Habitação | Futuros moradores de edifício Bairro da Ilha Verde sairam à rua João Santos Filipe - 15 Out 201815 Out 2018 No ano passado, o Tufão Hato danificou o prédio que, ainda hoje, continua com obras de reparação e sem data de entrega. Ontem, entre 140 e 200 futuros moradores do edifício de habitação económica do Bairro da Ilha Verde manifestaram-se contra a falta de informação quanto ao andamento dos trabalhos [dropcap]E[/dropcap]ntre 140 e 200 pessoas participaram ontem numa manifestação contra o Governo, devido à falta de informação quanto à data para o fim das obras de reparação de um edifício de habitação económica na Ilha Verde. Os futuros moradores ainda não sabem quando podem habitar as fracções. O prédio estava em fase de vistoria no ano passado, mas sofreu vários danos com a passagem do tufão Hato. Ontem, num percurso que começou no Tap Seac e terminou à frente da Sede do Governo, os demonstrantes apelaram à definição de uma data para a entrega das habitações. No final, os participantes deixaram uma carta ao Chefe do Executivo, através de um dos funcionários da Sede do Governo. De acordo com uma das pessoas ouvidas pelo canal chinês da Rádio Macau, a saída à rua justificou-se com o facto de estar à espera de há mais de 10 anos para receber a habitação económica. Por este motivo, o manifestante afirmou que perdeu a confiança nas capacidades do Executivo para resolver os problemas da sociedade e levantou dúvidas sobre se o tufão não foi apenas uma desculpa para cobrir outros atrasos nas obras. Ao mesmo tempo, a residente ouvida pelo Ou Mun Tin Toi defendeu que o Executivo devia dar um subsídio às pessoas que estão à espera de habitação económica e que precisam de pagar renda. A moradora disse ainda que, ao longo deste período de espera, teve várias vezes de mudar de habitação, porque os proprietários das casas onde tem vivido exigem a sua saída para poderem cobrar uma renda mais alta. Manifestação pacífica No final, a PSP declarou que destacou 30 agentes para acompanhar a manifestação e que tudo decorreu dentro da normalidade, com as pessoas a comportarem-se de forma correcta. Como acontece nestas situações, o número de agentes à paisana com câmaras de filmar não foi revelado. A manifestação que terminou por volta das 16h contou também com a participação dos deputados eleitos pelo sufrágio directo da Federação das Associações dos Operários de Macau, Ella Lei e Leong Sun Iok. Segundo o Governo, o Edifício Bairro da Ilha Verde estava em fase de vistoria e recepção, o que implica que seria ocupado brevemente, quando foi afectado pela passagem do Tufão Hato. Devido às inundações naquela zona, foi necessário proceder à limpeza, reparação e reabilitação do edifico que estava quase concluído. De acordo com a informação que foi tornada pública, a “maior parte” dos equipamentos electromecânicos acabou danificada pelas inundações. Em 11 de Setembro do ano passado, o Gabinete para o Desenvolvimento de Infra-estruturas (GDI) afirmava que estava a trabalhar para apressar as reparações, mas até ao momento não há informação sobre a entrega das fracções.
AL | Agnes Lam revela intenções de apresentar projecto de lei Andreia Sofia Silva - 15 Out 201815 Out 2018 Agnes Lam fez ontem o balanço do seu primeiro ano no hemiciclo e revelou vontade de apresentar um projecto de lei. Apesar de ainda não ter decido o âmbito do diploma, os temas da protecção do ambiente e assédio sexual estão no topo da agenda da deputada [dropcap]P[/dropcap]refere não dar notas a si própria e até defende que deve melhorar em alguns aspectos. Agnes Lam deu ontem uma conferência de imprensa de balanço do seu primeiro ano como deputada, na véspera do arranque de mais uma sessão legislativa, que começa amanhã com a realização de uma sessão plenária. Agnes Lam revelou vontade de apresentar um projecto de lei, mas ainda não definiu uma área concreta. “Estou a pensar apresentar um projecto de lei da minha autoria, estou a analisar o sistema e como a minha proposta pode ser sugestiva. Estamos a estudar várias possibilidades, e uma delas está ligada com os vários casos de assédio sexual a que temos assistido nos últimos tempos. Isso vai originar uma mudança e exige muito diálogo com o Governo.” A revisão do Código Penal, que criou o crime de importunação sexual, entrou em vigor o ano passado. Esse crime passou a ter uma moldura penal de um ano de prisão ou multa de 120 dias, mas, à luz da lei, deve existir sempre “contacto físico de natureza sexual através de partes do corpo ou objectos”, sem que tenha sido criminalizado o assédio verbal. Outras das áreas a que Agnes Lam promete dar atenção é o ambiente. “Também ao nível da protecção ambiental precisamos de uma nova lei e iremos propor algo nesse sentido”, revelou a deputada. É de salientar que a Lei de Bases do Ambiente, em vigor desde os anos 90, ainda não foi revista. A deputada defendeu ainda que outra das suas prioridades em termos legislativos será o regime legal da qualificação e inscrição para o exercício de actividade dos profissionais de saúde, que já deu entrada na AL para votação e discussão. “Temos de avaliar, pois há algumas questões que podem ser controversas. Quando falamos desta lei está em causa o conhecimento profissional. O estabelecimento de um melhor sistema de saúde está relacionado com essa lei. Essa será a minha prioridade.” Como este é o último ano de actividade da AL com Chui Sai On no cargo de Chefe do Executivo (as eleições acontecem no próximo ano), Agnes Lam deixou claro que deseja que os projectos já em curso tenham continuidade, para que não haja mais atrasos. “Tendo em conta as infra-estruturas que estão em construção, e todos os trabalhos que têm vindo a ser planeados, espero que não fiquem suspensos até à eleição do próximo Chefe do Executivo, para que não seja tudo alterado e discutido de novo e se demore mais cinco anos a implementar.” Aposta na área social A dias de apresentação das Linhas de Acção Governativa, Agnes Lam disse esperar que grupos vulneráveis sejam mais apoiados, sobretudo as crianças com necessidades educativas especiais. “Chui Sai On vem da área social, e esse sector teve bastantes melhorias nos últimos dez anos, com a atribuição de vários subsídios, além de que foram iniciados muitos programas de ajuda às minorias. As crianças com necessidades educativas especiais são um dos grupos que mais precisa de apoio porque não podemos deixar que os pais se sacrifiquem em prol da sua formação e educação. Eles necessitam de muitos serviços públicos e apoio social e isso exige boas políticas. Espero que Chui Sai On preste atenção a esta questão.” Durnte esta sessão legislativa será votada e discutida a proposta de lei da cibersegurança. Neste âmbito, Agnes Lam defende que os direitos individuais, como a liberdade de expressão, devem ser protegidos. “A coisa mais importante na qual temos de prestar atenção é garantir que a liberdade individual e os direitos humanos ou pessoais não são alterados, e temos de garantir o equilíbrio nessa matéria. É dever dos deputados recordar o Governo da necessidade de protecção desses direitos.” Além disso, “o Governo precisa de garantir que há transparência no processo de intercepção de comunicações, e que o público está protegido”, rematou a deputada.
Grande Baía | Agnes Lam participa em palestra organizada pela Associação de Ciência Política de Hong Kong Hoje Macau - 15 Out 201815 Out 2018 [dropcap]A[/dropcap]gnes Lam, deputada à Assembleia Legislativa, participa, no próximo dia 3 de Novembro, numa palestra sobre a Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau organizada pela Associação de Ciência Política de Hong Kong. Além de Agnes Lam, participam Jorge Rangel, presidente do Instituto Internacional de Macau (IIM), o jornalista José Carlos Matias e os académicos Sonny Lo e Ming K. Chan. De acordo com o programa do fórum, os quatro participantes vão “delinear as ligações humanas, as vantagens sócio-culturais e as fortes raízes históricas que vão levar à fundação do soft-power que irá facilitar a integração regional na zona do Delta do Rio das Pérolas através de diversos projectos transfronteiriços no contexto da Grande Baía”. Será também estabelecido um quadro comparativo quanto à cooperação entre Macau, China e os países lusófonos e a baía de São Francisco, nos Estados Unidos, tendo em conta o investimento que aqui se fez na área da alta tecnologia. Destaque local A conferência organizada pela Associação de Ciência Política de Hong Kong irá também abordar vários ângulos da política local. Albert Wong, que se apresenta como académico independente, vai falar da temática “Um País, Dois Sistemas na prática de Macau: alguns casos de estudo”. De acordo com o programa, Albert Wong vai referir alguns casos ocorridos após a transição de soberania de Macau que revelam uma mudança de paradigma. “Macau, um território que depende em larga medida dos turistas do continente, vivenciou recentemente reacções inesperadas no que diz respeito às políticas ligadas ao continente”, lê-se no comunicado que apresenta o evento. O autor dá como exemplo, entre outros, a aposta que o Governo quer fazer na implementação da educação patriótica nas escolas. Jean A. Berlie, da Universidade de Educação de Hong Kong, vai falar da questão “Macau e Timor-Leste: Local e Global”, enquanto Bruce Kwong, professor da Universidade de Macau (UM), apresenta um estudo sobre “Legislação bilingue no sistema trilingue da RAEM”. Brian Ho, também professor universitário na UM, vai abordar a “Gestão de crises e melhoria da governação: os casos dos tufões Hato e Mangkhut em Hong Kong e Macau”.
Difamação | Wong Sio Chak sem comentários sobre Au Kam San Hoje Macau - 15 Out 201815 Out 2018 [dropcap]O[/dropcap] secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, escusou-se no sábado a comentar a possibilidade de ser instaurado um processo por difamação contra o deputado Au Kam San que acusou as autoridades de realizarem escutas ilegais. Wong Sio Chak afirmou não ser adequado falar neste momento, dado que a PJ está a analisar a situação, acreditando que muito em breve serão divulgadas informações relativas ao caso. Na semana passada, Au Kam San afirmou que não vai pedir desculpa pelas declarações que proferiu, tal como exigiu a PJ sob pena de avançar com um processo contra o deputado.
Escutas | Levantamento de sigilo das comunicações em crescendo Hoje Macau - 15 Out 201815 Out 2018 [dropcap]N/dropcap]o ano judicial 2016/2017, o Juízo de Instrução Criminal (JIC) recebeu 572 processos relativos a escutas ou acesso a outros registos de comunicação protegidos por lei, mais 74 por cento, comparativamente a 2014/2015 noticiou a Rádio Macau. A tendência de aumento não tem, contudo, sido acompanhada por um maior número de investigações, de acordo com a emissora, que cita relatórios do ano judiciário, editados pelo gabinete do presidente do Tribunal de Última Instância.
Saúde | Alexis quer lei para combater alcoolismo jovem Hoje Macau - 15 Out 2018 O secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, está a equacionar uma lei para evitar o aumento do consumo de álcool entre os jovens. Segundo Tam, o consumo de bebidas alcoólicas pode ser feito de forma moderada, mas entre os mais novos é necessário mais cautela, uma vez que pode resultar em casos de alcoolismo. Segundo o canal chinês da Rádio Macau, o secretário abordou igualmente o tabagismo e defendeu que devido à introdução de leis mais restritivas, nos últimos anos, tem vindo a diminuir entre os mais jovens. Contudo, Alexis Tam diz que todo este combate contra o tabagismo não pode ser feito de uma única vez e que vai levar mais tempo.
Governo | Gabinete de Informação Financeira passa para a tutela da Segurança Diana do Mar - 15 Out 201815 Out 2018 Da Economia e Finanças para a tutela da Segurança. O Gabinete de Informação Financeira (GIF), criado em 2006, vai mudar de alçada. Para o economista António Félix Pontes, o essencial é que seja garantida a sua autonomia [dropcap]O[/dropcap] Gabinete de Informação Financeira (GIF) vai passar a funcionar sob alçada da tutela para a Segurança, embora mantenha inalteradas as suas competências. Reforçar a coordenação com os órgãos de execução da lei, nomeadamente no âmbito da troca de informações figura como o objectivo da mudança anunciada pelo Conselho Executivo na sexta-feira. “Face à experiência acumulada, acrescida da opinião das organizações internacionais à avaliação do GIF no passado, o Governo considera que o GIF deve reforçar a coordenação com os órgãos competentes de execução da lei na área de segurança, nomeadamente no âmbito da troca de informações”, refere a nota. Isto “para atender à tendência do desenvolvimento da criminalidade transnacional e melhor identificar os riscos decorrentes do branqueamento de capital externo, para melhorar ainda mais a coordenação do combate a estes crimes específicos”, complementa. A mexida vai ocorrer em breve, dado que a alteração ao regulamento administrativo sobre a organização, competências e funcionamento dos serviços e entidades públicos tem entrada em vigor prevista no dia seguinte ao da sua publicação em Boletim Oficial. Criado em 2006, o GIF é a unidade responsável pela recolha, análise e disseminação da informação relacionada com a comunicação de transacções suspeitas de branqueamento de capitais ou de financiamento do terrorismo. Com efeito, desde que foi instituído, manteve sempre a natureza de equipa de projecto. Em declarações aos jornalistas, este sábado, Wong Sio Chak, repetiu os argumentos apresentados para justificar a transferência do GIF para a dependência hierárquica da secretaria que lidera, sustentando que a mexida visa reforçar a eficiência em matéria de prevenção e combate aos crimes financeiros. Garantia de autonomia O economista António Félix Pontes não vê problemas na alteração, dado que figura como uma das soluções preconizadas para este tipo de unidade de informação financeira. “O fundamental é que se garanta independência e autonomia operacionais ao organismo que trata da recepção e tratamento das transacções consideradas suspeitas”, afirmou ao HM o também presidente do Instituto de Formação Financeira. Aliás, como observou, tal segue a fórmula adoptada em Portugal e Hong Kong. “Em Portugal, a unidade de informação financeira está integrada, desde 2002, na Polícia Judiciária, e tem grande autonomia [e] em Hong Kong é gerida conjuntamente pela polícia e pela alfândega”, explicou António Félix Pontes. “O que interessa, esteja onde estiver a unidade de informação financeira, é estar livre de qualquer ingerência política, administrativa ou de qualquer outra natureza”, vincou.
Cooperação | Raimundo do Rosário lança política de grandes obras em prol da integração João Santos Filipe - 15 Out 201815 Out 2018 Qualquer cidade da Grande Baía à distância de uma hora, uma maior cooperação entre as polícias de Macau, Hong Kong e Cantão e oportunidades, principalmente para os mais jovens. Foram estas as mensagens deixadas pelos secretários do Governo no fórum sobre o projecto nacional de cooperação regional [dropcap]T[/dropcap]odas as onze cidades da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau a uma hora de distância. É este um dos grandes objectivos dos governos envolvidos na iniciativa e Macau vai investir nas grandes infra-estruturas para completar o seu papel. O cenário foi traçado pelo secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, durante o “Fórum de Juventude sobre Construir em Conjunto a Grande Baía”, no sábado. Na sua intervenção, Raimundo do Rosário destacou o objectivo de construir vias de comunicação para que “as ligações entre as várias cidades da Grande Baía se façam apenas em uma hora”. Neste sentido, o secretário prometeu que a RAEM vai “construir várias infra-estruturas e proceder aos respectivos estudos com o objectivo de uma coordenação conjunta, incluindo a construção de um novo posto fronteiriço Macau-Guangdong”. No entanto, não foi especificada a localização desta futura fronteira. Por outro lado, o secretário avançou com a possibilidade de serem construídas ligações ferroviárias de alta velocidade, interurbanas ou de metro ligeiro, com a condição de antes serem realizados estudos. Por sua vez, o secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, defendeu que a zona da Grande Baía traz novos desafios ao nível da segurança e que as polícias de Macau, Hong Kong e Cantão lançaram um novo programa de cooperação nesse sentido. Segundo Wong, esta é a forma encontrada para modernizar as polícias das três regiões, assim como “o intercâmbio, a comunicação e a coordenação”, ao mesmo tempo que se implementam mecanismos de resposta conjunta para crises. Wong Sio Chak diz que esta alteração vai contribuir para “um ambiente melhor de segurança para a prosperidade e de condições de vida e de emprego para os jovens que estão interessados em integrar o desenvolvimento da Grande Baía”. Finalmente, o secretário fez questão de frisar que a segurança exige consciência e responsabilidade dos habitantes da RAEM. Toca a aproveitar No que diz respeito aos discursos dos restantes secretários, Sónia Chan, Alexis Tam e Lionel Leong, a tónica foi a mesma: oportunidades. A secretária para a Administração e Justiça pediu aos jovens que reforcem os conhecimentos dos diferentes sistemas jurídicos para aproveitarem “as oportunidades da integração regional”. Também o secretário para a Economia e Finanças destacou que a Grande Baía “oferece muitas oportunidades” e que os jovens devem confiar nas suas capacidades, “quando vão à procura de emprego ou realizam inovação”. Se para Sónia Chan e Lionel Leong dizem que vão ser criadas oportunidades, Alexis Tam considera que já foram desenvolvidas. Um feito que para o secretário para os Assuntos Sociais e Cultura foi alcançado com “a cooperação de todos os sectores sociais” e que poderão ser aproveitadas pelos que forem “quadros qualificados com sentimentos patrióticos, responsabilidades social e competitividade”. Com a chancela de Xi O projecto da Grande Baía é tido como uma iniciativa apadrinhada por Xi Jinping e Chui Sai On destacou esse facto logo no discurso de abertura do evento. Segundo o Chefe do Governo local, a “Grande Baía é uma estratégia nacional projectada, planeada e promovida pessoalmente pelo Presidente Xi Jinping, e é uma iniciativa importante para executar correcta e plenamente”. Ainda de acordo com Chui, a “Grande Baía traz para Macau oportunidades de desenvolvimento sem precedentes”.
Secretário dos Transportes de Hong Kong desconhece data de abertura da ponte HZM Hoje Macau - 14 Out 201814 Out 2018 [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] secretário para os Transportes de Hong Kong afirmou desconhecer quando a ponte que liga a cidade a Macau e a Zhuhai vai abrir à circulação, desmentindo que a abertura ocorra no final deste mês. “[Sobre a abertura] da ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau no final deste mês, devo dizer que, para mim, isto é uma novidade. Não tenho qualquer ideia de quando a ponte vai abrir” à circulação, declarou Frank Chan Fan, no final de um programa de rádio em que participou no sábado, de acordo com o jornal South China Morning Post. O secretário para os Transportes e Habitação da antiga colónia britânica afirmou que as três cidades continuam à espera que o Governo central dê “luz verde” para a inauguração. Há 15 dias, à margem da cerimónia do 69.º aniversário da implantação da República Popular da China, também o chefe do Executivo de Macau, Chui Sai On, admitiu aos jornalistas desconhecer a data de abertura e indicou que a mesma será divulgada “em tempo oportuno”. As autoridades de Hong Kong, Macau e Zhuhai realizaram, no final do mês passado, três dias de testes na ponte. Os resultados destes testes foram enviados para Pequim e deverão determinar a data de abertura, indicou o diário. Considerada a maior travessia marítima do mundo, a ponte é um marco do projeto de integração regional da Grande Baía, que visa criar uma metrópole mundial a partir dos territórios de Hong Kong, Macau e nove localidades da província chinesa de Guangdong (Cantão, Shenzhen, Zhuhai, Foshan, Huizhou, Dongguan, Zhongshan, Jiangmen e Zhaoqing). A estrutura principal mede 29,6 quilómetros, com uma secção em ponte de 22,9 quilómetros e um túnel subaquático de 6,7 quilómetros, numa extensão total de 55 quilómetros. A construção começou em 2011 e previa-se a abertura para 2016, mas vários problemas, como acidentes de trabalho, uma investigação de corrupção, obstáculos técnicos e derrapagens orçamentais obrigaram a um adiamento da inauguração.
Conferência ministerial do Fórum Macau adiada para 2020 Hoje Macau - 14 Out 201814 Out 2018 [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] sexta conferência ministerial do Fórum Macau, prevista para o próximo ano, foi adiada para 2020, foi anunciado na sexta-feira em comunicado do Gabinete de Comunicação Social. A decisão foi avançada na reunião de quinta-feira da comissão para o desenvolvimento da plataforma de serviços para a cooperação comercial entre a China e os países de língua portuguesa, presidida pelo chefe do Executivo de Macau, Chui Sai On. Em declarações à Rádio Macau, a secretária-geral do Fórum Macau, Glória Batalha, indicou que a reunião “vai ser adiada para não coincidir com eventos de alto nível, como a próxima eleição para o cargo do chefe do Executivo”. Além da eleição do chefe do Executivo, assinalam-se em 2019 “os 20 anos da transição de Macau para a China”, acrescentou a responsável do Fórum Macau. Glória Batalha adiantou que “a data de 2020 já teve o aval da China”. O Fórum Macau, criado em 2003 por Pequim, reúne-se a nível ministerial a cada três anos, tendo o último encontro decorrido em em outubro de 2016. Em 2017, as trocas comerciais entre a China e a Lusofonia fixaram-se em 117.588 milhões de dólares (cerca de 96 mil milhões de euros), verificando-se um crescimento de 29,4%.
Mick Schumacher, filho de Michael Schumacher, sagra-se campeão europeu de Fórmula 3 Hoje Macau - 14 Out 201815 Out 2018 [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] piloto alemão Mick Schumacher, filho do antigo heptacampeão mundial de Fórmula 1 Michael Schumacher, sagrou-se este sábado campeão europeu de Fórmula 3, no circuito de Hockenheim, na Alemanha. Mick Schumacher, de 19 anos, foi segundo classificado na segunda corrida da 10.ª e última ronda da temporada e assegurou o título, igualando o feito do seu pai, que venceu o troféu em 1990. O piloto alemão, que iniciou a sua carreira em 2008 com o nome de Mick Betsch (nome de solteira da mãe), teve um início de época discreto, mas acabou por vencer oito das últimas 15 corridas. Michael Schumacher, sete vezes campeão do mundo de Fórmula 1, encontra-se em estado vegetativo desde dezembro de 2013, devido a um grave acidente de esqui, ocorrido nos Alpes franceses.
Filósofo José Gil diz que “Tudo o que resulta das velhas verdades falhou” Hoje Macau - 14 Out 2018 [dropcap style≠’circle’]C[/dropcap]om um elogio ao inconsciente na formação do conhecimento, o filósofo e ensaísta José Gil defende que é nesse inconsciente e no caos que ele provoca que podem estar as novas soluções para os antigos problemas atuais. “Tudo o que resulta das velhas verdades falhou”, disse o filósofo, numa sessão na Escola das Artes da Universidade Católica do Porto, onde apresentou o seu livro mais recente, “Caos e Ritmo”. Num final de tarde de meteorologia incerta, o ensaísta e filósofo dissertou sobre o caos como origem das certezas, a partir dos fragmentos de ideias que “possam entrar numa continuidade consistente”. “Se olharmos para a Arte, para a Cultura, para a Ciência, para os princípios morais, encontramos constantemente fragmentos, a que nos referimos como um caos”, explica José Gil, dizendo que é nesse caos fragmentado que devemos procurar as explicações para o que nos rodeia, rejeitando muita da lógica que até agora considerámos válida. “Temos de conseguir unir o que é heterogéneo”, acrescenta o pensador, numa evidente referência às atuais questões da inclusão e dos riscos da manipulação. “As ‘fake news’ são um aspeto não completado do estilhaçamento do real”, diz José Gil. José Gil fala ritmadamente, com argumentos que se percebe terem nascido de reflexões construídas com a avidez de quem gosta de interrogar tudo, pensar tudo. Mas afinal, o que é pensar? A questão é central no livro “Caos e Ritmo”, mas o problema dilui-se rapidamente em mil fragmentos de temas que se acumulam nas 504 páginas recentemente editadas pela Relógio d’Água, num livro em acabamento de capa mole. E essas duras dúvidas foram repetidas de diferentes maneiras, como se esmiuçadas de diferentes perspetivas, na sessão na Escola das Artes, da Universidade Católica do Porto. A conversa decorreu num palco improvisado ao lado de um auditório que se chama Ilídio Pinho, o nome do empresário de Vale de Cambra que fez fortuna com embalagens metálicas, na base de uma Fundação com várias iniciativas de mecenato, uma questão que Gil também questiona, sem o abordar diretamente, mas deixando o tema pairar, quando fala da questão da sustentabilidade do ato de pensar, na era da ‘cultura negócio’. Mas o que move José Gil é mais a compreensão de como o caos pode criar ritmo, e o ritmo, por sua vez, a ordem, onde, no final, tudo se sustenta. José Gil é um ensaísta português, nascido em Moçambique em 1939, com formação matemática antes de transitar para a filosofia, onde tem praticado a sua imensa curiosidade, derramada em diversos livros, que atravessam décadas com reconhecido prestígio. O semanário francês Le Nouvel Observateur colocou-o na lista dos 25 pensadores mais influentes do planeta, no mesmo ano em que recebeu o Prémio P.E.N. Clube Português de Ensaio (2005). José Gil foi também distinguido com o Prémio Vergílio Ferreira (2012), da Universidade de Évora. Nenhuma destas distinções parece afetar no seu discurso, que apenas formalmente se afigura distanciado do mundo real em que assenta o seu conhecimento, mas que, na verdade, constantemente regressa a esse real. Como quando, na sua reflexão, hoje, na Escola das Artes, José Gil remeteu para exemplos da atualidade: da atualidade que nos interpela, mas também da atualidade que nos aliena dessa mesma realidade, por discursos que intermedeiam a nossa compreensão do que se passa à nossa volta. Também por isso a linguagem é tão importante: porque ela corporiza o pensamento e revela o inconsciente. “Porque é necessário que se explique à criança a sua enfermidade e a sua diferença relativamente às crianças normais? Porque só assim ela poderá adquirir uma imagem inconsciente do corpo sã”, escreve José Gil logo nas páginas iniciais de “Caos e Ritmo”. A liberdade da palavra é um dos pilares essenciais do pensamento de José Gil, nesta obra, como na sessão no Porto, onde fala dessa linguagem como arma privilegiada para combater as ameaças totalitárias, fundadas na negação da heterogeneidade, aí considerada uma representação de um caos incompreendido e indesejado. Essa linguagem, por vezes, remete para um nível de compreensão da realidade que colide com a lógica tradicional, o que ajuda a explicar por que na área da psiquiatria são os chamados “feiticeiros” aqueles que mais eficácia podem conseguir na cura, sendo esses “feiticeiros” exatamente os psiquiatras que desafiam o pensamento tradicional sobre o funcionamento da mente humana, explicou José Gil na Escola das Artes da Universidade Católica do Porto. A “magia” dos “feiticeiros” ‘cozinha-se’ ao nível do inconsciente, diz o pensador, remetendo para essa arquitetura de soluções não-lógicas que se desenvolvem inesperadamente nas mais diferentes áreas, seja na Medicina, na Matemática ou na Filosofia. A verdade é que José Gil acredita que tudo tem regras – seja um bailado, um poema, um algoritmo, ou uma posição de ioga – mas essas regras nem sempre são conscientes. E é nessa ordem das coisas que a razão, a razão pura Kantiana (a tese de Mestrado de José Gil foi sobre Kant), procura ocultar aquilo que pode ser uma explicação para o sentido da vida, se existisse um sentido da vida (o tema pairou no debate, mas nunca lá aterrou). Mas não será a ameaça de uma catástrofe planetária a negação dessa ordem? Ou pelo menos, da sua afirmação pela razão ordenada pelo ritmo? “A ameaça está aí…”, foi a única resposta que o pensador deixou, na sessão do Porto, olhando a plateia, como se a interpelasse para mil outras perguntas, fragmentadas.
Família de Prince pede a Trump que deixe de usar a música do cantor nos comícios Hoje Macau - 14 Out 201814 Out 2018 [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] família de Prince pediu ao Presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, que deixe de usar a música do cantor, falecido em 2016, durante os seus comícios, como tem ocorrido por várias vezes. “Os herdeiros de Prince nunca deram a sua autorização ao Presidente Trump ou à Casa Branca para utilizar as canções de Prince e pedem que parem imediatamente qualquer utilização”, escreveu na rede social Twitter Omarr Baker, meio-irmão de Prince Rogers Nelson, de seu verdadeiro nome. Solicitado pela France-Press a comentar, a comissão de campanha de Trump não respondeu. Vários meios de comunicação norte-americanos avançaram que a equipa de campanha de Trump teria usado a canção emblemática de Prince ‘Purple Rain’ em vários comícios. Este é o mais recente caso de uma longa lista de artistas cujos herdeiros, ou eles próprios, solicitaram a Trump que não utilize a sua música durante os seus comícios. Rolling Stones, Adele, Neil Young, R.E.M., Aerosmith ou Queen, bem como os herdeiros de George Harrison, denunciaram o uso das suas obras durante as reuniões republicanas.
Brasil/Eleições: Fernando Haddad admite erros passados na gestão de empresas públicas Hoje Macau - 14 Out 201815 Out 2018 [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] candidato de esquerda às presidenciais do Brasil, Fernando Haddad, admitiu “erros cometidos no passado” na gestão de empresas públicas. Numa visita a um bairro de habitação social nos arredores de São Paulo, o candidato do Partido dos Trabalhadores (PT) disse que, se for eleito, pretende aplicar um sistema de controlo à gestão de empresas públicas para evitar “erros cometidos no passado”. Fernando Haddad afirmou que, quando era ministro da Educação, entre 2005 e 2012, havia um “serviço de controlo interno muito forte”. “Não tivemos nenhum problema com a corrupção quando houve um dos maiores orçamentos no Governo”, alegou o candidato, ‘contaminado’, no entanto, por numerosos escândalos de corrupção que ocorreram sob o governo do Partido dos Trabalhadores liderado pelo ex-Presidente Lula da Silva. O PT governou o Brasil durante 13 anos, de 2003 a 2016, um período que começou com os dois mandatos de Lula da Silva (2003-2010) e terminou com a demissão de Dilma Rousseff (2011-2016). Desde 2014 a operação “Lava-Jato”, considerada a maior investigação contra a corrupção no Brasil, revelou um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo empresas públicas como a petrolífera Petrobras. O ex-Presidente Lula da Silva é acusado de ter recebido um apartamento à beira-mar de uma construtora em troca de favores na concessão de contratos públicos relacionados com a Petrobras, mas nega qualquer irregularidade. Condenado em 2017 por corrupção e lavagem de dinheiro, cumpre uma pena de 12 anos e um mês de prisão desde Abril. Na primeira volta das eleições presidenciais, que decorreu no passado domingo, Fernando Haddad obteve 29 por cento dos votos, contra 46 por cento do candidato de extrema-direita Jair Bolsonaro, o principal favorito A segunda volta realiza-se em 28 de outubro. Bolsonaro “fomenta a violência, incluindo a cultura de violação” Fernando Haddad, afirmou que o seu oponente de extrema-direita, Jair Bolsonaro, “fomenta a violência, incluindo a cultura de violação”, a duas semanas da segunda volta. Numa entrevista exclusiva à agência France-Presse (AFP), o candidato do Partido dos Trabalhadores (PT) defendeu que “armar a população não irá resolver nada”, referindo-se às polémicas proposta de Bolsonaro. Bolsonaro tem defendido os valores tradicionais da família cristã, o porte de armas e ‘prega’ que o combate à violência no Brasil, país que atingiu a marca de 63.800 homicídios em 2017, deve ser feito de forma violenta pelas autoridades. Na primeira volta das eleições presidenciais, que decorreu no passado domingo, Fernando Haddad obteve 29 por cento dos votos, contra 46 por cento do candidato de extrema-direita Jair Bolsonaro, o principal favorito. A segunda volta realiza-se em 28 de outubro.
Crianças dos PALOP com problemas cardíacos acolhidas por instituição portuguesa Hoje Macau - 14 Out 201815 Out 2018 [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] número 33, no Catujal, concelho de Loures, foi o espaço escolhido para acolher, tratar e acompanhar crianças dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) com problemas cardíacos, cujos tratamentos nos seus países de origem são limitados. Em declarações à agência Lusa, Igor Rodrigues, responsável pela Casa Damião, explicou que a instituição surgiu através de “um colectivo de religiosos – a Congregação dos Sagrados Corações – que fundaram a Casa Damião” para dar “mais dignidade, segurança e conforto no acompanhamento destas crianças”. O responsável pela Casa Damião assistiu ao surgimento, em abril de 2013, da instituição que realiza um acolhimento temporário, pré e pós-hospitalar, para crianças e jovens, com especial atenção para as crianças da Guiné-Bissau. “No âmbito dos protocolos de colaboração na saúde entre o Estado português e os países africanos de língua oficial portuguesa, Guiné-Bissau é o país que apresenta maiores debilidades e fragilidades na saúde, daí o nosso foco ser estas crianças da Guiné-Bissau”, salientou. Durante a visita pela casa, que tem capacidade para receber até sete crianças, Igor Rodrigues referiu que esta instituição acompanha as crianças desde que chegam, até ao regresso do seu país de origem, assegurando alojamento, alimentação, vestuário e educação durante o período em que estão em Portugal. “O que nós fazemos aqui é dar o acompanhamento pré e pós hospitalar, e também damos a continuidade, ou seja, acompanhamos as crianças também em contexto hospitalar”, referiu. A Casa Damião conta com o apoio de uma equipa composta por duas enfermeiras e um médico pediatra que permitem dar continuidade ao tratamento pré e pós hospitalar. Lígia Sousa é enfermeira e divide o seu tempo entre o Centro de Saúde onde trabalha e a instituição e considera que é fundamental que as crianças saiam da Casa Damião com o conhecimento necessário para uma toma correta da medicação. “Após recuperadas [as crianças], fazemos a preparação para o regresso ao país de origem. E, nesta fase é muito importante capacitar a criança para a autogestão das questões de saúde e da terapêutica, para que a continuidade dos cuidados seja feita no seu país”, sublinhou. De forma a garantir que todo o processo seja cumprido, esta instituição tem o apoio de uma organização não-governamental (ONG) espanhola. “Nós temos um parceiro que colabora connosco e está no terreno que é uma ONG, a AIDA [Ajuda Intercâmbio e Desenvolvimento], que garante que todos estes cuidados serão dados no país de origem das crianças. E, isto é uma mais-valia, porque garante que a criança, não só vai cumprir a terapêutica, vai fazer todos os cuidados que são necessários, as consultas de rotina, como também uma participação junto da família para garantir que todos os processos e cuidados são prestados da melhor maneira”, indicou. Ao longo de seis anos de trabalho, a Casa Damião já apoiou 24 crianças, grande parte com patologias cardíacas, e pretende no próximo ano receber mais 12. Um objetivo traçado por Igor Rodrigues, que apela ao apoio de novos investidores sociais para dar continuidade ao projeto. “A Congregação [dos Sagrados Corações] tem financiado a Casa Damião. Neste momento, neste último semestre, foi-nos comunicado que vão sair de Portugal e só temos financiamento até dezembro. E, portanto, estamos à procura para o ano de 2019 de novos investidores sociais, que nos permitam continuar a salvar a vida destas crianças”, alertou. Numa casa onde neste momento estão quatro crianças o trabalho dos voluntários também é valorizado. Camilo Pimental é voluntário desde o primeiro dia em que a Casa Damião surgiu e é com um sorriso que afirma que observar a recuperação das crianças e proporcionar uma perspectiva de vida “tem sido de facto uma coisa muito boa”. Este voluntário recordou a história de um jovem que, apesar do seu estado frágil, “estava sempre bem disposto e conseguia sempre dar a volta às situações”. Também Igor Rodrigues lembrou um episódio de um jovem que chegou à instituição em 2015 “numa fase muito debilitada”. “Ele basicamente chegou cá entre a vida e a morte e conseguimos garantir a recuperação e a reabilitação dele para poder regressar ao seu pais de origem”, referiu. Para a enfermeira Lígia Sousa, o trabalho na instituição “dá imenso estímulo”, pois conseguem “ver a evolução e a diferença” que fazem na vida destas crianças.
Golfista português Pedro Figueiredo cai para 22.º no Hainan Open Hoje Macau - 14 Out 201815 Out 2018 [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] golfista português Pedro Figueiredo para o 22.º lugar do Hainan Open, torneio do ‘Challenge Tour’ que se disputa na China, ao marcar 74 pancadas, duas acima do par, na terceira volta. Depois de concluir a primeira volta no sexto lugar e a segundo no 15.º, com 68 e 71 pancadas, respetivamente, Pedro Figueiredo baixou mais sete posições, ao entregar um cartão com um ‘birdie’ (uma pancada abaixo do par) e três ‘bogeys’ (uma acima). No total, o golfista luso soma 213 pancadas, três abaixo do par, estando igualado com mais nove jogadores. O olímpico português José-Filipe Lima também participou na prova, mas não passou o ‘cut’, ao fechar a segunda volta com 149 pancadas (76+73), cinco acima do par. A prova é liderada pelo finlandês Kalle Samooja, com 202 pancadas, 14 abaixo do par.
Vencedor do Prémio LeYa de Literatura é conhecido na próxima semana com júri renovado Hoje Macau - 14 Out 201815 Out 2018 [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] vencedor do Prémio LeYa de Literatura, o maior galardão para uma obra inédita escrita em língua portuguesa, no valor monetário de 100 mil euros, com a edição pelo grupo editorial, é anunciado no próxima quarta-feira. O júri da edição deste ano do prémio, a 10.ª, revela alterações, com as saídas do escritor angolano Pepetela e dos professores e críticos brasileiros José Castelo e Rita Chaves, que são rendidos pela escritora angolana Ana Paula Tavares, a jornalista e crítica literária portuguesa Isabel Lucas e o editor, jornalista e tradutor brasileiro Paulo Werneck, segundo comunicado do grupo LeYa, enviado à agência Lusa. “No seu décimo aniversário, o Prémio LeYa apresenta este ano novidades no seu júri. Perante a saída do escritor angolano Pepetela e dos professores e críticos brasileiros José Castelo e Rita Chaves – os quais, desde já, homenageamos pela excelente colaboração de muitos anos com o prémio -, passam este ano a fazer parte do júri do Prémio LeYa a escritora e poeta angolana Ana Paula Tavares, a jornalista e crítica literária portuguesa Isabel Lucas e o editor, jornalista e tradutor brasileiro Paulo Werneck”. O escritor Manuel Alegre mantém a presidência do júri, do qual continuam a fazer parte Lourenço do Rosário, professor de Letras e ex-reitor da Universidade Politécnica de Maputo, José Carlos Seabra Pereira, professor de Literatura Portuguesa na Universidade de Coimbra, e o escritor e poeta Nuno Júdice. Segundo a mesma fonte, o júri “vai reunir-se na sede da LeYa, em Alfragide, no concelho da Amadora, nos arredores de Lisboa, nas próximas terça e quarta-feira, “estando o anúncio da decisão quanto ao romance vencedor agendado para as 12:00 da próxima quarta-feira, no mesmo local”. Ao galardão candidataram-se este ano, 348 originais provenientes de 13 países, segundo a mesma fonte, adiantando que a maioria provém de Portugal e Brasil, porém realçou que chegaram “obras de países tão diversos como Espanha, França, Inglaterra, Alemanha, Estados Unidos, China ou até mesmo da Islândia”. No ano passado, o vencedor foi o romance “Os Loucos da Rua Mazur”, de João Pinto Coelho. O galardão foi atribuído pela primeira vez em 2008, ao brasileiro Murilo Carvalho, pelo romance “O Rastro do Jaguar”, e por duas vezes não foi atribuído – em 2010 e em 2016 -, dada a qualidade dos originais a concurso, segundo justificou então o júri. “O Olho de Hertzog”, de João Paulo Borges Coelho, venceu o prémio em 2009, “O Teu Rosto Será o Ultimo”, de João Ricardo Pedro, em 2011, “Debaixo de Algum Céu”, de Nuno Camarneiro, foi o vencedor em 2012, ao qual se sucedeu “Uma Outra Voz”, de Gabriela Ruivo Trindade, em 2013. Em 2014 venceu o romance “O Meu Irmão”, de Afonso Reis Cabral, e, em 2015, “O Coro dos Defuntos”, de António Tavares.