IC volta a lançar programa de subsídios para edição de álbuns Hoje Macau - 18 Dez 2018 [dropcap]O[/dropcap] “Programa de Subsídios à Produção de Álbuns de Canções Originais 2018”, uma iniciativa do Instituto Cultural (IC), começa a aceitar candidaturas a partir de hoje, aponta um comunicado. Cada álbum seleccionado pode receber até ao montante máximo de 150 mil patacas, bem como “opiniões e conselhos de um júri profissional”. O IC irá escolher o máximo de oito candidatos, sendo que as candidaturas terminam no próximo dia 31 de Janeiro. O dinheiro atribuído cobre as “despesas de produção musical, design da capa, bem como de impressão dos álbuns em suporte físico”. O objectivo deste programa de subsídios “tem como objectivo cultivar mais talentos musicais locais nas áreas da criação e da produção musicais, apoiar a produção de álbuns de canções originais e o respectivo esforço promocional, incentivando os músicos a produzirem e publicarem mais trabalhos de qualidade, preparando-se para a expansão do mercado”. O IC, além de conceder subsídios, pretende “oferecer mais oportunidades de actuação aos candidatos seleccionados, de modo a promover os frutos criativos resultantes dos subsídios e melhorar a compreensão do público de Macau em relação à música original local”. Os subsídios serão atribuídos tendo em conta os critérios de racionalidade de orçamento, grau de perfeição das propostas de produção de álbum, grau de compatibilidade entre o álbum, a respectiva imagem e o mercado-alvo e criatividade da composição e das letras, entre outros.
Pun-Leung Kwan é o próximo cineasta residente da Cinemateca Paixão Hoje Macau - 18 Dez 2018 [dropcap]A[/dropcap] Cinemateca Paixão realiza entre 12 e 19 de Janeiro a terceira edição do programa cineasta residente, sendo que desta vez o convidado é Pun-Leung Kwan, de Hong Kong. De acordo com um comunicado da própria cinemateca, esta iniciativa inclui a realização de workshops de cinematografia e palestras com a presença de Pun-Leung Kwan. O cineasta de Hong Kong colaborou com outros realizadores aclamados da região vizinha como Wong Kar-Wai, Stanley Kwan Kam-Pang e Ann Hui. Kwan trabalha não só em produções cinematográficas premiadas, mas o seu entusiasmo também se estende à fotografia, curtas metragens e realização de documentários. A palestra de Pun-Leung Kwan acontece a 13 de Janeiro, entre as 15h00 e 17h00, e intitula-se “Os Meus Encontros Cinematográficos”. A ideia é partilhar as inspirações que a aprendizagem da cinematografia lhe proporcionaram em diferentes fases da sua carreira, contando com Nicole Chan como oradora convidada. Para participar nesta actividade, será necessária a inscrição, gratuita, até ao próximo dia 10 de Janeiro, por email. O workshop, por sua vez, acontece entre os dias 18 e 20 de Janeiro, e também acontece mediante inscrição e pagamento de 600 patacas. Serão aceites apenas cinco pessoas para esta actividade. Filmes e documentários O leque de actividades fica completo com a exibição de vários filmes da autoria de Pun-Leung Kwan ou que contaram com a sua colaboração. Incluem-se os documentários premiados como “Solto no Vento”, co-realizado com Hsiu-Chiung Chiang, e “2046”, no qual trabalhou como director de fotografia com Christopher Doyle. Nesta película, ambos ganharam o prémio de melhor cinematografia na 24ª edição dos Prémios de Cinema de Hong Kong. Os filmes “Miao Miao” e “Mais Que Azul”, nos quais Kwan trabalhou como director de fotografia, também serão exibidos na cinemateca.
Aniversário da RAEM | Clube Militar recebe obras de 34 artistas Andreia Sofia Silva - 18 Dez 2018 A terceira edição da exposição “Pontes de Encontro” é inaugurada esta quinta-feira, 20, para celebrar os 19 anos de transferência de soberania de Macau para a China. José Duarte, ligado à curadoria da mostra, afirma que o objectivo é mostrar o que de melhor e de novo se tem feito no ano que agora finda [dropcap]A[/dropcap] agenda da Associação de Promoção de Eventos Culturais (APAC) encerra este ano com uma exposição que marca, ao mesmo tempo, os 19 anos de existência da RAEM. A terceira edição da mostra “Pontes de Encontro” é inaugurada esta quinta-feira, contando com obras de 34 artistas, entre eles Alexandre Marreiros, Ana Jacinto Nunes, Gu Yue, Luna Cheong e José Dores, entre outros. José Duarte, ligado à curadoria do evento, revelou ao HM que o objectivo é mostrar os trabalhos de artistas mais consagrados, e com mais tempo de carreira, e outros que estão a dar os primeiros passos. “Temos uma espécie de amostra daquilo que os artistas de Macau estão a fazer hoje, não só em termos de utilização de técnicas mais tradicionais, como os óleos, acrílicos ou desenho, mas também de algumas obras em meios mais contemporâneos. Temos trabalhos digitais e com outros instrumentos de desenho e pintura além dos tradicionais.” Num comunicado, a APAC considera que o conteúdo da exposição “transmite uma forte mensagem sobre a diversidade e vitalidade das artes em Macau”, uma vez que “ela floresce ao longo de vários caminhos”. “Pontes de Encontro” apresenta, portanto, semelhanças às anteriores edições, não se organizando “em torno de um tema, técnica ou estilo específico”. “Ela procura proporcionar um reflexo da actividade dos artistas, através de obras que são representativas das suas preocupações criativas, estéticas ou temáticas actuais”, defende a APAC. Mais mulheres José Duarte, economista que está também ligado à APAC, denota que, nos últimos anos, apareceram não só mais artistas como mulheres no mundo das artes. “Há um grande número de artistas novos, de jovens que estão a tentar ter a sua vida ligada às artes, e há também um grande número de mulheres. Estas têm aparecido nas duas últimas gerações e há um peso muito significativo se compararmos com gerações anteriores”, contou. “Pontes de Encontro” tenta, assim, “criar espaço para um diálogo visual entre artistas de diferentes gerações e estilos”. Neste sentido, este ano a exposição conta “com um maior número maior de trabalhos baseados em novos media”, sendo “um local de encontro para múltiplas ideias e formas de expressão”. A iniciativa acontece até ao dia 6 de Janeiro e conta com o apoio da Fundação Macau, da Sociedade de Jogos de Macau (SJM), do Grupo Sam Lei, e do Comendador Ng Fok. José Duarte espera “um número de visitantes significativo”. “A localização do Clube Militar é bastante boa, por ser central e próximo dos circuitos dos turistas. Temos sempre um número elevado de turistas e espero que as pessoas apreciem a exposição”, concluiu.
Detida mulher por abandonar filha recém-nascida Hoje Macau - 18 Dez 2018 [dropcap]U[/dropcap]ma mulher, de 27 anos, oriunda da Birmânia, suspeita de ter abandonado a filha recém-nascida, foi detida e presente ontem ao Ministério Público. Segundo a Polícia Judiciária (PJ), a empregada doméstica deu à luz na sexta-feira na casa de banho dos patrões, que desconheciam que estava grávida, tendo o choro de bebé levado à descoberta da menina recém-nascida, embrulhada numa toalha, na borda do aparelho de ar condicionado localizado no exterior da janela. A mulher, que teve alta hospitalar no domingo, acabou por admitir ter dado à luz e abandonado a filha, recusando, no entanto, divulgar as razões pelas quais o fez. O crime é punível com pena de prisão de 2 a 5 anos. Se o abandono resultar em ofensa grave à integridade física pode chegar aos 8.
Pediatria | Novo centro de avaliação inaugura amanhã Hoje Macau - 18 Dez 2018 [dropcap]É[/dropcap] já amanhã que o novo centro de avaliação conjunta pediátrica, criado em colaboração com os Serviços de Saúde de Macau (SSM), a Direcção dos Serviços de Educação e Juventude e o Instituto de Acção Social começa a receber os primeiros pacientes, substituindo a sede que vinha funcionando no Centro Hospitalar Conde de São Januário. De acordo com um comunicado dos SSM, a nova sede do centro terá o dobro o tamanho do actual, contando com 14 salas, tendo sido expandidas as áreas destinadas à terapia ocupacional e terapia da fala. Passa a haver “um acréscimo de salas destinadas à fisioterapia, dotadas de equipamentos e aparelhos de tratamento para proporcionar serviços de fisioterapia melhorados às crianças”.
Macau registou, até Novembro, 585 casos de escarlatina, o número mais elevado da década Diana do Mar - 18 Dez 2018 Estranhamente, o número de casos de escarlatina tem sido galopante em Macau. E, na verdade, ninguém sabe explicar porquê [dropcap]M[/dropcap]acau tem vindo a registar uma subida gradual do número de casos de escarlatina, uma doença infecto-contagiosa mais comum nas crianças até aos 10 anos de idade, mas só nos primeiros 11 meses do ano foi alcançado o valor mais elevado da década: 585. Os dados constam das estatísticas das doenças de declaração obrigatória, publicadas pelos Serviços de Saúde. No cômputo do ano passado foram declarados 434 casos, contra 393 em 2016, 268 em 2015 e 142 em 2014. Em 2009, por exemplo, foram notificados apenas 23, com o ano seguinte a surgir com o registo do menor número de ocorrências da década: 16. A maioria dos casos reportados desde o início do ano diz respeito a crianças do sexo masculino. O pico da doença foi registado em Junho, com 100 casos (69 rapazes e 31 raparigas), enquanto Agosto figurou como o mês com menos ocorrências: 12 (cinco rapazes e sete raparigas). A escarlatina é uma doença infecciosa aguda transmissível causada pelo estreptococo beta hemolítico do grupo A (‘Streptococcus pyogenes’). Transmitida principalmente através de contacto com as secreções orais ou respiratórias tem um período de incubação de 2 a 5 dias. Sintomas e tratamento Os principais sintomas são febre, dor de garganta, língua com aspecto semelhante a um morango. As erupções aparecem frequentemente no pescoço, no tórax, nas axilas, nas fossas cubitais, na virilha e no lado interno das coxas. As erupções cutâneas típicas da escarlatina não aparecem no rosto e a pele da região afectada geralmente torna-se muito áspera. Após o desaparecimento das erupções cutâneas, a pele manifesta escamação. O tratamento é feito com antibióticos, sendo a penicilina ou amoxicilina os antibióticos de primeira linha. Os objectivos passam por reduzir a duração e gravidade da doença, assim como prevenir a sua transmissão.
Associação pede crime público para abuso sexual de menores com idade inferior a 16 anos Hoje Macau - 18 Dez 2018 [dropcap]A[/dropcap] Associação de Estudantes Chong Wa exige que o Governo avance com a revisão do Código Penal para que o abuso sexual de menores com idade inferior a 16 anos seja considerado crime público. Os membros da associação realizaram, no domingo, uma actividade de recolha de assinaturas junto à rotunda de Carlos da Maia com o intuito de obter apoios dos residentes. Em declarações ao jornal Ou Mun, explicaram que, devido ao elevado número de casos de abuso sexual recentemente noticiados, é necessário reforçar os trabalhos de prevenção, bem como a pena a aplicar aos agressores. A associação já apresentou uma carta ao Governo, sendo que os seus membros também esperam que seja criado um mecanismo para que as declarações prestadas pelas vítimas na fase de investigação sejam adaptadas às sessões de julgamento, para que estas não tenham de se deslocar novamente ao tribunal, reduzindo assim a sua pressão psicológica. A associação sugere ainda que o Governo instale mais câmaras de videovigilância nos espaços públicos para garantir a segurança da população.
Província de Guizhou quer trazer 500 trabalhadores para Macau até 2020 Hoje Macau - 18 Dez 2018 [dropcap]O[/dropcap] departamento do comércio da província de Guizhou tenciona reforçar a comunicação com a Associação de Agências de Emprego de Capital da China (Macau) e trazer para o território 500 trabalhadores nos próximos dois anos. De acordo com o Jornal Ou Mun, o primeiro grupo, composto por 65 trabalhadores oriundos da Guizhou, veio para Macau domingo. Estes vão trabalhar em três hotéis locais, nas áreas do serviço de quartos, restauração e segurança, entre outros. A imprensa chinesa recorda que, em Maio deste ano, o Governo de Macau e o Gabinete de Ligação do Governo Central em Macau assinaram um acordo com o objectivo de reduzir a pobreza na província de Guinzhou, estando previstas parcerias nas áreas da educação, turismo, produtos agrícolas e mega dados. No âmbito do acordo assinado com a Associação de Agências de Emprego de Capital da China (Macau), estão a ser procurados postos de trabalho para os cidadãos mais pobres de Guizhou, tendo sido encontradas 200 ofertas de trabalho em três unidades hoteleiras da Sands China, MGM e Galaxy. Será também estabelecido um sistema de negociação periódica para fomentar a cooperação na área dos recursos humanos entre Macau e Guizhou.
ETAR | Queda de escadas causa morte a funcionário Hoje Macau - 18 Dez 2018 [dropcap]D[/dropcap]ecorreu ontem, por volta das 11h00, um acidente na Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) da Taipa que causou a morte de um operário com 66 anos de idade. De acordo com informações da Polícia Judiciária (PJ), o operário, quando reparava uma máquina, foi atingido por um tubo no rosto, o que causou uma queda mortal nas escadas. As causas da morte ainda estão a ser investigadas. Quando os agentes chegaram ao local, descobriram que o trabalhador não usava o cinto de segurança obrigatório para este tipo de trabalhos. A Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) ordenou entretanto a suspensão dos trabalhos de reparação por parte da ETAR, tendo sido decretadas medidas em prol da melhoria no âmbito da segurança e saúde ocupacionais. A ETAR fica também encarregue de submeter um relatório à DSAL e à Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA) relativo ao acidente.
Apoios especiais para famílias em situação vulnerável actualizados ao fim de cinco anos Diana do Mar - 18 Dez 2018 Os montantes dos apoios especiais destinados às famílias em situação vulnerável vão ser revistos em alta a partir de 1 de Janeiro. Trata-se da primeira actualização ao fim de cinco anos [dropcap]O[/dropcap]s apoios especiais destinados às famílias que tenham um rendimento social inferior ao risco social vão ser actualizados a partir de 1 de Janeiro. À luz das novas tabelas, constantes de um despacho do secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, publicado ontem em Boletim Oficial, os aumentos variam entre 100 e 200 patacas. Em causa estão três tipos de apoio mensal distintos. O primeiro, destinado actividades de aprendizagem, ao qual são elegíveis todas as famílias monoparentais com filhos, varia conforme o nível de ensino frequentado, passando a oscilar entre 300 e 750 patacas (ao invés de 200 a 600). Já o segundo apoio, para cuidados médicos específicos, vai subir 200 patacas, fixando-se em 1200 patacas para os doentes crónicos que vivam sozinhos e não tenham familiares na RAEM e em 1000 para os restantes. O mesmo critério aplica-se ao apoio de invalidez, com aumentos de 150 e 200 patacas para 750 e 1000 patacas, respectivamente, estando excluídos os que estiverem internados em lares públicos ou subsidiados pelo governo ou nos estabelecimentos médicos dependentes dos Serviços de Saúde para receber cuidados e tratamento. A última actualização dos montantes dos apoios especiais destinados às famílias em situação vulnerável remonta há cinco anos, mais concretamente, a 1 de Abril de 2014, quando o secretário da tutela era Cheong U. À luz do regulamento do apoio especial para as famílias em situação vulnerável, o apoio para cuidados médicos específicos e o de invalidez não são cumuláveis entre si. De ressalvar, no entanto, que os apoios especiais não prejudicam o subsídio regular concedido pelo Instituto de Acção Social (IAS). Sem limiar da pobreza Segundo dados facultados ao HM, há actualmente 3.737 famílias, envolvendo aproximadamente 5990 pessoas, que recebem o chamado subsídio regular do IAS, que resulta da diferença entre o valor dos rendimentos mensais e o valor do risco social, cujo montante vai ser igualmente actualizado a partir de 1 de Janeiro, como anunciou o Chefe do Executivo, Chui Sai On, na apresentação das Linhas de Acção Governativa. O montante mínimo de sobrevivência – que não era actualizado desde 2016 – vai subir de 4.050 para 4.230 patacas no caso de uma pessoa que viva sozinha, enquanto o máximo, para agregados familiares com oito ou mais membros de 18.870 para 19.710 patacas. Em Macau não se encontra definido um limiar de pobreza, existindo apenas o valor do risco social que é o montante mínimo de sobrevivência estipulado pelo Executivo, sendo considerados como estando em situação de carência económica as pessoas ou famílias cujos rendimentos sejam inferiores a esse patamar. Na base do cálculo figuram dois estudos, ambos com mais de três anos, como confirmou o IAS em resposta escrita ao HM. “O IAS atribui aos cidadãos economicamente carenciados subsídios, cujo montante é determinado em função do valor do risco social, tendo sobretudo como base as recomendações constantes do estudo sobre o nível de subsistência mínima e o estudo sobre o mecanismo de ajustamento do nível de subsistência mínima, realizados pelo Instituto Politécnico de Macau em 2011 e 2015, respectivamente”, indicou o organismo, dando conta de que leva em linha de conta outros factores, como sejam a inflação. “O IAS efectua anualmente uma previsão sobre a necessidade de ajustamento do valor do risco social, tendo como base o Índice de Preços no Consumidor (IPC) divulgado trimestralmente pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos”, indicou o organismo, assegurando ainda que “realiza duas vezes por ano a revisão e avaliação do valor do risco social, de modo a que o nível dos subsídios se adeqúe da melhor forma à situação de vida e às necessidades dos beneficiários”.
José Pereira Coutinho pede hospital para crianças com necessidades especiais Diana do Mar - 18 Dez 2018 Considerando serem “muito limitados” os tratamentos médicos e as medidas de apoio destinadas às crianças com necessidades especiais, o deputado Pereira Coutinho defende estar na hora de o Governo pensar em avançar com hospitais especializados [dropcap]A[/dropcap]s políticas de apoio têm “deficiências graves”, “há falta de terapeutas qualificados” e o nível dos tratamentos médicos e as demais medidas de apoio às crianças com necessidades especiais “são muito limitados”. O diagnóstico é feito por Pereira Coutinho que, numa interpelação escrita, propõe ao Governo que avance com hospitais especializados. “Actualmente, ainda não há em Macau um hospital especializado para as crianças com necessidades educativas especiais. Não deverão, então, as autoridades avançar, quanto antes, com o planeamento e a construção de hospitais especializados destinados a estas crianças, com vista a que recebam tratamento atempado?”, questiona o deputado, criticando a ausência de critérios para a avaliação da qualidade dos tratamentos para as crianças em causa. “O Governo deve conceber e definir critérios de avaliação razoáveis, permitindo que os pais das crianças possam aperceber-se intuitivamente do nível dos tratamentos e serviços dos hospitais, possibilitando a respectiva fiscalização”, aponta Pereira Coutinho, indagando de que forma tal vai ser feito. Longa espera A interpelação escrita, datada de 21 de Novembro e enviada ontem às redacções, parte dos pedidos de ajuda por parte de encarregados de educação que o deputado diz terem chegado à Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau (ATFPM). “As crianças com necessidades especiais esperam muito tempo por tratamento”, observa Pereira Coutinho, sinalizando a falta de terapeutas qualificados em Macau como uma das causas. Se no âmbito da avaliação da qualidade dos tratamentos o deputado denuncia a falta de critérios, já na vertente da formação aponta o dedo ao “excessivo rigor”. “Os pais também constatam um rigor excessivo do Governo na apreciação e autorização de cursos que podem ajudar as crianças com necessidades especiais, tais como de pensamento lógico, e, em consequência disso, essas crianças não conseguem obter, atempadamente, as respectivas orientações”, aponta Pereira Coutinho, criticando as “imensas insuficiências” por parte do Governo. “O tratamento das crianças com necessidades especiais não pode ser separado da colaboração e da educação da família”, sustenta o deputado, para quem à dificuldade dos encarregados de educação de coordenarem o tempo (entre trabalho, família e aulas) se junta a oferta “muito limitada” disponibilizada pelo Governo a este nível. “Os cursos de formação que Macau oferece a estes pais são muito limitados, quer em número quer em duração, ficando assim muito aquém das necessidades”, aponta Pereira Coutinho. O deputado reproduz ainda queixas de pais de crianças com necessidades especiais relativamente aos serviços prestados nos hospitais, apontando que “as amostras em relação a algumas doenças, como a síndrome de Angelman, não são atempadamente actualizadas”, bem como críticas no plano das medidas de apoio. “Veja-se o exemplo da vizinha Hong Kong, onde são organizadas exposições específicas sobre crianças com necessidades especiais que permitem aos pais aceder a mais informações, participar em intercâmbios e receber e dar ajuda”, diz o deputado, lamentando que o Governo da RAEM nunca tenha delineado planos com vista a organizar actividades semelhantes.
Inundações | Pequim autorizou construção de duas comportas Hoje Macau - 18 Dez 2018 [dropcap]A[/dropcap] reunião de Chui Sai On com os dirigentes chineses Xi Jinping e Li Keqiang trouxe novidades no que diz respeito às medidas de controlo das inundações. De acordo com a TDM, o Governo Central já deu autorização para a construção de duas comportas para travar as águas nas zonas baixas do território, num projecto que será feito em parceria com Guangdong. “Iremos entrar em negociações com Guangdong o mais breve possível Estou muito contente que o Governo Central tenha aprovado este plano. Também estou grato que possa revelar que os dirigentes da província de Guangdong dão nos o seu apoio”, disse o Chefe do Executivo, que garantiu que o plano já teve início, apesar das obras ainda não terem arrancado. Ainda em termos de cooperação, Chui Sai On garantiu que a RAEM está a aguardar pela autorização de Pequim para a realização de mais projectos de cooperação regional, nomeadamente no parque industrial de Zongshen e de Jiangsu. Estão também em curso negociações sobre o parque industrial de Jiangmen.
Metro ligeiro | Deputados querem normas de planeamento e construção na proposta de lei Sofia Margarida Mota - 18 Dez 2018 As normas acerca do planeamento e da construção das obras do metro ligeiro devem estar claras na proposta de lei que vai regular o funcionamento da infra-estrutura. O apelo é deixado pelos deputados da 3ª Comissão Permanente que consideram que é uma matéria que envolve terrenos e como tal deve ser definida pela lei [dropcap]O[/dropcap]s deputados da 3ª Comissão Permanente, que se encontram a analisar na especialidade a lei do sistema de transporte do metro ligeiro, pedem ao Governo que acrescente ao diploma as normas a seguir sobre o futuro planeamento e construção da infra-estrutura. “O Governo deve incluir na proposta de lei normas acerca de planeamento e de construção do metro ligeiro”, afirmou o presidente da comissão, Vong Hin Fai aos jornalistas após a primeira reunião que contou com a presença do Secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário. De acordo com Vong, “os deputados estão preocupados” com esta matéria, até porque consideram ser um assunto que deve ser definido pelo próprio Executivo. “Quando se procede à construção e planeamento exige-se a utilização de terrenos e quando se fala de terrenos, este assunto está relacionado com vários serviços públicos”, justificou o presidente da 3ª Comissão. Independentemente da exploração futura do Metro Ligeiro ser feita por uma entidade pública ou privada, esta questão deve ser tida em conta na proposta de lei, sublinhou Vong, até porque no documento, “não há normas que regulem esta matéria”. Em resposta, Raimundo do Rosário referiu que “estes assuntos vão ser tratados nos futuros contratos de concessão onde estarão definidas cláusulas sobre o planeamento de construção do metro Ligeiro”, citou o presidente de comissão. Público ou privado A gestão futura do metro ligeiro continua também a não estar definida sendo que há duas possibilidades, revelou ontem o secretário Raimundo do Rosário após a reunião com os deputados da 3ª comissão. “Ou é o Governo que assegura o funcionamento do metro, e isso é o que está proposto neste momento, ou há a possibilidade da gestão ser dada a uma entidade privada sob a forma de uma concessão de serviço público”, disse. Entretanto, o governante admitiu aos deputados que ainda nada está definido a este respeito. “A futura empresa pode não ser 100 por cento uma entidade pública, nem 100 por cento uma entidade privada e de acordo com a proposta pode ser uma entidade pública ou privada a efectuar a exploração do metro ligeiro”, referiu Vong Hin Fai, citando o secretário. Recorde-se que actualmente, a empresa de Hong Kong MTR está responsável pelo funcionamento da Linha da Taipa que deverá começar a sua actividade no final do próximo ano. A relação com a MTR pode ser mantida no futuro, apontou o secretário, sendo que a empresa responsável pela infra-estrutura ainda não foi constituída. No entanto, e mesmo que seja uma empresa com 100 por cento de capitais públicos, o contrato com a MTR pode ser mantido, disse o secretário. “Se for essa a situação teremos que arranjar uma forma de transferir esse contrato para um contrato enquanto concessionária”, acrescentou. O actual Gabinete para as Infra-estruturas de Transportes (GIT), responsável pelo metro ligeiro, vai ser transformado numa empresa de capitais públicos “no início do próximo ano”, sendo que vai continuar responsável pelos projectos que tem em mãos. No entanto, os contratos já estabelecidos vão ser sujeitos às alterações jurídicas e burocráticas exigidas com a mudança de estatuto, rematou o secretário.
Chui Sai On diz que a sua prioridade, quando deixar o Governo, é descansar Hoje Macau - 18 Dez 2018 [dropcap]O[/dropcap] Chefe do Executivo, Chui Sai On, revelou ontem que quando terminar o seu segundo mandato como Chefe do Governo a prioridade será “descansar”, de acordo com declarações transmitidas pela TDM. “Obviamente que depois de deixar o cargo gostaria de descansar durante um período de tempo. Tenho estado mais de 20 anos no Governo e espero que possa ter um período de descanso”, afirmou. Nos encontros na capital chinesa com Li Keqiang e Xi Jinping, o assunto relativo às eleições para o próximo Chefe do Executivo não foi abordado. “Não temos falado sobre o perfil e o candidato para ser o próximo Chefe do Executivo. Acredito que no próximo ano vamos ter uma série de trabalhos feitos. Iremos efectuar bem os nosso trabalhos para que a mudança de Governo seja bem feita”, rematou. Até agora muitos nomes se tem perfilado para substituir Chui Sai On, sendo o de Ho Iat Seng, presidente da Assembleia Legislativa (AL), o mais apontado por muitos analistas políticos.
Xi Jinping diz que Macau tem cumprido política “Um País, Dois Sistemas” Hoje Macau - 18 Dez 201818 Dez 2018 [dropcap]C[/dropcap]hui Sai On, Chefe do Executivo, afirmou, citado por um comunicado oficial, que o presidente chinês parabenizou a RAEM pelo facto de cumprir a Lei Básica e a política de “Um País, Dois Sistemas”. “O mesmo responsável transmitiu aos jornalistas algumas ideias que o presidente Xi Jinping referiu durante o encontro que tiveram nessa tarde, começando por dizer que o dirigente máximo do país considerou que, sob a liderança de Chui Sai On, o Governo cumpriu as suas funções de forma séria, com uma acção governativa estável, implementando o princípio ‘Um País, Dois Sistemas’ e a Lei Básica”, pode ler-se. A mesma ideia foi transmitida por Xi Jinping a Carrie Lam, Chefe do Executivo de Hong Kong. Xi Jinping e Li Keqiang, presidente e primeiro-ministro da RPC, disseram esperar que, até à mudança de pasta, o Governo de Chui Sai On “lidere os vários sectores sociais em prol do crescimento, da promoção contínua da diversificação económica e de uma maior integração na conjuntura do desenvolvimento nacional, com o objectivo de alargar o espaço e os frutos do progresso”.
Chui Sai On nega envolvimento em projecto de Jiangmen Hoje Macau - 18 Dez 2018 O Gabinete do Porta-Voz do Governo de Macau já tinha negado, mas agora é a vez do próprio Chui Sai On garantir que não teve nenhum envolvimento no projecto imobiliário de Jiangmen que deixou centenas de investidores lesados [dropcap]C[/dropcap]hui Sai On afirma que não investiu nenhum dinheiro no projecto imobiliário de Jiangmen. De acordo com a TDM, o Chefe do Executivo sublinhou ainda que não está preocupado com o impacto que o caso possa ter para a imagem do território e a razão é simples: trata-se de uma notícia falsa. “Não estou preocupado que os casos que não sejam verídicos possam afectar a imagem de Macau”, apontou à mesma fonte. “Este caso não tem a participação do Governo da RAEM nem do Chefe do Executivo”, acrescentou Chui. Chui nega assim a notícia avançada na passada segunda-feira pelo jornal de Hong Kong Apple Daily que denunciava a associação do Chefe do Executivo a um projecto de imobiliário falhado em Jiangmen, ligado a um empresário de Macau e que envolve 4 mil milhões de renminbi. O empreendimento seria destinado a exposições, lojas, hotéis, e espaços de entretenimento. O projecto em causa, com a denominação em inglês de GBH faz parte dos investimentos vistos como estratégicos para a Grande Baía e, de acordo com o jornal Apple Daily, já conta com 300 lesados, entre investidores de Macau, Hong Kong e Interior da China. Sempre presente As obras do GBH, que entretanto estão paradas por falta de dinheiro, arrancaram em 2012 e, de acordo com o Apple Daily, Chui Sai On esteve mesmo presente na cerimónia de lançamento da primeira pedra. Mais tarde, já em 2015, o Chefe do Executivo de Macau voltou a liderar uma delegação que se deslocou ao local onde o empreendimento iria ser construído. Segundo o jornal de Hong Kong, as fotografias de Chui Sai On durante as visitas foram utilizadas pela equipa de vendas até ao princípio de Novembro deste ano, altura em que os lesados, que já foram ao local protestar várias vezes nos últimos dois anos, repararam que as fotografias tinham sido retiradas.
Pearl Horizon | Jornalista, editor e jornal Son Pou condenados a pagar 50 mil patacas João Santos Filipe - 18 Dez 20182 Mai 2019 Arguidos foram absolvidos da prática do crime de difamação, mas têm de pagar uma indemnização de 50 mil patacas por terem escrito e publicado artigos que “excederam a situação real”. Inicialmente a Polytec exigia uma compensação de 2 milhões de patacas, mas mesmo assim o jornalista Lei Kong vai recorrer [dropcap]L[/dropcap]ei Kong, jornalista do Son Pou, o editor, Chao Chong Peng, e a publicação vão ter de pagar 50 mil patacas à construtora Polytec, que exigia dois milhões de patacas, devido a uma série de artigos de opinião relacionados com o empreendimento Pearl Horizon. Segundo o tribunal, os artigos de opinião do arguido Lei Kong “excederam a situação real”, o que causou efeitos negativos para a imagem da empresa. Apesar de terem sido condenados ao pagamento de uma indemnização, os três arguidos foram considerados inocentes da prática do crime de difamação. O tribunal não deu como provado que tivesse existido dolo na utilização da informação errada. “O tribunal entende que os artigos do primeiro arguido [Lei Kong] de facto afectaram a imagem da companhia Polytec. Mas a gravidade não atinge um nível que possa ser considerado crime de difamação. Também não se provou a existência de dolo pelos arguidos”, disse a juíza Chao Im Peng, do Tribunal Judicial de Base. “O arguido [Lei] usou termos e expressões que podem ser consideradas negativas. E há partes do artigo que não correspondem à verdade. Deveria ter havido uma averiguação antes de ter havido publicação. Houve uma violação de apurar a verdade”, foi acrescentado. Se, por um lado, a juíza frisou que para haver condenação por difamação teria de haver prova do dolo, o que não foi dado por provado, por outro, não deixou de responsabilizar Lei Kong por não ter apurado a veracidade dos factos imputados à Polytec. “Não se deve actuar desta maneira. Mesmo num artigo de opinião, em que escreve como cidadão e não como jornalista, não deve escrever e fazer comentários que possam ofender as pessoas sem apurar a verdade. Foi escrito que a companhia tinha pedido para que a construção fosse aumentada de 25 para 50 andares, mas ficou provado que isso não foi verdade. São imputações que podem violar o princípio da boa-fé”, avisou Chao Im Peng. Na altura de justificar a indemnização civil de 50 mil patacas, a juíza apontou que a liberdade de imprensa e de expressão têm limitações. “A liberdade de imprensa e expressão são direitos básicos. Mas têm de ser concretizados de acordo com a lei. Temos de ponderar as limitações destes direitos também face aos outros direitos” sustentou. Depois, a juíza notou a necessidade de relatar acontecimentos verdadeiros: “A liberdade de imprensa exige objectividade e veracidade no que é publicado”, apontou. Sobre o valor da indemnização, Chao Im Peng mencionou o artigo do Código Civil em que consta a “Tutela Geral da Personalidade” e que define que “todas as pessoas têm direito à protecção contra qualquer ofensa ilícita”. Decisão contestada Ao longo da leitura da sentença, Lei Kong abanou por várias vezes a cabeça e no final admitiu que vai recorrer da decisão para o Tribunal de Segunda Instância (TSI). O repórter falou ainda de uma nova página para o jornalismo local, deixando no ar a hipótese da liberdade de imprensa estar ameaçada. “Com este caso e com esta sentença em julgamento foi criada uma nova página na História do jornalismo de Macau”, começou por realçar o jornalista e colunista do Son Pou. “No Interior da China, entre os jornalistas diz-se, actualmente, que as leis em vigor em Macau são desactualizadas e que há uma tendência negativa nos tribunais […] Nunca tinha sentido isto, mas com este julgamento vivenciei esta experiência”, desabafou. De seguida levantou várias questões sobre o estado da RAEM. “Esta sentença levanta várias perguntas. Será que em Macau há liberdade para exercer o jornalismo? Será que ainda temos liberdade de expressão e de publicação? Será que há necessidade de reforçar a protecção destas liberdades? Será que há quem reprima a liberdade de imprensa”, questionou. Lei contestou também o facto da decisão do tribunal se ter focado na forma como os artigos foram escritos, em vez de analisar as questões, que no seu entender, deveriam ter estado em causa, como o facto das pessoas terem pago mas não terem as suas casas. Já em relação ao recurso, Lei disse que vai continuar com o processo para que “as pessoas que vão a julgamento tenham penas adequadas”. Segundo o jornalista do Son Pou, o editor Chao Chong Peng, segundo arguido, ainda vai considerar se segue a mesma via,ou se aceita pagar a sua parte da multa, cerca de 16,7 mil patacas. Reposta a verdade Por sua vez, o advogado da Polytec, Luís Cardoso, mostrou-se satisfeito com o resultado, apesar da empresa não ter recebido a indemnização de dois milhões de patacas que tinha pedido. Porém, deixou aberta a hipótese de haver recurso para o TSI, depois de ser analisada a decisão e se for essa a vontade da Polytec. “O dinheiro não era o que estava em causa. A intenção era a constituinte ver reposta a verdade das coisas. Os comentários e os artigos do Lei Kong não correspondem à realidade e o tribunal deu isso como provado”, afirmou Luís Cardoso. “Um dos objectivos foi obtido porque efectivamente ficou provado que os artigos publicados em nada correspondem à verdade”, apontou. Apesar da acusação do crime de difamação, o advogado declarou estar satisfeito por ninguém ter sido preso. “A intenção da nossa constituinte [Polytec] não foi ver ninguém condenado, apenas demonstrar que o que foi escrito e publicado não corresponde à verdade”, frisou. “Lei Kong tomou sempre nos seus artigos como ponto de partida que tinha havido burla. Até que chegou a um ponto em que a nossa constituinte entendeu que tinha de dizer que já chegava”, explicou. O responsável pela defesa da Polytec – a par de Leonel Alves, que ontem não compareceu em tribunal – lamentou da mesma foram o facto de Lei Kong se ter mostrado inflexível ao longo de todo o processo. “Tivemos de utilizar o tribunal para obter este objectivo. Mas o tempo que o tribunal despendeu com isto poderia ter sido evitado, se os arguidos, em tempo próprio, tivessem admitido isso [o erro]. Estaríamos em disposição de desistir da queixa, mas tal não aconteceu porque os arguidos quiseram levar isto até ao fim”, declarou. O causídico defendeu ainda que em todo o caso, que a Polytec acabou por ser “uma das vítimas”. “Os artigos evocaram existência de suspeitas e chegaram ao ponto de evocar a existência de burla, o que não corresponde à verdade. A nossa constituinte não foi acusada de nada, nem poderia ser. Nunca houve a intenção de burlar quem quer que seja”, justificou. Os artigos em causa foram escritos depois do Governo ter recuperado o terreno, na Areia Preta, onde a Polytec estava a construir o empreendimento de luxo Pearl Horizon. À luz da Lei de Terras, alterada em 2013, o Executivo considerou que não poderia prorrogar ou atribuir uma nova concessão à construtora pelo que teve de avançar para a recuperação do terreno. Entretanto, a decisão foi validade pelos tribunais o que resultou com que mais de 3 mil pessoas ficassem sem as casas que já estão a pagar. A empresa sempre responsabilizou o Governo pelo sucedido, devido ao tempo necessário para aprovar o projecto de construção, e defende uma prorrogação do prazo da concessão. Associação dos Jornalistas mostra preocupação Após ter sido conhecida a sentença, a Associação dos Jornalistas de Macau emitiu um comunicado em que afirma “respeitar” a decisão dos tribunais, mas admitiu preocupação com “os impactos negativos” para a liberdade de expressão e de imprensa. A associação presidida por Maria Cheang defendeu também que nos últimos anos a liberdade de imprensa tem vindo a cair no sector do jornalismo em Macau sublinhou a importância do direito de expressão para a construção de uma sociedade mais aberta e desenvolvida.
Terrorismo | Morre quinta vítima do ataque em Estrasburgo Hoje Macau - 17 Dez 2018 [dropcap]O[/dropcap] número de vítimas mortais do atentado terrorista de terça-feira em Estrasburgo elevou-se ontem para cinco, após a morte de um dos feridos graves, um homem de nacionalidade polaca, ontem ocorrida, indicaram fontes judiciais. “O meu irmão Barto Pedro Orent-Niedzielski acaba de nos deixar. Ele agradece-vos o vosso amor e a força que lhe deram”, escreveu na rede social Facebook o irmão do residente em Estrasburgo de 36 anos, originário de Katowice, na Polónia. O atentado, que fez também 11 feridos, alguns dos quais se encontram ainda em estado grave, ocorreu no centro de Estrasburgo, no espaço do mercado de Natal, e o seu autor, Chérif Chekatt, de 29 anos, foi abatido na quinta-feira pela polícia, após dois dias em fuga. Sete pessoas foram detidas e interrogadas no âmbito da investigação aberta pelo ministério público de Paris. Os pais e dois irmãos de Chekatt foram libertados no sábado sem acusações, perante a ausência de elementos que os incriminassem, e ontem outras duas pessoas próximas do autor do ataque foram libertadas, também sem acusações, ao passo que a sétima pessoa continua detida.
Festival Cinema | “Clean-Up” da Coreia do Sul arrecada prémio para melhor filme Sofia Margarida Mota - 17 Dez 2018 O filme sul coreano “Clean Up” ganhou o prémio para o Melhor Filme na 3ª edição do Festival Internacional de Cinema de Macau que terminou na passada sexta-feira. Também fortemente elogiado pelo júri e distinguido com a melhor realização e melhor interpretação foi o filme dinamarquês “The Guilty” [dropcap]T[/dropcap]erminou na passada sexta-feira a 3ª edição do Festival Internacional de Cinema de Macau. O evento fechou com a entrega de prémios aos vencedores e o galardão para o melhor filme foi para o sul coreano “Clean Up”, de Kwon Man-ki. A distinção foi “uma verdadeira surpresa” para o cineasta. De acordo com o realizador, o maior desafio foi o orçamento, até porque “foi uma produção de baixo custo que acarretava muita pressão para que o filme fosse terminado o mais rápido possível”, apontou após a entrega do prémio. O cineasta de “The Guilty”, Gustav Moller, levou para casa o prémio de melhor realizador. O filme dinamarquês, que também levou o galardão para o melhor actor, com a interpretação de Jakob Cedergren, foi destacado pelo júri pelo seu atrevimento. A película desenrola-se toda num único cenário sendo um filme “arrojado e difícil de filmar”. A melhor actriz deste ano foi a alemã Aenne Schwarz, com a sua interpretação no filme “All Good”. Já o prémio especial do júri foi para o filme argentino “White Blood” da realizadora Barbara Sarasola-Day. Segundo a cineasta, os desafios na rodagem da história que conta a relação complicada de uma traficante de droga com o seu pai, prenderam-se com a própria localização das filmagens. “O filme foi filmado, em grande parte junto da fronteira entre a Argentina e a Bolívia, numa terra remota. A equipa tinha que se deslocar para lá durante longos períodos de tempo e nem sempre era um cenário seguro”, comentou após ter recebido o prémio. Kaloyan Bozhilov, director de fotografia de “Ága” que trouxe ao grande ecrã a tundra siberiana arrecadou o prémio para a melhor contribuição técnica . Barnaby Southcombe ganhou a estatueta para o melhor argumento com “Scarborough”, o filme que retrata as relações de dois casais com amores proibidos. O jurí atribui ainda uma menção especial ao filme japonês “Jesus” e o prémio do público foi para a produção mexicana “The Good Girls”. Nesta edição, a avaliação dos 11 filmes em competição foi feita por Chen Kaige, que presidiu ao júri também composto pela realizadora de Hong Kong, Mabel Cheung, a actriz indiana Tillotama Shome, o produtor australiano Paul Currie e o realizador bósnio Danis Tanovic. As estreias Este ano o maior evento dedicado à sétima arte no território teve uma nova secção, dedicada ao cinema em língua chinesa. O vencedor foi “Up the Mountain” de Zhang Yang. Em competição estavam mais cinco películas: “Dear Ex”, “Baby”, “Xiao Mei”, “Fly By Night” e “The Pluto Moment”. As curtas metragens de realizadores locais também tiveram um espaço para serem exibidas. Este ano, 14 trabalhos do projecto “Macau – O Poder da Imagem” foram apresentados em três sessões, com o filme “The Melancholy of Gods” de Lei Cheok Mei a ser distinguido com o Prémio Especial do Júri, e “Halfway” de Ng Ka Lon com a Menção Especial. “Suburban Birds” recebeu o Prémio NETPAC (Network for the Promotion of Asian Cinema – Rede de Promoção do Cinema Asiático enquanto o filme “Crazy Rich Asians” recebeu o Prémio de Filme Sucesso de Bilheteira Asiático de 2018. Nesta edição houve ainda espaço para o Prémio das Próximas Estrelas Asiáticas da Variety que distinguiu ainda cinco actores: Anne Curtis, Iqbaal Ramadhan, Zaira Wasim, Xana Tang e Ryan Zheng Kai. Os premiados Melhor filme – “Clean Up” Melhor Realizador – Gustav Moller – “The Guilty” Melhor Actor – Jakob Cedergren – “The Guilty” Melhor Actriz – Aenne Schwarz – “All Good” Melhor Contribuição Técnica – Kaloyan Bozhilov (director de fotografia) – “Ága” Melhor Argumento – Barnaby Southcombe – “Scarborough” Melhor Jovem Actor – Abhimanyu Dassani – “The Man Who Feels No Pain” Menção Especial – “Jesus” Prémio do Público – “The Good Girls” Prémio de Carreira “Espírito do Cinema” – Chen Kaige Prémio do Melhor Filme Chinês – “Um The Mountain” Prémio NETPAC (Network for Promotion of Asian Cinema) – “Suburban Birds” Prémio Filme de Sucesso de Bilheteira Asiático – “Crazy Rich Asians” Prémio das próximas Estrelas Asiáticas da Variety – Anne Curtis, Iqbaal Ramadhan, Zaira Wasim, Xana Tang e Zheng Kai Secção Macau – O Poder da Imagem Prémio Especial do Júri – The Melancholy of Gods” de Lei Cheok Mei Menção Especial – “Halfway” de Ng Ka Lon
Chen Kaige, realizador, presidente do júri do MIFF: “Sinto falta do tempo em que gostávamos uns dos outros” Sofia Margarida Mota - 17 Dez 2018 “Farewell my Concubine” e “Life on a String”, realizados por Chen Kaige, foram filmes responsáveis pelos primeiros contactos do Ocidente com o cinema chinês. Aos jornalistas, o realizador, que esteve no território a presidir o júri da 3ª edição do Festival Internacional de Cinema, falou das transformações sociais da China que considera estarem a ser pagas com a perda de valores como a solidariedade e a confiança Nos seus filmes aborda a história recente da China em “Farewell my Concubine” ou “Life on a String”, bem como as transformações sociais contemporâneas em “Caught in the Web”, ou mesmo a história antiga trazida por “Legend of the Demon Cat”. Que diferenças existem em fazer filmes que retratam dinastias, passam pela Revolução Cultural e abordam o mundo contemporâneo? [dropcap]À[/dropcap]s vezes olho para a minha vida e sinto que, de certa forma, tem sido muito dramática. Posso dizer que não tive aquilo a que se chama de uma infância bonita. Naquela altura, a China era um país muito isolado, muito fechado ao mundo. Nós basicamente não sabíamos nada sobre o que se passava fora do país. Ainda não tinha 17 anos quando fui enviado para um campo de trabalho. Depois fui mandado para o exército, e daí para uma fábrica, numa província remota da China. Sentia muito a falta da minha família que estava em Pequim naquele momento. Tudo mudou com o começo da reforma económica. A China abriu as portas ao mundo. Houve uma espécie de revolução, devo dizer, mas agora uma revolução económica. Foi nesta altura que foi autorizado, novamente, o acesso à universidade. Entrei como estudante para a Beijing Film Academy e comecei a minha carreira. Devo dizer que nos últimos 40 anos há uma mudança incrível no país e que envolveu biliões de pessoas. Acho que meu destino também mudou. Nunca pensei que poderia ser realizador de cinema. Nunca pensei que tivesse a sorte de ter um prémio em Cannes. Acho que tudo isso foi um presente concedido pelo tempo. Mas, voltando à questão, prefiro fazer filmes contemporâneos e que se debrucem sobre as mudanças da China. Infelizmente não há muitos filmes que abordem ainda este aspecto. Por outro lado, uma das razões que me leva a olhar para trás através do cinema, é para aprender alguma coisa com o que se passou. Acho que tivemos que pagar um preço demasiado alto pelas mudanças que estão a acontecer no país. A China, o nosso comportamento, o relacionamento entre as pessoas e a estrutura da sociedade, tudo mudou completamente. Acabámos por perder muitas coisas que costumavam ser preciosas para nós. Na escuridão da história, podemos ver as coisas que têm sido perdidas e que na altura brilhavam. É por isso que gosto de voltar à história e trazer aqueles valores para o mundo actual, para mostrar o que tínhamos e o que perdemos. Que tipo de coisas? A sociedade vive agora em competição permanente. A relação entre as pessoas mudou. O outro é visto como um concorrente e não necessariamente como um amigo. Mas no passado sabíamos até como respeitar um concorrente. Quando era miúdo e morava em Pequim, as pessoas eram muito educadas e cordiais umas com as outras. Gostava muito disso. Pessoalmente, não me importo com o quão forte a sociedade possa ser, quão forte a nação possa ser. O que me importa, e o que também quero mostrar nos meus filmes, é como as pessoas podem ser boas umas com as outras. Sinto falta do tempo em que gostávamos uns dos outros. Acha que seus filmes podem ajudar a trazer de volta esse tipo de relação? A minha voz é muito fraca. A minha voz não é ouvida por milhões de pessoas. Talvez seja eu que esteja errado. De qualquer forma, tento dar uma energia positiva às pessoas, seja a partir da actualidade, seja através da história. Por outro lado, não espero que as pessoas gostem disso. O que me importa é que o possa fazer e que possa acreditar que é este tipo de sentimento humano que fez de mim um cineasta, desde o início. Existe algum período específico na história da China que lhe interesse particularmente? Passei seis anos a fazer o meu último filme – “Legend of the Demon Cat”. Parece muito comercial, mas tem um significado profundo. É sobre a dinastia Tang que, para mim, é a mais bela dinastia da história da China. Era uma dinastia muito aberta ao mundo e que aceitava pessoas de todo o lado: da Coreia, do Irão, da Ásia Central e talvez mesmo da Europa. Estava sediada na actual cidade de Xi´An. Quando estava a pesquisar nos registos históricos, constatei que talvez mais de quarenta mil estrangeiros também viviam ali e podiam mesmo tornar-se oficiais caso passassem nos exames. Houve muitos japoneses que, por isto, vieram a ocupar altos cargos no país. Era uma dinastia que se baseava na hospitalidade, na confiança. São bons exemplos para mostrar o que fomos naquela altura. Foi com películas como o “Farewell my Concubine” que o Ocidente teve os primeiros contactos com o cinema chinês tendo-se rendido a muitos filmes assinados por si. O que acha que motivou este interesse pelo cinema da China? Devo dizer que tive muita sorte por ter tido o tempo do meu lado. Naquela época, as pessoas do ocidente, incluindo os críticos de cinema, não sabiam mesmo nada sobre cinema chinês. Provavelmente nem sabiam que havia cinema feito na China. Talvez por isso, por existir esta novidade, a porta foi-nos logo aberta. Ainda me lembro de alguns críticos de cinema ocidentais nos visitarem em Hong Kong onde assistiram a “Yellow Earth”. Depois de verem o filme, vieram ter comigo para dizer que tinham gostado. Acho que este reconhecimento, não a mim pessoalmente, mas ao cinema chinês, é histórico. Ainda assim os seus filmes ainda podem ser considerados uma excepção dentro do cinema que consegue entrar no mercado do ocidente. Na sua opinião porque é que há tantas dificuldades para o cinema chinês entrar nos outros mercados? Alguns filmes como os meus ou os de Zhang Yimou podem ser considerados bem-sucedidos talvez porque existia uma certa curiosidade por um país ainda desconhecido. Não sei porquê, mas de facto o ocidente não presta muita atenção aos filmes da indústria chinesa que é cada vez maior. O que sinto é que também existe muita concorrência que acaba por pressionar os cineastas a optarem por filmes que ganhem dinheiro de forma a fazerem os investidores felizes. No meu caso, sempre continuei a dizer para mim próprio que queria continuar a ser eu nos filmes que fazia e faço. Caso contrário, um realizador perde-se e acaba por não conseguir fazer nada de bom. Penso que ainda existe um futuro no Ocidente para o cinema feito na China, mas não é hoje, não é agora. Vamos ver. Há sempre sonhadores e jovens cineastas que querem fazer trabalhos interessantes. Mas, como a situação e a competitividade são difíceis, acabam por optar por ganhar dinheiro. É muito complicado. Acha que os actuais filmes chineses são muito comerciais? Sim, muitos deles são muito comerciais. Eu não sou contra filmes comerciais. Há muitos que são significativos. Mas penso que devemos criar um ambiente em que os jovens realizadores se sintam confortáveis e que consigam, com os trabalhos que fazem, ter mais auto-confiança. É por isso que estou aqui. Como definiria um filme? Não quero dizer que os filmes são a minha vida. Eu não sei o que poderia fazer além de filmes. Não há mais nada que realmente me interesse. Não quero ser um bilionário ou ganhar mais fama. Por isso, para permanecer quem sou, pergunto-me repetidamente: se mudei nestes últimos 33 anos, para que possa perceber quem ainda sou. É mais difícil agora fazer cinema acerca das mudanças actuais da sociedade chinesa? Acho que os tempos mudaram e que os filmes são feitos numa altura que lhes é favorável. Não me surpreende que o “Farewell my Concubine” tenha sido feito nos anos 90 e acho que não poderia ser feito hoje. O tempo confere pontos de vista e perspectivas diferentes. As conexões são feitas consoante o tempo e é aí que sabemos como combiná-las para que funcionem. É difícil responder a essa questão, mas sou um optimista e tento olhar para o lado bom das coisas. Lidou pessoalmente com a censura. Como é que vê este limite agora? No passado, digamos há 25 anos, quando havia censura recebíamos apenas um pedaço de papel, agora recebemos um telefonema de uma autoridade a querer falar connosco acerca do filme. Isto significa que há a possibilidade de comunicação. As pessoas que estão no comando e os próprios cineastas têm um relacionamento melhor agora, do que tinham antes. Podemos conversar, podemos argumentar. Desta forma as pessoas podem perceber que não queremos fazer nada contra a sociedade. Que projectos está a preparar agora? Acho que vou fazer algo interessante, mas têm que esperar para ver. Será, definitivamente, um filme contemporâneo e joga com a harmonia por um lado, e por outro com o chicote. A sociedade é como um rio em que a água pode fluir e pode falhar. Estou a tentar encontrar a perspectiva. Não quero fazer qualquer julgamento. Na minha opinião não há pessoas boas e pessoas más. Só pessoas. É nisto que estou a trabalhar. Não posso dizer detalhes sobre a história, mas é sobre os dias de hoje. Trabalhou como actor com Bernardo Bertolucci em “The Last Emperor”. Como foi? Bernardo Bertolucci era um homem de verdade e foi também uma criança até morrer. Um homem com um grande sentido de humor e que estava sempre a sorrir. A primeira coisa que fez quando chegou a Pequim foi telefonar-me. Eu não era muito bom a falar inglês naquela altura. Convidou-me para jantar e disse que tinha um pequeno papel para mim no filme, para não me preocupar que qualquer um o poderia fazer. Eu perguntei porque me tinha escolhido a mim, ao que me respondeu que isso iria fazer a diferença e que queria que o meu rosto fosse visto. Tinha 33 anos, fiz isso por ele, e na cena acabei por cair do cavalo. Quais são os seus filmes favoritos? O meu filme favorito é o que ainda vou fazer. Isto é mesmo verdade. A esperança é sempre grande, enquanto a realidade é assim, pequena.
Concorrente das Filipinas eleita Miss Universo 2018 Hoje Macau - 17 Dez 2018 [dropcap]C[/dropcap]atriona Gray, das Filipinas, foi eleita vencedora da competição Miss Universo 2018, na capital tailandesa, em Banguecoque, superando concorrentes de outros 93 países. Tamaryn Green, da África do Sul, e Sthefany Gutierrez, da Venezuela, ficaram em segundo e terceiro lugar, respetivamente. Gray sucede a Demi-Leigh Nel-Peters, da África do Sul, a vencedora de 2017. O 67º concurso de Miss Universo teve sete mulheres como júris, incluindo ex-vencedoras do concurso, empresárias e uma ‘designer’ de moda.
Judoca Jorge Fonseca termina em quinto lugar no Masters de Guangzhou Hoje Macau - 17 Dez 2018 [dropcap]O[/dropcap] judoca português Jorge Fonseca foi ontem quinto classificado na categoria de -100 kg do Masters de Guangzhou, que decorreu na China e reuniu os 16 melhores praticantes mundiais de 2018 em cada classe de peso. Jorge Fonseca atingiu a fase de repescagem para a conquista da medalha de bronze, na qual perdeu frente ao egípcio Ramadan Darwish, por ‘ippon’, após 6.06 minutos de combate, alcançado, ainda assim, o melhor resultado da equipa portuguesa que participou na prova. O judoca português impôs-se no primeiro combate ao chinês EriHemubatu, por ‘ippon’, após 4.44 minutos de confronto, mas ficou depois afastado da luta pelas medalhas de ouro e de prata, ao perder com o israelita Peter Paltchik, por ‘waza-ari’. Na repescagem para a medalha de bronze, Jorge Fonseca bateu o irlandês Benjamin Fletcher, por ‘ippon’, após 4.18 de combate, antes de ceder perante Darwish, numa altura em que já tinha recebido três penalizações, contra duas do egípcio. O outro judoca português que entrou ontem em acção no Masters de Guangzhou, Anri Egutidze, na categoria de -81 kg, não passou do combate inaugural, frente ao mongol Dagvasuren Nyamsuren, que se impôs por ‘waza-ari’. Egutidze teve o mesmo destino das três judocas lusas que participaram sábado na prova, na qual Portugal igualou a maior representação de sempre, com cinco atletas, uma vez que Telma Monteiro (-57 kg), Joana Ramos (-52 kg) e Catarina Costa (-48 kg) também foram eliminadas no primeiro combate.
Mundiais de natação em Hangzhou | Gabriel Lopes bate recorde nacional Hoje Macau - 17 Dez 2018 [dropcap]O[/dropcap] nadador português Gabriel Lopes bateu ontem o recorde nacional dos 200 metros costas, apesar de ter falhado a qualificação para a final da prova, no último dia dos Mundiais de piscina curta, em Hangzhou, na China. Gabriel Lopes nadou a distância em 1.52,66 minutos, superando o anterior máximo nacional, de 1.53,06, que pertencia a Pedro Oliveira desde 22 de dezembro de 2012, e terminando com o 16.º melhor tempo das eliminatórias, nas quais se apuravam para a final os oito mais rápidos. O atleta do Louzan Natação foi uma das principais figuras da seleção portuguesa em Hangzhou, uma vez que já batido o recorde nacional dos 50 metros costas (23,75 segundos e, posteriormente, 23,69), dos 100 metros costas (51,48 segundos) e ajudado a superar os máximos na estafeta de 4×100 e 4×200 metros livres. Portugal terminou os Mundiais de piscina curta com um total de 14 novos recordes nacionais e três presenças em finais, por Ana Catariana Monteiro (sexta classificada, nos 200 metros mariposa), João Vital (oitavos, nos 400 metros estilos) e a estafeta de 4×200 livres (sétima colocada). Também ontem Raquel Pereira, que tinha superado o recorde nacional dos 100 metros estilos, terminou no 18.º lugar a prova dos 200 metros bruços, com o tempo de 2.25,28 minutos, a 18.ª melhor marca, entre 32 participantes.
Embaixador do Canadá na China encontrou-se com segundo canadiano detido Hoje Macau - 17 Dez 2018 [dropcap]O[/dropcap] embaixador do Canadá em Pequim encontrou-se ontem com o segundo cidadão canadiano detido esta semana na China por suspeitas de ameaça à “segurança nacional”, Michael Spavor, indicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros canadiano. “Hoje, o Canadá conseguiu uma visita consular a Michael Spavor. O embaixador [John] McCallum encontrou-se com ele. As autoridades consulares canadianas continuam a oferecer serviços consulares ao senhor Spavor e à sua família, e prosseguirão os seus esforços para se reunir novamente com o senhor Spavor”, disse o ministério em comunicado. Esta visita ocorreu dois dias depois de John McCallum se ter encontrado com o ex-diplomata Michael Kovrig, o primeiro canadiano detido. A China está a retaliar contra o Canadá desde a detenção, no início de Dezembro, em Vancouver, de uma dirigente da gigante tecnológica chinesa Huawei, a pedido da justiça norte-americana. Pequim deteve a semana passada, um a seguir ao outro, os dois cidadãos canadianos – Kovrig, um ex-diplomata de passagem pela capital chinesa, e Spavor, um consultor residente em Liaoning, uma província do nordeste da China -, acusando-os “de actividades que ameaçam a sua segurança nacional”. “Vamos, claramente, defender os nossos cidadãos que estão detidos, vamos tentar saber porquê, vamos trabalhar com a China para demonstrar que isto não é aceitável”, declarou o primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, numa entrevista concedida esta semana à estação televisiva City-TV. O chefe da diplomacia norte-americana, Mike Pompeo, que muitas vezes se mostra firme em relação a Pequim, expressou na sexta-feira o seu apoio ao aliado e vizinho canadiano, considerando também ele “inaceitável” a “detenção ilegal” dos dois cidadãos canadianos, prometendo “trabalhar” para assegurar o seu regresso. A directora financeira da gigante das telecomunicações Huawei, Meng Wanzhou, foi libertada sob caução na terça-feira em Vancouver, enquanto aguarda a sua audiência de extradição para os Estados Unidos, que a acusam de cumplicidade em fraude para contornar as sanções norte-americanas contra o Irão. Pequim ameaçou Otava de “consequências graves” se ela não fosse imediatamente libertada. Otava, por seu lado, não parou de reafirmar que aquela detenção foi decidida com toda a independência pela justiça canadiana, sem pressão política, em conformidade com um tratado de extradição assinado com Washington.