As Flores Estrangeiras do Imperador Qianlong Paulo Maia e Carmo - 9 Out 2024 Pierre Nicolas Le Chéron d’Incarville (1706-57,) o missionário jesuíta botânico estava em Pequim há já treze anos quando finalmente conseguiu uma audiência com o imperador Qianlong (r.1736-1795) e lhe apresentou uma pequena planta tropical, oriunda das Antilhas, tão surpreendente e sensível que, quando uma folha era tocada com um dedo imediatamente se recolhia e todas as outras em sucessão se recolhiam. Numa carta datada de 27 de Outubro de 1753 dirigida a Bernard de Jussieu (1699-1777), eminente botânico que seria professor no Jardin des Plantes do rei de França, ele recorda esse dia em que apresentou a mimosa pudica ao imperador: «Como novidade devo dizer-lhe que dois pés de sensitiva que ofereci ao imperador lhe agradaram deveras. Ele deseja muito que elas produzam sementes (…) O monarca divertiu-se bastante, rindo com vontade. Precisamos muito delas. Tenho ordem de as ir visitar com frequência. Nessa ocasião o imperador perguntou-me se não tinha outras flores ou plantas da Europa e eu disse-lhe que há vários anos semeava mas elas não cresciam. Respondeu-me que se eu desejasse podia semear em outros lugares.» Esse pequeno gesto de «diplomacia botânica» significava uma grande abertura para o paciente labor do botânico Francês que noutra carta escrita dois anos depois de chegar a Pequim, em 20 de Setembro de 1742, parecia queixar-se: «Herborizo num parque que temos aqui e no espaço do nosso cemitério: é aqui que colecciono algumas sementes, há poucas que sejam muito especiais, a maioria são as mesmas que temos na Europa.» Com o tempo e a permuta de sementes de e para a Europa ele viu desabrochar, algumas só brevemente, flores estrangeiras dentro da Cidade Imperial. Cumpria assim o projecto de Matteo Ricci de fazer com que se notasse, como num espelho imperfeito, que entre os estranhos também luzia a alegria do entendimento. O imperador mostraria o seu apreço pela natureza pedindo a pintores, alguns Europeus como Catiglione, que fizessem símiles da imensa variedade da flora observável. Guan Huai (1749-1806), em cujo nome está a palavra huai, que é a designação da árvore que Lineu denominou sophora japonica, também conhecida como «árvore dos pagodes» que foi uma das espécies que o jesuíta d’Incarville deu a conhecer à Europa em 1747, pintou para o imperador um pequeno álbum portátil com o qual Qianlong podia passear, reconhecendo as flores no jardim do seu exótico Retiro de montanha em Chengde. Em cada uma das oito páginas de Crisântemos estrangeiros (tinta e cor sobre papel,13,6 x20,4 cm, no Museu do Palácio Nacional em Taipé) sobre cada flor o imperador escreveu no Outono de 1786, um poema louvando a beleza efémera. Então, ele já sabia por experiência o que diz o «provérbio» (chengyu) jinghua shuiyue, «flores no espelho, a lua na água»: há coisas que se podem ver mas não tocar.
História | João Morgado lança “Índias”, o seu novo livro Hoje Macau - 9 Out 2024 O escritor português João Morgado acaba de lançar “Índias”, que celebra os 500 anos da morte do navegador Vasco da Gama, descrito como “o herói imperfeito da História de Portugal”, tendo vivido “num tempo de ódios, vinganças, ambições e conquistas a ferro e fogo”. Segundo a apresentação do romance histórico, pretende-se que o leitor “descubra o homem que era odiado por todos, mas respeitado por D. Manuel I”, antigo rei de Portugal. Em “Índias” revela-se, portanto, “o lado negro do herói da expansão marítima portuguesa e as suas… três viagens às Índias”. João Morgado é ainda autor de outros romances históricos, nomeadamente os que pertencem à chamada “Trilogia dos Navegantes”, intitulados “Vera Cruz”, “Magalhães e a Ave-do-Paraíso”, trilogia que agora se completa com “Índias”. João Morgado, que esteve em Macau para participar numa das edições do Festival Literário Rota das Letras, é também autor da obra “O Livro do Império”, romance biográfico de Luís de Camões, tido como o maior poeta português. Segundo o escritor Sérgio Luís de Carvalho, o novo livro de João Morgado “relata o verdadeiro Gama”. “Aqui ninguém meta a unha, que João Morgado fez um romance com um rigor e uma exactidão histórica intocável”. Sérgio Luís de Carvalho descreve ainda que existe em “Índias” “a ressonância, o ritmo e a vivacidade das imagens e da narrativa que nos lembra Fernão Lopes”, além de um “estilo que brilha numa mescla bem-sucedida entre a crónica e a linguagem romanesca”.
Carminho em digressão pelo Japão Hoje Macau - 9 Out 2024 A fadista portuguesa Carminho inicia no sábado uma digressão no Japão, composta por sete espectáculos “que já estão completamente esgotados”, anunciou a artista. Aquela que será a primeira digressão de Carminho no Japão serve para a fadista apresentar o álbum “Portuguesa”, editado no ano passado, “e alguns dos temas mais marcantes do seu repertório”, de acordo com informação disponível nas contas de Carminho nas redes sociais. A digressão começa no sábado em Aichi, “uma das principais capitais da cultura nipónica”, e termina no dia 20 em Saitama, “num total de sete concertos que estão já completamente esgotados”. Os restantes concertos estão marcados para Shiga, no dia 13, Hyogo, no dia 14, Hiroxima, no dia 15, e Tóquio, nos dias 17 e 19 de Outubro. Carminho “nasceu no meio das guitarras e das vozes do fado, filha da conceituada fadista Teresa Siqueira, estreou-se a cantar em público aos 12 anos, no Coliseu”, lê-se no “site” oficial da artista. Editou o primeiro álbum em 2009, intitulado “Fado”, ao qual se seguiram “Alma” (2012), “Canto” (2014), “Carminho canta Tom Jobim” (2016) e “Maria” (2018). No cinema Em Março do ano passado chegou “Portuguesa”, álbum composto por 14 temas, entre os quais “O quarto”, entretanto incluído na banda sonora do filme “Pobres Criaturas”, de Yorgos Lanthimos, que esteve nomeada aos Óscares deste ano. A fadista aparece no filme, que se estreou em Setembro do ano passado no Festival Internacional de Cinema de Veneza, em Itália, a interpretar à guitarra portuguesa “O quarto”, numa cena com a actriz Emma Stone, num cenário de uma Lisboa imaginária, de tempo indefinido, mas onde não faltam azulejos, ruelas antigas e muitos pastéis de nata. Em Janeiro, em entrevista à Lusa, Carminho recordou que participou na rodagem em 2021, num estúdio em Budapeste, numa altura em que estava a preparar “Portuguesa”. Entretanto, “O quarto”, uma letra de Carminho, que a gravou na melodia do Fado Pagem, de Alfredo Marceneiro, foi incluído na lista de músicas de Verão do ex-Presidente dos Estados Unidos Barack Obama, que inclui 44 temas de artistas como Bad Bunny, Bob Dylan ou Beyoncé. Ao longo da carreira, Carminho tem gravado e cantado com artistas de outras áreas musicais, nomeadamente com os brasileiros Chico Buarque, Milton Nascimento e Marisa Monte, com o espanhol Pablo Alborán e com os portugueses HMB e Bárbara Bandeira.
CCM | Bailado “Os Amantes Borboleta” em Novembro Hoje Macau - 9 Out 2024 Chega em Novembro, aquele que promete ser um grande espectáculo de bailado, em que a Orquestra de Macau une talento com o Ballet de Hong Kong. Trata-se do clássico “Os Amantes Borboleta”, numa adaptação do coreógrafo Hu Song Wei Ricky e Mai Jingwen O Centro Cultural de Macau (CCM) recebe, nos dias 9 e 10 de Novembro, mais um espectáculo de bailado. “Os Amantes Borboleta” é levado ao palco pelos músicos da Orquestra de Macau em conjugação com os bailarinos do Ballet de Hong Kong, numa produção apoiada pelo Instituto Cultural (IC). Segundo um comunicado do IC, este bailado tem a assinatura na coreografia de Hu Song Wei Ricky e a sua esposa, Mai Jingwen. Destaque para o facto de a Orquestra de Macau (OM) interpretar uma nova música do compositor chinês Tian Mi, inspirada no concerto para violino com o mesmo nome, “Os Amantes Borboleta”, da autoria de He Zhanhao e Chen Gang. Fica assim a promessa de apresentar “uma obra-prima artística que combina experiências visuais e auditivas” para quem a ouve. Este espectáculo faz parte da temporada de concertos da OM para este ano e o próximo, sendo que “Os Amantes Borboleta” apresenta a adaptação “de uma história de amor clássica que todos conhecem, combinando a estética chinesa com um estilo moderno”. Adaptações e talentos Hu Song Wei Ricky é coreógrafo residente do Ballet de Hong Kong, enquanto Tim Yip será, neste espectáculo, responsável pelo design de cenários e figurinos, tendo ganho já um Óscar da Academia de Cinema de Hollywood. “Além de usar o corte leve dos trajes de dança ocidentais como base do design dos trajes chineses, os biombos são adaptados para criar formas diversas, trazendo um efeito visual de mistura de ilusão e realidade”, descreve-se na mesma nota. Sob a batuta do director musical e maestro principal da Orquestra de Macau, Lio Kuokman, a OM irá proporcionar “uma experiência única ao contar a lendária história dos ‘Amantes Borboleta’ através das notas harmoniosas da música”. Este bailado já foi apresentado este mês em Hong Kong, seguindo depois para a apresentação em Macau. Com dois espectáculos, o de dia 9 a acontecer às 20h e o do dia seguinte, 10, a acontecer a partir das 14h30, sempre no grande auditório do CCM, fica a garantia de proporcionar ao público “uma experiência extraordinária da história e que não deve ser perdida”. Os bilhetes para este espectáculo já estão à venda, com preços que variam entre 180 e 400 patacas.
Casinos | Facturados mais de mil milhões diários durante feriados Hoje Macau - 9 Out 2024 São números animadores: os casinos facturaram mais de mil milhões de patacas por dia durante os feriados da Semana Dourada, de 1 a 6 de Outubro, por ocasião da celebração dos 75 anos de implantação da República Popular da China (RPC). As contas são do banco de investimentos JP Morgan, que destaca que este registo diário é o maior dos últimos cinco anos nos casinos de Macau. Só na Semana Dourada de 2019, antes da pandemia, se registaram valores semelhantes. A JP Morgan diz, segundo a TDM Rádio Macau, que entre 1 e 6 de Outubro deste ano a receita do jogo foi de 6,5 mil milhões de patacas, uma subida de 30 por cento face a igual período de 2023. Os analistas afirmam que estes dados ultrapassaram as expectativas do mercado jogo, pois estimava-se que os casinos registassem uma média diária variável entre os 850 milhões e os 900 milhões de patacas. Em seis dias, Macau recebeu 916 mil visitantes, o que constitui um aumento de 4,5 por cento face ao volume de visitantes registado nos primeiros seis dias da Semana Dourada de Outubro de 2019. O banco de investimentos deixou ainda previsões para o quarto trimestre deste ano, prevendo que o volume de negócios dos casinos atinja os 56,6 mil milhões de patacas. Caso seja uma realidade, o valor irá representar uma subida de cinco por cento em termos anuais, bem como uma recuperação de 78 por cento em relação ao mesmo trimestre de 2019.
Semana Dourada | Sector do turismo satisfeito com resultados Andreia Sofia Silva e Nunu Wu - 9 Out 2024 A Semana Dourada, recentemente terminada, é a prova de como o sector do turismo voltou aos seus tempos áureos. Associações dizem-se satisfeitas com os resultados, que foram de encontro às expectativas, tendo em conta os recordes batidos Foto de Rómulo Santos Terminada na segunda-feira, a Semana Dourada deixou nas associações do sector do turismo sinais de optimismo. Segundo o jornal Ou Mun, as reacções foram positivas face ao número de visitantes, que bateu recordes em alguns dias ou a taxa de ocupação hoteleira. O balanço foi apresentado em conferência de imprensa pela Associação dos Hoteleiros de Macau. Na apresentação, destacou-se o facto de, no dia 3, ter sido registado um total de 174,5 mil entradas de visitantes no território, um novo recorde diário. Citado pelo mesmo jornal, Cheung Kin Chung, presidente da associação, lembrou que, em média, Macau recebeu 158 mil turistas nos primeiros cinco dias da Semana Dourada, o que demonstra que o panorama geral do turismo é bom, com Macau a ser beneficiado pelas políticas de Pequim nesta área. Já Lou Chi Leong, vice-presidente da associação, recordou que não só o volume diário de turistas nos feriados ultrapassou as previsões, como a taxa de ocupação hoteleira foi além dos 90 por cento, correspondendo também às expectativas do sector para estes dias. Relativamente ao preço médio dos quartos, foi igual ao registado na Semana Dourada de 2019. Zhu Nanying, vice-presidente da associação, apontou que a grande maioria dos visitantes foram turistas individuais e não excursões, que registaram um número estável. A responsável lembrou que as excursões ocorreram sobretudo nos dias 2 e 5 de Outubro, tendo sido elogiada a boa preparação de passeios e demais logística por parte dos excursionistas. Para o sector do turismo, este foi o ano com maior sucesso em termos de organização de excursões. Boas previsões Na mesma conferência de imprensa da Associação dos Hoteleiros de Macau, houve ainda espaço para previsões sobre o quarto trimestre. Cheung Kin Chung prevê um melhor desempenho do mercado, e apontou que o sector vai continuar a organizar acções de formação para os empregados. Zhu Nanying defendeu que o Governo deve realizar mais acções para atrair turistas internacionais, nomeadamente através da medida de oferta de bilhetes de autocarro e ferry, que poderia ser estendida. Além desta iniciativa, a vice-presidente apontou que podem ser lançadas ofertas na área do alojamento, dando apoios às agências de viagens para que criem acções de campanha na busca de turistas internacionais. Em termos do panorama de recursos humanos na área do turismo, Zhu Nanying disse estar satisfeita porque há mais pessoas a trabalhar como guias turísticos, destacando, porém, a falta de motoristas de autocarros turísticos, esperando que o Executivo possa também dar mais apoio nesta matéria.
Aeroporto | Interceptada com 10kg de caranguejo-peludo-chinês João Santos Filipe - 9 Out 2024 Uma mulher com 34 foi interceptada no Aeroporto Internacional de Macau, depois de ter tentado entrar no território com 10 quilogramas de caranguejo-peludo-chinês na bagagem. O anúncio foi divulgado na manhã de ontem pelos Serviços de Alfândega (SA), depois do caso ter sido detectado no sábado. De acordo com os SA, a mulher do Interior levantou suspeitas porque carregava várias malas. Quando passou na máquina de Raio-X, do controlo alfandegário, os agentes repararam que as imagens mostravam diversos “objectivos” suspeitos. Face às suspeitas, foi pedido à mulher que mostrasse o conteúdo das malas, o que ela fez, sem levantar qualquer problema. No interior da bagagem foram descobertos 50 caranguejos-peludos-chineses, o equivalente a 10 quilogramas, demonstrou a pesagem dos SA. Os produtos acabaram por ser apreendidos pelas autoridades, dado que a mulher não possuia nenhum registo de importação, comprovativo de quarentena, nem autorização para entrar com os caranguejos em Macau. Segundo os SA, como a mulher tentou importar comida sem tratar dos procedimentos exigidos, arrisca-se a ser multada num valor que pode chegar às 100 mil patacas. Os SA prometeram continuar a fiscalizar e a interceptar todos os tipos de alimentos importados ilegalmente para Macau, de forma a “garantirem a segurança alimentar” do território. Além disso, os SA apelaram à população que no caso de viajar para o território com comida verificar bem os requisitos legais, para evitar a violação das leis. Os SA recordaram ainda que o transporte de caranguejos-peludos-chineses exige uma autorização de importação.
UM | Criada empresa para investir no Interior João Santos Filipe - 9 Out 2024 A Universidade de Macau criou uma nova empresa denominada Guangdong Hengqin UM Higher Education Development. O objectivo é investir no Interior e prestar serviços de consultadoria A Universidade de Macau (UM) criou uma empresa no Interior, na Ilha da Montanha, para fornecer serviços de avaliação académica e consultadoria. A informação consta do portal da Direcção dos Serviços da Supervisão e da Gestão dos Activos Públicos (DSSGAP), e a empresa tem como uma das finalidades a realização de investimentos no outro lado da fronteira. A companhia foi criada de acordo com as leis do Interior, tem o nome de Guangdong Hengqin UM Higher Education Development Co. Ltd, sem versão portuguesa, e identifica como objecto social a “realização de testes e avaliação educacional”, “serviços de consultoria de educação” e “actividades de investimento com fundos próprios”. O capital social declarado é de 50 mil renminbis e a Universidade de Macau surge como a única accionista da empresa que tem sede da Ilha da Montanha, na Rua Jinya, nas proximidades do Novo Bairro de Macau. O portal da DSSGAP apresenta como presidente do conselho de administração Song Yonghua, reitor da UM, num mandato que começou a 23 e Setembro e se prolonga até 2027. Entre os membros do conselho de administração constam algumas personalidades de Macau, como Kou Kam Fai, deputado nomeado pelo Governo e director da Escola Secundária Pui Ching, e Dominic Sio Chi Wai, empresário e ex-deputado. Os restantes membros do conselho, Lau Veng Lin, Mok Kai Meng, Claudia Xu Jian e Lei Miu Mei fazem parte dos órgãos da UM. Escrito nas linhas A actualização da informação sobre a UM surge dias depois de o futuro Chefe do Executivo, Sam Hou Fai, ter abordado a possibilidade das instituições de ensino superior fazerem investimentos na Ilha da Montanha. O ainda candidato foi questionado sobre o assunto durante uma sessão em que respondeu a perguntas feitas por pessoas “sorteadas” para participarem na sessão apresentada como aberta à população. De acordo com o relato do jornal All About Macau, face à questão colocada, Sam Hou Fai explicou que desde 2003 as leis do Interior proíbem a abertura de instituições de ensino superior por entidades de fora com o propósito de recrutar estudantes do Interior. Contudo, Sam reconheceu que a Zona de Cooperação pode ser uma oportunidade para a UM e Macau deve “utilizar plenamente” os 106,6 quilómetros quadrados de Hengqin para “promover e fazer progredir o ensino superior, utilizar os recursos de ensino e os investigadores de alta qualidade e aproveitar a janela para o mundo exterior”, de forma a construir “uma instituição de ensino superior de alto nível em Hengqin”. Sam Hou Fai também deixou o aviso de que a utilização da Zona Aprofundada por Macau tem condicionalismos e a que a possibilidade de realizar projectos tem de ser negociada com as autoridades do Interior.
Conciliação Familiar | Defendida especialização e registo João Santos Filipe - 9 Out 2024 Após a proposta do Governo para a criação de um mecanismo de conciliação familiar para lidar com divórcios litigiosos, Wong apela à formação especializada de conciliadores e pede um esforço para explicar à população as vantagens do futuro sistema A deputada Wong Kit Cheng defendeu a necessidade de formar mais profissionais e a criação de um registo para conciliadores especializados, na sequência da proposta do Executivo para o estabelecimento de um regime de conciliação para causas de família. A proposta do Governo prevê a criação de um mecanismo de conciliação para resolver conflitos dentro das famílias, como acontece nos casos de divórcios litigiosos, definições do poder paternal ou o pagamento de alimentos ao ex-cônjuge. “Será que para lidar melhor com a especificidade, a complexidade e a diversidade dos casos de familiares, além dos quadrados com formação geral em serviços sociais, a Administração vai considerar formar mais profissionais com formação específica na conciliação de casos de família?”, questiona Wong Kit Cheng. A membro da Assembleia Legislativa, ligada à Associação das Mulheres, considera igualmente importante a necessidade da formação “ter em conta os pontos de vista da comunidade” e a criação de um “sistema de registo especializado para mediadores”, para garantir que há quadros qualificados para “lidar com os casos familiares mais complicados”. As sugestões de Wong, realizadas através de uma interpelação escrita, surgem numa altura em que a Assembleia Legislativa ainda vai ter de votar na generalidade a proposta de lei do Governo. Só mais tarde, depois da votação artigo a artigo na especialidade, o documento legal vai entrar em vigor. Mais promoção Todavia, a deputada destaca que é importante começar a promover entre a população a existência do novo mecanismo. De acordo com a proposta inicial, o recurso à conciliação vai ser obrigatório, antes de se poder avançar para os tribunais para resolver os litígios no âmbito de divórcios, exercício do poder parental, definição de alimentos ou afectação da casa de morada da família. “Nesta fase, a comunidade ainda não está suficientemente sensibilizada para a conciliação como meio de resolução de conflitos e litígios. Como vão os serviços competentes fazer a promoção online e offline e de projectos-piloto, para que a população compreenda gradualmente as vantagens e a eficácia do sistema de mediação?”, perguntou. No encalço das questões, Wong Kit Cheng também interpela o Governo sobre se existem planos para criar outros mecanismos de conciliação no âmbito de diferendos cíveis e comerciais.
Ciclovias | Estudada ligação entre Taipa e Coloane Hoje Macau - 9 Out 2024 O Governo está a estudar a possibilidade de criar um troço a ligar a ciclovia da Zona de Lazer da Marginal da Taipa à ciclovia Flor de Lótus, que liga o hotel Brodaway ao Parque Industrial da Concórdia, em Coloane, mas admite que o projecto exige uma postura cautelosa. O anúncio consta na resposta do Instituto para os Assuntos Municipais a uma interpelação do deputado Leong Hong Sai, dos Operários. “Como o projecto envolve uma orla costeira de quase 3,15 hectares, com uma escala relativamente grande, carece de um estudo cauteloso, no sentido de garantir a sua conformidade com os critérios de prevenção de inundações definidos no Plano decenal de prevenção e redução de desastres em Macau”, pode ler-se na resposta assinada por José Tavares. Apesar das dificuldades, o IAM explicou ao deputado que actualmente foi instalada no local “uma ciclovia provisória” para permitir a ligação entre os dois troços. Na interpelação, o deputado abordou igualmente a situação das instalações desportivas da RAEM. “O Instituto do Desporto tem envidado esforços no sentido de proporcionar ao público um bom ambiente desportivo e as pistas de atletismo sob a sua alçada são revestidas com tartan para amortecer as vibrações, disponibilizando nos seus espaços, sempre que as condições o permitam, instalações complementares, tais como casas de banho, cabines de duche, vestiários, salas de amamentação, cacifos e bebedouros”, foi indicado.
CCAC | Ho Iat Seng recebeu relatório de fiscalização Hoje Macau - 9 Out 2024 O Chefe do Executivo recebeu na segunda-feira o relatório da comissão especializada para a fiscalização dos problemas relacionados com queixas contra a disciplina do pessoal do Comissariado contra a Corrupção (CCAC). De acordo com o comunicado oficial, durante o encontro com a comissão, Ho Iat Seng “reconheceu o contributo para promover e aprimorar a integridade no território, destacando a grande importância do dever do pessoal em seguir e cumprir a lei durante o exercício de funções”. Por sua vez, Wang Yu, presidente da comissão, destacou o trabalho do CCAC, elogiou o organismo a que preside, por considerar que dá “seguimento a cada queixa dos residentes” e porque participa “activamente nos trabalhos de sensibilização e divulgação de integridade”. Wang Yu destacou ainda que a comissão especializada para a fiscalização dos problemas relacionados com queixas contra a disciplina do pessoal do CCAC actua de forma independente.
Zona A | Obras de construção polémica vão custar 2,18 mil milhões de patacas João Santos Filipe - 9 Out 20249 Out 2024 As obras de construção do viaduto que vai ligar a Península de Macau à Zona A dos Novos Aterros, junto à Rotunda do Centro de Ciência de Macau, vão custar 2,18 mil milhões de patacas, de acordo com a informação da Direcção de Serviços de Obras Públicas (DSOP). A adjudicação resultou de um concurso por convite do Governo, que contou com a participação de cinco consórcios. O vencedor é constituído pelas empresas estatais Companhia de Engenharia e de Construção da China (Hong Kong), Companhia de Engenharia e de Construção da China (Macau), e Poly Changda Engineering. Este consórcio foi o que apresentou a proposta mais barata de todos os participantes. O tempo previsto para completar as obras é de 900 dias, ou seja, cerca de dois anos e meio. Todas as participantes apresentaram um prazo de máximo de 900 dias para completar os trabalhos, apesar das regras do concurso admitirem propostas com um prazo máximo de 1000 dias. Nova ligação O projecto vai ter cerca de 3,2 quilómetros de comprimento, e inclui o viaduto, redes viárias de ligação dos arruamentos nas duas extremidades do viaduto, passagem superior para peões e passagem pedonal subterrânea. A estrutura principal do viaduto terá cerca de 1550 metros de comprimento, e o segmento sobre a área marítima terá cerca de 900 metros do comprimento. De acordo com o projecto, o viaduto vai ter ainda quatro vãos navegáveis com extensão máxima de cerca de 130 metros. O viaduto vai ficar localizado entre a Península de Macau e a Zona A dos Novos Aterros Urbanos, e vai fazer a ligação a oeste com a Rotunda do Centro de Ciência de Macau e a Avenida Dr. Sun Yat-Sen, atravessando, em direcção à Zona A, onde termina, a Ponte da Amizade e o canal existente. Além disso, vai ainda ter ligação com a recém inaugurada Ponte Macau. O viaduto foi alvo de contestação por parte do deputado Ron Lam e do urbanista Manuel Iok Pui Ferreira, devido ao impacto previsto sobre o corredor visual para a Colina da Guia e o Farol. Como alternativa, foi sugerida a construção subterrânea. O Executivo recusou a alternativa e insistiu que este projecto não está abrangido por limites à construção em altura, dado que não se trata de um edifício. Se fosse um edifício, a construção com esta altura e naquela zona não seria admitida.
Eleições | Sam Hou Fai quer aproveitar terrenos na Taipa Andreia Sofia Silva e Nunu Wu - 9 Out 2024 Em mais uma acção da campanha eleitoral para o cargo de Chefe do Executivo, Sam Hou Fai, único candidato, visitou alguns bairros na Taipa e prometeu que os terrenos nesta zona serão melhor aproveitados pelo novo Governo. Sam Hou Fai deixou ainda promessas de melhorias no trânsito Os bairros comunitários da Taipa foram o lugar escolhido por Sam Hou Fai, candidato único ao cargo de Chefe do Executivo, para mais uma acção de campanha ocorrida ontem. Deste encontro com a população, ficou a promessa de um melhor aproveitamento de terrenos no futuro, quando formar um novo Executivo. “Caso seja eleito iremos recolher opiniões de uma forma geral sobre o aproveitamento de terrenos. Temos aqui muitos espaços de boa qualidade que podem ter maior funcionalidade, nomeadamente como centro de transportes, espaços de lazer ou instalações desportivas”, declarou aos jornalistas. Sam Hou Fai, que durante 25 anos foi presidente do Tribunal de Última Instância (TUI), reconheceu que a ilha da Taipa é hoje uma zona densamente povoada, sobretudo por famílias de classe média, conforme o último recenseamento. “A Taipa tem cerca de 116 mil habitantes, sendo que 90 mil moram no centro. Cada família a morar na Taipa tem um rendimento médio de cerca de 82 mil patacas, sendo que, na península, as famílias têm um rendimento médio de 58 mil patacas, aproximadamente”, explicou. O candidato lembrou que, nas últimas décadas, a Taipa desenvolveu-se bastante, sendo hoje uma zona mais movimentada do que a zona norte da península de Macau. Trânsito a fluir Na visita à Taipa, não faltaram questões sobre como melhorar o trânsito numa zona densamente povoada. Tendo sido questionado sobre a possibilidade de se construir uma ligação entre o sistema pedonal da Avenida de Guimarães, na Taipa, e o complexo de habitação pública no Edifício do Lago, o candidato a Chefe do Executivo prometeu analisar o assunto no futuro. Sam Hou Fai defendeu que o sistema pedonal na zona deve ser melhorado, a par da conexão com o metro ligeiro, autocarros e táxis, devendo ser feito um maior esforço para melhorar as zonas em que as pessoas podem andar a pé. Para isso, lembrou o candidato, deve ser garantindo um equilíbrio para assegurar o conforto dos transeuntes e demais passageiros, para que não haja um impacto negativo na vida dos moradores da zona. Esta segunda-feira, a campanha de Sam Hou Fai passou ainda pela Associação de Dotados de Macau, tendo sido partilhadas “informações sobre a educação dos alunos dotados”, além de serem apresentadas “sugestões para a optimização da política e apoio educativos” dos alunos com maiores capacidades, a fim de promover “a formação de talentos em Macau”, destaca uma nota.
Nobel da Medicina atribuído a Victor Ambros e Gary Ruvkun Hoje Macau - 8 Out 2024 O prémio Nobel da Medicina foi ontem atribuído a Victor Ambros e a Gary Ruvkun pela sua descoberta do microRNA. Segundo o Comité do Prémio Nobel no Instituto Karolinska, em Estocolmo, na Suécia, a descoberta dos dois investigadores norte-americanos – de um princípio fundamental que rege a regulação da actividade genética – “está a revelar-se de importância fundamental para a forma como os organismos se desenvolvem e funcionam”. Os laureados com o Prémio Nobel da Fisiologia ou Medicina deste ano, Victor Ambros e Gary Ruvkun, estavam interessados na forma como os diferentes tipos de células se desenvolvem, tendo descoberto o microRNA, uma nova classe de pequenas moléculas de RNA que desempenham um papel crucial na regulação dos genes. Victor Ambros, que realizou a sua investigação na Universidade de Harvard, é actualmente professor de Ciências Naturais na Faculdade de Medicina da Universidade de Massachusetts. A investigação de Gary Ruvkun foi realizada no Hospital Geral de Massachusetts e na Faculdade de Medicina de Harvard, onde é professor de Genética, segundo o secretário-geral do Comité do Prémio Nobel, Thomas Perlmann. Em comunicado, o Comité do Nobel refere que a “descoberta pioneira” dos cientistas revelou um princípio completamente novo de regulação dos genes que se revelou essencial para os organismos multicelulares, incluindo os seres humanos. Matéria a estudar Actualmente, sabe-se que o genoma humano codifica mais de um milhar de microRNA, que estão a revelar-se fundamentalmente importantes para a forma como os organismos se desenvolvem e funcionam. “A informação armazenada nos nossos cromossomas pode ser comparada a um manual de instruções para todas as células do nosso corpo. Todas as células contêm os mesmos cromossomas, pelo que todas as células contêm exactamente o mesmo conjunto de genes e exactamente o mesmo conjunto de instruções”, acrescenta. No entanto, salienta, “diferentes tipos de células, como as células musculares e nervosas, têm características muito distintas. Como é que estas diferenças surgem? A resposta está na regulação dos genes, que permite a cada célula selecionar apenas as instruções relevantes. Isto garante que apenas o conjunto correcto de genes está activo em cada tipo de célula”. A informação genética passa do ADN para o RNA mensageiro (RNAm), através de um processo chamado transcrição, e depois para a maquinaria celular para a produção de proteínas. Aí, os mRNA são traduzidos para que as proteínas sejam produzidas de acordo com as instruções genéticas armazenadas no ADN. Nos anos 60, foi demonstrado que proteínas especializadas, conhecidas como factores de transcrição, podem ligar-se a regiões específicas do ADN e controlar o fluxo de informação genética, determinando o RNAm que é produzido. Desde então, foram identificados milhares de factores de transcrição e, durante muito tempo, acreditou-se que os princípios fundamentais da regulação dos genes tinham sido resolvidos. No entanto, em 1993, os laureados com o Prémio Nobel deste ano publicaram descobertas inesperadas que descreviam um novo nível de regulação dos genes, que se revelou altamente significativo e conservado ao longo da evolução. Este é o primeiro dos Nobel a ser anunciado, seguindo-se nos próximos dias os galardões relativos à Física, Química, Literatura, Ciências Económicas e da Paz.
Israel | AI diz que é vergonhoso que guerra já dure há 1 ano Hoje Macau - 8 Out 2024 A Amnistia Internacional considerou ontem que o prolongamento durante um ano da guerra entre Israel e o Hamas é sinal de “um fracasso colectivo da Humanidade”, sublinhando que foram cometidas várias atrocidades. Lamentando que ainda não tenha havido um cessar-fogo nem libertação de reféns, a organização de defesa dos direitos humanos afirma que a necessidade de respeitar os “direitos de todas as vítimas à verdade, à justiça e à reparação” é mais premente do que nunca. Em comunicado ontem divulgado para assinalar o primeiro aniversário dos ataques do grupo islamita Hamas a Israel, que conduziram à guerra, a secretária-geral da organização, Agnes Callamard, descreveu o 7 de Outubro como “um dia de luto”. “É um dia de luto para os israelitas cujos entes queridos foram mortos e raptados e para milhares de pessoas que continuam a ser deslocadas desde os hediondos ataques do Hamas e de outros grupos armados”, afirmou, referindo que se assinala também “um ano desde o início da terrível ofensiva das forças israelitas em Gaza, que matou dezenas de milhares de pessoas, deslocou à força 90 por cento da população e desencadeou uma catástrofe humanitária sem precedentes, colocando os palestinianos de Gaza em risco de genocídio”. Sem fim à vista Há exactamente um ano, cerca de mil combatentes do Hamas atacaram inesperadamente o território israelita, matando quase 1.200 pessoas e fazendo mais de 250 reféns, dos quais quase 100 continuam detidos. O Governo de Telavive prometeu aniquilar o movimento islamita, considerado terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia. As investidas de Israel na Faixa de Gaza já mataram cerca de 41.500 pessoas e forçaram quase dois milhões de pessoas a fugir de casa. “A guerra prossegue sem fim à vista”, lembrou a responsável da Amnistia Internacional, afirmando que “a necessidade de um cessar-fogo, de respeito pelo direito internacional e pelos direitos de todas as vítimas” é “mais premente do que nunca”. O aniversário, adiantou Agnes Callamard, “é um lembrete sóbrio da necessidade urgente de abordar as causas profundas, cortar o fornecimento de armas a todas as partes e acabar com a impunidade de longa data que tem visto as forças israelitas, o Hamas e outros grupos armados desrespeitarem o direito internacional durante décadas sem temerem quaisquer consequências”. Apelando a “um cessar-fogo imediato e à libertação imediata e incondicional dos reféns civis detidos pelo Hamas e outros grupos armados e de todos os palestinianos detidos ilegalmente por Israel”, a líder da Amnistia Internacional sublinhou que “o mundo nunca deve esquecer as vítimas e a angústia das famílias afectadas”. A organização pediu a responsabilização daqueles que cometeram “assassinatos deliberados, raptos e ataques indiscriminados, incluindo ataques com ‘rockets’ contra Israel, e dos que são culpados de crimes de guerra, “incluindo ataques diretos a civis e objetos civis ou ataques desproporcionados e ilegais”.
O negócio da aparência e a aparência do negócio (III) – Um alerta para Macau David Chan - 8 Out 2024 Nas duas últimas semanas, analisámos o modelo de negócio do Physical Fitness & Beauty Centre (PFBC), uma cadeia de ginásios e institutos de beleza de Hong Kong. Este método passa pela cobrança de assinaturas em que o cliente “paga primeiro e acede aos serviços depois”, ou seja, a modalidade de pré-pagamento. Esta semana, vamos virar a nossa atenção para Macau e analisar as implicações deste caso na cidade e as possíveis contramedidas para prevenir os inconvenientes dos pagamentos antecipados. O pré-pagamento é acordado entre as empresas e os clientes. A forma mais eficaz de evitar os problemas que daí decorrem é ir directamente à raiz do problema. Se as empresas não exigirem pagamentos antecipados, não existe naturalmente qualquer questão. Mas isto não se aplica necessariamente a todas as situações. Por exemplo, os estudantes pagam propinas semestrais nas universidades privadas. Esta situação não será facilmente alterada. Portanto, embora as empresas devam reduzir as modalidades de pré-pagamento, podem não o conseguir na totalidade devido à natureza do seu sector de negócio. Macau pode retirar ensinamentos da experiência de Hong Kong e criar mecanismos semelhantes de auto-regulação do negócio. Como mencionámos a semana passada, o negócio da estética em Hong Kong tem um sistema de “rede de segurança do consumidor” garantido pela Hong Kong Beauty Industry Federation (Federação de Estética de Hong Kong), que permite que os clientes de um salão de beleza que fechou continuem a desfrutar dos serviços noutro salão. A maioria das notícias sobre casos que envolvem pré-pagamentos estão relacionadas com os sectores dos ginásios e da estética. Se em Macau estes sectores criarem um sistema de “rede de segurança do consumidor” semelhante ao de Hong Kong, os consumidores locais vão sentir-se mais à vontade quando adquirem os seus serviços. Claro que a empresa que assume a conclusão dos serviços que já foram pagos à que encerrou, vai ter algumas despesas adicionais. Estas despesas vão ser suportadas por quem conclui o serviço? Como é que devem ser geridas? A empresa que se propõe concluir o serviço deve equacionar estas questões antes de tomar uma decisão. A criação de um fundo é também uma boa forma de solucionar os problemas. Este conceito não é estranho à sociedade de Macau. Como mencionámos a semana passada, o sector de negócio pode considerar a criação de um ‘Fundo de Compensação Turística’ semelhante ao de Hong Kong. Quando uma empresa prestadora de serviços abre falência, o fundo garante as indemnizações. Para o conseguir, é indispensável legislação adequada. Por outras palavras, no caso de falência, pode haver situações em que os credores são defraudados e outras em que não são. No primeiro caso, deve haver legislação adequada para punir os infractores, regular os detalhes da indemnização paga pelo fundo e a responsabilidade do operador pela indemnização, etc. Se os credores não tiverem sido defraudados, basta considerar os detalhes da indemnização paga pelo fundo e a responsabilidade do operador, etc. O Governo de Macau pode considerar a formulação de leis e regulamentos adequados à regulação das questões de pré-pagamento. Além da situação comum de pré-pagamento em alguns sectores, a regulamentação será reforçada para as empresas que abusam do pagamento antecipado. Como já foi mencionado, a legislação pertinente tem de lidar com os casos em que os credores são defraudados e com os casos em que não são. Também é possível considerar a obrigação de a empresa ter de cumprir certas condições e normas ao cobrar pagamentos antecipados. Por exemplo, o período coberto pelo pagamento antecipado não pode exceder o período do contrato de arrendamento da empresa. etc. Tudo isso mostra quanto tempo a pesquisa levou. Agora será um bom momento para começar a estudar as leis que regulam o pré-pagamento. Os consumidores também devem reduzir os pagamentos antecipados. Embora este tipo de pagamento esteja associado a grandes descontos, devem ser avaliadas com antecedência as capacidades financeiras. Só depois de a empresa ir à falência e não ter sido reembolsado é que o cliente costuma pensar se devia ter feito o pré-pagamento. Os clientes devem reduzir os pagamentos antecipados e também devem prestar atenção às práticas comerciais das empresas. Devemos continuar a permitir a celebração de contratos de serviços que terminam em 2050? Ou deverá ser aditada uma cláusula de período de reflexão ao contrato para garantir que, num prazo razoável, como um mês, o consumidor tenha o direito de rescindi-lo sem apresentar qualquer motivo nem seja obrigado a pagar uma indemnização? O incidente do PFBC funcionou como um importante alerta para Macau. A sociedade de Macau deve retirar ensinamentos desta situação, reforçar a supervisão e a prevenção das questões relacionadas com pagamentos antecipados, e tentar criar um ambiente de consumo mais seguro e mais fiável. Ao mesmo tempo, as empresas devem também fortalecer a sua consciencialização e auto-disciplina, padronizar as práticas comerciais e evitar pedir aos clientes pré-pagamentos em excesso. Os consumidores devem ainda ser cautelosos e evitar a compra por impulso de serviços a longo prazo. Só com uma boa gestão empresarial se pode garantir um serviço a longo prazo, satisfazer os clientes e criar uma situação vantajosa para ambas as partes. Consultor Jurídico da Associação para a Promoção do Jazz em Macau Professor Associado da Escola de Ciências de Gestão da Universidade Politécnica de Macau Blog: http://blog.xuite.net/legalpublications/hkblog Email: legalpublicationsreaders@yahoo.com.hk
Xanana Gusmão de visita ao Laos, Portugal e Indonésia Hoje Macau - 8 Out 2024 O primeiro-ministro de Timor-Leste viajou ontem para visitas oficiais ao Laos e a Portugal, tendo também previsto deslocar-se à Indonésia para a tomada de posse do Presidente eleito do país, Prabowo Subianto. No Laos, Xanana Gusmão vai participar nas 44.ª e 45.ª cimeiras dos chefes de Estado e de Governo da Associação das Nações do Sudeste Asiático, em Vientiane, entre terça e sexta-feira, subordinadas ao tema “ASEAN: Reforçar a Conectividade e a Resiliência”, de acordo com um comunicado do gabinete do primeiro-ministro timorense. Timor-Leste tem o estatuto de observador na ASEAN e espera que a adesão à organização regional se formalize no próximo ano. No sábado, o primeiro-ministro timorense inicia uma visita oficial a Portugal, que termina no próximo dia 18, tendo previsto encontros com o Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente da Assembleia da República, Pedro Aguiar-Branco, e com o primeiro-ministro, Luís Montenegro. Durante a estada em Portugal, vão ser assinados o Programa Estratégico de Cooperação para o período 2024-2028, com um envelope financeiro de 75 milhões de euros, bem como um acordo relativo à reabilitação, património e turismo e outro sobre infra-estruturas, “sinalizando uma expansão contínua da forte relação bilateral”, salientou na mesma nota. Comitiva alargada Além de encontros com a comunidade timorense, académicos portugueses e sociedade civil, da agenda de Xanana Gusmão consta também uma deslocação aos Açores, a convite do governo regional, para “conhecer em primeira mão vários projectos e actividades da economia azul”. O programa da visita inclui também uma reunião com o secretário executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Zacarias da Costa, e com representantes dos Estados-membros. Em Portugal, acompanham Xanana Gusmão o vice-primeiro-ministro, ministro coordenador dos Assuntos Económicos e ministro do Turismo, Francisco Kalbuadi Lay, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Bendito Freitas, os ministros da Educação, Dulce Neves, do Ensino Superior, José Jerónimo, da Justiça, Sérgio Hornai, e do Interior, Francisco Guterres, bem como o secretário de Estado da Comunicação Social, Expedito Ximenes, e também o presidente da Câmara de Comércio e Indústria timorense, Jorge Serrano. De Portugal, o chefe do Governo timorense viaja para Jacarta para assistir à cerimónia de posse do Presidente eleito da Indonésia, a 20 de Outubro.
Tóquio | Anunciado fórum internacional contra armas nucleares Hoje Macau - 8 Out 2024 Uma organização composta por jovens e sobreviventes da bomba atómica vai realizar um fórum internacional em Tóquio no próximo ano para impulsionar o movimento em prol da abolição de armas nucleares. A Campanha do Japão para Abolir Armas Nucleares anunciou o evento numa conferência de imprensa realizada na segunda-feira em Tóquio. Representantes da campanha dizem que o fórum acontecerá na Universidade do Sagrado Coração nos dias 8 e 9 de Fevereiro do próximo ano. Os organizadores vão convidar membros do governo e especialistas para realizar palestras e discussões sobre temas como a desumanidade das armas nucleares e apoio aos sobreviventes da bomba atómica. Os representantes informaram que apresentarão propostas para a terceira Reunião dos Estados Partes do Tratado para a Proibição de Armas Nucleares. A reunião está marcada para Março do próximo ano. Tanaka Terumi, da Confederação Japonesa de Organizações dos Sobreviventes das Bombas Atómicas e de Hidrogénio, ou Nihon Hidankyo, disse que o primeiro-ministro do Japão, Ishiba Shigeru, se referiu ao que é chamado de “compartilhamento nuclear” e que a situação aparentemente está a ficar cada vez mais difícil. No entanto, afirmou que, através do fórum, quer revelar a desumanidade das armas nucleares e exortar o governo japonês a liderar os esforços para criar um mundo livre destas armas. O ano que vem marca os 80 anos dos bombardeamentos atómicos de Hiroshima e Nagasaki pelos Estados Unidos.
Coreias | Norte volta a lançar balões com lixo para o Sul Hoje Macau - 8 Out 2024 As provocações norte-coreanas voltaram a invadir os vizinhos do Sul. Pyongyang considera a Coreia do Sul como o seu pior inimigo A Coreia do Norte voltou ontem a lançar balões com detritos para o território sul-coreano, no mesmo dia em que deverá rever a Constituição do regime para eliminar referências à reunificação e redefinir fronteiras. O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul (JCS) afirmou que o país vizinho voltou a lançar balões que podiam ser dirigidos contra a província de Gyeonggi, no norte, que rodeia Seul, e partes da capital do sul, de acordo com um comunicado. Desde Maio, o Norte lançou mais de 5.000 balões no total, em mais de 20 lançamentos, em resposta aos balões de propaganda contra o líder norte-coreano, Kim Jong-un, enviados por activistas do Sul. Entretanto, os meios de comunicação norte-coreanos não noticiaram o início da sessão da Assembleia Popular Suprema convocada para ontem. Não se sabe como serão anunciadas as alterações à Constituição, uma vez que, em ocasiões anteriores, os meios de comunicação social estatais norte-coreanos apenas divulgaram pormenores básicos e o conteúdo completo das alterações legislativas só foi conhecido algum tempo depois. Mudança de atitude A convocação da sessão responde à vontade de Kim Jong-un de formalizar o que disse há nove meses sobre a Coreia do Sul, com a qual os laços são inexistentes há cinco anos e que qualificou como o principal inimigo da Coreia do Norte. O líder norte-coreano também fechou a porta à reconciliação e à reunificação com o Sul, o que representa uma mudança importante na estratégia diplomática que o governo de Pyongyang articulou durante mais de três décadas. Especialistas disseram acreditar que a vontade expressa por Kim de abandonar o diálogo, formalizar a existência de dois Estados claramente diferenciados na península e definir unilateralmente as fronteiras do Norte pode piorar ainda mais o terrível ambiente na região.
China | Anunciado projecto para facilitar pagamentos de estrangeiros Hoje Macau - 8 Out 2024 As autoridades chinesas anunciaram na segunda-feira novas medidas que ajudarão a facilitar os serviços de pagamento para viajantes que chegam ao país do exterior. De acordo com uma circular emitida conjuntamente pela Administração Estatal de Regulação do Mercado e pela Administração Nacional de Dados, oito cidades realizarão um projecto piloto no âmbito do qual as plataformas de serviços de pagamento móveis serão apoiadas na verificação das informações de entidades empresariais individuais, para que possa ser simplificado o processo de abertura de códigos de pagamento baseados em plataformas que suportem cartões de crédito estrangeiros, indica o Diário do Povo. As oito cidades incluem Suzhou, Hangzhou, Jinan, Wuhan, Changsha, Shenzhen, Chengdu e Xi’an, disse a circular. O projecto cobrirá mais de 11 milhões de entidades empresariais individuais, representando cerca de 9,3 por cento do número total do país. A parte continental da China registou uma estimativa de 95 milhões de chegadas de turistas nos primeiros nove meses deste ano, um aumento anual de 55,4 por cento, à medida que o país expande a sua política de trânsito livre de visto, acrescenta a publicação. A China está a desenvolver esforços contínuos para tornar os pagamentos mais acessíveis para viajantes estrangeiros. Em Março, o Conselho de Estado divulgou uma directriz destinada a continuar a optimizar os serviços de pagamento de cartões bancários, promovendo o uso de dinheiro e facilitando o pagamento móvel. Em Abril, foi emitida uma circular, estipulando que cartões bancários nacionais e estrangeiros deveriam ser aceites em algumas das principais atracções turísticas do país.
Espaço | Nova tripulação chega à estação espacial este mês Hoje Macau - 8 Out 2024 A China lançará a nave espacial tripulada Shenzhou-19 e receberá os taikonautas da Shenzhou-18 de regresso à Terra no final de Outubro, de acordo com a Agência Espacial Tripulada da China. Segundo o plano de missão de Outubro da agência divulgado esta semana, a tripulação da Shenzhou-18, que está a bordo da estação espacial chinesa Tiangong, em órbita, concluirá este mês a missão espacial de seis meses e embarcará na viagem de volta à Terra, indica o Diário do Povo. A tripulação da Shenzhou-18 é composta por três taikonautas do sexo masculino: Ye Guangfu, Li Cong e Li Guangsu. A tripulação foi lançada no espaço no dia 25 de Abril. Durante o feriado do Dia Nacional, que dura uma semana, a tripulação da Shenzhou-18 está a esforçar-se para manter um equilíbrio regular e entre trabalho e vida pessoal. No entanto, o tempo é ocupado principalmente por uma carga de trabalho pesada, incluindo experiências científicas, recolha de dados e preparação para a chegada da nova tripulação e trabalhos de transferência. De acordo com imagens recentes divulgadas pelo China Media Group, os três taikonautas da Shenzhou-18 expressaram a sua emoção com a iminente “reunião” na estação espacial, acrescenta a publicação estatal. Disseram que vão limpar os “quartos”, preparar “refeições de reunião” e garantir que os recém-chegados “se sintam em casa”.
Comércio | China pede à UE que volte ao caminho correcto para resolver disputas Hoje Macau - 8 Out 2024 Apesar de muitas reuniões entre os dois lados, a União Europeia decidiu avançar com a imposição de altas tarifas sobre os veículos eléctricos chineses. Pequim condena a decisão e, além de apelar à abertura de novos canais de comunicação, alerta para os danos que podem advir do desinvestimento chinês na Europa A China pediu à Comissão Europeia que tome medidas concretas para implementar a sua vontade política e voltar ao caminho certo para resolver as fricções comerciais através de consultas, disse um porta-voz do Ministério do Comércio na sexta-feira. As observações foram feitas após a proposta da comissão de impor tarifas compensatórias definitivas sobre as importações de veículos eléctricos da China ter o apoio necessário dos Estados Membros da União Europeia (UE) para a adopção de tarifas, indica o Diário do Povo. “A China opõe-se firmemente ao projecto de decisão final do lado da UE, mas também frisou a sua vontade política de continuar a resolver a questão através de negociações”, disse o porta-voz, observando que as equipas técnicas de ambos os lados continuarão em negociações. O ministério pediu que a UE esteja claramente ciente dos danos da imposição de tarifas adicionais, uma vez que isso não resolverá nenhum problema, mas apenas abalará a confiança e a determinação das empresas chinesas e as impedirá de realizar investimentos na Europa. “A posição da China é consistente e clara. A China opõe-se firmemente às práticas proteccionistas injustas, ilegais e irracionais da UE nesse caso, e opõe-se resolutamente à tarifa compensatória adicional da UE sobre os veículos eléctricos chineses”, disse o porta-voz. As práticas proteccionistas da UE violam seriamente as regras da OMC e perturbam a ordem normal do comércio internacional, prejudicando não apenas a cooperação comercial e de investimentos entre a China e a UE, mas também a transição verde da UE, com um impacto negativo na resposta climática global, observou o porta-voz. O representante disse ainda que a China implementou o consenso alcançado pelos líderes dos dois lados, tendo sempre em mente os interesses gerais da parceria estratégica abrangente China-UE, e manteve sempre a máxima sinceridade em lidar adequadamente com as diferenças através do diálogo e de consultas. Desde o final de Junho, os dois lados realizaram mais de dez consultas técnicas envolvendo chefes de departamentos de sub-ministérios e duas consultas vice-ministeriais sobre o caso. Sem resultados A 19 de Setembro, o ministro do Comércio, Wang Wentao, e o vice-presidente executivo e comissário de comércio da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, mantiveram conversas abrangentes, profundas e construtivas, disse o porta-voz, acrescentando que ambos expressaram claramente a vontade política de resolver as diferenças através de consultas e concordaram em estabelecer compromissos sobre preços para evitar a escalada das fricções comerciais. Nos 14 dias seguintes, equipas técnicas de ambos os lados realizaram seis rondas de consultas. Ao longo do processo, repetidamente, o lado chinês ouviu plenamente os pedidos e opiniões das indústrias chinesas e europeias, demonstrando uma atitude aberta e cooperativa e exercendo o máximo de flexibilidade, de acordo com o porta-voz. “A China tomará todas as medidas possíveis para defender firmemente os interesses das empresas chinesas”, acrescentou o porta-voz.
Humarish Club | Exposição de Lee Kyoungmi para ver até dia 13 Hoje Macau - 8 Out 2024 Está patente até ao próximo dia 13 de Outubro, no Humarish Club, no Hotel Lisboeta, a exposição “Aqui ou em Lado Nenhum é o nosso Céu” [Here or Nowhere is our Heaven], da artista coreana Lee Kyoungmi, onde se apresenta uma série de trabalhos de pintura. A artista é famosa pela sua paixão por gatos e pela sua série de pinturas a óleo de”cenas de rua sobre a mesa”, pintadas em tábuas de bétula. Segundo uma nota, “a sua experiência de estudos no estrangeiro na Coreia, bem como o facto de ter vivido na Alemanha e nos Estados Unidos, proporcionaram-lhe uma inspiração criativa sem limites”. Esta é uma mostra que nasce “das suas próprias emoções e experiências de vida”, em que Lee Kyoungmi “combina esperanças e imaginações para o futuro”. Com base na sua narrativa pessoal, a artista “sobrepõe o tempo e entrelaça vários símbolos e metáforas para criar paisagens surreais a partir de uma perspectiva única”. Apresenta-se, nesta exposição, uma “pincelada delicada e realista”, que “mostra o engenho e o controlo únicos da artista sobre a pintura num estilo surrealista”. Lee Kyoungmi nasceu em 1977 na Coreia do Sul, tendo obtido o mestrado em Pintura na Universidade de Seul em 2006. Depois de uma experiência de vida na Alemanha e EUA, a artista regressou a Seul. É detentora de inúmeros prémios na sua área, nomeadamente na 24.ª edição dos Sukju Art Awards, obtido em 2019. Este ano, a artista realizou também a exposição “Stay Curious in Perspective”, na Treehouse SeongSu, em Seul.
FIMM traz concerto com Leonidas Kavakos na sexta-feira Hoje Macau - 8 Out 2024 É já esta sexta-feira que acontece mais um espectáculo no âmbito do Festival Internacional de Música de Macau (FIMM). Trata-se da actuação do violonista Leonidas Kavakos com os ApollΩn Ensemble, que acontece no grande auditório do Centro Cultural de Macau (CCM) a partir das 20h. Nesta actuação, o violinista irá interpretar uma série de concertos para violino de J. S. Bach, compositor que domina desde a juventude. Leonidas Kavakos “deixou de interpretar a música do compositor em público, procurando reexaminar a sua relação com o génio imortal, recalibrando a sua técnica barroca”, descreve o programa do FIMM. Porém, “após esse hiato de reflexão, retornou a Bach, em 2022, com o lançamento de ‘Sonatas e Partitas para Violino Solo'”, focando agora o seu trabalho como músico em concertos para violino do início do século XVIII, interpretando-os “com o mais reduzido acompanhamento orquestral possível”. O grupo ApollΩn Ensemble, com cinco executantes de cordas e um cravista, cria, em conjunto com o violinista, “uma atmosfera íntima, onde solista e agrupamento são um só”. No sábado, é a vez da conceituada pianista francesa Hélène Grimaud subir ao palco com a Camerata Salzburg, apresentando um concerto preenchido com clássicos da Escola Vienense. Outras músicas Por sua vez, no domingo, é a vez do FIMM prosseguir com os “DoosTrio”, com os músicos Kayhan Kalhor, Wu Man e Sandeep Das, cada um com o seu instrumento tradicional. Este concerto acontece no Teatro D. Pedro V. “Bravo Macau!”, marcado para as 15h no pequeno auditório do CCM, apresenta quatro estrelas locais em ascensão: o pianista Tong Hou Long, o violoncelista Ho Nok Hin Issac, o fagotista Cheng Son Him e a intérprete de guzheng Kong Wai Ka Ashley. O público poderá, assim, conhecer “a vitalidade musical da nova geração”, sendo que estes pequenos grandes músicos irão subir ao palco com músicos da Orquestra de Macau e da Orquestra Chinesa de Macau. O FIMM arrancou no último fim-de-semana com o clássico “Tosca – Ópera em Três Actos de Giacomo Puccini”, interpretada pelo Teatro Mariinsky. Foi a grande abertura do evento virado para a música clássica e do mundo e que contou com a presença de várias personalidades e governantes.