Instituto Cultural cancela todas as actividades previstas para Fevereiro Hoje Macau - 4 Fev 2020 [dropcap]O[/dropcap] Instituto Cultural (IC) vai cancelar todas as actividades previstas para Fevereiro. A informação foi divulgada através de um comunicado, onde o organismo reitera também, que todos os espaços culturais sob a sua administração como bibliotecas e museus permanecerão fechados até ser divulgada informação em contrário. Acerca de pedidos de reembolso para quem já adquiriu bilhetes para espectáculos agendados para Fevereiro, o IC garante que “providenciará os reembolsos (…) a partir de hoje [ontem] até 31 de Maio do corrente ano, podendo os espectadores que compraram os bilhetes entrar em contacto com a Bilheteira Online de Macau para procedimentos de reembolso quando a epidemia for aliviada”. Os espectáculos passíveis de reembolso incluem o Concerto de S. Valentim “Sentimentos” (8 de Fevereiro), o Concerto do Dia dos Namorados: Paixão Latina, pela Orquestra de Macau (14 de Fevereiro), o espectáculo de dança, “Nijinsky” (28 de Fevereiro a 1 de Março) e o Concerto “Momentos Encantadores de Divertimento”, pela Orquestra de Macau (29 de Fevereiro). No comunicado enviado às redacções, o IC confirmou também que “todas as bibliotecas públicas, museus e os demais recintos culturais” vão continuar fechados, sendo que todas as actividades programadas naqueles espaços também serão canceladas. No entanto, IC anunciou que continua a estar disponível para receber a pedidos de licença para filmagens, sendo que, para tal, os residentes podem apresentar uma notificação prévia, devidamente preenchida e os documentos necessários. Relativamente ao Subsídio para Acção Cultural Pontual no âmbito do “Programa de Apoio Financeiro para Actividades/ Projectos Culturais das Associações Locais”, as entidades candidatas podem ainda apresentar os seus pedidos através do “sistema de candidatura online” do IC, sem necessidade de deslocar-se pessoalmente.
DSEC | Mais de 14 milhões ficaram nos hotéis de Macau Hoje Macau - 4 Fev 2020 [dropcap]M[/dropcap]ais de 14 milhões de pessoas alojaram-se nos hotéis e pensões de Macau no ano passado, um aumento de 1,1 por cento em relação ao ano anterior, indicaram ontem os dados oficiais. De acordo com a Direcção dos Serviços de Estatísticas e Censos (DSEC), do total de 14.104.000 hóspedes, a esmagadora maioria é proveniente do Interior da China (9.825.000) e representa um aumento de 1,9 por cento. O número de hóspedes provenientes da Coreia do Sul (553.000) e de Hong Kong (1,6 milhões) aumentou 14,9 por cento e 7,4 por cento, respectivamente. Já os hospedes de Taiwan (455.000) diminuíram 3,8 por cento, em relação a 2018. O período médio de permanência em Macau situou-se em 1,5 noites, sendo idêntico ao de 2018. No mesmo comunicado, a DSEC indicou que a taxa de ocupação média dos hotéis e pensões atingiu 90,8 por cento no ano passado, menos 0,3 pontos percentuais. A taxa de ocupação média dos hotéis de cinco estrelas foi de 92,2 por cento, tendo também diminuído 0,2 pontos percentuais. No final de Dezembro existiam em Macau 123 hotéis e pensões, mais sete que em 2018, num total de 38 mil quartos (menos 1,4 por cento). Ainda de acordo com os dados da DSEC, em 2019 visitaram Macau em excursões 8,3 milhões de pessoas, o que representa uma diminuição de 8,7 por cento em relação ao ano anterior. Em 2019, Macau recebeu 39.406.181 milhões de visitantes, um aumento de 10,1 por cento em relação ao ano anterior, num novo recorde para a RAEM, de acordo com dados oficiais.
DSEC | Mais de 14 milhões ficaram nos hotéis de Macau Hoje Macau - 4 Fev 2020 [dropcap]M[/dropcap]ais de 14 milhões de pessoas alojaram-se nos hotéis e pensões de Macau no ano passado, um aumento de 1,1 por cento em relação ao ano anterior, indicaram ontem os dados oficiais. De acordo com a Direcção dos Serviços de Estatísticas e Censos (DSEC), do total de 14.104.000 hóspedes, a esmagadora maioria é proveniente do Interior da China (9.825.000) e representa um aumento de 1,9 por cento. O número de hóspedes provenientes da Coreia do Sul (553.000) e de Hong Kong (1,6 milhões) aumentou 14,9 por cento e 7,4 por cento, respectivamente. Já os hospedes de Taiwan (455.000) diminuíram 3,8 por cento, em relação a 2018. O período médio de permanência em Macau situou-se em 1,5 noites, sendo idêntico ao de 2018. No mesmo comunicado, a DSEC indicou que a taxa de ocupação média dos hotéis e pensões atingiu 90,8 por cento no ano passado, menos 0,3 pontos percentuais. A taxa de ocupação média dos hotéis de cinco estrelas foi de 92,2 por cento, tendo também diminuído 0,2 pontos percentuais. No final de Dezembro existiam em Macau 123 hotéis e pensões, mais sete que em 2018, num total de 38 mil quartos (menos 1,4 por cento). Ainda de acordo com os dados da DSEC, em 2019 visitaram Macau em excursões 8,3 milhões de pessoas, o que representa uma diminuição de 8,7 por cento em relação ao ano anterior. Em 2019, Macau recebeu 39.406.181 milhões de visitantes, um aumento de 10,1 por cento em relação ao ano anterior, num novo recorde para a RAEM, de acordo com dados oficiais.
Jogo | Sands China fecha 2019 com mais 7% de lucros Hoje Macau - 4 Fev 2020 [dropcap]A[/dropcap] operadora de jogo Sands China, com casinos em Macau, anunciou lucros líquidos de 2,04 mil milhões de dólares em 2019, um aumento de 7 por cento em relação a 2018. Em comunicado, o grupo apontou que em 2019 registou uma receita líquida de 8,81 mil milhões de dólares em 2019, comparando com 8,67 mil milhões de dólares no ano anterior. Na mesma nota, o Sands China anunciou ainda que no último trimestre de 2019 obteve uma diminuição na receita líquida em 100 milhões de dólares, que se cifrou nos 2,25 mil milhões de dólares. Ainda assim, o lucro líquido do grupo no 4.º trimestre do ano passado foi de 513 milhões de dólares, em comparação com 465 milhões de dólares no mesmo período em análise de 2018. Os casinos de Macau fecharam 2019 com receitas de 292,46 milhões de patacas, menos 3,4 por cento do que no ano anterior. Em 2018, as receitas dos casinos tinham atingido um total de 302,85 milhões de patacas.
Jogo | Sands China fecha 2019 com mais 7% de lucros Hoje Macau - 4 Fev 2020 [dropcap]A[/dropcap] operadora de jogo Sands China, com casinos em Macau, anunciou lucros líquidos de 2,04 mil milhões de dólares em 2019, um aumento de 7 por cento em relação a 2018. Em comunicado, o grupo apontou que em 2019 registou uma receita líquida de 8,81 mil milhões de dólares em 2019, comparando com 8,67 mil milhões de dólares no ano anterior. Na mesma nota, o Sands China anunciou ainda que no último trimestre de 2019 obteve uma diminuição na receita líquida em 100 milhões de dólares, que se cifrou nos 2,25 mil milhões de dólares. Ainda assim, o lucro líquido do grupo no 4.º trimestre do ano passado foi de 513 milhões de dólares, em comparação com 465 milhões de dólares no mesmo período em análise de 2018. Os casinos de Macau fecharam 2019 com receitas de 292,46 milhões de patacas, menos 3,4 por cento do que no ano anterior. Em 2018, as receitas dos casinos tinham atingido um total de 302,85 milhões de patacas.
Telecomunicações | Browser da Xiaomi bloqueia sites em Macau João Santos Filipe - 4 Fev 2020 O programa do fabricante impede o acesso a portais informativos, apesar da ligação ser feita em Macau. Um artigo do jornal Strait Times é completamente boqueado. A empresa reconhece que o problema está relacionado com o facto de existirem em Macau telemóveis que foram feitos para o mercado do Interior da China [dropcap]A[/dropcap] empresa fabricante de telemóveis Xiaomi está a bloquear o acesso dos internautas de Macau a determinados portais noticiosos. O bloqueio é feito através do programa browser da empresa, denominado Mi Browser, que tem como logótipo um globo branco num fundo azul. O programa vem incorporado nos telemóveis disponibilizados e faz parte da escolha pré-definida, para navegar nos diferentes websites. No domingo, o HM tentou aceder ao portal online do jornal Strait Times, em particular a uma notícia sobre o alegado surto de gripe das aves na província de Hunan, e deparou-se com a seguinte mensagem: “De acordo com as leis deste país, o acesso a este portal está banido”. O texto surge escrito em chinês simplificado. Além deste texto, com letras pretas em fundo branco, não há mais nenhuma indicação sobre se o bloqueio é feito a pedido do Governo Central ou do Executivo da RAEM. A mensagem também não explica a lei que está em vigor que permite bloquear o acesso em Macau. Quando contactada pelo HM, um fonte da empresa explicou que tal prende-se com o facto de haver em Macau dispositivos desenvolvidos a pensar no mercado do Interior, nomeadamente no que diz respeito ao sistema operativo. “A Xiaomi cumpre sempre as leis e os regulamentos dos mercados em que opera. Para os equipamentos destinados ao mercado do Interior são-nos exigidas definições que aplicamos para cumprir com os regulamentos”, foi explicado. “Por isso, sugerimos aos nossos utilizadores fora do Interior que escolham equipamentos com a versão global do MIUI [sistema operativo], para garantir uma melhor experiência com os aparelhos”, foi acrescentado. O facto do Mi Browser bloquear o acesso a determinados portais não impede que um utilizador instale um outro browser e consiga navegar nesses portais. No mesmo dispositivo, com recurso, por exemplo aos browsers Firefox ou Google Chrome, o acesso ao site em causa foi concretizado sem qualquer restrição. Também o Governo reconhece que esta situação se verifica e aconselha as pessoas a utilizarem outro programa em vez do browser Xiaomi. “Depois de se ter testado, verificou-se que o website não é mostrado apropriadamente devido a um problema de funcionamento do browser do Xiaomi. É recomendado que instale outro browser da rede (tal como o Chrome) para aceder ao website”, respondeu a Direcção dos Serviços de Correios e Telecomunicações (CTT). Queixas lá fora Esta não será uma situação exclusiva de Macau e em vários fóruns online há utilizadores que afirmam estar em países da União Europeia, e se deparam com a mesma situação. Além de haver portais bloqueados, o Browser Xiao apresenta ainda mensagem a desaconselhar a visita a determinados portais de informação. É o que acontece quando o utilizador tenta aceder aos portais do Hoje Macau ou do South China Morning Post. A entrada é garantida, mas só depois de o utilizador assumir a responsabilidade do acesso. Em comum os portais mencionados têm o facto de serem bloqueados pela “Grande Muralha” do Interior da China, ou seja o sistema de censura e controlo da Internet que vigora ao abrigo do Primeiro Sistema.
Telecomunicações | Browser da Xiaomi bloqueia sites em Macau João Santos Filipe - 4 Fev 2020 O programa do fabricante impede o acesso a portais informativos, apesar da ligação ser feita em Macau. Um artigo do jornal Strait Times é completamente boqueado. A empresa reconhece que o problema está relacionado com o facto de existirem em Macau telemóveis que foram feitos para o mercado do Interior da China [dropcap]A[/dropcap] empresa fabricante de telemóveis Xiaomi está a bloquear o acesso dos internautas de Macau a determinados portais noticiosos. O bloqueio é feito através do programa browser da empresa, denominado Mi Browser, que tem como logótipo um globo branco num fundo azul. O programa vem incorporado nos telemóveis disponibilizados e faz parte da escolha pré-definida, para navegar nos diferentes websites. No domingo, o HM tentou aceder ao portal online do jornal Strait Times, em particular a uma notícia sobre o alegado surto de gripe das aves na província de Hunan, e deparou-se com a seguinte mensagem: “De acordo com as leis deste país, o acesso a este portal está banido”. O texto surge escrito em chinês simplificado. Além deste texto, com letras pretas em fundo branco, não há mais nenhuma indicação sobre se o bloqueio é feito a pedido do Governo Central ou do Executivo da RAEM. A mensagem também não explica a lei que está em vigor que permite bloquear o acesso em Macau. Quando contactada pelo HM, um fonte da empresa explicou que tal prende-se com o facto de haver em Macau dispositivos desenvolvidos a pensar no mercado do Interior, nomeadamente no que diz respeito ao sistema operativo. “A Xiaomi cumpre sempre as leis e os regulamentos dos mercados em que opera. Para os equipamentos destinados ao mercado do Interior são-nos exigidas definições que aplicamos para cumprir com os regulamentos”, foi explicado. “Por isso, sugerimos aos nossos utilizadores fora do Interior que escolham equipamentos com a versão global do MIUI [sistema operativo], para garantir uma melhor experiência com os aparelhos”, foi acrescentado. O facto do Mi Browser bloquear o acesso a determinados portais não impede que um utilizador instale um outro browser e consiga navegar nesses portais. No mesmo dispositivo, com recurso, por exemplo aos browsers Firefox ou Google Chrome, o acesso ao site em causa foi concretizado sem qualquer restrição. Também o Governo reconhece que esta situação se verifica e aconselha as pessoas a utilizarem outro programa em vez do browser Xiaomi. “Depois de se ter testado, verificou-se que o website não é mostrado apropriadamente devido a um problema de funcionamento do browser do Xiaomi. É recomendado que instale outro browser da rede (tal como o Chrome) para aceder ao website”, respondeu a Direcção dos Serviços de Correios e Telecomunicações (CTT). Queixas lá fora Esta não será uma situação exclusiva de Macau e em vários fóruns online há utilizadores que afirmam estar em países da União Europeia, e se deparam com a mesma situação. Além de haver portais bloqueados, o Browser Xiao apresenta ainda mensagem a desaconselhar a visita a determinados portais de informação. É o que acontece quando o utilizador tenta aceder aos portais do Hoje Macau ou do South China Morning Post. A entrada é garantida, mas só depois de o utilizador assumir a responsabilidade do acesso. Em comum os portais mencionados têm o facto de serem bloqueados pela “Grande Muralha” do Interior da China, ou seja o sistema de censura e controlo da Internet que vigora ao abrigo do Primeiro Sistema.
Casinos | Angela Leong elogia obrigatoriedade do uso de máscara João Santos Filipe - 4 Fev 2020 [dropcap]A[/dropcap] deputada Angela Leong, que é igualmente membro da direcção da concessionária Sociedade de Jogos de Macau, elogiou a decisão do Executivo de obrigar os jogadores e trabalhadores dos casinos a usarem máscara. “É uma medida que não só permite proteger melhor os trabalhadores do jogo da linha da frente que estão a contribuir para o desenvolvimento da economia de Macau neste momento, como também permite garantir a segurança da saúde dos jogadores”, afirmou, em comunicado, a legisladora. A quarta mulher de Stanley Ho disse ainda acreditar que todas as seis concessionárias vão implementar de forma exemplar as recomendações do Governo para prevenir e controlar a epidemia da Pneumonia de Wuhan. “Vamos todos ganhar esta guerra de prevenção da epidemia”, diz a deputada, de acordo com o comunicado. Outro dos assuntos abordados pela deputada foi a suspensão das aulas que diz estar a criar “grande apreensão” junto de alunos e encarregados de educação. Porém, Angela Leong desdramatiza a situação, e sublinha que o mais importante é prevenir e controlar a epidemia. Como solução à suspensão das aulas, a membro da Assembleia Legislativa diz apoiar a corrente de opinião que considera que as escolas podem prolongar as aulas no Verão, de forma a recuperar o tempo perdido até que a Pneumonia de Wuhan esteja controlada. “Esta abordagem permite reduzir a pressão de contágio [entre os alunos e professores] numa altura crucial”, aponta.
Casinos | Angela Leong elogia obrigatoriedade do uso de máscara João Santos Filipe - 4 Fev 2020 [dropcap]A[/dropcap] deputada Angela Leong, que é igualmente membro da direcção da concessionária Sociedade de Jogos de Macau, elogiou a decisão do Executivo de obrigar os jogadores e trabalhadores dos casinos a usarem máscara. “É uma medida que não só permite proteger melhor os trabalhadores do jogo da linha da frente que estão a contribuir para o desenvolvimento da economia de Macau neste momento, como também permite garantir a segurança da saúde dos jogadores”, afirmou, em comunicado, a legisladora. A quarta mulher de Stanley Ho disse ainda acreditar que todas as seis concessionárias vão implementar de forma exemplar as recomendações do Governo para prevenir e controlar a epidemia da Pneumonia de Wuhan. “Vamos todos ganhar esta guerra de prevenção da epidemia”, diz a deputada, de acordo com o comunicado. Outro dos assuntos abordados pela deputada foi a suspensão das aulas que diz estar a criar “grande apreensão” junto de alunos e encarregados de educação. Porém, Angela Leong desdramatiza a situação, e sublinha que o mais importante é prevenir e controlar a epidemia. Como solução à suspensão das aulas, a membro da Assembleia Legislativa diz apoiar a corrente de opinião que considera que as escolas podem prolongar as aulas no Verão, de forma a recuperar o tempo perdido até que a Pneumonia de Wuhan esteja controlada. “Esta abordagem permite reduzir a pressão de contágio [entre os alunos e professores] numa altura crucial”, aponta.
Comércio | Ho Ion Sang apela a combate mais eficaz a negócios paralelos João Santos Filipe - 4 Fev 2020 O deputado dos Moradores está preocupado com as travessias da fronteira entre Macau e Zhuhai dos comerciantes ilegais que podem resultar num aumento do número de pessoas infectadas com a doença [dropcap]O[/dropcap] deputado da União Geral das Associação dos Moradores de Macau, Ho Ion Sang, apelou às pessoas que se dedicam a transaccionar bens de forma ilegal entre Macau e o Interior da China para que fiquem em casa. O problema das pessoas que fazem vida de compra de produtos em Macau para venda no Interior da China, e vice-versa, tem sido alvo de contestação de vários deputados, devido ao incómodo que geram para os moradores da zona. No entanto, ontem, em declarações ao jornal Ou Mun, Ho Ion Sang defendeu que estas pessoas têm de se abster de atravessar a fronteira porque se vive um período de excepção, em que a situação não é estável. O legislador pediu para que as pessoas respeitem as instruções do Executivo. O objectivo, diz Ho, passa por evitar a propagação de um contágio cruzado entre Zhuhai e Macau. “Estamos numa altura excepcional de instabilidade e estas pessoas têm de cooperar com as políticas de prevenção da epidemia definidas pelo Governo. Têm de ter em conta a saúde pública e evitar atravessar a fronteira”, sublinhou. O deputado abordou igualmente a situação dos residentes que se deslocam a Zhuhai para comprar vegetais e outros produtos de alimentação, uma vez que os preços praticados no outro lado da fronteira são mais baratos. De acordo com Ho Ion Sang, os residentes têm seguido as instruções do Executivo e nota-se uma redução muito significante nas deslocações entre as regiões, o que merece ser elogiado. Pressão financeira Em declarações ao Ou Mun, Ho Ion Sang reconheceu que há pessoas que devido à “pressão financeira” precisam de comprar comida no Interior, devido aos preços mais baixos, assim como receber dinheiro pelas travessias entre Macau e o Interior da China, transaccionando bens como chocolates, detergentes e artigos de marcas estrangeiras. Neste sentido, deputado recordou ainda aos cidadãos que o Instituto para a Acção Social disponibiliza apoios para as famílias e pessoas mais carenciadas. O membro da União Geral das Associação dos Moradores de Macau indicou igualmente que existem associações locais que podem apoiar quem precisa. Finalmente, Ho não deixou de atacar o comércio paralelo, uma vez que implica a fuga aos impostos nas duas regiões, assim como a entrada de produtos que deveriam ser proibidos. Por este motivo, Ho apelou aos Serviços de Alfândega para que apertem a fiscalização e intensifiquem a caça a este fenómeno. “Os Serviços de Alfândega deviam inspeccionar as pessoas que praticam este comércio paralelo e os chamados centros de distribuição”, frisou.
Comércio | Ho Ion Sang apela a combate mais eficaz a negócios paralelos João Santos Filipe - 4 Fev 2020 O deputado dos Moradores está preocupado com as travessias da fronteira entre Macau e Zhuhai dos comerciantes ilegais que podem resultar num aumento do número de pessoas infectadas com a doença [dropcap]O[/dropcap] deputado da União Geral das Associação dos Moradores de Macau, Ho Ion Sang, apelou às pessoas que se dedicam a transaccionar bens de forma ilegal entre Macau e o Interior da China para que fiquem em casa. O problema das pessoas que fazem vida de compra de produtos em Macau para venda no Interior da China, e vice-versa, tem sido alvo de contestação de vários deputados, devido ao incómodo que geram para os moradores da zona. No entanto, ontem, em declarações ao jornal Ou Mun, Ho Ion Sang defendeu que estas pessoas têm de se abster de atravessar a fronteira porque se vive um período de excepção, em que a situação não é estável. O legislador pediu para que as pessoas respeitem as instruções do Executivo. O objectivo, diz Ho, passa por evitar a propagação de um contágio cruzado entre Zhuhai e Macau. “Estamos numa altura excepcional de instabilidade e estas pessoas têm de cooperar com as políticas de prevenção da epidemia definidas pelo Governo. Têm de ter em conta a saúde pública e evitar atravessar a fronteira”, sublinhou. O deputado abordou igualmente a situação dos residentes que se deslocam a Zhuhai para comprar vegetais e outros produtos de alimentação, uma vez que os preços praticados no outro lado da fronteira são mais baratos. De acordo com Ho Ion Sang, os residentes têm seguido as instruções do Executivo e nota-se uma redução muito significante nas deslocações entre as regiões, o que merece ser elogiado. Pressão financeira Em declarações ao Ou Mun, Ho Ion Sang reconheceu que há pessoas que devido à “pressão financeira” precisam de comprar comida no Interior, devido aos preços mais baixos, assim como receber dinheiro pelas travessias entre Macau e o Interior da China, transaccionando bens como chocolates, detergentes e artigos de marcas estrangeiras. Neste sentido, deputado recordou ainda aos cidadãos que o Instituto para a Acção Social disponibiliza apoios para as famílias e pessoas mais carenciadas. O membro da União Geral das Associação dos Moradores de Macau indicou igualmente que existem associações locais que podem apoiar quem precisa. Finalmente, Ho não deixou de atacar o comércio paralelo, uma vez que implica a fuga aos impostos nas duas regiões, assim como a entrada de produtos que deveriam ser proibidos. Por este motivo, Ho apelou aos Serviços de Alfândega para que apertem a fiscalização e intensifiquem a caça a este fenómeno. “Os Serviços de Alfândega deviam inspeccionar as pessoas que praticam este comércio paralelo e os chamados centros de distribuição”, frisou.
Concessionárias de jogo e Governo garantem alojamento a TNR “indispensáveis” Pedro Arede - 4 Fev 2020 Com Lusa [dropcap]P[/dropcap]ara reduzir o fluxo de pessoas entre Macau e Zhuhai, as seis concessionárias do jogo em Macau garantiram ontem que vão providenciar alojamento aos trabalhadores não residentes (TNR) que vivem no Interior da China. A medida foi confirmada pelo Governo após uma reunião levada a cabo entre a Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ) em conjunto com a Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) e os representantes das seis concessionárias de jogo em Macau. O objectivo é reduzir o fluxo de cidadãos entre Macau e Zhuhai, como forma de minimizar o risco de transmissão do novo coronavírus. “As seis Concessionárias / subconcessionárias manifestaram o seu apoio e responderam ao apelo do Governo da RAEM, disponibilizando-se para providenciar boas condições de alojamento para os seus trabalhadores não residentes que vivem fora do Território”, pode ler-se num comunicado conjunto emitido ontem pela DICJ e a DSAL. Em conferência de imprensa, a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Ao Ieong U, assegurou que esta medida de alojamento está a ser acompanhada pelas autoridades. “Os TNR que sejam indispensáveis ficar em Macau, e os restantes devem permanecer em Zhuhai. O Instituto de Acção Social já está a trabalhar para arranjar um local apropriado para o alojamento desses TNR. Estamos a acompanhar a situação para ver o resultado, mas ainda temos de esperar mais uns dias.” Após oitavo caso O apelo foi feito pelo Governo, no passado domingo, dia em que Macau registou o primeiro caso de infecção (oitavo da contabilização geral) de um habitante de Macau e um dia depois do anúncio de que dois trabalhadores de casinos locais e que vivem em Zhuhai estavam infectados com o novo coronavírus. “Aos trabalhadores essenciais deverá ser providenciado alojamento temporário para que permaneçam em Macau”, já os não essenciais devem ficar em Zhuhai até que a “epidemia esteja sob controlo”, disseram as autoridades, reforçando assim o apelo feito neste domingo. Na mesma ocasião, a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Ao Ieong U, retirou que “a população deve manter-se em casa e evitar saídas desnecessárias”. Cerca de 35 mil trabalhadores não residentes cruzam diariamente a fronteira entre Macau e Zhuhai, de acordo com dados oficiais.
Epidemia | Creches sem propinas em Fevereiro Pedro Arede - 4 Fev 2020 [dropcap]O[/dropcap] Chefe do Departamento e Solidariedade Social do Instituto de Acção Social de Macau, Choi Sio Un, anunciou ontem que as propinas das creches subsidiadas pelo Governo vão ser suspensas no mês de Fevereiro. Por ocasião da conferência de imprensa do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, Sam Hio Tong, Chefe da Divisão de Recursos e Acção Social Escolar da Direcção dos Serviços do Ensino Superior, anunciou também que a prova de acesso ao ensino superior, o chamado Exame Unificado, vai ser adiado apesar de faltar ainda um mês e meio até à sua realização. Segundo o responsável, a medida vai ser agora negociada com as quatro instituições de ensino de Macau: Universidade de Macau, Instituto Politécnico de Macau, Instituto de Formação Turística e Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau.
Epidemia | Creches sem propinas em Fevereiro Pedro Arede - 4 Fev 2020 [dropcap]O[/dropcap] Chefe do Departamento e Solidariedade Social do Instituto de Acção Social de Macau, Choi Sio Un, anunciou ontem que as propinas das creches subsidiadas pelo Governo vão ser suspensas no mês de Fevereiro. Por ocasião da conferência de imprensa do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, Sam Hio Tong, Chefe da Divisão de Recursos e Acção Social Escolar da Direcção dos Serviços do Ensino Superior, anunciou também que a prova de acesso ao ensino superior, o chamado Exame Unificado, vai ser adiado apesar de faltar ainda um mês e meio até à sua realização. Segundo o responsável, a medida vai ser agora negociada com as quatro instituições de ensino de Macau: Universidade de Macau, Instituto Politécnico de Macau, Instituto de Formação Turística e Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau.
Epidemia | Governo decreta obrigatoriedade do uso de máscaras nos transportes públicos Pedro Arede - 4 Fev 2020 [dropcap]O[/dropcap]s passageiros que não usarem máscaras podem ver a sua entrada recusada nos transportes públicos e casinos. São mais medidas de prevenção que entraram ontem em vigor, com o objectivo de minimizar os riscos de transmissão em Macau do novo coronavírus. Os passageiros dos autocarros e dos táxis estão assim desde a tarde de ontem obrigados ao uso de máscaras no interior das viaturas, caso contrário, o motorista poderá recusar a sua entrada. “Os condutores podem impedir a entrada de pessoas” que estejam sem máscara, afirmou a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Ao Ieong U. A medida tinha já sido divulgada de manhã pela Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT), que apelou também aos passageiros para utilizarem máscaras e prestarem atenção à sua higiene pessoal, partindo da sua própria iniciativa. A DSAT fez ainda um apelo às empresas de transportes públicos e respectivas entidades de gestão, no sentido de continuar a reforçar a limpeza e desinfecção das composições como forma de prevenção. Também o metro ligeiro seguiu a mesma directiva e desde as 13 horas de ontem que todos os passageiros são obrigados a usar máscara, sob pena de não seguirem viagem nas carruagens do Metro Ligeiro de Macau (MLM). “Devido à evolução contínua do Novo Tipo de Coronavírus, a MLM anuncia que, a partir das 13:00 de hoje (dia 3 de Fevereiro), todos os passageiros são obrigados a usar máscara para viajarem de Metro Ligeiro, no sentido de garantir a saúde e a segurança dos trabalhadores e dos passageiros, sob pena de que sejam recusados a utilizar o respectivo serviço”, pode ler-se na nota emitida pela Sociedade do MLM. Também desde ontem, os clientes dos casinos estão impedidos de entrar caso não estejam a utilizar máscara, anunciou a Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ). “Caso for detectada a não utilização de máscara de protecção respiratória dentro dos casinos, as concessionárias/ subconcessionárias têm o direito de solicitar a pessoa em causa para sair do recinto”, pode ler-se no comunicado divulgado ontem pela DICJ.
Epidemia | Governo decreta obrigatoriedade do uso de máscaras nos transportes públicos Pedro Arede - 4 Fev 2020 [dropcap]O[/dropcap]s passageiros que não usarem máscaras podem ver a sua entrada recusada nos transportes públicos e casinos. São mais medidas de prevenção que entraram ontem em vigor, com o objectivo de minimizar os riscos de transmissão em Macau do novo coronavírus. Os passageiros dos autocarros e dos táxis estão assim desde a tarde de ontem obrigados ao uso de máscaras no interior das viaturas, caso contrário, o motorista poderá recusar a sua entrada. “Os condutores podem impedir a entrada de pessoas” que estejam sem máscara, afirmou a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Ao Ieong U. A medida tinha já sido divulgada de manhã pela Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT), que apelou também aos passageiros para utilizarem máscaras e prestarem atenção à sua higiene pessoal, partindo da sua própria iniciativa. A DSAT fez ainda um apelo às empresas de transportes públicos e respectivas entidades de gestão, no sentido de continuar a reforçar a limpeza e desinfecção das composições como forma de prevenção. Também o metro ligeiro seguiu a mesma directiva e desde as 13 horas de ontem que todos os passageiros são obrigados a usar máscara, sob pena de não seguirem viagem nas carruagens do Metro Ligeiro de Macau (MLM). “Devido à evolução contínua do Novo Tipo de Coronavírus, a MLM anuncia que, a partir das 13:00 de hoje (dia 3 de Fevereiro), todos os passageiros são obrigados a usar máscara para viajarem de Metro Ligeiro, no sentido de garantir a saúde e a segurança dos trabalhadores e dos passageiros, sob pena de que sejam recusados a utilizar o respectivo serviço”, pode ler-se na nota emitida pela Sociedade do MLM. Também desde ontem, os clientes dos casinos estão impedidos de entrar caso não estejam a utilizar máscara, anunciou a Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ). “Caso for detectada a não utilização de máscara de protecção respiratória dentro dos casinos, as concessionárias/ subconcessionárias têm o direito de solicitar a pessoa em causa para sair do recinto”, pode ler-se no comunicado divulgado ontem pela DICJ.
Voos cancelados nas Filipinas retêm portugueses residentes em Macau Hoje Macau - 3 Fev 2020 [dropcap]P[/dropcap]ortugueses que vivem em Macau e que estavam de férias ficaram retidos nas Filipinas devido aos vários voos cancelados na última semana por causa das medidas de combate ao novo coronavírus, disseram à Lusa. “No nosso voo para Macau estavam, no mínimo, 12 portugueses”, disse à Lusa Liliana Lino, residente em Macau de 30 anos, que tinha o voo agendado no domingo através de Clark, a cerca de 100 quilómetros da capital, Manila. Liliana encontrava-se de férias com mais dois amigos portugueses, também residentes em Macau, e já tinha sido notificada pela companhia aérea “que os voos para Macau, Hong Kong e China continental iam ser reduzidos a partir de dia 3 de Fevereiro”. Por isso “estava descansada”, frisou a designer de interiores. Só que no domingo um homem de nacionalidade chinesa morreu nas Filipinas vítima de uma pneumonia causada pelo coronavírus de Wuhan, a primeira morte registada fora da China. Facto que levou as autoridades filipinas a ‘apertarem’ ainda mais as medidas de segurança, que inclui, por exemplo, a proibição de todos os estrangeiros que chegam da China. Também Tiago Miranda, jurista português residente em Macau, que foi às Filipinas com a namorada “aproveitar alguns feriados e fugir à confusão geralmente instaurada durante o período do Ano Novo Chinês”, viu o seu voo ser cancelado no domingo. Os dois partiram de Macau, no dia 24 de Janeiro, “vestidos a rigor com máscara na cara e pulverizados de desinfectante”, contou à Lusa. “A ida correu conforme planeado, embora tenhamos sentido alguns cuidados redobrados no aeroporto – a esmagadora maioria das pessoas usava máscara e mediram-nos a febre à entrada do controlo de bagagem”, disse, acrescentando ainda que à chegada a Cebu, Filipinas, foram avaliados por uma máquina que media a temperatura. No dia do suposto regresso, iam apanhar o avião de Manila com destino a Macau e foram “informados pela companhia aérea de que todos os voos tinham sido cancelados a partir daquele momento, sem quaisquer perspectivas de retomar o normal funcionamento”. “Fomos então aconselhados pela própria companhia aérea a procurar voos noutras companhias cujo funcionamento ainda não tinha sido afectado, à medida que a confusão no aeroporto se instalava e as alternativas de voos reduziam drasticamente (enquanto os preços disparavam a cada minuto)”, afirmou o jurista português de 27 anos. Liliana conseguiu arranjar um voo para Macau na madrugada de quarta-feira, a partir de Manila, e assim como Tiago esperam poder regressar ao trabalho, que já foi adiado pelo menos dois dias devido a estes constrangimentos. A esperança é que o voo “não seja cancelado em cima da hora novamente”, apontou Liliana, ideia corroborada por Tiago: “esperamos que tudo decorra sem mais imprevistos daqui em diante neste tão aguardado regresso a Macau”. Em conferência de imprensa, o Governo de Macau disse ter recebido quatro pedidos, oito pessoas, de ajuda de residentes de Macau que se encontram retidos nas Filipinas, mas nenhum desses pedidos são de nacionalidade portuguesa. As autoridades de Macau anunciaram no domingo o oitavo caso de novo coronavírus no território, o primeiro caso de infeção de um habitante de Macau, já que todos os outros contaminados pelo vírus são da cidade chinesa de Wuhan, centro do surto.
Epidemia | Mortes na China já ultrapassam as da pneumonia atípica de 2002/2003 Hoje Macau - 3 Fev 2020 [dropcap]O[/dropcap] número de mortes pelo novo coronavírus excedeu hoje o da pneumonia atípica na China, onde o governo reconheceu que há uma necessidade urgente de repor as provisões de máscaras protectoras para conter a epidemia. Duas semanas após o início da crise, marcada pelo isolamento da cidade de Wuhan, epicentro do novo coronavírus, as praças financeiras chinesas afundaram cerca de 8%, na reabertura após duas semanas sem negociarem. Com o país paralisado devido aos receios da epidemia, que já infectou mais de 17.000 pessoas, Pequim, ao contrário do que é costume, reconheceu contar com a ajuda do resto do mundo para responder à crise. “O que a China precisa urgentemente é de máscaras, fatos e óculos de proteção”, disse Hua Chunying, porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros. A porta-voz revelou que vários países, incluindo França, Reino Unido, Japão e Coreia do Sul, já enviaram suprimentos médicos. As fábricas chinesas estão a operar com reduzida capacidade, já que a epidemia ocorreu em simultâneo com as férias do Ano Novo Chinês, entretanto prolongadas por muitas empresas, visando limitar os riscos de contágio. O ministério chinês da Indústria reconheceu hoje que as fábricas para a produção de máscaras estão a operar apenas com 70% da sua capacidade máxima. O país aumentou as importações de máscaras da Europa, Japão e Estados Unidos, segundo a mesma fonte. Só no continente chinês, que exclui Hong Kong e Macau, o novo coronavírus já matou mais pessoas do que a epidemia da pneumonia atípica, ou síndrome respiratória aguda grave (SARS), que matou 349 pessoas só na China continental entre 2002 e 2003. O vírus matou ainda no domingo uma pessoa pela primeira vez fora da China, um chinês de 44 anos, oriundo de Wuhan, que morreu nas Filipinas, anunciou a Organização Mundial da Saúde. O número de infeções subiu para mais de 17.200, globalmente, excedendo em muito o registo da SARS, que na China infectou 5.327 pessoas. Em todo o mundo, a SARS matou um total de 774 pessoas, principalmente na China continental e em Hong Kong. A grande maioria das mortes e casos de infeção está concentrada na província de Hubei, da qual Wuhan é a capital. Wuhan foi colocada sob quarentena no dia 23 de janeiro, com as saídas e entradas interditadas pelas autoridades durante período indefinido. A medida foi, entretanto, alargada a mais quinze cidades, próximas de Wuhan, afectando, no conjunto, mais de 50 milhões de pessoas. Face a um sistema hospitalar sobrecarregado, Wuhan deverá começar hoje a receber os primeiros pacientes num hospital construído em 10 dias – um tempo recorde. Outro hospital, ainda maior, com capacidade para 1.600 camas, está em construção na cidade e deve abrir dentro de alguns dias. Como forma de conter a propagação do vírus, o Governo concedeu três dias adicionais de férias, na esperança de atrasar o retorno às cidades de centenas de milhões de trabalhadores, que visitaram as suas províncias de origem durante o Ano Novo Lunar. Perante a crise, que paralisou a economia do país, a bolsa de Xangai afundou quase 8%, apesar de as autoridades chinesas terem tentado tranquilizar os investidores, ao anunciar, no domingo, uma injeção equivalente a 156 mil milhões de euros no sistema bancário, para apoiar a economia. Preocupados, muitos países adotaram medidas de proteção. Os Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia, Iraque, Israel e Filipinas proibiram a entrada a estrangeiros que visitaram recentemente a China. A porta-voz da diplomacia chinesa acusou os Estados Unidos de “semearem o pânico” com as suas restrições e de darem um “péssimo exemplo”. A linhas de cruzeiro decidiram proibir a presença a bordo de passageiros ou tripulantes que viajaram para a China nos últimos 14 dias, anunciou hoje a sua federação internacional. A Organização Mundial da Saúde (OMS), que na semana passada declarou uma emergência internacional, revelou que está trabalhar com os gigantes da Internet para combater a desinformação.
Epidemia | Mortes na China já ultrapassam as da pneumonia atípica de 2002/2003 Hoje Macau - 3 Fev 2020 [dropcap]O[/dropcap] número de mortes pelo novo coronavírus excedeu hoje o da pneumonia atípica na China, onde o governo reconheceu que há uma necessidade urgente de repor as provisões de máscaras protectoras para conter a epidemia. Duas semanas após o início da crise, marcada pelo isolamento da cidade de Wuhan, epicentro do novo coronavírus, as praças financeiras chinesas afundaram cerca de 8%, na reabertura após duas semanas sem negociarem. Com o país paralisado devido aos receios da epidemia, que já infectou mais de 17.000 pessoas, Pequim, ao contrário do que é costume, reconheceu contar com a ajuda do resto do mundo para responder à crise. “O que a China precisa urgentemente é de máscaras, fatos e óculos de proteção”, disse Hua Chunying, porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros. A porta-voz revelou que vários países, incluindo França, Reino Unido, Japão e Coreia do Sul, já enviaram suprimentos médicos. As fábricas chinesas estão a operar com reduzida capacidade, já que a epidemia ocorreu em simultâneo com as férias do Ano Novo Chinês, entretanto prolongadas por muitas empresas, visando limitar os riscos de contágio. O ministério chinês da Indústria reconheceu hoje que as fábricas para a produção de máscaras estão a operar apenas com 70% da sua capacidade máxima. O país aumentou as importações de máscaras da Europa, Japão e Estados Unidos, segundo a mesma fonte. Só no continente chinês, que exclui Hong Kong e Macau, o novo coronavírus já matou mais pessoas do que a epidemia da pneumonia atípica, ou síndrome respiratória aguda grave (SARS), que matou 349 pessoas só na China continental entre 2002 e 2003. O vírus matou ainda no domingo uma pessoa pela primeira vez fora da China, um chinês de 44 anos, oriundo de Wuhan, que morreu nas Filipinas, anunciou a Organização Mundial da Saúde. O número de infeções subiu para mais de 17.200, globalmente, excedendo em muito o registo da SARS, que na China infectou 5.327 pessoas. Em todo o mundo, a SARS matou um total de 774 pessoas, principalmente na China continental e em Hong Kong. A grande maioria das mortes e casos de infeção está concentrada na província de Hubei, da qual Wuhan é a capital. Wuhan foi colocada sob quarentena no dia 23 de janeiro, com as saídas e entradas interditadas pelas autoridades durante período indefinido. A medida foi, entretanto, alargada a mais quinze cidades, próximas de Wuhan, afectando, no conjunto, mais de 50 milhões de pessoas. Face a um sistema hospitalar sobrecarregado, Wuhan deverá começar hoje a receber os primeiros pacientes num hospital construído em 10 dias – um tempo recorde. Outro hospital, ainda maior, com capacidade para 1.600 camas, está em construção na cidade e deve abrir dentro de alguns dias. Como forma de conter a propagação do vírus, o Governo concedeu três dias adicionais de férias, na esperança de atrasar o retorno às cidades de centenas de milhões de trabalhadores, que visitaram as suas províncias de origem durante o Ano Novo Lunar. Perante a crise, que paralisou a economia do país, a bolsa de Xangai afundou quase 8%, apesar de as autoridades chinesas terem tentado tranquilizar os investidores, ao anunciar, no domingo, uma injeção equivalente a 156 mil milhões de euros no sistema bancário, para apoiar a economia. Preocupados, muitos países adotaram medidas de proteção. Os Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia, Iraque, Israel e Filipinas proibiram a entrada a estrangeiros que visitaram recentemente a China. A porta-voz da diplomacia chinesa acusou os Estados Unidos de “semearem o pânico” com as suas restrições e de darem um “péssimo exemplo”. A linhas de cruzeiro decidiram proibir a presença a bordo de passageiros ou tripulantes que viajaram para a China nos últimos 14 dias, anunciou hoje a sua federação internacional. A Organização Mundial da Saúde (OMS), que na semana passada declarou uma emergência internacional, revelou que está trabalhar com os gigantes da Internet para combater a desinformação.
Epidemia | Autoridades chinesas elevam número de mortos para 362 Hoje Macau - 3 Fev 2020 [dropcap]O[/dropcap] número de mortes provocadas pelo novo coronavírus subiu para 362, depois de 56 pessoas terem morrido na China e uma nas Filipinas, anunciaram hoje as autoridades da província de Hubei. No seu balanço diário, a comissão de saúde da província onde se situa Wuhan, a cidade onde começou o contágio, afirmou que foram registados 2.829 novos casos de infeção no surto de pneumonia provocado pelo novo coronavírus. Desde Dezembro já surgiram 17.205 casos em toda a China da doença que levou a Organização Mundial de Saúde (OMS) a decretar uma emergência mundial e que já se espalhou a 20 países. No domingo, morreu a primeira pessoa infectada fora da China, nas Filipinas: um chinês de 44 anos, natural de Wuhan. Um avião da Força Aérea Portuguesa transportou no domingo para Lisboa um grupo de 20 pessoas – 18 portugueses e duas cidadãs brasileiras – retiradas da cidade chinesa de Wuhan, foco do novo coronavírus. No avião de transporte C-130 da Força Aérea Portuguesa, as pessoas que decidiram sair de Wuhan, foram acompanhadas por oito tripulantes e oito profissionais de saúde, incluindo uma equipa de sanidade internacional. Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há mais casos de infeção confirmados em 24 países. A OMS declarou na quinta-feira uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional (PHEIC, na sigla inglesa) por causa do surto do novo coronavírus na China.
Epidemia | Autoridades chinesas elevam número de mortos para 362 Hoje Macau - 3 Fev 2020 [dropcap]O[/dropcap] número de mortes provocadas pelo novo coronavírus subiu para 362, depois de 56 pessoas terem morrido na China e uma nas Filipinas, anunciaram hoje as autoridades da província de Hubei. No seu balanço diário, a comissão de saúde da província onde se situa Wuhan, a cidade onde começou o contágio, afirmou que foram registados 2.829 novos casos de infeção no surto de pneumonia provocado pelo novo coronavírus. Desde Dezembro já surgiram 17.205 casos em toda a China da doença que levou a Organização Mundial de Saúde (OMS) a decretar uma emergência mundial e que já se espalhou a 20 países. No domingo, morreu a primeira pessoa infectada fora da China, nas Filipinas: um chinês de 44 anos, natural de Wuhan. Um avião da Força Aérea Portuguesa transportou no domingo para Lisboa um grupo de 20 pessoas – 18 portugueses e duas cidadãs brasileiras – retiradas da cidade chinesa de Wuhan, foco do novo coronavírus. No avião de transporte C-130 da Força Aérea Portuguesa, as pessoas que decidiram sair de Wuhan, foram acompanhadas por oito tripulantes e oito profissionais de saúde, incluindo uma equipa de sanidade internacional. Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há mais casos de infeção confirmados em 24 países. A OMS declarou na quinta-feira uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional (PHEIC, na sigla inglesa) por causa do surto do novo coronavírus na China.
Epidemia | Governo de Hong Kong interrompe ligações marítimas com Macau João Santos Filipe e Pedro Arede - 3 Fev 20204 Fev 2020 As ligações marítimas com Macau foram suspensas a partir da meia-noite de ontem, anunciou o Governo de Hong Kong. A decisão apanhou de surpresa as autoridades em Macau na conferência de imprensa diária acerca do novo tipo de coronavírus [dropcap]A[/dropcap]s autoridades de Macau foram ontem surpreendidas pela decisão da suspensão das ligações marítimas entre Hong Kong e Macau, anunciada pelo Governo de Hong Kong durante a tarde. Reagindo ao anúncio, por ocasião da conferência de imprensa diária do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, o responsável do Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP), Wong Kim Hong afirmou que ainda não tinha “confirmação de Hong Kong sobre a suspensão dos barcos”. A decisão de Hong Kong foi transmitida em conferência de empresa pela Chefe do Executivo, Carrie Lam, reiterando que a cidade iria encerrar praticamente todas as fronteiras terrestres e marítimas com o Continente, de forma a impedir a disseminação do novo coronavírus. Segundo Carrie Lam, citada pela agência Lusa, apenas dois postos de controlo vão permanecer abertos: a fronteira da Ponte sobre o Delta e a da Baía de Shezhen. Desta forma, Macau deixa de ter ligações marítimas com Hong Kong, permanecendo aberta, no entanto, a travessia através da ponte Hong Kong-Macau-Zhuhai (HKMZ). Numa nota divulgada ao final do dia, a Direcção dos Serviços de Assuntos Marítimos e de Água (DSMA) confirmou a suspensão total dos serviços marítimos entre Macau e Hong Kong. “O governo de Hong Kong anunciou o encerramento dos seus postos fronteiriços, devido à prevenção da propagação do novo coronavírus. Pelo que a partir da 00h00 do dia 4, será suspenso totalmente o serviço de transporte marítimo entre Hong Kong e Macau,(incluindo as ligações para o Aeroporto Internacional de Hong Kong), até que seja anunciado oportunamente o seu levantamento”, pode ler-se no comunicado. A Chefe do Executivo de Hong Kong negou que a medida tenha sido tomada devido à pressão dos médicos e enfermeiros da região, que ameaçaram fazer uma greve de cinco dias para exigir que o Governo fechasse todas as fronteiras com o Continente. “Não tem absolutamente nada a ver com a greve”, garantiu Carrie Lam, explicando tratar-se apenas de uma medida para conter a propagação do vírus. Recorde-se que a líder de Hong Kong, que atravessa uma grave crise de popularidade, depois de meses de protestos, tem estado a ser pressionada para fechar as fronteiras com o Interior. A responsável pediu também aos moradores de Hong Kong que “se unam” no combate ao surto, que já provocou a morte a mais de 360 pessoas na China. “Macau é diferente” Já quando questionada sobre se Macau poderá seguir os passos de Hong Kong no que diz respeito ao encerramento de fronteiras com o interior da China, a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Ao Ieong U argumentou que em Macau a situação é diferente. “A situação de Macau é diferente da situação de Hong Kong. Para além de trabalhadores não residentes, muitos trabalhadores de Macau vivem em Zhuhai. De acordo com a Lei Básica os residentes de Macau têm o direito à livre circulação e por isso, (…) até agora, não temos nenhuma decisão no sentido de fechar as fronteiras, mas temos tomado medidas para encerrar mais cedo alguns postos fronteiriços, como por exemplo as Portas do Cerco”, explicou Ao Ieong U. Mais de 50 solicitaram testes Ao todo, 55 pessoas que dizem ter contactado a mulher de Macau de 64 anos, que foi diagnosticada como sendo o oitavo caso confirmado do novo coronavírus na região, solicitaram a realização de testes clínicos nos serviços de urgências. Na conferência de imprensa do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, Lei Wai Seng, médico da direcção do Centro Hospitalar Conde de São Januário, afirmou que do total de pessoas que fizeram testes, em 40 casos foi afastada a hipótese de contágio, ao passo que 15 aguardam ainda os resultados dos exames. “Os que não tiveram contactos próximos, apenas um contacto ligeiro (…) não têm grande risco de contrair este vírus. Quero salientar que a população não tem que ficar em pânico”, referiu o responsável. Já a situação dos oito casos confirmados do novo coronavírus foi considerada “estável” e o grau da doença “leve”, referiu Lei Wai Seng.
Epidemia | Governo de Hong Kong interrompe ligações marítimas com Macau João Santos Filipe e Pedro Arede - 3 Fev 2020 As ligações marítimas com Macau foram suspensas a partir da meia-noite de ontem, anunciou o Governo de Hong Kong. A decisão apanhou de surpresa as autoridades em Macau na conferência de imprensa diária acerca do novo tipo de coronavírus [dropcap]A[/dropcap]s autoridades de Macau foram ontem surpreendidas pela decisão da suspensão das ligações marítimas entre Hong Kong e Macau, anunciada pelo Governo de Hong Kong durante a tarde. Reagindo ao anúncio, por ocasião da conferência de imprensa diária do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, o responsável do Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP), Wong Kim Hong afirmou que ainda não tinha “confirmação de Hong Kong sobre a suspensão dos barcos”. A decisão de Hong Kong foi transmitida em conferência de empresa pela Chefe do Executivo, Carrie Lam, reiterando que a cidade iria encerrar praticamente todas as fronteiras terrestres e marítimas com o Continente, de forma a impedir a disseminação do novo coronavírus. Segundo Carrie Lam, citada pela agência Lusa, apenas dois postos de controlo vão permanecer abertos: a fronteira da Ponte sobre o Delta e a da Baía de Shezhen. Desta forma, Macau deixa de ter ligações marítimas com Hong Kong, permanecendo aberta, no entanto, a travessia através da ponte Hong Kong-Macau-Zhuhai (HKMZ). Numa nota divulgada ao final do dia, a Direcção dos Serviços de Assuntos Marítimos e de Água (DSMA) confirmou a suspensão total dos serviços marítimos entre Macau e Hong Kong. “O governo de Hong Kong anunciou o encerramento dos seus postos fronteiriços, devido à prevenção da propagação do novo coronavírus. Pelo que a partir da 00h00 do dia 4, será suspenso totalmente o serviço de transporte marítimo entre Hong Kong e Macau,(incluindo as ligações para o Aeroporto Internacional de Hong Kong), até que seja anunciado oportunamente o seu levantamento”, pode ler-se no comunicado. A Chefe do Executivo de Hong Kong negou que a medida tenha sido tomada devido à pressão dos médicos e enfermeiros da região, que ameaçaram fazer uma greve de cinco dias para exigir que o Governo fechasse todas as fronteiras com o Continente. “Não tem absolutamente nada a ver com a greve”, garantiu Carrie Lam, explicando tratar-se apenas de uma medida para conter a propagação do vírus. Recorde-se que a líder de Hong Kong, que atravessa uma grave crise de popularidade, depois de meses de protestos, tem estado a ser pressionada para fechar as fronteiras com o Interior. A responsável pediu também aos moradores de Hong Kong que “se unam” no combate ao surto, que já provocou a morte a mais de 360 pessoas na China. “Macau é diferente” Já quando questionada sobre se Macau poderá seguir os passos de Hong Kong no que diz respeito ao encerramento de fronteiras com o interior da China, a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Ao Ieong U argumentou que em Macau a situação é diferente. “A situação de Macau é diferente da situação de Hong Kong. Para além de trabalhadores não residentes, muitos trabalhadores de Macau vivem em Zhuhai. De acordo com a Lei Básica os residentes de Macau têm o direito à livre circulação e por isso, (…) até agora, não temos nenhuma decisão no sentido de fechar as fronteiras, mas temos tomado medidas para encerrar mais cedo alguns postos fronteiriços, como por exemplo as Portas do Cerco”, explicou Ao Ieong U. Mais de 50 solicitaram testes Ao todo, 55 pessoas que dizem ter contactado a mulher de Macau de 64 anos, que foi diagnosticada como sendo o oitavo caso confirmado do novo coronavírus na região, solicitaram a realização de testes clínicos nos serviços de urgências. Na conferência de imprensa do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, Lei Wai Seng, médico da direcção do Centro Hospitalar Conde de São Januário, afirmou que do total de pessoas que fizeram testes, em 40 casos foi afastada a hipótese de contágio, ao passo que 15 aguardam ainda os resultados dos exames. “Os que não tiveram contactos próximos, apenas um contacto ligeiro (…) não têm grande risco de contrair este vírus. Quero salientar que a população não tem que ficar em pânico”, referiu o responsável. Já a situação dos oito casos confirmados do novo coronavírus foi considerada “estável” e o grau da doença “leve”, referiu Lei Wai Seng.
Automobilismo | Provas canceladas por todo o país devido ao coronavírus Sérgio Fonseca - 3 Fev 2020 Para evitar a propagação do coronavírus as autoridades chinesas estão a cancelar todos os grandes eventos desportivos no país. Uma das poucas competições desportivas da RAEM que se desenrola obrigatoriamente fora do território é o Campeonato de Carros de Turismo de Macau (MTCS, na sigla inglesa) e cujas suas duas provas de 2020 podem estar em risco [dropcap]A[/dropcap] Federação de Desporto Automóvel e Motociclos da República Popular da China (CAMF, na sigla inglesa) emitiu nas vésperas do Ano Novo Lunar um comunicado em que dava conta que todos os eventos desportivos estavam suspensos até ao mês de Abril. Contudo, este comunicado, publicado no site oficial da CAMG e nas suas redes sociais, foi removido, sem que a autoridade desportiva nacional chinesa justificasse porquê. No entanto, o Rali da Montanha de Gelo de Changbai Mountain Ice Rally, do Campeonato da China de Ralis (CRC), que se disputava de 12 a 14 de Fevereiro, foi cancelado. Quem também “caiu” foi a prova do Campeonato FIA de Fórmula E marcada para o dia 21 de Março em Sanya. A competição de carros eléctricos, que tem interesses muito fortes na China, viu-se forçada a cancelar o seu único evento no país, depois de anular a sua etapa em Hong Kong devido aos distúrbios causados pelos protestos pelos movimentos pró-democracia e contra controverso projeto de lei de extradição. Todo a situação está a ser seguida com especial atenção pela Federação Internacional do Automóvel (FIA) e pelos organizadores do Campeonato do Mundo FIA de Fórmula 1, cuja importante prova em território chinês, mais precisamente na cidade de Xangai, acontece de 17 a 19 de Abril. A logística da Fórmula 1 é gigantesca e planeada com muitos meses de avanço. O cancelamento do evento irá provocar seriamente várias dores de cabeça às equipas, num ano complicado em que estão vinte e dois Grande Prémios agendados. Sob a direção do presidente da Comissão Médica da FIA, o professor Gérard Saillant, a federação internacional disse em comunicado que está a monitorizar a “evolução da situação com as autoridades relevantes e os seus clubes membros”, estando a avaliar “o calendário das suas próximas corridas e, se necessário, tomará as medidas necessárias para ajudar a proteger a comunidade global do desporto motorizado e o público em geral.” Atenta ao desenrolar dos acontecimentos estará também a Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC), cujas duas provas do MTCS, que têm a particularidade de serem as corridas de qualificação dos pilotos locais para o Grande Prémio de Macau, e estarem agendadas para finais de Maio e início de Junho no Circuito Internacional de Zhuzhou, na província de Hunan. Apenas quatrocentos quilómetros separam a cidade de Wuhan, onde começou o surto, da cidade de Zhuzhou. As autoridades competentes irão certamente tomar uma decisão nas próximas semanas, até porque o transporte dos carros e material dos concorrentes é feito com bastante antecedência. Ondas de choque Tal como Macau, Wuhan organizava desde 2017 uma prova de automobilismo nas ruas em redor do enorme completo desportivo local. A cidade da província de Hubei preparava-se para organizar pela primeira vez em 2020 no primeiro de Maio a sua edição anual do “Circuito Citadino de Wuhan”, prova que já foi pontuável para a Taça do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCR), e que habitualmente decorre nos dois últimos meses do ano. Este ano o evento que tem o alto patrocínio da CAMG, iria reunir todas as principais competições de automóveis em circuito da China (CTCC, TCR China, China GT, F4 China, etc). A data exacta do evento estava por confirmar, mas dificilmente esta será uma preocupação nos próximos meses para as autoridades locais. Entretanto, o Circuito Internacional de Zhuhai, que é base operacional de grande parte das equipas do Sul da China, adiou a sua reabertura, de 30 de Janeiro para o dia 10 de Fevereiro. Eventos Desportivos Cancelados em Fevereiro 1 – Liga Chinesa de Basquetebol – Início da temporada adiado 3 a 9 – Grupo de Qualificação para os Jogos Olímpicos Futebol Feminino (Wuhan/Nanjing) – Transferido para Sydney 4 a 8 – Torneiro de Ténis “Fed Cup Asia/Oceania” Grupo 1 (Dongguan) – Transferido para o Cazaquistão 8 a 9 – Maratona de Hong Kong – Cancelado 12 a 13 – Campeonatos Asiáticos de Atletismo Indoor (Huangzhou) – Cancelado 12 a 14 – Rali Montanha de Gelo de Changbai (Liaoning) – Cancelado 15 – Supertaça de Futebol Guangzhou Evergrade vs Shanghai Shenhua (Suzhou) – Adiado 15 a 16 – Taça do Mundo de Esqui (Yanqing) – Cancelado 16 a 26 – Jogos Nacionais Chineses de Inverno (Hulunbuir) – Cancelado 22 – Superliga Chinesa de Futebol – Início da temporada adiado 23 a 1 Março – UCI Tour de Hainan – Cancelado