Riqueza David Chan - 4 Jun 2025 O “Relatório da Riqueza Global para 2024” da UBS destaca que os suíços são o povo mais rico do mundo, com um activo médio de 709. 600 US dólares. Em segundo lugar, vêm os luxemburgueses, com um activo médio de 607.500 dólares. Os Hong Kongers estão em terceiro lugar, com um activo médio de 582.000 US dólares, equivalentes a cerca de 4.54 milhões de dólares de Hong Kong. A “Riqueza” inclui os rendimentos pessoais e outros activos depois de deduzidas as dívidas, também designada por “valor líquido”. O relatório também assinala que a percentagem de milionários em Hong Kong é de cerca de 10 por cento, ou seja, em cada dez residentes adultos de Hong Kong um é milionário. O relatório prevê que Hong Kong em 2028 venha a ter 17,3 por cento de milionários. No “Ranking das Regiões Mais Ricas do Mundo em 2024”, outro relatório publicado pela revista financeira “Forbes”, o Luxemburgo surge em primeiro lugar com um PIB de 143.740 US dólares, Macau ocupa o segundo lugar com um PIB de a 134.140 US dólares e Hong Kong classifica-se em 15.º lugar com um PIB de 75.130 US dólares. Dois relatórios financeiros diferentes mostram a situação financeira de Hong Kong e de Macau e existem vários pontos que vale a pena salientar: Primeiro, os milionários de Hong Kong representam cerca de 10 por cento da população e o PIB de Macau surge como o segundo mais alto do mundo. Estes dados indicam a pujança das duas regiões administrativas e as suas impressionantes conquistas sob o princípio “um país, dois sistemas”. Segundo, Macau apresenta um PIB per capita de 134.140 USD. Como todos sabemos, a principal fonte de receitas de Macau provém do jogo e este número reflecte a contribuição do sector para a economia da cidade. O sector do jogo traz rendimentos consideráveis para Macau, mas também comporta perigos escondidos. Embora a pandemia já tenha terminado, a economia não recuperou totalmente e as receitas do jogo diminuíram, o que afecta inevitavelmente a subsistência das pessoas. A economia de Macau dever ser diversificada moderadamente e a sua dependência do sector do jogo deve diminuir de forma a melhorar a vida de todos. Terceiro, o PIB per capita de Hong Kong é de 75.130 USD. Ao contrário de Macau, Hong Kong não tem indústrias que gerem grandes receitas. Se Hong Kong quiser melhorar a sua classificação, tem de criar indústrias que tragam mais receitas para a cidade. Quarto, os activos médios dos milionários de Hong Kong são de cerca de 582.000 USD. É sabido que os activos mais valiosos de Hong Kong estão relacionados com o imobiliário. Se os activos de um milionário incluírem uma casa, mas se essa casa for a sua habitação, então essa propriedade representa apenas um valor facial. Se a casa for vendida, recebe muito dinheiro, mas precisa de comprar outra casa para viver. Por conseguinte, o efeito financeiro deste tipo de activos é limitado. A riqueza traz segurança e é motivo de orgulho para todos. Ambos os relatórios financeiros demonstram a estabilidade financeira das duas regiões administrativas especiais. No entanto, como a economia ainda não recuperou totalmente depois da pandemia, as pessoas devem ter mais cuidado na gestão das suas finanças e dar o seu melhor para desfrutar do prazer que a riqueza traz. Consultor Jurídico da Associação para a Promoção do Jazz em Macau Professor Associado da Faculdade de Ciências de Gestão da Universidade Politécnica de Macau
FRC apresenta hoje documentário “METAMÓRṖHOSIS Hoje Macau - 4 Jun 2025 É hoje apresentado na Fundação Rui Cunha (FRC), a partir das 18h30, o filme-documentário “METAMÓRṖHOSIS”, realizado por António Luís Moreira, um projecto de 2024 que pela primeira vez é exibido em Macau. O evento insere-se no cartaz das comemorações “Junho, Mês de Portugal na RAEM”, a propósito da chegada do 10 de Junho – Dia de Portugal, Camões e das Comunidades Portuguesas. De acordo com a sinopse do documentário, citada numa nota da FRC, “METAMÓRṖHOSIS” é “um documentário instigante que explora a transformação das comunidades rurais através das mudanças sociais e ambientais”, sendo que “o filme acompanha as histórias de três aldeãs cujas vidas reflectem as mutações sociais mais vastas da modernidade, no cenário das ‘Aldeias de Xisto, em Portugal'”. Além disso, acrescenta-se na mesma sinopse que “no decurso da história é dado a conhecer um homem que nunca abandonou a terra onde nasceu”. “Vendo as aldeias condenadas ao despovoamento, lutou com visão e tenacidade pela emancipação colectiva das aldeias através da recuperação das tradições culturais que se desvaneciam”, pode ler-se ainda na descrição. Normas desconstruídas “METAMÓRṖHOSIS” foca-se “na desconstrução das normas sociais convencionais, destacando como as identidades pessoais e colectivas evoluem no meio de realidades mutáveis”, além de oferecer “uma análise convincente da vida rural, da memória e das tensões entre tradição e modernidade”. Este filme-documentário esteve presente em algumas competições, nacionais e internacionais, tendo sido vencedor no Luleå International Filme Festival – Suécia 2024 (Melhor Documentário de Longa-Metragem e Melhor 1ª Obra Documental), o Filmzen International Competition de Chicago – EUA 2024-2025 (Melhor Documentário e Melhor Realizador Emergente), o virtual Best Hollywood Day Short Film Festival 2025 (Melhor Filme Documentário), e o Portugal Indie Film Festival de Cascais 2025 (Melhor Documentário). O filme foi também nomeado para o Barcelona Indie Awards – Espanha 2025, foi semi-finalista no 12.º ARFF Barcelona International Film Festival – Espanha 2025, e finalista no Dallas Independent Film Festival – EUA. A película é falada em Português, com legendas em Inglês. A duração é de 79 minutos.
10 de Junho | Cláudia Falcão apresenta primeira incursão nas artes plásticas Andreia Sofia Silva - 4 Jun 2025 É já esta quinta-feira que se apresenta ao público mais uma exposição integrante do cartaz oficial do 10 de Junho – Dia de Camões, Portugal e Comunidades Portuguesas. “Pequenos Mundos em Estado Sólido”, uma exposição apresentada na Livraria Portuguesa, revela laivos de portugalidade naquela que é a primeira incursão de Cláudia Falcão, especialista em conservação e restauro, nas artes plásticas A Livraria Portuguesa acolhe amanhã uma nova exposição. Trata-se de “Pequenos Mundos em Estado Sólido”, da autoria de Cláudia Falcão, especialista em conservação e restauro que pela primeira vez se estreia com um projecto na área das artes plásticas. A mostra pode ser vista até ao dia 28 de Junho e está integrada no cartaz oficial das comemorações do 10 de Junho – Dia de Portugal, Camões e das Comunidades Portuguesas. Segundo o catálogo da exposição, “Pequenos Mundos em Estado Sólido” aparece ao público como uma “viagem por memórias e narrativas visuais em estado sólido, imagens cristalizadas em pequenos mundos, mundos que resultam do que nos rodeia, mundos que levamos dentro, mundos que construímos, mundos que partilhamos”. Assim, serão exibidas “fotografias-objecto, em que a imagem surge influenciada pela morfologia da pedra, a sua cor, texturas e imperfeições”, com referências à calçada portuguesa, que se tornou “emblemática” no território e que é “um dos símbolos mais reconhecidos de Portugal”. “Se o muito grande na arte convida a uma experiência imersiva, o muito pequeno exige aproximação e um olhar atento à descoberta do que se esconde no detalhe. Em ambos os casos, há uma partilha da visão do artista e, em simultâneo, somos convidados a mergulhar no nosso próprio universo interior, que é singular”, descreve-se ainda no mesmo catálogo. Imagens na calçada Esta mostra nasce do Projecto Sølid, descrito como “a primeira aventura de Cláudia Falcão no lado criativo das artes plásticas depois de muitos anos do outro lado da arte, como conservadora-restauradora”. Trata-se de um “projecto que espelha as suas experiências, o seu olhar e a sua sensibilidade estética, e tem naturalmente subjacente a preocupação com a preservação, não só do património artístico e cultural, mas também das memórias visuais, de cariz mais pessoal, que recolhe”. Na Livraria Portuguesa, o público pode ver obras cuja base é a fotografia e um suporte feito com pedras da calçada, em calcário branco. “Neste suporte, a fotografia surge subtilmente transformada pela própria forma, textura e cor da pedra usada e cada peça torna-se única”, é descrito. O projecto Sølid é “inteiramente dedicado a Macau” e “nasceu da vontade de celebrar a diversidade cultural desta cidade tão especial e os laços que a unem a Portugal”. “Numa cidade que não dorme, como Macau, numa cidade que muda tão rapidamente, cristalizar um momento numa pedra acaba por ser um acto simbólico de honrar a memória do instante e captar o tempo que passa voraz”, lê-se ainda no mesmo catálogo. Ao HM, Claúdia Falcão adiantou ainda que Macau a “fascina tanto pelo que tem de familiar como pelo que tem de diferente”. “Enquanto artista portuguesa, o meu olhar vai ser sempre um olhar que tem esse filtro de Portugalidade, um filtro que é sentimento e é cultura, isso faz e fará sempre parte da minha identidade, da minha forma de ver e sentir o mundo e de me expressar e creio que isso será muito notório nesta exposição”, adiantou. “Apesar de estarmos do outro lado do mundo, ainda encontramos bocadinhos de Portugal em Macau, diariamente, nomeadamente em alguns elementos e marcos arquitectónicos, como por exemplo a calçada, que sendo tão portuguesa, é já também parte da identidade de Macau. Nesta exposição em particular, tendo em conta o contexto da comemoração do 10 de Junho, Portugal e Macau surgem através de seis séries de imagens que celebram esse laço forte entre dois mundos, mas também as suas diferenças e singularidades”, rematou.
Tarifas | China acusa EUA de quebrar acordo com medidas de “supressão extrema” Hoje Macau - 4 Jun 2025 Pequim acusou ontem Washington de violar um acordo alcançado em maio para reduzir temporariamente as taxas alfandegárias com medidas de “supressão extrema”, como restringir as exportações de semicondutores e anular vistos a estudantes chineses. “O consenso de Genebra foi alcançado com base no respeito mútuo e na igualdade de consultas. A China implementou-o de forma responsável e de boa-fé. No entanto, os EUA impuseram restrições unilaterais e infundadas”, afirmou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Lin Jian. A China, que declarou ter apresentado um protesto formal, instou Washington a “corrigir as suas acções erradas” e a “respeitar o consenso duramente conquistado”. “O uso de pressão e coerção não é a forma correcta de lidar com a China”, disse Lin. Pequim afirmou na segunda-feira, através do seu Ministério do Comércio, que desde que o pacto comercial foi selado a 12 de Maio, Washington adoptou novas medidas que “minam seriamente” os compromissos assumidos, incluindo a suspensão das vendas de ‘software’ utilizado no fabrico de semicondutores, novos controlos sobre a exportação de ‘chips’ utilizados em sistemas de inteligência artificial e a recente revogação de vistos para estudantes chineses, uma medida que a China descreveu como “discriminatória”. As tensões aumentaram nos últimos dias, com novas restrições impostas por Washington e uma queda de cerca de 20 por cento nas importações norte-americanas de produtos chineses em Abril. O Secretário do Tesouro, Scott Bessent, reconheceu, na semana passada, que as negociações estão paradas e referiu que um telefonema entre Trump e o seu homólogo chinês, Xi Jinping, poderia quebrar o impasse. O conselheiro económico da Casa Branca, Kevin Hassett, disse no domingo que ainda não há uma conversa agendada entre os dois líderes, embora espere que possam falar sobre comércio na próxima semana. Pequim, no entanto, respondeu ontem que não tem “qualquer informação” sobre um possível telefonema.
Vistos | Pequim anuncia que vai continuar a alargar isenção Hoje Macau - 4 Jun 2025 A China afirmou ontem que vai continuar a alargar a sua política de isenção de vistos a mais países, destacando a recente inclusão, pela primeira vez, de países da América Latina, incluindo o Brasil. “Vamos continuar a optimizar as nossas políticas de entrada, a alargar o número de países isentos de vistos e a convidar mais amigos internacionais a experimentar os produtos, serviços e ofertas de consumo de qualidade da China”, afirmou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lin Jian, em conferência de imprensa. Desde 01 de Junho, os cidadãos do Brasil, Argentina, Chile, Peru e Uruguai podem entrar na China sem visto até 30 dias, no âmbito de uma iniciativa-piloto anunciada durante a última cimeira China – Comunidade dos Estados Latino-Americanos e das Caraíbas (CELAC). Com a entrada em vigor, a 09 de Junho, da isenção de visto para os cidadãos da Arábia Saudita, Omã, Kuwait e Barém, o número de países com acesso à China com isenção de visto aumentará para 43. A política abrange também Portugal desde o ano passado. Abrir ao mundo Esta expansão reflecte o compromisso de Pequim com uma “abertura de alto nível” e com a construção de uma “economia mundial aberta”, disse Lin. O porta-voz sublinhou que as medidas de facilitação da entrada “já estão a produzir resultados concretos”: no primeiro trimestre de 2025, mais de nove milhões de estrangeiros entraram na China, um aumento de mais de 40 por cento, em relação ao mesmo período do ano passado. Além disso, mais de 18.000 novas empresas com investimento estrangeiro foram criadas na China entre Janeiro e Abril, um aumento homólogo de 12,1 por cento, de acordo com dados oficiais citados por Lin. Pequim acredita que estas políticas ajudarão a impulsionar o turismo, a reforçar os laços com os países parceiros e a projectar uma imagem moderna e acessível da China, após anos de restrições fronteiriças devido à pandemia da covid-19.
Fronteiras | Mais de 390 mil visitaram Macau no fim-de-semana Hoje Macau - 4 Jun 2025 No passado fim-de-semana prolongado, devido ao feriado do Dia do Barco Dragão, entraram em Macau 390.442 visitantes, de acordo com dados divulgados pelo Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP), total que representou um aumento de quase 14 por cento face ao mesmo período do ano passado. Entre os dias 31 de Maio e 2 de Junho, o posto fronteiriço das Portas do Cerco voltou a ser o local de entrada de mais pessoas, com 45,5 por cento das travessias de Zhuhai para Macau, o equivalente a 177.765 turistas. Nos três dias do fim-de-semana, quase 75 mil turistas chegaram à RAEM através da fronteira da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau e 62.366 entraram pelo posto fronteiriço de Hengqin. No somatório de todos os postos fronteiriços, ao longo dos três dias, o CPSP contou mais de 2.05 milhões de travessias, entre entradas e saídas. As autoridades contabilizaram o maior número de travessias de turistas para Macau no sábado e domingo, com ambos os dias a superarem a fasquia das 151 mil entradas, com o sábado a aproximar-se das 152 mil. A segunda-feira, foi o dia do fim-de-semana prolongado em que entraram mais turistas em Macau, 86.847 no total.
TNR | Mais 31.700 pessoas desde fim de ‘covid zero’ Hoje Macau - 4 Jun 2025 No final de Abril, havia quase 183.600 trabalhadores não-residentes no território, o que significa um aumento de 31.700 desde o fim da pandemia. A hotelaria, e a restauração são os sectores que mais recorrem a este tipo de mão-de-obra Macau empregava no final de Abril deste ano quase 183.600 trabalhadores não-residentes, um aumento de 31.700 desde o fim da política ‘zero covid’, em Janeiro de 2023, foi ontem anunciado. Segundo dados do Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP), divulgados pela Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais, o território tinha 183.568 trabalhadores sem estatuto de residente. Este número representa um aumento de 20,9 por cento desde Janeiro de 2023, quando terminou a política de ‘covid zero’, que esteve em vigor durante cerca de três anos. Nesse mês, os trabalhadores migrantes em Macau, incluindo aqueles vindos da China continental, eram menos de 152 mil, o número mais baixo desde Abril de 2014. Macau, que à semelhança da China seguia a política de ‘covid zero, reabriu as fronteiras a todos os estrangeiros, incluindo trabalhadores não-residentes, a partir de 8 de Janeiro de 2023, depois de quase três anos de rigorosas restrições. O sector da hotelaria e da restauração foi o que mais contratou desde Janeiro de 2023, ganhando 17.424 trabalhadores não-residentes, seguido dos empregados domésticos (mais 4.780) e dos casinos (mais 2.895). A área da hotelaria e restauração foi precisamente a mais atingida pela perda de mão-de-obra durante a pandemia, tendo sido despedidos mais de 17.600 funcionários não-residentes desde Dezembro de 2019. A reboque do turismo A RAEM acolheu, nos primeiros quatro meses de 2025, 13 milhões de visitantes, mais 12,9 por cento do que no mesmo período de 2024 e o segundo valor mais elevado de sempre para um arranque de ano. A crise económica criada pela pandemia levou a taxa de desemprego a atingir 4 por cento no terceiro trimestre de 2022, o valor mais alto desde 2006. Apesar da subida do número de trabalhadores não residentes, a taxa de desemprego manteve-se em 1,9 por cento no período entre Fevereiro e Abril. A economia de Macau encolheu 1,3 por cento entre Janeiro e Março, sobretudo devido à “alteração do padrão de consumo dos visitantes”, segundo a Direcção dos Serviços de Estatísticas e Censos. Foi a primeira vez que o Produto Interno Bruto do território encolheu, em termos homólogos, desde o final de 2022, quando a região começou a levantar as restrições devido à pandemia de covid-19.
Broadway | Francis Lui aponta para possível renovação Hoje Macau - 4 Jun 2025 O presidente da Galaxy, Francis Lui, revelou que o grupo que lidera está a encarar a possibilidade de renovar o resort integrado Broadway no futuro, mas que, para já, a prioridade continua a ser a construção da 4.ª fase do Galaxy Macau, que terá um parque temático. Citado pelo jornal de Hong Kong Ming Pao, o líder da Galaxy comenta que um dos principais desafios que Macau enfrenta é a falta de quartos com preços abaixo de mil patacas por noite, reiterando a ideia de que o mercado está carente de, pelo menos, 10 mil quartos para orçamentos mais curtos. Recorde-se que o grupo abriu recentemente o Capella at Galaxy Macau, que oferece 36 vilas luxuosas. Francis Lui acrescentou que a lacuna no mercado faz com que os milhares de turistas que vêm do Interior da China assistir a espectáculos em Macau acabam por não pernoitar no território devido aos preços elevados da acomodação, lacuna que não poderá ser colmatada mesmo com um renovado Broadway que só oferece 300 quartos.
Gripe | Casos colectivos afectam 24 crianças Hoje Macau - 4 Jun 2025 Os Serviços de Saúde indicaram ontem ter detectado dois casos colectivos de gripe em escolas. O primeiro caso, encontrado, na passada sexta-feira, afectou duas turmas, do pré-escolar e do 1.º ano do ensino básico, da Escola Secundária Pui Ching, na Avenida de Horta e Costa, totalizando 17 crianças infectadas. O segundo caso, foi registado na segunda-feira, numa turma do pré-escolar da Escola Secundária Ilha Verde da Associação Comercial de Macau, na Avenida do Conselheiro Borja, onde foram infectadas sete crianças. As autoridades indicaram que alguns alunos tiveram de ser submetidos a tratamentos médicos, mas que “as condições clínicas dos doentes são consideradas ligeiras, e não foram registados casos graves e internamento”. Covid-19 | Sete infectados em lar de Seac Pai Van Os Serviços de Saúde anunciaram ontem que foram notificados para um caso colectivo de infecção de covid-19 num lar para pessoas portadoras de deficiência, o Vila da Harmonia, na Avenida de Vale das Borboletas de Seac Pai Van. No total, foram diagnosticados sete utentes do lar depois de os sintomas se terem começado a manifestar no dia 27 de Maio. De acordo com as autoridades de saúde, as condições clínicas dos doentes são consideradas estáveis, não foram registados casos graves ou outras complicações. Como é usual nestas circunstâncias, foram aplicadas medidas de controlo da infecção no estabelecimento, como o reforço na desinfecção, limpeza e manutenção da ventilação de ar no interior das instalações, bem como a aplicação rigorosa das normas de isolamento para as pessoas infectadas.
Educação | Aumentados subsídios do ensino recorrente João Santos Filipe - 4 Jun 2025 A medida foi anunciada através do Boletim Oficial e, de acordo com os dados mais recentes sobre o número de turmas, acarreta um custo extra de cerca de 1,79 milhões de patacas. É a primeira vez, desde 2020, que estes subsídios são actualizados A partir de Setembro, os subsídios atribuídos às escolas com turmas do ensino recorrente vão ser todos aumentados em 3 por cento. A informação foi divulgada ontem através do Boletim Oficial, naquele que é o primeiro aumento deste apoio desde 2020, durante o período da pandemia. Segundo os aumentos decididos pelo Chefe do Executivo, o subsídio atribuído a cada turma do ensino primário vai subir de 899.600 patacas para 926.600 patacas, uma diferença de 27 mil patacas. Em relação às turmas do ensino secundário geral, o valor vai crescer de 1.073.800 patacas para 1.106.000 patacas, um aumento de 32,2 mil patacas. Por fim, no ensino secundário complementar o subsídio vai subir de 1.210.600 patacas para 1.246.900 patacas, uma diferença de 36,3 mil patacas. Os dados da Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) mais recentes em relação ao número de turmas são relativos ao ano lectivo de 2023/2024 e indicam que nesse ano havia um total de 56 turmas de ensino recorrente. Entre estas, três turmas eram do ensino primário, enquanto as restantes 53 enquadravam-se no ensino secundário, embora não seja possível fazer a distinção entre turmas do ensino geral ou complementar. Tendo em conta estes dados, a actualização dos subsídios teria um custo extra a nível do ensino primário de mais 81 mil patacas, de 2.698.800 patacas para 2.779.800 patacas. Quanto às 53 turmas do ensino secundário, e assumindo que todas as turmas são do ensino geral, dado que é o valor mais reduzido, a actualização do subsídio vai ter um custo extra de pelo menos 1,71 milhões de patacas, de 56.911.400 patacas para 58.911.400 patacas. Custo de 1,79 milhões Com base nos cálculos apresentados, a medida vai ter assim um custo extra total, considerando o ensino primário e secundário, de 1,79 milhões de patacas. De acordo com as estatísticas da DSEDJ, no ano lectivo de 2024/2025, quando ainda não estavam em vigor os aumentos, existiam cinco escolas a disponibilizar turmas do ensino recorrente no território em diferentes níveis: Escola Primária Oficial Luso-Chinesa Sir Robert Ho Tung, Escola Secundário Luso-Chinesa de Luíz Gonzaga Gomes, Escola Secundária Millennium, Escola Secundária Nocturna Xin Hua, Escola Seong Fan da Associação Comercial de Macau e Escola São João de Brito. Estas escolas eram frequentadas por 976 alunos, um aumento de 10 alunos em relação ao ano lectivo de 2023/2024. O ensino recorrente destina-se às pessoas que por algum motivo não concluíram os estudos e se encontram fora da “idade normal de frequência do ensino regular”. Outras actualizações Além do ensino recorrente, o Executivo apresentou também uma actualização dos subsídios por turma no ensino geral. O aumento foi igualmente de 3 por cento. Como consequência dos ajustamentos, no ensino infantil cada turma passa a ser subsidiada com 1.095.700 patacas, um aumento face às 1.063.800 anteriores. No ensino primário o aumento é para as 1.193.900 patacas, quando até agora o subsídio era de 1.159.100 patacas. Em termos do ensino secundário geral, o subsídio sobe para 1.438.700 patacas das 1.396.000 patacas e no ensino secundário complementar cresce para 1.631.800 patacas, quando antes era de 1.584.300 patacas.
Eleições | Tim Wong apresentou ontem propositura de candidatura Hoje Macau - 4 Jun 2025 Para já, parece que as próximas eleições legislativas vão ter um novo cabeça de lista. Tim Wong, que dirige a Associação de Amizade de Macau e Myanmar e fundou a Associação da Promoção da Vida dos Cidadãos e Economia, apresentou ontem o pedido de constituição da comissão de candidatura à Comissão de Assuntos Eleitorais da Assembleia Legislativa (CAEAL). A lista apresentada ontem, composta por residentes locais e estrangeiros de Macau, começou a ser pensada há dois anos e foi agora entregue à CAEAL o pedido de constituição de comissão, assinado por 500 residentes. Entre os assuntos que movem a candidatura, o cabeça de lista destaca como prioridade o apoio à subsistência dos grupos mais desfavorecidos, a qualidade de vida da população e a sobrevivência das pequenas e médias empresas. Apesar de Tim Wong ter partilhado nas redes sociais opiniões sobre vários tópicos, e inclusive ter entregue uma petição ao Governo a pedir a redução de trabalhadores não-residentes, a lista ainda não tem um programa político completo, mas está a ser preparado, garantiu ontem o potencial candidato em declarações à comunicação social depois de submeter o pedido de candidatura. Depois de uma carreira na Função Pública, Tim Wong voltou à universidade para fazer doutoramento e, em 2014, passou para o sector privado e dos serviços sociais. O dirigente associativo entende que, hoje em dia, não existem na Assembleia Legislativa vozes que representem os grupos vulneráveis da sociedade. Nesse aspecto, o potencial candidato a deputado mencionou as alterações às regras de atribuição dos cheques pecuniários, criticando o facto de não ter havido consulta pública, nem um período de transição para as mudanças.
Eleições | Ron Lam entrega pedido de candidatura, ainda sem lista João Luz e Nunu Wu - 4 Jun 20254 Jun 2025 A Sinergia de Macau entregou ontem o pedido de constituição de candidatura para as legislativas. Sem confirmar se será cabeça de lista, Ron Lam disse que quer continuar a ser uma ponte entre o Governo e a população. Sobre o seu primeiro mandato, Ron Lam confessou sentir-se impotente, apesar do esforço para demonstrar as suas opiniões A Associação da Sinergia de Macau entregou ontem à Comissão de Assuntos Eleitorais da Assembleia Legislativa (CAEAL) o pedido de constituição da comissão de candidatura para as eleições legislativas. A associação liderada pelo presidente Johnson Ian e pelo vice-presidente e deputado Ron Lam entregou também cerca de quatro centenas de assinaturas de apoio à candidatura. Apesar de confessar que gostaria de continuar a dar voz à população, para já a Associação da Sinergia de Macau ainda não tem uma lista formada, facto que Ron Lam justificou com os recursos limitados e falta de tempo. “Em relação a quem será o cabeça de lista, a nossa equipa irá ainda discutir, mas acredito que há quem queira que eu mantenha o meu lugar no hemiciclo. Mas é importante obedecer à decisão da equipa”, indicou. Em relação ao seu primeiro mandato de deputado, que está prestes a terminar, Ron Lam confessou alguma frustração entre o empenho, as suas expectativas e como não se reflectiram na realidade política. “Apliquei-me no trabalho legislativo com esforço, participei em todas as reuniões e expressei as minhas opiniões, mas os resultados não corresponderam ao que esperava”, disse. Para a outra margem Em declarações no Edifício da Administração Pública, Ron Lam defendeu a importância de fazer chegar ao Governo as diferentes opiniões da população, missão que o deputado e potencial candidato admite querer continuar a desempenhar. Aliás, a opinião pública percepcionada pelo deputado e as sugestões que resultam de consultas públicas do Executivo continuam a apresentar grandes discrepâncias. Ron Lam argumenta que estas diferenças fazem com que a governação não tenha correspondência com os desejos e expectativas da população para o desenvolvimento social. “Esperamos continuar a desempenhar com eficácia o papel de ponte entre a sociedade e o Governo, reflectindo as opiniões da população. Esperamos também que o Executivo decida mais políticas, de forma séria e humilde, em conformidade com a vontade popular”, afirmou Ron Lam. O deputado deu como exemplo de situações em que o Executivo voltou atrás depois de opiniões públicas, a que deu voz, a suspensão das obras que iria erigir uma estátua gigante da deusa Kun Iam em Coloane. “Apesar de muitas vezes não conseguirmos fazer melhor, noutras conseguimos que as autoridades sigam pelo caminho que apontamos”. O mesmo não se verificou recentemente com as alterações à forma de atribuição do cheque pecuniário, onde Ron Lam afirma ter faltado a comunicação entre o Governo e a sociedade, nem sequer através de consulta pública. CAEAL | Aliança do Bom Lar entrega propositura de candidatura A Aliança de Bom Lar entregou ontem à Comissão de Assuntos Eleitorais da Assembleia Legislativa (CAEAL) o pedido de constituição da comissão de candidatura, com 500 assinaturas. De acordo com o canal chinês da Rádio Macau, a mandatária da comissão de candidatura da Aliança de Bom Lar é Iong Weng Ian, que também é presidente do conselho fiscal da Associação Geral das Mulheres de Macau. Segundo a apresentação, a Aliança de Bom Lar pretende lutar por uma melhoria dos direitos de mulheres e crianças, sendo que, numa segunda fase, vai ouvir e recolher as opiniões sociais para elaborar o programa político e organizar a lista de candidatos às próximas eleições para a Assembleia Legislativa.
Trabalho | Ella Lei quer combater idadismo Hoje Macau - 4 Jun 2025 A deputada Ella Lei pretende combater o idadismo, para que pessoas de meia idade possam ter mais oportunidades de emprego. Ouvida pelo Jornal do Cidadão, a deputada declarou que o Governo tem lançado diversos programas de estágio e subsídios de apoio ao emprego dos jovens, mas acredita que pessoas de meia idade, e que não estão ainda na fase da reforma, podem também gozar de apoios semelhantes. Ella Lei pede ainda uma análise aprofundada ao facto de os jovens estagiários não continuarem a trabalhar nas mesmas empresas que os acolheram, ao abrigo do programa de estágios financiado pelo Executivo. Tendo em conta a criação recente do Grupo de Trabalho para a Coordenação da Promoção ao Emprego, a deputada pede foco nos grupos de pessoas desempregadas ou que tenham dificuldades de longo prazo na busca de emprego, sobretudo jovens licenciados, pessoas de meia idade e idosos. A deputada pensa que o referido grupo precisa de analisar as razões para o desemprego a longo prazo, ainda que as estatísticas mostrem que estes desempregados têm diferentes idades. Porém, para a deputada estes dados não explicam alguns casos concretos de longas temporadas sem emprego.
Nova Esperança | Entregue pedido de candidatura com 500 assinaturas João Santos Filipe - 4 Jun 2025 Com um total de 500 assinaturas, a lista Nova de Esperança teve como porta-voz o deputado José Pereira Coutinho que afastou o cenário de ser desqualificado das eleições. Por desvendar ficou o tabu sobre a posição de Rita Santos na lista A lista Nova Esperança do deputado José Pereira Coutinho, ligada à Associação de Trabalhadores da Função Pública de Macau (ATFPM), entregou ontem o pedido de reconhecimento da comissão de candidatura com 500 assinaturas. No entanto, ainda não foi desta que foi quebrado o tabu sobre a posição de Rita Santos na lista que deverá participar no sufrágio de 14 de Setembro. “Eu estou na lista, mas tenho de respeitar os meus colegas, que estão aqui atrás. Nós ainda estamos a ultimar o encadeamento da lista, porque o objectivo, como disse, é ter uma voz da lista de Novas Esperanças e um resultado muito satisfatório”, afirmou José Pereira Coutinho. “Ela [Rita Santos] vai estar na lista. Agora como é que ela vai estar é que eu ainda tenho que falar com os meus colegas, mas vai estar”, assegurou. Antes de entregar o pedido de reconhecimento de constituição da comissão da candidatura, e apesar de várias listas de um espectro mais crítico do Governo terem sido desqualificadas em 2021, Coutinho considerou que estas vão ser as eleições mais difíceis dos últimos anos: “Não, não é bluff, é de facto difícil, porque vai haver mais listas, e as listas são fortes”, justificou. “Hoje em dia, aquelas listas tradicionais têm um peso muito importante porque elas têm uma grande capacidade financeira que pode movimentar os edifícios. E não digo movimentar os barcos nem os carros, são mesmos os edifícios, com seus alicerces, que conseguem ser movimentados no espaço de duas semanas”, atirou. “A lista vai ter uma luta muito renhida, mas espero que as pessoas tenham consciência que votar é um acto muito importante”, acrescentou. Sem medos Até 6 de Junho, as listas têm de entregar o pedido de reconhecimento da comissão de candidatura. Após este processo, se tudo estiver conforme a legislação aplicável, a Comissão de Assuntos Eleitorais da Assembleia Legislativa (CAEAL) reconhece a comissão de candidatura e as listas podem apresentar os seus candidatos. Os nomes dos candidatos são depois submetidos a um processo político, conduzido pela Comissão de Defesa da Segurança do Estado, presidida pelo Chefe do Executivo, e na qual também participam representantes do Interior, como assessores, que tem poderes para vetar os nomes apresentados. A decisão é final e não admite recurso judicial. No entanto, ontem, José Pereira Coutinho desvalorizou a possibilidade de ser desqualificado, apesar de reconhecer ser crítico do Governo. “Ah não, eu acho que não [vou ser desqualificado]. O facto de ser crítico não significa que não sou patriota, eu também sou patriota, de modo que nós temos trabalhado sempre para o bem de Macau e para o bem dos cidadãos de Macau”, opinou. “Confiante!”, concluiu. Maior transparência Sobre a concorrência de outras listas, Coutinho defendeu a necessidade de as autoridades assegurarem que as eleições vão decorrer com transparência, não só para garantir que os resultados são justos, mas também para não ser transmitido um mau exemplo para os jovens de Macau. O deputado criticou igualmente a postura de várias associações, sem mencionar nomes, que acusou de terem aproveitado o facto de estarem a ajudar o Governo a distribuir aos idosos o cartão no âmbito do Carnaval do Consumo para recolher assinaturas para as comissões de candidaturas. Segundo Pereira Coutinho, vários idosos declararam o apoio a outras comissões de candidatura, sem terem consciência do que estavam a fazer, quando pretendiam apoiar a Nova Esperança. Em 2021 a lista Nova Esperança foi a terceira força mais votada, com um total de 18.323 votos.
Eleições | Moradores entregam pedido de candidatura Hoje Macau - 4 Jun 2025 A União Geral das Associações dos Moradores de Macau (UGAMM) apresentou ontem o pedido de reconhecimento da comissão de candidatura para participar nas eleições legislativas, de acordo com o jornal Ou Mun. Como tradicionalmente acontece com os Moradores, a lista é designada como União Promotora Para o Progresso, e a mandatária é Ng Siu Lai, presidente da UGAMM. De acordo com as regras em vigor, cada comissão de candidatura precisa de ter pelo menos 300 assinaturas de residentes com capacidade eleitoral. A lista da UGAMM apresenta 500 assinaturas. Segundo o jornal Ou Mun, Ng afirmou que a lista vai está essencialmente focada nos assuntos do quotidiano, como a habitação, transportes e segurança pública. Em relação ao nome dos candidatos, a mandatária remeteu a informação para mais tarde. Ainda assim, prometeu um esforço para representar “todos os sectores da população” de Macau. Actualmente, a lista da União Promotora Para o Progresso tem dois deputados eleitos pelo sufrágio directo: Leong Hong Sai e Ngan Iek Hang. Num acto eleitoral que ficou marcado pela exclusão de vários candidatos, por motivos políticos, a lista foi a segunda mais votada em 2021 com 23.761 votos.
Pais podem pedir subsídio de infância a partir de 16 de Julho Andreia Sofia Silva - 4 Jun 2025 Na conferência de imprensa de ontem do Conselho Executivo foi também apresentado o regulamento administrativo que oficializa um novo apoio social. Trata-se do “Plano de subsídio de assistência na infância”, destinado a crianças até três anos de idade, e que poderá ser pedido pelos pais a partir do dia 16 de Julho. O regulamento administrativo deverá entrar em vigor no dia anterior. São abrangidas 15 mil crianças, com estatuto de residente, pelo novo apoio anunciado nas Linhas de Acção Governativa (LAG) para este ano. O subsídio terá o valor de 1.500 patacas, num total de 54 mil patacas. O objectivo da medida é incentivar o aumento da taxa de natalidade. Em termos concretos, são beneficiadas crianças nascidas entre este ano e 2027, sendo que os pais se podem candidatar através da plataforma da Conta Única de Macau, “com o prazo para apresentar a candidatura a não poder ultrapassar o dia 30 de Junho do ano seguinte ao do nascimento da criança”. Além disso, segundo a apresentação feita ontem, “caso no dia 1 de Janeiro do ano seguinte, [a criança] continue a satisfazer os respectivos requisitos e tal facto tenha sido verificado pelo Instituto de Acção Social, mantém-se o benefício do subsídio, sem ser necessário proceder às respectivas formalidades”. As balizas e o jogo O subsídio será pago por transferência bancária, sendo que “quando se tratar de uma nova candidatura, o subsídio será pago no prazo de 60 dias contados a partir do dia seguinte ao da sua aprovação”. “Em caso de manutenção da satisfação dos requisitos para o benefício do subsídio, o pagamento terá lugar no 2.º trimestre do ano de atribuição”, acrescenta-se ainda. Outro esclarecimento diz respeito a crianças nascidas antes de 2025, mas que ainda não completaram três anos, ou que celebrem o aniversário aquando da entrada em vigor da nova lei, e que passam a estar abrangidas. Ou seja, residentes nascidos entre os anos de 2022 e 2024 também estão incluídas no novo apoio. De destacar que “não há lugar à atribuição do subsídio à criança quando esta se encontre confiada, por sentença judicial, a instituição ou equipamento subsidiado pelo Governo, ou cujo tutor seja o responsável ou trabalhador dessa instituição ou equipamento”.
Orçamento 2025 | Governo retira 12 mil milhões às estimativas das receitas do jogo Andreia Sofia Silva - 4 Jun 2025 A previsão avançada em Novembro pelo Executivo, que apontava para 240 mil milhões de patacas de receitas brutas dos casinos em 2025, foi revista. O Governo prevê agora que as receitas tenham uma quebra de 12 mil milhões de patacas, obrigando à revisão orçamental apresentada ontem por André Cheong Foram ontem divulgados, pelo Conselho Executivo, os dados relativos à revisão do Orçamento para este ano, que acontece devido à previsão em baixa do montante das receitas brutas do jogo, de que dependem, em larga escala, a economia local e as receitas públicas. Assim, se inicialmente o Executivo estimava que as receitas brutas do jogo seriam, este ano, de 240 mil milhões de patacas, esse valor baixa agora para 228 mil milhões, ou seja, menos 12 mil milhões. Em relação à estimativa média mensal, são previstos agora 19 mil milhões de patacas em receitas brutas, porque “a situação não é como a prevista”. Na apresentação de ontem, o secretário para a Administração e Justiça, André Cheong, e também porta-voz do Conselho Executivo, referiu que “após estudo e análise da actual conjuntura económica global e da situação efectiva da exploração do sector do jogo desde o início do corrente ano até ao presente momento, propõe-se que a estimativa anual das receitas brutas do jogo seja reduzida de 240 mil milhões de patacas para 228 mil milhões de patacas, servindo assim como a base principal das receitas financeiras do orçamento alterado, e que as rubricas de receitas orçamentais pertinentes sejam adequadamente ajustadas”. Em Novembro do ano passado, quando Ho Iat Seng estava prestes a deixar o cargo de Chefe do Executivo, as previsões para as receitas brutas eram de 240 mil milhões, tendo em conta a versão inicial da proposta de Orçamento para 2025. Na altura, a previsão representava um aumento face ao que tinha sido estimado para 2024, que situava as receitas brutas dos casinos em 216 mil milhões de patacas, um aumento de 11,1 por cento. Face às receitas brutas do jogo em 2023, a estimativa para 2025 traduzia-se num aumento de 31,1 por cento. Importa destacar que a nova previsão abaixo do esperado constitui um aumento anual de apenas 0,5 por cento nas receitas brutas, quando os números iniciais se traduziam num crescimento anual de 5,8 por cento. Nos primeiros cinco meses deste ano, as receitas do jogo subiram apenas 1,7 por cento em termos anuais para 97,7 mil milhões de patacas. Garantia de equilíbrio Na resposta aos jornalistas, a subdirectora dos Serviços de Finanças, Ho Silvestre In Mui, disse que os novos cálculos se basearam nos dados fornecidos pela Direcção dos Serviços de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ) em contraste com as despesas públicas do primeiro semestre. “Nesta proposta de lei orçamental fizemos uma análise em relação à conjuntura global e tivemos em conta um modelo diferente quanto ao consumo dos turistas em Macau. Fizemos considerações gerais para essas estimativas e, de acordo com a DICJ, de Janeiro a Abril do corrente ano, em média, por mês, foram cerca de 19 mil milhões e houve um aumento para 21,1 mil milhões (de receitas brutas). Devido a essa situação com as receitas brutas do jogo, há uma redução em relação ao ano passado, não se atingindo as 20 mil milhões [de receitas brutas de jogo, em média], pelo que na segunda metade do ano haverá incertezas.” “Neste orçamento pretendemos ter um balanço na despesa e receita. Após uma avaliação à primeira metade do ano, podemos fazer uma avaliação tendo em conta o montante das 19 mil milhões de patacas, e conforme a actual despesa da RAEM, conseguimos obter um orçamento mais equilibrado”, acrescentou. Em termos gerais, e segundo a nota explicativa apresentada por André Cheong, o valor total da receita do orçamento ordinário integrado da RAEM para o ano económico de 2025 passa a ser de 116,5 mil milhões, quando antes se esperava uma receita na ordem das 121 mil milhões de patacas, e tal deve-se “à previsão da redução das receitas brutas de jogo”, explicou a subdirectora da DSF. O corte é de 4,56 mil milhões de patacas. Além disso, adiantou a responsável, só a redução no imposto arrecadado sobre o jogo, devido à quebra nas receitas brutas, traduz-se em menos 450 milhões de patacas para a Administração. De destacar também que a despesa orçamental no âmbito do PIDDA [Plano de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração] é revista para cerca de 19,587 mil milhões de patacas. Despesa orçamental sobe 2,5 por cento devido a educação e apoios sociais O Governo assegura que, na proposta de Orçamento para este ano, a construção de um novo campus da Universidade de Macau (UM) na Ilha de Hengqin irá contribuir, em parte, para o aumento da despesa, na ordem dos 2,5 por cento, bem como “o aumento do orçamento em relação aos subsídios atribuídos aos grupos vulneráveis e ao investimento em investigação e desenvolvimento científico e tecnológico”. Na proposta orçamental apresentada ontem, está inscrita uma verba aproximada de 1,7 mil milhões de patacas para a construção do novo campus da UM, adiantou a subdirectora dos Serviços de Finanças (DSF). Além disso, ao nível do investimento científico e tecnológico foi aditado o montante de 340 milhões de patacas “para investimentos no âmbito da ciência e tecnologia, como a aquisição de aparelhos de laboratório, para satisfazer a medida e políticas do Governo da RAEM”, frisou Ho Silvestre In Mui. “Para a construção está prevista uma despesa de cerca de oito mil milhões de patacas. Como o campus é construído na Ilha de Hengqin, o custo deve ser calculado em renminbis, o que faz cerca de sete mil milhões. Este é o dado que conseguimos facultar neste momento”, disse a responsável. Reforço para apoios No que diz respeito aos apoios sociais, a proposta de Orçamento para este ano revela um aumento de 2,86 mil milhões de patacas nas despesas previstas, como forma de reforço desses apoios. No total, a subida das despesas é de 2,5 por cento, para 116,2 mil milhões de patacas. Quanto à elaboração do Orçamento para o próximo ano, está a ser preparado e a palavra de ordem é a contenção. “Já estamos a elaborar o Orçamento para o ano de 2026, e todos os serviços do Governo da RAEM precisam de ponderar mais sobre as suas despesas, especialmente tendo em conta a conjuntura actual. Na fase de elaboração orçamental tomamos uma atitude prudente e rigorosa quanto às despesas”, disse a subdirectora da DSF.
UE tem de ser “muito mais vocal” sobre Israel em Gaza Hoje Macau - 3 Jun 20253 Jun 2025 A ex-comissária europeia Elisa Ferreira exigiu ontem à União Europeia que seja “muito mais vocal” sobre os limites que Israel “está a ultrapassar” na guerra contra o Hamas, defendendo uma voz articulada do bloco comunitário. “A Europa, até por causa de todo o arsenal que tem de defesa de direitos humanos, tem de ser muito mais vocal em dizer a Israel que não pode ultrapassar os limites que está a ultrapassar, e que os acordos internacionais vigentes não permitem fazer determinadas acções”, afirmou Elisa Ferreira em declarações à Lusa após uma conferência no consulado-geral de Portugal em Macau. A académica notou, porém, que os Estados-membros nunca atribuíram competências à União Europeia em matéria de defesa que lhe permitam, por exemplo, intervir com armamento em casos de invasões de países. “Dito isso, muitos países – Irlanda, Espanha – movimentaram-se muito, e eu acho que convinha haver uma voz articulada e conjunta para impedir que estejamos com uma sensação de impotência perante mortes que são absolutamente inaceitáveis no século XXI”, considerou a ex-ministra do Ambiente (1995-1999) e do Planeamento e do Ordenamento Territorial (1999-2002) nos governos de António Guterres. Elisa Ferreira sublinhou que já “houve algumas expressões dessa vontade” por parte de Lisboa e que espera “que se mantenha”. Passos para a paz No final de Maio, Eslovénia, Espanha, Irlanda e Noruega, que reconheceram o Estado palestiniano há um ano, apelaram a todos os países para fazerem o mesmo em relação à Palestina e Israel, por ser um passo necessário para a paz na região. “Lembramos que o reconhecimento é outro passo para a implementação da solução dos dois Estados e fazemos um apelo à comunidade internacional para serem dados os passos necessários para a tornar realidade, entre eles, o reconhecimento individual da Palestina e de Israel por parte dos países que ainda não o fizeram”, lê-se numa “declaração conjunta”. A retaliação de Israel ao ataque do Hamas de 07 de Outubro provocou mais de 54 mil mortos, a destruição de quase todas as infraestruturas da Faixa de Gaza e a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas. Elisa Ferreira quer UE a procurar novos parceiros como China A ex-comissária europeia Elisa Ferreira defendeu ontem à Lusa que a União Europeia deve repensar parcerias e procurar novos interlocutores, incluindo Pequim, para se conservar “um grande actor” no cenário internacional. “Se há uma oportunidade em cada crise, como acho que dizem os chineses, também há uma oportunidade nesta crise da liderança dos Estados Unidos, porque nos mostrou que a Europa tem de saber por onde quer ir e não perder o controlo sobre a própria agenda, e, por outro lado, tem de diversificar parceiros no exterior”, disse, em Macau, em declarações à Lusa, a ex-ministra portuguesa, após uma conferência no consulado-geral de Portugal. No actual contexto de instabilidade, a China “tem de ser um grande parceiro”, considerou a académica. “A China é uma grande potência. Acho que sempre foi latente, agora afirma-se completamente, sobretudo nas áreas de futuro, em matérias de novas tecnologias digitais e ambientais”. “Durante muito tempo, a Europa queria ser um impulsionador das novas tecnologias de energias limpas, de poupança energética, etc.; acho que a China, quando define fazer uma coisa, quando se determina, quando se organiza, acelera com uma velocidade imparável”, notou. Em Macau a convite do Instituto de Estudos Europeus, Elisa Ferreira inaugurou ontem o ciclo “Conversas no Consulado”, com a palestra “Portugal: Dos sucessos do Portugal democrático às encruzilhadas do presente”.
Escândalo no Santa Maria André Namora - 3 Jun 2025 Imaginem. Imaginem um funcionário público ganhar num só dia 51 mil euros. Impossível? Não. Aconteceu no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, com o nosso dinheiro. Um médico dermatologista e outros elementos da sua equipa ganharam em apenas 10 sábados 850 mil euros. Só o médico em causa ganhou 450 mil euros em 10 dias. Como foi possível? Está em investigação porque se trata de uma fraude escandalosa. Em causa está o chamado SIGIC, o Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia, um sistema que permite fazer cirurgias fora do horário laboral, de modo a mitigar as longas filas de espera nos hospitais. Se por um lado aumenta a produtividade e diminui as listas de espera, por outro é um incentivo financeiro para os profissionais de saúde, tendo em conta que recebem dinheiro por isso. Ora, para os médicos poderem fazer cirurgias ao fim de semana, têm de cumprir uma meta. Deve existir um limite máximo de SIGIC a não ultrapassar um terço da produção cirúrgica total. Cada um dos interessados em participar no SIGIC em 2024 deveria produzir em cirurgia regular registada como tal em sistema na proporção estimada de 3:1. Ou seja, seria necessário realizar 66 cirurgias de ambulatório para poder fazer um dia de SIGIC com 22 doentes. A proporção mínima permitida é 2:1. O dermatologista Miguel Alpalhão chefiou uma equipa com mais colegas e uma enfermeira. O caso está a dar que falar todos os dias na imprensa e canais de televisão. O próprio presidente da gestão do hospital afirmou ter ficado estupefacto, mas têm vindo a público notícias de que a gestão do hospital já tinha conhecimento do que se passava há alguns meses. “Não é possível que uma cirurgia de cinco horas pague cerca de 900 euros e haja depois médicos a ganharem mais de três mil euros por tirarem um sinal”, desabafou um profissional do Santa Maria à revista sábado. O problema maior é que o caso de Miguel Alpalhão pode ser particular na magnitude dos valores envolvidos, mas tudo indica que há outros hospitais públicos – e mais especialidades médicas, além da dermatologia – em que os incentivos financeiros ao abrigo do SIGIC, para operar for a do horário regular de trabalho, não têm controlo. Um gestor com conhecimentos do que se passa na especialidade de oftalmologia adiantou que há oftalmologistas a fazerem dezenas de intervenções simples às cataratas aos sábados e aos domingos, que ganham dezenas de milhares de euros. E, nesse caso, o escândalo será gravíssimo na história do Serviço Nacional de Saúde completamente pago pelo Orçamento do Estado, o que significa dinheiro gasto pertencente a todos os portugueses. Mas, toda a moeda tem duas faces. Imaginem que num caso em que já se fala na expulsão do médico Miguel Alpalhão, ele foi para o curso de medicina porque quando jovem teve uma doença para a qual não existia explicação clínica. Em 2016 foi o melhor do seu ano a sair da Faculdade de Medicina de Lisboa. Escolheu dermatologia porque queria uma boa vida. Quem trabalhou com ele descreve-o como “um Dr. House”, com uma memória visual ímpar. Os 400 mil euros que recebeu por dez sábados no hospital de Santa Maria não o arrastaram só para um escândalo – puseram no radar o descontrolo financeiro das cirurgias no SNS fora do horário regular. Como jovem com 24 anos ganhou o prémio Professor Manuel Machado Macedo por se ter formado com a melhor nota do seu ano na Faculdade de Medicina de Lisboa. Um médico que trabalhou com ele descreve o dermatologista, que conheceu quando passou como interno (titular de um estágio pago) no seu serviço no Santa Maria, como “um Dr. House”, numa referência ao personagem da série fictícia, que tem um trato por vezes menos comum e um talento inato para diagnósticos. “Tem uma memória visual sem igual, fez diagnósticos que mais ninguém fez no estágio”, conta o seu professor. Havia médicos mais velhos a colocarem-lhe dúvidas sobre casos mais bicudos, algo invulgar no meio. “Tem uma cabeça brilhante”, afirmou o mesmo professor. Estava, como tantos outros médicos – cuja formação pós-universitária é patrocinada em grande medida pela indústria farmacêutica – no radar de alguns laboratórios (ao todo recebeu 23.422 euros em seis anos, Segundo o Portal da Transparência, quase tudo pago em espécie – viagens, congressos e afins). É professor assistente na faculdade onde se formou, segundo o seu perfil no site da CUF (onde também está listado como clínico no hospital das Descobertas, em Lisboa, e noutro em Torres Vedras). Entretanto, o Ministério Público já abriu um inquérito a tudo o que se passou com o médico Miguel Alpalhão e a sua equipa em Santa Maria. No entanto, não podemos deixar de referir as afirmações da ministra da Saúde que veio dizer que o caso “é muito grave” e que “já se iniciou uma investigação”. Mas, alguém acredita que uma ministra tem competência para exercer um cargo de importância vital como a área da Saúde e nada soubesse do que se passava em vários hospitais do país? Com casos desta natureza e com o que veio a lume também na semana passada sobre corrupção de outros funcionários públicos na Força Aérea, que foram notificados já como arguidos de suspeita de corrupção activa e passiva na aquisição de helicópteros lesando o Estado (todos nós) em cerca de 200 milhões de euros, como é que nos podemos admirar que o partido de André Ventura tenha aumentado a sua votação junto dos portugueses?
Instalações marcam presença na “Pop Mart Macao CityWalk” Hoje Macau - 3 Jun 2025 Acontece na próxima sexta-feira, em vários locais do centro histórico de Macau, a iniciativa “Pop Mart Macao CityWalk”, organizada pela Direcção dos Serviços de Turismo de Macau e a Pop Mart, e que visa uma interacção de instalações de “bonecos-estrela com propriedade intelectual”, que ganharam nomes como “Baby Molly”, “CRYBABY”, “DIMOO” e “LABUBU”. Assim, a ideia é permitir à população e turistas tirar muitas fotografias a estas criações locais, disponibilizando-se uma oferta distinta na área do entretenimento e turismo, destaca a DST, em comunicado. Esta iniciativa irá decorrer durante as férias de Verão, entre 6 de Junho e 21 de Setembro, num total de 108 dias, oferecendo passeios com bonecos de grandes dimensões. A primeira iniciativa decorre às 14h30 do dia 6 na Zona de Lazer da Rua do Pai Kok, na Taipa, com a apresentação da instalação do boneco “LABUBU” de grande escala, com sete metros de altura. Nos restantes dias, as personagens do “POP MART” vão estar em locais como a Calçada da Igreja de S. Lázaro, Praça de Luís de Camões, Largo de Santo Agostinho e Zona de Lazer da Rua do Pai Kok, na Taipa. Segundo a DST, “os pontos de destaque para tirar fotografias incluem, além da instalação de ‘LABUBU’, uma instalação de ‘DIMOO’ de quatro metros escondido num edifício do Património Mundial de Macau; uma instalação de ‘Baby Molly’ com um novo estilo, e que é lançada pela primeira vez; e ainda instalações divertidas de ‘CRYBABY’, apresentadas nas zonas comunitárias de Macau”, que prometem “atrair a atenção dos fãs de todo o mundo”. Base no Senado A base desta iniciativa, chamada “Pop Station”, será no Edifício Ritz, no Largo do Senado, onde está sediada a DST. Aqui vão acontecer diversas actividades conexas às instalações destes personagens, como uma zona de venda temporária de produtos ou locais para tirar fotografias, nomeadamente uma instalação de grande escala para que as pessoas possam captar imagens do “Mega Space Molly Egg Tart”, com referência ao tradicional pastel de nata. Decorrerão também campanhas de incentivo ao consumo, incluindo a campanha promocional relativa ao “Pop Mart Macao CityWalk”, com divulgação nas redes sociais.
10 de Junho | Inaugurada hoje nova exposição de marionetas Andreia Sofia Silva - 3 Jun 2025 A Casa Garden, sede da Fundação Oriente em Macau, acolhe a partir de hoje mais uma exposição de marionetas de matriz portuguesa com curadoria de Elisa Vilaça, artista há muito radicada em Macau e ligada à Casa de Portugal em Macau. “Objectos com Alma: Marionetas Portuguesas” está integrada no cartaz oficial das celebrações do 10 de Junho – Dia de Portugal, Camões e das Comunidades Portuguesas Elisa Vilaça faz a curadoria de uma nova exposição de marionetas com um cunho português que é hoje inaugurada. Trata-se de “Objectos com Alma: Marionetas Portuguesas”, acolhida pela Casa Garden, sede da Fundação Oriente (FO) em Macau, a partir das 18h30. A mostra integra-se no cartaz oficial das comemorações do 10 de Junho – Dia de Portugal, Camões e das Comunidades Portuguesas. Segundo um comunicado da FO, “a exposição destaca a rica tradição das marionetas em Portugal, apresentando uma selecção de peças que reflectem a diversidade cultural e técnica desta arte única”. O público é, assim, convidado a “explorar o fascinante universo das marionetas e a participar nesta celebração da criatividade e da cultura portuguesa”. Elisa Vilaça é, desde há muitos anos, um dos rostos locais ligados a projectos de marionetas, incluindo exposições e peças de teatro, tendo defendido, inclusivamente, a criação de um Museu da Marioneta na RAEM. Chegou a ser apresentado um projecto concreto sobre este museu em 2010, mas, entretanto, a iniciativa não avançou. A também directora da Escola de Artes e Ofícios da Casa de Portugal em Macau referiu que “há uma colecção de quase 1.000 bonecos que merece ser divulgada e mostrada ao público, até porque a China tem grandes tradições nesta área”, segundo o Jornal Tribuna de Macau. Nascida no Porto, formada em Ciências da Educação e com um grande currículo ligado a esta área, Elisa Vilaça vive em Macau desde 1982, tendo estudado três anos em Macau em áreas como a gravura, joalharia e escultura. Elisa Vilaça tem realizado várias exposições não apenas no território, mas também na China continental, Brasil e Portugal. Uma das últimas exposições que integrou, a nível local, foi a mostra “Século XXI – Exposição Colectiva do 21º Aniversário” da Creative Macau, que decorreu no ano passado. Aprender a fazer Além da exposição propriamente dita, serão realizados durante este mês diversos workshops em que os participantes terão a oportunidade de aprender a fazer marionetas e outro tipo de trabalhos artesanais. Decorre, no dia 8, o workshop para aprender a fazer “Bonecos de ‘Esconde, esconde'”, destinado a crianças dos cinco aos nove anos e que decorre na Casa Garden das 10h30 às 12h30. Por sua vez, no dia 14 de Junho acontece a sessão “Criar e construir marionetas que fazem rir”, no mesmo horário, mas desta vez para crianças um pouco mais velhas, dos 10 aos 14 anos. No dia 21 de Junho tem lugar o workshop “Cordéis com Vida”, das 10h às 13h e das 15h às 18h, para jovens com idades a partir dos 14 anos.
PR timorense “extremamente preocupado” com linguagem utilizada sobre China Hoje Macau - 3 Jun 2025 O Presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, afirmou ontem ter ficado “extremamente preocupado” com a linguagem usada em relação à China no Diálogo de Shangri-La, uma plataforma de debate sobre os desafios de segurança na Ásia. “Vim extremamente preocupado com a linguagem da parte de alguns países, mas, sobretudo, dos Estados Unidos com as relações com a China”, disse Ramos-Horta aos jornalistas no aeroporto internacional de Díli, após ter regressado, mais cedo do que o previsto, de Singapura, onde decorreu o encontro. “Em vez de se procurar uma linguagem mais suavizadora, de serenidade, de diálogo, o discurso do secretário de Estado da Defesa [Pete Hegseth] mencionou a China 20 vezes. Muitos países ficam desconfortáveis com isso”, salientou o chefe de Estado timorense. Durante a sua intervenção no Diálogo de Shangri-La, Pete Hegseth acusou a China de se preparar “clara e credivelmente para utilizar potencialmente a força militar para alterar o equilíbrio de poder” na região Ásia-Pacífico. Hegseth denunciou ainda o número crescente de incidentes com navios chineses no mar do Sul da China, acusando Pequim de se “apoderar ilegalmente e militarizar” ilhas e ilhéus reivindicados, nomeadamente, pelas Filipinas. A China avisou domingo os Estados Unidos que “não devem brincar com o fogo” em relação a Taiwan e acusou também os norte-americanos de transformarem a região num “barril de pólvora” ao colocarem armas no mar do Sul da China (ver pagina 10). Ainda em relação aquele assunto, José Ramos-Horta destacou que o secretário de Estado norte-americano “faz a política do seu Presidente”, mas salientou que Donald Trump “não quer guerra” e quer resolver a questão da Palestina e da Ucrânia. Na sua intervenção sábado no Diálogo de Shangri-La, o Presidente timorense alertou que as “armas se estão a espalhar demasiado depressa pelos países da Ásia-Pacífico, criando vários perigos para a região. O também prémio Nobel da Paz afirmou que Timor-Leste está a observar esta questão com “crescente preocupação” e apelou aos países para colaborarem e dialogarem sobre segurança. Viver e morrer em Gaza Nas declarações aos jornalistas, no aeroporto, Ramos-Horta disse também ter recebido o convite para participar a Conferência Internacional para a Solução dos Dois Estados no Médio Oriente, a realizar este mês em Nova Iorque. “É uma reunião muito importante para discutir os dois estados, Palestina e Israel, o ambiente não favorece nada este fórum, do que se vê, mas felicito o secretário-geral [da ONU, António Guterres] que em parceria com a Arábia Saudita e outros países decidiram fazer esta cimeira”, afirmou. O Presidente timorense disse que a razão pela qual veio mais cedo de Singapura, o seu regresso a Timor-Leste estava apenas previsto para quarta-feira, foi precisamente para realizar consultas com as autoridades timorenses para fazer um pequeno documento que articula a posição do país. Timor-Leste defende a solução de dois estados. “Uma posição que a comunidade internacional já tem há 30 ou 40 anos, com a criação de um Estado palestino que viva pacificamente com as fronteiras de 1967 e Israel, com todo o seu direito de viver também sem ameaças à sua existência, que o povo israelita possa viver em tranquilidade”, afirmou. A Conferência Internacional para a Solução dos Dois Estados no Médio Oriente (Israel e Palestina), vai decorrer entre 17 e 20 de Junho na sede da ONU, em Nova Iorque, e será co-presidida pela França e pela Arábia Saudita.
Tarifas | Pequim “rejeita firmemente” acusações de Washington de violação do acordo Hoje Macau - 3 Jun 2025 A China rejeitou ontem “firmemente” as acusações dos Estados Unidos de que violou um acordo alcançado no mês passado para reduzir os direitos aduaneiros entre as duas maiores economias do mundo. Pequim, não apenas rejeitou as acusações de Washington este fim de semana, como acusou os Estados Unidos de, nas últimas semanas, virem a “provocar constantemente novas fricções económicas e comerciais, agravando a incerteza e a instabilidade das relações económicas e comerciais bilaterais”, de acordo com um comunicado ontem divulgado pelo ministério chinês do Comércio. Washington e Pequim concordaram em baixar os respetivos direitos aduaneiros durante 90 dias para 30 por cento e 10 por cento, respectivamente, e comprometeram-se a prosseguir as discussões com vista a chegar a um acordo comercial. “Sem surpresa, a China violou totalmente o seu acordo connosco”, denunciou o Presidente Donald Trump, sem especificar quais as acções levadas a cabo por Pequim. Washington “fez acusações espúrias e acusou injustificadamente a China de violar o consenso, o que é totalmente contrário aos factos”, reagiu o ministério, acrescentando que “Pequim rejeita firmemente estas acusações injustificadas”. O ministério chinês do Comércio afirmou ainda ter sido “firme na proteção dos seus direitos e interesses e sincero na aplicação do consenso”. Washington “tem introduzido sucessivamente uma série de medidas restritivas discriminatórias contra a China”, acrescentou o comunicado, citando o controlo das exportações de chips de inteligência artificial e a revogação de vistos para estudantes chineses nos Estados Unidos. “Exortamos os Estados Unidos a encontrarem uma base comum com a China, a corrigirem imediatamente as suas acções repreensíveis e a respeitarem conjuntamente o consenso alcançado nas conversações comerciais de Genebra”, afirmou o ministério chinês do Comércio. Caso contrário, “a China continuará resolutamente a tomar medidas fortes para defender os seus direitos e interesses legítimos”, acrescentou.
Automóveis | Pequim insta empresas a cessarem guerra de preços Hoje Macau - 3 Jun 2025 O governo chinês instou sábado as empresas automóveis a pararem com as guerras de preços que, segundo as autoridades, ameaçam a saúde e o desenvolvimento sustentável da indústria no maior mercado automóvel do mundo. O Ministério da Indústria e das Tecnologias da Informação (MIIT) advertiu que estas estratégias de concorrência “desordenadas” afectaram gravemente o funcionamento normal do sector e a sua rentabilidade, especialmente no segmento dos veículos eléctricos. “Não há vencedores numa guerra de preços, muito menos no futuro”, afirmou um porta-voz do ministério, segundo a agência noticiosa oficial Xinhua. O aviso surge na sequência de uma nova ronda de descontos lançada a 23 de Maio por um grande fabricante – não identificado oficialmente – e seguida por gigantes da indústria como a BYD, a Geely e a Chery. Os descontos incluíram, no caso da BYD, incentivos que reduzem o preço do seu modelo Seagull para 55.800 yuan. A Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis (CAAM) também lançou um apelo no sábado para acabar com as guerras de preços, afirmando que estas corroem o investimento em investigação e desenvolvimento, prejudicam a qualidade dos produtos e podem mesmo comprometer a segurança dos veículos. Em comunicado, a CAAM advertiu que esta “concorrência de tipo ‘involutivo’” – um termo utilizado na China para descrever dinâmicas autodestrutivas em sectores com elevada pressão concorrencial – gerou pânico no mercado. As autoridades anunciaram medidas para reforçar a supervisão do mercado, combater as práticas de concorrência desleal e promover um ambiente empresarial “justo e ordenado”. As acções previstas incluem inspecções de qualidade aleatórias, restrições às vendas abaixo do custo e uma maior cooperação entre as agências reguladoras. O MIIT também incentivou as empresas a melhorarem a sua capacidade de inovação, a aumentarem a qualidade dos seus produtos e serviços e a cumprirem as suas responsabilidades sociais.