USJ | Confirmada futura liderança do galês Stephen Morgan

Está prevista para Julho a tomada de posse de Stephen Morgan como novo reitor da Universidade de São José. O director da Faculdade de Estudos Religiosos vai substituir Peter Stilwell na função

 
[dropcap]F[/dropcap]oi oficializada a escolha de Stephen Morgan para novo reitor da Universidade de São José (USJ), comunicou ontem a instituição de ensino superior. A tomada de posse deverá acontecer em Julho. Actualmente director da Faculdade de Estudos Religiosos, dá aulas na USJ desde Setembro de 2018. Vai assim substituir Peter Stilwell, cujo término do segundo mandato no final deste ano lectivo já era conhecido.
A designação deu-se no dia 7 de Março, pela Fundação Católica de Ensino Superior Universitário. De acordo com o comunicado, a decisão foi tomada depois de se consultarem os membros do Conselho Geral e directores das unidades académicas sobre o perfil pretendido para a próxima pessoa a ocupar o cargo, bem como os desafios enfrentados pela USJ. A escolha foi comunicada no sábado, na primeira reunião do novo Conselho Geral da universidade pelo chanceler, o bispo Stephen Lee.
Na reunião do Conselho Geral teve ainda lugar a apreciação dos critérios de equivalência de presença em módulos online, e a discussão de temas como as contas da Universidade desde 2012 e a evolução do número de alunos, com a validação de documentos sobre a progressão na carreira docente e atribuição do doutoramento honoris causa.

Do sacerdócio e outros “vícios”

Nascido no País de Gales, foi no Colégio de St Mary em Oscott que Stephen Morgan fez a formação para o sacerdócio. Mais tarde, voltou aos estudos académicos no instituto de Maryvale, com uma licenciatura em teologia católica. Seguiu depois para Oxford, onde viria a fazer o seu doutoramento em teologia.
Foi investigador associado do St Benet’s Hall entre 2013 e 2015, e mantém-se como membro do Conselho Académico das Conferências Quarterdeck. Mas de acordo com a sua apresentação na página da Universidade de São José, tem uma vida para além da academia. Nos tempos livres, pesca truta e apoia equipas de rugby, e é ainda descrito como apreciador de boa cerveja e música antiga.
A 14 de Fevereiro, a Fundação Católica para o Ensino Superior Universitário comunicou que lhe cabia a escolha e nomeação de um sucessor, após consulta dos membros do Conselho Superior da Universidade, mas que não seria feita nenhuma declaração adicional sobre o tema até à conclusão do processo. Apesar da confirmação da USJ que agora surge, a Diocese de Macau ainda não teceu comentários.
Recorde-se que Peter Stilwell assumiu o cargo de reitor em 2012, substituindo Ruben Cabral. Em 2015 chegou a ser falada a sua saída no ano seguinte, com o próprio reitor a mencionar que ia chegar à idade de jubilação, uma altura “simpática” para se “retirar e escrever memórias”.

Deputados sugeriram segunda ronda de cartão de consumo

[dropcap]A[/dropcap] partir de Maio os residentes vão ter acesso a um cartão de consumo com o valor de 3 mil patacas, numa medida vista como um estímulo para a economia interna. No entanto, e ainda antes do plano ter começado, os deputados já pediram ao Governo uma segunda fase do programa.

A sugestão foi deixada na reunião de sexta-feira, entre o Executivo, representado pelo secretário Lei Wai Nong, e os deputados da Comissão de Acompanhamento da Administração Pública, presidida por Si Ka Lon.

“Alguns deputados sugeriram uma segunda ronda do cartão de consumo electrónico”, revelou o presidente da comissão. No entanto, o Executivo não se comprometeu: “O Governo não respondeu à sugestão”, revelou o também deputado.

Em relação a medidas concretas, foi dito aos deputados que o Governo está a dialogar com as instituições bancárias locais para a criação de empréstimos com juros subsidiados para profissionais por conta própria, como advogados, médicos, guias turísticos, taxistas ou artistas.

Uma medida semelhante deve abranger igualmente as Pequenas e Médias Empresas formadas há menos de um ano, que não têm acesso a outros benefícios anunciados anteriormente. Neste caso poderá haver empréstimos de 600 mil patacas sem juros, numa medida que poderá custar até 11 mil milhões de patacas aos cofres públicos.

Mais apoios

Nesta fase, os deputados mostram-se a favor de mais apoios, mesmo que o Executivo esteja reticente em apoiar sectores particulares. “O Governo diz que as medidas têm de ser para a toda a economia e não apenas para uma ou outra indústria”, apontou Si Ka Lon sobre a posição do secretário.

No entanto, os deputados pedem mais apoios para alguns negócios como bares, discotecas ou karaokes. “São empresas que apoiaram as políticas do Governo e fecharam as portas. Agora esperam receber algum apoio”, indicou o legislador sobre a situação. “Eles tiveram de fechar as portas e os deputados sugerem apoios a estas empresas”, acrescentou.

Ainda na sexta-feira, os deputados voltaram a negar a existência de “tráfico de influências”, prática que em Macau não é crime, na escolha da empresa Macau Pass para o sistema de cartão de compras electrónico.
Si Ka Lon explicou que não haverá recursos ao pagamento de juros à empresa por parte do Governo nem haverá cobrança pela instalação dos terminais de pagamento da plataforma de pagamentos electrónicos.

Lei Sindical | Secretário diz que deve ser o Governo a avançar com proposta

No último dia útil anterior à votação da Lei Sindical, o secretário para a Economia e Finanças defendeu que a proposta devia partir do Executivo, devido “à falta de consenso”. No entanto, recusou estar a condicionar o voto dos deputados

 

[dropcap]O[/dropcap] secretário para a Economia e Finanças defende que deve ser o Governo a avançar com uma proposta de Lei Sindical. As declarações de Lei Wai Nong foram feitas na sexta-feira, na Assembleia Legislativa, ou seja, no último dia útil antes do debate sobre o diploma, que está agendado para esta tarde.

A proposta foi avançada pelos deputados Lam Lon Wai e Lei Chan U, da Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM), mas com esta posição do secretário pode mesmo chumbar, à semelhança das 10 propostas anteriores.

“Como ainda não há um consenso é melhor ser o Governo a tomar a iniciativa [de apresentar uma proposta de Lei Sindical], através de uma consulta pública e de um debate amplo”, afirmou Lei Wai Nong. “Depois do estudo anterior, decidimos que deve ser o Governo a avançar com a proposta”, atirou.

Contudo, o secretário admitiu que não há um calendário para avançar com os trabalhos e que o facto de a prioridade passar pela resposta à pandemia da Covid-19 poderá fazer com que outros assuntos passem para segundo plano.

Ao mesmo tempo, o secretário recusou responsabilidade no sentido de voto dos membros da Assembleia Legislativa, apesar de considerar que a proposta devia partir do Governo e de 7 dos 33 legisladores serem nomeados pelo Chefe do Executivo. “A apresentação do projecto é uma responsabilidade dos deputados.

Eles é que decidem [o que pretendem fazer e como votar]”, vincou. “Da parte do Governo, nós achamos que é oportuno e que há maturidades para apresentarmos uma proposta que represente a opinião da maioria”, completou.

Orçamento em carteira

Também na sexta-feira, o secretário para a Economia e Finanças admitiu que o primeiro orçamento deste Governo vai ser discutido na quarta-feira no Conselho Executivo. Depois dessa fase entrará na AL, onde será votado pelos deputados.

E numa altura em que o Governo aponta para um défice de 40 mil milhões de patacas, Lei Wai Nong recusou a possibilidade de haver medidas de austeridade e pediu confiança à população.

“Temos de estar confiantes. Temos o exemplo da SARS, em 2003, e também em 2009 houve a crise económica. Mais recentemente vivemos o período de 26 meses de ajustamento do mercado do jogo e houve o Hato… Apesar de todas estas situações, a nossa economia conseguiu desenvolver-se”, recordou. “É verdade que o impacto da epidemia foi repentino, mas nos últimos 20 anos o desenvolvimento de Macau foi sempre estável”, sublinhou.

O secretário voltou ainda a referir, tal como tinha acontecido, que nesta fase o objectivo é utilizar as reservas acumuladas para estabilizar a situação da economia.

Lei Sindical | Secretário diz que deve ser o Governo a avançar com proposta

No último dia útil anterior à votação da Lei Sindical, o secretário para a Economia e Finanças defendeu que a proposta devia partir do Executivo, devido “à falta de consenso”. No entanto, recusou estar a condicionar o voto dos deputados

 
[dropcap]O[/dropcap] secretário para a Economia e Finanças defende que deve ser o Governo a avançar com uma proposta de Lei Sindical. As declarações de Lei Wai Nong foram feitas na sexta-feira, na Assembleia Legislativa, ou seja, no último dia útil antes do debate sobre o diploma, que está agendado para esta tarde.
A proposta foi avançada pelos deputados Lam Lon Wai e Lei Chan U, da Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM), mas com esta posição do secretário pode mesmo chumbar, à semelhança das 10 propostas anteriores.
“Como ainda não há um consenso é melhor ser o Governo a tomar a iniciativa [de apresentar uma proposta de Lei Sindical], através de uma consulta pública e de um debate amplo”, afirmou Lei Wai Nong. “Depois do estudo anterior, decidimos que deve ser o Governo a avançar com a proposta”, atirou.
Contudo, o secretário admitiu que não há um calendário para avançar com os trabalhos e que o facto de a prioridade passar pela resposta à pandemia da Covid-19 poderá fazer com que outros assuntos passem para segundo plano.
Ao mesmo tempo, o secretário recusou responsabilidade no sentido de voto dos membros da Assembleia Legislativa, apesar de considerar que a proposta devia partir do Governo e de 7 dos 33 legisladores serem nomeados pelo Chefe do Executivo. “A apresentação do projecto é uma responsabilidade dos deputados.
Eles é que decidem [o que pretendem fazer e como votar]”, vincou. “Da parte do Governo, nós achamos que é oportuno e que há maturidades para apresentarmos uma proposta que represente a opinião da maioria”, completou.

Orçamento em carteira

Também na sexta-feira, o secretário para a Economia e Finanças admitiu que o primeiro orçamento deste Governo vai ser discutido na quarta-feira no Conselho Executivo. Depois dessa fase entrará na AL, onde será votado pelos deputados.
E numa altura em que o Governo aponta para um défice de 40 mil milhões de patacas, Lei Wai Nong recusou a possibilidade de haver medidas de austeridade e pediu confiança à população.
“Temos de estar confiantes. Temos o exemplo da SARS, em 2003, e também em 2009 houve a crise económica. Mais recentemente vivemos o período de 26 meses de ajustamento do mercado do jogo e houve o Hato… Apesar de todas estas situações, a nossa economia conseguiu desenvolver-se”, recordou. “É verdade que o impacto da epidemia foi repentino, mas nos últimos 20 anos o desenvolvimento de Macau foi sempre estável”, sublinhou.
O secretário voltou ainda a referir, tal como tinha acontecido, que nesta fase o objectivo é utilizar as reservas acumuladas para estabilizar a situação da economia.

Covid-19 | Reforçada cooperação com Guandong em Hengqin

[dropcap]O[/dropcap] Chefe do Executivo Ho Iat Seng reuniu na passada sexta-feira com o governador da província de Guangdong, Ma Xingrui, sobre o aprofundamento da cooperação entre a província de Guangdong e Macau, em Hengqin (Ilha da Montanha).

De acordo com uma nota oficial, Ho Iat Seng agradeceu a atenção e o apoio que o Governo Provincial de Guandgong “tem dispensado ao território, salvaguardando a estabilidade do abastecimento dos recursos, produtos alimentares frescos e bens de primeira necessidade da vida da população durante o surto epidémico do vírus Covid-19”.

Perante Ma Xingrui, o Chefe do Executivo de Macau destacou ainda que devem ser aproveitadas as vantagens do príncipio “um país, dois sistemas”, a localização geográfica das duas regiões e os recursos de Hengqin como motores de fortalecimento da “investigação e a comunicação” e da “interligação de mecanismos” entre os dois territórios.

Já o governador da província de Guangdong, elogiou os “resultados do controlo epidémico de Macau” e reforçou que Hengqin foi sempre um dos pontos essenciais na cooperação entre Macau e Guangdong, e que a construção de uma nova zona aí se deve à criação de condições para o desenvolvimento diversificado das indústrias de Macau.

Sobre Hengqin, Ma Xingrui sublinhou ainda o objectivo de transformar Hengqin “numa nova plataforma e zona piloto para a exploração do princípio ‘um país, dois sistemas’”, vaticinado pelo Presidente Xi Jinping por ocasião das actividades comemorativas do 20.º aniversário da RAEM.

Covid-19 | Reforçada cooperação com Guandong em Hengqin

[dropcap]O[/dropcap] Chefe do Executivo Ho Iat Seng reuniu na passada sexta-feira com o governador da província de Guangdong, Ma Xingrui, sobre o aprofundamento da cooperação entre a província de Guangdong e Macau, em Hengqin (Ilha da Montanha).
De acordo com uma nota oficial, Ho Iat Seng agradeceu a atenção e o apoio que o Governo Provincial de Guandgong “tem dispensado ao território, salvaguardando a estabilidade do abastecimento dos recursos, produtos alimentares frescos e bens de primeira necessidade da vida da população durante o surto epidémico do vírus Covid-19”.
Perante Ma Xingrui, o Chefe do Executivo de Macau destacou ainda que devem ser aproveitadas as vantagens do príncipio “um país, dois sistemas”, a localização geográfica das duas regiões e os recursos de Hengqin como motores de fortalecimento da “investigação e a comunicação” e da “interligação de mecanismos” entre os dois territórios.
Já o governador da província de Guangdong, elogiou os “resultados do controlo epidémico de Macau” e reforçou que Hengqin foi sempre um dos pontos essenciais na cooperação entre Macau e Guangdong, e que a construção de uma nova zona aí se deve à criação de condições para o desenvolvimento diversificado das indústrias de Macau.
Sobre Hengqin, Ma Xingrui sublinhou ainda o objectivo de transformar Hengqin “numa nova plataforma e zona piloto para a exploração do princípio ‘um país, dois sistemas’”, vaticinado pelo Presidente Xi Jinping por ocasião das actividades comemorativas do 20.º aniversário da RAEM.

Deputado Leong Sun Iok defende ajuste do preço dos combustíveis

[dropcap]O[/dropcap] deputado Leong Sun Iok apelou em interpelação escrita para que haja ajustes ao preço dos combustíveis, indicando que em Macau o preço é elevado comparativamente a outras cidades, como Zhuhai e Hong Kong, quando se tem em consideração a dedução de taxas. Em causa está a queda dos preços do petróleo da Arábia Saudita.

No entender do deputado, apesar de os fornecedores locais de combustível terem seguido a tendência e diminuído o preço a retalho dos produtos de petróleo, isto não reflectiu a redução real. Nesse sentido, Leong Sun Iok defende que as autoridades devem estabelecer um sistema de supervisão do mercado de combustíveis adequado, nomeadamente através da promoção do trabalho legislativo para leis sobre a concorrência leal e anti-monopólio, de forma a garantir transparência de informação e competitividade efectiva, prevenindo abusos.

Descrevendo como os combustíveis são necessários à vida diária e actividades económicas, explica que o sistema de preços se encontra directamente relacionado com os interesses dos residentes. Assim, entre as questões dirigidas à Administração, o deputado quer perceber se é possível recorrer a mecanismos fiscais para incentivar as empresas a controlarem melhor os preços dos combustíveis.

Para além disso, quer saber se serão estudados sectores como a electricidade, água e telecomunicações com o intuito de criar uma entidade concessionária de serviços públicos, com o objectivo de reforçar as normas do mercado de produtos petrolíferos e integrar esta indústria no sector público.

Rumores | Deputados apoiam lei que pune prática “importante”

A segunda versão da criminalização dos rumores, que no início apontava às “notícias tendenciosas”, reúne o apoio dos deputados. Ho Ion Sang destaca que não haverá culpados sem dolo

 

[dropcap]O[/dropcap]s deputados apoiam a segunda versão da Lei de Bases de Protecção Civil, que pune com pena de prisão quem criar e espalhar rumores durante situações de “emergência”. Segundo o presidente da 1.ª Comissão da Assembleia Legislativa, Ho Ion Sang, a segunda versão é mais clara e apaga da proposta “muitas incertezas”.

“Há grandes alterações no artigo da primeira para a segunda versão. Os termos jurídicos menos claros, instáveis e as incertezas foram retiradas”, começou por sustentar Ho Ion Sang. “Passa a haver diferenciação entre quem cria o boato e quem o dissemina. Quem disseminar tem uma pena máxima inferior em um terço quando comparando com quem cria os rumores”, acrescentou.

Na sexta-feira, no final de mais uma reunião com o Executivo, Ho Ion Sang sublinhou várias vezes que para haver condenação terá de se provar que o boato resultou na criação de pânico e que houve dolo.

“O Governo foi muito claro e o artigo foi escrito de forma mais rigorosa, com o crime a ficar melhor definido. O Executivo explicou ainda que não quer criminalizar de ânimo leve. Por isso, foi mais rigoroso”, atirou o deputado. “Assim pode-se proteger a liberdade de expressão […] Ficou mais claro que uma pessoa normal só é punida se achar que vai criar pânico público ao divulgar uma informação falsa”, reforçou.

Por outro lado, os deputados defenderam a necessidade de uma lei deste tipo quando no âmbito de catástrofes ou incidentes sociais ou económicos for declarado o estado de “prevenção imediata”. “A comissão entende que é preciso haver punição para as pessoas que produzam e disseminem informações falsas que afectem a sociedade. Este artigo é muito importante”, apontou Ho Ion Sang, deputado ligado à União Geral das Associações dos Moradores de Macau.

Da polémica

A Lei de Bases de Protecção Civil, proposta por Wong Sio Chak, secretário para a Segurança, tem sido uma das mais polémicas nos últimos tempos.

Em causa está o artigo 25.º que na primeira proposta punia rumores e “notícias falsas, infundados ou tendenciosas” por “quaisquer” motivos que pudessem “perturbar a cessão ou o alívio ou a tranquilidade” durante o estado de prevenção de emergência. Este estado de prevenção é o terceiro mais elevado dos cinco que vão ser criados com a nova lei e que podem ser declarados como forma de combater catástrofes e crises sociais e económicas.

Além de uma petição com mais de 1.500 assinaturas contra o artigo, a proposta de lei teve ainda críticas de associações de jornalistas e de advogados.

Por isso, na segunda versão, o Executivo clarificou que se criminalizam “informações falsas” sobre os incidentes ou operações de resposta e que estas têm de causar “pânico público”. Além disso, as pessoas precisam de ter intenção de causar esse pânico ou saberem que estão a espalhar informações que não correspondem à realidade.

Para Ho Ion Sang, com as alterações apenas dois tipos de pessoas vão ser detidos: os que criarem rumores com a intenção de causar o pânico ou as pessoas que espalhem notícias ou informações falsas, mesmo depois destas terem sido desmentidas pelo Executivo.

Rumores | Deputados apoiam lei que pune prática “importante”

A segunda versão da criminalização dos rumores, que no início apontava às “notícias tendenciosas”, reúne o apoio dos deputados. Ho Ion Sang destaca que não haverá culpados sem dolo

 
[dropcap]O[/dropcap]s deputados apoiam a segunda versão da Lei de Bases de Protecção Civil, que pune com pena de prisão quem criar e espalhar rumores durante situações de “emergência”. Segundo o presidente da 1.ª Comissão da Assembleia Legislativa, Ho Ion Sang, a segunda versão é mais clara e apaga da proposta “muitas incertezas”.
“Há grandes alterações no artigo da primeira para a segunda versão. Os termos jurídicos menos claros, instáveis e as incertezas foram retiradas”, começou por sustentar Ho Ion Sang. “Passa a haver diferenciação entre quem cria o boato e quem o dissemina. Quem disseminar tem uma pena máxima inferior em um terço quando comparando com quem cria os rumores”, acrescentou.
Na sexta-feira, no final de mais uma reunião com o Executivo, Ho Ion Sang sublinhou várias vezes que para haver condenação terá de se provar que o boato resultou na criação de pânico e que houve dolo.
“O Governo foi muito claro e o artigo foi escrito de forma mais rigorosa, com o crime a ficar melhor definido. O Executivo explicou ainda que não quer criminalizar de ânimo leve. Por isso, foi mais rigoroso”, atirou o deputado. “Assim pode-se proteger a liberdade de expressão […] Ficou mais claro que uma pessoa normal só é punida se achar que vai criar pânico público ao divulgar uma informação falsa”, reforçou.
Por outro lado, os deputados defenderam a necessidade de uma lei deste tipo quando no âmbito de catástrofes ou incidentes sociais ou económicos for declarado o estado de “prevenção imediata”. “A comissão entende que é preciso haver punição para as pessoas que produzam e disseminem informações falsas que afectem a sociedade. Este artigo é muito importante”, apontou Ho Ion Sang, deputado ligado à União Geral das Associações dos Moradores de Macau.

Da polémica

A Lei de Bases de Protecção Civil, proposta por Wong Sio Chak, secretário para a Segurança, tem sido uma das mais polémicas nos últimos tempos.
Em causa está o artigo 25.º que na primeira proposta punia rumores e “notícias falsas, infundados ou tendenciosas” por “quaisquer” motivos que pudessem “perturbar a cessão ou o alívio ou a tranquilidade” durante o estado de prevenção de emergência. Este estado de prevenção é o terceiro mais elevado dos cinco que vão ser criados com a nova lei e que podem ser declarados como forma de combater catástrofes e crises sociais e económicas.
Além de uma petição com mais de 1.500 assinaturas contra o artigo, a proposta de lei teve ainda críticas de associações de jornalistas e de advogados.
Por isso, na segunda versão, o Executivo clarificou que se criminalizam “informações falsas” sobre os incidentes ou operações de resposta e que estas têm de causar “pânico público”. Além disso, as pessoas precisam de ter intenção de causar esse pânico ou saberem que estão a espalhar informações que não correspondem à realidade.
Para Ho Ion Sang, com as alterações apenas dois tipos de pessoas vão ser detidos: os que criarem rumores com a intenção de causar o pânico ou as pessoas que espalhem notícias ou informações falsas, mesmo depois destas terem sido desmentidas pelo Executivo.

Covid-19 | Estudantes da RAEM em Portugal pedem ajuda ao deputado Sulu Sou

[dropcap]A[/dropcap]través de uma interpelação escrita enviada ao Governo, o deputado Sulu Sou afirma ter recebido nos últimos dias, inúmeros pedidos de auxílio de estudantes de Macau em Portugal, que estão a encontrar dificuldades para regressar ao território ou receiam que o seu percurso académico possa vir a ser afectado.

Segundo o deputado, existem no total 340 estudantes de Macau em Portugal que, a juntar ao facto de estarem a encontrar dificuldades na aquisição de passagens aéreas, receiam vir a ser submetidos ao período de quarentena obrigatória, devido às novas medidas implementadas pelo Governo de Hong Kong para todos os indivíduos provenientes de um dos países da União Europeia.
Expondo ainda que “alguns estudantes relataram ter sofrido tratamento hostil em Portugal” e que na Europa existem instituições de ensino superior ainda em funcionamento, Sulu Sou pede ao Governo que entre em contacto com os estudantes afectados através do grupo designado para o efeito na plataforma Telegram, de forma a proteger os seus direitos e prestar auxílio aos que desejem regressar temporariamente.

Para os que não pretendem regressar, Sulu Sou questiona se o Governo pode prestar a assistência necessária através das suas delegações, quer em Portugal, quer na União Europeia. Por último, o deputado pede ainda ao Governo que alargue o programa de fornecimento de máscaras a estudantes no estrangeiro, além do ensino superior.

Covid-19 | Estudantes da RAEM em Portugal pedem ajuda ao deputado Sulu Sou

[dropcap]A[/dropcap]través de uma interpelação escrita enviada ao Governo, o deputado Sulu Sou afirma ter recebido nos últimos dias, inúmeros pedidos de auxílio de estudantes de Macau em Portugal, que estão a encontrar dificuldades para regressar ao território ou receiam que o seu percurso académico possa vir a ser afectado.
Segundo o deputado, existem no total 340 estudantes de Macau em Portugal que, a juntar ao facto de estarem a encontrar dificuldades na aquisição de passagens aéreas, receiam vir a ser submetidos ao período de quarentena obrigatória, devido às novas medidas implementadas pelo Governo de Hong Kong para todos os indivíduos provenientes de um dos países da União Europeia.
Expondo ainda que “alguns estudantes relataram ter sofrido tratamento hostil em Portugal” e que na Europa existem instituições de ensino superior ainda em funcionamento, Sulu Sou pede ao Governo que entre em contacto com os estudantes afectados através do grupo designado para o efeito na plataforma Telegram, de forma a proteger os seus direitos e prestar auxílio aos que desejem regressar temporariamente.
Para os que não pretendem regressar, Sulu Sou questiona se o Governo pode prestar a assistência necessária através das suas delegações, quer em Portugal, quer na União Europeia. Por último, o deputado pede ainda ao Governo que alargue o programa de fornecimento de máscaras a estudantes no estrangeiro, além do ensino superior.

Covid-19 | Primeira infecção importada de Portugal depois de 40 dias sem novos casos

Ao fim de quase um mês e meio sem ocorrências da Covid-19, Macau regista desde ontem um novo caso. A paciente infectada é uma sul-coreana de 26 anos e viajou para Macau na noite de sexta-feira para sábado, vinda do Porto, onde esteve com o namorado português a visitar familiares. Durante o dia, após manifestar sintomas de tosse, dirigiu-se ao S. Januário onde foi diagnosticada com o novo coronavírus
No dia 15 de Março, o distrito do Porto atingiu 103 casos confirmados de Covid-19

[dropcap]M[/dropcap]acau voltou a registar um caso do novo coronavírus depois de 40 dias sem novas infecções, confirmado ontem à noite pelo Centro de Coordenação e Contingência do Novo Tipo de Coronavírus. A infectada é uma sul-coreana, diagnosticada ontem à noite, que chegou a Macau na passada sexta-feira, oriunda do Porto.

De acordo com as autoridades, a doente, com 26 anos de idade, é uma trabalhadora não residente, que saiu de Macau no passado dia 30 de Janeiro e acompanhou o namorado português que esteve no Porto para visitar familiares.

O casal chegou a Hong Kong na Sexta-feira num voo proveniente do Aeroporto Francisco Sá Carneiro, que fez escala no Dubai. Por volta das 00h30 de sábado, chegaram a Macau através da Ponte HKZM e logo nesse dia a doente começou a manifestar sintomas de tosse ligeira. Nessa tarde, os sintomas evoluíram para um estado febril, razão pela qual se dirigiu ao Centro Hospitalar Conde de São Januário. Após o teste de ácido nucleico foi diagnosticada com infecção pelo novo coronavírus e foi encaminhada para a enfermaria de isolamento do hospital.

Actualmente, a situação clínica da paciente é normal, de acordo com as autoridades. O namorado de nacionalidade portuguesa é classificado como caso de contacto próximo e os Serviços de Saúde estão a investigar outras pessoas com contacto.

Portugal registou 76 novos casos no dia de hoje

A doente viajou no voo EK380 no lugar 31J, da Emirates, que fez escala no Dubai. As autoridades apelam aos passageiros que vieram no mesmo voo para contactarem o Centro de Coordenação para acompanhamento da pandemia causada pelo Covid-19, que já vez 6.456 vítimas em todo o mundo, para um total de 167.676 casos. Portugal registou hoje o recorde diário de 76 novos casos, fixando o número em 245 casos confirmados, para 2271 suspeitos, um aumento de 567 em relação ao dia de ontem.

Os números do COVID-19 em Portugal

Covid-19 | Primeira infecção importada de Portugal depois de 40 dias sem novos casos

Ao fim de quase um mês e meio sem ocorrências da Covid-19, Macau regista desde ontem um novo caso. A paciente infectada é uma sul-coreana de 26 anos e viajou para Macau na noite de sexta-feira para sábado, vinda do Porto, onde esteve com o namorado português a visitar familiares. Durante o dia, após manifestar sintomas de tosse, dirigiu-se ao S. Januário onde foi diagnosticada com o novo coronavírus

No dia 15 de Março, o distrito do Porto atingiu 103 casos confirmados de Covid-19

[dropcap]M[/dropcap]acau voltou a registar um caso do novo coronavírus depois de 40 dias sem novas infecções, confirmado ontem à noite pelo Centro de Coordenação e Contingência do Novo Tipo de Coronavírus. A infectada é uma sul-coreana, diagnosticada ontem à noite, que chegou a Macau na passada sexta-feira, oriunda do Porto.
De acordo com as autoridades, a doente, com 26 anos de idade, é uma trabalhadora não residente, que saiu de Macau no passado dia 30 de Janeiro e acompanhou o namorado português que esteve no Porto para visitar familiares.
O casal chegou a Hong Kong na Sexta-feira num voo proveniente do Aeroporto Francisco Sá Carneiro, que fez escala no Dubai. Por volta das 00h30 de sábado, chegaram a Macau através da Ponte HKZM e logo nesse dia a doente começou a manifestar sintomas de tosse ligeira. Nessa tarde, os sintomas evoluíram para um estado febril, razão pela qual se dirigiu ao Centro Hospitalar Conde de São Januário. Após o teste de ácido nucleico foi diagnosticada com infecção pelo novo coronavírus e foi encaminhada para a enfermaria de isolamento do hospital.
Actualmente, a situação clínica da paciente é normal, de acordo com as autoridades. O namorado de nacionalidade portuguesa é classificado como caso de contacto próximo e os Serviços de Saúde estão a investigar outras pessoas com contacto.
Portugal registou 76 novos casos no dia de hoje

A doente viajou no voo EK380 no lugar 31J, da Emirates, que fez escala no Dubai. As autoridades apelam aos passageiros que vieram no mesmo voo para contactarem o Centro de Coordenação para acompanhamento da pandemia causada pelo Covid-19, que já vez 6.456 vítimas em todo o mundo, para um total de 167.676 casos. Portugal registou hoje o recorde diário de 76 novos casos, fixando o número em 245 casos confirmados, para 2271 suspeitos, um aumento de 567 em relação ao dia de ontem.

Os números do COVID-19 em Portugal

Covid-19 | Residentes de Macau enviam máscaras para Portugal 

No início da crise epidémica, as máscaras eram enviadas da Europa para a Ásia, mas com o aumento do número de casos da Covid-19 são vários os residentes que estão a mandar máscaras para Portugal para amigos e familiares. Temem a falta deste tipo de equipamento que, aos poucos, começa a ser usado nas ruas, mas cujo uso não é ainda obrigatório

[dropcap]C[/dropcap]om cada vez mais casos de Covid-19 na Europa, muitos residentes de Macau revelam-se preocupados com a falta de material de protecção em Portugal, numa altura em que, com 245 casos de infecção confirmados, continua a não ser obrigatório o uso de máscara. Neste sentido, são várias as pessoas que, de Macau, têm vindo a adquirir máscaras nas farmácias ou em plataformas de comércio online, como o Taobao, e as têm enviado para Portugal, para amigos e familiares.

Rita Gonçalves, professora de yoga, enviou cinco pacotes de máscaras, em que cada um contém 50 máscaras simples, incluindo protecção para crianças. “Fartei-me de ver pessoas a dizer que não conseguiam arranjar máscaras e, em vez de ficar preocupada e frustrada, resolvi passar à acção. Se toda a gente enviar ajuda é mais fácil evitar tanta contaminação”, disse.

A residente de Macau defende que as autoridades portuguesas não estão a ser tão rápidas a reagir na prevenção do surto como as autoridades de Macau. “Lá continuam a papaguear aos profissionais de saúde que a máscara é só para quem apresenta sintomas. Tenho dois primos que são enfermeiros e esse foi um factor decisivo, porque posso ajudar quem está mesmo perto de quem já está contaminado”, disse ao HM.

Catarina Baptista, que trabalha como bibliotecária, também tem vindo a ouvir relatos directos de profissionais de saúde portugueses, um alerta que a fez agir. “Há um receio que faltem materiais e eles notam mesmo que os outros profissionais de saúde não estão muito atentos ou têm comportamentos de risco.”

Cada residente tem direito a levantar 10 máscaras para 10 dias providenciadas pelos Serviços de Saúde de Macau (SSM), mediante a apresentação do Bilhete de Identidade de Residente (BIR). No entanto, fora desta remessa há outras máscaras, provenientes de outros locais, que podem ser adquiridas. Catarina Baptista diz já ter visto máscaras coreanas ou mesmo portuguesas.

“Vou mandar máscaras para Portugal por duas razões. Tenho familiares que estão em grupos de risco, como idosos ou doentes cardiovasculares e diabetes. E vejo que em Portugal ninguém está a levar esta situação a sério, além de que as recomendações não são as mais adequadas”, frisou.

Ajudas mútuas

Nas redes sociais, há relatos de filas para o envio de remessas para Portugal, bem como de pessoas que enviaram centenas de máscaras. No caso de Tatiana Rocha, vai voltar a enviar máscaras que já tinha adquirido em Portugal, quando o surto da Covid-19 chegou à China.

“Comprei máscaras em Portugal e trouxe-as para cá para nós usarmos e para darmos a amigos, mas agora vou enviar de volta”, contou ao HM.

“Sinto que em Macau não nos falta ajuda nessa questão, portanto não precisamos de ter tantas em casa. Vou enviar apenas para prevenção da minha família, amigos e pessoas que precisarem. Se tiverem de se deslocar a algum local com multidões ou se tiverem de ir a um centro de saúde, acho que faz sentido estarem protegidos.”

Se no início a comunidade chinesa em Portugal enviou centenas de máscaras para a China, constituindo a principal clientela das farmácias na compra deste tipo de produto, a situação agora inverteu-se. Tendo cumprido quarentenas voluntárias aquando do regresso da China, por altura do Ano Novo Chinês, são agora estas pessoas que encomendam máscaras para ajudar os portugueses. É o caso da Associação Portuguesa dos Amigos da Cultura Chinesa, que está a promover uma encomenda colectiva de máscaras. A professora Wang Suoying está a promover esta iniciativa junto de sócios e pessoas próximas da associação, sendo que cada caixa, com 50 máscaras, custa cerca de 150 renmimbis. De frisar que, até à data, não há qualquer cidadão chinês a residir em Portugal infectado com o novo coronavírus.

Falta de material

No sábado, a ministra portuguesa com a pasta da Saúde, Marta Temido, referiu que vão ser adquiridas um milhão de máscaras destinadas aos profissionais de saúde, tendo admitido que existem nos hospitais poucas quantidades de máscaras de protecção. “O equipamento de protecção individual (máscaras) tem de ser gerido muito criteriosamente, mas temos a preocupação de que os profissionais não se sintam desprotegidos para trabalhar”, sublinhou a governante.

Marta Temido expressou a intenção de generalizar o uso de máscaras cirúrgicas junto dos profissionais de saúde e anunciou um reforço de mais um milhão, que terá sido entregue nos últimos dois dias. “Aquilo que nos temos apercebido é que algumas instituições partiram para este surto com stocks relativamente baixos e, portanto, isso representou uma dificuldade adicional”, apontou.

Entretanto, farmácias de Espinho, cidade no norte do país, uma das zonas mais afectadas pela Covid-19, têm de reservar 10 por cento de máscaras e afins para Protecção Civil, uma medida com efeito até 9 de Abril. A reserva nas farmácias e outros fornecedores aplica-se a “máscaras cirúrgicas, máscaras FFP2 [contra aerossóis sólidos e/ou líquidos identificados como perigosos ou irritantes], óculos de protecção e batas impermeáveis”, destinando-se a “uso exclusivo dos agentes de protecção civil”.

Estudante chinesa de Macau deixou de utilizar máscara por ninguém usar

Chegou ao Porto quando Wuhan entrou no léxico mundial pelas piores razões. Assistiu à distância ao encerramento de Macau durante o combate à propagação do novo coronavírus e sentiu na pele a aflição de ver os números de infectados subirem em Portugal.

Peggy Chan, uma jovem residente de Macau, mudou-se para o Porto em Fevereiro para estudar ao abrigo de um programa de intercâmbio entre dois estabelecimentos de ensino superior da RAEM e da cidade invicta.

Quando aterrou no Porto, Peggy levava na bagagem máscaras cirúrgicas, objecto indispensável na Ásia, mas que é raro em Portugal. Antes de o surto do novo coronavírus começar a afectar severamente a Europa, a estudante foi a uma farmácia tentar reforçar o stock, tentativa que viria a ser frustrada.

Não precisou esperar muito até receber uma recarga enviada pelo namorado. Cedo se apercebeu que era das poucas pessoas que tinham máscaras para usar.

“Quando o surto chegou ao Porto, reparei que ninguém usava máscara, o que me fez sentir mal por usar”, contou ao HM a estudante. Peggy Chan não queria dar nas vistas, ou motivar reacções xenófobas, fenómeno que se espalhou pelo mundo fora em reacção à origem do novo coronavírus e que não lhe passou despercebido. Além disso, a situação não lhe parecia assustadora ao ponto de furar a convenção social. “Não havia muitos casos em Portugal, e os que havia não eram na minha zona”, recorda.

Regresso marcado

Quando o número de infectados começou a subir, Peggy decidiu que o melhor seria evitar saídas da residência universitária.

Desde então, a estudante teve sempre presente a ideia de regressar a Macau. Hoje faz parte de um grupo de largo de estudantes que pediram ajuda ao Gabinete de Gestão de Crises do Turismo e já tem viagem de regresso marcada para quarta-feira.

Após o anúncio das medidas de contenção aplicadas em Hong Kong e Macau, encontrar voos tornou-se numa tarefa hercúlea. Até chegar ao aeroporto de Hong Kong, a estudante residente de Macau terá de fazer duas escalas (Zurique e Singapura). Quando chegar à RAEM irá cumprir os 14 dias de quarentena em Coloane, abdicando da hipótese de o fazer em casa.

Covid-19 | Residentes de Macau enviam máscaras para Portugal 

No início da crise epidémica, as máscaras eram enviadas da Europa para a Ásia, mas com o aumento do número de casos da Covid-19 são vários os residentes que estão a mandar máscaras para Portugal para amigos e familiares. Temem a falta deste tipo de equipamento que, aos poucos, começa a ser usado nas ruas, mas cujo uso não é ainda obrigatório

[dropcap]C[/dropcap]om cada vez mais casos de Covid-19 na Europa, muitos residentes de Macau revelam-se preocupados com a falta de material de protecção em Portugal, numa altura em que, com 245 casos de infecção confirmados, continua a não ser obrigatório o uso de máscara. Neste sentido, são várias as pessoas que, de Macau, têm vindo a adquirir máscaras nas farmácias ou em plataformas de comércio online, como o Taobao, e as têm enviado para Portugal, para amigos e familiares.
Rita Gonçalves, professora de yoga, enviou cinco pacotes de máscaras, em que cada um contém 50 máscaras simples, incluindo protecção para crianças. “Fartei-me de ver pessoas a dizer que não conseguiam arranjar máscaras e, em vez de ficar preocupada e frustrada, resolvi passar à acção. Se toda a gente enviar ajuda é mais fácil evitar tanta contaminação”, disse.
A residente de Macau defende que as autoridades portuguesas não estão a ser tão rápidas a reagir na prevenção do surto como as autoridades de Macau. “Lá continuam a papaguear aos profissionais de saúde que a máscara é só para quem apresenta sintomas. Tenho dois primos que são enfermeiros e esse foi um factor decisivo, porque posso ajudar quem está mesmo perto de quem já está contaminado”, disse ao HM.
Catarina Baptista, que trabalha como bibliotecária, também tem vindo a ouvir relatos directos de profissionais de saúde portugueses, um alerta que a fez agir. “Há um receio que faltem materiais e eles notam mesmo que os outros profissionais de saúde não estão muito atentos ou têm comportamentos de risco.”
Cada residente tem direito a levantar 10 máscaras para 10 dias providenciadas pelos Serviços de Saúde de Macau (SSM), mediante a apresentação do Bilhete de Identidade de Residente (BIR). No entanto, fora desta remessa há outras máscaras, provenientes de outros locais, que podem ser adquiridas. Catarina Baptista diz já ter visto máscaras coreanas ou mesmo portuguesas.
“Vou mandar máscaras para Portugal por duas razões. Tenho familiares que estão em grupos de risco, como idosos ou doentes cardiovasculares e diabetes. E vejo que em Portugal ninguém está a levar esta situação a sério, além de que as recomendações não são as mais adequadas”, frisou.

Ajudas mútuas

Nas redes sociais, há relatos de filas para o envio de remessas para Portugal, bem como de pessoas que enviaram centenas de máscaras. No caso de Tatiana Rocha, vai voltar a enviar máscaras que já tinha adquirido em Portugal, quando o surto da Covid-19 chegou à China.
“Comprei máscaras em Portugal e trouxe-as para cá para nós usarmos e para darmos a amigos, mas agora vou enviar de volta”, contou ao HM.
“Sinto que em Macau não nos falta ajuda nessa questão, portanto não precisamos de ter tantas em casa. Vou enviar apenas para prevenção da minha família, amigos e pessoas que precisarem. Se tiverem de se deslocar a algum local com multidões ou se tiverem de ir a um centro de saúde, acho que faz sentido estarem protegidos.”
Se no início a comunidade chinesa em Portugal enviou centenas de máscaras para a China, constituindo a principal clientela das farmácias na compra deste tipo de produto, a situação agora inverteu-se. Tendo cumprido quarentenas voluntárias aquando do regresso da China, por altura do Ano Novo Chinês, são agora estas pessoas que encomendam máscaras para ajudar os portugueses. É o caso da Associação Portuguesa dos Amigos da Cultura Chinesa, que está a promover uma encomenda colectiva de máscaras. A professora Wang Suoying está a promover esta iniciativa junto de sócios e pessoas próximas da associação, sendo que cada caixa, com 50 máscaras, custa cerca de 150 renmimbis. De frisar que, até à data, não há qualquer cidadão chinês a residir em Portugal infectado com o novo coronavírus.

Falta de material

No sábado, a ministra portuguesa com a pasta da Saúde, Marta Temido, referiu que vão ser adquiridas um milhão de máscaras destinadas aos profissionais de saúde, tendo admitido que existem nos hospitais poucas quantidades de máscaras de protecção. “O equipamento de protecção individual (máscaras) tem de ser gerido muito criteriosamente, mas temos a preocupação de que os profissionais não se sintam desprotegidos para trabalhar”, sublinhou a governante.
Marta Temido expressou a intenção de generalizar o uso de máscaras cirúrgicas junto dos profissionais de saúde e anunciou um reforço de mais um milhão, que terá sido entregue nos últimos dois dias. “Aquilo que nos temos apercebido é que algumas instituições partiram para este surto com stocks relativamente baixos e, portanto, isso representou uma dificuldade adicional”, apontou.
Entretanto, farmácias de Espinho, cidade no norte do país, uma das zonas mais afectadas pela Covid-19, têm de reservar 10 por cento de máscaras e afins para Protecção Civil, uma medida com efeito até 9 de Abril. A reserva nas farmácias e outros fornecedores aplica-se a “máscaras cirúrgicas, máscaras FFP2 [contra aerossóis sólidos e/ou líquidos identificados como perigosos ou irritantes], óculos de protecção e batas impermeáveis”, destinando-se a “uso exclusivo dos agentes de protecção civil”.

Estudante chinesa de Macau deixou de utilizar máscara por ninguém usar

Chegou ao Porto quando Wuhan entrou no léxico mundial pelas piores razões. Assistiu à distância ao encerramento de Macau durante o combate à propagação do novo coronavírus e sentiu na pele a aflição de ver os números de infectados subirem em Portugal.
Peggy Chan, uma jovem residente de Macau, mudou-se para o Porto em Fevereiro para estudar ao abrigo de um programa de intercâmbio entre dois estabelecimentos de ensino superior da RAEM e da cidade invicta.
Quando aterrou no Porto, Peggy levava na bagagem máscaras cirúrgicas, objecto indispensável na Ásia, mas que é raro em Portugal. Antes de o surto do novo coronavírus começar a afectar severamente a Europa, a estudante foi a uma farmácia tentar reforçar o stock, tentativa que viria a ser frustrada.
Não precisou esperar muito até receber uma recarga enviada pelo namorado. Cedo se apercebeu que era das poucas pessoas que tinham máscaras para usar.
“Quando o surto chegou ao Porto, reparei que ninguém usava máscara, o que me fez sentir mal por usar”, contou ao HM a estudante. Peggy Chan não queria dar nas vistas, ou motivar reacções xenófobas, fenómeno que se espalhou pelo mundo fora em reacção à origem do novo coronavírus e que não lhe passou despercebido. Além disso, a situação não lhe parecia assustadora ao ponto de furar a convenção social. “Não havia muitos casos em Portugal, e os que havia não eram na minha zona”, recorda.

Regresso marcado

Quando o número de infectados começou a subir, Peggy decidiu que o melhor seria evitar saídas da residência universitária.
Desde então, a estudante teve sempre presente a ideia de regressar a Macau. Hoje faz parte de um grupo de largo de estudantes que pediram ajuda ao Gabinete de Gestão de Crises do Turismo e já tem viagem de regresso marcada para quarta-feira.
Após o anúncio das medidas de contenção aplicadas em Hong Kong e Macau, encontrar voos tornou-se numa tarefa hercúlea. Até chegar ao aeroporto de Hong Kong, a estudante residente de Macau terá de fazer duas escalas (Zurique e Singapura). Quando chegar à RAEM irá cumprir os 14 dias de quarentena em Coloane, abdicando da hipótese de o fazer em casa.

Covid-19 | Residentes vindos do Espaço Schengen sujeitos a quarentena 

Todos os residentes que estejam a viajar para Hong Kong oriundos do Espaço Schengen, EUA, Nova Zelândia e Austrália são obrigados a cumprir uma quarentena obrigatória de 14 dias a partir de amanhã. Para estudantes, a quarentena vigora desde sábado. Governo de Macau disponibiliza transporte para residentes a partir do Aeroporto Internacional de Hong Kong entre amanhã e o dia 22, mediante registo

[dropcap]D[/dropcap]epois de Hong Kong ter incluído, na sexta-feira, vários países do Espaço Schengen, onde consta Portugal, na lista de países com alta incidência epidémica, no sábado foi a vez de Macau tomar a mesma decisão, alargando a medida a vários países não europeus como os EUA, Austrália ou Nova Zelândia.

Isso obriga a que todos os residentes da RAEM que viajem destes países para Macau e que aterrem no Aeroporto Internacional de Hong Kong tenham de cumprir uma quarentena obrigatória de 14 dias, incluindo estudantes que estejam a frequentar cursos no estrangeiro. Esta medida entra em vigor para residentes amanhã, dia 17, mas vigora desde sábado para estudantes. Ontem, na habitual conferência de imprensa do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, foi anunciado que será disponibilizado transporte a pensar nos residentes que podem fazer a sua quarentena em casa, em Macau, evitando permanecer em Hong Kong. Nesse sentido, o Governo decidiu disponibilizar transporte entre o aeroporto e Macau, mas, para já, esse serviço funciona apenas entre amanhã, 17, e domingo, 22. Dos 136 pedidos de apoio e informações feitos junto do Gabinete de Gestão de Crises de Turismo (GGCT), 86 pertencem a estudantes. O GGCT enviou 671 sms para números de Macau na Europa.

“A Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ) e o GGCT apelam a que todos os que regressem da Europa entrem em contacto connosco antes de chegar a Macau”, disse um representante da DSEJ, que declarou já existir um formulário no website da DSEJ para o efeito, apenas destinado a estudantes. Os restantes residentes podem registar-se junto do GGCT.

“Todos os residentes que venham para Macau precisam de fazer o seu registo para que o Governo possa enviar carros”, disse Inês Chan, representante da Direcção dos Serviços de Turismo (DST). “Só vamos enviar carros para os residentes que cheguem a Hong Kong de aviação, sendo que estes precisam de declarar o itinerário da sua viagem. Se os residentes chegarem antes do dia 17 podem entrar em Macau sem problemas”, adiantou.

Caso os residentes não tenham condições nas suas casas para realizarem o período de quarentena, poderão ficar alojados na Pousada Marina Infante. “A todos aqueles que regressam do estrangeiro fazemos um inquérito no posto fronteiriço e fazemos uma avaliação de saúde, para sabermos se tiveram contactos com os locais. Se tiverem sintomas serão de imediato encaminhados para o hospital para terem acompanhamento médico. Os que não apresentam sintomas são encaminhados para o local de quarentena”, disse Leong Iek Hou, coordenadora do Centro de Prevenção e Controlo da Doença dos Serviços de Saúde.

Segunda ronda?

Leong Iek Hou explicou porque é que a imposição de quarentena chegou mais cedo para estudantes no estrangeiro. “Tendo em conta que os nossos estudantes no estrangeiro tiveram um contacto próximo com os locais [nos países estrangeiros], pelo que possuem um risco mais elevado do que os restantes residentes. Quando regressam a Macau têm contacto com familiares e risco de contágio é mais elevado.”

Inês Chan declarou que, para todos os que regressam depois de 22 de Março, ainda está a ser pensado um plano de transporte. “Muitas pessoas dizem que não conseguem ter um voo antes do dia 22, mas esta operação não é apenas decidida pelo Governo de Macau, e precisamos de comunicar com o Governo de Hong Kong. Só podemos, agora, disponibilizar este serviço neste período, mas se alguém não conseguir voltar antes do dia 22 também pode comunicar connosco.”

A responsável da DST frisou que há estudantes que estão a combinar regressar a Macau no mesmo voo, algo que torna “mais fácil” as operações de transporte do Governo. Inês Chan deixou claro que ficar em Hong Kong a cumprir quarentena pode ser uma possibilidade.

“Depois do dia 22 vamos tentar fazer o registo [dos residentes] e tentaremos fazer uma coordenação para a transferência directa de Hong Kong para Macau, mas teremos de coordenar com os serviços de emigração de Hong Kong. Se for necessário terão de ficar em Hong Kong.”

Covid-19 | Residentes vindos do Espaço Schengen sujeitos a quarentena 

Todos os residentes que estejam a viajar para Hong Kong oriundos do Espaço Schengen, EUA, Nova Zelândia e Austrália são obrigados a cumprir uma quarentena obrigatória de 14 dias a partir de amanhã. Para estudantes, a quarentena vigora desde sábado. Governo de Macau disponibiliza transporte para residentes a partir do Aeroporto Internacional de Hong Kong entre amanhã e o dia 22, mediante registo

[dropcap]D[/dropcap]epois de Hong Kong ter incluído, na sexta-feira, vários países do Espaço Schengen, onde consta Portugal, na lista de países com alta incidência epidémica, no sábado foi a vez de Macau tomar a mesma decisão, alargando a medida a vários países não europeus como os EUA, Austrália ou Nova Zelândia.
Isso obriga a que todos os residentes da RAEM que viajem destes países para Macau e que aterrem no Aeroporto Internacional de Hong Kong tenham de cumprir uma quarentena obrigatória de 14 dias, incluindo estudantes que estejam a frequentar cursos no estrangeiro. Esta medida entra em vigor para residentes amanhã, dia 17, mas vigora desde sábado para estudantes. Ontem, na habitual conferência de imprensa do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, foi anunciado que será disponibilizado transporte a pensar nos residentes que podem fazer a sua quarentena em casa, em Macau, evitando permanecer em Hong Kong. Nesse sentido, o Governo decidiu disponibilizar transporte entre o aeroporto e Macau, mas, para já, esse serviço funciona apenas entre amanhã, 17, e domingo, 22. Dos 136 pedidos de apoio e informações feitos junto do Gabinete de Gestão de Crises de Turismo (GGCT), 86 pertencem a estudantes. O GGCT enviou 671 sms para números de Macau na Europa.
“A Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ) e o GGCT apelam a que todos os que regressem da Europa entrem em contacto connosco antes de chegar a Macau”, disse um representante da DSEJ, que declarou já existir um formulário no website da DSEJ para o efeito, apenas destinado a estudantes. Os restantes residentes podem registar-se junto do GGCT.
“Todos os residentes que venham para Macau precisam de fazer o seu registo para que o Governo possa enviar carros”, disse Inês Chan, representante da Direcção dos Serviços de Turismo (DST). “Só vamos enviar carros para os residentes que cheguem a Hong Kong de aviação, sendo que estes precisam de declarar o itinerário da sua viagem. Se os residentes chegarem antes do dia 17 podem entrar em Macau sem problemas”, adiantou.
Caso os residentes não tenham condições nas suas casas para realizarem o período de quarentena, poderão ficar alojados na Pousada Marina Infante. “A todos aqueles que regressam do estrangeiro fazemos um inquérito no posto fronteiriço e fazemos uma avaliação de saúde, para sabermos se tiveram contactos com os locais. Se tiverem sintomas serão de imediato encaminhados para o hospital para terem acompanhamento médico. Os que não apresentam sintomas são encaminhados para o local de quarentena”, disse Leong Iek Hou, coordenadora do Centro de Prevenção e Controlo da Doença dos Serviços de Saúde.

Segunda ronda?

Leong Iek Hou explicou porque é que a imposição de quarentena chegou mais cedo para estudantes no estrangeiro. “Tendo em conta que os nossos estudantes no estrangeiro tiveram um contacto próximo com os locais [nos países estrangeiros], pelo que possuem um risco mais elevado do que os restantes residentes. Quando regressam a Macau têm contacto com familiares e risco de contágio é mais elevado.”
Inês Chan declarou que, para todos os que regressam depois de 22 de Março, ainda está a ser pensado um plano de transporte. “Muitas pessoas dizem que não conseguem ter um voo antes do dia 22, mas esta operação não é apenas decidida pelo Governo de Macau, e precisamos de comunicar com o Governo de Hong Kong. Só podemos, agora, disponibilizar este serviço neste período, mas se alguém não conseguir voltar antes do dia 22 também pode comunicar connosco.”
A responsável da DST frisou que há estudantes que estão a combinar regressar a Macau no mesmo voo, algo que torna “mais fácil” as operações de transporte do Governo. Inês Chan deixou claro que ficar em Hong Kong a cumprir quarentena pode ser uma possibilidade.
“Depois do dia 22 vamos tentar fazer o registo [dos residentes] e tentaremos fazer uma coordenação para a transferência directa de Hong Kong para Macau, mas teremos de coordenar com os serviços de emigração de Hong Kong. Se for necessário terão de ficar em Hong Kong.”

Covid-19 | Viajantes que cheguem à China em quarentena a partir de 2.ª feira

[dropcap]A[/dropcap]s autoridades de Pequim anunciaram hoje que as pessoas que chegarem do exterior serão colocadas em centros de quarentena a partir de segunda-feira, para proteger o país de casos importados do novo coronavírus, anunciou a imprensa.

Até ao momento, os viajantes do exterior tinham de ficar em auto-isolamento durante duas semanas, mas a partir de agora apenas as pessoas que relatem “circunstâncias especiais” não serão remetidas para essas estruturas, onde terão de cumprir as exigências e inteirar-se do custo da estadia, noticiou o diário oficial chinês em língua inglesa Beijing Daily.

A China registou hoje 20 novos casos de contaminação por coronavírus, 16 dos quais vieram do exterior. As autoridades chinesas intensificaram as medidas de vigilância para pessoas que regressem do exterior. O número de casos registados continua a diminuir no país ao contrário de outros países onde estão a aumentar.

Todos os voos internacionais que tinham previsto aterrar no segundo aeroporto da capital chinesa, Daxing, são agora desviados para o antigo aeroporto de Pequim, onde cada chegada é controlada e monitorizada, informou a agência de notícias Xinhua no sábado.

Covid-19 | Viajantes que cheguem à China em quarentena a partir de 2.ª feira

[dropcap]A[/dropcap]s autoridades de Pequim anunciaram hoje que as pessoas que chegarem do exterior serão colocadas em centros de quarentena a partir de segunda-feira, para proteger o país de casos importados do novo coronavírus, anunciou a imprensa.
Até ao momento, os viajantes do exterior tinham de ficar em auto-isolamento durante duas semanas, mas a partir de agora apenas as pessoas que relatem “circunstâncias especiais” não serão remetidas para essas estruturas, onde terão de cumprir as exigências e inteirar-se do custo da estadia, noticiou o diário oficial chinês em língua inglesa Beijing Daily.
A China registou hoje 20 novos casos de contaminação por coronavírus, 16 dos quais vieram do exterior. As autoridades chinesas intensificaram as medidas de vigilância para pessoas que regressem do exterior. O número de casos registados continua a diminuir no país ao contrário de outros países onde estão a aumentar.
Todos os voos internacionais que tinham previsto aterrar no segundo aeroporto da capital chinesa, Daxing, são agora desviados para o antigo aeroporto de Pequim, onde cada chegada é controlada e monitorizada, informou a agência de notícias Xinhua no sábado.

Covid-19 em Portugal | Hospital S. João e Câmara do Porto juntos para importar ventiladores novos à China

[dropcap]O[/dropcap] Centro Hospitalar Universitário de São João e a Câmara do Porto estão unidos para importar ventiladores com certificado europeu, estando o hospital neste momento a avaliar de quantas máquinas necessita, avançou à Lusa fontes oficiais.

“O Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ) confirma os contactos [da Câmara do Porto] e está muito grato pela disponibilidade de colaboração. Neste momento estamos a trabalhar no processo para perceber as necessidades”, avançou esta tarde à agência Lusa fonte oficial daquela unidade hospitalar do Norte do país.

A Câmara do Porto informou, por seu turno, que o presidente da autarquia, Rui Moreira estabeleceu “ligação entre Shenzhen (China) e o Hospital de São João para trazer ventiladores da China”. “Neste momento está já identificado o produtor que está disponível para enviar os ventiladores e outro material médico para o Hospital de São João, o que está a ser articulado com o Conselho de Administração daquela unidade de referência”, explicou a autarquia.

Na sexta-feira passada, o presidente da Câmara do Porto anunciava, numa conferência de imprensa via Internet, que estava em contacto com as autoridades chinesas, através do Gabinete dos Assuntos de Hong Kong e Macau, para trazer para o Porto ventiladores novos, produzidos em Shenzhen, máquinas capazes de salvar vidas aos doentes com a Covid-19.

“Entrei também em contacto com os nossos parceiros na China, nomeadamente em Macau e Shenzhen, onde ainda recentemente estive e estabeleci contactos ao mais alto nível, nomeadamente com o Mayor de Shenzhen, a mais tecnológica cidade do Mundo. A ideia é podermos importar de Shenzhen equipamentos essenciais para acudir aos infectados em situação aguda, como é o caso de ventiladores que são produzidos naquela cidade chinesa e com certificado europeu”, declarou na altura.

“Só graças à extraordinária relação que temos com o Governo de Macau, com o seu representante em Portugal, o senhor Doutor Alexis Tam [ex-secretário para os Assuntos Sociais e Cultura do Governo da RAEM], e ao facto de o Porto estar geminado, quer com Macau quer com Shenzhen, é possível esta diligência estar a ser feita”, acrescentou.

Covid-19 em Portugal | Hospital S. João e Câmara do Porto juntos para importar ventiladores novos à China

[dropcap]O[/dropcap] Centro Hospitalar Universitário de São João e a Câmara do Porto estão unidos para importar ventiladores com certificado europeu, estando o hospital neste momento a avaliar de quantas máquinas necessita, avançou à Lusa fontes oficiais.
“O Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ) confirma os contactos [da Câmara do Porto] e está muito grato pela disponibilidade de colaboração. Neste momento estamos a trabalhar no processo para perceber as necessidades”, avançou esta tarde à agência Lusa fonte oficial daquela unidade hospitalar do Norte do país.
A Câmara do Porto informou, por seu turno, que o presidente da autarquia, Rui Moreira estabeleceu “ligação entre Shenzhen (China) e o Hospital de São João para trazer ventiladores da China”. “Neste momento está já identificado o produtor que está disponível para enviar os ventiladores e outro material médico para o Hospital de São João, o que está a ser articulado com o Conselho de Administração daquela unidade de referência”, explicou a autarquia.
Na sexta-feira passada, o presidente da Câmara do Porto anunciava, numa conferência de imprensa via Internet, que estava em contacto com as autoridades chinesas, através do Gabinete dos Assuntos de Hong Kong e Macau, para trazer para o Porto ventiladores novos, produzidos em Shenzhen, máquinas capazes de salvar vidas aos doentes com a Covid-19.
“Entrei também em contacto com os nossos parceiros na China, nomeadamente em Macau e Shenzhen, onde ainda recentemente estive e estabeleci contactos ao mais alto nível, nomeadamente com o Mayor de Shenzhen, a mais tecnológica cidade do Mundo. A ideia é podermos importar de Shenzhen equipamentos essenciais para acudir aos infectados em situação aguda, como é o caso de ventiladores que são produzidos naquela cidade chinesa e com certificado europeu”, declarou na altura.
“Só graças à extraordinária relação que temos com o Governo de Macau, com o seu representante em Portugal, o senhor Doutor Alexis Tam [ex-secretário para os Assuntos Sociais e Cultura do Governo da RAEM], e ao facto de o Porto estar geminado, quer com Macau quer com Shenzhen, é possível esta diligência estar a ser feita”, acrescentou.

Vírus que causa a Covid-19 já matou 5.764 pessoas e ultrapassou os 150.000 infectados

O novo coronavírus matou pelo menos 5.764 pessoas em todo o mundo desde o seu surgimento em Dezembro, de acordo com uma avaliação da AFP às 17:00 de hoje a partir de fontes oficiais. Mais de 151.767 casos de infecção foram registados em 137 países e territórios desde o início da epidemia, que se tornou, entretanto, numa pandemia.

Este número de casos diagnosticados, no entanto, reflete a realidade apenas de maneira imperfeita, pois os países têm políticas e critérios de contabilidade mais ou menos restritivos, alerta a AFP. Desde a contagem de sexta-feira às 17:00, ocorreram 417 novas mortes e 11.047 novos casos em todo o mundo. Os países com mais óbitos nas últimas 24 horas são a Itália, com 175 novas mortes, o Irão (97) e a Espanha (63).

A China (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau), onde a epidemia eclodiu no final de dezembro, registou um total de 80.824 casos, incluindo 3.189 mortes e 65.541 curas. Na China, foram anunciados 11 novos casos e 13 novas mortes entre sexta-feira e hoje. Em outras partes do mundo houve um total de 2.575 mortes (404 novas) até às 17:00 de hoje. Os países mais afectados depois da China são a Itália, com 1.441 mortes e 21.157 casos, o Irão, com 611 mortes (12.729 casos), Espanha com 183 mortes (5.753 casos) e a França, com 79 mortes (3.661 casos).

Desde as 17:00 de sexta-feira, o Equador e a Dinamarca anunciaram as primeiras mortes relacionadas com a Covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus. Kosovo, Mauritânia, Uruguai, Suriname, Guatemala, Antígua e Barbuda, Namíbia, Suazilândia, Porto Rico, Ruanda, Guiné Equatorial e Guiné Conacri anunciaram os primeiros casos confirmados.

A Ásia totalizava hoje 91.480 casos (3.303 mortes), a Europa 42.828 casos (1.771 mortes), o Médio Oriente 13.950 casos (623 mortes), Estados Unidos e Canadá em conjunto 2.600 casos (52 mortes), a América Latina e Caribe 418 casos (cinco mortes), África 247 casos (sete mortes) e a Oceânia 244 casos (três mortes).

Esta avaliação foi realizada usando dados colectados pelos escritórios da AFP das autoridades nacionais competentes e informações da Organização Mundial da Saúde (OMS). Em Portugal, a Direcção-Geral da Saúde (DGS) atualizou hoje o número de infectados e registou o maior aumento num dia (57), ao passar de 112 para 169 casos, dos quais 114 estão internados.

Covid-19 | Número de infectados em Portugal sobe para 169

[dropcap]O[/dropcap] número de casos confirmados em Portugal de infecção pelo novo coronavírus, que causa a doença Covid-19, subiu hoje para 169, mais 57 do que os contabilizados na sexta-feira, e os casos suspeitos são agora 1.704. Segundo a Direcção-Geral da Saúde (DGS), dos 1.704 casos suspeitos, 126 aguardam resultado laboratorial. Há ainda 5.011 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde, menos do que na sexta-feira (5.674).

O boletim de hoje indica que se mantêm as 11 cadeias de transmissão activas em Portugal. Dos 169 casos confirmados de Covid-19 em Portugal, 114 estão internados, dez dos quais em unidades de cuidados intensos. Há um caso de um doente já recuperado. Entre os doentes internados estão os casos de um menino com menos de 10 anos e de 19 jovens entre os 10 e os 19 anos. Existem três casos de doentes infectados internados acima dos 80 anos e 11 entre os 70 e os 79.

É entre a população com idades entre os 40 e os 49 anos que se registam mais casos (41) de doentes internados, segundo o boletim da DGS, que indica a existência de 37 casos entre os 30 e 39 anos e 26 casos entre os 50 e os 59 anos.

Há ainda registo de 19 casos entre os 20 e 29 anos e 12 entre os 60 e 69 anos. A região Norte continua a ser a que regista o maior número de casos confirmados (77), seguida da Grande Lisboa (73), e das regiões Centro (8) e do Algarve (7). Há quatro casos confirmado no estrangeiro, segundo o boletim epidemiológico diário.

O mapa disponibilizado pela DGS continua a não apresentar qualquer caso no Alentejo e nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira. Os dados da DGS, atualizados às 10h00 de ontem, adiantam que 13 casos resultam da importação do vírus de Itália, 12 de Espanha, sete de França, cinco da Suíça e Bélgica e Alemanha/Áustria com um cada.

Segundo a DGS, mais de metade dos doentes positivos ao novo coronavírus (54%) têm tosse, 39% febre, 34% dores musculares, 33% cefaleia e 21% fraqueza generalizada. Há 10% dos doentes que apresentam dificuldade respiratória.

A doença Covid-19, provocada pelo novo coronavírus, foi classificada como pandemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS) na quarta-feira. Em todo o mundo já foram infectadas mais de 143.000 pessoas e morreram mais de 5.500.

Em Portugal, o Governo decretou na quinta-feira o estado de alerta, colocando os meios de proteção civil e as forças e serviços de segurança em prontidão. Foram igualmente suspensas, a partir de segunda-feira, as atividades letivas e restringido o funcionamento de discotecas e similares e suspensas as visitas a lares em todo o território nacional.

O Governo decidiu igualmente proibir o desembarque de passageiros de navios de cruzeiro, exceto dos residentes em Portugal, e limitar a frequência nos centros comerciais e supermercados para assegurar possibilidade de manter distância de segurança entre as pessoas.

Já tinham sido tomadas outras medidas em Portugal para conter a pandemia, como a suspensão das ligações aéreas com a Itália.

Covid-19 | Número de infectados em Portugal sobe para 169

[dropcap]O[/dropcap] número de casos confirmados em Portugal de infecção pelo novo coronavírus, que causa a doença Covid-19, subiu hoje para 169, mais 57 do que os contabilizados na sexta-feira, e os casos suspeitos são agora 1.704. Segundo a Direcção-Geral da Saúde (DGS), dos 1.704 casos suspeitos, 126 aguardam resultado laboratorial. Há ainda 5.011 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde, menos do que na sexta-feira (5.674).
O boletim de hoje indica que se mantêm as 11 cadeias de transmissão activas em Portugal. Dos 169 casos confirmados de Covid-19 em Portugal, 114 estão internados, dez dos quais em unidades de cuidados intensos. Há um caso de um doente já recuperado. Entre os doentes internados estão os casos de um menino com menos de 10 anos e de 19 jovens entre os 10 e os 19 anos. Existem três casos de doentes infectados internados acima dos 80 anos e 11 entre os 70 e os 79.
É entre a população com idades entre os 40 e os 49 anos que se registam mais casos (41) de doentes internados, segundo o boletim da DGS, que indica a existência de 37 casos entre os 30 e 39 anos e 26 casos entre os 50 e os 59 anos.
Há ainda registo de 19 casos entre os 20 e 29 anos e 12 entre os 60 e 69 anos. A região Norte continua a ser a que regista o maior número de casos confirmados (77), seguida da Grande Lisboa (73), e das regiões Centro (8) e do Algarve (7). Há quatro casos confirmado no estrangeiro, segundo o boletim epidemiológico diário.
O mapa disponibilizado pela DGS continua a não apresentar qualquer caso no Alentejo e nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira. Os dados da DGS, atualizados às 10h00 de ontem, adiantam que 13 casos resultam da importação do vírus de Itália, 12 de Espanha, sete de França, cinco da Suíça e Bélgica e Alemanha/Áustria com um cada.
Segundo a DGS, mais de metade dos doentes positivos ao novo coronavírus (54%) têm tosse, 39% febre, 34% dores musculares, 33% cefaleia e 21% fraqueza generalizada. Há 10% dos doentes que apresentam dificuldade respiratória.
A doença Covid-19, provocada pelo novo coronavírus, foi classificada como pandemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS) na quarta-feira. Em todo o mundo já foram infectadas mais de 143.000 pessoas e morreram mais de 5.500.
Em Portugal, o Governo decretou na quinta-feira o estado de alerta, colocando os meios de proteção civil e as forças e serviços de segurança em prontidão. Foram igualmente suspensas, a partir de segunda-feira, as atividades letivas e restringido o funcionamento de discotecas e similares e suspensas as visitas a lares em todo o território nacional.
O Governo decidiu igualmente proibir o desembarque de passageiros de navios de cruzeiro, exceto dos residentes em Portugal, e limitar a frequência nos centros comerciais e supermercados para assegurar possibilidade de manter distância de segurança entre as pessoas.
Já tinham sido tomadas outras medidas em Portugal para conter a pandemia, como a suspensão das ligações aéreas com a Itália.