IIICF | Assinados acordos de 10,1 mil milhões de dólares americanos Hoje Macau - 16 Jun 2025 O 16.º Fórum e Exposição Internacional sobre o Investimento e Construção de Infra-estruturas (IIICF) ficou marcado pela assinatura de 31 protocolos de cooperação em áreas como transportes, construção civil, energia eléctrica, recursos hídricos e energias renováveis Trinta e um protocolos de cooperação, no valor de 10,1 mil milhões de dólares americanos, foram assinados durante um fórum de infra-estruturas em Macau. Um terço envolvem empresas lusófonas e da RAEM, foi ontem anunciado. Os acordos estabelecidos durante o 16.º Fórum e Exposição Internacional sobre o Investimento e Construção de Infra-estruturas (IIICF), com um valor de “cerca de 10,1 mil milhões de dólares americanos, prevêem a cooperação em domínios como transportes, construção civil, energia eléctrica, recursos hídricos e energias renováveis, em 22 países e regiões”, lê-se num comunicado do Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM). Cerca de um terço dos projectos assinados, entre terça e quinta-feira, envolvem empresas dos países de língua portuguesa e de Macau. Ao longo dos três dias, indica o IPIM, organizaram-se mais de 200 sessões de bolsas de contacto, tendo mais de 70 contado com a presença de empresas de Macau e de Hengqin, “o que representa um aumento superior a 30 por cento”, face às 52 sessões do ano anterior. “Esses resultados destacam ainda mais o papel de Macau como plataforma sino-lusófona, bem como os esforços desta região na articulação proactiva com as estratégias nacionais de desenvolvimento, sobretudo a construção da Grande Baía”, escreve o IPIM. Neste sentido, continua a nota, representantes dos países de língua portuguesa “reconheceram o papel eficaz de Macau” enquanto ponte para estabelecer contactos entre empresas e instituições da China e lusófonas. “Revelaram, inclusive, que durante o IIICF conseguiram acordos de cooperação com empresas do Interior da China nas áreas da tecnologia da informação e da engenharia eléctrica, sublinhando a sua satisfação”, lê-se na nota do IPIM. Em 2003, Pequim estabeleceu Macau como plataforma para o reforço da cooperação económica e comercial entre a China e os países de língua portuguesa e, nesse mesmo ano, criou o Fórum de Macau. Números da grande baía A Grande Baía é um projecto de Pequim que tem como objectivo criar uma metrópole mundial a partir das regiões administrativas especiais chinesas de Macau e de Hong Kong e outras nove cidades da província vizinha de Guangdong, onde habitam mais de 80 milhões de habitantes. Também lançada por Pequim, em 2021, a iniciativa da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau, em Hengqin, abarca uma área de cerca de 106 quilómetros quadrados. Mais de 3.500 profissionais da área das infra-estruturas, de mais de 70 países e regiões, participaram neste fórum, que registou “um novo recorde em termos de presença de convidados de alto nível, especificamente com quase 70 dirigentes de nível ministerial”. Durante estes dias foi ainda divulgado o Índice de Desenvolvimento de Infra-estruturas “Uma Faixa, Uma Rota”, liderado pela Arábia Saudita, Indonésia e Malásia, no qual o Brasil é o país de língua portuguesa com melhor pontuação. A iniciativa, anunciada pelo líder chinês, Xi Jinping, em 2013, envolve mais de 80 países no plano estratégico internacional de Pequim de desenvolver ligações marítimas, rodoviárias e ferroviárias, mas também investimento em recursos energéticos.
Auto-Silos | Recebidas 12 propostas para exploração Hoje Macau - 16 Jun 2025 O concurso público para a concessão da exploração dos estacionamentos do Auto-Silo do Jardim Comendador Ho Yin, do Auto-Silo da Rua de Malaca, do Auto-Silo do Edifício Mong Sin, do Auto-Silo do Edifício Mong In, do Auto-Silo da Rua da Tranquilidade e do Auto-Silo da Rua do Almirante Sérgio recebeu 12 propostas. No entanto, apenas 11 propostas acabaram por reunir os requisitos exigidos, pelo que uma foi excluída, além de ter havido ainda uma outra desistência, que por esse motivo nem foi tida em conta. As propostas admitidas variam entre 1,068 milhões de patacas, que partiu da Companhia de Administração de Propriedades Nam Ou, e 3,500 milhões de patacas, proposta da Pro Administração e Limpeza. O prazo da concessão da exploração do serviço público de estacionamento dos seis auto-silos é de seis anos, abrangendo 1119 lugares de estacionamento para automóveis ligeiros e 1772 para motociclos e ciclomotores. A entidade concessionária será responsável não só pela gestão e exploração quotidiana dos auto-silos, mas também pela optimização do sistema de pagamento electrónico e sem contacto dos auto-silos, pelo reforço dos sistemas de vigilância de segurança, pela implementação de equipamentos ecológicos e energeticamente eficientes, e pela melhoria das instalações existentes.
IAS | Novas drogas são 16% dos testes positivos João Luz e Nunu Wu - 16 Jun 2025 O Instituto de Acção Social acredita que no ano passado existiam em Macau 148 consumidores de drogas, cerca de 0,02 por cento da população, com base no número de pessoas que cumpre pena por consumo ou que está em reabilitação. Ainda assim, os 148 consumidores representam um aumento de 25 por cento face a 2023 O Instituto de Acção Social voltou a apostar num projecto piloto para testar o uso de novas drogas, como o etomidato (conhecido como space oil), metcatinona e canabinoides sintécticos. No ano passado, as autoridades recolheram cerca de 1.600 amostras que revelaram uma taxa de positividade de 9 por cento. Entre os testes positivos, 16 por cento diziam respeito às novas drogas referidas, indicou Cheang Io Tat, chefe do departamento de prevenção e tratamento da dependência do jogo e da droga, do IAS, em declarações citadas pelo Canal Macau da TDM. Apesar do mediatismo e celeuma provocado pelo space oil, que inclusive levou à alteração da lei, o responsável do IAS refere que as “drogas tradicionais” continuam a ser predominantes. Cheang Io Tat falou no sábado à margem do lançamento de uma série de actividades organizadas pelo IAS para assinalar o Dia Internacional contra o Abuso e o Tráfico Ilícito de Drogas. Durante a cerimónia, o IAS entregou “diplomas de reconhecimento às escolas que têm participado no Curso de Educação da Vida Sadia ao longo dos anos, como forma de agradecer a sua contribuição na promoção da educação da vida sadia. Além disso, decorreu no mesmo dia a cerimónia de inauguração da Exposição Científica de Sensibilização sobre a Luta contra a Droga na Grande Baía, realizada pela primeira vez este ano”. Mundo de fantasia O Gabinete das Nações Unidas contra a Droga e o Crime publicou em Outubro o relatório mundial sobre drogas que indicava que em 2022, havia no mundo inteiro quase 292 milhões de consumidores de estupefacientes, cerca de 1 em cada 18 pessoas. O número avançado pelas Nações Unidas apontou para uma proporção de cerca de 5,5 por cento da população mundial que tinha consumido drogas no ano em análise. A percentagem a nível global é pulverizada pelos números avançados pelo Instituto de Acção Social (IAS), que no sábado indicou que no ano passado o número de consumidores em Macau era 148, ou seja, cerca de 0,02 por cento da população da RAEM. Num panorama altamente punitivo, que empurra os consumidores patológicos ou ocasionais para a obscuridade, a que as autoridades chamam de “consumo oculto”, os números do IAS representam as únicas pessoas que em Macau de certeza não consumem drogas: quem cumpre pena por consumo ou está em reabilitação. Apesar da estatística que não reflecte a realidade, as autoridades indicam que os 148 consumidores de droga no ano passado representaram um aumento de cerca de 25 por cento face a 2023. Porém, o registo de 2024 foi 6 por cento menor em relação ao período antes da pandemia.
Educação | O Lam lamenta falecimento de Vong Fong Va Hoje Macau - 16 Jun 2025 Realiza-se amanhã o velório do professor Vong Fong Va, que morreu no passado dia 4 de Junho com 94 anos. A secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, O Lam, emitiu no sábado um comunicado a lamentar o falecimento do homem que dedicou quase meio século à educação, com destaque para o tempo passado como vice-director da Escola Secundária Hou Kong. O Lam salientou a dedicação de Vong Fong Va ao ensino e ao patriotismo, trabalho que lhe valeu a medalha de honra de lótus de prata atribuída pelo Governo da RAEM. Vong Fong Va ocupou lugares de destaque em várias associações locais. Foi vice-presidente da Associação Geral de Estudantes Chong Wa de Macau, vogal da comissão de educação para a comemoração do regresso de Macau à pátria, presidente da Associação de Educação de Macau, presidente da Associação de Amizade e Coordenação dos ex-Deputados da Assembleia Popular Nacional e ex-Membros da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês de Macau, “unindo as forças das associações no amor à pátria e a Macau, promovendo a prosperidade e estabilidade de Macau”, salientou O Lam.
Cooperação | Sam recebeu presidente da Academia Chinesa de Ciências Sociais Hoje Macau - 16 Jun 2025 O Chefe do Executivo reuniu na sexta-feira com o presidente e secretário do Grupo de Liderança do Partido da Academia Chinesa de Ciências Sociais, e director e secretário do Comité do Partido da Academia Chinesa de História, Gao Xiang. Segundo o Gabinete de Comunicação Social, Sam Hou Fai “disse que o Governo da RAEM toma como orientações as ‘quatro expectativas’ solicitadas pelo Presidente Xi Jinping”, e tem como prioridade “a construção de ‘um centro, uma plataforma e uma base’. O governante terá referido que a Academia Chinesa de Ciências Sociais, enquanto “instituição superior do país na área de estudo e pesquisa de ciências sociais”, realiza intercâmbio e cooperação de forma ampla com as instituições de ensino superior de Macau nas áreas de estudos e pesquisas de ciências sociais, culturais e humanas”. Como tal, o Chefe do Executivo enalteceu o contributo “constante” da academia nacional para o “desenvolvimento da RAEM”. Sam Hou Fai sugeriu também que a Academia Chinesa de Ciências Sociais e as instituições de ensino superior da RAEM aproveitem as vantagens da plataforma de Macau, “para promover oportunidades e difundir a excelência da cultura tradicional chinesa e assim contar bem as histórias de Macau e da China”.
Eleições | Lista do “Soldado de Mao” alvo do CCAC devido a corrupção João Santos Filipe e Nunu Wu - 16 Jun 2025 Quando tentava reunir as assinaturas em falta para participar nas eleições, a lista Ajuda Mútua Grassroots, ligada a Wong Wai Man, foi alvo de mais uma operação das autoridades, com novas detenções. As duas operações no espaço de dois dias, com várias detenções, terão mesmo impedido a participação nas eleições A potencial lista candidata às eleições Ajuda Mútua Grassroots, ligada a Wong Wai Man, o “Soldado de Mao”, terá falhado o prazo para a entrega das assinaturas em falta, após ter sido alvo de uma operação Comissariado Contra a Corrupção (CCAC), justificada com suspeitas de corrupção. Esta foi a segunda operação das autoridades contra membros da potencial lista no prazo de dois dias, e a exclusão das eleições deve ser confirmada durante o dia de hoje pela Comissão de Assuntos Eleitorais da Assembleia Legislativa (CAEAL). A operação do CCAC foi anunciada pelo organismo liderado por Ao Ieong Seong, na sexta-feira, sem que houvesse identificação da lista visada. Em comunicado, sobre a operação que aconteceu na quinta-feira, as autoridades apenas se limitaram a indicar que tinham descoberto “um caso suspeito de oferta de vantagens, incluindo vantagens pecuniárias, para aliciamento de assinatura do formulário Pedido de Reconhecimento de Constituição de Comissão de Candidatura”. Antes de uma lista candidata à Assembleia Legislativa ser formada, os membros precisam de constituir a chamada comissão de candidatura e recolher entre 300 e 500 assinaturas de apoio. Na altura da operação do CCAC, a Ajuda Mútua Grassroots estava numa corrida contra o tempo para conseguir mais 77 assinaturas válidas, depois de algumas das assinaturas originalmente apresentadas terem sido consideradas inválidas. “O CCAC verificou que há pelo menos cinco indivíduos envolvidos no caso. Estes indivíduos terão aliciado outros para assinar formulários de propositura com vantagens pecuniárias ou outras vantagens ou terão oferecido formulários de propositura já assinados”, foi comunicado pelas autoridades. “Um dos suspeitos confessou a prática do respectivo acto criminoso suspeito enquanto um outro suspeito confessou a falsificação de assinaturas dos eleitores, assinando formulários de propositura”, foi acrescentado. Exclusão quase confirmada Ao All About Macau, Sou Weng, membro da Associação dos Armadores de Ferro e Aço que serve de base à potencial lista Ajuda Mútua Grassroots, reconheceu que a operação mais recente do CCAC resultou na detenção do responsável pela recolha das assinaturas em falta. O detido, que não foi identificado, estava num encontro com um amigo quando foi levado pelas autoridades. Esta pessoa estava encarregue da recolha das assinaturas, depois de Wong Wai Man ter sido detido no dia anterior, pela Polícia Judiciária, alegadamente pelo crime de exploração de mah-jong, num outro caso judicial. Face às detenções dos membros mais recentes da associação, Sou Weng admitiu assim que o mais provável é que as assinaturas tenham ficado por entregar, o que exclui das eleições a lista. Ao All About Macau, o membro da associação recusou a existência de qualquer caso de corrupção que envolva a Associação dos Armadores de Ferro e Aço. Prisão à vista No sábado, o Ministério Público (MP) emitiu um comunicado a informar que os membros da associação envolvidos estão indicados pelo crime de corrupção eleitoral, punido com uma pena de um a cinco anos de prisão. Segundo o MP, caso sejam considerados culpados, os visados têm de cumprir pena efectiva de prisão, dado que a lei eleitoral não permite suspensão, sem substituição por outras medidas de punição, como multa. Os visados estão também indiciados da prática do crime de falsificação de documento que pode ser punido com multa ou pena de prisão até 3 anos, que pode ser suspensa. O MP informou ainda que o Juiz de Instrução Criminal “aplicou aos dois arguidos principais medidas de coacção de prestação de caução, de apresentação periódica, de proibição de ausência e de proibição de contactos e aos demais três arguidos medida de coacção de prestação de caução”.
Empreendedorismo | Evento para empresas locais quer captar “investidores anjo” Andreia Sofia Silva - 16 Jun 202519 Jun 2025 Macau acolhe hoje um evento destinado a captar os chamados “investidores anjo” para projectos locais de empreendedorismo. O “Macau Angel Investor Network” decorre no “The Macao Young Entrepreneur Incubation Centre” e pretende dar apoio a projectos empresariais emergentes ou simplesmente startups que estão a dar os primeiros passos Chama-se “Macau Angel Investor Network”, qualquer coisa como “Rede de Investidores Anjo em Macau” e pretende aproximar residentes que desejam ser empresários de sucesso e criar os seus próprios negócios numa economia que se quer diversificada. O evento está marcado para hoje no Da Hengqin Development Center, no número 517 da Avenida da Praia Grande, Edifício Comercial Nam Tung, entre as 11h e as 12h30, e conta com diversas personalidades ligadas à economia local, mas não só. São eles Raphael Chan, vice-director da Direcção dos Serviços de Economia e Desenvolvimento Tecnológico (DSEDT), Paulo Andrez, presidente emérito da “European Business Angel Network” e ainda figuras como Emanuel Soares, consultor jurídico, U Man Fai, investidor-anjo para a zona da Grande Baía e partner/fundador do “Esencia Fund” e ainda Ung Choi Kun, ex-deputado à Assembleia Legislativa e presidente da Kun Cheong Holding ltd e também ele um “investidor-anjo”. O evento é desenvolvido pela Associação para o Empreendedorismo e Inovação para Macau, China e Países de Língua Portuguesa, a que está ligado Marco Duarte Rizzolio, sendo co-organizado pela Associação Plataforma Sino-Lusófona de Macau para o Desenvolvimento Sustentável. Ao HM, este explicou os principais objectivos que estão por detrás desta iniciativa. “Queremos conectar investidores anjo a startups e pequenas e médias empresas (PME) locais, fomentando o ecossistema empreendedor e promovendo a diversificação económica de Macau”. Por sua vez, Alvin Fong, também ligado à organização deste evento e presidente da Direch International, defendeu que se pretende “criar uma plataforma que reúna o conhecimento sobre investimentos-anjo, ajudando na diversificação da economia de Macau”. Segundo Rizzolio, “os investidores anjo, que investem capital próprio em empresas emergentes, são fundamentais para apoiar startups em estágios iniciais onde as possibilidades de financiamento são mais escassas no sector financeiro tradicional”. “Além disso”, frisou, a rede de contactos que hoje decorre na Avenida da Praia Grande “procura aproximar investidores dos países de língua portuguesa e da China, criando um acesso mútuo aos melhores projectos desenvolvidos nessas regiões e reforçando Macau como um elo estratégico entre o Oriente e o Ocidente”. Para Alvin Fong, este é o “momento oportuno” para a realização de um evento desta natureza, tendo em conta que “o mundo está a passar por muitas mudanças e novas oportunidades estão a surgir”. Segundo Marco Duarte Rizzolio, até já ocorreram, em Macau, eventos anteriores na tentativa de captar investimentos anjo, “mas esta é a primeira vez que se pretende criar uma rede de ‘Business Angels’ em Macau com investidores chineses e de países de língua portuguesa”. “As condições para realizar este evento agora surgem de vários factores, como o crescimento acelerado da inovação e tecnologia, a maior digitalização e o uso de software nos negócios, a necessidade de diversificar a economia local, o foco crescente na Grande Baía como um polo de inovação”, disse. Em causa, estão também factores como “o esforço conjunto de entidades públicas e privadas em criar um ambiente favorável ao empreendedorismo”, algo que foi muito potenciado pelos anos de pandemia, defendeu, por ter trazido a Macau e às autoridades “uma nova compreensão sobre a importância de apoiar negócios locais e regionais, tornando este momento particularmente estratégico”. Quem é quem Para a sessão de hoje foram convidados “empresários e empreendedores de sucesso, alguns dos quais são líderes nas suas áreas”, sendo que a sua “experiência e inteligência acrescentam muito a este evento”, destacou Alvin Fong. Já Marco Duarte Rizzolio, frisou que estarão presentes “pessoas interessadas em tecnologia e inovação, incluindo alguns investidores anjo, representantes de fundos de capital de risco, empresários de renome e especialistas em inovação e desenvolvimento empresarial”. A sessão de hoje trata-se de uma “oportunidade para obter conhecimentos valiosos e ampliar a rede de contactos”, sendo que Marco Duarte Rizzolio destaca personalidades como Paulo Andrez, “reconhecido especialista internacional em empreendedorismo, inovação e investimento anjo”, ou ainda Ung Choi Kun, “figura proeminente em Macau nos sectores do imobiliário e da educação, sendo também investidor anjo em várias empresas”. Questionado sobre as principais áreas em que se foca esta iniciativa, Rizzolio acrescenta que o acontecimento está voltado para “startups e PME que actuam em sectores como a tecnologia, o turismo inteligente, a economia verde, saúde, educação digital, logística ou finanças”, por se tratarem de “sectores com alto potencial de crescimento e que estão alinhados tanto nas necessidades locais”, nomeadamente na estratégia de diversificação económica “1+4” ou ainda “as tendências globais”. “Queremos identificar empresas inovadoras que possam prosperar não apenas em Macau, mas também na Grande Baía e em mercados internacionais”, acrescentou este responsável que está também ligado à organização do concurso de startups e empreendedorismo, o “929 Challenge”. Momento certo Para Alvin Fong, Macau apresenta actualmente potencialidades para a conexão de projectos empresariais às cidades da Grande Baía, todas elas situadas na província de Guangdong. “Macau tem muita liberdade e flexibilidade para experimentar novas ideias. Além disso, recebemos muitos turistas de todo o mundo. Sendo uma das onze cidades da GBA, Macau é, de facto, uma excelente plataforma”, frisou. Por sua vez, Marco Duarte Rizzolio fala em “características únicas” do território, “como a sua posição como ponte entre a China e os países de língua portuguesa, um ambiente regulatório estável e incentivos fiscais e financeiros que podem atrair investidores e startups”. Existe ainda “o aumento do foco na diversificação da economia além do sector do jogo”, verificando-se “um terreno fértil para inovação e novos negócios”. “Num cenário global de taxas de juro baixas, mercados de capitais com alguma fricção geopolítica, o investimento em tecnologia tem apresentado múltiplos incomparáveis face a outros activos. Nesse contexto, a criação de mais incentivos financeiros e o fortalecimento de programas de apoio a startups são passos cruciais”, destacou o co-criador do evento. Grande concorrência Apesar das potencialidades, persistem os desafios, tendo em conta que “Macau não tem muitas vantagens além do sector do jogo”, existindo “uma concorrência intensa na Grande Baía”, alertou Alvin Fong. Para Marco Duarte Rizzolio “os desafios são significativos”, pois “a transição de uma economia tão dependente do sector do jogo para um modelo mais diversificado leva tempo e exige esforços coordenados”. Há ainda que ter em conta as oportunidades que surgem com a integração da RAEM na ilha de Hengqin, adiantou Rizzolio, que recorda, porém, “os desafios relacionados à competitividade e a adaptação regulatória”. “Além disso, a remodelação habitacional e comercial exige equilíbrio entre o crescimento económico e a preservação do tecido social local. É essencial criar políticas que incentivem o empreendedorismo e o investimento, minimizando os impactos negativos dessas transformações”, lembrou. Questionados sobre se as autoridades têm feito o suficiente na captação de investidores-anjo, ambos defendem que há mais trabalho a fazer. “Este é um bom começo, mas mais pode ser feito no futuro”, disse Alvin Fong. Já Marco Duarte Rizzolio, referiu que “o Governo da RAEM tem feito esforços importantes”, além de mencionar “várias vezes a necessidade de criar uma rede de ‘Business Angels'”. “Macau tem apoiado muitas iniciativas que visam estimular o investimento. É verdade que a criação de mais incentivos financeiros e o fortalecimento de programas de apoio a startups são passos cruciais. Também é necessário promover Macau de forma mais activa como um destino atractivo para investidores, destacando as suas vantagens competitivas no cenário internacional. Este evento é um exemplo de boa colaboração entre o sector público e privado para estimular o ecossistema”, defendeu Rizzolio. Destaque ainda para o facto de o evento de hoje se realizar em estreita conexão com a 369, uma entidade que pretende transformar-se “num hub internacional de ciência e tecnologia em Macau, dando às novas gerações um palco maior de exploração” de oportunidades, disse Alvin Fong, presidente desta entidade. Marco Duarte Rizzolio salientou que estamos perante “uma incubadora do ecossistema de Macau que tem organizado vários eventos”.
Vaticano | Pequim diz que acordo sobre bispos foi aplicado sem contratempos Hoje Macau - 13 Jun 2025 A China afirmou ontem que o acordo provisório com o Vaticano sobre a nomeação de bispos “tem sido implementado sem contratempos”, após o nomeação de Joseph Lin Yuntuan como bispo auxiliar da cidade de Fuzhou, no sudeste do país. “Nos últimos anos, a China e o Vaticano mantiveram uma comunicação fluida e reforçaram a confiança mútua através de um diálogo construtivo”, declarou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lin Jian, em conferência de imprensa, em Pequim. O responsável salientou que ambas as partes têm cooperado na implementação do acordo provisório assinado em 2018 — e renovado já por duas vezes — que prevê a consensualização da nomeação de bispos na China, uma matéria historicamente sensível para os dois Estados. “A China está disposta a trabalhar com o Vaticano para continuar a promover o progresso das relações”, acrescentou Lin. O Vaticano confirmou na quarta-feira que o Papa Leão XIV nomeou Joseph Lin como bispo auxiliar da diocese de Fuzhou em 05 de Junho, no âmbito do referido acordo, e que a nomeação foi formalizada após o reconhecimento civil por parte das autoridades chinesas. O pacto bilateral permite a escolha conjunta dos bispos — uma competência tradicionalmente reservada ao Papa — mas que Pequim considerava uma ingerência nos assuntos internos do país. A nomeação de Lin — que foi ordenado bispo em 2017 como membro da chamada Igreja clandestina, fiel a Roma — representa um novo passo na complexa relação entre os dois Estados, que não mantêm laços diplomáticos desde 1951. Desde a assinatura do acordo, já foram realizadas cerca de uma dezena de nomeações episcopais na China, com diferentes níveis de coordenação entre as partes.
Alibaba | Jack Ma defende reestruturação e aposta na IA Hoje Macau - 13 Jun 2025 O fundador da Alibaba, Jack Ma, reafirmou ontem a estratégia de transformação do gigante chinês do comércio electrónico com um investimento de 52 mil milhões de dólares em inteligência artificial (IA). Numa mensagem interna para os funcionários e divulgada ontem pelo jornal de Hong Kong South China Morning Post, Jack Ma respondeu a uma carta de demissão de um funcionário com 15 anos de casa, que apontou “falhas em aquisições, estratégias pouco claras, contratações questionáveis e avaliações de desempenho injustas”. Aos 60 anos e afastado das funções executivas desde 2019, Ma sublinhou que a empresa está a evoluir para uma estrutura “mais ágil e centrada no cliente”, na sequência da reorganização iniciada em 2023, que dividiu a Alibaba em seis unidades independentes. Considerado ainda o “líder espiritual” do grupo, o empresário defendeu que a IA constitui um eixo estratégico fundamental e que a Alibaba deve liderar o desenvolvimento tecnológico para “manter a sua relevância no mercado global”. A intervenção de Ma procura também reforçar a confiança dos cerca de 250 mil trabalhadores da empresa, numa altura em que a Alibaba enfrenta a concorrência crescente da PDD Holdings, operadora da plataforma rival Pinduoduo, que registou um crescimento de receitas de 94 por cento em 2023, contra os 9 por cento da Alibaba. No trimestre encerrado a 31 de Março, a Alibaba anunciou um aumento de 7 por cento nas receitas, para 236,5 mil milhões de yuan, e um lucro líquido de 12,4 mil milhões de yuan, o que representa uma subida de 279 por cento face ao período homólogo. A unidade Cloud Intelligence Group, pilar da estratégia de IA do grupo, registou um crescimento de 18 por cento nas receitas, que atingiram os 30,1 mil milhões de yuan.
Air India | Avião despenhou-se sobre edifícios com 242 pessoas a bordo Hoje Macau - 13 Jun 2025 O avião que se despenhou ontem em Ahmedabad, oeste da Índia, era da Air India e transportava 242 pessoas num voo para Londres, noticiou a agência de notícias indiana Press Trust of India (PTI). Sete portugueses seguiam a bordo. “O voo AI171, que operava Ahmedabad-Londres Gatwick, esteve envolvido num incidente hoje (ontem), 12 de Junho de 2025”, anunciou a companhia aérea, segundo a PTI. O avião, um Boeing 787, caiu numa localidade perto do aeroporto de Ahmedabad, pouco depois de descolar, segundo a polícia. À hora do fecho desta edição, estavam confirmados pelo menos 290 mortos, entre passageiros e habitantes dos edifícios sobre os quais o avião se despenhou, havendo apenas um sobrevivente. As imagens dos canais de televisão locais mostraram fumo a sair do local do acidente, perto do aeroporto de Ahmedabad. O avião despenhou-se numa zona residencial chamada Meghani Nagar, cinco minutos depois de descolar, às 13:38 locais, disse o director-geral da aviação civil, Faiz Ahmed Kidwai, à agência de notícias norte-americana Associated Press (AP). Seguiam a bordo 230 passageiros, sete dos quais portugueses que se supõe com dupla nacionalidade, e 12 membros da tripulação, e as equipas de emergência foram activadas no aeroporto, disse Kidwai. O 787 Dreamliner é um avião bimotor de grande porte. Em choque É o primeiro acidente de sempre de um Boeing 787, de acordo com a base de dados da Aviation Safety Network, acrescentou a AP. O ministro da Aviação indiano, Ram Mohan Naidu Kinjarapu, disse estar “chocado e consternado”, segundo a agência de notícias France-Presse (AFP). “Os serviços de salvamento estão a ser mobilizados e estão a ser envidados todos os esforços para garantir que as equipas médicas (…) sejam enviadas rapidamente para o local”, disse o ministro num comunicado. Acrescentou que rezava por “todas as pessoas a bordo e as suas famílias”. O anterior acidente aéreo no país ocorreu em 2010, quando um voo da Air India proveniente do Dubai se despenhou ao aterrar em Mangalor, no sul da Índia, matando 158 pessoas. Em 1996, o voo 763 da Saudi Arabian Airlines colidiu em pleno ar com o voo 1907 da Kazakhstan Airlines perto de Nova Deli. Todas as 349 pessoas a bordo dos dois aviões morreram, tornando-se a colisão aérea mais mortífera da história, segundo a AFP.
Rumi Amélia Vieira - 13 Jun 2025 A antiga Pérsia tem para nós o encanto das lendas e dela recorremos quando ao redor se esvaziam os sonhos e silenciam as regras da civilização que nos faz mergulhar diariamente em factos tangíveis, e sem nos darmos conta há uma voz interna que nos leva daqui para fora e nos coloca no caminho onde o poema ajuda a subir, que a cair, somos instigados em qualquer circunstância. Mas esta Pérsia, onde era? Qual a razão para nos ter dado o melhor da condição humana quando tratamos de espiritualidade e poesia? É um território da Ásia Ocidental e o local das mais antigas civilizações do mundo, e nela nos focamos para entendermos melhor essa frente esmagadora chamada geopolítica. É agora Irão desde 1935, e foi aqui que nasceu Rumi numa das suas províncias, o Afeganistão, sob o Sultanato de Rum, Turquia, no século XIII, para trás deixamos o maior império do mundo, e as sucessivas vagas de conquistas e reconquistas que o fizeram tão poderoso. Nesta Pérsia os povos oravam aos poetas não havendo por isso uma diferenciação entre o seu estatuto e a espiritualidade vigente em terras do zoroastrismo, a primeira religião monoteísta que daria as bases para as Abraâmicas, que produziu um Rumi, como também já tinha dado um Omar Khayyam – Rumi, pode ser considerado um Sufi, o lado mais espiritual do Islão, e a expressão “ciências da alma” não pode ser mais justa nem mais sugestiva, quando lemos os seus poemas. Ele é um poeta místico que se lançou no seu projecto divino estudando Filosofia, Teologia, Direito, que lhe deu uma grande capacidade de olhar as injustiças e fazer leis (não esqueçamos um dos primeiros marcos da Pérsia, libertar os escravos. A Grécia seguiu-lhes os passos) e sua principal obra, Dísticos Espirituais, o maior trabalho místico da poesia mundial que o coloca na voz lendária de um profeta, mas a sua obra é imensa e engloba a prosa, os sermões, e um cem número de anotações de seus discípulos que podem guiar aqueles que o perscrutem como o mais conseguido exercício para impedir as sombras que tão verticalmente caem agora sobre nós. Os poetas também servem para isso: estancar o Fascismo! A imundice destas sociedades e os elos artificiais programáticos das políticas insanas, precisam de Rumi. Se necessita também que o ensino se oriente para um contexto diferenciado e mais solene na busca de fontes outras, ou seja, precisam que não se estanque nos artefactos ” criativos” e suba de degrau para se poder lançar do abismo predestinado que todos temos de enfrentar. Deve o legislador procurar por todos os meios introduzir as culturas onde o Poema foi lei, e a força espiritual, o seu elo, e se dois destes navegantes da Terra surtirem efeito nas mentes em formação, foi ganho o esforço de terem sido implementadas. Também o seu mundo nunca foi calmo, tendo que fugir à chegada dos mongóis, tornando-se um dervixe (nome turco) no caminho ascético da ” Tariqah”: a sua ordem chamou-se Mevlevi, que são os que dançam à roda com homens vestidos de branco. União, Amor, Concórdia e Harmonia, foram os temas que compôs, para que nos encontremos com o «amado imortal» e quase desembocamos no «Amigo e o Amado» de Ramon Llull. Amigos, retornemos à fonte da essência pura, que nada mais pode ser igual. Lembrai-vos, somos pérolas no oceano do espírito. Se assim não for; por que razão brotam ondas constantes nos nossos corações? A onda primeva criou a vasilha desse corpo, E enquanto se rompe, estaremos em união com o Amigo.
FIA | Conferência ajudou a perceber futuro do automobilismo Sérgio Fonseca - 13 Jun 2025 Pela primeira vez na sua história, em 2025, Macau acolheu as Assembleias Gerais Extraordinárias e Conferência da Federação Internacional do Automóvel (FIA). Organizado em parceria com a Associação Geral do Automóvel de Macau-China (AAMC), a associação desportiva do território filiada na FIA, e com o Galaxy Entertainment Group, este evento reuniu na RAEM mais de cinco dezenas de delegados seniores da FIA provenientes de 147 países No Galaxy International Convention Centre, até hoje, discute-se o futuro do automobilismo e mobilidade a nível mundial. No entanto, alguns detalhes sobre o futuro do desporto no território já foram revelados nas entrelinhas. Focada em obter informações sobre o crescimento do automobilismo e a promoção de uma mobilidade segura, sustentável e acessível a todos na região Ásia-Pacífico, a sessão de abertura da Conferência da FIA destacou a importância da comunicação e colaboração, bem como a capacidade da região para inovar e criar soluções que respondam às questões específicas que enfrenta. Roberto Carlos Osório, presidente da Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC), afirmou que a associação possui uma forte tradição no automobilismo e que, ao seguir as directrizes da FIA, está a conseguir fazer crescer rapidamente a competição a nível da base na região. “Organizámos a primeira Taça GT Macau em 2008”, referiu o dirigente da AAMC. “Actualmente, temos também a Taça GT – Corrida da Grande Baía para carros GT4. Além disso, em 2008, criámos a Road Sport Challenge”, explicou. “E hoje, em 2025, temos o orgulho de anunciar que contamos com 68 carros de Turismo na região a competir na corrida de qualificação para entrarem no 72.º Grande Prémio de Macau.” Num ano em que a AAMC comemora 30 anos de existência – nasceu como Automóvel Clube de Macau – ficamos também a saber que a aposta da associação para o futuro será nas disciplinas de base do desporto motorizado. Roberto Carlos Osório revelou igualmente um dado curioso: Macau conta com 135 pilotos com licença desportiva do território. “Este crescimento foi alcançado seguindo as orientações da FIA para promover o automobilismo de base e criar corridas acessíveis para os pilotos da região,” acrescentou o dirigente do território. “Com o interesse de pilotos, equipas e promotores em desenvolver actividades de ponta em Macau, no futuro iremos focar-nos ainda mais nas competições de base e em corridas acessíveis, não só para apoiar o turismo, mas também para tornar Macau num centro asiático de eventos internacionais de Karting, onde os campeões poderão ser seleccionados para a F4 e, posteriormente, para a Formula Regional.” Programa do GP confirmado A Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau (COGPM) realizou uma conferência de imprensa, no passado dia 8 de Junho no Museu do Grande Prémio de Macau, para confirmar as corridas do programa do 72.º Grande Prémio de Macau, que terá lugar entre os dias 13 e 16 de Novembro deste ano. Tal como no ano passado, serão sete corridas no total, respectivamente, o Grande Prémio de Macau – Taça do Mundo de FR da FIA, a Taça GT Macau – Taça do Mundo de GT da FIA, a Corrida da Guia Macau – Kumho FIA TCR World Tour Event of Macau, a Corrida de Macau de Fórmula 4 – Taça do Mundo de Fórmula 4 da FIA, o 57.º Grande Prémio de Motos de Macau, a Taça GT – Corrida da Grande Baía (GT4) e a Macau Roadsport Challenge. Pela primeira vez, o Circuito da Guia recebe quatro diferentes Taças sob a chancela da FIA no mesmo fim de semana. Outras novidades Entre reuniões e comunicados, foram reveladas outras informações sobre a edição de Novembro do Grande Prémio de Macau. O Conselho Mundial da FIA aprovou, em Macau, que o vencedor da primeira Taça do Mundo de Fórmula 4 da FIA receberá dois pontos para a Super Licença. Ficámos também a saber que a Pirelli irá equipar todos os monolugares que participarem tanto na Taça do Mundo de Fórmula 4 da FIA como na Taça do Mundo de Fórmula Regional da FIA. Por sua vez, o fornecimento de pneus e combustível para a Taça do Mundo de GT da FIA continua em fase de concurso. As inscrições para a Taça do Mundo de Fórmula 4 estarão abertas até 30 de Julho. A selecção final de 20 pilotos será confirmada pela FIA através de uma carta oficial de convite, tendo em conta a classificação atual dos pilotos nos respetivos campeonatos. No caso da Taça do Mundo de Fórmula Regional da FIA, as inscrições também permanecerão abertas até 30 de Julho, sendo que a grelha poderá acolher um máximo de 27 monolugares Tatuus Formula Regional equipados com motores Alfa Romeo construídos pela Autotecnica. Tal como na Fórmula 4, a participação será por convite, com prioridade atribuída aos pilotos que tenham alcançado as melhores posições nos cinco campeonatos de Fórmula Regional de 2025.
China “prudentemente optimista” após negociação comercial com EUA Hoje Macau - 13 Jun 2025 Um jornal oficial do Partido Comunista Chinês mostrou-se ontem “prudentemente optimista”, após uma reunião entre equipas comerciais da China e dos Estados Unidos, sublinhando que, apesar das “boas indicações”, Pequim “aguarda para ver”. “É necessário ser prudentemente optimista. O resultado da reunião deixou boas indicações e tudo aponta para que se tenha ultrapassado o ponto mais crítico da guerra tarifária”, assinalou o Global Times, em editorial, destacando que “a evolução da situação dependerá dos detalhes” e “da implementação do próprio acordo”. O Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou na quarta-feira, na sua rede social Truth Social, que, no âmbito do novo pacto, os EUA imporão uma tarifa de 55 por cento sobre produtos chineses, enquanto Pequim manterá uma taxa de 10 por cento sobre bens norte-americanos. Até ao momento, a China não confirmou estes números nem outros pormenores do acordo alcançado em Londres, que ainda necessita da aprovação final tanto de Trump como do líder chinês, Xi Jinping. Pequim também não confirmou se, tal como referido por Trump, o pacto inclui a aprovação de vistos para estudantes chineses matriculados em universidades norte-americanas, nem o fornecimento a Washington de minerais raros essenciais para a indústria. O Global Times destacou que o “quadro de trabalho” acordado deverá ser suficiente para “resolver os problemas económicos e comerciais” surgidos nas últimas semanas, salientando que “é crucial que os Estados Unidos demonstrem sinceridade”. Abusos e pragmatismo “Os EUA abusaram unilateralmente das tarifas sobre a China, conduzindo à situação difícil actual; por outro lado, faltaram repetidamente à palavra e até aumentaram a pressão após terem alcançado um consenso preliminar”, acrescentou o jornal. O mesmo órgão referiu que a China tem sido sincera e que a parte norte-americana deve “mostrar integridade”, “cumprir o consenso” e “salvaguardar em conjunto os resultados do diálogo, obtidos com tanto esforço”. “Espera-se que os EUA adoptem uma postura pragmática e levantem as suas medidas negativas contra a China”, concluiu. As conversações visaram reduzir as tensões entre as duas potências, que se têm acusado mutuamente de violar o acordo alcançado em Genebra, em Maio, após uma escalada na guerra comercial. Naquele encontro, os dois países acordaram um pacto temporário de 90 dias, pelo qual a China reduziria as tarifas sobre produtos norte-americanos de 125 por cento para 10 por cento, enquanto os EUA diminuiriam as suas tarifas sobre bens chineses de 145 por cento para 30 por cento.
Comédia | Jimmy O. Yang actua pela primeira em vez Macau no Broadway João Luz - 13 Jun 202513 Jun 2025 Os dias 4, 5 e 6 de Julho merecem estar reservados no calendário dos fãs de stand-up comedy de Macau. Jimmy O. Yang, o comediante de Hong Kong que entra em séries como “Silicon Valley” e “Space Force”, vai actuar no Broadway Theatre. Os bilhetes estão à venda a partir de hoje e custam entre 480 e 880 patacas “Tenho algo grande para anunciar: Macau, Ou Mun, vou aí estar entre 4 e 6 de Julho para três espectáculos. Vão ser os meus primeiros espectáculos em Macau. Os bilhetes vão estar à venda no dia 13 de Junho. Até já, Macau!” Foi desta forma que o comediante Jimmy O. Yang anunciou nas redes sociais que vai trazer o seu espectáculo de stand-up comedy pela primeira vez a Macau. Os espectáculos estão marcados para o Broadway Theatre. Nos dias 4 e 5 de Julho têm início às 20h30 e no dia 6 de Julho, domingo, a sessão começa às 15h. Os bilhetes estão à venda a partir de hoje e custam entre 480 e 880 patacas. Antes dos espectáculos em Macau, Jimmy O. Yang irá actuar na sua terra natal, Hong Kong, com cinco espectáculos já esgotados no Coliseu da cidade vizinha, entre hoje e domingo, com duas matinés pelo meio. Com 38 anos de idade, o comediante tem já uma carreira longa, não só na comédia de palco, mas principalmente em série de televisão e cinema. A popularidade da comédia da HBO “Silicon Valley” apresentou Jimmy O. Yang ao mundo, interpretando um membro de uma equipa de programadores informáticos que tenta a sua sorte no mundo bilionários das aplicações móveis. Outro papel recorrente no currículo de Jimmy O. Yang, foi na série da Netflix “Space Force”, onde contracena com actores como Steve Carell, John Malkovich, Ben Schwartz, Diana Silvers, Lisa Kudrow e o seu pai Richard Ouyang. O comediante de Hong Kong entrou ainda em séries como “Os Simpsons”, “It’s Always Sunny in Philadelphia”, “American Dad”, entre outras. Na sétima arte Em cerca de 12 anos, Jimmy O. Yang entrou em mais de duas dezenas de filmes. Na sua filmografia há algumas longas metragens incontornáveis, como “Crazy Rich Asians”, “Love Hard”, “Like a Boss” e animações como “The Monkey King”, onde dá voz ao protagonista, “Minions: The Rise of Gru”, “The Lego Movie 2” e “Wish Dragon”. No meio da uma carreira no palco e nos grandes e pequenos ecrãs, Jimmy O. Yang ainda teve tempo para escrever um livro: “How to American: An Immigrant’s Guide to Disappointing Your Parents”. A obra não só descreve um pouco a sua vida, enquanto alguém que no início da adolescência se muda de Hong Kong para a Califórnia, onde já tinha família, mas também desvenda os temas que costuma abordar nos espectáculos de stand-up comedy. Na introdução do livro, o comediante dá algumas pistas sobre o seu percurso e o impacto que teve na sua família. “Recusei um emprego na área financeira para me dedicar à carreira de stand-up comedy. O meu pai pensou que eu tinha enlouquecido. Mas apercebi-me que mais valia desiludir os meus pais durante alguns anos, do que desiludir-me o resto da minha vida. Tive de os desiludir para poder dedicar-me ao que amava fazer. Essa foi a única forma que arranjei para poder comer o meu bolo de nabo chinês e a tarte de maçã americana ao mesmo tempo.” Jimmy O. Yang nasceu em Hong Kong no Verão de 1987, depois de os seus pais se terem mudado de Xangai para a região vizinha. Em 2000, quando o comediante era um jovem de 13 anos, a família mudou-se para Los Angeles, onde vivia uma tia e uma avó do jovem. Em 2009, formou-se em Economia na Universidade da Califórnia, em San Diego. Na cerimónia de entrega dos diplomas no ano em que completou a licenciatura, o orador principal foi Mike Judge, o autor da série “Silicon Valley”.
Take-away | Distribuidor detido por conduzir embriagado Hoje Macau - 13 Jun 2025 Um distribuidor de take-away foi detido depois de sofrer um acidente de viação e acusado uma taxa de alcoolemia de 2,95 gramas por litro de sangue, na terça-feira. Segundo o jornal Ou Mun, o Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) recebeu a chamada do próprio suspeito, que pediu ajuda e alegou que o pé esquerdo tinha ficado ferido numa das barras de estacionamento para motos. Quando os agentes policiais chegaram, verificaram que o suspeito cheirava a álcool e suspeitaram que tinha estado a conduzir com excesso de álcool no sangue. Também antes da chamada, o CPSP tinha recebido uma denúncia de um acidente de viação, em que o condutor de uma moto tinha caído sozinho, sem causar danos, e fugido do local. Com recurso à videovigilância o CPSP confirmou que se tratava do mesmo suspeito e que após o acidente ainda continuou a distribuir comida. Depois de fazer o teste de balão, foi descoberta uma taxa alcoolemia de 2,95 gramas por litro de sangue no condutor. O caso foi encaminhado ao Ministério Público pela prática do crime de condução em estado de embriaguez.
SMG | Wutip passa a sinal 1 mas mantém-se alerta Hoje Macau - 13 Jun 2025 A tempestade tropical Wutip tem enfraquecido à medida que se aproxima de Macau, ainda assim as autoridades esperam que o vento se intensifique ao longo do dia de hoje, acompanhado de aguaceiros fortes e trovoadas. Os Serviços Meteorológicos e Geofísicos baixaram ontem à tarde o alerta para sinal 1, enquanto as autoridades nacionais aumentaram Os Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) baixaram ontem à tarde o alerta de tempestade tropical do sinal 3 para o sinal 1, quando a tempestade Wutip estava a cerca de 680 quilómetros de Macau. De acordo com a trajectória prevista, o Wutip irá tomar hoje um rumo de norte a nordeste, aproximando-se da costa oeste da Província de Guangdong e a corrente de ar sudoeste associada vai afectar Macau. Assim sendo, o vento na região poderá voltar a intensificar-se para ventos sustentáveis entre 41 km/h e 62 km/h, acompanhado de rajadas de cerca de 110 km/h. Os SMG prevêem também aguaceiros fortes e trovoadas entre o final do dia de hoje e o início de domingo. Devido à “significativa” precipitação contínua e acumulada e ao efeito da maré astronómica, os SMG alertaram para a possibilidade de ligeiras inundações em zonas do Porto Interior entre hoje e amanhã. Apesar de terem baixado o sinal de alerta, os SMG apontaram ontem que a trajectória do ciclone tropical ainda é incerta e apelaram à população para se manter alerta. Por outro lado Ao contrário do alívio do nível de alerta em relação à tempestade tropical Wutip verificado em Macau, as autoridades chinesas optaram ontem por outra via, elevando a resposta de emergência de nível IV para III, face à aproximação da primeira tempestade do ano, que deverá atingir por duas vezes o sul da China. O sistema chinês de resposta a desastres meteorológicos compreende quatro níveis, sendo o nível I o mais grave e o nível IV o menos severo. A activação do nível III implica a mobilização mais alargada de recursos e coordenação reforçada entre agências a nível local e nacional para prevenir e mitigar os potenciais impactos do fenómeno. De acordo com o Centro Meteorológico Nacional chinês, o Wutip desloca-se em direcção a noroeste a cerca de 10 quilómetros por hora e poderá tocar terra pela primeira vez entre a madrugada e a manhã de hoje, numa faixa costeira entre Lingshui e Ledong, na ilha de Hainan. Um segundo impacto está previsto para amanhã, na costa entre o oeste da província de Guangdong e a região autónoma de Guangxi. Até amanhã, o sul da China deverá registar chuvas “muito fortes ou extremamente fortes” em zonas localizadas, nomeadamente no centro de Hainan, norte de Guangdong e leste de Guangxi, segundo o organismo meteorológico. O observatório central mantém activo um alerta amarelo de tufão, o terceiro nível numa escala de quatro cores, em que o vermelho representa a situação mais grave. A Administração Meteorológica da China, que tutela o Centro Meteorológico Nacional, apelou às autoridades locais para que reforcem as medidas de precaução face aos possíveis efeitos de ventos fortes, chuvas e deslizamentos de terra. O Wutip é o primeiro tufão da época na China, mas a sua formação registou-se com mais de dois meses de atraso em relação ao habitual início da temporada, que costuma ocorrer no final de Março. Especialistas atribuem o atraso a um sistema de alta pressão subtropical invulgarmente forte e à chegada tardia da monção de Verão ao mar do Sul da China, factores que inibiram a convecção tropical necessária para o desenvolvimento de ciclones.
MUST | Estudo revela ligeira quebra de confiança dos trabalhadores Hoje Macau - 13 Jun 2025 Pode a satisfação aumentar quando a confiança diminui? Pelos vistos, sim, pelo menos de acordo com o inquérito à confiança e satisfação da população empregada de Macau, realizado pelo Instituto para o Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Ciências e Tecnologia de Macau (MUST, na siga inglesa). Os resultados apresentados na quarta-feira pelo director do instituto da MUST que conduziu o inquérito, Liu Chengkun, revelam que o índice geral da confiança dos trabalhadores reduziu 0,66 por cento em termos anuais, de 3.04 pontos para 3.02 pontos, numa escala que vai de 1 a 5. Ou seja, ficou em território neutro. Por outro lado, o índice geral da satisfação aumentou 0,93 por cento para 3.26 pontos, ganhando 0.3 pontos em relação ao ano passado. O académico explicou que o índice geral da confiança é constituído pela avaliação ao sentimento de segurança face ao mercado laboral, à empresa empregadora e à autoconfiança do trabalhador. Neste capítulo, apesar de os trabalhadores terem mais confiança na empresa em que trabalham, cujos pontos aumentaram 0,92 por cento, a confiança no mercado laboral caiu 2,58 por cento. Os índices de autoconfiança mantiveram-se no mesmo nível de 2024. Os resultados indicam também que a confiança na segurança no trabalho, com o receio de perder o emprego no espaço de um ano, foi dos indicadores com a maior quebra, 5,4 por cento. Os outros indicadores onde se verificaram maiores descidas de confiança foram os da facilidade/dificuldade em encontrar novo emprego, e confiança para ascender na carreira e passar para um emprego melhor, com quebras respectivas de 4,48 por cento e 3,41 por cento. O inquérito foi realizado entre 10 e 29 de Abril, e contou com a participação de 837 inquiridos, empregados a tempo inteiro.
Casinos-satélite | Fecho afecta imobiliário e banca João Santos Filipe - 13 Jun 2025 O presidente da Associação Geral do Sector Imobiliário de Macau alerta que o crédito mal- parado pode atingir os 100 mil milhões de patacas, devido ao encerramento dos casinos-satélite e dos negócios que giram à volta destes espaços de diversão O anúncio sobre o encerramento cerca de nove casinos-satélite na Zona de Aterros do Porto Exterior (ZAPE) resultou no congelamento de pelo menos 10 negócios de imobiliário, em apenas dois dias. O cenário foi traçado pelo presidente da Associação Geral do Sector Imobiliário de Macau, Ip Kin Wa, em declarações ao jornal Ou Mun. Segundo Ip Kin Wa, com a confirmação do encerramento de nove casinos-satélite naquela zona, vários interessados na compra de imóveis, ou no arrendamento, optaram imediatamente por adiar os negócios, havendo mesmo quem tenha desistido do investimento. Ip revelou que em muitos casos os congelamentos de potenciais negócios foram justificados com a necessidade de esperar para ver o que acontece no futuro e perceber qual será o novo valor dos imóveis. Com o encerramento dos casinos-satélite, à volta dos quais convivem vários negócios, como lojas de penhores, restaurantes ou lojas de conveniência, espera-se que haja uma desvalorização destes espaços. O presidente da associação explicou também que algumas renovações de arrendamentos de espaços comerciais naquela zona, que estavam praticamente concluídas, ficaram em suspenso e podem não avançar. Face a este cenário, Ip Kin Wa mostra-se muito preocupado com o que considerou o impacto directo do anúncio do encerramento dos casinos daquela zona. Como consequência do fecho, o dirigente associativo teme que a crise com que se debate o mercado imobiliário há alguns anos se prolongue com a quebra do valor dos imóveis e a redução dos preços de venda. Tiros nos pés Nas declarações prestadas ao jornal com maior circulação no território, Ip Kin Wa alertou ainda que o encerramento dos casinos-satélite representa um risco para a saúde do sistema bancário muito superior ao reconhecido oficialmente pelo Governo. De acordo com o presidente da associação, o Governo indicou que os créditos relacionados com os casinos-satélite só representam 1 por cento do total dos créditos da banca. No entanto, segundo Ip, os números da própria banca apontam que o valor ligado a estes casinos é superior a 10 mil milhões de patacas. Além disso, Ip indicou que o Governo, ao optar por não tomar medidas para salvar os casinos-satélites, está a ignorar o impacto indirecto do encerramento destes casinos nos outros negócios que giram à volta dos espaços de jogo. Anteriormente, Tai Kin Ip, secretário para a Economia e Finanças, estimou que haveria cerca de 320 lojas que poderiam ser afectadas pelo encerramento dos casinos. No entanto, o presidente da associação vem agora avisar que foram pedidos empréstimos durante a pandemia por estes negócios, para fazer face à redução das receitas, e que não houve tempo de recuperar financeiramente, o que faz com que não tenham capacidade de devolver o dinheiro aos bancos. A estes empréstimos, juntam-se as hipotecas a serem pagas pelos senhorios que arrendam os espaços onde os negócios são explorados. Segundo Ip, quando os empréstimos dos negócios e as hipotecas são tidos em conta, o montante de crédito ligado directamente e indirectamente aos casinos-satélite sobe para pelo menos 70 mil milhões de patacas, no caso de 70 por cento dos negócios perderem a capacidade para pagarem os respectivos empréstimos. Com base nestas contas, Ip Kin Wa estimou que o crédito mal-parado pode subir para 100 mil milhões de patacas, uma taxa de 10 por cento. De acordo com os dados citados por Ip, da Autoridade Monetária de Macau referentes a Abril, nesse mês, a taxa de incumprimento de empréstimos era de 5,4 por cento, equivalente a 55 mil milhões de patacas.
Jogo | Governo renova contrato com SLOT mas exige redução de TNR Hoje Macau - 13 Jun 2025 O Governo renovou o contrato de concessão de exploração de lotarias instantâneas com a SLOT — Sociedade de Lotarias e Apostas Mútuas de Macau, mas exigiu à empresa prioridade aos residentes locais no acesso ao emprego e que formulasse propostas para reduzir as quotas de trabalhadores não-residentes. Segundo a Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ), entre os recursos humanos da SLOT, 15 por cento são TNR. Face às exigências do Executivo, a empresa propôs reduzir em 35 por cento as quotas actuais de TNR, para um total de 26 quotas para trabalhadores não especializados até ao fim do primeiro trimestre do próximo ano. A DICJ sublinhou ontem que “o Governo da RAEM continuará a avaliar a situação de execução da SLOT no que diz respeito à garantia de prioridade de acesso ao emprego dos residentes locais e no cumprimento das suas responsabilidades sociais, de modo a assegurar o desenvolvimento saudável do mercado de trabalho local e, em conjunto, salvaguardar a estabilidade social”.
Aviação | Abertura do mercado arranca em Fevereiro de 2026 Hoje Macau - 13 Jun 2025 A lei que pretende acabar com o monopólio da Air Macau na aviação civil deverá entrar vigor em Fevereiro do próximo ano. A estimativa foi deixada por Vong Hin Fai, deputado e presidente da 3.ª Comissão Permanente da Assembleia Legislativa, ontem, depois de ter sido finalizada a discussão na especialidade. Nesta fase, a lei ainda vai ter de ser votada no Plenário da Assembleia Legislativa, o que deverá acontecer o mais tardar até 15 de Agosto deste ano, não se esperando qualquer dificuldade na aprovação do diploma. A partir do momento em que a lei entrar em vigor, em teoria, qualquer companhia aérea pode tentar obter uma licença para operar em Macau. Contudo, o número de licenças é controlado pelo Chefe do Executivo, o que significa que existe a possibilidade de o mercado não ficar efectivamente liberalizado. Além da aviação de transporte de passageiros, o sistema de concessão deixa igualmente de vigorar para o transporte de mercadorias e de transporte de correio. A lei não vai impor uma obrigação de serviços às novas empresas que entrem no mercado de Macau, mas, se após obterem a autorização, as empresas deixarem passar dois anos sem realizar qualquer actividade, a autorização vai caducar. As autorizações para operar em Macau podem ser distribuídas por concurso público. No entanto, Chefe do Executivo tem poderes para dispensar esse procedimento e entregar a licença directamente a uma empresa, se considerar que essa opção é aquela que melhor defende o interesse público.
Trânsito | Lo Choi In pede obras na Praça Ferreira do Amaral João Santos Filipe - 13 Jun 2025 O número de acidentes naquela que é uma das zonas características de Macau leva a deputada a defender uma intervenção profunda, que pode passar por um melhor aproveitamento do subsolo A deputada Lo Choi In defende a necessidade de se realizarem obras na Praça Ferreira do Amaral para reduzir os riscos de acidentes para os peões, face ao enorme volume de autocarros. A questão consta de uma interpelação escrita da legisladora ligada à comunidade de Jiangmen. O pedido para alterar aquela que é uma das principais praças do território, e um dos pontos com maior circulação de autocarros, surge depois de na última semana de Maio terem sido registados pelo menos três acidentes com autocarros no local. A deputada considera que os acidentes naquela zona são cada vez mais frequentes e que o problema precisa de uma resposta. “Quando introduzimos num motor de busca as palavras Praça Ferreira do Amaral surgem inúmeras notícias sobre acidentes naquele local, desde atropelamentos de peões, colisões entre autocarros ou acidentes entre autocarros e carros particulares, quando os autocarros entram na rotunda”, descreveu Lo. “A população tem a impressão que este local se tornou um dos pontos negros do trânsito”, avisou. No texto, a deputada reconhece que por vezes os acidentes são da responsabilidade de peões ou das pessoas que não adoptam as cautelas devidas de circulação naquela zona. No entanto, Lo Choi In defende que “quando os acidentes se sucedem, isso pode reflectir as falhas na concepção das paragens de autocarros na rotunda”. Desafios reconhecidos De acordo com a deputada, as obras no local devem ser profundas, embora reconheça que a praça resultou de um desenvolvimento histórico que vai sempre limitar as intervenções na zona. No entanto, Lo sugere uma parceria entre o governo e diferentes instituições académicas para se proceder a um novo planeamento, de forma a que os congestionamentos deixem de ser frequentes, ao contrário do que actualmente acontece, em alturas como o Ano Novo Lunar, a Semana Dourada, ou o Feriado Nacional. Segundo a deputada, o governo deve ponderar convidar especialistas nestas questões para resolver o problema não só de Macau, mas também do Interior. Com estas alterações, Lo indica que vai ser possível “optimizar a eficiência da rede viária, aumentar a segurança dos peões e ainda revitalizar e aproveitar o espaço subterrâneo daquela zona. Ao mesmo tempo, a legisladora aproveita a interpelação para defender a necessidade de substituir e organizar várias paragens de autocarros em Macau, principalmente as mais antigas. Sobre este assunto, Lo afirma que são várias as paragens a ser substituídas e que o trabalho vai levar tempo. Contudo, apela ao Executivo para ter como prioridade as paragens que ficam perto das escolas e as mais utilizadas pelos idosos.
Eleições | Soldado de Mao detido por exploração de mah-jong João Santos Filipe e Nunu Wu - 13 Jun 2025 As autoridades recusaram identificar Wong Wai Man como o detido, mas a informação começou a circular na manhã de ontem. O armador tem estado incontactável desde então. A apresentação da lista candidata às legislativas fica assim em causa, dado que Wong tinha até hoje para reunir 77 assinaturas válidas Numa altura em que lutava contra o tempo na tentativa de reunir 77 assinaturas para se candidatar às eleições legislativas, Wong Wai Man, também conhecido como Soldado de Mao, foi detido pela Polícia Judiciária (PJ). Com este cenário, a participação nas eleições deverá estar praticamente afastada, dado que Wong terá estado detido durante quase dois dias, e o prazo limite para a recolha das assinaturas em falta termina hoje. As indicações sobre o desaparecimento de Wong Wai Man começaram a circular na manhã de ontem, quando um comunicado, em nome de Carl Ching, amigo do Soldado de Mao, começou a circular online. De acordo com este comunicado, Carl tinha entregue duas cartas junto das autoridades a pedir a libertação de Wong. A primeira foi entregue de manhã, por volta das 9h30, no Ministério Público, e tinha como destinatário o Procurador Chan Tsz King. A segunda, foi entregue por volta do meio-dia na sede do Governo e estava endereçada ao Chefe do Executivo. Além de pedir a libertação imediata do potencial candidato às eleições legislativas, a carta ainda pedia que o processo judicial contra o potencial candidato fosse suspenso, até ao final das eleições. O HM contactou Carl Ching para perceber os contornos da detenção, mas sem sucesso. Ao mesmo tempo, o número de telemóvel de Wong Wai Man esteve sempre incontactável. Quando a informação sobre o caso ainda era escassa, o HM contactou o Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP), a Polícia Judiciária (PJ), o Ministério Público (MP) e a Sede do Governo. O objectivo passou por confirmar a detenção, assim como a entrega das cartas mencionadas. Até ao fecho da edição do HM apenas o CPSP respondeu, indicando que não tinha informações sobre o caso. Exploração de Mah-Jong À tarde, durante a habitual conferência de imprensa da PJ, cuja informação foi citada pelo jornal Ou Mun, foi revelado um caso de exploração de mah-jong. Este é um crime que pode ser punido com uma pena de prisão de um ano ou 120 dias de multas. Segundo os contornos apresentados, o caso resultou num detido, que foi apresentado como um residente de apelido Wong, trabalhador da construção civil e com 61 anos. Os dados coincidem com a identidade de Wong Wai Man, que nasceu em Julho de 1963, o que significa que tem precisamente 61 anos, e é trabalhador da construção civil, precisamente armador de ferro. Além do mais, o caso foi detectado na Rua do Canal Novo, onde fica situada a Associação dos Armadores de Ferro e Aço, igualmente ligada a Wong Wai Man. Após a informação ser relevada, o HM ligou à PJ para confirmar os dados, mas uma porta-voz da PJ limitou-se a dizer que não tinha mais informação para divulgar. Também só depois de grande insistência, a PJ confirmou que a informação citada pela publicação em língua chinesa tinha sido divulgada numa conferência de imprensa de rotina. Buscas na quarta Segundo a PJ, citada pelo jornal Ou Mun, no interior da loja alvo das buscas na manhã de quarta-feira terão sido encontradas 11 mesas electrónicas de mah-jong, embora apenas duas estivessem ligadas. As duas mesas estariam a ser utilizadas por oito pessoas. Além disso, enquanto as autoridades permaneceram na loja, identificada como “loja” para jogar mah-jong, apareceram no local quatro pessoas. Das buscas resultou a detenção de Wong e a apreensão de 18 sets de mah-jong, 1.287 fichas de jogo, e 56 baralhos de cartas. Durante a operação, mais nove homens e três mulheres foram “convidados” a irem à esquadra auxiliar a PJ na investigação. Wong terá recusado responder às perguntas da PJ. A PJ acredita que os jogadores tinham de pagar 200 patacas para poderem jogar, e que durante os três meses de operação terá havido pagamentos no total de de 8.800 patacas. O caso foi encaminhado para o MP. Lista em causa A detenção acontece numa fase em que o Soldado de Macau, também conhecido como Capitão Macau, tentava reunir mais 77 assinaturas para participar nas eleições de Setembro para a Assembleia Legislativa. Na sexta-feira, a Comissão de Assuntos Eleitorais da Assembleia Legislativa (CAEAL) considerou que das 395 assinaturas apresentadas por Wong para constituição da comissão de candidatura, 175 não cumpriam os requisitos legais. Como previsto na lei, foi assim concedido um prazo adicional de cinco dias úteis à potencial lista Ajuda Mútua Grassroots para conseguir as assinaturas necessárias. O prazo terminava hoje, mas o candidato passou cerca de dois dias detido, pelo que não é certo que consiga concluir o processo a tempo de participar no acto eleitoral. Caso as assinaturas fiquem por recolher, o acto eleitoral vai contar com apenas oito listas, sendo que apenas uma delas não se encontra actualmente representada no hemiciclo. A Assembleia Legislativa deverá assim sofrer poucas alterações, no campo dos deputados eleitos pela via directa. História que se repete Esta não é a primeira vez que Wong Wai Man enfrenta problemas com a polícia, depois de tentar exercer direitos previstos na Lei Básica. Em Maio de 2023, após entregar um pedido de manifestação no Dia do Trabalhador junto do Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP), Wong acusou a polícia de lhe enviar mensagens a pedir que cancelasse o pedido. Além disso, na sequência do pedido de manifestação, também a sede da Associação dos Armadores de Ferro e Aço recebeu visitas de agentes da polícia. As queixas de Wong Wai Man, publicadas num artigo do jornal All About Macau, foram investigadas horas depois pela PJ, que concluiu não ter havido pressão do CPSP e que apenas teria havido “pressões pessoais”. Na altura, a PJ indicou que Wong não se mostrou disponível para mostrar todas as mensagens que teria recebido. Na conferência de imprensa da PJ a ilibar o CPSP, a polícia definiu ainda Wong Wai Man como um infractor recorrente. Nessa ocasião, a PJ revelou que a associação ligada a Wong Wai Man tinha sido alvo, desde 2018, de pelo menos oito denúncias de jogo ilegal. A PJ tentou ainda descredibilizar o Soldado de Mao ao indicar que este tinha cometido várias infracções de trânsito, sendo multado por isso. Após ser ilibada, na altura, o CPSP garantiu através de um comunicado que respeita sempre todos os direitos previstos na Lei Básica.
China e África pedem aos EUA que resolvam disputas comerciais sem coerção Hoje Macau - 12 Jun 2025 A China, 53 países africanos e a União Africana pediram ontem à comunidade internacional, em particular aos Estados Unidos, para que resolvam disputas comerciais com diálogo baseado no “respeito e reciprocidade”, rejeitando o unilateralismo e medidas económicas coercivas. “Perante as tentativas de certos países de perturbar a ordem económica e comercial internacional existente através de tarifas, prejudicando os interesses comuns da comunidade internacional, pedimos a todos os países – especialmente os Estados Unidos – que regressem ao caminho correcto de resolver disputas comerciais através de consultas baseadas em igualdade, respeito e reciprocidade”, refere-se na declaração emitida pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da China. O comunicado foi divulgado no final da reunião de acompanhamento do Fórum de Cooperação China África (FOCAC), realizada na cidade central chinesa de Changsha, onde foi discutida a aplicação dos acordos da última reunião de Pequim, em 2024. Os signatários denunciaram que o uso de tarifas e outras barreiras está “a perturbar a ordem económica e comercial internacional existente” e alertaram que “nenhum país deve fazer concessões ou acordos às custas dos interesses de outros”. Mais ajuda Nesse contexto, pediram que a comunidade internacional “aumente substancialmente – e não reduza drasticamente – a ajuda ao desenvolvimento da África”, com o objectivo de melhorar os meios de subsistência, reduzir a pobreza e promover o desenvolvimento económico e social no continente. Como parte dos seus compromissos, a China anunciou isenções tarifárias totais para produtos tributáveis dos 53 países africanos com os quais mantém relações diplomáticas – excepto Esuatini , bem como novas medidas para facilitar o acesso de produtos africanos ao seu mercado. Na reunião, foi apresentada uma lista detalhada do estado dos acordos de Pequim e foi lançado o programa comercial China-África programado para 2026. Paralelamente, Pequim reafirmou a sua disponibilidade para cooperar com a África em sectores como indústria verde, comércio electrónico, inteligência artificial, segurança e governança, no contexto de uma relação económica que ganhou peso. Segundo dados da Administração Geral de Alfândegas, o comércio bilateral superou os 2,1 triliões de yuans (255,7 biliões de euros) em 2024, enquanto nos primeiros cinco meses de 2025 cresceu 12,4 por cento em relação ao ano anterior, até 963,21 biliões de yuans (117,29 biliões de euros).
A porta das estrelas (I) Jorge Rodrigues Simão - 12 Jun 2025 (Continuação da edição de 5 de Junho) Para entender o projecto de Trump, é essencial assistir ao vídeo de apresentação do Stargate. O magnata começa a falar quase em burocratês, afirmando que o objectivo do projecto é construir «a infra-estrutura física e virtual para fortalecer a próxima geração de inteligências artificiais». Depois, faz uma pausa, respira fundo e prossegue com a afirmação fatal de que «Para isso, construiremos centros de dados colossais». Esta passagem, se o magnata tivesse optado por publicá-la no “Truth Social” em vez de anunciá-la em transmissão mundial, teria certamente sido escrita em letras maiúsculas trumpianas «CONSTRUIREMOS CENTROS DE DADOS COLOSSAIS». A porta das estrelas, em suma, é algo muito terreno. Não se trata de escrever algumas linhas de software, mas de construir enormes galpões industriais onde armazenar uma quantidade gigantesca de dados, necessários para treinar as IAs a igualar e talvez superar a inteligência humana. Trata-se de desviar cursos de água inteiros para arrefecer as máquinas, dado o incrível consumo energético dessas infra-estruturas. A IA consome muita energia e certamente não é «verde». Trump percebeu isso e, portanto, o slogan da campanha Republicana de 2008 «drill, baby, drill!» também se adapta ao desenvolvimento da IA. Não é crueldade ou desinteresse em relação ao destino ecológico do planeta. É puro princípio de realidade. Típico, antes do presidente, do empresário. Porque Altman pode contratar todos os melhores engenheiros informáticos do mundo e recolher todos os dados que quiser, mas sem as GPUs de Jensen e a terra de Donald ChatGpt pode ser, no máximo, uma calculadora brilhante. Numa entrevista recente, Jake Sullivan, ex-Conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos explicou que agora o Estado já não consegue exercer um controlo real sobre o desenvolvimento tecnológico, especialmente quando se trata de IA. É assim mesmo. Regular a OpenAi e empresas semelhantes é impossível. A inovação é muito rápida e não pode ser abrandada sem criar ameaças à segurança nacional. No entanto, como a IA não existe na natureza, mas tem de ser produzida, raciocina Trump, se eu quiser exercer poder neste processo, um poder, não uma governação ao estilo europeu que equivale a suicídio industrial, tenho de me inserir nas cadeias de valor. Como fazer isso? Às vezes, as soluções mais banais são também as mais eficazes. Certamente, o Estado não pode competir com Altman em software, com Jensen em hardware ou com Ellison e a Microsoft na nuvem. Mas continua a ser o único sujeito que possui o solo, sobre a qual exerce o monopólio da violência legítima e sobre a qual pode conceder autorização para «CONSTRUIR CENTROS DE DADOS COLOSSAIS». Só o Estado pode decidir desviar cursos de água para direccioná-los para as instalações de refrigeração e fornecer aos centros de dados a energia necessária para alimentar a capacidade de computação. Nem as GPUs de Jensen, nem o software da OpenAI, nem a nuvem da Oracle o podem fazer. Neste mundo, só Donald Trump o pode fazer. Em termos económicos, trata-se de ocupar um ponto de estrangulamento numa cadeia de valor. No momento, o presidente e os três mosqueteiros da Stargate (Ellison, Masa e Altman) estão alinhados. Portanto, o magnata promete uma enxurrada de ordens executivas e declarações de emergência para garantir o abastecimento de água e energia necessários para alimentar os colossais centros de dados que agora fazem parte da paisagem americana. No entanto, ao fazer isso, Trump também pretende sinalizar aos seus companheiros de viagem que a porta das estrelas ainda depende do Estado, pelo menos até que nas palavras de Max Weber «o último quintal de combustível fóssil seja queimado». Perfurem. Assim e resumindo, através do Stargate, Trump pretende consolidar a primazia em IA em relação à China e manter alguma forma de controlo sobre a inovação. A responsabilidade financeira da operação ou seja, a tarefa de encontrar os cem mil milhões de dólares para começar e depois quintuplicá-los cabe ao SoftBank, enquanto a responsabilidade operacional é da OpenAi. A Oracle disponibilizará as nuvens e a Nvidia as GPUs, enquanto ao governo cabe a tarefa de garantir o fornecimento de energia necessário para alimentar todo o processo. Stargate é, antes de mais nada, um projecto de infra-estrutura, que se concretiza na construção de centros de dados colossais e na futura criação de cem mil postos de trabalho. Como disse Trump no fórum de Davos, a porta das estrelas deve, de facto, ser inserida na estratégia industrial mais ampla do país, que consiste em «tornar os Estados Unidos uma superpotência industrial».