Hoje Macau China / ÁsiaMédio Oriente | Xi pede conferência de paz “credível e eficaz” O Presidente chinês discursou no Fórum de Cooperação China-Estados Árabes, que juntou em Pequim líderes do Egipto, dos EAU, do Bahrein, e da Tunísia O Presidente chinês, Xi Jinping, pediu ontem uma conferência internacional de paz “credível e eficaz” para resolver o conflito israelo-palestiniano e reiterou o apoio à criação do Estado da Palestina. “A justiça não pode estar sempre ausente e a solução de dois Estados não pode ser arbitrariamente contornada”, disse Xi, que defende a coexistência pacífica de Israel e da Palestina. Num discurso no Fórum de Cooperação China-Estados Árabes, em Pequim, citado pela agência espanhola Europa Press, Xi prometeu 500 milhões de yuan de ajuda humanitária a Gaza. Prometeu também doar três milhões de dólares à Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA). A agência, criticada pelas autoridades israelitas, presta assistência e socorro aos refugiados da guerra entre Israel e o Hamas. A China há muito que apoia os palestinianos e denuncia Israel pelos colonatos nos territórios ocupados, embora mantenha laços económicos crescentes com o Estado israelita. Xi defendeu o reforço das relações bilaterais com os países árabes, porque a guerra “não pode durar indefinidamente”. “O Médio Oriente tem grandes perspectivas de desenvolvimento”, afirmou o Presidente da República Popular China aos líderes da Tunísia, Egipto, Bahrein e Emirados Árabes Unidos (EAU) presentes no fórum. Xi disse também que a China vai impulsionar a cooperação estratégica com os países árabes em domínios como o da energia e apelou para a celebração de acordos regionais de comércio livre. “Estamos dispostos a construir estas relações de forma a manter a paz e a estabilidade a nível global”, afirmou, segundo a agência noticiosa chinesa Xinhua. Xi anunciou ainda que a China vai acolher a segunda cimeira China-Árabe, que descreveu como uma “pedra angular” das relações bilaterais, em 2026. Participam no fórum os líderes do Egipto, Abdel Fattah al-Sisi, dos EAU, Mohamed bin Zayed al Nahyan, do Bahrein, Hamad bin Salman Al Khalifa, e da Tunísia, Kais Saied. Posição elogiada O Presidente egípcio, que discursou na cerimónia de abertura, elogiou a China por apoiar um cessar-fogo imediato em Gaza e a criação de um Estado palestiniano independente. “Apelo a todos os actores activos da comunidade internacional para que assumam as suas responsabilidades morais e legais para pôr termo à ultrajante guerra israelita”, afirmou al-Sissi, citado pela agência norte-americana AP. Pediu também “medidas imediatas e decisivas” para a entrega de ajuda humanitária em Gaza, “a fim de romper o cerco israelita e contrariar quaisquer tentativas de deslocar à força os palestinianos das suas terras”. A ofensiva israelita em curso na Faixa de Gaza já causou mais de 36.000 mortos, segundo o governo do Hamas, que controla o enclave palestiniano desde 2007.
Hoje Macau China / ÁsiaUganda-Tanzânia | Vinte ONG pedem a Pequim que retire apoio ao macro-pipeline Quase uma vintena de organizações não-governamentais (ONG) pediram no sábado ao Presidente chinês, Xi Jinping, que retire o apoio à polémica construção de um macrogasoduto entre o Uganda e Tanzânia, devido aos riscos ambientais e socioeconómicos do projecto. A construção do Oleoduto de Petróleo Bruto da África Oriental (EACOP), que será o oleoduto de petróleo bruto aquecido mais longo do mundo, obteve o apoio de Xi, disse o Presidente do Uganda, Yoweri Museveni, em Abril passado. No entanto, num comunicado enviado à agência noticiosa espanhola EFE, as 19 ONG ugandesas e tanzanianas sustentam que o EACOP “ameaça a segurança e os meios de subsistência de milhões de pessoas e, através da sua inevitável exacerbação da crise climática, representa um risco significativo para a segurança e estabilidade de toda a região e do mundo”. As organizações denunciaram que muitas comunidades “foram deslocadas à força das suas terras ancestrais e receberam compensações injustas que não reflectem o valor real do que perderam”. “Por sua vez, as comunidades sofreram um aumento dos níveis de insegurança alimentar e não puderam aceder a serviços básicos como a educação e os cuidados de saúde”, afirmaram as ONG, que temem igualmente o risco de derrames de petróleo e de danos ambientais duradouros, incluindo em importantes fontes de água e zonas húmidas. “Apelamos respeitosamente ao Presidente Xi para que reconsidere o seu apoio ao projecto” e aos projectos de exploração petrolífera envolvendo empresas chinesas, sublinham as ONG.
Hoje Macau China / ÁsiaPutin agradece, Xi cita Carta da ONU O Presidente russo, Vladimir Putin, agradeceu ontem a Xi Jinping as iniciativas da China para resolver o conflito na Ucrânia, num encontro em Pequim, no qual o líder chinês disse esperar que a Europa regresse à paz. Putin garantiu que vai informar Xi em pormenor sobre a “situação na Ucrânia” e afirmou que o seu país “está grato pela iniciativa dos colegas e amigos chineses para resolver a situação”. “A China espera que a Europa regresse rapidamente à paz e à estabilidade e vai continuar a desempenhar um papel construtivo nesse sentido”, apontou Xi. O primeiro ponto do plano chinês destacou a importância de “respeitar a soberania de todos os países”, numa referência à Ucrânia. “O Direito internacional, universalmente reconhecido, incluindo os propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas, deve ser rigorosamente observado”, lê-se na proposta. Mas o Governo chinês apelou ainda ao fim da “mentalidade da Guerra Fria” – um termo frequentemente usado por Pequim para criticar a política externa dos Estados Unidos. “A segurança de uma região não deve ser alcançada através do fortalecimento ou expansão de blocos militares”, lê-se, numa crítica implícita ao alargamento da NATO. “Os legítimos interesses e preocupações de segurança de todos os países devem ser levados a sério e tratados adequadamente”. Xi afirmou que os dois países estão a aprofundar as suas relações como “bons vizinhos, bons amigos, bons parceiros”, ecoando o seu compromisso com a amizade “sem limites” que proclamaram em 2022, pouco antes de a Rússia lançar a invasão. Pequim é agora o maior mercado para o petróleo e gás russos e uma importante fonte de importações, que incluem bens de dupla utilização civil e militar, que mantêm a máquina militar russa operacional, apesar de a China ter banido a venda de armamento ao país vizinho. Abertos a negociações Citado pela agência noticiosa estatal russa RIA-Novosti, Putin afirmou que as relações Rússia – China “não são dirigidas contra ninguém”. “A nossa cooperação nos assuntos mundiais é hoje um dos principais factores de estabilização do cenário internacional”, realçou. Na véspera da visita, Putin afirmou, numa entrevista à imprensa oficial chinesa, que o Kremlin quer negociar uma solução para o conflito na Ucrânia. “Estamos abertos a um diálogo sobre a Ucrânia, mas essas negociações devem ter em conta os interesses de todos os países envolvidos no conflito”, afirmou. A deslocação do líder russo ocorre numa altura em que as forças do seu país têm vindo a intensificar uma ofensiva na região de Kharkiv, no nordeste da Ucrânia, que teve início na semana passada, na incursão fronteiriça mais significativa desde o início da invasão em grande escala. Juntamente com os esforços de Moscovo para aproveitar os seus ganhos na região vizinha de Donetsk, a guerra de dois anos entrou numa fase crítica para as forças armadas ucranianas, que aguardam novos fornecimentos de mísseis antiaéreos e cartuchos de artilharia dos Estados Unidos. “Estamos a procurar uma solução abrangente, sustentável e justa para este conflito”, afirmou Putin, citado pela Xinhua.
Hoje Macau China / ÁsiaViagem | Xi Jinping deixa Budapeste e termina périplo de 5 dias pela Europa O périplo europeu de Xi que começou em Paris, onde se encontrou com Macron, terminou este fim-de-semana na capital da Hungria, após uma passagem pela Sérvia O Presidente chinês Xi Jinping deixou Budapeste na passada sexta-feira, onde completou a sua primeira viagem à Europa desde 2019 que durou cinco dias e que incluiu paragens em França e na Sérvia. O avião oficial do líder chinês descolou desde o aeroporto da capital húngara, segundo imagens transmitidas pela televisão estatal M1. Xi Jinping chegou a Paris no domingo, onde foi recebido com pompa e manteve um diálogo com o Presidente francês Emmanuel Macron sobre disputas comerciais e até sobre os laços Pequim-Moscovo, vistos com apreensão pelos ocidentais, num contexto de guerra na Ucrânia. Situação diferente foram as viagens a Belgrado e Budapeste, países amigos de Pequim e que permanecem próximos de Moscovo. Na Sérvia, candidata à União Europeia (UE), as duas nações assinaram um acordo para construir um “futuro partilhado”. Já na Hungria, a capital foi colocada sob alta segurança e os meios de comunicação social foram completamente mantidos afastados dos acontecimentos. O programa da visita nem sequer foi divulgado, noticiou a agência France-Presse (AFP). Xi Jinping manteve inúmeras conversas com o primeiro-ministro Viktor Orban, um nacionalista habituado a impasses com Bruxelas. Em referência às relações diplomáticas “no seu auge” em 75 anos de história, o líder chinês anunciou o reforço da já florescente “parceria estratégica” com o país da Europa Central. Negócios garantidos Xi Jinping apelou à Hungria, que presidirá a UE no segundo semestre do ano, a desempenhar “um papel mais importante” no desenvolvimento da cooperação entre a China e o bloco comunitário. No total, foram divulgados 18 acordos comerciais, desde ligações ferroviárias ao sector nuclear, além de fábricas de baterias e carros eléctricos que vão surgir por todo o solo húngaro. Xi Jinping e Viktor Orban visitaram no sábado a sede da petrolífera MOL, localizada num arranha-céus de 143 metros.
Hoje Macau China / ÁsiaXi Jinping na Europa | França deve procurar “meio termo”, escreve imprensa chinesa A viagem a França do Presidente chinês, Xi Jinping, constitui uma “oportunidade” para Paris ser “sincera” e “chegar a um meio-termo”, com vista a “contribuir para a estabilidade da economia global”, defendeu ontem a imprensa chinesa. “Espera-se sinceramente que a França chegue a um meio-termo com a China, promovendo uma maior cooperação bilateral em matéria de comércio e investimento, através de uma melhor comunicação e coordenação, contribuindo, em última análise, para a estabilidade e prosperidade da economia global”, afirmou o jornal estatal Global Times, em editorial, numa altura de crescentes tensões económicas e comerciais entre a União Europeia (UE) e a China. A Europa tem de ver a China de uma “perspectiva global”, algo que “beneficiaria o mundo”, porque “a China é uma oportunidade”, afirmou He Zhigao, do Instituto de Estudos Europeus da Academia Chinesa de Ciências Sociais, citado pelo Global Times. “Mas se a Europa ficar do lado dos Estados Unidos, só verá a China como um desafio”, vincou. Xin Hua, do Centro de Estudos da União Europeia da Universidade de Estudos Internacionais de Xangai, considerou que a orientação estratégica da França desempenha “um papel decisivo” na UE e que, enquanto os dois países mantiverem uma interação positiva, as relações entre Pequim e o bloco permanecerão “estáveis”. “Embora tenha havido altos e baixos nas relações entre China e UE, nos últimos anos, a atitude e a postura cooperativa da China e da França em muitas questões permaneceram estáveis. Desde o ano passado, os intercâmbios a todos os níveis entre a China e a Europa foram totalmente retomados e cada vez mais os europeus reconhecem a boa vontade da China”, apontou. “Para a Europa, a China é uma oportunidade e não um risco. Somos um parceiro e não um rival. De um modo geral, a vontade da Europa de cooperar com a China está a aumentar”, acrescentou. Espinhos atravessados Os analistas citados pelo Global Times não mencionaram algumas das questões mais espinhosas da relação, como a situação dos Direitos Humanos na China ou as tensões comerciais, especialmente depois de Bruxelas ter anunciado medidas para combater práticas que considera injustas, nomeadamente a subvenção maciça de alguns sectores que inundam o mercado europeu. Analistas citados pelo jornal de Hong Kong South China Morning Post, afirmaram ontem que as restrições europeias aos automóveis fabricados na China “não vão impedir” os principais fabricantes de automóveis chineses, desde a BYM à Chery Automobile, “de prosseguirem as suas ambições globais”.
Hoje Macau China / Ásia MancheteXi Jinping na Europa | Paris e Pequim querem relação harmoniosa O Presidente chinês, Xi Jinping, está em Paris, onde reuniu com Macron e Von der Leyen, naquela que é a sua primeira visita à Europa após o fim da pandemia. Depois de França, o périplo europeu inclui também visitas à Hungria e Sérvia A França comprometeu-se ontem a manter uma relação equilibrada entre a China e a União Europeia (UE) num encontro dos Presidentes dos dois países em Paris, em que participou a presidente da Comissão Europeia. “A nossa vontade é ter uma relação equilibrada com a China”, afirmou o chefe de Estado francês, Emmanuel Macron, antes do início da reunião com Xi Jinping e Ursula von der Leyen no Palácio do Eliseu. Macron exigiu “regras justas para todos” no comércio entre a Europa e a China, segundo a agência espanhola EFE. “O futuro do nosso continente dependerá claramente da nossa capacidade de continuar a desenvolver as relações com a China de uma forma equilibrada”, disse Macron, também citado pela agência francesa AFP. Nas breves declarações à imprensa antes da reunião à porta fechada com Xi e Von der Leyen, o líder francês aludiu às tensões económicas e comerciais entre a China e a UE. A UE anunciou nos últimos meses medidas de protecção contra práticas que considera injustas por parte de Pequim, nomeadamente a subvenção de certos sectores cujos produtos inundam o mercado europeu. Macron disse que existem outras preocupações que serão discutidas com o Presidente chinês, e falou das guerras na Ucrânia e no Médio Oriente. “São duas grandes crises em que a coordenação entre nós é absolutamente crucial”, afirmou. Xi apelou para que a China e a UE reforcem a “coordenação estratégica” e se mantenham parceiros, num contexto de numerosos litígios que vão do comércio aos direitos humanos. “Como duas grandes potências mundiais, a China e a UE devem permanecer parceiros, prosseguir o diálogo e a cooperação, aprofundar a comunicação estratégica, reforçar a confiança mútua estratégica, consolidar o consenso estratégico e empenhar-se na coordenação estratégica”, disse Xi. Segundo o líder chinês, “o objectivo é promover o desenvolvimento estável e saudável das relações entre a China e a UE, e dar constantemente novos contributos para a paz e o desenvolvimento no mundo”. Diferenças de parte A UE considera oficialmente a China como um parceiro, mas também como um concorrente e um rival sistémico. As relações entre Pequim e Bruxelas tornaram-se significativamente tensas sobretudo desde que a UE lançou uma investigação sobre os subsídios do gigante asiático aos carros eléctricos em 2023. A China foi também criticada pelo Ocidente, nomeadamente pelos europeus, relativamente à questão da Ucrânia. Embora apele ao respeito pela integridade territorial de todos os países, incluindo a Ucrânia, a China nunca condenou publicamente a Rússia. Pequim também reforçou as relações diplomáticas e económicas com Moscovo desde o início da ofensiva russa na Ucrânia, em Fevereiro de 2022. Apesar das diferenças, Pequim considera Bruxelas um parceiro mais estável e previsível do que os Estados Unidos, que nos últimos anos intensificaram as restrições comerciais e as declarações políticas hostis em relação à China. “Esperamos que as relações sino-francesas e sino-europeias se reforcem mutuamente e se desenvolvam em conjunto”, disse Xi a Macron e a Von der Leyen. Xi Jinping iniciou ontem em França a primeira visita à Europa desde a pandemia de covid-19, que inclui também Hungria e Sérvia, dois países considerados próximas da China e da Rússia.
Hoje Macau China / ÁsiaSérvia | Presidente Aleksandar Vucic enaltece visita de Xi Jinping O Presidente sérvio, Aleksandar Vucic, disse na terça-feira que a iminente visita de Estado do Presidente chinês, Xi Jinping, é não só um grande evento diplomático para a Sérvia, mas também um grande evento digno da alegria de todo o povo sérvio. Ao expressar a sua crença de que a visita de Xi trará uma nova esperança para o desenvolvimento da Sérvia, o Presidente afirmou: “Estou muito ansioso pela visita do presidente Xi”, inca a Xinhua. Vucic proferiu estas declarações ao reunir com o presidente da Agência de Notícias Xinhua, Fu Hua, em Belgrado. Observando que a China é o “amigo de ferro” da Sérvia e que os intercâmbios entre os dois países são totalmente francos e abertos, Vucic disse que a Sérvia nunca esquecerá o apoio do povo chinês, acrescentando acreditar que Xi sentirá a simpatia e a amizade do povo sérvio durante sua visita. A Sérvia apoia firmemente a posição da China em salvaguardar seus interesses centrais e grandes preocupações, enfatizou Vucic. Sobre a questão de Taiwan, Vucic disse que a Sérvia defende firmemente o princípio de Uma Só China e apoia a China na salvaguarda da sua soberania e integridade territorial.
Hoje Macau China / ÁsiaParis | Xi reúne com Macron a 6 e 7 de Maio O Presidente chinês, Xi Jinping, tem prevista uma visita de Estado a França, a 06 e 07 de Maio, para discutir a guerra na Ucrânia com Emmanuel Macron. “Esta visita tem lugar por ocasião do 60.º aniversário das relações diplomáticas entre os dois países e ocorre na sequência da visita do Presidente a Pequim e Cantão em Abril de 2023”, afirmou o Palácio do Eliseu num comunicado de imprensa. “Os contactos vão concentrar-se nas crises internacionais, nomeadamente a guerra na Ucrânia e na situação no Médio Oriente, nas questões comerciais, na cooperação científica, cultural e desportiva, bem como nas nossas ações comuns para enfrentar os desafios globais, em particular a emergência climática, a proteção da biodiversidade e a situação financeira dos países mais vulneráveis”, acrescentou a Presidência francesa em comunicado. No ano passado, na República Popular da China, Emmanuel Macron apelou a Xi Jinping para “chamar a Rússia à razão” relativamente à Ucrânia “e para que todos regressem à mesa das negociações”. O Presidente chinês disse na altura que estava pronto para contactar o homólogo ucraniano Volodymyr Zelensky, de acordo com a delegação francesa. O contacto telefónico teve lugar pouco tempo depois, mas os progressos diplomáticos esperados por Paris na frente russo-ucraniana não evoluíram. Segundo a Agência France Presse (AFP), um ano depois, a “análise francesa não mudou”: Pequim continua a ser o principal aliado político e económico de Moscovo e o diálogo com a superpotência chinesa sobre o conflito ucraniano continua a ser uma prioridade. “Temos de continuar a envolver a China, que é objectivamente o actor internacional com maior influência para mudar a mentalidade de Moscovo”, disse uma fonte diplomática francesa a AFP, reconhecendo, no entanto, que não se pode esperar uma grande mudança “de um dia para o outro”. Canais abertos Apelando a uma solução de paz, as autoridades chinesas nunca condenaram a invasão russa. O Presidente russo Vladimir Putin deve visitar a República Popular da China em Maio. “Com esta visita, a França demonstra que é um dos poucos países do mundo capaz de manter canais de discussão a todos os níveis com a segunda maior economia do mundo, a China, numa altura em que as relações com os Estados Unidos e o Reino Unido são tensas. Trata-se de uma mais-valia única para a França”, acrescentou a mesma fonte diplomática. Em meados de Abril, o chanceler alemão, Olaf Scholz, pediu ao Presidente Xi Jinping, em Pequim, para pressionar Moscovo a parar a “campanha sem sentido” na Ucrânia, afirmando simultaneamente o apoio germano-chinês a uma conferência de paz em Junho na Suíça. Na semana passada, o líder chinês recebeu também o chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, a quem pediu que os Estados Unidos “sejam parceiros e não rivais”. O secretário de Estado norte-americano disse ter manifestado a Pequim preocupações relativamente ao apoio dado à Rússia, afirmando que a invasão da Ucrânia seria “mais difícil” sem o apoio de Pequim. Esta visita a França marca o início da primeira deslocação de Xi Jinping à Europa desde a pandemia de Covid-19. De acordo com a imprensa francesa, Xi Jinping vai visitar a Sérvia e a Hungria de 08 a 10 de Maio.
Hoje Macau China / ÁsiaXi Jinping reúne-se com empresários dos EUA em Pequim O Presidente chinês, Xi Jinping, reuniu-se ontem com representantes de empresas norte-americanas em Pequim, num esforço para atrair investimento estrangeiro e tranquilizar as empresas norte-americanas quanto ao abrandamento económico. Embora os nomes dos participantes não tenham sido mencionados, foi confirmada a presença de representantes do meio académico e empresarial, no encontro que decorreu no Grande Palácio do Povo, informou a televisão estatal CCTV. A reunião segue-se ao Fórum de Desenvolvimento da China, concluído na segunda-feira e no qual estiveram presentes importantes líderes empresariais, incluindo o director executivo da Apple, Tim Cook, cuja empresa viu as vendas do iPhone cair 33 por cento, em Fevereiro, no país asiático, de acordo com dados oficiais. O encontro com o secretário-geral do Partido Comunista Chinês (PCC) não fazia parte da agenda do Fórum de Desenvolvimento da China e foi marcada separadamente. De acordo com a imprensa local, a reunião é apresentada como uma oportunidade para abordar as percepções negativas sobre o actual clima empresarial na China, bem como para promover o investimento directo estrangeiro no país, que no ano passado registou um declínio. O encontro visa também aumentar a confiança das empresas estrangeiras interessadas em aumentar a participação na China. Promessas de crescimento O Governo chinês estipulou uma meta de crescimento económico de 5 por cento para este ano e prometeu um maior apoio às empresas de sectores estratégicos. A China alertou também na terça-feira os Estados Unidos para a importância das relações bilaterais entre as duas nações, durante um encontro em Pequim entre o ministro dos Negócios Estrangeiros do país asiático, Wang Yi, e uma delegação norte-americana, liderada pelo presidente do Comité Nacional para as Relações EUA-China, Evan Greenberg. A reunião com a delegação dos EUA teve lugar no contexto de uma aproximação entre as duas potências, depois de meses de hostilidades comerciais, tecnológicas e geopolíticas. Xi e o Presidente dos EUA, Joe Biden, reuniram-se em Novembro passado, em São Francisco, para tentar estabilizar a tumultuosa relação bilateral. Os dois líderes chegaram a acordos para combater o tráfico de fentanil e reabrir os canais de comunicação militar.
Hoje Macau China / ÁsiaDiplomacia | Marcelo e Xi trocaram mensagens sobre relações sino-portuguesas Por ocasião do 45.º aniversário das relações diplomáticas entre Portugal e a China, os dois Presidentes trocaram saudações e salientaram a amizade secular que une as duas nações O Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa lembrou as relações seculares com a China, enquanto o homólogo chinês Xi Jinping mostrou-se disponível para continuar a desenvolver as relações sino-portuguesas. Marcelo Rebelo de Sousa e Xi Jinping trocaram ontem mensagens de felicitações, por ocasião do 45.º aniversário das relações diplomáticas entre os dois países, que foram divulgadas na página na Internet da Presidência portuguesa. O chefe de Estado português lembrou que este ano se evocam “quase cinco séculos de descoberta recíproca, quarenta e cinco anos de relações diplomáticas, vinte e cinco anos de solução acordada sobre Macau e vinte anos do Fórum Macau”. “Poucos Povos e Estados no mundo podem afirmar, como Portugal e China, que mantêm, ininterruptamente, há cinco séculos, uma relação de convivência territorial, cultural, económica, social e política, apesar da distância geográfica”, vincou. Marcelo Rebelo de Sousa apontou que as relações nasceram no tempo dos impérios e que as relações diplomáticas decorrem há 45 anos, lembrando que nestes anos decorreram visitas de todos os Presidentes de Portugal à República Popular da China e Presidentes da China à República Portuguesa. “Viram, em 1999, a negociada, pacífica e bem-sucedida transferência da soberania de Macau para a China. Viram o desenvolvimento de relações bilaterais e também envolvendo a Comunidade de Países de Língua Portuguesa, nomeadamente através do Fórum Macau”, sublinhou o chefe de Estado português. O Presidente da República recordou também “áreas de actuação comum a nível multilateral, como a acção climática, os oceanos, as migrações, o desenvolvimento sustentável ou a atenção ao papel de relevantes organizações internacionais”. “Viram, é certo, perspectivas muito diversas em princípios fundamentais, sem desperdiçar as lições de séculos de partilha de vivências, bem como de décadas de diálogo constante”, destacou ainda. De mãos dadas O Presidente da China realçou, na sua missiva endereçada ao chefe de Estado português, as relações orientadas pelo “respeito mútuo, abertura e inclusão”. Xi Jinping salientou que estas relações permitiram resolver “de forma apropriada a questão de Macau através de consultas amigáveis, estabeleceram a Parceria Estratégica Global China-Portugal em resposta à situação na altura, conjugaram esforços para enfrentar a crise financeira internacional e os desafios de saúde pública global”. “Os dois países têm expandido a cooperação de benefícios mútuos entre as empresas, avançado de mãos dadas na cooperação Uma Faixa, Uma Rota, promovido em conjunto o desenvolvimento das relações China-União Europeia e salvaguardado o multilateralismo. Trata-se de uma vívida demonstração do caminho correcto de relacionamento entre os países”, frisou o governante chinês. Xi Jinping garantiu também que atribui “grande importância ao desenvolvimento das relações sino-portuguesas” e que está disposto a trabalhar em conjunto com Marcelo Rebelo de Sousa “para conduzir a Parceria Estratégica Global China-Portugal a aprofundar-se constantemente”, para melhor beneficiar os povos, fomentar o desenvolvimento saudável e estável das relações China-União Europeia e “contribuir para a paz, a estabilidade e a prosperidade do mundo”. “Que a amizade sino-portuguesa dure para sempre”, concluiu Xi Jinping, na sua carta.
Hoje Macau China / ÁsiaAPEC | MNE peruano diz que Xi Jinping vai visitar Peru para cimeira O Presidente chinês, Xi Jinping, vai visitar o Peru para participar na cimeira de líderes do fórum de Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC), disse o ministro dos Negócios Estrangeiros peruano, Javier González-Olaechea. “A participação do Presidente chinês foi confirmada e, além da inauguração [do porto de Chancay], que é um grande evento, vai participar na cimeira APEC Peru 2024″, disse González-Olaechea, no domingo, em declarações à emissora Radio Nacional. O porto peruano de Chancay, localizado na costa central do Peru, a cerca de 80 quilómetros de Lima, pretende tornar-se a principal ligação comercial da China na América do Sul. Este porto, que está a ser construído pela empresa chinesa Cosco Shipping, aspira a ser “o primeiro porto privado de uso público” que, devido à profundidade de mais de 16 metros, poderá receber navios com uma capacidade para 18 mil contentores. Gonzalez-Olaechea também destacou que, durante a participação no Fórum Económico Mundial em Davos (Suíça), promoveu o porto de Corio, na região sul de Arequipa, cuja capacidade é “sete vezes superior à” de Chancay. “O Peru está cheio de potencialidades e cabe ao Ministério dos Negócios Estrangeiros, ao Ministério do Comércio Exterior e Turismo e à ProInversion [agência de promoção de investimentos] percorrer o mundo para trabalhar incansavelmente, visando dar a conhecer essas possibilidades reais”, disse. A agenda da APEC no Peru em 2024 vai ser concluída com a Semana dos Líderes Económicos do fórum, entre 10 e 16 de Novembro, em Lima, com a presença dos mais altos representantes das economias que integram o fórum de cooperação económica.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | Xi defende necessidade de “conquistar os corações” dos taiwaneses O Presidente chinês apelou a esforços para “conquistar os corações” de Hong Kong, Macau e Taiwan, depois de o Partido Democrático Progressista, representado por William Lai Ching-te, ter mantido o poder em Taiwan. Num artigo publicado ontem, Xi Jinping apelou também ao “reforço das forças patrióticas e da reunificação” em Taiwan, informou a agência de notícias oficial Xinhua. Xi sublinhou a necessidade de direccionar o Departamento de Trabalho da Frente Unida do Comité Central do Partido Comunista Chinês (PCC), para “mobilizar apoios” e “desenvolver e melhorar o sistema político da China”. A Frente Unida procura reunir as forças sociais que apoiam o PCC e a sua liderança, tanto na China como no estrangeiro. O líder chinês apelou à “oposição aos actos separatistas” que apoiam a “independência de Taiwan” e à “promoção da reunificação completa da pátria”. Xi sublinhou ainda a importância de “promover o sentido de comunidade da nação chinesa entre os diferentes grupos étnicos”.
Hoje Macau China / ÁsiaRússia | Xi diz que assegurar boas relações é “escolha estratégica” O Presidente chinês reafirmou a solidez da relação de amizade com o povo russo durante a visita do primeiro-ministro Mikhail Mishoustin a Pequim O Presidente chinês, Xi Jinping, afirmou ontem que manter relações robustas com a Rússia é uma “escolha estratégica” e apelou ao aprofundar da cooperação bilateral, durante uma reunião com o primeiro-ministro russo, Mikhail Mishoustin, em Pequim. “Manter e desenvolver as relações entre China e Rússia é uma escolha estratégica feita por ambas as partes com base nos interesses fundamentais dos nossos dois povos”, afirmou Xi, citado pela televisão estatal CCTV. Os dois países devem “ampliar constantemente os efeitos positivos dos seus laços políticos de alto nível” e “aprofundar a sua cooperação nos domínios da economia, comércio, energia, conectividade e outros sectores”, acrescentou. Xi afirmou que a “China apoia o povo russo a seguir a via de desenvolvimento da sua escolha” e destacou a “forte resiliência”, “amplas perspectivas” e “solidez” da cooperação bilateral. O líder chinês sublinhou ainda que o comércio bilateral entre China e Rússia atingiu 200 mil milhões de dólares nos primeiros 11 meses do ano, uma meta delineada pelas autoridades dos dois países. Melhor que nunca Em Fevereiro de 2022, pouco antes do início da invasão russa da Ucrânia, o Presidente russo, Vladimir Putin, e o seu homólogo chinês, Xi Jinping, proclamaram em Pequim uma “amizade sem limites” entre as suas nações. Desde então, Moscovo e Pequim têm afirmado que os seus laços “não ameaçam nenhum país” e que visam “promover um mundo multipolar”. A China tem mantido uma posição ambígua no conflito. Pequim apelou ao respeito pela “integridade territorial de todos os países”, incluindo a Ucrânia, e atenção às “preocupações legítimas de todos os países” com a segurança, em referência à Rússia. As relações entre Pequim e Moscovo “nunca foram tão boas”, afirmou Mishoustin. A visita do primeiro-ministro russo à China, a segunda em 2023, visa reforçar ainda mais a cooperação económica e “contrariar as pressões externas”, segundo especialistas citados pelo jornal oficial chinês Global Times. Em Novembro passado, o vice-primeiro-ministro chinês, Ding Xuexiang, e o seu homólogo russo, Andrei Belousov, acordaram em Pequim aumentar a cooperação em matéria de investimento entre os dois países, bem como “reforçar a coordenação e elaborar planos a longo prazo”. A reunião é a última de uma série de intercâmbios entre os líderes chineses e russos este ano, que incluiu duas reuniões entre Xi e Putin. A visita do primeiro-ministro russo à China, na terça e quarta-feira, ocorre dois meses depois de o Presidente russo, Vladimir Putin, se ter encontrado com Xi Jinping em Pequim. Um general chinês de alta patente foi também recebido em Moscovo em Novembro.
Hoje Macau China / ÁsiaChina/EUA | Xi afirma que laços comerciais têm “perspectivas promissoras” O líder chinês, a propósito do 50.º aniversário do Conselho Empresarial EUA-China, salientou o potencial de cooperação das duas nações que pode abrir horizontes promissores e trazer benefícios globais O Presidente chinês afirmou sexta-feira que China e Estados Unidos têm “enorme potencial e perspectivas promissoras” para reforçar a cooperação económica e comercial, numa altura em que os dois países procuram melhorar as relações. “A China vai promover um desenvolvimento de alto nível e abrir-se ao mundo exterior com um ambiente empresarial internacional, legal e orientado para o mercado. Isto vai trazer mais oportunidades para as empresas de todo o mundo, incluindo as empresas americanas”, afirmou Xi Jiping, numa carta de felicitações por ocasião do 50.º aniversário da criação do Conselho Empresarial EUA-China. Os dois países têm um “enorme potencial”, “um amplo espaço de cooperação” e “perspectivas promissoras” para reforçar os laços económicos e comerciais, salientou. De acordo com Xi, estes laços “são uma parte importante da relação” e trouxeram “muitos benefícios” para ambos os lados. O líder chinês avançou ainda que “chegou a um importante consenso” com o homólogo dos EUA, Joe Biden, durante a reunião que tiveram em Novembro passado, à margem da cimeira da Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC), em São Francisco. “Tivemos uma troca de pontos de vista aprofundada sobre questões importantes relacionadas com o desenvolvimento das relações entre China e EUA. Chegámos a um importante consenso. A China está disposta a trabalhar com os EUA segundo os princípios do respeito mútuo, coexistência pacífica e cooperação”, afirmou o Presidente chinês. “Espero que este Conselho continue a construir pontes para intercâmbios amigáveis entre os nossos países”, acrescentou Xi sobre o órgão sediado em Washington, que foi criado pelos Estados Unidos, em 1973, para lidar com a China, antes do estabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países. Reparar estragos China e Estados Unidos estão a tentar emendar uma relação que se deteriorou, nos últimos anos, abalada por uma prolongada guerra comercial e tecnológica e diferendos sobre Taiwan, mar do Sul da China ou Direitos Humanos. Os dois lados continuam a divergir em muitas questões: por exemplo, no domingo, os Estados Unidos pediram a China para que parasse com o comportamento “perigoso e desestabilizador” no mar do Sul da China, após uma altercação entre navios chineses e filipinos em águas disputadas, que Washington descreveu como “manobras imprudentes” de Pequim. Já a China, instou sexta-feira os Estados Unidos a serem “coerentes” e “respeitadores” nas relações económicas e comerciais com Pequim e a não imporem sanções contra empresas chinesas enquanto “dizem querer cooperar” com o país asiático. A porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros, Mao Ning, disse em conferência de imprensa que a China “sempre acreditou que o desenvolvimento de relações económicas e comerciais saudáveis e estáveis com os Estados Unidos beneficia ambos os países e o mundo”. A porta-voz reagiu assim às recentes declarações da secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, que afirmou que o papel excessivo das empresas estatais na China “limita o crescimento” e que o “controlo excessivo” por parte do aparelho de segurança “impede o investimento”. Mao acrescentou que a China está disposta a seguir os princípios do respeito mútuo e da coexistência pacífica e a promover o desenvolvimento saudável e estável das relações económicas e comerciais bilaterais entre Pequim e Washington.
Hoje Macau PolíticaMédia | Jornalistas vão a Pequim estudar pensamento de Xi Um grupo de 20 jornalistas de Macau vão a Pequim participar num curso de formação dirigido à comunicação social sobre o estado da nação, que será ministrado na Universidade Renmin da China. Em declarações ao canal chinês da Rádio Macau, o secretário-geral da Associação dos Trabalhadores da Comunicação Social de Macau, Chui Chi Tou, apontou que o objectivo do curso é dar aos formandos conhecimentos sobre a situação do país e o desenvolvimento nacional. O conteúdo do curso inclui o estudo do espírito do 20.º Congresso Nacional do Partido Comunista Chinês, o pensamento de Xi Jinping sobre o papel da cultura, relações internacionais, o grande rejuvenescimento e a acção chinesa. Os jornalistas locais também vão visitar o Museu do Partido Comunista Chinês e instalações de meios de comunicação estatais.
Hoje Macau China / ÁsiaDiplomacia | Xi Jinping volta a receber Lukashenko Os líderes da China e Bielorrússia, Xi Jinping e Alexander Lukashenko, reuniram-se ontem, em Pequim, para discutir “questões comerciais, económicas, de investimento e de cooperação internacional”, o segundo encontro este ano, informou a imprensa estatal. Vídeos publicados pela agência noticiosa oficial bielorrussa mostram a chegada de Lukashenko à capital chinesa num avião oficial bielorrusso. De acordo com a agência, a visita de Lukashenko à China inclui “questões comerciais, económicas, de investimento e de cooperação internacional”. Lukashenko foi recebido pelo vice-ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Ma Chaoxu. Isolado na Europa e no resto do Ocidente devido à sua governação autoritária, o governo de Lukashenko voltou-se para parceiros como Pequim e Moscovo. Em Março, o líder bielorrusso visitou Pequim. Na altura, Xi declarou que a amizade entre Pequim e Minsk é “forte e inquebrável”. Há um ano, o ministro dos Negócios Estrangeiros bielorrusso, Vladimir Makei, anunciou que a Bielorrússia iria reduzir significativamente a presença diplomática nos países ocidentais e aumentá-la na Comunidade de Estados Independentes (CEI), na China e noutras nações. Durante uma visita a Minsk do então ministro da Defesa chinês, Li Shanfu, o líder bielorrusso disse que China e Bielorrússia “partilham a mesma visão da ordem mundial”. “Defendemos absolutamente um mundo multipolar, a integridade territorial e a unidade das fronteiras e territórios formados após a Segunda Guerra Mundial”, afirmou o líder bielorrusso. “Em suma, toda a base na qual a política externa da China está assente é idêntica à nossa. Há mais de 30 anos que apoiamos a China em todas as suas aspirações, porque consideramos a política interna e externa da República Popular da China absolutamente justa e voltada para a resolução pacífica de quaisquer disputas e conflitos”, acrescentou.
Hoje Macau China / ÁsiaSegurança | Xi apela à protecção dos interesses chineses no estrangeiro O líder chinês, durante uma reunião do PCC, salientou a necessidade de o país proteger os direitos das suas empresas além-fronteiras, mas também de facilitar a vida das empresas estrangeiras na China O Presidente chinês, Xi Jinping, apelou ontem ao reforço do sistema jurídico relacionado com relações externas para proteger os interesses chineses além-fronteiras, sublinhando a importância de garantir os direitos e interesses das empresas estrangeiras na China. Durante uma reunião do Politburo do Comité Central do Partido Comunista Chinês (PCC), Xi Jinping sublinhou que a “promoção do Estado de Direito nas relações externas” responde à “necessidade a longo prazo de construir uma nação forte”, informou a agência noticiosa oficial Xinhua. O líder chinês apelou à construção de uma “sólida cadeia de segurança jurídica” para proteger os interesses da China além-fronteiras, depois de algumas empresas chinesas terem estado envolvidas em problemas legais no estrangeiro nos últimos anos. Xi disse que é necessário “orientar os cidadãos e as empresas chinesas para que cumpram as leis locais quando vão para o estrangeiro”. O Presidente chinês sublinhou igualmente a necessidade de “proteger os direitos e interesses legítimos das empresas estrangeiras” na China, depois de investigações sobre as empresas de consultadoria estrangeiras na China nos últimos meses e novas leis contra-espionagem terem suscitado preocupações entre potenciais investidores estrangeiros. “Devem ser feitos esforços para melhorar as medidas e as leis para facilitar a vida dos estrangeiros na China”, acrescentou Xi. O líder chinês sublinhou ainda a necessidade de “cultivar instituições de arbitragem e sociedades de advogados de renome internacional”. Mais cooperação Também na terça-feira, o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, prometeu construir uma “cooperação mais estreita” na cadeia de abastecimento, como parte de uma série de esforços da China para manter o investimento estrangeiro, face aos apelos dos países ocidentais para reduzir a dependência do país asiático. “Estamos dispostos a construir uma parceria mais estreita na produção e na cadeia de abastecimento industrial com todos os países”, disse Li, na cerimónia de abertura da primeira Exposição Internacional da Cadeia de Abastecimento da China, em Pequim. O primeiro-ministro alertou também para os “desafios e riscos colocados pelo proteccionismo e pela globalização descontrolada” e garantiu que a China vai continuar a construir um ambiente empresarial internacional baseado no Estado de direito.
Hoje Macau China / ÁsiaG20 | Xi Jinping e Joe Biden não marcam presença em cimeira A China fez-se representar pelo primeiro-ministro Li Qiang, a exemplo do que tinha feito na última reunião do grupo O Presidente chinês, Xi Jinping, voltou a não comparecer ontem na cimeira virtual do G20, tal como aconteceu em Setembro passado, quando não participou na última cimeira presencial do grupo, em Nova Deli. O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, volta assim a representar a China na cimeira, organizada pela anfitriã Índia, país que espera contar com a presença de uma “grande maioria” dos líderes mundiais no evento. O ministério dos Negócios Estrangeiros chinês instou na terça-feira o G20 a “reforçar a sua parceria e consenso”, para “enfrentar os desafios globais e dar contributos positivos” para a recuperação económica mundial e o desenvolvimento comum, tendo em conta a “situação internacional turbulenta”. A ausência de Xi em Nova Deli, em Setembro passado, já foi interpretada por especialistas chineses como um sintoma do “valor decrescente” que Pequim atribui ao bloco. O professor de Relações Internacionais chinês, Shi Yinhong, observou na altura que “vários países do G20 mantêm diferentes graus de confrontação com a China”. Xi, que tem mantido uma agenda diplomática preenchida desde que a China desmantelou a política de ‘zero casos’ de covid-19, em Dezembro passado, participou noutras cimeiras virtuais do G20 em anos anteriores. EUA desfalcados Os analistas chineses destacam as disputas territoriais entre Pequim e Nova Deli como mais um motivo pelo qual Xi optou por delegar ao primeiro-ministro a responsabilidade de representar a China, especialmente enquanto a Índia ocupa a presidência rotativa do bloco. Também ausente da reunião está o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que se reuniu com Xi na semana passada em São Francisco, à margem da cimeira do Fórum de Cooperação Económica Ásia – Pacífico (APEC). A reunião virtual do G20 organizada pela Índia é a última a ser organizada sob a presidência de Nova Deli, uma vez que o Brasil assume a liderança do bloco a partir de 1 de Dezembro.
Hoje Macau China / ÁsiaXi Jinping pede construção de “mais pontes” com EUA O Presidente chinês apelou ontem para a construção de “mais pontes” com os Estados Unidos, num jantar com empresários norte-americanos em São Francisco, no qual participaram Elon Musk e Tim Cook, entre outros. “Temos de construir mais pontes e pavimentar mais estradas para que os povos dos dois países interajam. Não devemos erguer barreiras (…)”, afirmou o líder chinês, citado pela agência de notícias oficial chinesa Xinhua. Xi considerou que Washington não devia ver a China como o principal concorrente e garantiu que o país está pronto para ser um “parceiro e amigo” dos EUA, com base nos princípios fundamentais do “respeito, coexistência pacífica e cooperação para benefício mútuo”. “Se uma das partes encarar a outra como o principal concorrente, desafio geopolítico e ameaça, isto só conduzirá a políticas desinformadas, acções mal orientadas e resultados indesejáveis”, afirmou. “A China não vai travar uma guerra fria ou quente com ninguém. Independentemente do nível de desenvolvimento que alcançar, a China nunca vai procurar a hegemonia ou a expansão e nunca vai impor a sua vontade aos outros”, explicou. O líder chinês mencionou igualmente as principais iniciativas multilaterais de Pequim, incluindo o gigantesco projecto de infra-estruturas internacional Faixa e Rota e as iniciativas de Desenvolvimento Global, Segurança Global e Civilização Global, “sempre abertas a todos os países”. Anunciou igualmente que o país está disposto a convidar 50 mil jovens norte-americanos a viajar para a China, nos próximos cinco anos, no âmbito de programas de intercâmbio e académicos destinados a reforçar as relações entre os dois povos. O jantar, realizado à margem do fórum da Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC), que termina hoje em São Francisco, reuniu magnatas e presidentes executivos como Elon Musk, da Tesla e da SpaceX, Tim Cook, da Apple, Jane Fraser, em representação do banco Citigroup, Darren Woods, da petrolífera ExxonMobil, e Satya Nadella, da Microsoft. O preço por cada mesa de oito lugares foi de 40.000 dólares. Más apostas O Presidente chinês, Xi Jinping, instou ontem os Estados Unidos a “não apostarem contra a China” e “não interferirem nos assuntos internos” do seu país, durante um jantar com empresários norte-americanos em São Francisco. “A China nunca aposta contra os Estados Unidos e nunca interfere nos seus assuntos internos. A China não tem qualquer intenção de desafiar os Estados Unidos ou de destituir o país. Pelo contrário, ficaremos felizes por ver os Estados Unidos confiantes, abertos, em constante crescimento e prósperos”, afirmou o líder chinês, citado pela agência noticiosa oficial Xinhua. Xi expressou a esperança de que Washington “dê as boas-vindas a uma China pacífica, estável e próspera”. O líder chinês considerou que é um “erro” ver a China, que está “empenhada no desenvolvimento pacífico”, como uma ameaça, e alinhar num pensamento de “tudo ou nada” contra o seu país. “A China está a procurar um desenvolvimento de alta qualidade e os Estados Unidos estão a revitalizar a sua economia. Há muito espaço para a nossa cooperação e somos plenamente capazes de nos ajudarmos mutuamente a ter sucesso e a alcançar resultados mutuamente benéficos”, afirmou o Presidente chinês.
Hoje Macau China / ÁsiaXi pede que internet beneficie melhor pessoas de todos os países O Presidente chinês, Xi Jinping, pediu esta quarta-feira que a internet beneficie melhor as pessoas de todos os países ao discursar na cerimónia de abertura da Cimeira Wuzhen da Conferência Mundial da Internet 2023 (WIC) através de videoconferência. Xi afirmou que a visão de construir conjuntamente uma comunidade com um futuro compartilhado no ciberespaço, que propôs na segunda WIC em 2015, tem obtido amplo reconhecimento internacional e respostas positivas. A visão responde às questões de nossos tempos relacionadas à solução do déficit de desenvolvimento, ao enfrentamento dos desafios de segurança e ao fortalecimento do aprendizado mútuo entre as civilizações, explicou, citado pelo Diário do Povo. O Presidente chinês enfatizou que a comunidade internacional precisa de aprofundar os intercâmbios e a cooperação prática para promover conjuntamente a construção de uma comunidade com um futuro compartilhado no ciberespaço para uma nova etapa. O líder chinês pediu também que se priorize o desenvolvimento para que os frutos do desenvolvimento da internet beneficiem mais países e pessoas. Xi enfatizou a necessidade de melhorar o acesso público a serviços baseados em informação, superar a barreira digital e melhorar a subsistência das pessoas com o desenvolvimento da internet. Pedindo a construção de um ciberespaço mais pacífico e seguro, sublinhou a necessidade de se respeitar a soberania cibernética, a forma de governação da internet e a necessidade de cada país para se opor à busca de hegemonia, ao confronto de blocos e à corrida armamentista no ciberespaço. Ética e segurança Xi ressaltou ainda a necessidade de se reprimir os crimes cibernéticos, fortalecer a segurança de dados e a protecção de informações pessoais e responder adequadamente aos riscos e desafios trazidos pelo desenvolvimento científico e tecnológico às regras, à sociedade e à ética. A China está disposta a trabalhar com todas as partes para implementar a Iniciativa Global de Governança da Inteligência Artificial e promover o desenvolvimento seguro da IA, garantiu. O Presidente chinês pediu ainda a construção de um ciberespaço mais igualitário e inclusivo, destacando que é preciso promover melhor os valores compartilhados da humanidade. Xi sublinhou a importância de mais produtos culturais online de alta qualidade e esforços para mostrar plenamente as realizações excepcionais das civilizações humanas e promover activamente a preservação e o desenvolvimento da civilização.
Hoje Macau China / ÁsiaXi Jinping destaca papel de exposição internacional para a cooperação mundial O Presidente chinês, Xi Jinping, destacou o papel da Exposição Internacional de Importação da China (CIIE) na promoção da cooperação internacional. Numa carta enviada à 6.ª edição da CIIE, que arrancou este fim de semana em Xangai, Xi sublinhou que o evento já “contribuiu positivamente” para o progresso de um novo padrão económico, o crescimento económico global, a expansão das compras internacionais e a promoção do investimento e do intercâmbio entre as nações, de acordo com a agência Xinhua. O presidente sublinhou, além disso, que a China vai continuar a ser “uma oportunidade importante para o desenvolvimento global”, especialmente durante a recuperação económica mundial, reafirmando o compromisso do gigante asiático com uma “abertura de alto nível” e a promoção da globalização económica “mais inclusiva, equitativa e vantajosa para todos”. Xi espera que a CIIE sirva de janela para promover este “novo padrão de desenvolvimento” e oferecer oportunidades ao mundo através do crescimento da China. As autoridades chinesas esperam a participação de cerca de 400 mil profissionais e mais de 3.400 expositores na sexta edição desta mostra. O evento, que ocupa um espaço de mais de 367 mil metros quadrados, conta com participantes de 154 países, regiões e organizações internacionais, explicou recentemente o vice-ministro do Comércio, Sheng Qiuping. Além disso, está confirmada a participação de 289 das 500 maiores empresas do mundo, de acordo com a lista elaborada pela revista Fortune, o que representa mais cinco empresas do que na edição anterior.
Hoje Macau China / ÁsiaÓbito | Xi assistiu à cerimónia de despedida de antigo primeiro-ministro Li Keqiang O Presidente chinês, juntamente com a sua esposa e outros dirigentes, marcou presença na cerimónia que elogiou Li Keqiang como “excelente membro do partido, um soldado comunista leal e um revolucionário proletário excepcional, estadista e líder do Estado e do partido” Os restos mortais do antigo primeiro-ministro chinês Li Keqiang foram cremados ontem em Pequim, após uma cerimónia em que participaram o Presidente chinês, Xi Jinping, e vários membros da direcção do Partido Comunista da China (PCC). A cremação e a cerimónia tiveram lugar no Cemitério Revolucionário de Babaoshan, no norte da capital chinesa, onde, tal como em todos os edifícios oficiais da China, as bandeiras estiveram ontem hasteadas a meia haste em homenagem a Li, que morreu de ataque cardíaco em Xangai a 27 de Outubro, aos 68 anos. Xi chegou ao início da manhã ao salão de festas do cemitério acompanhado pela sua mulher, Peng Liyuan, e juntamente com outros dirigentes “permaneceu em silêncio solene, caminhou lentamente até aos restos mortais de Li para prestar homenagem e fez três vénias”, informou a agência noticiosa oficial Xinhua. De seguida, apertou a mão à família do antigo primeiro-ministro, a quem apresentou as suas condolências. Para além de Xi, estiveram também presentes o sucessor de Li, o primeiro-ministro Li Qiang, o presidente da Assembleia Popular Nacional, Zhao Leji, o vice-primeiro-ministro Han Zheng, o vice-primeiro-ministro Ding Xuexiang e o chefe do Conselho Consultivo, Wang Huning. Embora não se tratasse de um funeral de Estado como os que os antigos presidentes chineses recebem, a cerimónia foi solene, com música fúnebre em fundo e uma grande faixa preta onde se lia em letras brancas “profundo luto pelo camarada Li Keqiang”. Sob a faixa, um retrato do falecido e os restos mortais de Li foram cobertos com uma bandeira do PCC e rodeados de flores e ramos de cipreste, incluindo uma coroa de flores enviada pelo antigo Presidente Hu Jintao, que era muito próximo do antigo primeiro-ministro. Elogio fúnebre Na cerimónia, Li foi elogiado como um “excelente membro do partido, um soldado comunista leal e um revolucionário proletário excepcional, estadista e líder do Estado e do partido”. O protocolo do funeral é comparável ao seguido após a morte, em 2019, de Li Peng, também antigo primeiro-ministro. No sistema hierárquico de formalidades da China, apenas os secretários-gerais do PCC, como o antigo presidente Jiang Zemin, que recebeu um funeral de Estado em Dezembro do ano passado, têm direito a honras de topo.
Hoje Macau China / ÁsiaXi Jinping enfatiza formação de forte senso de comunidade da nação chinesa, incluindo todos os grupos étnicos Enquanto presidia uma sessão de estudo colectivo do Gabinete Político do Comité Central do PCC, Xi Jinping enfatizou “a criação de um forte senso de comunidade para a nação chinesa a fim de promover o desenvolvimento de alta qualidade do trabalho do Partido em assuntos étnicos na nova era”. “Devem ser feitos esforços para permitir que o povo cultive a consciência de que pessoas de todas as etnias estão na mesma comunidade, onde compartilham o bem e a desgraça e permanecem unidas nos bons e maus momentos”, frisou Xi. Elogiando as novas conquistas históricas no trabalho do Partido sobre assuntos étnicos desde o 18º Congresso Nacional do PCC em 2012, Xi disse que “o importante pensamento do Partido sobre o fortalecimento e melhoria do trabalho foi formulado e uma nova fronteira foi aberta na adaptação das teorias marxistas de etnicidade para o contexto chinês e as necessidades dos tempos”. Observando as novas circunstâncias e tarefas no trabalho do Partido sobre assuntos étnicos desde o 20º Congresso Nacional do PCCh em 2022, Xi garantiu que “nenhum grupo étnico será deixado para trás na construção de um grande país socialista moderno em todos os aspectos”. “É necessário estabelecer um sistema teórico científico e sólido para a comunidade nacional chinesa”, assinalou Xi, sublinhando que “devem ser feitos esforços para integrar as teorias étnicas marxistas com as realidades específicas e a excelente cultura tradicional da China”. Xi pediu foco na construção da civilização chinesa moderna, com o objetivo de estabelecer uma base espiritual e cultural sólida para forjar um forte sentido de comunidade para a nação chinesa e enfatizou o fortalecimento da educação das teorias, linhas, princípios e políticas do Partido entre pessoas de todos os grupos étnicos e a promoção da evolução criativa e do desenvolvimento inovador da excelente cultura tradicional chinesa. “Esforços abrangentes devem ser feitos para promover a língua chinesa padrão falada e escrita e o uso de livros didácticos unificados compilados pelo Estado”, acrescentou. Pedindo mais intercâmbios e interações entre os diferentes grupos étnicos, Xi sublinhou que deve ser promovida “a mobilidade populacional e a habitação integrada entre vários grupos étnicos, numa tentativa de promover continuamente a unidade e o progresso étnico”. Xi destacou ainda a melhoria dos meios de subsistência das pessoas e “a garantia de que os benefícios do desenvolvimento sejam entregues de forma justa às pessoas de todos os grupos étnicos”, além de encetar esforços “para contar melhor as histórias da nação chinesa e intensificar a comunicação pública sobre o sentido de comunidade da nação chinesa”. “Os comités do Partido e os governos de todos os níveis devem aderir à abordagem correcta e distintamente chinesa para lidar com os assuntos étnicos, e as autoridades devem dar as devidas contribuições para a unidade e o progresso étnico”, conclui o presidente.
Hoje Macau China / ÁsiaXi pede a Putin esforços para salvaguardar justiça internacional O Presidente chinês, Xi Jinping, apelou ontem ao homólogo russo, Vladimir Putin, para que faça “esforços” no sentido de “salvaguardar a justiça internacional”, durante um encontro à margem do 3.º Fórum da Iniciativa Faixa e Rota. Citado pela agência Xinhua, o líder chinês elogiou o estado das relações entre os dois países e sublinhou que a “confiança política está a aprofundar-se de forma constante”, com uma “coordenação estratégica estreita e eficaz e o comércio bilateral em máximos históricos”. Xi e Putin reuniram após a cerimónia de abertura do 3.º Fórum da Iniciativa Faixa e Rota, que está a decorrer em Pequim. “Encontrámo-nos 42 vezes nos últimos dez anos. Desenvolvemos uma boa relação de trabalho e uma profunda amizade”, afirmou. Durante a reunião, Xi congratulou-se com o facto de os governos dos dois países “estarem a pôr em prática os importantes consensos” a que os dois líderes chegaram nas reuniões anteriores. “A confiança política mútua está a aprofundar-se de forma constante e a cooperação estratégica é eficaz e estreita. O comércio bilateral atingiu máximos históricos, caminhando firmemente para o objetivo que estabelecemos de 200 mil milhões de dólares por ano”, acrescentou o líder chinês. Recordando que no próximo ano se assinala o 75.º aniversário desde o estabelecimento das relações entre os dois países, Xi disse que a China quer trabalhar com a Rússia para “compreender a tendência histórica do desenvolvimento global com base nos interesses dos nossos dois povos”. “Temos de enriquecer ainda mais a cooperação bilateral, refletindo a nossa responsabilidade enquanto potências, e continuar a contribuir para a modernização dos nossos dois países”, afirmou o líder chinês. “Temos de fazer esforços para salvaguardar conjuntamente a justiça internacional” e “promover o desenvolvimento global”, acrescentou. Citado pela Xinhua, Putin afirmou durante a reunião que a Iniciativa Faixa e Rota “deve ser reconhecida como um bem público global” e que espera que mais países adiram ao projecto chinês no futuro. O líder russo viajou para a China com uma grande delegação de altos funcionários, incluindo dois vice-primeiros-ministros e responsáveis pelos negócios estrangeiros, desenvolvimento económico, transportes ou finanças.