Ilha Verde | Direitos de propriedade preocupam deputado

Leong Hong Sai está apreensivo em relação ao Planeamento de Ordenamento Urbanístico da Ilha Verde devido à dispersão de terrenos com múltiplos proprietários. Além de pedir justiça e imparcialidade na resolução destes problemas, o deputado indica que a criação de zonas comerciais, escritórios e hotéis na Ilha Verde pode aliviar áreas como ZAPE e Nam Van

 

O Planeamento de Ordenamento Urbanístico da Ilha Verde, apresentado na passada quarta-feira, deixou o deputado Leong Hong Sai preocupado com possíveis conflitos legais em relação aos terrenos da zona, em particular da Colina da Ilha Verde.

Em declarações ao Exmoo, o deputado da União Geral das Associações dos Moradores de Macau referiu temer que os problemas com direitos de propriedade e concessões com múltiplos titulares possam atrasar a execução do planeamento que prevê a saída de quase metade da população daquela zona.

O representante dos Moradores recorda que no próprio plano é indicado que, “actualmente, na Colina da Ilha Verde, há muitos terrenos não desenvolvidos, que estão muitos dispersos e existem ainda problemas de diferentes titularidades”. Desde terrenos que são propriedade privada, passando por terrenos concedidos por arrendamento e concessões por aforamento ou a título gratuito, o deputado sublinha que estes casos devem ser tratados com prudência, respeitando os princípios da imparcialidade, justiça e publicidade. Seja através da junção de parcelas de terreno ou permutas, o deputado apelou ao futuro Governo liderado por Sam Hou Fai que aborde este problema, que não se verifica apenas na Ilha Verde, de uma forma equilibrada.

Quem te ajuda

Recorde-se que o planeamento urbanístico para a Ilha Verde prevê, numa primeira fase, a relocalização do matadouro, e de outros edifícios e armazéns, assim como a redução da densidade populacional dos cerca de 23 mil moradores actuais para 13 mil. Está também prevista a criação de corredores visuais para a Colina da Ilha Verde, hotéis, espaços desportivos e comerciais e novos acessos para veículos e peões.

Além de sugerir a realização de um estudo para optimizar o planeamento do trânsito na zona, Leong Hong Sai entende que o reordenamento da Ilha Verde pode ser uma oportunidade para resolver problemas no centro da cidade. A criação de zonas comerciais, hotéis e instalações de turismo, aliada à abertura de escritórios e outros negócios, pode aumentar os empregos na Ilha Verde, aliviando o trânsito no centro da cidade para aceder a áreas como o ZAPE e Nam Van.

Bairros comunitários | Lo Choi In pede apoios ao consumo

Loi Choi In, deputada ligada à comunidade de Jiangmen, defendeu que a sobrevivência das Pequenas e Médias Empresas nos bairros comunitários passa por assegurar a capacidade de consumo dos residentes, em vez de tentar atrair turistas para essas zonas.

“Para promover verdadeiramente a recuperação da economia comunitária e estimular o consumo, o Governo deve, através da redistribuição da riqueza, reforçar os benefícios sociais, incluindo o aumento da pensão e do subsídio para idosos. Mais, para manter o desenvolvimento económico estável, é indispensável aumentar os postos de trabalho, promover a ascensão profissional e aumentar os rendimentos dos cidadãos”, afirmou.

A deputada vincou também que, ao contrário de outras opiniões, considera que o Governo tem feito um bom trabalho a promover os bairros comunitários entre os turistas, mas que a estratégia é naturalmente limitada. “Há quem critique o Governo por ter lançado medidas ineficazes e definido um rumo uniforme, mas eu não concordo, porque os esforços e tentativas do Governo e dos serviços públicos nos últimos anos não podem ser desprezados”, vincou. “Só que, em termos objectivos, existem, de facto, certas condições e limitações, e os dados demonstram que a economia dos bairros comunitários depende sempre do consumo local, e perante a perda deste consumo, por várias razões, não se pode depender apenas da reconversão dos estabelecimentos comerciais ou das visitas dos turistas para se conseguir colmatar a situação e alcançar a recuperação total”, acrescentou.

AMCM | Empréstimos para habitação e imobiliário a crescer

Dados da Autoridade Monetária e Cambial de Macau (AMCM) relativos ao mês de Setembro revelam que os novos empréstimos hipotecários para habitação (EHHs) e os empréstimos comerciais para actividades imobiliárias (ECAIs) aprovados cresceram face a Agosto, mas houve “um declínio no saldo bruto” dos empréstimos à habitação, enquanto nos empréstimos para o sector imobiliário se registou uma subida.

Em Setembro de 2024, os novos EHHs aprovados pelos bancos cresceram 142,1 por cento em relação ao mês anterior, no valor de 3,05 mil milhões de patacas. Neste tipo de empréstimo, os residentes representaram 98,4 por cento do total, um crescimento de 145,1 por cento, tendo os empréstimos sido de três mil milhões. Por sua vez, os empréstimos a não residentes subiram ligeiramente mais, 145,1 por cento, no valor total de 48,66 milhões.

No tocante aos empréstimos para o imobiliário, registou-se um crescimento de 8,4 por cento face a Agosto, com o valor total de 1,03 mil milhões de patacas. Os residentes locais que pediram este tipo de empréstimo representaram 91,4 por cento, mais 0,5 por cento face ao mês anterior.

Pensões | Defendido mecanismo automático de actualização

O legislador ligado à Comunidade de Fujian, Nick Lei, espera que o futuro Chefe do Executivo aumente o valor das pensões e recorda que um dos pontos da campanha eleitoral foi a melhoria do bem-estar da população

 

O deputado Nick Lei defende a criação de um mecanismo automático de aumento da pensão dos idosos indexado ao índice mínimo de subsistência. A ideia foi deixa em declarações citadas pelo Jornal do Cidadão.

Actualmente, as pessoas com mais de 65 anos podem receber uma pensão para idosos que pode chegar até aos 3.750 patacas por mês, dependendo do tempo de contribuição. No entanto, o valor é inferior ao valor de referência do índice mínimo de subsistência, que actualmente é de 4.350 patacas.

Neste sentido, o deputado ligado à comunidade de Fujian considera que devia ser criado um mecanismo automático, para que o valor da pensão de idosos acompanhasse sempre o valor do índice mínimo de subsistência.

Além disso, defende Nick Lei, sempre que o valor do índice mínimo de subsistência fosse actualizado, o mesmo deveria acontecer com o valor mensal da pensão para idosos.

“As pensões para idosos são um dos importantes apoios de todo o sistema de segurança social”, afirmou o legislador. “O Governo da RAEM tem melhorado de forma gradual as políticas do sistema de segurança social de Macau em diferentes áreas, no entanto, as pensões para idosos, uma das garantias mais essenciais de sustento após a reforma, não foram actualizadas”, lamentou.

O membro da Assembleia Legislativa considerou ainda desajustado o mecanismo de actualização das pensões, que apenas é activado quando a inflação atinge uma taxa de três por cento.

O prometido é devido

Nas declarações prestadas, Nick Lei deixa ainda a esperança deque Sam Hou Fai tome as medidas necessárias para melhorar o bem-estar da população, depois de ter feito uma campanha eleitoral em que esse foi um dos aspectos prometido.

Ao jornal do Cidadão, Lei afirmou que durante a campanha eleitoral Sam Hou Fai “expressou, em várias ocasiões, a sua preocupação com as questões do quotidiano e o bem-estar da população”, pelo que existe a expectativa de que o futuro governo vá “seguir a direcção de colocar a população em primeiro lugar”.

Além das pensões para idosos, Nick Lei indicou que o bem-estar continua a passar pelo acesso a habitação em boas condições. Neste sentido, o deputado pretende que o Governo reveja as políticas de habitação e adopte medidas para aumentar a oferta no território.

Sam Hou Fai vai tomar pesse como Chefe do Executivo a 20 de Dezembro, e deverá apresentar as Linhas de Acção Governativa do seu Governo nos primeiros meses do próximo ano.

Economia | Aprovada nova lei para fundos de investimento

Os deputados aprovaram ontem na generalidade a nova lei dos fundos de investimento, que se espera contribuir para desenvolver o sector financeiro e para a diversificação da economia.

De acordo com o Governo o diploma votado ontem visa a modernização das leis que regulam o sector, dado que várias das leis datam dos anos 90, o desenvolvimento da área da gestão de fortunas, a remoção de obstáculos à criação de fundos de investimentos e uma maior protecção dos investidores.

Também ontem os deputados deram luz verde à nova lei de supervisão e administração de dispositivos médicos. O novo diploma prevê que passe a existir um registo online dos dispositivos médicos que podem ser comercializados em Macau e que vão poder ser acedidos através do portal do Instituto para a Supervisão e Administração Farmacêutica (ISAF). As duas leis vão ser discutidas e votadas na especialidade, antes de entrarem em vigor.

Trabalho | Aprovada subida de indemnizações por despedimento

A Assembleia Legislativa aprovou ontem na generalidade a subida de 500 patacas do valor do salário mensal para efeitos de cálculo de indemnizações por despedimento sem justa causa.

Actualmente, o valor é 21.000 patacas, mas deverá subir para 21.500 patacas, quando os deputados voltarem a aprovar a proposta na especialidade. Esta é a primeira alteração desde 2021, representando um aumento de 2,4 por cento.

O valor do salário mensal para efeitos de cálculo de indemnizações é ainda importante porque a lei define que a indemnização por despedimento sem justa causa, em condições legais, nunca pode ultrapassar o valor da remuneração mensal multiplicado por doze. Devido a este limite, actualmente, um despedido não recebe uma indemnização superior a 252 mil patacas. Porém, com a subida do valor da remuneração de base, pode haver um aumento de 6.000 patacas, para uma indemnização máxima de 258 mil patacas.

PME | Ma Chi Seng quer resolver crise com “caça ao tesouro”

O deputado Ma Chi Seng, nomeado pelo Chefe do Executivo, considera que o Governo pode contribuir para resolver os problemas económicos das pequenas e médias empresas (PME) nos bairros comunitários, com a criação de “zonas de check in”. Estas são zonas onde os turistas podem ir, numa lógica de caça ao tesouro, tirar fotos, fazer a leitura de códigos QR ou recolher carimbos para ganhar prémios.

O legislador defendeu que o Governo deve apostar numa grande acção do género, no âmbito das celebrações do 25.º aniversário da RAEM: “Espera-se que essas actividades consigam atrair novos clientes e reter os actuais, promovendo a vitalidade económica das zonas comunitárias e impulsionando o desenvolvimento das PME”, afirmou.

O deputado sugeriu também às PME que se adaptem às novas tendências para sobreviverem: “Os consumidores são cada vez mais jovens e dão mais importância à personalização, à beleza, à procura de valores emocionais e à satisfação das necessidades de relacionamento social”, indicou.

Crime | Ella Lei alerta para o aumento de casamentos falsos

Numa intervenção antes da ordem do dia, a deputada da FAOM deixou forte críticas ao Governo, por aquilo que entende ser a falta de vontade para mudar leis e aplicar sanções mais pesadas pela contratação de trabalhadores ilegais

 

Ella Lei alertou ontem para a necessidade de intensificar o combate aos casamentos ilegais e o trabalho ilegal, pedindo penas mais pesadas para a contratação de trabalhadores ilegais. A mensagem foi deixada ontem numa intervenção antes da ordem do dia na Assembleia Legislativa, em que a deputada criticou abertamente o Governo pela falta de vontade política para combater o fenómeno do trabalho ilegal.

De acordo com as estatísticas oficiais citadas pela deputada ligada à Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM), no primeiro semestre do ano foram registados 27 casamentos fictícios, um aumento de dois casos em termos anuais. Houve também 64 casos de “simulação de casamento, adopção ou contrato de trabalho”, um crescimento anual de 12 por cento.

“As pessoas que simulam o casamento ou o contrato de trabalho para obter BIR, procuram benefícios ilegais, ocupam recursos e regalias sociais, e perturbam o mercado de emprego, como também causam outros problemas de segurança”, argumentou. “No passado, também houve pessoas que aproveitaram a sua qualidade de falso trabalhador não-residente e vieram a Macau para praticar crimes de usura e câmbio ilegal ou outras infracções, ameaçando a segurança de Macau”, acrescentou.

Durante a intervenção, Ella Lei elogiou os esforços das autoridades que combatem o fenómeno do trabalho ilegal, mas responsabilizou o Governo pela situação actual, devido à falta de vontade política para castigar os patrões que contratam trabalhadores ilegais.

“Mesmo que o pessoal da linha da frente se esforce na execução da lei, as sanções baixas e a falta de efeitos dissuasores continuam a ser os principais problemas de Macau no combate ao trabalho ilegal ou ao trabalho não autorizado”, vincou. “Por exemplo, de acordo com o relatório de trabalho da DSAL, em 2023, […] cada empregador ou entidade contratante foi punida, em média, com uma multa de 9366 patacas”, revelou. “Em comparação com os lucros ilícitos obtidos, o custo da infracção é extremamente baixo”, destacou.

A leveza do ser

A deputada pediu também ao Governo para inverter o imobilismo que indicou pautar a política actual: “Face às solicitações da sociedade ao longo dos anos quanto ao aperfeiçoamento das leis, o Governo responde sempre o seguinte: está a prestar uma atenção contínua, a auscultar opiniões e tem uma consideração prudente, etc., mas não tem ainda qualquer plano de trabalho nem calendarização concretos”, descreveu. “Por esta razão, solicito mais uma vez ao Governo para aperfeiçoar uma série de regimes jurídicos de combate ao trabalho ilegal, incluindo o estudo sobre o aumento do limite máximo das multas, o aperfeiçoamento dos mecanismos eficazes de execução das normas relativas à reincidência e às sanções acessórias, para reprimir o trabalho ilegal e garantir o emprego dos residentes locais e o desenvolvimento saudável do sector”, frisou.

Estudo | Meios digitais podem potenciar marca cultural de Macau

Um estudo de académicos da MUST conclui que o uso de meios digitais nas áreas do património, cultura e turismo contribui para a internacionalização e o fomento de Macau como marca cultural. Estas são algumas das conclusões do artigo “O digital irá capacitar Macau e promover intercâmbios culturais internacionais e a aprendizagem mútua”

 

Inteligência artificial, computação em nuvem, “big data” são conceitos tecnológicos transversais a quase todos os domínios da vida nos dias que correm. Dois académicos da Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau (MUST na sigla em inglês), Jing Zhang e Sheng Nan Pang, analisaram as repercussões das últimas revoluções tecnológicas e o seu uso nas áreas do turismo, cultura e divulgação do património.

No estudo “O digital irá capacitar Macau e promover intercâmbios culturais internacionais e a aprendizagem mútua”, os académicos entendem que Macau está no bom caminho no que diz respeito à crescente digitalização destes sectores, criando uma nova marca global em termos arquitectónicos e culturais.

Segundo o estudo, publicado na plataforma de estudos académicos “EasyChair”, a aplicação de ferramentas digitais na promoção da cultural e do turismo locais tem sido cada vez mais uma realidade, servindo para internacionalizar Macau como marca de turismo e cultura.

Segundo os autores, “a aplicação da tecnologia digital tem desempenhado um importante papel na promoção do desenvolvimento da cultura internacional em Macau, injectando um novo ímpeto na comunicação global das suas marcas culturais”. É também referido o facto de o Governo, nos últimos anos, ter reforçado “o desenvolvimento do turismo cultural, da tecnologia digital, do empreendedorismo juvenil, do lazer, dos negócios e das exposições”, com o objectivo de “realçar o processo de diversificação industrial em Macau”.

Para os autores, “os benefícios da tecnologia digital têm sido notáveis, dando não só um forte impulso ao desenvolvimento global da economia e sociedade de Macau, mas tornando-se também uma força fundamental para promover o processo de internacionalização”.

Ao apostar “numa profunda integração de tecnologias de ponta como o ‘Big Data’, computação em nuvem ou inteligência artificial, Macau deu um salto inovador em muitas áreas-chave, nomeadamente a herança cultural, a promoção do turismo e a cooperação empresarial”. Desta forma, construiu-se “um sistema de desenvolvimento [destas áreas] mais eficiente, inteligente, aberto e inclusivo”.

O artigo dos académicos contém também a ideia de que a digitalização ajudará Macau a dinamizar a sua herança cultural em conjunto com a criação de marcas. “Com a aceleração da globalização, e a diversidade cultural cada vez mais proeminente, Macau vai continuar a defender a relevância do património cultural, aprofundando a sua protecção e investigação e promovendo a integração desse mesmo património na sociedade moderna.”

Assim, através do digital, haverá uma maior expansão “da influência internacional [de Macau] no domínio da proteção do património cultural”.

Os autores destacam os investimentos feitos pela RAEM nos últimos anos em termos tecnológicos, nomeadamente ao nível da rede 5G, a criação de “grandes centros de dados e inteligência artificial”, levando a à “modernização das infra-estruturas em rede e ao forte apoio dado à aplicação diversificada [dessas estruturas] e inovação da economia digital”.

O caso do turismo

O Instituto Cultural (IC) é uma das entidades que mais tem apostado nas novas tecnologias para mostrar a cultura local. Um dos exemplos destacados pelos académicos foi a exposição “Visitando as Ruínas de S. Paulo no Espaço e no Tempo – Exposição de Realidade Virtual nas Ruínas de S. Paulo”, entre 2022 e 2023, uma “experiência de turismo cultural inovadora com realidade virtual digital”.

Nesta mostra, foram utilizadas “pela primeira vez tecnologias de simulação avançadas, como a modelação tridimensional, a realidade virtual ou a autoestereoscopia no Património Mundial de Macau, a fim de realizar a recuperação digital da igreja”.

Desta forma, segundo explicou o IC na altura, “os participantes puderam conhecer o aspecto histórico da Igreja de Madre de Deus do Colégio de S. Paulo há 400 anos, ultrapassando as limitações temporais e espaciais”.

Jing Zhang e Sheng Nan Pang apresentam outro exemplo de uma exposição que pode atrair outro tipo de público a Macau e ajudar na tal criação de uma nova marca: a “Exposição Futura de Artes Digitais de Macau”, planeada pela equipa de licenciados da MUST, em que a arte digital foi “conceito central”, promovendo-se um debate em torno “do poder da integração multidimensional do design, tecnologia, comércio, utilizadores e cultura”. Na mostra apresentou-se “uma perspectiva única da arte digital, integrando-se algoritmos ou estratégias de planeamento de caminhos de inteligência artificial”.

Estes são exemplos de como cada vez mais há uma nova forma de fazer turismo baseado no mundo virtual. “A integração da cultura com meios científicos e tecnológicos tornou-se numa nova forma de turismo. Com o [uso] do formato digital no património cultural tradicional, os museus lançam o modelo de turismo de exposições com recurso a meios científicos e tecnológicos”, pode ler-se.

Desta forma, “através da aplicação da tecnologia digital, é criado o ‘novo cenário turístico, realizando-se a reconstrução dos recursos do turismo cultural e dos serviços integrados das indústrias” desse mesmo turismo.

Assim, os autores entendem, que “Macau não só tem liderado o ritmo do turismo global ao nível da transformação digital, como também estabeleceu um modelo de integração e inovação da ciência e tecnologia no turismo, contribuindo para a construção de uma valiosa experiência em prol do desenvolvimento do turismo internacional”.

Outra ideia deixada no estudo prende-se com o facto de Macau estar “a integrar e aprofundar de forma activa a cooperação internacional no domínio da digitalização”, tendo em conta que a China “está a reforçar o desenvolvimento da economia regional através de meios digitais, promovendo a influência global e o poder de comunicação da cultura chinesa para continuar a crescer”.

Um “posicionamento único”

Os autores do estudo entendem que, no contexto do “rápido desenvolvimento e a ampla aplicação da tecnologia digital”, a RAEM “tem criado gradualmente o seu posicionamento único, em termos de marca, na cena internacional”, ao apresentar “recursos multiculturais”, tendo em conta a “posição geográfica no centro da região Ásia-Pacífico, demonstrando uma influência internacional reforçada de forma significativa”.

Assim, “a aceleração deste processo mostra como a tecnologia digital é pioneira da mudança dos tempos, proporcionando oportunidades e possibilidades para Macau se transformar numa indústria emergente” ao nível da cultura e turismo digitais.

Os autores citam ainda um relatório da Organização Mundial do Turismo que determina que, até 2030, “a aplicação generalizada das tecnologias digitais deverá conduzir a um crescimento significativo de 34 por cento no comércio global”. Tendência que irá “remodelar profundamente a estrutura das cadeias de valor globais, perturbar e optimizar o modo de funcionamento tradicional do comércio mundial”.

Assim, para os autores do estudo, Macau destaca-se neste novo posicionamento, tendo em conta os planos de cooperação regional com Hengqin e toda a província de Guangdong. Existe, portanto, uma “aceleração da transformação das formas tradicionais de comércio na direcção do digital e [plataformas] inteligentes com orientações políticas e afectação de recursos”.

Macau apresenta “uma perspectiva estratégica virada para o futuro com a utilização plena do poder da inovação da tecnologia digital”. Tal servirá não só para “guardar e activar o rico património cultural local, mas também para, com recurso a plataformas digitais de inovação, realizar intercâmbios culturais e de aprendizagem mútua no palco cultural global”.

“A tecnologia digital permitiu a Macau promover o novo processo de intercâmbio cultural internacional e de aprendizagem mútua com um grande impulso”, rematam os autores, que defendem que a tecnologia “rompe as barreiras do intercâmbio cultural tradicional, constrói uma ponte cultural através do tempo e do espaço e promove a partilha e a aprendizagem mútua dos recursos culturais globais”.

Médio-Oriente | Qatar suspende mediação até que Israel e Hamas mostrem “seriedade”

O Qatar suspendeu a mediação para um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza até que o movimento Hamas e Israel demonstrem “vontade e seriedade” nas negociações.

“Há 10 dias, durante as últimas negociações para tentar chegar a um acordo, o Qatar informou as duas partes de que pretendia suspender os seus esforços de mediação se um acordo não fosse alcançado durante essa mesma ronda”, disse, em comunicado, o porta-voz dos Negócios Estrangeiros do Qatar, Majed Al Ansari.

Segundo a mesma nota, divulgada no sábado à noite, o Qatar comprometeu-se a voltar a mediar as negociações “quando as partes demonstrarem vontade e seriedade”.

Uma fonte diplomática, citada pela Agência France Presse (AFP), tinha dito antes que o Qatar se iria retirar do processo, acrescentando que o gabinete político do movimento islamita Hamas em Doha “já não tem razão de existir”.

Com os Estados Unidos da América e o Egipto, o Qatar tem mediado as negociações entre as duas partes do conflito no Médio Oriente – Israel e Hamas – depois de uma única trégua em Novembro de 2023, que durou uma semana e permitiu a libertação de reféns detidos em Gaza em troca de prisioneiros palestinianos detidos por Israel.

O Hamas e Israel acusam-se mutuamente de bloquear qualquer acordo, recusando cada lado as condições do outro para um cessar-fogo na guerra desencadeada a 07 de Outubro de 2023 por um ataque do movimento islamita palestiniano contra Israel.

O ataque sem precedentes do Hamas, em 07 de Outubro, no sul de Israel, resultou na morte de 1.206 pessoas, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais israelitas, incluindo reféns mortos. Nesse dia, 251 pessoas ficaram reféns. No total, 97 continuam reféns em Gaza, incluindo 34 declarados mortos pelo exército.

A ofensiva israelita lançada em retaliação na Faixa de Gaza fez 43.552 mortos, a maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, e provocou um desastre humanitário.

Seul | Manipulação norte-coreana de sinais GPS afectou navios e aviões civis

Seul acusou sábado Pyongyang de levar a cabo “uma campanha provocatória” de interferência nos sinais GPS, que afectou vários navios e dezenas de aviões civis na Coreia do Sul.

“A Coreia do Norte realizou uma campanha provocatória de interferência no GPS a partir de Haeju e Kaesong, ontem [sexta-feira] e hoje [sábado]”, afirmou o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul em comunicado.

Navios e dezenas de aviões civis estão a sofrer “algumas perturbações operacionais”, acrescentou. O exército sul-coreano pediu prudência aos navios e aviões civis sul-coreanos que se deslocam na região do mar Amarelo, entre a China e a península coreana.

“Exortamos veementemente a Coreia do Norte a cessar de imediato as provocações com o GPS e avisamos que será responsabilizada por quaisquer problemas daí resultantes”, continuou.

A interferência consiste na transmissão de sinais desconhecidos que saturam os receptores GPS e os tornam inutilizáveis para a navegação. A Coreia do Sul acusou o Norte de ter efectuado este tipo de interferência em várias ocasiões nos últimos anos.

Desde Maio, Pyongyang enviou também milhares de balões com lixo para a Coreia do Sul, sendo que alguns perturbaram o tráfego no aeroporto internacional de Incheon, a noroeste de Seul, cerca de quarenta quilómetros da Coreia do Norte.

As interferências ocorrem alguns dias depois de Pyongyang ter testado um míssil balístico intercontinental (ICBM), descrito pelo regime de Kim Jong-un como o mais avançado do arsenal do país.

O lançamento, efectuado poucas horas antes das presidenciais norte-americanas, na terça-feira, foi o primeiro teste de armamento da Coreia do Norte desde que foi acusada de enviar tropas para ajudar a Rússia na guerra na Ucrânia.

A Coreia do Sul retaliou na sexta-feira, disparando um míssil balístico para o mar, mostrando “forte determinação” em responder a “qualquer provocação norte-coreana”.

Filipinas | China contra novas leis de domínio marítimo

O Presidente filipino, Ferdinand Marcos, promulgou sexta-feira leis que delimitam as águas territoriais das Filipinas e impõem corredores fixos para a passagem de navios e aviões estrangeiros, suscitando de imediato um protesto da China.

A primeira lei define as águas territoriais das Filipinas, bem como aquelas sobre as quais o país tem direitos, com base na Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar. As águas territoriais filipinas incluem algumas das áreas disputadas com Pequim, que reivindica a maior parte do Mar do Sul da China.

“Ao definir e afirmar as nossas zonas marítimas, estamos a mostrar à comunidade internacional que estamos firmemente empenhados em manter, cultivar e proteger o nosso domínio marítimo”, afirmou Marcos, citado pela agência francesa AFP.

O Governo chinês considerou que a medida “infringe gravemente a soberania territorial da China e os direitos e interesses marítimos no Mar do Sul da China”. “A China condena veementemente e opõe-se firmemente a esta medida”, afirmou a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, citada pela agência norte-americana AP.

Para Pequim, trata-se de uma tentativa de “solidificar a decisão ilegal do caso de arbitragem do Mar do Sul da China através de legislação nacional”, afirmou. Mao disse que o Ministério dos Negócios Estrangeiros convocou o embaixador das Filipinas em Pequim para apresentar um “protesto severo”.

A porta-voz apelou para que Manila ponha “imediatamente termo a qualquer acção unilateral suscetível de agravar o litígio e complicar a situação e a manter a paz e a estabilidade no Mar do Sul da China”. “A China reserva-se o direito de adoptar todas as medidas necessárias”, acrescentou, segundo a transcrição da conferência de imprensa regular disponibilizada pelo ministério.

Caminhos (in)seguros

A segunda lei autoriza o Presidente a impor rotas marítimas e aéreas fixas que os navios ou aviões estrangeiros devem utilizar para atravessar as águas filipinas sem comprometer a segurança nacional.

Os navios e aviões estrangeiros que exerçam o direito de passagem “não ameaçarão nem usarão a força contra a soberania, a integridade territorial ou a independência política” das Filipinas, segundo o diploma.

A lei também proíbe os navios estrangeiros de pescar e de realizar exercícios militares, actividades de vigilância ou de recolha de informações, bem como interferir com os sistemas de telecomunicações. Os comandantes de navios e os pilotos de aviões podem ser condenados a até dois anos de prisão e a multas de até 1,2 milhões de dólares em caso de infração.

Por favor

Por favor, amigos leitores, regozijem-se por ler este diário dirigido pelo jornalista e escritor de excelência Carlos Morais José. Recebo diariamente o jornal em PDF e posso dizer-vos, sem sombra de dúvidas, que é o melhor jornal em língua portuguesa. Graficamente não conheço melhor no panorama nacional e internacional em língua portuguesa. Um jornal com o conteúdo literário e de uma paginação muito apelativa. Escrevo estas linhas porque em Portugal a imprensa escrita, e mesmo a comunicação em geral, está pelas ruas da amargura. Temos diários, semanários e revistas. Todos essas publicações têm vindo a degradar o seu conteúdo e aspecto gráfico. O jornalismo tem de ser uma profissão nobre, de liberdade, de competência e transparência.

No nosso país temos vindo a assistir a um negativismo jornalístico em todos os aspectos. Os jornalistas jovens acabam os cursos de duvidosa qualidade e aceitam as condições mais que precárias para ingressarem nos jornais, nas televisões e nas rádios. Na imprensa o visionamento é cada vez mais desinteressante. Os jovens jornalistas não têm um conhecimento profundo do que aconteceu desde o 25 de Abril de 1974, não têm um acervo da história sobre os acontecimentos decorridos ao longo de 50 anos de democracia nem sabem o que de bom deixaram a Portugal diversas personalidades como Palma Carlos, António Spínola, Costa Gomes, Sá Carneiro, Freitas do Amaral, Magalhães Mota, Pinto Balsemão, Ramalho Eanes, Mário Soares ou Álvaro Cunhal. Quando precisam, abrem a wikipédia e lêem o que por vezes é absolutamente deturpado e insuficiente, para se poder escrever com conhecimento de profundidade.

O semanário Expresso tem vindo a perder leitores, ano após ano, e algumas vezes a própria manchete é um tema que já é do conhecimento de todos. O Diário de Notícias vive momentos de interrogação sobre o seu futuro, tal como os órgãos de comunicação social do grupo económico que nem paga os salários a tempo e horas. O Público foi o diário de referência, hoje é uma banalidade de mau jornalismo. O Jornal de Notícias era o menino querido do norte do país, e nos dias de hoje as gentes do norte compram o Correio da Manhã. Correio da Manhã que é um chorrilho de páginas dedicadas ao crime, aos casos passionais, à vida dos pimbas e, pelos vistos, os potenciais compradores é disso que gostam porque o jornalismo português global baixou muito de qualidade e nunca se preocupou em diminuir o número de analfabetos em política, em história e em cultura.

O semanário Tal&Qual reapareceu, mas apresenta um populismo de bradar aos céus, sem o mínimo de credibilidade noticiosa. O i era o diário com mais impacto gráfico e com qualidade jornalística, não aguentou e hoje apenas se publica às terças-feiras. O Sol é um porta-voz do Governo, vale pela qualidade de alguns cronistas. No aspecto político toda a imprensa gere-se pela mesma batuta: há que agradar ao Governo. Estamos certos que Luís Montenegro, chefe do Executivo, espalha a sua propaganda política por todos os jornais a troco de financiamento aos patrões dos grupos de comunicação social. Um facto, que demonstra bem que a linha editorial das publicações é mera apoiante de quem está no poder. E já não falamos dos jornais e rádios regionais, que sem dinheiro, apresentam uma falta de qualidade jornalística impressionante e uma musicalidade quase total de timbre pimba.

Os jornalistas com quem temos contactado trabalham frustrados. Chegam ao ponto de investigar e escreverem textos de grande interesse e deparam-se com a “ordem” das chefias de que esses trabalhos não podem ser publicados porque vão colidir com os interesses de quem financia os jornais. O jornalismo tem acima de tudo de ser regido sobre o símbolo da liberdade de expressão. Sem liberdade não existe jornalismo sério e apelativo.

Por favor, amigos leitores, apreciem bem este diário e vejam a diversidade de temas, os colaboradores de enorme qualidade que deixam a sua sapiência nas páginas do jornal nos mais variados temas, como história portuguesa, história chinesa, política local, nacional chinesa, nacional portuguesa e internacional, sexologia, mudanças climáticas, obras literárias e outros temas de grande interesse. Sobre a cultura chinesa não existem páginas centrais, a cores, como as do HOJE MACAU e os leitores que em Macau e no estrangeiro leem o que é publicado, admiram-se como é que um diário de Macau consegue apresentar uma literatura cultural chinesa de tão grande envergadura.

Estas minhas palavras não se devem ao convite que me fez o ilustre director para vos enviar semanalmente umas linhas sobre o que se passa em Portugal. Não, com toda a sinceridade vos informo que estas linhas se devem apenas ao facto da tristeza que os portugueses que compravam jornais constatam que nos dias de hoje não vale a pena. As vendas, na verdade, têm diminuído assustadoramente. Há mesmo quem pense que daqui a poucos anos apenas haverá um diário e um semanário. É triste. Para onde vão os jornalistas que sonharam com a sua nobre profissão? Obviamente para o desemprego, para um qualquer escritório de advogados, para uma agência de comunicação, para um gabinete de imprensa de uma empresa poderosa ou para assessor de um ministro, de um secretário de Estado ou de qualquer grupo parlamentar da Assembleia da República. Um dos piores exemplos da derrota da imprensa e televisões portuguesas foi a última campanha eleitoral americana onde apresentaram até à exaustão Trump com o seu discurso de ódio e a desinformação em vez de fornecer ao público factos e rigor jornalístico.

Por favor, amigos leitores que possuem em Macau empresas, escritórios de advocacia, cargos de direcção na função pública, por favor, acreditem que devem dar todo o seu apoio em anúncios, a um diário como este de grande qualidade e que não pode deixar de estar na nossa companhia, para gáudio da língua e dos valores culturais portugueses em terras do oriente.

Galaxy Macau | Loja “Pop-up” com marcas de moda locais

Pode ser visitada até ao dia 18 de Novembro uma nova loja de roupa em formato “Pop-up”, ou seja, com funcionamento temporário, e que apresenta várias marcas de moda locais. A loja irá funcionar no Promenade East do Galaxy Macau, apresentando-se 15 marcas diariamente entre as 10h e as 22h.

As marcas escolhidas são a “Common Comma”, “C/W Collective”, “Earlyink”, “ella épeler”, “Joya Ma”, “Jump Off”, “Lexx Moda”, “Mosq.”, “MULTIPLIER”, “Nega C.”, “No. 42、SANCHIALAU”, “SHEFEELING”, “Stardust Journey” e “VATIC”.

Esta é uma iniciativa conjunta do Instituto Cultural (IC) com a Galaxy no apoio à moda que se faz em Macau. Promete-se a apresentação de produtos tão variados como bolsas, lenços de seda, carteiras, sapatos femininos, entre outros acessórios, “em estilos distintos, como estilo moderno e elegante, estilo juvenil e doce, estilo de rua ou estilo vanguardista e desconstrutivista”.

O objectivo é “promover as marcas de moda originais de Macau junto dos turistas e dos residentes, no sentido de aumentar a visibilidade das marcas e ajudar o sector a expandir o mercado da indústria”.

Antes deste evento em Macau, o IC estabeleceu o mesmo formato de loja “Pop-up” com colecções locais nas zonas de Hengqin e Guangzhou, “tendo o evento sido muito bem acolhido pelo próprio sector e pelo público”. O mesmo evento irá estender-se, em Dezembro, a Shenzhen, “com vista a alargar os canais de venda no mercado da Grande Baía Guangdong–Hong Kong– Macau”, descreve a organização.

Beyoncé lidera corrida aos Grammy 2025 com 11 nomeações

A cantora Beyoncé lidera as nomeações na 67.ª edição dos Grammy, os prémios norte-americanos da música, com onze indicações em categorias como Gravação do Ano, Álbum do Ano, Canção do Ano e Melhor Álbum Country, foi anunciado na sexta-feira.

Com as 11 nomeações aos Grammy 2025, Beyoncé passa a contar com 99 indicações, tornando-se assim a artista mais premiada de sempre, com 32 Grammy conquistados, também na artista mais nomeada de sempre, nos prémios norte-americanos de música.

Entre os artistas mais nomeados nos Grammy 2025 estão também Charli xcx, Billie Eilish e Post Malone, com sete indicações cada, e Sabrina Carpenter, Chappell Roan e Taylor Swift, com seis.

Beyoncé está nomeada para Álbum do Ano e Melhor Álbum Country com “Cowboy Carter”, e Gravação do Ano, Canção do Ano e Melhor Canção Country, com “Texas Hold’Em”.

Além disso, a cantora está ainda indicada nas categorias de Melhor Performance Pop a Solo, Melhor Performance Pop de Duo ou Grupo, num dueto com Post Malone, Melhor Performance de Rap Melódico, num tema com Linda Martell e Shaboozey, Melhor Performance Country a Solo, Melhor Performance Country de Duo ou Grupo, num dueto com Miley Cyrus, e Melhor Performance Americana.

Esta é a primeira vez que a cantora, que fez parte das Destiny’s Child antes de iniciar a carreira a solo, está nomeada em categorias dos géneros de música Country e Americana.

Swift, Andre 3000 e companhia

Para o Grammy de Gravação do Ano, além de Beyoncé, estão também nomeados The Beatles, com “Now and Then”, Sabrina Carpenter, com “Espresso”, Charli xcx, com “360”, Billie Eilish, com “Birds of a Feather”, Kendrick Lamar, com “Not like us”, Chappell Roan, com “Good luck, babe!” e Taylor Swift, com “Fortnight”, tema que partilha com Post Malone.

Na categoria de Álbum do Ano competem também, além de “Cowboy Carter”, de Beyoncé, “New Blue Sun”, de André 3000, “Short n’ sweet”, de Sabrina Carpenter, “BRAT”, de Charli xcx, “Djesse Vol.4”, de Jacob Collier, “Hit me hard and soft”, de Billie Eilish, “Chappell Roan The rise and fall of a Midwest princess”, de Chappell Roan, e “The tortured poets department”, de Taylor Swift.

A longa lista de mais de 90 categorias dos Grammy abrange diferentes géneros musicais, do jazz à música clássica, passando pelo rap, o rock e o metal, indo também do gospel aos audiolivros. Os vencedores dos 67.º Grammy serão anunciados a 2 de Fevereiro, numa cerimónia em Los Angeles, nos Estados Unidos.

Arte Equestre Portuguesa propõe-se a Património Imaterial da UNESCO

O Comité Intergovernamental para Salvaguarda do Património Cultural Imaterial da Organização das Nações para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO, na sigla em inglês) reúne-se de 2 a 7 de Dezembro na capital paraguaia, e, entre as candidaturas apresentadas, conta-se ainda uma proposta do Brasil sobre o modo de produção artesanal do Queijo de Minas, no Estado de Minas Gerais, no sudeste do país sul-americano.

“A Equitação Portuguesa é uma prática que se traduz na excelência do ensino do cavalo expressa na realização dos andamentos e ares de alta escola, que deriva do ensino praticado nas academias de arte equestre europeia, com particularidades que a distinguem, fundamentalmente as que advêm da equitação de trabalho de alaceamento e lide do touro, em campo ou em arena, ou nos jogos equestres”, indica a descrição patente no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, do qual consta desde 2021.

O mesmo texto lembra que esta prática “encontra-se plasmada no trabalho realizado desde o século XVIII na Real Picaria, tendo atingido uma difusão contínua que chegou [à actualidade] e congrega numerosos indivíduos e grupos de praticantes”.

A comunidade de praticantes vai desde os amadores aos profissionais, encontrando-se o maior grupo na Escola Portuguesa de Arte Equestre (EPAE), embora haja praticantes espalhados por 20 países em cinco continentes, como recorda o texto patente na candidatura à classificação pela UNESCO.

Montar “à Marialva”

A EPAE, com sede no Palácio de Queluz, nos arredores de Lisboa, realiza apresentações regulares no Picadeiro Henrique Calado, na zona lisboeta da Ajuda.

A escola reata os costumes da corte portuguesa do século XVIII. Esta arte foi fixada pelo marquês de Marialva, Manuel Carlos de Andrade (1755-1817), no livro “Luz da Liberal e Nobre Arte de Cavallaria” (1790), e “daí se referir a forma de montar [portuguesa] como ‘à Marialva'”, disse à agência Lusa fonte da candidatura.

A arte portuguesa de montar a cavalo “distingue-se pela forma de trajar dos cavaleiros, os arreios que são diferentes de outras escolas, e forma de lidar com o cavalo”, acrescentou.

Várias manifestações culturais portuguesas estão inscritas na lista do Património Imaterial da UNESCO, como o fado, o cante alentejano, ou a barro negro de Bisalhães e a dieta mediterrânica. A candidatura a Património Imaterial da Humanidade foi avançada pela Associação Portuguesa de Criadores do Cavalo Puro Sangue Lusitano, em parceria com o município da Golegã e a Parques de Sintra.

Creative | Trabalhos de alunos de comunicação da USJ em exposição

Foi apresentada no último fim-de-semana uma nova exposição na Creative Macau. Trata-se de “25”, que mostra ao público os melhores trabalhos de fotografia realizados pelos alunos da licenciatura em Comunicação e Media da Universidade de São José. Eis a oportunidade para ver a “essência vibrante” do território

 

A Universidade de São José (USJ) associou-se à Creative Macau para expor, na sua galeria, mais uma exposição dos seus alunos. Trata-se de “25”, a “Exposição de Fotografias de Alunos e Antigos Alunos da Licenciatura em Comunicação e Media”, que pode agora ser vista gratuitamente na galeria da Creative Macau até ao dia 30 deste mês.

Segundo a organização, este projecto nasce de uma parceria anual com a USJ com mais de uma década de existência “para apresentar 125 fotografias tiradas por alunos e ex-alunos da licenciatura em Comunicação e Media da Faculdade de Artes e Humanidades”. Assim, “25” é uma exposição “que celebra a essência vibrante de Macau através das lentes de vários jovens artistas talentosos (estudantes e antigos estudantes da licenciatura”.

Esta colecção de imagens apresenta “cinco temas diferentes, cada um deles captando facetas únicas das últimas décadas deste território”, com “paisagens singulares, vida urbana, cultura, natureza e, claro, as suas gentes”. A mesma nota dá conta que cada tema é retratado nas 25 fotografias escolhidas “que ilustram um leque diversificado de perspectivas”.

Parabéns à RAEM

Claro que “25” é também uma forma de celebração do 25.º aniversário do regresso de Macau à China. Esta pretende convidar o espectador a “experienciar a cidade sob uma nova luz, em que cada fotografia conta uma história que reflecte o espírito, a criatividade e as aspirações de uma nova geração e serve também de plataforma para o diálogo sobre a identidade, a cultura e o sentido de pertença da comunidade em Macau, hoje”.

Esta mostra nasce também de uma pesquisa feita no Departamento de Comunicação Social, Arte e Tecnologia da Universidade de S. José a fim de criar “esta selecção comissariada, apresentada em grupos criativos de fotografias de grande simbolismo, significado e beleza”.

Além do curso de comunicação, a Faculdade de Artes e Humanidades disponibiliza formação superior em quatro áreas-chave de estudo, nomeadamente Artes e Tecnologia dos Media; Arquitectura e Design; História e Património; Línguas e Cultura.

Assim, segundo a USJ, proporciona-se “um ambiente multidisciplinar único, no qual os estudantes têm acesso a oportunidades educativas excepcionais e desenvolvem um sentido de ética e integridade como uma pessoa completa, capaz de pensar de forma rigorosa, crítica e criativa”.

O Creative Macau – Centro de Indústrias Criativas é um projecto gerido e desenvolvido pelo Instituto de Estudos Europeus de Macau, tendo sido estabelecido em 2003. Tem por objectivo apoiar e fomentar o desenvolvimento de 12 indústrias criativas em Macau, que passam pelas áreas da publicidade, fotografia, arte, arquitectura ou vídeo, entre outras.

Visita | Xi Jinping recebeu homólogo indonésio Prabowo Subianto

O Presidente chinês encontrou-se sábado em Pequim com o seu homólogo indonésio, na primeira viagem ao estrangeiro de Prabowo Subianto, que quer que Jacarta assuma um lugar mais proeminente na cena internacional.

A visita de Estado do antigo general de 73 anos à China começou na sexta-feira, dia em que aterrou na capital chinesa, e terminou ontem.

Segundo a China News, o Presidente Xi Jinping conduziu sábado uma pomposa cerimónia de boas-vindas ao seu convidado, no monumental Palácio do Povo, junto à famosa Praça Tiananmen, antes iniciarem conversações.

Pequim disse esta semana que esperava que a visita de Prabowo Subianto “promovesse, a um novo nível, a construção de uma comunidade de destino” entre os dois países.

“A China está disposta, juntamente com a Indonésia, a aproveitar a oportunidade desta visita para consolidar a confiança política mútua de alto nível”, disse Mao Ning, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, numa conferência de imprensa na terça-feira.

Prabowo Subianto deverá também encontrar-se com o primeiro-ministro Li Qiang e com a terceira figura do Partido Comunista, Zhao Leji.

O Presidente indonésio tomou posse em 20 de Outubro, prometendo prosseguir a política externa tradicionalmente não-alinhada de Jacarta. Pretende também tornar a quarta nação mais populosa do mundo mais visível na cena internacional.

China destina 6 biliões de yuan para sanear “dívida oculta” das administrações locais

As autoridades chinesas revelaram sexta-feira um plano avaliado em 6 biliões de yuan (777,883 mil milhões de euros), para converter a “dívida oculta” das administrações locais e regionais do país, visando sanear os seus balanços.

O projecto de lei, proposto pelo Conselho de Estado (Executivo), visa permitir o aumento dos limites de endividamento dos governos locais, como forma de “substituir as dívidas ocultas existentes”, contraídas através de canais de financiamento informais conhecidos como “veículos financeiros da administração local” (LGFV).

O anúncio foi feito na sequência de uma reunião do Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional (APN), o órgão máximo legislativo da China, e surge quase um mês depois de o ministro das Finanças, Lan Fo’an, ter falado do plano de conversão.

Um dos problemas económicos que o país enfrenta é o da “dívida oculta” das administrações locais e regionais, que observadores estimam ultrapassar o equivalente a 8,5 biliões de euros.

A baixa procura interna e internacional, riscos de deflação e uma prolongada crise imobiliária são outras das razões apontadas pelos analistas para explicar o abrandamento da segunda maior economia do mundo.

O ministro das Finanças disse que esta “dívida oculta” dos governos locais ascendia a cerca de 14,3 biliões de yuan no final de 2023, e que a iniciativa sexta-feira anunciada vai reduzir esse valor para cerca de 2,3 biliões de yuan (, até 2028.

No entanto, as estimativas do Fundo Monetário Internacional apontam para uma “dívida oculta” acumulada através dos LGFV de cerca de 66 biliões de yuan, o dobro do valor registado em 2017. Alicia Garcia Herrero, economista-chefe do banco de investimento francês Natixis, avaliou recentemente a dívida acumulada pelos LGFV em cerca de 39,7 biliões de yuan.

História que se arrasta

Pequim está focada neste problema há anos: em 2018, apelou aos governos locais para que deixassem de acumular passivos através dos LGFV, entidades semi-públicas que foram criadas para contornar as restrições no acesso ao crédito e se espalharam pela China após a crise financeira de 2008.

“Manteremos uma postura de tolerância zero e investigaremos e puniremos quaisquer novas dívidas ocultas que descobrirmos”, avisou Lan sexta-feira, chamando à proibição de acumular mais passivos deste tipo uma ‘regra de ferro’. O valor final do plano está em linha com as previsões da maioria dos analistas.

Encontro | Presidente italiano rejeita regresso aos “blocos rivais”

A visita do Presidente italiano a Pequim serviu para reforçar os laços entre as duas nações e reafirmar o desejo de ambas as partes de trabalhar em conjunto para um futuro global mais harmonioso, rejeitando o regresso à confrontação entre blocos adversários

 

O Presidente italiano alertou sexta-feira contra a tentação de regressar a uma ordem mundial de “blocos rivais” e saudou o diálogo construtivo durante uma visita de Estado à China para promover as relações entre os dois países.

“Colocar-nos um diante do outro” é uma “atitude” que ajuda a evitar a tentação de um “retorno anacrónico a um mundo de blocos rivais”, disse Sergio Mattarella.

O Presidente italiano destacou como “os italianos, membros fundadores da União Europeia, são defensores da importância de iniciativas que agreguem países que partilham interesses ou sensibilidades”, saudando o “multilateralismo, baseado em regras certas, partilhadas e vinculativas para todos”.

As mudanças radicais em curso em todo o mundo, que exigiriam harmonia, tornam as relações bilaterais particularmente importantes, e a China é um “protagonista fundamental” para a Itália, argumentou Sergio Mattarella antes das conversações com Xi Jinping em Pequim.

Sublinhando as “grandes, intensas, profundas e rápidas mudanças” no mundo, o chefe de Estado italiano sublinhou a necessidade de enfrentá-las num clima de “harmonia para serem examinadas conjuntamente” e de relações bilaterais, acrescentando que a China representa para a Itália um “protagonista fundamental”.

Grandes civilizações

A visita de Mattarella ocorre cerca de um ano depois de Itália se ter retirado da iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota” da China, um enorme projecto de infraestrutura global com o objectivo de construir uma ‘Rota da Seda’ moderna, e após uma visita realizada pela primeira-ministra, Giorgia Meloni, em Julho.

Na reunião com o Presidente italiano, realizada no Grande Salão do Povo, Xi Jinping afirmou que “a China e a Itália são grandes civilizações” e que estão a ocorrer “mudanças nunca vistas no último século”.

Por isso, acrescentou o Presidente chinês, os dois países devem trabalhar em conjunto “para resolver as divergências através do diálogo” com o objectivo de “alcançar uma coexistência harmoniosa”.

Bons amigos

Xi Jinping também considerou Mattarella “um velho amigo do povo chinês e um bom amigo” seu, sublinhando que foi “bem-vindo a outra visita ao Estado da China” sete anos após a sua última viagem.

O chefe de Estado chinês lembrou que este ano marca o 20.º aniversário da parceria estratégica global entre a China e a Itália. Em Julho, a primeira-ministra Giorgia Meloni “visitou com sucesso a China”, disse Xi Jinping.

“As duas partes elaboraram um plano de acção para fortalecer a parceria estratégica global e concordaram em apoiar o espírito da Rota da Seda e em promover as relações bilaterais para entrar numa nova fase de desenvolvimento”.

Dirigindo-se a Mattarella, o Presidente chinês disse acreditar que a visita dará um impulso mais forte às relações entre a China e a Itália num “novo ponto de partida histórico” que proporcionará “maiores benefícios às duas populações”.

Lembrou também que 2024 marca o 700.º aniversário da morte do famoso comerciante e explorador veneziano Marco Polo, cujos contos são o primeiro relato europeu da Rota da Seda. A Itália retirou-se da “Faixa e Rota” em Dezembro do ano passado, depois de ter aderido em 2019, tornando-se o único país do G7 a fazê-lo, mas a decisão de não renovar o envolvimento era esperada.

Durante a visita à China em Julho, Meloni anunciou que foram assinados seis acordos em áreas desde a indústria à segurança alimentar e educação.

Entretanto, durante a visita de Mattarella, China e Itália assinaram 10 acordos e memorandos, numa cerimónia com a presença dos presidentes dos dois países como parte da sua participação no Fórum Cultural Itália-China. Os acordos dizem respeito a uma série de sectores, incluindo a indústria cinematográfica e a concorrência.

PJ | Operação conjunta desmantelou rede de prostituição

As autoridades policiais de Guangdong, Hong Kong e Macau lançaram uma operação conjunta e desmantelaram uma rede de prostituição que operava através de um portal online. A operação decorreu na quinta-feira de manhã.

Segundo o jornal Ou Mun, a Polícia Judiciária (PJ) mobilizou 70 agentes que procuraram cerca de sete membros a actuar em Macau. Entre estes, três eram responsáveis por gerir a publicidade online do portal, com informação sobre as mulheres disponíveis, outros três entregavam os materiais no local onde as mulheres se encontravam com os clientes e um era responsável pelo contacto entre as trabalhadoras e os clientes.

A PJ também deteve 18 prostitutas e dois clientes durante a operação. Ao mesmo tempo, a polícia de Zhuhai deteve 9 membros da rede, 17 prostitutas e 7 clientes em Zhuhai, Zhongshan e Shenzhen. Por seu turno, a polícia de Hong Kong deteve três pessoas, os cabecilhas da rede.

A PJ revelou que o website da rede começou a operar em 2022 e que terá gerado lucros de 8,3 milhões de patacas, através dos custos promocionais pagos por prostitutas. Os membros da rede detidos em Macau foram encaminhados para o Ministério Público pela prática do crime de associação criminosa e do crime de controlo de prostitutas.

GPM | Esperada ocupação hoteleira de mais de 90%

Durante o Grande Prémio de Macau (GPM), que se realiza entre 14 e 17 de Novembro, a Direccção dos Serviços de Turismo (DST) estima que a ocupação média dos hotéis do território ultrapasse os 90 por cento.

A estimativa foi adiantada por Helena de Senna Fernandes, directora da DST, em declarações ao Canal Macau da TDM. Recorde-se que os bilhetes para edição deste ano do maior evento desportivo do território estão praticamente esgotados.

929 Challenge | Duas ‘startups’ lusas entre os vencedores

As ‘startups’ portuguesas Iplexmed e a Nitrogen Sensing Solutions arrecadaram no sábado o primeiro e terceiro lugares, respectivamente, na competição “929 Challenge”, em Macau. A edição deste ano registou mais de 1.600 participantes

 

A Iplexmed e a Nitrogen Sensing Solutions (NS2) ganharam o primeiro e terceiro lugares na competição “929 Challenge”, que distingue as melhores startups dos países lusófonos e da China, ou seja, empresas que estão em fase embrionária de desenvolvimento, procurando investimento e modelos de negócio.

A Iplexmed desenvolve dispositivos de diagnóstico genético rápido e a NS2 fornece soluções inteligentes para monitorizar a qualidade da água para uma aquicultura sustentável. Em segundo lugar, ficou a GreenCoat, de Hong Kong, que desenvolve equipamentos para janelas inteligentes com vista à eficiência energética.

Marco Rizzolio, cofundador e coordenador da competição 929 indicou à Lusa a apresentação, nesta quarta edição, de “projectos mais maduros e mais sólidos”. “A competição vai ganhando nome, vai ganhando tracção nos países de língua portuguesa, em Macau, na Grande Baía. As incubadoras já sabem o que é o 929, portanto há projectos cada vez mais maduros”, explicou.

Robótica das profundezas

Divididas em duas categorias, 16 equipas finalistas – oito ‘startups’ e oito de universidades chinesas e dos países de língua portuguesa, disputaram a final da quarta edição desta competição sino-lusófona.

Macau destacou-se na competição das instituições de ensino superior, com a Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau a ficar em primeiro lugar, com um projecto de identificação de pragas e doenças na agricultura com recurso à inteligência artificial, e a Universidade de Macau em terceiro, com uma ‘startup’ especializada em robôs subaquáticos para aplicação industrial e educacional.

O segundo lugar foi para a Universidade de Shenzhen com um projecto de motores energeticamente eficientes para uso industrial.

A edição deste ano registou mais de 1.600 participantes e o montante total dos prémios foi de 30 mil dólares e quatro mil dólares em serviços e ferramentas da Alibaba, de acordo com a organização. O concurso tem a organização conjunta do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Fórum de Macau) e de várias universidades e instituições de Macau.

Dengue | Número de casos sobe para 33

O número de casos de dengue identificados em Macau desde o início do ano subiu para 33, depois de ter sido registada a oitava ocorrência local, de acordo com a informação divulgada pelos Serviços de Saúde (SS), na sexta-feira.

O caso mais recente foi detectado num estudante com 17 anos, que vive na Rua da Palmeira. O jovem apresentou os primeiros sintomas a 1 de Novembro, com o surgimento de febre. No dia seguinte, surgiram sintomas como dores de cabeça e nos olhos. Como a situação não melhorou, a 6 de Novembro, o aluno deslocou-se ao Centro Hospitalar Conde de São Januário, onde acabou diagnosticado com dengue, após uma recolha de sangue.

Na sexta-feira, os SS indicaram que o infectado apresentava um “estado estável” e não era afastada a possibilidade de o número de casos continuar a aumentar, dado que “um dos familiares com quem coabita apresentou sintomas similares”. De acordo com as autoridades, o familiar foi levado para uma instituição médica para tratamento.

Numa altura em que a província de Cantão atravessa um surto de dengue, o número de casos em Macau também tem subido de forma continuada. Desde o início do ano, e principalmente nas últimas semanas, foram registados 25 casos importados de dengue, a maior parte do Interior, e ocorreram oito casos identificados locais.

Após ter sido identificado o 7.º caso local, a 6 de Novembro, os SS terão realizado fiscalizações locais a cerca de 880 habitações, em 44 edifícios e 66 lojas no rés-do-chão. Além disso foi realizada uma campanha de informação sobre o dengue a 180 edifícios.