Hoje Macau SociedadePonte HKZM | Suspensão de dísticos de circulação em Outubro A partir de 1 de Outubro, a Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) irá suspender a impressão de sinais distintivos de circulação de veículos na Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau. A medida faz parte da promoção do governo electrónico, de acordo com um comunicado divulgado ontem pela DSAT. Actualmente, os veículos que utilizem a Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau têm que afixar no para-brisas dianteiro do veículo dísticos de cores diferentes. Porém, a partir de 1 de Outubro, depois de receber o requerimento da DSAT a anunciar o fim da apreciação pela parte de Macau o condutor recebe informação para completar a submissão numa página electrónica criada especificamente para o efeito.
Hoje Macau Sociedade“Noru” | Impacto directo em Macau “é baixo”, dizem SMG Os Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) estimam que o impacto directo em Macau da tempestade tropical “Noru” será “baixo”, segundo a previsão disponível no website. Tal deve-se ao facto de “a zona de convenção forte da tempestade se concentrar principalmente no lado sul, pelo que deverá haver uma distância de cerca de 700 quilómetros de Macau”. A tempestade, vinda do leste das Filipinas, chegou ao Mar do Sul da China na manhã de ontem, esperando “que se desloque para oeste através da zona central do Mar do Sul da China em direcção ao Vietname”. Os SMG prometem “continuar a acompanhar de perto a evolução deste sistema”. A partir de hoje deverão ocorrer aguaceiros ocasionais em Macau devido à deslocação de uma monção de nordeste a sul. Os SMG apontam que “o vento pode atingir, ocasionalmente, o nível 6 da escala ‘Beaufort’ com rajadas”, existindo a “possibilidade de emitir o sinal de ventos fortes de monção”. A mesma análise dos SMG aponta que, no final desta semana, “pode desenvolver-se outra área de baixas pressões no Mar do Sul da China”, não se excluindo “a possibilidade de evolução para uma tempestade tropical”.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeEconomia | Regresso das excursões e vistos é medida “prometedora” O economista José Sales Marques considera que o regresso das excursões e dos vistos electrónicos é uma medida positiva para o turismo de Macau, mas quanto ao fim das quarentenas Hong Kong “dá um passo muito mais à frente” face à RAEM. Sales Marques é um dos oradores numa palestra hoje na Fundação Rui Cunha O anúncio, no passado fim-de-semana, de que vão regressar as excursões da China e a emissão de vistos electrónicos é visto como um sinal positivo para a recuperação do turismo. Esta é a ideia deixada pelo economista José Sales Marques, que fala hoje no debate promovido pela Fundação Rui Cunha (FRC), intitulado “The way forward Macau’s economy” [O caminho em frente da economia de Macau], que acontece a partir das 17h30. “As medidas são positivas e prometedoras”, disse ao HM. “O regresso dos vistos electrónicos e das excursões é um aspecto extremamente importante. Esperava que isso acontecesse já a 1 de Outubro, mas só será mais para o final do mês. Esperemos que nada de novo aconteça de negativo do ponto de vista da pandemia e possamos ter um final de ano melhor do que este ano, que tem sido péssimo do ponto de vista económico para Macau.” HK mais à frente Questionado sobre o fim da quarentena em Hong Kong, José Sales Marques entende que “é dado um passo muito mais em frente do que aquele que é dado em Macau, até porque Hong Kong está mais virado para o mercado internacional, dado o seu posicionamento no mercado financeiro”. “Macau vai continuar a depender, durante algum tempo, do mercado chinês. Uma vez que a China continua a seguir a política dinâmica de zero casos, com uma gestão muito apertada sobre entradas e saídas, Macau não tem outra solução a não ser seguir isso”, adiantou. O economista vai hoje abordar o futuro da economia sob várias perspectivas, uma delas “a alteração da estrutura do jogo, que vai ter influência do ponto de vista das receitas”. “Teremos de ver quais são as possibilidades com a atracção de novos segmentos de turistas, nomeadamente estrangeiros. Será mais viável? Como é que Macau se vai posicionar ao nível do city branding [a marca de Macau], para atrair novos segmentos que estão afastados desta realidade? Que trabalho promocional é que isso implica, tendo em conta o desenvolvimento da Ilha da Montanha?”. Estas são questões colocadas pelo economista a que o debate de hoje na FRC irá dar resposta. Juntamente com José Sales Marques participam Rui Pedro Cunha, presidente da Câmara de Comércio Europeia em Macau, Kevin Ho, na qualidade de presidente da Associação de Comércio e Indústria de Macau, e Henry Lei, professor de economia na Universidade de Macau.
João Santos Filipe SociedadePensões | Rita Santos pede que suplemento seja estendido a Macau A presidente do Conselho Regional da Ásia e da Oceânia das Comunidades Portuguesas, Rita Santos, defende que o suplemento extra de pensão prometido pelo governo de António Costa deve incluir os pensionistas que vivem em Macau. A posição foi tomada em três cartas, enviadas ao Presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, ao primeiro-ministro, António Costa, e ao presidente do Conselho Permanente das Comunidades Portuguesas, Flávio Martins, com a data de 20 de Setembro. Para fazer face à inflação, o governo de Portugal prometeu que os pensionistas vão receber um apoio de meia pensão extra, a ser pago em Outubro deste ano. No entanto, a medida só é aplicável aos pensionistas que vivem em Portugal. A presidente do Conselho Regional da Ásia e da Oceânia das Comunidades Portuguesas vem agora pedir que o apoio seja repensado e estendido aos 2.794 pensionistas que vivem na Ásia, dos quais cerca de 2.100 estão em Macau. Segundo Rita Santos, estes portugueses foram “muito afectados pela inflação”, “pela desvalorização do Euro” e ainda pelo “aumento dos preços dos bens essenciais”. Esta não é a primeira vez que a medida de António Costa é criticada por portugueses a viverem fora de Portugal. Anteriormente, Jorge Fão, representante da Associação dos Aposentados, Reformados e Pensionistas (APOMAC) de Macau, havia igualmente criticado a discriminação levada a cabo pelo governo do Partido Socialista. Sem justificação Rita Santos recorda também que entre 2011 e 2016 os portugueses pensionistas fora de Portugal foram afectados com cortes nas pensões devido à Contribuição Extraordinária de Solidariedade. No entanto, desta vez há uma adopção de critérios diferentes, quando implica um maior custo para os cofres do Estado português. “Consideramos incoerente, injusta e injustificável esta discriminação na atribuição dos apoios aos pensionistas Portugueses da Caixa Geral de Aposentações (CGA), residentes no estrangeiro”, sublinha Rita Santos. Por isso, a comendadora vem “apelar e solicitar”, para “que sejam envidados todos os esforços, e adoptadas as medidas necessárias, para a extensão dos suplementos extra de meia pensão a todos os pensionistas, independentemente do seu local de residência, repondo-se assim a justeza das medidas”.
Hoje Macau SociedadeRedução de rendas e de preços de telecomunicações abrandam inflação A taxa de inflação homóloga em Macau abrandou em Agosto para 1,13 por cento, sobretudo devido a uma queda nas rendas das casas e nos preços dos serviços de telecomunicações, foi divulgado na sexta-feira. As rendas das habitações em Macau caíram 8,3 por cento em termos homólogos na primeira metade do ano, sobretudo devido ao “elevado desemprego”, segundo um relatório da imobiliária JLL. A taxa de desemprego subiu para 4,1 por cento entre Maio e Julho, o valor mais elevado desde 2005, embora o número de trabalhadores estrangeiros sem estatuto de residente tenha diminuído em quase 4.600 em Julho, mês em que Macau enfrentou o pior surto de covid-19 desde o início da pandemia. Por outro lado, subiram os salários dos trabalhadores domésticos (mais 19,8 por cento) e os preços dos combustíveis (21,7 por cento) e das refeições fora de casa (1,7 por cento), indicou a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), em comunicado. O índice de preços da secção dos produtos alimentares e bebidas não alcoólicas diminuiu 0,20 por cento, em termos mensais, graças à redução dos preços do peixe fresco e dos produtos hortícolas. A DSEC indicou ainda que na secção de bens e serviços o índice de preços dos transportes subiu em Agosto 5,94 por cento, em termos anuais. No capítulo dos serviços domésticos, importa recordar que em Abril deste ano, o território tinha levantado as restrições fronteiriças a trabalhadores das Filipinas, isenção mais tarde alargada à Indonésia – duas das principais fontes de trabalhadores domésticos para Macau. Recomeço de voos A companhia aérea Air Macau anunciou na semana passada o recomeço em 12 de Outubro dos voos directos com o Vietname, um outro importante país de origem dos trabalhadores domésticos na região chinesa. No entanto, ao contrário do que acontece para quem entra pela fronteira com a China continental, quem chega do estrangeiro continua a ser obrigado a cumprir uma quarentena de sete dias num hotel, seguido de três dias de “autovigilância médica” que pode ser feita em casa. Em Agosto, o índice de preços no consumidor geral desceu 0,17 por cento comparativamente ao mês anterior, de acordo com a DSEC. Enquanto que em Julho, a taxa de inflação homóloga em Macau era de 1,38 por cento.
Hoje Macau SociedadeGripe | Começou hoje vacinação para grupos de alto risco A campanha de vacinação gratuita contra a gripe sazonal arrancou hoje, numa primeira fase destinada a grupos de alto risco de gripe, indicaram ontem os Serviços de Saúde (SSM). Como tal, é aconselhado a “crianças, idosos, mulheres grávidas e pacientes com doenças crónicas, que correm alto risco de complicações da gripe, a receber a vacina contra a gripe sazonal, o mais rápido possível antes o pico da gripe”. As autoridades de saúde indicam que “uma vez que as mulheres grávidas, crianças, idosos e pacientes com doenças crónicas, são mais propensos a ter complicações graves e até, a morte após serem infectados pelo vírus influenza, ao mesmo tempo, com o aumento do fluxo de pessoas no exterior e a alta incidência de doenças respiratórias no Outono e Inverno, o risco de importação do novo tipo de coronavírus e o risco de transmissão da gripe também aumentaram”. Os SSM acrescentam que, neste contexto, “a vacinação antigripal pode efectivamente reduzir o risco de sobrepor a epidemia da pneumonia, causada pelo novo tipo de coronavírus ao surto da gripe, diminuindo a possibilidade de ocorrerem consequências graves, devido à infecção dupla”.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadePandemia | Amélia António diz que últimos três anos foram “desastrosos” A presidente da Casa de Portugal em Macau realçou o impacto negativo que os anos de combate à pandemia tiveram na génese cultural e socioeconómica de Macau. Amélia António defende que não basta às autoridades falarem sem concretizarem projectos prometidos É mais um sinal de alerta. A presidente da Casa de Portugal em Macau, Amélia António, disse à TDM Rádio Macau que os últimos três anos têm sido “desastrosos” para várias áreas da sociedade. “Estes três anos têm sido desastrosos para tudo, a todos os níveis. Ao nível económico, ao nível cultural, ao nível da abertura de Macau ao mundo. Na minha perspectiva, Macau não se pode só dizer que é, tem de ser.” A responsável falou aos jornalistas à margem da 10ª Exposição Internacional de Turismo, que contou com a representação de associações dos países de língua portuguesa e que terminou ontem. Amélia António não deixou de frisar que, num contexto de pandemia, é importante “marcar posição” neste tipo de iniciativa. A dirigente e advogada pede que Macau mantenha a sua especificidade cultural, sob pena de perder interesse para quem a visita. “Macau, há 500 anos, tornou-se uma porta e uma janela da China para o mundo e do mundo para a China. Hoje a China está aberta ao mundo de outra maneira, mas, apesar disso, Macau continua a ter um papel de ligação com o mundo, até do ponto de vista cultural. Se Macau deixar de ter as características culturais que tem, turisticamente também perde o interesse. Porque vir a Macau? Vai a uma cidade maior da China, a Xangai, a Pequim, a outro sítio qualquer, e vê, em grande, aquilo que em Macau há de pequenino.” Amélia António não tem dúvidas de que não basta às autoridades falarem dos projectos políticos que pretendem desenvolver para o território, apelando à concretização. “Não se pode só dizer que se é uma plataforma, só blá blá não chega. Tem de ser real.” Parabéns a você A 10ª Expo Internacional de Turismo (Indústria) de Macau decorreu este fim-de-semana, entre sexta-feira e domingo, com o tema “Um Brinde à 10ª MITE”. A fim de celebrar o aniversário do evento, foram apresentados sete destaques “destinados a aprofundar a integração intersectorial ‘turismo+’ para ligar operadores de turismo e sectores relacionados de todo o mundo”. Pretendeu-se ainda, com a iniciativa, “promover o intercâmbio e a cooperação”, bem como “explorar oportunidades de negócio”. Lei Wai Nong, secretário para a Economia e Finanças, lembrou que a Expo de Turismo “tem vindo a aperfeiçoar-se”, além de que os 10 anos de existência do evento constituem “um novo marco histórico”. O governante disse ainda esperar que, através do evento, “se possa continuar a desenvolver as vantagens únicas e o papel de plataforma de Macau e criar mais oportunidades de intercâmbio e cooperação para os operadores turísticos regionais e internacionais”, entre outras vertentes. A Expo contou com 830 stands e funcionou em regime híbrido. Uma das novidades foi a inauguração do Pavilhão da Lusofonia, que serviu para “mostrar a diversidade cultural” de Macau e para que o território desempenhe “o papel de plataforma entre a China e os países de língua portuguesa”. Houve ainda a estreia do pavilhão do “COTAI Strip”.
Andreia Sofia Silva SociedadeRegistado novo recorde de visitantes no fim-de-semana O território recebeu, na sexta-feira, um total de 26.120 visitantes, o que representa um aumento superior a dez por cento em relação à média diária de visitantes registada durante o Festival de Barcos-Dragão. As autoridades apontam ainda que se trata de “um novo recorde [de turistas] desde o surto epidémico” que teve início a 18 de Junho. Por sua vez, entre os dias 16 e 22, o território recebeu 146.670 visitantes, uma média diária de 20.953, o que representa um aumento de 20,6 por cento face à média diária de 17.380 visitantes registados entre 9 e 15 de Setembro, e mais 96 por cento do que a média diária de Agosto (10.690). Já a taxa de ocupação média dos hotéis, entre os dias 16 e 22 de Setembro, foi de 39,3 por cento, um aumento de 3,6 por cento em comparação com os dias 9 a 15 deste mês, em que a taxa foi de 35,7 por cento. Face ao mês de Agosto, em que a taxa de ocupação média foi de 34,4 por cento, constitui um aumento de 4,9 por cento. A Direcção dos Serviços de Turismo (DST) explica estes números com a realização de acções promocionais do turismo de Macau “para ampliar as fontes de visitantes em sintonia com a realização de uma série de eventos, festividades e actividades de turismo comunitário”. O objectivo é fazer com que os visitantes prolonguem o período de estadia e gastem mais na cidade, constituindo “uma série de esforços [da parte do Governo] para impulsionar o turismo e a economia”. Tendo em conta a chegada da Semana Dourada e a realização de eventos como o Festival Internacional de Música de Macau ou o Grande Prémio, entre outros, a DST espera conseguir atrair mais visitantes ao território, bem como “estimular o consumo turístico, prolongar o seu tempo de permanência em Macau e dinamizar a economia local”. No sábado, Ho Iat Seng destacou, segundo a TDM, os dados de visitantes, mas admitiu que o número “não é suficiente” para fomentar a economia local, esperando que o território possa vir a receber 40 mil turistas diários. Ainda assim, o Chefe do Executivo admitiu que Macau pode não ter a mesma capacidade para acolher os 40 milhões de turistas por ano que recebia antes da pandemia.
Hoje Macau SociedadeCovid-19 | Vacinas para crianças até aos três anos chegam até Novembro Macau deverá receber, em “Outubro ou Novembro”, vacinas contra o novo coronavírus, responsável pela covid-19, adequadas para crianças dos seis meses até aos três anos, disseram ontem as autoridades. A região está “em negociações com os fornecedores” de vacinas mRNA, disse uma responsável do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus dos Serviços de Saúde de Macau (SSM). Leong Iek Hou disse, em conferência de imprensa, (ver texto principal), que, “segundo a resposta dos fornecedores, o mais provável é que as vacinas estejam disponíveis em Outubro ou Novembro”. Neste momento, Macau dispõe apenas de vacinas inactivadas da chinesa Sinopharm, para crianças com idade igual ou superior a 3 anos, e de vacinas de mRNA (da alemã BioNTech) para crianças com idades entre 5 e 11 anos. O regulador norte-americano aprovou em Junho a administração de emergência das vacinas mRNA contra a covid-19 da Pfizer e da Moderna em crianças a partir dos seis meses de idade.
João Santos Filipe Manchete SociedadeAutoridades sem planos para reduzir quarentena de sete dias O Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus afastou ontem a possibilidade de reduzir a quarentena de sete dias para quem vem do estrangeiro. Confrontada com a questão, Leong Iek Hou apontou que actualmente cerca de 10 por cento dos casos importados são identificados no sexto ou sétimo dia da quarentena. “Com a variante Ómicron, em princípio o período de incubação é de quatro dias. Outras variantes têm um período de incubação de 10 dias. Em Macau, nos hotéis de quarentena o período de incubação é normalmente de três dias, com a apresentação de sintomas ao segundo e terceiro dia. Mas há um número mais reduzido, em que os positivos só surgem ao sexto ou sétimo dia”, afirmou Leong. “Em 90 por cento dos casos conseguimos detectar a infecção nos primeiros dias, mas há 10 por cento em que só se identifica depois”, acrescentou. Na ocasião, Leong voltou a considerar que as vidas do exterior apresentam um maior risco do que as do Interior do país. “Estamos no período de normalização dinâmica, não temos vírus. As pessoas provenientes de fora têm um maior risco, diariamente temos casos importados”, sustentou. “Se reduzirmos os dias de inspecção médica, existe um risco de o vírus entrar na comunidade”, alertou. Nas próximas semanas devem ser retomados os voos entre Macau e o Japão. Sobre estas alterações, Leong admitiu que vai trazer riscos maiores para o território, mas afirmou que as autoridades estão preparadas para lidar com a situação. Semana complicada Na conferência de imprensa, as autoridades pediram ainda às pessoas para terem cuidado nas deslocações ao Interior, e a terem cuidado com algumas regiões onde há casos activos do vírus. Se por um lado, Leong admitiu que não há indicações sobre alterações na política de Zhuhai de entrada das pessoas vindas de Macau, por outro, recomendou aos residentes cautela nas deslocações ao Interior. A médica pediu ainda às pessoas que passam a fronteira para ver os familiares que utilizem sempre máscara, evitem concentrações e se mantenham atentas a eventuais sintomas.
Hoje Macau SociedadeCheong Chi Kin admite apostas paralelas em salas operadas pelo Suncity Cheong Chi Kin, quinto arguido no caso Suncity, admitiu ontem em tribunal, pela primeira vez, que decorreram apostas paralelas em várias salas VIP do território, incluindo as que eram operadas pelo grupo Suncity. Segundo a TDM Rádio Macau, esta foi a primeira vez que um arguido admitiu a ocorrência deste tipo de apostas ilegais no território, depois de duas sessões de julgamento em que foi abordado o alegado envolvimento de Cheong Chi Kin nestas operações. O quinto arguido admitiu ter criado duas empresas que admitiam e geriam clientes de apostas paralelas, sendo que muitos deles terão sido apresentados a Cheong Chi Kin por Alvin Chau, ex-CEO do grupo Suncity e primeiro arguido do processo. No entanto, Cheong Chi Kin nega que Alvin Chau tenha estado directamente envolvido no esquema, tendo apontado mais dois arguidos como sendo sócios destas empresas. O arguido não quis adiantar mais detalhes sobre estas entidades por estar muita gente envolvida sem ligação directa com o caso. Cheong Chi Kin referiu também que Alvin Chau sabia do esquema, mas não deu uma autorização directa para a realização de apostas ilegais, uma vez que era um tipo de operação recorrente nas salas de jogo em Macau, não sendo necessário consentimento. Em tribunal, foram revelados documentos em que consta o nome “Wa”, relativo a um sócio, mas Cheong Chi Kin disse não se recordar se esse nome correspondia a Alvin Chau. Os contabilistas Na sessão de ontem, o Ministério Público apresentou ainda conversas em que Cheong Chi Kin partilhava com Alvin Chau informações de clientes que faziam apostas paralelas, incluindo quando estes decidiam mudar de sala no casino. O arguido disse que lhe transmitia estes dados porque sentia que o devia fazer, uma vez que Alvin Chau lhe apresentava clientes e era suficientemente simpático para o ajudar a gerir as empresas, noticiou ainda a TDM Rádio Macau. Cheong Chi Kin admitiu também que três contabilistas do grupo Suncity o ajudavam com as contas das apostas paralelas, sendo pagos por Patrick Wong, trabalhador da Suncity e oitavo arguido no processo. Cheong Chi Kin continua a ser ouvido hoje em tribunal.
João Santos Filipe Manchete SociedadeAbandono | Irmãos encontrados mortos em avançado estado de decomposição A situação foi detectada na quarta-feira, após o alerta de um vizinho que estranhou não ver os dois irmãos há quase um mês. A irmã era responsável pelo irmão, que tinha problemas de mobilidade e raramente saía de casa Dois irmãos idosos foram encontrados mortos em casa, de acordo com informação divulgada pela Polícia Judiciária (PJ). O caso foi classificado como descoberta de dois cadáveres, mas as autoridades admitiram ainda não ter elementos sobre todos os factos referentes ao caso. Segundo o relato das autoridades, o alerta para a possível existência de dois cadáveres num prédio na Rua da Penha chegou ao Corpo de Bombeiros, pelas 16h42. Na origem do aviso esteve a preocupação de um vizinho que decidiu pedir ajuda às autoridades, depois de um longo período sem ver nenhum dos irmãos, um homem e uma mulher de idade avançada. O homem tinha problemas de mobilidade e estava dependente da irmã. Ao forçarem a entrada na residência, os bombeiros depararam-se com dois corpos, em quartos separados, em avançado estado de decomposição. A informação revelada pela Polícia Judiciária na quarta-feira à noite, mostrava que as autoridades não sabiam qual dos irmãos tinha morrido primeiro. Sobre a mulher, de 78 anos, foi referido que “terá morrido há mais de um mês”. A residente era responsável pelo irmão, de 74 anos, que estava dependente dos seus cuidados permanentes. Porém, o comunicado é pouco específico em relação ao irmão, limitando-se a dizer que “estava morto há muito tempo”. O tempo das mortes indicado pelas autoridades, aponta para as semanas em que o território viveu uma situação de confinamento e ainda da prática de testes em massa regulares. Além destas condições, os corpos não apresentavam marcas de maus-tratos, nem ferimentos que pudessem indiciar agressões ou outros crimes. Apoios aos vizinhos Após a revelação do caso, Agnes Lam, ex-deputada e académica, apelou, através das redes sociais, para que a população se mantenha atenta aos vizinhos. “Tomem conta dos vossos vizinhos e não deixem que esta tragédia volte a acontecer”, escreveu. Também o ex-deputado Sulu Sou comentou a tragédia: “Todas as tragédias sociais são cometidas por homens, não acontecem devido a um simples acidente”, apontou. Não é a primeira vez que pessoas isoladas são encontradas mortas em Macau várias semanas depois do óbito. Em Maio de 2020, uma mulher com 51 anos foi encontrada morta em casa com os dois cães, que também acabaram por morrer por falta de auxílio. Nessa altura, e já no contexto de pandemia, Paul Pun, secretário-geral da Caritas Macau, apelou à proximidade entre a comunidade. “Face ao impacto da pandemia, já fui questionado por várias pessoas sobre o que podemos fazer para contribuir para ultrapassar a situação. Por isso, encorajo a comunidade que se preocupe não só com os familiares, mas também com os vizinhos e com as pessoas com quem se deparam todos os dias”, sublinhou.
João Luz SociedadeTurismo | Shandong e Macau assinam quadro de cooperação A Direcção dos Serviços de Turismo (DST) e o Departamento Provincial de Cultura e Turismo de Shandong assinaram na quarta-feira o primeiro acordo-quadro de cooperação turística, para reforçar a cooperação e intercâmbio na área do turismo e promover o desenvolvimento da indústria turística entre as duas regiões. Segundo um comunicado divulgado ontem pela DST, “o acordo estipula que as partes desenvolvam plenamente as suas vantagens e recursos próprios, promovam projectos de cooperação, criem novos modelos de cooperação, elevem a eficiência da cooperação”. Macau e Shandong acordaram na construção conjunta de zonas turísticas, serviços de consumo, promoção e divulgação, eventos de turismo, intercâmbio de talentos. O Governo da RAEM realça ainda que ambas as regiões pertencem à Aliança de Promoção Turística da Rota da Seda Marítima da China e que no início de Setembro foram retomados os quatro voos semanais entre a RAEM e Qingdao, a maior cidade da província. Uma delegação do Governo Popular da província de Shandong está no território para participar na 10.ª edição da Expo Internacional de Turismo (Indústria) de Macau, que se realiza entre hoje e domingo.
Hoje Macau SociedadeAMCM | Taxa de redesconto sobe para 3,5 por cento A Autoridade Monetária de Macau (AMCM) subiu ontem em 75 pontos-base a taxa de redesconto, para 3,50 por cento. A medida foi justificada com a “indexação da pataca ao dólar de Hong Kong” e “à necessidade da uniformização, em princípio, da evolução da política das duas regiões no âmbito da taxa de juros”, para salvaguardar o funcionamento de indexação cambial da pataca ao dólar de Hong Kong. O ajustamento da taxa de juros em Hong Kong resultou, de igual modo, do regime de indexação do HKD ao dólar americano (USD), na medida em que a Reserva Federal dos Estados Unidos da América (EUA) tomou a decisão, na quarta-feira, de subir em 75 pontos-base a taxa de juros indicadora.
Hoje Macau SociedadeImobiliárias | Preocupação com subida de juros Hong Lei Lei, directora de vendas da agência imobiliária Midland Macau, alertou que o aumento das taxas de juros pode levar as pessoas as venderem as casas abaixo do preço do mercado, por medo de entrarem em incumprimento. Em declarações ao Jornal Ou Mun, Hong mostrou-se preocupada porque teme que o aumento dos juros faça com que os residentes deixem de ter capacidade para pagar as prestações mensais. Na visão da directora, há ainda que considerar um efeito psicológico, porque após vários anos com juros baixos a taxa de incumprimento dos empréstimos foi sempre reduzida. Hong espera também uma menor procura no mercado imobiliário por entender que o Governo aumentou a oferta de habitações públicas. Neste contexto, a directora de vendas da Midland defende que as exigências para ceder créditos para a habitação devem ser facilitados.
Andreia Sofia Silva SociedadeViolência doméstica | Casal impedido de contactar com filho menor Um casal suspeito de agredir o filho de sete anos está indiciado pelo crime de violência doméstica, não podendo ter contacto com a criança, que está à guarda do Instituto de Acção Social. Segundo um comunicado do Ministério Público (MP), o casal está ainda obrigado a apresentar-se periodicamente às autoridades, não podendo permanecer “em locais adjacentes à escola e do local de alojamento temporário” da criança. O objectivo das medidas de coacção é que “seja evitada a perturbação do inquérito e a continuação da prática de actos criminosos da mesma natureza”. A mesma nota do MP dá conta de que o casal “terá punido fisicamente o ofendido várias vezes devido aos problemas de estudo e educação, causando-lhe equimoses em várias partes do corpo”. “Nos últimos dias, enquanto o ofendido foi para a escola, o professor detectou que o mesmo estava com equimoses no corpo, motivo pelo qual o caso foi descoberto”, refere ainda o MP.
João Santos Filipe Manchete SociedadeTurismo | Autoridades cautelosas com Semana Dourada Maria Helena de Senna Fernandes reconheceu que as expectativas do Governo para a Semana Dourada são “um pouco conservadoras”, devido ao impacto da pandemia e à exigência de testes com a validade de dois dias A directora dos Serviços de Turismo, Maria Helena de Senna Fernandes, admitiu que o Governo tem expectativas “um pouco conservadoras” para o número de visitantes durante a Semana Dourada. Em declarações prestadas ontem, a directora não adiantou um número, mas deixou a esperança de que o número de visitantes vá aumentado com o passar dos dias. De acordo com as explicações, citadas pelo jornal Ou Mun, o Governo não espera que haja um grande crescimento do número de visitantes durante os feriados, ao contrário do que acontecia antes da pandemia. Em causa, está a situação pandémica, que pode fazer com que a qualquer altura surja mais restrições de circulação. Outro dos motivos para as previsões conservadoras, é o facto de os turistas necessitarem de um teste de ácido nucleico com a validade de 48 horas para circularem entre Macau e Zhuhai. Várias vozes em Macau pedem que o prazo seja aumentado para sete dias. Contudo, na última vez que esta medida foi tomada, em menos de uma semana, surgiu o surto de 18 de Junho. No entanto, segundo o Governo, não há provas que indiquem que o surto teve origem no Interior. Também ontem, não foi feita qualquer previsão sobre a taxa de ocupação média dos hotéis para o período da Semana Dourada. Trabalho de casa A directora dos Serviços de Turismo abordou também as declarações de Huang Liuquan, vice-director do Gabinete para os Assuntos de Hong Kong e Macau do Conselho de Estado. Durante uma conferência do Departamento de Propaganda do Comité Central do Partido Comunista da China, na terça-feira, foi deixada a promessa que o Interior iria estudar medidas para apoiar Macau. Sobre este assunto, Maria Helena de Senna Fernandes admitiu não ter qualquer informação, mas destacou que as autoridades locais têm de se focar no seu trabalho e promover bem Macau como um destino de turismo. Entre Janeiro e Agosto entraram no território 3.806.263 visitantes, menos 25,8 por cento, face ao período homólogo do ano transacto. Os números de excursionistas (2.341.772) e de turistas (1.464.491) caíram 6,5 por cento e 44,2 por cento, respectivamente.
João Luz Manchete SociedadeJogo | Davis Fong aponta necessidade de adaptação para atrair estrangeiros O futuro do jogo em Macau passa pela adaptação da oferta para atrair apostadores estrangeiros. Este foi um dos caminhos apontados por Davis Fong que indica que o sector continuará a ser âncora da economia local. Por seu lado, Song Wai Kit encara as novas concessões como uma forma criativa para Macau sair da crise A entrada de sete candidatos na corrida às seis concessões de jogo reflecte a forma como Macau ainda é um mercado atractivo, considera o ex-deputado Davis Fong, do Instituto de Estudos sobre a Indústria do Jogo da Universidade de Macau. O académico partilhou a sua visão sobre o futuro do sector e da economia local na edição de ontem do programa Fórum Macau, do canal chinês da Rádio Macau. Na próxima década, Davis Fong prevê que a economia de Macau não dependa exclusivamente da indústria do jogo, mas tenha por base múltiplos sectores impulsionados por políticas do Governo. “Ainda assim, a indústria do jogo continuará a ser o principal pilar da economia de Macau e um garante de estabilidade económica e financeira”, acrescentou o académico. O presidente da Associação de Jogos com Responsabilidade de Macau, Song Wai Kit, também participou na conversa, destacando o papel preponderante para a retoma económica das exigências que o Governo fez para as novas concessões. “Os problemas da economia de Macau emergiram durante a pandemia e puseram a nu a dependência completa do território em relação à indústria do jogo. Estes problemas podem ser resolvidos com os elementos não-jogo exigidos para as novas concessões”, indicou. Song Wai Kit referiu-se especificamente à lista de 11 requisitos obrigatórios para as futuras concessionárias: promover o turismo internacional, a indústria de exposições e convenções, entretenimento, organizar eventos desportivos de grande escala, apostar na arte e cultura, turismo de saúde, parques temáticos, destacar no plano internacional Macau como uma cidade gastronómica, desenvolver o turismo de base comunitária e o turismo marítimo. Influenciadores externos A atracção de turistas e apostadores estrangeiros é uma das condições essenciais no futuro dos casinos do território. Nesse aspecto, David Fong recordou que antes da pandemia, Macau era visitado por cerca de 3 milhões visitantes estrangeiros por ano, totalizando 7,8 por cento dos turistas que visitaram Macau em 2019, principalmente provenientes da Coreia do Sul, Japão e Filipinas. Como tal, o académico defende que a cidade tem atributos únicos, fora do jogo, capazes de atrair turistas estrangeiros. Ainda assim, face ao novo paradigma da indústria, Fong sugeriu aos microfones da emissora pública que o sector se deve ajustar, nomeadamente oferecendo novos jogos, zonas exclusivas para jogadores estrangeiros e funcionários da linha da frente fluentes em língua além do chinês. No fundo, adaptar a oferta para privilegiar o jogador estrangeiro.
Hoje Macau SociedadeCaso Suncity | Cheong Chi Kin volta a ser acusado de ser o responsável pelas apostas ilegais Na sessão de ontem do caso Suncity o arguido Cheong Chi Kin voltou a ser acusado de ser responsável pelo esquema de apostas ilegais que conduziram ao processo. Segundo a TDM Rádio Macau, outro dos arguidos ouvidos, de nome Celestino Ali, disse ter copiado, a pedido de Cheong Chi Kin, um sistema de registo dos clientes das salas VIP dos casinos que ocultava o histórico de dados dos clientes, e que funcionaria fora do âmbito da Suncity. Celestino disse ainda que o sistema servia para registar os dados das apostas paralelas, o que gerou alguma confusão no julgamento, com advogados representantes das operadoras a afirmarem que o arguido se referia a apostas ilegais. De frisar, que um dos advogados de defesa fez reparos à acusação por falar do nome de Cheong Chi Kin e do seu alegado envolvimento no esquema de apostas paralelas, ainda antes de este ter entrado para o grupo Suncity e ter conhecido Alvin Chau. A sessão de hoje promete mais esclarecimentos sobre este assunto, já que será ouvido o arguido Cheong Chi Kin. Celestino Ali negou também estar envolvido na associação criminosa alegadamente liderada por Alvin Chau e responsável pelos crimes de burla e branqueamento de capitais. Celestino Ali começou a trabalhar no grupo Suncity em Abril de 2013 como vice-presidente do departamento de IT. Neste processo, é acusado de criar os sistemas responsáveis pelas operações de apostas paralelas, online e ao telefone, tidas como ilegais.
Hoje Macau SociedadeIAS | Arrancou campanha de promoção de jogo responsável A “Promoção do Jogo Responsável de 2022” começou ontem, com a organização de uma série de actividades promocionais com o objectivo de elevar a “vigilância dos residentes quanto ao vício do jogo e a importância de educação familiar”. A campanha resulta do esforço conjunto Instituto de Acção Social (IAS), a Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos e o Instituto de Estudos sobre a Indústria de Jogo da Universidade de Macau. Até Dezembro serão difundidas “mensagens da prevenção do distúrbio do jogo e do jogo responsável aos residentes”, através de publicidade nas vias públicas, televisão, rádio, vídeos nos autocarros e nas redes sociais. SJM, Wynn, Galaxy, Sands China, MGM, Melco e SLOT – Sociedade de Lotarias e Apostas Mútuas de Macau vão realizar nos seus estabelecimentos “roadshows, actividades flashmob, jogos de perguntas e respostas com prémios, formação de embaixador do jogo responsável, actividades para pais e filhos, carnaval, seminários, workshop, serviços de aconselhamento, etc”.
Hoje Macau Manchete SociedadeTribunal | Alvin Chau diz que apostas ilícitas são recorrentes em Macau Alvin Chau, ex-CEO do grupo Suncity que está a ser julgado por suspeita da prática dos crimes de burla e branqueamento de capitais, disse ontem em tribunal que as apostas ilícitas acontecem com frequência em Macau, na forma de “apostas paralelas” ou “multiplicadas”, em que uma aposta dita formal, ou registada, representa apenas uma parte do real montante gasto em apostas privadas nas salas VIP. A ideia, com esta prática, é evitar o pagamento de taxas sobre essa receita, adiantou. Segundo o portal Macau News Agency (MNA), Alvin Chau garantiu aos juízes que esta prática “acontece em quase todos os casinos em Macau, incluindo nas salas VIP operadas pelos junkets e aquelas que são directamente geridas pelos operadores de jogo”. “Tal começou a acontecer mesmo antes da criação do grupo Suncity. Provavelmente antes da transição. É um lugar-comum. Acontece todos os dias”, frisou o primeiro arguido do processo. Esta prática, referiu ainda, acontece quando nas salas VIP se juntam grupos com mais de dez pessoas, compostos por jogadores e diferentes representantes de promotoras de jogo. “Muitas vezes os funcionários [nos casinos] podem dispersar os grupos se houver muita gente nas pequenas suites, e podem perguntar aos jogadores o que estão a fazer, e eles vão dizer apenas que são amigos”, salientou Alvin Chau. O arguido foi questionado sobre uma possível intervenção de agências neste processo, mas Chau disse apenas “que é difícil” que isso aconteça, uma vez que apenas está em causa “um entendimento verbal entre jogadores e representantes dos junkets”. Sem aviso Nas declarações prestadas no segundo dia de julgamento, Alvin Chau apontou ainda o dedo ao regulador, a Direcção da Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ), ao referir que a entidade nunca disponibilizou materiais promocionais que informem os jogadores de que as apostas paralelas não são legais em Macau. A acusação do Ministério Público fala de empresas ligadas à Suncity que geriam estas apostas, tendo sido revelado em tribunal um documento com regras a cumprir pelos funcionários sobre este tipo de apostas. O documento, segundo a MNA, tinha o logotipo da Suncity. Alvin Chau, que desde o primeiro dia de julgamento nega todas as acusações que lhe são imputadas, voltou a recusar também o envolvimento da empresa que liderou. “As apostas debaixo da mesa não faziam parte do negócio da Suncity, e ninguém da nossa empresa tinha direito a autorizar este tipo de apostas”. Acusado de operar apostas online e via telefone [em que uma pessoa funciona como intermediário na aposta], Alvin Chau disse que o grupo Suncity deixou de operar apostas via telefone em 2016, após esta acção ter sido banida em Macau, tendo continuado este tipo de operação nas Filipinas. “A Suncity apenas esteve envolvida no negócio das apostas telefónicas, mas não nas apostas online”, frisou.
Hoje Macau SociedadeCartões de crédito | Mensagens de amigos levam a burlas Pelo menos duas pessoas foram apanhadas num esquema onde o chamariz era um sorteio numa plataforma de compras online, publicitado por mensagens de contas em redes sociais de amigos. De acordo com informação veiculada pela Polícia Judiciária, a estratégia tinha como objectivo reconhecer dados pessoais. Para se habilitarem a receber o prémio inexistente, foram solicitadas às vítimas informações sobre cartões de crédito e códigos de verificação. Depois de a vítima ter verificado que o seu cartão de crédito fora usado várias vezes, ligou ao amigo com quem pensava estar a falar e apercebeu-se que teria caído numa burla. Segundo o canal chinês da Rádio Macau, as autoridades policiais tomaram conhecimento de outras pessoas cujos perfis em redes sociais foram pirateados e de contactos semelhantes a pedir dados bancários. Até ao momento, não foram feitas detenções, mas as autoridades continuam a investigar os casos.
João Santos Filipe SociedadeQueixa contra maus-tratos em creche na Areia Preta Uma encarregada de educação apresentou queixa na polícia contra uma creche situada na Areia Preta e acusa uma trabalhadora da instituição de actos de violência contra o filho que chegou a casa com uma mão deslocada. A situação foi denunciada ontem e resultou num comunicado do Instituto de Acção Social que afirmou estar “muito preocupado”. Segundo a denúncia, a criança começou a frequentar a creche no ano passado e no início tudo corria bem. Contudo, em duas situações diferentes, em Dezembro e Março, a menor chegou a casa com feridas na cara. A mãe confrontou a creche, que disse que os ferimentos tinham resultado da interacção com as outras crianças. No entanto, a 13 deste mês, a situação atingiu outras proporções. Nesse dia, a criança chegou a casa e, ao contrário do habitual, não tinha fome nem vontade de brincar, o que fez com que a encarregada de educação decidisse levá-la ao médico. Na clínica, o médico pediu à mãe que levasse a criança para o hospital, para fazer um raio-X, porque a mão estava inchada, e sempre que era tocada causava dor. No Hospital São Januário, o Raio-X confirmou que a mão estava deslocada, o que levou a que fosse necessário tratamento para colocá-la no sítio. Pressão alta Após o diagnóstico, a encarregada de educação contactou a creche e exigiu esclarecimentos, tendo sido ignorada. Nos dias seguintes, foi à creche e abordou diferentes educadoras e assistentes, que lhe garantiram que não tinha acontecido nada de especial à criança. Foi ainda avançada a hipótese de a lesão ter sido causada por uma postura pouco correcta da criança, durante o período da sesta. As explicações não convenceram a mãe que exigiu ter acesso às imagens de videovigilância. Contudo, inicialmente, só lhe foi garantido o acesso a quatro segmentos das imagens. Revoltada, confrontou a directora da escola ameaçando chamar imediatamente a polícia. Só assim teve acesso às gravações integrais. Segundo a mulher, na gravação integral é possível ver uma das assistentes, num acto de violência, a levantar a criança por uma mão, até esta ficar totalmente suspensa no ar. A mãe acredita ter sido nesta altura que a mão foi deslocada, porque após este acto, a criança começou a chorar e as imagens mostram que deixou de conseguir agarrar objectos com aquela mão. Apesar do choro, a mãe diz que a criança foi ignorada pelas educadoras e assistentes. Confrontado com o caso, o IAS afirmou que vai auxiliar nas investigações da polícia e declarou fazer inspecções às creches regularmente.
Hoje Macau Manchete SociedadeCovid-19 | Validade de testes para sair de Macau passa para 7 dias As autoridades de saúde anunciaram ontem que a validade do teste de ácido nucleico para sair de Macau para o estrangeiro passou de 48 horas para sete dias. A medida aplica-se aos voos para Singapura e Taiwan Macau alargou à meia-noite de ontem, de 48 horas para sete dias a validade do teste negativo da covid-19 exigido a quem apanha um voo na RAEM. O Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus dos Serviços de Saúde (SSM) anunciaram ontem a medida, que também se aplica aos voos para Singapura e Taiwan. Ao contrário de Taiwan, que ainda impõe a todas as pessoas que chegam à ilha uma quarentena de três dias num hotel designado para o efeito, Singapura permite a entrada de visitantes sem quaisquer restrições. O comunicado do centro refere ainda que deixa de ser necessário qualquer teste para quem viaja para a região vizinha de Hong Kong, através da ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau. Hong Kong não impõe quarentena a quem chega a Macau, porém, quem entrar na RAEHK, através dos programas “Come2hk Scheme” ou “Return2hk Scheme”, terá de apresentar agora o certificado de teste de ácido nucleico com resultado negativo, no prazo de 72 horas após a data da amostragem, exigido pelas autoridades de Hong Kong. Voos interiores No que toca aos voos para a China continental, o território irá também exigir um teste negativo realizado no máximo sete dias antes da partida. No entanto, o comunicado sublinha que algumas regiões da China têm requerimentos mais apertados, que podem ir até à exigência de um teste realizado 24 horas antes da partida. Macau segue a política de zero casos, apostando na testagem massiva da população e em confinamentos para evitar a propagação dos casos de covid-19. Ao contrário do que acontece para quem entra pela fronteira com a China continental, quem chega do estrangeiro ou de Hong Kong continua a ser obrigado a cumprir uma quarentena de sete dias num hotel, seguido de três dias de “autovigilância médica” que pode ser feita em casa.