricos e a trabalharem juntos para construir uma China bonita, de modo a aumentar a contribuição para a modernização da harmonia entre a humanidade e a natureza, acrescenta o Diário do Povo. Na carta de resposta, Xi também estendeu também as suas sinceras saudações aos trabalhadores e voluntários da protecção ambiental de todo o país.
Hoje Macau China / ÁsiaXi Jinping pede ao PCC “fé inabalável” na sua estratégia económica O Presidente chinês, Xi Jinping, pediu ao Partido Comunista que demonstre “fé e empenho inabaláveis” na sua estratégia, à medida que tenta reorientar o país para a inovação e produção de “alta qualidade” em setores emergentes. As afirmações de Xi foram publicadas pelo principal jornal teórico do Partido Comunista (PCC) numa altura em que decorre em Pequim o terceiro plenário do 20.º Comité Central, o órgão máximo dirigente do país, composto por líderes do governo, exército e de nível provincial. No artigo difundido pelo jornal Qiushi, sob o título “Manter a autoconfiança e a autossuficiência”, Xi apelou aos membros do PCC que demonstrem uma “fé inabalável e um empenhamento na via de desenvolvimento que a China traçou para si própria”. O líder chinês advertiu que não existe uma “solução pronta” ou um “manual de instruções estrangeiro” que possa ser seguido. “As perspectivas de desenvolvimento da China são brilhantes, e nós acreditamos e temos confiança”, vincou. Para os analistas chineses, o actual abrandamento da segunda maior economia mundial é consequência da determinação de Xi de abandonar um modelo de crescimento assente no endividamento. Na última década, a China construiu a maior rede ferroviária de alta velocidade do mundo, cerca de cem aeroportos ou dezenas de cidades de raiz, alargando a classe média em centenas de milhões de pessoas. Mas este modelo gerou um excesso de investimento em todo o tipo de projectos de construção sem capacidade de gerarem retorno. Na visão do líder chinês mais forte das últimas décadas, a China deve agora alcançar um crescimento “genuíno” e converter-se numa potência industrial e tecnológica de nível mundial, com uma economia assente na produção de bens com valor acrescentado e alocação eficiente de recursos. Xi pediu que o país se concentre em objectivos de longo prazo, “em vez de visar apenas riqueza material a curto prazo”. Um artigo difundido pela agência noticiosa oficial Xinhua descreveu Xi como “outro reformador extraordinário do país, depois de Deng Xiaoping”, referindo que os dois líderes “enfrentaram circunstâncias históricas surpreendentemente diferentes”. Alguns dos planos do líder chinês estão a ser cumpridos: a China ultrapassou, em 2023, o Japão como o maior exportador de automóveis do mundo e a transição energética a nível global depende dos painéis solares, turbinas eólicas e baterias produzidas no país.
Hoje Macau China / ÁsiaDiplomacia | Xi apela às potências mundiais para que ajudem Rússia e Ucrânia a retomar o diálogo A visita surpresa do primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, a Pequim, depois de passagens por Moscovo e Kiev, levou o Presidente Xi Jinping a apelar mais uma vez ao diálogo que possa conduzir a uma solução de paz no conflito que opõe a Rússia à Ucrânia O Presidente chinês, Xi Jinping, apelou ontem à “criação de condições” para um diálogo directo entre a Ucrânia e a Rússia, durante um encontro em Pequim com o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, avançou a imprensa estatal. “Só quando as grandes potências mostrarem energia positiva, em vez de energia negativa, é que poderá surgir, o mais rapidamente possível, uma réstia de esperança para um cessar-fogo neste conflito”, afirmou Xi Jinping, citado pela televisão estatal CCTV. A China e a Hungria “partilham” fundamentalmente as mesmas ideias, acrescentou o líder chinês. Orbán fez ontem uma visita surpresa à China depois de viagens semelhantes na semana passada à Rússia e à Ucrânia para discutir as perspectivas de um acordo de paz na Ucrânia. O líder húngaro elogiou as “iniciativas construtivas e importantes” da China para alcançar a paz e descreveu Pequim como uma força estabilizadora num período de turbulência global, segundo a CCTV. Para além da Rússia e da Ucrânia, o fim da guerra “depende da decisão de três potências mundiais, os Estados Unidos, a União Europeia e a China”, escreveu Orbán numa publicação no Facebook que o mostra a apertar a mão a Xi. Orbán encontrou-se com o líder chinês há apenas dois meses, quando o recebeu na Hungria, no âmbito de uma visita a três países europeus que também incluiu paragens em França e na Sérvia. A Hungria estabeleceu importantes laços políticos e económicos com a China. A nação europeia acolhe uma série de instalações chinesas de baterias para veículos eléctricos e, em Dezembro, anunciou que o gigante chinês do sector automóvel BYD vai abrir a sua primeira fábrica europeia de produção de carros eléctricos no sul do país. “Missão de paz 3.0” é a legenda da fotografia de Orbán publicada ontem na rede social X, que o retracta depois de ter saído do avião em Pequim. Foi recebido pela vice-ministra chinesa dos Negócios Estrangeiros, Hua Chunying, e por outros funcionários. A sua visita não anunciada vem na sequência de viagens semelhantes realizadas na semana passada a Moscovo e a Kiev, onde propôs que a Ucrânia considerasse a possibilidade de chegar a um cessar-fogo imediato com a Rússia. A sua visita a Moscovo suscitou a condenação de Kiev e dos líderes europeus. “O número de países que podem falar com os dois lados em conflito está a diminuir”, disse Orbán. “A Hungria está a tornar-se lentamente o único país da Europa que pode falar com todos”, argumentou. Amizade desaprovada A Hungria assumiu a presidência rotativa da União Europeia no início de Julho e o Presidente russo, Vladimir Putin, sugeriu que Orbán tinha ido a Moscovo como um dos principais representantes do Conselho Europeu. Vários altos funcionários europeus rejeitaram essa sugestão e disseram que Orbán não tinha mandato para nada para além de uma discussão sobre relações bilaterais. Orbán apelou a um “cessar-fogo”, contrariando as posições dos ucranianos e dos seus aliados europeus. O líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, rejeitou esta ideia, considerando que Moscovo a utilizaria para reforçar a sua posição. O plano ucraniano exige a retirada total das tropas russas do país, incluindo da península da Crimeia anexada por Moscovo em 2014, e o pagamento dos danos causados desde a invasão em Fevereiro de 2022. A Ucrânia precisa crucialmente da ajuda do Ocidente para resistir à Rússia. O primeiro-ministro húngaro destaca-se pela sua oposição a esta ajuda. No início do ano, vetou um pacote de 50 mil milhões de euros da UE, que acabou por ser aprovado com algum atraso.
Hoje Macau China / ÁsiaSegurança | Xi apela à unidade contra “interferência externa” O apelo de Xi Jinping surgiu durante a cimeira da 24.ª cimeira da Organização de Cooperação de Xangai, que junta na capital do Cazaquistão líderes de países como a China, Índia, Irão, Cazaquistão, Quirguistão, Paquistão, Rússia, Tajiquistão e Uzbequistão, e ainda a Bielorrússia que se juntou ontem ao grupo O Presidente chinês, Xi Jinping, apelou ontem à unidade contra a “interferência externa” num discurso na 24.ª cimeira da Organização de Cooperação de Xangai (SCO), na capital do Cazaquistão, Astana. Xi Jinping sublinhou a necessidade de “reforçar a unidade” entre os membros da SCO para “resistir à interferência externa, apoiarem-se mutuamente e resolverem as preocupações uns dos outros”, de acordo com a televisão estatal CCTV. Sublinhou a importância de “resolver pacificamente as diferenças internas e de trabalhar em conjunto para ultrapassar os desafios da cooperação”, apelando ao mesmo tempo a que se “mantenha firmemente o destino e o desenvolvimento pacífico da região” nas “próprias mãos”. Apelou também a uma “acção conjunta para proteger os interesses comuns” e a “uma abordagem de resolução de problemas baseada na convergência e na superação das diferenças”. O líder chinês considerou que a organização “está firmemente do lado certo da História e defende a equidade e a justiça”, o que é “crucial para o cenário internacional como um todo” numa altura em que o mundo se encontra numa “encruzilhada histórica”. Xi Jinping apelou à resolução dos “complexos desafios em matéria de segurança através do diálogo e da parceria” e à “resposta aos profundos ajustamentos na ordem internacional com uma mentalidade cooperativa”. Laços cultivados A SCO, um organismo criado para colaborar na segurança regional ou na luta contra o terrorismo, o separatismo étnico e o extremismo religioso, é composta pela China, Índia, Irão, Cazaquistão, Quirguistão, Paquistão, Rússia, Tajiquistão e Uzbequistão, a que se juntou ontem a Bielorrússia. Após a cimeira, a China assumirá a presidência da SCO até 2025 com o objectivo de “contribuir para a paz duradoura e a prosperidade comum no mundo” e “beneficiar a região”, segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês. No âmbito deste evento, Xi teve uma reunião na passada quarta-feira com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, na qual apelou a “continuar a cultivar o valor único” dos laços entre Moscovo e Pequim “face à constante mudança da situação internacional e do ambiente externo”. Putin sublinhou que “as relações entre Rússia e China, de ampla parceria e interacção estratégica, estão a atravessar o melhor período da sua história”.
Hoje Macau China / ÁsiaCazaquistão | Presidente Xi e Putin voltam a reunir-se O fórum da Organização de Cooperação de Xangai, a decorrer esta semana em Astana, volta a juntar os dois presidentes. O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, de visita à Ásia Central, também marcará presença na reunião Os Presidentes da China e da Rússia vão reunir-se na quinta-feira, pela segunda vez em poucos meses, no Cazaquistão, à margem de uma cimeira sobre segurança criada para contrariar as alianças ocidentais. Os dois líderes participam esta semana no fórum de líderes dos países-membros da Organização de Cooperação de Xangai, na capital do Cazaquistão, Astana. Xi Jinping e Vladimir Putin reuniram-se pela última vez em Maio, quando o líder do Kremlin visitou Pequim para sublinhar a estreita parceria, que se opõe à ordem democrática liderada pelos Estados Unidos e procura promover um mundo “multipolar”. “Os nossos líderes reunir-se-ão durante uma cimeira da Organização de Cooperação de Xangai, em Astana, em Julho”, disse o chefe da diplomacia russa, Sergei Lavrov, em Maio, numa reunião com o homólogo chinês, Wang Yi. Wang disse então a Lavrov que China e Rússia devem reforçar o apoio mútuo e aumentar os esforços conjuntos para garantir a estabilidade na região que partilham. “As duas partes devem preparar-se para um compromisso bilateral ao longo do ano, continuar a aumentar o apoio mútuo, estabilizar os fundamentos da cooperação e manter a segurança e a estabilidade na vizinhança comum sino-russa”, afirmou Wang, de acordo com o Ministério dos Negócios Estrangeiros da China. A Organização de Cooperação de Xangai foi criada em 2001 pela China e pela Rússia para debater as questões de segurança na Ásia Central e em toda a região. Os outros países-membros são Irão, Índia, Paquistão, Cazaquistão, Quirguizistão, Tajiquistão e Uzbequistão. Os Estados observadores e parceiros de diálogo incluem a Turquia, a Arábia Saudita e o Egipto. O Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, estará também presente porque o país está prestes a tornar-se membro. Também estará presente o Secretário-Geral da ONU, António Guterres, que se encontra em visita à Ásia Central. Laços de ferro Putin quer mostrar que a Rússia não está isolada por causa das sanções ocidentais decorrentes da invasão da Ucrânia em 2022. O Tribunal Penal Internacional emitiu um mandado de captura contra Putin por crimes de guerra, acusando-o de responsabilidade pessoal pelo rapto de crianças da Ucrânia. O Cazaquistão não faz parte do Estatuto de Roma, pelo que não é obrigado a proceder à detenção. Para Putin, a reunião tem a ver com “prestígio e com a óptica simbólica de que não está sozinho”, disse Alexander Gabuev, director do Centro Carnegie Rússia-Eurásia. A reunião é mais uma oportunidade para Putin e Xi demonstrarem os fortes laços pessoais da “parceria estratégica”, numa altura em que ambos enfrentam tensões crescentes com o Ocidente. Os dois líderes já se encontraram mais de 40 vezes. A China é o principal aliado diplomático da Rússia e um dos principais mercados para o petróleo e gás russos. Moscovo depende de Pequim como principal fonte de importações de alta tecnologia para manter a máquina militar em funcionamento. A Organização de Cooperação de Xangai ajuda a China a projectar influência, especialmente na Ásia Central e no Sul Global. Na semana passada, Xi apelou para a criação de “pontes de comunicação” entre os países e pretende continuar a promover a China como uma alternativa aos EUA e aliados. A luta contra o terrorismo é uma das principais prioridades da organização. Este ano, a Rússia sofreu dois ataques terroristas, com mais de 145 pessoas mortas por homens armados numa sala de concertos em Moscovo, em Março, e pelo menos 21 pessoas mortas em ataques contra a polícia e casas de culto no Daguestão, em Junho.
Hoje Macau China / ÁsiaÁsia Central | Presidente chinês em visita oficial em Julho O Presidente chinês, Xi Jinping, faz visitas oficiais ao Cazaquistão e Tajiquistão no início de Julho, informou ontem o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês. Num comunicado citado pela agência de notícias EFE, o Ministério dos Negócios Estrangeiros refere que Xi Jinping realiza esta visita a convite de seu homólogo cazaque, Kassym-Jomart Tokayev. A viagem decorre entre os dias 2 e 6 de Julho e conta com a presença do líder chinês na 24.ª Cimeira do conselho de chefes de Estado da Organização de Cooperação de Xangai (OCX), organismo criado em 2001 e composto por vários países asiáticos para a colaboração na segurança regional e na luta contra o terrorismo separatismo étnico e extremismo religioso. Como parte integrante desta viagem, o Presidente chinês também realiza uma visita de Estado ao Tajiquistão. Pequim intensificou recentemente os esforços diplomáticos na Ásia Central, com o Presidente chinês a apelar ao aprofundamento dos laços económicos numa cúpula organizada pela China em Maio do ano passado, com a presença de líderes de vários países da região. As visitas de Estado são a convite do Presidente cazaque, Kassym-Jomart Tokayev, e do Presidente tadjique, Emomali Rakhmon, acrescenta o comunicado.
Hoje Macau China / ÁsiaDiplomacia | Xi enfatiza importância da China na construção da paz mundial Xi Jinping discursou por ocasião do 70.º aniversário dos chamados “Cinco Princípios da Coexistência Pacífica” O Presidente chinês, Xi Jinping, afirmou na passada sexta-feira que, “a cada minuto que o poder da China cresce, aumenta a esperança na paz mundial”, reafirmando o compromisso do país com o “desenvolvimento pacífico”. O líder chinês afirmou que a China “não seguirá o velho caminho da pilhagem colonial ou o caminho tortuoso da hegemonia quando o país é forte”, mas “seguirá o caminho correcto do desenvolvimento pacífico”. “Em matéria de paz e segurança, a China tem o melhor historial de todas as grandes potências”, afirmou Xi, acrescentando que o país “tem-se esforçado por explorar as suas próprias vias para resolver questões mais prementes”. Citando a crise na Ucrânia, o conflito israelo-palestiniano, as questões relacionadas com a península coreana, o Irão, o Myanmar e o Afeganistão, Xi assegurou que a China “tem desempenhado um papel construtivo”. O Presidente chinês sublinhou o “multilateralismo genuíno”, que consiste na “elaboração e salvaguarda das regras internacionais por todos os países” e defendeu que “os assuntos mundiais devem ser tratados por todos os países através de consultas”, sem permitir que “quem tem o braço mais forte” se imponha. “A China defende que todos os países, independentemente da sua dimensão, força ou fraqueza, ricos ou pobres, são membros iguais da comunidade internacional; que devem partilhar interesses, direitos e responsabilidades nos assuntos internacionais; e que devem dar as mãos para enfrentar os desafios e alcançar a prosperidade comum”, afirmou o Presidente chinês. Xi apelou também à “unidade e cooperação internacional para enfrentar os desafios globais” e reiterou “o empenho da China no desenvolvimento pacífico e na cooperação amigável com todas as nações”. Para tudo e todos O Presidente chinês fez as declarações durante um discurso em Pequim para assinalar o 70.º aniversário dos chamados “Cinco Princípios da Coexistência Pacífica”, os princípios oficiais da diplomacia chinesa, que incluem o respeito mútuo pela soberania e integridade territorial, a não agressão, a não ingerência nos assuntos internos, a cooperação e a coexistência pacífica. O objectivo destes princípios é “proteger os interesses e as aspirações dos países pequenos e fracos num ambiente de política de poder”, de acordo com Xi, que acrescentou que são “claramente anti-imperialistas, anti-coloniais e anti-hegemónicos, abandonando a lei da selva do militarismo e da intimidação dos fracos pelos fortes e estabelecendo uma base ideológica importante para a promoção da ordem internacional numa direcção mais justa”. Desde o início da invasão em grande escala da Ucrânia pela Rússia, Pequim tem mantido uma posição ambígua, apelando ao respeito pelo direito à integridade territorial de todas as partes, em referência à Ucrânia, e às “legítimas preocupações de segurança” de todos os países, em referência à Rússia. Pequim também reiterou o seu apoio à “solução dos dois Estados” na Palestina e a sua “consternação” pelos ataques israelitas a civis em Gaza. Funcionários chineses realizaram várias reuniões com representantes de países árabes e muçulmanos para reafirmar esta posição ou para tentar fazer avançar as negociações de paz.
Hoje Macau China / ÁsiaELP | Xi Jinping pede “lealdade absoluta” e fim da corrupção O líder chinês discursou numa conferência em Yanan para lembrar aos comandantes do exército o dever de lealdade ao Partido e a missão de acabar com a corrupção O Presidente chinês, Xi Jinping, exigiu ontem ao Exército de Libertação Popular (ELP), as Forças Armadas da China, “lealdade absoluta” ao Partido Comunista e sublinhou que “não pode haver lugar para a corrupção”. Xi, também Presidente da poderosa Comissão Militar Central (CMC), dirigiu-se aos comandantes do exército durante uma conferência em Yanan, na província de Shaanxi, no noroeste do país, informou a imprensa local. “Temos de deixar claro que as armas devem estar sempre nas mãos daqueles que são leais ao Partido, em quem se pode confiar. E temos de deixar claro que não há lugar para quaisquer elementos corruptos no exército”, disse Xi, citado pela agência de notícias oficial Xinhua. As declarações surgem meses após a demissão de nove generais, na sequência do afastamento do ministro da defesa Li Shangfu, alegadamente envolvido num caso de corrupção em grande escala, e antes da terceira sessão plenária do Comité Central do PCC, em Julho, quando deverão ser reveladas as prioridades económicas do país para os próximos anos. Xi sublinhou no seu discurso, segundo a Xinhua, que o ELP “não deve esquecer o espírito revolucionário dos fundadores do Partido” e deve estar preparado para enfrentar “um mundo instável e em mudança”. “Estamos a enfrentar mudanças complexas e profundas no mundo, no nosso país, no Partido e no exército”, disse, acrescentando que o ELP tem de estar “preparado para lutar e vencer”, pelo que tem de fazer “um exame minucioso”. “Os quadros [do ELP] a todos os níveis, mas os quadros superiores em particular, devem dar um passo em frente, ousar enfrentar as suas próprias falhas e defeitos”, disse Xi. Isto inclui “eliminar quaisquer elementos que encorajem a corrupção”, acrescentou, apelando a mais “mecanismos de controlo e supervisão”. Limpeza do sistema O PCC puniu 610.000 funcionários no ano passado, um número recorde que sustenta a persistente campanha anticorrupção de Xi, que consolidou o seu poder à frente do país durante o 20.º Congresso do Partido Comunista, em 2022. No ano passado, Xi apelou a “um redobramento” da luta contra a corrupção, que disse ter obtido “uma vitória esmagadora”, embora tenha previsto mais punições porque “a situação ainda é grave”. A actual campanha visa sectores tão diversos como as finanças, o tabaco e os produtos farmacêuticos, enquanto críticos dizem que visa também afastar rivais políticos de Xi.
Hoje Macau China / ÁsiaMédio Oriente | Xi pede conferência de paz “credível e eficaz” O Presidente chinês discursou no Fórum de Cooperação China-Estados Árabes, que juntou em Pequim líderes do Egipto, dos EAU, do Bahrein, e da Tunísia O Presidente chinês, Xi Jinping, pediu ontem uma conferência internacional de paz “credível e eficaz” para resolver o conflito israelo-palestiniano e reiterou o apoio à criação do Estado da Palestina. “A justiça não pode estar sempre ausente e a solução de dois Estados não pode ser arbitrariamente contornada”, disse Xi, que defende a coexistência pacífica de Israel e da Palestina. Num discurso no Fórum de Cooperação China-Estados Árabes, em Pequim, citado pela agência espanhola Europa Press, Xi prometeu 500 milhões de yuan de ajuda humanitária a Gaza. Prometeu também doar três milhões de dólares à Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA). A agência, criticada pelas autoridades israelitas, presta assistência e socorro aos refugiados da guerra entre Israel e o Hamas. A China há muito que apoia os palestinianos e denuncia Israel pelos colonatos nos territórios ocupados, embora mantenha laços económicos crescentes com o Estado israelita. Xi defendeu o reforço das relações bilaterais com os países árabes, porque a guerra “não pode durar indefinidamente”. “O Médio Oriente tem grandes perspectivas de desenvolvimento”, afirmou o Presidente da República Popular China aos líderes da Tunísia, Egipto, Bahrein e Emirados Árabes Unidos (EAU) presentes no fórum. Xi disse também que a China vai impulsionar a cooperação estratégica com os países árabes em domínios como o da energia e apelou para a celebração de acordos regionais de comércio livre. “Estamos dispostos a construir estas relações de forma a manter a paz e a estabilidade a nível global”, afirmou, segundo a agência noticiosa chinesa Xinhua. Xi anunciou ainda que a China vai acolher a segunda cimeira China-Árabe, que descreveu como uma “pedra angular” das relações bilaterais, em 2026. Participam no fórum os líderes do Egipto, Abdel Fattah al-Sisi, dos EAU, Mohamed bin Zayed al Nahyan, do Bahrein, Hamad bin Salman Al Khalifa, e da Tunísia, Kais Saied. Posição elogiada O Presidente egípcio, que discursou na cerimónia de abertura, elogiou a China por apoiar um cessar-fogo imediato em Gaza e a criação de um Estado palestiniano independente. “Apelo a todos os actores activos da comunidade internacional para que assumam as suas responsabilidades morais e legais para pôr termo à ultrajante guerra israelita”, afirmou al-Sissi, citado pela agência norte-americana AP. Pediu também “medidas imediatas e decisivas” para a entrega de ajuda humanitária em Gaza, “a fim de romper o cerco israelita e contrariar quaisquer tentativas de deslocar à força os palestinianos das suas terras”. A ofensiva israelita em curso na Faixa de Gaza já causou mais de 36.000 mortos, segundo o governo do Hamas, que controla o enclave palestiniano desde 2007.
Hoje Macau China / ÁsiaUganda-Tanzânia | Vinte ONG pedem a Pequim que retire apoio ao macro-pipeline Quase uma vintena de organizações não-governamentais (ONG) pediram no sábado ao Presidente chinês, Xi Jinping, que retire o apoio à polémica construção de um macrogasoduto entre o Uganda e Tanzânia, devido aos riscos ambientais e socioeconómicos do projecto. A construção do Oleoduto de Petróleo Bruto da África Oriental (EACOP), que será o oleoduto de petróleo bruto aquecido mais longo do mundo, obteve o apoio de Xi, disse o Presidente do Uganda, Yoweri Museveni, em Abril passado. No entanto, num comunicado enviado à agência noticiosa espanhola EFE, as 19 ONG ugandesas e tanzanianas sustentam que o EACOP “ameaça a segurança e os meios de subsistência de milhões de pessoas e, através da sua inevitável exacerbação da crise climática, representa um risco significativo para a segurança e estabilidade de toda a região e do mundo”. As organizações denunciaram que muitas comunidades “foram deslocadas à força das suas terras ancestrais e receberam compensações injustas que não reflectem o valor real do que perderam”. “Por sua vez, as comunidades sofreram um aumento dos níveis de insegurança alimentar e não puderam aceder a serviços básicos como a educação e os cuidados de saúde”, afirmaram as ONG, que temem igualmente o risco de derrames de petróleo e de danos ambientais duradouros, incluindo em importantes fontes de água e zonas húmidas. “Apelamos respeitosamente ao Presidente Xi para que reconsidere o seu apoio ao projecto” e aos projectos de exploração petrolífera envolvendo empresas chinesas, sublinham as ONG.
Hoje Macau China / ÁsiaPutin agradece, Xi cita Carta da ONU O Presidente russo, Vladimir Putin, agradeceu ontem a Xi Jinping as iniciativas da China para resolver o conflito na Ucrânia, num encontro em Pequim, no qual o líder chinês disse esperar que a Europa regresse à paz. Putin garantiu que vai informar Xi em pormenor sobre a “situação na Ucrânia” e afirmou que o seu país “está grato pela iniciativa dos colegas e amigos chineses para resolver a situação”. “A China espera que a Europa regresse rapidamente à paz e à estabilidade e vai continuar a desempenhar um papel construtivo nesse sentido”, apontou Xi. O primeiro ponto do plano chinês destacou a importância de “respeitar a soberania de todos os países”, numa referência à Ucrânia. “O Direito internacional, universalmente reconhecido, incluindo os propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas, deve ser rigorosamente observado”, lê-se na proposta. Mas o Governo chinês apelou ainda ao fim da “mentalidade da Guerra Fria” – um termo frequentemente usado por Pequim para criticar a política externa dos Estados Unidos. “A segurança de uma região não deve ser alcançada através do fortalecimento ou expansão de blocos militares”, lê-se, numa crítica implícita ao alargamento da NATO. “Os legítimos interesses e preocupações de segurança de todos os países devem ser levados a sério e tratados adequadamente”. Xi afirmou que os dois países estão a aprofundar as suas relações como “bons vizinhos, bons amigos, bons parceiros”, ecoando o seu compromisso com a amizade “sem limites” que proclamaram em 2022, pouco antes de a Rússia lançar a invasão. Pequim é agora o maior mercado para o petróleo e gás russos e uma importante fonte de importações, que incluem bens de dupla utilização civil e militar, que mantêm a máquina militar russa operacional, apesar de a China ter banido a venda de armamento ao país vizinho. Abertos a negociações Citado pela agência noticiosa estatal russa RIA-Novosti, Putin afirmou que as relações Rússia – China “não são dirigidas contra ninguém”. “A nossa cooperação nos assuntos mundiais é hoje um dos principais factores de estabilização do cenário internacional”, realçou. Na véspera da visita, Putin afirmou, numa entrevista à imprensa oficial chinesa, que o Kremlin quer negociar uma solução para o conflito na Ucrânia. “Estamos abertos a um diálogo sobre a Ucrânia, mas essas negociações devem ter em conta os interesses de todos os países envolvidos no conflito”, afirmou. A deslocação do líder russo ocorre numa altura em que as forças do seu país têm vindo a intensificar uma ofensiva na região de Kharkiv, no nordeste da Ucrânia, que teve início na semana passada, na incursão fronteiriça mais significativa desde o início da invasão em grande escala. Juntamente com os esforços de Moscovo para aproveitar os seus ganhos na região vizinha de Donetsk, a guerra de dois anos entrou numa fase crítica para as forças armadas ucranianas, que aguardam novos fornecimentos de mísseis antiaéreos e cartuchos de artilharia dos Estados Unidos. “Estamos a procurar uma solução abrangente, sustentável e justa para este conflito”, afirmou Putin, citado pela Xinhua.
Hoje Macau China / ÁsiaViagem | Xi Jinping deixa Budapeste e termina périplo de 5 dias pela Europa O périplo europeu de Xi que começou em Paris, onde se encontrou com Macron, terminou este fim-de-semana na capital da Hungria, após uma passagem pela Sérvia O Presidente chinês Xi Jinping deixou Budapeste na passada sexta-feira, onde completou a sua primeira viagem à Europa desde 2019 que durou cinco dias e que incluiu paragens em França e na Sérvia. O avião oficial do líder chinês descolou desde o aeroporto da capital húngara, segundo imagens transmitidas pela televisão estatal M1. Xi Jinping chegou a Paris no domingo, onde foi recebido com pompa e manteve um diálogo com o Presidente francês Emmanuel Macron sobre disputas comerciais e até sobre os laços Pequim-Moscovo, vistos com apreensão pelos ocidentais, num contexto de guerra na Ucrânia. Situação diferente foram as viagens a Belgrado e Budapeste, países amigos de Pequim e que permanecem próximos de Moscovo. Na Sérvia, candidata à União Europeia (UE), as duas nações assinaram um acordo para construir um “futuro partilhado”. Já na Hungria, a capital foi colocada sob alta segurança e os meios de comunicação social foram completamente mantidos afastados dos acontecimentos. O programa da visita nem sequer foi divulgado, noticiou a agência France-Presse (AFP). Xi Jinping manteve inúmeras conversas com o primeiro-ministro Viktor Orban, um nacionalista habituado a impasses com Bruxelas. Em referência às relações diplomáticas “no seu auge” em 75 anos de história, o líder chinês anunciou o reforço da já florescente “parceria estratégica” com o país da Europa Central. Negócios garantidos Xi Jinping apelou à Hungria, que presidirá a UE no segundo semestre do ano, a desempenhar “um papel mais importante” no desenvolvimento da cooperação entre a China e o bloco comunitário. No total, foram divulgados 18 acordos comerciais, desde ligações ferroviárias ao sector nuclear, além de fábricas de baterias e carros eléctricos que vão surgir por todo o solo húngaro. Xi Jinping e Viktor Orban visitaram no sábado a sede da petrolífera MOL, localizada num arranha-céus de 143 metros.
Hoje Macau China / ÁsiaXi Jinping na Europa | França deve procurar “meio termo”, escreve imprensa chinesa A viagem a França do Presidente chinês, Xi Jinping, constitui uma “oportunidade” para Paris ser “sincera” e “chegar a um meio-termo”, com vista a “contribuir para a estabilidade da economia global”, defendeu ontem a imprensa chinesa. “Espera-se sinceramente que a França chegue a um meio-termo com a China, promovendo uma maior cooperação bilateral em matéria de comércio e investimento, através de uma melhor comunicação e coordenação, contribuindo, em última análise, para a estabilidade e prosperidade da economia global”, afirmou o jornal estatal Global Times, em editorial, numa altura de crescentes tensões económicas e comerciais entre a União Europeia (UE) e a China. A Europa tem de ver a China de uma “perspectiva global”, algo que “beneficiaria o mundo”, porque “a China é uma oportunidade”, afirmou He Zhigao, do Instituto de Estudos Europeus da Academia Chinesa de Ciências Sociais, citado pelo Global Times. “Mas se a Europa ficar do lado dos Estados Unidos, só verá a China como um desafio”, vincou. Xin Hua, do Centro de Estudos da União Europeia da Universidade de Estudos Internacionais de Xangai, considerou que a orientação estratégica da França desempenha “um papel decisivo” na UE e que, enquanto os dois países mantiverem uma interação positiva, as relações entre Pequim e o bloco permanecerão “estáveis”. “Embora tenha havido altos e baixos nas relações entre China e UE, nos últimos anos, a atitude e a postura cooperativa da China e da França em muitas questões permaneceram estáveis. Desde o ano passado, os intercâmbios a todos os níveis entre a China e a Europa foram totalmente retomados e cada vez mais os europeus reconhecem a boa vontade da China”, apontou. “Para a Europa, a China é uma oportunidade e não um risco. Somos um parceiro e não um rival. De um modo geral, a vontade da Europa de cooperar com a China está a aumentar”, acrescentou. Espinhos atravessados Os analistas citados pelo Global Times não mencionaram algumas das questões mais espinhosas da relação, como a situação dos Direitos Humanos na China ou as tensões comerciais, especialmente depois de Bruxelas ter anunciado medidas para combater práticas que considera injustas, nomeadamente a subvenção maciça de alguns sectores que inundam o mercado europeu. Analistas citados pelo jornal de Hong Kong South China Morning Post, afirmaram ontem que as restrições europeias aos automóveis fabricados na China “não vão impedir” os principais fabricantes de automóveis chineses, desde a BYM à Chery Automobile, “de prosseguirem as suas ambições globais”.
Hoje Macau China / Ásia MancheteXi Jinping na Europa | Paris e Pequim querem relação harmoniosa O Presidente chinês, Xi Jinping, está em Paris, onde reuniu com Macron e Von der Leyen, naquela que é a sua primeira visita à Europa após o fim da pandemia. Depois de França, o périplo europeu inclui também visitas à Hungria e Sérvia A França comprometeu-se ontem a manter uma relação equilibrada entre a China e a União Europeia (UE) num encontro dos Presidentes dos dois países em Paris, em que participou a presidente da Comissão Europeia. “A nossa vontade é ter uma relação equilibrada com a China”, afirmou o chefe de Estado francês, Emmanuel Macron, antes do início da reunião com Xi Jinping e Ursula von der Leyen no Palácio do Eliseu. Macron exigiu “regras justas para todos” no comércio entre a Europa e a China, segundo a agência espanhola EFE. “O futuro do nosso continente dependerá claramente da nossa capacidade de continuar a desenvolver as relações com a China de uma forma equilibrada”, disse Macron, também citado pela agência francesa AFP. Nas breves declarações à imprensa antes da reunião à porta fechada com Xi e Von der Leyen, o líder francês aludiu às tensões económicas e comerciais entre a China e a UE. A UE anunciou nos últimos meses medidas de protecção contra práticas que considera injustas por parte de Pequim, nomeadamente a subvenção de certos sectores cujos produtos inundam o mercado europeu. Macron disse que existem outras preocupações que serão discutidas com o Presidente chinês, e falou das guerras na Ucrânia e no Médio Oriente. “São duas grandes crises em que a coordenação entre nós é absolutamente crucial”, afirmou. Xi apelou para que a China e a UE reforcem a “coordenação estratégica” e se mantenham parceiros, num contexto de numerosos litígios que vão do comércio aos direitos humanos. “Como duas grandes potências mundiais, a China e a UE devem permanecer parceiros, prosseguir o diálogo e a cooperação, aprofundar a comunicação estratégica, reforçar a confiança mútua estratégica, consolidar o consenso estratégico e empenhar-se na coordenação estratégica”, disse Xi. Segundo o líder chinês, “o objectivo é promover o desenvolvimento estável e saudável das relações entre a China e a UE, e dar constantemente novos contributos para a paz e o desenvolvimento no mundo”. Diferenças de parte A UE considera oficialmente a China como um parceiro, mas também como um concorrente e um rival sistémico. As relações entre Pequim e Bruxelas tornaram-se significativamente tensas sobretudo desde que a UE lançou uma investigação sobre os subsídios do gigante asiático aos carros eléctricos em 2023. A China foi também criticada pelo Ocidente, nomeadamente pelos europeus, relativamente à questão da Ucrânia. Embora apele ao respeito pela integridade territorial de todos os países, incluindo a Ucrânia, a China nunca condenou publicamente a Rússia. Pequim também reforçou as relações diplomáticas e económicas com Moscovo desde o início da ofensiva russa na Ucrânia, em Fevereiro de 2022. Apesar das diferenças, Pequim considera Bruxelas um parceiro mais estável e previsível do que os Estados Unidos, que nos últimos anos intensificaram as restrições comerciais e as declarações políticas hostis em relação à China. “Esperamos que as relações sino-francesas e sino-europeias se reforcem mutuamente e se desenvolvam em conjunto”, disse Xi a Macron e a Von der Leyen. Xi Jinping iniciou ontem em França a primeira visita à Europa desde a pandemia de covid-19, que inclui também Hungria e Sérvia, dois países considerados próximas da China e da Rússia.
Hoje Macau China / ÁsiaSérvia | Presidente Aleksandar Vucic enaltece visita de Xi Jinping O Presidente sérvio, Aleksandar Vucic, disse na terça-feira que a iminente visita de Estado do Presidente chinês, Xi Jinping, é não só um grande evento diplomático para a Sérvia, mas também um grande evento digno da alegria de todo o povo sérvio. Ao expressar a sua crença de que a visita de Xi trará uma nova esperança para o desenvolvimento da Sérvia, o Presidente afirmou: “Estou muito ansioso pela visita do presidente Xi”, inca a Xinhua. Vucic proferiu estas declarações ao reunir com o presidente da Agência de Notícias Xinhua, Fu Hua, em Belgrado. Observando que a China é o “amigo de ferro” da Sérvia e que os intercâmbios entre os dois países são totalmente francos e abertos, Vucic disse que a Sérvia nunca esquecerá o apoio do povo chinês, acrescentando acreditar que Xi sentirá a simpatia e a amizade do povo sérvio durante sua visita. A Sérvia apoia firmemente a posição da China em salvaguardar seus interesses centrais e grandes preocupações, enfatizou Vucic. Sobre a questão de Taiwan, Vucic disse que a Sérvia defende firmemente o princípio de Uma Só China e apoia a China na salvaguarda da sua soberania e integridade territorial.
Hoje Macau China / ÁsiaParis | Xi reúne com Macron a 6 e 7 de Maio O Presidente chinês, Xi Jinping, tem prevista uma visita de Estado a França, a 06 e 07 de Maio, para discutir a guerra na Ucrânia com Emmanuel Macron. “Esta visita tem lugar por ocasião do 60.º aniversário das relações diplomáticas entre os dois países e ocorre na sequência da visita do Presidente a Pequim e Cantão em Abril de 2023”, afirmou o Palácio do Eliseu num comunicado de imprensa. “Os contactos vão concentrar-se nas crises internacionais, nomeadamente a guerra na Ucrânia e na situação no Médio Oriente, nas questões comerciais, na cooperação científica, cultural e desportiva, bem como nas nossas ações comuns para enfrentar os desafios globais, em particular a emergência climática, a proteção da biodiversidade e a situação financeira dos países mais vulneráveis”, acrescentou a Presidência francesa em comunicado. No ano passado, na República Popular da China, Emmanuel Macron apelou a Xi Jinping para “chamar a Rússia à razão” relativamente à Ucrânia “e para que todos regressem à mesa das negociações”. O Presidente chinês disse na altura que estava pronto para contactar o homólogo ucraniano Volodymyr Zelensky, de acordo com a delegação francesa. O contacto telefónico teve lugar pouco tempo depois, mas os progressos diplomáticos esperados por Paris na frente russo-ucraniana não evoluíram. Segundo a Agência France Presse (AFP), um ano depois, a “análise francesa não mudou”: Pequim continua a ser o principal aliado político e económico de Moscovo e o diálogo com a superpotência chinesa sobre o conflito ucraniano continua a ser uma prioridade. “Temos de continuar a envolver a China, que é objectivamente o actor internacional com maior influência para mudar a mentalidade de Moscovo”, disse uma fonte diplomática francesa a AFP, reconhecendo, no entanto, que não se pode esperar uma grande mudança “de um dia para o outro”. Canais abertos Apelando a uma solução de paz, as autoridades chinesas nunca condenaram a invasão russa. O Presidente russo Vladimir Putin deve visitar a República Popular da China em Maio. “Com esta visita, a França demonstra que é um dos poucos países do mundo capaz de manter canais de discussão a todos os níveis com a segunda maior economia do mundo, a China, numa altura em que as relações com os Estados Unidos e o Reino Unido são tensas. Trata-se de uma mais-valia única para a França”, acrescentou a mesma fonte diplomática. Em meados de Abril, o chanceler alemão, Olaf Scholz, pediu ao Presidente Xi Jinping, em Pequim, para pressionar Moscovo a parar a “campanha sem sentido” na Ucrânia, afirmando simultaneamente o apoio germano-chinês a uma conferência de paz em Junho na Suíça. Na semana passada, o líder chinês recebeu também o chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, a quem pediu que os Estados Unidos “sejam parceiros e não rivais”. O secretário de Estado norte-americano disse ter manifestado a Pequim preocupações relativamente ao apoio dado à Rússia, afirmando que a invasão da Ucrânia seria “mais difícil” sem o apoio de Pequim. Esta visita a França marca o início da primeira deslocação de Xi Jinping à Europa desde a pandemia de Covid-19. De acordo com a imprensa francesa, Xi Jinping vai visitar a Sérvia e a Hungria de 08 a 10 de Maio.
Hoje Macau China / ÁsiaXi Jinping reúne-se com empresários dos EUA em Pequim O Presidente chinês, Xi Jinping, reuniu-se ontem com representantes de empresas norte-americanas em Pequim, num esforço para atrair investimento estrangeiro e tranquilizar as empresas norte-americanas quanto ao abrandamento económico. Embora os nomes dos participantes não tenham sido mencionados, foi confirmada a presença de representantes do meio académico e empresarial, no encontro que decorreu no Grande Palácio do Povo, informou a televisão estatal CCTV. A reunião segue-se ao Fórum de Desenvolvimento da China, concluído na segunda-feira e no qual estiveram presentes importantes líderes empresariais, incluindo o director executivo da Apple, Tim Cook, cuja empresa viu as vendas do iPhone cair 33 por cento, em Fevereiro, no país asiático, de acordo com dados oficiais. O encontro com o secretário-geral do Partido Comunista Chinês (PCC) não fazia parte da agenda do Fórum de Desenvolvimento da China e foi marcada separadamente. De acordo com a imprensa local, a reunião é apresentada como uma oportunidade para abordar as percepções negativas sobre o actual clima empresarial na China, bem como para promover o investimento directo estrangeiro no país, que no ano passado registou um declínio. O encontro visa também aumentar a confiança das empresas estrangeiras interessadas em aumentar a participação na China. Promessas de crescimento O Governo chinês estipulou uma meta de crescimento económico de 5 por cento para este ano e prometeu um maior apoio às empresas de sectores estratégicos. A China alertou também na terça-feira os Estados Unidos para a importância das relações bilaterais entre as duas nações, durante um encontro em Pequim entre o ministro dos Negócios Estrangeiros do país asiático, Wang Yi, e uma delegação norte-americana, liderada pelo presidente do Comité Nacional para as Relações EUA-China, Evan Greenberg. A reunião com a delegação dos EUA teve lugar no contexto de uma aproximação entre as duas potências, depois de meses de hostilidades comerciais, tecnológicas e geopolíticas. Xi e o Presidente dos EUA, Joe Biden, reuniram-se em Novembro passado, em São Francisco, para tentar estabilizar a tumultuosa relação bilateral. Os dois líderes chegaram a acordos para combater o tráfico de fentanil e reabrir os canais de comunicação militar.
Hoje Macau China / ÁsiaDiplomacia | Marcelo e Xi trocaram mensagens sobre relações sino-portuguesas Por ocasião do 45.º aniversário das relações diplomáticas entre Portugal e a China, os dois Presidentes trocaram saudações e salientaram a amizade secular que une as duas nações O Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa lembrou as relações seculares com a China, enquanto o homólogo chinês Xi Jinping mostrou-se disponível para continuar a desenvolver as relações sino-portuguesas. Marcelo Rebelo de Sousa e Xi Jinping trocaram ontem mensagens de felicitações, por ocasião do 45.º aniversário das relações diplomáticas entre os dois países, que foram divulgadas na página na Internet da Presidência portuguesa. O chefe de Estado português lembrou que este ano se evocam “quase cinco séculos de descoberta recíproca, quarenta e cinco anos de relações diplomáticas, vinte e cinco anos de solução acordada sobre Macau e vinte anos do Fórum Macau”. “Poucos Povos e Estados no mundo podem afirmar, como Portugal e China, que mantêm, ininterruptamente, há cinco séculos, uma relação de convivência territorial, cultural, económica, social e política, apesar da distância geográfica”, vincou. Marcelo Rebelo de Sousa apontou que as relações nasceram no tempo dos impérios e que as relações diplomáticas decorrem há 45 anos, lembrando que nestes anos decorreram visitas de todos os Presidentes de Portugal à República Popular da China e Presidentes da China à República Portuguesa. “Viram, em 1999, a negociada, pacífica e bem-sucedida transferência da soberania de Macau para a China. Viram o desenvolvimento de relações bilaterais e também envolvendo a Comunidade de Países de Língua Portuguesa, nomeadamente através do Fórum Macau”, sublinhou o chefe de Estado português. O Presidente da República recordou também “áreas de actuação comum a nível multilateral, como a acção climática, os oceanos, as migrações, o desenvolvimento sustentável ou a atenção ao papel de relevantes organizações internacionais”. “Viram, é certo, perspectivas muito diversas em princípios fundamentais, sem desperdiçar as lições de séculos de partilha de vivências, bem como de décadas de diálogo constante”, destacou ainda. De mãos dadas O Presidente da China realçou, na sua missiva endereçada ao chefe de Estado português, as relações orientadas pelo “respeito mútuo, abertura e inclusão”. Xi Jinping salientou que estas relações permitiram resolver “de forma apropriada a questão de Macau através de consultas amigáveis, estabeleceram a Parceria Estratégica Global China-Portugal em resposta à situação na altura, conjugaram esforços para enfrentar a crise financeira internacional e os desafios de saúde pública global”. “Os dois países têm expandido a cooperação de benefícios mútuos entre as empresas, avançado de mãos dadas na cooperação Uma Faixa, Uma Rota, promovido em conjunto o desenvolvimento das relações China-União Europeia e salvaguardado o multilateralismo. Trata-se de uma vívida demonstração do caminho correcto de relacionamento entre os países”, frisou o governante chinês. Xi Jinping garantiu também que atribui “grande importância ao desenvolvimento das relações sino-portuguesas” e que está disposto a trabalhar em conjunto com Marcelo Rebelo de Sousa “para conduzir a Parceria Estratégica Global China-Portugal a aprofundar-se constantemente”, para melhor beneficiar os povos, fomentar o desenvolvimento saudável e estável das relações China-União Europeia e “contribuir para a paz, a estabilidade e a prosperidade do mundo”. “Que a amizade sino-portuguesa dure para sempre”, concluiu Xi Jinping, na sua carta.
Hoje Macau China / ÁsiaAPEC | MNE peruano diz que Xi Jinping vai visitar Peru para cimeira O Presidente chinês, Xi Jinping, vai visitar o Peru para participar na cimeira de líderes do fórum de Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC), disse o ministro dos Negócios Estrangeiros peruano, Javier González-Olaechea. “A participação do Presidente chinês foi confirmada e, além da inauguração [do porto de Chancay], que é um grande evento, vai participar na cimeira APEC Peru 2024″, disse González-Olaechea, no domingo, em declarações à emissora Radio Nacional. O porto peruano de Chancay, localizado na costa central do Peru, a cerca de 80 quilómetros de Lima, pretende tornar-se a principal ligação comercial da China na América do Sul. Este porto, que está a ser construído pela empresa chinesa Cosco Shipping, aspira a ser “o primeiro porto privado de uso público” que, devido à profundidade de mais de 16 metros, poderá receber navios com uma capacidade para 18 mil contentores. Gonzalez-Olaechea também destacou que, durante a participação no Fórum Económico Mundial em Davos (Suíça), promoveu o porto de Corio, na região sul de Arequipa, cuja capacidade é “sete vezes superior à” de Chancay. “O Peru está cheio de potencialidades e cabe ao Ministério dos Negócios Estrangeiros, ao Ministério do Comércio Exterior e Turismo e à ProInversion [agência de promoção de investimentos] percorrer o mundo para trabalhar incansavelmente, visando dar a conhecer essas possibilidades reais”, disse. A agenda da APEC no Peru em 2024 vai ser concluída com a Semana dos Líderes Económicos do fórum, entre 10 e 16 de Novembro, em Lima, com a presença dos mais altos representantes das economias que integram o fórum de cooperação económica.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | Xi defende necessidade de “conquistar os corações” dos taiwaneses O Presidente chinês apelou a esforços para “conquistar os corações” de Hong Kong, Macau e Taiwan, depois de o Partido Democrático Progressista, representado por William Lai Ching-te, ter mantido o poder em Taiwan. Num artigo publicado ontem, Xi Jinping apelou também ao “reforço das forças patrióticas e da reunificação” em Taiwan, informou a agência de notícias oficial Xinhua. Xi sublinhou a necessidade de direccionar o Departamento de Trabalho da Frente Unida do Comité Central do Partido Comunista Chinês (PCC), para “mobilizar apoios” e “desenvolver e melhorar o sistema político da China”. A Frente Unida procura reunir as forças sociais que apoiam o PCC e a sua liderança, tanto na China como no estrangeiro. O líder chinês apelou à “oposição aos actos separatistas” que apoiam a “independência de Taiwan” e à “promoção da reunificação completa da pátria”. Xi sublinhou ainda a importância de “promover o sentido de comunidade da nação chinesa entre os diferentes grupos étnicos”.
Hoje Macau China / ÁsiaRússia | Xi diz que assegurar boas relações é “escolha estratégica” O Presidente chinês reafirmou a solidez da relação de amizade com o povo russo durante a visita do primeiro-ministro Mikhail Mishoustin a Pequim O Presidente chinês, Xi Jinping, afirmou ontem que manter relações robustas com a Rússia é uma “escolha estratégica” e apelou ao aprofundar da cooperação bilateral, durante uma reunião com o primeiro-ministro russo, Mikhail Mishoustin, em Pequim. “Manter e desenvolver as relações entre China e Rússia é uma escolha estratégica feita por ambas as partes com base nos interesses fundamentais dos nossos dois povos”, afirmou Xi, citado pela televisão estatal CCTV. Os dois países devem “ampliar constantemente os efeitos positivos dos seus laços políticos de alto nível” e “aprofundar a sua cooperação nos domínios da economia, comércio, energia, conectividade e outros sectores”, acrescentou. Xi afirmou que a “China apoia o povo russo a seguir a via de desenvolvimento da sua escolha” e destacou a “forte resiliência”, “amplas perspectivas” e “solidez” da cooperação bilateral. O líder chinês sublinhou ainda que o comércio bilateral entre China e Rússia atingiu 200 mil milhões de dólares nos primeiros 11 meses do ano, uma meta delineada pelas autoridades dos dois países. Melhor que nunca Em Fevereiro de 2022, pouco antes do início da invasão russa da Ucrânia, o Presidente russo, Vladimir Putin, e o seu homólogo chinês, Xi Jinping, proclamaram em Pequim uma “amizade sem limites” entre as suas nações. Desde então, Moscovo e Pequim têm afirmado que os seus laços “não ameaçam nenhum país” e que visam “promover um mundo multipolar”. A China tem mantido uma posição ambígua no conflito. Pequim apelou ao respeito pela “integridade territorial de todos os países”, incluindo a Ucrânia, e atenção às “preocupações legítimas de todos os países” com a segurança, em referência à Rússia. As relações entre Pequim e Moscovo “nunca foram tão boas”, afirmou Mishoustin. A visita do primeiro-ministro russo à China, a segunda em 2023, visa reforçar ainda mais a cooperação económica e “contrariar as pressões externas”, segundo especialistas citados pelo jornal oficial chinês Global Times. Em Novembro passado, o vice-primeiro-ministro chinês, Ding Xuexiang, e o seu homólogo russo, Andrei Belousov, acordaram em Pequim aumentar a cooperação em matéria de investimento entre os dois países, bem como “reforçar a coordenação e elaborar planos a longo prazo”. A reunião é a última de uma série de intercâmbios entre os líderes chineses e russos este ano, que incluiu duas reuniões entre Xi e Putin. A visita do primeiro-ministro russo à China, na terça e quarta-feira, ocorre dois meses depois de o Presidente russo, Vladimir Putin, se ter encontrado com Xi Jinping em Pequim. Um general chinês de alta patente foi também recebido em Moscovo em Novembro.
Hoje Macau China / ÁsiaChina/EUA | Xi afirma que laços comerciais têm “perspectivas promissoras” O líder chinês, a propósito do 50.º aniversário do Conselho Empresarial EUA-China, salientou o potencial de cooperação das duas nações que pode abrir horizontes promissores e trazer benefícios globais O Presidente chinês afirmou sexta-feira que China e Estados Unidos têm “enorme potencial e perspectivas promissoras” para reforçar a cooperação económica e comercial, numa altura em que os dois países procuram melhorar as relações. “A China vai promover um desenvolvimento de alto nível e abrir-se ao mundo exterior com um ambiente empresarial internacional, legal e orientado para o mercado. Isto vai trazer mais oportunidades para as empresas de todo o mundo, incluindo as empresas americanas”, afirmou Xi Jiping, numa carta de felicitações por ocasião do 50.º aniversário da criação do Conselho Empresarial EUA-China. Os dois países têm um “enorme potencial”, “um amplo espaço de cooperação” e “perspectivas promissoras” para reforçar os laços económicos e comerciais, salientou. De acordo com Xi, estes laços “são uma parte importante da relação” e trouxeram “muitos benefícios” para ambos os lados. O líder chinês avançou ainda que “chegou a um importante consenso” com o homólogo dos EUA, Joe Biden, durante a reunião que tiveram em Novembro passado, à margem da cimeira da Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC), em São Francisco. “Tivemos uma troca de pontos de vista aprofundada sobre questões importantes relacionadas com o desenvolvimento das relações entre China e EUA. Chegámos a um importante consenso. A China está disposta a trabalhar com os EUA segundo os princípios do respeito mútuo, coexistência pacífica e cooperação”, afirmou o Presidente chinês. “Espero que este Conselho continue a construir pontes para intercâmbios amigáveis entre os nossos países”, acrescentou Xi sobre o órgão sediado em Washington, que foi criado pelos Estados Unidos, em 1973, para lidar com a China, antes do estabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países. Reparar estragos China e Estados Unidos estão a tentar emendar uma relação que se deteriorou, nos últimos anos, abalada por uma prolongada guerra comercial e tecnológica e diferendos sobre Taiwan, mar do Sul da China ou Direitos Humanos. Os dois lados continuam a divergir em muitas questões: por exemplo, no domingo, os Estados Unidos pediram a China para que parasse com o comportamento “perigoso e desestabilizador” no mar do Sul da China, após uma altercação entre navios chineses e filipinos em águas disputadas, que Washington descreveu como “manobras imprudentes” de Pequim. Já a China, instou sexta-feira os Estados Unidos a serem “coerentes” e “respeitadores” nas relações económicas e comerciais com Pequim e a não imporem sanções contra empresas chinesas enquanto “dizem querer cooperar” com o país asiático. A porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros, Mao Ning, disse em conferência de imprensa que a China “sempre acreditou que o desenvolvimento de relações económicas e comerciais saudáveis e estáveis com os Estados Unidos beneficia ambos os países e o mundo”. A porta-voz reagiu assim às recentes declarações da secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, que afirmou que o papel excessivo das empresas estatais na China “limita o crescimento” e que o “controlo excessivo” por parte do aparelho de segurança “impede o investimento”. Mao acrescentou que a China está disposta a seguir os princípios do respeito mútuo e da coexistência pacífica e a promover o desenvolvimento saudável e estável das relações económicas e comerciais bilaterais entre Pequim e Washington.
Hoje Macau PolíticaMédia | Jornalistas vão a Pequim estudar pensamento de Xi Um grupo de 20 jornalistas de Macau vão a Pequim participar num curso de formação dirigido à comunicação social sobre o estado da nação, que será ministrado na Universidade Renmin da China. Em declarações ao canal chinês da Rádio Macau, o secretário-geral da Associação dos Trabalhadores da Comunicação Social de Macau, Chui Chi Tou, apontou que o objectivo do curso é dar aos formandos conhecimentos sobre a situação do país e o desenvolvimento nacional. O conteúdo do curso inclui o estudo do espírito do 20.º Congresso Nacional do Partido Comunista Chinês, o pensamento de Xi Jinping sobre o papel da cultura, relações internacionais, o grande rejuvenescimento e a acção chinesa. Os jornalistas locais também vão visitar o Museu do Partido Comunista Chinês e instalações de meios de comunicação estatais.
Hoje Macau China / ÁsiaDiplomacia | Xi Jinping volta a receber Lukashenko Os líderes da China e Bielorrússia, Xi Jinping e Alexander Lukashenko, reuniram-se ontem, em Pequim, para discutir “questões comerciais, económicas, de investimento e de cooperação internacional”, o segundo encontro este ano, informou a imprensa estatal. Vídeos publicados pela agência noticiosa oficial bielorrussa mostram a chegada de Lukashenko à capital chinesa num avião oficial bielorrusso. De acordo com a agência, a visita de Lukashenko à China inclui “questões comerciais, económicas, de investimento e de cooperação internacional”. Lukashenko foi recebido pelo vice-ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Ma Chaoxu. Isolado na Europa e no resto do Ocidente devido à sua governação autoritária, o governo de Lukashenko voltou-se para parceiros como Pequim e Moscovo. Em Março, o líder bielorrusso visitou Pequim. Na altura, Xi declarou que a amizade entre Pequim e Minsk é “forte e inquebrável”. Há um ano, o ministro dos Negócios Estrangeiros bielorrusso, Vladimir Makei, anunciou que a Bielorrússia iria reduzir significativamente a presença diplomática nos países ocidentais e aumentá-la na Comunidade de Estados Independentes (CEI), na China e noutras nações. Durante uma visita a Minsk do então ministro da Defesa chinês, Li Shanfu, o líder bielorrusso disse que China e Bielorrússia “partilham a mesma visão da ordem mundial”. “Defendemos absolutamente um mundo multipolar, a integridade territorial e a unidade das fronteiras e territórios formados após a Segunda Guerra Mundial”, afirmou o líder bielorrusso. “Em suma, toda a base na qual a política externa da China está assente é idêntica à nossa. Há mais de 30 anos que apoiamos a China em todas as suas aspirações, porque consideramos a política interna e externa da República Popular da China absolutamente justa e voltada para a resolução pacífica de quaisquer disputas e conflitos”, acrescentou.