Galaxy | Eileen Lui nomeada directora-executiva Hoje Macau - 12 Mai 2025 Eileen Lui Wai Ling é a nova directora-executiva da Macau Galaxy Entertainment Group Ltd, foi anunciado na última sexta-feira, tendo também começado a exercer as funções nesse mesmo dia. Eileen Lui é irmã mais nova de Francis Lui, presidente da Galaxy, e de Paddy Tang Lui, director-executivo da operadora. A responsável entrou para o grupo ligado ao sector do jogo, hotelaria e entretenimento em 1993, ainda antes da entrada da Galaxy na área do jogo. Além do cargo de directora-executiva, Eileen Lui foi também nomeada membro do conselho executivo da empresa. Esta era, até à data, directora da área de recursos humanos e de administração da Galaxy. As informações constam no comunicado que a Galaxy enviou à Bolsa de Valores de Hong Kong e são citadas pelo portal GGRAsia. A empresa informou que Eileen Lui não foi nomeada para um mandato específico, sendo um cargo sujeito a “reforma por rotatividade e reeleição” nas assembleias gerais anuais da empresa.Irá ganhar 6,37 milhões de patacas por ano em salários e subsídios, incluindo comissões anuais e bónus. O pagamento é determinado consoante “as funções e responsabilidades na Galaxy Entertainment”, tendo ainda em conta “o desempenho e rentabilidade da empresa, política de remuneração e referência de mercado”, segundo o mesmo comunicado.
Jogo | Melco duplica lucros no primeiro trimestre de 2025 João Luz - 12 Mai 2025 A operadora de jogo Melco anunciou lucros de 32,5 milhões de dólares no primeiro trimestre, mais do dobro do registado no mesmo período de 2024, e um aumento de 11 por cento das receitas Durante os três primeiros meses deste ano os lucros da Melco Resorts and Entertainment mais que duplicaram, passando de 15,2 milhões de dólares para 32,5 milhões de dólares. Num comunicado enviado na quinta-feira à noite à bolsa Nasdaq, em Nova Iorque, o grupo sublinhou que as receitas aumentaram 11 por cento, atingindo 1,23 mil milhões de dólares. Nos primeiros três meses do ano, os casinos de Macau registaram receitas totais de quase 57,7 mil milhões de patacas, mais 0,6 por cento do que no mesmo período de 2024. As apostas no segmento de massas nos casinos da Melco em Macau atingiram 2,68 mil milhões de dólares, mais 3 por cento do que nos primeiros três meses de 2024. Já as apostas dos grandes jogadores, no chamado segmento de jogo VIP, aumentaram 6,3 por cento para 6,05 mil milhões de dólares. O presidente e CEO da Melco Resorts, no comunicado que acompanhou a divulgação dos resultados, realçou a capacidade de crescimento do mercado de Macau. “Os lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA, em inglês) das propriedades de Macau cresceu 32 por cento em relação ao trimestre anterior, demonstrando a nossa força e potencial de crescimento em Macau”, indicou Lawrence Ho, acrescentando que o segmento de massas aumentou todos os meses ao longo do trimestre, registando resultados recorde. “A força contínua que estamos a observar na nossa dinâmica empresarial é resultado directo dos esforços combinados das nossas equipas e da qualidade das nossas ofertas de produtos, e continuaremos a desenvolver esta dinâmica”, indicou. Ovos noutras cestas Além do mercado de Macau, a Melco Resorts and Entertainment tem casinos nas Filipinas, Chipre e está a finalizar a construção de um resort integrado no Sri Lanka. “O City of Dreams Manila foi afectado pelo aumento da concorrência no mercado, enquanto os resultados do City of Dreams Mediterranean e dos nossos casinos-satélite em Chipre apresentaram um sólido crescimento sequencial e anual, apesar dos contínuos desafios colocados pelos conflitos na região. E, finalmente, os acabamentos do casino City of Dreams Sri Lanka estão a progredir bem e continuamos a esperar iniciar as operações do casino no terceiro trimestre de 2025.” Recorde-se que nas últimas concessões de jogo, o Governo exigiu às concessionárias a aposta em elementos não-jogo e na atracção de visitantes estrangeiros de forma a diversificar a clientela e não depender exclusivamente dos apostadores chineses. Nesse sentido, a Melco prevê gastar cerca de 10 mil milhões de patacas no segmento não-jogo numa década, incluindo no “único parque aquático em Macau com instalações interiores abertas durante todo o ano”. Na quarta-feira, a empresa relançou, no hotel-casino City of Dreams, o maior espectáculo permanente do território, The House of Dancing Water, que estava suspenso desde Junho de 2020, devido à pandemia de covid-19. Com Lusa
Crime | Detido por extorquir dinheiro a prostituta Hoje Macau - 12 Mai 2025 Um residente foi detido pela Polícia Judiciária (PJ) por se fazer passar por um agente da autoridade para extorquir dinheiro a uma prostituta natural do Interior da China, tirando-lhe três mil patacas. Segundo o jornal Ou Mun, o caso ocorreu na quarta-feira, tendo a PJ interceptado a prostituta na zona do NAPE. Aí, durante a investigação, a mulher revelou que no dia em que foi apanhada pelas autoridades tinha sido antes extorquida por um agente da polícia, que lhe disse que ou pagava esse valor ou seria levada para a esquadra. Uma vez que o suspeito mostrou um cartão de identificação, a mulher deu-lhe o dinheiro, não tendo existido qualquer envolvimento sexual entre ambos. Depois de terem sido verificadas as câmaras de videovigilância situadas no local, a PJ percebeu que o cartão usado pelo suspeito remete para uma formação já feita na área da segurança ocupacional para a construção civil, nada tendo a ver com as autoridades policiais. A PJ percebeu que o suspeito, morador na zona do Patane, tinha antecedentes criminais por roubo e usurpação de funções. O caso foi agora encaminhado para o Ministério Público, estando o homem suspeito das práticas de extorsão e de usurpação de funções.
Tabaco | Ron Lam exige calendarização para alterações à lei Andreia Sofia Silva e Nunu Wu - 12 Mai 2025 Depois de o Governo ter anunciado, nos debates sobre as LAG, mudanças à actual lei de controlo e prevenção do tabagismo, eis que o deputado Ron Lam exige das autoridades um calendário concreto para a implementação de novas medidas, como a criação de mais espaços ao ar livre sem fumo ou a proibição do consumo de “shisha” O deputado Ron Lam U Tou interpelou o Governo sobre o calendário para as novas alterações ao regime de prevenção e controlo do tabagismo, que passam pelo aumento do número de áreas ao ar livre em que é proibido fumar ou a proibição de se fumar enquanto se caminha. As alterações podem também passar pela proibição da tradicional “shisha” em bares, conforme já foi referido por Alvis Lo, director dos Serviços de Saúde, no contexto da apresentação do relatório sobre as Linhas de Acção Governativa (LAG) para este ano. Ron Lam U Tou espera, assim, que o Governo avance datas concretas para rever a lei e possa também dar a conhecer os detalhes de todas estas novas proibições. O deputado argumenta, na interpelação escrita, que a alteração a esta lei não consta na lista de projectos legislativos para este ano, daí questionar o calendário do Executivo. Em relação ao imposto sobre o tabaco, o deputado lembrou que não aumenta desde 2015, mantendo-se nos 60 por cento. Ron Lam U Tou defende que o imposto deve aumentar, pois está longe dos 75 por cento de imposto sobre a venda, taxa que a Organização Mundial de Saúde (OMS) considera mais eficiente para travar o consumo. “O aumento do imposto é mais eficaz para reduzir o número de fumadores mais jovens, além de ser a forma mais eficiente para reduzir a proporção de fumadores. O Governo disse que esta taxa poderia ser alterada oportunamente aquando da revisão do regime de prevenção e controlo do tabagismo em 2022, porque é que não houve avanços concretos? Se o Governo planeia aumentar o imposto até ao valor recomendado pela OMS, qual é o calendário?”, questiona. Não aos electrónicos Na sua interpelação, Ron Lam U Tou destacou que o último Relatório de Acompanhamento e Avaliação do Regime de Prevenção e Controlo do Tabagismo, revelou o “problema sério do consumo de cigarros electrónicos por parte de estudantes, em 2021”. Além disso, mostrou que o consumo deste tipo de cigarros aumentou de 2,6 por cento em 2015 para quatro por cento nesse ano. Em 2022, o Executivo proibiu a publicidade, promoção e patrocínio a este tipo de produto, mas o deputado considera ser necessário estabelecer uma data de proibição para travar o aumento do consumo. “Será que o Governo pode elaborar um período de transição e um prazo para a proibição do consumo de cigarros electrónicos, para que se possa intervir no consumo, sobretudo reduzir o contacto por parte dos jovens?” perguntou na interpelação escrita. Ron Lam também sugeriu que os novos produtos de tabaco, tal como cigarros de ervas, saquetas de nicotina e a tradicional “shisha” possam ser incluídos na lista de proibição de produtos importados e compras, também com um prazo de transição e de proibição efectiva, para que haja uma adaptação por parte de pessoas e negócios.
Consumo | “Grande Prémio” gera quase 700 milhões em compras Hoje Macau - 12 Mai 202512 Mai 2025 O “Grande Prémio para o Consumo nas Zonas Comunitárias 2025”, criado para aumentar o comércio em zonas menos turísticas, já gerou quase 700 milhões de patacas em consumo local, destaca uma nota da Direcção dos Serviços de Economia e Desenvolvimento Tecnológico (DSEDT). A actividade, que já vai na sétima semana de funcionamento, tem tido números satisfatórios, segundo o Governo: o montante total de benefícios electrónicos emitidos foi de 180 milhões de patacas, dos quais 160 milhões foram utilizados, impulsionando o consumo em Macau no valor total de cerca de 640 milhões de patacas, explica a DSEDT. Além disso, até ao dia 4 de Maio, mais de 100 mil idosos carregaram os seus cartões “Macau Pass” para obter os benefícios de desconto imediato em lojas locais, dos quais já foram utilizados mais de 22 milhões de patacas, impulsionando assim, [o consumo] em, aproximadamente, 45 milhões de patacas, lê-se na mesma nota.
Advocacia | Cerca de 30 advogados deixam de exercer por ano Hoje Macau - 12 Mai 2025 Entre 20 a 30 advogados submetem anualmente à Associação dos Advogados de Macau pedidos para suspender a actividade e deixar de exercer advocacia, revelou o presidente da associação e deputado Vong Hin Fai. À margem de um evento desportivo organizado pela associação, o representante do sector explicou que parte destes profissionais que deixam de exercer na RAEM são oriundos de países de língua portuguesa. Muitos entregam o pedido de suspensão de actividade porque “pretendem deixar Macau”, afirmou Vong Hin Fai, citado pelo canal chinês da Rádio Macau. O presidente da associação revela ainda que, nos últimos anos, o número de profissionais a exercer advocacia em Macau tem ficado acima dos 400, destes cerca de um quarto são de países de língua portuguesa. No contexto regional, a associação dá conta de cerca de 80 advogados de Macau que estão registados para poder trabalhar na Grande Baía.
TNR | Governo recusa fixar proporção para “trabalhos indesejados” João Luz - 12 Mai 2025 O Governo não irá fixar uma proporção de trabalhadores não-residentes que as empresas podem contratar, nomeadamente para trabalhos “que poucos residentes desejam exercer”. No primeiro trimestre do ano, mais de 2.500 pessoas foram contratadas com o apoio do Executivo, metade tinha menos de 34 anos O Governo não considera “apropriado estabelecer rigidamente uma proporção para o número de trabalhadores residentes ou não-residentes a contratar pelas empresas, nomeadamente para os postos de trabalho que poucos residentes desejam exercer”, indicou o director dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL), Chan Un Tong, em resposta a uma interpelação escrita de Song Pek Kei. A deputada ligada à comunidade de Fujian alertava para os “muitos postos de trabalho de linha da frente procurados por residentes e licenciados”, que acabam por ser desempenhados por trabalhadores não-residentes” (TNR) nas empresas de jogo, turismo e lazer. No entanto, o director da DSAL refere que é feito “um ajustamento mais flexível e pragmático na apreciação dos pedidos de TNR”, “em articulação com a criação do Centro mundial de turismo e lazer de Macau, bem como as necessidades do desenvolvimento socioeconómico”. Neste sentido, Chan Un Tong sublinha que o princípio fundamental da importação de mão-de-obra “é garantir que os trabalhadores residentes tenham prioridade no acesso ao emprego e que os seus direitos e interesses laborais não sejam lesados”. O director da DSAL indica que em todas as circunstâncias, desde que haja residentes interessados que preencham os requisitos para o desempenho de cargos, as empresas devem dar sempre prioridade à sua contratação. Dias de feira Um dos pontos fulcrais da interpelação escrita da deputada Song Pek Kei prendia-se com a dificuldade na entrada no mercado de trabalho sentida por jovens recém-licenciados. O director da DSAL respondeu com números. No primeiro trimestre deste ano, 2.570 candidatos a emprego foram “contratados através das medidas de apoio ao emprego da DSAL, dos quais, cerca de 50 por cento eram jovens com idade igual ou inferior a 34 anos”. Entre os eventos de emparelhamento, ou os planos de contratação por empresas de turismo e lazer, Chan Un Tong realçou a realização da “Feira de Emprego para Jovens”, que acontece no final do ano lectivo de forma a atrair recém-graduados do ensino superior para participar em entrevistas de emprego. Em simultâneo, a Direcção dos Serviços de Assuntos de Subsistência da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin, deslocou-se às instituições de ensino superior chinesas onde estão inscritos mais jovens de Macau, a fim de promover planos de estágio e de aprendizagem de Macau, Hengqin e outras províncias e cidades do Interior da China.
Transportes | Song Pek Kei exige melhoria do serviço nos feriados Hoje Macau - 12 Mai 2025 A deputada Song Pek Kei interpelou o Executivo sobre a necessidade de melhorar o serviço de transportes públicos nos dias feriados, nomeadamente no que diz respeito aos autocarros e táxis. A deputada, representante da comunidade de Fujian, recordou que durante a semana dourada do Dia do Trabalhador, 1.º de Maio, registaram-se grandes ajuntamentos de pessoas nas paragens de autocarros nos diversos postos fronteiriços de Macau e pontos turísticos da cidade, mesmo que as empresas tenham proporcionado maior oferta de transporte, com mais carreiras. “Durante os feriados, com o aumento do número de turistas, será que o Governo pode aumentar a frequência dos autocarros, para que haja uma melhor resposta no período de pico e se garanta um maior equilíbrio entre a oferta e procura por parte de residentes e turistas?”, questiona Song Pek Kei. A deputada pede ainda que as autoridades reforcem o combate ao abuso de tarifas por parte dos taxistas nos dias feriados, além de divulgar os resultados de um estudo elaborado sobre o futuro aumento do número de táxis no futuro.
Governo | Xia Baolong salienta bom começo de Sam Hou Fai João Luz - 12 Mai 2025 O director do Gabinete para os Assuntos de Hong Kong e Macau junto do Conselho de Estado está na RAEM até amanhã. Em reunião com o Chefe do Executivo, Xia Baolong saudou o “bom começo” da governação de Sam Hou Fai, “que cumpre com determinação o espírito consagrado nos discursos importantes do presidente Xi Jinping” A agenda de Xia Baolong na visita de inspecção a Macau tem sido intensa. No território desde quinta-feira, o director do Gabinete de Trabalho de Hong Kong e Macau do Comité Central do Partido Comunista da China (PCC) e director do Gabinete para os Assuntos de Hong Kong e Macau junto do Conselho de Estado reuniu com Sam Hou Fai na sexta-feira de manhã. Segundo o Gabinete de Comunicação Social (GCS), Xia Baolong afirmou que o Chefe do Executivo “cumpre com determinação o espírito consagrado nos discursos importantes do presidente Xi Jinping proferidos durante a sua visita a Macau, e as políticas e planos do governo central”. O representante do PCC salientou o “bom começo” da governação de Sam Hou Fai e mencionou as Linhas de Acção Governativa, “com conteúdos abrangentes cobrindo todas as áreas governativas” e que “destacam um espírito empenhado e corajoso”, merecendo “o reconhecimento e apoio total do Governo Central”. Por seu lado, Sam Hou Fai garantiu que o seu Executivo “estudou, compreendeu e complementou, de forma activa e plena, o espírito consagrado nos discursos do presidente Xi Jinping”. Na parte da tarde, Xia Baolong reuniu na sede do Governo com “representantes de várias associações locais com amor à pátria e a Macau”, acompanhado pelo secretário para a Administração e Justiça, André Cheong. O Governo não revelou as entidades envolvidas neste evento. Segundo o secretário, o representante do PCC apontou que os vários sectores da sociedade de Macau devem convergir forças para promover o desenvolvimento da diversificação adequada da economia, devendo ter sempre em mente esta tarefa e a consciência de se “preparar para a adversidade em tempos prósperos”. O que aí vem No sábado de manhã, Xia Baolong fez um passeio de barco ao longo da costa “para observar as áreas marítimas de Macau”, acompanhado pelo secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, por Sam Hou Fai, o secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raymond Tam Vai Man e director geral dos Serviços de Alfândega, Adriano Marques Ho. O director do Gabinete para os Assuntos de Hong Kong e Macau ficou a conhecer a “situação dos novos aterros, e o planeamento relativo aos projectos do bairro internacional turístico e cultural integrado de Macau, do parque industrial de investigação e desenvolvimento de ciências e tecnologias e do aterro para resíduos ao largo das praias de Coloane. Depois do passeio marítimo, Raymond Tam disse que “Xia Baolong manifestou grande atenção à melhoria do ambiente dos bairros antigos e ao aumento da qualidade de vida da população”. A agenda de Xia Baolong na manhã de sábado incluiu “um encontro de recepção com representantes da geração mais velha que amam a pátria e Macau”, nomeadamente antigos membros da Assembleia Popular Nacional e da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês. Após este encontro, o responsável visitou “o Templo de A-Má, manifestando-se atento à exploração e transmissão da história e cultura de Macau. Enquanto esteve nas redondezas, aproveitou ainda para passar pelo Museu Marítimo, “para se inteirar da evolução da história marítima de Macau”. À tarde, Xia Baolong, acompanhado pelo Chefe do Executivo, observou ainda os vários lotes de terrenos planeados para receber projectos de construção, e assistiu à apresentação das propostas pelo secretário para a Economia e Finanças, Tai Kin Ip e pela secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, O Lam. O responsável foi também ao “Pavilhão do Panda Gigante de Macau para se inteirar das instalações e equipamentos do Pavilhão e o seu funcionamento”. O director do Gabinete para os Assuntos de Hong Kong e Macau junto do Conselho de Estado vai continuar a visita de inspecção do território até amanhã.
Índia ameaça “resposta muito forte” contra qualquer novo ataque do Paquistão Hoje Macau - 9 Mai 2025 O ministro dos Negócios Estrangeiros indiano avisou ontem que um novo ataque do Paquistão provocará uma “resposta muito forte” da Índia, um dia depois do confronto militar mais violento das últimas duas décadas entre os dois países. “Não é nossa intenção provocar uma nova escalada” do conflito, disse Subrahmanyam Jaishankar, na abertura de um encontro com o homólogo iraniano, Abbas Araghchi. “Mas se formos atacados, não há dúvida de que responderemos com muita firmeza”, assegurou. A ameaça é feita um dia depois de o Paquistão ter garantido que vai vingar os mortos causados pelos ataques aéreos indianos que, segundo Nova Deli, foram uma resposta a um ataque em Caxemira. “Estamos empenhados em vingar cada gota de sangue destes mártires”, frisou o primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif, num discurso à nação na quarta-feira à noite. Em crescendo Nas últimas duas semanas, a tensão entre a Índia e o Paquistão tem crescido, na sequência de um atentado, a 22 de Abril, em Pahalgam, uma cidade turística na parte indiana da região disputada de Caxemira, no qual morreram 26 pessoas. A Índia acusou o Paquistão de apoiar o grupo extremista que responsabilizou pelo ataque, uma acusação que Islamabade negou veementemente. Depois de várias medidas diplomáticas e uma série de incidentes ao longo da fronteira que separa os dois países em Caxemira, Nova Deli lançou, na terça-feira à noite, ataques contra três zonas do Paquistão, que, segundo o Governo indiano, constituíam “locais terroristas”, na província de Punjab. Poucas horas depois, o Governo paquistanês anunciou ter abatido vários aviões militares indianos e, na quarta-feira de manhã, uma sequência de bombardeamentos realizados por Islamabade e Nova Deli provocou pelo menos 38 mortos, no maior confronto dos últimos 20 anos. Ontem, a Índia anunciou que 13 civis morreram e 59 ficaram feridos na Caxemira em retaliação pelo ataque paquistanês lançado na quarta-feira sobre o seu território e o Paquistão afirmou que abateu um drone indiano em Lahore. O Irão ofereceu-se para mediar o conflito entre as duas potências nucleares, tendo o ministro responsável pela diplomacia de Teerão reunido com responsáveis do Governo paquistanês na segunda-feira. À chegada à Índia, Abbas Araghchi admitiu que espera que “as partes tenham moderação para evitar uma escalada de tensões na região”. O Irão mantém boas relações com a Índia e com o Paquistão, com o qual faz fronteira.
Manifestação contida Paul Chan Wai Chi - 9 Mai 2025 Durante a “semana dourada”, no 1.º de Maio (Dia do Trabalhador), o centro da cidade de Macau estava inundado por uma multidão, no entanto, o ambiente era contraditório e as pequenas e médias empresas (PMEs) continuam a lutar pela sobrevivência. No primeiro trimestre de 2025 a taxa de desemprego global (1,9 por cento) e a taxa de desemprego dos residentes (2,5 por cento) aumentaram 0,2 pontos percentuais, face aos indicadores do quarto trimestre de 2024. Estes números indicam que o mercado de trabalho de Macau está a sofrer o impacto da recessão económica e o influxo de trabalhadores estrangeiros. As numerosas lojas que fecharam em áreas residenciais reflectem claramente a desolação económica. Embora o “Grande Prémio para o Consumo nas Zonas Comunitárias 2025” pareça funcionar como um acelerador temporário, não ataca a raiz do problema. Existe descontentamento social em relação à administração do Governo da RAEM, no entanto, no 1.º de Maio, exceptuando a situação de um cidadão que foi levado pela Polícia para ser investigado no Ministério Público por ter protestado sem avisar a Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL), não se registaram manifestações nem protestos. À medida que as queixas do público se acumulam, a atmosfera social tornou-se visivelmente mais silenciosa. E isso será bom ou mau? A comunicação social revelou que o grupo “Poder do Povo” tinha notificado o Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) da sua intenção de organizar uma manifestação de protesto no 1.º de Maio, de acordo com as disposições da lei do “Direito de Reunião e de Manifestação”. Os agentes da polícia “expressaram a sua preocupação repetidamente, promovendo diversas reuniões com membros do grupo para analisarem a situação e tomarem as medidas necessárias” bem como para “os avisar das várias possibilidades perante “situações incontroláveis” que os levariam a ter de assumir a “responsabilidade solidária” ou, caso contrário, arriscarem-se a violar a “Lei relativa à Defesa da Segurança do Estado da RAEM”. Finalmente, os dois principais membros do “Poder do Povo” sentiram o peso da pressão invisível e relutantemente optaram por apresentar uma carta onde expunham os seus pontos de vista à DSAL. Um artigo de outro jornal elogiava o CPSP pela forma com que lidou com este caso. Afirmava que o CPSP tinha aperfeiçoado significativamente a sua capacidade para desactivar “o protesto planeado para o 1.º de Maio”, e acreditava que o CPSP, que supervisiona protestos e manifestações de acordo com a lei, tinha adoptado uma abordagem de “apresentação de prós e contras” para neutralizar um protesto inflamado de forma branda, eliminando possíveis perturbações sociais que daí adviessem. Por um lado, o CPSP respeitou totalmente os direitos dos residentes a protestarem e a manifestarem-se e não rejeitou explicitamente a notificação apresentada pelo grupo “Poder do Povo”. Por outro lado, o CPSP usou a persuasão para convencer o grupo a cancelar o “protesto do 1.º de Maio”. Algumas pessoas tornam-se condescendentes e pensam que a cidade fica mais pacífica sem protestos nem manifestações, e este pensamento é o que mais me preocupa. Alguém com um mínimo de bom senso compreenderá que a acumulação de descontentamento social não é uma força motivadora, mas sim uma força destrutiva. A promulgação da lei do “Direito de Reunião e de Manifestação” destinou-se a salvaguardar a liberdade dos residentes para se manifestarem e protestarem, como garantido pela Lei Básica de Macau, e não para os proibirem. Antigamente, o Governo da RAEM comunicava efectivamente com os organizadores de protestos e de manifestações e coordenava muito bem estes eventos. Infelizmente, nos últimos anos, as autoridades têm estado muito nervosas ou então guiadas pelas suas próprias prioridades; e muitas vezes empolgam os assuntos e remetem-nos apressadamente para o nível da segurança nacional. Se uma ligeira tosse está condenada a causar um vírus altamente contagioso e fatal, desperdiça-se muita mão de obra e muitos recursos e sufoca-se a vitalidade da sociedade! Uma floresta sem qualquer som é aterrorizadora e um rio silencioso está cheio de presságios assassinos. Uma sociedade não pode sobreviver sem algum ruído.
Fundação Rui Cunha acolhe “Polifonia” até à próxima semana Hoje Macau - 9 Mai 2025 A Fundação Rui Cunha (FRC) acolhe até sábado da próxima semana, dia 17, a exposição colectiva “Polifonia”, com trabalhos do artista Gu Yue e de seis doutorandos da Faculdade de Humanidades e Artes da Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau (MUST), co-organizadora do evento. O projecto dá a conhecer 20 obras que representam as formas e estilos do renomado artista e Professor Gu Yue e dos seus discípulos Luo Su, Zhu Zhaohui, Wang Kongbin, Ding Song, Guo Weiwei, e Wei Dongsheng. Segundo uma nota da FRC, esta exposição apresenta “um banquete visual que transcende a tradição e a contemporaneidade, o material e o digital, o local e o global, através da colisão de diversos media e da ressonância de ideias”. Os trabalhos abrangem diversas formas de arte, “como instalações, pinturas a óleo, pinturas em laca, pinturas de areia e trabalhos a pincel de detalhe, exibindo o ecossistema artístico único de Macau como um ponto de convergência cultural”, é referido. O nome da exposição tem origem “na terminologia musical, referindo-se à oposição e simbiose de múltiplas vozes”. A apresentação da mostra refere que “a missão da arte é criar desorientação cognitiva”, sendo que “através do confronto entre o artesanato tradicional e os novos media, e do entrosamento de genes culturais locais e questões globais, ela quebra a narrativa linear e convida o público a calibrar a sua cognição no ‘fosso entre o brilho e a sombra residual'”. Trabalho conjunto O professor Gu Yue alinha os seus trabalhos e a investigação com o tema principal da exposição. As criações dos seis estudantes de doutoramento “partem de experiências individuais e respondem a proposições como a identidade, o tempo e a memória na era do capital digital, formando também uma ressonância multi-voz do pensamento”. A exposição não é apenas uma exibição concentrada de realizações académicas, mas também uma experiência especulativa sobre a essência da arte. “Neste lugar culturalmente estratificado de Macau, a ‘polifonia’ tenta usar a arte como um prisma para reflectir as possibilidades simbióticas de múltiplas realidades”, descreve a equipa, citada pela mesma nota.
AFA | “Déjà Vu” apresenta trabalhos na área da vídeo-arte Andreia Sofia Silva - 9 Mai 2025 Integrada no cartaz da edição deste ano do festival “French May”, eis a nova exposição da associação local AFA – Art for All Society. Trata-se de “Déjà Vu – Uma Exposição de Intercâmbio Artístico Sino-Francês”, onde os temas da vídeo arte e inteligência artificial ressoam das obras com assinatura de Robert Cahen, Alice Kok e Catherine Cheong. Para ver no The Parisian entre 15 de Maio e 28 de Junho A arte em vídeo, misturada com o real e o ficcionado, artificial e criado com as mãos humanas. É em torno destas ideias e conceitos que gira a nova exposição da AFA – Art for All Society, intitulada “Dejá Vu – Uma Exposição de Intercâmbio Artístico Sino-Francês”, e que ganha o sub-título “Mirroring・Looping・Generating”: Da Videoarte à Inteligência Artificial – Série de Exposições”. O projecto, patente entre os dias 15 de Maio e 28 de Junho numa das galerias do empreendimento The Parisian, no Cotai, apresenta ao público trabalhos de três artistas: Alice Kok, co-fundadora da AFA, artista e curadora; Robert Cahen e Catherine Cheong. O projecto está integrado no cartaz da edição deste ano do festival “French May”, que traz a Hong Kong uma série de iniciativas culturais. Segundo um comunicado da AFA, “Déjà Vu” visa estabelecer “uma ponte entre os diálogos culturais sino-franceses através da arte”, promovendo também a investigação sobre “as intersecções filosóficas do tempo, da memória e da percepção”. Além da presença em Macau, esta mostra estará patente em França, entre os dias 21 e 30 de Agosto, na Galeria Espace Temps em Paris. Desta forma, promove-se o “intercâmbio cultural” entre a China e França, destaca a AFA, sendo que o público é convidado a “testemunhar a evolução da interacção entre a memória e a tecnologia”. “Déjà Vu”, teoria desenvolvida pelo filósofo francês Henri Bergson, dá o mote a esta mostra, revelando “a divisão simultânea entre percepção e memória”, ou seja, “a coexistência entre o presente ‘actual’ e a sua imagem ‘virtual’ no espelho”. Os trabalhos dos três artistas exploram, assim, este conceito filosófico abstracto, transformando-o em “experiências sensoriais tangíveis através de videoarte, imagens geradas por inteligência artificial e instalações multimédia”. A mostra, que tem as palavras chave “Mirroring”, “Looping” e “Generating”, remetendo para as ideias de espelho, repetição ou geração de conteúdos, reflecte “não apenas as técnicas dos artistas, mas também metaforiza a forma como a memória e a tecnologia tecem o tecido invisível da realidade contemporânea”. Workshop inicial Além da mostra propriamente dita, os artistas vão também juntar-se para ensinar outras pessoas sobre o mundo do digital e da vídeo arte. Robert Cahen, considerado um dos pioneiros na vídeo arte em França, colabora com Alice Kok para o workshop “Video Postcards”, realizado no dia 18 de Maio The Parisian Macau. A ideia é levar os participantes a “mergulhar nas paisagens naturais e históricas de Coloane, inspirando-se na ‘poética das imagens fugazes’, característica do trabalho de Cahen”. Assim, “através de técnicas como a câmara lenta, a sobreposição e o design de som, os participantes irão transformar experiências sensoriais efémeras em ‘postais de memória’ únicos”, descreve a AFA, sendo que a experiência inclui ainda filmagens, orientação em contexto de pós-produção e projecção final dos trabalhos. Quem é quem Robert Cahen desenvolve projectos artísticos desde 1972. Segundo o programa oficial do festival “French May”, no trabalho de Cahen “tanto a ficção como a documentação são apresentadas como viagens metafóricas do imaginário, devaneios requintados que descrevem passagens de tempo, lugar, memória e percepção”. Tendo começado pelas cassetes de vídeo, os seus trabalhos foram expostos em todo o mundo, em locais e eventos como a Bienal de Paris, França; o Museu de Arte Moderna (MoMA), Nova Iorque, EUA; ou o American Film Institute National Video Festival, Los Angeles, EUA. Em 1992 o artista ganhou o prémio da Villa Medicis Hors les Murs e, em 1995, criou uma instalação vídeo permanente para o Espaço Público EURALILLE (Lille), em França. No caso de Catherine Cheong, é uma artista local que vive entre Macau e Paris, tendo-se formado na área da instalação de vídeo na licenciatura em Artes Visuais na École Supérieure d’Art et de Design Toulon. Além disso, a artista formou-se em criação pessoal e teoria da gravura contemporânea com um mestrado em Artes Visuais na Universidade de Paris VIII. “Como artista individual, a sua inspiração vem da experiência pessoal. Através das diferenças culturais, contradições e interações entre os seres humanos, o ambiente social e a natureza, explora a realização da vida e os sentimentos da alma. Ela remonta, justapõe e duplica imagens simbólicas para recriar novos significados, procurando a coincidência entre imagens com diferentes linguagens artísticas e meios para expressar sentimentos, pensamentos e desejos pessoais”, pode ler-se no programa do “French May”.
Primeira Taça do Mundo de F4 será em Macau Hoje Macau - 9 Mai 2025 A Federação Internacional do Automóvel (FIA), anunciou na tarde de quarta-feira que o Grande Prémio de Macau de 2025 contará no seu programa com a primeira edição da Taça do Mundo de Fórmula 4. O Conselho Mundial do Automobilismo aprovou por votação electrónica a criação desta Taça do Mundo de Fórmula 4 em Macau, juntamente com o regresso ao território da Taça do Mundo de Fórmula Regional, que em 2023 veio ocupar o lugar da Fórmula 3, e da Taça do Mundo de GT da FIA. O conceito da Fórmula 4 foi introduzido pela FIA há mais de uma década e tem sido uma das maiores histórias de sucesso do desporto motorizado de formação, existindo neste momento 13 campeonatos nacionais diferentes dentro do enquadramento técnico e desportivo da FIA. Esta será a quarta vez que a disciplina corre em Macau, tendo sido presença assídua de 2020 a 2023, tendo inclusive sido “cabeça de cartaz” nos três anos em que o mundo esteve mergulhado na pandemia. A FIA não disse como será feito a escolha dos pilotos, apenas referindo em comunicado que haverá “um rigoroso processo de selecção de pilotos, com apenas os jovens mais talentosos a serem autorizados a competir”. A federação internacional salientou igualmente que a empresa chinesa “Mintimes, organizadora do Campeonato Chinês de F4, será o Operador Único, juntamente com a FFSA (Fédération Française du Sport Automobile), responsável por fornecer o apoio técnico à Taça do Mundo de F4 da FIA”. Quer isto dizer que todos os concorrentes terão que utilizar monolugares Mygale M21-F4, recentemente rebaptizados como Ligier JS F422. Apoio de Paris O Presidente da Comissão de Monolugares da FIA, o italiano Emanuele Pirro, afirmou que “Macau é uma parte essencial da formação de um jovem piloto, e temos o dever de proteger o seu legado e futuro. Há tão poucos desafios como o Grande Prémio de Macau que sentimos que era o momento certo para introduzir a Taça do Mundo FIA de F4. Vai permitir que os melhores pilotos a nível nacional aprendam o que é necessário para conduzir no Circuito da Guia num carro de F4, que é um pouco mais permissivo do que um carro de Fórmula Regional, para que, quando regressarem daqui a um ou dois anos para a Taça do Mundo de FR, estejam preparados para mostrar verdadeiramente do que são capazes”. Emanuele Pirro, um ex-vencedor da Corrida da Guia e um entusiasta da prova da RAEM, disse também que “estamos também a trabalhar arduamente para garantir que aproveitamos esta oportunidade para inspirar e educar os jovens pilotos de karting da região. O potencial de crescimento e desenvolvimento na China e na região Ásia-Pacífico é enorme, à medida que impulsionamos a participação no desporto motorizado”. A pensar em Macau O longo comunicado da FIA também refere que esta iniciativa “pretende também trazer estudantes de academias de karting de Macau, da China e da região em geral para assistir ao evento de forma observacional, oferecendo-lhes a oportunidade de vivenciar uma prova de automobilismo e de obter conhecimentos valiosos para os próximos passos nas suas carreiras”. Sem entrar em detalhes, a federação internacional, a mesma que não permitiu que recusou a participação de equipas chinesas na Taça do Mundo de Fórmula Regional no ano passado, diz que “este grande passo beneficiará indiscutivelmente os pilotos locais de Macau, que terão acesso a um leque completo de eventos internacionais – Karting, Fórmula 4 e Fórmula Regional – em solo nacional”. Em comunicado Chong Coc Veng, Presidente da Associação Geral Automóvel de Macau-China, declarou: “Estamos felizes por ver a FIA realizar uma Taça do Mundo de F4 no Circuito da Guia em Macau, o que representa uma oportunidade para os jovens pilotos da região encontrarem o seu caminho de desenvolvimento desde os eventos internacionais de karting até aos monolugares de F4 e FR, e tornarem-se campeões mundiais no futuro”. A participação dos pilotos da RAEM nesta corrida ainda não foi oficialmente divulgado, mas poderá estar limitado em número.
Xangai | Legoland vai abrir em Julho maior parque temático do mundo Hoje Macau - 9 Mai 20259 Mai 2025 A marca dinamarquesa LEGO, especializada em blocos de construção, vai inaugurar no próximo dia 05 de Julho o seu maior parque temático do mundo em Xangai, no leste da China, avançou ontem a imprensa local. O complexo, situado a cerca de 52 quilómetros a sudoeste do centro da cidade, contará com mais de 75 atracções e espectáculos distribuídos por oito zonas distintas, que incluem milhares de figuras construídas com cerca de 85 milhões de peças LEGO. Os visitantes poderão ainda ver filmes da LEGO numa sala de cinema 4D, bem como alojar-se num hotel temático com 250 quartos, decorados segundo cinco ambientes diferentes inspirados neste universo de brinquedos reconhecido à escala global. Actualmente, o parque encontra-se na fase final de construção: a entrada principal está concluída e as principais 24 atracções estão praticamente prontas. Cerca de mil colaboradores integrarão a equipa desde a abertura. O grande destaque do parque será a zona “Miniland”, uma recriação, construída integralmente com blocos LEGO – com um peso total superior a 45 toneladas – de algumas das áreas mais emblemáticas de Xangai, assim como de outros ícones culturais e turísticos da China. Entre os espetáculos previstos, destaca-se o primeiro espetáculo do mundo dedicado à série “Monkie Kid”, da LEGO, inspirada no Rei Macaco, da obra clássica chinesa Jornada ao Oeste. A Legoland Xangai já iniciou a venda de passes de temporada e bilhetes para visitas exclusivas, que incluem estadias no hotel temático. “Conhecemos bem este mercado e estamos entusiasmados com o seu potencial. Este complexo será uma referência e ponto de encontro para todos os fãs da LEGO na China”, afirmou Fiona Eastwood, diretora executiva da Merlin Entertainments, o grupo britânico responsável pela gestão dos parques Legoland. De acordo com a empresa, mais de 55 milhões de pessoas vivem a duas horas – ou menos – de carro da localização do novo parque.
Ucrânia | China controla “rigorosamente” exportação de bens de dupla utilização Hoje Macau - 9 Mai 2025 A China afirmou ontem que “controla rigorosamente” a exportação de bens de dupla utilização, face a suspeitas de que a Rússia está a utilizar dispositivos tecnológicos de uso civil para fins militares na Ucrânia. “A China aplica controlos rigorosos sobre a exportação de bens de dupla utilização”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lin Jian, ao ser questionado sobre relatos de que comandos de jogos de vídeo exportados para a Rússia estão a ser utilizados para operar drones. Lin Jian também denunciou que qualquer “cooperação tecnológica normal” da China “torna-se um problema” quando há tentativas de “difamar o país com acusações infundadas e manipulações políticas de má-fé”. O porta-voz não esclareceu se a China está a considerar restrições adicionais às exportações de tecnologia, remetendo para as autoridades competentes. As declarações surgiram depois de a Ucrânia ter manifestado preocupação com o envolvimento de empresas e cidadãos chineses na produção militar russa, uma queixa formal que apresentou ao embaixador chinês em Kiev em Abril, alegando ter provas. Esta semana, a Comissão Europeia afirmou que a China “continua a ser um facilitador fundamental” do esforço de guerra da Rússia e que sem este apoio “Moscovo não podia continuar a guerra com a mesma força”. Pequim defendeu que a sua posição sobre o conflito tem sido “consistente e clara” e está empenhada em “promover o cessar-fogo, o desanuviamento e as negociações”, e garantiu nunca ter fornecido armas letais “a nenhuma das partes” envolvidas na guerra.
Moscovo | Xi saúda aprofundamento da confiança entre China e Rússia Hoje Macau - 9 Mai 2025 Xi encontra-se em Moscovo para participar nas celebrações do aniversário do Dia da Vitória sobre a Alemanha nazi na II Guerra Mundial O Presidente chinês, Xi Jinping, saudou ontem o aprofundamento da confiança entre a China e a Rússia, no início do encontro no Kremlin com o homólogo russo, Vladimir Putin, em Moscovo. “A confiança política mútua entre a China e a Rússia está a aprofundar-se e os laços de cooperação pragmática estão a tornar-se mais fortes”, disse o Presidente chinês, que se encontra em Moscovo para as comemorações do 80.º aniversário da vitória sobre a Alemanha nazi na Segunda Guerra Mundial. Xi salientou que “perante a tendência internacional de unilateralismo e de comportamento de intimidação hegemónica, a China vai trabalhar com a Rússia para assumir as responsabilidades especiais das principais potências mundiais”. “Estou muito feliz com esta nova reunião”, disse Vladimir Putin no início do encontro com Xi, transmitido em directo pela televisão russa. O líder russo expressou gratidão por Xi ter decidido comparecer, em Moscovo, às comemorações dos 80 anos da vitória sobre a Alemanha nazi, tal como tinha acontecido no 70.º aniversário. O chefe de Estado russo lembrou que a antiga União Soviética (URSS) perdeu cerca de 27 milhões de pessoas na guerra, enquanto na China o número de mortos foi de 37 milhões, incluindo soldados e civis. Laços benéficos Putin disse que uma guarda de honra chinesa vai marchar na Praça Vermelha na sexta-feira, integrada no desfile militar, e prometeu comparecer às comemorações da vitória da China sobre o Japão, a 03 de Setembro. Para Putin, os laços entre a Rússia e a China são “mutuamente benéficos” e não se opõem a nenhum país terceiro. O chefe de Estado russo disse ainda que os dois países pretendem defender em conjunto a “verdade histórica” sobre a Segunda Guerra Mundial, com Putin a acusar o Ocidente de a tentar distorcer. “Juntamente com os nossos amigos chineses, defendemos firmemente a verdade histórica, protegemos a memória dos acontecimentos dos anos de guerra e lutamos contra as manifestações modernas de neonazismo e militarismo”, referiu Putin. De acordo com a Presidência russa, os líderes vão realizar reuniões em formatos pequeno e grande e adoptar duas declarações conjuntas. Novos acordos O Presidente russo, Vladimir Putin, anunciou ontem a assinatura de um novo acordo de promoção e protecção de investimentos, no âmbito das negociações com o homólogo chinês, Xi Jinping. Na abertura de uma reunião no Kremlin, Putin estimou em mais de 200 mil milhões de dólares o montante dos projectos de investimento tratados pela comissão intergovernamental. Manifestou também a convicção de que este acordo vai contribuir positivamente para a criação de uma atmosfera “mais favorável” e constituir “um importante impulso” para o desenvolvimento da cooperação económica, indicou o líder russo. Putin sublinhou que o actual intercâmbio comercial, que ascendeu a quase 245 mil milhões de dólares no ano passado, “está longe” do limite máximo para os dois países.
Interpretar Confúcio: a volta estética e os seus desafios (continuação) Hoje Macau - 9 Mai 2025 Em contraste com a abordagem de Fang, Ni trata os Analectos como o texto primário e principal para a compreensão de Confúcio e usa-o como base para a sua interpretação de Confúcio; quando Ni recorre a outros textos, ele o faz apenas medida em que reforça a sua leitura gongfu de Confúcio. Na interpretação de Ni, os Analectos dão o tom para a compreensão de Confúcio. Ni e Fang representam duas abordagens diferentes para entender Confúcio. Essas duas abordagens apresentam dois retratos variados de Confúcio para nós. Qual deles é o verdadeiro Confúcio? Ou, mais precisamente, qual abordagem nos ajuda a entender melhor Confúcio? Se ambas são fundamentadas de alguma forma, qual é a relação entre elas? Permitam-me agora que examine uma outra relação a que aludi anteriormente, a relação entre Confúcio, “o homem”, como sublinhado no subtítulo do livro de Ni, por um lado, e o confucionismo, por outro. O livro de Ni trata principalmente de Confúcio, o homem, o professor e o pensador. Mas também estende o seu argumento ao confucionismo, a tradição filosófica que moldou em grande parte a cultura chinesa. Ni escreve: “Através da lente da perspectiva do gongfu, perceberemos ainda que, como forma de gongfu, os ensinamentos de Confúcio têm como objetivo final não regras morais para constranger as pessoas, mas sim fornecer orientação para permitir que as pessoas vivam vidas boas e artísticas. Por outras palavras, o confucionismo é mais do que moralista” (xiii). A afirmação de Ni de que o confucionismo é mais estético do que moralista é mais radical do que afirmar que devemos ler Confúcio nos Analectos de forma estética do que moralista. Contraria diretamente a opinião comum de que a filosofia confucionista é sobretudo uma filosofia moral. Para mim, tal afirmação parece-me, de um modo geral, totalmente implausível. No entanto, é uma questão demasiado vasta para ser abordada neste pequeno artigo. Aqui vou argumentar que, tecnicamente, a mudança de Ni de “Confúcio” para “Confucionismo” é problemática. A lacuna entre “Confúcio” e “Confucionismo” é muito maior do que pode ser encoberta por uma afirmação rápida. Se dissermos que há duas versões diferentes de Confúcio nas interpretações de Ni e Fang, respetivamente, também há versões variadas de confucionismo. A questão é: qual versão do confucionismo permitiria a Ni fazer um movimento legítimo de uma afirmação sobre Confúcio para a do confucionismo. Noutro lugar, observei que “filosofia de Confúcio” e “filosofia confuciana” (儒家哲学) não são o mesmo conceito.7 Enquanto a “filosofia de Confúcio” sem dúvida denotava a filosofia de Confúcio, o “homem”, “filosofia confuciana” refere-se à filosofia do confucionismo, incluindo as filosofias de Mencius, Xunzi e muitos outros. O termo “confucionismo” foi cunhado no Ocidente do século XIX depois de “Confúcio”, o nome latinizado que os missionários jesuítas do século XVI deram a Kongzi (“Kong Fuzi”),8 para designar a tradição cultural e a filosofia chinesas comummente designadas por “Rujia 儒家”, como a contraparte chinesa do cristianismo no Ocidente. O termo chinês “Rujia”, ou a “Escola do Ru”, não leva o nome de Confúcio, que é Kong Qiu 孔丘. “Rujia” tem sido usado na China para designar a tradição associada a Confúcio e seus seguidores. Por isso, a palavra inglesa “Confucionismo” significa “Ruismo.”9 Muitos dos ideais e ideias filosóficas promovidos por esta escola, no entanto, não foram inventados por Confúcio ou pelos seus seguidores. Confúcio evidentemente levou a sério a tradição Rujia que ele herdou. Ele disse: “Os Zhou olharam para baixo, para as duas dinastias anteriores. Quão rica e bem desenvolvida é a cultura deles! Eu sigo os Zhou”, e ele afirmou explicitamente que estava “transmitindo em vez de inventando (述而不作)” uma filosofia (Analectos 7.1). A tradição “transmitida” inclui não apenas o grande repertório dos ritos Zhou, mas também rituais como a observância do luto de três anos pelos pais falecidos.11Confúcio, sem dúvida, contribuiu muito para a transformação, o renascimento, o desenvolvimento e a operacionalização da tradição Ru. Considerado desta forma, o “Confucionismo” é mais análogo ao “Protestantismo” do que ao “Aristotelismo”. Embora todos os protestantes acreditem em Jesus como o seu Deus (na Trindade), as doutrinas específicas de cada uma das suas denominações, Baptistas, Calvinistas, Luteranos e Metodistas, são atribuíveis a diferentes figuras históricas. Embora o Confucionismo não esteja explicitamente dividido em várias denominações como o Protestantismo, não é atribuído a um único pensador como o Aristotelismo é atribuído a Aristóteles. Historicamente, Rujia tem sido entendida como a filosofia que se manifesta num conjunto de obras clássicas. O corpus dos clássicos confucionistas evoluiu ao longo do tempo. De acordo com o autor do Zhuangzi e dos Registos Históricos de Sima Qian, Confúcio estudou e editou os “Seis Clássicos”, ou seja, o Livro da Poesia, o Livro da História, o Livro dos Rituais, o Livro das Mutações e o Livro da Música e Os Anais da primavera e do outono (Chen 1983: 389; Sima 1959: 1936). Ao editar esses textos ortodoxos transmitidos pela dinastia Zhou, Confúcio fez deles as obras clássicas da tradição associada ao seu nome. Independentemente da precisão registos, não há dúvida de que, durante o período Han Ocidental (202 a.C. – 9 d.C.), os “Cinco Clássicos” (sem o agora perdido Livro da Música) foram considerados os textos confucionistas oficiais quando o governo elevou o confucionismo a filosofia ortodoxa e estabeleceu o cargo oficial de “Mestre Académico dos Cinco Clássicos (五经博士)”. Os Analectos de Confúcio e, em menor grau, o Mencius, provavelmente já eram influentes durante a dinastia Han, mas nenhum deles fez parte da lista dos clássicos ortodoxos (jing) do confucionismo, e nenhum deles foi coberto pelas descrições de cargos do “Mestre Estudioso dos Cinco Clássicos”. O número de textos canónicos confucionistas aumentou gradualmente durante a dinastia Tang (618-902) e as cinco dinastias subsequentes (907-960), para nove, para onze, depois para doze e, durante dinastia Song (960-1279), para treze, que persistiram até aos nossos dias, vulgarmente conhecidos como os “Treze Clássicos.”12Durante um longo período de tempo, os Analectos não foram o mais proeminente dos Treze Clássicos confucionistas. Por isso, quando interpretamos o confucionismo como tradição filosófica, devemos ter em consideração toda a gama de textos clássicos que lhe estão associados. Com base nessas evidências históricas, não podemos equiparar a “filosofia de Confúcio” à “filosofia confuciana”, ou equiparar o “ismo de Confúcio” – se é que podemos cunhar tal termo – ao “confucionismo”. O uso de “confucionismo” para a tradição Rujia é infeliz, particularmente no contexto da erudição ocidental que tem sido fortemente influenciada pelo individualismo, segundo o qual os académicos tendem a atribuir as ideias filosóficas a determinados pensadores individuais e para organizar sistemas filosóficos em conformidade. Por exemplo, o respeitado filósofo novo-confucionista Liu Shu-hsien afirmou que: “A mensagem confucionista deve ser rastreada até Confúcio, tal como a mensagem cristã deve ser rastreada até Jesus Cristo… É através do estudo dos ideais que Confúcio encarnou que podemos esperar encontrar a continuidade entre o neo-confucionismo e o confucionismo clássico”.13 Presumo que por “confucionista” de “mensagem confucionista” Liu queira dizer “Rujia” em vez de “de Confúcio”, pois de outra forma ele estaria afirmando uma tautologia sem sentido (“a mensagem de Confúcio deve ser rastreada até Confúcio”). Mas se ele quer dizer que a mensagem da tradição confuciana (Rujia) deve ser rastreada até a pessoa Confúcio, então a legitimidade da afirmação de Liu não é de forma alguma indiscutível. Por um lado, a mensagem “espiritual” do sistema ritual na tradição é rastreável até a era Zhou pré-Confúcio. Pelo relato do próprio Confúcio, a tradição que chamamos de “Rujia” (“confucionista”) é anterior a Confúcio, o homem, embora sua contribuição tenha moldado muito a tradição 14. Se o meu argumento for válido, mesmo que admitamos que a interpretação de Ni de Confúcio é válida em geral, ainda assim não se segue que essa interpretação se aplique à nossa compreensão do confucionismo sem qualificações. A este respeito, é esclarecedor comparar a abordagem de Ni à interpretação do confucionismo com a de alguns outros académicos, como Yong Huang. Na recente obra de Huang, Why Be Moral?: Learning from the Neo-Confucian Cheng Brothers,15ele opta por discutir ideias selecionadas dos irmãos Cheng que são consideradas “filosóficas” nas tradições ocidentais. Um projeto deste tipo não teria sido possível se Huang tivesse optado por se concentrar nos Analectos de Confúcio, pois tanto Huang como Ni concordariam provavelmente que não há muito de “filosófico” nesse sentido. No entanto, é negar que o trabalho de Huang é sobre o confucionismo e que o confucionismo tem coisas importantes a dizer sobre questões que são normalmente consideradas filosóficas no Ocidente. A minha abordagem pessoal é ver vários textos confucionistas clássicos como abrangendo (ou enfatizando) diferentes dimensões da filosofia confucionista. Evidentemente, os Analectos de Confúcio tratam principalmente, embora não exclusivamente, de se tornar uma boa pessoa e viver uma boa vida, como Ni demonstrou abundantemente no seu livro. O Yijing apresenta uma visão cosmológica do universo confuciano e como os padrões desse universo devem ou deveriam influenciar a sociedade humana e as vidas humanas. Se estudarmos o Yijing e o capítulo Zhongyong do Liji, por exemplo, não podemos deixar de aceitar que a harmonia é um conceito-chave que não se trata apenas de viver uma vida artística, mas também de compreender o padrão cósmico do mundo inteiro. Talvez, em vez de inferir de uma interpretação “estética” de Confúcio para a mesma leitura do confucionismo como um todo, devêssemos abraçar uma compreensão mais holística e inclusiva de Confúcio e do confucionismo. Confúcio e o confucionismo têm, de facto, uma dimensão “estética”, que é particularmente saliente em Confúcio e nos Analectos. No entanto, os ensinamentos de Confúcio também têm dimensões teóricas e filosóficas, embora estas dimensões sejam mais salientes noutros textos clássicos de Confúcio do que nos Analectos. Como filosofia abrangente, o confucionismo é muito mais do que ensinar-nos a viver artisticamente as nossas vidas. Contribui também para o conhecimento humano sobre metafísica, epistemologia, filosofia social e política, bem como sobre a vida ética. Temos agradecer a Peimin Ni pelo seu trabalho de chamar a atenção para um aspecto há muito negligenciado e a visão estética de Ni não deve ser tomada como uma ruptura com a leitura mais comum de Confúcio e do confucionismo. Pelo contrário, é um acréscimo valioso e um enriquecimento significativo da mesma.
Saúde | Residente em estado crítico devido a infecção bacteriana Hoje Macau - 9 Mai 2025 Um residente de 65 anos de idade está em estado crítico e necessita de ventilador para o auxiliar na respiração na sequência de uma infecção de vibrio vulnificus. Na tarde de 29 de Abril, o homem foi acidentalmente picado no dedo mindinho da mão direita enquanto manuseava camarões em casa. Na madrugada seguinte, surgiu no local da picada “inchaço e dor, que depois se alastrou para a palma da mão direita e antebraço direito”, indicaram ontem os Serviços de Saúde. O residente, que tem antecedentes de doenças crónicas, foi ao Centro Hospitalar Conde de São Januário, onde foi “diagnosticado com fascite necrosante do membro superior direito com choque séptico”. Os Serviços de Saúde informam que a vibrio vulnificus é uma bactéria que vive naturalmente em água quente do mar e as infecções podem acontecer quando alguém tem feridas abertas expostas à água do mar com vibrio vulnificus ou quando come marisco contaminado. As pessoas com fascite necrosante podem ter de proceder à amputação para salvar as suas vidas, e em cerca de 20 a 30 por cento dos casos, a infecção é fatal.
UM | Lucros de empresa de investigação caem 48,6% João Santos Filipe - 9 Mai 2025 Os lucros da empresa ligada à Universidade de Macau caíram 9,88 milhões de patacas. A queda deveu-se principalmente ao aumento de pagamentos feitos à instituição de ensino superior por serviços administrativos e locais para realizar testes No ano passado, os lucros da empresa UMCERT Investigação e Ensaios em Engenharia apresentaram uma redução de 48,6 por cento, o que se traduziu em menos 9,88 milhões de patacas. Os dados da empresa controlada pela Universidade de Macau foram divulgados ontem e mostram um lucro de 10,45 milhões de patacas. A UMCERT Investigação e Ensaios em Engenharia tem como área de actividade a investigação e a realização de ensaios virada para os materiais de obras de construção, tráfego rodoviário e instalações subterrâneas. É detida a 99 por cento pela Universidade de Macau, com o restante 1 por cento no controlo do Fundo de Educação. O lucro de 10,45 milhões de patacas contrasta com o resultado positivo de 20,33 milhões de patacas no ano anterior. Esta diferença explica-se não só com a redução das receitas, que caíram ligeiramente de 35,00 milhões para 34,95 milhões de patacas, mas principalmente com os “outros gastos operacionais”. Estes tiveram uma subida de quase 10 milhões de patacas, de 11,24 milhões, em 2024, para 21,18 milhões de patacas no ano passado. O aumento dos “outros gastos operacionais” incluem essencialmente pagamentos para a realização de testes à UM, assim como o fornecimento de serviços administrativos, com os custos a crescerem 9,30 milhões de patacas, para 18,79 milhões de patacas, quando em 2023 eram de 9,49 milhões de patacas. Em termos dos custos com o pessoal, os gastos da UMCERT no espaço de um ano mais do que duplicaram, de 1,07 milhões de patacas em 2023, para 2,86 milhões de patacas. Um punhado de empresas A UMCERT Investigação e Ensaios em Engenharia é uma das três empresas controladas pela Universidade de Macau. Além desta, existe a UMTEC, que também se dedica à investigação, mas em outras áreas, e que no ano passado apresentou um lucro de 781,5 mil patacas, no que representou uma redução de quase 80 por cento face a 2023, quando os lucros tinham sido de 3,8 milhões de patacas. A terceira empresa controlada pela UM é a Guangdong Hengqin UM Higher Education Development, que vai ser responsável pelo desenvolvimento do novo campus da UM no Interior, num investimento que poderá chegar aos 4 mil milhões de renminbis. Até ontem, a empresa que tem sede no Interior ainda não tinha apresentado os resultados anuais.
Galaxy | Receitas com crescimento anual de 6,2% João Luz - 9 Mai 2025 A Galaxy Entertainment teve receitas líquidas de 11,2 mil milhões de dólares de Hong Kong no primeiro trimestre deste ano, uma subida de 6,2 por cento em termos anuais, mas menos 1 por cento face ao último trimestre de 2024. Francis Lui salientou a resiliência do mercado de Macau, apesar da “turbulência geopolítica e da contínua desaceleração económica” A Galaxy Entertainment apresentou ontem os resultados financeiros do primeiro trimestre de 2025, período durante o qual foram apuradas receitas líquidas de 11,2 mil milhões de dólares de Hong Kong (HKD), representando um aumento anual de 6,2 por cento, mas uma quebra de 1 por cento face ao trimestre anterior. Em relação às receitas brutas de jogo, o grupo fechou os primeiros três meses de 2025 com 10,94 mil milhões HKD, resultado que reflecte um aumento anual de 13,6 por cento, mas um decréscimo de 0,8 por cento face ao último trimestre do ano passado. Como é normal, o segmento de massas gerou o maior volume das receitas brutas, com 8,23 mil milhões HKD, mais 6,5 por cento em relação ao período homólogo, enquanto o segmente VIP apurou 1,98 mil milhões HKD em receitas brutas, mais 52,3 por cento em termos anuais. Durante o período em análise, o grupo registou lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA, em inglês) de quase 3,3 mil milhões HKD, resultado que representou uma subida anual de 16,3 por cento e 1,8 por cento face ao último trimestre de 2024. Como manda a “tradição”, a galinha dos ovos do grupo foi o Galaxy Macau, gerando 9,15 mil milhões HKD em receitas líquidas, mais 10 por cento em termos anuais, e lucros EBITDA de 3,02 mil milhões HKD (+15,4 por cento face ao primeiro trimestre de 2024). Às na manga “Durante o trimestre em análise, continuámos a impulsionar todos os segmentos do negócio, em particular o mass premium, através dos nossos produtos e serviços inigualáveis, melhorias contínuas nas propriedades, diversos espectáculos e eventos de entretenimento, bem como a implementação completa de mesas inteligentes”, indicou o presidente do grupo, Francis Lui, no comunicado que apresentou os resultados O presidente da Galaxy Entertainment destacou o desempenho dos casinos do grupo durante o Ano Novo Chinês e a capacidade de resiliência do mercado de Macau, “apesar da turbulência geopolítica e da contínua desaceleração económica”, com as receitas brutas a recuperarem para 76 por cento do nível de 2019. Francis Lui referiu ainda a apresentação das primeiras Linhas de Acção Governativa do Executivo de Sam Hou Fai, em particular no papel de liderança para diversificar a economia e orientar as concessionárias para investimentos em projectos não-jogo. Porém, o presidente da Galaxy referiu os comentários do Chefe do Executivo em relação às dificuldades para o mercado do jogo atingir as receitas brutas estimadas para este ano. “A curto prazo, continuamos a ajustar as operações conforme necessário, mas estamos confiantes nas perspectivas de longo prazo para Macau. A abordagem proactiva de Macau na diversificação económica, combinada com o firme apoio da China, posiciona bem a cidade para um futuro crescimento sustentável”, concluiu Francis Lui.
Emprego | Leong Sun Iok alerta para recolha de informação de candidatos João Santos Filipe - 9 Mai 2025 Leong Sun Iok avisa para o aumento de empresas que pesquisam o passado de candidatos a empregos e argumenta que a informação obtida pelos ex-empregadores é muitas vezes enviesada e desleal. O deputado pede regulamentação ao Governo O deputado Leong Sun Iok pretende que o Governo regule a recolha de informação levada a cabo por empresas sobre candidatos a emprego. O pedido consta de uma interpelação escrita, em que o legislador ligado à Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM) alerta para a ocorrência de várias ilegalidades, sem qualquer consequência. De acordo com o cenário traçado por Leong Sun Iok, quando se candidatam a um trabalho, principalmente através de plataformas online, os interessados são levados a assinar formulários e a consentir que as entidades pesquisem o seu passado. No entanto, o deputado alerta para o facto da prática ser ilegítima, pouco transparente, permitir a criação de listas negras informais e a troca de informação entre empresas. Esta situação pode resultar no bloqueio de oportunidades de emprego de ex-funcionários que tiveram diferendos com as entidades patronais. “É uma prática que bloqueia o acesso ao emprego numa indústria, o que mina seriamente o direito ao emprego”, afirma o legislador. Leong Sun Iok revela também que “ao longo dos anos recebeu um número elevado de pedidos e assistência” de pessoas despedidas de uma das seis concessionárias do jogo e que depois se viram barradas da indústria. “Algumas pessoas que me pediram ajuda contaram-me que foram convencidas, por supervisores, a despedirem-se. E se não se despedissem por sua iniciativa, foram ameaçadas de que nunca mais iam encontrar emprego na indústria. Todos estes casos reflectem os danos causados pela recolha de informação sem qualquer regulação”, acrescentou o deputado. No entanto, a prática não se limita a este sector: “Além das concessionárias do jogo, há um número elevado de empresas em Macau que também exige a candidatos de emprego que permitam que o seu passado seja investigado”, informou. Contra a lei Leong Sun Iok aponta igualmente que a Lei das Relações Laborais e o Decreto-Lei 101/84/M definem que os ex-empregadores quando emitem um comprovativo de trabalho a um ex-trabalhador não podem fazer qualquer referência desfavorável ao passado deste. Contudo, o deputado indica que a prática actual, mesmo que informal, contraria o espírito da lei, acabando por ser mais danosa, porque o ex-empregado não tem qualquer controlo sobre informações que podem nem ser verdadeiras. “Como o processo de verificação carece de transparência e não é controlado pela Direcção de Serviços para os Assuntos Laborais, acaba por ser injusto para os candidatos a emprego e pode violar o princípio da boa-fé nas relações de trabalho”, alerta. “Como a Administração vai regulamentar a recolha de informação sobre os antecedentes profissionais? É possível emitir diretrizes e alterar a lei para estipular explicitamente que os ex-empregadores não devem, de forma alguma, transmitir, prestar declarações ou adoptar comportamentos desfavoráveis aos trabalhadores?”, perguntou.
Saúde | Alvis Lo vinca aposta na competitividade profissional Hoje Macau - 9 Mai 2025 O director dos Serviços de Saúde, Alvis Lo, considera que o plano do Governo para aumentar o valor dos vales de saúde e lançar um programa de rastreio de doenças crónicas vai aperfeiçoar o sistema e acesso à saúde no território. A posição foi tomada durante a mais recente reunião do Conselho para os Assuntos Médicos. Para aumentar a competitividade dos profissionais de saúde, Alvis Lo indicou que o Executivo vai “proporcionar uma série de programas de formação, incluindo a criação de uma base de formação de medicina familiar” assim como disponibilizar “formação sistemática aos médicos das instituições públicas e privadas”. Para os médicos que pretendem focar-se numa especialidade, os SS prometeram abrir de forma permanente os concursos para o preenchimento de vagas de internato complementar, além de optimizar procedimentos e “encurtar o tempo” necessário para os concursos. Além disso, Alvis Lo destacou que o Centro Médico de Macau do Peking Union Medical College Hospital tem como objectivo tornar-se numa instituição de “formação de alto nível em Macau”, pelo que nos próximos tempos deverão começar a ser enviados para Pequim médicos, enfermeiros e outros técnicos clínicos para receber formação. Nesta fase, existe também a possibilidade de as formações não se limitarem à capital chinesa. Seguindo a tendência de levar a população a deixar Macau, Alvis Lo indicou que o Governo vai apoiar a integração no desenvolvimento nacional, o que deve começar com a ida dos profissionais para Grande Baía e para a Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin, por serem considerados “pontos de partida mais fáceis e maduros”.
Patane | Centro de Comidas recebeu 300 mil clientes em 11 meses Hoje Macau - 9 Mai 2025 Entre Abril de 2024 e Março deste ano, o Centro de Comidas do Patane atraiu 300 mil residentes e turistas. Os dados foram divulgados pelo Instituto para os Assuntos Municipais (IAM), em resposta a uma interpelação do deputado Leong Hong Sai, dos Moradores. Contudo, o IAM afirma que vai continuar a promover o espaço, que fica situado no Mercado do Patane, com a colocação de um anúncio gigante na zona: “Presentemente, as vias em redor do Mercado do Patane já dispõem de placas indicativas e também foram colocadas tabuletas luminosas no acesso ao rés-do-chão do mercado”, foi indicado por Chao Wai Ieng, presidente o organismo. “Em paralelo, o IAM planeia a colocação de um reclamo de grande dimensão na fachada do Complexo do Mercado do Patane, com vista a atrair mais residentes e turistas para comerem naquele Centro de Comidas”, foi acrescentado. O IAM também prometeu continuar a “elevar a competitividade e atractividade” do espaço de restauração ao instalar “decorações” durante os feriados e festividades, assim como “o lançamento de troca de prémios com pontos obtidos e o convite aos meios de comunicação social para filmagem e promoção”. O IAM diz ainda que incentiva “os operadores das bancas a reforçarem a promoção” dos espaços, através da “inovação” e de “actividades de marketing online e offline”, com cupões de descontos.