Hoje Macau SociedadeTurismo | Número de visitantes ultrapassa 3 milhões em Outubro Macau recebeu mais de 3,1 milhões de visitantes em Outubro, uma subida de 13,7 por cento em termos anuais, indicam dados divulgados ontem pelas autoridades. A entrada de 3.135.358 visitantes no território representa “uma recuperação de 97,7 por cento do número” verificado no mesmo mês de 2019, ainda antes da pandemia da covid-19, disse a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). No mês em análise, os números dos excursionistas (1.789.072) e dos turistas (1.346.286) subiram, em termos anuais, 23,2 e 3,1 por cento, respectivamente, referiu a DSEC, em comunicado. Em termos de origens de visitantes, a maioria (2.263.443) chegou do Interior da China, o que representa uma subida de 16,1 por cento em relação ao mesmo mês de 2023. Já entre Janeiro e Outubro, o número de visitantes em Macau totalizou 29.056.272, mais 28,1 por cento face ao período homólogo de 2023. Na semana passada, a Polícia de Segurança Pública (PSP) anunciou que o número de visitantes a chegar a Macau, este ano, até 10 de Novembro, ultrapassou 30 milhões. Macau recebeu no ano passado 28,2 milhões de visitantes, quase cinco vezes mais do que no ano anterior e 71,6 por cento do recorde de 39,4 milhões fixado em 2019, de acordo com dados oficiais da DSEC.
João Luz SociedadeAnalistas prevêem que receitas do jogo podem superar estimativas oficiais As previsões do Governo em relação ao volume de receitas brutas dos casinos no próximo ano elevaram a fasquia para 240 mil milhões de patacas, um aumento de mais de 11 por cento face ao estimado para 2024. Porém, analistas do banco Citigroup entendem que as previsões constantes na proposta de Orçamento para 2025 podem ser conservadoras, podendo ser excedidas em, pelo menos, 1 por cento. Este ponto percentual representa uma quantia a rondar 2,5 mil milhões de patacas, mas os analistas George Choi e Timothy Chau não afastam a hipótese de as receitas brutas de 2025 ficarem ainda mais acima das estimativas orçamentadas pelo Governo de Ho Iat Seng. De acordo com o portal GGR Asia, os especialistas referem que a subida das receitas pode ser impulsionada pelo aumento anual do número de visitantes a rondar 5 por cento. Outro aspecto que está a dinamizar a indústria, é a proliferação das “smart tables”, mesas de jogo electrónicas, em especial para jogos como o bacará, permitindo a multiplicação de apostas laterais e, consequentemente, do volume de receitas dos casinos. A verificar-se a estimativa de receitas brutas previstas pelo Citigroup para o próximo ano, de 242,5 mil milhões de patacas, isso significaria resultados que ficariam a 83 por cento dos níveis de 2019. A previsão dos analistas é ainda mais optimista para 2026, com receitas brutas estimadas de 261,9 mil milhões de patacas, valor que se aproximaria de 90 por cento dos níveis de receitas brutas antes da pandemia da covid-19. Apesar das discrepâncias em relação às estimativas das receitas brutas, os analistas do Citigroup não esquecem que as previsões oficiais são tendencionalmente conservadoras, ficando com frequência aquém dos resultados efectivos. Altos e baixos O relatório do Citigroup indica também que o fluxo de visitantes do próximo ano pode beneficiar do alargamento da política de vistos individuais a mais cidades chinesas. “Esperamos que o crescimento do volume de turistas seja impulsionado pelo alargamento dos vistos individuais a 10 novas cidades chinesas, algo que se irá traduzir num aumento de cerca de 5 por cento dos visitantes, para cerca de 35,7 milhões de chegadas no próximo ano”. Os analistas referem que o aumento de turistas irá reflectir-se nos negócios dos casinos.
João Santos Filipe Manchete SociedadeIC | Turistas impedidos de fotografar Centro Cultural de Macau A situação foi relatada por um residente local que convidou amigos do exterior a virem até Macau. “A sociedade de Macau aparenta estar a progredir, mas na realidade está em retrocesso”, desabafou, quando denunciou a situação no canal chinês da Rádio Macau Um grupo de três turistas, guiado por um residente local, foi impedido por seguranças de fotografar o Centro Cultural de Macau (CCM). O caso foi relatado pelo residente num telefonema para o Fórum Macau, programa do canal chinês da Rádio Macau, e citado pelo jornal Cheong Pou, o que levou o Instituto Cultural a pedir desculpas à população. De acordo com o relato apresentado, o residente convidou três amigos do exterior a virem a Macau por altura do Grande Prémio. Durante a estadia, os visitantes tiraram fotografias da cidade, algumas das quais nos Lagos Nam Van e Sai Van, e também no Centro Cultural de Macau. Foi neste último local que começaram os problemas. Após montarem um tripé para a máquina fotográfica e “suportes de luz” para aumentar a iluminação das fotografias à frente do CCM, o residente e os turistas foram imediatamente abordados pelos seguranças contratados pelo instituto público. Aos turistas foi dito que era ilegal tirar fotografias dos edifícios sem autorização, pelo que tinham de parar. O cidadão explicou também que as luzes utilizadas para iluminar a fotografia tinham uma dimensão reduzida, e que a máquina utilizada é “profissional”, mas bastante comum nos dias que correm. Foi desta forma que o residente recusou a hipótese do entrevistador da TDM, que sugeriu que os turistas podiam ter sido confundidos com uma equipa de filmagem profissional, e que os seguranças poderiam ter entendido que era necessária autorização do Governo para filmar em locais públicos. Como comentário face ao incómodo causado aos amigos, o residente ainda desabafou que “a sociedade de Macau aparenta estar a progredir, mas na realidade está em retrocesso”. O cidadão lamentou igualmente pensar que estava a contribuir para o turismo local ao convidar pessoas de fora a visitar Macau, mas que apenas contribuiu para lhes causar problemas. Pedido de desculpas Após o caso ter sido revelada em directo, o Instituto Cultural reagiu e em declarações à Rádio Macau pediu desculpa. Numa resposta transmitida pela TDM, o IC prometeu “reforçar a capacidade dos guardas de segurança de comunicar educadamente” com a população. O IC pediu ainda “desculpa pelo incómodo causado ao público” afectado pela situação e garantiu que vai assegurar a “capacidade dos seguranças para comunicarem com o público de forma cortês, de modo a que o público possa ter uma melhor experiência de turismo”. No entanto, defendeu a actuação dos guardas no sentido de garantir que os propósitos de filmagens e fotografias à porta do IC são compreendidos, para se poder impedir situações ilegais. O IC complementou também que as situações que exigem autorização de filmagem podem ser consultadas no seu portal online.
Hoje Macau SociedadeViolência doméstica | Um terço das vítimas são crianças Na primeira metade deste ano, o Instituto de Acção Social (IAS) registou 29 casos suspeitos de violência doméstica, com 11 vítimas do sexo masculino e 18 do sexo feminino. O registo agregado no sumário do relatório semianual de 2024 (1.º semestre) do Sistema Central de Registo de Casos de Violência Doméstica indica que entre os 29 casos suspeitos, 16 eram referentes violência contra cônjuge (quatro do sexo masculino e 12 do sexo feminino), enquanto 10 casos foram contra crianças. O IAS deu ainda conta de três casos que vitimizaram idosos. A larga maioria dos casos, 23, foram de violência física, quatro situações de ofensa psíquica, um caso de cuidados inadequado e um caso de ofensas violentas múltiplas. Recorde-se que o Executivo indicou recentemente não haver necessidade de rever a Lei de Prevenção e Combate à Violência Doméstica.
João Santos Filipe Manchete SociedadeNovo Bairro | Levantadas restrições para vender apartamentos Apesar de ter pago pelo terreno na Ilha da Montanha, a empresa Macau Renovação Urbana só conseguiu alterar as condições de venda aos residentes de Macau com a autorização das autoridades de Cantão A empresa Macau Renovação Urbana levantou várias restrições para tentar vender mais apartamentos no projecto em Hengqin. O anúncio foi feito na quarta-feira, através de um comunicado em língua inglesa, numa altura em que o mercado do imobiliário do Interior atravessa uma crise sem precedentes nos tempos mais recentes. “Os critérios para a aquisição de unidades residenciais no Novo Bairro de Macau (MNN) em Hengqin foram ajustados, incluindo a remoção do limite de idade, a remoção da restrição de revenda nos cinco anos após a compra e o ajustamento do limite à aquisição de unidades residenciais”, foi comunicado. Com a alteração ao nível da idade dos compradores, os menores possam a poder ser proprietários de um apartamento no Novo Bairro de Macau, o que até agora estava afastado. Outra alteração passa pelo facto de o período de congelamento da revenda ter sido eliminado. Anteriormente, os compradores estavam impedidos de revender as fracções num prazo de cinco anos após a compra. Em teoria, agora passam a poder fazer a revenda no dia a seguir à compra. No sentido de permitir um maior número de vendas, cada membro do casal pode ser proprietário de um apartamento no projecto construído com dinheiro público da RAEM. Esta é outra novidade, porque até aqui cada casal só podia comprar uma fracção. Em crise Construído no Interior, na chamada Zona de Cooperação Aprofundada entre Cantão e Macau, os apartamentos do Novo Bairro de Macau foram colocados à venda em plena crise do mercado imobiliário, que já resultou na falência de várias construtoras. Como consequência, a procura por habitações no outro lado da fronteira tem vindo a diminuir, o que levou as autoridades locais a adoptarem várias medidas de levantamento de restrições que antes serviam para arrefecer a procura. O Novo Bairro de Macau segue agora a tendência de levantamento das restrições, depois de ter conseguido a aprovação das autoridades do Interior. E no comunicado em que anunciou as mudanças, a Macau Renovação Urbana fez questão de agradecer à autoridade que supervisiona a Zona de Cooperação. Anteriormente, Peter Lam, presidente da Macau Renovação Urbana, admitiu na Assembleia Legislativa de Macau que a empresa não tem a opção de baixar o preço de venda, sem autorização prévia das autorizações de Cantão. De acordo com os números divulgados pela empresa em Setembro deste ano, até essa data, no espaço de praticamente um ano desde o início das vendas, tinham sido vendidos 1.300 apartamentos dos 4.000 construídos, o que representa um terço das fracções.
Hoje Macau SociedadeTradução | UM e BFSU organizam Concurso de Tradução A Universidade de Macau (UM) e a Universidade de Estudos Estrangeiros de Pequim (BFSU) realizam a 22 de Novembro o 3.º Concurso de Tradução Chinês-Português, anunciou na terça-feira a instituição de ensino de Macau. Além de “promover o intercâmbio no ensino da língua portuguesa entre as universidades” de Macau e do interior da China, o concurso quer “incentivar os estudantes” de português a “participarem na prática da tradução e descobrir talentos de qualidade” nesta área, de acordo com um comunicado da UM. Um total de 84 estudantes de 26 universidades dos dois lados da fronteira vão participar no evento, que teve a primeira edição em Outubro de 2019. Em 2022, 51 instituições de ensino superior ofereciam programas de língua portuguesa no interior da China, segundo uma compilação divulgada pelo académico da Universidade Politécnica de Macau Manuel Duarte João Pires nesse mesmo ano. No caso de Macau, são cinco universidades com programas de português.
Hoje Macau SociedadePJ | Sub-director afirma que jogo ilegal foi erradicado O sub-director da Polícia Judiciária, Sou Sio Keong, afirmou ontem que vários crimes relacionados com jogo estão actualmente em níveis mais baixos do que em 2019, com particular destaque para o crime organizado de exploração de jogo ilegal, que o responsável diz ter “basicamente desaparecido”. Em declarações à TDM – Rádio Macau, o sub-director da PJ, revelou que desde que entrou em vigor a lei que criminalizou a troca de dinheiro ilegal, no final de Outubro, até à passada sexta-feira, foram identificados 25 casos pelas autoridades, que resultaram na detenção de 38 pessoas. No total, estes casos levaram à apreensão de mais de 3 milhões de dólares de Hong Kong e fichas no valor de 1,1 milhões de dólares de Hong Kong. O responsável revelou também que o crime de burla com ingressos para espectáculos em Macau tem aumentado nos últimos meses e que está a ser equacionada a introdução de dados pessoais nos bilhetes para identificar o espectador e prevenir a revenda a preços inflacionados.
Hoje Macau Manchete SociedadeMacau Legend | Oposição de Cabo Verde quer esclarecimentos O partido liderado por Julião Varela defende que é necessário “clarificar o que acontecerá, tendo em conta os investimentos já realizados” pela empresa ligada a David Chow e Levo Chan O PAICV, maior partido da oposição cabo-verdiana, instou o Governo de Cabo Verde a esclarecer a reversão do projecto turístico da Macau Legend Development (MLD), apelando a um diálogo com a população e a autarquia da capital para encontrar alternativas. “Seguramente faltarão muitas outras informações”, afirmou o secretário-geral do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), Julião Varela, considerando que o Governo anunciou, há meses, em Macau, que estava a procurar novos investidores para o empreendimento que incluía o ilhéu de Santa Maria. “Com a resolução do contrato, é evidente que todas as possibilidades de negociação foram esgotadas. Agora, importa clarificar o que acontecerá, tendo em conta os investimentos já realizados”, sustentou. Para o PAICV, “é necessário que haja um forte diálogo”, que deve envolver a Câmara Municipal da cidade da Praia e os cidadãos na procura por soluções. Em resposta aos pedidos de esclarecimento, o Governo cabo-verdiano reconheceu ir analisar alternativas ao empreendimento turístico e de jogo da Macau Legend, que prometia mudar a face da capital, Praia, um dia depois de terminar os contratos, justificando-se com incumprimento dos investidores. “O Governo estará a analisar soluções alternativas para o referido Projeto de Requalificação da Gamboa e do Ilhéu de Santa Maria”, lê-se num comunicado. De “boa-fé” Na mesma nota, o Governo referiu ter agido “de boa-fé”, ao enviar “várias cartas à MLD, dando-lhe inúmeras oportunidades de retoma das obras, paradas há cerca de três anos, para negociar a venda das acções ou a cedência da sua posição contratual a um potencial interessado”, acrescentou. O desfecho acabou por ser “a resolução das convenções de estabelecimentos e dos contratos delas derivados, com a reversão dos bens”, publicados na segunda-feira, em Boletim Oficial da República. “Até à presente data, foram efectivamente concretizados um edifício com oito pisos”, que permanece vazio, “e uma ponte de ligação ao Ilhéu de Santa Maria”, numa zona da marginal da Praia que tem permanecido vedada. Na segunda-feira, o Governo cabo-verdiano declarou que a MLD violou “de forma flagrante e reiterada” as obrigações num investimento turístico e de jogo, na Praia, ao justificar a sua resolução e reversão, publicadas na segunda-feira. Assinado em 2015, o acordo com David Chow previa um investimento de 250 milhões de euros, cuja primeira pedra foi lançada em 2016. O plano envolvia a construção de uma estância turística com uma área de 152.700 metros quadrados, marina, hotel com casino – estrutura construída, mas que continua vazia e fechada – e várias instalações para restaurantes e bares. Em Setembro deste ano, durante audiência prévia, a MLD negou qualquer culpa no processo, atribuindo os atrasos à pandemia da covid-19, argumento rejeitado pelo Governo.
João Luz SociedadeEconomia | Volume de negócios a retalho caiu 17% até Setembro Nos primeiros três trimestres do ano, o volume de negócios dos estabelecimentos do comércio a retalho caiu 16,9 por cento, fixando-se em 53,48 mil milhões de patacas, o equivalente a 95 por cento do resultado obtido no mesmo período de 2019. Os sectores mais afectadas pela crise nos primeiros nove meses do ano foram os negócios de relógios e joalharia, artigos de couro e artigos de comunicação, que registaram quebras anuais de 26,6, 24,4 e 24,3 por cento, respectivamente. Por outro lado, a venda de automóveis aumentou 14,4 por cento nos primeiros três trimestres do ano. A Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) acrescenta que “eliminados os factores que influenciam os preços”, o volume de vendas do comércio a retalho caiu 21,2 por cento nos primeiros três trimestres deste ano, face ao mesmo período de 2023. Segundo dados divulgados ontem pela DSEC, no terceiro trimestre deste ano, os negócios do comércio a retalho cifraram-se em 16,59 mil milhões de patacas, o que representou um aumento de 2,5 por cento face ao trimestre anterior, mas uma quebra anual de 15,5 por cento. Os negócios de relojoaria e joalharia registaram a maior quebra anual no terceiro trimestre, com uma descida de 30,9 por cento, seguidos dos negócios dos artigos de couro, que desceram 26,5 por cento, seguidos dos produtos cosméticos e higiene, cujo volume de negócio caiu 23,7 por cento em termos anuais. Em relação à expectativa para o último trimestre do ano, 43,5 por cento dos responsáveis por estabelecimentos do comércio a retalho estimam que o volume de negócios continue a diminuir, enquanto 39,5 por cento antecipa estabilização.
João Luz Manchete SociedadeHengqin / Metro | Linha quase concluída e Centro Modal abre amanhã A linha de Hengqin do Metro Ligeiro deve abrir ainda este ano, ligando a Estação do Lótus ao posto fronteiriço da Ilha da Montanha. Amanhã, abre o centro modal de transportes no posto de Hengqin, com uma zona para tomada e largada de passageiros para autocarros de hotéis e casinos e praça de táxis Os últimos detalhes para a abertura da linha do Metro Ligeiro que vai ligar Macau a Hengqin estão a ser ultimados. Está previsto que a linha comece a funcionar antes do fim do ano, de acordo informação divulgada ontem pela Sociedade do Metro Ligeiro de Macau. A obra foi adjudicada à empresa estatal Nam Kwong União Comercial e Industrial, por cerca de 3,4 mil milhões de patacas. Num comunicado divulgado ontem, a empresa afirma que a linha proporcionará aos cidadãos ou turistas que se desloquem ao Posto Fronteiriço de Hengqin uma “opção de viagem confortável e rápida, facilitará a circulação de pessoas e o intercâmbio económico e dará um novo impulso à integração de Macau no desenvolvimento da Grande Baía”. O projecto, que arrancou em Abril de 2021, liga a Estação do Lótus da Linha da Taipa à Ilha da Montanha, através do Canal de Shizimen. A linha que liga as duas estações tem um comprimento de 2,2 quilómetros, dos quais 900 metros são em túnel subaquático. A estação de Hengqin está situada no piso subterrâneo do posto fronteiriço para a Ilha da Montanha. Pela estrada fora As direcções dos serviços para os Assuntos de Tráfego e de Obras Públicas anunciaram ontem a conclusão da obra de remodelação da plataforma do centro modal de transportes do 2.º andar do lado de Macau do Posto Fronteiriço de Hengqin e a abertura ao público a partir de amanhã às 10h. A entrada em funcionamento da plataforma irá acrescentar uma zona de tomada e largada de passageiros para automóveis ligeiros e autocarros de hotéis e casinos, e uma praça de táxis. Foi também criada uma zona para autocarros transfronteiriços. A obra de remodelação do centro modal foi adjudicada à Companhia de Engenharia e de Construção da China (Macau) por cerca de 194,5 milhões de patacas, mas somados os custos com controlo de qualidade, fiscalização, elaboração e apreciação do projecto e obras de demolição a factura ultrapassa os 214 milhões de patacas. A plataforma será servida directamente pelas carreiras especiais do 25B (25BS), 50, 102X, 701X, carreira nocturna 6, e pelos autocarros com paragens na periferia da (15, 21A, 25, 26, 26A, carreira nocturna 3).
Hoje Macau SociedadeDengue | Registado 32.º caso importado este ano Os Serviços de Saúde confirmaram na segunda-feira a detecção de um caso de febre de dengue, o 32.º caso importado em Macau este ano. O doente é um homem de 66 anos de idade, residente de Macau, na Rua Direita do Hipódromo. O indivíduo esteve no distrito Heshan, em Jiangmen, de 7 a 16 de Novembro, onde começou a sentir sintomas como febre e dores musculares generalizadas. Quando chegou a Macau, dirigiu-se às urgências do Hospital São Januário para receber tratamento. As análises sanguíneas confirmaram a reacção positiva à febre de dengue tipo I. Os Serviços de Saúde indicaram ontem que o doente ainda estava internado, mas em estado clínico considerado estável. Legionella | Homem infectado em estado grave Os Serviços de Saúde (SS) anunciaram ontem o 10.º caso no território de infecção por Legionella, também conhecida como doença dos Legionários, com o infectado a estar em estado crítico e ligado a um ventilador. O caso foi diagnosticado num homem não residente de Macau, de 63 anos, sem antecedentes de doença crónica, que a 7 de Novembro manifestou sintomas de febre e tosse. Nesse dia, recorreu a uma instituição médica para receber tratamento. Como não melhorou, e a situação até se agravou, no dia 17 de Novembro recorreu ao Serviço de Urgência do Hospital Kiang Wu, onde foi diagnosticado com pneumonia. Como consequência foi levado para o Centro Hospitalar Conde São Januário, onde foi diagnosticado à doença dos legionários. “Actualmente, o doente encontra-se em estado crítico e ainda tem necessidade de apoio de ventilador respiratório”, informaram os SS.
Hoje Macau SociedadeFinanças | UPM e Banco Luso Internacional assinam acordo A Universidade Politécnica de Macau (UPM) e o Banco Luso Internacional assinaram um Acordo-Quadro de Cooperação em Bolsas de Estudo, abrindo portas à “cooperação na formação de talentos, ensino e investigação e transformação de resultados, de modo a formar conjuntamente quadros qualificados para o sector financeiro de Macau”. O reitor da UPM, Marcus Im, afirmou que a universidade se dedica à formação de quadros técnico-profissionais que amem a pátria e Macau, com uma visão internacional e competitividade global. O responsável indicou ainda que a criação da “Bolsa de Estudo do Banco Luso Internacional” permite a descoberta, formação e reserva de mais talentos na área financeira, injectando uma nova dinâmica no desenvolvimento do sector financeiro local e promovendo o desenvolvimento diversificado da economia de Macau.
João Luz Manchete SociedadeHabitação | Vendas em Outubro quase duplicam em termos anuais No mês passado, foram vendidas 253 fracções autónomas para habitação, mais 60 do que em Setembro e quase o dobro das transacções registadas em Outubro de 2023. Se por um lado, as vendas aumentaram, o preço médio por metro quadrado continua a descer. Face a 2022, o custo da habitação caiu 28,5 por cento O passado mês de Outubro fez brilhar uma luz ao fundo do túnel em que o mercado do imobiliário para habitação entrou nos últimos anos. De acordo com as estatísticas referentes à liquidação do imposto do selo por transmissões de bens, da Direcção dos Serviços de Finanças (DSF), 253 casas foram vendidas no mês passado, mais 60 do que em Setembro, representando um aumento mensal de 31 por cento. Em termos anuais, o crescimento é ainda maior, 88,8 por cento, com as vendas em Outubro deste ano a acrescentarem 119 fracções ao registo de Outubro de 2023. Do total de vendas no mês passado, mais de dois terços (72,3 por cento) foram referentes a fracções localizadas na península de Macau, onde se concentram os apartamentos com menor área e preços mais acessíveis. Importa indicar que no mês passado só as vendas na península de Macau, deixando de fora Taipa e Coloane, ultrapassaram em quase meia centena o registo do território inteiro da RAEM em Outubro de 2023. Destas 183 casas vendidas na península, as zonas onde o mercado imobiliário esteve mais activo foram Areia Preta (incluindo novos aterros) e Iao Hon, onde se registaram 46 transacções, e o ZAPE. Na ilha da Taipa, quase todas as fracções vendidas aconteceram na zona da Baixa da Taipa, com 42 vendas num total de 57. Em Coloane, foram vendidas 13 fracções. Metros ao quadrado Os dados divulgados pela DSF mostram que o preço médio por metro quadrado continua em retracção. No passado mês de Outubro, o metro quadrado de uma casa custou 79.641 patacas, uma ligeira descida (0,92 por cento) face a Setembro, quando o metro quadrado tinha um preço de 80.384 patacas. Apesar da ligeira quebra mensal, a área útil das fracções vendidas aumentou, passando de 77 metros quadrados em Setembro, para 89 metros quadrados no mês passado. As discrepâncias acentuam-se à medida que recuamos no tempo. Comparando os preços com Outubro do ano passado, os dados da DSF mostram uma depreciação de 6,4 por cento, face às 85.132 patacas que custava em média um metro quadrado. A diferença torna-se ainda mais contrastante quando se comparam os dados do último Outubro com o mesmo mês de 2022, altura em que o mercado imobiliário para habitação aprofundou a crise, com a quebra a situar-se em 28,5 por cento. Apesar de em Outubro de 2022 se terem vendido menos casas do que no mesmo mês em 2019, há dois anos o preço médio do metro quadrado era quase 10 por cento superior ao último Outubro antes da pandemia da covid-19.
Hoje Macau SociedadeGrande Prémio | Trabalhador sofre queda Um trabalhador com 54 anos teve de ser transportado para o hospital, depois de sofrer uma queda em altura de 1,7 metros, ao desmontar uma barreira da pista do Grande Prémio de Macau. O acidente aconteceu na segunda-feira, quando o trabalhador escorregou e caiu. O homem apresentou lesões no queixo e costas e foi enviado de urgência para Centro Hospitalar Conde São Januário, onde recebeu tratamento. Após a ocorrência, a Direcção de Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) deslocou-se ao local para investigar a situação, mas de acordo com o jornal Ou Mun recusou fazer qualquer comentário à imprensa. O Grande Prémio de Macau é organizado pelo Governo, através da Comissão Organizadora.
Hoje Macau SociedadeTurismo | Associação quer turistas com maior poder de compra O presidente da Associação Económica de Macau, Lau Pun Lap, defende a necessidade de o território atrair turistas com maior poder de consumo. As declarações foram prestadas ao Jornal Ou Mun, em reacção à taxa de crescimento de 11,5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) de Macau, entre Janeiro e Setembro. De acordo com Lau, apesar de as autoridades estarem a conseguir atrair cada vez mais visitantes para o território, o poder de compra está em quebra face ao que acontecia antes da pandemia, dado que os turistas se apresentam “mais prudentes”, e menos propensos para gastar. Por isso, Lau defende que devem ser adoptadas estratégias para promover um maior consumo, a curto, médio e longo prazo, dada a necessidade de desenvolver de forma sustentada a economia. Em relação ao crescimento do PIB para o que resta do ano, Lau mostrou-se confiante de que poderá haver uma aceleração, dado que o quatro trimestre inclui grandes eventos como o Grande Prémio ou a Semana Dourada.
Andreia Sofia Silva SociedadeDSEC | Restaurantes japoneses com subida nos negócios Dados da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) mostram que o volume de negócios dos restaurantes japoneses tem vindo a registar uma melhoria. Em termos mensais, entre Setembro e Agosto, o volume de negócios de restaurantes com comida japonesa e coreana subiu 0,6 por cento, sendo que em termos anuais, ou seja, entre Setembro deste ano e Setembro do ano passado, a subida foi de 15,5 por cento. Em termos mensais, o volume de negócios dos restaurantes em Setembro caiu 9,4 por cento face a Agosto, por terem terminado as férias de verão. No mês em análise, a quebra do volume de negócios foi de 5,5 por cento face a Setembro de 2023. Em relação ao ramo do retalho, a quebra em termos mensais foi de 16,5 por cento, enquanto em termos anuais os negócios contraíram 20,7 por cento. A maior quebra, em termos anuais, foi no volume de negócios na área dos relógios e joalharia, na ordem dos 37,5 por cento, sendo que a venda dos artigos de couro caiu 25,4 por cento. Por sua vez, o volume dos negócios dos automóveis cresceu 1,9 por cento. A DSEC entrevistou ainda vários proprietários sobre as expectativas de negócio para Outubro, quando ocorreu a Semana Dourada. Cerca de 42 por cento dos proprietários de restaurantes disseram esperar um crescimento dos negócios em Outubro, sendo que “a proporção dos proprietários dos restaurantes chineses e a dos proprietários dos restaurantes ocidentais atingiram 55 e 48 por cento, respectivamente”. Além disso, “cerca de 14 por cento dos proprietários da restauração anteviram decréscimos mensais no volume de negócios para Outubro”.
Hoje Macau SociedadeMarketing | Académico defende ofertas de luxo personalizadas O académico Matthew Liu Ting Chi defendeu que os negócios de luxo do território em dificuldades devem apostar em Macau e no Interior e numa oferta mais personalizada para manter os clientes actuais. A recomendação do professor de marketing da Universidade de Macau surge num artigo publicado ontem no Jornal Ou Mun. Para Matthew Liu, professor de marketing, face a um abrandamento das vendas a retalho de luxo, os negócios devem evitar baixar a qualidade dos produtos oferecidos ou resistir à tentação de baixarem de segmento, e, em vez disso, fazer ofertas mais atraentes, a nível do preço, para os clientes existentes. “A oferta de uma gama mais baixa com margens de lucro mais reduzidas pode ser eficaz no início, mas pode causar danos para o posicionamento do negócio que afectam o desenvolvimento a longo prazo, por isso, exige-se muita cautela”, vincou. O académico sugere também aos negócios de luxo que apostem em colaborações com os bancos e hotéis do território, para fornecerem estas instituições com presentes que podem ser oferecidos aos clientes. “É um mercado discreto e estável, com uma escala limitada, mas com um forte poder de consumo, e que merece um grande esforço de investigação e investimento”, apontou Liu. Entre as sugestões, consta também a “organização de seminários sobre estilos de vida de luxo, como vinhos, menus de degustação, ou de colecção de artigos de luxo em Macau e Zhuhai” para chegar à classe médio mais alta e “potenciais clientes de luxo”.
Hoje Macau Manchete SociedadeEconomia de Macau cresce 11,5% até Setembro A expansão da economia no terceiro trimestre sofreu uma desaceleração, mas o mercado do jogo continua a fazer crescer o produto interno bruto do território A economia de Macau cresceu 11,5 por cento até Setembro, em comparação com igual período do ano passado, graças à retoma do jogo, apesar de uma desaceleração no terceiro trimestre, disseram ontem as autoridades. Na primeira metade do ano, em termos anuais, o produto interno bruto (PIB) tinha crescido 15,7 por cento. Entre Janeiro e Setembro, o PIB de Macau atingiu 301 mil milhões de patacas, adiantou ontem a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). A economia de Macau tinha voltado a crescer em 2023, com o PIB a subir 80,5 por cento, graças ao fim da política ‘zero covid’ e a retoma do turismo, invertendo uma contracção de 21,4 por cento em 2022. A China levantou a 6 de Fevereiro de 2023 todas as restrições devido à pandemia de covid-19 nas deslocações para Hong Kong e Macau, permitindo o reinício das excursões organizadas para as duas cidades. Em resultado, o benefício económico das apostas feitas por visitantes em casinos aumentou 28,4 por cento em termos anuais nos primeiros nove meses de 2024, sublinhou a DSEC, em comunicado. Pelo contrário, o benefício económico dos outros serviços turísticos caiu 6,1 por cento. Macau recebeu entre Janeiro e Setembro 25,9 milhões de visitantes, mais 30,1 por cento do que no mesmo período do ano passado, enquanto as receitas do jogo cresceram 31,3 por cento, para 169,4 mil milhões de patacas. A DSEC destacou ainda uma subida no investimento privado, incluindo acréscimos de 31,5 por cento no investimento em equipamento e de 11,6 por cento do investimento em construção, devido à “melhoria constante do ambiente de negócios” em Macau. Mais consumo O consumo privado aumentou 5,8 por cento, “graças à subida das receitas dos residentes, a qual foi impulsionada pela recuperação contínua da economia local e do mercado de trabalho”, referiu a DSEC. Pelo contrário, as despesas do Governo caíram 10,1 por cento, após o fim das medidas de apoio económico, que incluíram dar oito mil patacas a cada residente, montante que podia ser usado para efectuar pagamentos, sobretudo no comércio local. Também o investimento público em construção diminuiu 8,6 por cento, devido à conclusão de parte das obras públicas de grande envergadura, acrescentou o comunicado. A DSEC destacou que a economia de Macau, com cerca de 687 mil habitantes, representou 87,3 por cento do PIB registado na primeira metade de 2019, antes do início da pandemia. No final de Outubro, o Fundo Monetário Internacional (FMI) reviu em baixa as previsões para o crescimento da economia de Macau este ano e no próximo, num relatório em que alertou para uma crise mais prolongada no imobiliário chinês. A instituição disse acreditar que o PIB da região vai crescer 10,6 por cento em 2024, abaixo da previsão de 13,9 por cento feita em Maio. O FMI reviu também em baixa, de 9,6 por cento para 7,3 por cento, a previsão para o crescimento da economia de Macau em 2025.
Andreia Sofia Silva SociedadeTUI | Homem condenado a três anos de prisão por usar cartões falsos O Tribunal de Última Instância (TUI) decidiu manter a pena de três anos e três meses de prisão aplicada a um homem que usou vários cartões de crédito falsos em compras em Macau. O caso remonta a Novembro de 2012, quando o homem usou 18 cartões com o seu nome, falsos, e outros três com outros nomes, também falsos. O homem só foi descoberto quando, numa casa de penhores, o funcionário desconfiou da autenticidade do cartão e chamou a polícia. O homem foi considerado culpado da prática dos crimes de “passagem de moeda falsa em concerto com o falsificador”, incorrendo numa pena por cúmulo jurídico de três anos e três meses. O arguido recorreu junto do TUI por considerar que a pena era demasiado pesada, pois já tinha cumprido dois anos de prisão num outro processo devido a factos conexos. Este obteve a liberdade condicional e foi viver para a Malásia por um período de cinco anos. O homem entendeu que a pena devia ser mais curta por “não terem sido considerados plenamente os factos e as circunstâncias que depuseram a favor dele”. Porém, o TUI decidiu manter a pena aplicada pelo Tribunal de Segunda Instância.
João Luz SociedadeJogo | Studio City acolheu um dos maiores apostadores de sempre Apesar de Novembro ser normalmente um mês com menos movimento nas mesas de jogo dos casinos de Macau, por vezes surgem excepções à regra. Analistas do banco Citigroup revelam que este mês jogou em Macau “a maior baleia alguma vez vista” desde que são realizados relatórios mensais à indústria local, ou seja, desde 2017. A expressão baleia costuma designar jogadores que façam apostas a partir de 100 mil dólares de Hong Kong (HKD). Aquele que será, por certo, um dos apostadores do ano, jogou 2,2 milhões de HKD no Signature Club, situado na Epic Tower do Studio City, que pertence ao portfolio de propriedades da Melco Resorts & Entertainment Ltd. Durante a sessão, o apostador jogou uma mão de “Lucky 7”, numa aposta lateral, no valor de 200 mil HKD. O montante das apostas da “grande baleia” representou cerca de 18 por cento do valor total das apostas observadas no último relatório do banco, que rondou os 12,2 milhões de HKD. Mudanças no mercado O episódio da “grande baleia” não é um caso isolado, de acordo com a avaliação dos analistas do Citigroup, que refere que a Melco Resorts está numa fase ascendente, aumentando a sua fatia no mercado de massas premium. Uma evolução que surge em contra-ciclo com a erosão detectada por alguns analistas em termos de quota de mercado neste mês. A Citigroup salienta o crescimento do segmento de massas premium, que chegou a 12,2 milhões de HKD no início do mês, o que reflecte um crescimento de 29 por cento em termos anuais impulsionada pela “qualidade dos jogadores e melhorias quantitativas”. Durante o período em análise, foram registados 514 jogadores do segmento de massas premium, o que representa uma subida anual de 21 por cento. No relatório deste mês, os analistas George Choi e Timothy Chau referem que o número de “baleias” subiu para 21, face às 18 registadas no mesmo período do ano passado. Porém, a maior discrepância verificou-se nas apostas médias por “baleia”, que chegaram a quase a 270 mil HKD, ou seja, mais 73 por cento do valor de Novembro do ano passado.
João Luz Manchete SociedadeMUST | Diplomas falsos levam à detenção de quatro alunos A Polícia Judiciária revelou ontem ter detido, no fim de Outubro, quatro estudantes suspeitos de falsificar habilitações académicas do ensino secundário para ingressar na MUST. Os restantes 20 alunos estão em parte incerta, mas foi pedido auxílio às autoridades do Interior. Os suspeitos arriscam penas de prisão até três anos Quatro dos 24 alunos suspeitos de terem falsificado diplomas de conclusão do ensino secundário para entrar na Universidade de Ciências e Tecnologia de Macau (na sigla em inglês MUST), foram detidos, indicou ontem a Polícia Judiciária (PJ). Apesar de o caso só ter sido revelado na sexta-feira, depois de ter sido noticiado por meios de comunicação de Hong Kong, a PJ confirmou ontem ter detido os quatro estudantes no passado dia 31 de Outubro, bem antes da apresentação da queixa por responsáveis da MUST. Os alunos detidos, dois jovens do sexo masculino e duas raparigas, têm idades compreendidas entre 18 e 19 anos, e são oriundos de Hebei, Shenzhen, Zhejiang e Jiangxi. A PJ revelou ainda que antes das detenções, já corria uma investigação ao caso onde foi apurado que 20 dos alunos suspeitos de submeter documentação falsa teriam fugido de Macau. Além dos estudantes, também os pais estão a ser investigados pelas autoridades, por suspeitas de terem recorrido a intermediários no Interior da China para obter os certificados de habilitações falsos. As autoridades de Macau pediram a colaboração das congéneres chinesas para a investigação e para determinar o paradeiro dos suspeitos em fuga. Coisas sérias A PJ terá recebido queixa de um representante da MUST que alertou para a notificação da Autoridade de Exames e Avaliação de Hong Kong que deu conta da suspeita de uso de certificados falsos que acabaram por ser usados na admissão a licenciaturas na universidade local. A polícia recordou que a falsificação ou utilização de diplomas académicos e resultados de avaliações constitui um crime de “falsificação de documentos”, punível com pena de prisão até três anos em caso de condenação. Os representantes da PJ fizeram também um alerta para a gestão de carreira de jovens em idade de ingresso na universidade. Segundo o jornal Ou Mun, as autoridades sublinharam a importância de respeitar a lei, porque pior do que ter menos habilitações académicas é ter registo criminal no currículo. Apesar de a PJ ter revelado que a investigação já durava, pelo menos, desde o fim do mês passado, a Direcção dos Serviços de Educação e Desenvolvimento da Juventude confirmou a situação apenas no sábado, depois do caso ter sido noticiado em Hong Kong. O organismo liderado por Kong Chi Meng indicou no sábado que iria comunicar com as autoridades policiais sobre o caso, mais de duas semanas depois de terem sido detidos quatro suspeitos.
Hoje Macau SociedadeDengue | Anunciado 31.º caso importado Os Serviços de Saúde (SS) anunciaram ontem o 31.º caso importado de febre de dengue registado em Macau este ano, o que em conjunto com os nove casos locais faz subir para 40 o número de ocorrências no território. De acordo com os SS, “o caso foi detectado num homem de 60 anos, residente, que mora na Estrada de Coelho do Amaral”, e que durante o período de incubação foi à cidade de Zhongshan, no Interior. Na quarta-feira passada, o homem apresentou sintomas como febre, dor de cabeça e dores musculares generalizadas que se agravaram para erupções cutâneas nas mãos e nos pés, no dia seguinte, o que levou a que fosse ao Serviço de Urgência do Centro Hospital Conde São Januário. A confirmação sobre a infecção chegou na sexta-feira e foi anunciada ontem, em português. O estado do homem é considerado “estável” e os familiares não apresentaram quaisquer sintomas. Legionella: sexto caso de infecção Um homem com 74 anos foi diagnosticado como o sexto caso de legionella em Macau desde o início do ano, de acordo com um comunicado dos Serviços de Saúde (SS). Os SS foram notificados na passada quinta-feira, 15 de Novembro, depois do caso ter sido detectado no Centro Hospitalar Conde de São Januário. O homem tem antecedentes de doenças crónicas, e manifestou sintomas de febre e tosse a 10 de Novembro, tendo ido nesse dia a uma instituição médica. No dia 15 de Novembro, devido à persistência dos sintomas, dirigiu-se ao Serviço de Urgência do CHCSJ onde acabou por ser finalmente diagnosticado com aquela que também é conhecida como a doença dos templários. O local da infecção não foi indicado, mas o comunicado aponta que o doente viajou para a cidade de Foshan, na província de Guangdong, com a família, de 2 a 3 de Novembro. Os outros viajantes e familiares com quem coabitou não se sentiram indispostos.
Hoje Macau Sociedade“Man-yi” | Tempestade “passa a 350 km de Macau A tempestade tropical “Man-yi” vai cruzar hoje o ponto mais próximo do território, a cerca de 350 km a sul de Macau, de acordo com a trajectória prevista ontem pelos Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG). As autoridades estimavam a probabilidade de emitir o sinal 3 de tempestade tropical esta manhã como “moderada a relativamente alta”. A influência conjunta da tempestade tropical e da monção de nordeste deverá trazer hoje ventos fortes, “atingindo o nível 6 da Escala de “Beaufort”, com rajadas e alguns aguaceiros”. Por outro lado, a influência da maré astronómica e ventos fortes, poderá causar um aumento do nível das águas nas zonas costeiras, e resultar em “inundações em zonas baixas do Porto Interior com altura igual ou inferior a meio metro. Segundo a trajectória prevista pelas autoridades, a tempestade “Man-yi” irá atravessar a parte setentrional do Mar do Sul da China nos próximos dias, deslocar-se depois para sudoeste, enquanto enfraquece gradualmente.
João Santos Filipe Manchete SociedadeCovid-19 | Impacto no pessoal de saúde durou mais de um ano Um estudo realizado em Macau por 14 académicos alerta para os efeitos prolongados da pandemia da covid-19 ao nível do estado mental do pessoal de saúde das instituições privadas Durante a pandemia da covid-19, os trabalhadores das instituições de saúde privadas em Macau mostraram sinais de ansiedade, problemas de sono e depressão, que se prolongaram durante mais de um ano. É esta a conclusão de um estudo publicado na revista World Journal of Psychiatry, com o título “Influence of the continuing COVID-19 epidemic on sleep quality and psychological status of healthcare workers in private institutions”, que recomenda um acompanhamento duradouro desta classe profissional. A investigação dos académicos de instituições como Universidade de Ciência Tecnologia de Macau, Universidade de Medicina Chinesa de Guangzhou ou da Associação dos Investigadores Praticantes e Promotores da Medicina Chinesa de Macau, teve por base dois inquéritos com profissionais de saúde em instituições de Macau. O primeiro inquérito foi realizado entre Dezembro de 2020 e Janeiro de 2021, contando com 224 participantes, e o segundo entre Novembro de 2021 e Janeiro de 2022, contabilizando 239 inquiridos. O primeiro caso de covid-19 na RAEM foi identificado em Janeiro de 2020. “A qualidade do sono, ansiedade e depressão nos trabalhadores da área da saúde nas instituições privadas de Macau foram afectadas pela epidemia da covid-19. Enquanto não se pode dizer que estes factos não se degradaram de forma significante, o estudo mostra que os efeitos negativos se prolongaram por mais de um ano, pelo que merecem atenção”, foi concluído. Níveis de depressão De acordo com os resultados apurados, na primeira fase do inquérito 32 por cento dos profissionais de saúde apresentava distúrbios de sono. No segundo inquérito, houve uma redução, mas que não deixou de se aproximar dos 30 por cento, para 28,45 por cento dos inquiridos. No que diz respeito à ansiedade, foi apurado que na primeira fase 31,25 por cento dos profissionais de saúde viviam com ansiedade, um número reduzido para 28,03 por cento na segunda fase. O estudo não entra em detalhes sobre se eram graus graves ou ligeiros de ansiedade, indicando apenas haver “vários graus de ansiedade”. Finalmente, o estudo indica ainda que alguns destes sintomas estão ligados a estados depressivos. Ao contrário da tendência para os outros factores analisados, na segunda fase a depressão tornou-se mais presente, ainda que de forma muito ligeira: “50,00 por cento dos profissionais de saúde no inquérito da primeira fase e 50,63 por cento na segunda fase sofreram graus variáveis de depressão”, foi apontado. Face à persistência de mais de um ano dos sintomas, os académicos recomendam às autoridades um acompanhamento da situação de saúde desta classe: “Recomenda-se um acompanhamento regular como medida padrão para identificar problemas contínuos, prestar apoio adequado e alargar o inquérito a todos os profissionais de saúde”, é destacado.