Ano Novo Lunar | Aeroporto de Macau com subida de 80% de passageiros

O Aeroporto Internacional de Macau acolheu mais de 76 mil passageiros durante a semana do Ano Novo Lunar, mais 80 por cento do que em igual período de 2022, anunciou ontem o operador do aeroporto. Num comunicado, a Macau International Airport (MIA) disse ainda que a infraestrutura registou 620 aterragens e descolagens no período entre 22 e 29 de janeiro, mais 47 por cento do que no Ano Novo Lunar de 2022.

“Com o alívio das restrições fronteiriças devido à pandemia [de covid-19], as chegadas de visitantes dispararam significativamente”, sublinhou-se no comunicado.

A MIA adiantou que o aeroporto teve em Janeiro 20 rotas para a China continental, incluindo para as duas principais cidades, Pequim e Xangai, assim como voos para Taiwan, Banguecoque (Tailândia), Singapura, Seul (Coreia do Sul), Hanói (Vietname) e Tóquio (Japão).

No comunicado referiu-se que, além das 11 companhias aéreas actualmente a operar em Macau, a China Southern Airlines, a Hainan Airlines, a Air Asia e a Philippine Airlines irão “muito em breve” retomar voos para a China continental e para o sudeste asiático.

No primeiro Ano Novo Lunar marcado pelo alívio das medidas de prevenção contra a covid-19, Macau registou 451 mil visitantes, quase o triplo de 2022, mas ainda assim menos 62 por cento do que em 2019, o último ano antes da pandemia de covid-19.

Os números foram avançados no domingo pela Direcção dos Serviços de Turismo (DST), com as autoridades a sublinharem que foram superadas as expectativas. “Entre o total de 451 mil visitantes que entraram em Macau (…), 265 mil vieram do interior da China e 165 mil de Hong Kong”, destacou a DST, em comunicado.

“No terceiro dia do Ano Novo Chinês (dia 24), o número de visitantes ultrapassou os 90 mil, marcando um novo recorde diário desde o início da pandemia”, pode ler-se na mesma nota. As autoridades salientaram ainda que a média da taxa de ocupação hoteleira foi de 85,7 por cento, com um pico no terceiro dia, de 92,1 por cento.

1 Fev 2023

Aeroporto | Governo diz ter reduzido espera entre quatro a seis horas

As autoridades adiantaram ontem que as novas medidas de testagem no aeroporto levaram à redução do tempo de espera entre quatro a seis horas. Está, para já, afastada a possibilidade de a quarentena baixar de sete dias, por haver ainda riscos de contágio ao fim de cinco dias

 

Regressar a Macau continua a ser uma dor de cabeça para muitos residentes que se vêm obrigados a esperar várias horas no terminal marítimo do Pac On pelos resultados dos testes de ácido nucleico feitos à chegada. No entanto, Leong Iek Hou, médica e coordenadora do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, adiantou que as novas medidas, que passam pela testagem logo à saída do avião, entre outras, reduziram o tempo de espera entre quatro a seis horas.

“Nos últimos dias melhorámos os procedimentos, encurtando o tempo de espera entre quatro a seis horas. Houve uma melhoria visível comparando com a situação antiga. Claro que teremos de rever novamente os procedimentos e encurtar ainda mais a espera”, adiantou ontem na habitual conferência de imprensa.

As autoridades foram também confrontadas com relatos de pessoas que, no Pac On, testam preliminarmente positivo e negativo pouco depois. Além disso, todos os passageiros continuam a aguardar na mesma sala, misturando-se os casos negativos e positivos.

Leong Iek Hou admitiu a possibilidade de a carga viral de cada pessoa poder mudar repentinamente. “O teor do vírus pode mudar de uma hora para a outra, por isso quem está numa situação sensível pode ter primeiro um resultado positivo e depois outro negativo. Para cada teste é necessário esperar, em média, duas horas pelo resultado. Quem tiver um resultado preliminar positivo é enviado logo para o hotel, a fim de reduzir o tempo de espera, e é feito um segundo teste. Antes todos esperavam na sala”, adiantou.

Foi também referido que como a Universidade de Ciências e Tecnologia de Macau (MUST, na sigla inglesa) é a entidade responsável pela análise dos testes nos hotéis, quem sair da quarentena tenha de lá se dirigir para levantar certificados de testagem na circunstância de haver discrepância entre o código de saúde e o resultado do teste.

A questão foi levantada depois de ter sido revelado que algumas pessoas depois de cumprirem quarentena e terem testado negativo, têm no código de saúde resultado positivo. “Pode acontecer uma pessoa sair da quarentena e continuar a ter um certificado positivo, porque pode ainda ter carga viral e ainda assim satisfazer as condições para ter alta.”

Sete dias continuam

De fora da equação está a possibilidade de vir a ser reduzido o período de quarentena, actualmente de sete dias mais três de auto gestão de saúde. “O período máximo de incubação do vírus é de sete dias, e 90 por cento das pessoas apresentam sintomas durante este período. Reduzindo a quarentena para cinco dias há 20 por cento de risco de transmitir o vírus na comunidade”, disse Leong Iek Hou.

As autoridades dizem estar atentas ao regresso de um maior número de pessoas de fora, analisando sempre a capacidade de o território as acolher mantendo controlada a situação epidémica, e também tendo em conta o número de hotéis disponíveis para quarentena.

O regresso dos estudantes locais de Hong Kong para Macau está ainda a ser discutido pelas autoridades competentes, não existindo, para já, um número de alunos que poderão voltar. Uma coisa é certa: terão de cumprir os sete dias de quarentena e as restantes directrizes como as restantes pessoas.

Na conferência de imprensa de ontem foi também abordada a situação de alguns trabalhadores de grupos alvo estarem a pagar pelos testes, mesmo que tenha sido decretado que as empresas ou o Governo suportam esses custos. As autoridades referiram que os trabalhadores não têm, de facto, de pagar por isso, e que já foram emitidas orientações.

“[Se os responsáveis das empresas dizem que não sabem de nada] sugiro que comuniquem com as autoridades competentes do Governo, para que estas situações sejam relatadas.”

Neste momento, há 188 mil trabalhadores incluídos nos grupos alvo, com um aumento de 20 a 30 mil trabalhadores, devido à inclusão de novas profissões.

Relativamente à vacinação, está a ser negociada a compra de vacinas BioNTech para crianças dos seis meses aos cinco anos. Mais de 622 mil pessoas estão vacinadas com a primeira dose, enquanto cerca de 293 mil têm duas doses e 294 mil três doses da vacina, ou seja, menos de metade da população de Macau tem a vacinação completa contra a covid-19. Apenas 7,370 pessoas foram inoculadas com quatro doses da vacina.

26 Ago 2022

Aeroporto | Novas medidas para reduzir espera antes de quarentena

Depois de inúmeras críticas ao longo período de espera entre a chegada ao aeroporto de Macau e a entrada nos hotéis de quarentena ou no Centro Clínico de Saúde Pública no Alto de Coloane, as autoridades de saúde anunciaram ontem medidas para reduzir a demora.

Em declarações ao programa Fórum Macau, do canal chinês da Rádio Macau, Lam Chong anunciou que desde ontem passou a funcionar um posto móvel num autocarro para fazer testes de ácido nucleico logo à saída do avião.

O responsável do Centro de Prevenção e Controlo da Doença não especificou se o teste seria feito antes ou depois da desinfecção da bagagem, nem comentou aspectos de segurança relacionados com o espaço exíguo onde será realizada a testagem. Lam Chong afirmou aos microfones da emissora pública que a medida permite que as amostras recolhidas cheguem mais depressa ao laboratório de análise.

Além disso, as pessoas vão seguindo para os hotéis de quarentena à medida que os resultados vão sendo conhecidos, ao contrário do que acontecia até então, com os passageiros a aguardarem os resultados globais. Como por vezes é preciso fazer contra-análises, em particular em casos que levantem dúvidas se são ou não positivos, o processo de entrada nos hotéis de quarentena era atrasado consideravelmente.

17 Ago 2022

Queixas sobre malas devem ser dirigidas à Autoridade de Aviação Civil

Vários residentes dizem ter ficado com roupas e outros produtos danificados devido à desinfecção das bagagens à chegada a Macau, no Aeroporto Internacional de Macau. Liz Lam, relações públicas da Direcção dos Serviços de Turismo (DST), confirmou ontem na conferência de imprensa do centro de coordenação e de contingência do novo tipo de coronavírus que as queixas devem ser dirigidas à Autoridade de Aviação Civil de Macau (AACM) ou às próprias companhias aéreas.

“Não temos queixas e recebemos essa informação [dos produtos danificados] por parte dos meios de comunicação social. [Os residentes] devem apresentar queixa junto da autoridade de aviação civil. Sobre o processo de desinfecção é melhor consultar os serviços competentes ou as companhias aéreas, porque diferentes companhias têm diferentes orientações”, adiantou.

O HM falou com duas residentes que ficaram com roupa completamente inutilizada devido às manchas de lixívia, peças que estavam junto aos fechos das malas. As residentes indicaram vontade de apresentar queixa colectiva sobre esta situação, tendo uma das residentes sido informada, no aeroporto, para reclamar junto da companhia aérea com a qual viajou.

Sem risco comunitário

Entretanto, foi ontem confirmado que o segundo caso de infecção importado de Zhuhai diz respeito à esposa do homem infectado, que levou ao bloqueio de um prédio residencial. As autoridades realçaram não haver risco de infecção na comunidade e que a mulher trabalha numa loja de produtos de beleza e cosméticos na zona das Portas do Cerco.

“O caso diz respeito à mulher da pessoa que já estava infectada antes e foi detectado na parte de gestão e controlo. O casal teve os mesmos itinerários, mas não trabalham juntos. Não divulgamos o percurso da mulher porque foi detectado em Zhuhai e é semelhante ao do marido”, explicou a médica Leong Iek Hou, coordenadora do centro de coordenação e de contingência.

Para já os testes realizados nas zonas alvo junto às Portas do Cerco deram negativo, pelo que “afastamos a possibilidade de infecção comunitária causada pelo casal”.

Quanto ao homem, a infecção é da estirpe BA 5.2 da variante Ómicron, “diferente da estirpe que circulava em Macau”, mas em relação à esposa ainda está a ser feita a análise. As autoridades estão ainda a estudar as fontes destas infecções.

Sobre o caso detectado na quarta-feira, respeitante a um trabalhador de um navio de carga entre Macau e Hong Kong, foi também referido que o risco para a comunidade é baixo. Entre quarta-feira e as 16h de ontem foram recolhidas 80 mil amostras de testes de ácido nucleico realizadas na zona do Porto Interior, todas com resultados negativos.

As autoridades apelaram ainda ao uso de mais postos fronteiriços que não o de Qingmao, que tem registado grande fluxo. “Temos enviado polícias para manter a ordem, fazendo uma triagem das pessoas e mantendo a ordem social. Abrimos mais canais [de passagem] e disponibilizamos autocarros gratuitos em coordenação com a Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego. As pessoas podem ir para outras fronteiras de autocarros”, disse o responsável do Corpo de Polícia e Segurança Pública.

12 Ago 2022

Aeroporto | CAM espera aumento de 30% de passageiros em 2022

O presidente do Conselho de Administração da CAM, Ma Iao Hang, estima que em 2022 o movimento de passageiros e o tráfego aéreo do Aeroporto de Macau recuperem, respectivamente, 30 e 34 por cento em relação a 2019. É esperado também um aumento de 30 por cento em relação às receitas de 1.9 mil milhões de patacas obtidas em 2021

 

A Sociedade do Aeroporto Internacional de Macau (CAM) prevê para 2022 uma recuperação de 30 por cento, ao nível da movimentação de passageiros e tráfego aéreo em comparação com o período antes da pandemia (2019). Quanto aos lucros de 2021 foram obtidas 1.9 mil milhões de patacas, um aumento de 30 por cento sobre os valores alcançados em 2020. Os dados foram revelados ontem pelo presidente do Conselho de Administração da CAM, Ma Iao Hang, durante o almoço de primavera da empresa.

“Em 2021, o Aeroporto Internacional de Macau alcançou lucros de 1.9 mil milhões de patacas, representando um aumento anual de 30 por cento e um aumento de 30 por cento em relação aos níveis pré-pandémicos registados em 2019. Em 2022, projectamos que a movimentação de passageiros e o tráfego aéreo do Aeroporto Internacional de Macau cresça, respectivamente, 30 e 34 por cento em relação ao período antes da pandemia. Já o volume da carga aérea deverá crescer 20 por cento em comparação com 2019”, disse Ma Iao Hang.

Relativamente a 2021, o responsável apontou que o Aeroporto de Macau acolheu um total de 1.14 milhões de passageiros (menos 2,2 por cento em relação a 2020) e 15.791 movimentações aéreas (menos 6,9 por cento em relação a 2020), sustentadas essencialmente pela retoma de rotas para o Interior da China. De vento em poupa está o transporte de carga aérea, área que registou um crescimento de 45,72 por cento em relação a 2020 e de 15 por cento em comparação com 2019, tendo sido movimentadas 48,595 toneladas, no total.

Estamos prontos

Sobre a expansão do terminal de passageiros do Aeroporto Internacional de Macau do lado sul, cujas obras deverão estar concluídas durante o primeiro semestre de 2022, Ma Iao Hang mostra-se confiante quanto à entrada em funcionamento da nova estrutura no decorrer deste ano e apontou que a mesma terá capacidade para acolher cerca de 10 milhões de passageiros.

Em relação ao desenvolvimento da Grade Baía, o presidente do Conselho de Administração da CAM diz que a empresa está preparada para “agarrar” as oportunidades criadas pelo “ambiente favorável” da região e assumir o seu papel na construção de Macau enquanto ponto estratégico para a área envolvente e actor principal na zona de cooperação em Hengqin.

Por fim, apontando que em 2022 a procura por passagens aéreas deverá alcançar 61 por cento do período pré-pandémico, Ma Iao Hang garantiu continuar a providenciar os passageiros do Aeroporto de Macau com um ambiente “higiénico e confortável”, mais “sustentável” e “preparado” para receber a tecnologia 5G.

25 Fev 2022

Aeroporto | Obras do lado sul do terminal concluídas este ano

Simon Chan Weng Hong, presidente da Autoridade de Aviação Civil de Macau (AACM), confirmou, em resposta a uma interpelação escrita da deputada Ella Lei, que as obras de expansão do terminal de passageiros do Aeroporto Internacional de Macau (AIM), do lado sul, estarão concluídas ainda no primeiro semestre deste ano.

“Relativamente à remodelação da parte das instalações do terminal marítimo de passageiros da Taipa, que funcionará como segundo terminal do aeroporto, prevê-se que a capacidade de processamento possa aumentar 1,5 a 2 milhões de passageiros por ano, estando as obras previstas para este ano”, adiantou o responsável. O lado norte do terminal de passageiros encontra-se em funcionamento desde 2018.

O presidente da AACM falou também do novo regime jurídico do sector da aviação, cuja proposta de lei deverá ficar concluída no primeiro semestre deste ano. Recorde-se que um dos objectivos deste diploma é definir o novo estatuto da Air Macau, que continua a operar em regime de monopólio.

Simon Chan Weng Hong declarou que o Aeroporto será “um dos cinco principais” infra-estruturas aéreas da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau. O plano é desenvolver o AIM “por fases, de modo a satisfazer o volume anual de passageiros de 15 milhões, aperfeiçoando as infra-estruturas de aviação externa de Macau”.

10 Fev 2022

Ella Lei pede coordenação dos planos de expansão do aeroporto com a Grande Baía

Ella Lei questionou o Governo sobre a coordenação dos planos de expansão do Aeroporto Internacional de Macau com as restantes infra-estruturas de transporte da Grande Baía. A deputada argumenta que devem ser considerados factores como a evolução demográfica de Macau e o desenvolvimento do turismo

 

Existem cinco aeroportos a operar na zona da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau e Ella Lei quer saber como é que o Governo vai coordenar os planos de expansão do Aeroporto Internacional de Macau (AIM) com as restantes infra-estruturas aeroportuárias da região. Esta e outras questões constam numa interpelação escrita da deputada e divulgada ontem.

“O Governo precisa determinar o posicionamento do desenvolvimento do aeroporto na zona da Grande Baía tendo em conta a população e o desenvolvimento do turismo”, defendeu.

Ella Lei recorda que em 2019, antes da pandemia, o AIM recebeu 9,6 milhões de passageiros, sustentando a necessidade de as autoridades responderem “às mudanças e acompanhar o desenvolvimento dos futuros planos do aeroporto bem como [estudar] as origens dos passageiros”, sempre em coordenação com os restantes aeroportos da Grande Baía.

Para a deputada, é necessário ajustar as infra-estruturas já construídas ou em construção tendo em conta esse desenvolvimento, para que haja complementaridade entre o AIM e os restantes aeroportos das nove cidades que compõem a Grande Baía.

Ainda na área da aviação civil, Ella Lei questiona a situação do contrato de concessão da Air Macau, cujo prazo foi estendido devido à crise que o sector enfrenta.

“O director da Autoridade da Aviação Civil, Simon Chan, disse em Março do ano passado que o Governo iria estudar a criação de um novo modelo para os serviços de aviação. Como é que vai ser garantido que os mesmos erros não se repetem na renovação a curto prazo do contrato?”, questionou.

E o terminal?

A deputada ligada à Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM) colocou também questões sobre a ligação do projecto de expansão do AIM com o terminal marítimo da Taipa.

“Para complementar o futuro desenvolvimento do AIM tem sido levado a cabo um plano de renovação do terminal marítimo da Taipa para que seja o segundo terminal do aeroporto. Qual é o progresso dos dois projectos? Esta construção foi adaptada para responder às mudanças trazidas pela rede de transportes e fluxo de passageiros nos últimos anos?”.

Ella Lei lembrou que o Governo contratou uma consultora em 2011 para elaborar um estudo sobre a expansão do AIM, o qual foi aprovado em 2016. No entanto, a deputada alerta para o facto de o aeroporto ter atingido o limite da capacidade ainda antes da pandemia, além de terem sido construídas infra-estruturas de transportes complementares na cidade neste período, tal como o Metro Ligeiro ou a nova Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau.

6 Jan 2022

Aeroporto | Recuperação de passageiros só em 2024

Simon Chan, presidente da Autoridade de Aviação Civil de Macau (AACM), garantiu que a recuperação do número de passageiros no Aeroporto Internacional de Macau para níveis pré-pandemia só será possível em 2024.

“A indústria de aviação civil sofreu um grande impacto e só em 2024, segundo as nossas previsões, vamos retomar o número de passageiros do passado.”

“Estamos a rever o regime jurídico da exploração da actividade de transporte aéreo e a preparar-nos para a recuperação”, concluiu. Recorde-se que o fim do monopólio da Air Macau está em cima da mesa, mas o projecto foi adiado.

6 Dez 2021

Transportes | CAM com prejuízo de 652 milhões de patacas

A Companhia do Aeroporto Internacional de Macau anunciou um prejuízo líquido em 2020 de 652 milhões de patacas, um resultado causado pela diminuição abrupta do número de passageiros devido à pandemia. “Desde o surto da covid-19, a indústria global da aviação civil tem sido duramente atingida.

O mercado aéreo de passageiros encolheu drasticamente devido ao impacto devastador da pandemia”, lembrou num comunicado divulgado na terça-feira a Companhia do Aeroporto Internacional de Macau (CAM). Em 2020, no aeroporto internacional de Macau, registaram-se “16.962 movimentos de aeronaves, com uma diminuição anual de 78 por cento”, enquanto o número de passageiros diminuiu 88 por cento, para 1,17 milhões.

1 Abr 2021

Aeroporto | Em tempos de pandemia reafirmada aposta na Grande Baía

Ma Iao Hang, presidente do Conselho de Administração, reconheceu os tempos difíceis mas considera que a gestão cuidadosa permite ter dinheiro para enfrentar o ano de “todos os desafios”

 

Em mais um ano marcado que se antevê marcado pelos efeitos da pandemia, o Aeroporto Internacional de Macau aposta em afirmar-se como uma “porta internacional” para a Grande Baía. O objectivo, que passa pela abertura do Segundo Terminal, foi reafirmado ontem pelo presidente do Conselho de Administração da direcção da CAM – Sociedade do Aeroporto Internacional de Macau, Mao Iao Hang, durante um almoço de celebrado do Ano Novo Lunar.

“O projecto da infra-estrutura do Segundo Terminal foi desenhada e construída para melhorar o espaço e serviços do Aeroporto Internacional de Macau. Também o terminal do Pac On vai ser construído como centro de integração de transportes terrestres, marítimos e aéreos para prestar melhores serviços aos residentes de Macau e da Grande Baía”, afirmou Ma Iao Hang. “Vamos cooperar com o plano nacional do desenvolvimento de Macau e para consolidar a posição de Macau como uma porta internacional”, acrescentou.

Apesar do contexto difícil, até ao final do corrente ano o aeroporto vai ter capacidade para receber cerca de 10 milhões de passageiros por ano, o que se deve à expansão da Zona Sul do Aeroporto. Só em 2019, ainda sem as infra-estruturas mais recentes, houve um total de 9,6 milhões de passageiros a utilizar o aeroporto de Macau. “A construção da estrutura principal da expansão Sul do aeroporto já chegou ao topo e prevemos que esteja completa no final do ano. Vai permitir receber 10 milhões de passageiros por ano”, indicou o presidente do Conselho de Administração.

Impacto “enorme”

Em 2020, o número de passageiros do Aeroporto Internacional de Macau sofreu uma quebra de 88 por cento de 9,1 milhões para 1,2 milhões. Já o número de partidas e chegadas foi de 16.962, o que é uma quebra de 78 por cento. Por isso, a companhia reconheceu ontem que o caminho no futuro vai continuar a ser difícil.

“A pandemia da Covid-19 atingiu enormemente e de uma forma global a indústria da aviação. Ao olhar para este último ano, o Aeroporto Internacional de Macau implementou as medidas de prevenção da pandemia […] e enfrenta uma nova dinâmica […] e todos os tipos de dificuldades e desafios”, foi reconhecido.

Apesar disso, a empresa gestora do aeroporto diz que está preparada. “O Aeroporto Internacional de Macau sofreu meses consecutivos com perdas de receitas […] Porém, os princípios de gestão da tesouraria fazem com que haja fundos para responder às necessidades das operações”, foi vincado.

Na mensagem de Ma Iao Hang foi ainda sublinhado que entre 2015 e 2020 a empresa pagou aos accionistas, entre empréstimos e distribuição de dividendos, cerca de 1,3 mil milhões de patacas.

A CAM é detida em 55,2 por cento pelo Governo da RAEM e 34,5 por cento pela Sociedade de Turismo e Diversões da Macau. O restante capital e detido por outras empresas e investidores individuais, como os herdeiros de Winnie Ho, irmã falecida de Stanley Ho.

26 Fev 2021

Aeroporto | Extensão do terminal na zona sul deve ficar concluída este ano

As obras da extensão do terminal de passageiros do Aeroporto Internacional de Macau (AIM), na zona sul, deverão estar concluídas no quarto trimestre deste ano, uma vez que as obras da estrutura principal ficaram concluídas esta segunda-feira, aponta um comunicado.

O AIM acrescenta ainda que 40 por cento das obras de todo o projecto já estão concluídas. “Assim que o projecto estiver concluído no quarto trimestre de 2021, a capacidade anual de transporte de passageiros do AIM irá aumentar significativamente de 7,8 milhões para 10 milhões”, pode ler-se.

11 Fev 2021

“Nangka” obriga ao cancelamento de voos e retém 60 passageiros

[dropcap]A[/dropcap] passagem do tufão Nangka obrigou hoje à suspensão de oito voos e ao cancelamento de outros tantos no Aeroporto Internacional de Macau, onde se encontram retidos cerca de 60 passageiros, informaram as autoridades.

“De acordo com os dados da Autoridade de Aviação Civil, devido à influência do tufão, até ao momento, registaram-se atrasos em 8 voos e foram cancelados outros 8, no Aeroporto Internacional de Macau [AIM]. No terminal do AIM encontram-se retidos cerca de 60 passageiros”, indicou a Proteção Civil em comunicado.

O aviso azul de ‘Storm Surge’ (maré de tempestade) foi cancelado, mas mantém-se o sinal 8 de tufão, o terceiro mais elevado na escala de alertas.

As autoridades deram conta de cinco pequenos incidentes sem gravidade desde que foi emitido o sinal 8, às 07:30, tendo sido acolhidas 12 pessoas nos quatros centros de acolhimento de emergência abertos.

A actividades lectiva nas escolas foi suspensa, assim como os transportes públicos. Vinte parques de estacionamento subterrâneo foram fechados e as seis operadoras de jogo disponibilizaram mais de três mil lugares para os residentes deixarem as viaturas em segurança.

Os Serviços de Saúde abriram de forma especial os centros de saúde de Tap Seac, Fai Chi Kei, Areia Preta, Ilha Verde, São Lourenço, Jardins do Oceano, Nossa Senhora do Carmo-Lago, o Posto de Saúde de Coloane e o Posto de Saúde Provisório de Seac Pai Van, para prestar apenas serviços de urgência.

Ficaram suspensos os serviços do Centro de Saúde do Porto Interior, do Centro de Exame Médico para Funcionários Públicos e do Centro de Prevenção e Tratamento de Tuberculose.

A circulação nas três pontes que ligam a península de Macau às ilhas e a ponte Flor de Lótus foi interrompida, tendo sido aberto o tabuleiro inferior da Ponte Sai Van.

13 Out 2020

Ambiente | Aterro verteu lixo em direcção ao Aeroporto de Macau

[dropcap]H[/dropcap]á cerca de duas semanas, parte do lixo do aterro sanitário caiu em direcção ao Aeroporto Internacional de Macau. A informação foi dada ontem em Assembleia Legislativa pelo secretário para os Transportes e Obras Públicas. Concluindo que o aterro tem um “grande problema”, Raimundo do Rosário explicou que “quanto a esse tipo de lixo já se verificou tal problema e tivemos de parar uma semana de continuar a pôr lixo”.

O secretário defendeu a necessidade de se pensar em limitações ao lixo aterrado no local, por falta de espaço. “Espero que não vá acontecer nenhum grande incidente, mas um pequeno problema já aconteceu”, declarou. O cenário foi mais positivo em relação aos dados da central de incineração. No ano passado, eram tratadas 1570 toneladas de lixo por dia, que este ano desceram para 1200 toneladas.

Raymond Tam, director dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA), disse aos deputados que espera lançar no próximo ano o concurso para criar um centro de tratamento de resíduos alimentares. Prevê-se que a infra-estrutura tenha capacidade para tratar 200 toneladas de resíduos por dia quando entrar em funcionamento.

O Governo está também a ponderar proibir a importação de esferovite em utensílios de take-away. Recorde-se que no ano passado os sacos de plástico passaram a ser pagos. De acordo com Raymond Tam, mais de dez lojistas doaram as receitas vindas dessa cobrança para associações de natureza de caridade, num total de 430 mil patacas. “Essas taxas ou despesas cobradas não vão todas para o bolso dos lojistas, mas também para efeitos de protecção ambiental”.

31 Jul 2020

Transportes | Deputados visitam projecto da extensão do aeroporto

Os deputados da Assembleia Legislativa fizeram ontem uma visita ao terminal marítimo do Pac On onde será criado o segundo terminal do aeroporto. A estrutura vai ter capacidade para cerca de 2 milhões de passageiros

 

[dropcap]O[/dropcap] plano para a transformação de parte do Terminal Marítimo do Pac On no Terminal 2 do Aeroporto Internacional de Macau foi ontem apresentado aos deputados, com uma visita ao local apadrinhada pelo secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário. O projecto, que ainda não data de conclusão nem custo calculado, vai ter capacidade para receber entre 1,5 milhões e 2 milhões de passageiros.

Em relação à nova estrutura, ficou-se a saber que depois do check-in e de passar pelos controlos de segurança no segundo terminal, os passageiros vão percorrer de autocarro, no máximo, 700 metros para chegar ao local onde embarcam nos aviões. Na visão do secretário a distância do corredor exclusivo do aeroporto não é longa nem se prevê que tenha grande impacto no tempo do embarque.

“O percurso entre o terminal marítimo e a pista tem uma distância de 600 a 700 metros. Em muitos sítios as pessoas embarcam pela ponte ou através dos autocarros […] e em muitos aeroportos há distâncias superiores a um quilómetro. Por isso, não estamos à espera que o processo de embarque seja muito mais lento”, afirmou Raimundo do Rosário, em declarações à margem da reunião com os deputados.

Em relação ao mesmo tema, a deputada Ella Lei, que preside à Comissão de Acompanhamento para os Assuntos de Terras e Concessões Públicas, revelou que será construído um viaduto entre a Ilha da Taipa e a Zona E2 dos Novos Aterros, que fica situada entre o aeroporto e o terminal marítimo. “Além do corredor exclusivo [entre o novo terminal e o aeroporto], vai haver um viaduto entre a Taipa e a Zona E2 dos aterros, que vai passa por cima desse corredor. As duas infra-estruturas entram em funcionamento em 2021”, apontou.

Ella Lei sublinhou ainda que o novo terminal não resolve o problema da capacidade do aeroporto e que o Executivo mantém planos de avançar para a expansão da infra-estrutura. Projecto que ainda aguarda aprovação do Governo Central de forma a ter luz verde para fazer mais aterros na zona.

Novos contratos

A criação de um segundo terminal aeroportuário obriga o Governo a fazer dois novos contratos com a CAM – Sociedade do Aeroporto Internacional de Macau. Um dos novos vínculos estipula as condições para o Terminal 2, enquanto o outro está relacionado com o heliporto, que vai ser transferido do Porto Exterior, na Península de Macau, para o Pac On. Os contratos devem ser assinados até ao fim deste ano e a mudança do heliporto está agendada até ao final de 2021.

“Não há data para a mudança dos helicópteros do terminal marítimo de Macau para o Pac On. Mas será, mais tarde, para o ano por uma razão muito simples: é preciso que os helicópteros saiam do Porto Exterior porque caso contrário não é possível começar a construir na Zona A”, disse o secretário.

Quanto ao contrato de concessão com a Air Macau, Raimundo do Rosário afirmou que os procedimentos estão a decorrer dentro da normalidade e que até 8 de Novembro deverá haver novidades.

9 Jun 2020

Aviação | Trabalhadores da Menzies queixam-se a Pereira Coutinho 

Os trabalhadores da Menzies, empresa de handling do Aeroporto Internacional de Macau, enviaram uma carta ao deputado Pereira Coutinho a pedir que exponha os seus problemas ao Governo. Os trabalhadores não residentes, que terminam contratos esta quarta-feira, exigem compensações e comunicação directa com a empresa

 

[dropcap]A[/dropcap] Menzies Aviation, empresa que gere o sistema de bagagens do Aeroporto Internacional de Macau, vai despedir 400 trabalhadores não residentes da sua empresa devido à grave crise que o sector da aviação atravessa. Neste contexto, os trabalhadores enviaram uma carta ao deputado José Pereira Coutinho a pedir que interceda junto do Governo a seu favor.

A carta, a que o HM teve acesso, começa por dar conta que os contratos dos funcionários terminam já na quarta-feira, e que não foram renovados. A Menzies Aviation terá feito um aviso prévio, através de agências de emprego que realizaram recrutamento para a empresa.

“Depois deste aviso, a empresa obrigou-nos a assinar licenças sem vencimento e declarações voluntárias da não renovação do contrato. Isto significa que, caso não assinássemos as declarações das licenças sem vencimento, a empresa iria tratar do nosso caso como se não tivéssemos feito a renovação do contrato”, lê-se na carta, assinada por um funcionário de nome Dai Miao. Segundo adiantou ao HM, há funcionários que ainda não receberam quaisquer avisos relativos à sua situação laboral.

Os funcionários exigem uma comunicação directa com a Menzies Aviation. “Até ao momento, ainda não recebemos quaisquer notificações escritas da empresa, apenas comunicações através das agências de emprego. Por isso, contamos com o apoio do deputado para a situação em que nos encontramos. Desejamos que o deputado fale com o Governo por nós, lutando pelos nossos direitos.”

Plano global precisa-se

Dai Miao contou ao HM que ainda recebeu o salário do mês de Fevereiro, mas que o mesmo não se verificou em Março e Abril, pedindo, por isso, os pagamentos devidos por parte da Menzies. Apesar de assinar a carta, o trabalhador admitiu não ter conhecimento da situação geral de todos os despedidos.

Na carta, os trabalhadores defendem o reembolso do pagamento feito pelos serviços das agências de emprego nos meses de Março, Abril e Maio, dadas as restrições globais impostas pelo combate à covid-19.

Para os trabalhadores, a Menzies deve ainda apresentar um plano global na área dos recursos humanos e “prestar o tratamento apropriado aos colegas que tinham acabado de renovar o contrato” antes do surgimento da pandemia.

O HM tentou obter esclarecimentos do director-geral da Menzies Aviation em Macau, de Raymond Lo, mas até ao fecho desta edição não houve resposta. O deputado José Pereira Coutinho também não reagiu às questões do HM.

18 Mai 2020

Aeroporto | Receitas da CAM aumentam 16,5% em 2019

A CAM – Sociedade do Aeroporto Internacional de Macau registou um aumento de receitas na ordem dos 16,5 por cento devido ao bom desempenho das receitas de aviação e dos negócios não aeronáuticos. Ma Iao Hang, presidente do conselho de administração, fala de mudanças no sistema de segurança e promete novas medidas em tempos de crise

 

[dropcap]A[/dropcap] CAM – Sociedade do Aeroporto Internacional de Macau registou um aumento da receita total na ordem dos 16,5 por cento, revela o relatório e contas da empresa publicado ontem em Boletim Oficial (BO). O montante das receitas relativo ao ano passado foi de 1,82 mil milhões de patacas. Estes números devem-se “ao aumento de 15,3 por cento das receitas de aviação e de 17,4 por cento das receitas de negócios não aeronáuticos”. No que diz respeito às principais operadoras do Aeroporto Internacional de Macau, as receitas totais foram de 6,27 mil milhões de patacas, um aumento de 13,6 por cento.

A CAM denota ainda um aumento de 17,9 por cento no movimento de aeronaves para um total de 77.581 voos. No entanto, o sector dos jactos privados teve uma quebra de 15,5 por cento, que se traduziu em 2.768 voos, devido à “austeridade da indústria mundial”. De frisar que, o ano passado, o aeroporto registou “novo recorde do número de passageiros”, com um volume anual superior a 9,6 milhões, ou seja, “catorze vezes mais que a população local”.


Mais segurança

A mensagem do presidente do conselho de administração da CAM, Ma Iao Hang, dá ainda conta de que foi iniciada a expansão da zona sul do terminal de passageiros do aeroporto. Trata-se de um projecto que irá adicionar uma área de 17 mil metros quadrados e três novas portas de embarque. Foram abertos centros de serviço de embarque em Jiangmen e Zhongshan, além de serem disponibilizadas 12 instalações de auto-serviço de check-in no terminal de passageiros. O aeroporto conta hoje com mais seis estabelecimentos nos sectores de restauração, comunicação e viagens.

A CAM fez ainda uma aposta na segurança, uma vez que foram “substituídas as instalações de estacionamento para aeronaves e divisórias de segurança”. Foi também instalada “uma cerca de segurança de camada dupla com quase 12 quilómetros de comprimento, equipada com um sistema de detecção de intrusões na fronteira”.

Ainda ao nível da segurança, o aeroporto conta hoje com um total de 921 câmaras de rede de alta precisão, tendo a vigilância de circuito fechado de televisão aumentado em 30 por cento. Foram também introduzidos 40 novos equipamentos, além de ter sido feita “a optimização das verificações de segurança”.

Depois de um ano com resultados positivos, a crise causada pelo surto de covid-19 trouxe a necessidade de novas respostas. Na mensagem de Mao Iao Hang lê-se que o aeroporto mantém contactos com parceiros para que haja uma “revitalização do volume de tráfego aéreo após a epidemia”, além de serem feitos “todos os esforços possíveis para desenvolver rotas de médio e longo curso com vista a atrair mais passageiros internacionais e locais”.

14 Mai 2020

Documentos para pedido de aterros para aeroporto concluídos em 2021

[dropcap]A[/dropcap]té ao final de Março do próximo ano, o Governo e a CAM – Sociedade do Aeroporto Internacional de Macau devem terminar os documentos necessários para requerer a realização de aterros, um pedido que “logo” será submetido ao Governo Central. A informação foi avançada pelo presidente da Autoridade de Aviação Civil (AACM), Chan Weng Hong, em resposta a uma interpelação escrita de Leong Sun Iok.

“Actualmente, o Governo da RAEM e a CAM estão a elaborar o projecto de obras de aterro, avaliação do impacto ambiental e outros documentos necessários para a instrução do requerimento de utilização da área marítima, prevendo-se que a preparação dos documentos esteja concluída no primeiro trimestre de 2021”, diz a nota, onde se menciona ainda que a obra de expansão da zona sul do terminal de passageiros do aeroporto fique concluída de forma a entrar em funcionamento no segundo semestre de 2021.

Já as perguntas sobre a liberalização do mercado da aviação civil tiveram direito apenas a uma resposta vaga, sem que o presidente da AACM revelasse pormenores sobre o que se segue ao fim do contrato de concessão que garante à Air Macau direito de exploração exclusiva. “O Governo está a considerar opções diferentes e irá continuar a manter comunicação com o Governo Central quanto a essa importante polícia de aviação”, comentou.

Cooperação regional

No âmbito da Grande Baía, Chan Weng Hong observou que o sector vai desenvolver o transporto aéreo público e a aviação executiva, bem como “fornecer serviços aéreos diversificados para residentes de Macau e passageiros do Delta do Rio das Pérolas”. O deputado Leong Sun Iok tinha defendido que os aeroportos de Hong Kong, Macau e Zhuhai iam “colaborar mais e enfrentar mais concorrência” com a entrada em funcionamento da ponte, e que as características do território deviam ser desenvolvidas “em complementaridade” com os outros aeroportos.

Neste sentido, a AACM explicou que serão adoptadas “medidas flexíveis para apoiar as empresas aéreas locais e estrangeiras na exploração dos serviços aéreos de e para Macau”, a par de “uma boa fiscalização” sobre a implementação do plano de desenvolvimento do aeroporto e a melhoria das suas infra-estruturas.

15 Abr 2020

Pac On | Terminal 2 do aeroporto no Terminal Marítimo

[dropcap]O[/dropcap] secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, disse na quinta-feira que o Terminal Marítimo de Passageiros do Pac On vai ser utilizado como terminal 2 do Aeroporto Internacional de Macau, um projecto já pensado no âmbito da expansão do actual aeroporto.

“Estamos numa fase muito inicial, mas como sabem, o aeroporto foi projectado para sete milhões de passageiros e, no ano passado, foram 9,6 milhões, por isso, tencionamos usar parte do Terminal Marítimo do Pac On, que é enorme, para criar um terminal dois para aliviar um pouco o futuro terminal 1”, disse, de acordo com declarações reproduzidas pela TDM Rádio Macau.

Sobre o relatório do Comissariado de Auditoria que acusa a CAM de gastos excessivos e má gestão, Raimundo do Rosário adiantou que as alterações na gestão da empresa podem ajudar a resolver “falhas gravíssimas” identificadas no sistema de inspecção de bagagens. “Penso que [as falhas] estão a ser resolvidas. Houve recentemente alterações nos corpos sociais da CAM e há novos titulares que assumiram funções. Certamente que a nova administração irá tratar do assunto”, afirmou o secretário.

14 Abr 2020

Fluxo de passageiros no aeroporto internacional de Macau desce 45%

[dropcap]O[/dropcap] número de passageiros no Aeroporto Internacional de Macau caiu 45 por cento, entre o início do ano e 30 de Março, enquanto os voos caíram 55 por cento, em relação ao período homólogo em 2019, de acordo com dados divulgados ontem pela CAM, a sociedade que gere o aeroporto.

“Devido à epidemia desencadeada pela covid-19 desde o início deste ano, a procura pela indústria da aviação caiu drasticamente”, apontou em comunicado a entidade. A Direcção dos Serviços de Estatística e Censos, que também divulgou dados ontem, especificou que em Fevereiro houve um total de 1.138 voos comerciais, o que representou uma quebra de 79,6 por cento em relação a Fevereiro de 2019, com particular destaque para os voos entre Macau e o Interior da China que diminuíram 88,4 por cento.

1 Abr 2020

CAM | Nomeados membros do conselho de administração e conselho fiscal

[dropcap]F[/dropcap]oi ontem publicado em Boletim Oficial um despacho, assinado por Raimundo do Rosário, secretário para os Transportes e Obras Públicas, que nomeia membros do conselho de administração da CAM — Sociedade do Aeroporto Internacional de Macau, S.A.R.L.

Ma Iao Hang foi o nome escolhido para o cargo de presidente, enquanto que os administradores Deng Jun, Chu Tan Neng, Kan Cheok Kuan e Lei Si Tai foram nomeados para a comissão executiva da empresa. Lo Keng Chio foi designado como presidente da mesa da assembleia-geral da CAM. No que diz respeito ao conselho fiscal da CAM, foram nomeados Iong Kong Leong para o cargo de presidente e Vong Man Kit como membro. A semana passada foi divulgado um relatório do Comissariado de Auditoria (CA) que acusou a CAM de má gestão financeira e de ter uma “atitude passiva” perante os problemas detectados.

Em causa está um sistema de gestão de bagagens que custou 70 milhões de patacas, mas que nunca foi devidamente implementado, causando graves problemas de segurança. O CA também analisou a construção de um hangar provisório onde foram gastos 240 milhões de patacas para um período de apenas oito anos.

26 Mar 2020

Aeroporto | CAM acusada de má gestão e de falhas na segurança

Um sistema de gestão de bagagens que custou 70 milhões de patacas, mas que nunca foi devidamente implementado, causando graves problemas de segurança. Um hangar provisório onde foram gastos 240 milhões de patacas para um período de apenas oito anos. O Comissariado de Auditoria acusa a CAM – Sociedade do Aeroporto Internacional de Macau de má gestão financeira de ter uma “atitude passiva”

 

[dropcap]A[/dropcap] CAM – Sociedade do Aeroporto Internacional de Macau é acusada pelo Comissariado de Auditoria (CA) de má gestão financeira e de não ter resolvido problemas de segurança graves no aeroporto. O relatório de investigação foi ontem tornado público e remete ao período compreendido entre Janeiro de 2008 e Abril de 2019.

Os problemas de segurança referem-se à actualização do sistema de gestão de bagagens do Aeroporto Internacional de Macau (AIM), uma vez que “estas eram recolhidas pelos próprios passageiros e levadas até ao balcão de check-in para serem despachadas”, pelo que, “durante este percurso, podia haver o risco de serem colocados explosivos nas bagagens verificadas”.

Perante esta “falha de segurança grave”, a CAM actualizou o sistema de gestão de bagagens, intitulado Baggage Handling System Upgrade (BHS, na sigla inglesa), a fim de implementar “um sistema automático de detecção de explosivos composto por quatro níveis”. Esta actualização custou aos cofres da CAM 70 milhões de patacas mas, devido a falhas de funcionamento, a Autoridade de Aviação Civil de Macau rejeitou o sistema.

O CA acusa a CAM de ter tido “uma atitude passiva”, além de ter “ignorado os requisitos definidos nas especificações da concepção do projecto original do BHS sobre a instalação de equipamentos de disponibilização de imagens de raio-X”.

Em 2014 ficou definida uma futura actualização, mas o novo equipamento nunca entrou em funcionamento. “Só em Junho de 2018, e após o Governo da RAEM ter instruído a CAM a melhorar a segurança do aeroporto, é que foi criado um grupo de trabalho para acompanhar as questões em causa, tendo o plano de actualização do BHS sido aprovado nove meses depois”, escreve o CA. No entanto, o organismo liderado por Ho Veng On aponta que esta actualização “não foi capaz de resolver completamente os problemas com o BHS, [pois] os riscos mantinham-se”.

No hangar

O relatório do CA dá ainda conta dos gastos excessivos com a construção de um hangar provisório para aeronaves executivas, no valor de 240 milhões de patacas, para um prazo de utilização de oito anos e meio.

“Além de não ter havido suficientes estudos e discussões sobre os rendimentos provenientes do investimento, e de o hangar definitivo para a manutenção de aeronaves executivas entrar em serviço dentro de três anos e cinco meses, os órgãos de administração insistiram em investir 240 milhões de patacas na construção de um hangar provisório que terá de ser demolido dentro de nove anos (excluindo a fase de construção, o hangar terá apenas oito anos e meio de funcionamento efectivo).”

Desde a entrada em funcionamento do hangar provisório até à sua demolição, as perdas financeiras, de acordo com preços actuais, “rondariam entre 80 e 166 milhões de patacas”, aponta o CA.

O hangar provisório passou a funcionar na óptica da manutenção, reparação e revisão de aeronaves, mas quando o contrato com a empresa que presta serviços terminou, a CAM não encontrou outra entidade substituta. Perante isto, o hangar provisório passou a servir apenas para estacionar aeronaves, com uma taxa de ocupação inferior a 75 por cento. O CA conclui, assim, que “não havendo serviços de manutenção para atrair mais clientes, o hangar provisório de aviação executiva acabou por não alcançar os benefícios económicos previstos”.

Como resposta, a CAM declarou que “o resultado das medidas aplicadas não é satisfatório”, uma vez que “os departamentos e entidades da especialidade envolvidos poderiam ter intensificado esforços na coordenação, assim como o órgão de administração poderia ter intervindo mais activamente”. A CAM frisou também que estão a ser adoptadas “medidas para reforçar a inspecção dos departamentos envolvidos”, além de estarem a ser estudadas “as situações e questões referidas no relatório de auditoria”.

CAM | Secretário diz que “empresa tem de resolver os problemas”

O secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, disse ontem não ser necessário um segundo relatório de acompanhamento à resolução dos problemas apontados pelo Comissariado de Auditoria, mas garantiu que a Autoridade de Aviação Civil de Macau (AACM) vai assegurar a fiscalização.

“Falei com a AACM no sentido de reforçar a fiscalização relativamente a tudo, mas em particular às matérias que estão referidas no relatório. A empresa [a CAM] é uma entidade autónoma, não é do Governo, mas a sua actividade está sujeita a regulação da AACM, mas não compete a esta resolver o problema, mas sim à companhia. Os problemas que estão no relatório têm de ser resolvidos e é a empresa que tem de fazer isso”, declarou.

18 Mar 2020

Aeroporto | CAM acusada de má gestão e de falhas na segurança

Um sistema de gestão de bagagens que custou 70 milhões de patacas, mas que nunca foi devidamente implementado, causando graves problemas de segurança. Um hangar provisório onde foram gastos 240 milhões de patacas para um período de apenas oito anos. O Comissariado de Auditoria acusa a CAM – Sociedade do Aeroporto Internacional de Macau de má gestão financeira de ter uma “atitude passiva”

 
[dropcap]A[/dropcap] CAM – Sociedade do Aeroporto Internacional de Macau é acusada pelo Comissariado de Auditoria (CA) de má gestão financeira e de não ter resolvido problemas de segurança graves no aeroporto. O relatório de investigação foi ontem tornado público e remete ao período compreendido entre Janeiro de 2008 e Abril de 2019.
Os problemas de segurança referem-se à actualização do sistema de gestão de bagagens do Aeroporto Internacional de Macau (AIM), uma vez que “estas eram recolhidas pelos próprios passageiros e levadas até ao balcão de check-in para serem despachadas”, pelo que, “durante este percurso, podia haver o risco de serem colocados explosivos nas bagagens verificadas”.
Perante esta “falha de segurança grave”, a CAM actualizou o sistema de gestão de bagagens, intitulado Baggage Handling System Upgrade (BHS, na sigla inglesa), a fim de implementar “um sistema automático de detecção de explosivos composto por quatro níveis”. Esta actualização custou aos cofres da CAM 70 milhões de patacas mas, devido a falhas de funcionamento, a Autoridade de Aviação Civil de Macau rejeitou o sistema.
O CA acusa a CAM de ter tido “uma atitude passiva”, além de ter “ignorado os requisitos definidos nas especificações da concepção do projecto original do BHS sobre a instalação de equipamentos de disponibilização de imagens de raio-X”.
Em 2014 ficou definida uma futura actualização, mas o novo equipamento nunca entrou em funcionamento. “Só em Junho de 2018, e após o Governo da RAEM ter instruído a CAM a melhorar a segurança do aeroporto, é que foi criado um grupo de trabalho para acompanhar as questões em causa, tendo o plano de actualização do BHS sido aprovado nove meses depois”, escreve o CA. No entanto, o organismo liderado por Ho Veng On aponta que esta actualização “não foi capaz de resolver completamente os problemas com o BHS, [pois] os riscos mantinham-se”.

No hangar

O relatório do CA dá ainda conta dos gastos excessivos com a construção de um hangar provisório para aeronaves executivas, no valor de 240 milhões de patacas, para um prazo de utilização de oito anos e meio.
“Além de não ter havido suficientes estudos e discussões sobre os rendimentos provenientes do investimento, e de o hangar definitivo para a manutenção de aeronaves executivas entrar em serviço dentro de três anos e cinco meses, os órgãos de administração insistiram em investir 240 milhões de patacas na construção de um hangar provisório que terá de ser demolido dentro de nove anos (excluindo a fase de construção, o hangar terá apenas oito anos e meio de funcionamento efectivo).”
Desde a entrada em funcionamento do hangar provisório até à sua demolição, as perdas financeiras, de acordo com preços actuais, “rondariam entre 80 e 166 milhões de patacas”, aponta o CA.
O hangar provisório passou a funcionar na óptica da manutenção, reparação e revisão de aeronaves, mas quando o contrato com a empresa que presta serviços terminou, a CAM não encontrou outra entidade substituta. Perante isto, o hangar provisório passou a servir apenas para estacionar aeronaves, com uma taxa de ocupação inferior a 75 por cento. O CA conclui, assim, que “não havendo serviços de manutenção para atrair mais clientes, o hangar provisório de aviação executiva acabou por não alcançar os benefícios económicos previstos”.
Como resposta, a CAM declarou que “o resultado das medidas aplicadas não é satisfatório”, uma vez que “os departamentos e entidades da especialidade envolvidos poderiam ter intensificado esforços na coordenação, assim como o órgão de administração poderia ter intervindo mais activamente”. A CAM frisou também que estão a ser adoptadas “medidas para reforçar a inspecção dos departamentos envolvidos”, além de estarem a ser estudadas “as situações e questões referidas no relatório de auditoria”.

CAM | Secretário diz que “empresa tem de resolver os problemas”

O secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, disse ontem não ser necessário um segundo relatório de acompanhamento à resolução dos problemas apontados pelo Comissariado de Auditoria, mas garantiu que a Autoridade de Aviação Civil de Macau (AACM) vai assegurar a fiscalização.
“Falei com a AACM no sentido de reforçar a fiscalização relativamente a tudo, mas em particular às matérias que estão referidas no relatório. A empresa [a CAM] é uma entidade autónoma, não é do Governo, mas a sua actividade está sujeita a regulação da AACM, mas não compete a esta resolver o problema, mas sim à companhia. Os problemas que estão no relatório têm de ser resolvidos e é a empresa que tem de fazer isso”, declarou.

18 Mar 2020

Aeroporto | CAM acusada de má gestão e de falhas na segurança

Um sistema de gestão de bagagens que custou 70 milhões de patacas, mas que nunca foi devidamente implementado, causando graves problemas de segurança. Um hangar provisório onde foram gastos 240 milhões de patacas para um período de apenas oito anos. O Comissariado de Auditoria acusa a CAM – Sociedade do Aeroporto Internacional de Macau de má gestão financeira de ter uma “atitude passiva”

 
[dropcap]A[/dropcap] CAM – Sociedade do Aeroporto Internacional de Macau é acusada pelo Comissariado de Auditoria (CA) de má gestão financeira e de não ter resolvido problemas de segurança graves no aeroporto. O relatório de investigação foi ontem tornado público e remete ao período compreendido entre Janeiro de 2008 e Abril de 2019.
Os problemas de segurança referem-se à actualização do sistema de gestão de bagagens do Aeroporto Internacional de Macau (AIM), uma vez que “estas eram recolhidas pelos próprios passageiros e levadas até ao balcão de check-in para serem despachadas”, pelo que, “durante este percurso, podia haver o risco de serem colocados explosivos nas bagagens verificadas”.
Perante esta “falha de segurança grave”, a CAM actualizou o sistema de gestão de bagagens, intitulado Baggage Handling System Upgrade (BHS, na sigla inglesa), a fim de implementar “um sistema automático de detecção de explosivos composto por quatro níveis”. Esta actualização custou aos cofres da CAM 70 milhões de patacas mas, devido a falhas de funcionamento, a Autoridade de Aviação Civil de Macau rejeitou o sistema.
O CA acusa a CAM de ter tido “uma atitude passiva”, além de ter “ignorado os requisitos definidos nas especificações da concepção do projecto original do BHS sobre a instalação de equipamentos de disponibilização de imagens de raio-X”.
Em 2014 ficou definida uma futura actualização, mas o novo equipamento nunca entrou em funcionamento. “Só em Junho de 2018, e após o Governo da RAEM ter instruído a CAM a melhorar a segurança do aeroporto, é que foi criado um grupo de trabalho para acompanhar as questões em causa, tendo o plano de actualização do BHS sido aprovado nove meses depois”, escreve o CA. No entanto, o organismo liderado por Ho Veng On aponta que esta actualização “não foi capaz de resolver completamente os problemas com o BHS, [pois] os riscos mantinham-se”.

No hangar

O relatório do CA dá ainda conta dos gastos excessivos com a construção de um hangar provisório para aeronaves executivas, no valor de 240 milhões de patacas, para um prazo de utilização de oito anos e meio.
“Além de não ter havido suficientes estudos e discussões sobre os rendimentos provenientes do investimento, e de o hangar definitivo para a manutenção de aeronaves executivas entrar em serviço dentro de três anos e cinco meses, os órgãos de administração insistiram em investir 240 milhões de patacas na construção de um hangar provisório que terá de ser demolido dentro de nove anos (excluindo a fase de construção, o hangar terá apenas oito anos e meio de funcionamento efectivo).”
Desde a entrada em funcionamento do hangar provisório até à sua demolição, as perdas financeiras, de acordo com preços actuais, “rondariam entre 80 e 166 milhões de patacas”, aponta o CA.
O hangar provisório passou a funcionar na óptica da manutenção, reparação e revisão de aeronaves, mas quando o contrato com a empresa que presta serviços terminou, a CAM não encontrou outra entidade substituta. Perante isto, o hangar provisório passou a servir apenas para estacionar aeronaves, com uma taxa de ocupação inferior a 75 por cento. O CA conclui, assim, que “não havendo serviços de manutenção para atrair mais clientes, o hangar provisório de aviação executiva acabou por não alcançar os benefícios económicos previstos”.
Como resposta, a CAM declarou que “o resultado das medidas aplicadas não é satisfatório”, uma vez que “os departamentos e entidades da especialidade envolvidos poderiam ter intensificado esforços na coordenação, assim como o órgão de administração poderia ter intervindo mais activamente”. A CAM frisou também que estão a ser adoptadas “medidas para reforçar a inspecção dos departamentos envolvidos”, além de estarem a ser estudadas “as situações e questões referidas no relatório de auditoria”.

CAM | Secretário diz que “empresa tem de resolver os problemas”

O secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, disse ontem não ser necessário um segundo relatório de acompanhamento à resolução dos problemas apontados pelo Comissariado de Auditoria, mas garantiu que a Autoridade de Aviação Civil de Macau (AACM) vai assegurar a fiscalização.
“Falei com a AACM no sentido de reforçar a fiscalização relativamente a tudo, mas em particular às matérias que estão referidas no relatório. A empresa [a CAM] é uma entidade autónoma, não é do Governo, mas a sua actividade está sujeita a regulação da AACM, mas não compete a esta resolver o problema, mas sim à companhia. Os problemas que estão no relatório têm de ser resolvidos e é a empresa que tem de fazer isso”, declarou.

18 Mar 2020

Covid-19 | Menores confrontados com declaração sobre isolamento

Pelo menos seis menores foram ontem transportados para cumprirem o isolamento em local designado pelos Serviços de Saúde, tendo a situação gerado discórdia, com os pais a condenarem falta de informação das autoridades. Em causa esteve também a apresentação de uma declaração de consentimento aos menores

[dropcap]D[/dropcap]esde ontem que as pessoas provenientes de países considerados de alto risco não podem optar por isolamento em hotel ou na sua casa, sendo obrigatório ficarem no espaço designado. As áreas de alto risco abrangem o Espaço Schengen (que inclui Portugal) e ainda o Reino Unido, a Irlanda e a Rússia, bem como os EUA, Canadá, Brasil, Austrália, Coreia do Sul, Japão, Irão e Egipto. Já as zonas de médio risco, como por exemplo a Tailândia, podem optar por uma das duas formas de isolamento.

A medida gerou problemas com chegadas da Europa. Um grupo de estudantes portugueses que regressou ontem a Macau foi remetido para observação médica, tendo os encarregados de educação lamentado que tenha sido pedido aos menores para assinarem uma declaração. Em comunicado escrito, os pais de seis menores explicam que os jovens chegaram às 3h da madrugada e que “através de contacto telefónico fomos informados pelos nossos filhos que iriam ser transportados para a Pousada Marina Infante para cumprirem uma quarentena de 14 dias”. No documento, afirmam que estiveram mais de três horas à espera na área pública do aeroporto sem informações, não tendo conseguido falar com ninguém responsável. A palavra com as autoridades só terá sido trocada depois das seis da manhã, quando os menores foram escoltados para o hotel para isolamento.

Os pais consideram que deviam ter sido contactados. Em conferência de imprensa, a coordenadora do núcleo de prevenção de doenças infecciosas e vigilância da doença reconheceu que “os nossos trabalhadores informaram os estudantes para encaminhá-los ao hotel e assinar uma declaração”. Mas apontou uma mudança de rumo.

“Os estudantes informaram logo os encarregados de educação e estes apontaram que uma vez que os estudantes são menores não podem assinar qualquer declaração. Assim sendo, os nossos trabalhadores enviaram a declaração aos seus encarregados de educação, mas os encarregados recusaram assinar as declarações”, acrescentou Leong Iek Hou. A representante comentou ainda que “uma vez que muitos encarregados de educação não colaboraram connosco, prejudicaram muito os nossos trabalhos e muitos turistas ficaram à espera no aeroporto muitas horas”.

Na conferência de imprensa Leong Iek Hou explicou ainda que as declarações tinham apenas como objectivo que os jovens compreendessem o seu conteúdo, reiterando que “posteriormente também as enviámos aos pais, que se recusaram ler e a assinar”. A responsável apontou ainda que dois dos pais já tinham concordado com a observação clínica dos seus filhos, faltando apenas um dizer se concordava ou não.

Por outro lado

Porém, esta versão não é consistente entre todas as partes. Ao HM, Bruno Simões, um dos pais, afirmou que não foi feito qualquer pedido de consentimento aos encarregados de educação. E acrescentou que por volta das 16h foi contactado por uma representante dos Serviços de Saúde a lamentar o que tinha sucedido e que a quarentena teria de ser feita, podendo os pais juntar-se aos jovens no hotel. Por sua vez, pediu para que se respeitasse a legislação e que fosse pedida uma declaração de consentimento aos pais, e não aos filhos.

Além disso, disse que não vai interpor recurso, tendo antes como objectivo alertar outros pais e o próprio Governo “para não cometer o mesmo erro”.

O director dos Serviços de Saúde, Lei Chin Ion, disse na mesma ocasião que as pessoas podem interpor recurso, mas frisou a obrigatoriedade do isolamento, apelando à colaboração com os trabalhos das autoridades.


Direito | Procedimento “inadequado”

Relativamente à declaração, o advogado Sérgio de Almeida Correia considerou que “ser uma menor de 14 anos a assinar uma declaração não faz sentido, porque o documento não tem valor jurídico”, explicando que o menor é inimputável e que com a idade em causa “não tem responsabilidade penal, nem vontade própria”. Além disso, apontou não fazer “muito sentido” a declaração estar em inglês, dado tratar-se de um residente e as línguas oficiais serem o chinês e o português.

Questionado se o pai poderia processar as autoridades, considerou que houve um “procedimento inadequado”, com base numa falha de comunicação entre as autoridades e os pais, mas que a lei permite um prazo de 24 horas para a notificação. Ao HM, o advogado considerou adequadas as preocupações das autoridades com a saúde pública e a necessidade de quarentena, mas realçou que “uma criança pura e simplesmente não sabe o que há-de fazer e não tem uma compreensão completa da situação” para lidar sem os pais com uma situação destas.

Sérgio de Almeida Correia acredita que um contacto mais eficaz teria permitido maior calma por parte de todos. “Ao contrário do que tem acontecido até aqui, em que tem havido bom-senso das autoridades, neste caso parece que não houve. As autoridades têm de perceber que no caso de menores a informação tem de ser mais rápida, mesmo que a lei permite um prazo de 24 horas”. Frisando como “fundamental” a compreensão por partes dos destinatários dos procedimentos, observou que “quando o director do SSM vai para a conferência de imprensa dizer que as pessoas podem recorrer da decisão para os tribunais, mostra que não percebe que o que está em causa não é o acerto da decisão, mas sim a falta de informação e a forma como as coisas foram feitas”.

18 Mar 2020