Ensino / IA | Cursos nas escolas primárias e secundárias de Pequim ainda este ano Hoje Macau - 14 Mar 2025 A partir do segundo semestre de 2025, todas as escolas primárias e secundárias de Pequim oferecerão cursos gerais de inteligência artificial (IA) com carga horária de pelo menos 8 horas por ano, de acordo com o Plano de Promoção da Educação em Inteligência Artificial nas Escolas Primárias e Secundárias (2025-2027), divulgado recentemente pela Comissão Municipal de Educação de Pequim, indica o Diário do Povo. O currículo abrangerá todas as etapas da educação, desde o ensino fundamental até o ensino médio, e visa fortalecer as capacidades dos alunos nesta área-chave. As escolas terão a flexibilidade de criar cursos autónomos de IA ou combiná-los com outras disciplinas, como tecnologia da informação, ciência, actividades práticas e educação para trabalho, acrescenta a publicação. Além disso, no âmbito do programa, a capital chinesa planeia treinar cem reconhecidos professores especializados e mil professores especializados de destaque no ensino de IA. A iniciativa faz parte de um esforço mais amplo de Pequim para acelerar a construção de um sistema educacional de IA com características da capital e, ao mesmo tempo, promover a reforma e o desenvolvimento da educação básica. Concentrando-se em seis áreas-chave da aplicação da IA, incluindo ensino, aprendizagem, fomento, avaliação, pesquisa e administração, a cidade explorará novos cenários de aplicação da IA. Este ambicioso plano coloca Pequim como pioneira na integração da IA na educação, visando preparar os alunos para navegar no mundo digital enquanto usam a tecnologia de forma responsável.
Golfo de Omã | China, Rússia e Irão completam exercícios Hoje Macau - 14 Mar 2025 As marinhas das três nações levaram a cabo simulações de salvamento de embarcações sequestradas para reforçar a capacidade de luta contra o terrorismo marítimo e a pirataria A China, o Irão e a Rússia concluíram ontem uma série de exercícios marítimos no âmbito de manobras conjuntas nas proximidades do porto iraniano de Chabahar, no golfo de Omã. De acordo com a imprensa oficial chinesa, as três marinhas simularam operações de salvamento de navios comerciais sequestrados, com o objectivo de “reforçar as capacidades navais dos três países para fazer face a ameaças à segurança”. A operação decorreu numa região próxima do porto de Chabahar e incluiu ataques a alvos marítimos, abordagem e controlo de danos, bem como operações conjuntas de busca e salvamento. De acordo com a televisão estatal chinesa CCTV, os exercícios incluíram disparos de metralhadora pesada contra alvos marítimos, treino noturno de tiro ao alvo e salvamento de embarcações comerciais simuladas sequestradas. Citado pelo jornal oficial Global Times, Zhang Junshe, um perito em assuntos militares chineses, disse que o exercício se centrou na luta contra o terrorismo marítimo e a pirataria. Os exercícios, apelidados de “Security Ties 2025”, têm como objectivo “aprofundar a confiança militar mútua e a cooperação pragmática entre as forças armadas dos países participantes”, afirmou o Exército chinês, em comunicado. A história repete-se A Marinha do Exército de Libertação Popular da China (ELP) enviou o contratorpedeiro Baotou e o navio de abastecimento Gaoyouhu para participar nos exercícios, detalhou a mesma fonte. Os exercícios anuais foram realizados numa data semelhante em 2024, também nas águas do Golfo de Omã, e envolveram forças chinesas com o contratorpedeiro de mísseis guiados Urumqi, a fragata de mísseis Linyi e o navio de abastecimento Dongpinghu. O exercício do ano passado coincidiu com os combates dos rebeldes Huthis no Iémen contra os navios de guerra norte-americanos e britânicos estacionados no mar Vermelho para proteger a navegação nesta via fluvial estratégica, através da qual se estima que passe 15 por cento do comércio marítimo mundial. Os exercícios deste ano coincidem com uma reunião em Pequim, na sexta-feira, entre representantes da China, da Rússia e do Irão sobre a “questão nuclear” iraniana.
Os Retratos de Estrangeiros de Xie Sui Paulo Maia e Carmo - 14 Mar 2025 Da Yu, Yu o grande, uma figura lendária que se acredita ter sido o fundador da dinastia Xia (2059 – 2025 a. C.) de acordo com a tradição, dirigiu um grande esforço colectivo durante treze anos, conseguindo por fim controlar uma imensa inundação do rio Huanghe (o rio Amarelo) que cobria colinas e arrasava povoados. Uma «pressão excessiva» do bem precioso que é a água, razão da escolha dos lugares para habitar, que quando em excesso causa um desequilíbrio. Um pintor da corte de Qianlong (r.1735-96) chamado Xie Sui tratou esse tema da luta para viver com a natureza desmedida de um modo notável em vários rolos verticais, como em O grande Yu domestica a inundação (tinta e cor sobre papel, 188,6 x 115,4 cm, vendido na Sothebys) onde ressalta a figuração de uma grande quantidade de trabalhadores pintados de forma genérica. Mas o seu labor de recriar personagens em pinturas para a corte seria mais detalhado quando realizou uma série de quatro rolos horizontais com trezentas e uma figuras de pessoas, representativas dos mais diversos povos que vinham dos quatro cantos do Mundo prestar tributo ao Filho do Céu. Inseria-se essa figuração na antiga tradição de Retratos das oferendas períodicas que vinha já da dinastia Tang e explicitada em 1636 pelo cartógrafo Chen Zushou, já em diálogo com conhecimentos que traziam Europeus: «Todos os povos bárbaros dentro dos quatro mares devem vir prestar tributo ao nosso imperador. Embora eles (os jesuítas) possam descrever o Mundo como compreendendo cinco continentes, são no entanto quatro deles que devem rodear o núcleo do Império.» Uma curiosa influência na figuração desse ceremonial vê-se numa pintura anónima de 1761, existente no Museu do Palácio em Pequim (rolo vertical, tinta e cor sobre seda, 299 x 207 cm) intitulada Dez mil nações chegam para prestar tributo, em que se nota um realismo no tratamento das figuras que as aproxima do estilo exótico, europeu, introduzido na corte pelo missionário jesuíta Italiano Giuseppe Castiglione (1688-1766) que estava ao serviço do imperador. Xie Sui nos seus quatro rolos (c. 133,9 x 1402,2 cm, cada um,tinta e cor sobre papel, no Museu do Palácio Nacional, Taipé) mostra pares de figuras de estrangeiros, geralmente homem e mulher da mesma proveniência, alguns deles inventados. Entre eles encontra-se um casal que um título acima deles, como acontece com todas as outras figuras, escrito em caracteres sínicos e manchus, indica serem provenientes de Daxiyangguo, como então era designado Portugal. E que um texto descreve: «Os homens têm corpos longos com narizes proeminentes e bocas como as das corujas», as mulheres «prendem o cabelo para cima, usam ganchos, têm decotes quadrados e corpetes expostos, usam blusas curtas e saias longas com dois ou três arcos por baixo e muitas vezes levam um xaile a cobrir as suas cabeças.»
Explosão | Taiwan revela morte de menina ocorrida em Macau João Santos Filipe - 14 Mar 2025 A informação da morte da menina de dois anos em Macau apenas foi confirmada pelos Serviços de Saúde (SS), depois de ter sido revelada, em primeira mão, pelos órgãos de comunicação social da antiga Formosa. Os SS consideram que atenderam a “todas as necessidades” da vítima e da família em tempo útil Faleceu a menina de dois anos que tinha sido atingida por detritos projectados por uma explosão em Taiwan. Apesar do óbito ter acontecido na sexta-feira, no Centro Hospitalar Conde São Januário, a informação foi divulgada na noite de quarta-feira pelos órgãos de comunicação social de Taiwan. O caso remonta a 13 de Fevereiro, quando uma família com sete elementos de Macau estava a fazer turismo em Taichung e foi atingida por vários objectos projectados para a rua, devido a uma explosão no 12.º andar de um centro comercial. Nesse dia, foram declarados mortos dois residentes, os avós da família. Contudo, a menina de dois anos, neta das outras vítimas mortais, ficou em coma, com lesões cerebrais, ligada à máquina e a lutar pela vida. A menina foi transportada para Macau a 26 de Fevereiro, permanecendo sempre em coma, e internada no Centro Hospitalar Conde São Januário. Na sexta-feira à noite, 7 de Março, acabou por falecer. A informação foi comunicada aos meios de comunicação social de Taiwan pelo homem que no dia do acidente ajudou a transportar a menina de urgência para o hospital. No entanto, a informação do óbito não foi comunicada em Macau. A informação apenas foi tornada pública, depois notícia ter sido avançada pelos órgãos de comunicação social de Taiwan, onde o caso ainda está a ser investigado e promete muitos desenvolvimentos, pela necessidade de serem apuradas responsabilidades sobre o acidente e pagas as compensações às famílias das vítimas. Do acidente, no que diz respeito a vítimas de Macau, resultaram outros quatro feridos que recuperaram sem problemas. Atrás do prejuízo Com a informação dos órgãos de comunicação social de Taiwan a ser divulgada nas redes sociais, e a chegar a alguns órgãos de comunicação social locais, os Serviços de Saúde acabaram por emitir um comunicado, na madrugada de quinta-feira, em chinês. A informação em português apenas foi disponibilizada de manhã. “Os Serviços de Saúde informaram que, após a obtenção do consentimento da família, foi agora anunciado que a menina de Macau que ficou ferida na anterior explosão de gás em Taichung morreu no Hospital Conde de S. Januário no dia 7 deste mês”, foi confirmado. As autoridades defenderam ainda a qualidade dos serviços prestadas à vítima e à família: “Os Serviços de Saúde manifestaram profundo pesar pela morte da menina e apresentaram as mais profundas condolências à sua família, também foram prestados apoio emocional e serviços de aconselhamento aos familiares e atendidas as suas necessidades em tempo útil”, foi acrescentado. Críticas online Com a notícia do óbito por parte dos órgãos de comunicação de Taiwan, surgiram vários comentários online a lamentar o sucedido e a desejar as condolências à família. No entanto, a postura do Governo e dos órgãos de comunicação social de Macau foi igualmente alvo de várias críticas, face à incompreensão pelo facto do desfecho deste caso, que foi altamente mediático, apenas ter sido conhecido através dos órgãos de comunicação social de Taiwan. Em alguns dos grupos de conversação mais populares do território em chinês tradicional lamentava-se a falta de transparência do Governo da RAEM e a falta de vontade dos órgãos de comunicação social para noticiarem eventos fora da agenda do Governo.
DSAL | Vagas de trabalho no Shake Shack e Barbie Love Hoje Macau - 14 Mar 2025 A Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) irá organizar três sessões de feiras de emprego, disponibilizando um total de 224 vagas, nos dias 20, 21 e 24 de Março, para os sectores da restauração, comércio a retalho de vestuário e supermercados, administração predial e limpeza. Segundo um comunicado divulgado ontem pela DSAL, as inscrições para as três sessões abrem hoje e os interessados podem inscrever-se no website da DSAL até ao meio-dia de 19 de Março. A primeira sessão está marcada para a manhã de 20 de Março, com a oferta de 80 vagas para trabalhar nos restaurantes Shake Shack e no yum cha Êxito, na Rua da Cantão, para as funções de chefe de loja, cozinheiro, assistente de cozinheiro e empregado de restauração. Na tarde do mesmo dia, serão disponibilizadas 14 vagas para chefe de loja, vendedor e empregado de armazém em duas lojas de vestuário desportivo. Na manhã do dia seguinte, será a vez dos sectores da administração predial e limpeza, com 83 vagas para supervisor de atendimento ao cliente, oficial de manutenção de instalações prediais, porteiro, varredor de rua e trabalhador de coleta de lixo. Na manhã de 24 de Março, serão oferecidas 47 vagas para trabalhar nos supermercados “Barbie Love” e do “Supermercado San Fa Seng” para as funções de operador de caixa, arrumador de prateleiras, empregado de armazém, embalador de frutas e legumes e cortador de carnes. As três sessões vão decorrer no Edifício da FAOM, na Rua da Ribeira do Patane nº 2-6.
Combustíveis | Pedida nova equipa para controlar preços João Santos Filipe - 14 Mar 2025 A associação Poder do Povo, presidida por Lam Weng Ioi, afirma que os produtos e serviços derivados do petróleo têm preços excessivos no território e pede uma supervisão séria por parte das autoridades A associação Poder do Povo defende a criação de um grupo de trabalho para controlar as flutuações dos preços ligados aos produtos derivados do petróleo em Macau. A posição foi tomada pelo presidente Lam Weng Ioi, através de uma carta entregue na sede do Executivo. De acordo com a mensagem divulgada ontem, a associação considera “evidente” que os preços precisam de ser regulamentados porque “se mantêm” sempre “muito elevados”, com uma média superior a 14 patacas por litro de gasolina, apesar do preço do crude sofrer várias flutuações. Na perspectiva da associação dirigida por Lam, a necessidade de supervisão fica ainda mais clara, quando actualmente os preços praticados são muito semelhantes aos que eram cobrados em outras alturas quando o preço do petróleo era muito mais alto. “O aumento dos preços destes bens de primeira necessidade está invariavelmente a aumentar os encargos da população”, é argumentado. Por isso, a associação Poder do Povo sugere um grupo para “monitorizar e controlar os preços” dos derivados do petróleo, e em principalmente aqueles dos bens ou serviços com maior impacto na vida da população, como o preço dos combustíveis, transportes, comunicações e electricidade. “As empresas relevantes devem ser sujeitas a licenciamento e supervisão”, foi indicado. A associação indica também que as empresas “que exploram serviços públicos devem ser obrigadas a divulgar informações sobre os preços e a limitar os seus lucros, devendo os seus dados financeiros ser auditados e publicados”. “O Governo deve avaliar os preços e o desempenho operacional das empresas em causa e rever regularmente as licenças, bem como introduzir mais concorrentes através de concursos públicos regulares”, foi acrescentado. Luta eterna Também na carta a associação se insiste numa das suas principais bandeiras, o controlo da emissão de autorizações para trabalhadores não residentes. “De acordo com as queixas dos nossos membros, algumas empresas controladas ou fiscalizadas pelos serviços públicos, como parques de estacionamento ou outros serviços subcontratados pelos serviços públicos, estão cheias de trabalhadores não residentes, para trabalhos como limpezas, gestão de condomínios e até engenharia”, foi indicado. “Não apoiamos a discriminação dos trabalhadores não residentes, mas o Governo deve tomar a iniciativa de incentivar estas empresas a contratarem mais trabalhadores residentes, principalmente na situação económica actual”, foi frisado. “A prioridade dos trabalhadores locais no acesso ao emprego não deve ser apenas um slogan vazio”, foi concluído.
Jardim da Flora | Pista de gelo concluída este mês Hoje Macau - 14 Mar 2025 O Instituto para os Assuntos Municipais (IAM) revelou que as obras de construção de uma pista de gelo para crianças no Jardim da Flora vão ser concluídas neste mês. A revelação foi feita durante um colóquio sobre assuntos comunitários da Freguesia de São Lázaro, na quarta-feira. Segundo o jornal Ou Mun, os representantes do IAM explicaram que antes de ser uma pista de gelo, o local era um labirinto com plantas. Como este espaço foi danificado pelo sol e chuvas intensas, ao mesmo tempo que outras construções impediram a construção de abrigos para a vegetação, o IAM decidiu instalar ali uma pista de gelo com 450 metros quadrados. Os representantes do IAM explicaram também que na fase actual ainda estão a corrigir alguns defeitos nas obras e que numa fase posterior, quando estiver garantida a segurança, a pista vai estar aberta ao público.
Macau Pass | Troca de cartão polémica devido a cobrança João Luz - 14 Mar 2025 Depois de um idoso se queixar de lhe terem pedido 50 patacas para trocar o Macau Pass, o Governo afirmou que a partir de hoje não há cobranças, depois de anunciar que a troca era gratuita. Quanto ao pedido para assinar listas para as eleições, o Executivo garantiu ao HM que se tiver conhecimento de irregularidades encerrará postos de troca de cartões Depois de uma queixa na segunda-feira de que uma idosa terá sido convidada a assinar um boletim de propositura de candidatura às eleições legislativas quando trocava o cartão Macau Pass para idosos para participar no Grande Prémio do Consumo numa associação local, ontem o processo voltou a conhecer um novo episódio. Mais uma vez, no programa Fórum Macau do canal chinês da Rádio Macau, um idoso queixou-se de lhe ter sido cobrado 50 patacas para trocar o cartão Macau Pass para Idosos que permite participar no programa de descontos e incentivo ao consumo Grande Prémio do Consumo. O caso ocorreu numa loja da Macau Pass onde o funcionário terá informado o residente de que se fizesse a troca num dos cerca de 60 postos de troca em serviços sociais e associações locais o serviço seria gratuito. Recorde-se que no final da semana passada, no dia em que começou a troca de cartões, a Direcção dos Serviços de Economia e Desenvolvimento Tecnológico (DSEDT) emitiu um comunicado a informar que “o tratamento das formalidades de substituição” dos cartões era gratuito. Também o pedido de um cartão temporário não teria encargos. “Caso os idosos necessitem de utilizar o cartão durante o período de substituição, a Macau Pass fornecer-lhes-á gratuitamente um cartão de utilização temporária”, mesmo nos centros de serviços da Macau Pass. Depois da queixa, a DSEDT esclareceu que as 50 patacas cobradas seriam devolvidas no saldo do novo cartão. Além disso, o Governo negociou com a Macau Pass para, a partir de hoje, terminarem a pré-cobrança de taxas para trocar os cartões. Perninha eleitoral Além da cobrança de 50 patacas, a troca de cartões e o pedido de cartões temporários que se faz exclusivamente nas lojas da Macau Pass tem sido criticada pelas longas filas que tem gerado. O deputado Pereira Coutinho foi uma das vozes que denunciou a situação. Por outro lado, quando o serviço de troca de cartões decorria apenas há três dias úteis, uma residente alegou que a sua avó foi convidada a assinar um boletim de propositura de candidatura às eleições legislativas quando tentava trocar o cartão Macau Pass para idosos numa associação local. O HM contactou todos os serviços públicos envolvidos (Instituto de Acção Social, Comissão de Assuntos Eleitorais da Assembleia Legislativa e DSEDT), para saber se estaria em curso alguma investigação relacionada com acções eleitorais durante as trocas dos cartões para idosos, e quais as consequências, e só obteve resposta da DSEDT. O organismo liderado por Yau Yun Wah começou por referir que a DSEDT organizou sessões de formação e esclarecimentos para “as entidades colaboradoras em relação aos procedimentos de substituição de cartões para idosos”. Além disso, a DSEDT afirmou ter elaborado “Orientações de operação e confidencialidade” e solicitou “aos funcionários de todos os postos de serviços que as cumprissem rigorosamente”. Em relação ao pedido para assinar proposituras de candidaturas durante a troca de cartões, a DSEDT salienta ter “lembrado aos seus funcionários que se devem conformar com as orientações para prestar assistência aos residentes na substituição de cartões, limitando-se apenas o serviço disponibilizado ao de substituição de cartões”. Comunicação que a DSEDT garantiu ao HM, num e-mail enviado ao fim da tarde de quarta-feira, ter sido reiterada “há alguns dias”. Em relação a possíveis consequências de aproveitamento eleitoral de associações no trabalho de substituição de cartões, o Governo garantiu ao HM que estará atento. “A DSEDT continuará a fiscalizar todos os postos de serviços, e caso verifique a violação das orientações em qualquer um destes, cessará, de imediato, o serviço de substituição de cartões disponibilizado pelo posto de serviço envolvido”, foi acrescentado.
“Duas Sessões” | Sam Hou Fai promete “acções concretas” Andreia Sofia Silva - 14 Mar 2025 O Chefe do Executivo, Sam Hou Fai, promete a realização de “acções concretas” em Macau para “transformar o espírito das ‘Duas Sessões'” e as palavras dos dirigentes chineses em acções práticas, defendeu ontem num discurso proferido na Sessão de Transmissão do Espírito das “Duas Sessões” da Assembleia Popular Nacional (APN) e da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC) deste ano. Sam Hou Fai disse que as mensagens transmitidas nas “Duas Sessões” irão “abrir de forma incansável novos horizontes de desenvolvimento para Macau no contexto de participação e apoio à modernização ao estilo chinês, contribuindo, assim, de maneira ainda mais significativa para a construção de um grande país e para a revitalização nacional”. Pretende-se, por exemplo, “introduzir novos conceitos de governação, aperfeiçoar as formas de acção governativa e intensificar a comunicação e cooperação com a sociedade”, implementando “plenamente o princípio de ‘Macau governada por patriotas'”. O governante adiantou ainda que serão tiradas ilações para “aprofundar a reforma da Administração pública, reforçar a coordenação e a concertação, e elevar de forma abrangente a eficácia governativa”. No tocante à economia, a diversificação continua a ser o principal objectivo. “Iremos adoptar uma nova mentalidade com esforços mais intensificados e medidas mais pragmáticas que acelerem e promovam a diversificação adequada da economia, a fim de alcançar novos avanços e novos resultados”, disse.
Economia | Lei Chan U pede explicações sobre turismo de saúde João Santos Filipe - 14 Mar 2025 O deputado dos Operários pede ao Executivo que apresente as medidas que vai adoptar para fomentar a indústria do turismo de saúde, que é vista como um dos pilares da diversificação económica O deputado Lei Chan U pretende que o Governo apresente as medidas que vão ser adoptadas para concretizar a política de exploração do turismo de saúde. A pergunta faz parte de uma interpelação escrita, e surge depois do Hospital das Ilhas ter entrado em funcionamento, em Setembro do ano passado. Segundo o deputado, o Executivo indicou que o caminho para explorar o turismo de saúde passava pela criação de parcerias entre as autoridades, as concessionárias de jogo e os diferentes serviços médicos. Contudo, legislador ligado à Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM) considera que é necessário disponibilizar mais informação sobre o que realmente se pretende para o sector e como se vão concretizar os objectivos: “Qual é o ponto de situação sobre o aproveitamento do Centro Médico de Macau do Peking Union Medical College Hospital como catalisador para atrair mais turistas de saúde e promover o desenvolvimento deste sector em Macau?”, questiona o deputado dos Operários. “E que medidas concretas foram adoptada pelo Governo para efectivamente aplicar esses planos?”, acrescenta. Segundo o entendimento de Lei Chan U, com o Hospital das Ilhas em funcionamento desde Setembro de 2024 é necessário “reforçar gradualmente o seu papel e as suas funções na promoção do desenvolvimento do sector”. Hospitais de dia Além de pedir na interpelação escrita que se passe do papel à realidade, Lei Chan U questiona o Executivo sobre os planos para criar os chamados “hospitais de dia”. Inicialmente apresentada no ano passado, a ideia passa por criar novas unidades de saúde no sistema de licenciamento, que ocupem uma função intermédia, entre as clínicas e os hospitais. De acordo com os moldes apresentados, e citados por Lei Chan U, a criação das novas unidades de saúde implica a alteração do regime de licenciamento das instituições de saúde. E o Governo prometeu uma nova consulta pública neste sentido. Porém, ainda não se verificaram desenvolvimentos. Como tal, Lei pede um ponto da situação: “A Administração indicou que vai lançar uma consulta pública sobre o aumento do número de licenças para os hospitais de dia no primeiro trimestre de 2025. Qual é o ponto da situação dos trabalhos preparatórios da consulta pública? Quando está previsto o início da consulta pública?”, interroga. Apresentado como um dos grandes projectos na área da saúde em Macau, o Hospital das Ilhas abriu no ano passado, em Setembro. No entanto, ao contrário do que chegou a ser esperado não é um hospital público, e a gestão foi entregue a uma entidade privada, o Peking Union Medical College Hospital. Quando pretendem utilizar estes serviços, os residentes têm de pagar como qualquer turista ou outro cliente. A única forma de serem atendidos em condições iguais às do sector público acontece quando os residentes são encaminhados para este hospital pelos Serviços de Saúde.
IC | Lançado livro sobre as raízes históricas da Rua das Estalagens Andreia Sofia Silva - 14 Mar 2025 “In Search of Its Roots – An Illustrated History of Rua das Estalagens” é o nome da obra bilingue, lançada em formato digital, que conta a história desta rua histórica de Macau, revelando os negócios que sobreviveram à passagem do tempo. A produção esteve a cargo da Sociedade de Artistas de Macau, com o apoio do Instituto Cultural e da Sands China A história serpenteia pela Rua das Estalagens desde finais do século XIX. A estreita artéria sempre foi palco de um intenso reboliço social e comercial e foi onde Sun Yat-sen, considerado o pai da China moderna e da revolução republicana, abriu farmácias e drogarias, sobretudo a partir de 1893. Ao longo dos anos, a Rua das Estalagens, no Porto Interior, foi um exemplo vivo do comércio, sendo que os governadores portugueses foram, progressivamente, expandindo a rua, composta por edifícios do estilo chinês e templos, como o Templo do Bazar e Templo da Deusa Noi Wo. Todos estes pedaços de história se contam agora na publicação digital “In Search of Its Roots – An Illustrated History of Rua das Estalagens”, obra produzida pela Sociedade dos Artistas de Macau e de autoria de Siguo Chen nos textos e ilustrações de Shirley Lu. Os responsáveis pela edição são o Instituto Cultural (IC) e a operadora de jogo Sands China. Segundo uma nota de imprensa da Sands China, o livro, em chinês e inglês, pretende “destacar o passado fascinante da histórica rua de Macau e a beleza do seu legado”, contendo entrevistas com figuras ligadas à rua, sejam comerciantes ou moradores. Pretende-se, deste modo, levar “residentes e visitantes a redescobrir a preciosidade das lojas centenárias e o património cultural da rua através de histórias lendárias”, para que estes possam “alargar a sua compreensão sobre a transformação do bairro e dos seus habitantes”. O conteúdo do livro resulta de “conversas próximas com representantes de associações, entidades empresariais e residentes do bairro”, tendo como fonte dezenas de histórias orais que facilmente se podem perder se não forem registadas. Esta obra não fica encerrada no mundo digital, tendo sido impressa para constar nas bibliotecas públicas de Macau e escolas, a fim de “promover o sentido do património cultural e realçar os laços mútuos entre as pessoas de Macau”, pretendendo ser “um recurso comunitário valioso para aprofundar a compreensão e a apreciação de Macau e da rua”. 200 anos de história Um dos destaques dado no livro é ao sector têxtil que sempre predominou na Rua das Estalagens. No capítulo intitulado “Two Centuries of Prosperity: Spinning a Legacy in the Textiles Trade” [Dois séculos de prosperidade: A construção de um legado no comércio de têxteis], lê-se que “a Rua das Estalagens sempre foi um centro para a indústria têxtil”. Nos anos em que o sector têxtil tinha uma maior presença no território, entre as décadas de 70 e 90, “a rua albergou mais de 20 lojas com produtos de fábrica, incluindo três espaços da Loja de Fazendas Veng On”. “Em seu redor existiram 30 negócios relacionados com estas lojas, como alfaiates, lojas de roupa, lojas com produtos ocidentais e lojas de ornamentos para funerais, o que trouxe reputação à rua”, lê-se ainda. Na Rua das Estalagens “o comércio de tecidos tem mais de 200 anos”, aponta o mesmo texto. Outros capítulos do livro falam da presença do revolucionário republicano em Macau, em “The Starting Point of Sun Yat-sen’s Story” [O Ponto de Partida da História de Sun Yat-sen] ou estórias de personalidades ligadas à rua e ao seu comércio. Na conclusão da obra, refere-se que depois da transição, a rua “enfrentou novos desafios: a crise financeira global, a epidemia da SARS, a covid-19 e a incerteza da economia, deixando novamente a necessidade de renovação”. “No passado, os negócios floresceram, por si só, graças ao trabalho árduo e resiliência. Mas hoje em dia a comunidade junta-se com uma visão partilhada, planeando de forma activa [o desenvolvimento da rua] com o apoio do Governo de Macau e as empresas de resorts integrados. Com estes esforços, existe um sentido de esperança que a Rua das Estalagens recupere brevemente a sua antiga vitalidade, estando pronta para uma nova era de prosperidade”, é apontado. Visão institucional A presidente do IC, Deland Leong Wai Man, apontou que o livro resulta do “esforço ponderado para alargar a discussão em torno da preservação e revitalização [da rua]”, segundo a mesma nota de imprensa. “Espera-se que a renovação da rua inspire mais pessoas a tomar conhecimento dos bairros históricos de Macau e a participar na sua preservação, combinando ideias e recursos para garantir que a cultura e a história da cidade continuem a prosperar durante gerações”, disse ainda. Por sua vez, Wilfred Wong, presidente-executivo da Sands China, defendeu que “a Rua das Estalagens é um microcosmo da própria Macau, um lugar onde uma história rica se encontra com um futuro moderno”. “As paredes das suas ruelas testemunharam a transformação de Macau, e as suas histórias e pessoas merecem ser recordadas, pois são fontes preciosas do património cultural de Macau. O nosso esforço para publicar o livro foi possível graças à colaboração da nossa equipa local para realizar entrevistas com proprietários de lojas históricas, criar ilustrações e tirar fotografias, entre outros trabalhos”, frisou. Fachadas novas Recorde-se que esta publicação surge depois de ter sido anunciado pelo Governo a actuação da Sands no plano de revitalização da Rua das Estalagens, nomeadamente com o “Programa de Recrutamento de Empreendedores para a Rua das Estalagens”, lançado em Abril do ano passado. A operadora de jogo explica que os sete negócios seleccionados para a iniciativa “têm vindo a abrir por fases, trazendo energia para a zona juntamente com outros novos negócios, proporcionando uma plataforma para jovens empresários ambiciosos poderem realizar os seus sonhos”. Além disso, a operadora de jogo pretende revitalizar as fachadas das lojas “com desenhos que realçam as suas características, ressoando a história da rua e da cidade”. Para esta iniciativa, a Sands também tem colaborado com a Sociedade de Artistas de Macau, sendo que os desenhos serão criados por dois jovens artistas locais, Lei Chek On e Sit Ka Kit. “O objectivo é que, com um esforço colectivo como este, a comunidade possa redescobrir a história da rua e aprender sobre as suas histórias e lojas passadas através das interpretações visuais destes artistas locais de Macau e das suas percepções do território”, lê-se. Siguo Chen, o autor do livro, é um jornalista veterano com uma carreira de mais de 60 anos que tem estado profundamente ligado à área de media tanto em Macau como em Hong Kong.
EUA | Japão lamenta imposição de tarifas sobre o aço Hoje Macau - 13 Mar 2025 O Japão lamentou ontem ser alvo das tarifas aduaneiras de 25 por cento sobre o aço, impostas pelos Estados Unidos, alertando que as barreiras alfandegárias podem ter um impacto considerável nas ligações económicas. O porta-voz do Governo de Tóquio, Yoshimasa Hayashi, disse “ser lamentável” que o Japão não tenha conseguido a isenção nas tarifas sobre o aço e o alumínio, em vigor desde ontem, marcando uma nova etapa na guerra comercial entre os Estados Unidos e os principais parceiros comerciais. Além do Japão, União Europeia, Canadá, China e Austrália são afectados por esta medida, e o objectivo declarado do Presidente norte-americano, Donald Trump, passa por proteger a indústria siderúrgica dos EUA, que tem visto a produção diminuir de ano para ano face a uma concorrência cada vez mais forte, particularmente da Ásia (ver página 11). Os Estados Unidos importam cerca de metade do aço e do alumínio utilizados no país, para sectores tão variados como as indústrias automóvel e aeronáutica, a petroquímica e os produtos de consumo básicos, como os enlatados. Hayashi disse ainda que o aço e o alumínio japoneses não comprometem a segurança nacional dos Estados Unidos e que os produtos japoneses são de alta qualidade, difíceis de substituir, reforçando a competitividade da indústria transformadora norte-americana. “As medidas de restrição comercial adoptadas pelos Estados Unidos vão ter provavelmente um impacto considerável nas relações económicas entre o Japão e os Estados Unidos, bem como no sistema comercial multilateral”, advertiu ainda o porta-voz, sem mencionar eventuais represálias. Sem escape No início da semana, o ministro do Comércio japonês, Yoji Muto, deslocou-se a Washington para tentar obter uma isenção da Administração norte-americana, mas sem êxito. O Japão exportou 31,4 milhões de toneladas de aço em 2024, incluindo 1,12 milhões de toneladas para os Estados Unidos, de acordo com dados das autoridades japonesas. Este valor corresponde a 4 por cento das importações de aço dos Estados Unidos, sendo Tóquio o sexto maior fornecedor, atrás do Canadá, do Brasil e do México. Até 2022, o Japão obteve a isenção sobre os direitos de exportação, para os Estados Unidos, de 1,25 milhões de toneladas de aço, por ano. Donald Trump ameaça também agravar as taxas sobre as importações de automóveis a partir de Abril. Trata-se de uma questão importante para Tóquio visto que, no ano passado, a indústria automóvel representou cerca de 28 por cento de todas as exportações japonesas para os Estados Unidos. Durante o primeiro mandato, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, já tinha imposto direitos aduaneiros de 25 por cento sobre o aço e de 10 por cento sobre o alumínio, numa tentativa de proteger a indústria americana sobretudo do centro e oeste norte-americanos.
Geogastronomia e a Inteligência Artificial Jorge Rodrigues Simão - 13 Mar 2025 A complexa interacção destas perspectivas reflecte os debates mais amplos no mundo da culinária, abordando a forma como os sistemas alimentares podem evoluir respeitando as identidades culturais. A relação entre a geogastronomia e a IA é ilustrada através de vários estudos de caso inovadores. Um exemplo convincente é o domínio da nutrição personalizada. As tecnologias emergentes utilizam a IA para analisar as preferências alimentares individuais, as métricas de saúde e as predisposições genéticas. Empresas como a Nutrigenomix utilizam a IA para adaptar os conselhos nutricionais com base na análise do ADN, dando ênfase a uma abordagem mais individualizada da alimentação que tem em conta tanto o contexto geográfico como a saúde pessoal. Outro esforço notável é o desenvolvimento de cozinhas inteligentes. Empresas como a Samsung e a LG introduziram aparelhos de cozinha baseados em IA que ajudam na preparação de refeições e na sugestão de receitas. Estes dispositivos inteligentes podem oferecer receitas personalizadas com base nos ingredientes disponíveis, melhorando a experiência culinária e reduzindo o desperdício alimentar. Esta inovação não só simplifica a preparação de refeições, como também incentiva os consumidores a explorar ingredientes locais e sazonais. Além disso, as plataformas baseadas em IA, como a Tock, permitem que os restauradores de cozinha analisem os dados dos clientes para melhorar o serviço e adaptar os menus à evolução das preferências. Esta adaptabilidade, impulsionada pela percepção dos dados, ilustra a forma como a IA pode transformar os modelos de negócio tradicionais no sector da culinária, ao mesmo tempo que os enquadra no contexto geográfico da experiência gastronómica. Apesar dos desenvolvimentos promissores na intersecção entre a geogastronomia e a IA, persistem desafios e limitações significativos. As preocupações com a privacidade dos dados levantam questões éticas relativamente à informação dos consumidores. À medida que a IA analisa os hábitos alimentares pessoais, a protecção destes dados torna-se fundamental. Existe também o risco de exacerbar as desigualdades no acesso aos alimentos se a tecnologia se tornar demasiado centralizada ou se os produtores mais pequenos não tiverem recursos para competir. Além disso, a dependência de abordagens baseadas em dados pode ofuscar a importância da criatividade humana na cozinha. Embora os dados possam orientar a inovação culinária, a arte de cozinhar é muitas vezes uma questão de experimentação e instinto. À medida que os chefes de cozinha adoptam ferramentas de IA, devem manter-se vigilantes para preservar a essência e a alegria da criatividade culinária. O futuro da geogastronomia e da IA depende de uma abordagem sinérgica que respeite tanto os avanços tecnológicos como as tradições culinárias. As iniciativas educativas centradas na integração dos estudos alimentares com a tecnologia podem abrir caminho a uma nova geração de profissionais de culinária equipados para navegar nesta paisagem em evolução. As universidades e as escolas de culinária podem incorporar a formação em IA juntamente com a educação culinária tradicional para produzir chefes de cozinha bem preparados e familiarizados com ambos os domínios. Além disso, os esforços de colaboração entre os criadores de tecnologia, os chefes de cozinha e os agricultores podem conduzir a práticas mais sustentáveis. Ao utilizar a IA para abordar o transporte de alimentos, a gestão de resíduos e as estratégias de aprovisionamento, as partes interessadas podem criar um sistema alimentar mais eficiente que respeite os sabores e as culturas locais. Finalmente, a implementação da IA na agricultura comunitária é promissora. As iniciativas de IA localizadas podem oferecer aos agricultores informações sobre dados climáticos, padrões de rotação de culturas e tendências de mercado, promovendo assim a resiliência contra os desafios ambientais. Ao melhorar as redes alimentares locais, as comunidades podem tornar-se mais auto-suficientes, promovendo simultaneamente o rico património agrícola exclusivo das suas regiões. A intersecção entre a geogastronomia e a IA é um domínio dinâmico e cheio de oportunidades. Ao compreender a forma como os factores geográficos influenciam a cozinha e ao integrar tecnologias de IA, podemos promover a inovação culinária, respeitando simultaneamente o património cultural. A sinergia entre tradição e tecnologia tem o potencial de redefinir a nossa paisagem culinária, abrindo caminho a práticas sustentáveis e a experiências gastronómicas melhoradas. Em última análise, à medida que este diálogo interdisciplinar prossegue, o mundo da culinária está na vanguarda da mudança transformadora, combinando o sabor com a tecnologia de uma forma que enriquece a nossa cultura alimentar global.
CCCM | Arranca nova edição do Ciclo de conferências sobre Macau, China e Ásia Hoje Macau - 13 Mar 2025 O Centro Científico e Cultural de Macau recebe mais uma edição das “Conferências da Primavera”, ciclo de conferências com oradores e académicos sobre Macau, China e Ásia, que visa apresentar os estudos mais recentes nas áreas da ciência política, história ou antropologia, entre outras. A abertura oficial ao grande público acontece esta sexta-feira É já amanhã que arranca oficialmente mais uma edição do programa de palestras “Conferências da Primavera”, que vem sendo apresentado, nos últimos anos, pelo Centro Científico e Cultural de Macau (CCCM), em Lisboa. Esta quinta-feira o arranque oficial faz-se com uma série de convidados ligados ao meio académico e governamental, como é o caso do próprio ministro da Educação, Ciência e Inovação português, Fernando Alexandre, ou Florbela Paraíba, presidente do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua. Este ciclo de conferências, que se estende pelas próximas semanas, visa apresentar a um público mais vasto as mais recentes investigações sobre Macau, China e Ásia, com as sessões dedicadas a Macau a arrancarem esta semana. Destaque para a apresentação, na próxima segunda-feira, da palestra por Hugo Pinto, ex-jornalista da TDM Rádio Macau e doutorando da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, que irá falar sobre o padre Benjamim Videira Pires e a “visão ecuménica de uma transculturação em Macau”. Segue-se Celina Veiga de Oliveira, que recentemente venceu o Prémio Identidade, com uma apresentação sobre a figura de Fernando Lara Reis, “um leiriense que amou Macau”. Esta apresentação decorre numa altura em que passam 75 anos sobre o aniversário da sua morte. De resto, esta semana decorrem algumas apresentações com jovens bolseiros do CCCM que também abrangem temas ligados às áreas da ciência política e relações internacionais, como é o caso da apresentação de Tiago Santos, do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, que aborda “O impacto da China e da Iniciativa Uma Faixa, Uma Rota nas dinâmicas regionais sul-asiáticas: o papel da ‘Sino-Pakistani axis'”. Thaysa Cunha, também do ISCTE, irá falar das relações entre a China e Moçambique e o papel do Fórum Macau nesta conexão. Destaque ainda para algumas palestras sobre a língua portuguesa na China, nomeadamente a de Li Guofeng, doutorando da Universidade de Lisboa, que irá falar da diplomacia chinesa em torno da língua portuguesa como “ferramenta de soft power”. Memórias de um país O cartaz das Conferências da Primavera fica também preenchido com palestras sobre as memórias de vivências na China. Na terça-feira, 18, António Graça de Abreu, poeta e tradutor, apresenta “À Descoberta de Xangai”, enquanto o antigo embaixador José Manuel Duarte de Jesus fala dos “Mais de 40 mil anos de sociedade clânica matriarcal na China”. No painel “Poesia, Contemplação e Memórias” cabe ainda a palestra com Sara Costa, da Universidade do Minho, sobre “a tradução da poesia chinesa para o português: desafios, estratégias e perspectivas”. As sessões exclusivamente sobre Macau terminam na próxima segunda-feira, sendo que na terça-feira começam as palestras sobre a China, com fim agendado para 21 de Março. O ciclo dedicado à Ásia decorre entre os dias 25 e 27 de Março, véspera do fim anunciado para as Conferências da Primavera, dia 28 de Março. Destaque ainda para a inauguração, esta sexta-feira, da exposição de José Manuel Duarte de Jesus, intitulada “A China Multisecular vista através de formas e cores”.
Paquistão | China condena desvio de comboio Hoje Macau - 13 Mar 2025 A China condenou ontem o desvio do comboio Jaffar Express pelo grupo rebelde Exército de Libertação do Baluchistão (BLA), que é responsável por vários ataques contra as forças de segurança paquistanesas e os investimentos chineses na região. “A China condena firmemente este ataque e opõe-se a qualquer tipo de terrorismo, independentemente da sua forma. Continuaremos a apoiar firmemente o Paquistão na luta contra o terrorismo, bem como a manter a estabilidade e a proteger os civis”, declarou a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Mao Ning, em conferência de imprensa. A porta-voz acrescentou que a China está “pronta a trabalhar em operações anti-terroristas com o Paquistão para manter a região segura e estável”. Mais de 150 passageiros foram resgatados numa complexa operação de segurança na província paquistanesa do Baluchistão, na sequência do sequestro do comboio Jaffar Express por membros do BLA, informaram ontem fontes militares. As forças de segurança prosseguem a operação para libertar os restantes reféns detidos pelo BLA, que se apoderou do comboio com mais de 400 passageiros a bordo, quando este se dirigia de Quetta para Peshawar. O BLA, que procura a independência do Baluchistão, a maior província do Paquistão, tem uma longa história de insurreição, com ataques contra as forças de segurança paquistanesas e os investimentos chineses na região.
China | Esperado choque limitado das taxas sobre aço e alumínio Hoje Macau - 13 Mar 2025 A Associação do Ferro e do Aço da China previu ontem um impacto limitado das taxas de 25 por cento impostas pelos EUA sobre as importações de aço e alumínio, mas advertiu para o efeito adverso para a indústria mundial. Nas bolsas chinesas, nove das dez maiores empresas siderúrgicas chinesas registaram ontem perdas, mas no caso do alumínio, a Chalco e a China Hongqiao, as duas principais empresas deste sector, ganharam 4,63 por cento e 2,2 por cento, respectivamente. No que diz respeito a esta medida imposta pelo Presidente dos EUA, Donald Trump, que entrou ontem em vigor, a associação chinesa prevê um impacto “limitado”, já que as exportações de aço da China para os EUA “representam uma pequena percentagem”. No entanto, “a longo prazo, pode levar outros países a seguir o exemplo, reduzindo a competitividade das exportações de aço da China”. O vice-secretário-geral da organização, Zhang Longqiang, disse à estação estatal CCTV que a medida é “um acto de proteccionismo comercial” e manifestou “firme oposição” às novas taxas porque “não são conducentes a um comércio saudável e justo e à concorrência no mercado”. “O aumento das taxas não vai, em última análise, proteger a indústria siderúrgica dos EUA – pelo contrário. Além disso, numa perspectiva de médio e longo prazo, as taxas terão um impacto adverso na cadeia industrial e na cadeia de abastecimento da indústria siderúrgica mundial, incluindo a da China”, afirmou. A porta-voz para o Comércio, He Yongqian, sublinhou ainda que “muitos países se opuseram explicitamente”. Pequim protestou na altura contra as taxas de 25 por cento impostas pelos EUA sobre as importações de aço e alumínio, sublinhando que não há vencedores em disputas comerciais. Embora os EUA não estejam entre os seus principais compradores – importaram cerca de 1,8 por cento das compras de aço do país asiático – a China exporta estes materiais para outros países como o Canadá e o México, que por sua vez os vendem ao país norte-americano. Efeito dominó Segundo os especialistas, alguns produtos são comprados por outros países e reenviados para os Estados Unidos, o que afectaria o aço semiacabado chinês, que é transformado em países como o México ou o Vietname antes de ser exportado para os Estados Unidos. Os especialistas preveem também um efeito dominó, uma vez que as taxas aumentarão os preços do aço e do alumínio, em especial nos EUA, o que conduzirá a aumentos generalizados a nível mundial. Outros consultores sugerem que as medidas se destinam a impedir a evasão das taxas, através do transbordo de aço e alumínio através de países terceiros, no que é conhecido como comércio “triangular”. Na segunda-feira, entraram em vigor novas taxas chinesas sobre os produtos agrícolas dos EUA, em resposta às taxas anteriormente impostas por Washington sobre produtos chineses.
Gás | Mais de dois terços de casas inspeccionadas com risco de fuga Hoje Macau - 13 Mar 2025 Entre Julho de 2019 e o mês passado, o Corpo de Bombeiros inspeccionou 1.742 apartamentos para detectar potenciais riscos de fuga de gás, e verificou que menos de um terço das habitações, 30,4 por cento, passou no teste. A informação foi revelada ontem pelo segundo comandante do Corpo de Bombeiros, Lam Chon Sang, aos microfones do programa Fórum Macau, do canal chinês da Rádio Macau. Entre as mais de 1.200 fracções onde foram encontrados problemas, o responsável adiantou que os riscos mais frequentes eram ligações defeituosas entre botijas de gás a fogões e esquentadores, falta de ventilação ou instalação em locais inapropriados, e mangueiras danificadas ou fora do prazo de validade. “Começámos as inspecções em habitações desde Julho de 2019, porque havia imensos casos de intoxicação por monóxido de carbono não só em Macau, mas também nas zonas vizinhas. Até Fevereiro deste ano, fizemos 1.742 inspecções e apenas cerca de 530 tinham condições perfeitas”, revelou Lam Chon Sang. O segundo comandante do CB colocou água na fervura e relativizou o que “parece ser o grande número de casas” com perigo de fuga de gás, destacando que os moradores ou proprietários não marcam inspecções com os fornecedores de gás ou manutenção. Lam Chon Sang aproveitou a oportunidade para apelar aos residentes a utilização da linha aberta, ou o contacto na página oficial dos bombeiros, para marcar inspecções às instalações de gás.
Medicamentos | Detectada loja envolvida em distribuição ilegal João Santos Filipe - 13 Mar 2025 A acção das autoridades decorreu na quarta-feira, e resultou na apreensão de mais de 500 caixas de medicamentos antivirais para a hepatite B e injecções hipoglicemiantes. Os visados arriscam uma multa que pode chegar às 700 mil patacas As autoridades anunciaram ter detectado uma loja, nas Portas do Cerco, que se dedicava à distribuição de medicamentos importados para o território sem autorização legal. O caso foi revelado na noite de quarta-feira, através de um comunicado do Instituto para a Supervisão e Administração Farmacêutica (ISAF) e dos Serviços de Alfândega (SA). De acordo com a informação divulgadas, as autoridades “realizaram uma acção conjunta e apreenderam mais de 500 caixas de medicamentos antivirais para a hepatite B e injecções hipoglicemiantes que não tinham sido registados e aprovados para importação pelo ISAF”. As injecções hipoglicemiantes são utilizadas por pessoas com diabetes, uma condição que se caracteriza por níveis muito elevados de açúcar no sangue. A hepatite B é uma doença viral, que tende a afectar o fígado e que pode evoluir para outras doenças como cirrose ou até cancro do fígado. Pode ser transmitida através da partilha de seringas, relações sexuais e outros contactos sanguíneos. A loja, identificada como uma “agência comercial na zona das Portas do Cerco”, estava “envolvida no fornecimento de medicamentos sem licença e na importação ilegal de medicamentos”. Após a operação, o ISAF abriu um processo para investigação deste caso, enquanto os SA “procederam à acusação contra o responsável da loja em relação à violação das disposições da importação de produtos”. Multa até 700 mil patacas Após a divulgação do caso, o ISAF e os SA fizeram um comunicado a garantir que “combatem em conjunto as actividades ilegais através da partilha de informações, comunicação e colaboração interdepartamentais”. Além disso, foi deixado um alerta aos infractores que podem se obrigados a pagar multas, e até assumir responsabilidade criminal. “Segundo a legislação em vigor relativa às actividades farmacêuticas, só podem fornecer medicamentos os estabelecimentos com licença concedida pelo ISAF”, foi explicado. “Além disso, a importação de medicamentos também está sujeita à autorização prévia e licença de importação concedidas pelo ISAF. O infractor poderá ser punido com multa de até 700 mil patacas e para circunstâncias graves, o infractor poderá assumir responsabilidade penal”, foi acrescentado. O ISAF pediu também aos residentes que tenham conhecimento da existência de locais de venda não autorizados de medicamentos, ou de quando estes são vendidos sem a licença de importação, que denunciem as situações às autoridades.
Ex-terreno de Stanley Ho no mercado por 88 milhões de dólares de Hong Kong João Santos Filipe - 13 Mar 2025 Um terreno em Hong Kong, que faz parte do património deixado aos familiares por Stanley Ho, foi colocado à venda por 88 milhões de dólares de Hong Kong, de acordo com o portal HK01. O terreno fica localizado na Rua Kimberley, em Tsim Sha Tsui, Kowloon, e os administradores da herança do magnata pretendem receber cerca de 55.800 dólares de Hong Kong, por cada um dos cerca de 1.572 metros de construção permitidos no local. A venda foi decidida pela empresa de serviços financeiros KPMG, nomeada gestora do património deixado pelo magnata. A escolha desta companhia foi feita por Pansy Ho, filha de Stanley com a segunda mulher, Lucina Laam. Contudo, a decisão esteve longe de ser pacífica, e acabou contestada nos tribunais por Angela Ho, filha de Stanley Ho com Clementina Leitão, a primeira mulher, que pretendia ser igualmente nomeada como uma das administradoras do património. No entanto, os tribunais de Hong Kong acabaram por recusar a intenção de Angela Ho, com a justificação de que a gestão por parte da empresa KPMG, e sugerida por Pansy Ho, contava com o apoio da maioria dos beneficiários do património de Stanley. Controlo em 1970 Quanto à venda, está a cargo da agência de imobiliário CBRE, e vai decorrer de forma privada, sem que o terreno, actualmente sem construção, vá ser alvo de qualquer intervenção. A localização é tida como atractiva, uma vez que fica perto da saída B2 da Estação de Metro Tsim Sha Tsui, uma zona com várias opções de comércio, entretenimento e de refeições, além de atrair vários residentes de Hong Kong e turistas. De acordo com a informação do portal HK01, o terreno que agora vai ser vendido era controlado, inicialmente, por Stanley em parceria com Rogério Lobo, empresário e ex-deputado de Hong Kong, nascido em Macau. No entanto, em 1970, Ho comprou a totalidade da propriedade por 82.500 dólares de Hong Kong. Mais recentemente, em Março de 2023, o terreno foi entregue à KPMG para tratar da venda.
Centros comerciais | Galaxy e Sands com quebras de receitas em 2024 João Luz - 13 Mar 2025 A Galaxy e a Sands China tiveram quebras nas receitas líquidas nos centros comerciais tanto no quatro trimestre de 2024, como em todo o ano passado. No caso da Galaxy, as receitas líquidas do ano passado caíram 10,8 por cento, enquanto a Sands China registou quebras de quase 4 por cento Os últimos resultados financeiros das concessionárias Galaxy Entertainment Group e Sands China revelam diminuições nas receitas líquidas dos seus centros comerciais no Cotai no ano passado. Os resultados financeiros de 2024 mostram que as grandes superfícies do Cotai não escaparam ao clima de contracção que assola o sector do comércio e retalho em todo o território. No caso do principal resort integrado da concessionária que tem Francis Lui ao leme, o Galaxy Macau, o seu centro comercial registou no último trimestre de 2024 receitas líquidas superiores a 348 milhões de dólares de Hong Kong, um desempenho semelhante aos três meses anteriores. Porém, em termos anuais as receitas líquidas do centro comercial do Galaxy Macau no quatro trimestre de 2024 caíram 4,4 por cento face ao mesmo período de 2023. Tendo em conta os resultados anuais, em 2024, o shopping do Galaxy Macau facturou 1,39 mil milhões dólares de Hong Kong, total que representou uma descida de 10,8 por cento das receitas líquidas. Porém, as receitas do ano passado foram 13,1 por cento superiores ao registo de 2019, quando o centro comercial do Galaxy Macau apurou 1,23 mil milhões de dólares de Hong Kong em receitas líquidas, de acordo com o portal GGRAsia. Frutos ímpares Em relação aos cinco centros comerciais que a Sands China tem no Cotai, a empresa registou resultados financeiros díspares no ano passado. No cômputo das cinco propriedades, as receitas líquidas no último trimestre de 2024 totalizaram 136 milhões de dólares norte-americanos, um aumento de 8,8 por cento face aos três meses anteriores, mas uma quebra de 12,8 por cento em relação ao mesmo trimestre de 2023. Já quanto ao resultado do ano inteiro, as receitas líquidas dos centros comerciais da Sands China foram de 492 milhões de dólares, menos 3,9 por cento em relação aos 512 milhões apurados em 2023, e também menos cerca de 7 por cento do registo de 2019. Recorde-se que no último ano antes da pandemia, 2019, a operadora ainda não tinha inaugurado o shopping The Londoner Macao. Entre o portfolio de centros da Sands China, o The Venetian e o centro combinado do The Plaza e Four Seasons foram os que facturaram mais receitas, com 230 milhões de dólares e 158 milhões de dólares, respectivamente. Porém, se as receitas líquidas do The Venetian tiveram um aumento anual de 1,3 por cento em 2024, enquanto o centro comercial combinado registou uma quebra anual significativa de 15,5 por cento face a 2023. A performance das grandes superfícies comerciais do Cotai não destoa dos dados estatísticos globais tanto no volume de negócio do comércio no território, como nos gastos per capita dos turistas relativos ao ano passado. No que diz respeito aos gastos dos visitantes, no ano passado cada um gastou em média 2.387 patacas em Macau, menos 7,3 por cento face a 2023 e menos 1,2 por cento em comparação com o registo de 2019. Por outro lado, o volume de negócios dos estabelecimentos do comércio a retalho registou em 2024 uma redução de 14,9 por cento face ao ano anterior, de acordo com os dados da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos, com as quebras a estenderem-se aos supermercados, que normalmente escapavam às tendências negativas. Os negócios das lojas de relógios e joalharia foram os que mais sofreram no ano passado, com quebras anuais de 25,3 por cento.
Envelhecimento | Alvis Lo promete mais recursos Hoje Macau - 13 Mar 2025 O director dos Serviços de Saúde, Alvis Lo, prometeu um aumento do investimento nos cuidados de saúde, de forma a lidar com o envelhecimento da população. A promessa foi deixada durante uma reunião do Conselho para os Assuntos Médicos, em que Alvis Lo participou na condição de presidente. De acordo com o comunicado oficial, o presidente do conselho indicou que “os Serviços de Saúde continuam a investir mais recursos, começando pela cadeia de serviços de prevenção, tratamento e reabilitação, através da prestação de serviços médicos especializados, de cuidados de saúde comunitários e de serviços médicos de proximidade”. Desta forma, Alvis Lo acredita que será possível disponibilizar serviços mais “abrangentes e adequados aos idosos”. Por outro lado, Alvis Lo indicou que os SS estão apostados em “promover activamente a implementação do Plano de Acção para Macau Saudável”, para “apoiar os idosos na formação de um estilo de vida saudável, elevando a sua qualidade de vida e o seu nível geral de saúde”. O responsável acrescentou ainda que é necessário “reforçar a cooperação interdepartamental do Governo e de incentivar a participação das associações”, para melhorar a qualidade dos serviços de saúde prestados.
Ambiente | Qualidade do ar em Macau piorou no ano passado João Santos Filipe - 13 Mar 2025 Entre os países ou regiões analisadas, Macau é o 52.º com pior qualidade do ar, um registo pior do que em 2023, quando estava na 64.ª posição do ranking mundial No ano passado, o ar em Macau ficou mais poluído, e o nível médio da concentração das partículas 2,5 ultrapassou em três vezes os valores recomendados. A informação consta do ranking mundial da qualidade do ar, elaborado pela da empresa suíça IQAir. Em termos da poluição do ar, as partículas PM2,5, também conhecidas como partículas finas, são altamente perigosas, porque podem entrar no sistema respiratório e alojar-se nos alvéolos dos pulmões, contribuindo para o desenvolvimento de várias doenças, inclusive algumas mortais. Segundo a empresa IQAir, no ano passado a média anual de concentração das partículas 2,5 foi de 17,7 microgramas por metro cúbico. O valor excede em mais de três vezes as recomendações da Organização Mundial de Saúde. Em comparação, a avaliação de 2023 mostrava que a concentração média das partículas 2,5 tinha sido de 16,2 microgramas por metro cúbico, o que prova a deterioração da qualidade do ar. Os dados detalhados mostram que os meses mais perigosos para a saúde da população ocorreram em Dezembro do ano passado, quando a média da concentração de partículas foi de 39 microgramas por metro cúbico, um valor que excede em pelo menos sete vezes os valores considerados seguros para a saúde. Janeiro de 2024 foi outro mês preocupantes, com a concentração média a ser de 30,2 microgramas por metro cúbico, valor que excede em cinco vezes os valores saudáveis. No pólo oposto, Junho, Julho e Agosto foram os meses com o ar mais saudável, com concentrações de a variar entre 5,1 microgramas por metro cúbico e 9,8 microgramas por metro cúbico, valores que excedem uma a duas vezes os valores seguros. A subir no ranking Com a qualidade do ar em Macau a ficar pior entre 2023 e 2024, a RAEM conseguiu subir 12 lugares no ranking da 64.ª posição para a 52.ª posição. No entanto, quanto mais alto se está no ranking pior é a qualidade do ar. Por sua vez, a China surge no 21.º lugar, com uma concentração de 31.0 microgramas por metro cúbico. Enquanto o Chade é o país com a pior qualidade do ar, com uma concentração de 91,8 microgramas por metro cúbico. A região de Hong Kong surge no 63º lugar, com uma concentração de 16,3 microgramas por metro cúbico. Quando a comparação é feita apenas tendo em conta a Ásia Oriental, a China domina em toda a linha, ocupando os 15 primeiros lugares do ranking das cidades com o ar menos saudável. Hotan, no sudeste de Xinjiang, alcançou o pior registo e apresentou uma concentração de 84,5 microgramas por metro cúbico, o que excede em mais de 10 vezes os valores saudáveis. No pólo oposto, o Japão ocupou os 15 lugares das cidades com o ar mais puro, com Suzu, cidade na Península de Noto, a ser a mais saudável com uma concentração de 5,1 microgramas por metro cúbico. Nenhuma cidade da Ásia Oriental cumpriu os padrões recomendados.
Retalho | Número de trabalhadores com subida ligeira Hoje Macau - 13 Mar 2025 No fim último trimestre do ano passado, o número de trabalhadores no sector do comércio a retalho totalizava 68.554 profissionais, total que representou uma ligeira subida de 0,3 por cento face ao mesmo período de 2023, revelou ontem a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). Já o número de pessoas ao serviço do ramo dos “transportes, armazenagem e comunicações” cresceu 4,1 por cento para um total de 15.110 trabalhadores. O sector do tratamento de resíduos sólidos e líquidos públicos empregava 933 trabalhadores no final do quarto trimestre de 2024, mais 1,5 por cento do que nos últimos três meses de 2023. No ramo das “actividades de segurança”, trabalhavam no período em análise 12.920 pessoas, mais 1,3 por cento em termos anuais. Em relação a salários no último mês de 2024, todos os ramos de actividade abrangidos por este inquérito da DSEC registaram aumento, excepto o sector que mais pessoas emprega, o comércio a retalho, onde as remunerações caíram 0,1 por cento para uma média de 14.730 patacas mensais. Nas actividades analisadas pela DSEC, destaque para as “actividade de segurança” que tiveram um aumento anual de salário em Dezembro de 6,7 por cento para uma média de 14.090 patacas, seguido dos trabalhadores dos “transportes, armazenagem e comunicações” que registaram um aumento de 2,6 por cento para uma média de 22.440 patacas.
Ecologia | Sam Hou Fai planta árvore na Taipa Pequena Hoje Macau - 13 Mar 2025 Para comemorar o “Dia Nacional de Plantio de Árvores da China”, o Chefe do Executivo plantou ontem uma árvore Machilus chinensis no Trilho da Taipa Pequena. Segundo um comunicado divulgado ontem pelo Governo, a acção teve o objectivo de promover a apreciação pela vegetação, a conservação de espaços verdes e demonstrar o respeito pela natureza. Além da apreciação e protecção ambiental, a plantação também se revestiu de um simbolismo nacionalista. No local onde foi plantada a árvore, o Chefe do Executivo inaugurou “uma lápide esculpida com a seguinte inscrição: ‘Da mesma raiz brotam os ramos frondosos, da mesma medula crescem os círculos concêntricos’, o que significa que a pátria e Macau têm as raízes e uma origem comum, mantendo-se numa relação íntima, progridem e prosperam em conjunto, traçando os círculos concêntricos da China”. A Machilus chinensis é uma árvore da família da laurácea, de vida longa, é originária do sul da China e uma espécie nativa de Macau. A sua plantação tem sido uma tradição cumprida por todos os chefes do Executivo da RAEM.