Sheldon Adelson arrecadou 2,2 mil milhões de dólares em sete dias

[dropcap]O[/dropcap] homem forte da Las Vegas Sands Corp., Sheldon Adelson, teve uma semana bilionária, arrecadando cerca de 2,2 mil milhões de dólares em sete dias graças aos substanciais lucros em Macau, mas, principalmente, devido aos ganhos bolsistas.

A cotação da Las Vegas Sands subiu 8,8 por cento na primeira semana de Abril. Adelson, que é dono de mais de metade do império da Sands, vale agora 38,1 mil milhões de dólares, de acordo com a revista Forbes. Este valor coloca-o como a 23º homem mais rico do mundo e representa uma subida de 6,3 mil milhões de dólares desde o início de 2019.

Depois de dois anos com taxas de crescimento na casa dos dois dígitos até ao ano passado, as receitas do jogo em Macau caíram empurradas pela desaceleração da economia chinesa. Contudo, Março foi um mês em cheio para a Sands, com resultados que se reflectiram no aumento da fortuna de Sheldon Adelson.

Quando o magnata decidiu construir resorts em Macau, segundo o próprio, os seus competidores, em particular em Las Vegas, mostraram-se cépticos. “Todos na indústria do jogo acharam que foi a ideia mais parva de sempre”, conta Adelson à Forbes. “Os que mostraram cepticismo dariam agora um braço para ter um pedaço de terra lá [Macau]. Eu tenho um armazém cheio de braços, incluindo alguns esquerdos também”, ironiza o magnata.

Grande folia

Também o valor das acções da Wynn Resorts teve uma subida meteórica com uma valorização de 18,8 por cento, empurrando a fortuna de Elaine Wynn para 2,3 mil milhões de dólares, depois do incremento de cerca de 200 milhões de dólares. Quase 75 por cento dos 6,72 mil milhões de dólares de lucro da Wynn Resorts foi apurado pelas operações em Macau.

Importa recordar que Elaine Wynn se tornou na maior accionista da Wynn Resorts depois do seu ex-marido Steve ter vendido a sua participação e abandonado o cargo de CEO depois de alegações de conduta sexual imprópria.

8 Abr 2019

Reitora da Universidade de Évora diz que Chan Meng Kam é “uma personalidade ímpar”

É atribuído amanhã o grau de doutoramento honoris causa a Chan Meng Kam na qualidade de presidente do Conselho da Universidade Cidade de Macau. Ana Costa Freitas, reitora da Universidade de Évora, garante que a distinção não é somente fruto dos projectos que as duas academias têm em conjunto, mas acontece também por ser “pertinente dar a conhecer uma personalidade ímpar da RAEM sobejamente reconhecida e respeitada”

 

[dropcap]C[/dropcap]han Meng Kam, presidente do Conselho da Universidade Cidade de Macau (UCM), vai receber amanhã o grau de doutoramento Honoris Causa pela Universidade de Évora (UE), disse à Lusa a instituição de ensino superior portuguesa.

A cerimónia está agendada para as 15h30 e será marcada pelo discurso de Chan Meng Kam, com o título “My greatest mission in life is to serve society” (A minha grande missão de vida é servir a sociedade). Sou Chio Fai, director do Gabinete de Apoio ao Ensino Superior estará presente no evento.

Em declarações ao HM, Ana Costa Freitas, reitora da UE, garantiu que o elo que junta as duas universidades não é a única justificação para atribuir o grau de doutor honoris causa a Chan Meng Kam.

“A distinção agora conferida a Chan Meng Kam não procura reforçar qualquer parceria. Resulta tão só do entendimento da UE em distinguir o estadista, o empresário e o filantropo Chan Meng Kam, que tem dedicado a sua vida ao bem público da Cidade de Macau e das suas gentes, contribuindo decisivamente para a imagem, reputação e desenvolvimento da RAEM.”

Além disso, a reitora considerou que “numa altura em que Portugal apoia a iniciativa ‘Uma Faixa, Uma Rota’, entendeu a UE ser pertinente dar a conhecer, uma personalidade ímpar da RAE de Macau, sobejamente reconhecida e respeitada, o Sr. Chan Meng Kam”.

A UE atribui esta distinção meses depois de ter sido assinada uma parceria na área da tradução com a UCM. Em Novembro, foi notícia o facto de estar a ser desenvolvido um novo sistema de tradução automático chinês-português que deverá estar pronto este ano. A infra-estrutura ficará na cidade de Évora e terá um custo de cerca de um milhão de euros.

A reitoria da UE garantiu que Chan Meng Kam nunca fez quaisquer donativos financeiros “ou de qualquer outra espécie” à instituição que dirige “ou de qualquer outra espécie”.

Projectos na calha

Depois da criação do Instituto Confúcio na UE, seguem-se mais parcerias com a UCM, cuja ligação com a universidade alentejana aconteceu há três anos. “Neste período, a ligação entra as nossas universidades tem sido fortalecida pelos diversos contactos, directos e indirectos que se têm desenvolvido”, declarou Ana Costa Freitas.

Na resposta ao HM, a reitora explicou que “decorrem dois projectos bilaterais financiados pela UCM”. Um deles versa sobre a área da História e Património, e um outro na matéria da tradução Português-Mandarim.

“Em paralelo deu-se início a um programa de intercâmbio de docentes das duas universidades e, em breve, iniciar-se-á na UE uma Summer School na área da Arquitectura Paisagista. Outras iniciativas de colaboração mútua terão o seu início em breve”, frisou.

Para a UE, a ligação à UCM é “muito especial, dadas as ligações históricas e culturais que unem Portugal a Macau”.

“Não obstante os contactos directos e regulares que mantemos com a China, encaramos Macau e a sua universidade como um apoio efectivo das nossas relações com o País do Rio das Pérolas.

Com esta parceria antecipamos benefícios e o aprofundamento das nossas relações ao nível do ensino, da investigação e da transferência de conhecimento, área que começa a dar os primeiros passos”, apontou Ana Costa Freitas.

A reitoria da UE destaca ainda o facto de “a China ter vindo a ser encarada como parceira prioritária”, até porque a universidade “tem efectuado uma aposta muito forte na internacionalização dos seus ensinos e da sua investigação, enquanto pilar fundamental da sua estratégia de crescimento e de afirmação no panorama internacional”.

O grau de doutoramento honoris causa será também atribuído a António Galopim de Carvalho, professor catedrático jubilado.

8 Abr 2019

Casa do Mandarim distinguida com título internacional

[dropcap]O[/dropcap] Instituto do Património Mundial para a Formação e Pesquisa na Região da Ásia-Pacífico (Suzhou) conferiu, no final do ano passado, o título “Base de Educação para Jovens sobre o Património Mundial” à Casa do Mandarim.

A distinção galardoa o trabalho do Instituto Cultural (IC) “no âmbito da educação e promoção do conhecimento sobre o património mundial junto dos jovens de Macau”, aponta um comunicado.

A cerimónia de abertura da nova “Base de Educação para Jovens sobre o Património Mundial” foi realizada ontem.

De acordo com o IC, desde a conclusão dos trabalhos de restauro na Casa do Mandarim e a sua consequente abertura ao público, no início de 2010, têm sido promovidas diversas actividades “destinadas a atrair a participação dos jovens”. Nos últimos três anos foram realizadas mais de 90 visitas guiadas à Casa do Mandarim, com a participação de mais de 4000 estudantes do ensino primário e secundário, aponta o IC.

O conceito de “Base de Educação para Jovens sobre o Património Mundial” foi lançado pelo Instituto do Património Mundial para a Formação e Pesquisa na Região da Ásia-Pacífico (Suzhou) com o objectivo de incentivar as escolas, instituições e as entidades de gestão do património a promoverem a educação dos jovens sobre Património Mundial.

8 Abr 2019

Aeroporto de Macau recebe mais de dois milhões de passageiros no 1.º trimestre

[dropcap]O[/dropcap] aeroporto internacional de Macau anunciou ontem ter registado 2,33 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2019, um aumento de 17% em comparação com o período homólogo do ano passado.

Entre Janeiro e Março, o aeroporto recebeu uma média diária de 25.000 passageiros, de acordo com um comunicado da Sociedade do Aeroporto Internacional de Macau (CAM). Durante este período, o tráfego aéreo superou os 18.000 voos, um aumento de 17% comparativamente a igual período do ano passado.

Os mercados do interior da China, do Sudeste Asiático e de Taiwan registaram um aumento de 28%, 14% e 4%, respectivamente. Já as viagens em companhias aéreas convencionais e ‘low cost’ registaram aumentos respectivos de 11% e 29%.

O aeroporto internacional de Macau deve chegar este ano ao recorde de 8,7 milhões de passageiros, informou a CAM, sociedade que gere aquela infra-estrutura.

Em 2018, o aeroporto de Macau registou um recorde de 8,26 milhões de passageiros, um aumento de 15% em relação a 2017, e “o tráfego de passageiros mais alto” de sempre, 12 vezes superior à população de Macau, sublinhou a empresa, num outro comunicado.

Actualmente existem 27 companhias aéreas a operar no aeroporto, ligando Macau a mais de meia centena de destinos.

5 Abr 2019

Conselheiros das comunidades portuguesas reúnem-se em Pequim a partir de segunda-feira

[dropcap]O[/dropcap] ensino da língua portuguesa ou o pagamento de pensões aos portugueses na Austrália, China, Hong Kong e Macau são temas da reunião do Conselho Regional da Ásia e da Oceânia, que arranca segunda-feira em Pequim, foi ontem anunciado.

Segundo um comunicado da presidente daquele conselho regional, Rita Santos, a colaboração dos conselheiros com as embaixadas e consulados de Portugal para resolução dos problemas das comunidades, as questões relacionadas com as pensões de aposentação e de sobrevivência dos portugueses residentes nos países de acolhimento, o ensino e a divulgação da língua portuguesa, sobretudo aos jovens, vão ser alguns dos temas em foco na reunião, que vai decorrer na capital chinesa de 8 a 10 de Abril.

Na reunião, presidida por Rita Santos, vai ser ainda discutida a proposta do estatuto dos conselheiros, a eleição anual do cargos do Conselho Regional da Ásia e da Oceânia, bem como o programa do encontro do Conselho Permanente do Conselho das Comunidades Portuguesas, marcado para 28 e 29 de Maio próximo, em Lisboa.

Os conselheiros da Austrália, Silvia Renda e Melissa da Silva, e do círculo da China, Macau e Hong Kong, José Pereira Coutinho e Armando de Jesus, vão estar também reunidos com o embaixador português em Pequim, José Augusto Duarte, indicou a mesma nota.

O Conselho das Comunidades Portuguesas tem actualmente 65 membros. O Brasil é o país que elegeu mais conselheiros, 13 no total, seguindo-se França, com dez conselheiros, Estados Unidos (sete), Venezuela (seis) e Alemanha, África do Sul e Suíça, com quatro cada.

Aquele conselho reúne-se anualmente em Lisboa e é o órgão consultivo do Governo para as políticas relativas às comunidades portuguesas, competindo-lhe, em geral, emitir pareceres, produzir informações e formular propostas e recomendações sobre as matérias que respeitem aos portugueses residentes no estrangeiro e ao desenvolvimento da presença portuguesa no mundo.

5 Abr 2019

Tribunal dá razão a Fung Soi Kun que recorreu de decisão do Executivo

[dropcap]O[/dropcap] Tribunal de Segunda Instância (TSI) de Macau considerou ontem procedente o recurso interposto pelo antigo director dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos relativamente à pena disciplinar de demissão aplicada pelo chefe do Executivo em Abril passado.

Em 11 de Abril de 2018, Chui Sai On decidiu aplicar “a pena disciplinar de demissão” a Fong Soi Kun, mas como o antigo director dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) estava já aposentado, foi determinada “a suspensão do abono da pensão de aposentação pelo período quatro anos”.

Fong Soi Kun apresentou a demissão a 24 de Agosto de 2017, um dia a seguir à passagem do tufão Hato, que causou dez mortos, mais de 240 feridos e prejuízos avaliados em 1,3 mil milhões de euros. Em Março do ano passado, foi oficializada a reforma voluntária do ex-director do SMG.

Em Novembro, Chui Sai On instaurou um processo disciplinar contra o ex-director e a antiga subdirectora dos SMG, Florence Leong, após a conclusão do inquérito aberto na sequência do tufão Hato.

O processo disciplinar instaurado a Fong Soi Kun e à antiga subdirectora Florence Leong concluiu que “houve responsabilidade disciplinar por parte dos dois trabalhadores, em virtude de os mesmos, culposamente, não terem exercido as suas funções com a eficiência que era devida”, de acordo com um comunicado.

A comissão de inquérito entendeu que “os dois trabalhadores dos SMG devem assumir a responsabilidade disciplinar por incumprimento culposo de deveres inerentes às suas funções no processo de decisão relativamente ao içar dos sinais de tempestade tropical e à emissão do aviso de ‘storm surge’ durante a passagem do tufão Hato por Macau”.

Em Outubro de 2017, o relatório do Comissário Contra a Corrupção (CCAC) apontava “procedimentos irregulares”, “elevado grau de arbitrariedade” e “decisões fruto do juízo pessoal do ex-director” dos SMG.

O relatório do CCAC é o resultado de uma investigação aberta a 28 de Agosto de 2017, para “determinar responsabilidades a assumir, no âmbito dos procedimentos de previsão de tufões e da gestão interna por parte do ex-director do SMG”.

Fong foi acusado de içar tardiamente os sinais de tufão, o que pode ter prejudicado a capacidade de a cidade se prevenir contra o impacto da tempestade, que obrigou a hastear o sinal máximo (10).

5 Abr 2019

Chan Meng Kam distinguido com doutoramento honoris causa em Portugal

[dropcap]A[/dropcap] Universidade de Évora anunciou hoje a atribuição, na terça-feira, de doutoramentos ‘honoris causa’ ao professor universitário jubilado António Galopim de Carvalho e ao presidente do Conselho da Universidade da Cidade de Macau (UCM), Chan Meng Kam.

A cerimónia, segundo um comunicado da academia alentejana enviado à agência Lusa, está agendada para as 15h30 de terça-feira e vai ter lugar na Sala dos Actos, no Colégio do Espírito Santo, principal edifício da universidade.

O Conselho Científico da UÉ considerou a atribuição de idêntico doutoramento a Chan Meng Kam, na mesma cerimónia, está ligada “ao valor da personalidade em si, ao papel que tem tido no fortalecimento efectivo das relações da UE com Macau e China”.

E relaciona-se também com a “recente iniciativa lançada pelo governo da China, em estreita colaboração com Macau, sobre a ‘nova Rota da Seda’, a qual tem tido um impacto enorme que, sendo económico é também cultural e tecnológico”, sublinhou a academia alentejana.

Natural da província chinesa de Fujian, Chan Meng Kam cresceu em Macau, onde se tornou num dos mais influentes políticos e homem de negócios, tendo sido deputado à Assembleia Legislativa durante muitos anos. Nas últimas três décadas, “prestou importantes serviços sociais à população e comunidades em Macau, na China e pelo mundo”.

António Marcos Galopim de Carvalho, professor catedrático jubilado, doutorou-se em Sedimentologia (Universidade de Paris, 1964) e em Geologia (Universidade de Lisboa, 1968), tendo leccionado na Faculdade de Ciências de Lisboa (1961-2001) e na Faculdade de Letras de Lisboa (1965-1981).

Dirigiu o Museu Nacional de História Natural (1992 a 2003), assinou “vasta bibliografia científica, de divulgação e de ficção”, com 30 livros publicados e centenas de artigos em revistas científicas e jornais, tendo ainda recebido diversos prémios e condecorações.
O investigador promoveu a divulgação e preservação do património geológico nacional e impulsionou em Portugal e ao nível da UNESCO o estudo científico dos dinossauros.

5 Abr 2019

Pensão San Tung Fong levanta críticas de arquitectos

Uma construção que não respeita o modelo das fachadas na Avenida Almeida Ribeiro e que altera as escalas da rua. É desta forma que Mário Duque encara o edifício da Pensão San Tung Fong. Já para Carlos Couto a construção é uma “aberração” na “jóia da coroa de Macau”

 

[dropcap]U[/dropcap]ma aberração na jóia da coroa de Macau. É a descrição do arquitecto Carlos Couto do edifício da Pensão Comercial San Tung Fong construído na Avenida Almeida Ribeiro, onde estava um parque de estacionamento de superfície, e que teve licença de utilização em 2017.

“Na realidade, não se entende como é possível fazer-se tamanha aberração na Av. Almeida Ribeiro, a ‘jóia da coroa’ de Macau. Não é só falta de gosto, é acima de tudo muita estupidez e uma verdadeira afronta à preservação do Património”, afirmou Carlos Couto, em declarações ao HM.

No entanto, o arquitecto defende que o que está mal não é a introdução de novos estilos na Avenida Almeida Ribeiro, mas a falta de harmonia com a zona envolvente. “Admito o novo como uma necessidade cultural, pois há que ‘escrever’ arquitectura actual em todo e qualquer parte do tecido urbano da cidade”, começa por sublinhar. “Mas o ‘novo’ a ser feito tem de, acima de tudo, ter grande qualidade para se integrar, harmonizar, respeitar o passado e ser o contributo da arquitectura contemporânea, como peça nova, e que também será antiga no futuro próximo, sendo assim o contributo do nosso tempo na construção do património edificado da cidade”, acrescentou.

Contudo, para Carlos Couto a qualidade foi algo que não ficou garantido no projecto este edifício. “A fazer-se um novo edifício, há que exigir-se uma arquitectura de grande qualidade. Agora isto que foi feito, pela falta de qualidade, é inqualificável, aberrante e uma afronta à qualificação do Património de Macau”, acusou. “Onde estão as autoridades que deviam zelar pelo bom que temos nesta cidade? Não sei, não as vejo. É triste e vergonhoso”, apontou.

Fora de lugar

Já para o arquitecto Mário Duque a principal questão com o edifício prende-se com a fachada, nomeadamente com o facto de por cima das arcadas este edifício ter três andares, enquanto os restantes têm dois andares com uma altura maior.

“A escala tem por cima da arcada dois pisos altos. É uma constante da rua porque na altura se construía com aquelas medidas mais altas para haver maior circulação de ar e manter os espaços frescos”, explicou Mário Duque. “Na Avenida Almeida Ribeiro os edifícios são todos diferentes e é essa a sua génese. Mas havia uma escala, com um andar de rés-do-chão e depois dois pisos altos por cima”, acrescentou.

A emergência dos ares-condicionados trouxe novas possibilidades à arquitectura e em vez de replicar as fachadas da restante rua, o edifício da pensão já reproduz esta alteração, o que faz com que a fachada divirja do restante. “Hoje em dia, como os ares-condicionados arrefecem os espaços, as novas regras da construção permitem uma maior ocupação, com pisos com menor altura. É isso que acontece neste edifício. Mas quando se passa de dois pisos altos para três pisos baixos, a escala da rua altera-se”, defendeu.

Foco na arcada

Ao HM, o Instituto Cultural (IC) explicou que as recomendações se focaram na altura da arcada e o reboco. O número de pisos imediatamente acima da arcada não foi focado.

“Quando o IC respondeu à consulta sobre as Plantas de Alinhamento Oficial, emitiu um parecer sobre a altura do conjunto de edifícios, a colunata e o material da fachada, incluindo a construção da arcada, a sua altura que deve estar em correspondência com a dos edifícios adjacentes, e o reboco pintado nas paredes”, foi explicado. “Ao mesmo tempo, o material das portas e janelas de madeira ou metal de novos prédios também é especificado”, acrescentou o organismo.

O edifício em questão, no que diz respeito ao hotel, é propriedade da empresa Fomento Predial e Desenvolvimento Dong Kin Cheong Limitada, que tem como um dos principais accionista o empresário Chong Siu Kin.

A concessão do terreno, que inclui cinco parcelas, foi cedida em 2014 durante um período de 25 anos. O objectivo passava pela construção de uma pensão, que foi respeitado.

A Avenida Almeida Ribeiro é considerada uma zona protegida, como conjunto, devido ao “seu interesse cultural relevante, a sua arquitectura, a sua unidade e a sua integração na paisagem”.

4 Abr 2019

Rádio Táxis | Quase 40 por cento das chamadas sem resposta diariamente

[dropcap]P[/dropcap]erto de 40 por cento das chamadas telefónicas para o serviço de rádio táxis ficaram por responder diariamente, segundo informação veiculada pela TDM Rádio Macau. Os números foram divulgados pela própria Rádio Táxis.

No entanto, Kevin U Kin Lung, director-geral da companhia, afirmou que a taxa de resposta se deve aproximar dos 100 por cento com os 200 de táxis adicionais que a companhia conseguiu através de concurso público. “No total recebemos cerca de 8 mil chamadas por dia e conseguimos prestar serviço a cerca de 5 mil. Até aqui não tínhamos táxis suficiente.

Foi por isso que concorremos ao concurso e que conseguimos vencer. Olhando para este número de 8 mil chamadas por dia, julgamos que os 300 táxis que passamos a ter são suficientes”, afirmou, depois de ter participado no programa fórum da Ou Mun Tin Toi e citado pela Rádio Macau.

4 Abr 2019

CAM tem de entregar relatório em 30 dias sobre entradas em zonas restritas

[dropcap]A[/dropcap] CAM tem um mês para entregar um relatório final sobre os recentes dois casos de entrada em zonas de acesso restrito do Aeroporto Internacional por passageiros, revelou ontem a Autoridade de Aviação Civil (AACM).

Além de uma investigação às causas dos incidentes, o órgão regulador quer planos concretos por parte da operadora do Aeroporto Internacional de Macau que permitam travar a ocorrência de novos casos do tipo.

“Os relatórios preliminares com o relato factual dos dois casos foram-nos entregues ontem pela proprietária do aeroporto, a CAM. Exigimos ainda à CAM que nos entregue, no prazo de 30 dias, um relatório de investigação final, elencando as causas e as medidas correctivas”, informou a AACM em comunicado. Não obstante, o órgão, liderado por Simon Chan, deu ainda conta de que “iniciou a sua própria investigação relativamente aos dois casos”.

À luz da lei o operador tem de “assegurar o normal funcionamento e a segurança operacional no aeródromo”, pelo que a AACM vai “estudar a penalização a impor, se tal for considerada necessária após a investigação”, refere o órgão regulador.

“Os casos de dois passageiros que entraram na área restrita do aeroporto sem autorização, detidos posteriormente pela polícia e pelos funcionários do aeroporto há dias são, de facto, violações aos requisitos de segurança do aeroporto. Lamentamos que tais casos tenham acontecido no nosso aeroporto”, diz a AACM na mesma nota.

Os recentes incidentes foram qualificados pelo secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, como “preocupantes”.

4 Abr 2019

AACM | Relatório recomenda revisão de procedimentos de segurança no Aeroporto

O relatório da Autoridade de Aviação Civil de Macau sobre o caso das aterragens falhadas do Airbus da Capital Airlines conclui que o Aeroporto de Macau deve rever alguns procedimentos de segurança. Entre outras propostas, é sugerida a instalação de um sistema de detecção de condições meteorológicas adversas para aterragem e de detritos na pista

 

[dropcap]C[/dropcap]omo se previa, as condições meteorológicas estiveram na origem do incidente que forçou o Airbus A320-214 da Capital Airlines a aterrar no Aeroporto de Baoan em Shenzhen, depois de duas tentativas falhadas de aterragem no Aeroporto Internacional de Macau.

Esta é uma das conclusões do relatório final elaborado pela Autoridade de Aviação Civil de Macau (AACM) sobre o incidente da aeronave da companhia do Interior da China, ocorrido no passado dia 28 de Agosto.

Em primeiro lugar, a AACM entende que o aeroporto local deve “instalar equipamento apropriado para detectar condições meteorológicas adversas”, incluindo as ondulações de fluxo de ar que fizeram a aeronave da Capital Airlines perder altitude subitamente quando se preparava para tocar na pista do Aeroporto Internacional de Macau.

Além disso, é também sugerida uma revisão das operações e procedimentos que verificam a existência de objectos estranhos, ou destroços, na pista. Esta recomendação ganha particular relevo tendo em conta que na sequência da segunda abordagem ao Aeroporto de Macau, o Airbus da Capital Airlines ficou com o trem de aterragem destruído, espalhando destroços pela pista. Aliás, a AACM indica que a Companhia de Aeroporto de Macau (CAM) deve aferir a necessidade de instalar um equipamento de detecção automática de detritos na pista.

Simuladores e fiscais

Parte dos detritos do trem de aterragem viriam a atingir o motor esquerdo da aeronave. Quando o avião voltou a ganhar altitude, depois da segunda aterragem falhada, a torre de controlo do Aeroporto de Macau comunicou com o Airbus informando a tripulação da existência de fogo no motor esquerdo da aeronave. Segundo o relatório da AACM, ambos os pilotos não perceberam a comunicação da torre de controlo e perguntaram que motor estava em chamas.

Depois das tentativas falhadas de aterrar em Macau, o avião seguiu em direcção a Shenzhen onde aterrou em segurança, tendo sido accionado o mecanismo de resposta de emergência. A pista do Aeroporto de Baoan teve de ser temporariamente fechada devido à detecção de detritos de dois pneus do Airbus da Capital Airlines.

Os mais de 160 tripulantes do avião não sofreram ferimentos graves, excepto cinco feridos leves que foram imediatamente socorridos, sem que tenha havido necessidade de internamento hospitalar.

Como o avião pertence a uma companhia chinesa e aterrou em Shenzhen, o relatório ao incidente foi elaborado pela AAMC em conjunto com a congénere chinesa.

4 Abr 2019

Terras | TUI dá razão ao Chefe do Executivo

[dropcap]O[/dropcap] Tribunal de Última Instância (TUI) considerou que o Tribunal de Segunda Instância (TSI) deu razão ao Chefe do Executivo no diferendo que mantinha com a Sociedade de Fomento Predial Socipré, Limitada.

Em causa está a declaração de caducidade do arrendamento de um terreno na Ilha da Taipa, na Avenida Kwong Tung, designado por Lote BT8, com a área de 3.177 metros quadrados. O arrendamento do terreno foi válido pelo prazo de 50 anos, contados a partir de 29 de Outubro de 1964 até Junho de 2003. O prazo para a construção inicialmente previsto era de 42 meses, que não foi respeitado.

Em 15 de Maio de 2015, o Chefe do Executivo proferiu despacho de caducidade da concessão do terreno e a empresa recorreu para os tribunais. O TUI recusou os argumentos da Socipré que se defendia com o facto de ter havido outros casos em que não foi declarada a caducidade.

“Se esta [Administração], noutros procedimentos administrativos, ilegalmente, não declarou a caducidade de outras concessões, supostamente havendo semelhança dos mesmos factos essenciais, tal circunstância não aproveita, em nada, à concessionária em causa [Socipré] visto que os administrados não podem reivindicar um direito à ilegalidade”, apontou o TUI.

4 Abr 2019

Aeroporto | Wong Sio Chak qualifica de “preocupante” entradas em zona interdita

[dropcap]O[/dropcap] secretário para a Segurança qualificou ontem de “preocupante” os dois casos de entrada em zonas de acesso restrito do Aeroporto Internacional de Macau (AIM) conhecidos no dia anterior.

Face à possibilidade de negligência, Wong Sio Chak admite que a empresa responsável pela segurança [a SEMAC] possa vir a ser punida. Actualmente, o caso encontra-se nas mãos da Polícia de Segurança Pública (PSP), mas o titular da pasta da Segurança adiantou que vai falar com a Autoridade de Aviação Civil (AACM).

O HM contactou a AMCM para perceber os procedimentos a serem realizados, mas não obteve resposta até ao fecho da edição. O HM também contactou a CAM – Sociedade do Aeroporto de Macau no sentido de perceber que medidas vão ser tomadas.

“A CAM vai inteirar-se da situação das unidades de operação relacionadas e espera melhorar a eficiência da formação e do trabalho à medida que o aeroporto se desenvolve, de modo a manter a qualidade do serviço no aeroporto”, afirmou um porta-voz da CAM, sem adiantar mais.

3 Abr 2019

Táxis | Nova lei entra em vigor a 3 de Junho

[dropcap]A[/dropcap] nova lei dos táxis entra em vigor no próximo dia 3 de Junho, depois do diploma ter sido publicado em Boletim Oficial no passado dia 4 de Março. De acordo com um comunicado oficial, três serviços públicos, a Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT), o Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) e a Direcção dos Serviços de Assuntos de Justiça (DSAJ), realizaram há três dias uma sessão de apresentação sobre a nova lei dos táxis, dando a conhecer ao sector o respectivo regime jurídico e os principais conteúdos do correspondente diploma legal complementar a publicar.

Na sessão, os taxistas apresentaram várias questões relacionadas com “o abandono do assento de condutor quando o táxi se encontrar dentro da praça, a ajuda aos passageiros para a colocação, a retirada do porta-bagagens do veículo dos respectivos pertences e as acções dos fiscais para fazer cumprir a lei nas áreas delimitadas por linhas contínuas amarelas”.

O Governo voltou a referir que “se pretende melhorar a imagem da indústria de transportes de passageiros em táxis através da nova lei, mantendo o bom funcionamento de serviço”. A DSAT promete “continuar a aperfeiçoar as condições nas zonas de tomada e largada de passageiros, com a entrada em vigor da nova lei, permitindo ao sector operar com maior facilidade”.

3 Abr 2019

Carrie Lam insiste em lei da extradição apesar das críticas de Joseph Lau

Em resposta à contestação de Joseph Lau às futuras alterações à lei que permite entrega de foragidos à justiça com jurisdições como Macau, Carrie Lam manteve-se firme. A Chefe do Executivo de Hong Kong evocou o interesse público para não adiar a iniciativa legislativa

 

[dropcap]”N[/dropcap]a realidade, o Governo enfrenta desafios legais diariamente, mas isso não significa que iremos adiar trabalho importante do interesse público de Hong Kong”, referiu Carrie Lam, citada pelo South China Morning Post.

Foi assim que a Chefe do Executivo de Hong Kong reagiu ontem à posição tomada por Joseph Lau. O empresário submeteu na segunda-feira um pedido num tribunal superior de Hong Kong para garantir que a futura lei que irá regular possíveis pedidos de entrega de fugitivos não tem efeitos retroactivos. A primeira audiência do processo interposto por Joseph Lau está marcada para o próximo dia 17 de Abril.

Recorde-se que o magnata foi condenado em 2014 a uma pena de 5 anos e 3 meses pela prática de um crime de corrupção activa para acto ilícito e de um crime de branqueamento de capitais.

Ao responder às críticas dos advogados de Lau quanto à avaliação caso a caso de propostas de transferência de fugitivos com jurisdições como Macau, Carrie Lam não se dirigiu directamente ao magnata. Em declarações antes de uma reunião no Conselho Legislativo, a Chefe do Executivo da região vizinha afirmou que “quanto a acções individuais tomadas em relação a esta alteração legal, uma vez que um processo judicial deu entrada em tribunal”, não iria tecer qualquer comentário.

Todos os ouvidos

A Chefe do Executivo de Hong Kong adiantou ainda que espera que o Conselho Legislativo forme uma comissão para discutir a alteração legal, acrescentando que o Governo que lidera está disposto a ouvir sugestões da população. “Se a opinião pública não violar os nossos princípios básicos, e se tiver o intuito de melhorar as coisas, de uma forma geral, estamos dispostos a ouvir. Mas isso não significa que vamos aceitar todas as opiniões, sob pena de não conseguirmos fazer nada.”

As alterações à lei propostas pelo Governo de Carrie Lam motivaram protestos de vários quadrantes políticos e sociais, em particular do sector comercial que argumentou que a reputação de Hong Kong, enquanto porto seguro para negócios, poderia ser colocada em causa. O facto é que o Executivo de Hong Kong, depois da pressão de que foi alvo, acabou por retirar da proposta nove crimes de colarinho branco de uma lista de 46 crimes passíveis de extradição.

Questionada se o Governo estaria a considerar abrir mais excepções, Lam referiu que está disposta a ouvir pontos de vista diferentes, mas que isso não significa que iria atender a todas as sugestões, porque “assim seria muito difícil fazer qualquer coisa”. Carrie Lam adiantou ainda que o Executivo de Hong Kong vai tentar reunir o maior consenso possível em torno da alteração legal.

Advogados ao ataque

A Ordem dos Advogados de Hong Kong acusou a Chefe do Executivo do Governo da RAEHK, Carrie Lam, de estar a “enganar” as pessoas quando diz que a ausência de acordos de extradição com o Interior da China é uma “falha” na lei. Num comunicado emitido ontem, os advogados da RAEHK sublinham que esta ausência foi uma decisão tomada em 1997 de forma consciente e que teve em conta “as diferenças fundamentais entre o sistema criminal no Interior da China e principalmente o histórico do Interior da China no que diz respeito à protecção de direitos fundamentais”.

3 Abr 2019

Porto de Ká-Hó | Macauport com contrato estendido por sete anos

[dropcap]O[/dropcap] Secretário para os Transportes e Obras Públicas vai assinar “brevemente” a escritura pública relativa ao adicional contrato de concessão da exploração do Porto de Ká-Hó com a Macauport, que expira no próximo dia 11. Segundo informações facultadas ao HM pela Direcção dos Serviços de Assuntos Marítimos e de Água, o contrato de concessão vai ser estendido por sete anos, terminando em 2026.

Em declarações aos jornalistas, à margem de uma reunião na Assembleia Legislativa, Raimundo do Rosário afirmou ontem não haver mexidas de maior e que a alteração mais importante tem que ver com o transporte de produtos perigosos, dado que foi proibido por via terrestre. “A grande alteração foi com a Macauport uma forma de assegurar a entrada por via marítima designadamente de fogo-de-artifício e de outros produtos”, explicou.

A Macauport – Sociedade de Administração de Portos, que tem Ambrose So como presidente do conselho de administração, fechou 2017 com lucros de 5,9 milhões de patacas, contra 18,8 milhões em 2016. A sociedade responsável pela operação do Terminal de Contentores do Porto de Ká-Hó, em Coloane, atribuiu os resultados ao decréscimo da carga movimentada pelas empresas subsidiárias e associadas e a factores como o abate do custo de obras em curso. Os resultados do exercício do ano passado ainda não foram publicados em Boletim Oficial.

3 Abr 2019

IPM | Lançado sistema de tradução com reconhecimento de voz

O Instituto Politécnico de Macau (IPM) lançou ontem um novo sistema de reconhecimento de voz e interpretação simultânea chinês-português-inglês, com o qual espera aliviar o trabalho de tradutores e intérpretes

 

[dropcap]”Q[/dropcap]uando um orador discursa, o sistema reconhece automaticamente as palavras e transforma-as num discurso escrito, depois, de forma simultânea e automática, faz a tradução”, explicou o coordenador do Centro Pedagógico e Científico da Língua Portuguesa do IPM. Gaspar Zhang falava aos jornalistas à margem do lançamento, que decorreu no âmbito de uma conferência sobre os novos desafios e oportunidades na área da tradução, com recurso à inteligência artificial.

“Assim, podemos ver no ecrã um discurso na língua de partida e na língua de chegada”, acrescentou, sublinhando que a interpretação simultânea automática é agora “uma realidade”.
O sistema foi desenvolvido pelo Laboratório de Tradução Automática Chinês-Português-Inglês do IPM, inaugurado em Outubro de 2016 pelo primeiro-ministro português, António Costa.

Desde a criação do laboratório, o IPM tem investido muito na área do ‘big date’ e na área da inteligência artificial, lembrou Zhang, mencionando, entre outros, o sistema de tradução chinês-português.

O uso deste “sistema auxiliar de tradução chinês-português/português-chinês de documentos oficiais” foi acordado, em Março, com o Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa. No entanto, Gaspar Zhang ressalvou que o sistema lançado agora foi desenhado para aliviar o trabalho dos tradutores e intérpretes, e não para os substituir.

“Neste momento, pelo menos hoje, as máquinas não podem substituir os tradutores nem intérpretes. O nosso objectivo é ajudar os tradutores e os intérpretes”, salientou.

Bolsas para portugueses

O Instituto Politécnico de Macau prevê lançar, no próximo ano lectivo, um programa de bolsas de estudo para atrair mais estudantes dos países de língua portuguesa, no âmbito dos futuros mestrados e doutoramentos da instituição.

Este novo programa prevê estender as ajudas de custo aos estudantes pós-graduados, uma vez que o Politécnico (IPM) já dispõe de bolsas para estudantes de licenciatura, explicou o presidente da instituição, Marcus Im Sio Kei.

“Num futuro próximo, esperamos receber mais alunos dos países de língua portuguesa. Temos um plano para oferecer bolsas a estes estudantes”, afirmou o responsável, em declarações aos jornalistas à margem de uma conferência na qual se debateram os novos desafios e oportunidades na área da tradução, com recurso à inteligência artificial.

Actualmente, o IPM tem cerca de 200 alunos provenientes dos países lusófonos, um número que pode vir a crescer com o lançamento deste novo regime, que prevê uma dedução até 20 por cento do custo global das propinas.

Língua portuguesa, computação e administração pública são as áreas dos três futuros programas de doutoramento, ainda sujeitos à aprovação do Governo de Macau, adiantou Marcus Im Sio Kei.

A instituição prevê que sejam lançados até ao final do ano. Além disso, deverão ser lançados, no mesmo prazo, mais quatro cursos de mestrado, em áreas que vão da enfermagem às artes visuais, acrescentou.

“Em toda a divisão, incluindo os novos mestrados e programas de doutoramento, planeamos receber mais 300 alunos” provenientes de Macau e de várias regiões, afirmou Im Sio Kei.

No mês passado, o Governo já tinha aprovado o plano de estudos de dois novos mestrados, incluindo um mestrado em tradução e interpretação chinês-português. O mestrado terá duas áreas de especialização, tradução e interpretação, e dois anos de duração, de acordo com o despacho do secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam.

No ano lectivo 2018/2019, o número de estudantes de português no IPM ronda os 500, de acordo com dados disponibilizados à Lusa no final do ano passado.

3 Abr 2019

Autoridades detectam tráfico de petróleo

[dropcap]A[/dropcap]s autoridades de Zhuhai detectaram um caso de transporte ilegal de petróleo por parte de uma embarcação que viajava entre Hong Kong e Macau. O caso foi relatado ontem pelo canal chinês da Rádio Macau, que cita as autoridades da cidade vizinha.

Segundo a informação divulgada, as suspeitas do tráfico foram confirmadas depois de uma inspecção, já depois do navio em causa ter sido obrigado a atracar.

Durante a investigação, as autoridades detectaram a existência de um compartimento secreto com capacidade para o transporte 30 toneladas de combustível.

3 Abr 2019

Sarampo | Serviços de Saúde fazem levantamento sobre imunidade das empregadas filipinas

[dropcap]O[/dropcap]s Serviços de Saúde vão iniciar hoje o processo de levantamento de informações sobre a imunidade ao sarampo das empregadas domésticas filipinas. A pesquisa de anticorpos vai contar com uma amostra de 100 trabalhadoras, instadas a inscrever-se voluntariamente, informaram ontem os Serviços de Saúde em comunicado.

O organismo, liderado por Lei Chin Ion, espera, através da pesquisa aleatória, inteirar-se da capacidade imunitária das empregadas domésticas das Filipinas, considerando que a situação epidémica naquele país é a mais grave. Segundo dados oficiais, Macau conta actualmente com 24.412 empregadas domésticas, das quais 15.945 provenientes das Filipinas.

As inscrições, que podem ser feitas através por telefone (62520680) durante o horário de expediente, abrem hoje e terminam quando as vagas estiverem esgotadas. As inscrições podem ser efectuadas pelas próprias trabalhadoras ou através dos empregadores.

A colheita de sangue vai ter lugar no próximo sábado, dia 6, entre as 10h e as 12h, em três centros de saúde (Tap Seac, Areia Preta e no da Nossa Senhora do Carmo, na Taipa). Segundo os Serviços de Saúde, uma semana depois, será enviada uma mensagem às empregadas domésticas, informando-as da possibilidade de levantar o relatório no Centro de Prevenção e Controlo de Doenças.

A intenção dos Serviços de Saúde passa por alargar, posteriormente, a pesquisa a outros grupos de trabalhadores não residentes. Embora de um modo geral, a maioria seja imune ao sarampo, devido à possibilidade de terem sido infectados no país de origem, dado que a grande parte vem designadamente de áreas epidémicas do sudeste asiático, “há falta de dados concretos da situação imunitária”, referem os Serviços de Saúde, na mesma nota de imprensa.

Soma e segue

O número de casos de sarampo registados desde o início do ano subiu para 27. O mais recente caso foi diagnosticado ontem numa enfermeira do Serviço de Urgência Pediátrica do Centro Hospitalar Conde de S. Januário, elevando para nove o total de profissionais de saúde infectados com a doença altamente contagiosa. A paciente, de 32 anos, natural de Macau, estava vacinada contra o sarampo.

Segundo os resultados dos testes laboratoriais, entre os profissionais de saúde infectados, apenas um não estava imune ao sarampo, indicaram os Serviços de Saúde. O organismo facultou também ontem ao HM os dados em falta do levantamento à imunidade dos profissionais de saúde, dando conta de que, além dos 362 (228 médicos e dos 134 enfermeiros), 55 de 882 auxiliares de enfermagem e dos serviços gerais também não estariam protegidos contra o sarampo durante o recente surto, elevando o total para 417. Isto por não terem a certeza se foram vacinados ou se contraíram a doença anteriormente. Todos foram entretanto vacinados.

2 Abr 2019

Novo julgamento de Scott Chiang marcado para 30 de Abril

[dropcap]A[/dropcap] repetição do julgamento de Scott Chiang, que tinha sido condenado pela prática de um crime de reunião e manifestação ilegal, foi agendada para 30 de Abril. No início, o deputado Sulu Sou também era arguido no mesmo processo, relacionado com a manifestação contra a doação da Fundação Macau à Universidade de Jinan, mas como não recorreu da sentença – opção tomada para regressar mais rapidamente à Assembleia Legislativa – não é afectado.

Segundo o HM conseguiu apurar, Scott Chiang vai enfrentar uma acusação por ter infringido o artigo 14 da Lei de Reunião e Manifestação, ou seja vai acusado do crime pelo qual tinha sido condenado com uma pena de multa de 120 dias, que correspondeu a 27.600 patacas.

O Tribunal de Segunda Instância (TSI) mandou repetir o julgamento porque inicialmente os arguidos eram acusados de um crime de desobediência qualificada e foram condenados por outro crime, sem que houvesse direito ao contraditório. Só quando a juíza Cheong Weng Tong condenou Scott Chiang e Sulu Sou é que foi referida pela primeira vez a possibilidade de serem condenados por reunião e manifestação ilegal. Por este motivo, o TSI considerou que foi feita uma “‘alteração da qualificação jurídico-penal’ sem que ao recorrente tenha sido dada a oportunidade de sobre ela exercer o contraditório, requerendo o que por bem entendesse em sua defesa”.

Por seu turno, Sulu Sou foi condenado com uma pena de multa de 120 dias, que corresponde a 40.800 patacas, num processo que levou a que o seu mandato de deputado fosse suspenso pelos outros membros da Assembleia Legislativa. Para colocar um fim à suspensão, o legislador abdicou do recurso e aceitou uma condenação, apesar de manter a versão de que é inocente.

Aviões de papel

Foi a 15 de Maio de 2016 que a Associação Novo Macau organizou um protesto contra a doação de 100 milhões de yuan por parte da Fundação Macau à Universidade de Jinan. Em causa estava não só o montante, mas um eventual conflito de interesses do Chefe do Executivo, Chui Sai On, que ocuparia o cargo de vice-presidente do Conselho Geral da universidade e de presidente do conselho geral de Curadores da fundação.

No dia da manifestação, Scott Chiang, Sulu Sou e um grupo de activistas atiraram aviões de papel para dentro da residência oficial de Chui Sai On, onde pretendiam entregar uma carta, após terem sido impedidos de passar pela polícia. Durante o julgamento, a defesa apontou que a manifestação já tinha terminado por esta altura. No entanto, a juíza Cheong Weng Tong considerou que a manifestação nunca tinha terminado e que os activistas sabiam que não podiam aceder à área, uma vez que esse percurso tinha sido sugerido e rejeitado, no pedido inicial da manifestação.

2 Abr 2019

Sarampo | Um em cada dez médicos não estava imune durante surto

Mais de 360 médicos e enfermeiros dos hospitais e centros de saúde não estavam protegidos contra o sarampo durante o recente surto. Todos foram, entretanto, vacinados

 

[dropcap]O[/dropcap]s dados foram revelados ontem pelos próprios Serviços de Saúde: 14 por cento dos médicos e 6 por cento dos enfermeiros não estavam imunes contra o sarampo durante o surto da doença altamente contagiosa, traduzido, desde o início do ano, em 26 casos, dos quais oito envolvendo profissionais de saúde (três médicos, três enfermeiros, um auxiliar de enfermagem e um outro trabalhador), todos pertencentes ao Hospital Kiang Wu.

O número facultado pelo director dos Serviços de Saúde, Lei Chin Ion, foi extraído dos dados recolhidos junto dos profissionais de saúde e apenas fornecido após todos terem sido vacinados.

Contas feitas, com base em estatísticas oficiais, não estavam vacinados ou imunes (porque não contraíram a doença anteriormente), 228 de 1.633 médicos e 134 de 2.235 enfermeiros, ou seja, 362. Desconhece-se, porém, a taxa de imunidade ao sarampo de outros profissionais de saúde, como auxiliares de enfermagem. Embora prometidos para a tarde de ontem, os resultados completos do levantamento, levado a cabo através de um inquérito, não foram divulgados até ao fecho desta edição.

De recordar que, na semana passada, os Serviços de Saúde reconheceram inicialmente desconhecer a proporção de profissionais de saúde vacinados ou imunes ao sarampo, estimando, depois, com base na taxa de imunidade da população em geral, uma cobertura na ordem dos 95 por cento.

À espera de vacinas

Segundo dados facultados pelos Serviços de Saúde, só na quinta e na sexta-feira foram administradas mais de 200 vacinas por dia. Vacinas destinadas actualmente apenas aos grupos definidos como prioritários: crianças com menos de 2 anos, pessoal de creches e profissionais de saúde.

Macau possui actualmente aproximadamente de 1.300 doses de vacina contra o sarampo, rubéola e parotidite epidémica (papeira), mas encomendou, entretanto, 15 mil doses da vacina. Esta semana deve chegar a primeira remessa de 5.400, um número definido pelo director dos Serviços de Saúde como “suficiente” para responder à actual procura. Relativamente às restantes 9.600 vacinas “não há prazo” estimado de chegada, afirmou Lei Chin Ion, apontando que os fornecedores vão priorizar os países e regiões com surtos de sarampo de maior dimensão.

O director dos Serviços de Saúde falava à margem da cerimónia de inauguração do Hospital de Reabilitação de Ká-Hó, em Coloane, que contou com a presença do Chefe do Executivo, Chui Sai On, e do secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam. Nenhum dos dois prestou declarações aos jornalistas.

Macau sinalizou, desde o início do ano, 26 casos de sarampo. Todos os pacientes receberam alta hospitalar. Nos últimos quatro dias não houve registo de novos casos.

 

Edifício de infecto-contagiosas sem abertura à vista

O edifício de doenças infecto-contagiosas, a nascer junto ao Centro Hospitalar Conde de S. Januário (CHCSJ), ainda não tem data de abertura prevista. Segundo o secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, a obra das fundações, que arrancou em 2018, deve estar concluída no próximo ano, não havendo calendário para a abertura. A construção do edifício, junto ao CHCSJ, foi fortemente contestada por moradores da zona, bem como por deputados que defenderam que seria mais conveniente erguer a nova unidade junto ao futuro Hospital das Ilhas, mas em vão.

2 Abr 2019

Joseph Lau quer que tribunais evitem extradição para Macau

Os advogados do empresário fizeram entrar um pedido em tribunal para evitar a possível entrega para cumprimento de pena em Macau. Lau foi condenado por corrupção activa para acto ilícito e branqueamento de capitais e tem uma pena de 5 anos e 3 meses por cumprir

 

[dropcap]O[/dropcap] empresário Joseph Lau quer garantias de que não poderá ser entregue a Macau ao abrigo da nova proposta de lei de extradição em Hong Kong, que vai permitir o envio de fugitivos para o Interior da China, Macau e Taiwan. A revelação foi feita ontem pelo escritório de advogados Sit, Fung, Kwong e Shum, em representação de Lau, que fez entrar um pedido na primeira instância do Tribunal Superior de Hong Kong, para que sejam feitas alterações à proposta de lei.

Joseph Lau foi condenado em Macau a uma pena de 5 anos e 3 meses devido à prática de um crime de corrupção activa para acto ilício e de um crime de branqueamento de capitais. Como o empresário está actualmente em Hong Kong e não há acordo de entrega de fugitivos, não pode ser enviado para Macau, onde é procurado para cumprir pena.

No entanto, com o Governo de Carrie Lam a querer aprovar uma lei para que a entrega de fugitivos possa ser feita com jurisdições com as quais não há este tipo de acordos, onde se incluem Macau e o Interior da China, a porta para a transferir Lau pode mesmo abrir-se. É este o cenário que os advogados do multimilionário pretendem afastar.

Segundo o pedido, cujo conteúdo foi publicado na integra pelo portal Hong Kong Free Press, os representantes legais do magnata pretendem assegurar algumas garantias. A primeira é que se declare que a entrega do empresário é contrária à Carta dos Direitos de Hong Kong. Em causa está o artigo número 10, que define o direito à “igualdade perante os tribunais e a um julgamento justo e aberto ao público, mas também o artigo 5, que define o direito à liberdade e à prisão dentro de condições justas e pré-definidas.

Sem retroactivos

Mas no caso da proposta do Governo de Hong Kong ser aprovada sem alterações ao texto actual, os advogados de Joseph Lau querem uma declaração dos tribunais a dizer que não se aplica de forma retroactiva, ou seja, que apenas incida sobre casos que se registem após a entrada em vigor da lei.

A primeira sessão de discussão do diploma está agendada para amanhã no Conselho Legislativo, o órgão legislativo de Hong Kong. Também a secretária da Justiça do Executivo de Hong Kong, Theresa Chang, recebeu uma cópia dos pedidos que entraram em tribunal.

O Executivo de Hong Kong decidiu apresentar esta proposta de extradição em resposta ao alegado homicídio cometido por um residente de Hong Kong que terá assassinado a namorada, que estava grávida. O crime aconteceu em Fevereiro do ano passado e o suspeito conseguiu regressar a Hong Kong, escapando à justiça taiwanesa.

Apesar dos pedidos das autoridades taiwanesas, e face à inexistência de acordo de extradição entre as duas regiões, o adolescente de 19 anos não foi enviado para Taiwan. A proposta de alteração legal que será apreciada pelos legisladores de Hong Kong visa colmatar estas lacunas de cooperação judiciária.

2 Abr 2019

Hospital de Reabilitação de Ká-Hó abre hoje, sem se saber número de profissionais de saúde

[dropcap]O[/dropcap] Hospital de Reabilitação de Ká-Hó entra hoje em funcionamento, mas os Serviços de Saúde falharam em responder com quantos médicos ou enfermeiros ao serviço ou em facultar estimativas sobre o número de pacientes que a nova valência pode receber.

“Vamos ter em consideração as necessidades [e] o ponto de situação actual. Precisamos de ter um número suficiente de pessoal de enfermagem, por exemplo, e depois precisamos de ver ainda se há doentes que precisam de ser transferidos para este hospital novo”, afirmou o subdirector dos Serviços de Saúde, Kuok Cheong U, garantindo que há “um plano”.

“Claro que precisamos de considerar se os doentes do CHCSJ precisam ou não verdadeiramente do serviço de reabilitação e também consultar os [seus] familiares para saber se querem transferir”, complementou o também director do CHCSJ. Não obstante a insistência dos jornalistas, Kuok Cheong U não avançou com números: “Vamos pensar no número de doentes e só depois número exacto de profissionais necessários, mas um enfermeiro pode servir seis camas”.

O Hospital de Reabilitação de Ká-Hó disponibiliza 188 camas, das quais 100 vão ser geridas pela Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM). No entanto, numa primeira fase, apenas “são precisas” 20, adiantou o mesmo responsável. Os Serviços de Saúde subsidiam há 13 anos o Centro de Reabilitação, na Taipa, subordinado à FAOM, destinado especialmente aos pacientes encaminhados pelo CHCSJ, que se transfere agora para a nova unidade em Ká-Hó, em Coloane.

Nova fase

Para o secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, o facto de “serem criadas em Macau, pela primeira vez, instalações médicas independentes de reabilitação” marca a entrada “numa nova fase” dos serviços médicos existentes no território.

“O Hospital de Reabilitação de Ká Hó destina-se a dar resposta à procura de serviços médicos integrados para idosos e, portanto, nesse mesmo edifício serão integradas as essenciais subunidades funcionais e disponibilizados equipamentos e serviços de qualidade para desenvolver serviços complexos mais adequados”, afirmou Alexis Tam, no discurso que proferiu durante a cerimónia de inauguração, que contou com a presença do Chefe do Executivo, Chui Sai On.

Neste âmbito, Alexis Tam destacou a quantidade, mas também a qualidade de que estará dotada a nova valência em Coloane: “A enfermaria de reabilitação do CHCSJ dispõe de 88 camas – mais do dobro das existentes na área de reabilitação do hospital” e “de uma equipa médica especializada, proporcionando tratamentos complexos aos doentes, em especial, tratamento clínico, fisioterapia, terapia ocupacional, gestão da dor, aconselhamento psicológico, entre outros”.

2 Abr 2019

Aeroporto | Três mulheres entram em zona de acesso restrito

[dropcap]T[/dropcap]rês mulheres conseguiram ultrapassar o sistema de segurança do Aeroporto Internacional de Macau (AIM) e aceder a áreas de acesso restrito, de acordo com informação divulgada ontem pela Polícia Judiciária.

Segundo o canal chinês da Rádio Macau, duas das visitantes tinham passaporte do Interior da China e foram encontradas na área de entrega de bagagem à procura de uma mala que alegadamente estaria perdia.

De acordo com a explicação de uma delas às autoridades, as duas mulheres só deram pela falta da bagagem na altura de fazer check-in no hotel, mas depois conseguiram regressar ao aeroporto e aceder à zona de acesso restrito de entrega de bagagem.

Já a terceira mulher, da Coreia do Sul, entrou na zona de embarque apesar de não ter bilhete com o alegado intuito de embarcar num avião para o Japão. Por sua vez, a segurança argumentou que não conseguiu detectar os três casos a tempo de evitá-los devido ao elevado número de passageiros.

2 Abr 2019