Motociclismo | Michael Rutter vai voltar ao GP com nova moto

[dropcap]N[/dropcap]uma semana terrível para todos os desportos a nível mundial, com cancelamentos e adiamentos em catadupa em todas as modalidades, a indústria e os seus agentes tentam manter uma certa normalidade e vão-se preparando para quando a vida retomar ao normal.

Michael Rutter deu na passada sexta-feira uma entrevista ao Shropshire Star, onde confirmou que nos seus planos para a nova temporada está um regresso ao Grande Prémio de Macau este ano, onde com certeza tentará vencer pela décima vez no Circuito da Guia. Mais, aos 48 anos, o filho do ex-piloto Tony Rutter não tem planos para abrandar e espera também estar à partida de outros grandes eventos como a Ilha de Man TT ou a Classic TT.

“O ano passado fiz tudo o que tinha planeado fazer e, possivelmente, ainda mais”, disse o britânico, recordista de vitórias do Grande Prémio de Macau de Motos, à publicação da região de West Midlands. “Até venci o Grande Prémio de Macau e, embora tenha sido provavelmente uma sorte (a corrida teve apenas uma volta competitiva ao circuito). Na minha idade, fiquei muito satisfeito como tudo correu e ficarei bastante agradado se conseguir repetir alguns sucessos outra vez este ano”

Conhecido no meio como “The Blade”, Rutter continuará focado no seu novo projecto pessoal, a Bathams Racing. A equipa recebeu por parte da BMW Motorrad o estatuto de “equipa de fábrica”, tendo contratado à Suzuki os serviços de Richard Cooper. A Bathams Racing assim irá preparar duas novas Superbikes e duas Superstock, colocando-as a correr nas principais corridas de estrada e também no Campeonato Britânico de Superbikes.

Adeus à Super Honda

Depois de conquistar a 53ª edição do Grande Prémio de Macau de Motos, Rutter vai encostar a preciosa Honda RCV213V-S, uma moto proveniente do MotoGP e que estava avaliada em dois milhões e meio de patacas. O estatuto de equipa oficial da BMW da Bathams Racing e a maior competitividade da mais recente geração de motos da marca de Munique são razões mais que suficientes para Rutter deixar a Honda de lado.

“A Honda atingiu alguma idade, como acontece com todas as motos, porque estas novas motos são ainda melhores”, explicou Rutter. “Nós somos uma equipa oficial da BMW este ano e apesar de eu tecnicamente poder tripular qualquer moto que goste, acho que fica melhor que a equipa esteja toda com motos iguais.”

Esta parceria com a BMW permite à equipa de Rutter receber a ajuda em termos de electrónica e se algum “update” for lançado, a Bathams Racing irá ser a primeira a receber o material. Recorde-se que o ano passado, em Macau, a BMW S1000 RR inscrita pela MGM by Bathams Racing, tripulada por Peter Hickman, o pole-position e segundo classificado, já exibiu algumas das novidades técnicas a aplicar na competitiva máquina germânica em 2020.

Motociclismo | Michael Rutter vai voltar ao GP com nova moto

[dropcap]N[/dropcap]uma semana terrível para todos os desportos a nível mundial, com cancelamentos e adiamentos em catadupa em todas as modalidades, a indústria e os seus agentes tentam manter uma certa normalidade e vão-se preparando para quando a vida retomar ao normal.
Michael Rutter deu na passada sexta-feira uma entrevista ao Shropshire Star, onde confirmou que nos seus planos para a nova temporada está um regresso ao Grande Prémio de Macau este ano, onde com certeza tentará vencer pela décima vez no Circuito da Guia. Mais, aos 48 anos, o filho do ex-piloto Tony Rutter não tem planos para abrandar e espera também estar à partida de outros grandes eventos como a Ilha de Man TT ou a Classic TT.
“O ano passado fiz tudo o que tinha planeado fazer e, possivelmente, ainda mais”, disse o britânico, recordista de vitórias do Grande Prémio de Macau de Motos, à publicação da região de West Midlands. “Até venci o Grande Prémio de Macau e, embora tenha sido provavelmente uma sorte (a corrida teve apenas uma volta competitiva ao circuito). Na minha idade, fiquei muito satisfeito como tudo correu e ficarei bastante agradado se conseguir repetir alguns sucessos outra vez este ano”
Conhecido no meio como “The Blade”, Rutter continuará focado no seu novo projecto pessoal, a Bathams Racing. A equipa recebeu por parte da BMW Motorrad o estatuto de “equipa de fábrica”, tendo contratado à Suzuki os serviços de Richard Cooper. A Bathams Racing assim irá preparar duas novas Superbikes e duas Superstock, colocando-as a correr nas principais corridas de estrada e também no Campeonato Britânico de Superbikes.

Adeus à Super Honda

Depois de conquistar a 53ª edição do Grande Prémio de Macau de Motos, Rutter vai encostar a preciosa Honda RCV213V-S, uma moto proveniente do MotoGP e que estava avaliada em dois milhões e meio de patacas. O estatuto de equipa oficial da BMW da Bathams Racing e a maior competitividade da mais recente geração de motos da marca de Munique são razões mais que suficientes para Rutter deixar a Honda de lado.
“A Honda atingiu alguma idade, como acontece com todas as motos, porque estas novas motos são ainda melhores”, explicou Rutter. “Nós somos uma equipa oficial da BMW este ano e apesar de eu tecnicamente poder tripular qualquer moto que goste, acho que fica melhor que a equipa esteja toda com motos iguais.”
Esta parceria com a BMW permite à equipa de Rutter receber a ajuda em termos de electrónica e se algum “update” for lançado, a Bathams Racing irá ser a primeira a receber o material. Recorde-se que o ano passado, em Macau, a BMW S1000 RR inscrita pela MGM by Bathams Racing, tripulada por Peter Hickman, o pole-position e segundo classificado, já exibiu algumas das novidades técnicas a aplicar na competitiva máquina germânica em 2020.

O outro lado

[dropcap]H[/dropcap]á uma árvore no meio da avenida. É uma árvore qualquer, sem nada de especial a não ser o facto de ter sido plantada a meio da avenida. Durante o ano muda de cor e esse ritmo prossegue inalterável apesar de existir na separação dos dois sentidos, sujeita aos humores dos automóveis.

Mas esta árvore não morre facilmente. A poluição diária não a destrói. Espera por esse grande vento que a derrubará, um suzuki ou um mercedes, conduzido por uma rapariga inocente e alcoolizada. A árvore não protestará. A árvore não é grande nem frondosa. Pelo contrário: lembra uma figura de Giacometti e a existência ténue daqueles seres que frequentam ruas de um homem só.

Distingui-a nitidamente, numa torção de pescoço, quando atravessei pela última vez a avenida a correr, ignorando a passadeira e o carro da rapariga de hálito inocente e alcoólico. Não sei se ainda lá está a árvore erecta a meio da avenida. A desgraça súbita não polui. Desta vez, cheguei ao outro lado.

O Chico Esperto

[dropcap]C[/dropcap]omecei a escrever este artigo por impulso na noite de segunda-feira passada, faz hoje uma semana. A relativização e verborreia surreal sobre a pandemia nas redes sociais impulsionou-me a escrever esta carta de amor ao mitra que chama “sócio” a estranhos e ao doutorado em “eu é que sei”.

Quando escrevi a primeira parte desta crónica ainda não havia fotos da praia de Carcavelos cheia, ou festa do coronavírus em Aveiro. Mas tenho de dar a mão à palmatória e referir que, desde então, Portugal acordou um pouco do torpor fantástico que por vezes coloca o país noutro planeta, imune à realidade.

Assim sendo, este retrato social já chega um pouco tarde, mas ainda existem largas bolsas populacionais destes espécimes que sabem muito mais sobre epidemiologia que a comunidade científica, ou que atravessam uma fase de pouco amor à vida. Mas, aqui vai o retrato social dos dois polos da perigosa relativização do momento histórico que o mundo está a atravessar pelos piores motivos.

O Covid-19 trouxe à luz do dia o espectro amplo do chicoespertismo luso, transversal a todas as classes. Vai do mitra do bairro ao indivíduo culto mais bem informado.

Para o mitra, a reacção marialva à epidemia faz parte da sua génese, é algo que constitui a sua identidade, antes de desatar a chorar e a clamar pela santa mãezinha que está no céu, agarrado ao crucifixo. Até lá, ladra barbaridades do género: “oh, essa constipação chinoca é para meninos, eheh [escarro no chão]. Eu? Alguma vez? Tá-se mesmo a ver, agora despentear a bigodaça com essas máscaras panascas! Mas eu ando aqui a comer gelados com a testa, não?! Isto é tudo uma cambada de gatunos, é o que é, só querem roubar o Benfica. Um bagacinho e isso vai ao lugar”.

É natural que o mitra reaja com ignorância brutamontes, é a única coisa que conhece. Reage ao coronavírus como reage ao orçamento de Estado, que não compreende, ou ao nascimento de um filho, que também lhe escapou às contas.

O gajo informado é, naturalmente, mais complexo, mas partilha um factor essencial com o mitra. Nada o ultrapassa no que toca à interpretação da actualidade. Ambos lêem o mundo de formas diferentes, mas interiormente são experts em saúde pública, epidemiologia e todas as categorias do Trivial Pursuit. Ah, e em gajas, claro, não estivéssemos nós nas pastagens do marialva lusitano, essa manifestação quasi-equestre, o mito fantástico entre o Eduardo Prado Coelho e o Zezé Camarinha.

Regressando ao gajo informado. Ninguém lhe passa a perna. Ui, era só o que faltava. Então e as coisas que leu e/ou escreveu online, plenas de sentido de humor, acutilância e crua e desapaixonada factualidade? Mesmo que por vezes resvale para asserções parolas pseudo-poéticas, à la Gustavo Santos, do género “o medo é que mata, não o vírus”.

Está visto que tudo não passa de alarmismo desenfreado, um golpe nas nossas liberdades, uma gripe um bocado mais chata, uma deriva autoritária, o resultado de vivermos num Estado mamã, etc.

O indivíduo informado, de repente, transforma-se no fã nº1 do Glenn Beck, que achava que os FEMA camps do tempo do Obama eram campos de extermínio de rednecks patriotas.

A pessoa culta torna-se num ser que não consegue distinguir entre pânico e prevenção, imune a lições importadas de casos de sucesso ou de trágico insucesso. Num ápice, o gajo que leu tudo de Sartre a Eco, passando pelos clássicos, torna-se no mitra que encara a ciência como uma agremiação de marrões que não deixam copiar nos exames e que nunca beijaram uma mulher.

De repente, tudo é uma conspiração para sabe-se lá o quê. No meio de tanta desinformação e da cobertura pornográfica das televisões portuguesas, que causaram fatiga de coronavírus, perdem-se muitas oportunidades para se estar calado e não dizer alarvidades. Oportunidades que o chicoespertismo nunca desperdiça.

O chicoespertismo tem acalmado nos dias que correm. As chapadas de realidade são pequenos cursos introdutórios à humildade, mesmo que no íntimo sobreviva aquela chama rebelde do cepticismo. Não estou aqui a defender que o poder político é um esteio de pureza, pelo contrário, é uma fossa séptica onde a decência se afoga. Mas não é necessário puxar a ciência para esse lodaçal onde um porco parece um bicho asseado.

Para já, gostaria que a prudência e o bom-senso fossem a nota dominante do futuro próximo do meu país. Para o bem de todos, inclusive dos “chicos espertos”.

Ensino | Reinício das aulas de todos os níveis até 4 de Maio

[dropcap]A[/dropcap]té ao próximo dia 4 de Maio, os alunos de todos os níveis de ensino vão poder regressar faseadamente às respectivas salas de aula. O calendário completo do reinício das actividades escolares do ensino não superior foi divulgado na passada sexta-feira pela Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ). Já os alunos do Ensino Superior poderão voltar a ter aulas, de forma condicionada, a partir do dia 1 de Abril.

O regresso das aulas do ensino não superior irá acontecer entre 13 de Abril e 4 de Maio, estando também agendando o regresso não oficial dos finalistas do ensino secundário complementar já a partir do dia 30 de Março.

Assim, no dia 13 de Abril recomeçam oficialmente as aulas do ensino secundário complementar, já com os alunos do 10º e 11º. Segue-se o ensino secundário geral (3º ciclo), a partir de 20 de Abril e o reinício das aulas para os alunos do 4.º, 5.º e 6.º ano, a partir de 27 de Abril. Já o dia 4 de Maio marca o regresso das aulas para o 1.º, 2.º e 3.º ano do ensino primário, incluindo o ensino infantil e o ensino especial.

Quanto aos alunos universitários, a Direcção dos Serviços do Ensino Superior (DSES) anunciou no sábado passado, ter chegado a um consenso com as instituições do ensino superior de Macau, sendo as aulas retomadas, parcialmente, no dia 1 de Abril.

Segundo anunciou Chan Kun Hong, da DSES, o regresso será apenas para alunos finalistas, preferencialmente de Macau, sendo destinado a disciplinas, avaliações, laboratórios, estágios, apresentações de relatório e defesa de teses presenciais. Para os restantes estudantes, segundo a DSES, o reinício das aulas irá depender da evolução da situação epidémica e será sempre comunicado com uma antecedência de 14 dias.

Ensino | Reinício das aulas de todos os níveis até 4 de Maio

[dropcap]A[/dropcap]té ao próximo dia 4 de Maio, os alunos de todos os níveis de ensino vão poder regressar faseadamente às respectivas salas de aula. O calendário completo do reinício das actividades escolares do ensino não superior foi divulgado na passada sexta-feira pela Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ). Já os alunos do Ensino Superior poderão voltar a ter aulas, de forma condicionada, a partir do dia 1 de Abril.
O regresso das aulas do ensino não superior irá acontecer entre 13 de Abril e 4 de Maio, estando também agendando o regresso não oficial dos finalistas do ensino secundário complementar já a partir do dia 30 de Março.
Assim, no dia 13 de Abril recomeçam oficialmente as aulas do ensino secundário complementar, já com os alunos do 10º e 11º. Segue-se o ensino secundário geral (3º ciclo), a partir de 20 de Abril e o reinício das aulas para os alunos do 4.º, 5.º e 6.º ano, a partir de 27 de Abril. Já o dia 4 de Maio marca o regresso das aulas para o 1.º, 2.º e 3.º ano do ensino primário, incluindo o ensino infantil e o ensino especial.
Quanto aos alunos universitários, a Direcção dos Serviços do Ensino Superior (DSES) anunciou no sábado passado, ter chegado a um consenso com as instituições do ensino superior de Macau, sendo as aulas retomadas, parcialmente, no dia 1 de Abril.
Segundo anunciou Chan Kun Hong, da DSES, o regresso será apenas para alunos finalistas, preferencialmente de Macau, sendo destinado a disciplinas, avaliações, laboratórios, estágios, apresentações de relatório e defesa de teses presenciais. Para os restantes estudantes, segundo a DSES, o reinício das aulas irá depender da evolução da situação epidémica e será sempre comunicado com uma antecedência de 14 dias.

IAM | 186 multas por cuspir para o chão entre Janeiro e Fevereiro

Desde a entrada em vigor das medidas de prevenção e combate à Covid-19, e até ao fim de Fevereiro, o Instituto para os Assuntos Municipais registou 186 sanções contra cidadãos apanhados a cuspir para o chão, que resultaram na entrada de 111.600 patacas nos cofres do Governo

 

[dropcap]E[/dropcap]ntre 21 de Janeiro, altura em que teve início o combate e a adopção de medidas de prevenção à Covid-19 em Macau, e o final de Fevereiro foram registadas 186 multas motivadas pelo acto de cuspir no chão. Os números dizem respeito ao acto em espaços públicos e foram fornecidos ao HM pelo Instituto para os Assuntos Municipais (IAM), entidade com a competência de sancionar a prática.

Segundo o Regulamento Geral dos Espaços Públicos o acto de cuspir é punido com uma multa de 600 patacas, o que significa que, no caso de não terem existido agravantes ou atenuantes, os infractores terão entregue aos cofres do IAM uma soma de 111.600 patacas.

Em relação aos valores para este ano, nota-se que desde que foram adoptadas medidas de prevenção e controlo houve uma redução do número de multas, o que pode estar relacionado com o facto de as pessoas se terem mantido em casa.

Assim, nos primeiros dois meses do ano foram emitidas 456 multas por cuspo para o chão em lugares públicos, que acarreta custos de 273.600 patacas.

Os dados mostram que nos primeiros 20 dias do ano houve uma média de 13,5 multas por dia, número que com as medidas de prevenção caiu para 4,65 multas diárias, nos quarenta dias seguidos às medidas de prevenção e controlo do Covid-19.

Quase 1.788 multas

Em relação ao ano passado, nos primeiros 20 dias houve um número de ocorrências muito superior face ao ocorrido em 2019. De acordo com os dados disponibilizados pelo IAM ao HM, no ano passado foram registadas 1.788 multas devido ao acto de cuspir ou atirar muco para o chão. Este número significa que houve uma média diária de 4,89 multas, ou seja, abaixo do que acontece nos primeiros 20 dias deste ano e muito próxima da média desde a entrada em vigor das medidas de prevenção e até ao final do mês de Fevereiro.

O Regulamento Geral dos Espaços Públicos define que o acto de “cuspir ou lançar muco nasal para qualquer superfície do espaço público, de instalações públicas ou de equipamento público” é sancionado com uma multa de 600 patacas. O dinheiro recolhido com as infracções reverte para os cofres IAM.

O valor de 600 patacas é o mais elevado para as infracções tidas como comuns, o mais baixo é de 300 patacas, e está em vigor desde 2005, na sequência da criação do regulamento criado pelo então Executivo de Edmund Ho.

IAM | 186 multas por cuspir para o chão entre Janeiro e Fevereiro

Desde a entrada em vigor das medidas de prevenção e combate à Covid-19, e até ao fim de Fevereiro, o Instituto para os Assuntos Municipais registou 186 sanções contra cidadãos apanhados a cuspir para o chão, que resultaram na entrada de 111.600 patacas nos cofres do Governo

 
[dropcap]E[/dropcap]ntre 21 de Janeiro, altura em que teve início o combate e a adopção de medidas de prevenção à Covid-19 em Macau, e o final de Fevereiro foram registadas 186 multas motivadas pelo acto de cuspir no chão. Os números dizem respeito ao acto em espaços públicos e foram fornecidos ao HM pelo Instituto para os Assuntos Municipais (IAM), entidade com a competência de sancionar a prática.
Segundo o Regulamento Geral dos Espaços Públicos o acto de cuspir é punido com uma multa de 600 patacas, o que significa que, no caso de não terem existido agravantes ou atenuantes, os infractores terão entregue aos cofres do IAM uma soma de 111.600 patacas.
Em relação aos valores para este ano, nota-se que desde que foram adoptadas medidas de prevenção e controlo houve uma redução do número de multas, o que pode estar relacionado com o facto de as pessoas se terem mantido em casa.
Assim, nos primeiros dois meses do ano foram emitidas 456 multas por cuspo para o chão em lugares públicos, que acarreta custos de 273.600 patacas.
Os dados mostram que nos primeiros 20 dias do ano houve uma média de 13,5 multas por dia, número que com as medidas de prevenção caiu para 4,65 multas diárias, nos quarenta dias seguidos às medidas de prevenção e controlo do Covid-19.

Quase 1.788 multas

Em relação ao ano passado, nos primeiros 20 dias houve um número de ocorrências muito superior face ao ocorrido em 2019. De acordo com os dados disponibilizados pelo IAM ao HM, no ano passado foram registadas 1.788 multas devido ao acto de cuspir ou atirar muco para o chão. Este número significa que houve uma média diária de 4,89 multas, ou seja, abaixo do que acontece nos primeiros 20 dias deste ano e muito próxima da média desde a entrada em vigor das medidas de prevenção e até ao final do mês de Fevereiro.
O Regulamento Geral dos Espaços Públicos define que o acto de “cuspir ou lançar muco nasal para qualquer superfície do espaço público, de instalações públicas ou de equipamento público” é sancionado com uma multa de 600 patacas. O dinheiro recolhido com as infracções reverte para os cofres IAM.
O valor de 600 patacas é o mais elevado para as infracções tidas como comuns, o mais baixo é de 300 patacas, e está em vigor desde 2005, na sequência da criação do regulamento criado pelo então Executivo de Edmund Ho.

Restauração | Empresa de Chan Chak Mo com perdas de 376 milhões

[dropcap]A[/dropcap] Future Bright, empresa de restauração controlada pelo deputado Chan Chak Mo, registou perdas de 376,8 milhões de dólares de Hong Kong no ano passado, e prepara-se para um ano muito negativo. Os resultados foram publicados na semana passada, num comunicado à Bolsa da RAEHK.

A empresa opera na Grande China e viu os resultados agravados de forma significativa, uma vez que em 2018 as perdas tinham sido de 60,1 milhões de dólares de Hong Kong. Os resultados foram explicados com a guerra comercial entre os Estados Unidos e a China e a instabilidade social em Hong Kong, que afectou inclusive os negócios na antiga colónia britânica.

No entanto, a situação não apresentou melhorias, em relação ao corrente ano, a empresa admite que existe uma “situação terrível” motivada pela Covid-19 sem precedentes. “Com os encerramentos temporários da maioria dos restaurantes e lojas durante duas semanas, em Fevereiro de 2020, as receitas para o primeiro trimestre vão ser substancialmente reduzidas, sendo que é por enquanto ainda impossível calcular as perdas”, é admitido. “A administração espera que o ambiente de operações nos primeiros três trimestres de 2020 sejam muito duros. Já foram adoptadas medidas de contenção de custos (que incluem pedidos de redução de rendas) de forma a enfrentar esta tempestade de um ambiente de operações incerto”, é acrescentado.

Além disso, também na sexta-feira, a Future Bright anunciou que conseguiu prolongar uma linha de crédito junto da representação de Macau do Banco da China no valor de 40 milhões de patacas, que vai estar activa até Abril de 2021.

Restauração | Empresa de Chan Chak Mo com perdas de 376 milhões

[dropcap]A[/dropcap] Future Bright, empresa de restauração controlada pelo deputado Chan Chak Mo, registou perdas de 376,8 milhões de dólares de Hong Kong no ano passado, e prepara-se para um ano muito negativo. Os resultados foram publicados na semana passada, num comunicado à Bolsa da RAEHK.
A empresa opera na Grande China e viu os resultados agravados de forma significativa, uma vez que em 2018 as perdas tinham sido de 60,1 milhões de dólares de Hong Kong. Os resultados foram explicados com a guerra comercial entre os Estados Unidos e a China e a instabilidade social em Hong Kong, que afectou inclusive os negócios na antiga colónia britânica.
No entanto, a situação não apresentou melhorias, em relação ao corrente ano, a empresa admite que existe uma “situação terrível” motivada pela Covid-19 sem precedentes. “Com os encerramentos temporários da maioria dos restaurantes e lojas durante duas semanas, em Fevereiro de 2020, as receitas para o primeiro trimestre vão ser substancialmente reduzidas, sendo que é por enquanto ainda impossível calcular as perdas”, é admitido. “A administração espera que o ambiente de operações nos primeiros três trimestres de 2020 sejam muito duros. Já foram adoptadas medidas de contenção de custos (que incluem pedidos de redução de rendas) de forma a enfrentar esta tempestade de um ambiente de operações incerto”, é acrescentado.
Além disso, também na sexta-feira, a Future Bright anunciou que conseguiu prolongar uma linha de crédito junto da representação de Macau do Banco da China no valor de 40 milhões de patacas, que vai estar activa até Abril de 2021.

Armazém do Boi | Residência artística focada na imigração

[dropcap]É[/dropcap] inaugurada na próxima sexta-feira, no espaço do Armazém do Boi, a exposição do programa de residência artística “Women in a Foreign Land – a Saiyin Project”. A mostra vai estar patente até 17 de Maio. É a primeira exposição deste ano no espaço, tendo o convite sido feito a um artista pós-1995.

Neste programa, Saiyin foca-se em assuntos identitários e de imigração, com o seu trabalho a desenvolver-se em volta das histórias de duas mulheres que emigraram respectivamente da China Continental e de Portugal para Macau. De acordo com o comunicado do Armazém do Boi, a exposição abrange vídeo, fotografia e trabalhos de áudio, que incluem narrativas pessoais e referências aos espaços da vida diária das mulheres, explorando o dia a dia e as vidas amorosas destas pessoas. A mostra tem entrada gratuita.

O artista vive e trabalha em Macau e Zhuhai, trabalhando com diferentes estilos, passando pela fotografia, vídeo, pintura a óleo, design gráfico e escrita. A nota explica que os seus trabalhos se focam em “explorar formas de exprimir amor e relacionamentos frágeis presentes” interligados com a sua vida. Tem como inspiração experiências diárias e reflexões sobre o tempo.

Armazém do Boi | Residência artística focada na imigração

[dropcap]É[/dropcap] inaugurada na próxima sexta-feira, no espaço do Armazém do Boi, a exposição do programa de residência artística “Women in a Foreign Land – a Saiyin Project”. A mostra vai estar patente até 17 de Maio. É a primeira exposição deste ano no espaço, tendo o convite sido feito a um artista pós-1995.
Neste programa, Saiyin foca-se em assuntos identitários e de imigração, com o seu trabalho a desenvolver-se em volta das histórias de duas mulheres que emigraram respectivamente da China Continental e de Portugal para Macau. De acordo com o comunicado do Armazém do Boi, a exposição abrange vídeo, fotografia e trabalhos de áudio, que incluem narrativas pessoais e referências aos espaços da vida diária das mulheres, explorando o dia a dia e as vidas amorosas destas pessoas. A mostra tem entrada gratuita.
O artista vive e trabalha em Macau e Zhuhai, trabalhando com diferentes estilos, passando pela fotografia, vídeo, pintura a óleo, design gráfico e escrita. A nota explica que os seus trabalhos se focam em “explorar formas de exprimir amor e relacionamentos frágeis presentes” interligados com a sua vida. Tem como inspiração experiências diárias e reflexões sobre o tempo.

USJ | Confirmada futura liderança do galês Stephen Morgan

Está prevista para Julho a tomada de posse de Stephen Morgan como novo reitor da Universidade de São José. O director da Faculdade de Estudos Religiosos vai substituir Peter Stilwell na função

 

[dropcap]F[/dropcap]oi oficializada a escolha de Stephen Morgan para novo reitor da Universidade de São José (USJ), comunicou ontem a instituição de ensino superior. A tomada de posse deverá acontecer em Julho. Actualmente director da Faculdade de Estudos Religiosos, dá aulas na USJ desde Setembro de 2018. Vai assim substituir Peter Stilwell, cujo término do segundo mandato no final deste ano lectivo já era conhecido.

A designação deu-se no dia 7 de Março, pela Fundação Católica de Ensino Superior Universitário. De acordo com o comunicado, a decisão foi tomada depois de se consultarem os membros do Conselho Geral e directores das unidades académicas sobre o perfil pretendido para a próxima pessoa a ocupar o cargo, bem como os desafios enfrentados pela USJ. A escolha foi comunicada no sábado, na primeira reunião do novo Conselho Geral da universidade pelo chanceler, o bispo Stephen Lee.

Na reunião do Conselho Geral teve ainda lugar a apreciação dos critérios de equivalência de presença em módulos online, e a discussão de temas como as contas da Universidade desde 2012 e a evolução do número de alunos, com a validação de documentos sobre a progressão na carreira docente e atribuição do doutoramento honoris causa.

Do sacerdócio e outros “vícios”

Nascido no País de Gales, foi no Colégio de St Mary em Oscott que Stephen Morgan fez a formação para o sacerdócio. Mais tarde, voltou aos estudos académicos no instituto de Maryvale, com uma licenciatura em teologia católica. Seguiu depois para Oxford, onde viria a fazer o seu doutoramento em teologia.

Foi investigador associado do St Benet’s Hall entre 2013 e 2015, e mantém-se como membro do Conselho Académico das Conferências Quarterdeck. Mas de acordo com a sua apresentação na página da Universidade de São José, tem uma vida para além da academia. Nos tempos livres, pesca truta e apoia equipas de rugby, e é ainda descrito como apreciador de boa cerveja e música antiga.

A 14 de Fevereiro, a Fundação Católica para o Ensino Superior Universitário comunicou que lhe cabia a escolha e nomeação de um sucessor, após consulta dos membros do Conselho Superior da Universidade, mas que não seria feita nenhuma declaração adicional sobre o tema até à conclusão do processo. Apesar da confirmação da USJ que agora surge, a Diocese de Macau ainda não teceu comentários.

Recorde-se que Peter Stilwell assumiu o cargo de reitor em 2012, substituindo Ruben Cabral. Em 2015 chegou a ser falada a sua saída no ano seguinte, com o próprio reitor a mencionar que ia chegar à idade de jubilação, uma altura “simpática” para se “retirar e escrever memórias”.

USJ | Confirmada futura liderança do galês Stephen Morgan

Está prevista para Julho a tomada de posse de Stephen Morgan como novo reitor da Universidade de São José. O director da Faculdade de Estudos Religiosos vai substituir Peter Stilwell na função

 
[dropcap]F[/dropcap]oi oficializada a escolha de Stephen Morgan para novo reitor da Universidade de São José (USJ), comunicou ontem a instituição de ensino superior. A tomada de posse deverá acontecer em Julho. Actualmente director da Faculdade de Estudos Religiosos, dá aulas na USJ desde Setembro de 2018. Vai assim substituir Peter Stilwell, cujo término do segundo mandato no final deste ano lectivo já era conhecido.
A designação deu-se no dia 7 de Março, pela Fundação Católica de Ensino Superior Universitário. De acordo com o comunicado, a decisão foi tomada depois de se consultarem os membros do Conselho Geral e directores das unidades académicas sobre o perfil pretendido para a próxima pessoa a ocupar o cargo, bem como os desafios enfrentados pela USJ. A escolha foi comunicada no sábado, na primeira reunião do novo Conselho Geral da universidade pelo chanceler, o bispo Stephen Lee.
Na reunião do Conselho Geral teve ainda lugar a apreciação dos critérios de equivalência de presença em módulos online, e a discussão de temas como as contas da Universidade desde 2012 e a evolução do número de alunos, com a validação de documentos sobre a progressão na carreira docente e atribuição do doutoramento honoris causa.

Do sacerdócio e outros “vícios”

Nascido no País de Gales, foi no Colégio de St Mary em Oscott que Stephen Morgan fez a formação para o sacerdócio. Mais tarde, voltou aos estudos académicos no instituto de Maryvale, com uma licenciatura em teologia católica. Seguiu depois para Oxford, onde viria a fazer o seu doutoramento em teologia.
Foi investigador associado do St Benet’s Hall entre 2013 e 2015, e mantém-se como membro do Conselho Académico das Conferências Quarterdeck. Mas de acordo com a sua apresentação na página da Universidade de São José, tem uma vida para além da academia. Nos tempos livres, pesca truta e apoia equipas de rugby, e é ainda descrito como apreciador de boa cerveja e música antiga.
A 14 de Fevereiro, a Fundação Católica para o Ensino Superior Universitário comunicou que lhe cabia a escolha e nomeação de um sucessor, após consulta dos membros do Conselho Superior da Universidade, mas que não seria feita nenhuma declaração adicional sobre o tema até à conclusão do processo. Apesar da confirmação da USJ que agora surge, a Diocese de Macau ainda não teceu comentários.
Recorde-se que Peter Stilwell assumiu o cargo de reitor em 2012, substituindo Ruben Cabral. Em 2015 chegou a ser falada a sua saída no ano seguinte, com o próprio reitor a mencionar que ia chegar à idade de jubilação, uma altura “simpática” para se “retirar e escrever memórias”.

Deputados sugeriram segunda ronda de cartão de consumo

[dropcap]A[/dropcap] partir de Maio os residentes vão ter acesso a um cartão de consumo com o valor de 3 mil patacas, numa medida vista como um estímulo para a economia interna. No entanto, e ainda antes do plano ter começado, os deputados já pediram ao Governo uma segunda fase do programa.

A sugestão foi deixada na reunião de sexta-feira, entre o Executivo, representado pelo secretário Lei Wai Nong, e os deputados da Comissão de Acompanhamento da Administração Pública, presidida por Si Ka Lon.

“Alguns deputados sugeriram uma segunda ronda do cartão de consumo electrónico”, revelou o presidente da comissão. No entanto, o Executivo não se comprometeu: “O Governo não respondeu à sugestão”, revelou o também deputado.

Em relação a medidas concretas, foi dito aos deputados que o Governo está a dialogar com as instituições bancárias locais para a criação de empréstimos com juros subsidiados para profissionais por conta própria, como advogados, médicos, guias turísticos, taxistas ou artistas.

Uma medida semelhante deve abranger igualmente as Pequenas e Médias Empresas formadas há menos de um ano, que não têm acesso a outros benefícios anunciados anteriormente. Neste caso poderá haver empréstimos de 600 mil patacas sem juros, numa medida que poderá custar até 11 mil milhões de patacas aos cofres públicos.

Mais apoios

Nesta fase, os deputados mostram-se a favor de mais apoios, mesmo que o Executivo esteja reticente em apoiar sectores particulares. “O Governo diz que as medidas têm de ser para a toda a economia e não apenas para uma ou outra indústria”, apontou Si Ka Lon sobre a posição do secretário.

No entanto, os deputados pedem mais apoios para alguns negócios como bares, discotecas ou karaokes. “São empresas que apoiaram as políticas do Governo e fecharam as portas. Agora esperam receber algum apoio”, indicou o legislador sobre a situação. “Eles tiveram de fechar as portas e os deputados sugerem apoios a estas empresas”, acrescentou.

Ainda na sexta-feira, os deputados voltaram a negar a existência de “tráfico de influências”, prática que em Macau não é crime, na escolha da empresa Macau Pass para o sistema de cartão de compras electrónico.
Si Ka Lon explicou que não haverá recursos ao pagamento de juros à empresa por parte do Governo nem haverá cobrança pela instalação dos terminais de pagamento da plataforma de pagamentos electrónicos.

Lei Sindical | Secretário diz que deve ser o Governo a avançar com proposta

No último dia útil anterior à votação da Lei Sindical, o secretário para a Economia e Finanças defendeu que a proposta devia partir do Executivo, devido “à falta de consenso”. No entanto, recusou estar a condicionar o voto dos deputados

 

[dropcap]O[/dropcap] secretário para a Economia e Finanças defende que deve ser o Governo a avançar com uma proposta de Lei Sindical. As declarações de Lei Wai Nong foram feitas na sexta-feira, na Assembleia Legislativa, ou seja, no último dia útil antes do debate sobre o diploma, que está agendado para esta tarde.

A proposta foi avançada pelos deputados Lam Lon Wai e Lei Chan U, da Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM), mas com esta posição do secretário pode mesmo chumbar, à semelhança das 10 propostas anteriores.

“Como ainda não há um consenso é melhor ser o Governo a tomar a iniciativa [de apresentar uma proposta de Lei Sindical], através de uma consulta pública e de um debate amplo”, afirmou Lei Wai Nong. “Depois do estudo anterior, decidimos que deve ser o Governo a avançar com a proposta”, atirou.

Contudo, o secretário admitiu que não há um calendário para avançar com os trabalhos e que o facto de a prioridade passar pela resposta à pandemia da Covid-19 poderá fazer com que outros assuntos passem para segundo plano.

Ao mesmo tempo, o secretário recusou responsabilidade no sentido de voto dos membros da Assembleia Legislativa, apesar de considerar que a proposta devia partir do Governo e de 7 dos 33 legisladores serem nomeados pelo Chefe do Executivo. “A apresentação do projecto é uma responsabilidade dos deputados.

Eles é que decidem [o que pretendem fazer e como votar]”, vincou. “Da parte do Governo, nós achamos que é oportuno e que há maturidades para apresentarmos uma proposta que represente a opinião da maioria”, completou.

Orçamento em carteira

Também na sexta-feira, o secretário para a Economia e Finanças admitiu que o primeiro orçamento deste Governo vai ser discutido na quarta-feira no Conselho Executivo. Depois dessa fase entrará na AL, onde será votado pelos deputados.

E numa altura em que o Governo aponta para um défice de 40 mil milhões de patacas, Lei Wai Nong recusou a possibilidade de haver medidas de austeridade e pediu confiança à população.

“Temos de estar confiantes. Temos o exemplo da SARS, em 2003, e também em 2009 houve a crise económica. Mais recentemente vivemos o período de 26 meses de ajustamento do mercado do jogo e houve o Hato… Apesar de todas estas situações, a nossa economia conseguiu desenvolver-se”, recordou. “É verdade que o impacto da epidemia foi repentino, mas nos últimos 20 anos o desenvolvimento de Macau foi sempre estável”, sublinhou.

O secretário voltou ainda a referir, tal como tinha acontecido, que nesta fase o objectivo é utilizar as reservas acumuladas para estabilizar a situação da economia.

Lei Sindical | Secretário diz que deve ser o Governo a avançar com proposta

No último dia útil anterior à votação da Lei Sindical, o secretário para a Economia e Finanças defendeu que a proposta devia partir do Executivo, devido “à falta de consenso”. No entanto, recusou estar a condicionar o voto dos deputados

 
[dropcap]O[/dropcap] secretário para a Economia e Finanças defende que deve ser o Governo a avançar com uma proposta de Lei Sindical. As declarações de Lei Wai Nong foram feitas na sexta-feira, na Assembleia Legislativa, ou seja, no último dia útil antes do debate sobre o diploma, que está agendado para esta tarde.
A proposta foi avançada pelos deputados Lam Lon Wai e Lei Chan U, da Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM), mas com esta posição do secretário pode mesmo chumbar, à semelhança das 10 propostas anteriores.
“Como ainda não há um consenso é melhor ser o Governo a tomar a iniciativa [de apresentar uma proposta de Lei Sindical], através de uma consulta pública e de um debate amplo”, afirmou Lei Wai Nong. “Depois do estudo anterior, decidimos que deve ser o Governo a avançar com a proposta”, atirou.
Contudo, o secretário admitiu que não há um calendário para avançar com os trabalhos e que o facto de a prioridade passar pela resposta à pandemia da Covid-19 poderá fazer com que outros assuntos passem para segundo plano.
Ao mesmo tempo, o secretário recusou responsabilidade no sentido de voto dos membros da Assembleia Legislativa, apesar de considerar que a proposta devia partir do Governo e de 7 dos 33 legisladores serem nomeados pelo Chefe do Executivo. “A apresentação do projecto é uma responsabilidade dos deputados.
Eles é que decidem [o que pretendem fazer e como votar]”, vincou. “Da parte do Governo, nós achamos que é oportuno e que há maturidades para apresentarmos uma proposta que represente a opinião da maioria”, completou.

Orçamento em carteira

Também na sexta-feira, o secretário para a Economia e Finanças admitiu que o primeiro orçamento deste Governo vai ser discutido na quarta-feira no Conselho Executivo. Depois dessa fase entrará na AL, onde será votado pelos deputados.
E numa altura em que o Governo aponta para um défice de 40 mil milhões de patacas, Lei Wai Nong recusou a possibilidade de haver medidas de austeridade e pediu confiança à população.
“Temos de estar confiantes. Temos o exemplo da SARS, em 2003, e também em 2009 houve a crise económica. Mais recentemente vivemos o período de 26 meses de ajustamento do mercado do jogo e houve o Hato… Apesar de todas estas situações, a nossa economia conseguiu desenvolver-se”, recordou. “É verdade que o impacto da epidemia foi repentino, mas nos últimos 20 anos o desenvolvimento de Macau foi sempre estável”, sublinhou.
O secretário voltou ainda a referir, tal como tinha acontecido, que nesta fase o objectivo é utilizar as reservas acumuladas para estabilizar a situação da economia.

Covid-19 | Reforçada cooperação com Guandong em Hengqin

[dropcap]O[/dropcap] Chefe do Executivo Ho Iat Seng reuniu na passada sexta-feira com o governador da província de Guangdong, Ma Xingrui, sobre o aprofundamento da cooperação entre a província de Guangdong e Macau, em Hengqin (Ilha da Montanha).

De acordo com uma nota oficial, Ho Iat Seng agradeceu a atenção e o apoio que o Governo Provincial de Guandgong “tem dispensado ao território, salvaguardando a estabilidade do abastecimento dos recursos, produtos alimentares frescos e bens de primeira necessidade da vida da população durante o surto epidémico do vírus Covid-19”.

Perante Ma Xingrui, o Chefe do Executivo de Macau destacou ainda que devem ser aproveitadas as vantagens do príncipio “um país, dois sistemas”, a localização geográfica das duas regiões e os recursos de Hengqin como motores de fortalecimento da “investigação e a comunicação” e da “interligação de mecanismos” entre os dois territórios.

Já o governador da província de Guangdong, elogiou os “resultados do controlo epidémico de Macau” e reforçou que Hengqin foi sempre um dos pontos essenciais na cooperação entre Macau e Guangdong, e que a construção de uma nova zona aí se deve à criação de condições para o desenvolvimento diversificado das indústrias de Macau.

Sobre Hengqin, Ma Xingrui sublinhou ainda o objectivo de transformar Hengqin “numa nova plataforma e zona piloto para a exploração do princípio ‘um país, dois sistemas’”, vaticinado pelo Presidente Xi Jinping por ocasião das actividades comemorativas do 20.º aniversário da RAEM.

Covid-19 | Reforçada cooperação com Guandong em Hengqin

[dropcap]O[/dropcap] Chefe do Executivo Ho Iat Seng reuniu na passada sexta-feira com o governador da província de Guangdong, Ma Xingrui, sobre o aprofundamento da cooperação entre a província de Guangdong e Macau, em Hengqin (Ilha da Montanha).
De acordo com uma nota oficial, Ho Iat Seng agradeceu a atenção e o apoio que o Governo Provincial de Guandgong “tem dispensado ao território, salvaguardando a estabilidade do abastecimento dos recursos, produtos alimentares frescos e bens de primeira necessidade da vida da população durante o surto epidémico do vírus Covid-19”.
Perante Ma Xingrui, o Chefe do Executivo de Macau destacou ainda que devem ser aproveitadas as vantagens do príncipio “um país, dois sistemas”, a localização geográfica das duas regiões e os recursos de Hengqin como motores de fortalecimento da “investigação e a comunicação” e da “interligação de mecanismos” entre os dois territórios.
Já o governador da província de Guangdong, elogiou os “resultados do controlo epidémico de Macau” e reforçou que Hengqin foi sempre um dos pontos essenciais na cooperação entre Macau e Guangdong, e que a construção de uma nova zona aí se deve à criação de condições para o desenvolvimento diversificado das indústrias de Macau.
Sobre Hengqin, Ma Xingrui sublinhou ainda o objectivo de transformar Hengqin “numa nova plataforma e zona piloto para a exploração do princípio ‘um país, dois sistemas’”, vaticinado pelo Presidente Xi Jinping por ocasião das actividades comemorativas do 20.º aniversário da RAEM.

Deputado Leong Sun Iok defende ajuste do preço dos combustíveis

[dropcap]O[/dropcap] deputado Leong Sun Iok apelou em interpelação escrita para que haja ajustes ao preço dos combustíveis, indicando que em Macau o preço é elevado comparativamente a outras cidades, como Zhuhai e Hong Kong, quando se tem em consideração a dedução de taxas. Em causa está a queda dos preços do petróleo da Arábia Saudita.

No entender do deputado, apesar de os fornecedores locais de combustível terem seguido a tendência e diminuído o preço a retalho dos produtos de petróleo, isto não reflectiu a redução real. Nesse sentido, Leong Sun Iok defende que as autoridades devem estabelecer um sistema de supervisão do mercado de combustíveis adequado, nomeadamente através da promoção do trabalho legislativo para leis sobre a concorrência leal e anti-monopólio, de forma a garantir transparência de informação e competitividade efectiva, prevenindo abusos.

Descrevendo como os combustíveis são necessários à vida diária e actividades económicas, explica que o sistema de preços se encontra directamente relacionado com os interesses dos residentes. Assim, entre as questões dirigidas à Administração, o deputado quer perceber se é possível recorrer a mecanismos fiscais para incentivar as empresas a controlarem melhor os preços dos combustíveis.

Para além disso, quer saber se serão estudados sectores como a electricidade, água e telecomunicações com o intuito de criar uma entidade concessionária de serviços públicos, com o objectivo de reforçar as normas do mercado de produtos petrolíferos e integrar esta indústria no sector público.

Rumores | Deputados apoiam lei que pune prática “importante”

A segunda versão da criminalização dos rumores, que no início apontava às “notícias tendenciosas”, reúne o apoio dos deputados. Ho Ion Sang destaca que não haverá culpados sem dolo

 

[dropcap]O[/dropcap]s deputados apoiam a segunda versão da Lei de Bases de Protecção Civil, que pune com pena de prisão quem criar e espalhar rumores durante situações de “emergência”. Segundo o presidente da 1.ª Comissão da Assembleia Legislativa, Ho Ion Sang, a segunda versão é mais clara e apaga da proposta “muitas incertezas”.

“Há grandes alterações no artigo da primeira para a segunda versão. Os termos jurídicos menos claros, instáveis e as incertezas foram retiradas”, começou por sustentar Ho Ion Sang. “Passa a haver diferenciação entre quem cria o boato e quem o dissemina. Quem disseminar tem uma pena máxima inferior em um terço quando comparando com quem cria os rumores”, acrescentou.

Na sexta-feira, no final de mais uma reunião com o Executivo, Ho Ion Sang sublinhou várias vezes que para haver condenação terá de se provar que o boato resultou na criação de pânico e que houve dolo.

“O Governo foi muito claro e o artigo foi escrito de forma mais rigorosa, com o crime a ficar melhor definido. O Executivo explicou ainda que não quer criminalizar de ânimo leve. Por isso, foi mais rigoroso”, atirou o deputado. “Assim pode-se proteger a liberdade de expressão […] Ficou mais claro que uma pessoa normal só é punida se achar que vai criar pânico público ao divulgar uma informação falsa”, reforçou.

Por outro lado, os deputados defenderam a necessidade de uma lei deste tipo quando no âmbito de catástrofes ou incidentes sociais ou económicos for declarado o estado de “prevenção imediata”. “A comissão entende que é preciso haver punição para as pessoas que produzam e disseminem informações falsas que afectem a sociedade. Este artigo é muito importante”, apontou Ho Ion Sang, deputado ligado à União Geral das Associações dos Moradores de Macau.

Da polémica

A Lei de Bases de Protecção Civil, proposta por Wong Sio Chak, secretário para a Segurança, tem sido uma das mais polémicas nos últimos tempos.

Em causa está o artigo 25.º que na primeira proposta punia rumores e “notícias falsas, infundados ou tendenciosas” por “quaisquer” motivos que pudessem “perturbar a cessão ou o alívio ou a tranquilidade” durante o estado de prevenção de emergência. Este estado de prevenção é o terceiro mais elevado dos cinco que vão ser criados com a nova lei e que podem ser declarados como forma de combater catástrofes e crises sociais e económicas.

Além de uma petição com mais de 1.500 assinaturas contra o artigo, a proposta de lei teve ainda críticas de associações de jornalistas e de advogados.

Por isso, na segunda versão, o Executivo clarificou que se criminalizam “informações falsas” sobre os incidentes ou operações de resposta e que estas têm de causar “pânico público”. Além disso, as pessoas precisam de ter intenção de causar esse pânico ou saberem que estão a espalhar informações que não correspondem à realidade.

Para Ho Ion Sang, com as alterações apenas dois tipos de pessoas vão ser detidos: os que criarem rumores com a intenção de causar o pânico ou as pessoas que espalhem notícias ou informações falsas, mesmo depois destas terem sido desmentidas pelo Executivo.

Rumores | Deputados apoiam lei que pune prática “importante”

A segunda versão da criminalização dos rumores, que no início apontava às “notícias tendenciosas”, reúne o apoio dos deputados. Ho Ion Sang destaca que não haverá culpados sem dolo

 
[dropcap]O[/dropcap]s deputados apoiam a segunda versão da Lei de Bases de Protecção Civil, que pune com pena de prisão quem criar e espalhar rumores durante situações de “emergência”. Segundo o presidente da 1.ª Comissão da Assembleia Legislativa, Ho Ion Sang, a segunda versão é mais clara e apaga da proposta “muitas incertezas”.
“Há grandes alterações no artigo da primeira para a segunda versão. Os termos jurídicos menos claros, instáveis e as incertezas foram retiradas”, começou por sustentar Ho Ion Sang. “Passa a haver diferenciação entre quem cria o boato e quem o dissemina. Quem disseminar tem uma pena máxima inferior em um terço quando comparando com quem cria os rumores”, acrescentou.
Na sexta-feira, no final de mais uma reunião com o Executivo, Ho Ion Sang sublinhou várias vezes que para haver condenação terá de se provar que o boato resultou na criação de pânico e que houve dolo.
“O Governo foi muito claro e o artigo foi escrito de forma mais rigorosa, com o crime a ficar melhor definido. O Executivo explicou ainda que não quer criminalizar de ânimo leve. Por isso, foi mais rigoroso”, atirou o deputado. “Assim pode-se proteger a liberdade de expressão […] Ficou mais claro que uma pessoa normal só é punida se achar que vai criar pânico público ao divulgar uma informação falsa”, reforçou.
Por outro lado, os deputados defenderam a necessidade de uma lei deste tipo quando no âmbito de catástrofes ou incidentes sociais ou económicos for declarado o estado de “prevenção imediata”. “A comissão entende que é preciso haver punição para as pessoas que produzam e disseminem informações falsas que afectem a sociedade. Este artigo é muito importante”, apontou Ho Ion Sang, deputado ligado à União Geral das Associações dos Moradores de Macau.

Da polémica

A Lei de Bases de Protecção Civil, proposta por Wong Sio Chak, secretário para a Segurança, tem sido uma das mais polémicas nos últimos tempos.
Em causa está o artigo 25.º que na primeira proposta punia rumores e “notícias falsas, infundados ou tendenciosas” por “quaisquer” motivos que pudessem “perturbar a cessão ou o alívio ou a tranquilidade” durante o estado de prevenção de emergência. Este estado de prevenção é o terceiro mais elevado dos cinco que vão ser criados com a nova lei e que podem ser declarados como forma de combater catástrofes e crises sociais e económicas.
Além de uma petição com mais de 1.500 assinaturas contra o artigo, a proposta de lei teve ainda críticas de associações de jornalistas e de advogados.
Por isso, na segunda versão, o Executivo clarificou que se criminalizam “informações falsas” sobre os incidentes ou operações de resposta e que estas têm de causar “pânico público”. Além disso, as pessoas precisam de ter intenção de causar esse pânico ou saberem que estão a espalhar informações que não correspondem à realidade.
Para Ho Ion Sang, com as alterações apenas dois tipos de pessoas vão ser detidos: os que criarem rumores com a intenção de causar o pânico ou as pessoas que espalhem notícias ou informações falsas, mesmo depois destas terem sido desmentidas pelo Executivo.

Covid-19 | Estudantes da RAEM em Portugal pedem ajuda ao deputado Sulu Sou

[dropcap]A[/dropcap]través de uma interpelação escrita enviada ao Governo, o deputado Sulu Sou afirma ter recebido nos últimos dias, inúmeros pedidos de auxílio de estudantes de Macau em Portugal, que estão a encontrar dificuldades para regressar ao território ou receiam que o seu percurso académico possa vir a ser afectado.

Segundo o deputado, existem no total 340 estudantes de Macau em Portugal que, a juntar ao facto de estarem a encontrar dificuldades na aquisição de passagens aéreas, receiam vir a ser submetidos ao período de quarentena obrigatória, devido às novas medidas implementadas pelo Governo de Hong Kong para todos os indivíduos provenientes de um dos países da União Europeia.
Expondo ainda que “alguns estudantes relataram ter sofrido tratamento hostil em Portugal” e que na Europa existem instituições de ensino superior ainda em funcionamento, Sulu Sou pede ao Governo que entre em contacto com os estudantes afectados através do grupo designado para o efeito na plataforma Telegram, de forma a proteger os seus direitos e prestar auxílio aos que desejem regressar temporariamente.

Para os que não pretendem regressar, Sulu Sou questiona se o Governo pode prestar a assistência necessária através das suas delegações, quer em Portugal, quer na União Europeia. Por último, o deputado pede ainda ao Governo que alargue o programa de fornecimento de máscaras a estudantes no estrangeiro, além do ensino superior.

Covid-19 | Estudantes da RAEM em Portugal pedem ajuda ao deputado Sulu Sou

[dropcap]A[/dropcap]través de uma interpelação escrita enviada ao Governo, o deputado Sulu Sou afirma ter recebido nos últimos dias, inúmeros pedidos de auxílio de estudantes de Macau em Portugal, que estão a encontrar dificuldades para regressar ao território ou receiam que o seu percurso académico possa vir a ser afectado.
Segundo o deputado, existem no total 340 estudantes de Macau em Portugal que, a juntar ao facto de estarem a encontrar dificuldades na aquisição de passagens aéreas, receiam vir a ser submetidos ao período de quarentena obrigatória, devido às novas medidas implementadas pelo Governo de Hong Kong para todos os indivíduos provenientes de um dos países da União Europeia.
Expondo ainda que “alguns estudantes relataram ter sofrido tratamento hostil em Portugal” e que na Europa existem instituições de ensino superior ainda em funcionamento, Sulu Sou pede ao Governo que entre em contacto com os estudantes afectados através do grupo designado para o efeito na plataforma Telegram, de forma a proteger os seus direitos e prestar auxílio aos que desejem regressar temporariamente.
Para os que não pretendem regressar, Sulu Sou questiona se o Governo pode prestar a assistência necessária através das suas delegações, quer em Portugal, quer na União Europeia. Por último, o deputado pede ainda ao Governo que alargue o programa de fornecimento de máscaras a estudantes no estrangeiro, além do ensino superior.