Hoje Macau China / ÁsiaRússia | Xi diz que assegurar boas relações é “escolha estratégica” O Presidente chinês reafirmou a solidez da relação de amizade com o povo russo durante a visita do primeiro-ministro Mikhail Mishoustin a Pequim O Presidente chinês, Xi Jinping, afirmou ontem que manter relações robustas com a Rússia é uma “escolha estratégica” e apelou ao aprofundar da cooperação bilateral, durante uma reunião com o primeiro-ministro russo, Mikhail Mishoustin, em Pequim. “Manter e desenvolver as relações entre China e Rússia é uma escolha estratégica feita por ambas as partes com base nos interesses fundamentais dos nossos dois povos”, afirmou Xi, citado pela televisão estatal CCTV. Os dois países devem “ampliar constantemente os efeitos positivos dos seus laços políticos de alto nível” e “aprofundar a sua cooperação nos domínios da economia, comércio, energia, conectividade e outros sectores”, acrescentou. Xi afirmou que a “China apoia o povo russo a seguir a via de desenvolvimento da sua escolha” e destacou a “forte resiliência”, “amplas perspectivas” e “solidez” da cooperação bilateral. O líder chinês sublinhou ainda que o comércio bilateral entre China e Rússia atingiu 200 mil milhões de dólares nos primeiros 11 meses do ano, uma meta delineada pelas autoridades dos dois países. Melhor que nunca Em Fevereiro de 2022, pouco antes do início da invasão russa da Ucrânia, o Presidente russo, Vladimir Putin, e o seu homólogo chinês, Xi Jinping, proclamaram em Pequim uma “amizade sem limites” entre as suas nações. Desde então, Moscovo e Pequim têm afirmado que os seus laços “não ameaçam nenhum país” e que visam “promover um mundo multipolar”. A China tem mantido uma posição ambígua no conflito. Pequim apelou ao respeito pela “integridade territorial de todos os países”, incluindo a Ucrânia, e atenção às “preocupações legítimas de todos os países” com a segurança, em referência à Rússia. As relações entre Pequim e Moscovo “nunca foram tão boas”, afirmou Mishoustin. A visita do primeiro-ministro russo à China, a segunda em 2023, visa reforçar ainda mais a cooperação económica e “contrariar as pressões externas”, segundo especialistas citados pelo jornal oficial chinês Global Times. Em Novembro passado, o vice-primeiro-ministro chinês, Ding Xuexiang, e o seu homólogo russo, Andrei Belousov, acordaram em Pequim aumentar a cooperação em matéria de investimento entre os dois países, bem como “reforçar a coordenação e elaborar planos a longo prazo”. A reunião é a última de uma série de intercâmbios entre os líderes chineses e russos este ano, que incluiu duas reuniões entre Xi e Putin. A visita do primeiro-ministro russo à China, na terça e quarta-feira, ocorre dois meses depois de o Presidente russo, Vladimir Putin, se ter encontrado com Xi Jinping em Pequim. Um general chinês de alta patente foi também recebido em Moscovo em Novembro.
Hoje Macau China / ÁsiaChina/EUA | Xi afirma que laços comerciais têm “perspectivas promissoras” O líder chinês, a propósito do 50.º aniversário do Conselho Empresarial EUA-China, salientou o potencial de cooperação das duas nações que pode abrir horizontes promissores e trazer benefícios globais O Presidente chinês afirmou sexta-feira que China e Estados Unidos têm “enorme potencial e perspectivas promissoras” para reforçar a cooperação económica e comercial, numa altura em que os dois países procuram melhorar as relações. “A China vai promover um desenvolvimento de alto nível e abrir-se ao mundo exterior com um ambiente empresarial internacional, legal e orientado para o mercado. Isto vai trazer mais oportunidades para as empresas de todo o mundo, incluindo as empresas americanas”, afirmou Xi Jiping, numa carta de felicitações por ocasião do 50.º aniversário da criação do Conselho Empresarial EUA-China. Os dois países têm um “enorme potencial”, “um amplo espaço de cooperação” e “perspectivas promissoras” para reforçar os laços económicos e comerciais, salientou. De acordo com Xi, estes laços “são uma parte importante da relação” e trouxeram “muitos benefícios” para ambos os lados. O líder chinês avançou ainda que “chegou a um importante consenso” com o homólogo dos EUA, Joe Biden, durante a reunião que tiveram em Novembro passado, à margem da cimeira da Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC), em São Francisco. “Tivemos uma troca de pontos de vista aprofundada sobre questões importantes relacionadas com o desenvolvimento das relações entre China e EUA. Chegámos a um importante consenso. A China está disposta a trabalhar com os EUA segundo os princípios do respeito mútuo, coexistência pacífica e cooperação”, afirmou o Presidente chinês. “Espero que este Conselho continue a construir pontes para intercâmbios amigáveis entre os nossos países”, acrescentou Xi sobre o órgão sediado em Washington, que foi criado pelos Estados Unidos, em 1973, para lidar com a China, antes do estabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países. Reparar estragos China e Estados Unidos estão a tentar emendar uma relação que se deteriorou, nos últimos anos, abalada por uma prolongada guerra comercial e tecnológica e diferendos sobre Taiwan, mar do Sul da China ou Direitos Humanos. Os dois lados continuam a divergir em muitas questões: por exemplo, no domingo, os Estados Unidos pediram a China para que parasse com o comportamento “perigoso e desestabilizador” no mar do Sul da China, após uma altercação entre navios chineses e filipinos em águas disputadas, que Washington descreveu como “manobras imprudentes” de Pequim. Já a China, instou sexta-feira os Estados Unidos a serem “coerentes” e “respeitadores” nas relações económicas e comerciais com Pequim e a não imporem sanções contra empresas chinesas enquanto “dizem querer cooperar” com o país asiático. A porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros, Mao Ning, disse em conferência de imprensa que a China “sempre acreditou que o desenvolvimento de relações económicas e comerciais saudáveis e estáveis com os Estados Unidos beneficia ambos os países e o mundo”. A porta-voz reagiu assim às recentes declarações da secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, que afirmou que o papel excessivo das empresas estatais na China “limita o crescimento” e que o “controlo excessivo” por parte do aparelho de segurança “impede o investimento”. Mao acrescentou que a China está disposta a seguir os princípios do respeito mútuo e da coexistência pacífica e a promover o desenvolvimento saudável e estável das relações económicas e comerciais bilaterais entre Pequim e Washington.
Hoje Macau PolíticaMédia | Jornalistas vão a Pequim estudar pensamento de Xi Um grupo de 20 jornalistas de Macau vão a Pequim participar num curso de formação dirigido à comunicação social sobre o estado da nação, que será ministrado na Universidade Renmin da China. Em declarações ao canal chinês da Rádio Macau, o secretário-geral da Associação dos Trabalhadores da Comunicação Social de Macau, Chui Chi Tou, apontou que o objectivo do curso é dar aos formandos conhecimentos sobre a situação do país e o desenvolvimento nacional. O conteúdo do curso inclui o estudo do espírito do 20.º Congresso Nacional do Partido Comunista Chinês, o pensamento de Xi Jinping sobre o papel da cultura, relações internacionais, o grande rejuvenescimento e a acção chinesa. Os jornalistas locais também vão visitar o Museu do Partido Comunista Chinês e instalações de meios de comunicação estatais.
Hoje Macau China / ÁsiaDiplomacia | Xi Jinping volta a receber Lukashenko Os líderes da China e Bielorrússia, Xi Jinping e Alexander Lukashenko, reuniram-se ontem, em Pequim, para discutir “questões comerciais, económicas, de investimento e de cooperação internacional”, o segundo encontro este ano, informou a imprensa estatal. Vídeos publicados pela agência noticiosa oficial bielorrussa mostram a chegada de Lukashenko à capital chinesa num avião oficial bielorrusso. De acordo com a agência, a visita de Lukashenko à China inclui “questões comerciais, económicas, de investimento e de cooperação internacional”. Lukashenko foi recebido pelo vice-ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Ma Chaoxu. Isolado na Europa e no resto do Ocidente devido à sua governação autoritária, o governo de Lukashenko voltou-se para parceiros como Pequim e Moscovo. Em Março, o líder bielorrusso visitou Pequim. Na altura, Xi declarou que a amizade entre Pequim e Minsk é “forte e inquebrável”. Há um ano, o ministro dos Negócios Estrangeiros bielorrusso, Vladimir Makei, anunciou que a Bielorrússia iria reduzir significativamente a presença diplomática nos países ocidentais e aumentá-la na Comunidade de Estados Independentes (CEI), na China e noutras nações. Durante uma visita a Minsk do então ministro da Defesa chinês, Li Shanfu, o líder bielorrusso disse que China e Bielorrússia “partilham a mesma visão da ordem mundial”. “Defendemos absolutamente um mundo multipolar, a integridade territorial e a unidade das fronteiras e territórios formados após a Segunda Guerra Mundial”, afirmou o líder bielorrusso. “Em suma, toda a base na qual a política externa da China está assente é idêntica à nossa. Há mais de 30 anos que apoiamos a China em todas as suas aspirações, porque consideramos a política interna e externa da República Popular da China absolutamente justa e voltada para a resolução pacífica de quaisquer disputas e conflitos”, acrescentou.
Hoje Macau China / ÁsiaSegurança | Xi apela à protecção dos interesses chineses no estrangeiro O líder chinês, durante uma reunião do PCC, salientou a necessidade de o país proteger os direitos das suas empresas além-fronteiras, mas também de facilitar a vida das empresas estrangeiras na China O Presidente chinês, Xi Jinping, apelou ontem ao reforço do sistema jurídico relacionado com relações externas para proteger os interesses chineses além-fronteiras, sublinhando a importância de garantir os direitos e interesses das empresas estrangeiras na China. Durante uma reunião do Politburo do Comité Central do Partido Comunista Chinês (PCC), Xi Jinping sublinhou que a “promoção do Estado de Direito nas relações externas” responde à “necessidade a longo prazo de construir uma nação forte”, informou a agência noticiosa oficial Xinhua. O líder chinês apelou à construção de uma “sólida cadeia de segurança jurídica” para proteger os interesses da China além-fronteiras, depois de algumas empresas chinesas terem estado envolvidas em problemas legais no estrangeiro nos últimos anos. Xi disse que é necessário “orientar os cidadãos e as empresas chinesas para que cumpram as leis locais quando vão para o estrangeiro”. O Presidente chinês sublinhou igualmente a necessidade de “proteger os direitos e interesses legítimos das empresas estrangeiras” na China, depois de investigações sobre as empresas de consultadoria estrangeiras na China nos últimos meses e novas leis contra-espionagem terem suscitado preocupações entre potenciais investidores estrangeiros. “Devem ser feitos esforços para melhorar as medidas e as leis para facilitar a vida dos estrangeiros na China”, acrescentou Xi. O líder chinês sublinhou ainda a necessidade de “cultivar instituições de arbitragem e sociedades de advogados de renome internacional”. Mais cooperação Também na terça-feira, o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, prometeu construir uma “cooperação mais estreita” na cadeia de abastecimento, como parte de uma série de esforços da China para manter o investimento estrangeiro, face aos apelos dos países ocidentais para reduzir a dependência do país asiático. “Estamos dispostos a construir uma parceria mais estreita na produção e na cadeia de abastecimento industrial com todos os países”, disse Li, na cerimónia de abertura da primeira Exposição Internacional da Cadeia de Abastecimento da China, em Pequim. O primeiro-ministro alertou também para os “desafios e riscos colocados pelo proteccionismo e pela globalização descontrolada” e garantiu que a China vai continuar a construir um ambiente empresarial internacional baseado no Estado de direito.
Hoje Macau China / ÁsiaG20 | Xi Jinping e Joe Biden não marcam presença em cimeira A China fez-se representar pelo primeiro-ministro Li Qiang, a exemplo do que tinha feito na última reunião do grupo O Presidente chinês, Xi Jinping, voltou a não comparecer ontem na cimeira virtual do G20, tal como aconteceu em Setembro passado, quando não participou na última cimeira presencial do grupo, em Nova Deli. O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, volta assim a representar a China na cimeira, organizada pela anfitriã Índia, país que espera contar com a presença de uma “grande maioria” dos líderes mundiais no evento. O ministério dos Negócios Estrangeiros chinês instou na terça-feira o G20 a “reforçar a sua parceria e consenso”, para “enfrentar os desafios globais e dar contributos positivos” para a recuperação económica mundial e o desenvolvimento comum, tendo em conta a “situação internacional turbulenta”. A ausência de Xi em Nova Deli, em Setembro passado, já foi interpretada por especialistas chineses como um sintoma do “valor decrescente” que Pequim atribui ao bloco. O professor de Relações Internacionais chinês, Shi Yinhong, observou na altura que “vários países do G20 mantêm diferentes graus de confrontação com a China”. Xi, que tem mantido uma agenda diplomática preenchida desde que a China desmantelou a política de ‘zero casos’ de covid-19, em Dezembro passado, participou noutras cimeiras virtuais do G20 em anos anteriores. EUA desfalcados Os analistas chineses destacam as disputas territoriais entre Pequim e Nova Deli como mais um motivo pelo qual Xi optou por delegar ao primeiro-ministro a responsabilidade de representar a China, especialmente enquanto a Índia ocupa a presidência rotativa do bloco. Também ausente da reunião está o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que se reuniu com Xi na semana passada em São Francisco, à margem da cimeira do Fórum de Cooperação Económica Ásia – Pacífico (APEC). A reunião virtual do G20 organizada pela Índia é a última a ser organizada sob a presidência de Nova Deli, uma vez que o Brasil assume a liderança do bloco a partir de 1 de Dezembro.
Hoje Macau China / ÁsiaXi Jinping pede construção de “mais pontes” com EUA O Presidente chinês apelou ontem para a construção de “mais pontes” com os Estados Unidos, num jantar com empresários norte-americanos em São Francisco, no qual participaram Elon Musk e Tim Cook, entre outros. “Temos de construir mais pontes e pavimentar mais estradas para que os povos dos dois países interajam. Não devemos erguer barreiras (…)”, afirmou o líder chinês, citado pela agência de notícias oficial chinesa Xinhua. Xi considerou que Washington não devia ver a China como o principal concorrente e garantiu que o país está pronto para ser um “parceiro e amigo” dos EUA, com base nos princípios fundamentais do “respeito, coexistência pacífica e cooperação para benefício mútuo”. “Se uma das partes encarar a outra como o principal concorrente, desafio geopolítico e ameaça, isto só conduzirá a políticas desinformadas, acções mal orientadas e resultados indesejáveis”, afirmou. “A China não vai travar uma guerra fria ou quente com ninguém. Independentemente do nível de desenvolvimento que alcançar, a China nunca vai procurar a hegemonia ou a expansão e nunca vai impor a sua vontade aos outros”, explicou. O líder chinês mencionou igualmente as principais iniciativas multilaterais de Pequim, incluindo o gigantesco projecto de infra-estruturas internacional Faixa e Rota e as iniciativas de Desenvolvimento Global, Segurança Global e Civilização Global, “sempre abertas a todos os países”. Anunciou igualmente que o país está disposto a convidar 50 mil jovens norte-americanos a viajar para a China, nos próximos cinco anos, no âmbito de programas de intercâmbio e académicos destinados a reforçar as relações entre os dois povos. O jantar, realizado à margem do fórum da Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC), que termina hoje em São Francisco, reuniu magnatas e presidentes executivos como Elon Musk, da Tesla e da SpaceX, Tim Cook, da Apple, Jane Fraser, em representação do banco Citigroup, Darren Woods, da petrolífera ExxonMobil, e Satya Nadella, da Microsoft. O preço por cada mesa de oito lugares foi de 40.000 dólares. Más apostas O Presidente chinês, Xi Jinping, instou ontem os Estados Unidos a “não apostarem contra a China” e “não interferirem nos assuntos internos” do seu país, durante um jantar com empresários norte-americanos em São Francisco. “A China nunca aposta contra os Estados Unidos e nunca interfere nos seus assuntos internos. A China não tem qualquer intenção de desafiar os Estados Unidos ou de destituir o país. Pelo contrário, ficaremos felizes por ver os Estados Unidos confiantes, abertos, em constante crescimento e prósperos”, afirmou o líder chinês, citado pela agência noticiosa oficial Xinhua. Xi expressou a esperança de que Washington “dê as boas-vindas a uma China pacífica, estável e próspera”. O líder chinês considerou que é um “erro” ver a China, que está “empenhada no desenvolvimento pacífico”, como uma ameaça, e alinhar num pensamento de “tudo ou nada” contra o seu país. “A China está a procurar um desenvolvimento de alta qualidade e os Estados Unidos estão a revitalizar a sua economia. Há muito espaço para a nossa cooperação e somos plenamente capazes de nos ajudarmos mutuamente a ter sucesso e a alcançar resultados mutuamente benéficos”, afirmou o Presidente chinês.
Hoje Macau China / ÁsiaXi pede que internet beneficie melhor pessoas de todos os países O Presidente chinês, Xi Jinping, pediu esta quarta-feira que a internet beneficie melhor as pessoas de todos os países ao discursar na cerimónia de abertura da Cimeira Wuzhen da Conferência Mundial da Internet 2023 (WIC) através de videoconferência. Xi afirmou que a visão de construir conjuntamente uma comunidade com um futuro compartilhado no ciberespaço, que propôs na segunda WIC em 2015, tem obtido amplo reconhecimento internacional e respostas positivas. A visão responde às questões de nossos tempos relacionadas à solução do déficit de desenvolvimento, ao enfrentamento dos desafios de segurança e ao fortalecimento do aprendizado mútuo entre as civilizações, explicou, citado pelo Diário do Povo. O Presidente chinês enfatizou que a comunidade internacional precisa de aprofundar os intercâmbios e a cooperação prática para promover conjuntamente a construção de uma comunidade com um futuro compartilhado no ciberespaço para uma nova etapa. O líder chinês pediu também que se priorize o desenvolvimento para que os frutos do desenvolvimento da internet beneficiem mais países e pessoas. Xi enfatizou a necessidade de melhorar o acesso público a serviços baseados em informação, superar a barreira digital e melhorar a subsistência das pessoas com o desenvolvimento da internet. Pedindo a construção de um ciberespaço mais pacífico e seguro, sublinhou a necessidade de se respeitar a soberania cibernética, a forma de governação da internet e a necessidade de cada país para se opor à busca de hegemonia, ao confronto de blocos e à corrida armamentista no ciberespaço. Ética e segurança Xi ressaltou ainda a necessidade de se reprimir os crimes cibernéticos, fortalecer a segurança de dados e a protecção de informações pessoais e responder adequadamente aos riscos e desafios trazidos pelo desenvolvimento científico e tecnológico às regras, à sociedade e à ética. A China está disposta a trabalhar com todas as partes para implementar a Iniciativa Global de Governança da Inteligência Artificial e promover o desenvolvimento seguro da IA, garantiu. O Presidente chinês pediu ainda a construção de um ciberespaço mais igualitário e inclusivo, destacando que é preciso promover melhor os valores compartilhados da humanidade. Xi sublinhou a importância de mais produtos culturais online de alta qualidade e esforços para mostrar plenamente as realizações excepcionais das civilizações humanas e promover activamente a preservação e o desenvolvimento da civilização.
Hoje Macau China / ÁsiaXi Jinping destaca papel de exposição internacional para a cooperação mundial O Presidente chinês, Xi Jinping, destacou o papel da Exposição Internacional de Importação da China (CIIE) na promoção da cooperação internacional. Numa carta enviada à 6.ª edição da CIIE, que arrancou este fim de semana em Xangai, Xi sublinhou que o evento já “contribuiu positivamente” para o progresso de um novo padrão económico, o crescimento económico global, a expansão das compras internacionais e a promoção do investimento e do intercâmbio entre as nações, de acordo com a agência Xinhua. O presidente sublinhou, além disso, que a China vai continuar a ser “uma oportunidade importante para o desenvolvimento global”, especialmente durante a recuperação económica mundial, reafirmando o compromisso do gigante asiático com uma “abertura de alto nível” e a promoção da globalização económica “mais inclusiva, equitativa e vantajosa para todos”. Xi espera que a CIIE sirva de janela para promover este “novo padrão de desenvolvimento” e oferecer oportunidades ao mundo através do crescimento da China. As autoridades chinesas esperam a participação de cerca de 400 mil profissionais e mais de 3.400 expositores na sexta edição desta mostra. O evento, que ocupa um espaço de mais de 367 mil metros quadrados, conta com participantes de 154 países, regiões e organizações internacionais, explicou recentemente o vice-ministro do Comércio, Sheng Qiuping. Além disso, está confirmada a participação de 289 das 500 maiores empresas do mundo, de acordo com a lista elaborada pela revista Fortune, o que representa mais cinco empresas do que na edição anterior.
Hoje Macau China / ÁsiaÓbito | Xi assistiu à cerimónia de despedida de antigo primeiro-ministro Li Keqiang O Presidente chinês, juntamente com a sua esposa e outros dirigentes, marcou presença na cerimónia que elogiou Li Keqiang como “excelente membro do partido, um soldado comunista leal e um revolucionário proletário excepcional, estadista e líder do Estado e do partido” Os restos mortais do antigo primeiro-ministro chinês Li Keqiang foram cremados ontem em Pequim, após uma cerimónia em que participaram o Presidente chinês, Xi Jinping, e vários membros da direcção do Partido Comunista da China (PCC). A cremação e a cerimónia tiveram lugar no Cemitério Revolucionário de Babaoshan, no norte da capital chinesa, onde, tal como em todos os edifícios oficiais da China, as bandeiras estiveram ontem hasteadas a meia haste em homenagem a Li, que morreu de ataque cardíaco em Xangai a 27 de Outubro, aos 68 anos. Xi chegou ao início da manhã ao salão de festas do cemitério acompanhado pela sua mulher, Peng Liyuan, e juntamente com outros dirigentes “permaneceu em silêncio solene, caminhou lentamente até aos restos mortais de Li para prestar homenagem e fez três vénias”, informou a agência noticiosa oficial Xinhua. De seguida, apertou a mão à família do antigo primeiro-ministro, a quem apresentou as suas condolências. Para além de Xi, estiveram também presentes o sucessor de Li, o primeiro-ministro Li Qiang, o presidente da Assembleia Popular Nacional, Zhao Leji, o vice-primeiro-ministro Han Zheng, o vice-primeiro-ministro Ding Xuexiang e o chefe do Conselho Consultivo, Wang Huning. Embora não se tratasse de um funeral de Estado como os que os antigos presidentes chineses recebem, a cerimónia foi solene, com música fúnebre em fundo e uma grande faixa preta onde se lia em letras brancas “profundo luto pelo camarada Li Keqiang”. Sob a faixa, um retrato do falecido e os restos mortais de Li foram cobertos com uma bandeira do PCC e rodeados de flores e ramos de cipreste, incluindo uma coroa de flores enviada pelo antigo Presidente Hu Jintao, que era muito próximo do antigo primeiro-ministro. Elogio fúnebre Na cerimónia, Li foi elogiado como um “excelente membro do partido, um soldado comunista leal e um revolucionário proletário excepcional, estadista e líder do Estado e do partido”. O protocolo do funeral é comparável ao seguido após a morte, em 2019, de Li Peng, também antigo primeiro-ministro. No sistema hierárquico de formalidades da China, apenas os secretários-gerais do PCC, como o antigo presidente Jiang Zemin, que recebeu um funeral de Estado em Dezembro do ano passado, têm direito a honras de topo.
Hoje Macau China / ÁsiaXi Jinping enfatiza formação de forte senso de comunidade da nação chinesa, incluindo todos os grupos étnicos Enquanto presidia uma sessão de estudo colectivo do Gabinete Político do Comité Central do PCC, Xi Jinping enfatizou “a criação de um forte senso de comunidade para a nação chinesa a fim de promover o desenvolvimento de alta qualidade do trabalho do Partido em assuntos étnicos na nova era”. “Devem ser feitos esforços para permitir que o povo cultive a consciência de que pessoas de todas as etnias estão na mesma comunidade, onde compartilham o bem e a desgraça e permanecem unidas nos bons e maus momentos”, frisou Xi. Elogiando as novas conquistas históricas no trabalho do Partido sobre assuntos étnicos desde o 18º Congresso Nacional do PCC em 2012, Xi disse que “o importante pensamento do Partido sobre o fortalecimento e melhoria do trabalho foi formulado e uma nova fronteira foi aberta na adaptação das teorias marxistas de etnicidade para o contexto chinês e as necessidades dos tempos”. Observando as novas circunstâncias e tarefas no trabalho do Partido sobre assuntos étnicos desde o 20º Congresso Nacional do PCCh em 2022, Xi garantiu que “nenhum grupo étnico será deixado para trás na construção de um grande país socialista moderno em todos os aspectos”. “É necessário estabelecer um sistema teórico científico e sólido para a comunidade nacional chinesa”, assinalou Xi, sublinhando que “devem ser feitos esforços para integrar as teorias étnicas marxistas com as realidades específicas e a excelente cultura tradicional da China”. Xi pediu foco na construção da civilização chinesa moderna, com o objetivo de estabelecer uma base espiritual e cultural sólida para forjar um forte sentido de comunidade para a nação chinesa e enfatizou o fortalecimento da educação das teorias, linhas, princípios e políticas do Partido entre pessoas de todos os grupos étnicos e a promoção da evolução criativa e do desenvolvimento inovador da excelente cultura tradicional chinesa. “Esforços abrangentes devem ser feitos para promover a língua chinesa padrão falada e escrita e o uso de livros didácticos unificados compilados pelo Estado”, acrescentou. Pedindo mais intercâmbios e interações entre os diferentes grupos étnicos, Xi sublinhou que deve ser promovida “a mobilidade populacional e a habitação integrada entre vários grupos étnicos, numa tentativa de promover continuamente a unidade e o progresso étnico”. Xi destacou ainda a melhoria dos meios de subsistência das pessoas e “a garantia de que os benefícios do desenvolvimento sejam entregues de forma justa às pessoas de todos os grupos étnicos”, além de encetar esforços “para contar melhor as histórias da nação chinesa e intensificar a comunicação pública sobre o sentido de comunidade da nação chinesa”. “Os comités do Partido e os governos de todos os níveis devem aderir à abordagem correcta e distintamente chinesa para lidar com os assuntos étnicos, e as autoridades devem dar as devidas contribuições para a unidade e o progresso étnico”, conclui o presidente.
Hoje Macau China / ÁsiaXi pede a Putin esforços para salvaguardar justiça internacional O Presidente chinês, Xi Jinping, apelou ontem ao homólogo russo, Vladimir Putin, para que faça “esforços” no sentido de “salvaguardar a justiça internacional”, durante um encontro à margem do 3.º Fórum da Iniciativa Faixa e Rota. Citado pela agência Xinhua, o líder chinês elogiou o estado das relações entre os dois países e sublinhou que a “confiança política está a aprofundar-se de forma constante”, com uma “coordenação estratégica estreita e eficaz e o comércio bilateral em máximos históricos”. Xi e Putin reuniram após a cerimónia de abertura do 3.º Fórum da Iniciativa Faixa e Rota, que está a decorrer em Pequim. “Encontrámo-nos 42 vezes nos últimos dez anos. Desenvolvemos uma boa relação de trabalho e uma profunda amizade”, afirmou. Durante a reunião, Xi congratulou-se com o facto de os governos dos dois países “estarem a pôr em prática os importantes consensos” a que os dois líderes chegaram nas reuniões anteriores. “A confiança política mútua está a aprofundar-se de forma constante e a cooperação estratégica é eficaz e estreita. O comércio bilateral atingiu máximos históricos, caminhando firmemente para o objetivo que estabelecemos de 200 mil milhões de dólares por ano”, acrescentou o líder chinês. Recordando que no próximo ano se assinala o 75.º aniversário desde o estabelecimento das relações entre os dois países, Xi disse que a China quer trabalhar com a Rússia para “compreender a tendência histórica do desenvolvimento global com base nos interesses dos nossos dois povos”. “Temos de enriquecer ainda mais a cooperação bilateral, refletindo a nossa responsabilidade enquanto potências, e continuar a contribuir para a modernização dos nossos dois países”, afirmou o líder chinês. “Temos de fazer esforços para salvaguardar conjuntamente a justiça internacional” e “promover o desenvolvimento global”, acrescentou. Citado pela Xinhua, Putin afirmou durante a reunião que a Iniciativa Faixa e Rota “deve ser reconhecida como um bem público global” e que espera que mais países adiram ao projecto chinês no futuro. O líder russo viajou para a China com uma grande delegação de altos funcionários, incluindo dois vice-primeiros-ministros e responsáveis pelos negócios estrangeiros, desenvolvimento económico, transportes ou finanças.
Hoje Macau China / ÁsiaSíria | Xi anuncia parceria estratégica em reunião com Assad O Presidente da China, Xi Jinping, e o homólogo sírio, Bashar al-Assad, anunciaram o estabelecimento de uma “parceria estratégica”, numa altura em que Pequim fortalece os laços com os países em desenvolvimento A reunião com Bashar al-Assad deu início a uma série de encontros entre Xi e vários líderes estrangeiros, incluindo o primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, antes da abertura dos Jogos Asiáticos, na cidade de Hangzhou, leste da China. “Face à situação internacional instável e incerta, a China está disposta a trabalhar com a Síria para prestar apoio mútuo e salvaguardar, em conjunto, a imparcialidade e justiça internacionais”, disse Xi, num vídeo publicado pela televisão estatal CCTV. Xi explicou que as relações entre a China e a Síria “resistiram ao teste das tempestades e mudanças internacionais” e que a “amizade entre os dois países está cada vez mais forte”. A visita de Assad é paralela, em alguns aspectos, à do líder russo, Vladimir Putin, no ano passado, para a cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim. Ambos os líderes são vistos como párias no Ocidente, mas bem recebidos pela China, que tenta expandir a sua influência global e promover uma alternativa à ordem liberal liderada pelos Estados Unidos. O líder sírio participou na cerimónia de abertura dos Jogos Asiáticos juntamente com o rei do Camboja, o príncipe herdeiro do Kuwait e os primeiros-ministros do Nepal, Timor-Leste e Coreia do Sul, informou o ministério dos Negócios Estrangeiros da China. A competição, que acontece na cidade de Hangzhou, vai ter mais participantes do que os Jogos Olímpicos. Amigos do Levante O rei cambojano Norodom Sihamoni chegou na sexta-feira ao aeroporto de Hangzhou. Um vídeo difundido pela CCTV mostrou Sihamoni a descer as escadas do avião até à pista, para uma recepção com tapete vermelho, que incluía as mascotes dos Jogos Asiáticos. Para Assad, trata-se de uma rara viagem ao estrangeiro, numa altura em que tenta sair do isolamento internacional, provocado por uma guerra civil que começou há 12 anos. O conflito matou meio milhão de pessoas e deixou parte do país em ruína. Pequim está a expandir a sua influência no Médio Oriente, após ter mediado um acordo, em Março, entre a Arábia Saudita e o Irão. A China pode desempenhar um papel importante, no futuro, na reconstrução da Síria, que deverá custar dezenas de milhares de milhões de dólares. O país do Médio Oriente aderiu, no ano passado, à iniciativa “Faixa e Rota”, um megaprojecto de infra-estruturas lançado por Pequim que visa expandir a sua influência através da construção de portos, linhas ferroviárias ou autoestradas. Desde que o conflito na Síria começou em Março de 2011 com protestos pró-democracia e mais tarde se transformou numa guerra civil, o Irão e a Rússia ajudaram Assad a recuperar o controlo de grande parte do país. A China usou o seu poder de veto na ONU por oito vezes para impedir resoluções contra o governo de Assad. A última e única visita de Assad à China foi em 2004, um ano depois da invasão do Iraque, liderada pelos EUA, e numa altura em que Washington pressionava a Síria.
Hoje Macau Manchete PolíticaUM | Criado centro jurídico para promover pensamento de Xi Jinping O centro de estudos judiciários e jurídicos sino-lusófono foi criado através de uma parceria entre a Universidade de Macau e o Supremo Tribunal da China e tem como objectivo promover nos países de língua portuguesa o pensamento do presidente chinês A Universidade de Macau (UM) e o Supremo Tribunal da China criaram um centro de estudos judiciários e jurídicos sino-lusófono para promover a ideologia do líder chinês, Xi Jinping, disse o reitor da UM. Num discurso na cerimónia de inauguração, Song Yonghua disse que um dos objectivos do Centro de Estudos Judiciários e Jurídicos da China e dos Países de Língua Oficial Portuguesa é “a investigação e promoção do Pensamento de Xi Jinping”. Em Outubro passado, o congresso do Partido Comunista Chinês, que se realiza a cada cinco anos, aprovou uma série de emendas à carta magna do partido, entre as quais a inclusão da ideologia do actual líder. O chamado “Pensamento de Xi Jinping” inclui uma ênfase na auto-suficiência, controlo político e elevação do estatuto global da China, ao contrário das reformas económicas de Deng Xiaoping que abriram a China ao mundo, nos anos 1980. Em Outubro, observadores disseram que a decisão tornou também qualquer crítica às directrizes de Xi num ataque directo ao Partido e sinalizou amplo apoio ao líder chinês entre a elite política do país. Quadros jurídicos versáteis Song Yonghua disse ainda que o novo centro pretende apostar na “formação de quadro jurídicos versáteis” e criar uma base de dados com casos e informações jurídicas da China e dos países lusófonos. O reitor sublinhou que a Faculdade de Direito da Universidade de Macau ficará responsável pelas operações do centro, mas que “a direcção e estratégia” virão do Supremo Tribunal da China, cujo presidente, Zhang Jun, esteve presente na inauguração. Song Yonghua disse que o centro pretende ser “uma plataforma de cooperação e intercâmbio”, algo que defendeu ser necessário, uma vez que a “procura de cooperação judiciária tem verificado um acréscimo”. De acordo com o relatório anual do Supremo Tribunal chinês referente a 2022, divulgado no passado mês de Março, 99,98 por cento dos acusados por crimes na China foram condenados, sublinhou a organização não-governamental Safeguard Defenders. No ano passado, os tribunais chineses de primeira instância julgaram cerca de 1,43 milhões de processos criminais, sendo que entre os acusados somente 354 foram “declarados inocentes”, um novo mínimo histórico, referiu a Safeguard Defenders.
Hoje Macau China / ÁsiaVenezuela | Xi Jinping eleva relação para nível máximo no protocolo O Presidente chinês, Xi Jinping, anunciou ontem a elevação da relação entre a China e a Venezuela para o mais alto nível protocolar, durante uma reunião em Pequim com o homólogo venezuelano, Nicolás Maduro. “Estou muito satisfeito por anunciar a elevação das relações entre a China e a Venezuela para o nível de parceria estratégica nos ‘momentos bons e maus’”, disse Xi Jinping, citado pela televisão estatal CCTV. Este é o mais alto nível das relações com a diplomacia chinesa. Apenas alguns países, incluindo Paquistão, Rússia ou Bielorrússia, têm direito a este tratamento. Xi recebeu Maduro com guarda de honra, salvas de canhão e o hino dos dois países tocado por uma banda militar, no Grande Palácio do Povo, o edifício monumental contíguo à Praça Tiananmen. Pequim é a quarta paragem de Maduro, na deslocação de sete dias à China, após visitar as cidades Shenzhen e Xangai e a província de Shandong, de onde partiu num comboio de alta velocidade para a capital chinesa. O governante, que já visitou a China cinco vezes desde que ascendeu ao poder – a última em 2018 -, vai permanecer no país asiático até quinta-feira. A China tem sido um parceiro estratégico da Venezuela e esta visita visa reforçar ainda mais a cooperação em vários domínios, nomeadamente económico, tecnológico e diplomático, segundo uma porta-voz do Governo chinês. Pequim mantém relações próximas com o Presidente venezuelano, que se encontra isolado na cena internacional. A China é um dos principais credores da Venezuela, cujo PIB afundou 80 por cento, nos últimos dez anos, devido a uma grave crise económica. Crítico feroz dos Estados Unidos, Nicolás Maduro elogiou a China como um país “sem um império hegemónico que chantageia, domina e ataca os povos do mundo”.
Hoje Macau China / ÁsiaDiplomacia | Xi não vai a cimeira do G20 na Índia Pequim far-se-á representar em Nova Deli pelo primeiro-ministro Li Qiang que, segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, irá promover o reforço da solidariedade e da cooperação internacional O Presidente chinês, Xi Jinping, não vai participar na cimeira do G20 na Índia, sendo substituído pelo primeiro-ministro, Li Qiang, anunciou ontem a diplomacia chinesa, num período de renovadas tensões entre Pequim e Nova Deli. Um aviso colocado no portal do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês informa: “A convite do governo da República da Índia, o primeiro-ministro do Conselho de Estado, Li Qiang, participará da 18.ª Cimeira do G20, que se realiza em Nova Deli, na Índia, nos dias 09 e 10 de Setembro”. As relações entre China e Índia deterioraram-se, nos últimos anos, devido à disputa fronteiriça que em 2020 resultou num violento confronto entre as tropas dos dois países. Os confrontos resultaram na morte de 20 soldados indianos e quatro chineses. Os dois países também mantêm disputas comerciais. Pequim desconfia ainda dos crescentes laços estratégicos entre Índia e Estados Unidos. A Índia ultrapassou recentemente a China como nação mais populosa do mundo e os dois países são rivais nos sectores da tecnologia, exploração espacial e comércio global. Questionada sobre o motivo da ausência de Xi na cimeira, a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, recusou responder. “O G20 é um importante fórum para a cooperação económica internacional. A China sempre atribuiu grande importância e participou activamente nas actividades relevantes”, apontou Mao, em conferência de imprensa. “O primeiro-ministro Li Qiang vai elaborar as opiniões e propostas da China sobre a cooperação no G20, promover o G20 para reforçar a solidariedade e a cooperação e trabalhar em conjunto para enfrentar os desafios económicos e de desenvolvimento globais”, disse. Promessas de paz Comandantes militares chineses e indianos comprometeram-se, no mês passado, a “manter a paz e a tranquilidade” ao longo da fronteira disputada. Em causa está a Linha de Controlo Real, que separa os territórios controlados por chineses e indianos de Ladakh, no oeste, até ao estado de Arunachal Pradesh, no leste da Índia, que a China reivindica na totalidade. Índia e China travaram uma guerra nas suas fronteiras em 1962. Como o próprio nome indica, a linha divide as áreas de controlo físico em vez de reivindicações territoriais. Segundo a Índia, a fronteira de facto tem 3.488 quilómetros de extensão, mas a versão da China é um número consideravelmente menor. Ao todo, a China reivindica cerca de 90.000 quilómetros quadrados de território no nordeste da Índia, incluindo Arunachal Pradesh, cuja população é principalmente budista. A Índia diz que a China ocupa 38.000 quilómetros quadrados do seu território no planalto de Aksai Chin, que a Índia considera parte de Ladakh, onde nos últimos anos confrontos ocorreram. A China, entretanto, começou a consolidar as relações com o principal rival da Índia, o Paquistão, e a apoiar Islamabade na questão da disputada Caxemira. Os confrontos de 2020 ocorreram com recurso a paus e pedras. Desde então, Índia e China retiraram tropas de algumas áreas nas margens norte e sul de Pangong Tso, Gogra e Galwan Valley, mas continuam a manter tropas extra, como parte de uma implantação de vários níveis. A ausência de Xi na cimeira também elimina a possibilidade de uma interacção com o Presidente dos EUA, Joe Biden. Também o Presidente russo, Vladimir Putin, que enfrenta acusações de crimes de guerra pela invasão da Ucrânia pela Rússia, vai estar ausente da cimeira, embora planeie visitar a China, em Outubro. Criado em 1999, o G20 reúne 19 países (África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Rússia, Turquia e Reino Unido) e a União Europeia.
Andreia Sofia Silva Grande Plano MancheteBRICS | Cimeira na África do Sul com expansão do bloco na agenda O grupo dos BRICS, que junta as economias emergentes mais importantes do mundo, incluindo a China, está reunido em Joanesburgo. Da 15ª cimeira, que termina amanhã, podem sair novidades quanto à adesão de novos países. Xi Jinping deverá procurar o reforço da aposta no multilateralismo e no crescimento da influência global da China Com agências Xi Jinping está desde segunda-feira na África do Sul para participar na 15ª cimeira dos BRICS, o bloco de economias emergentes da qual a China faz parte juntamente com Brasil, Rússia, Índia e, desde 2010, a própria África do Sul. O bloco de nações representa 40 por cento da população mundial e 26 por cento da riqueza gerada no planeta. Esta é a segunda visita internacional que o Presidente chinês realiza este ano depois do encontro bilateral com Vladimir Putin em Moscovo, no passado mês de Março. Segundo a agência estatal Xinhua, Xi Jinping chegou na segunda-feira a Joanesburgo, onde foi recebido pelo Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa e outros dirigentes políticos. Num discurso, o Presidente chinês declarou que iria “trocar opiniões com Ramaphosa sobre o aprofundamento das relações China-África do Sul e questões de interesse comum”. Xi Jinping frisou ainda que “uma relação sólida e crescente entre China e África do Sul não só beneficia os dois povos, mas também traz mais estabilidade a um mundo que está a passar por transformações e turbulências”. Xi Jinping apontou também que a 15ª cimeira dos BRICS, que arrancou ontem, “tornar-se-á um marco importante no desenvolvimento do mecanismo [do bloco] e ajudará a levar a unidade e cooperação dos países em desenvolvimento a um nível mais elevado”. O Presidente chinês fez-se acompanhar por Cai Qi, membro do comité permanente do Politburo e director do Gabinete Geral do Comité Central do Partido Comunista Chinês, e Wang Yi, ministro dos Negócios Estrangeiros. Vários analistas entendem que a presença de Xi Jinping em solo africano constitui mais um passo para cimentar a sua estratégia multilateral em resposta aos avanços geopolíticos dos EUA. Citado pela CNN Internacional, Steve Tsang, director do Instituto da China da Faculdade de Estudos Orientais e Africanos (SOAS, na sigla inglesa) da Universidade de Londres, defendeu que Xi Jinping “não está apenas a competir com a América na actual ordem internacional dominada pelos Estados Unidos”. “O seu objectivo a longo prazo é alterar a ordem mundial para uma ordem sino-cêntrica. Faz sentido que a China se envolva com o Sul Global, que é muito mais numeroso do que as democracias ocidentais e com uma governança maioritariamente autoritária”, frisou. De salientar que o embaixador chinês na África do Sul, Chen Xiaodong, defendeu, antes da chegada de Xi, que os BRICS constituem “uma importante plataforma para a cooperação entre nações emergentes e em desenvolvimento”, bem como a “espinha dorsal da equidade e da justiça internacionais”. Relação com história Um comunicado da presidência sul-africana, citado pelo Lusa, destaca que a visita de Xi Jinping ao país “ocorre no contexto da celebração de 25 anos de relações diplomáticas entre os dois países, enquanto os laços históricos remontam à conferência de Bandung de 1955”. A visita do Presidente chinês é ainda uma oportunidade para “reflectir” sobre a Parceria Estratégica Abrangente (CSP, na sigla em inglês) e de “aprofundar” a cooperação entre os dois países no âmbito do Programa Estratégico de Cooperação a 10 anos (2020-2029), na óptica dos governantes sul-africanos. “A China é o maior parceiro comercial global da África do Sul em volume de negócios”, frisou-se na nota, sem avançar indicadores, acrescentando que “a China é também um importante investidor” no país africano. Nesta visita de Xi, as autoridades de Pretória dizem ter a expectativa de reforçar a cooperação multilateral com Pequim, “especificamente no contexto dos BRICS, G7 mais a China, e G20 e obter o apoio chinês ao apelo da África do Sul e do continente para a reforma das instituições de governança global, nomeadamente o Conselho de Segurança das Nações Unidas”. Uma faixa, uma rota Antes da viagem de Xi Jinping, o Governo chinês publicou nos principais jornais da África do Sul uma carta assinada pelo Presidente intitulada “Navegando o navio gigante da amizade e cooperação entre a China e a África do Sul rumo a um maior sucesso”, onde se destaca a ligação do país à política “Uma faixa, uma rota”. “A África do Sul foi o primeiro país africano a assinar o documento de cooperação ‘Uma Faixa, Uma Rota’ com a China. É o maior parceiro comercial da China em África há 13 anos consecutivos, bem como um dos países africanos com o maior volume de investimento chinês. O bolo da cooperação bilateral está a aumentar”, apontou. Xi Jinping destacou também o facto de muitas empresas chinesas estarem “a expandir as suas operações e, ao mesmo tempo, a assumir mais responsabilidades sociais na África do Sul”. Além disso, “as empresas sul-africanas também estão a investir no mercado chinês para aproveitar as abundantes oportunidades de negócio, dando um importante contributo para o crescimento económico da China”, frisou Xi Jinping. Sobre a relação bilateral com o país, o Presidente chinês entende estarmos perante um “novo ponto de partida histórico”. Em relação à cimeira, a China diz estar “pronta para trabalhar com outros parceiros para actuar no espírito dos BRICS de abertura, inclusividade e cooperação com ganhos mútuos”, além de “construir consensos sobre questões importantes e levar adiante a nossa tradição de diplomacia independente”, defendendo “resolutamente a equidade internacional e a justiça”. Xi Jinping destacou ainda, sobre a cimeira, a importância de instar a “comunidade internacional a voltar a concentrar-se nas questões de desenvolvimento, a promover um papel mais importante do mecanismo de cooperação dos BRICS na governação global e a tornar a voz dos BRICS mais forte”. Expansão em causa? A importância desta cimeira não se pauta apenas por ser a primeira desde a pandemia, e também a primeira que conta com a participação de Lula da Silva como Presidente do Brasil no seu terceiro mandato. Em causa pode estar a expansão do grupo fundado em 2006 com a adesão de mais países, existindo 22 nações que já mostraram esse interesse. O próprio Lula da Silva defendeu a entrada de nações como a Argentina, Venezuela, Arábia Saudita e Emirados Unidos no grupo. Segundo a BBC Brasil, poderão ser mesmo analisados nesta cimeira os critérios e condições de adesão, sendo que um cenário de expansão poderia interessar à China. Em Maio do ano passado, Wang Yi, ministro dos Negócios Estrangeiros, disse mesmo que “a China propõe iniciar o processo de expansão do BRICS, explorar um critério e procedimentos para a expansão e, gradualmente, formar um consenso”. A expansão do bloco está a ser ponderada para que haja um equilíbrio em termos do interesse dos seus membros. Ouvida pela BBC Brasil, Marília Souza Pimenta, professora de relações internacionais da Universidade Estadual de São Paulo, disse que “a entrada de novos países, a priori, tende a diminuir o poder relativo do Brasil no Bloco rumo à consolidação da liderança e influência chinesa”. Segundo a Xinhua, Anil Sooklal, embaixador da África do Sul junto dos BRICS, defendeu que 22 países abordaram formalmente os países do BRICS para se tornarem membros de pleno direito. “Há um número igual de países que têm perguntado informalmente sobre a possibilidade de se tornarem membros do BRICS”, revelou o diplomata. A Argélia foi um dos últimos países a mostrar esse interesse. “Candidatámo-nos oficialmente para fazer parte do grupo BRICS e enviámos uma carta a pedir para sermos membros accionistas do banco (Novo Banco de Desenvolvimento)”, disse o presidente argelino Abdelmadjid Tebboune à Ennahar TV, uma estação de televisão árabe, em 22 de Julho. A Xinhua cita ainda o jornal Mainichi Shimbun, um diário japonês, que refere que Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Nigéria e outros países produtores de petróleo também apresentaram candidaturas. Caso os processos sejam aprovados, “os membros dos BRICS irão cobrir mais de metade dos recursos mundiais de petróleo e gás”, pode ler-se. O bloco dos BRICS é ainda descrito pela Xinhua como “uma força positiva, estável e construtiva” em matéria de relações externas”, sendo que o Novo Banco de Desenvolvimento e o Acordo de Reserva Contingente dos BRICS podem “apoiar as economias com dificuldades de pagamento” perante as “rigorosas políticas económicas do Fundo Monetário Internacional”. Daniel Bradlow, professor na Universidade de Pretória, defendeu que “o Novo Banco de Desenvolvimento se tornou a realização mais proeminente”, conduzindo “ao aumento do comércio entre os países e conquistado alguma atenção internacional”. A Xinhua destacou ainda as palavras do Presidente de Cuba, Miguel Diaz-Canel, sobre o multilateralismo patente na acção dos BRICS. Os membros do grupo “estão a contrariar o conceito da Guerra Fria e a abrir a possibilidade de uma ordem internacional mais equitativa e justa que beneficie o mundo”. Acima de tudo, observadores consideram que o bloco BRICS vai procurar estabelecer uma nova relevância face à guerra da Rússia na Ucrânia, à competição global entre os gigantes asiáticos China e Índia, e perante a derrapagem da economia da África do Sul, apesar de ser o maior produtor mundial de platina e um dos principais produtores de ouro.
Hoje Macau China / ÁsiaDiplomacia | Biden quer reunir com Xi no Outono O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse na sexta-feira que pretende reunir com seu homólogo chinês, Xi Jinping, este Outono, numa continuação das conversas que mantiveram em Novembro passado na Indonésia. “Planeio e espero continuar neste Outono a conversa que tivemos em Bali. É o que espero”, disse Biden em resposta a um jornalista no final de uma cimeira com o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, e com o Presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, em Camp David, residência de campo presidencial próxima de Washington DC. Biden referia-se ao contacto que manteve com Xi Jinping em Novembro de 2022 em Bali, na Indonésia, durante uma cimeira do G20. Momentos antes de declarar a intenção de se reencontrar com o homólogo chinês, Biden e os líderes asiáticos presentes na cimeira denunciaram o comportamento “perigoso” e “agressivo” de Pequim no Mar do Sul da China. Numa declaração conjunta, os três países condenaram “reivindicações marítimas ilegais” em assuntos marítimos, enquanto Pequim reclama a soberania sobre águas de países vizinhos e realiza de forma quase quotidiana exercícios aéreos e marítimos junto ao espaço aéreo de Taiwan. “Opomo-nos fortemente a qualquer tentativa unilateral de mudar o ‘status quo’ nas águas da região do Indo-Pacífico”, afirmaram os líderes dos três países no comunicado final. “Reafirmamos a importância da paz e da estabilidade no Estreito de Taiwan”, acrescentaram ainda, numa referência ao arquipélago de governo democrático liberal, tal como os três países representados na cimeira de sexta-feira. “O propósito da nossa cooperação trilateral de segurança é e continuará a ser promover e aumentar a paz e a estabilidade em toda a região”, disseram os três países em comunicado conjunto.
Hoje Macau China / ÁsiaÁfrica do Sul | Xi Jinping visita país pela quarta vez O Presidente chinês regressa ao país sul-africano onde vai participar na reunião dos BRICS entre 22 e 23 deste mês, além de celebrar os 25 anos das relações diplomáticas entre as duas nações O líder da República Popular da China, Xi Jinping, inicia esta terça-feira a sua quarta visita de Estado à África do Sul, onde participará também na cimeira do bloco de economias emergentes BRICS, anunciou no sábado a Presidência da República sul-africana. “A cerimónia de boas-vindas acontecerá na manhã de terça-feira no Union Buildings, em Pretória, antes [do início] da 15.ª Cimeira dos BRICS marcada para 22 a 24 de Agosto de 2023”, referiu em comunicado. “A visita de Estado ocorre no contexto da celebração de 25 anos de relações diplomáticas entre os dois países, enquanto os laços históricos remontam à conferência de Bandung de 1955”, acrescentou. De acordo com a Presidência sul-africana, a visita de Estado do Presidente Xi é uma oportunidade para “reflectir” sobre a Parceria Estratégica Abrangente (CSP, na sigla em inglês) e de “aprofundar” a cooperação entre os dois países no âmbito do Programa Estratégico de Cooperação a 10 anos (2020-2029). “A China é o maior parceiro comercial global da África do Sul em volume de negócios”, frisou-se na nota, sem avançar indicadores, acrescentando que “a China é também um importante investidor” no país africano. Nesta visita de Xi, as autoridades de Pretória dizem ter a expectativa de reforçar a cooperação multilateral com Pequim, “especificamente no contexto dos BRICS, G77 mais a China, e G20 e obter o apoio chinês ao apelo da África do Sul e do continente para a reforma das instituições de governança global, nomeadamente o Conselho de Segurança das Nações Unidas”. Observadores acreditam que na África do Sul o bloco BRICS vai procurar estabelecer uma nova relevância face à guerra da Rússia na Ucrânia, à competição global entre os gigantes asiáticos China e Índia, e à derrapagem da economia da África do Sul apesar de ser o maior produtor mundial de platina, entre outros minérios, e um dos principais produtores de ouro do mundo. É quarta visita de Estado do líder chinês à África do Sul desde 2013. Parceria sólida A África do Sul foi convidada a ingressar no bloco BRIC – formado então por Brasil, Rússia, Índia, China -, a 24 de Dezembro de 2010 e, a 14 de Abril de 2011, o Presidente sul-africano Jacob Zuma participou na terceira Cimeira dos BRICS em Sanya, China. Xi visitou a África do Sul em 2018, onde participou na 10.ª Cimeira dos BRICS, que se realizou em Joanesburgo por ocasião do centenário do nascimento do líder histórico Nelson Mandela. Em 2013, Xi avistou-se com o seu homólogo sul-africano, Jacob Zuma, em Pretória, em que discutiriam o reforço da parceria estratégica estabelecida entre os dois países em 2010. Durante a visita de Estado à África do Sul, também participou na 5.ª Cimeira dos BRICS, na cidade portuária de Durban, sudeste do país.
Hoje Macau China / ÁsiaEconomia | Xi pede paciência para abrandamento e aponta materialismo ocidental O Presidente da China, Xi Jinping, pediu paciência face ao abrandamento da economia chinesa, num discurso publicado ontem, e disse que os países ocidentais atravessam “cada vez mais dificuldades” devido ao materialismo e “pobreza espiritual” O discurso de Xi foi publicado pela Qiushi, a revista bimensal do Partido Comunista Chinês sobre teoria política, depois de novos dados divulgados esta semana apontarem para o contínuo abrandamento da actividade na segunda maior economia do mundo. O Governo deixou, entretanto, de actualizar a taxa de desemprego jovem, que atingiu valores recorde ao longo deste ano, acima dos 20 por cento. Xi, o líder chinês mais forte das últimas décadas, pediu que a China “construa uma ideologia socialista fortemente coesiva” e que se concentre em objectivos de longo prazo, visando melhorar a educação, saúde e segurança alimentar da população, composta por mais de 1,4 mil milhões de habitantes, em vez de buscar apenas riqueza material a curto prazo. Desde que assumiu o poder, em 2012, Xi restaurou o papel do PCC como líder económico e social da China e reforçou o controlo político sobre os negócios, educação e sociedade. Algumas mudanças têm assumido custos crescentes, à medida que empresas chinesas bem-sucedidas são pressionadas a desviar dinheiro para iniciativas políticas, incluindo o desenvolvimento de ‘chips’ semicondutores. O PCC reforçou o controlo sobre as indústrias de tecnologia através de uma campanha de regulação da gestão de dados e práticas monopolistas, que eliminou milhares de milhões de dólares em capitalização de mercado. “Devemos manter a paciência histórica e insistir num progresso constante, passo a passo”, disse Xi, no discurso difundido pela Qiushi. A revista esclareceu que o discurso foi realizado em Fevereiro, na cidade de Chongqing, no sudoeste do país. É comum que a Qiushi publique discursos meses depois de serem proferidos. Jovens em crise O crescimento económico caiu para 0,8 por cento, no segundo trimestre do ano, face ao período entre Janeiro e Março, quando cresceu 2,2 por cento. Uma pesquisa difundida em Junho constatou que o desemprego entre os trabalhadores urbanos com idades entre 16 e 24 anos atingiu um nível recorde de 21,3 por cento. O Gabinete Nacional de Estatística disse esta semana que iria reter as actualizações enquanto revia os critérios de medição. O Governo chinês também introduziu uma ampla e vaga Lei de Contraespionagem susceptível de dificultar o intercâmbio com o exterior, que preocupa investidores chineses e estrangeiros. Xi enfatizou a “prosperidade comum”, uma campanha do PCC dos anos 1950, que fez reviver. O líder chinês pediu soluções para reduzir a enorme diferença de riqueza na China, entre uma pequena elite e a maioria pobre, e “o desenvolvimento saudável do capital”. “A prosperidade comum para todas as pessoas” é uma “característica essencial da modernização ao estilo chinês e uma distinção da modernização de estilo ocidental”, disse Xi. A modernização do Ocidente “almeja a maximização dos interesses do capital, em vez de servir aos interesses da grande maioria das pessoas”, observou. “Hoje, os países ocidentais enfrentam cada vez mais problemas”, afirmou Xi. “Estes países não podem conter a natureza gananciosa do capital e não conseguem resolver doenças crónicas como o materialismo e a pobreza espiritual”.
Hoje Macau China / ÁsiaInundações | Xi pede que se faça tudo para resgatar desaparecidos O Presidente chinês, Xi Jinping, pediu ontem que se faça tudo para resgatar pessoas desaparecidas ou encurraladas, após as inundações devastadoras registadas em Pequim e arredores nos últimos dias, informou ontem a televisão estatal. “Deve ser feito tudo o possível para encontrar e resgatar os desaparecidos ou vítimas encurraladas”, disse Xi, citado pela televisão estatal CCTV. O número de mortes causadas pelas chuvas torrenciais que atingiram Pequim nos últimos dias subiu ontem para 11, enquanto 27 pessoas continuam desaparecidas. Entre os mortos, estão dois trabalhadores dos serviços de emergência, que perderam a vida durante uma operação de resgate, informou o jornal Beijing Daily. As chuvas, as mais intensas registadas na capital chinesa nos últimos anos, afectaram mais de 44 mil pessoas e obrigaram à retirada de cerca de 127 mil, segundo a mesma fonte. As autoridades colocaram a capital chinesa no alerta máximo de risco de inundação, face aos efeitos do tufão Doksuri, que atingiu o sul e o centro da China, na semana passada. A capital chinesa e o norte do país sofreram as chuvas mais fortes em mais de uma década, de acordo com o jornal oficial Global Times. O Doksuri é o tufão mais forte a atingir a China este ano e também o segundo mais forte a atingir a província de Fujian desde que há registos. Na semana passada, pelo menos uma pessoa morreu e milhares de casas ficaram sem energia quando o tufão passou por Taiwan, trazendo ventos fortes e chuvas intensas para o sul e leste da ilha. O Doksuri provocou pelo menos 14 mortos e mais de 300 mil desalojados nas Filipinas.
Hoje Macau China / ÁsiaModi destaca “respeito pela soberania” em cimeira com Putin e Xi Jinping O primeiro-ministro indiano destacou o respeito pela soberania como pilar fundamental da região, durante o discurso de abertura da cimeira de líderes da Organização para a Cooperação de Xangai, com a participação dos presidentes russo e chinês. “Não vemos a Organização para a Cooperação de Xangai como um bairro alargado, mas sim como uma família alargada. Segurança, desenvolvimento económico, conectividade, união, respeito pela soberania e integridade territorial e protecção ambiental são os pilares da nossa visão” para a organização, destacou Narenda Modi, durante o discurso de abertura. Esta reunião da Organização para a Cooperação de Xangai, que integra vários dos países mais próximos da Rússia, é uma oportunidade de ouro para Moscovo medir o seu apoio, 10 dias depois da frustrada rebelião do grupo mercenário Wagner. Entre os membros da organização está a China, com quem a Índia manteve uma relação tensa nos últimos anos, após várias disputas fronteiriças, assim como o Paquistão, país que Nova Deli frequentemente acusa de promover o terrorismo contra o seu território. “Alguns países usam o terrorismo transfronteiriço como uma ferramenta das suas políticas e abrigam terroristas. A Organização para a Cooperação de Xangai não deve hesitar em criticar esses países. Os países da organização devem condená-lo. Não deve haver dois pesos e duas medidas em relação ao terrorismo”, declarou Modi, na presença do primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif. Novos membros Além do aumento do terrorismo, a cimeira prevê abordar os principais desafios de segurança, além de formalizar a adesão do Irão como novo membro da organização e iniciar os procedimentos para que a Bielorrússia também se junte, num futuro próximo. “Estou muito feliz que o Irão se esteja a juntar à família, como um novo membro. Também damos as boas-vindas à assinatura do Memorando de Obrigações para a adesão da Bielorrússia”, acrescentou o primeiro-ministro indiano. Estes dois países vão juntar-se aos oito Estados-membros que constituem actualmente a organização. São eles a Rússia, China, Índia, Paquistão, Cazaquistão, Quirguistão, Tadjiquistão e Uzbequistão. Há quatro países observadores – Afeganistão, Bielorússia, Irão e Mongólia – e seis outros associados – Arménia, Azerbaijão, Camboja, Nepal, Sri Lanka e Turquia.
Hoje Macau China / ÁsiaEUA | Pequim considera absurdo comentário de Biden que chamou ditador a Xi A China considera “absurdo” o comentário do chefe de Estado norte-americano, Joe Biden, que afirmou terça-feira que o Presidente chinês é um “ditador”. “Esta observação da parte americana é realmente absurda, muito irresponsável e não reflecte a realidade”, declarou aos jornalistas a porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim. Referindo-se a um episódio recente em que os Estados Unidos destruíram um balão chinês que alegavam estar a espiar território norte-americano, Joe Biden disse que “a razão pela qual [o Presidente chinês] ficou tão aborrecido “quando foi abatido aquele balão cheio de equipamento de espionagem é porque não sabia que [o dispositivo] estava lá”. “É muito embaraçoso para os ditadores quando não sabem o que aconteceu”, acrescentou Biden durante uma recepção no Estado norte-americano da Califórnia. “E já agora, prometo-vos, não se preocupem com a China (…). A China tem problemas económicos reais”, disse o democrata de 80 anos, que está em campanha para a reeleição. Ainda a propósito de Xi Jinping, Joe Biden afirmou: “Estamos num momento em que ele quer restabelecer uma relação”. Biden recordou que o chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, tinha acabado de regressar da República Popular da China. O Presidente norte-americano considerou que o secretário de Estado desempenhou um “bom trabalho”, mas explicou que “vai levar tempo” para resolver a relação muito tensa entre as duas grandes potências. Não é a primeira vez que Joe Biden emite declarações memoráveis em recepções de angariação de fundos, eventos em pequena escala dos quais as câmaras, os microfones e as máquinas fotográficas são excluídos – podendo os jornalistas presentes, contudo, ouvir os discursos de abertura de Biden e divulgá-los. Foi num evento desse tipo, em Outubro de 2022, que o Presidente dos Estados Unidos mencionou, por exemplo, o risco de um “apocalipse” nuclear desencadeado pela Rússia.
Hoje Macau China / ÁsiaChina e EUA comprometem-se a estabilizar as relações diplomáticas O encontro entre o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken e o Presidente chinês Xi Jinping parece ter dado frutos. Ambas as partes saudaram as pontes diplomáticos que se voltam a erguer entre as duas nações Os EUA e a China prometeram estabilizar as suas relações diplomáticas, afirmou ontem o chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, após uma reunião em Pequim com o Presidente chinês, Xi Jinping. “Em todas as reuniões, insisti que o contacto directo e a comunicação sustentada ao mais alto nível eram a melhor maneira de gerir as diferenças com responsabilidade e de garantir que a concorrência não se transforme em conflito”, explicou Blinken, em declarações aos jornalistas no final do encontro com o líder chinês. “Ouvi o mesmo da parte dos meu homólogos chineses. Concordamos com a necessidade de estabilizar relações”, acrescentou o secretário de Estado norte-americano no segundo e último dia de uma visita oficial a Pequim. O Presidente chinês reiterou a mensagem de a passagem de Blinken por Pequim ter permitido avanços nas relações entre os dois países, que praticamente fecharam os canais diplomáticos nos últimos meses, após Washington ter mandado abater um alegado balão de espionagem chinês que sobrevoou o território norte-americano, em Fevereiro passado. “Os dois lados fizeram progressos e chegaram a um acordo sobre algumas questões específicas. E isso é muito bom”, reconheceu Xi, de acordo com uma transcrição dos comentários divulgados pelo Departamento de Estado norte-americano. “Espero que através desta visita, dê um contributo mais positivo para estabilizar as relações entre a China e os Estados Unidos”, acrescentou Xi. Durante a reunião, que durou 35 minutos, Blinken afirmou que “os Estados Unidos e a China têm a obrigação e a responsabilidade de gerir bem o seu relacionamento”, argumentando que isso é do interesse de ambas as partes. Outras conversas No sábado, Blinken tinha deixado a mesma exacta mensagem ao seu homólogo chinês, Qin Gang, após uma reunião que durou cerca de cinco horas e meia e onde os dois países se mostraram comprometidos em manter abertos os canais de comunicação. Os dois lados disseram que Qin aceitou um convite de Blinken para visitar Washington. Também ontem, o chefe da diplomacia norte-americana encontrou-se com o principal diplomata do Partido Comunista Chinês, Wang Yi, numa reunião de três horas. Após este encontro, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da China emitiu um comunicado em que dizia que a visita de Blinken a Pequim ilustra bem a resposta à “necessidade de fazer uma escolha entre o diálogo e o confronto”. Wang Yi disse ao secretário de Estado norte-americano que a China e os Estados Unidos têm de escolher entre “cooperação ou conflito”, segundo os ‘media’ estatais. “É necessário fazer uma escolha entre o diálogo e a confrontação, a cooperação e o conflito”, sublinhou, de acordo com a televisão estatal chinesa CCTV. Wang Yi afirmou também que o país não fará “nenhum compromisso” em relação a Taiwan, ilha que tem causado uma crescente tensão entre os dois países. “Manter a unidade nacional está sempre no centro dos interesses fundamentais da China” e, “nesta questão, a China não fará compromissos ou concessões”, disse Wang Yi a Antony Blinken. Wang, o mais alto responsável do Partido Comunista Chinês (PCC) para a diplomacia, pediu que os Estados Unidos respeitem a soberania e a integridade territorial da China e para que se oponham à independência de Taiwan. A visita de Antony Blinken a Pequim surge na sequência de uma conversa, em Novembro passado, entre o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o seu homólogo chinês, Xi Jinping, à margem de uma cimeira do G20 na Indonésia. Nos últimos dias, o Presidente Xi deixou sinais de estar disponível para reduzir as tensões com os Estados Unidos – durante uma conversa com o co-fundador da empresa tecnológica norte-americana Microsoft, Bill Gates, na sexta-feira – assegurando que os EUA e a China podem e devem cooperar “para benefício de ambos os países”. “Acredito que a base das relações sino-americanas está nas pessoas. (…) Na actual situação mundial, podemos realizar várias iniciativas que beneficiam os nossos dois países, e toda a raça humana”, disse Xi a Gates. Hora H Antes do encontro com Blinken, o Presidente chinês, tinha já afirmado esperar “um resultado positivo” da reunião com o secretário de Estado dos Estados Unidos, e que daí saíssem melhorias nas relações entre os dois países. “Espero que com esta visita, o secretário de Estado Blinken traga um resultado positivo para a estabilização das relações entre a China e os Estados Unidos”, afirmou Xi Jinping, citado pela televisão pública em inglês da China CGTN, no início do encontro com o dirigente norte-americano, em Pequim. Xi Jinping disse ao secretário de Estado norte-americano que as interacções entre os Estados “devem sempre ser baseadas no respeito mútuo e na sinceridade”. O encontro de ontem entre Xi e Blinken, que não fazia parte da agenda oficial e foi confirmado à última hora, e acontece no segundo e último dia da visita do secretário de Estado norte-americano à China.