Ho Iat Seng em Portugal | Empresas procuram expansão na China

É certo que a comitiva de empresários não se deslocou à vila de Campo Maior, à fábrica do grupo Delta Cafés, como estava inicialmente previsto, mas a empresa marcou presença no seminário de promoção de investimento desta quarta-feira. Ao HM, Dinis Cunha, responsável de vendas para os mercados internacionais da Delta, disse que o objectivo é expandir a presença que o grupo já tem na China com a Delta Food Xangai. Em Macau, o grupo trabalha há muitos anos com um distribuidor. O território serviu de plataforma comercial, mas a Delta decidiu apostar por si própria no continente, contou.

“Queremos desenvolver essa presença que já temos e expandir a presença no grande continente chinês, mais do que um país. Sabemos que é um país mais virado para o chá, mas há uma tendência de desenvolvimento ao nível do café e queremos aproveitar a presença que já lá temos. Esta expansão não é feita com alguns parceiros, mas sim com uma rede entre várias entidades governamentais das várias regiões.”

Fim dos vistos Gold

Isabel Pinho, representante da Across Coast, ligada à área do imobiliário, também marcou presença no evento. “A nossa empresa está há 17 anos no mercado e já trabalhamos há algum tempo com pessoas de Macau. Estamos ligados ao investimento imobiliário e queremos aprofundar um pouco mais esses contactos. Trabalhamos com vistos gold, mas também com empresas e particulares que querem investir em Portugal.”

Isabel Pinho adiantou que existe “uma relação histórica” entre Portugal, China e Macau, além de que a China “tem sido um grande investidor [em Portugal]”, pelo que “existe uma forte vontade de colaboração, algo que vai continuar e ser vantajoso para ambas as partes”.

Sobre o fim dos vistos Gold em Portugal, a representante da Across Coast garantiu que haverá um impacto negativo “no investidor mais pequeno”. “Talvez não seja tão problemático para os grandes investidores, pois nestes casos o intuito não era tanto o visto gold. Acredito que haja alguma diminuição nesse segmento e noto que existe alguma frustração em pessoas que compraram em Portugal e que já tinham essa intenção e agora não o podem fazer”, rematou.

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