Covid-19 | Menores confrontados com declaração sobre isolamento

Pelo menos seis menores foram ontem transportados para cumprirem o isolamento em local designado pelos Serviços de Saúde, tendo a situação gerado discórdia, com os pais a condenarem falta de informação das autoridades. Em causa esteve também a apresentação de uma declaração de consentimento aos menores

[dropcap]D[/dropcap]esde ontem que as pessoas provenientes de países considerados de alto risco não podem optar por isolamento em hotel ou na sua casa, sendo obrigatório ficarem no espaço designado. As áreas de alto risco abrangem o Espaço Schengen (que inclui Portugal) e ainda o Reino Unido, a Irlanda e a Rússia, bem como os EUA, Canadá, Brasil, Austrália, Coreia do Sul, Japão, Irão e Egipto. Já as zonas de médio risco, como por exemplo a Tailândia, podem optar por uma das duas formas de isolamento.
A medida gerou problemas com chegadas da Europa. Um grupo de estudantes portugueses que regressou ontem a Macau foi remetido para observação médica, tendo os encarregados de educação lamentado que tenha sido pedido aos menores para assinarem uma declaração. Em comunicado escrito, os pais de seis menores explicam que os jovens chegaram às 3h da madrugada e que “através de contacto telefónico fomos informados pelos nossos filhos que iriam ser transportados para a Pousada Marina Infante para cumprirem uma quarentena de 14 dias”. No documento, afirmam que estiveram mais de três horas à espera na área pública do aeroporto sem informações, não tendo conseguido falar com ninguém responsável. A palavra com as autoridades só terá sido trocada depois das seis da manhã, quando os menores foram escoltados para o hotel para isolamento.
Os pais consideram que deviam ter sido contactados. Em conferência de imprensa, a coordenadora do núcleo de prevenção de doenças infecciosas e vigilância da doença reconheceu que “os nossos trabalhadores informaram os estudantes para encaminhá-los ao hotel e assinar uma declaração”. Mas apontou uma mudança de rumo.
“Os estudantes informaram logo os encarregados de educação e estes apontaram que uma vez que os estudantes são menores não podem assinar qualquer declaração. Assim sendo, os nossos trabalhadores enviaram a declaração aos seus encarregados de educação, mas os encarregados recusaram assinar as declarações”, acrescentou Leong Iek Hou. A representante comentou ainda que “uma vez que muitos encarregados de educação não colaboraram connosco, prejudicaram muito os nossos trabalhos e muitos turistas ficaram à espera no aeroporto muitas horas”.
Na conferência de imprensa Leong Iek Hou explicou ainda que as declarações tinham apenas como objectivo que os jovens compreendessem o seu conteúdo, reiterando que “posteriormente também as enviámos aos pais, que se recusaram ler e a assinar”. A responsável apontou ainda que dois dos pais já tinham concordado com a observação clínica dos seus filhos, faltando apenas um dizer se concordava ou não.

Por outro lado

Porém, esta versão não é consistente entre todas as partes. Ao HM, Bruno Simões, um dos pais, afirmou que não foi feito qualquer pedido de consentimento aos encarregados de educação. E acrescentou que por volta das 16h foi contactado por uma representante dos Serviços de Saúde a lamentar o que tinha sucedido e que a quarentena teria de ser feita, podendo os pais juntar-se aos jovens no hotel. Por sua vez, pediu para que se respeitasse a legislação e que fosse pedida uma declaração de consentimento aos pais, e não aos filhos.
Além disso, disse que não vai interpor recurso, tendo antes como objectivo alertar outros pais e o próprio Governo “para não cometer o mesmo erro”.
O director dos Serviços de Saúde, Lei Chin Ion, disse na mesma ocasião que as pessoas podem interpor recurso, mas frisou a obrigatoriedade do isolamento, apelando à colaboração com os trabalhos das autoridades.


Direito | Procedimento “inadequado”

Relativamente à declaração, o advogado Sérgio de Almeida Correia considerou que “ser uma menor de 14 anos a assinar uma declaração não faz sentido, porque o documento não tem valor jurídico”, explicando que o menor é inimputável e que com a idade em causa “não tem responsabilidade penal, nem vontade própria”. Além disso, apontou não fazer “muito sentido” a declaração estar em inglês, dado tratar-se de um residente e as línguas oficiais serem o chinês e o português.
Questionado se o pai poderia processar as autoridades, considerou que houve um “procedimento inadequado”, com base numa falha de comunicação entre as autoridades e os pais, mas que a lei permite um prazo de 24 horas para a notificação. Ao HM, o advogado considerou adequadas as preocupações das autoridades com a saúde pública e a necessidade de quarentena, mas realçou que “uma criança pura e simplesmente não sabe o que há-de fazer e não tem uma compreensão completa da situação” para lidar sem os pais com uma situação destas.
Sérgio de Almeida Correia acredita que um contacto mais eficaz teria permitido maior calma por parte de todos. “Ao contrário do que tem acontecido até aqui, em que tem havido bom-senso das autoridades, neste caso parece que não houve. As autoridades têm de perceber que no caso de menores a informação tem de ser mais rápida, mesmo que a lei permite um prazo de 24 horas”. Frisando como “fundamental” a compreensão por partes dos destinatários dos procedimentos, observou que “quando o director do SSM vai para a conferência de imprensa dizer que as pessoas podem recorrer da decisão para os tribunais, mostra que não percebe que o que está em causa não é o acerto da decisão, mas sim a falta de informação e a forma como as coisas foram feitas”.

Codvid-19 | Washington e Pequim trocam acusações sobre origem do surto

A troca de hostilidades entre as duas maiores potências económicas passou para o campo da saúde pública e das teorias de conspiração. Um oficial do Governo chinês acusou os Estados Unidos pelo foco de infecções em Wuhan, depois da presença de militares norte-americanos na cidade onde participaram num evento desportivo. Entretanto, Donald Trump voltou a referir-se ao novo coronavírus como o “vírus chinês”

 

[dropcap]E[/dropcap]m tempo de tréguas na guerra comercial, cavam-se trincheiras no twitter e apontam-se culpas quanto à origem do novo coronavírus, com altos responsáveis políticos chineses e norte-americanos a disseminar teorias de conspiração.

A escalada de retórica rebentou na conta de Twitter do Presidente norte-americano, que escreveu que “os Estados Unidos iriam apoiar empresas, como companhias aéreas que foram particularmente afectadas pelo vírus chinês”.

Sem surpresas, a resposta de Pequim não se fez esperar. A China disse ontem estar “fortemente indignada” depois de Donald Trump referir-se ao Covid-19 como “vírus chinês”, acusando o Presidente norte-americano de criar um “estigma” contra o país. “Estamos fortemente indignados e opomo-nos firmemente a essa expressão”, disse Geng Shuang, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, em conferência de imprensa.

“A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a comunidade internacional opõem-se claramente a vincular um vírus a determinado país ou região visando evitar estigmas”, defendeu.

O contra-ataque também chegou à conta de Twitter do Global Times, jornal oficial do Governo Central. “Que Presidente! Ao rotular a Covid-19 como o ‘vírus chinês’, Trump tenta esconder o fracasso das medidas de prevenção e controlo impostos pela sua administração contra o surto. Então, passa a culpa para a China, tentando provar que não é responsável pela actual situação que os Estados Unidos vivem”, lê-se na conta do jornal que reflecte a posição de Pequim.

Porém, esta não é a primeira vez que de Washington chegam expressões deste género. Membros do Governo norte-americano usaram anteriormente expressões semelhantes, apesar de esta ser a primeira vez que Trump o faz publicamente.

Mas este foi apenas um dos mais recentes “tiros” disparados numa batalha de comunicação que politiza o surto.

Quem diz o quê

Pouco depois das notícias que deram conta do surto em Wuhan, começaram a circular online teorias sinistras sobre a origem do vírus, que foram sendo rebatidas por cientistas. Algumas destas ganharam tracção entre pessoas de poder, muitas com conhecidas posições políticas críticas em relação a Pequim, como Stephen Bannon, um dos homens responsáveis pela campanha que elegeu Donald Trump para a Casa Branca.

Há quase um mês o senador republicano do Arkansas, Tom Cotton, disse aos microfones da Fox News que o vírus teria sido criado num laboratório bioquímico de alta segurança em Wuhan para ser usado como arma química.

“Não temos provas de que o vírus tenha começado lá, mas tendo em conta a duplicidade e desonestidade da China desde o início do surto temos de, pelo menos, levantar a questão e ver para onde apontam as provas. Até agora, a China não tem facultado factos sobre esta questão”, declarou Cotton.

Mais tarde, o senador teve voltar atrás na tese de que o novo coronavírus era, na realidade, uma arma biológica, mas já era tarde demais. O rumor ganhou ressonância na câmara de eco dos média conservadores, com discursos que fizeram lembrar a propaganda anti-soviética da altura da Guerra Fria.

Acção vs Reacção

A resposta de Pequim não se faz esperar. O contra-ataque surgiu com a tese de que o novo coronavírus havia sido introduzido na cidade de Wuhan, em Outubro passado, pela comitiva das forças armadas norte-americanas aquando da participação numa espécie de olimpíadas militares.

Mais uma vez, apesar da falta de provas que sustentem a tese, esta mereceu a bênção do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, nomeadamente com um porta-voz a acusar Washington de não ser transparente sobre o conhecimento que tem em relação à doença.

As insinuações ganharam corpo numa série de tweets de Zhao Lijian, porta-voz do ministério, publicados na passada quinta-feira, que desviaram agressivamente qualquer tentativa de argumentar má gestão de Pequim durante as primeiras semanas do surto

O chefe da diplomacia norte-americana, Mike Pompeo, acusou ontem a China de “semear informações falsas e rumores absurdos” sobre a origem do novo coronavírus.

No momento em que as autoridades dos EUA estão preocupadas com a propagação rápida do vírus e que as cidades norte-americanas abrandam, preparando-se para a eventualidade de uma quarentena geral, Mike Pompeo falou telefonicamente com o mais alto funcionário do Partido Comunista Chinês, acusando as autoridades da China de desinformação.

“O secretário de Estado enfatizou que o momento foi mal escolhido para semear desinformação e rumores absurdos e que está na altura de os países se unirem para combater uma ameaça comum”, disse o Departamento de Estado norte-americano, num comunicado que comentava a conversa telefónica entre os dois políticos.

Diplomacia e poesia

Washington já tinha convocado o embaixador chinês em Washington para lhe transmitir o desconforto com as insinuações, mas as autoridades dos EUA estão agora também preocupadas com a velocidade de propagação do vírus no seu país.

Em declarações à CCTV, Yang Jiechi, diplomata chinês, diz ter avisado pelo telefone Mike Pompeo que qualquer tentativa para manchar os esforços da China na contenção da pandemia “não iria ser bem-sucedida”. Na chamada, que aconteceu na segunda-feira, Yang manifestou a oposição e condenação pelos esforços movidos por políticos norte-americanos para denegrir a China e alertou que ameaças aos interesses chineses vão ser alvo de retaliação.

A posição de Pequim teve eco em várias embaixadas chinesas, como no Cazaquistão ou Nigéria, que se juntaram ao coro de críticas a Washington.

O diplomata chinês sediado no Cazaquistão usou o Facebook para dar a sua perspectiva contra Washington. “A falta de máscaras, luvas, testes e equipamentos, além do crash da bolsa também foram provocados pela China? Chegou a altura de admitir aquilo que têm escondido dos eleitores e da comunidade internacional, porque há muitas perguntas por responder”, escreveu o diplomata chinês em russo.

No meio desta troca de galhardetes, houve um dano colateral que extrapolou a relação entre países. Na passada segunda-feira, o peruano Nobel da literatura, Mario Vargas Llosa, foi alvo de críticas de Pequim que o acusou o de “irresponsabilidade e opiniões preconceituosas”, depois de o escritor ter assinado um artigo no jornal espanhol El Pais e no peruano La Republica.

A tese do laureado pela Academia Alfred Nobel teoriza sobre a ligação entre o regime político chinês e a resposta ao surto, especulando se a resposta seria diferente caso a China fosse uma democracia.

“Parece que ninguém está a sublinhar que tudo o que se está a passar poderia ser evitado se a China fosse um país livre e democrático, em vez de uma ditadura”, comentou o peruano, citado pelo portal Hong Kong Free Press.

As palavras de Llosa foram recebidas com indignação em Pequim, que se expressou através de um comunicado da embaixada no Peru. “Respeitamos a liberdade de expressão, mas não aceitamos qualquer tipo de difamações e estigmatizações arbitrárias”, lê-se no comunicado.

Além disso, a representação diplomática realça que Llosa, “enquanto figura pública, não deveria espalhar opiniões irresponsáveis e preconceituosas sem qualquer propósito”.

Codvid-19 | Washington e Pequim trocam acusações sobre origem do surto

A troca de hostilidades entre as duas maiores potências económicas passou para o campo da saúde pública e das teorias de conspiração. Um oficial do Governo chinês acusou os Estados Unidos pelo foco de infecções em Wuhan, depois da presença de militares norte-americanos na cidade onde participaram num evento desportivo. Entretanto, Donald Trump voltou a referir-se ao novo coronavírus como o “vírus chinês”

 
[dropcap]E[/dropcap]m tempo de tréguas na guerra comercial, cavam-se trincheiras no twitter e apontam-se culpas quanto à origem do novo coronavírus, com altos responsáveis políticos chineses e norte-americanos a disseminar teorias de conspiração.
A escalada de retórica rebentou na conta de Twitter do Presidente norte-americano, que escreveu que “os Estados Unidos iriam apoiar empresas, como companhias aéreas que foram particularmente afectadas pelo vírus chinês”.
Sem surpresas, a resposta de Pequim não se fez esperar. A China disse ontem estar “fortemente indignada” depois de Donald Trump referir-se ao Covid-19 como “vírus chinês”, acusando o Presidente norte-americano de criar um “estigma” contra o país. “Estamos fortemente indignados e opomo-nos firmemente a essa expressão”, disse Geng Shuang, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, em conferência de imprensa.
“A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a comunidade internacional opõem-se claramente a vincular um vírus a determinado país ou região visando evitar estigmas”, defendeu.
O contra-ataque também chegou à conta de Twitter do Global Times, jornal oficial do Governo Central. “Que Presidente! Ao rotular a Covid-19 como o ‘vírus chinês’, Trump tenta esconder o fracasso das medidas de prevenção e controlo impostos pela sua administração contra o surto. Então, passa a culpa para a China, tentando provar que não é responsável pela actual situação que os Estados Unidos vivem”, lê-se na conta do jornal que reflecte a posição de Pequim.
Porém, esta não é a primeira vez que de Washington chegam expressões deste género. Membros do Governo norte-americano usaram anteriormente expressões semelhantes, apesar de esta ser a primeira vez que Trump o faz publicamente.
Mas este foi apenas um dos mais recentes “tiros” disparados numa batalha de comunicação que politiza o surto.

Quem diz o quê

Pouco depois das notícias que deram conta do surto em Wuhan, começaram a circular online teorias sinistras sobre a origem do vírus, que foram sendo rebatidas por cientistas. Algumas destas ganharam tracção entre pessoas de poder, muitas com conhecidas posições políticas críticas em relação a Pequim, como Stephen Bannon, um dos homens responsáveis pela campanha que elegeu Donald Trump para a Casa Branca.
Há quase um mês o senador republicano do Arkansas, Tom Cotton, disse aos microfones da Fox News que o vírus teria sido criado num laboratório bioquímico de alta segurança em Wuhan para ser usado como arma química.
“Não temos provas de que o vírus tenha começado lá, mas tendo em conta a duplicidade e desonestidade da China desde o início do surto temos de, pelo menos, levantar a questão e ver para onde apontam as provas. Até agora, a China não tem facultado factos sobre esta questão”, declarou Cotton.
Mais tarde, o senador teve voltar atrás na tese de que o novo coronavírus era, na realidade, uma arma biológica, mas já era tarde demais. O rumor ganhou ressonância na câmara de eco dos média conservadores, com discursos que fizeram lembrar a propaganda anti-soviética da altura da Guerra Fria.

Acção vs Reacção

A resposta de Pequim não se faz esperar. O contra-ataque surgiu com a tese de que o novo coronavírus havia sido introduzido na cidade de Wuhan, em Outubro passado, pela comitiva das forças armadas norte-americanas aquando da participação numa espécie de olimpíadas militares.
Mais uma vez, apesar da falta de provas que sustentem a tese, esta mereceu a bênção do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, nomeadamente com um porta-voz a acusar Washington de não ser transparente sobre o conhecimento que tem em relação à doença.
As insinuações ganharam corpo numa série de tweets de Zhao Lijian, porta-voz do ministério, publicados na passada quinta-feira, que desviaram agressivamente qualquer tentativa de argumentar má gestão de Pequim durante as primeiras semanas do surto
O chefe da diplomacia norte-americana, Mike Pompeo, acusou ontem a China de “semear informações falsas e rumores absurdos” sobre a origem do novo coronavírus.
No momento em que as autoridades dos EUA estão preocupadas com a propagação rápida do vírus e que as cidades norte-americanas abrandam, preparando-se para a eventualidade de uma quarentena geral, Mike Pompeo falou telefonicamente com o mais alto funcionário do Partido Comunista Chinês, acusando as autoridades da China de desinformação.
“O secretário de Estado enfatizou que o momento foi mal escolhido para semear desinformação e rumores absurdos e que está na altura de os países se unirem para combater uma ameaça comum”, disse o Departamento de Estado norte-americano, num comunicado que comentava a conversa telefónica entre os dois políticos.

Diplomacia e poesia

Washington já tinha convocado o embaixador chinês em Washington para lhe transmitir o desconforto com as insinuações, mas as autoridades dos EUA estão agora também preocupadas com a velocidade de propagação do vírus no seu país.
Em declarações à CCTV, Yang Jiechi, diplomata chinês, diz ter avisado pelo telefone Mike Pompeo que qualquer tentativa para manchar os esforços da China na contenção da pandemia “não iria ser bem-sucedida”. Na chamada, que aconteceu na segunda-feira, Yang manifestou a oposição e condenação pelos esforços movidos por políticos norte-americanos para denegrir a China e alertou que ameaças aos interesses chineses vão ser alvo de retaliação.
A posição de Pequim teve eco em várias embaixadas chinesas, como no Cazaquistão ou Nigéria, que se juntaram ao coro de críticas a Washington.
O diplomata chinês sediado no Cazaquistão usou o Facebook para dar a sua perspectiva contra Washington. “A falta de máscaras, luvas, testes e equipamentos, além do crash da bolsa também foram provocados pela China? Chegou a altura de admitir aquilo que têm escondido dos eleitores e da comunidade internacional, porque há muitas perguntas por responder”, escreveu o diplomata chinês em russo.
No meio desta troca de galhardetes, houve um dano colateral que extrapolou a relação entre países. Na passada segunda-feira, o peruano Nobel da literatura, Mario Vargas Llosa, foi alvo de críticas de Pequim que o acusou o de “irresponsabilidade e opiniões preconceituosas”, depois de o escritor ter assinado um artigo no jornal espanhol El Pais e no peruano La Republica.
A tese do laureado pela Academia Alfred Nobel teoriza sobre a ligação entre o regime político chinês e a resposta ao surto, especulando se a resposta seria diferente caso a China fosse uma democracia.
“Parece que ninguém está a sublinhar que tudo o que se está a passar poderia ser evitado se a China fosse um país livre e democrático, em vez de uma ditadura”, comentou o peruano, citado pelo portal Hong Kong Free Press.
As palavras de Llosa foram recebidas com indignação em Pequim, que se expressou através de um comunicado da embaixada no Peru. “Respeitamos a liberdade de expressão, mas não aceitamos qualquer tipo de difamações e estigmatizações arbitrárias”, lê-se no comunicado.
Além disso, a representação diplomática realça que Llosa, “enquanto figura pública, não deveria espalhar opiniões irresponsáveis e preconceituosas sem qualquer propósito”.

Codvid-19 | Washington e Pequim trocam acusações sobre origem do surto

A troca de hostilidades entre as duas maiores potências económicas passou para o campo da saúde pública e das teorias de conspiração. Um oficial do Governo chinês acusou os Estados Unidos pelo foco de infecções em Wuhan, depois da presença de militares norte-americanos na cidade onde participaram num evento desportivo. Entretanto, Donald Trump voltou a referir-se ao novo coronavírus como o “vírus chinês”

 
[dropcap]E[/dropcap]m tempo de tréguas na guerra comercial, cavam-se trincheiras no twitter e apontam-se culpas quanto à origem do novo coronavírus, com altos responsáveis políticos chineses e norte-americanos a disseminar teorias de conspiração.
A escalada de retórica rebentou na conta de Twitter do Presidente norte-americano, que escreveu que “os Estados Unidos iriam apoiar empresas, como companhias aéreas que foram particularmente afectadas pelo vírus chinês”.
Sem surpresas, a resposta de Pequim não se fez esperar. A China disse ontem estar “fortemente indignada” depois de Donald Trump referir-se ao Covid-19 como “vírus chinês”, acusando o Presidente norte-americano de criar um “estigma” contra o país. “Estamos fortemente indignados e opomo-nos firmemente a essa expressão”, disse Geng Shuang, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, em conferência de imprensa.
“A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a comunidade internacional opõem-se claramente a vincular um vírus a determinado país ou região visando evitar estigmas”, defendeu.
O contra-ataque também chegou à conta de Twitter do Global Times, jornal oficial do Governo Central. “Que Presidente! Ao rotular a Covid-19 como o ‘vírus chinês’, Trump tenta esconder o fracasso das medidas de prevenção e controlo impostos pela sua administração contra o surto. Então, passa a culpa para a China, tentando provar que não é responsável pela actual situação que os Estados Unidos vivem”, lê-se na conta do jornal que reflecte a posição de Pequim.
Porém, esta não é a primeira vez que de Washington chegam expressões deste género. Membros do Governo norte-americano usaram anteriormente expressões semelhantes, apesar de esta ser a primeira vez que Trump o faz publicamente.
Mas este foi apenas um dos mais recentes “tiros” disparados numa batalha de comunicação que politiza o surto.

Quem diz o quê

Pouco depois das notícias que deram conta do surto em Wuhan, começaram a circular online teorias sinistras sobre a origem do vírus, que foram sendo rebatidas por cientistas. Algumas destas ganharam tracção entre pessoas de poder, muitas com conhecidas posições políticas críticas em relação a Pequim, como Stephen Bannon, um dos homens responsáveis pela campanha que elegeu Donald Trump para a Casa Branca.
Há quase um mês o senador republicano do Arkansas, Tom Cotton, disse aos microfones da Fox News que o vírus teria sido criado num laboratório bioquímico de alta segurança em Wuhan para ser usado como arma química.
“Não temos provas de que o vírus tenha começado lá, mas tendo em conta a duplicidade e desonestidade da China desde o início do surto temos de, pelo menos, levantar a questão e ver para onde apontam as provas. Até agora, a China não tem facultado factos sobre esta questão”, declarou Cotton.
Mais tarde, o senador teve voltar atrás na tese de que o novo coronavírus era, na realidade, uma arma biológica, mas já era tarde demais. O rumor ganhou ressonância na câmara de eco dos média conservadores, com discursos que fizeram lembrar a propaganda anti-soviética da altura da Guerra Fria.

Acção vs Reacção

A resposta de Pequim não se faz esperar. O contra-ataque surgiu com a tese de que o novo coronavírus havia sido introduzido na cidade de Wuhan, em Outubro passado, pela comitiva das forças armadas norte-americanas aquando da participação numa espécie de olimpíadas militares.
Mais uma vez, apesar da falta de provas que sustentem a tese, esta mereceu a bênção do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, nomeadamente com um porta-voz a acusar Washington de não ser transparente sobre o conhecimento que tem em relação à doença.
As insinuações ganharam corpo numa série de tweets de Zhao Lijian, porta-voz do ministério, publicados na passada quinta-feira, que desviaram agressivamente qualquer tentativa de argumentar má gestão de Pequim durante as primeiras semanas do surto
O chefe da diplomacia norte-americana, Mike Pompeo, acusou ontem a China de “semear informações falsas e rumores absurdos” sobre a origem do novo coronavírus.
No momento em que as autoridades dos EUA estão preocupadas com a propagação rápida do vírus e que as cidades norte-americanas abrandam, preparando-se para a eventualidade de uma quarentena geral, Mike Pompeo falou telefonicamente com o mais alto funcionário do Partido Comunista Chinês, acusando as autoridades da China de desinformação.
“O secretário de Estado enfatizou que o momento foi mal escolhido para semear desinformação e rumores absurdos e que está na altura de os países se unirem para combater uma ameaça comum”, disse o Departamento de Estado norte-americano, num comunicado que comentava a conversa telefónica entre os dois políticos.

Diplomacia e poesia

Washington já tinha convocado o embaixador chinês em Washington para lhe transmitir o desconforto com as insinuações, mas as autoridades dos EUA estão agora também preocupadas com a velocidade de propagação do vírus no seu país.
Em declarações à CCTV, Yang Jiechi, diplomata chinês, diz ter avisado pelo telefone Mike Pompeo que qualquer tentativa para manchar os esforços da China na contenção da pandemia “não iria ser bem-sucedida”. Na chamada, que aconteceu na segunda-feira, Yang manifestou a oposição e condenação pelos esforços movidos por políticos norte-americanos para denegrir a China e alertou que ameaças aos interesses chineses vão ser alvo de retaliação.
A posição de Pequim teve eco em várias embaixadas chinesas, como no Cazaquistão ou Nigéria, que se juntaram ao coro de críticas a Washington.
O diplomata chinês sediado no Cazaquistão usou o Facebook para dar a sua perspectiva contra Washington. “A falta de máscaras, luvas, testes e equipamentos, além do crash da bolsa também foram provocados pela China? Chegou a altura de admitir aquilo que têm escondido dos eleitores e da comunidade internacional, porque há muitas perguntas por responder”, escreveu o diplomata chinês em russo.
No meio desta troca de galhardetes, houve um dano colateral que extrapolou a relação entre países. Na passada segunda-feira, o peruano Nobel da literatura, Mario Vargas Llosa, foi alvo de críticas de Pequim que o acusou o de “irresponsabilidade e opiniões preconceituosas”, depois de o escritor ter assinado um artigo no jornal espanhol El Pais e no peruano La Republica.
A tese do laureado pela Academia Alfred Nobel teoriza sobre a ligação entre o regime político chinês e a resposta ao surto, especulando se a resposta seria diferente caso a China fosse uma democracia.
“Parece que ninguém está a sublinhar que tudo o que se está a passar poderia ser evitado se a China fosse um país livre e democrático, em vez de uma ditadura”, comentou o peruano, citado pelo portal Hong Kong Free Press.
As palavras de Llosa foram recebidas com indignação em Pequim, que se expressou através de um comunicado da embaixada no Peru. “Respeitamos a liberdade de expressão, mas não aceitamos qualquer tipo de difamações e estigmatizações arbitrárias”, lê-se no comunicado.
Além disso, a representação diplomática realça que Llosa, “enquanto figura pública, não deveria espalhar opiniões irresponsáveis e preconceituosas sem qualquer propósito”.

Covid-19 | Estudante no Reino Unido, residente, é 13.º caso de infecção em Macau

[dropcap]F[/dropcap]oi esta terça-feira registado o 13º caso de infecção com o vírus que causa a Covid-19 em Macau. Trata-se de uma mulher de 20 anos, residente em Macau mas estudante no Reino Unido, que saiu “recentemente de Londres, Reino Unido, via Kuala Lumpur, Malásia, com destino a Hong Kong” onde chegou esta segunda-feira, aponta um comunicado.

Informações complementares dão conta que a mulher apanhou o voo no dia 15, da companhia British Airways BA33 (assento 33K) a partir do aeroporto Heathrow de Londres. Depois apanhou o voo Cathay Dragon Airlines KA734 (assento 63K) do Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur para o aeroporto internacional de Hong Kong. Por volta das 23h00de 16 de Março, acompanhada pelo pai, atravessou o posto fronteiriço de Hong Kong e a ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau até Macau usando o autocarro. Na chegada ao Posto Fronteiriço, na área de Macau, foi detectada febre no controlo de temperatura e encaminhada para Urgência Especial do Centro Hospitalar Conde de São Januário.

“Após efectuados testes de ácido nucleico, foi confirmada a infecção pelo novo tipo de coronavírus”, aponta o comunicado. Neste momento “o estado de saúde da doente é considerado normal, estando actualmente internada na enfermaria de isolamento do Centro Hospitalar Conde de São Januário”.

Os SSM apontam que “o seu namorado e o seu pai foram classificados como pessoas de contacto próximo”, sendo o namorado residente em Hong Kong, estando actualmente em Hong Kong. Os SSM já notificaram ao Centro de Proteção de Saúde do Departamento de Saúde de Hong Kong. O seu pai foi submetido a observação médica no Centro Clínico de Saúde Pública. Os Serviços de Saúde apelam aos residentes que viajaram no mesmo voo para contactarem o Centro de Coordenação de Contingência 28 700 800.

Covid-19 | Estudante no Reino Unido, residente, é 13.º caso de infecção em Macau

[dropcap]F[/dropcap]oi esta terça-feira registado o 13º caso de infecção com o vírus que causa a Covid-19 em Macau. Trata-se de uma mulher de 20 anos, residente em Macau mas estudante no Reino Unido, que saiu “recentemente de Londres, Reino Unido, via Kuala Lumpur, Malásia, com destino a Hong Kong” onde chegou esta segunda-feira, aponta um comunicado.
Informações complementares dão conta que a mulher apanhou o voo no dia 15, da companhia British Airways BA33 (assento 33K) a partir do aeroporto Heathrow de Londres. Depois apanhou o voo Cathay Dragon Airlines KA734 (assento 63K) do Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur para o aeroporto internacional de Hong Kong. Por volta das 23h00de 16 de Março, acompanhada pelo pai, atravessou o posto fronteiriço de Hong Kong e a ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau até Macau usando o autocarro. Na chegada ao Posto Fronteiriço, na área de Macau, foi detectada febre no controlo de temperatura e encaminhada para Urgência Especial do Centro Hospitalar Conde de São Januário.
“Após efectuados testes de ácido nucleico, foi confirmada a infecção pelo novo tipo de coronavírus”, aponta o comunicado. Neste momento “o estado de saúde da doente é considerado normal, estando actualmente internada na enfermaria de isolamento do Centro Hospitalar Conde de São Januário”.
Os SSM apontam que “o seu namorado e o seu pai foram classificados como pessoas de contacto próximo”, sendo o namorado residente em Hong Kong, estando actualmente em Hong Kong. Os SSM já notificaram ao Centro de Proteção de Saúde do Departamento de Saúde de Hong Kong. O seu pai foi submetido a observação médica no Centro Clínico de Saúde Pública. Os Serviços de Saúde apelam aos residentes que viajaram no mesmo voo para contactarem o Centro de Coordenação de Contingência 28 700 800.

Covid-19 | Estudante no Reino Unido, residente, é 13.º caso de infecção em Macau

[dropcap]F[/dropcap]oi esta terça-feira registado o 13º caso de infecção com o vírus que causa a Covid-19 em Macau. Trata-se de uma mulher de 20 anos, residente em Macau mas estudante no Reino Unido, que saiu “recentemente de Londres, Reino Unido, via Kuala Lumpur, Malásia, com destino a Hong Kong” onde chegou esta segunda-feira, aponta um comunicado.
Informações complementares dão conta que a mulher apanhou o voo no dia 15, da companhia British Airways BA33 (assento 33K) a partir do aeroporto Heathrow de Londres. Depois apanhou o voo Cathay Dragon Airlines KA734 (assento 63K) do Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur para o aeroporto internacional de Hong Kong. Por volta das 23h00de 16 de Março, acompanhada pelo pai, atravessou o posto fronteiriço de Hong Kong e a ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau até Macau usando o autocarro. Na chegada ao Posto Fronteiriço, na área de Macau, foi detectada febre no controlo de temperatura e encaminhada para Urgência Especial do Centro Hospitalar Conde de São Januário.
“Após efectuados testes de ácido nucleico, foi confirmada a infecção pelo novo tipo de coronavírus”, aponta o comunicado. Neste momento “o estado de saúde da doente é considerado normal, estando actualmente internada na enfermaria de isolamento do Centro Hospitalar Conde de São Januário”.
Os SSM apontam que “o seu namorado e o seu pai foram classificados como pessoas de contacto próximo”, sendo o namorado residente em Hong Kong, estando actualmente em Hong Kong. Os SSM já notificaram ao Centro de Proteção de Saúde do Departamento de Saúde de Hong Kong. O seu pai foi submetido a observação médica no Centro Clínico de Saúde Pública. Os Serviços de Saúde apelam aos residentes que viajaram no mesmo voo para contactarem o Centro de Coordenação de Contingência 28 700 800.

SSM | Escolhido segundo hotel para acolher pessoas em quarentena

[dropcap]O[/dropcap] Golden Crown China Hotel, localizado em frente ao Aeroporto Internacional de Macau, passa a ser o segundo lugar para o envio de pessoas em regime de quarentena, anunciaram os Serviços de Saúde de Macau (SSM). De acordo com um comunicado, esta unidade hoteleira tem a capacidade de 300 quartos e foi escolhido porque a Pousada Marina Infante atingiu a lotação máxima.
Os SSM explicam ainda que “os trabalhadores não residentes e os indivíduos não residentes de Macau que fiquem alojados no Hotel China Coroa d’Ouro para observação médica durante 14 dias precisarão de pagar 5.600 patacas, à semelhança da cobrança praticada no primeiro hotel designado para observação médica”.

A escolha da Pousada Marina Infante como local para quarentena e observação médica foi decidida em Janeiro, quando teve início o surto do vírus que causa a Covid-19. Na altura, o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus da RAEM) encaminhou “gradualmente os turistas” da Pousada de Juventude de Hac-Sá para a Pousada Marina Infante, por se ter atingido “a lotação dos quartos de quatro e de duas camas”. A Pousada Marina Infante tem 312 quartos e fica “fora da área residencial, minimizando o impacto na sociedade”, apontava o comunicado emitido em Janeiro.

SSM | Escolhido segundo hotel para acolher pessoas em quarentena

[dropcap]O[/dropcap] Golden Crown China Hotel, localizado em frente ao Aeroporto Internacional de Macau, passa a ser o segundo lugar para o envio de pessoas em regime de quarentena, anunciaram os Serviços de Saúde de Macau (SSM). De acordo com um comunicado, esta unidade hoteleira tem a capacidade de 300 quartos e foi escolhido porque a Pousada Marina Infante atingiu a lotação máxima.
Os SSM explicam ainda que “os trabalhadores não residentes e os indivíduos não residentes de Macau que fiquem alojados no Hotel China Coroa d’Ouro para observação médica durante 14 dias precisarão de pagar 5.600 patacas, à semelhança da cobrança praticada no primeiro hotel designado para observação médica”.
A escolha da Pousada Marina Infante como local para quarentena e observação médica foi decidida em Janeiro, quando teve início o surto do vírus que causa a Covid-19. Na altura, o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus da RAEM) encaminhou “gradualmente os turistas” da Pousada de Juventude de Hac-Sá para a Pousada Marina Infante, por se ter atingido “a lotação dos quartos de quatro e de duas camas”. A Pousada Marina Infante tem 312 quartos e fica “fora da área residencial, minimizando o impacto na sociedade”, apontava o comunicado emitido em Janeiro.

SSM | Escolhido segundo hotel para acolher pessoas em quarentena

[dropcap]O[/dropcap] Golden Crown China Hotel, localizado em frente ao Aeroporto Internacional de Macau, passa a ser o segundo lugar para o envio de pessoas em regime de quarentena, anunciaram os Serviços de Saúde de Macau (SSM). De acordo com um comunicado, esta unidade hoteleira tem a capacidade de 300 quartos e foi escolhido porque a Pousada Marina Infante atingiu a lotação máxima.
Os SSM explicam ainda que “os trabalhadores não residentes e os indivíduos não residentes de Macau que fiquem alojados no Hotel China Coroa d’Ouro para observação médica durante 14 dias precisarão de pagar 5.600 patacas, à semelhança da cobrança praticada no primeiro hotel designado para observação médica”.
A escolha da Pousada Marina Infante como local para quarentena e observação médica foi decidida em Janeiro, quando teve início o surto do vírus que causa a Covid-19. Na altura, o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus da RAEM) encaminhou “gradualmente os turistas” da Pousada de Juventude de Hac-Sá para a Pousada Marina Infante, por se ter atingido “a lotação dos quartos de quatro e de duas camas”. A Pousada Marina Infante tem 312 quartos e fica “fora da área residencial, minimizando o impacto na sociedade”, apontava o comunicado emitido em Janeiro.

Covid-19 | Portugal conta com 448 casos de infecção, o primeiro na ilha da Madeira

[dropcap]O[/dropcap] número de infectados pelo novo coronavírus subiu para 448, mais 117 do que os contabilizados na segunda-feira, anunciou esta terça-feira a Direcção-Geral da Saúde (DGS). De acordo com o boletim sobre a situação epidemiológica em Portugal, divulgado esta terça-feira às 12:00, há 4.030 casos suspeitos (mais 1.122), dos quais 323 (eram 374) aguardam resultado laboratorial. Segundo a DGS, há três casos recuperados.

Entretanto o Governo Regional da Madeira anunciou ontem o primeiro caso de Covid-19 na região, indicando que se trata de uma cidadã holandesa que se encontrava de férias na ilha. “O caso positivo foi detetado numa cidadã holandesa que entrou no território no dia 12 de março”, disse o presidente do executivo, Miguel Albuquerque.

A cidadã está agora internada no espaço do Serviço de Saúde da Madeira (Sesaram) preparado para os isolamentos de casos de Covid-19. “Determinámos o fim de todas as actividades de animação e recreação turísticas na região autónoma a partir deste momento, como, por exemplo, excursões, passeios, visitas guiadas, rent-a-car ou de outra ordem”, afirmou Miguel Albuquerque, em conferência de imprensa, no Funchal.

O governante realçou que o executivo comunicará novamente às embaixadas a “necessidade mandatória de procederem ao repatriamento dos seus concidadãos que ainda permanecem na região, com a maior brevidade possível”.

Miguel Albuquerque vincou também o reforço das medidas de restrição de entrada de cidadãos em centros comerciais, mercados e outros espaços públicos, no sentido de evitar a concentração de pessoas e o contacto físico entre elas.

O primeiro caso positivo de Covid-19 no arquipélago da Madeira foi registado na segunda-feira (16 de março) às 22:14 horas, sendo que os serviços de saúde e proteção civil tomaram “todas as medidas necessárias de isolamento e prevenção” da unidade hoteleira” onde se encontrava a cidadã holandesa.

Trata-se do Enotel Quinta do Sol (ex-Quinta do Sol), um quatro estrelas localizado na Rua Dr. Pita, na cidade do Funchal, com 147 quartos.

“Segundo o protocolo previamente estabelecido, todos aqueles com quem [a turista] contactou estão a ser devidamente acompanhados pelas autoridades regionais de saúde”, esclareceu Miguel Albuquerque, vincando que o governo irá “continuar a tomar as medidas necessárias” no sentido de conter a pandemia de Covid-19 e salvaguardar “a vida e a saúde” das famílias.

O chefe do executivo apelou aos cidadãos para que permaneçam nas suas residências, efectuando apenas saídas para aquisição de alimentos, compra de medicamentos, apoio a idosos e deslocações de e para o trabalho. “Face a esta nova situação, o trabalho na Administração Pública fica reduzida ao nível indispensável para o funcionamento das instituições, restringindo ainda mais os seus planos de contingência”, afirmou.

Miguel Albuquerque apelou ainda aos cidadãos de quarentena na região, sobretudo os que regressaram do continente, para o “cumprimento escrupuloso” da mesma, uma vez que está em causa “a vida e a saúde de outros concidadãos, incluindo os seus familiares”.

Entretanto, nasceu esta terça-feira o primeiro bebé de mãe infectada com o vírus da Covid-19 no Hospital de São João, no Porto. Os dois “estão bem”, disse à Lusa fonte oficial daquela unidade hospitalar. De acordo coma fonte, foram feitos testes de despiste do vírus no bebé, estando a aguardar-se os resultados.

Covid-19 | Portugal conta com 448 casos de infecção, o primeiro na ilha da Madeira

[dropcap]O[/dropcap] número de infectados pelo novo coronavírus subiu para 448, mais 117 do que os contabilizados na segunda-feira, anunciou esta terça-feira a Direcção-Geral da Saúde (DGS). De acordo com o boletim sobre a situação epidemiológica em Portugal, divulgado esta terça-feira às 12:00, há 4.030 casos suspeitos (mais 1.122), dos quais 323 (eram 374) aguardam resultado laboratorial. Segundo a DGS, há três casos recuperados.
Entretanto o Governo Regional da Madeira anunciou ontem o primeiro caso de Covid-19 na região, indicando que se trata de uma cidadã holandesa que se encontrava de férias na ilha. “O caso positivo foi detetado numa cidadã holandesa que entrou no território no dia 12 de março”, disse o presidente do executivo, Miguel Albuquerque.
A cidadã está agora internada no espaço do Serviço de Saúde da Madeira (Sesaram) preparado para os isolamentos de casos de Covid-19. “Determinámos o fim de todas as actividades de animação e recreação turísticas na região autónoma a partir deste momento, como, por exemplo, excursões, passeios, visitas guiadas, rent-a-car ou de outra ordem”, afirmou Miguel Albuquerque, em conferência de imprensa, no Funchal.
O governante realçou que o executivo comunicará novamente às embaixadas a “necessidade mandatória de procederem ao repatriamento dos seus concidadãos que ainda permanecem na região, com a maior brevidade possível”.
Miguel Albuquerque vincou também o reforço das medidas de restrição de entrada de cidadãos em centros comerciais, mercados e outros espaços públicos, no sentido de evitar a concentração de pessoas e o contacto físico entre elas.
O primeiro caso positivo de Covid-19 no arquipélago da Madeira foi registado na segunda-feira (16 de março) às 22:14 horas, sendo que os serviços de saúde e proteção civil tomaram “todas as medidas necessárias de isolamento e prevenção” da unidade hoteleira” onde se encontrava a cidadã holandesa.
Trata-se do Enotel Quinta do Sol (ex-Quinta do Sol), um quatro estrelas localizado na Rua Dr. Pita, na cidade do Funchal, com 147 quartos.
“Segundo o protocolo previamente estabelecido, todos aqueles com quem [a turista] contactou estão a ser devidamente acompanhados pelas autoridades regionais de saúde”, esclareceu Miguel Albuquerque, vincando que o governo irá “continuar a tomar as medidas necessárias” no sentido de conter a pandemia de Covid-19 e salvaguardar “a vida e a saúde” das famílias.
O chefe do executivo apelou aos cidadãos para que permaneçam nas suas residências, efectuando apenas saídas para aquisição de alimentos, compra de medicamentos, apoio a idosos e deslocações de e para o trabalho. “Face a esta nova situação, o trabalho na Administração Pública fica reduzida ao nível indispensável para o funcionamento das instituições, restringindo ainda mais os seus planos de contingência”, afirmou.
Miguel Albuquerque apelou ainda aos cidadãos de quarentena na região, sobretudo os que regressaram do continente, para o “cumprimento escrupuloso” da mesma, uma vez que está em causa “a vida e a saúde de outros concidadãos, incluindo os seus familiares”.
Entretanto, nasceu esta terça-feira o primeiro bebé de mãe infectada com o vírus da Covid-19 no Hospital de São João, no Porto. Os dois “estão bem”, disse à Lusa fonte oficial daquela unidade hospitalar. De acordo coma fonte, foram feitos testes de despiste do vírus no bebé, estando a aguardar-se os resultados.

Covid-19 | Portugal conta com 448 casos de infecção, o primeiro na ilha da Madeira

[dropcap]O[/dropcap] número de infectados pelo novo coronavírus subiu para 448, mais 117 do que os contabilizados na segunda-feira, anunciou esta terça-feira a Direcção-Geral da Saúde (DGS). De acordo com o boletim sobre a situação epidemiológica em Portugal, divulgado esta terça-feira às 12:00, há 4.030 casos suspeitos (mais 1.122), dos quais 323 (eram 374) aguardam resultado laboratorial. Segundo a DGS, há três casos recuperados.
Entretanto o Governo Regional da Madeira anunciou ontem o primeiro caso de Covid-19 na região, indicando que se trata de uma cidadã holandesa que se encontrava de férias na ilha. “O caso positivo foi detetado numa cidadã holandesa que entrou no território no dia 12 de março”, disse o presidente do executivo, Miguel Albuquerque.
A cidadã está agora internada no espaço do Serviço de Saúde da Madeira (Sesaram) preparado para os isolamentos de casos de Covid-19. “Determinámos o fim de todas as actividades de animação e recreação turísticas na região autónoma a partir deste momento, como, por exemplo, excursões, passeios, visitas guiadas, rent-a-car ou de outra ordem”, afirmou Miguel Albuquerque, em conferência de imprensa, no Funchal.
O governante realçou que o executivo comunicará novamente às embaixadas a “necessidade mandatória de procederem ao repatriamento dos seus concidadãos que ainda permanecem na região, com a maior brevidade possível”.
Miguel Albuquerque vincou também o reforço das medidas de restrição de entrada de cidadãos em centros comerciais, mercados e outros espaços públicos, no sentido de evitar a concentração de pessoas e o contacto físico entre elas.
O primeiro caso positivo de Covid-19 no arquipélago da Madeira foi registado na segunda-feira (16 de março) às 22:14 horas, sendo que os serviços de saúde e proteção civil tomaram “todas as medidas necessárias de isolamento e prevenção” da unidade hoteleira” onde se encontrava a cidadã holandesa.
Trata-se do Enotel Quinta do Sol (ex-Quinta do Sol), um quatro estrelas localizado na Rua Dr. Pita, na cidade do Funchal, com 147 quartos.
“Segundo o protocolo previamente estabelecido, todos aqueles com quem [a turista] contactou estão a ser devidamente acompanhados pelas autoridades regionais de saúde”, esclareceu Miguel Albuquerque, vincando que o governo irá “continuar a tomar as medidas necessárias” no sentido de conter a pandemia de Covid-19 e salvaguardar “a vida e a saúde” das famílias.
O chefe do executivo apelou aos cidadãos para que permaneçam nas suas residências, efectuando apenas saídas para aquisição de alimentos, compra de medicamentos, apoio a idosos e deslocações de e para o trabalho. “Face a esta nova situação, o trabalho na Administração Pública fica reduzida ao nível indispensável para o funcionamento das instituições, restringindo ainda mais os seus planos de contingência”, afirmou.
Miguel Albuquerque apelou ainda aos cidadãos de quarentena na região, sobretudo os que regressaram do continente, para o “cumprimento escrupuloso” da mesma, uma vez que está em causa “a vida e a saúde de outros concidadãos, incluindo os seus familiares”.
Entretanto, nasceu esta terça-feira o primeiro bebé de mãe infectada com o vírus da Covid-19 no Hospital de São João, no Porto. Os dois “estão bem”, disse à Lusa fonte oficial daquela unidade hospitalar. De acordo coma fonte, foram feitos testes de despiste do vírus no bebé, estando a aguardar-se os resultados.

Covid-19 | Alguns estrangeiros começam a sair de Timor, mas a maioria deverá ficar

[dropcap]A[/dropcap] comunidade estrangeira em Timor-Leste, incluindo a portuguesa, está a ponderar sair do país ou antecipar viagens marcadas, receando que restrições aéreas devido à Covid-19 impeçam o regresso aos seus países.

Vários estrangeiros ouvidos pela Lusa, alguns dos quais pediram para não serem identificados, disseram ter já antecipado ou estarem a antecipar viagens já marcadas, ainda que muitos tenham decidido ficar no país que, até ao momento, está sem qualquer caso confirmado da doença.

Carla Caetano, uma portuguesa residente em Díli com viagem marcada em 27 de março para Lisboa, optou por antecipar a saída para hoje, preocupada com eventual fecho de fronteiras ou restrições em alguns locais.

“Segui a recomendação da embaixada de Portugal de que quem tinha viagens marcadas as devia antecipar. Porque há a preocupação sobre restrições noutros locais. Tenho assuntos pessoais urgentes e não poderia esperar”, disse.

Xian Warner, uma australiana grávida de seis meses, que também antecipou a saída, queixou-se de falta de apoio consular da Austrália e de insuficiente informação.

“Estou furiosa com isso. Enviei email há semanas para saber as recomendações. Mandaram-me ver [na rede social] Facebook da embaixada e depois que consultasse o portal do Ministério dos Negócios Estrangeiros” australiano, afirmou. “Insisti para ter mais informação e eles voltaram a dizer-me o mesmo”, acrescentou.

Um cidadão português que vive em Oecusse e tinha viagem marcada em 24 de março está a tentar antecipar o voo, mas há problemas na ligação do Dubai para o Porto, com o voo que tinha previsto a ser cancelado.

A questão de voos de escala cancelados está a ser um problema para muitos portugueses que querem voltar, especialmente quem viaja de grandes distâncias como Timor-Leste, o que implica várias escalas.

Também um cidadão norte-americano, de 69 anos, que tinha viagem de regresso dentro de duas semanas, antecipou a partida para hoje, manifestando preocupação sobre voos cancelados e fronteiras fechadas.

“Há preocupação de que alguns aeroportos nos Estados Unidos possam ser fechados. E se eu tivesse 28 anos até ficava, mas com 69 já tenho que ter cuidados adicionais”, afirmou. Para muitos a opção é de ficar no país com as famílias.

André Fernandes e a mulher, Ana Cidade Teixeira, ambos advogados, decidiram ficar com os dois filhos e assim que estiverem recuperados de dengue – há um surto em Timor-Leste – farão alguns preparativos.

“Já fizemos alguns preparativos para o caso de haver quarentena e termos de ficar em casa”, adiantaram.

Cláudio Cardoso, que está com a mulher em Timor-Leste, disse que nenhum pensou em sair do país neste momento.

“Comprámos mais mercearias e sabonetes do que o habitual e levantámos mais dinheiro, só isso. Eu neste momento até nem estou em Díli, vim trabalhar esta semana em Lautém, mas trouxe o passaporte comigo”, indicou Cardoso, que está a trabalhar na reforma curricular do 3.º ciclo de Língua Portuguesa, no Departamento do Currículo do Ministério da Educação, Juventude e Desporto.

Manuel Isidro, professora de português e em Timor-Leste com a filha, também vai ficar, explicando ter reforçado alguns bens essenciais e tomado mais precauções, como a higiene em casa.

“É preciso ter cuidado porque dou aulas em salas com 15 a 30 pessoas. Em casa há limpeza dia sim, dia não. Ambas adotámos o gel desinfetante após qualquer ação”, disse.

“Quanto à máscara, confesso que ainda não adotei. Os fins de semana passaram a ser em casa. É uma questão de adaptação. É chato! É! Principalmente com uma criança. Mas tem de ser”, explicou. Para outros, o problema é mais complicado.

Vários estrangeiros têm os passaportes nos serviços de imigração para extensão de vistos de residência. Alguns estão à espera há semanas e outros estão a tratar do processo.

Além do serviço estar fechado, hoje e amanhã por tolerância de ponto, renovar o visto implica “quatro visitas diferentes ao hospital para raios-x e testes de sangue”, explicou um dos estrangeiros ouvidos pela Lusa.

“Obviamente, nesta altura, estou a evitar sair de casa e não quero ir para um lugar onde já há muito trabalho, sem quadros e cheio de pessoas doentes”, concluiu.

Covid-19 | Alguns estrangeiros começam a sair de Timor, mas a maioria deverá ficar

[dropcap]A[/dropcap] comunidade estrangeira em Timor-Leste, incluindo a portuguesa, está a ponderar sair do país ou antecipar viagens marcadas, receando que restrições aéreas devido à Covid-19 impeçam o regresso aos seus países.
Vários estrangeiros ouvidos pela Lusa, alguns dos quais pediram para não serem identificados, disseram ter já antecipado ou estarem a antecipar viagens já marcadas, ainda que muitos tenham decidido ficar no país que, até ao momento, está sem qualquer caso confirmado da doença.
Carla Caetano, uma portuguesa residente em Díli com viagem marcada em 27 de março para Lisboa, optou por antecipar a saída para hoje, preocupada com eventual fecho de fronteiras ou restrições em alguns locais.
“Segui a recomendação da embaixada de Portugal de que quem tinha viagens marcadas as devia antecipar. Porque há a preocupação sobre restrições noutros locais. Tenho assuntos pessoais urgentes e não poderia esperar”, disse.
Xian Warner, uma australiana grávida de seis meses, que também antecipou a saída, queixou-se de falta de apoio consular da Austrália e de insuficiente informação.
“Estou furiosa com isso. Enviei email há semanas para saber as recomendações. Mandaram-me ver [na rede social] Facebook da embaixada e depois que consultasse o portal do Ministério dos Negócios Estrangeiros” australiano, afirmou. “Insisti para ter mais informação e eles voltaram a dizer-me o mesmo”, acrescentou.
Um cidadão português que vive em Oecusse e tinha viagem marcada em 24 de março está a tentar antecipar o voo, mas há problemas na ligação do Dubai para o Porto, com o voo que tinha previsto a ser cancelado.
A questão de voos de escala cancelados está a ser um problema para muitos portugueses que querem voltar, especialmente quem viaja de grandes distâncias como Timor-Leste, o que implica várias escalas.
Também um cidadão norte-americano, de 69 anos, que tinha viagem de regresso dentro de duas semanas, antecipou a partida para hoje, manifestando preocupação sobre voos cancelados e fronteiras fechadas.
“Há preocupação de que alguns aeroportos nos Estados Unidos possam ser fechados. E se eu tivesse 28 anos até ficava, mas com 69 já tenho que ter cuidados adicionais”, afirmou. Para muitos a opção é de ficar no país com as famílias.
André Fernandes e a mulher, Ana Cidade Teixeira, ambos advogados, decidiram ficar com os dois filhos e assim que estiverem recuperados de dengue – há um surto em Timor-Leste – farão alguns preparativos.
“Já fizemos alguns preparativos para o caso de haver quarentena e termos de ficar em casa”, adiantaram.
Cláudio Cardoso, que está com a mulher em Timor-Leste, disse que nenhum pensou em sair do país neste momento.
“Comprámos mais mercearias e sabonetes do que o habitual e levantámos mais dinheiro, só isso. Eu neste momento até nem estou em Díli, vim trabalhar esta semana em Lautém, mas trouxe o passaporte comigo”, indicou Cardoso, que está a trabalhar na reforma curricular do 3.º ciclo de Língua Portuguesa, no Departamento do Currículo do Ministério da Educação, Juventude e Desporto.
Manuel Isidro, professora de português e em Timor-Leste com a filha, também vai ficar, explicando ter reforçado alguns bens essenciais e tomado mais precauções, como a higiene em casa.
“É preciso ter cuidado porque dou aulas em salas com 15 a 30 pessoas. Em casa há limpeza dia sim, dia não. Ambas adotámos o gel desinfetante após qualquer ação”, disse.
“Quanto à máscara, confesso que ainda não adotei. Os fins de semana passaram a ser em casa. É uma questão de adaptação. É chato! É! Principalmente com uma criança. Mas tem de ser”, explicou. Para outros, o problema é mais complicado.
Vários estrangeiros têm os passaportes nos serviços de imigração para extensão de vistos de residência. Alguns estão à espera há semanas e outros estão a tratar do processo.
Além do serviço estar fechado, hoje e amanhã por tolerância de ponto, renovar o visto implica “quatro visitas diferentes ao hospital para raios-x e testes de sangue”, explicou um dos estrangeiros ouvidos pela Lusa.
“Obviamente, nesta altura, estou a evitar sair de casa e não quero ir para um lugar onde já há muito trabalho, sem quadros e cheio de pessoas doentes”, concluiu.

Covid-19 | Alguns estrangeiros começam a sair de Timor, mas a maioria deverá ficar

[dropcap]A[/dropcap] comunidade estrangeira em Timor-Leste, incluindo a portuguesa, está a ponderar sair do país ou antecipar viagens marcadas, receando que restrições aéreas devido à Covid-19 impeçam o regresso aos seus países.
Vários estrangeiros ouvidos pela Lusa, alguns dos quais pediram para não serem identificados, disseram ter já antecipado ou estarem a antecipar viagens já marcadas, ainda que muitos tenham decidido ficar no país que, até ao momento, está sem qualquer caso confirmado da doença.
Carla Caetano, uma portuguesa residente em Díli com viagem marcada em 27 de março para Lisboa, optou por antecipar a saída para hoje, preocupada com eventual fecho de fronteiras ou restrições em alguns locais.
“Segui a recomendação da embaixada de Portugal de que quem tinha viagens marcadas as devia antecipar. Porque há a preocupação sobre restrições noutros locais. Tenho assuntos pessoais urgentes e não poderia esperar”, disse.
Xian Warner, uma australiana grávida de seis meses, que também antecipou a saída, queixou-se de falta de apoio consular da Austrália e de insuficiente informação.
“Estou furiosa com isso. Enviei email há semanas para saber as recomendações. Mandaram-me ver [na rede social] Facebook da embaixada e depois que consultasse o portal do Ministério dos Negócios Estrangeiros” australiano, afirmou. “Insisti para ter mais informação e eles voltaram a dizer-me o mesmo”, acrescentou.
Um cidadão português que vive em Oecusse e tinha viagem marcada em 24 de março está a tentar antecipar o voo, mas há problemas na ligação do Dubai para o Porto, com o voo que tinha previsto a ser cancelado.
A questão de voos de escala cancelados está a ser um problema para muitos portugueses que querem voltar, especialmente quem viaja de grandes distâncias como Timor-Leste, o que implica várias escalas.
Também um cidadão norte-americano, de 69 anos, que tinha viagem de regresso dentro de duas semanas, antecipou a partida para hoje, manifestando preocupação sobre voos cancelados e fronteiras fechadas.
“Há preocupação de que alguns aeroportos nos Estados Unidos possam ser fechados. E se eu tivesse 28 anos até ficava, mas com 69 já tenho que ter cuidados adicionais”, afirmou. Para muitos a opção é de ficar no país com as famílias.
André Fernandes e a mulher, Ana Cidade Teixeira, ambos advogados, decidiram ficar com os dois filhos e assim que estiverem recuperados de dengue – há um surto em Timor-Leste – farão alguns preparativos.
“Já fizemos alguns preparativos para o caso de haver quarentena e termos de ficar em casa”, adiantaram.
Cláudio Cardoso, que está com a mulher em Timor-Leste, disse que nenhum pensou em sair do país neste momento.
“Comprámos mais mercearias e sabonetes do que o habitual e levantámos mais dinheiro, só isso. Eu neste momento até nem estou em Díli, vim trabalhar esta semana em Lautém, mas trouxe o passaporte comigo”, indicou Cardoso, que está a trabalhar na reforma curricular do 3.º ciclo de Língua Portuguesa, no Departamento do Currículo do Ministério da Educação, Juventude e Desporto.
Manuel Isidro, professora de português e em Timor-Leste com a filha, também vai ficar, explicando ter reforçado alguns bens essenciais e tomado mais precauções, como a higiene em casa.
“É preciso ter cuidado porque dou aulas em salas com 15 a 30 pessoas. Em casa há limpeza dia sim, dia não. Ambas adotámos o gel desinfetante após qualquer ação”, disse.
“Quanto à máscara, confesso que ainda não adotei. Os fins de semana passaram a ser em casa. É uma questão de adaptação. É chato! É! Principalmente com uma criança. Mas tem de ser”, explicou. Para outros, o problema é mais complicado.
Vários estrangeiros têm os passaportes nos serviços de imigração para extensão de vistos de residência. Alguns estão à espera há semanas e outros estão a tratar do processo.
Além do serviço estar fechado, hoje e amanhã por tolerância de ponto, renovar o visto implica “quatro visitas diferentes ao hospital para raios-x e testes de sangue”, explicou um dos estrangeiros ouvidos pela Lusa.
“Obviamente, nesta altura, estou a evitar sair de casa e não quero ir para um lugar onde já há muito trabalho, sem quadros e cheio de pessoas doentes”, concluiu.

Covid-19 | Pais dizem que Governo “deteve” menores portugueses para quarentena sem o seu consentimento

[dropcap]O[/dropcap]s pais de seis menores portugueses disseram hoje à Lusa que as autoridades de Macau detiveram os filhos, residentes do território, e encaminharam-nos para uma quarentena obrigatória sem informar ou obter o consentimento dos progenitores.

Os menores, entre os 13 e os 17 anos, estudam em Portugal e regressaram esta madrugada a Macau, ao anteciparem as férias da Páscoa, uma vez que estão sem aulas em território português, explicou um dos três pais que denunciaram o caso, Diogo Girald. “Ao chegarem a Macau, foram detidos e estiveram três horas e tal detidos pelas autoridades e não foi prestada qualquer informação aos pais”, avançou à Lusa Bruno Simões, outro dos pais.

Três horas após serem retidos pelas autoridades, às 06:30, os menores saíram escoltados do Aeroporto Internacional de Macau pelas forças de segurança, adiantaram ambos os pais. “Paro a comitiva e pergunto para onde é que vão levar os nossos filhos, queremos saber o que se passa aqui. Quem é alguém responsável aqui? Não havia ninguém responsável. Por parte da polícia apenas estavam a escoltar os menores. Por parte da saúde, estavam lá três senhoras que não abriram a boca”, acrescentou Bruno Simões.

“À saída, escoltados pela polícia dissemos: não podem levar os nossos filhos sem nos darem qualquer tipo de informação, sem nos darem qualquer documento a assinar”, lamentou Diogo Giraldes.

Afinal, criticou, “puseram crianças, menores, a assinar termos de responsabilidade, uma das menores tem 13 anos (…) e assinaram termos de responsabilidade para fazerem a quarentena em casa” e depois “mandam-nos para a pousada” Marina Infante, um dos centros de isolamento, na ilha da Taipa.

Os pais dizem estar “completamente às escuras”, uma vez que às 16:00 não tinham recebido qualquer informação por parte das autoridades de Macau. “O que sabemos é através dos nossos filhos, por contacto telefónico”, afirmou Diogo Giraldes.

“Estou farto de ligar para a linha de apoio e ninguém atende”, sublinhou Bruno Simões, para acrescentar a informação prestada pelo advogado que já consultou: “a detenção é ilegal”.

Hoje, o chefe do Governo de Macau anunciou que, a partir das 00:00 de quarta-feira, só vai permitir a entrada na cidade aos residentes do território, da China continental, Hong Kong e Taiwan e aos trabalhadores não residentes de Macau.

Antes, na segunda-feira, as autoridades decidiram avançar para quarentena quase total a todos aqueles que entrassem no território, de forma a conter casos importados, uma medida que entrara em vigor às 00:00 e imposta a todos os indivíduos que viajaram em países nos 14 dias anteriores à entrada no território, com exceção da China continental, Taiwan e Hong Kong.

Depois de 40 dias sem novos casos de Covid-19, Macau registou na segunda-feira e hoje dois novos casos importados, um de Portugal e outro de Espanha, respectivamente. Antes destas duas confirmações, Macau registava dez casos de infecção com o vírus da Covid-19, tendo todos já recebido alta hospitalar. Agora, são 12 o número de pessoas em Macau infectadas desde que o surto começou.

Covid-19 | Pais dizem que Governo "deteve" menores portugueses para quarentena sem o seu consentimento

[dropcap]O[/dropcap]s pais de seis menores portugueses disseram hoje à Lusa que as autoridades de Macau detiveram os filhos, residentes do território, e encaminharam-nos para uma quarentena obrigatória sem informar ou obter o consentimento dos progenitores.
Os menores, entre os 13 e os 17 anos, estudam em Portugal e regressaram esta madrugada a Macau, ao anteciparem as férias da Páscoa, uma vez que estão sem aulas em território português, explicou um dos três pais que denunciaram o caso, Diogo Girald. “Ao chegarem a Macau, foram detidos e estiveram três horas e tal detidos pelas autoridades e não foi prestada qualquer informação aos pais”, avançou à Lusa Bruno Simões, outro dos pais.
Três horas após serem retidos pelas autoridades, às 06:30, os menores saíram escoltados do Aeroporto Internacional de Macau pelas forças de segurança, adiantaram ambos os pais. “Paro a comitiva e pergunto para onde é que vão levar os nossos filhos, queremos saber o que se passa aqui. Quem é alguém responsável aqui? Não havia ninguém responsável. Por parte da polícia apenas estavam a escoltar os menores. Por parte da saúde, estavam lá três senhoras que não abriram a boca”, acrescentou Bruno Simões.
“À saída, escoltados pela polícia dissemos: não podem levar os nossos filhos sem nos darem qualquer tipo de informação, sem nos darem qualquer documento a assinar”, lamentou Diogo Giraldes.
Afinal, criticou, “puseram crianças, menores, a assinar termos de responsabilidade, uma das menores tem 13 anos (…) e assinaram termos de responsabilidade para fazerem a quarentena em casa” e depois “mandam-nos para a pousada” Marina Infante, um dos centros de isolamento, na ilha da Taipa.
Os pais dizem estar “completamente às escuras”, uma vez que às 16:00 não tinham recebido qualquer informação por parte das autoridades de Macau. “O que sabemos é através dos nossos filhos, por contacto telefónico”, afirmou Diogo Giraldes.
“Estou farto de ligar para a linha de apoio e ninguém atende”, sublinhou Bruno Simões, para acrescentar a informação prestada pelo advogado que já consultou: “a detenção é ilegal”.
Hoje, o chefe do Governo de Macau anunciou que, a partir das 00:00 de quarta-feira, só vai permitir a entrada na cidade aos residentes do território, da China continental, Hong Kong e Taiwan e aos trabalhadores não residentes de Macau.
Antes, na segunda-feira, as autoridades decidiram avançar para quarentena quase total a todos aqueles que entrassem no território, de forma a conter casos importados, uma medida que entrara em vigor às 00:00 e imposta a todos os indivíduos que viajaram em países nos 14 dias anteriores à entrada no território, com exceção da China continental, Taiwan e Hong Kong.
Depois de 40 dias sem novos casos de Covid-19, Macau registou na segunda-feira e hoje dois novos casos importados, um de Portugal e outro de Espanha, respectivamente. Antes destas duas confirmações, Macau registava dez casos de infecção com o vírus da Covid-19, tendo todos já recebido alta hospitalar. Agora, são 12 o número de pessoas em Macau infectadas desde que o surto começou.

Covid-19 | Pais dizem que Governo "deteve" menores portugueses para quarentena sem o seu consentimento

[dropcap]O[/dropcap]s pais de seis menores portugueses disseram hoje à Lusa que as autoridades de Macau detiveram os filhos, residentes do território, e encaminharam-nos para uma quarentena obrigatória sem informar ou obter o consentimento dos progenitores.
Os menores, entre os 13 e os 17 anos, estudam em Portugal e regressaram esta madrugada a Macau, ao anteciparem as férias da Páscoa, uma vez que estão sem aulas em território português, explicou um dos três pais que denunciaram o caso, Diogo Girald. “Ao chegarem a Macau, foram detidos e estiveram três horas e tal detidos pelas autoridades e não foi prestada qualquer informação aos pais”, avançou à Lusa Bruno Simões, outro dos pais.
Três horas após serem retidos pelas autoridades, às 06:30, os menores saíram escoltados do Aeroporto Internacional de Macau pelas forças de segurança, adiantaram ambos os pais. “Paro a comitiva e pergunto para onde é que vão levar os nossos filhos, queremos saber o que se passa aqui. Quem é alguém responsável aqui? Não havia ninguém responsável. Por parte da polícia apenas estavam a escoltar os menores. Por parte da saúde, estavam lá três senhoras que não abriram a boca”, acrescentou Bruno Simões.
“À saída, escoltados pela polícia dissemos: não podem levar os nossos filhos sem nos darem qualquer tipo de informação, sem nos darem qualquer documento a assinar”, lamentou Diogo Giraldes.
Afinal, criticou, “puseram crianças, menores, a assinar termos de responsabilidade, uma das menores tem 13 anos (…) e assinaram termos de responsabilidade para fazerem a quarentena em casa” e depois “mandam-nos para a pousada” Marina Infante, um dos centros de isolamento, na ilha da Taipa.
Os pais dizem estar “completamente às escuras”, uma vez que às 16:00 não tinham recebido qualquer informação por parte das autoridades de Macau. “O que sabemos é através dos nossos filhos, por contacto telefónico”, afirmou Diogo Giraldes.
“Estou farto de ligar para a linha de apoio e ninguém atende”, sublinhou Bruno Simões, para acrescentar a informação prestada pelo advogado que já consultou: “a detenção é ilegal”.
Hoje, o chefe do Governo de Macau anunciou que, a partir das 00:00 de quarta-feira, só vai permitir a entrada na cidade aos residentes do território, da China continental, Hong Kong e Taiwan e aos trabalhadores não residentes de Macau.
Antes, na segunda-feira, as autoridades decidiram avançar para quarentena quase total a todos aqueles que entrassem no território, de forma a conter casos importados, uma medida que entrara em vigor às 00:00 e imposta a todos os indivíduos que viajaram em países nos 14 dias anteriores à entrada no território, com exceção da China continental, Taiwan e Hong Kong.
Depois de 40 dias sem novos casos de Covid-19, Macau registou na segunda-feira e hoje dois novos casos importados, um de Portugal e outro de Espanha, respectivamente. Antes destas duas confirmações, Macau registava dez casos de infecção com o vírus da Covid-19, tendo todos já recebido alta hospitalar. Agora, são 12 o número de pessoas em Macau infectadas desde que o surto começou.

Covid-19 | Primeiro-ministro português diz que há 1.142 ventiladores mas que “não estão todos disponíveis”

[dropcap]O[/dropcap] primeiro-ministro, António Costa, adiantou ontem que Portugal ainda não teve “nenhuma carência” de ventiladores e que conta actualmente com “1.142” equipamentos, mas ressalvou que “não estão todos disponíveis” para a pandemia de Covid-19 porque há outras necessidades.

“Nós temos, fora blocos operatórios de urgência, fora unidades de queimados, 1.142 ventiladores para adultos. Claro que não estão todos disponíveis porque há muitas pessoas que estão internadas e que estão a ser ventiladas, ou que foram operadas, ou porque estão com uma pneumonia normal”, disse António Costa, em entrevista ao canal de televisão SIC, no Jornal da Noite.

O primeiro-ministro garantiu que Portugal não tem “nenhuma carência de ventiladores”, mas justificou que está a ser feito um reforço “na previsão do pior dos cenários”, e porque se vive “uma situação anormal”.

Na entrevista, o primeiro-ministro disse também que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) tem “dois milhões de máscaras de reserva estratégica”, para responder às necessidades, e indicou que o Estado está a “adquirir quer máscaras, quer material de desinfecção, quer ventiladores, e a fazer a gestão destes recursos”.

“Temos procurado estar a ir reforçando as capacidades que temos para prever o pior que ainda possa vir a seguir”, defendeu.

Costa referiu que “o que está previsto neste momento no estudo epidemiológico é que o pico desta pandemia em Portugal continue a crescer até finais de abril”, e que “só então aí entrará numa função descendente e que nunca terminará antes do final de maio”.

“Por isso é que estamos a falar de vários meses, nós temos de reforçar os recursos para o caso de haver um aumento anormal para além daquilo que está previsto”, reforçou.

No sábado, a ministra da Saúde, Marta Temido, referiu que estava a ser feito um levantamento do número de ventiladores existentes nos hospitais públicos e privados e explicou que, com o adiamento de algumas cirurgias, existem equipamentos que ficarão livres. Portugal registou, até hoje, uma morte e 331 pessoas infectadas.

Covid-19 | Primeiro-ministro português diz que há 1.142 ventiladores mas que "não estão todos disponíveis"

[dropcap]O[/dropcap] primeiro-ministro, António Costa, adiantou ontem que Portugal ainda não teve “nenhuma carência” de ventiladores e que conta actualmente com “1.142” equipamentos, mas ressalvou que “não estão todos disponíveis” para a pandemia de Covid-19 porque há outras necessidades.
“Nós temos, fora blocos operatórios de urgência, fora unidades de queimados, 1.142 ventiladores para adultos. Claro que não estão todos disponíveis porque há muitas pessoas que estão internadas e que estão a ser ventiladas, ou que foram operadas, ou porque estão com uma pneumonia normal”, disse António Costa, em entrevista ao canal de televisão SIC, no Jornal da Noite.
O primeiro-ministro garantiu que Portugal não tem “nenhuma carência de ventiladores”, mas justificou que está a ser feito um reforço “na previsão do pior dos cenários”, e porque se vive “uma situação anormal”.
Na entrevista, o primeiro-ministro disse também que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) tem “dois milhões de máscaras de reserva estratégica”, para responder às necessidades, e indicou que o Estado está a “adquirir quer máscaras, quer material de desinfecção, quer ventiladores, e a fazer a gestão destes recursos”.
“Temos procurado estar a ir reforçando as capacidades que temos para prever o pior que ainda possa vir a seguir”, defendeu.
Costa referiu que “o que está previsto neste momento no estudo epidemiológico é que o pico desta pandemia em Portugal continue a crescer até finais de abril”, e que “só então aí entrará numa função descendente e que nunca terminará antes do final de maio”.
“Por isso é que estamos a falar de vários meses, nós temos de reforçar os recursos para o caso de haver um aumento anormal para além daquilo que está previsto”, reforçou.
No sábado, a ministra da Saúde, Marta Temido, referiu que estava a ser feito um levantamento do número de ventiladores existentes nos hospitais públicos e privados e explicou que, com o adiamento de algumas cirurgias, existem equipamentos que ficarão livres. Portugal registou, até hoje, uma morte e 331 pessoas infectadas.

Covid-19 | Primeiro-ministro português diz que há 1.142 ventiladores mas que "não estão todos disponíveis"

[dropcap]O[/dropcap] primeiro-ministro, António Costa, adiantou ontem que Portugal ainda não teve “nenhuma carência” de ventiladores e que conta actualmente com “1.142” equipamentos, mas ressalvou que “não estão todos disponíveis” para a pandemia de Covid-19 porque há outras necessidades.
“Nós temos, fora blocos operatórios de urgência, fora unidades de queimados, 1.142 ventiladores para adultos. Claro que não estão todos disponíveis porque há muitas pessoas que estão internadas e que estão a ser ventiladas, ou que foram operadas, ou porque estão com uma pneumonia normal”, disse António Costa, em entrevista ao canal de televisão SIC, no Jornal da Noite.
O primeiro-ministro garantiu que Portugal não tem “nenhuma carência de ventiladores”, mas justificou que está a ser feito um reforço “na previsão do pior dos cenários”, e porque se vive “uma situação anormal”.
Na entrevista, o primeiro-ministro disse também que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) tem “dois milhões de máscaras de reserva estratégica”, para responder às necessidades, e indicou que o Estado está a “adquirir quer máscaras, quer material de desinfecção, quer ventiladores, e a fazer a gestão destes recursos”.
“Temos procurado estar a ir reforçando as capacidades que temos para prever o pior que ainda possa vir a seguir”, defendeu.
Costa referiu que “o que está previsto neste momento no estudo epidemiológico é que o pico desta pandemia em Portugal continue a crescer até finais de abril”, e que “só então aí entrará numa função descendente e que nunca terminará antes do final de maio”.
“Por isso é que estamos a falar de vários meses, nós temos de reforçar os recursos para o caso de haver um aumento anormal para além daquilo que está previsto”, reforçou.
No sábado, a ministra da Saúde, Marta Temido, referiu que estava a ser feito um levantamento do número de ventiladores existentes nos hospitais públicos e privados e explicou que, com o adiamento de algumas cirurgias, existem equipamentos que ficarão livres. Portugal registou, até hoje, uma morte e 331 pessoas infectadas.

Covid-19 | Portugueses “aflitos” e “desesperados” retidos nas Filipinas

[dropcap]P[/dropcap]elo menos “uma centena de portugueses” está retida nas Filipinas, “aflitos” e “desesperados”, sem conseguirem regressar a Portugal, disseram hoje à agência Lusa vários membros do grupo. “Neste grupo [em Cebu] estão mais de 40 portugueses”, mas, espalhados pelas Filipinas, “segundo a última contagem, eram sensivelmente 120”, porque “há muita gente que está retida em ilhas”, explicou Emanuel Mosca.

“Há pessoas desesperadas, já vi pessoas a chorar e quer tudo voltar para o país”, acrescentou, junto do Aeroporto Internacional de Cebu.

“Encontrávamos todos em ilhas, e então achámos por bem, no caso de alguém nos poder ajudar, que seria sempre melhor dirigirmo-nos a um aeroporto internacional”, adiantou, falando em nome do grupo, que o rodeava, formado por pessoas de Lamego, Coimbra, Lisboa e Ponte de Lima.

“Há inclusivamente pessoas que gastaram praticamente o dinheiro todo que tinham em voos, que entretanto foram cancelados, e que já não sabem, se tiverem mesmo de ficar aqui, como é que se vão manter, como é que se vão sustentar, porque não têm resposta nenhuma por parte de praticamente ninguém”, acrescentou.

Há cinco dias que lhes foi dito que tinham de abandonar o país. “No meu caso em particular já gastei quase um milhar de euros em hotéis e também em voos que acabaram por ser cancelados”, precisou.

O grupo está a combinar ficar no mesmo hotel. “Para não ficarmos espalhados uns dos outros, porque já estamos com medo, medo de ficar sem dinheiro, com medo de ficar longe do nosso país, estamos com medo, depois, se acontecer alguma coisa, de não sermos bem tratados aqui porque somos estrangeiros”, sublinhou.

“Criaram uma linha de apoio de Portugal, à qual variadíssimas pessoas acederam e não tiveram informação ou resposta nenhuma por parte das autoridades. (…) Nós temos tido um acompanhamento e agradecemos por isso, um acompanhamento por parte do cônsul português de Jacarta, que nos tem fornecido algumas informações diariamente”, frisou, para esclarecer que o diplomata “tem sido incansável nesse aspeto, mas (…) o que ele tem feito, talvez porque não tenha grandes poderes, grandes meios para fazer melhor, (…) foi apenas fornecer-nos informações”.

Ou seja, “soluções não temos nenhuma até agora”, resumiu. “Já não sabemos de nada, estamos realmente aflitos”, concluiu Emanuel Mosca.

Nas Filipinas há a registar 142 casos e 12 mortos devido ao surto de Covid-19. O país adoptou desde domingo e durante um mês uma série de medidas restritivas, em especial de entrada e saída na capital, Manila, com várias companhias aéreas a cancelarem os voos.

Covid-19 | Portugueses "aflitos" e "desesperados" retidos nas Filipinas

[dropcap]P[/dropcap]elo menos “uma centena de portugueses” está retida nas Filipinas, “aflitos” e “desesperados”, sem conseguirem regressar a Portugal, disseram hoje à agência Lusa vários membros do grupo. “Neste grupo [em Cebu] estão mais de 40 portugueses”, mas, espalhados pelas Filipinas, “segundo a última contagem, eram sensivelmente 120”, porque “há muita gente que está retida em ilhas”, explicou Emanuel Mosca.
“Há pessoas desesperadas, já vi pessoas a chorar e quer tudo voltar para o país”, acrescentou, junto do Aeroporto Internacional de Cebu.
“Encontrávamos todos em ilhas, e então achámos por bem, no caso de alguém nos poder ajudar, que seria sempre melhor dirigirmo-nos a um aeroporto internacional”, adiantou, falando em nome do grupo, que o rodeava, formado por pessoas de Lamego, Coimbra, Lisboa e Ponte de Lima.
“Há inclusivamente pessoas que gastaram praticamente o dinheiro todo que tinham em voos, que entretanto foram cancelados, e que já não sabem, se tiverem mesmo de ficar aqui, como é que se vão manter, como é que se vão sustentar, porque não têm resposta nenhuma por parte de praticamente ninguém”, acrescentou.
Há cinco dias que lhes foi dito que tinham de abandonar o país. “No meu caso em particular já gastei quase um milhar de euros em hotéis e também em voos que acabaram por ser cancelados”, precisou.
O grupo está a combinar ficar no mesmo hotel. “Para não ficarmos espalhados uns dos outros, porque já estamos com medo, medo de ficar sem dinheiro, com medo de ficar longe do nosso país, estamos com medo, depois, se acontecer alguma coisa, de não sermos bem tratados aqui porque somos estrangeiros”, sublinhou.
“Criaram uma linha de apoio de Portugal, à qual variadíssimas pessoas acederam e não tiveram informação ou resposta nenhuma por parte das autoridades. (…) Nós temos tido um acompanhamento e agradecemos por isso, um acompanhamento por parte do cônsul português de Jacarta, que nos tem fornecido algumas informações diariamente”, frisou, para esclarecer que o diplomata “tem sido incansável nesse aspeto, mas (…) o que ele tem feito, talvez porque não tenha grandes poderes, grandes meios para fazer melhor, (…) foi apenas fornecer-nos informações”.
Ou seja, “soluções não temos nenhuma até agora”, resumiu. “Já não sabemos de nada, estamos realmente aflitos”, concluiu Emanuel Mosca.
Nas Filipinas há a registar 142 casos e 12 mortos devido ao surto de Covid-19. O país adoptou desde domingo e durante um mês uma série de medidas restritivas, em especial de entrada e saída na capital, Manila, com várias companhias aéreas a cancelarem os voos.