Queixas sobre malas devem ser dirigidas à Autoridade de Aviação Civil

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Vários residentes dizem ter ficado com roupas e outros produtos danificados devido à desinfecção das bagagens à chegada a Macau, no Aeroporto Internacional de Macau. Liz Lam, relações públicas da Direcção dos Serviços de Turismo (DST), confirmou ontem na conferência de imprensa do centro de coordenação e de contingência do novo tipo de coronavírus que as queixas devem ser dirigidas à Autoridade de Aviação Civil de Macau (AACM) ou às próprias companhias aéreas.

“Não temos queixas e recebemos essa informação [dos produtos danificados] por parte dos meios de comunicação social. [Os residentes] devem apresentar queixa junto da autoridade de aviação civil. Sobre o processo de desinfecção é melhor consultar os serviços competentes ou as companhias aéreas, porque diferentes companhias têm diferentes orientações”, adiantou.

O HM falou com duas residentes que ficaram com roupa completamente inutilizada devido às manchas de lixívia, peças que estavam junto aos fechos das malas. As residentes indicaram vontade de apresentar queixa colectiva sobre esta situação, tendo uma das residentes sido informada, no aeroporto, para reclamar junto da companhia aérea com a qual viajou.

Sem risco comunitário

Entretanto, foi ontem confirmado que o segundo caso de infecção importado de Zhuhai diz respeito à esposa do homem infectado, que levou ao bloqueio de um prédio residencial. As autoridades realçaram não haver risco de infecção na comunidade e que a mulher trabalha numa loja de produtos de beleza e cosméticos na zona das Portas do Cerco.

“O caso diz respeito à mulher da pessoa que já estava infectada antes e foi detectado na parte de gestão e controlo. O casal teve os mesmos itinerários, mas não trabalham juntos. Não divulgamos o percurso da mulher porque foi detectado em Zhuhai e é semelhante ao do marido”, explicou a médica Leong Iek Hou, coordenadora do centro de coordenação e de contingência.

Para já os testes realizados nas zonas alvo junto às Portas do Cerco deram negativo, pelo que “afastamos a possibilidade de infecção comunitária causada pelo casal”.

Quanto ao homem, a infecção é da estirpe BA 5.2 da variante Ómicron, “diferente da estirpe que circulava em Macau”, mas em relação à esposa ainda está a ser feita a análise. As autoridades estão ainda a estudar as fontes destas infecções.

Sobre o caso detectado na quarta-feira, respeitante a um trabalhador de um navio de carga entre Macau e Hong Kong, foi também referido que o risco para a comunidade é baixo. Entre quarta-feira e as 16h de ontem foram recolhidas 80 mil amostras de testes de ácido nucleico realizadas na zona do Porto Interior, todas com resultados negativos.

As autoridades apelaram ainda ao uso de mais postos fronteiriços que não o de Qingmao, que tem registado grande fluxo. “Temos enviado polícias para manter a ordem, fazendo uma triagem das pessoas e mantendo a ordem social. Abrimos mais canais [de passagem] e disponibilizamos autocarros gratuitos em coordenação com a Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego. As pessoas podem ir para outras fronteiras de autocarros”, disse o responsável do Corpo de Polícia e Segurança Pública.

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