Gabinete de Ligação | Director realça desenvolvimento de Macau

Zheng Xincong, director do Gabinete de Ligação do Governo Central em Macau, destacou que o território alcançou nos últimos 25 anos, graças “ao trabalho árduo”, “a melhor fase de desenvolvimento da história”, levando Macau a ser “uma das cidades mais ricas, seguras, dinâmicas e com maior felicidade em todo o mundo”.

Numa mensagem de Ano Novo, o responsável destacou ainda “a eleição do sexto Chefe do Executivo que foi realizada com sucesso, com uma nova equipa de governação forte e pronta a agir”.

Para Zheng Xincong, este será um ano importante “para implementar o espírito presente nos importantes discursos de Xi Jinping durante a visita a Macau”. “Acreditamos que o Chefe do Executivo e o novo Governo vão unir e liderar todos os sectores da sociedade, tendo em mente as sinceras instruções do Presidente Xi Jinping”, referiu. Tudo para que o “comboio do desenvolvimento” de Macau possa “andar rápido e de forma constante, com maiores contributos para a construção de um país forte e para o rejuvenescimento nacional”.

MNE | Liu Xianfa destaca Macau como ponte para o exterior

O comissário do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) chinês em Macau, Liu Xianfa, referiu que,nos últimos 25 anos o território tornou-se numa “metrópole internacional de renome mundial”, e “uma importante ponte para a abertura de alto nível do país ao exterior”.

Na mensagem de Ano Novo, Liu Xianfa referiu também que o número de “cidades irmãs” e o “círculo de amigos” internacionais de Macau tem crescido nos últimos anos, além de que “a cooperação com os países e regiões que constroem ‘Uma Faixa, Uma Rota’ tem continuado a aprofundar-se”.

Liu Xianfa afirmou ainda que Macau tem cada vez mais atracções nas áreas da gastronomia, cultura e eventos, que representam os “cartões dourados de visita” da cidade.

Governação | Sam Hou Fai destaca “Um País, Dois Sistemas”

Na mensagem de Ano Novo, Sam Hou Fai declarou que o princípio “Um País, Dois Sistemas” é fundamental para o desenvolvimento de Macau. O líder do Executivo apontou como objectivos de governação a salvaguarda da estabilidade social e a diversificação económica

 

Sam Hou Fai proferiu uma mensagem cheia de esperança para o ano de 2025, mas também de alerta em relação ao que Macau precisa de fazer com um novo Executivo. O Chefe do Executivo, que tomou posse no passado dia 20 de Dezembro, defende que “a maior vantagem” de Macau é o princípio “Um País, Dois Sistemas”, cuja “base fundamental é a salvaguarda da soberania, da segurança e dos interesses de desenvolvimento” da China”.

O governante da RAEM defendeu que é necessário “estabelecer firmemente a consciência comum de ‘um país’ e persistir nesse imperativo, de modo a garantir que a prática de ‘Um País, Dois Sistemas’ não seja alterada ou desvirtuada”, acrescentou.

Em 2025, o sexto Governo da RAEM vai “aproveitar melhor” as vantagens de “Um País, Dois Sistemas” e tomar iniciativas “com espírito de reforma e inovação”, garantiu. Tendo em conta os próximos cinco anos de governação, Sam Hou Fai referiu que Macau “encontra-se numa nova fase de desenvolvimento”, pelo que o Governo deve “insistir na confiança institucional” no princípio “Um País, Dois Sistemas”.

É também necessário “saber identificar” os problemas, “dar respostas” e “procurar alternativas, aproveitando as oportunidades e realizando reformas com determinação”. Assim, cabe a Macau “aplicar, de forma plena, precisa e inabalável, o princípio “Um País, Dois Sistemas” e salvaguardar a paz e a estabilidade sociais”, além de “dedicar maior empenho na promoção efectiva da diversificação adequada da economia”.

Uma maior eficácia

No discurso de Ano Novo, Sam Hou Fai realçou a importância de seguir uma “governação de acordo com a lei e as responsabilidades assumidas, tendo em vista o aumento da eficácia da governação da RAEM e a construção de um Governo eficiente e eficaz orientado para servir a população”.

Foi também deixada a ideia de que deve ser criada “uma plataforma de abertura ao exterior de qualidade mais elevada” e uma maior integração “na conjuntura de desenvolvimento do país”.

Neste contexto, a aceleração da “construção da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin” deve ser feita “com uma nova mentalidade, uma nova abordagem e um maior empenho”. Sam Hou Fai, ex-presidente do Tribunal de Última Instância, não esqueceu a referência à “concretização da desejada perspectiva de uma Macau alicerçada no Estado de Direito, dinâmica, cultural e feliz”.

O governante mostrou-se confiante em relação ao ano que se inicia. “O desenvolvimento do nosso país está em constante transformação e é imparável. Macau encontra-se numa nova fase de desenvolvimento, em que a recuperação passa a ser o crescimento de alta qualidade, e tem um futuro promissor”, rematou.

Transportes públicos vão prolongar horários e frequências hoje à noite

A Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) anunciou ontem que ambas as companhias de autocarros públicos e o Metro Ligeiro vão reforçar os serviços de transportes e prolongar os horários de funcionamento esta noite, para corresponder ao aumento de passageiros nocturnos devido à passagem de ano.

O Governo adiantou que TRANSMAC e STCM vão prolongar 22 carreiras diurnas de autocarros até à 01h e 02h da madrugada no primeiro dia de 2025, e que as frequência de partidas de várias carreiras, incluindo as nocturnas, serão também aumentadas.

A DSAT indicou também que “todas as linhas do Metro Ligeiro vão prolongar o horário de funcionamento, a última partida da noite da passagem de ano será adiada para as 02h30”. Em paralelo, a DSAT coordenou também com as operadoras de jogo para prolongar o horário dos serviços de autocarros shuttle e aumentar as respectivas frequências.

O Governo irá também ajustar o trânsito em locais onde se espera maior afluência de pessoas para a passagem de ano. Assim sendo, a DSAT refere que “serão implementados condicionamentos provisórios de trânsito nas imediações da Torre de Macau, na Taipa e na Estrada do Istmo, com ajustamentos provisórios em algumas paragens de autocarros e na praça de táxis da Torre de Macau”.

Cidade em festa

Esta noite Macau será inundada de luz, cor e muita música e não vão faltar motivos para moradores locais e turistas celebrarem a entrada de 2025 (ver páginas de Eventos). No Cotai, destaque para o concerto de fim-de-ano da boys band de Hong Kong Mirror e para os espectáculos de fogo-de-artifício organizados pelos resorts integrados Venetian, Parisian e Londoner.

Além disso, o Instituto Cultural organizou dois pontos-chave para as celebrações, nas Casas-museu da Taipa e junto ao Lago Sai Van, na península, onde serão apresentados espectáculos musicais, dança e magia.

2025 melhor

Hoje termina este 2024. Os portugueses só desejam que 2025 seja muito melhor. O ano que agora finda não deixa muitas saudades. Em muitos aspectos. Tivemos um Portugal cheio de episódios que em nada valorizaram a qualidade de vida das populações.

Alguns episódios até degradantes como aquela história da cunha do Presidente da República para que umas gémeas brasileiras passassem à frente de outras crianças portuguesas para serem alvo de uma cirurgia que custou mais de quatro milhões de euros e que até provocou uma Comissão de Inquérito Parlamentar, onde se assistiu às maiores mentiras, desculpas de mau pagador, bodes expiatórios e surpresas nas hostes políticas. Um pouco de tudo aconteceu neste cantinho à beira-mar plantado.

Não podemos esquecer antes de mais que passámos a ter um novo governo de direita que em nove meses só tem feito propaganda eleitoral, sempre com o receio que venham aí eleições antecipadas. Caiu um governo de maioria absoluta por causa de um parágrafo num comunicado do Ministério Público que anunciava que o primeiro-ministro António Costa estaria sob investigação.

E o que fez o Presidente da República? Simplesmente aceitou a demissão de um chefe do Executivo que não foi acusado de nada e que até hoje nada se sabe sobre que crime terá cometido. De concreto foi a ida de António Costa para um cargo de grande prestígio como o de presidente do Conselho Europeu. Um governo formado pelo PSD, que obteve o mesmo número de deputados que o Partido Socialista, e por um partido do táxi, como é o CDS. Este governo tem tido uma grande preocupação e, nesse sentido, tem levado a cabo um trabalho incessante: substituir todos os presidentes de institutos, directores de instituições importantes, como a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e o Serviço Nacional de Saúde, que tinham sido contratados pelo anterior governo.

Não interessa se as personalidades são competentes ou não, o importante é arranjar “tachos” para os amigos da mesma cor política. Dirão os leitores que todos os governos fizeram o mesmo, mas nunca como neste 2024 sob a batuta de Luís Montenegro. Simples exemplo: António Costa não substituiu Pedro Santana Lopes na gestão da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Eleições antecipadas que nos trouxeram uma surpresa negativa: a eleição de 50 deputados para o parlamento nacional de um partido neofascista.

A fuga de Vale de Judeus deixou Portugal vergonhosamente nas bocas do mundo, tendo fugido cinco criminosos dos mais perigosos a nível nacional e internacional. Uma fuga que ainda faz correr muita água por baixo da ponte porque não se compreende como é que um presídio daquela importância nem tina em funções um director. Não se compreende como é que todos os reclusos tinham telemóveis, como é que um dos fugitivos foi pacatamente ao ginásio da cadeia buscar uma escada e transportou-a até ao muro da fuga.

Não se compreende ainda por que razão acabaram com as torres de vigia no estabelecimento prisional e muito menos há compreensão para o facto de apenas estar um vigilante a controlar todas as câmeras de vídeo. O certo é que a imagem da segurança em Portugal ficou na rua da amargura.

Não podemos deixar de referir os incêndios de Setembro onde, mais uma vez, tudo esteve descontrolado, com vidas em perigo e dezenas de casas de famílias completamente ardidas. Afinal, para que servem os milhões de euros gastos na protecção civil?

Feio, muito feio e triste, foi o facto de os “senhores” técnicos do INEM terem entrado em greve e o que aconteceu? 11 mortos por falta de socorro. Um caso revoltante que deixou os portugueses preocupados com o futuro do INEM. Lamentavelmente chegou-se já a falar em privatizar o instituto, o que seria um erro político de palmatória.

Não podemos deixar passar em claro nesta resenha do que tivemos em Portugal durante o ano de 2024, o lamentável acontecimento em alguns bairros de Lisboa após um agente da polícia ter disparado a matar contra um morador negro. A partir desse momento foi o caos: caixotes de lixo e dezenas de pneus incendiados, paragens de autocarros destruídas, dezenas de carros incendiados e para cúmulo do descontrolo policial até assistimos que uns energúmenos atirassem um coquetel Molotov para o condutor de um autocarro da Carris que o levou quase à morte, tal a gravidade dos ferimentos por queimaduras.

O inacreditável passou-se neste ano em que se comemorou os 50 anos do 25 de Abril. Uma data histórica em que nos foi devolvida a liberdade. Assistiu-se a uma acção policial completamente descabida no Martim Moniz, em Lisboa, onde foram encostados à parede dezenas de cidadão imigrantes, ao bom estilo nazi, e no final encontraram uns gramas de haxixe e um canivete… afinal, para quê anunciar que vivemos num país democrático que cumpre a Carta dos Direitos Humanos?

Muitos, muitos episódios haveria por descrever, mas o mais importante é que o povo velho e jovem continua sem uma casa para habitar, continuam os estudantes que terminam o seu curso a emigrar, continuam as reformas miseráveis cujo aumento anual de algumas determinado pelo Governo é de apenas sete euros…, continua a corrupção a alto nível e nos mais diversos quadrantes da política e da vida empresarial, continua a caça à multa dos automobilistas, uma forma de o Governo arrecadar mais uns milhões de euros extra, sendo ao fim e ao cabo mais um vector de impostos indirectos, continuamos a ter um combustível caro, os preços nos supermercados a aumentar todas as semanas e, no fim, Luís Montenegro, na sua primeira mensagem de Natal como primeiro-ministro só soube querer convencer os portugueses que estamos a caminho do paraíso.

Portugueses, não! Inacreditavelmente Montenegro na sua mensagem nem uma palavra dedicada aos milhões de portugueses que vivem no estrangeiro. Ignóbil.

Bem, não vos entristeço mais e apenas dizer-vos que antes de partir até às Beiras para passar com familiares a mudança de um ano velho para ano novo, quero desejar a todos os amigos leitores deste grande jornal um ano de 2025 com muita saúde, prosperidade e felicidade. Em chinês diríamos Kung Hei Fat Choi…

Taça GT | Corrida da Grande Baía inspira campeonato no Interior da China

Um novo campeonato para viaturas da classe GT4, sediado na China e com o nome de SRO GT Cup, será lançado em 2025. A competição foi inspirada no sucesso alcançado nos últimos anos pela Taça GT – Corrida da Grande Baía, do Grande Prémio de Macau

 

Nas vésperas de Natal, o SRO Motorsport Group, a empresa que organiza, entre muitas outras provas e campeonatos, o GT World Challenge Asia e co-coordena a Taça do Mundo de GT da FIA em Macau, anunciou a criação de uma competição para viaturas GT4 na China, com estreia marcada para 2025. O campeonato contará com um total de oito corridas sprint de 30 minutos, cada uma com um único piloto por carro, distribuídas por quatro eventos que terão início em março. Haverá duas corridas por fim de semana.

O calendário dos quatro eventos foi apresentado, sendo que a temporada começa em Xangai, integrado no programa do Grande Prémio da China de Fórmula 1. Com dois circuitos ainda por oficializar, a outra prova confirmada será no novo circuito urbano de Pequim, no fim de semana do GT World Challenge Asia. Uma certeza: o Grande Prémio de Macau não fará parte do calendário.

Benjamin Franassovici, Director Geral da SRO Motorsports Asia, disse: “Este é um capítulo incrivelmente empolgante para a SRO na Ásia, especialmente na China. Muitas das maiores equipas do país e os pilotos mais experientes já competem no GT World Challenge Asia e além, mas ainda existe um grande mercado, em certa medida inexplorado, para amadores aspirantes, jovens profissionais e equipas de nível nacional que desejam correr mais perto de casa. O evento de GT4 em Macau, que atraiu mais de 25 inscrições no mês passado, é um excelente exemplo disso.”

Ambição e muita concorrência

A SRO não esconde a expectativa de contar com grelhas de vinte carros na temporada de estreia, cujas inscrições abrirão a 9 de Janeiro.

Para alcançar esse objetivo, a organização europeia, em colaboração com os seus parceiros chineses, restringiu a participação a pilotos não profissionais. Assim, apenas pilotos classificados pela FIA como “Bronze” ou “Silver” poderão competir. Outro trunfo da SRO é a aplicação do seu mundialmente reconhecido “Balance of Performance”, um sistema que equilibra a performance entre diferentes carros e que tem sido um dos pilares da credibilidade da Taça GT – Corrida da Grande Baía nos últimos anos.

“Estou confiante de que o nosso formato e a mistura de eventos de alto perfil proporcionarão uma alternativa desejável, mas também acessível, à oferta doméstica actual”, referiu Benjamin Franassovici, que sabe que a SRO GT Cup vai encontrar uma feroz concorrência dentro de portas.

Para além da SRO GT Cup, serão realizados no Interior da China, em 2025, pelo menos mais três campeonatos de âmbito nacional para carros de GT: o GTCC – GT China Cup, organizado pela TopSpeed, que colabora na Taça do Mundo de FR da FIA; o Campeonato da China de Endurance (CEC); e ainda a Mintimes GT Series, organizado pela empresa responsável pelo Campeonato da China de F4.

Como de melhor se faz lá fora

A SRO GT Cup será a segunda competição dedicada a viaturas GT4 na Ásia. Esta categoria, que reúne marcas de prestígio como Aston Martin, Audi, BMW, Lotus, Mercedes-AMG, McLaren, Porsche, entre outras, conta também com diversos campeonatos na Europa, incluindo o renovado Campeonato de Portugal de Velocidade e o Iberian Supercars Series.

Para aliciar as marcas, os resultados das corridas da SRO GT Cup também contarão para o Ranking de Construtores de GT4 da SRO, um título atribuído à marca presente na categoria GT4 com melhor desempenho no final de cada temporada. A SRO GT Cup junta-se à sua equivalente asiática, a Japan Cup, numa lista que também inclui competições continentais e nacionais na Europa, América e Austrália.

BRICS | Tailândia vai aderir amanhã como Estado associado

O Governo da Tailândia anunciou ontem que se vai juntar ao grupo de economias emergentes BRICS como Estado associado a partir de amanhã, num ano em que a Rússia preside à organização.

“Esta parceria oferece oportunidades significativas para reforçar os laços com os Estados-membros dos BRICS, os mercados emergentes e os países em desenvolvimento com elevado potencial de crescimento”, afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros tailandês num comunicado.

Na nota, o Ministério indicou que este passo foi dado após uma crescente cooperação com o grupo desde 2017 e que representa um compromisso com o multilateralismo, sobretudo entre os países emergentes. As autoridades tailandesas acrescentaram que continuarão a trabalhar com o bloco sob a presidência do Brasil no próximo ano.

Na cimeira do grupo realizada em Outubro, na cidade russa de Kazan, o Governo russo afirmou que havia divergências sobre a expansão do bloco, mas o comunicado final aprovou o estatuto de Estado associado para diminuir o descontentamento entre os países candidatos.

Chegou a ser divulgada uma lista de países que seriam incluídos nesta categoria – Turquia, Indonésia, Nigéria, Argélia, Bielorrússia, Cuba, Bolívia, Cazaquistão, Vietname, Tailândia, Malásia, Uzbequistão e Uganda –, mas a entrada destas nações não foi confirmada.

Os BRICS são constituídos pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul e em 1 de Janeiro de 2024 foram aceites como Estados-membros o Egipto, o Irão, os Emirados Árabes Unidos e a Etiópia, enquanto a Arábia Saudita e a Argentina mudaram de ideias sobre a adesão ao grupo.

Jeju Air | Anunciadas inspecções devido a problemas com trens de aterragem

O Governo sul-coreano anunciou ontem “inspecções rigorosas de segurança” à companhia aérea Jeju Air, na sequência de dois episódios com problemas nos trens de aterragem, um dos quais causou a morte a 179 pessoas no domingo. O segundo incidente aconteceu ontem, forçando o regresso do avião à pista após a descolagem

 

A companhia aérea responsável pelo avião que se despenhou no domingo na Coreia do Sul, causando a morte a 179 pessoas, vai ser alvo de “inspecções rigorosas de segurança” devido a problemas com trens de aterragem das aeronaves, avançou ontem o Governo sul-coreano. “Planeamos implementar inspecções rigorosas de segurança aérea, em resposta aos incidentes com os trens de aterragem”, afirmou Joo Jong-wan, responsável pelo departamento de aviação no ministério sul-coreano dos Transportes, após uma reunião ontem em Seul.

A reacção do Governo sul-coreano surge depois de, no domingo, um acidente com um avião da Jeju Air no Aeroporto Internacional de Muan (sul) causar a morte de 179 pessoas e de, na manhã de ontem, um segundo avião da mesma companhia aérea ter registado um problema semelhante, forçando-o a regressar ao aeroporto de partida.

Joo referiu que a Jeju Air, uma das principais transportadoras aéreas de baixo custo do país, é conhecida pela elevada taxa de utilização dos aviões, o que, segundo alguns peritos, poderá ter contribuído para os incidentes.

O funcionário do ministério sul-coreano dos Transportes acrescentou que o Conselho Nacional de Segurança dos Transportes dos Estados Unidos vai estar envolvido na investigação dos incidentes e que a Boeing, fabricante de ambos os aviões do mesmo modelo, também foi contactada para cooperar.

Segundo acto

Um avião da Jeju Air foi ontem forçado a regressar ao aeroporto de partida, o Aeroporto Internacional de Gimpo, na ponta ocidental de Seul, depois de registar uma anomalia com o trem de aterragem, semelhante ao problema ocorrido com o aparelho que falhou a aterragem no domingo no aeroporto de Muan, acidente que causou a morte de 179 pessoas.

O voo 7C101 da Jeju Air, que partiu do aeroporto internacional de Gimpo com destino a Jeju, no sul da Coreia do Sul, às 06h37 de segunda-feira (05h37 em Macau), detectou um problema no trem de aterragem pouco depois de levantar voo.

A transportadora disse que tenciona retomar as operações depois de trocar de aparelho, também um Boeing 737-800, considerado um dos mais seguros do mundo. A Jeju Air, transportadora sul-coreana de baixo custo, opera 39 aparelhos 737-800 numa frota de 41 aviões.

No domingo, o avião que fazia o voo 7C2216 da Jeju Air explodiu no final de um “pouso de barriga”, sem trem, derrapando na pista do aeroporto de Muan até embater num muro de betão, matando 179 pessoas e deixando apenas dois sobreviventes, naquele que é o pior acidente de sempre da aviação civil em solo sul-coreano.

Ambiente | Fixada quota de 30% de eléctricos para viaturas oficiais

O Ministério das Finanças da China anunciou ontem uma directriz segundo a qual, pelo menos, 30 por cento dos veículos adquiridos para uso público devem ser eléctricos e híbridos

 

O ministério explicou que “em princípio, os ‘veículos de energia nova’ devem representar, pelo menos, 30 por cento do total” das aquisições.

De acordo com a directriz, as agências governamentais de aquisições devem dar prioridade à compra desses veículos, desde que cumpram os requisitos funcionais e operacionais necessários, informou a televisão estatal CCTV.

O ministério disse ainda que, para situações em que os veículos têm rotas fixas, como os que se destinam a serviços de comunicação confidenciais ou operam principalmente em áreas urbanas, apenas devem ser adquiridos modelos eléctricos.

A pasta prevê ainda a contratação de serviços de aluguer de automóveis, referindo que, nestes casos, os organismos governamentais devem dar prioridade à utilização de veículos eléctricos.

Numa tentativa de promover este tipo de automóvel, reduzir a poluição nas cidades chinesas e impulsionar o sector das novas energias, as autoridades locais e nacionais da China anunciaram, nos últimos anos, todo o tipo de medidas, incluindo medidas fiscais, para promover a utilização de automóveis eléctricos.

A taxa de penetração destes veículos no mercado chinês atingiu 25 por cento em 2023, contra 15 por cento na Europa e 8 por cento nos Estados Unidos, segundo um estudo publicado no ano passado pela empresa de consultadoria Bain & Company.

Mudança de paradigma

As vendas de veículos eléctricos devem ultrapassar as dos automóveis com motores de combustão interna na China, pela primeira vez, em 2025, segundo dados do sector.

A China deve ultrapassar as previsões internacionais e os objectivos oficiais de Pequim, com as vendas domésticas de veículos eléctricos – incluindo baterias puras e híbridos – a crescerem cerca de 20 por cento para mais de 12 milhões de unidades, em 2025, de acordo estimativas de bancos de investimento e grupos de investigação citadas pelo jornal britânico Financial Times.

O rápido crescimento da indústria chinesa de veículos eléctricos ameaça agora as marcas alemãs, japonesas e norte-americanas, que dominam o mercado mundial de automóveis há várias décadas.

Adolescente condenado a prisão perpétua pela morte de colega de turma

Um tribunal da província de Hebei, no norte da China, condenou ontem um adolescente de 13 anos a prisão perpétua pelo seu papel no assassinato de um colega de turma, num caso que chocou a opinião pública chinesa.

O Tribunal Intermédio de Handan condenou Zhang, de 13 anos, a prisão perpétua, pelo assassinato, em Março passado, de Wang, da mesma idade, informou a agência de notícias oficial Xinhua. O cúmplice, Li, também de 13 anos, foi condenado a 12 anos de prisão. O terceiro menor envolvido, Ma, que tinha a mesma idade e que não participou directamente no assassinato, mas ajudou a destruir provas, foi isento de responsabilidade criminal e será submetido a um programa de reintegração.

O crime teve origem numa disputa entre os arguidos e Wang. Zhang concebeu o plano, persuadindo Li a colaborar no assassinato e na distribuição do dinheiro de Wang. Os preparativos incluíram a escolha de uma estufa abandonada como local do crime e a escavação de um buraco para enterrar o corpo.

Em 10 de Março de 2024, Zhang atraiu a vítima para o local combinado. Li, por sua vez, transportou Ma até ao local sob o pretexto de carregar a bateria da sua mota eléctrica. Durante o trajecto, Ma foi informado do plano. Na estufa, Zhang atacou Wang com uma pá, enquanto Li o imobilizava. Ma, ao testemunhar o acto, fugiu do local.

Depois de cometerem o crime, Zhang e Li enterraram o corpo, roubaram dinheiro da conta de Wang e destruíram o seu telemóvel. Posteriormente, Ma cooperou com as autoridades, fornecendo a localização onde se encontrava a vítima.

O tribunal considerou que os actos de Zhang e Li, sendo deliberados e executados “de forma particularmente cruel”, constituíram crime de homicídio premeditado.

Deixados para trás

Embora ambos tivessem 13 anos na altura do crime, o Código Penal chinês estipula que, em casos graves, os menores com idades compreendidas entre os 12 e os 14 anos podem ser responsabilizados criminalmente se for autorizado pelo Supremo Ministério Público do país, o que a instituição fez em Abril. Zhang foi identificado como o principal responsável pela concepção e execução do plano, enquanto Li foi identificado como cúmplice activo, embora com um grau de responsabilidade menor.

Na altura, o caso suscitou preocupações sobre a delinquência juvenil na sociedade chinesa. Após o incidente, a imprensa local explicou que os três adolescentes acusados são “crianças deixadas para trás”, um termo utilizado nas redes sociais chinesas para descrever menores que vivem com os avós em zonas rurais enquanto os pais trabalham nas cidades.

Além disso, Wang estava a ser vítima de abuso na escola, o que levou várias vozes no país asiático a apelar para a “criação de sistemas especializados de prevenção do ‘bullying’ nas escolas”, para a adopção de uma atitude de “tolerância zero” para com os agressores e de medidas de apoio às vítimas.

Hangzhou e o Grande Canal

O Rio Qiantang (钱塘江), o primeiro dos cinco rios que abastece de água o Grande Canal, tem junto à sua foz Hangzhou (杭州). Durante 1400 anos a cidade foi o terminal dessa vasta via aquática e é um dos centros para onde confluem e se reúnem, ou intersectam vários canais dos seus diferentes percursos.

De Hangzhou parte o Grande Canal (Da Yunhe, 大运河) para Norte e em Zhenjiang atravessa o Changjiang entrando em Yangzhou, de onde por duas diferentes vias se pode navegar até Wuxi, aproveitando as águas do lago Tai, ou no percurso até Huai’an, a antiga secção Leste do Tongji (Tongji qu, 通济渠), usando o Rio Huai (Huaihe) por o antigo canal Hangou, de Shanyang (山阳, actual Huai’an) a Jiangdu (江都, hoje Yangzhou).

Era o canal Shanyang [Shanyang du] dragado na dinastia Qin com 85 km de comprimento, a começar no Changjiang (Rio Yangzi) ia até Suzhou, de onde já no Período Primavera-Outono havia ligação a Wuxi. Yangdi, Imperador da dinastia Sui, em 605 mandou alargá-lo e estender o comprimento desse canal de Shanyang (actual Huai’an) até Yangzijin (扬子津), parte Sul da cidade de Jiangdu (actual Yangzhou).

O canal Jiangnan yunhe (江南运河) vai para Sul até ao Rio Qiantang (Qiantangjiang) chegando a Hangzhou e para Leste da cidade, em Xixing, distrito de Binjiang, começa o Canal Zhedong (浙东运河, Zhejiang Leste ou Hangyong) com 240 km, a percorrer o Norte da província de Zhejiang, passa por Shaoxing (绍兴) e conjugando-se ao Rio Yong chega a Ningbo (宁波), onde no distrito de Zhenhai, termina o Canal. Já a Norte, as águas do Rio Qiantang vão desaguar no Mar da China do Leste. A cidade de Ningbo, a Nordeste da província de Zhejiang, é oficialmente considerada desde 2013 o término Sul do Grande Canal.

Por etapas descontínuas, nas visitas a Zhejiang (浙江) percorremos todos esses cursos em diferentes alturas, repetindo-os ao visitar a capital da província Hangzhou, Shaoxing e Ningbo, ou para Oeste, na senda da seda, passando por Huzhou (湖州), Hanshan (含山), Wuxing (吴兴), no eixo Hangzhou-Huzhou, ou na via Shanghai-Hangzhou, encontramos na província de Jiangsu, Shengze [(盛泽), no distrito de Wujiang, pertencente a Suzhou e em conjunto com esta, a par de Hangzhou e Huzhou, foi uma das quatro cidades da seda], Tongxiang (桐乡) e a quinze quilómetros Wuzhen (乌镇), visitada era ainda uma antiga pequena aldeia com vida ao longo de canais ligados ao Grande Canal, a meio caminho entre Shanghai (Xangai) e Hangzhou.

Nestas viagens, poucas vezes com oportunidade de as realizar por água e daí percorridas em autocarro, acompanhando em paralelo o Grande Canal, grande parte dos trajectos e era ver os barcos passarem lado a lado com a estrada, aparecendo ao mesmo nível desta.

ONDAS NO RIO QIANTANG

Desde há dois mil anos registado na literatura e poesia o fenómeno ocorre próximo do Festival do “Meio do Outono”, entre o 15.º dia do oitavo mês lunar, sendo o clímax no 18.º dia. Ondas de dois metros e meio penetram no Rio Qiantang e chegam à baía de Hangzhou, atraindo milhares de espectadores todos os anos. Esta extraordinária ocorrência deve-se a um conjunto de factores como a gravitação de corpos celestes, a força centrífuga produzida por a rotação da Terra e a forma de gargalo da baía de Hangzhou, sendo o melhor local para observar no concelho de Haining, em Haiyan e Xiaoshan.

Hangzhou, com o nome de Lin’an, foi desde 1138 a capital da dinastia Song do Sul (1127-1279) devido à tribo tártara Jurchen (conhecida mais tarde por manchu, proveniente do Nordeste da China), ter em 1126 conquistado aos Song do Norte a capital Kaifeng. Levaram da corte quase três mil presos para Harbin [onde desde 1115 como dinastia Jin (1115-1234) os Jurchen tinham a capital Imperial em Huining (Harbin) e edificaram Zhongdu (Beijing)], e no inverno de 1141 os Song cederam aos Jin um vasto território, tornando-se como vassalos, pois pagavam um tributo anual de prata e seda.

O restante da corte da dinastia Song retirou-se para Sul, fugindo das investidas dos Jin, e instalou-se em Nanjing (actual Shangqiu, província de Henan) onde Zhao Huan foi feito Imperador Qin Zong (1125-1127). O seu irmão, Zhao Guo, no ano de 1127 proclamou-se Imperador com o nome de Gao Zong e deu início à dinastia Song do Sul (1127-1279), mudando em 1138 a capital para a beira-mar, na cidade de Hangzhou.

Era já em 907 chamada Lin‘an, quando Qian Liu fundou o reino Wuyue e aí fez a capital, governando Zhejiang, parte de Jiangsu e Fujian. Como a China do Norte se encontrava em guerra, as populações aí se foram refugiando pois Qian Liu pacificou o reino, expandindo-se este economicamente. O reino Wuyue (907-979) durou 72 anos, com três dinastias e cinco soberanos e só foi conquistado em 978 por a dinastia Song do Norte (960-1127) cuja capital era em Kaifeng.

A História dos Dez Reinos ligados com as Cinco Dinastias (907-960) refere ainda o reino Wu (902-937), situado onde se encontram as províncias de Jiangsu, Anhui, Jiangxi e Hubei, com a capital em Yangzhou e Nanjing, durou 35 anos e teve quatro soberanos. Foi conquistado por o reino Tang do Sul (923-936) aos Liang Tardio (907-923), a dinastia que sucedeu à Tang (618-907). Shi Jingtang, o fundador da dinastia Jin Tardia (936-946) conseguiu o apoio dos Liao (916-1125) [tribo mongol dos Chitan na China] e conquistou o poder ao reino Tang do Sul, voltando a mudar a capital para Kaifeng.

Só a dinastia Tang Tardio (923-936) teve Dong Du (Luoyang) como capital, pois nas restantes quatro pertencentes às Cinco Dinastias (Wu Dai, 五代, 907-960) era em Kaifeng. Já a vitória sobre os Han Tardio (947-950) de Zhao Kuangyin, chefe da dinastia Zhou Tardio (951-960), levou os seus oficiais a colocá-lo no lugar de Imperador com o nome de Taizu, fundando em 960 a dinastia Song, que durou até 1279. De 963 a 979 os Song conquistaram um a um os nove Estados do Sul e unificaram a China.

ORIGENS DE HANGZHOU

Próximo do mar, o local onde hoje está construída a cidade de Hangzhou encontrava-se originariamente coberto de água e na maré baixa, as águas do Rio Qiantang deixavam ver baías criadas pela areia. No tempo da dinastia Xia (2070-1600 a.n.E.) a este lugar foi dado o nome de Yuhang, por aí ter Yu, o primeiro rei dessa dinastia, chegado de barco (=hang).

Antes da dinastia Zhou pertencia à área de Yangzhou (uma das nove regiões administrativas da então China). Durante a dinastia Qin (221-206 a.n.E.) começaram a construir-se casas no sopé do monte Lingyin, a Noroeste do lago e com o assoreamento, esse núcleo original foi-se expandindo para os vales a Leste e a Norte. Em 326, reinava a dinastia Jin de Leste quando foi construído o templo do Recolhimento das Almas, Lingyin si, sendo um dos dez mais importantes templos de Budismo Chan na China.

Como cidade, Yuhang, o antigo nome de Hangzhou, só começou a ser construída em 406, entre as margens do lago Oeste já formado, e daí ao rio. Situada num vale ao longo do Qiantangjiang, com 410 km de zona fértil de plantações de arroz (com três colheitas ao ano), salinas, arbustos de chá pelas colinas envolventes, fábricas produtoras de seda, flores e pássaros de uma vegetação temperada. Nessa exuberância de produtos, não era de estranhar a capital da província de Zhejiang, Hangzhou, pela abundância ser de onde a grande parte dos impostos, normalmente pagos em géneros, partiam como tributos rumo às cidades Imperiais.

O centro de Hangzhou gira em torno do imenso lago, antigamente denominado Búfalo Dourado, formado a partir de uma inicial lagoa, alimentada pelas águas do Rio Qiantang. Conta a lenda viver o búfalo dourado deitado no fundo do lago e sempre que começava a diminuir o nível das águas, o búfalo emergia e voltava a enchê-lo. A história reporta-se à dinastia Han (206 a.n.E.-220), quando oficiais locais, para agradar ao Imperador, pediram à população para drenar as águas do lago. Seco, logo o búfalo apareceu e os oficiais correram para o apanhar.

Furioso, o búfalo produziu água suficiente num só momento que encheu o lago e desde então nunca mais secou. Hoje lá está o búfalo dourado numa estátua dentro de água a recordar as origens desta cidade.

Durante a dinastia Sui, Hangzhou foi muralhada quando Yangdi, o segundo imperador mandou rasgar o Grande Canal. Na dinastia Tang, conjuntamente com Yangzhou e Guangzhou, Hangzhou era um dos três portos de Trato, tanto com ligações marítimas, como fluviais.

Os viadutos vieram modernizar Hangzhou, que num momento se encheu de automóveis e pessoas, mas tapam, escondendo o que fica ao nível de solo. Voando de carro por um viaduto em primeiro andar somos dirigidos por a zona Norte da cidade, ficando assim sem visão dos muitos canais que atravessam a cidade. Só mais tarde ao caminhar pelas ruas, as pontes em arco chamam a atenção, agora desenquadradas devido à diminuição do espaço a envolver o canal por necessidade de aumentar as vias rodoviárias. Na parte Nordeste do lago, a planta da cidade feita em relevo na estrutura do passeio, permite perceber a rede de canais, os limites das muralhas, a área ocupada pelo vasto lago e em visão aérea, planar por séculos da História de Hangzhou.

Após passear nas margens do Lago Oeste (Xihu, 西湖), dirigimo-nos para a praça Wulin e caminhando por o antigo centro, duas antigas pontes deslumbram ao longo do trajecto iniciado na estação rodoviária do Norte.
Chegados à praça central de Wulin, do cais terminal do Grande Canal queremos embarcar para ir visitar o Museu do Grande Canal. Nem barco de carreira para aí nos levar [existente dois anos depois], pois esse era o meio para navegar num primeiro contacto por esta enorme via de água. Sem outra possibilidade partimos de táxi.

Chegados à praça referenciada como o local do museu, uma antiga ponte chama a atenção, toda de pedra com três arcos, construída em 1631, é a ponte Gongzhen a salvar esta viagem, pois o museu está fechado por três dias, como o porteiro nos indica. Mais tarde ficamos a saber faltarem três dias para o museu ser inaugurado, quando em 2007, seis meses após viajar de barco por o Grande Canal, aí voltamos, agora num turístico barco de carreira até à nova zona de museus de Hangzhou.

Cinemateca Paixão | Filmes japoneses e alemães marcam entrada em 2025

Para quem deseja ver cinema no último dia do ano a Cinemateca Paixão apresenta hoje uma série de clássicos. Um dos destaques vai para “Merry Christmas, Mr. Lawrence”, filme de 1983 de Nagisa Oshima e com banda sonora composta por Ryuichi Sakamoto. O clássico, que tem David Bowie no elenco, conta a história de um campo de prisioneiros de guerra na II Guerra Mundial. Além da sessão de hoje, marcada para as 21h30, o filme volta a ser exibido a 11 e 25 de Janeiro.

Hoje passa também, às 19h30, o filme “8 Dias em Agosto”, inserido no festival de cinema KINO, dedicado ao cinema alemão. A película realizada por Samuel Perriard, que pode ser vista novamente a 11 de Janeiro, conta a história de um casal que passa férias com o filho, amigos próximos. A tranquilidade é perturbada com um súbito acidente de saúde.

No primeiro dia do ano o público poderá ver o filme japonês “My Sunshine”, que repete nos dias 5 e 12 de Janeiro. Apresentado no Festival de Cinema de Cannes e vencedor de três prémios no Festival de Cinema de Taipei, o filme tem como protagonista o adolescente Takuya, jogador de hóquei no gelo que fica encantado quando vê Sakura no ringue de patinagem. Ambos passam a ser treinados pelo treinador Arakawa, traçando-se uma história sobre o amor, camaradagem e melancolia.

Também amanhã pode ser vista a comédia “Toni Erdmann”, exibida às 16h, protagonizada pela actriz alemã Sandra Huller. O filme centra-se na história de Winfried, que raramente vê a filha, Ines. Um dia, o pai decide surpreender a filha, mas tudo se torna num desastre porque Ines trabalha como executiva e a visita do pai altera a sua rotina de trabalho. Chegados a um impasse, Winfried decide regressar à Alemanha. O filme é realizado por Maren Ade.

Passagem de ano | “Mirror” e German Ku abrilhantam a noite

Os fãs de cantopop podem desfrutar de muita música na noite de passagem de ano. Hoje à noite os “Mirror” sobem ao palco do Studio City para um concerto integrado na tournée “Mirror 2024 Grand Finale”. Destaque ainda para a actuação do macaense German Ku na praça do Lago Sai Van

 

A chegada de um novo ano em Macau faz-se com muita música e estrelas bem conhecidas do universo artístico da região. Depois do concerto desta segunda-feira, os “Mirror”, a mais badalada boys band de Hong Kong, sobem hoje novamente ao palco do Centro de Eventos do Studio City, a partir das 22h30, para um segundo espectáculo de passagem de ano, integrado na “Mirror 2024 Grand Finale”, que já está esgotado.

Esta constitui uma nova oportunidade para ver e ouvir quatro membros integrantes do grupo, nomeadamente Edan, Keung To, Anson Lo, Jeremy, tendo em conta que os “Mirror” trouxeram a Macau outros espectáculos em Maio, nomeadamente na Galaxy Arena, integrados na tour mundial “Mirror Feel the Passion Concert Tour 2024”.

Recorde-se que antes deste ano repleto de espectáculos, os “Mirror” estiveram parados durante algum tempo devido a um acidente ocorrido em Julho de 2022, no Coliseu de Hong Kong, quando um ecrã de grandes dimensões caiu no palco, de uma altura de quatro metros, ferindo dois bailarinos. O incidente acabou por afastar os “Mirror” dos palcos durante algum tempo, tendo também deixado chocada a sua legião de fãs que, ao mesmo tempo, aguardava pelo seu regresso. Apesar da noite de passagem de ano se fazer no Studio City com apenas quatro membros do grupo, os “Mirror” são compostos por 12 cantores.

Além desta pausa, a banda tem estado activa desde 2018, depois da formação no concurso televisivo de talentos “Good Night Show – King Maker”, tendo lançado o primeiro single a 3 de Novembro desse mesmo ano, “In a Second”.

Desde então, a boys band tem ganho inúmeros prémios, sendo considerada uma das principais bandas do género cantopop de Hong Kong. Em 2020, foi lançado o single “Ignited”, que entrou para a lista dos “Top Ten Song of The Year” dos “Ultimate Song Chart Awards” e também dos “Chill Club Music Awards”. No ano seguinte, o single “Warrior” também registou os maiores sucessos, permanecendo no “Ultimate 903 Charts” durante duas semanas.

Além de pertencerem ao projecto “Mirror”, alguns membros da banda mantém carreiras individuais no mundo da música e também na representação para televisão e cinema.

Festa aberta

Com organização do Instituto Cultural (IC), a festa de passagem de ano faz-se de forma gratuita em dois locais distintos, nomeadamente a praça do Lago Sai Van e nas Casas-museu da Taipa. Apesar do rol de convidados, o destaque vai novamente para o género cantopop e para German Ku, macaense vencedor este ano de um concurso de talentos da TVB, estação televisiva de Hong Kong, o “Meia-Idade, Canta e Brilha”.

Com 36 anos de idade, o macaense canta desde jovem. Em 2009 participou no concurso de talentos “Asian Million Star”, da ATV, tentando sempre um lugar no mundo da música. A vitória no concurso da TVB catapultou-o para a fama, tendo em conta que o programa durou nove meses e teve enorme competição, com mais de 100 cantores a participar.

Depois da consagração no programa da TVB, German Ku estreou-se a solo, na sua terra natal, no Venetian Theatre. Nem de propósito, o nome dado à série de espectáculos, ocorridos em Agosto, foi “German Ku – I’m Home”.
German Ku vai ainda partilhar o palco, a partir das 22h, com outros artistas, nomeadamente os conceituados cantores de Hong Kong George Lam e Sally Yeh, e ainda bandas e cantores como Maria Cordero, Vivian Chan, Rico Long, Nick Ngai, FIDA, Daze in White, Ocean Walker, Ying May Supermarket, KC Ao Ieong e DAX One Dance Complex. Esta série de concertos será apresentada por Bobo Leong e Jeoffrey Wong.

Por sua vez, nas Casas-museu da Taipa, o anfiteatro enche-se de música a partir das 20h30, com nomes bem conhecidos do público, como é o caso das bandas “Concrete/Lotus” e “Peony & Lon”, além do cantor pop de Hong Kong Johnny Yip.

A festa nas Casas-museu complementa-se também com actuações de Victor Kumar e o seu Bollywood Dreams Group, destacando-se a cultura indiana, sendo que as danças tradicionais filipinas se apresentam com a actuação da Associação Bisdak de Macau. Destaque também para a apresentação das danças tradicionais da Indonésia, Myanmar e do Vietname interpretadas por grupos locais.

Jason Fong irá protagonizar um “espectáculo de malabarismo com luzes e magia”, existindo no local expositores das diversas comunidades destes países.

No Cotai não faltarão ainda opções para celebrar a entrada em 2025, nomeadamente no Le Jardin, junto ao The Parisian. A partir das 21h30 haverá festa com a actuação de “Tess Collins & The Party Animals”, sem esquecer a música de DJ Ryan que se prolongará pela noite dentro. Fica a promessa de um espectáculo de cores e luzes bem perto da meia-noite e nas primeiras horas de 2025.

Fronteiras | Circulação automóvel subiu 26% até Novembro

O movimento de automóveis nos postos fronteiriços aumentou 26,3 por cento nos primeiros 11 meses do ano face ao mesmo período de 2023, num total de 8.342.671 viaturas. Dados da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) revelam que, só em Novembro, circularam nas fronteiras 832.830 viaturas, mais 21,5 por cento face a Novembro de 2023.

Mais concretamente, neste mês, o movimento de automóveis ligeiros de passageiros equivaleu a 781.613, mais 22,5 por cento face a Novembro de 2023), dos quais 153 milhares de entradas e saídas eram de automóveis com matrícula única de Macau que circularam entre Macau e Hengqin e 128 milhares de entradas e saídas eram de automóveis ao abrigo da política “Circulação de veículos de Macau na província de Guangdong”, com aumentos de 31,8 e 14,9 por cento, respectivamente.

Destaque ainda para o aumento de 9,2 por cento de novos carros em Macau, um total de 11.862 entre Janeiro e Novembro deste ano, sendo que desse total 3.654 eram carros eléctricos.

No que diz respeito a acidentes de viação, em Novembro deste ano houve 1.416, mais 15,6 por cento em termos anuais, que resultaram em 507 feridos. Ocorreram ainda, entre Janeiro e Novembro, 14.392 acidentes, causando duas vítimas mortais e 4.998 feridos.

Relativamente às viagens no aeroporto, nos primeiros 11 meses do ano houve 51.639 voos comerciais, um aumento de 48,8 por cento face ao mesmo período homólogo de 2023.

Cotai | Pedidos autocarros para nova zona de espectáculos

Cheong Sok Leng, conselheira do Conselho Consultivo do Trânsito, defendeu a disponibilização de mais shuttle-bus para a nova zona de espectáculos no Cotai.

Segundo o jornal Ou Mun, a responsável entende que as autoridades devem melhorar de forma gradual a organização do trânsito na zona e o controlo do fluxo de pessoas, pelo que a oferta de mais roteiros com autocarros gratuitos pode ajudar a melhorar a circulação.

Para Cheong Sok Leng, as próprias operadoras de autocarros públicos devem criar mais rotas no Cotai para controlar o fluxo de espectadores dos concertos, dando como exemplo a enorme fila que se formou depois do espectáculo no sábado.

A responsável entende que também o Metro Ligeiro deve aumentar as viagens e melhorar os sistemas de pagamento electrónico para atrair mais pessoas.

A também vice-presidente da União Geral das Associações de Moradores de Macau entende que as autoridades devem dar acesso à zona de estacionamento do Dome, ou Nave Desportiva dos Jogos da Ásia Oriental de Macau, que fica bastante perto da nova zona de espectáculos, para melhor escoar o trânsito no local.

Natalidade | Inquérito confirma pouca vontade de ter filhos

Um inquérito da Associação Chinesa para a Promoção da Juventude revela que apenas 38 por cento dos inquiridos deseja ter filhos. Questões financeiras foram as principais razões apontadas para não constituir família. Pouco mais de metade dos jovens ouvidos deseja casar

 

A Chinese Youth Advancement Association [Associação Chinesa para a Promoção da Juventude] realizou um inquérito que revela a baixa vontade dos jovens de constituir família, embora o casamento continua a ser opção para muitos.

Os resultados mostram que apenas 38 por cento dos entrevistados desejam ter filhos, 35,91 por cento disseram não querer, enquanto 26,09 por cento ainda não tomou uma decisão.

As razões para os jovens não desejarem ter filhos prendem-se com factores económicos: 46,63 por cento diz não conseguir suportar as despesas com cuidados infantis, 55,16 por cento não tem rendimentos suficientes e 37 por cento diz não conseguir suportar a renda da casa.

Em relação ao casamento, há ainda vontade dos jovens de o realizar: 55,84 por cento dizem ter esperança em subir ao altar, enquanto 27,85 por cento dizem não querer casar por pressão económica, por já terem um determinado estilo de vida e aversão a responsabilidades conjugais.

Mais de metade dos entrevistados defendem que, para escolher uma parceira ou parceiro de vida, olham para semelhantes posturas que possam ter perante a vida, as condições económicas ou a aparência. Além disso, 56,12 por cento dos entrevistados disseram que ainda estão solteiros por não terem encontrado um parceiro ou parceira adequados.

Cerca de 46 por cento dos entrevistados dizem sentir nervosismo com a ideia de casar devido às pressões familiares e sociais, e a maioria só admite casar quando tiver capacidade económica e emprego estável. Enquanto isso, 46 por cento dos entrevistados dizem participar em actividades desportivas e competições para fazer amigos.

Pedidas medidas

O inquérito contou com um total de 1010 respostas válidas de entrevistados entre 18 e 35 anos de idade. Foram também colocadas questões sobre medidas de apoio do Governo para as áreas da família e natalidade. Cerca de 50 por cento dos entrevistados respondeu que não conhecem bem as medidas em vigor. Por outro lado, 37 por cento dos inquiridos entendem que o Executivo não dá apoios económicos suficientes, enquanto 38 por cento confessou que a melhoria dos serviços de cuidados a crianças poderia aumentar a sua vontade de ter filhos.

A equipa responsável pelo inquérito considera que o Governo poderia melhorar as políticas nestas áreas e criar novos incentivos à natalidade, nomeadamente o prolongamento do prazo das faltas dadas por motivos de casamento no trabalho, de três dias para uma semana. Já a licença de maternidade poderia aumentar para seis meses, enquanto a licença de paternidade poderia passar a 15 dias.

A equipa também sugeriu que o valor do subsídio de casamento aumente de cinco para dez mil patacas, e que o subsídio de nascimento também suba para 20 mil patacas por família. A associação sugeriu também que famílias com baixos rendimentos recebam um subsídio para filhos até aos três anos e que o Governo reduza impostos para famílias com mais filhos.

Saúde | Casos de varicela mais que duplicaram em Novembro

Os Serviços de Saúde (SS) registaram em Novembro um aumento de 140 por cento, em termos anuais, dos casos de varicela, com um total de 66 casos, tendo em conta que em Novembro de 2023 houve apenas 28 casos. Em termos mensais, entre Outubro e Novembro deste ano, o aumento foi de 69,2 por cento.

A varicela é uma das patologias que consta na lista de 45 doenças de declaração obrigatória dos SS, que em Novembro registaram um total de 527 situações de doença sujeitas a registo. Destaque ainda para os 46 casos de intoxicação alimentar bacteriana, o que representa um aumento mensal de 480 por cento, tendo em conta que em Outubro houve apenas oito casos. Em termos anuais, o aumento foi de 31,4 por cento, face aos 35 casos contados em Novembro de 2023.

Os SS registaram ainda reduções significativas em algumas patologias, nomeadamente uma diminuição dos casos de infecção por Salmonela, de 61,8 por cento em termos anuais, tendo em conta que em Novembro deste ano houve 13 ocorrências.

Também as infecções de gripe caíram, com 152 casos de influenza no mês passado face a Novembro de 2023, quando houve 896 casos. Porém, deu-se um aumento de 72,7 por cento em relação a Outubro deste ano, quando as infecções detectadas totalizaram 88. Quanto à tuberculose, houve 22 casos em Novembro, menos 37,1 por cento face a 2023.

Procriação Assistida | Mais de 20 receberam tratamento até Setembro

Segundo a informação dos Serviços de Saúde, todos os tratamentos foram prestados no Centro Hospitalar Conde São Januário, apesar de a lei prever a autorização para tratamentos em instituições privadas

 

Nos primeiros nove meses do ano, um total de 21 pessoas recorreram a técnicas de procriação medicamente assistida no Centro Hospitalar Conde São Januário. Os dados foram avançados pelos Serviços de Saúde (SS) ao HM a 19 de Dezembro, depois de terem sido pedidos a 16 de Outubro.

“De Janeiro a Setembro de 2024, um total de 21 pessoas receberam tratamento relacionado com a procriação medicamente assistida no Centro Hospitalar Conde São Januário”, pode ler-se na resposta enviada pelos SS.

No dia 11 Fevereiro deste ano entrou em vigor a lei das técnicas de procriação medicamente assistida, o que implica a possibilidade de alguns tratamentos ainda terem sido feitos de acordo com as regras anteriores. A resposta das autoridades não diferencia os pedidos.

Segundo a informação dos SS, todos os tratamentos foram realizados no Centro Hospitalar Conde São Januário. A legislação actual permite que as técnicas de procriação medicamente assistida possam ser utilizadas noutras clínicas, mas apenas nos casos em que há autorização dos Serviços de Saúde.

O HM tentou perceber quais as técnicas de tratamento mais utilizadas ao longo do ano, mas os SS deixaram esses dados de fora da resposta. No entanto, foi esclarecido que “não foi registado nenhum caso de transferência de embriões depois da morte do marido ou unido de facto”. Esta é uma possibilidade prevista para os casos em que o casal ou os unidos de facto iniciam o tratamento, mas que o marido ou unido de facto morre a meio do processo.

Apesar da morte e da procriação só estar prevista para casais, a lei prevê a possibilidade da viúva escolher se pretende continuar com o tratamento.

O caminho das pedras

A lei das técnicas de procriação medicamente assistida foi aprovada a 31 de Julho de 2023 pela Assembleia Legislativa, depois de uma proposta apresentada pelo Governo, em Dezembro de 2022.

A questão da utilização de técnicas de procriação medicamente assistida esteve longe de ser pacífica em Macau, e em 2019 os tribunais da RAEM consideraram ilegal um regulamento dos Serviços de Saúde de 2017, que visava regular a matéria. No entendimento do Tribunal de Segunda Instância, não só o director dos Serviços de Saúde não tinha competências para definir por si só as matérias que constavam no regulamento administrativo, pelo menos sem autorização do Chefe do Executivo, como foi considerado que o assunto devia ser regulado através de uma lei.

Apesar da redução da taxa de natalidade e do Governo defender que adopta “uma política geral de incentivo à procriação”, a utilização das técnicas de procriação medicamente assistida está limitada a casados e unidos de facto de sexos diferentes, o que exclui casais do mesmo sexo e a utilização por pessoas solteiras. Em Macau, a utilização de barrigas de aluguer é crime punido com pena que pode chegar a dois anos de prisão.

Turismo | Excursionistas coreanos mais que triplicam até Novembro

Dados da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) mostram um aumento das excursões com turistas oriundos de fora da China até Novembro. Em 11 meses, Macau registou 79 mil visitantes em excursões da Coreia do Sul, um aumento significativo de 257,9 por cento em termos anuais, enquanto o número de excursionistas da Índia, 23 mil, subiu 426 por cento.

Em termos globais, Macau recebeu, de Janeiro a Novembro, 1.908.000 turistas em excursões, mais 70,9 por cento face a igual período de 2023, sendo que 1.699.000 eram do Interior da China e 182.000 eram visitantes internacionais em excursões, um aumento de 63,4 por cento e 179,4 por cento, respectivamente.

Relativamente ao mês de Novembro, os excursionistas foram 213 mil, mais 5,2 por cento em termos anuais.
Nos primeiros 11 meses deste ano, um total de 524 mil residentes adquiriu viagens para fora, mais 43,3 por cento em termos anuais.

A DSEC indica também a taxa média de ocupação dos quartos, que em 11 meses foi de 86,1 por cento, um aumento de cinco pontos percentuais face ao mesmo período de 2023. Nestes meses, os estabelecimentos hoteleiros hospedaram 13.242.000 indivíduos, um aumento de 8,1 por cento face ao período homólogo de 2023. O período médio de permanência dos hóspedes manteve-se em 1,7 noites.

Economia | Negociação de obrigações atinge nível recorde

Desde o início do ano, cerca de 28 mil milhões de dólares americanos em obrigações foram transaccionados em Macau. A diversificação económica está a ser impulsionada pelos governos da RAEM, de províncias chinesas e empresas estatais

 

Desde o início do ano até 27 de Dezembro foram transaccionados cerca de 28 mil milhões de dólares americanos em obrigações em Macau, através da empresa Chongwa (Macao) Financial Asset Exchange (MOX, na sigla em inglês). Os números constam de um artigo publicado ontem pela agência noticiosa Bloomberg.

O sector das finanças e enquadra-se na estratégia de diversificação da economia 1+4, em que os impostos do jogo ajudam a desenvolver outras áreas, como as finanças, medicina ou o sector cultural.

Entre os 28 mil milhões de dólares em obrigações, a Bloomberg indica que cerca de 63 por cento das obrigações foram emitidas em yuan e por governos provinciais do Interior, directamente ou através das plataformas de financiamento.

Os números mostram também que o valor das obrigações emitidas tem crescido de forma sucessiva, com excepção do ano de 2022. Em 2018, no arranque das operações da MOX, o total de obrigações transaccionadas atingiu 614,2 milhões de dólares americanos. Em 2019 subiu para 4,8 mil milhões de dólares, e para 7,5 mil milhões no ano seguinte.

Em 2021, o total das negociações transaccionadas chegou a 14,9 mil milhões. No entanto, em 2022, quando se sentiram os efeitos económicos da pandemia, houve uma redução para 10,9 mil milhões. Em 2023, o crescimento voltou, com um valor de 21,6 mil milhões de dólares.

Muito para fazer

Em declarações à Bloomberg, Henrietta Lau Hang Kun, membro do Conselho de Administração da Autoridade Monetária de Macau, afirmou que o território ainda tem muito para fazer para atingir o objectivo da diversificação da economia.

“Ainda estamos numa fase inicial. Precisamos de fazer muito mais para criar aqui um conjunto de investidores e emissores”, disse Henrietta Lau. “O nosso objectivo é construir o mercado obrigacionista como uma ponte de financiamento entre o Interior da China e o exterior”, acrescentou.

De acordo com os números apresentados, as transacções de obrigações em Macau representam 26 por cento do nível de Hong Kong, uma das principais praças financeiras internacionais. Em 2020, as obrigações estavam ao nível de 3,8 por cento do valor das obrigações de Hong Kong.

Por sua vez, Zerlina Zeng, directora do departamento de investigação empresarial da zona da Ásia Oriental na Creditsights Singapore LLC destacou o apoio do Governo Central na transformação de Macau, e a participação dos Governo locais do Interior e das empresas estatais na transformação: “O governo chinês pretende transformar Macau num dos principais locais de negociação de obrigações na Ásia, especialmente para as obrigações offshore em yuan e as obrigações da zona de comércio livre”, destacou Zeng. “Como resultado, os veículos de investimento dos governo locais e as empresas estatais são incentivadas a ajudar a promover essas iniciativas”, explicou.

CAEAL pronta para excluir potenciais candidatos a legislativas

Os membros da Comissão de Assuntos Eleitorais da Assembleia Legislativa (CAEAL) tomaram ontem posse e Seng Ioi Man, presidente da comissão, garantiu que o organismo vai trabalhar para que qualquer candidato que não seja considerado patriota fique impedido de concorrer nas eleições.

De acordo com as declarações citadas pelo jornal Ou Mun, o juiz do Tribunal de Segunda Instância (TSI) que preside à CAEAL afirmou que logo após a tomada de posse ia ser feita a primeira reunião de trabalho. Entre os pontos da agenda constava a análise às alterações à lei eleitoral, aprovadas em Abril, tendo Seng Ioi Man destacado a importância do mecanismo de exclusão dos candidatos que as autoridades não consideram patriotas.

De acordo com o jornal Ou Mun, o magistrado terá igualmente sublinhado a importância de poder excluir os candidatos não desejados, para cumprir o princípio “Macau governada por patriotas” e a protecção da segurança nacional.

Criminalização dos apelos

A agenda da reunião incluía ainda outros aspectos da lei, como a criminalização de qualquer atitude que possa ser considerada como apelo à abstenção, voto em branco ou voto nulo, ou as sanções para o caso de haver campanha durante o período da proibição.

Seng Ioi Man prometeu também que a CAEAL vai realizar e promover os trabalhos relacionados com as eleições de acordo com a lei, e garantir que as eleições decorrem sem problemas, num “ambiente legal, justo e transparente”.

Além de Seng Ioi Man, foram ainda nomeados como membros da comissão eleitoral Mak Kim Meng, futuro vice-presidente do Instituto para os Assuntos Municipais (IAM), Wong Lok I, subdirector do Gabinete de Comunicação Social (GCS), Ho In Mui, subdirectora dos Serviços de Finanças, Ng Wai Han, directora dos Serviços de Administração Pública (SAFP), e Lai U Hou, delegado coordenador do Procurador do Ministério Público.

Governação | Conselheira de Estado elogia nacionalismo de Macau

Shen Yiqin passou por Macau, elogiou o trabalho dos últimos 25 anos e pediu ao Executivo da RAEM que siga o rumo governativo apontado pelos discursos de Xi Jinping

 

A conselheira de Estado e presidente da Federação Nacional das Mulheres da China, Shen Yiqin, elogiou os esforços de Macau no âmbito das políticas de segurança nacional e promoção do patriotismo. Shen reuniu no domingo com o novo Chefe do Executivo, Sam Hou Fai, segundo um comunicado divulgado pelo Gabinete de Comunicação Social.

De acordo com a versão oficial, Shen Yiqin destacou que “desde o regresso à pátria, Macau tem alcançado resultados notáveis na defesa da segurança nacional, no desenvolvimento social e económico e no aperfeiçoamento do bem-estar da população”. A responsável explicou também que os objectivos da visita passaram por “aprofundar a implementação do espírito dos discursos importantes do Presidente Xi Jinping”, proferidos durante as celebrações do 25º aniversário do estabelecimento da RAEM, e “participar na actividade sobre a integração de mulheres da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau no desenvolvimento sinérgico 2024”. A visita teve ainda como propósito “observar a actual situação social da cidade”.

Como presidente da Federação Nacional das Mulheres da China, Shen considerou que “as organizações femininas de Macau têm levantado bem alto a bandeira do amor pela pátria e por Macau, participado amplamente no desenvolvimento social e económico da RAEM, integrado e servido de forma activa na conjuntura do desenvolvimento nacional”.

A responsável não terá nomeado as associações, mas indicou que a Federação Nacional das Mulheres da China mantém “uma ligação estreita com as associações homólogas em Hong Kong e Macau”. Entre estas associações deverá estar a Associação das Mulheres de Macau, que conta actualmente com dois deputados na Assembleia Legislativa.

Elogios ao passado

Por sua vez, também o Chefe do Executivo elogiou o legado criado deste a transferência. Segundo Sam Hou Fai, “o desenvolvimento de Macau, nos 25 anos, estabeleceu uma boa base em todos os aspectos, nomeadamente na economia, na sociedade e no bem-estar da população, o que criou uma força fundamental do amor pela pátria e por Macau, e um forte sentido de identidade, pertença e orgulho pelo país em todos os sectores”.

Sam prometeu também que o seu Governo vai “unir toda a sociedade, para implementar as ‘quatro experiências’ e as ‘quatro esperanças’ apontadas pelo Presidente Xi Jinping, não defraudando ‘as três expectativas’ e ‘outras exigências’” deixada pelo líder da China, aquando a passagem recente pela RAEM.

Sam destacou igualmente que as “associações locais do amor pela pátria e por Macau” têm desempenhado um papel indispensável no processo de desenvolvimento da RAEM.

SS alertam para aumento de casos de metapneumovírus na China

Os Serviços de Saúde (SS) lançaram na sexta-feira um alerta à população na sequência dos dados recentemente divulgados pelas autoridades de saúde do Interior da China, onde se regista “uma tendência de crescimento de casos de infecções por metapneumovírus humano”. O organismo liderado por Alvis Lo salientou que, “actualmente, não existe vacina para a prevenção do metapneumovírus humano e o tratamento é baseado principalmente no tratamento sintomático”.

As autoridades salientaram que a situação de infecção por metapneumovírus humano em Macau é considerada estável, prevendo que as infecções por gripe, covid-19 e metapneumovírus humano “tenham maior incidência no período de Inverno-Primavera”.

De acordo com os dados de monitorização do Laboratório de Saúde Pública dos Serviços de Saúde sobre as amostras de doenças do tracto respiratório, nos últimos anos, a taxa de positividade de detecção de metapneumovírus humano em Macau tem-se “mantido relativamente estável”.

Em 2024, a taxa média de positividade de detecção do vírus foi de 6,7 por cento. Este valor representa um ligeiro aumento em relação à taxa média entre 2021 e 2023 (4,6 a 6,1 por cento). Com a chegada do Inverno, as infecções por metapneumovírus oscilaram bastante, passando de 7 por cento em meados de Novembro, para 15,7 por cento no fim desse mês, voltando a descer para 10,3 por cento no início de Dezembro.

O que fazer

O metapneumovírus humano (HMPV) é um vírus respiratório agudo comum e tem sido detectado em todo o mundo desde que foi identificado pela primeira vez em 2001. Transmite-se principalmente por gotículas respiratórias ou contacto com secreções de doentes ou contacto com superfícies contaminadas e o seu período de incubação varia de três a seis dias.

Os principais sintomas incluem febre, tosse, congestão nasal, dificuldade respiratória ou falta de ar. Também pode causar bronquiolite ou pneumonia, e, geralmente, os sintomas são ligeiros e o doente pode curar-se sem ajuda médica. Os grupos de alto risco incluem bebés e crianças, idosos, pessoas com baixa imunidade e doentes com doenças crónicas.

Além de manter um estilo de vida saudável, os SS recomendam as vacinas contra a gripe e covid-19, o uso de máscara em caso sintomas de gripe e evitar deslocações a lugares densamente povoados.

25 anos de transferência de Macau – A grande diferença

Por João Severino, jornalista e antigo director do Macau Hoje

Em 1982 conversava com o pintor macaense Herculano Estorninho, no Hotel Sintra, em Macau. O tema era pertinente e quase inimaginável. Eu perguntei ao artista se tinha alguma ideia sobre o futuro de Macau quando ambos tínhamos conhecimento de rumores de que um dia a China recuperaria a soberania de Hong Kong, Taiwan e Macau. Estorninho respondeu-me que a lei natural da política chinesa seria direcionada para que um dia recuperasse os três territórios. Estávamos a anos-luz de saber o que e quando poderia acontecer o tal “futuro”.

O pintor salientou-me que eu era um jornalista muito atento aos valores políticos, sociais e culturais de Macau e que estava muito embrenhado em todas as especificidades de Macau. Agradeci e voltámos ao tema várias vezes.
Certo dia, da década de 1980, um amigo que era íntimo do general António Ramalho Eanes, enviou-me um email dizendo que me preparasse para o “futuro” porque tinham-se iniciado negociações diplomáticas entre Portugal e a China com o intuito de prepararem um acordo para que Macau regressasse à soberania chinesa.

De início, senti alguma perturbação psicológica, mas fiquei em silêncio. Não traí a minha função de jornalista porque o meu interlocutor pediu-me o maio segredo sobre o assunto. Mais tarde, a notícia foi pública e o Presidente da República Aníbal Cavaco Silva estava em Pequim ao lado de Deng Xiaoping, a fim de se cumprimentarem devido ao acordo firmado entre os dois países para que o território chinês de administração portuguesa passasse a ser governado sobre a soberania chinesa.

Infelizmente, já não tinha Herculano Estorninho para conversar sobre a política macaense, portuguesa e chinesa. Tinha vários amigos macaenses, incluindo Carlos d’Assumpção, que me salientaram o natural desgosto de terem de aceitar que afinal a história não era história. Que afinal, a China não reconhecia que tinha doado Macau a Portugal, como esses macaenses tinham aprendido no banco da escola.

A partir daí, assisti a tudo. Ao Grupo de Ligação; à Lei Básica; às visitas últimas dos Presidentes Soares e Sampaio; às obras apressadas; aos convites a imensas personalidades portuguesas para visitar Macau, a maioria dos convites com segunda intenção; à transferência de milhões de patacas para a Fundação Casa de Macau, para a Agência Lusa, para a Expo’98; para os jornais Expresso, Diário de Notícias e outras publicações, quando alguma imprensa de Macau em língua portuguesa vivia no fio da navalha; à tentativa do Presidente Sampaio demitir o governador Rocha Vieira para nomear o seu colega de escritório Magalhães e Silva; ao embarque de dezenas de contentores dos governantes; à transferência dos arquivos e dos quadros com a imagem dos governadores para Portugal à revelia das autoridades chinesas; à construção de um aeroporto cujos custos foram inflacionados a triplicar; ao saneamento e discriminação de jornalistas que não seguiam as directrizes do governador; à injustiça de um tribunal onde certos juízes e procuradores corruptos nem serviam para motoristas de táxi e ao baixar da Bandeira portuguesa e ao hastear da Bandeira da China na noite de 19 de Dezembro de 1999.

Conheci cinco governadores e todos eles foram unânimes em me transmitir que Portugal pouca atenção dava a Macau e às suas gentes. Os governantes de Portugal visitavam Macau apenas com a preocupação de passarem pela San Ma Lou e “adquirirem” umas jóias, muito valiosas, para oferecerem às esposas. Carlos d’Assumpção, presidia à Assembleia Legislativa e desabafou comigo que os governadores de Macau faziam e ganhavam o que queriam e que Portugal nunca dignificou os macaenses.

Foram 22 anos a assistir ao impensável, terminando por assistir à página mais negra da história de Macau: o governador Rocha Vieira, sem que a quase totalidade dos seus secretários-adjuntos tivessem conhecimento, resolveu transferir para Portugal uma quantia astronómica pela calada da noite (um dia conto-vos a estória do cheque) e esse pecúlio viria a criar a triste Fundação Jorge Álvares, o que poderá ter custado a Rocha Vieira a sua eleição de Presidente da República, cargo com o qual sempre sonhou.

Pois, essa Fundação Jorge Álvares que apenas tem servido para certas pessoas que passaram por Macau, teve a desfaçatez de na passagem dos 25 anos da transferência do exercício da soberania de Macau de Portugal para a China de apoiar a edição de uma espécie de livro com alguns testemunhos de oportunistas que só souberam sacar dinheiro do povo de Macau, com a agravante de essa “obra” ter sido coordenada pela pior presidente da administração da TDM e que foi demitida pela tutela da empresa.

Igualmente a Fundação Jorge Álvares quis dar a entender que estava a comemorar as bodas de prata da transferência da soberania de Macau de Portugal para a China e organizou uma sessão de discursos no Centro Científico e Cultural de Macau (CCCM). De forma ignóbil. Começou por convidar por email.

Depois, assumiu – rebaixando a dignidade da directora do CCCM – o protocolo da sessão de discursos colocando vergonhosamente dois antigos secretários-adjuntos do último Governo de Macau e a esposa de outro secretário-adjunto já falecido na quarta ou quinta fila e o português com mais anos de deputado na Assembleia Legislativa no fundo da plateia. Esta mesma Fundação Jorge Álvares, segundo fontes credíveis, pretende retirar o CCCM da esfera governamental e assumir a sua administração. De todo a rejeitar. Um dia chegará que a Fundação Jorge Álvares não terá mais dinheiro e lá se vai o Centro Científico e Cultural de Macau. Vergonhosamente Portugal não comemorou a data importante dos 25 anos da transferência de Macau.

O Presidente Marcelo Rebelo de Sousa enviou uma mensagem de um minuto para a sessão dos discursos. O primeiro-ministro, os seus ministros e secretários de Estado primaram pela ausência. Uma cerimónia que devia ter sido preparada com um ano de antecedência, com a coordenação da Fundação da Casa de Macau e onde a dignidade das relações sino-portuguesas fosse realçada de forma vibrante e amistosa, tal como ficará registado nos anais da História.

Passaram 25 anos e a diferença de atitude de Portugal e da China é enorme. Esteve à vista de todos: Portugal abandonou os portugueses que vivem em Macau e nem sequer resolve um problema relacionado com a contratação de professores para a Escola Portuguesa de Macau. A China permitiu o grande desenvolvimento de Macau, permitiu a continuação de órgãos de comunicação social em língua portuguesa, permitiu que residentes de Macau adquirissem casa em Zhuhai e em outras cidades continuando a ser residentes de Macau e tudo tem feito para promover a Região Especial.

Apenas um exemplo de grande significado político: enquanto que em Portugal se realizou a tristeza que vos descrevi, a China leva o seu Presidente Xi Jinping a Macau precisamente para comemorar a transferência do exercício de soberania de Macau de Portugal para a China, demonstrando que Macau nunca será esquecido pela mãe-pátria.

Passaram 25 anos e a quase totalidade de todos nós já não assistiremos aos 50 anos. O importante é que vivamos com o nosso amor por Macau e sempre com a verdade acima de tudo em defesa de Macau e da sua população.

Coreia do Sul | Presidente deposto volta a falhar interrogatório

O presidente deposto da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, não compareceu ontem, pela terceira vez, para interrogatório sobre a imposição da lei marcial, disse uma equipa especial de investigação.

Yoon tinha sido convocado para estar na sede da agência anticorrupção, o Gabinete Sénior de Investigação de Corrupção, em Gwacheon, nos subúrbios de Seul, às 10h (09h em Macau), mas não apareceu. Esta é a terceira vez que Yoon, um antigo procurador, se recusa a obedecer a intimações dos investigadores, depois de ter rejeitado uma primeira intimação, em 18 de Dezembro.

No sábado foi revelado que Yoon Suk Yeol autorizou o exército a abrir fogo para entrar no parlamento no início de Dezembro, durante a tentativa de impor a lei marcial, segundo um relatório do Ministério Público consultado pela AFP.

““Ainda não entraste? O que estão a fazer? Arrombem a porta e tirem-nos de lá, mesmo que seja preciso disparar”, disse a 3 de Dezembro, durante uma chamada telefónica com o comandante militar de Seul, Lee Jin-woo, que se encontrava perto do parlamento, segundo a procuradoria.

O Ministério Público divulgou aos meios de comunicação social o relatório de acusação contra o antigo ministro da Defesa Kim Yong-hyun, apontado como a pessoa que pressionou o Presidente Yoon a impor a lei marcial.

Segundo o relatório, com 10 páginas, o Presidente sul-corenano também ordenou ao chefe da contraespionagem militar, general Kwak Jong-keun, que “entrasse rapidamente” no parlamento. “Tirem as pessoas do interior da assembleia, destruam as portas com um machado, se necessário”, disse ainda Yoon Suk Yeol. No relatório aponta-se ainda que o Presidente tinha discutido a lei marcial com oficiais militares superiores já em Março.

Enquanto os deputados se apressavam em rejeitar a lei marcial na madrugada de 4 de Dezembro, o Presidente Yoon disse a Lee que a declararia “uma segunda e terceira vez”.