Covid-19 | Número de novos casos continua a cair na China Hoje Macau - 9 Mar 2020 [dropcap]A[/dropcap] China voltou hoje a registar uma queda no número de novos casos de infeção, 40, face a 44 no dia anterior, ao mesmo tempo que ocorreram 22 mortes, quase todas na província de Hubei, epicentro da epidemia. Até à meia-noite de segunda-feira a China continental, que exclui Macau e Hong Kong, contabilizava, no total, 80.735 infetados e 3.119 mortos devido ao novo coronavírus. Todas as mortes ocorridas nas últimas 24 horas, exceto uma, que ocorreu na província de Guangdong, adjacente a Macau, foram registadas em Hubei, assim como 36 dos 40 novos casos. No total, Hubei soma 3.007 mortes e 67.743 casos confirmados, até à data. Várias cidades da província foram colocadas em quarentena, com entradas e saídas bloqueadas, numa medida que afecta quase 60 milhões de pessoas. Nas últimas 24 horas, a China reportou ainda quatro casos “importados” na província de Gansu, no noroeste da China. Além disso, a Comissão Nacional de Saúde informou hoje que, no mesmo período de 24 horas, 1.535 pessoas receberam alta após superarem a doença. Desde o início do surto, 674.760 pessoas que tiveram contacto próximo com os infectados foram acompanhadas pelas autoridades, entre as quais 20.146 permanecem sob observação. Uma das prioridades das autoridades chinesas é “protegerem-se contra a importação” de infeções de outros países. A epidemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou cerca de 3.800 mortos entre mais de 109 mil pessoas infectadas numa centena de países e territórios.
Covid-19 | Número de novos casos continua a cair na China Hoje Macau - 9 Mar 2020 [dropcap]A[/dropcap] China voltou hoje a registar uma queda no número de novos casos de infeção, 40, face a 44 no dia anterior, ao mesmo tempo que ocorreram 22 mortes, quase todas na província de Hubei, epicentro da epidemia. Até à meia-noite de segunda-feira a China continental, que exclui Macau e Hong Kong, contabilizava, no total, 80.735 infetados e 3.119 mortos devido ao novo coronavírus. Todas as mortes ocorridas nas últimas 24 horas, exceto uma, que ocorreu na província de Guangdong, adjacente a Macau, foram registadas em Hubei, assim como 36 dos 40 novos casos. No total, Hubei soma 3.007 mortes e 67.743 casos confirmados, até à data. Várias cidades da província foram colocadas em quarentena, com entradas e saídas bloqueadas, numa medida que afecta quase 60 milhões de pessoas. Nas últimas 24 horas, a China reportou ainda quatro casos “importados” na província de Gansu, no noroeste da China. Além disso, a Comissão Nacional de Saúde informou hoje que, no mesmo período de 24 horas, 1.535 pessoas receberam alta após superarem a doença. Desde o início do surto, 674.760 pessoas que tiveram contacto próximo com os infectados foram acompanhadas pelas autoridades, entre as quais 20.146 permanecem sob observação. Uma das prioridades das autoridades chinesas é “protegerem-se contra a importação” de infeções de outros países. A epidemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou cerca de 3.800 mortos entre mais de 109 mil pessoas infectadas numa centena de países e territórios.
Covid-19 | Portugal tem 30 casos confirmados, mais nove do que no sábado Hoje Macau - 9 Mar 2020 [dropcap]P[/dropcap]ortugal regista 30 casos confirmados de infecção pelo coronavírus que causa a doença Covid-19, mais nove do que os contabilizados no sábado, anunciou ontem a Direcção-Geral de Saúde (DGS). De acordo com o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, há 57 novos casos suspeitos, num total de 281 registados desde o início do ano, estando 56 a aguardar resultado laboratorial. A região Norte continua a liderar o número de casos confirmados de infeção com o novo coronavírus (22, mais sete que no sábado), enquanto a Grande Lisboa tem seis casos (mais um). Foi confirmado o primeiro caso no Sul do país, o de uma aluna de uma escola de Portimão. O Centro do país continua a registar um caso, enquanto o Alentejo, Açores e Madeira ainda não têm casos de infeção pelo Covid-19. Todos os pacientes com o novo coronavírus estão hospitalizados. Do total de doentes, 18 são homens e 12 são mulheres. Relativamente às idades, um terço dos pacientes (10) tem entre 40 e 49 anos. Há duas mulheres entre os 70 e os 79 anos, as doentes mais idosas. Entre os 10 e os 19 anos, há cinco infectados (dois rapazes e três raparigas). Estão sob vigilância das autoridades de saúde 447 pessoas por contactos com infectados, mais 35 que no sábado. Segundo a DGS, há quatro cadeias de transmissão activas, existindo seis casos importados – cinco de Itália e um de Espanha. O boletim epidemiológico divulgado ontem pela Direcção-Geral da Saúde dá também conta de que dos 30 casos confirmados de infecção pelo Covid-19, 23 apresentam tosse, sendo este o sintoma mais comum. A DGS indica ainda que entre os casos infectados, há 18 pessoas com febre, 17 com dores musculares, 14 com fraqueza generalizada e cefaleia, e cinco com dificuldade respiratória.
Covid-19 | Portugal tem 30 casos confirmados, mais nove do que no sábado Hoje Macau - 9 Mar 2020 [dropcap]P[/dropcap]ortugal regista 30 casos confirmados de infecção pelo coronavírus que causa a doença Covid-19, mais nove do que os contabilizados no sábado, anunciou ontem a Direcção-Geral de Saúde (DGS). De acordo com o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, há 57 novos casos suspeitos, num total de 281 registados desde o início do ano, estando 56 a aguardar resultado laboratorial. A região Norte continua a liderar o número de casos confirmados de infeção com o novo coronavírus (22, mais sete que no sábado), enquanto a Grande Lisboa tem seis casos (mais um). Foi confirmado o primeiro caso no Sul do país, o de uma aluna de uma escola de Portimão. O Centro do país continua a registar um caso, enquanto o Alentejo, Açores e Madeira ainda não têm casos de infeção pelo Covid-19. Todos os pacientes com o novo coronavírus estão hospitalizados. Do total de doentes, 18 são homens e 12 são mulheres. Relativamente às idades, um terço dos pacientes (10) tem entre 40 e 49 anos. Há duas mulheres entre os 70 e os 79 anos, as doentes mais idosas. Entre os 10 e os 19 anos, há cinco infectados (dois rapazes e três raparigas). Estão sob vigilância das autoridades de saúde 447 pessoas por contactos com infectados, mais 35 que no sábado. Segundo a DGS, há quatro cadeias de transmissão activas, existindo seis casos importados – cinco de Itália e um de Espanha. O boletim epidemiológico divulgado ontem pela Direcção-Geral da Saúde dá também conta de que dos 30 casos confirmados de infecção pelo Covid-19, 23 apresentam tosse, sendo este o sintoma mais comum. A DGS indica ainda que entre os casos infectados, há 18 pessoas com febre, 17 com dores musculares, 14 com fraqueza generalizada e cefaleia, e cinco com dificuldade respiratória.
Covid-19 | Aumenta para 105.836 o número de infectados em todo o mundo Hoje Macau - 9 Mar 2020 [dropcap]O[/dropcap] número de pessoas infectadas em todo o mundo pelo Covid-19 aumentou para 105.836, das quais morreram 3.595, de acordo com um balanço feito pela agência France-Presse (AFP), com dados atualizados às 09:00 de ontem. Citando fontes oficiais de vários países, a AFP acrescenta que foram registadas mais 933 infecções e 39 mortes, em comparação com o último balanço feito, às 17:00 de sábado. Na China – excluindo os territórios de Hong Kong e Macau -, onde a epidemia do novo coronavírus começou no final de dezembro, há 80.695 pessoas contagiadas e 3.097 morreram. Foram anunciados mais 44 casos de infeção e 27 mortes entre as 17:00 de sábado e as 09:00 de hoje. A France-Presse refere também que até às 09:00 de hoje há 25.141 (889 novos) casos confirmados de contágio pelo Covid-19 nos restantes países, incluindo 498 mortes (12 novas). Os países mais afectados depois da China são a Coreia do Sul (7.134 casos, incluindo 367 novos e 48 mortes), Itália (5.883 casos, nenhum novo e 233 mortes), Irão (5.823 casos, nenhum novo e 145 mortes), França (949 casos, incluindo 233 novos e 16 mortes). Desde as 17:00 de sábado, China, Coreia do Sul, França e Austrália registaram novas mortes, enquanto a Argentina anunciou a primeira morte relacionada com a epidemia de Covid-19. Moldávia, Bulgária e Paraguai confirmaram os primeiros casos de contágio. A Ásia registou, até às 09:00 de ontem, um total de 89.525 casos (3.162 mortes), Europa contabiliza 9.655 casos (263 mortes), Médio Oriente regista 6.158 casos (149 mortes), Estados Unidos da América e Canadá contabilizam ambos 270 casos (16 mortes), Oceânia 83 casos (três mortes), África 78 casos, América Latina e Caraíbas 66 casos (uma morte). A avaliação da AFP foi realizada de acordo com dados recolhidos às autoridades de vários países, assim como informação da Organização Mundial de Saúde.
Covid-19 | Aumenta para 105.836 o número de infectados em todo o mundo Hoje Macau - 9 Mar 2020 [dropcap]O[/dropcap] número de pessoas infectadas em todo o mundo pelo Covid-19 aumentou para 105.836, das quais morreram 3.595, de acordo com um balanço feito pela agência France-Presse (AFP), com dados atualizados às 09:00 de ontem. Citando fontes oficiais de vários países, a AFP acrescenta que foram registadas mais 933 infecções e 39 mortes, em comparação com o último balanço feito, às 17:00 de sábado. Na China – excluindo os territórios de Hong Kong e Macau -, onde a epidemia do novo coronavírus começou no final de dezembro, há 80.695 pessoas contagiadas e 3.097 morreram. Foram anunciados mais 44 casos de infeção e 27 mortes entre as 17:00 de sábado e as 09:00 de hoje. A France-Presse refere também que até às 09:00 de hoje há 25.141 (889 novos) casos confirmados de contágio pelo Covid-19 nos restantes países, incluindo 498 mortes (12 novas). Os países mais afectados depois da China são a Coreia do Sul (7.134 casos, incluindo 367 novos e 48 mortes), Itália (5.883 casos, nenhum novo e 233 mortes), Irão (5.823 casos, nenhum novo e 145 mortes), França (949 casos, incluindo 233 novos e 16 mortes). Desde as 17:00 de sábado, China, Coreia do Sul, França e Austrália registaram novas mortes, enquanto a Argentina anunciou a primeira morte relacionada com a epidemia de Covid-19. Moldávia, Bulgária e Paraguai confirmaram os primeiros casos de contágio. A Ásia registou, até às 09:00 de ontem, um total de 89.525 casos (3.162 mortes), Europa contabiliza 9.655 casos (263 mortes), Médio Oriente regista 6.158 casos (149 mortes), Estados Unidos da América e Canadá contabilizam ambos 270 casos (16 mortes), Oceânia 83 casos (três mortes), África 78 casos, América Latina e Caraíbas 66 casos (uma morte). A avaliação da AFP foi realizada de acordo com dados recolhidos às autoridades de vários países, assim como informação da Organização Mundial de Saúde.
Roda dos Enjeitados José Simões Morais - 9 Mar 2020 [dropcap]E[/dropcap]m Macau há assuntos a merecer estudo, mas, fôssemos como os académicos da cidade nossa vizinha região administrativa, apenas interessaria investigar os que poderiam comprometer os adversários, para vangloriar os nossos. Quando a meio do estudo se apercebem estar os seus padres ainda mais enlameados que os nossos, desinteressam-se do tema, deixando-o cair no esquecimento. Essa era a nossa vontade se não achássemos relevante a história da Casa dos Expostos, também chamada Casa dos Enjeitados. Sendo os registos escassos sobre as fases da sua existência, onde falta muita documentação, socorremo-nos das informações compiladas por o médico José Caetano Soares (JCS) e complementamos com as do Boletim Oficial. Vulgarmente denominada Roda, pois era a maneira como os recém-nascidos entravam no hospício através de uma rotativa porta, sem ninguém ficar a saber quem ali os colocara, assim eram deixados ao cuidado da Santa Casa da Misericórdia. Uma Regente tomava conta da Casa dos Expostos e “respondia por tudo, desde a admissão dos recém-nascidos, até ao recrutamento das amas, seu pagamento, etc., sem nenhuma entidade fiscalizadora”, refere JCS. Nos inícios de 1867, o Governador José Maria de Ponte e Horta assustou-se ao saber da morte no espaço de um mês de 38 das 46 crianças de leite recolhidas na Casa dos Expostos. Após aí serem abandonadas, a Regente entregara-as ao cuidado de amas, pagas a uma pataca por cada cria para delas cuidar e as amamentar. As falecidas, primeiro foram levadas à Casa dos Expostos e dali mandadas sepultar pela Regente, criando grande azáfama ao chinês que tratou de as enterrar. Assim, um a um dos 38 cadáveres foi transportado na caixa comum pelo chinês para o cemitério público, o qual abria naquela mesma ocasião uma pequena cova, com licença ampla do encarregado do cemitério. Sem cerimónias conduzidas pelo respectivo pároco, foram sucessivamente sepultadas, regressando o portador de volta com a caixa vazia para a Casa dos Expostos, onde a depositava para servir em idênticas ocasiões; e por isso levou o nome de caixa comum. Das oito crianças ainda sobreviventes, todas do sexo feminino, encontravam-se duas cachéticas (raquíticas, ou doentes de cachéxia, enfraquecimento geral do corpo humano) e cinco afectadas de doença de pele, falta de limpeza e em má nutrição. A outra estava num estado tão deplorável e repugnante que não se encontrava quem a quisesse amamentar. Inteirado do estado dessas criaturas, privadas de leite e colo materno para serem baptizadas e depois entregues a mercenárias que se denominavam amas, o Governador pediu à justiça de Macau para proceder sem detença contra os infractores e ao comandante da polícia, que fizesse entregar sem perda de tempo aos cuidados da SCM as restantes oito crianças, pois estas continuavam ainda com as suas sete amas. Mas antes disso, fossem as cinco inspeccionadas por o cirurgião-mor. À criança que ninguém queria amamentar foi-lhe dado leite de vaca e começou a recuperar. Assim, segundo Luiz Gonzaga Gomes, a 2 de Fevereiro de 1867 “o Governador José Maria de Ponte e Horta decretou, por prejudicial aos costumes da sociedade, a abolição da Roda dos Expostos da Santa Casa da Misericórdia de Macau e proibiu a esta instituição o recolhimento das raparigas abandonadas.” Refere Beatriz Basto da Silva, “O Decreto entrou em vigor a 8 do mesmo mês e ano, devendo no entanto a Santa Casa continuar a tratar dos enjeitados que tinha a seu cargo nessa data. Como a Portaria não conseguiu deter a prática, a ‘Roda’ deixou de existir, mas as crianças abandonadas à porta da Santa Casa continuaram a ser recebidas.” Os desamparados “O recém-nascido deposto em segredo, sem qualquer esboço de inquirição e até fora da vista, conforme muito assim facilitava a roda conventual, a coberto de usos e leis na aparência com fins benemerentes, mas que tragicamente repudiavam os mais elementares deveres maternais e não menos tolhiam ao filho o legítimo direito de sangue ou sequer do nome”, segundo JCS, que refere, “Para Macau e em tal matéria haveria só a esperar reforço quanto a números, desde que entre chineses a prerrogativa de garantir o nome continuador da família, foi sempre exclusiva ao elemento masculino, portanto, as filhas mais nas classes baixas ou de situação económica difícil, não contavam e podiam ser legalmente transaccionadas. Mas mesmo no nosso próprio meio, pelo convívio de numerosas escravas e com aquele trem de vida, bastante folgado ou ocioso, as condições não seriam as mais propícias a fortalecer os grandes atributos de virtude e castidade. Assim se engrossava, também, outro mal – o da mendicidade – como por volta de 1772-3 o Governador Salema de Saldanha expunha em carta ao Bispo D. Alexandre.” A data do início da Casa dos Expostos é impossível de apurar, mas já o compromisso de 1627, no Cap. XXIII , incluía a disposição: Em conjunto com os dois hospitais, esse hospício recebia um subsídio, que a ninguém repugnava, proveniente do 1% cobrado nos direitos de Cidade sobre as fazendas grossas. “Donativo idêntico, fixado mais tarde em 1%, também sobre as fazendas grossas entradas na Cidade, seria do mesmo modo atribuído às freiras de St.ª Clara, que por ajuste de 1692, em que interveio o Bispo D. João de Casal, o Provincial de S. Francisco e o Senado assentaram <dar-se, pontualmente, esse 1% estando as freiras obrigadas a receberem sem dote, cada cinco anos, uma filha de Morador>. De lembrar ter sido a Cidade do Nome de Deus na China criada por alevantados mercadores, que a trespassaram para mãos régias devido ao comércio com o Japão. Quando este ficou proibido, regressou Macau ao privado trato gerido pelo Senado e se cada viagem realizada valia ao dono da embarcação uma verdadeira fortuna, bastava um naufrágio para arruinar em dívidas o proprietário e afundar haveres e vidas, deixando viúvas e órfãos desamparados. A carta do Governador Salema de Saldanha refere: Enjeitados e raparigas órfãs receberam no século XVIII descuidada atenção e ínfimos recursos devido ao estado de decadência de Macau.
Odor a mar Anabela Canas - 9 Mar 2020 [dropcap]E[/dropcap], ainda no momento em que distraidamente sinto o copo de chá a escaldar nas mãos, pela oscilação estranha de uma memória que me ultrapassa e afunda na enormidade do tempo, um abalo de terra sabe-se lá sob que impacto, lembro-me de como estou próxima das dunas do outro lado do agora mar. Recuo milhões de anos antes da deriva continental, penso em todas as derivas, e logo ali obliquamente a escassos graus de latitude sul nesta Pangeia ancestral, mergulho os pés nus nessas outras areias. Transpondo a distância, naquilo que é afinal um pequeno salto sobre o fio da navalha. Tenho que pensar neste fio. Mas isso será uma outra história para depois. Por agora são 21 graus a sul e a longitude, essa variável em milhões de anos. De ínfima a relevante. Desço lentamente com o dedo no mapa deste planeta solitário e lanço-o á esquerda sobre o mar como os olhos. Estendo ainda o olhar pelo deserto nesta ânsia de contemplação e mais para oeste saio pelo deserto de azul do oceano. Não estátua de sal, ou me desfaço e perco nesse olhar. Recuo uns graus a sul e não é o deserto, deserto, mas um olhar em plenitude. Talvez em busca de palavras ou de uma luz. E descendo mais um pouco começa a desenhar-se. É talvez um farol em Alagoas. Apontado ao mar. Há tantos. E de súbito coloco-me do outro lado. Seguindo essa imensidão como se ao longo do braço de luz. Caminho pela orla costeira da Ponta Verde, como em qualquer outra franja à beira-mar. Encontro Aurélio. Sim, aquele do dicionário das palavras difíceis. Ou fáceis. Sentado em bronze, com o seu amor à Língua portuguesa. E, noutro ponto, Graciliano Ramos. Um outro ser em bronze, que caminha de cigarro contemplativo e olhar baixo, como quem conta palavras nos passos. Como o realismo pode ser belo ao evocar a passada do caminhante. Eternizados ambos no seu olhar contemplativo para o mesmo longe, mesmo que de dentro. Em busca das palavras também eles e ambos. Porque pensariam achá-las perdidas na imensidão sem ruído. Como a do mar de palavras. Ou no fim dos raios de luz destino das noite do farol. Com um me apetece sentar e com o outro caminhar. No seu silêncio. E com o outro, chegar. Porque é um outro dos faróis de Alagoas – o mais bonito de todos – estranho fantasma de outro tempo e uma bela e envelhecida construção em bronze, também, o que me paralisou de espanto. Terá sido belo no seu tempo. E é diferente e belo neste tempo que parece pedir dramaticamente que pare. Deixando a sua luz apagada para que não demasiados olhos por aqui cheguem a mudar este paraíso de areia branca e águas finas de azuis e verdes. É a praia Foz Rio de São Francisco, um rio que barrado mais atrás, esmoreceu no encontro com o mar e o deixou subir mais acima. Uma foz é sempre um pouco revoltosa. Como certos encontros. A adaptação de águas diferentes. Como a espantar visitantes. E se muito o mar cobriu, o resto o fizeram as dunas ao sabor do vento. Também estas escondem segredos de quem viu submarinos pela calada da noite em busca de água doce. Armas debaixo de água e olhar de crocodilos em busca de farol que os guiasse. Este, inclinado como um velho campanário de Pisa, primos na música que lhes descrevia a alma. A um e a outro. Neste, em forma de luz. Distantes, mas hoje mais. Do que na longínqua Pangeia sem monumentos. O mar avançou deixando-o fantasmático, ensimesmado e inclinado, e mais que centenário guardião deste mistério de vidas antigas. É o farol discreto, crivado de ferrugens e oxidações várias. Feito de texturas de cores insólitas na pele de bronze com odor a mar, como rugas crestadas de cento e tal anos. Viu submarinos alemães na segunda guerra, abusarem da sua luz inocente. Mas a luz, quando toca, toca a todos. Pescadores como contrabandistas. Talvez por isso se apagou. Se inclinou cabisbaixo. E se corrói por dentro e por fora de mistérios que se teceram ante a sua luz. Como um anjo prestes a afundar, ou a levantar voo. Quantos graus de inclinação tem aquele olhar baixo, como de cílios introspectivos a furtar o olhar ao horizonte, para sempre? Narciso? Não. Não chega a inclinação a tanto, ficando-se antes pelas águas um pouco além como quem luta contra a ventania do tempo de través. Aspirar. Como uma exclamação de odor a mar. Oh…perfume a mar distante. Com uns graus de inclinação. Jubilado pelos astros. Ou não fossem eles, e porque se fez noite, seria bem escura a vasta abóbada. Invisível e belo fantasma, agora. Breu em redor. Acendo um cigarro. Mas preciso de um pouco mais de luz para lhe apreciar o fumo. Habituada a esta omnipresente luz artificial que de repente se apagou no bairro. Nestes quarteirões em volta. Acendo uma vela e penso vai voltar. Há sempre que ter velas em casa. Mesmo que seja preciso percorrer com um rápido pânico os corredores na mais completa escuridão. E, acesa, parece uma qualidade imensa de luz, necessária e no contraste com tudo o resto. Misterioso poder suave de iluminar. Chama. Como um farol as águas ao longe e saber onde se desenha terra. E depois, há sempre os astros.
F3 | 5ª edição da Taça do Mundo será novamente em Macau Sérgio Fonseca - 9 Mar 20209 Mar 2020 [dropcap]O[/dropcap] Conselho Mundial da Federação Internacional do Automóvel (FIA) confirmou na passada sexta-feira que o 67º Grande Prémio de Macau irá acolher a 5ª edição da Taça do Mundo de Fórmula 3 da FIA, naquela que será a 38ª corrida da categoria de Fórmula 3 nas ruas do território. “O Conselho aprovou a inclusão da Taça do Mundo de F3 da FIA, durante o Grande Prémio de Macau, no Calendário Desportivo Internacional”, é possível ler no comunicado emanado pela federação internacional às redacções. Isto quer dizer, que a próxima edição da prova, a quinta consecutiva que se realizada entre nós, irá manter os mesmos moldes da anterior, em que todo o plantel será proveniente do Campeonato FIA de Fórmula 3, utilizando os novos chassis construídos pela Dallara, com motores V6 produzidos pela Mechachrome em França e pneus específicos da Pirelli. Cada uma das dez equipas do campeonato – Prema Racing, Hitech Grand Prix, ART Grand Prix, Trident, HWA Racelab, MP Motorsport, Jenzer Motorsport, Charouz Racing System, Carlin Buzz Racing e Campos Racing – terá obrigatoriamente que inscrever três carros no Grande Prémio em Novembro. Se o calendário de oito provas do Campeonato FIA de Fórmula 3 não sofrer alterações de vulto, este acabará no final de Setembro em Sochi, na Rússia. Os carros e o material das equipas serão depois transportados para a Europa, onde estão agendados três dias de testes antes da viagem rumo ao Oriente. Com Verschoor e Floersch Sem capacidade financeira para subir um degrau na pirâmide mundial do automobilismo, Richard Verschoor, o vencedor surpresa do Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 de 2019, vai continuar na Fórmula 3 e com a equipa MP Motorsport. O jovem holandês que um dia foi dispensado pelo Red Bull Junior Team e que foi apenas 13º classificado o ano passado, deverá marcar presença na RAEM no final do ano, com o intuito de obter a “dobradinha” na prova e assim tentar igualar um feito apenas ao alcance de Edoardo Mortara, Felix Rosenqvist, António Félix da Costa e Dan Ticktum Quem também conseguiu um lugar no campeonato foi Sophia Floersch que na experiente equipa espanhola Campos Racing encontrou uma estrutura que lhe deu a mão. A jovem germânica também recebeu na pretérita semana a boa notícia que irá participar nas míticas 24 Horas de Le Mans no mês de Junho. A participação, ou não, no Grande Prémio é um assunto para mais tarde no ano. A língua portuguesa estará representada no Campeonato FIA de Fórmula 3 deste ano por dois brasileiros: Enzo Fittipaldi, neto do ex-campeão do mundo de F1 Emerson Fittipaldi, e Igor Fraga, que nasceu no Japão e é conhecido pelos seus vários títulos em competições de automobilismo no espaço virtual. E sem Charles Leong O piloto de Macau Charles Leong Hon Chio, 19º classificado na pretérita edição do Grande Prémio, voltará a não participar no campeonato que melhor o prepararia para enfrentar a difícil corrida do Circuito da Guia. O piloto da RAEM, que não consegue reunir seis ou sete milhões de patacas para segurar um lugar a tempo inteiro no campeonato principal de F3, fez saber ao HM que, por agora, não tem qualquer programa desportivo confirmado para 2020 e a sua prioridade até ao final do ano lectivo são mesmo os estudos. Depois, a exemplo do que se passou na temporada passada, é provável que Leong procure um programa mais compacto de testes e corridas de forma a preparar a presença quase obrigatória na corrida de Fórmula 3 da RAEM, no que será a sua terceira participação.
F3 | 5ª edição da Taça do Mundo será novamente em Macau Sérgio Fonseca - 9 Mar 2020 [dropcap]O[/dropcap] Conselho Mundial da Federação Internacional do Automóvel (FIA) confirmou na passada sexta-feira que o 67º Grande Prémio de Macau irá acolher a 5ª edição da Taça do Mundo de Fórmula 3 da FIA, naquela que será a 38ª corrida da categoria de Fórmula 3 nas ruas do território. “O Conselho aprovou a inclusão da Taça do Mundo de F3 da FIA, durante o Grande Prémio de Macau, no Calendário Desportivo Internacional”, é possível ler no comunicado emanado pela federação internacional às redacções. Isto quer dizer, que a próxima edição da prova, a quinta consecutiva que se realizada entre nós, irá manter os mesmos moldes da anterior, em que todo o plantel será proveniente do Campeonato FIA de Fórmula 3, utilizando os novos chassis construídos pela Dallara, com motores V6 produzidos pela Mechachrome em França e pneus específicos da Pirelli. Cada uma das dez equipas do campeonato – Prema Racing, Hitech Grand Prix, ART Grand Prix, Trident, HWA Racelab, MP Motorsport, Jenzer Motorsport, Charouz Racing System, Carlin Buzz Racing e Campos Racing – terá obrigatoriamente que inscrever três carros no Grande Prémio em Novembro. Se o calendário de oito provas do Campeonato FIA de Fórmula 3 não sofrer alterações de vulto, este acabará no final de Setembro em Sochi, na Rússia. Os carros e o material das equipas serão depois transportados para a Europa, onde estão agendados três dias de testes antes da viagem rumo ao Oriente. Com Verschoor e Floersch Sem capacidade financeira para subir um degrau na pirâmide mundial do automobilismo, Richard Verschoor, o vencedor surpresa do Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 de 2019, vai continuar na Fórmula 3 e com a equipa MP Motorsport. O jovem holandês que um dia foi dispensado pelo Red Bull Junior Team e que foi apenas 13º classificado o ano passado, deverá marcar presença na RAEM no final do ano, com o intuito de obter a “dobradinha” na prova e assim tentar igualar um feito apenas ao alcance de Edoardo Mortara, Felix Rosenqvist, António Félix da Costa e Dan Ticktum Quem também conseguiu um lugar no campeonato foi Sophia Floersch que na experiente equipa espanhola Campos Racing encontrou uma estrutura que lhe deu a mão. A jovem germânica também recebeu na pretérita semana a boa notícia que irá participar nas míticas 24 Horas de Le Mans no mês de Junho. A participação, ou não, no Grande Prémio é um assunto para mais tarde no ano. A língua portuguesa estará representada no Campeonato FIA de Fórmula 3 deste ano por dois brasileiros: Enzo Fittipaldi, neto do ex-campeão do mundo de F1 Emerson Fittipaldi, e Igor Fraga, que nasceu no Japão e é conhecido pelos seus vários títulos em competições de automobilismo no espaço virtual. E sem Charles Leong O piloto de Macau Charles Leong Hon Chio, 19º classificado na pretérita edição do Grande Prémio, voltará a não participar no campeonato que melhor o prepararia para enfrentar a difícil corrida do Circuito da Guia. O piloto da RAEM, que não consegue reunir seis ou sete milhões de patacas para segurar um lugar a tempo inteiro no campeonato principal de F3, fez saber ao HM que, por agora, não tem qualquer programa desportivo confirmado para 2020 e a sua prioridade até ao final do ano lectivo são mesmo os estudos. Depois, a exemplo do que se passou na temporada passada, é provável que Leong procure um programa mais compacto de testes e corridas de forma a preparar a presença quase obrigatória na corrida de Fórmula 3 da RAEM, no que será a sua terceira participação.
Zero Carlos Morais José - 9 Mar 2020 [dropcap]Z[/dropcap]ero. O zero demorou a inventar. Ou terá demorado a perceber a possibilidade de nada e a sua extrema utilidade? Zero é difícil de compreender, é esquisito, provoca ânsias… o vazio. Zero. Zero para quê? Nada é tramado. O vazio angustiante. Ninguém uma suave tragédia. E nisto andamos. Sem sobressaltos. Deslizamos. Curiosamente, a Terra chata continua o seu percurso de fresbee à volta do Sol e o Sol a sua dissidência láctea, aparentemente sem objectivo decifrável. Um destino de nada é um nada de destino. Ou vice-versa (com pronúncia francesa). Por isso o zero me fatiga, o zero me odeia e me atrai. Acabo por amar o que me cansa, o que me é familiar e incessante. Como o zero. E sabe a nada ou a vento que é o mesmo que nada mas tem uma textura, uma consistência, uma realidade que escapa ao zero. A boca órfã. Os dentes crentes. A língua vazia. O desdém franco pela telepatia que ao abismo me leva. A boçalidade do buraco negro. Não lhe adianta não servir para nada. Não chega ao zero. E sobra em treva. O zero dos maias, dos semitas ou lá de quem foi! Te arrenego, santo zero, querido vazio, mártir nada, pulga ninguém! O zero inquieta-me. Respiremos…
Política virulenta João Luz - 9 Mar 2020 [dropcap]Q[/dropcap]uase tão contagiosa e letal como um vírus, a política é infecciosa e tem inscrita na sua natureza o ataque à integridade de corpos sãos. O alcance viral da política também chega a todos os cantos da experiência humana, é uma pandemia. Muitas vezes citado fora do contexto, Thomas Mann escreveu uma frase emblemática do alcance universal da política: “Tudo é político.” Apesar de abominar assumidamente liberdades “excessivamente” democráticas nascidas do Iluminismo, Mann é o exemplo da complexidade de pensamento que é trucidada pelo monstruoso espectáculo político. A máxima de Mann foi mais tarde “corrigida” por Michel Foucault, que desconstruiu a asserção do alemão. Na óptica do francês, a máxima “tudo pode ser politizado” responde muito melhor à forma universal do alcance da política. Num dos seus últimos esforços na luta pela decência, Christopher Hitchens defendia que “a religião envenena tudo”. Acrescento a política ao ramalhete de doutrinas tóxicas, defendidas com fulgor fanático, contrárias à sobrevivência humana. Se acha que estou a exagerar permita-me duas palavras: Alterações climáticas. A questão agora, chegados a este parágrafo e depois do pesado name dropping, é saber de que porra estou para aqui a falar. Simples. Covid- 19 e política, ou a forma como a saúde pública é uma ninharia secundária face ao marketing político e à imagem. A começar pela China. Lamento muito caros adeptos do PCC, como não tenho cavalos nestas corridas posso ser objectivo, sem paixões quase-clubísticas. É verdade que Pequim agiu com firmeza e determinação quando a coisa se tornou feia em Wuhan. Mas não vamos andar a escamotear que durante semanas a fio, quase um mês, oficialmente só havia 40 infectados. Quando surgiram infecções na Tailândia e Coreia do Sul, a comunidade científica alertou para a possibilidade de os números oficiais não corresponderem à realidade. Ui, uma pança cheia de vilanagem, diabólica interferência estrangeira dessa ciência ianque que quer denegrir a pátria. Dias depois, os novos casos começaram a surgir à média de mais de uma centena a cada 24 horas. Um médico de Wuhan, que esboçou uma tentativa de alerta da comunidade médica para a possibilidade de um surto semelhante à SARS, acabou por cair nas malhas da polícia, num país onde a justiça é abertamente subordinada ao poder político. Este homem acabou por morrer e engordar a estatística das casualidades provocadas pelo novo coronavírus. Morreu a tratar quem sofria do mal para o qual tentou chamar a atenção. Mais ou menos por essa altura, Pequim deu um murro na mesa ao afirmar que não permitiria nada além de transparência no combate ao surto, recordando que também o SARS foi escondido por questões políticas, até ganhar uma dimensão preocupante. Não sei se alguma vez chegaremos a saber se o alcance global do Covid- 19 seria igual caso fosse tratado como ameaça à saúde pública, numa primeira instância, em vez de ser uma pedra no político sapato, em vésperas do arranque da Assembleia Popular Nacional. Pelo mundo inteiro, o Covid-19 tem sido arma de arremesso político, inclusive em Portugal. Mas agora, vou coçar a comichão chamada “atão e os amaricanos”. Não para apaziguar bicefalia, mas porque, de facto, nos Estados Unidos a politização do novo coronavírus tem sido um triste espectáculo, uma fossa séptica de imoralidade a tornar o ar irrespirável. As barbaridades proferidas por Trump são imensas. “Há quem diga que coronavírus é pior que a gripe e há quem diga que é melhor”, um pequeno exemplo das pérolas de ignorância que saem da Casa Branca. Além de nomear o seu vice para chefiar o organismo de resposta ao surto, um homem que acredita mais nas qualidades curativas da oração do que na ciência, Trump referiu que o vírus iria, miraculosamente, desaparecer em Abril com a subida das temperaturas, mentiu com todos os dentes sobre o número de infectados, culpou o Obama do desinvestimento que ele próprio fez do Centros de Controle e Prevenção de Doenças, entre outras alarvidades. Mais preocupado com os efeitos em Wall Street e na forma como o surto pode afectar o eleitorado nas presidenciais que se aproximam, Trump abertamente assumiu que tudo para si é marketing político, inclusive a vida dos americanos. Além de incriminar o partido democrata de desejar a morte de milhares de americanos para tirar dividendos políticos, e disparar à maluca contra a CNN, Trump confessou, em directo, que “não precisa que os números dupliquem devido a um cruzeiro que não é culpa nossa”. Ou seja, Trump está mais preocupado com as repercussões políticas dos números de infectados, do que com a vida dos tripulantes do cruzeiro, na maioria norte-americanos. Declarações proferidas na qualidade de Presidente dos Estados Unidos, mas ostentando o boné com o slogan de campanha. Um nojo. Podia estar aqui cinquenta páginas a desfiar exemplos letais da politização da saúde pública, ou como os partidários transformam a coisa numa luta identitária, mas já estou a rebentar a escala dos caracteres.
Demografia | População de Macau cresce em 2019 Hoje Macau - 9 Mar 2020 [dropcap]A[/dropcap] população de Macau era, no final do ano passado, de 679.600 pessoas, ou seja mais 12.200 do que em 2018. Os dados foram divulgados na passada sexta-feira pela Direção dos Serviços de Estatísticas e Censos (DSEC). De acordo com a DSEC, a população feminina representou 53,3 por cento da população total do território em 2019. Os idosos, com 65 anos ou mais, representavam 11,9 por cento da população, mais 0,8 pontos percentuais relativamente a 2018. O índice de envelhecimento foi de 90,2 por cento, mais 1,1 pontos percentuais, em termos anuais, o que significa um envelhecimento contínuo da população pelo 21.º ano consecutivo, indicou a DSEC. Já a população adulta (15-64 anos) representou 74,9 por cento do total, tendo diminuído 0,8 por cento. Em 2019, o número registado de nados-vivos foi de 5.979, mais 54, com a taxa de natalidade a situar-se em 8,9 por cento. A DSEC referiu que, no ano passado, foram autorizadas a residir em Macau 967 pessoas, menos 107 em termos anuais. De referir ainda que a população local, que não inclui os trabalhadores não residentes nem os estudantes não residentes domiciliados em Macau, abrangia 555 mil pessoas, ou seja mais 1,2 por cento comparativamente com 2018.
Demografia | População de Macau cresce em 2019 Hoje Macau - 9 Mar 2020 [dropcap]A[/dropcap] população de Macau era, no final do ano passado, de 679.600 pessoas, ou seja mais 12.200 do que em 2018. Os dados foram divulgados na passada sexta-feira pela Direção dos Serviços de Estatísticas e Censos (DSEC). De acordo com a DSEC, a população feminina representou 53,3 por cento da população total do território em 2019. Os idosos, com 65 anos ou mais, representavam 11,9 por cento da população, mais 0,8 pontos percentuais relativamente a 2018. O índice de envelhecimento foi de 90,2 por cento, mais 1,1 pontos percentuais, em termos anuais, o que significa um envelhecimento contínuo da população pelo 21.º ano consecutivo, indicou a DSEC. Já a população adulta (15-64 anos) representou 74,9 por cento do total, tendo diminuído 0,8 por cento. Em 2019, o número registado de nados-vivos foi de 5.979, mais 54, com a taxa de natalidade a situar-se em 8,9 por cento. A DSEC referiu que, no ano passado, foram autorizadas a residir em Macau 967 pessoas, menos 107 em termos anuais. De referir ainda que a população local, que não inclui os trabalhadores não residentes nem os estudantes não residentes domiciliados em Macau, abrangia 555 mil pessoas, ou seja mais 1,2 por cento comparativamente com 2018.
Exposições/Convenções | Quebra de 3,9 por cento de visitantes Hoje Macau - 9 Mar 2020 [dropcap]D[/dropcap]ados divulgados pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) revelam que o sector das exposições e convenções teve uma quebra de 3,9 por cento em termos anuais no número de visitantes no quarto trimestre do ano de 2019, altura em que surgiram, em Dezembro, os primeiros casos de infecção com o novo coronavírus na China. No total, houve 629 mil visitantes neste sector nos últimos três meses do ano. No quarto trimestre realizaram-se 461 reuniões, conferências, exposições e eventos de incentivo, número idêntico ao do trimestre homólogo de 2018, aponta a DSEC. No entanto, e de acordo com um comunicado oficial “o número de participantes e visitantes foi de 733.000, descendo ligeiramente 0,4 por cento em termos anuais”. No que diz respeito às receitas e despesas geradas pelo sector, a DSEC dá conta do registo de um valor negativo de 36,57 milhões de patacas, subtraídas as despesas e os subsídios concedidos pelo Governo e outras instituições. O comunicado aponta que este valor “foi maior que o valor negativo de 29,15 milhões de patacas registado em 2018”.
Exposições/Convenções | Quebra de 3,9 por cento de visitantes Hoje Macau - 9 Mar 2020 [dropcap]D[/dropcap]ados divulgados pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) revelam que o sector das exposições e convenções teve uma quebra de 3,9 por cento em termos anuais no número de visitantes no quarto trimestre do ano de 2019, altura em que surgiram, em Dezembro, os primeiros casos de infecção com o novo coronavírus na China. No total, houve 629 mil visitantes neste sector nos últimos três meses do ano. No quarto trimestre realizaram-se 461 reuniões, conferências, exposições e eventos de incentivo, número idêntico ao do trimestre homólogo de 2018, aponta a DSEC. No entanto, e de acordo com um comunicado oficial “o número de participantes e visitantes foi de 733.000, descendo ligeiramente 0,4 por cento em termos anuais”. No que diz respeito às receitas e despesas geradas pelo sector, a DSEC dá conta do registo de um valor negativo de 36,57 milhões de patacas, subtraídas as despesas e os subsídios concedidos pelo Governo e outras instituições. O comunicado aponta que este valor “foi maior que o valor negativo de 29,15 milhões de patacas registado em 2018”.
Segurança | Criminalidade violenta cresce 4,7% em 2019 Pedro Arede - 9 Mar 2020 Crimes de violação registaram um aumento de 43,3 por cento, o número de roubos 15,9 por cento e os sequestros 8 por cento. Apesar da subida, o Gabinete do secretário para a Segurança aponta que a situação de Macau é estável e não extravasa o ambiente do jogo, embora alerte “para os efeitos negativos” que a epidemia pode trazer para a manutenção da ordem social [dropcap]E[/dropcap]m 2019, foram registados 673 casos de criminalidade violenta em Macau, uma subida de 4,7 por cento relativamente a 2018. Os dados, divulgados na passada sexta-feira pelo Gabinete do secretário para a Segurança, apontam ainda que na base do aumento está a subida dos crimes de violação, roubos e sequestro. “Esta subida deve-se, principalmente, a um aumento dos crimes de “sequestro”, “roubo” e “violação”, já que os outros crimes violentos têm registado uma tendência de diminuição”, pode ler-se no relatório do gabinete tutelado por Wong Sio Chack. De facto, o crime de violação foi o que registou maior subida, com um aumento de 43,3 por cento (mais 30 casos) em relação a 2018, tendo ocorrido, no total, 43 casos. Seguiram-se os casos de roubo que registaram um aumento de 11 casos, correspondendo a uma subida de 15,9 por cento relativamente a 2018, sendo que a maior parte ocorreu “junto dos hotéis ou em locais isolados”. Quanto aos sequestros, registaram-se, no total, 353 casos, ou seja um aumento de 26 casos em relação a 2018, o que representa uma subida de 8 por cento. Segundo os dados do gabinete para a segurança “a maioria dos crimes de sequestro está relacionada com associações criminosas que se dedicam à usura” e à criminalidade ligada ao sector do jogo. O tráfico de droga “registou um número semelhante de casos”, tendo sido contabilizados mais quatro incidências, uma subida de 3,5 por cento. Registaram-se ainda dois homicídios e ainda uma morte provocada por ofensa à integridade física. Do lado dos crimes que registaram as maiores descidas estão os crimes sexuais contra menores (menos 54,2 por cento) e ofensas corporais graves (menos 42,9 por cento). Quanto a crimes como rapto e homicídio, o balanço aponta para a continuação de “uma conjuntura boa, de registo nulo ou com uma casuística muito baixa”. Também com tendência decrescente em 2019 estiveram os crimes informáticos, a registar uma descida de 29,9 por cento. Ligados ao jogo Apesar do aumento registado da criminalidade violenta, o gabinete liderado por Wong Sio Chak aponta que a “a situação geral da segurança de Macau manteve-se estável e com boas condições” e que a maioria dos crimes graves, sobretudo os de sequestro e usura, estão confinados ao ambiente do jogo e aos casinos. Segundo o relatório, em 2019 a polícia instaurou 605 processos por crime de usura, dos quais, 602 estão relacionados com o jogo, o que representa uma subida de 8,7 por cento. Já dos 353 sequestros, 345 tiveram origem na prática do crime de usura, o que representa um aumento de 11,7 por cento. Já os casos de burla em casinos foram 456, ou seja mais 200 que em 2018, estando relacionados com “troca ilegal de moeda”. Quanto ao futuro, o gabinete liderado por Wong Sio Chak aponta que as autoridades já tomaram as medidas necessárias para reforçar o combate aos crimes graves mas deixa, no entanto, um alerta relacionado com a crise provocada pelo Covid- 19. “Os efeitos negativos decorrentes da epidemia acarretam inevitavelmente a possibilidade de aumento de factores instáveis, prejudiciais à manutenção da ordem social, pelo que as autoridades de segurança vão manter um nível de alerta elevado”, pode ler-se no balanço sobre a criminalidade em Macau.
Segurança | Criminalidade violenta cresce 4,7% em 2019 Pedro Arede - 9 Mar 2020 Crimes de violação registaram um aumento de 43,3 por cento, o número de roubos 15,9 por cento e os sequestros 8 por cento. Apesar da subida, o Gabinete do secretário para a Segurança aponta que a situação de Macau é estável e não extravasa o ambiente do jogo, embora alerte “para os efeitos negativos” que a epidemia pode trazer para a manutenção da ordem social [dropcap]E[/dropcap]m 2019, foram registados 673 casos de criminalidade violenta em Macau, uma subida de 4,7 por cento relativamente a 2018. Os dados, divulgados na passada sexta-feira pelo Gabinete do secretário para a Segurança, apontam ainda que na base do aumento está a subida dos crimes de violação, roubos e sequestro. “Esta subida deve-se, principalmente, a um aumento dos crimes de “sequestro”, “roubo” e “violação”, já que os outros crimes violentos têm registado uma tendência de diminuição”, pode ler-se no relatório do gabinete tutelado por Wong Sio Chack. De facto, o crime de violação foi o que registou maior subida, com um aumento de 43,3 por cento (mais 30 casos) em relação a 2018, tendo ocorrido, no total, 43 casos. Seguiram-se os casos de roubo que registaram um aumento de 11 casos, correspondendo a uma subida de 15,9 por cento relativamente a 2018, sendo que a maior parte ocorreu “junto dos hotéis ou em locais isolados”. Quanto aos sequestros, registaram-se, no total, 353 casos, ou seja um aumento de 26 casos em relação a 2018, o que representa uma subida de 8 por cento. Segundo os dados do gabinete para a segurança “a maioria dos crimes de sequestro está relacionada com associações criminosas que se dedicam à usura” e à criminalidade ligada ao sector do jogo. O tráfico de droga “registou um número semelhante de casos”, tendo sido contabilizados mais quatro incidências, uma subida de 3,5 por cento. Registaram-se ainda dois homicídios e ainda uma morte provocada por ofensa à integridade física. Do lado dos crimes que registaram as maiores descidas estão os crimes sexuais contra menores (menos 54,2 por cento) e ofensas corporais graves (menos 42,9 por cento). Quanto a crimes como rapto e homicídio, o balanço aponta para a continuação de “uma conjuntura boa, de registo nulo ou com uma casuística muito baixa”. Também com tendência decrescente em 2019 estiveram os crimes informáticos, a registar uma descida de 29,9 por cento. Ligados ao jogo Apesar do aumento registado da criminalidade violenta, o gabinete liderado por Wong Sio Chak aponta que a “a situação geral da segurança de Macau manteve-se estável e com boas condições” e que a maioria dos crimes graves, sobretudo os de sequestro e usura, estão confinados ao ambiente do jogo e aos casinos. Segundo o relatório, em 2019 a polícia instaurou 605 processos por crime de usura, dos quais, 602 estão relacionados com o jogo, o que representa uma subida de 8,7 por cento. Já dos 353 sequestros, 345 tiveram origem na prática do crime de usura, o que representa um aumento de 11,7 por cento. Já os casos de burla em casinos foram 456, ou seja mais 200 que em 2018, estando relacionados com “troca ilegal de moeda”. Quanto ao futuro, o gabinete liderado por Wong Sio Chak aponta que as autoridades já tomaram as medidas necessárias para reforçar o combate aos crimes graves mas deixa, no entanto, um alerta relacionado com a crise provocada pelo Covid- 19. “Os efeitos negativos decorrentes da epidemia acarretam inevitavelmente a possibilidade de aumento de factores instáveis, prejudiciais à manutenção da ordem social, pelo que as autoridades de segurança vão manter um nível de alerta elevado”, pode ler-se no balanço sobre a criminalidade em Macau.
Óbito | Oliveira Sales, a “figura da diáspora macaense e da comunidade portuguesa” Hoje Macau - 9 Mar 2020 Arnaldo Oliveira Sales, que morreu na sexta-feira, era um nome máximo da “diáspora macaense” e “uma figura de destaque da comunidade portuguesa de Hong Kong”, apontou Miguel de Senna Fernandes. Marcelo Rebelo de Sousa lamentou morte de uma “das figuras mais relevantes” da região vizinha e Carrie Lam destacou o papel social que desempenhou ao longo da vida [dropcap]“C[/dropcap]resceu em Hong Kong, fez-se homem em Hong Kong” e era “uma figura de destaque da comunidade portuguesa” na antiga colónia britânica, declarou à Lusa Miguel de Senna Fernandes, Associação dos Macaenses (ADM). “Recordo os primeiros encontros das comunidades macaenses” em que Arnaldo Oliveira Sales era “a figura da diáspora macaense”, sublinhou. O “descendente de famílias macaenses”, nascido em 1920, na região chinesa de Cantão, foi o primeiro presidente do Conselho Urbano de Hong Kong (um conselho municipal responsável pelos serviços municipais na ilha de Hong Kong e em Kowloon), em 1973, acrescentou o presidente da ADM. Arnaldo Oliveira Sales foi ainda um dos fundadores da Federação Desportiva e do Comité Olímpico de Hong Kong, tendo sido presidente desta instituição em 1972, durante os Jogos Olímpicos de Munique, marcados pelo homicídio de 11 israelitas por parte de um grupo terrorista palestiniano. “A equipa de Hong Kong estava no mesmo edifício que os israelitas”, contou Senna Fernandes. “Ele negociou com os terroristas, explicando que a equipa de Hong Kong nada tinha a ver com o problema e os palestinianos concordaram em soltar a equipa de Hong Kong”, acrescentou Miguel de Senna Fernandes. Arnaldo Oliveira Sales, que morreu com 100 anos, já se encontrava afastado da vida pública há vários anos. “Há cinco anos que se encontrava muito mal, segundo os seus familiares. Paz à sua alma”, afirmou. Em comunicado, a Federação Desportiva e Comité Olímpico de Hong Kong recordou que “sob a sua presidência de 1967 a 1998, os atletas de Hong Kong foram ganhando reconhecimento gradualmente em muitas competições multidesportivas internacionais, como os Jogos da Commonwealth, os Jogos Olímpicos e os Jogos Asiáticos”. “Com a sua visão e o máximo esforço, Hong Kong permaneceu como uma entidade desportiva separada após a passagem da soberania”, do território do Reino Unido para a China, enfatizou a organização. “O seu trabalho como presidente do Conselho Urbano, Membro da Autoridade de Habitação, Comité Consultivo de Direito Básico de Hong Kong e outros serviços públicos foi amplamente reconhecido pelos governos de Hong Kong e por várias organizações. A sua morte é uma grande perda para o desporto e para a comunidade local”, acrescentou aquela organização. Arnaldo de Oliveira Sales afastou-se da vida pública nos anos 2000 e estava internado há cerca de dez anos no hospital Hong Kong Sanatorium, noticiou o diário South China Morning Post. Pesar presidencial Também o Presidente da República portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, lamentou a morte do comendador Arnaldo Oliveira Sales e recordou “uma das figuras mais relevantes da comunidade macaense e portuguesa” em Hong Kong. De acordo com uma nota publicada na página oficial da Presidência da República na internet, o chefe de Estado apresenta “as mais sentidas condolências à família” de Oliveira Sales, considerando que foi “umas das figuras mais relevantes da comunidade macaense e portuguesa em Hong Kong”. Marcelo Rebelo de Sousa acrescenta que “a sua memória ficará sempre” associada ao “mundo desportivo, nomeadamente ao desporto olímpico”, uma vez que o comendador foi “presidente do Comité Olímpico” daquela antiga colónia britânica e “ficou conhecido como o ‘senhor desporto’”. O Presidente da República recorda ainda a “lealdade às origens portuguesas e o trabalho que desenvolveu em nome de Portugal”. A Chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam, também prestou tributo a Oliveira Sales. “O Sr. Sales dedicou a sua vida ao desenvolvimento do desporto em Hong Kong e fez contribuições significativas. Desempenhou diversos papéis na Federação de Desporto e no Comité Olímpico ao longo dos anos, incluindo enquanto presidente da organização por mais de trinta anos”, referiu a Chefe do Executivo da região vizinha. Carrie Lam acrescentou ainda que Oliveira Sales “ajudou a promover oportunidades para que os atletas de Hong Kong pudessem participar em competições internacionais sob o emblema de Hong Kong, mesmo depois de 1997”.
Óbito | Oliveira Sales, a "figura da diáspora macaense e da comunidade portuguesa" Hoje Macau - 9 Mar 2020 Arnaldo Oliveira Sales, que morreu na sexta-feira, era um nome máximo da “diáspora macaense” e “uma figura de destaque da comunidade portuguesa de Hong Kong”, apontou Miguel de Senna Fernandes. Marcelo Rebelo de Sousa lamentou morte de uma “das figuras mais relevantes” da região vizinha e Carrie Lam destacou o papel social que desempenhou ao longo da vida [dropcap]“C[/dropcap]resceu em Hong Kong, fez-se homem em Hong Kong” e era “uma figura de destaque da comunidade portuguesa” na antiga colónia britânica, declarou à Lusa Miguel de Senna Fernandes, Associação dos Macaenses (ADM). “Recordo os primeiros encontros das comunidades macaenses” em que Arnaldo Oliveira Sales era “a figura da diáspora macaense”, sublinhou. O “descendente de famílias macaenses”, nascido em 1920, na região chinesa de Cantão, foi o primeiro presidente do Conselho Urbano de Hong Kong (um conselho municipal responsável pelos serviços municipais na ilha de Hong Kong e em Kowloon), em 1973, acrescentou o presidente da ADM. Arnaldo Oliveira Sales foi ainda um dos fundadores da Federação Desportiva e do Comité Olímpico de Hong Kong, tendo sido presidente desta instituição em 1972, durante os Jogos Olímpicos de Munique, marcados pelo homicídio de 11 israelitas por parte de um grupo terrorista palestiniano. “A equipa de Hong Kong estava no mesmo edifício que os israelitas”, contou Senna Fernandes. “Ele negociou com os terroristas, explicando que a equipa de Hong Kong nada tinha a ver com o problema e os palestinianos concordaram em soltar a equipa de Hong Kong”, acrescentou Miguel de Senna Fernandes. Arnaldo Oliveira Sales, que morreu com 100 anos, já se encontrava afastado da vida pública há vários anos. “Há cinco anos que se encontrava muito mal, segundo os seus familiares. Paz à sua alma”, afirmou. Em comunicado, a Federação Desportiva e Comité Olímpico de Hong Kong recordou que “sob a sua presidência de 1967 a 1998, os atletas de Hong Kong foram ganhando reconhecimento gradualmente em muitas competições multidesportivas internacionais, como os Jogos da Commonwealth, os Jogos Olímpicos e os Jogos Asiáticos”. “Com a sua visão e o máximo esforço, Hong Kong permaneceu como uma entidade desportiva separada após a passagem da soberania”, do território do Reino Unido para a China, enfatizou a organização. “O seu trabalho como presidente do Conselho Urbano, Membro da Autoridade de Habitação, Comité Consultivo de Direito Básico de Hong Kong e outros serviços públicos foi amplamente reconhecido pelos governos de Hong Kong e por várias organizações. A sua morte é uma grande perda para o desporto e para a comunidade local”, acrescentou aquela organização. Arnaldo de Oliveira Sales afastou-se da vida pública nos anos 2000 e estava internado há cerca de dez anos no hospital Hong Kong Sanatorium, noticiou o diário South China Morning Post. Pesar presidencial Também o Presidente da República portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, lamentou a morte do comendador Arnaldo Oliveira Sales e recordou “uma das figuras mais relevantes da comunidade macaense e portuguesa” em Hong Kong. De acordo com uma nota publicada na página oficial da Presidência da República na internet, o chefe de Estado apresenta “as mais sentidas condolências à família” de Oliveira Sales, considerando que foi “umas das figuras mais relevantes da comunidade macaense e portuguesa em Hong Kong”. Marcelo Rebelo de Sousa acrescenta que “a sua memória ficará sempre” associada ao “mundo desportivo, nomeadamente ao desporto olímpico”, uma vez que o comendador foi “presidente do Comité Olímpico” daquela antiga colónia britânica e “ficou conhecido como o ‘senhor desporto’”. O Presidente da República recorda ainda a “lealdade às origens portuguesas e o trabalho que desenvolveu em nome de Portugal”. A Chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam, também prestou tributo a Oliveira Sales. “O Sr. Sales dedicou a sua vida ao desenvolvimento do desporto em Hong Kong e fez contribuições significativas. Desempenhou diversos papéis na Federação de Desporto e no Comité Olímpico ao longo dos anos, incluindo enquanto presidente da organização por mais de trinta anos”, referiu a Chefe do Executivo da região vizinha. Carrie Lam acrescentou ainda que Oliveira Sales “ajudou a promover oportunidades para que os atletas de Hong Kong pudessem participar em competições internacionais sob o emblema de Hong Kong, mesmo depois de 1997”.
Lei de controlo sanitário animal concluída até ao Verão Pedro Arede - 9 Mar 2020 [dropcap]T[/dropcap]endo em conta, não só a importância do diploma que introduz a obrigatoriedade de declarar casos suspeitos de surtos em animais (doenças epizoóticas) no prazo de 24 horas, mas também porque é essa a vontade do secretário da Administração e Justiça, André Cheong, o presidente da 1ª comissão permanente da Assembleia Legislativa, Ho Ion Sang, acredita que a proposta de lei de controlo sanitário animal estará pronta até ao fim da actual sessão legislativa. “Segundo o senhor secretário, esta proposta de lei tem de ser concluída o quanto antes. Sabemos que nesta epidemia causada pelo novo coronavírus surgiram muitos problemas e, por isso, esta proposta de lei é muito importante para o controlo e prevenção das doenças epizoóticas e para a existência de fiscalização dos médicos veterinários e também das respectivas instituições”, afirmou Ho Ion Sang na passada sexta-feira, no final da reunião da comissão sobre a proposta de lei de controlo sanitário animal. “Estou confiante que antes do termo desta sessão legislativa vamos conseguir concluir a proposta de lei”, rematou. No entanto, a execução do diploma poderá vir a levantar problemas por carecer ainda de legislação acerca da qualificação e fiscalização de médicos veterinários, instituições médico-veterinários e estabelecimentos comerciais de venda de animais, que se encontra a ser legislado à parte noutra proposta de lei que só deverá avançar no próximo ano. Como não existe legislação sobre a fiscalização de estabelecimentos de venda de animais e médicos veterinários, Ho Ion Sang explicou que está a ser adoptado apenas um sistema de registo simples de abertura de actividade, ao passo que para os veterinários esse registo é voluntário. Segundo o presidente da comissão, no futuro, o Governo prevê que quando estes estabelecimentos iniciarem actividade, terão de “preencher alguns requisitos” e vão existir “acreditações e qualificações” para os médicos veterinários. “Como exercer a actividade implica a utilização de medicamentos então esta situação tem de ser rectificada”, apontou presidente da comissão. Quanto a números, Ho Ion Sang avançou que, segundo o Instituto dos Assuntos Municipais (IAM), existem em Macau 97 lojas de venda de animais, 24 instituições médico-veterinárias e entre 20 e 30 veterinários inscritos. Vida dupla A comissão que está a acompanhar os trabalhos do controlo sanitário animal exige ainda que o Governo clarifique a legislação sobre as estruturas de funcionamento dos estabelecimentos dedicados aos animais, pelo facto de existirem diferentes cargos como veterinários, gestores e titulares de licença que podem acumular funções, podendo levantar problemas quando é chegada a hora de assumir responsabilidades. “Segundo a legislação em vigor, no exercício da sua função, as pessoas colectivas também têm de cumprir a declaração obrigatória (…) e vão ter de assumir as respectivas responsabilidades, portanto parece que o articulado da proposta de lei não consegue reflectir claramente o facto de um médico veterinário ser também o titular da licença do estabelecimento”, explicou Ho Ion Sang.
Património | Governo tem direito de preferência sobre 2886 propriedades Pedro Arede - 9 Mar 2020 O Instituto Cultural adiantou aos deputados de uma comissão de acompanhamento da Assembleia Legislativa que o Governo pode escolher o destino a dar a 2886 propriedades no território pelo facto de estarem situadas nas chamadas zonas tampão, com maior protecção no que ao património diz respeito [dropcap]E[/dropcap]xistem em Macau 2886 propriedades sobre as quais o Governo pode exercer direito de preferência, pelo facto de estarem localizadas em zonas protegidas da cidade, as chamadas zonas tampão. O número, definido pelo Instituto Cultural (IC), foi revelado na passada sexta-feira após a reunião da Comissão de Acompanhamento para os Assuntos da Administração Pública da Assembleia Legislativa, presidida por Si Ka Lon, que está a trabalhar sobre a lei de salvaguarda do património cultural. Em causa está o facto de os proprietários estarem obrigados a obter do IC um comprovativo sobre o não exercício de direito de preferência do Governo, em caso de compra ou venda de imóveis situados em zonas históricas, sendo que existiam dúvidas acerca da definição dos “sítios”, termo usado na lei para nomear locais protegidos com interesse cultural. “A parte controversa nisto tudo tem a ver com o averbamento. Há outras situações que são claras como por exemplo os monumentos, os edifícios de interesse arquitectónico e os conjuntos. São claros e sabemos o que são, porque na lei estão as regras para esses tipos de imóveis. Quanto aos sítios, o conceito não é assim tão claro porque neste momento existem zonas de protecção e nem sempre a compra e venda dos sítios precisa de consulta ou autorização do Governo”, explicou Si Ka Lon. Deputados satisfeitos As 2886 propriedades cuja compra e venda está condicionada situam-se em parques e jardins e de acordo com os deputados, é agora “possível saber se uma propriedade cai ou não no âmbito da regra”. A comissão revelou ainda que foram 64 os cidadãos a consultar o Governo por iniciativa própria entre 2009 e Março de 2020. Destes, nenhum caso foi referente a monumentos, havendo sim, um caso relativo a edifícios de interesse arquitectónico, 13 relativos a conjuntos e 50 respeitantes a sítios. Para permitir que os cidadãos conheçam bem a qualidade e as características das propriedades e o direito de preferência que o Governo tem, Si Ka Lon revelou ainda que “o IC disponibilizou as informações respectivas na sua página electrónica, onde constam também orientações, perguntas frequentes e formulários”.
Património | Governo tem direito de preferência sobre 2886 propriedades Pedro Arede - 9 Mar 2020 O Instituto Cultural adiantou aos deputados de uma comissão de acompanhamento da Assembleia Legislativa que o Governo pode escolher o destino a dar a 2886 propriedades no território pelo facto de estarem situadas nas chamadas zonas tampão, com maior protecção no que ao património diz respeito [dropcap]E[/dropcap]xistem em Macau 2886 propriedades sobre as quais o Governo pode exercer direito de preferência, pelo facto de estarem localizadas em zonas protegidas da cidade, as chamadas zonas tampão. O número, definido pelo Instituto Cultural (IC), foi revelado na passada sexta-feira após a reunião da Comissão de Acompanhamento para os Assuntos da Administração Pública da Assembleia Legislativa, presidida por Si Ka Lon, que está a trabalhar sobre a lei de salvaguarda do património cultural. Em causa está o facto de os proprietários estarem obrigados a obter do IC um comprovativo sobre o não exercício de direito de preferência do Governo, em caso de compra ou venda de imóveis situados em zonas históricas, sendo que existiam dúvidas acerca da definição dos “sítios”, termo usado na lei para nomear locais protegidos com interesse cultural. “A parte controversa nisto tudo tem a ver com o averbamento. Há outras situações que são claras como por exemplo os monumentos, os edifícios de interesse arquitectónico e os conjuntos. São claros e sabemos o que são, porque na lei estão as regras para esses tipos de imóveis. Quanto aos sítios, o conceito não é assim tão claro porque neste momento existem zonas de protecção e nem sempre a compra e venda dos sítios precisa de consulta ou autorização do Governo”, explicou Si Ka Lon. Deputados satisfeitos As 2886 propriedades cuja compra e venda está condicionada situam-se em parques e jardins e de acordo com os deputados, é agora “possível saber se uma propriedade cai ou não no âmbito da regra”. A comissão revelou ainda que foram 64 os cidadãos a consultar o Governo por iniciativa própria entre 2009 e Março de 2020. Destes, nenhum caso foi referente a monumentos, havendo sim, um caso relativo a edifícios de interesse arquitectónico, 13 relativos a conjuntos e 50 respeitantes a sítios. Para permitir que os cidadãos conheçam bem a qualidade e as características das propriedades e o direito de preferência que o Governo tem, Si Ka Lon revelou ainda que “o IC disponibilizou as informações respectivas na sua página electrónica, onde constam também orientações, perguntas frequentes e formulários”.
Consulado | Admitida hipótese de adjunto Hoje Macau - 9 Mar 2020 [dropcap]O[/dropcap] cônsul-geral de Portugal em Macau e Hong Kong já admite a hipótese do consulado ser reforçado com um cônsul-geral adjunto para tratar dos assuntos da RAEHK. A notícia sobre o pedido tinha sido avançada pelo HM, em Setembro do ano passado, e Paulo Cunha Alves recusou, na altura, comentar o pedido por considerar que a “discussão pública” de assuntos de “gestão interna do Consulado Geral e do Ministério dos Negócios Estrangeiros” não era “apropriada”. No entanto, em declarações à Rádio Macau confirmou o cenário, que só deverá concretizar-se no próximo ano: “Confesso que acho que para 2020 não será possível. Espero que possa acontecer no futuro. Espero que 2021 talvez possa ser uma realidade, quem sabe?”, afirmou. “A importância de ter um cônsul-geral adjunto em Macau prende-se muito com o acompanhamento das questões de Hong Kong”, explicou. Na mesma entrevista, Paulo Cunha Alves admitiu que os recursos humanos disponíveis no corpo diplomático são limitados, como acontece em todas as categorias profissionais, o que impede a concretização da contratação de um adjunto já para este ano. “Somos um corpo composto por 500 diplomatas. Estes 500 diplomatas têm que servir na secretaria de Estado, portanto, no Ministério dos Negócios Estrangeiros em Lisboa, e em cerca de 125 ou 130 missões diplomáticas e consulados. Não existimos em número suficiente para estarmos dois em cada missão”, sustentou.