Hoje Macau SociedadePJ | Apreendidas metanfetaminas no valor de 2,1 milhões de patacas Dois homens da Malásia foram detidos ao entrar em Macau, pela Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, na posse de 718 gramas de metanfetaminas, avaliadas em 2,15 milhões de patacas. A operação da Polícia Judiciária (PJ) foi revelada ontem. Os homens estavam a utilizar Macau como ponto de passagem, uma vez que o destino final foi indicado pelas autoridades como “um país na Oceânia”. De acordo com o jornal Ou Mun, um dos detidos tem 21 anos e declarou ser vendedor ambulante. O outro, tem 33 anos e afirmou encontrar-se desempregado. Após a detenção, os dois homens confessaram o crime e afirmaram que tinham recebido 19 mil patacas de uma rede internacional de tráfico de drogas. O montante de 19 mil patacas teria depois de ser dividido pelos dois e apenas seria recebido quando as drogas chegassem ao destino final. A detenção aconteceu quando o detido mais novo tentou entrar em Macau. Na sua bagagem foram encontrados três sacos com as metanfetaminas. Após o colega ser abordado pelas autoridades, o detido de 33 anos tentou deixar rapidamente o local, mas como estava a ser controlado acabou também por ser detido. Os dois homens confessaram ainda que uma vez entrados em Macau, o objectivo passava por se dirigem ao aeroporto e deixarem a RAEM. A PJ indicou ir continuar a investigar o caso para apurar a proveniência dos estupefacientes.
João Santos Filipe Manchete SociedadeTJB | António vence processo e tem direito às suas marcas Ainda antes de falecer, a 12 de Outubro, o cozinheiro António Coelho venceu mais uma batalha jurídica contra o Grupo António, que actualmente explora o restaurante fundado pelo chef português O Grupo António, detido pela Sniper Capital, perdeu em tribunal a acção que visava impedir que o cozinheiro utilizasse duas marcas: uma com o seu nome e outra com a sua imagem de perfil. A decisão do Tribunal de Judicial de Base (TJB) foi divulgada na segunda-Feira, pelo Canal Macau, e terá sido tomada ainda antes de António Coelho morrer, a 12 de Outubro. O processo foi iniciado pelo Grupo António, detido pela Sniper Capital, e que explora o restaurante fundado por António Neves Coelho e o objectivo passava por retirar de António Coelho o direitos de utilizar as marcas, por estarem intimamente ligadas ao espaço comercial. O grupo considerava que o cozinheiro se tinha apropriado de símbolos criados em conjunto. Além disso, a empresa revelava que apenas em 2020 se tinha apercebido que as marcas tinham sido registadas exclusivamente em nome do cozinheiro português. Por este motivo, o grupo considerava que António tinha “traído a confiança” da empresa com a qual tinha desenvolvido as marcas, pelo que o grupo pretendia ficar com a totalidade dos direitos sobre as duas marcas. No caso de ser impossível que lhe fosse atribuída a totalidade dos direitos, o Grupo António pedia que o registo das marcas fosse cancelado. O outro lado Por sua vez, António Coelho argumentava que os símbolos eram associados ao cozinheiro e não ao restaurante. O chef considerava também que a sua reputação como cozinheiro era um dos factores que atraía a clientela para o espaço. Agora, o Tribunal Judicial de Base recusou o pedido do grupo, que fica impedido de utilizar as duas marcas em causa. No entender do tribunal, António sempre utilizou as marcas em nome próprio. Por esse motivo, o TJB considerou que o grupo está proibido de utilizar a marca com a assinatura, assim como a marca com o perfil. Nas redes sociais do restaurante há meses que a marca com a assinatura do chef deixou de ser utilizada. A decisão ainda não terá transitado em julgado pelo que pode ser alvo de recurso para o Tribunal de Segunda Instância. O Canal Macau revelou também que a decisão é anterior ao óbito do chef, mas que a notificação apenas chegou ao advogado dois dias depois do falecimento. Esta foi a segunda vitória do chef contra o Grupo António nos tribunais da RAEM. O primeiro processo surgiu logo em Abril de 2020, na altura da pandemia, quando António foi despedido do grupo. Na altura, desempenhava as funções de embaixador e não de cozinheiro. Depois de ter sido abordado para baixar o salário várias vezes, o cozinheiro terá sempre recusado o que lhe valeu o despedimento, entre acusações de faltar ao trabalho sem justificação. A questão ficou resolvida em Novembro de 2021, quando o Tribunal de Última Instância considerou que o despedimento tinha sido feito sem justa causa.
Hoje Macau SociedadeCasa Sun Yat Sen | Taiwan investe 1,9 milhões de patacas No próximo ano, as autoridades de Taiwan vão gastar cerca de 1,9 milhões de patacas com a manutenção da Casa Comemorativa Sun Yat Sen. A revelação, de acordo com o portal Storm Media Group, surgiu no âmbito das discussões no parlamento sobre o orçamento da antiga Formosa para 2026. A medida não deixou de causar polémica, dado que este valor representa um aumento superior a 300 por cento em comparação com os gastos do ano em curso, que se ficaram pelas 470 mil patacas. Os representantes do Executivo local explicaram a diferença com o facto de a Casa Comemorativa Sun Yat Sen ter passado a ser património classificado na RAEM, o que torna obrigatório que os planos de manutenção sejam aprovados pelo Instituto Cultural. Este aspecto conduziu a um aumento dos custos de manutenção. A justificação foi aceite, mas não deixou de causar polémica, dado que os deputados da oposição esperavam que as autoridades de Taiwan tivessem apresentado o plano com as obras a realizar. A Casa Comemorativa Sun Yat Sen tem como proprietário o Conselho dos Assuntos do Interior, através da empresa APHS Serviços de Viagem de Hong Kong. Foi construída em 1912, como residência de Lu Muzhen, primeira mulher do homem conhecido como o “Pai da China Moderna”. Apesar de Sun se ter divorciado da mulher em 1915, para casar com Soong Ching-ling, uma das três irmãs Soong e mais tarde uma das figuras em destaque no Partido Comunista Chinês, Lu e os filhos permaneceram na residência de Macau. Foi nesta habitação que Lu Muzhen morreu, em Setembro de 1952, então com 85 anos de idade.
Hoje Macau SociedadeDSAMA | Praias sem vigia desde fim de Outubro As praias do território deixaram de ter vigia em Novembro por ter chegado ao fim a época balnear. O aviso em português foi emitido ontem pela Direcção dos Serviços de Assuntos Marítimos e de Água (DSAMA), quatro dias depois de as praias deixarem de ter vigilância. “A partir desta data [31 de Outubro], os nadadores-salvadores deixarão de estar presentes nas praias, os postos de primeiros socorros suspenderão as suas operações e a Direcção dos Serviços de Assuntos Marítimos e de Água procederá à remoção das boias que delimitam as zonas balneares”, foi indicado. “A DSAMA apela ao público que adopte cuidados redobrados e tenha especial atenção à segurança ao nadar, brincar na água ou praticar actividades aquáticas em praias não vigiadas”, foi acrescentado. A mesma fonte indica que durante a época balnear deste ano foram prestados “169 atendimentos paramédicos”, não detalhados, nas praias de Hác Sá e Cheoc Van. “Após o encerramento da época balnear, a DSAMA prosseguirá com inspecções regulares às praias e às zonas costeiras”, foi prometido. “Uma vez que os nadadores-salvadores deixam de estar de serviço fora da época balnear, a DSAMA exorta os utilizadores das praias a suspenderem todas as actividades aquáticas sempre que sejam emitidos avisos de bola preta ou em caso de condições meteorológicas adversas, de modo a preservar a segurança”, foi alertado.
João Santos Filipe Manchete SociedadeFDC | Distribuídos 26 milhões no terceiro trimestre A maior parte do dinheiro destinado ao desenvolvimento da cultura visou o subsídio das actividades de celebração do 80.º aniversário da vitória na guerra contra a invasão japonesa Entre Julho e Setembro, o Fundo de Desenvolvimento da Cultural atribuiu 26 milhões de patacas em subsídios para promover a cultura local. Os dados foram revelados ontem, através do portal da Direcção dos Serviços da Supervisão e da Gestão dos Activos Públicos (DSSGAP). A informação oficial mostra que em cada 10 patacas distribuídas para apoiar a cultural, sete visaram o subsídio de actividades relacionadas com as celebrações do 80.º aniversário da vitória na guerra contra a invasão japonesa. Um valor de 18 milhões patacas, entre os 26 milhões de patacas atribuídos. Da fatia de 18 milhões, os apoios mais elevados foram de 450 mil patacas atribuídos a 15 associações, para a realização de exposições, mostras de cinema com filmes nacionalistas, espectáculos de dança ou concertos. As associações China Macau Federação da Cultura Juvenil, Associação de História Educação de Macau, Associação de Promoção de Cultura Urbana de Macau e o Círculo dos Amigos da Cultura de Macau foram algumas das entidades contempladas com este tipo de apoios. Em termos de apoios singulares, o mais elevado foi atribuído à Associação de Intercâmbio de Música e Arte para Jovens de Macau, no valor de 630 mil patacas. Este pagamento serviu para cobrir a deslocação da Orquestra de Cordas da Juventude de Macau à Áustria, para participar no Festival Internacional de Música de Viena. As 630 mil patacas dizem respeito à primeira prestação do apoio financeiro, pelo que poderá haver mais pagamentos no futuro. Outros projectos Quanto aos projectos apoiados, as celebrações do 75.º aniversário da República Popular da China e do 25.º aniversário do estabelecimento da Região Especial Administrativa de Macau valeram apoios de 613,05 mil patacas. Entre os eventos apoiados constam uma exposição da Associação Audio-Visual Cut, que recebeu 30,1 mil patacas, ou a Aliança de Povo de Instituição de Macau consagrada com 93 mil patacas para realizar um sarau cultural. Em relação ao financiamento no âmbito do “Plano de Apoio Financeiro para Actividades/Projectos Culturais no ano de 2025” foram distribuídas 567,32 mil patacas, para ajudar associações na organização de eventos de ópera cantonesa ou de exposições, embora em muito dos casos cada apoio não fosse além das 2 mil patacas. Os dados oficiais mostram ainda que houve vários apoios aprovados que agora foram cancelados, num total de 2,40 milhões de patacas. O apoio cortado com maior valor atingiu 400 mil patacas e tinha sido atribuído em 2022 à Companhia de Produção de Filmes Free Dream Limitada, para a realização de uma peça de teatro com o nome “Não nos Queremos Esforçar Mais”.
Hoje Macau Manchete SociedadeHotelaria atinge um novo recorde com 10,9 milhões de hóspedes Os estabelecimentos hoteleiros acolheram mais de 10,9 milhões de hóspedes até Setembro, um novo recorde máximo para os primeiros nove meses de um ano, foi sexta-feira anunciado. De acordo com dados oficiais da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), este valor representa um aumento de 0,1 por cento em comparação com igual período de 2024. Além disso, é o número mais elevado desde que a DSEC começou a compilar estes dados, em 1998, ainda antes da transição de administração de Macau, de Portugal para a China. Com mais hóspedes, os estabelecimentos hoteleiros do território tiveram 89,3 por cento dos quartos ocupados entre Janeiro e Setembro, mais 3,9 pontos percentuais do que no mesmo período de 2024 e a taxa mais alta desde o início da pandemia de covid-19. No final de Setembro, Macau tinha 147 hotéis e pensões, mais três do que no ano passado e um máximo histórico, disponibilizando cerca de 45 mil quartos, referiu a DSEC. Mais hotéis Também no mês passado, estavam a ser construídos três hotéis, com um total de 204 quartos, e em fase de projecto mais nove, que poderão disponibilizar mil quartos, anunciou na sexta-feira a Direcção dos Serviços de Solos e Construção Urbana de Macau. A região recebeu nos primeiros nove meses 29,7 milhões de visitantes, mais 14,5 por cento do que no mesmo período de 2024 e o segundo valor mais elevado de sempre para um arranque de ano. No entanto, 58,2 por cento dos visitantes (17,3 milhões) chegaram em excursões organizadas e passaram menos de um dia na cidade. Só em Setembro, a taxa de ocupação média dos estabelecimentos hoteleiros recuou 0,1 pontos percentuais, para 84,6 pro cento, enquanto o número de hóspedes permaneceu semelhante ao mesmo mês do ano passado: 1,12 milhões. Isto apesar de os hotéis terem baixado os preços médios dos quartos para 1.270 patacas, menos 1,1 por cento do que no mesmo mês de 2024, de acordo com dados da Associação de Hotéis de Macau, que reúne 48 estabelecimentos locais. Segundo o relatório, divulgado pela Direcção dos Serviços de Turismo, a descida foi sentida sobretudo nos hotéis de três estrelas, cujo preço médio caiu 5,4 por cento, para 850 patacas. Os estabelecimentos hoteleiros de Macau acolheram mais de 14,4 milhões de hóspedes em 2024, estabelecendo um novo recorde histórico.
Hoje Macau Manchete SociedadeCasinos | Receitas atingem o máximo de seis anos Nem o impacto do Matmo, que levou a que fosse içado o sinal número 8 de tufão, impediu que em Outubro as receitas do jogo atingissem o valor de 24,1 mil milhões de patacas, um aumento anual de 15,9 por cento As receitas dos casinos subiram em Outubro 15,9 por cento em comparação com igual período de 2024, atingindo o valor mensal mais elevado dos últimos seis anos. O sector do jogo arrecadou 24,1 mil milhões de patacas no mês passado, a receita mensal mais alta desde Outubro de 2019, revelou a Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ), no Sábado. O valor foi alcançado apesar de, devido à passagem do tufão Matmo, as autoridades de Macau terem elevado o sinal de tempestade tropical para o nível 8, o terceiro mais elevado, algo que leva à suspensão dos transportes públicos, em 4 de Outubro. Algo que coincidiu com a chamada ‘semana dourada’ do Dia Nacional da China, um período de feriados que este ano se prolongou por oito dias, mais um do que em 2024, graças à proximidade do Festival do Bolo Lunar. Macau recebeu um total de 1,14 milhões de visitantes, mais 16,5 por cento do que no mesmo período de 2024, incluindo mais de 191 mil só no dia 4 de Outubro, o valor diário mais elevado para a ‘semana dourada’ de Outubro. Melhor que o esperado A subida homóloga de 15,9 por cento nas receitas em Outubro ultrapassou as expectativas dos analistas. A consultora JP Morgan Securities tinha previsto um aumento entre 3 por cento e 6 por cento, enquanto o analista da Seaport Research Partners Vitaly Umansky esperava um crescimento de 10 por cento. O valor registado em Outubro representa 91,1 por cento do atingido no mesmo mês de 2019, antes do início da pandemia de covid-19, quando os casinos de Macau tiveram receitas de 26,4 mil milhões de patacas. Em termos de receita bruta acumulada, os primeiros dez meses de 2025 registaram um aumento de 8 por cento em relação ao mesmo período do ano passado, atingindo 205,4 mil milhões de patacas. Macau fechou 2024 com receitas totais de 226,8 mil milhões de patacas, mais 23,9 por cento do que no ano anterior. O Governo previu, no orçamento inicial para 2025, que o ano iria fechar com receitas totais de 240 mil milhões de patacas, o que representaria um aumento de 6 por cento em comparação com o ano passado. Mas, em 11 de Junho, a Assembleia Legislativa aprovou um novo orçamento, proposto pelo Executivo, que reduz em 4,56 mil milhões de patacas a previsão para as receitas públicas.
Hoje Macau SociedadeAviação | Número de voos com quebra até Setembro Entre Janeiro e Setembro, o número de voos comerciais no Aeroporto Internacional de Macau apresentou uma redução anual de 3,8 por cento. Os números foram revelados na sexta-feira pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos. Até Setembro, registou-se assim um total de 40.797 voos de passageiros a utilizar o aeroporto local. Apesar desta redução, quando a comparação é feita tendo em conta apenas o mês de Setembro houve mais aviões a utilizar o aeroporto, num total de 4.256 voos. Este foi um aumento anual de 2,6 por cento, face Setembro do ano passado. Entre Janeiro e Setembro, houve também uma redução anual de 3,1 por cento no movimento de embarcações de passageiros, num total de 57.884 movimentos. Se a análise focar apenas Setembro, a redução anual foi mais significativa, de 12,5 por cento, num total de 5.373 movimentos.
Hoje Macau SociedadeInvestigação | Rita Santos afirma ter sido alvo de ataque de carácter Face ao arquivamento da investigação em Portugal devido a interferência nas Legislativa de 2024, Rita Santos considerou ter sido alvo de um ataque de carácter e afirmou ter colaborado de forma activa na investigação. “Durante todo o processo colaborei sempre de forma activa com as autoridades portuguesas na descoberta da verdade material e, com isso, na protecção do meu bom nome, honradez e carácter impoluto, suportado na confiança que a comunidade Macaense deposita em mim, a qual jamais defraudarei”, afirmou a conselheira das comunidades portuguesas com mandato suspenso, através de comunicado enviado às redacções.
Hoje Macau Manchete SociedadeDSEC | Economia acelera e desemprego diminui Ao mesmo tempo que a economia apresentou um crescimento de 8 por cento, o desemprego registou uma quebra para 1,8 por cento. No entanto, os casinos têm agora menos pessoas empregadas A economia cresceu 8 por cento em termos homólogos no terceiro trimestre, mais 2,9 pontos percentuais do que no período anterior, depois da primeira queda em dois anos, foi sexta-feira anunciado. Entre Julho e Setembro, o Produto Interno Bruto (PIB) de Macau atingiu 103,86 mil milhões de patacas, adiantou a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). Num comunicado, a DSEC sublinhou o “acréscimo contínuo das exportações de serviços, impulsionado pelo aumento notável do número de visitantes que beneficiou tanto da época alta do turismo (férias de Verão) como do desenvolvimento sustentável do ramo de actividade económica do turismo”. O benefício económico dos serviços – cuja maioria advêm do turismo, o sector que domina a economia de Macau – subiu 10,5 por cento, com a DSEC a apontar para um aumento de 13,6 por cento, para quase 10,5 milhões, no número de visitantes no terceiro trimestre. A DSEC mencionou também a “manutenção de estabilidade da despesa de consumo privado no mercado local”, que aumentou 0,8 por cento em termos homólogos. Já as despesas do Governo, subiram 2,7 por cento. Pelo contrário, o investimento em infra-estruturas e equipamento caiu 26,1 por cento, “em virtude do decréscimo do número de obras de construção privadas e públicas”, referiu a DSEC. No terceiro trimestre, a economia de Macau representava 92,6 por cento do volume económico no mesmo período de 2019, pelo que ainda está abaixo dos números pré-covid-19. A economia de Macau tinha crescido 5,1 por cento no segundo trimestre, depois de encolher 1,3 por cento entre Janeiro e Março, a primeira queda do PIB do território desde o final de 2022. Desemprego em queda As estatísticas divulgadas pela DSEC mostram também que houve uma redução do desemprego no terceiro trimestre para 1,8 por cento entre Julho e Setembro, o valor mais baixo desde Fevereiro, apesar do encerramento de dois ‘casinos-satélite’. De acordo com a DSEC, o indicador diminuiu 0,2 pontos percentuais em comparação com o período entre Junho e Agosto, com o número de desempregados a recuar em cerca de 700, para 6.900. A taxa representa menos de metade do registado no terceiro trimestre de 2022 (4 por cento), o valor mais alto desde 2006. Segundo dados oficiais, a construção contratou mais 8.300 pessoas, em comparação com o período entre Junho e Agosto, enquanto a mão-de-obra nos restaurantes aumentou em cerca de 2.500. Em sentido contrário, os casinos despediram cerca de 200 pessoas. Em Junho, o Governo anunciou que as concessionárias de jogo comunicaram o fim da exploração dos 11 ‘casinos-satélite’, onde trabalham cerca de 5.600 residentes.
Hoje Macau SociedadeIAM | Instalados postos de recolha de móveis O Instituto para os Assuntos Municipais (IAM) vai instalar a partir de amanhã, e até 7 de Novembro, 136 postos provisórios de recolha de móveis de grande dimensão. O anúncio foi feito ontem através de um comunicado, onde se indica que o lixo pode ser descartado entre as 20h00 e as 23h00. “Este ano, o número de postos de recolha aumentou de 60 para 136, dos quais 109 na Península de Macau, 16 na Taipa e 11 em Coloane”, foi indicado “Durante o prazo mencionado, os cidadãos podem descartar os móveis imprestáveis nos postos de recolha. Em cada posto de recolha, encontra-se colocada uma placa de sinalização para facilitar a sua identificação”, foi acrescentado. “O IAM lembra aos cidadãos que devem descartar os móveis imprestáveis nos postos de recolha nas datas e horários determinados, e que, ao descartá-los, estes devem ser colocados de forma segura, a fim de não afectar a higiene ambiental ou impedir a circulação de peões e veículos”, foi apelado. “O abandono ilegal de móveis imprestáveis nas vias públicas é punível com multa. Espera-se que os cidadãos colaborem com os respectivos trabalhos de higiene ambiental, criando em conjunto um ambiente comunitário limpo e organizado”, foi recordado.
Hoje Macau Manchete SociedadeTaxas de juro | Segunda descida em dois meses A Autoridade Monetária de Macau (AMCM) aprovou ontem um corte de 0,25 pontos percentuais da principal taxa de juro de referência, a segunda descida em dois meses, seguindo a Reserva Federal (Fed) norte-americana. A AMCM fixou em 4,25 por cento a taxa de redesconto, valor cobrado aos bancos por injecções de capital de curta duração, com efeito imediato, de acordo com um comunicado. O regulador financeiro da região seguiu assim o corte anunciado na quarta-feira pela Fed. A AMCM disse que a descida era inevitável, por a moeda de Macau, a pataca, estar indexada ao dólar de Hong Kong, pelo que “a taxa de juros em Macau é consistente com a taxa de juros em Hong Kong”. A decisão da AMCM surgiu pouco depois de a Autoridade Monetária de Hong Kong (HKMA, na sigla em inglês) ter anunciado a descida da taxa de juro de referência, devido ao corte imposto pelo banco central dos EUA. O director executivo da HKMA disse ontem que o corte ajudará a aliviar o peso das prestações para os donos de imóveis e a reanimar os negócios imobiliários. No entanto, Eddie Yue Wai-man admitiu numa conferência de imprensa que o ritmo dos futuros cortes de juros permanece incerto.
Hoje Macau SociedadePJ | Quatro detidos em caso de burla de 19 milhões de HKD A Polícia Judiciária (PJ) deteve, esta segunda-feira, quatro pessoas suspeitas de burlar duas empresas de jogo em cerca de 19 milhões de dólares de Hong Kong. Segundo o jornal Ou Mun, os suspeitos terão iniciado o esquema de burla no início do ano passado, falsificando dados de contas bancárias e pedindo depois empréstimos a quatro empresas do jogo. Duas empresas concederam fichas mortas de uma sala VIP [atribuídas para se garantir que são realmente apostadas nas mesas de jogo de uma sala VIP em particular], com o valor de 19 milhões de dólares de Hong Kong. Agora, as empresas em questão alegam ter perdido 8,41 milhões de dólares de Hong Kong e 9 milhões de dólares de Hong Kong, respectivamente. O caso só foi descoberto porque os suspeitos tentaram sair de um dos casinos envolvidos no esquema com fichas mortas, tendo sido interceptados pelos seguranças e aí os agentes da PJ intervieram, detendo os suspeitos. Os suspeitos terão entregue as fichas mortas a outros suspeitos, que se encontram a monte. O caso foi encaminhado ao Ministério Público, havendo suspeita da prática dos crimes de associação criminosa, burla de valor consideravelmente elevado e falsificação de documentos.
João Santos Filipe Manchete SociedadeMGM China | Registado melhor terceiro trimestre de sempre Foi ontem anunciado que a operadora de jogo MGM China registou, entre os meses de Junho e Setembro, receitas líquidas na ordem dos 8,5 mil milhões de dólares de Hong Kong. Trata-se de um “terceiro trimestre recorde”, foi referido em comunicação à Bolsa de Valores de Hong Kong A concessionária MGM China registou receitas líquidas de 8,5 mil milhões de dólares de Hong Kong entre Junho e Setembro, o que afirmou ser um novo recorde para o terceiro trimestre. A informação foi divulgada ontem através de um comunicado à Bolsa de Hong Kong. A mesma fonte indica que as receitas líquidas apresentaram um crescimento anual de 17 por cento, ao mesmo tempo que os lucros ajustados antes de juros, impostos, depreciação e amortização (adjusted EBITDA, em inglês) atingiram 2,4 mil milhões de dólares de Hong Kong. Também em relação a este indicador, a concessionária afirmou ter vivido o melhor terceiro trimestre de sempre, dado que o montante mais recente representa uma expansão anual de 20 por cento. “Estamos muito satisfeitos por ver a MGM China atingir um terceiro trimestre recorde. […] Estamos empenhados em compreender melhor os nossos clientes e melhorar a sua estadia nas nossas propriedades”, afirmou Kenneth Feng, presidente e director executivo da MGM China. Além disso, o responsável pelas operações em Macau mostrou-se confiante nos próximos anos devido à realização de mais espectáculos: “Com mais eventos de entretenimento a decorrerem em Macau, acreditamos que os visitantes terão muito mais motivos para visitar e continuar a impulsionar o crescimento do mercado de Macau”, destacou. Jogo maior Os dados revelados pelo MGM China mostram também que a concessionária tem vindo a ganhar uma fatia maior do mercado do jogo em Macau. No terceiro trimestre, a MGM teve uma quota de mercado de 15,5 por cento, o que resultou do facto de o casino MGM Cotai a conseguir uma quota de mercado de 9,4 por cento e do MGM Macau ter uma quota de 6,1 por cento. A quota de 15,5 por cento representou um aumento anual, dado que no ano passado não ia além dos 14,8 por cento. Sobre novos projectos em Macau, Kenneth Feng revelou aos analistas que a MGM China está a apostar na transformação de 160 quartos em 60 suites no Cotai. “A construção já começou e temos previsto que as obras fiquem terminadas na primeira metade do próximo ano”, indicou Feng. “Acreditamos que estas 60 suites vão ao encontro das expectativas dos nossos clientes que estão sempre em evolução. Além disso também estamos a desenvolver novas zonas de jogo para o segmento do mercado mais elevado”, acrescentou. “Esperamos que estas sejam alguma das nossas vantagens no futuro”, vincou. Em termos da empresa-mãe, a americana MGM Integrated Resorts, apresentou receitas líquidas de aproximadamente 4,25 mil milhões de dólares americanos, o que representou um aumento anual de 1,6 por cento.
João Santos Filipe Manchete SociedadeInvestigação | FDCT distribuí quase 40 milhões de patacas O Fundo para o Desenvolvimento das Ciências e da Tecnologia atribuiu 3,59 milhões de patacas a uma equipa de investigação da Universidade de Macau para ajudar a desenvolver uma vacina com tecnologia mRNA para o tratamento do cancro do fígado. Em três meses, os apoios do FDCT aumentaram 27 por cento O Fundo para o Desenvolvimento das Ciências e da Tecnologia (FDCT) distribuiu 38,95 milhões de patacas em apoios à investigação no terceiro trimestre do ano. Os dados foram revelados através do portal da Direcção dos Serviços da Supervisão e da Gestão dos Activos Públicos (DSSGAP). O maior apoio, no valor de 3,59 milhões de patacas, foi atribuído à Universidade de Macau, e ao projecto liderado por Chen Meiwan que vista o desenvolvimento de uma vacina com tecnologia mRNA para o tratamento do cancro do fígado. Este é o segundo apoio atribuído pelo FDCT ao projecto. No segundo trimestre do ano passado, a equipa da UM liderada por Chen recebeu outro apoio no valor de 4,80 milhões de patacas, o que faz subir o montante dos subsídios para o projecto para um total de 8,39 milhões de patacas. O segundo maior apoio do trimestre passado, foi atribuído à Fundação Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau, no valor de 3,58 milhões de patacas. A investigação apoiada é liderada por Tam Kwong Hang e visa o desenvolvimento de plataformas com recurso à inteligência artificial para o diagnóstico e tratamento de fibrose hepática. Esta é uma condição que surge após lesões no fígado, quando os tecidos deixam de regenerar e as células mortas são substituídas por tecido fibroso, que pode levar ao surgimento de cirroses. Também neste caso, o FDCT entregou um segundo apoio ao projecto, depois de ter financiado a investigação com 4,76 milhões de patacas, no segundo trimestre do ano passado. Entre os três projectos mais apoiados, surge ainda a investigação conduzida por Chen Guokai e que integra a Universidade de Macau. O apoio foi de 3,57 milhões de patacas e visa o tratamento da distrofia muscular motivado pela idade. Este representou também um segundo apoio, depois de um primeiro subsídio de 4,77 milhões de patacas no ano passado. Outras ajudas Entre os 75 apoios distribuídos pelo FDCT no terceiro trimestre deste ano, apenas os mencionados anteriormente ultrapassaram o valor de 1 milhão de patacas. Em termos gerais, foram atribuídos 38,95 milhões de patacas no último trimestre, o que representa um aumento de 12,65 milhões de patacas em subsídios face ao montante de 26,30 milhões distribuído no período homólogo. Desde o início deste ano que o FDCT financiou projectos de investigação científica e tecnológica em 98,54 milhões de patacas. Este montante, representa um aumento de 20,96 milhões de patacas (27 por cento) face ao período homólogo, quando tinham sido atribuídos 77,58 milhões de patacas em apoios.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeEleições | MP português arquivou caso contra Rita Santos A informação sobre o arquivamento da investigação por interferência eleitoral nas Legislativas de 2024 em Portugal foi avançada pelo Canal Macau que cita a própria Rita Santos. O HM confirmou, entretanto, o arquivamento junto do Ministério Público em Portugal O Ministério Público (MP) terá arquivado a investigação que visava Rita Santos, relacionada com as Eleições Legislativas de 2024 em Portugal. A queixa partiu de alguns membros do Partido Socialista (PS) em Macau, com base em suspeitas sobre interferência eleitoral por parte da conselheira das Comunidades Portuguesas. O HM confirmou, entretanto, o arquivamento do processo junto do MP. De acordo com o Canal Macau, que cita Rita Santos, a investigação do MP de Portugal terá sido arquivada e no despacho com a decisão constará que “não foram encontradas provas de irregularidades” na conduta da visada. O despacho de arquivamento de um inquérito é proferido quando são recolhidas provas de que não se verificou nenhum crime, ou que mesmo que tenha havido crime que não foi praticado pelo visado da investigação. O MP também determina o arquivamento do inquérito se não tiver sido possível obter indícios suficientes da verificação de crime ou de quem foi o autor. Foi em Março de 2024 que as informações de que Rita Santos e a Associação de Trabalhadores da Função Pública de Macau (ATFPM) estavam a ser investigadas em Portugal surgiram. Na altura, a Comissão Nacional de Eleições (CNE) de Portugal revelou que ia remeter para o MP as queixas recebidas sobre interferência em Macau. Os queixosos acusavam Rita Santos e a ATFPM de terem influenciado os eleitores a votar na Aliança Democrática, a coligação que em 2024 era composta pelo Partido Social Democrata, CDS – Partido Popular e Partido Popular Monárquico e que venceu essas eleições com 28,83 por cento dos votos. Mandato suspenso e cooperação local Apesar de afirmar ter sido ilibada, o caso teve impacto na actividade política de Rita Santos. No início de Outubro de 2024, a conselheira das Comunidades Portugueses optou por suspender o mandato, com o jornal Plataforma a avançar que a suspensão tinha como objectivo evitar a notificação sobre a investigação de fraude eleitoral que estava em curso. Por sua vez, Rita Santos justificou a suspensão com a vontade de se dedicar às eleições do Chefe do Executivo em Macau, que aconteceram a 13 de Outubro de 2024, e às eleições para a Assembleia Legislativa, que ocorreram a 14 de Setembro deste ano. Até Junho deste ano, os dirigentes da ATFPM, como José Pereira Coutinho, garantiam que Rita Santos ia integrar a lista concorrente às legislativas para a Assembleia Legislativa. No entanto, em Junho, Rita Santos foi deixada de fora. A macaense justificou a ausência com o facto de pretender dedicar mais tempo à família. No entanto, o recuo aconteceu apenas alguns dias depois do Ministério Público de Macau ter anunciado que Rita Santos tinha sido interrogada na RAEM, devido a um pedido de cooperação das autoridades portuguesas face às suspeitas de irregularidades durante as eleições.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeHabitação | Carlotta Bruni lamenta falta de criatividade na Zona A A arquitecta Carlotta Bruni lamenta que a habitação pública que se esteja a construir na Zona A dos Novos Aterros seja pouco criativa. “O que se vê a ser construído na Zona A são projectos muito repetitivos, e esse é um problema que existe em Macau desde sempre.” Bruni fala hoje sobre habitação pública na Casa Garden em mais uma conferência da Docomomo Macau Decorre hoje na Casa Garden, a partir das 18h45, a conferência “O advento da habitação colectiva no século XX”, com a arquitecta Carlotta Bruni, um evento promovido pela associação Docomomo Macau. Na sede da Fundação Oriente em Macau irá, portanto, debater-se o tema da habitação pública e as suas funções urbanas. Ao HM, Carlotta Bruni lamenta que os projectos que estão a ser edificados na Zona A dos Novos Aterros não tenham a criatividade desejável. Questionada sobre se Macau está a construir habitação pública a mais, a arquitecta afirmou “em excesso não, mas estamos a construi-la mal”. “É o mal, o feio naqueles edifícios. É uma co-responsabilidade de quem os desenhou e de quem os encomendou”, disse, lamentando que Macau tenha perdido uma oportunidade de inovar nesta área. “A crítica que posso fazer é pela maneira de desenvolver estes projectos. O que se vê agora construído na Zona A são projectos muito repetitivos, e a questão de ter um projecto repetitivo é um problema que existe em Macau desde sempre. O facto de ninguém se preocupar em ter uma cidade feia”, salientou. Para Carlotta Bruni, esse lado da fealdade da habitação “é uma coisa que perturba bastante”, porque “nós, arquitectos, temos a missão no mundo de fazer coisas bonitas, além de fazer coisas práticas, funcionais, que sejam baratas e tudo isso”. “Ao olhar para a Zona A, actualmente, tenho francamente a dizer que, aí, falhou-se um bocadinho”, acrescentou. “Os dois exemplos que vou discutir na conferência [projecto do Fai Chi Kei e edifício B10 da Zona A] é um pouco chamar a atenção para o facto de se poder fazer habitação social de outra maneira, com as mesmas entidades, mas com funções a mais do que o mínimo indispensável.” Viver numa caixa Na palestra de hoje, Carlotta Bruni “questiona as consequências espaciais da rápida densificação urbana de Macau, onde a priorização da área bruta construída levou à erosão do espaço comunitário”, destaca uma nota sobre a conferência. Desta forma, a arquitecta irá “explorar como o design arquitectónico pode recuperar ambientes públicos e semipúblicos através da colocação estratégica de volumes, tipologias em camadas e conectividade pedonal”, destacando-se “modelos espaciais alternativos que resistem à categorização convencional, tais como pátios abertos, praças estreitas e zonas públicas elevadas, oferecendo novas estruturas para o envolvimento colectivo em contextos de alta densidade”. Fundadora e directora do atelier LBA Arquitectura & Planeamento, Bruni vai abordar alguns projectos da equipa, nomeadamente o empreendimento de habitação pública no Fai Chi Kei, já demolido. “Aí propusemos áreas públicas em todos os andares, porque em Macau muitas vezes se esquece que, ao construir-se um edifício de 30 andares, cria-se uma certa descolagem da rua. As pessoas sentem que, quando deixam a rua, ela deixa de fazer parte da sua vivência diária.” Carlotta Bruni lamenta “a maneira como a habitação social é desenhada em Macau, com certeza com os mínimos legais em termos de espaço”. “Estamos a desenhar apartamentos muito pequenos que depois não tem nenhum sítio onde as pessoas possam ter um pouco mais de vida. No edifício do Fai Chi Kei tinha, a cada dois pisos, um espaço muito grande, com duplo pé direito, para as pessoas poderem estar cá fora, ficar sentadas, fazer alguma ginástica, para as crianças se encontrarem”, disse. O bairro de habitação social Fai Chi Kei foi projectado por Manuel Vicente em 1977 e concluído em 1981. A demolição aconteceu em 2010. O atelier LBA Architect & Planning desenhou o edifício B10 de habitação social na Zona A, cuja construção já está concluída. Também aí a opção foi para a criação de “uma série de jardins suspensos, com uma localização variada ao longo do edifício”, criando-se “situações específicas para cada piso”, a fim de construir “pequenas comunidades”. A responsável defendeu também ao HM que há “uma certa falta de planeamento” no contexto da Grande Baía, ou pelo menos de “exigências de planeamento”. “Cabe aos arquitectos preocuparem-se em criar edifícios com interfaces urbanas mais interessantes, temos de fazer um esforço para conseguir criar uma cidade mais dinâmica e interessante”, apontou.
Hoje Macau SociedadePJ | Indiciado por sequestro e violação de amante A Polícia Judiciária (PJ) anunciou a detenção de um homem com 34 anos por suspeitas de sequestro, violação e ofensas graves à integridade física da amante. O caso aconteceu num hotel local, depois de os dois terem começado uma relação extraconjugal no ano passado. Segundo a versão da PJ, o homem e a mulher são do Interior, onde se conheceram e iniciaram uma relação amorosa. No entanto, o encontro mais recente em Macau terminou com a alegada prática de vários crimes. Após um encontro num restaurante na manhã de sábado, a mulher foi chantageada para se deslocar ao quarto de hotel do homem em Macau. Se recusasse, o amante ameaçava desvendar a relação ao marido e a toda a sua família. A mulher acabou por ceder, mas quando chegou ao quarto do hotel terá sido violada e sequestrada pelo menos durante uma hora. Após o primeiro ataque, a mulher contactou a irmã para pedir ajuda e acabou por ser agredida, com um cinzeiro na cabeça, além de ser estrangulada com um cabo de carregador de telemóvel. Face às lesões, o homem deixou que a vítima contactasse a irmã, que por sua vez alertou a polícia. O suspeito acabou detido pelas autoridades, e quando questionado pelas autoridades fez valer o direito ao silêncio.
João Santos Filipe Manchete SociedadeMetro Ligeiro | Apenas dois em cada 100 jovens utilizam transporte A fraca cobertura da rede e a distância para as áreas residenciais faz com que os jovens pouco utilizem o metro. Entre os utilizadores, o principal motivo prende-se com a vontade de ter uma experiência diferente Apenas 1,5 por cento dos jovens de Macau afirma utilizar o Metro Ligeiro como o principal meio de transporte, ou seja, menos de dois em cada 100 jovens. A conclusão faz parte do estudo elaborado pela Associação de Nova Juventude Chinesa de Macau, cujos resultados foram apresentados ontem. Com base num inquérito em que foram questionados 647 jovens residentes, com idades entre os 18 e os 44 anos, a associação concluiu que o Metro Ligeiro é o meio de transporte menos utilizado de todos os disponíveis no território. Quando convidados a responder sobre o principal meio de transporte em Macau, cerca de 36,6 por cento dos inquiridos admitiu recorrer maioritariamente aos autocarros. Os veículos particulares, como carros ou motos, foram indicados como o principal meio de deslocação de 31,9 por cento dos jovens, enquanto 26,3 por cento responderam deslocarem-se principalmente a pé. Apenas, 1,5 por cento dos questionados indicou o metro como o seu principal meio de transporte. Apesar de não ser o meio de transporte principal, 58,7 por cento respondeu ter utilizado o metro pelo menos uma vez no último ano. Todavia, quase sete em cada dez (68,4 por cento) desses inquiridos eram utilizadores pouco frequentes, com uma utilização a cada três meses, ou com uma regularidade inferior a essa. O Metro Ligeiro é ainda considerado pelos utilizadores como “uma experiência” mais do que uma forma de transporte que responde a necessidades quotidianas. Sobre o motivo que levou os jovens a optarem pelo metro, 33,9 por cento afirmou que a utilização se justificou “apenas pela experiência”, ao mesmo tempo que 22,1 por cento indicou deslocar-se para uma fronteira, e 21,3 por cento disseram deslocarem-se para os grandes hotéis. Não aquece, nem arrefece Sobre a qualidade do serviço, o maior grupo de jovens utilizadores mostram-se indiferente, com 39,3 por cento a responderem que “nem é boa nem má”. Em sentido contrário, 39,1 por cento afirmaram que a satisfação é “boa ou muito boa”. Os resultados apresentados pela associação não permitem conhecer o grau total da insatisfação, no entanto, houve também 14,2 por cento dos inquiridos a indicar que a experiência no metro “não satisfaz” ou “não satisfaz muito” Entre os jovens que não utilizam o metro, 46,1 por cento apontaram como principal razão o facto de as “estações estarem muito longo das residências”, enquanto 35,6 por cento justificaram a não utilização com a limitada cobertura da rede e 33,3 por cento indicaram que o metro não fornece acesso directo aos locais que mais frequentam. Um dos factores que também contribui par afastar os jovens é o facto de não se aceitarem pagamentos efectuados por aplicações que recorrem à tecnologia QR. Cerca de 61,7 por cento afirmou que devido a esse motivo sente menos vontade de recorrer a este transporte. Actualmente, o Metro Ligeiro pode ser utilizado através da compra de bilhete nas máquinas de venda, que não aceitam tecnologia QR Code, mas também nas bilheteiras físicas. Os interessados podem também utilizar o Macau Pass, passando directamente nos torniquetes de acesso.
Andreia Sofia Silva SociedadeHK | Descoberto caso de contrabando no valor de 200 milhões de dólares Barbatanas de tubarão, charutos, telemóveis, produtos farmacêuticos e até pele de burro. Estes são os produtos descobertos em mais dois casos de contrabando descobertos pelos Serviços de Alfândega (SA) de Hong Kong nos dias 3 e 7 deste mês. Segundo um comunicado deste organismo, o valor das mercadorias é de cerca de 200 milhões de dólares americanos, estando envolvidos dois navios, um deles destinado ao comércio fluvial. Este navio destinava-se a Macau e foi apanhado pelas autoridades no dia 3 de Outubro. Foram ainda inspeccionados cinco contentores que teriam Taiwan como destino e que foram declarados como transportando alimentos congelados. A 7 de Outubro, os SA de Hong Kong perceberam que aqui circulavam 150 toneladas de pele de burro e não os alimentos declarados. O mesmo comunicado indica que a investigação prossegue e que “não se exclui a possibilidade de ocorrência de detenções”. Segundo a Lei de Importação e Exportação de Hong Kong, qualquer pessoa considerada culpada de importar ou exportar carga não declarada está sujeita a uma multa máxima de 2 milhões de dólares e a uma pena de prisão de sete anos após condenação. Sete casos na semana passada Tendo em conta a realização dos Jogos Nacionais a partir do próximo mês, os Serviços de Alfândega (SA) querem mostrar serviço e admitiram terem reforçado os esforços de inspecção no Posto Fronteiriço das Portas do Cerco. Como resultado destes esforços, foram registados sete casos de contrabando entre 21 e 25 de Outubro. Segundo um comunicado dos SA de Macau, no âmbito dos sete casos, os agentes alfandegários encontraram um total de 120 telemóveis antigos, muitas vezes utilizados para contornar as limitações de acesso à internet, 85 peças de produtos electrónicos e 1344 gramas de charuto. Os contrabandistas envolviam residentes de Macau e do Interior, com idades entre 38 e 64 anos. Os envolvidos foram multados, anunciaram os SA, ao abrigo das disposições da lei do comércio externo.
Hoje Macau Manchete SociedadeTribunais | Saída de juiz português confirmada O juiz Rui Ribeiro vai deixar os tribunais da RAEM a partir do próximo mês. A informação tinha sido tornada pública pela Lusa, que citava o próprio juiz como fonte, e foi confirmada ontem através de um despacho, publicado no Boletim Oficial. “É exonerado, a seu pedido, o juiz Rui Carlos dos Santos Pereira Ribeiro, do cargo de juiz do Tribunal de Segunda Instância da Região Administrativa Especial de Macau […] a partir do dia 1 de Novembro de 2025”, pode ler-se no documento. De acordo com a agência de notícias, Rui Ribeiro pediu para regressar a Portugal, devido à incerteza sobre a autorização por parte do Conselho Superior de Magistratura (CSM) de Portugal para continuar na RAEM. O juiz está em Macau desde 1 de Setembro de 2008, e em Portugal está integrado na Secção Cível do Tribunal da Relação de Guimarães. Na semana passada, o presidente do CSM, João Cura Mariano, mostrou disponibilidade para enviar mais juízes para Macau, apesar de admitir que também faltam recursos humanos em Portugal Com a saída de Rui Ribeiro fica apenas um juiz português em Macau, Jerónimo Alberto Gonçalves Santos, que desempenha as funções de presidente de tribunal colectivo no Tribunal Judicial de Base (TJB). Jerónimo Santos está nos tribunais da RAEM desde 1 de Setembro de 2005, integrando em Portugal a secção de Propriedade Intelectual, Concorrência, Regulação e Supervisão do Tribunal da Relação de Lisboa.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeGrande Baía | Projecção de aumentos salariais de 3% em Macau No mais recente Relatório de Inquérito às Remunerações e Benefícios da Grande Baía 2025, 15,4 por cento de 39 empresas de Macau apontam para um aumento salarial na ordem dos 3 por cento para 2026. A área da tecnologia é a que paga mais a um recém-licenciado, com um salário de 19 mil patacas Já são conhecidos alguns dados do panorama salarial e benefícios concedidos a trabalhadores no contexto da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau 2025, graças a um novo inquérito divulgado na sexta-feira. Segundo um comunicado oficial, Macau faz-se representar com 39 empresas inquiridas, sendo que, destas, 15,4 por cento prevê um aumento salarial de três por cento para o próximo ano. Enquanto isso, há “33 organizações que ainda não decidiram a previsão de aumento salarial”, e “nenhuma organização indicou um congelamento salarial”. As previsões para 2026 apontam para um ajuste salarial de 3,1 por cento em posições de gestão ou cargos séniores, posições de supervisão ou funcionários gerais, enquanto que os funcionários em funções operativas ou de atendimento podem receber aumentos de 3 por cento. Trata-se de números mais simpáticos face a este ano, cujas percentagens de aumento rondam os 1,3 por cento e os 2,9 por cento consoante as diversas posições profissionais. Em 2022, ano da pandemia, os ajustes salariais não foram além de 1 por cento, sendo que nas posições séniores ou de pessoal de gestão houve até uma quebra de 0,1 por cento. Entre os meses de Julho de 2024 e Junho de 2025, registou-se um aumento salarial médio de 1,6 por cento nas 39 empresas inquiridas em Macau, enquanto 24 relataram um panorama de congelamento salarial. Excluindo estas empresas que não subiram valores, “o aumento salarial médio real foi, em termos gerais, nas restantes organizações, de 3,4 por cento”. Estes dados dizem respeito ao Relatório do Inquérito sobre Remunerações e Benefícios da Grande Baía 2025, que no caso de Macau inclui empresas ligadas a seis sectores de actividade, nomedamente hotelaria e restauração, banca, seguros, finanças, cultura e entretenimento, ou ainda comércio e engenharia. O inquérito abrangeu, em Macau, um total de 54.195 funcionários. Quem paga mais? A apresentação do Inquérito decorreu na última sexta-feira na Faculdade de Administração de Empresas da Universidade de Macau (UM), tendo sido realizado por esta universidade, a Associação de Recursos Humanos da Grande Baía de Macau e diversas instituições do ensino superior da região da Grande Baía, incluindo o Centro de Estratégia e Desenvolvimento de Recursos Humanos da Faculdade de Administração da Universidade Baptista de Hong Kong, entre outras. Ainda no caso de Macau, é destacado que os licenciados na área das tecnologias de informação são aqueles com o salário mais elevado em início de carreira, na ordem das 19 mil patacas, enquanto que na província de Guangdong, para o mesmo tipo de trabalho, um recém-licenciado ganha cerca de 6 mil renminbis. Caso possua estudos mais avançados, como pós-graduação ou mestrado, o salário passa a 8,500 renminbis. Na província de Guangdong, os salários mais elevados para um recém-graduado são na área de “R&D”, pesquisa e desenvolvimento de novos produtos, com 6,500 renminbis. Quem tem estudos mais avançados do que a licenciatura pode chegar a um salário de 9,500 renimbis. No caso de Hong Kong, os salários para quem acaba de sair da universidade são mais elevados na área da engenharia, pagando-se uma média de 21,500 dólares de Hong Kong actualmente. O inquérito foi realizado em Junho deste ano a mais de três mil empresas da Grande Baía, sendo que entre os meses de Julho e Setembro foram recebidos 258 questionários válidos: 39 da RAEM, 141 da província de Guangdong e 78 de Hong Kong. No total, abrangem 244 mil funcionários que participaram através de um sistema de painel individualizado com recurso a inteligência artificial, intitulado “My AI Salary Consultant”.
Hoje Macau SociedadeAreia Preta | Carro entra dentro de restaurante e faz seis feridos Um Lamborghini descontrolado entrou pela montra de um restaurante, na Areia Preta, deixando seis pessoas feridas. O caso aconteceu na tarde de sábado, e os feridos, onde se incluem o condutor, clientes e trabalhadores do restaurante foram considerados pelas autoridades como estando numa situação “estável”. De acordo com o relato do Jornal Ou Mun, o condutor, de 60 anos, afirmou ter cometido um erro, ao pressionar o pedal do acelerador, em vez do travão, o que levou a que tivesse perdido o controlo da viatura. O teste do balão indicou que o condutor não tinha consumido álcool. Por sua vez, o dono do restaurante queixou-se dos prejuízos causados e também da impossibilidade de continuar a explorar o negócio nos próximos tempos, devido à necessidade de grandes obras. As autoridades indiciaram o condutor por ofensa à integridade física por negligência, punido com uma pena até dois anos de prisão. Álcool | Condutor detido por causar acidente Um homem com 50 anos foi detido, depois de ter causado um acidente, quando conduzia alcoolizado, com uma taxa de 1,71 gramas de álcool por litro de sangue. O caso foi revelado no sábado, embora o acidente tivesse acontecido na quarta-feira de manhã. O acidente foi declarado quando as autoridades foram chamadas à Avenida Doutor Henry Fok, devido a uma colisão traseira de um veículo ligeiro com outro. No entanto, no local, as autoridades suspeitaram que um dos condutores tinha ingerido bebidas alcoólicas pelo que realizaram o teste do balão, que apresentou o resultado de 1,71 gramas de álcool por litro de sangue. O homem confessou a ingestão do álcool, relatando que tinha estado a beber de manhã no trabalho. Ao mesmo tempo, explicou que tinha sido responsável pelo acidente, por não ter mantido uma distância de segurança apropriada.
Hoje Macau Manchete SociedadeTurismo | Melhor Setembro de sempre desde que há registos Apesar do registo do mês passado, quando são considerados os nove meses do ano, o número de visitantes ainda está abaixo do que aconteceu entre Janeiro e Setembro de 2019, antes da pandemia Macau recebeu quase 2,8 milhões de visitantes em Setembro, mais 9,8 por cento do que no mesmo período de 2024 e o valor mais elevado de sempre para este mês, foi sexta-feira anunciado. O número de turistas que passou pelo território foi o mais elevado para qualquer mês de Setembro desde que a Direcção dos Serviços de Estatísticas e Censos (DSEC) começou a compilar dados mensais, em 1998, ainda durante a administração portuguesa. No entanto, mais de 56 por cento dos visitantes (1,56 milhões) chegaram em excursões organizadas e passaram menos de um dia na RAEM. Em 2024, o Governo Central divulgou uma série de medidas de apoio a Macau, como o aumento do limite de isenção fiscal de bens para uso pessoal adquiridos por visitantes da China. Ao mesmo tempo, as autoridades chinesas alargaram a mais 10 cidades da China a lista de locais com “vistos individuais” para visitar Hong Kong e Macau. Além disso, desde 1 de Janeiro que os residentes da vizinha cidade de Zhuhai podem visitar Macau uma vez por semana e ficar até sete dias. Em resultado, a esmagadora maioria (90,6 por cento) dos turistas que chegaram a Macau em Setembro vieram da China continental ou Hong Kong, enquanto menos de 260.400 foram visitantes internacionais. A cidade recebeu no total quase 29,7 milhões de visitantes nos primeiros dez meses, mais 14,5 por cento do que no mesmo período de 2024 e o segundo valor mais elevado de sempre para um arranque de ano. Números excepcionais De acordo com dados oficiais, o número de turistas que passou por Macau só foi superado entre Janeiro e Setembro de 2019 – antes da pandemia de covid-19 -, período em que registou mais de 30,2 milhões de visitantes. Em 17 de Janeiro, a directora dos Serviços de Turismo de Macau disse esperar entre 38 e 39 milhões de visitantes este ano. Em Agosto, Maria Helena de Senna Fernandes apontou como meta mais de três milhões de visitantes internacionais em 2025. Nos primeiros nove meses do ano, Macau recebeu quase 1,9 milhões de turistas vindos do estrangeiro, mais 12,4 por cento do que no mesmo período de 2024. Cidadãos da Arábia Saudita, Qatar, Kuwait, Barém e Omã passaram a estar dispensados de visto para entrar na cidade a partir de 16 de Julho. Apesar do aumento no número de turistas, o consumo médio de cada visitante em Macau, excluindo nos casinos, caiu 12,3 por cento no segundo trimestre do ano, em comparação com o mesmo período de 2024. No início de Maio, a DSEC apontou a “alteração do padrão de consumo dos visitantes” como uma das principais razões para a queda de 1,3 por cento da economia de Macau entre Janeiro e Março. Foi a primeira vez que o Produto Interno Bruto do território encolheu, em termos homólogos, desde o final de 2022, quando a região começou a levantar as restrições devido à pandemia de covid-19. Macau recebeu no ano passado 34,9 milhões de visitantes, mais 23,8 por cento do que no ano anterior, mas ainda longe do recorde, 39,4 milhões, fixado em 2019, antes da pandemia.