Receitas dos casinos diminuíram 0,4 por cento em Março

[dropcap]O[/dropcap]s casinos fecharam Março com receitas de 25.840 milhões de patacas, um valor que traduz uma diminuição de 0,4 por cento em termos anuais homólogos, indicam dados divulgados ontem pela Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ).

Trata-se da segunda descida registada desde o início do ano, após a queda de 5 por cento em Janeiro, a primeira anual homóloga em dois anos e meio. No acumulado dos primeiros três meses do ano, as receitas dos casinos encaixaram receitas de 76.152 milhões de patacas, traduzindo uma descida de 0,5 por cento face ao primeiro trimestre do ano passado.

Apesar da queda de 0,4 por cento, Março foi o mês com o melhor desempenho em termos de receita, ficando ligeiramente acima de Fevereiro, mês que coincidiu com a ‘semana dourada’ do Ano Novo Chinês.

2 Abr 2019

Até Fevereiro houve menos motociclos matriculados e mais acidentes de viação

[dropcap]D[/dropcap]ados revelados ontem pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) mostram que, até ao fim de Fevereiro, houve uma redução do número de motociclos matriculados. Pelo contrário, nas estradas de Macau verificaram-se mais acidentes de viação durante os primeiros dois meses.

Até ao final de Fevereiro de 2019 havia 239.345 veículos matriculados, uma descida “ligeira” de 0,4 por cento face ao igual período do ano passado. O comunicado oficial da DSEC dá conta que “destes veículos, o número de ciclomotores (25.647) baixou 10,3 por cento, enquanto o de automóveis ligeiros (108.262) e o de motociclos (97.894) subiram um por cento e 1,2 por cento, respectivamente”. O número de veículos com matrículas novas equivaleu a 726, menos 36,9 por cento, em termos anuais.

No que diz respeito às matrículas registadas na Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT), a quantidade de motociclos (410) e o de automóveis ligeiros (282) diminuíram 31,9 e 40,6 por cento, respectivamente. Nos dois primeiros meses deste ano, o total de veículos com matrículas novas foi de 1.954, menos 31,6 por cento, face ao mesmo período do ano passado.

A DSEC contabilizou também um aumento de 3,6 por cento no espaço de um ano dos acidentes de aviação, que foram de 1153, que resultaram num total de 410 feridos. “Nos dois primeiros meses do corrente ano, o número de vítimas de acidentes de viação totalizou 709, sendo que uma das quais morreu”, aponta a DSEC.

Carros nas fronteiras

Os dados da DSEC revelam também que se verificou um aumento de seis por cento na circulação de automóveis nas fronteiras, face a Fevereiro de 2018, tendo sido registado uma subida de 3,1 por cento em termos anuais.

Destaca-se que o movimento de automóveis na Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau se situou em 19.691 veículos e que nas Portas do Cerco foi de 237.279, menos 4,8 por cento em termos anuais.

Ao nível das viagens, foram realizados um total de 5.587 voos comerciais no Aeroporto Internacional de Macau, mais 16,1 por cento em termos anuais. Realça-se que o número dos voos entre Macau e a China Continental (2.256), bem como entre Macau e a Tailândia (590) cresceram 27,2 e 24,2 por cento, respectivamente. Já o número de voos entre Macau e Taiwan (1.054) desceu 2,2 por cento.

2 Abr 2019

MGM põe fim ao plástico de uso único em todos os restaurantes

A operadora de hotéis e casinos MGM anunciou ontem que eliminou o plástico de utilização única em todos os seus restaurantes em Macau, prevendo poupar mais de quatro milhões de peças de plástico todos os anos

 

[dropcap]”O[/dropcap] MGM anuncia com orgulho que a empresa removeu com sucesso todos os plásticos de utilização única e substituiu-os por alternativas amigas do ambiente em todos os seus restaurantes”, lê-se num comunicado enviado às redacções. O grupo tinha prometido avançar com esta medida no primeiro trimestre do ano.

“Como um dos principais resorts integrados de Macau (…) temos a responsabilidade de usar a nossa escala para o bem e liderar a indústria hoteleira local num movimento livre de plástico”, afirmou, em comunicado, o director-executivo da MGM China, Grant Bowie.

Segundo Bowie, a medida traduz um “passo significativo para a redução das embalagens de plástico em Macau”, evitando o despejo para o ambiente de 4,5 milhões de peças de plástico descartável todos os anos.

No primeiro dia de 2019, também o grupo hoteleiro e operadora de jogo Sands China anunciou a proibição do uso de palhinhas de plástico, prevendo economizar 2,2 milhões de palhinhas por ano, ou seja, uma tonelada de plástico.

Combate ao problema

O uso excessivo de plástico descartável tem sido alvo de duras críticas, com activistas a exigir ao Governo medidas legislativas para combater o problema.

No mês passado, o Executivo anunciou a intenção de aplicar taxas sobre os sacos de plástico e prometeu avançar com a restrição de outros materiais.

O Governo propõe que “o fornecimento de sacos de plástico nos actos de venda a retalho seja efectuado obrigatoriamente a título oneroso”, ou seja, através de “um preço a fixar por despacho do chefe do executivo”.

De acordo com o Executivo, a maioria dos participantes de uma consulta pública considerou o “uso excessivo” de sacos de plástico “uma situação crítica” no território, que em 2017 registava mais lixo ‘per capita’ do que Pequim, Xangai ou Hong Kong.

No final de Agosto, uma petição contra o uso do plástico descartável reuniu milhares de assinaturas.

2 Abr 2019

Líder da Associação de Feiras e Comércio de Macau defende taxa turística

[dropcap]A[/dropcap] presidente do Conselho da Associação de Feiras e Comércio de Macau, Synthia Chan, defendeu ontem a criação de uma taxa turística no território, considerando que será uma importante receita adicional.

“Acho que a criação de uma taxa turística é uma boa ideia” e vai “ser importante porque vai dar mais uma receita adicional”, disse Synthia Chan, à Lusa, à margem de uma conferência, organizada pela Fundação Rui Cunha, sobre o turismo em Macau.

As declarações da presidente do Conselho da Associação de Feiras e Comércio surgem após a entrevista da responsável pela Direcção dos Serviços de Turismo (DST), Helena de Senna Fernandes, à agência Lusa, em meados de Março, na qual revelou que o Governo está a efectuar um estudo para a possível aplicação de uma taxa turística no território, à semelhança de outras cidades fora da China.

Helena de Senna Fernandes disse à Lusa que não existe uma data limite para conclusão do estudo, mas que a intenção da DST é que seja realizado no mais curto espaço de tempo.

“Temos muitos turistas a entrarem [em Macau] e já há a discussão se são ou não turistas a mais”, afirmou, por seu turno, Synthia Chan, acrescentando que “em vários países já há taxa turística” e isso não afectou o sector.

O turismo em Macau cresceu 211% entre 1999 e 2018, passando de 11,5 para 35,8 milhões de pessoas, segundo as autoridades.

Questionada sobre se esta taxa poderia afectar o sector de convenções e exposições (MICE), Synthia Chan defendeu que isso não será um problema para aquele sector.

“Se o destino é bom e o conteúdo da feira ou da exposição é bom acho que a taxa não é um problema”, disse.

Em relação à especificidade de Macau enquanto plataforma entre a China e os países de língua portuguesa, instou as autoridades de Macau a “aumentar as relações MICE com os países de língua portuguesa”.

Em Macau, disse Synthia Chan durante a conferência, existe “uma relação única China/Portugal que não existe por exemplo em Hong Kong, com os britânicos”, enfatizou.

Na mesma ocasião, o professor da Universidade de Macau e especialista em ‘resorts’ integrados, Glenn McCartney, um dos três oradores da conferência, mostrou alguma desconfiança com a ideia do governo de Macau, pois, na sua opinião, “as taxas normalmente são um desincentivo”.
“A minha preocupação prende-se com o efeito que a taxa turística possa ter”, disse o docente, à Lusa.

“Não estou a dizer que é uma má política (…) mas tem de assegurar que não afasta os turistas e que faça o que é suposto fazer: trazer qualidade turística a Macau”, defendeu.

Acrescentou que as receitas “devem ser alocadas para apoiar os bairros que lidam com grandes quantidades de turistas, para melhorar os museus e a requalificação arquitectónica”. Ou seja, “o dinheiro ser usado pela razão para que foi recolhido”.

2 Abr 2019

Antigo Novo Banco Ásia incluído nas mais de 100 buscas do Ministério Público

[dropcap]A[/dropcap] falência do Grupo Espírito Santo continua a ser investigada pelas autoridades portuguesas e os números mais recentes dão conta da existência de 41 arguidos, bem como um arresto de mais de 122 milhões de euros e de 477 imóveis. Macau, onde funcionou durante anos o Banco Espírito Santo do Oriente (BESOR), mais tarde transformado em Novo Banco Ásia, e que foi posteriormente vendido ao grupo Well Link de Hong Kong, está a ser alvo das investigações por parte do Ministério Público (MP) em Portugal.

De acordo com um comunicado emitido pela Procuradoria-geral da República na quinta-feira, foi accionada uma linha de cooperação judiciária com Macau “para obtenção de dados bancários, audições, arresto de bens e outros actos de recolha de prova”. O território foi também incluído nas 111 buscas realizadas, bem como Portugal, Espanha e Suíça.

“O produto de buscas abrange, além de suportes documentais em papel, cerca de 100 milhões de ficheiros informáticos relativos a sistemas operativos bancários, sistemas de contabilidade, contratos, documentos contabilísticos, documentos de natureza bancária e transmissão escrita de comunicações entre Portugal, Suíça, Luxemburgo, Panamá, Dubai, Espanha, e redigidos em inglês, francês e espanhol”, lê-se no comunicado de imprensa. Quanto aos bens arrestados, o comunicado não específica se tais acções ocorreram também em Macau.

O comunicado do gabinete da PGR diz apenas que “foram suscitados 16 incidentes de arresto, alguns dos quais concretizados no Brasil e Suíça”. No total, “estão arrestados ou apreendidos cerca de 120 milhões de euros em numerário e aplicações financeiras”, acrescenta.

Os 30 milhões

O caso do antigo Grupo Espírito Santo baseia-se na investigação sobre a possível prática dos “crimes de burla qualificada, falsificação de documentos, corrupção activa e passiva no sector privado, corrupção com prejuízo no comércio internacional, branqueamento de capitais, infidelidade e associação criminosa”.

O accionamento da linha de cooperação judiciária entre Portugal e Macau foi notícia em Julho do ano passado, tendo sido pedida uma carta rogatória às autoridades locais para se saber o paradeiro de 230 milhões de patacas (30 milhões de euros), que Ricardo Salgado, ex-CEO do BES, terá depositado numa conta em Macau.

O jornal Ponto Final citou passagens do acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa, citado também pelo diário português Correio da Manhã. “O arguido [Ricardo Salgado] não apresentou justificação para um conjunto de inscrições na sua agenda de 2013, do qual aparentemente se extraem movimentos com destino a uma conta em Macau”.

Quando foi ouvido pelo Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) de Lisboa, em 2015, Ricardo Salgado não conseguiu explicar o conteúdo de uma anotação da sua agenda pessoal que continham as expressões “Chegaram a Macau 30 m €”, “com valores de 39 OK” e “saldo Suisse”.

Salgado disse que essas expressões poderiam “dizer respeito a movimentos de clientes”, mas o MP apresentou outra opinião. “Resta explicar por que razão é feita alusão a esta operação na sua agenda pessoal”, lia-se no acórdão.

Estas explicações terão de ser dadas pelos actuais administradores do banco Well Link Macau.

1 Abr 2019

Quatro homens suspeitos de roubarem e agredirem mulher em prisão preventiva

[dropcap]O[/dropcap]s quatro jovens que roubaram e agrediram uma mulher na madrugada de 27 de Março ficaram em prisão preventiva, de acordo com um comunicado do Ministério Público. O caso aconteceu quando a mulher caminhava sozinha, depois do trabalho, momento em que foi agredida por trás e roubada.

Os quatro indivíduos, três dos quais estudantes do ensino secundário, ficaram com a mala da trabalhadora e ainda com 300 patacas, montante que foi posteriormente recuperado.

“Tendo em conta as circunstâncias perversas, que põem em causa a segurança pública da sociedade, mediante a prática dos factos de ofensa corporal contra a vítima e de apropriação dos seus bens em grupo e com premeditação, a altas horas da madrugada, foi decretada pelo Juiz de Instrução Criminal […] a aplicação da medida de coacção de prisão preventiva aos quatro arguidos, com vista a evitar o risco de os mesmos voltarem a praticar actos contra a ordem social”, foi explicado no comunicado.

De acordo com o mesmo comunicado, os jovens estão a ser investigados pela prática de um crime de roubo, punido com a pena de prisão de 1 a 8 anos. Caso existam circunstâncias agravantes, o limite máximo da pena de prisão pode ser elevado para 15 ou 20 anos.

1 Abr 2019

DSAL investiga existência de salários em atraso na MTEL

O presidente da MTEL, Michael Choi, nega a falta de pagamentos e defende-se com rumores espalhados na Internet. Já em Abril de 2017 tinham circulado informações semelhantes, que na altura foram prontamente negadas pela operadora

 

[dropcap]A[/dropcap] Direcção de Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) está a investigar a alegada existência de salários em atraso na empresa de telecomunicações MTEL. “A DSAL está preocupada com a alegada falta de pagamento de salários aos empregados e tomou as medidas de acompanhamento da situação,” respondeu, quando questionada pelo HM, sobre o assunto.

“Se for detectada qualquer irregularidade a situação vai ser tratada dentro das competências da DSAL, de forma a proteger os direitos e interesses legítimos dos trabalhadores”, foi ainda acrescentado.

O número de queixas por parte de trabalhadores, que poderá ter dado início aos procedimentos, não foi adiantado.

Por sua vez, o presidente da empresa, Michael Choi, negou o cenário de ordenados em atraso. Importa referir que a MTEL compete com a CTM no fornecimento de serviços de internet através de rede fixa.

“Não há salários em atraso. Também fui informado por empregados que essa informação estaria a circular online, mas não há qualquer pagamento em atraso. Não é a primeira vez que este tipo de informação é posta a circular, mas não corresponde à verdade”, sublinhou.

Em Abril de 2017, o portal Macau Concealers revelou um alegado caso de salários em atraso que afectavam cerca de 100 trabalhadores. No entanto, na altura, não foram apresentadas queixas por parte de trabalhadores da MTEL. O artigo, que citava uma fonte anónima no interior da empresa, justificava esta falta de queixas com ameaças internas, que em caso de reclamações haveria despedimentos.

Cobertura de 99 por cento

Por outro lado, o responsável pela MTEL considera que a empresa está a fazer o percurso normal, para alguém que se estabeleceu há poucos anos e que tem um parceiro melhor instalado no mercado.

“As coisas estão correr dentro da normalidade para a nossa companhia. Não temos problemas desse género [de pagamentos]. Nesta altura, estamos a optimizar a nossa rede pouco a pouco. Este negócio não é como a compra de um hotel ou de uma refeição, em que as coisas ficam logo prontas, precisamos de tempo para instalar as redes e depois optimizá-las”, sustentou.

Sobre o número de clientes ao nível da linha fixa da internet, Michael Choi revelou que o número está nos 6 mil clientes. Já a cobertura da rede em todo o território, em termos de edifícios residenciais, está nos 99 por cento.

1 Abr 2019

Associação dos Médicos de Língua Portuguesa elege José Manuel Esteves para presidente

[dropcap]J[/dropcap]osé Manuel Esteves foi eleito o novo presidente da Associação dos Médicos de Língua Portuguesa de Macau na sexta-feira, com 42 votos entre 44 votantes. O acto eleitoral decorreu na biblioteca do IPOR.

A lista única encabeçada por José Manuel Esteves tinha como principais metas uma maior unidade entre os médicos de língua portuguesa, assim como a integração com as outras comunidades médicas de Macau e da Grande Baía.

“Dado o avançado da hora, a prioridade agora passa por celebrarmos o resultado e a partir de amanhã arregaçar mangas e trabalhar”, afirmou o recém-eleito presidente, ao HM, momentos depois da eleição. “Acho que o número de 44 votantes, dentro dos médicos que falam português e que estão efectivamente em Macau, é uma boa participação e uma boa percentagem”, considerou.

José Manuel Mendes sucede assim a Jorge Sales Marques, que já tinha anunciado não desejar recandidatar-se.

Lacunas na investigação

Na mesma lista constavam ainda os nomes de Mário Évora, reeleito como presidente da Assembleia-Geral, e Lai Fee, que vai dirigir o Conselho Fiscal. “Foi uma eleição que correu bem, com muita harmonia e estamos todos com vontade de fazer cada vez melhor [nos nossos cargos]”, afirmou Mário Évora, ao HM.

Sobre as perspectivas futuras, o médico que vai liderar a assembleia mostra-se disponível para colaborar nos objectivos da lista, que passam por “uma maior integração dos médicos de língua portuguesa na comunidade, na comunidade chinesa e na defesa do prestígio da medicina de matriz portuguesa”.

Por outro lado, Évora acredita que a associação vai trabalhar para incentivar os médicos mais jovens a fazer mais investigação. “Queremos dar apoio aos médicos mais jovens, com incentivos para se dedicarem à investigação, também para que não se foquem exclusivamente a exercer”, referiu. Ainda sobre a vertente da investigação, Mário Évora considera que é uma lacuna geral na medicina de Macau, que também afecta os médicos de língua portuguesa.

1 Abr 2019

Sarampo | Vacina apenas para grupos prioritários

Só os grupos prioritários, como crianças com menos de 2 anos, pessoal de creches e profissionais de saúde, vão ser vacinados contra o sarampo

[dropcap]É[/dropcap] a lei da oferta e da procura: apenas crianças com idade inferior a 2 anos, funcionários de creches e profissionais de saúde vão ser vacinados contra o sarampo, enquanto a oferta de vacinas em Macau não for suficiente.

“Os Serviços de Saúde vão implementar de forma restrita o princípio da vacinação para populações prioritárias”. Neste sentido, “recomendam que os outros residentes se submetam à vacinação apenas quando a quantidade de vacinas existente seja em número suficiente”, informou o organismo em comunicado.

Macau encomendou 15 mil doses da vacina contra o sarampo, com a primeira remessa, de pelo menos 5 mil, com data de chegada prevista para meados de Abril.

Com efeito, “devido aos recentes surtos”, nomeadamente no Sudeste Asiático, o fornecimento de vacinas contra o sarampo tem levado, um pouco por todo o mundo, a uma escassez de ‘stocks’ generalizada. “Os fabricantes estão a priorizar países com epidemias graves”, pelo que “se prevê que as vacinas encomendadas pelos Serviços de Saúde não sejam enviadas na sua totalidade no curto prazo”, refere o organismo liderado por Lei Chin Ion.

De acordo com a análise epidemiológica e a pesquisa de sorologia de população, a maior parte das pessoas nascidas antes de 1970 em Macau foi infectada ou exposta ao vírus do sarampo e têm imunidade natural, pelo que não precisam de ser vacinadas. O mesmo sucede com a maioria das pessoas que nasceram em Macau depois de 1983, dado que receberam pelo menos uma dose da vacina contra o sarampo. Relativamente aos trabalhadores não residentes, os Serviços de Saúde reconhecem que a taxa de vacinação é inferior, mas ressalva que parte é imune porque terá contraído a doença na infância, dado que provêem de países e regiões com elevados índices de infecção natural.

Não obstante, recomendam aos trabalhadores das Filipinas, Vietname, Tailândia e Indonésia, onde se verificam surtos de sarampo, que se abstenham de viajar sobretudo se tiverem a seu cuidado crianças com menos de 1 ano e não tiverem a certeza se são imunes. A quem contrata é sugerido que exija aos futuros trabalhadores que demonstrem estar vacinados ou que procedam à vacinação no local de origem. Desde o início do ano, foram diagnosticados 26 casos de sarampo.

Até sexta-feira à noite, 23 pacientes tinham recebido alta hospitalar.

DSEJ atenta

Dado que um dos casos envolveu uma professora de um centro educativo, o HM questionou a Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ) sobre se dispõe de dados relativos aos trabalhadores (como docentes, educadores de infância, auxiliares educativos ou outros) que se encontram imunes. “As informações sobre a vacinação contra o sarampo envolvem dados pessoais e privados, cujo tratamento é da responsabilidade dos serviços competentes”, afirmou, na réplica, a DSEJ.

“De forma a prevenir a propagação das doenças, a DSEJ mantém uma comunicação estreita com os Serviços de Saúde, apelando também aos docentes e alunos das escolas para terem em conta as medidas de prevenção de doenças contagiosas dos Serviços de Saúde, vacinando-se para reduzir a probabilidade de infecção”, complementou na mesma resposta escrita.

Relativamente ao caso da professora que contraiu sarampo, a DSEJ informou que, desde 27 de Março, a instituição suspendeu os seus cursos e procedeu à limpeza e desinfecção das instalações e irá retomar as actividades lectivas “de acordo com a situação real”.

1 Abr 2019

Ponte HKZM | Transportadora diz que regras vagas impedem maior fluxo de mercadorias

[dropcap]O[/dropcap] responsável de uma transportadora asiática afirmou que o fluxo de mercadorias na nova ponte que liga Hong Kong, Macau e Zhuhai, na China, continua a ser reduzido devido às regras “pouco claras” estabelecidas por Pequim.

Em entrevista ao jornal de Hong Kong South China Morning Post (SCMP), George Yeo adiantou que a sua empresa vai esperar por regras mais claras antes de decidir se vai utilizar a ponte, um marco do projecto de integração regional da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau.

Actualmente, a circulação na ponte está sujeita a quotas, pelo que os veículos não podem circular livremente. “Os detalhes são muito importantes. Neste momento, temos apenas uma ideia geral [do plano da Grande Baía]. Agora temos de ir aos pormenores”, disse o director executivo da Kerry Logistics, com sede em Hong Kong.

“Ainda há muito pouca carga a atravessar [a ponte] porque as regras não estão claramente estabelecidas com as autoridades aduaneiras”, frisou o antigo ministro dos Negócios Estrangeiros de Singapura.

Desde que a ponte com uma extensão total de 55 quilómetros abriu, em Outubro passado, o número reduzido de carros privados e de camiões a fazerem a travessia tem sido um tema central de discussão.

A infra-estrutura, considerada a maior travessia marítima do mundo, levantou a esperança de que o movimento de mercadorias entre as cidades do Delta do Rio das Pérolas aumentasse exponencialmente.

No entanto, em Fevereiro último, não chegaram a 3.500 os veículos de transporte de mercadorias na ponte, de acordo com dados oficiais da autoridade que gere a ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau.

Um mês depois da abertura, a mesma autoridade admitiu que o trânsito ficou “aquém das expectativas” e que existe “grande espaço” para aumentar o fluxo de veículos.

O documento das “Linhas Gerais do Planeamento para o Desenvolvimento da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau” foi divulgado no mês passado pelo Governo central chinês.

Até 2022, a Grande Baía deverá converter-se num ‘cluster’ de classe mundial e, até 2035, numa área de excelência a nível internacional.

31 Mar 2019

Jogo | Macau Legend regressou aos lucros em 2018

[dropcap]O[/dropcap] grupo Macau Legend fechou 2018 com lucros líquidos de 1,96 mil milhões de dólares de Hong Kong, depois de em 2017 ter registado prejuízos de 507,3 milhões de dólares de Hong Kong.
Em comunicado, enviado na sexta-feira à Bolsa de Hong Kong, o grupo, liderado pelo empresário David Chow indica que o regresso aos lucros ficou a dever-se sobretudo à alienação dos The Landmark Macau (em Abril) e a melhorias no desempenho da componente de jogo.
As receitas alcançaram 1,86 mil milhões de patacas no ano passado, traduzindo uma subida na ordem de 2 por cento. Só as receitas de jogo da Macau Legend cresceram 12 por cento para 1,35 mil milhões de dólares de Hong Kong, a esmagadora maioria dos quais gerados em Macau, onde opera sob a bandeira da Sociedade de Jogos de Macau (SJM). O segmento de jogo de massas foi o que mais cresceu – 20 por cento em termos anuais para 958 milhões de dólares de Hong Kong –, enquanto o VIP expandiu-se 3 por cento, atingindo 162 milhões. A título de exemplo, as receitas de jogo do casino Legend Palace – um dos três que a Macau Legend opera – mais do que duplicaram, alcançando 683 milhões de dólares de Hong Kong.
Já a componente extrajogo da Macau Legend diminuiu para 507 milhões de dólares de Hong Kong devido à queda das receitas na sequência da alineação do The Landmark Macau.
Além de Macau, a Macau Legend gera e opera um casino no Laos, o Savan Legend, que gerou receitas de 231 milhões de dólares de Hong Kong, segundo o mesmo comunicado. Além disso, o grupo firmou acordos para o desenvolvimento de outras instalações de turismo e entretenimento, nomeadamente em Cabo Verde, onde está a erguer um empreendimento, que inclui casino, avaliado em mais de 200 milhões de euros.

30 Mar 2019

Especialistas defendem que Macau financie indústrias sustentáveis nos países lusófonos

[dropcap]V[/dropcap] ários especialistas defenderam que Macau deve transformar-se num centro do financiamento chinês às indústrias sustentáveis nos países lusófonos, definindo-o como um mercado de risco, mas rico em recursos naturais.

“Os países de língua portuguesa são a ‘casa’ de 267 milhões de habitantes, têm vastas reservas de petróleo, gás”, possuem potencial turístico e recursos marinhos e, no seu todo, assumem-se como “o quarto maior produtor de petróleo do mundo”, sublinhou o professor da Faculdade de Gestão de Empresas da Universidade de Macau, Jacky So, no segundo dia do Fórum e Exposição Internacional de Cooperação Ambiental de Macau (MIECF, na sigla inglesa).

“É um mercado com os seus riscos, mas de grande potencial” e “a China precisa de garantir recursos energéticos”, explicou o especialista.

“Portugal e Brasil poderiam especializar-se no desenvolvimento de ‘software’ e tecnologia para combater o aquecimento global” e os outros países lusófonos [Angola, Moçambique, Timor-Leste, Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe] “exportariam os seus materiais e recursos para financiarem os investimentos ‘verdes’”, defendeu.

Ou seja, os países de língua portuguesa poderiam suportar os seus investimentos na indústria virada para o desenvolvimento sustentável “com a receita do comércio com a China” e com a nova metrópole mundial denominada de Grande Baía que envolve Macau, Hong Kong e nove cidades chinesas da província de Guangdong, através de Macau, resumiu Jacky So.

O papel de Macau como um centro de financiamento de indústrias ‘verdes’ dos países lusófonos foi também defendida na mesma sessão pelo director-adjunto do Instituto de Pesquisa Financeira do Banco Popular da China (o banco central chinês), Mo Wangui, bem como pelo fundador e vice-presidente da Fundação de Desenvolvimento Urbano da China, Zheng Xiaoping, o presidente do conselho de administração da Autoridade Monetária de Macau, Chan Sal San, e o chefe de divisão de Políticas e Regulamentação, Administração e Supervisão Financeira Local da província de Guangdong, Yang Yiming.

No discurso de abertura, o presidente do conselho de administração da Autoridade Monetária de Macau lançou desde logo o debate: “Macau envidará os seus maiores esforços para aperfeiçoar as infraestruturas financeiras, conceber políticas e medidas de estímulo (…) e maximizar o aproveitamento das vantagens de Macau como plataforma entre a China e os países de língua portuguesa, bem como promover a comunicação e troca de informação entre os mercados financeiros verdes da Grande Baía e do exterior”.

Mais tarde, aos jornalistas, o orador principal convidado pelo Governo de Macau, Michael Liebreich, alertou para alguns desafios que se colocam a partir deste cenário.

“A questão é saber se os países em desenvolvimento [em África] vão querer seguir um caminho ‘verde’, uma vez que vão querer industrializar-se e fazer crescer rapidamente as economias, seguindo velhos modelos”, como aquele seguido pela China até há pouco tempo, advertiu o consultor em financiamento climático e desenvolvimento sustentável.

O MIECF acolhe mais de 500 expositores, provenientes de cerca de 20 países e regiões.
As sessões integram oradores de cerca de 70 pioneiros ambientais, líderes de empresas multinacionais e criadores de políticas, provenientes de sete países e regiões, nomeadamente, da China, Holanda, Portugal, Timor-Leste, Reino Unido, Hong Kong e Macau. O MIECF 2019 ocupa uma área total de exposição de mais de 16.900 metros quadrados

30 Mar 2019

Macau pode ser líder ecológico e influenciar China e resto do mundo, diz consultor

[dropcap]O[/dropcap] consultor, ex-director dos Transportes de Londres e antigo presidente do conselho consultivo da Bloomberg New Energy Finance disse que Macau tem condições para ser um líder ecológico e influenciar a China e o resto do mundo.

“A questão para Macau é esta: por que não liderar, por que não ser o primeiro, mas também produzir conhecimento e capacidade para criar negócios e influenciar a China continental e o resto do mundo?”, até porque “não falta capital”, salientou Michael Liebreich no segundo dia do Fórum e Exposição Internacional de Cooperação Ambiental de Macau (MIECF, na sigla inglesa).

A falta de espaço em Macau não é um problema para a criação de infraestruturas associadas ao desenvolvimento sustentável, como o carregamento de viaturas eléctricas, mas o verdadeiro obstáculo pode estar em gerar energia renovável, admitiu o consultor em áreas que vão desde a energia limpa e transporte, infraestrutura inteligente, tecnologia, até ao financiamento climático e desenvolvimento sustentável.

Por isso, sugeriu, “seria importante trabalhar com a China continental e importar electricidade ‘limpa’”. Em 2030, Macau só deveria comprar electricidade gerada a partir de emissões zero de carbono, exemplificou.

“Macau é um caso de estudo interessante. Não vejo porque razão todo o transporte terrestre não é todo eléctrico (…) e até os ferries serão todos eléctricos. É uma questão de tempo (…) até todos os transportes de curta distância (…) serem todos eléctricos”, defendeu, sublinhando a pequena dimensão do território, que tem cerca de 30 quilómetros quadrados.

“É um desafio e oportunidade tornar Macau uma ‘jóia verde’ da Grande Baía [um projecto regional de criação de uma metrópole mundial] e torná-la exemplar”, sustentou, salientando o potencial do “impacto da marca” e, consequentemente, de influenciar através da liderança.

Para Michael Liebreich, o desafio passa por começar a “reduzir a pegada ecológica, com hotéis, transportes, aviação” para, dessa forma, “ganhar competitividade” regional.

O MIECF acolhe mais de 500 expositores, provenientes de cerca de 20 países e regiões.

As sessões integram oradores de cerca de 70 pioneiros ambientais, líderes de empresas multinacionais e criadores de políticas, provenientes de sete países e regiões, nomeadamente, da China interior, Holanda, Portugal, Timor-Leste, Reino Unido, Hong Kong e Macau.

O MIECF 2019 ocupa uma área total de exposição de mais de 16.900 metros quadrados.

30 Mar 2019

Macau desliga luzes este sábado pela “Hora do Planeta”, incluindo casinos

[dropcap]M[/dropcap] acau vai desligar este sábado, durante 60 minutos, todas as “luzes desnecessárias”, juntando-se mais uma vez à Hora do Planeta, iniciativa global que se estende aos casinos do território.

Entre as 20:30 e as 21:30, Macau vai cumprir o “apagão mundial” de uma hora promovido pelo Fundo Mundial para a Vida Selvagem e Natureza (WWF), apoiando a “conservação de energia e a redução de emissões”, indicou o Gabinete para o Desenvolvimento do Sector Energético, em comunicado.

Este ano, juntam-se à iniciativa as três pontes que ligam a península de Macau à ilha da Taipa, as seis operadoras de casinos, os edifícios dos serviços governamentais e alguns dos “edifícios mais emblemáticos da cidade”.

O Governo, que se junta pela 11.ª vez ao movimento global, apelou ainda à participação de todos os cidadãos e das empresas dos sectores industrial e comercial.

A Hora do Planeta começou há 12 anos em Sydney, onde se estima que mais de dois milhões de pessoas colaboraram com o apagão para uma poupança de 2% a 10% da energia consumida na cidade.

No entanto, a Hora do Planeta converteu-se “num movimento que vai muito mais além” do que apagar a luz, explicou à agência de notícias Efe Miguel Ángel Valadares, da WWF, entidade que espera voltar a envolver milhares de cidadãos em todo o mundo.

A novidade este ano inclui três apelos adicionais para todo o dia: não comer carne, não consumir plásticos e não emitir CO2, como contributos particulares para ajudar a reduzir a perda de biodiversidade.

Este sábado, estima-se que milhares de autarquias e empresas de quase 190 países juntar-se-ão a este apagão mundial de uma hora que se realiza desde 2007.

30 Mar 2019

Turista de Macau morre no Grand Canyon

Um turista de 50 anos escorregou e caiu de uma altura de mais de 300 metros quando tirava uma selfie. A família foi informada e a agência de turismo está a tratar das formalidades para enviar o corpo para Macau

 

[dropcap]U[/dropcap]m homem de 50 anos morreu, na quinta-feira, numa viagem turística ao Grand Canyon, nos Estados Unidos. O turista, residente em Macau, caiu de uma altura superior a 305 metros no miradouro Eagle Point. Enquanto tirava uma selfie, desequilibrou-se e acabou por cair da plataforma para o desfiladeiro.

O turista local foi aos Estados Unidos numa excursão com mais 11 pessoas. O grupo tinha partido de Hong Kong numa viagem organizada pela agência Hong Thai Travel Services. As férias começaram no dia 26 de Março, na passada terça-feira, e incluía igualmente passagens por São Francisco, Las Vegas e Los Angeles.

Horas depois do ocorrido, o Governo de Macau foi informado do acidente, através do Gabinete de Gestão de Crises do Turismo, pela agência de viagens, que pretendia informar os familiares do ocorrido.

“Esta manhã fomos contactados pela agência de viagens a informar-nos do acidente com o turista de Macau. Pediram-nos ajuda para entrar em contacto com a família do falecido”, contou fonte do Gabinete de Gestão de Crises do Turismo (GGCT), ao HM. “Por enquanto, a agência de viagem não pediu outro tipo de auxílio por parte do Governo. Só nos pediram auxílio para entrarem em contacto com a família”, foi acrescentado.

Após o acidente, a directora da Travel Industry Council of Hong Kong, Alice Chan Cheung Lok-yee, explicou que o turista acidentado estava coberto por seguro e que a situação aconteceu quando tentava tirar uma selfie. A responsável assegurou também que o guia turístico tinha dado indicações, em cantonês, às 12 pessoas do grupo para que tivesse cuidado e respeitassem as normas de segurança.

Tribo Hualapai

O acidente aconteceu numa área que faz parte da reserva Hualapai, uma tribo de nativos norte-americanos, que foi estabelecida em 1883. Este segmento, integrado no Parque Natural do Grand Canyon, é uma das sete maravilhas naturais do mundo e recebe em média de um milhão de visitantes por ano. Já o Grand Canyon em toda a sua extensão recebe cerca de 6,4 milhões de turistas por ano.

Após ter acontecido o acidente, o porta-voz do Parque Natural do Grand Canyon, David Leibowitz, anunciou o encerramento daquela zona de visitas e afirmou que a tribo Hualapai ia rezar pelo residente de Macau, assim como pela sua família. Ainda nos Estados Unidos, o óbito foi igualmente confirmado pelo Consulado-Geral da China em Los Angeles.

Esta foi a segunda morte no Grand Canyon no espaço da mesma semana. Já na terça-feira as autoridades norte-americanas haviam encontrado um corpo, que se acredita ser de um cidadão dos EUA a residir no estrangeiro.

29 Mar 2019

APOMAC | Funcionário do Gabinete de Ligação eleito sócio honorário

[dropcap]A[/dropcap] APOMAC aprovou, em assembleia-geral de ontem, a proclamação do empresário Ng Fok como presidente honorário e do director-geral adjunto do departamento de coordenação do Gabinete de Ligação, Bian Tao, como sócio honorário.

Tal sucedeu no dia da eleição dos novos corpos sociais para o triénio 2019/2022, à qual se apresentou uma única lista liderada por Francisco Manhão (presidente da direcção), Jorge Fão (presidente da assembleia-geral) e Manuel Maria Gomes (presidente do conselho fiscal), que obteve 130 votos válidos.

A nova direcção tem, no entanto, dois novos elementos: Alice Gomes (vogal) e José Lourenço Fão (tesoureiro), informou a APOMAC em comunicado enviado às redacções.

29 Mar 2019

Grande Baía | Macau e Hong Kong apostam na eficiência energética

[dropcap]O[/dropcap]s responsáveis pelo ambiente e energia de Macau e de Hong Kong expressaram ontem a vontade de apostar na eficiência energética para contribuir para a nova metrópole mundial ‘eco-responsável’ que a China está a construir.

Produção de ‘energia limpa’, com reduzida emissão de carbono, e a eficiência energética foram apresentadas como ‘receitas’ e contribuições para o projecto de criação da Grande Baía.

“Queremos construir uma cidade inteligente (…) e estamos a investir em iluminação inteligente”, afirmou o coordenador do gabinete de Desenvolvimento do Sector Energético da RAEM.

Hoi Chi Leong ilustrou a vontade do Governo no novo paradigma energético com a instalação de mais 200 postos de abastecimento para viaturas eléctricas no território.

O secretário do Ambiente do Governo de Hong Kong também destacou, na mesma sessão, o esforço daquele território de reduzir as emissões de CO2, de apostar na ‘energia limpa’ e na eficiência energética. Wong Kam-Sing afirmou que “nos últimos seis anos registou-se uma redução em 30 por cento da poluição atmosférica” e que Hong Kong tem como objectivo diminuir até ao final do próximo ano de seis para 4,5 toneladas a produção de lixo ‘per capita’, para ilustrar a responsabilidade e potencial de contribuição ambiental do território no projecto da Grande Baía.

29 Mar 2019

MIECF | Governo promete sete medidas ambientais para melhorar cidade

Sónia Chan disse que o Governo irá reforçar “a educação ecológica, fomentando o uso da energia verde”, estabelecer “um mecanismo de tratamento integrado de fontes móveis de poluição” e implementar a medida do poluidor-pagador”. A Chefe do Executivo interina discursou perante o ministro da Ciência e Tecnologia da China

 

[dropcap]A[/dropcap]rrancou ontem o Fórum e Exposição Internacional de Cooperação Ambiental de Macau (MIECF, na sigla inglesa). Na sessão de abertura, a secretária para a Administração e Justiça, Sónia Chan prometeu sete medidas ambientais para melhorar a qualidade de vida em Macau. A saber: educação ecológica e a promoção do uso de energias ‘verdes’, o tratamento integrado de fontes móveis de poluição, a implementação do princípio poluidor-pagador, redução do uso de plástico, construção de infra-estruturas ecológicas e criação de mais espaço verdes e de lazer.

Numa toada diferente, António Trindade, presidente da CESL Asia, recordou que Macau lança ao rio cerca de metade do esgoto, sem tratamento, num volume equivalente a 31 piscinas olímpicas diariamente. Em declarações à Rádio Macau, António Trindade comentou a situação catastrófica ao nível da poluição marinha. “Não podemos dizer que nos próximos cinco a dez anos, da maneira como o Governo está a lidar com a situação, não vai haver melhorias. Existem estudos feitos, o Governo e as pessoas sabem, é catastrófico o que está a acontecer. O impacto ambiental na zona marinha, os lodos que estão depositados vão ter um impacto na qualidade das águas de Macau por muitas décadas”, comentou à Rádio Macau.

Sónia Chan, a cumprir funções de Chefe do Executivo interina devido ao facto de Chui Sai On estar fora de Macau, garantiu ainda que “ao mesmo tempo, irá proceder-se também à recuperação do ambiente das colinas e à intensificação da cooperação ambiental regional, explorando mais oportunidades de desenvolvimento para a indústria de protecção ambiental, avançando na concretização da visão de ‘transformar Macau num centro de baixo carbono, criar em conjunto uma vida ecológica’, contribuindo para o desenvolvimento sustentável da cidade.

Com estas acções, a intenção é “manter o equilíbrio entre preservação e desenvolvimento”, resumiu Sónia Chan.

“A protecção ambiental não distingue entre grupos étnicos, enquanto a ecologia não tem fronteiras nacionais. Proteger o meio ambiente e beneficiar o futuro são as responsabilidades de cada um de nós”, sublinhou.

Abertura de Pequim

Sónia Chan discursou na abertura do MIECF perante o ministro da Ciência e Tecnologia da China e vários dirigentes chineses da Comissão para o Desenvolvimento e Reforma, do Ministério da Indústria e Tecnologias de Informação, do Ministério da Ecologia e Ambiente.

Por sua vez, o ministro da Ciência e Tecnologia da China manifestou a “total abertura” de Pequim para partilhar com o mundo as descobertas chinesas na área da economia verde, “para contribuir para o bem comum da Humanidade”.

A China “dá grande importância ao desenvolvimento da economia verde” e expressa a sua “total abertura para partilhar os resultados das suas experiências (…) e investigação nesta área”, afirmou Wang Zhigang.

Zhigang sublinhou a agenda chinesa no combate às alterações climáticas, defendendo que a China é neste momento um “participante e um líder do desenvolvimento sustentável no mundo” e que é da responsabilidade da “comunidade global” investir na tecnologia e inovação (…) para gerar novas indústrias ligadas à economia verde”.

Por outro lado, o ministro sustentou que “a inovação é o motor do desenvolvimento sustentável”, uma ideia reforçada em vários discursos de dirigentes chineses no MIECF, em Macau, que destacaram a aposta e os progressos obtidos pelo país, tanto no combate à poluição, como nas áreas de produção de energia limpa e de eficiência energética.

Guerra verde

Em Novembro do ano passado, a agência de notação financeira Stardard & Poor’s (S&P) afirmou num relatório que a China vai obter “benefícios consideráveis”, caso execute os seus planos para um desenvolvimento da economia verde.

Na esfera internacional, a China poderá tornar-se um “líder na acção climática”, devido às políticas e à postura da actual Administração norte-americana, liderada por Donald Trump, considerou a agência, sugerindo “uma transformação global, que poderá alterar a situação geopolítica”, à medida que vários países “reorientam as economias para um desenvolvimento sustentável e com baixa emissão de carbono”.

A China é o maior emissor mundial de gases com efeito de estufa, seguida pelos Estados Unidos, o principal consumidor de carvão e o segundo maior consumidor de petróleo.

O MIECF acolhe até sábado mais de 500 expositores, provenientes de cerca de 20 países e regiões.
As sessões integram oradores de cerca de 70 pioneiros ambientais, líderes de empresas multinacionais e criadores de políticas, provenientes de sete países e regiões, nomeadamente, da China interior, Holanda, Portugal, Timor-Leste, Reino Unido, Hong Kong e Macau. O MIECF 2019 ocupa uma área total de exposição de mais de 16.900 metros quadrados.

29 Mar 2019

CPTTM | Lionel Leong exige melhorias depois de relatório do CCAC

[dropcap]O[/dropcap] secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong, reagiu ontem ao relatório do Comissariado contra a Corrupção (CCAC), nomeadamente ao sistema arbitrário de contratações e pagamento de salários no Centro de Produtividade e Transferência de Tecnologia de Macau (CPTTM).

Citado por um comunicado oficial, Lionel Leong referiu que, “independentemente de se tratar de um serviço público ou entidades públicas, como o CPTTM, a sociedade espera que o processo de recrutamento e promoção seja justo, imparcial e transparente”.

O CPTTM terá agora de entregar um relatório de análise aos “processos de recrutamento para clarificar se, em situação de conflito de interesses, houve algum pedido de escusa”. Nesse sentido, o secretário “espera que o CPTTM siga os conselhos e sugestões apresentados no relatório do CCAC” e “aperfeiçoar, progressivamente, o regime de recrutamento e promoção”.

Lionel Leong explicou ainda que a direcção do CPTTM foi avisada em Novembro do ano passado das sugestões do CCAC, tendo “ele próprio exigiu àquele organismo que tomasse as devidas medidas para melhorar e corrigir a situação, devendo integrar, especialmente, no estatuto de pessoal o regime de impedimento”.

29 Mar 2019

Vacina contra o sarampo só através de marcação

Desde ontem foram diagnosticados mais três casos de sarampo, um deles contraído por outro enfermeiro do Hospital Kiang Wu, elevando para 26 os números de infectados este ano. A corrida às vacinas está a causar impacto no funcionamento dos centros e postos de saúde ao ponto de terem passado, desde ontem, a ser administradas apenas por marcação

 

[dropcap]A[/dropcap] propagação do sarampo continuar em Macau e Hong Kong. Apesar dos alertas, as autoridades tentam ao máximo evitar o alarme social. Ainda assim, “a emergente situação epidémica de casos de sarampo nas regiões vizinhas e o aumento de casos em Macau fez afluir, nos últimos dias, aos Centros de Saúde, centenas de pessoas à procura de vacinas”, referem os Serviços de Saúde de Macau (SSM).

Devido à corrida à vacinação, e à subsequente dificuldade dos postos de saúde para lidar com a afluência de utentes, os SSM estabeleceram que a partir das 8h30 de ontem “o acesso à vacina contra o sarampo só será possível através de marcação – pessoalmente ou por via telefónica”. A medida visa manter o funcionamento normal dos centros de saúde.

Crianças com menos de 2 anos de idade, pessoal de creches e profissionais de saúde estão isentos de marcação, sendo exigidos às duas últimas categorias exibição de cartão de funcionário ou documento comprovativo da profissão.

Nos últimos dias, mais de oito centenas de utentes deslocaram-se aos postos de saúde para serem imunizados contra o sarampo, um número anormal face à procura habitual de 30, o que representa um aumento de 25 vezes. A “procura causou um forte impacto no regular funcionamento dos Centros e postos de Saúde”, demorando a aplicação da vacina mais tempo que o habitual.

Ida a casa

De forma a responder à procura, os SSM “aumentaram a encomenda de vacinas contra o sarampo, rubéola e parotidite epidémica para 15.000 doses, o primeiro lote de 5.400 doses chegará na próxima semana”, referem os serviços em comunicado.

Entretanto, ontem, os SSM revelaram mais três casos diagnosticados de sarampo importado. Um deles referente a uma trabalhadora não residente, natural das Filipinas, que trabalha num restaurante. No domingo passado, a doente manifestou os primeiros sintomas (febre e tosse) e passados dois dias começaram as erupções cutâneas. Na sequência do quadro clínico, a doente deslocou-se ao Centro Hospitalar Conde de São Januário, onde lhe foi diagnosticado sarampo, encontrando-se em isolamento no Centro Clínico da Saúde Pública.

A trabalhadora não residente esteve nas Filipinas entre 6 de Janeiro e 15 de Março e regressou a Macau no dia 16 e alegou ter sido vacinada no país de origem.

De acordo com os SSM, as pessoas que moram com a paciente não apresentaram sintomas semelhantes. A paciente esteve a trabalhar mesmo após ter tido sintomas de febre. Os Serviços de Saúde estão a monitorizar o estado de saúde das pessoas que foram expostas a esta paciente durante a fase inicial da doença.

Vírus formoso

O outro novo caso de sarampo incidiu sobre um residente de Macau, enfermeiro no Hospital Kiang Wu. De acordo com comunicado dos SSM, o paciente terá visitado Taiwan, entre 3 e 9 de Março, onde acompanhou um amigo numa consulta médica.

Após a manifestações dos sintomas do sarampo, o doente recorreu aos serviços do Kiang Wu, onde é enfermeiro e, de momento, encontra-se igualmente em isolamento no Centro Clínico da Saúde Pública. Apesar de ter sido vacinado, o residente contraiu a doenças, mas a febre desapareceu e o seu estado clínico é considerado normal.

O terceiro caso diz respeito a um homem de 28 anos, treinador de futebol americano, que esteve em contacto com um dos infectados no Hospital Kiang Wu, no dia 6 de Março.

Até agora, dos 26 casos de pessoas diagnosticadas com sarampo em Macau 15 já tiveram alta.
Em Hong Kong, os casos de sarampo chegaram ontem às três dezenas, afectando particularmente trabalhadores de companhias aéreas e do aeroporto.

29 Mar 2019

Taxa de desemprego em Macau mantém-se em 1,7%

[dropcap]A[/dropcap] taxa de desemprego em Macau, entre Dezembro de 2018 e Fevereiro deste ano, foi de 1,7 por cento, mantendo o mesmo nível registado entre Novembro de 2018 e Janeiro último, anunciaram ontem as autoridades.

Esta percentagem demonstra que Macau se encontra numa situação de pleno emprego, ou seja, o território está livre de desemprego cíclico e que quem procura um trabalho, em condições normais, não demora muito tempo a empregar-se.

No período em análise, 6.700 pessoas estavam desempregadas, menos de 200 do que as registadas entre Novembro e Janeiro passados, indicou a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) de Macau, em comunicado.

A população activa totalizou 394.800 indivíduos e a taxa de actividade foi de 70,8 por cento. A DSEC destacou que o número de desempregados à procura do primeiro emprego constituiu 6,6 por cento do total da população desempregada, o que representa uma quebra de 7,1 pontos percentuais.

Entre Dezembro e Fevereiro, o número de empregados no sector do jogo desceu, registando-se um aumentou de trabalhadores nos hotéis e restaurantes, apontou a DSEC.

Em comparação com o período de Dezembro de 2017 a Fevereiro de 2018, a taxa de desemprego diminuiu 0,2 pontos percentuais.

28 Mar 2019

Acidentes de trabalho | Cinco de 12 mortes relacionadas com infracções às normas de segurança

[dropcap]A[/dropcap]s infracções às normas de segurança e saúde ocupacional estiveram na origem de cinco de 12 mortes resultantes de acidentes de trabalho no ano passado. A multa mais elevada aplicada aos empregadores foi de 10.500 patacas

Os acidentes de trabalho fizeram no ano passado 7.362 vítimas, incluindo 12 mortais. Do total de fatalidades, cinco resultaram de infracções às normas de segurança e saúde ocupacional. Os dados foram revelados ontem pela Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL).

Em conferência de imprensa, a chefe do Departamento de Segurança e Saúde Ocupacional, Lam Iok Cheong, indicou que os cinco trabalhadores que perderam a vida devido a infracções às normas de segurança e saúde ocupacional pertenciam ao sector da construção, dos quais dois eram ilegais. Dos cinco casos, quatro redundaram em multas para o empregador – o remanescente encontra-se ainda em fase de investigação – com a multa mais elevada a corresponder a 10.500 patacas.

No total, ao longo de 2018, a DSAL instaurou 144 processos por infracções às normas de segurança e saúde ocupacional, aplicando multas no valor de 652 mil patacas – a esmagadora maioria versando a construção civil. Ao longo do ano passado, a DSAL emitiu 41 ordens de suspensão de obras, das quais 39 versando estaleiros.

Conflitos laborais

A DSAL facultou ainda dados relativos aos processos instaurados devido a conflitos laborais: 1.673 contra 1.860 em 2017. Do total, foram tratados 1.688, dos quais apenas sensivelmente 4 por cento foram remetidos para os órgãos judiciais. Os 1.673 processos envolveram 2.914 trabalhadores, dos quais 1.284 eram não residentes.

28 Mar 2019

Sarampo | Serviços de Saúde estimam que 95% dos clínicos estejam imunes

[dropcap]O[/dropcap]s Serviços de Saúde estimam que 95 por cento dos profissionais de saúde de Macau estejam imunes ao sarampo. A estimativa tem como base os dados da população em geral. No entanto, está a ser feito o levantamento de informações detalhadas, esperando-se resultados para breve

Está a ser levado a cabo um levantamento para apurar quantos profissionais de saúde estão imunes ao sarampo, ou seja, quantos foram vacinados ou já contraíram a doença anteriormente.

Os resultados devem ser conhecidos em breve, com os Serviços de Saúde a admitirem a hipótese de os divulgarem já amanhã.

A recolha de dados sobre o ponto de situação da vacinação junto de todas as instituições médicas e de saúde está a ser efectuada por via de um inquérito a preencher até hoje. Só nos últimos dias, foram vacinados 933 profissionais, indicou o director dos Serviços de Saúde, Lei Chin Ion, ao HM.

Após terem admitido anteriormente desconhecer a proporção de profissionais – como médicos e enfermeiros – que se encontram vacinados ou imunes ao sarampo (por terem contraído anteriormente a doença), os Serviços de Saúde facultaram ontem uma estimativa: 95 por cento do total. Essa percentagem, segundo explicou o coordenador do Centro de Prevenção e Controlo de Doenças (CDC), é calculada com base num estudo sobre a imunização da população em geral. Em causa, um estudo levado a cabo anualmente, por aquela subunidade dos Serviços de Saúde, a partir de testes serológicos, ou seja, exames realizados com amostras de sangue, sobretudo para detectar a presença de anticorpos gerados pelo sistema imunitário contra antigénios pertencentes a agentes infecciosos, de modo a determinar a sua quantidade ou concentração.

“Acreditamos que o nível de cobertura das vacinas dos profissionais de saúde seja muito melhor” do que a dos residentes em geral, porque “têm, logicamente, mais conhecimentos em relação à saúde” do que a média normal da população, realçou Lam Chong.

Segundo estimativas oficiais, Macau conta com um universo aproximado de 9.500 profissionais de saúde, distribuídos pelos hospitais, centros de saúde, clínicas ou consultórios. Só para se ter uma ideia, no final do ano passado, existiam 1.633 médicos e 2.235 enfermeiros.

Tratamentos isentos

Entre os 23 casos de sarampo sinalizados desde o início do ano existem trabalhadores não residentes que, em situações normais, teriam de pagar os encargos relativos à prestação de cuidados de saúde, mas estão a receber tratamento gratuito, segundo confirmou Lei Chin Ion ao HM.

À luz da lei de prevenção, controlo e tratamento de doenças transmissíveis, os não residentes infectados ou suspeitos de terem contraído doenças transmissíveis podem, tendo em conta o interesse público e a sua situação económica, ser isentos do pagamento total ou parcial pelo director dos Serviços de Saúde.

28 Mar 2019

CTM assina acordo com Universidade de Macau para desenvolver 5G no território

[dropcap]A[/dropcap] Companhia de Telecomunicações (CTM) anunciou ontem um lucro de 941 milhões de patacas em 2018 e assinou um protocolo com a Universidade de Macau para desenvolver a tecnologia 5G no território.

O responsável da CTM, Vandy Poon, e o reitor da Universidade de Macau, Song Yonghua, assinaram um acordo de colaboração na área da investigação e desenvolvimento da tecnologia 5G em Macau, a grande aposta da empresa no próximo ano. Em conferência de imprensa, a empresa salientou que “2019 vai ser um ano importante para o desenvolvimento do 5G” e garantiu estar preparada para a construção da rede em Macau, de forma a contribuir para a criação de uma cidade inteligente.

No que diz respeito ao 5G, Vandy Poon referiu que o Executivo e os CTT estão a ultimar o quadro legal para a implementação da tecnologia, e que nesse aspecto a CTM foi auscultada. Quanto ao número de licenças que espera serem emitidas, o director não se alongou muito, mas vincou que em termos de concorrência a empresa de telecomunicações iria “fazer ouvir a sua voz”, acrescentando que Macau é um mercado pequeno e que a Grande Baía surge como um espaço aliciante para expandir negócios.

Ainda no tópico do projecto regional, outros responsáveis da operadora de telecomunicações, como o seu director executivo, Vandy Poon, asseguraram que uma das prioridades da CTM passa pela participação na Grande Baía. Em causa está a possibilidade da CTM avançar para um ‘mercado’ de 70 milhões de habitantes e com um Produto Interno Bruto que ronda os 1,3 biliões de dólares, maior que o PIB da Austrália, Indonésia e México, países que integram o G20.

Com esta aposta, a CTM quer ajudar a “desenvolver Macau num centro mundial de turismo e lazer e numa plataforma de cooperação comercial entre a China e os países lusófonos”, de forma a promover uma economia diversificada, segundo a própria empresa.

Em 19 de Setembro do ano passado, a CTM tinha inaugurado em Hong Kong o primeiro centro de dados fora do território, um investimento focado na expansão da empresa e no reforço dos projectos da Grande Baía e Macau Digital. “O que torna especial este projecto é que somos os primeiros a ser aprovados pelo Governo” e pelo Gabinete de Protecção de Dados fora do território, sublinhou então Vandy Poon à Lusa.

O reforço da segurança no ‘backup’ de dados e na capacidade de recuperação dos mesmos, devido à redundância de uma rede que funciona em dois locais diferentes, em Macau e, agora, em Hong Kong foi apresentado com “uma grande vantagem para as pequenas e médias empresas”, algo que o risco associado a fenómenos como os tufões Hato e Mangkhuto veio salientar, enfatizou o responsável da CTM.

28 Mar 2019