Hoje Macau SociedadeJogo em Portugal | Estoril Sol tenta nova concessão As propostas para a concessão da exploração das zonas de jogo do Estoril e Figueira da Foz foram abertas na segunda-feira e encontram-se, “neste momento”, em fase de “análise”, divulgou o Ministério da Economia e Mar do Governo português. Em comunicado, o ministério tutelado por António Costa Silva refere que “o prazo para a apresentação de propostas para a concessão da exploração das zonas de jogo do Estoril (casinos do Estoril e de Lisboa) e da Figueira da Foz terminou na passada sexta-feira, dia 30 de Setembro”. A Estoril Sol, fundada por Stanley Ho e liderada actualmente por Pansy Ho, apresentou proposta para a concessão da zona de jogo do Estoril e revelou que foram apresentadas duas candidaturas neste âmbito, de acordo com um comunicado enviado posteriormente à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). “Na sequência do anúncio do concurso público internacional para atribuição da concessão da Zona de Jogo do Estoril, publicado no D.R. [Diário da República], de 19 de Agosto de 2022, a Estoril-Sol, SGPS, SA, informa que no dia de hoje, 03-10-2022, o júri do concurso procedeu à publicação da lista de propostas, verificando-se que há duas propostas submetidas na plataforma electrónica do concurso”, referiu a empresa. Valor inferior O grupo informou que “a proposta concorrente apresenta, na sua globalidade, um valor superior ao da proposta apresentada” pela sua subsidiária Estoril Sol (III) S.A., adiantando “que irão decorrer agora os prazos para que o júri analise e avalie as propostas apresentadas”. Os contratos de concessão dos dois casinos tinham terminado no final de 2020, mas foram prolongados por dois anos devido ao impacto da pandemia. Em 19 de Agosto, os anúncios dos concursos para as concessões dos casinos do Estoril e da Figueira da Foz foram publicados em Diário da República, prevendo uma duração contratual de 15 anos, renováveis por cinco anos. O casino Estoril é explorado pela Estoril Sol e o da Figueira da Foz concessionado à Amorim Turismo.
João Santos Filipe Manchete SociedadeJogo | Receitas caíram 50% durante o mês de Setembro Com um valor de 2,96 mil milhões de patacas as receitas dos casinos registaram em Setembro mais uma quebra, agora de 49,6 por cento face ao período homólogo de 2021. Em relação a Agosto, as receitas referentes ao mês passado cresceram Em Setembro deste ano, os casinos de Macau encaixaram 2,96 mil milhões de patacas, que representou uma quebra de 49,6 por cento face ao período homólogo, dado que no ano passado os casinos tinham apurado receitas de 5,88 mil milhões de patacas. Os números foram revelados no sábado pela Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ). Porém, as receitas cresceram 35,3 por cento, em comparação com Agosto deste ano, quando o montante deixado pelos apostadores nos casinos do território tinha sido de 2,19 mil milhões de patacas. Em relação aos primeiros nove meses do ano, as estatísticas dão conta de uma quebra nas receitas de 53,1 por cento, de 67,79 mil milhões de patacas, para 31,82 mil milhões de patacas, entre Janeiro e Setembro deste ano. No início de Setembro a RAEM voltou a autorizar a entrada de viajantes com a nacionalidade de 41 países, além dos que têm nacionalidade chinesa e portuguesa. Apesar disso, todos os que vêm de fora, e ao contrário do que acontece com as pessoas vindas do Interior, continuam obrigados a cumprir quarentena, de pelo menos sete dias. Copo meio cheio Se, por um lado, os números mostram que as receitas continuam em níveis inferiores aos do ano passado, por outro, a agência de notação financeira Fitch Ratings, mostra-se confiante no mercado local. No entanto, Colin Mansfield, líder do departamento do Sector de Jogos, Hotelaria e Lazer dos EUA, acredita que o mercado local está consolidado e que assim que forem levantadas as restrições de circulação Macau vai voltar a assumir-se como o principal mercado do jogo do mundo. “As outras jurisdições do jogo mostraram uma procura e recuperação fortes, logo que as restrições de viagem foram levantadas, sendo esta a razão que leva a que Macau esteja atrasada em relação ao resto do mundo”, indicou Colin Mansfield. “No longo prazo, a Fitch continua a acreditar que Macau vai ter o maior mercado do jogo do mundo e que não vai perder a quota de mercado para outras jurisdições concorrentes da região Ásia-Pacífico”, acrescentou. A Fitch argumenta ainda que Macau tem duas grandes vantagens em relação a outras jurisdições, que passam pela proximidade com o Interior e o facto de ter quase 40 casinos, prontos para servir diferentes tipos de clientes.
João Luz Manchete SociedadeCiência | Agência Espacial vai recrutar um astronauta em Macau A Agência Espacial Chinesa abriu um programa de recrutamento de astronautas que inclui uma vaga para um residente de Macau de nacionalidade chinesa. Além dos requisitos académicos e físicos, os candidatos devem amar a pátria e apoiar o princípio “Um País, Dois Sistemas” A China Manned Space Agency vai recrutar entre 12 a 14 astronautas de reserva para futuras missões espaciais, dois deles serão seleccionados em Macau e Hong Kong. Um dia depois do anúncio, foram apresentados na segunda-feira os requisitos básicos do “programa de selecção em Macau de especialista em carga útil”, o posto técnico que será preenchido por um profissional da RAEM. A apresentação foi organizada pelo Gabinete de Engenharia Espacial Tripulada da China, implementada pelo Centro de Formação em Estudo Científico de Astronautas da China, coordenada pelo Gabinete para os Assuntos de Hong Kong e Macau junto do Conselho de Estado e co-organizada pela Autoridade de Aviação Civil de Macau, Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude e Serviços de Saúde. As inscrições estão abertas até ao dia 17 de Outubro. Os requisitos de candidatura, publicados na página da Autoridade de Aviação Civil de Macau, indicam que os candidatos da RAEM devem ser residentes permanentes de nacionalidade chinesa, com idades compreendidas entre 30 e 45 anos. É exigido aos candidatos de sexo masculino que tenham alturas entre 162cm e 175cm, e às candidatas alturas entre 160cm e 175cm. Em termos de formação académica, é exigido doutoramento e experiência de, pelo menos, três anos em “áreas como biologia, medicina, psicologia, ciência dos materiais, física, química, engenharia biomédica, engenharia mecânica, engenharia eléctrica, astronomia, entre outras disciplinas”. Além disso, os candidatos devem ser proficientes em chinês e inglês e ter bom domínio do mandarim. Os requisitos físicos exigem boas condições física e ausência de alergias. “Os candidatos devem indicar se têm historial familiar de doenças que possam afectar a missão espacial. Além disso, “a acuidade visual de ambos os olhos não pode ser inferior a 0,1”, se o candidato recorre a correcção visual, “a acuidade visual não for inferior a 0,8”, sem deficiência na detecção de cores”. A boa saúde mental é também mencionada como requisito físico. Amor na terra O segundo requisito de candidatura para o cargo de “especialista em carga útil” implica o “amor a pátria e apoio ao princípio ‘Um País, Dois Sistemas’, “respeito pela Constituição da República Popular da China e Lei Básica da RAEM”. Os candidatos “não podem ter registo criminal e devem estar dispostos “a dedicarem-se à missão espacial tripulada”. Este grupo de requisitos essenciais são extensíveis aos familiares dos candidatos. Além dos dois recrutados nas regiões administrativas especiais, para preencher entre cinco a seis vagas de engenheiros espaciais e especialistas em carga útil, a China Manned Space Agency irá recrutar entre sete e oito pilotos de naves espaciais entre quadros das forças armadas. O período de recrutamento deve durar cerca de um ano e meio. Em Macau, as autoridades destacaram a posição de vantagem da Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau (MUST, na sigla em inglês), onde funciona o Laboratório de Referência Estatal Chinês para as Ciências Lunares e Planetárias, que tem colaborado com instituições do Interior na corrida nacional ao espaço. O presidente da universidade, Joseph Hun-wei Lee, destaca a colaboração com o Lanzhou Institute of Physics, que resultou em análises de carga realizadas em Macau para missões espaciais. “Também fizemos a previsão meteorológica quando o rover da Tianwen-1 posou em Marte. Estas colaborações constantes que vamos acumulando são uma vantagem para Macau, francamente falando quando comparado com Hong Kong”, afirmou o presidente da MUST ao Canal Macau da TDM. No capítulo das dificuldades, Joseph Hun-wei Lee realçou os exigentes exames físicos e psicológicos para participar nas missões espaciais chinesas. “Se virmos os astronautas anteriores, além de serem profissionais, muitos também eram militares. A exigência física é muito alta. Assim, para Macau, além de ser preciso conhecimento em ciências aeroespaciais e ser capaz de realizar investigações no espaço, há exigências físicas e psicológicas que acredito poderem ser um desafio”, acrescentou. Para ajudar na preparação física, a MUST está disposta a apoiar os candidatos com treinos para os exames. Depois de enviar 14 astronautas em missões espaciais, a China começa agora a quarta ronda de recrutamento. Os candidatos seleccionados em Macau e Hong Kong vão receber formação durante cerca de dois anos no Interior da China.
João Luz SociedadeAbuso sexual | Aumento justificado com “falta de experiência social” das vítimas Depois do anúncio de que na primeira metade de 2022 os abusos sexuais de crianças aumentaram 70 por cento, o deputado Ho Ion Sang pediu um estudo de resposta ao fenómeno. O Governo apontou como causas a falta de experiência social e sentido de prevenção das vítimas e comprometeu-se com a aposta na consciencialização e acompanhamento psicológico “Após a análise em geral dos casos de abuso sexual de crianças, instaurados no primeiro trimestre deste ano, a Polícia verificou que estes casos têm a ver com a falta de experiência social das vítimas ou com a influência que sobre elas exerce a informação indecente e obscena via online, e que as mesmas não possuem suficiente sentido de prevenção, sendo estas as circunstâncias que os criminosos aproveitam para praticar o acto ilícito.” Esta foi uma das explicações avançadas pelo Instituto de Acção Social (IAS), em resposta a uma interpelação de Ho Ion Sang. O deputado ligado à União Geral das Associações dos Moradores de Macau pediu acção e explicações para o aumento dos casos de abusos sexuais de crianças verificados no primeiro semestre do ano, que subiram 70 por cento em termos anuais. Na resposta assinada pelo presidente do IAS, Hon Wai, é indicado que “os arguidos envolvidos são, maioritariamente, pessoas com relações próximas das vítimas ou estranhos que as mesmas conheceram via online”. Como tal, a resposta ao aumento dos crimes de abuso sexual de crianças passa pelo reforço da educação sexual e o envolvimento conjunto de escolas, famílias, com a apoio na divulgação por “associações e os meios de comunicação social”. Além disso, o Governo refere que as autoridades policiais têm divulgado, “de forma contínua, informações e vídeos publicitários sobre prevenção criminal nas redes sociais” e “realizado palestras e actividades, nas escolas, sobre prevenção criminal.” O trabalho não se restringe à escola, mas também ao lar. Nesse sentido, o IAS e as instituições de serviços de apoio a crianças, jovens e famílias têm organizado “actividades de educação sexual na família, com o objectivo de assistir os encarregados de educação no que toca à educação sexual e os métodos de ensino da matéria para seus filhos”. Saber é poder Outro ponto de acção, prende-se com o reforço da consciência das crianças para o que é uma agressão sexual de forma a permitir o desenvolvimento das capacidades de auto-protecção e noção de quando devem pedir apoio. Além disso, Hon Wai reitera a importância de promover o bom uso da internet, assim como a monotorização do tempo passado online. Nas escolas, o presidente do IAS indica que a Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) criou a “Base de Recursos sobre a Educação Sexual” e combinou informações de diversos departamentos para a criação da “Base de Recursos Pedagógicos de Educação Moral e Cívica”. A estes instrumentos juntam-se agentes de aconselhamento que realizam nas escolas “actividades de aconselhamento relacionadas com a educação sexual, formando atitudes e valores sexuais correctos nos alunos”. Abuso adicional No que diz respeito à educação parental, “a DSEDJ realizou com as escolas, actividades relacionadas com a educação sexual para pais e filhos, destinadas aos encarregados de educação e elaborou uma série de brochuras, de modo a auxiliar os encarregados de educação na educação sexual em casa”. O presidente do IAS destacou também que as autoridades policiais, a DSEDJ, o IAS e o Centro Hospitalar Conde de São Januário “estabeleceram procedimentos para as acções colaborativas, de modo a que as crianças vítimas sejam protegidas de danos secundários que possam vir a surgir durante a revelação do caso, o processo judicial e/ou a intervenção médica. Na fase de inquirição em casos de abuso sexual de crianças, as autoridades conduzem os procedimentos numa “sala separada e, conforme a situação concreta da vítima, é feita uma selecção adequada do género do pessoal responsável pela inquirição”. Desta forma, as autoridades pretendem acalmar e estabilizar emocionalmente as vítimas, ao mesmo tempo que lhes explicam a necessidade da inquirição, com o objectivo de “evitar uma possível revitimização”. O abuso sexual de crianças foi um dos crimes que contrariou a tendência de redução da criminalidade no primeiro semestre de 2022, com um total de 17 casos, face aos 10 casos registados no mesmo período do ano passado, representando um aumento de 70 por cento. Os dados revelaram a tendência de aumento do número de abusos sexuais cometidos depois de contactos em aplicações móveis de namoro, realidade que também se verificou em crimes em que as vítimas eram menores.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadePátio da Claridade | Proprietário quer revitalizar zona, mas não consegue Há um novo projecto de revitalização para o Pátio da Claridade, no Porto Interior, mas a actual legislação impede o proprietário de reconstruir e ali desenvolver um projecto turístico inovador. Conselho do Planeamento Urbanístico discutiu nova proposta de revitalização, que será novamente analisada pelo Executivo O lote das antigas casas construídas em madeira, com varanda, situado no Pátio da Claridade, corre o risco de ruína devido à legislação em vigor que impede o proprietário de ali desenvolver um projecto de revitalização, mantendo as características históricas do local. A planta de condições urbanísticas (PCU) submetida pelo proprietário foi ontem discutida pelo Conselho do Planeamento Urbanístico (CPU), mas será novamente analisada pelo Governo, tendo em conta que a maioria dos vogais defendeu a preservação e um diálogo aprofundado com o dono da propriedade. Rui Leão, arquitecto, que ontem assistiu à reunião do CPU com o proprietário, defende que é necessário alterar e flexibilizar a legislação para preservar mais propriedades do género. “O que está implícito nesta PCU é que ninguém vai tocar na propriedade, que vai entrar em ruína mais cedo ou mais tarde”, disse ao HM. “Há muito que o proprietário quer ali implementar um projecto que dê resposta a um novo tipo de oferta turística, pois está na zona certa, perto do templo de A-Má, e tem todas as condições para oferecer uma experiência cultural integrada, o que é raro em Macau”, frisou. Sem querer divulgar o nome do proprietário, Rui Leão explicou que a sua intenção é mostrar que o sector privado também pode investir na revitalização do património, sendo necessária a garantia de sustentabilidade económica. Nesse sentido, o arquitecto defende mudanças na legislação que melhor definam as contrapartidas dos proprietários privados que investem, como um regime de subsídios, ou o estabelecimento do regime de contrapartida de direitos aéreos. Tal determina, por exemplo, que, no caso de um proprietário só poder construir dois de dez metros em altura propostos, possa erguer a restante área num outro local onde não haja restrições por causa do património. De frisar, que na reunião de ontem do CPU, um dos vogais apontou este problema. “Outro membro do CPU lamentou a pouca flexibilidade da legislação em vigor. “Se observarmos as opiniões não vinculativas do IC nem é permitido fazer qualquer revitalização. Há restrições em relação à altura [das casas] e com isso é impossível revitalizar a zona. com tantas regras é como se não fosse permitido revitalizar ou construir”, rematou. Problema antigo O lote de casas no Pátio da Claridade, situado na zona do Porto Interior, era propriedade da Sociedade de Turismo e Diversões de Macau (STDM) que sempre arrendou os apartamentos a famílias com baixos rendimentos. A necessidade de requalificação já se coloca desde 2007, sendo que, em 2010, a STDM enviou cartas de despejo aos moradores. No entanto, nada aconteceu até à data. Caso o novo projecto avance, “o proprietário está atento à questão do alojamento dos moradores e está em diálogo com eles”, garantiu Rui Leão. Um dos vogais do CPU lembrou o lado histórico desta propriedade. “Estes edifícios foram construídos por personalidades ricas como Ho Yin e Stanley Ho e foram deixados para muitas pessoas viverem pagando uma renda. Se for feita apenas uma pequena reparação não terá muito interesse. Podemos ter outros meios para que se torne num ponto turístico”, disse. Outro vogal defendeu a necessidade de dialogar com o proprietário, para que haja “uma ponderação entre a propriedade privada e a revitalização”, além de que “devia ser elaborada uma proposta sobre a altura” de construção. O representante do Instituto Cultural no CPU descreveu o lote de casas no Pátio da Claridade como sendo “um pouco especial, com estilo português”, sendo esta “uma das construções mais completas e preservada, em relação a outros pátios em Macau”. O parecer não vinculativo do IC pede a preservação da fachada e as características de construção. De frisar que o Pátio da Claridade não é um monumento classificado e não está numa zona tampão ou de protecção no que ao património diz respeito, mas as características históricas que possui impõe a importância de preservação.
Hoje Macau SociedadeDST | Esperados 170 mil turistas na Semana Dourada A Direcção de Serviços de Turismo (DST) está a prever que durante os sete dias da Semana Dourada passem pelo território cerca de 170 mil visitantes. A previsão foi feita ontem por Cheng Wai Tong, subdirector da DST, com declarações citadas pela Rádio Macau. Segundo as contas apresentadas por Cheng, o número de visitantes tem aumentado nos últimos dias para uma média superior a 20 mil por dia. Por isso, o subdirector da DST acredita que nos próximos sete dias, com os feriados no Interior, é possível registar uma média diária de 25 mil por dia, que se vai traduzir no total de 170 mil visitantes. Além disso, por agora, está confirmada a realização do fogo de artifício no dia 1 de Outubro, pelas 21h. No caso de haver chuva ou o aproximar de tufões, as autoridades vão tentar cumprir o calendário, mas com a ressalva de terem de cancelar por motivos de força maior. Em conversa com os jornalistas, Cheng Wai Tong mencionou também a retoma da emissão de vistos electrónicos para excursionistas pelas autoridades do Interior. A medida, apresentada como um apoio do Governo Central ao turismo local, deverá ser implementada, no melhor cenário, a partir do final de Outubro. Como forma de preparação para a retoma dos vistos electrónicos de excursionistas, Cheng garantiu que as autoridades de Macau se estão a coordenar com as congéneres, para garantir uma agilização do processo.
João Santos Filipe Manchete SociedadeMuseu GP | Serviços de Turismo lançam concurso para gestão Depois de três anos em que a Associação Geral de Automóvel de Macau recebeu 40,4 milhões de patacas, por ajuste directo, para gerir o museu, os Serviços de Turismo vão apostar agora num concurso público A Direcção de Serviços de Turismo (DST) lançou um concurso público para a gestão operacional do Museu do Grande Prémio de Macau. É a primeira vez, desde a reabertura do museu, em 2021, que a gestão vai ser atribuída por concurso público. Segundo as regras do procedimento, publicadas ontem no Boletim Oficial, o limite máximo a cobrar pela prestação do serviço com a duração de um ano é de 27,5 milhões de patacas. As empresas interessadas têm de apresentar pelo menos 41 trabalhadores para operar o espaço, entre os quais 2 responsáveis pela gestão operacional e coordenação, 38 da linha da frente e um consultor. Afastada, está a possibilidade de haver propostas por parte de consórcios, um aspecto que é expressamente proibido pelas regras divulgadas da Direcção de Serviços de Turismo. Em relação aos critérios de avaliação, um dos factores que mais pesa na ponderação final é o preço da proposta, com um peso de 40 por cento. O plano de implementação do serviço de gestão operacional é outro dos aspectos avaliados, com um peso de 40 por cento, mas dividido em três áreas: plano de gestão operacional durante o período de serviço, desenvolvimento durante o período de serviço e selecção de mão de obra qualificada para o museu. Finalmente, a experiência do concorrente, avaliada pelos serviços “semelhantes” prestados nos sectores público e privado conta 20 por cento. Ricos ajustes Nos últimos três anos, a gestão do Museu do Grande Prémio foi adjudicada à Associação Geral de Automóvel de Macau – China, num valor que atingiu os 40,4 milhões de patacas. No primeiro ano do contrato, o valor foi de 11,6 milhões, no segundo ano de 13,3 milhões de patacas e o último vinculo, com a data 22 de Fevereiro deste ano, valeu à Associação Geral de Automóvel de Macau – China 15,5 milhões de patacas. As propostas das empresas interessadas têm de ser apresentadas até às 13h do dia 26 de Outubro, com a abertura das propostas a ser feita no dia seguinte, pelas 10h no Edifício Hotline. O museu do Grande Prémio foi reaberto em 2021, depois de obras de renovação que tiveram um custo de 479 milhões de patacas. Entre as novas atracções, destaca-se um mural com a cara do piloto Ayrton Senna, da autoria do artista português Vhils, custeada em cerca de 930 mil patacas.
Hoje Macau SociedadeJogos | Receitas dos impostos cifraram-se nos 14 mil milhões As receitas do jogo arrecadas pela Administração até Agosto foram de 14,2 mil milhões de patacas, o que representa um montante inferior a 50 por cento das previsões feitas em Julho pelo Governo para o ano inteiro. Segundo a TDM – Rádio Macau, o montante representa uma taxa de execução de 41,2 por cento, já que o Governo, depois da revisão do orçamento de Julho, espera arrecadar 34 mil milhões de patacas em impostos provenientes do jogo. Contudo, a verba não deverá ser atingida e, por isso, o Chefe do Executivo e o secretário para a Economia e Finanças já anunciaram uma nova revisão orçamental, que deverá entrar na Assembleia Legislativa em Novembro. Para atingir receitas de 34 mil milhões de patacas, as receitas brutas do jogo ao longo este ano tinham de atingir o valor de 88 mil milhões de patacas. Os números em relação a Setembro só devem ser conhecidos amanhã, no portal da Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ), mas é esperado que o montante anunciado permita ultrapassar ligeiramente os 30 mil milhões de patacas. Até Agosto, o Governo recorreu a quase 47 mil milhões de patacas da reserva financeira, que está inscrita no orçamento como “outras receitas de capital”, para suportar os custos do combate à pandemia e para fazer frente face à redução de receitas provenientes do jogo e de outros impostos, motivadas pela grave crise económica que se vivem em Macau. Nos primeiros oitos meses, a Administracão registou receitas de 69 mil milhões de patacas e despesas de 60 mil milhões, o que permitiu ter um saldo de 8,6 mil milhões de patacas.
Hoje Macau SociedadeSaúde | Virtuleap vence concurso de inovação A ‘startup’ portuguesa Virtuleap venceu ontem um concurso de inovação em Macau, no qual foram distinguidas outras cinco empresas brasileiras e que abre portas a apoios de financiamento e ao mercado chinês. Com um capital de 1,4 milhões de euros e à procura de financiamento na ordem dos dois milhões de euros, a Virtuleap, fundada em 2018, combina neurociência e realidade virtual para ajudar a aumentar os níveis de atenção, no tratamento de doenças cognitivas e para retardar o início do declínio cognitivo. No “Concurso de Inovação e Empreendedorismo (Macau) para Empresas de Tecnologia do Brasil e Portugal 2022” foram seleccionados 14 projectos dos dois países lusófonos. Os vencedores ganharam prémios monetários, num valor máximo de 150 mil patacas, e a garantia de apoios para facilitar o acesso a financiamento e ao mercado da China continental. O concurso foi organizado pelo Gabinete de Desenvolvimento Económico e Tecnológico do Governo de Macau e concretizado pela Parafuturo de Macau e pelo Centro de Incubação de Jovens Empresários de Macau, com os projectos em competição a serem analisados por um painel de investidores, docentes universitários, representantes de instituições financeiras e de incubadoras de empresas.
Hoje Macau Manchete SociedadePrevista queda do crescimento económico entre 26,4% e 29,2% este ano A última revisão das previsões macroeconómicas da Universidade de Macau (UM) aponta para uma queda entre 26,4% e 29,2% no crescimento económico do território neste ano. As previsões são estabelecidas tendo em conta dois cenários relativos à evolução da pandemia da covid-19 e ao número de visitantes do território, indicou a análise do Centro de Estudos do Departamento de Economia da UM, divulgado em comunicado na quarta-feira. Devido às limitações das condições internas e externas, “especialmente como estabelecer um conjunto de políticas de prevenção e controlo adequadas a Macau”, a população continua a não ver “perspectivas claras” e “a recuperação económica efetiva pode estar longe de ser uma realidade”. Além da queda do crescimento económico, também as exportações de serviços devem cair entre 31,3% e 33,6%, e as receitas atuais do governo de Macau podem situar-se entre 29,3 mil milhões e 33,3 mil milhões de patacas, de acordo com a versão revista da Previsão Macroeconómica para Macau 2022. Os investigadores lembraram que, no primeiro semestre de 2022, as condições económicas para Macau foram extremamente difíceis, com o governo a manter restrições de viagem rigorosas devido aos casos de covid-19 nas regiões chinesas vizinhas. No primeiro trimestre deste ano, o produto interno bruto (PIB) caiu 8,9% em relação ao ano anterior. Em junho e julho, o território viveu o pior surto de covid-19 desde o início da pandemia, com as autoridades a decretar 14 rondas de testes obrigatórios para toda a população e um confinamento de duas semanas. A partir de meados de junho, o PIB caiu 39,3%, em termos anuais, para regressar aos níveis do segundo trimestre de 2020. “Sob as múltiplas e rigorosas medidas de controlo local, muitas atividades diárias não puderam ser realizadas, e a economia continuou a deteriorar-se”, indicaram. Os investigadores acrescentaram que, no início deste ano, a previsão para a economia local apontava para uma abertura gradual e, mesmo perante um surto no território, o pior cenário seria um regresso ao nível económico de 2021. No entanto, com a variante Ómicron do novo coronavírus, mais contagiosa, e medidas de prevenção e controlo mais rigorosas, a situação alterou-se e as previsões não a acompanharam. Por outro lado, as condições económicas externas também sofreram uma alteração significativa, com uma elevada inflação. “Por estas razões, a equipa de investigação reviu a previsão anterior e nota que as condições económicas permanecem precárias para o resto do ano”, sublinharam. Em resposta a possíveis mudanças na evolução da pandemia e nas políticas governamentais, a equipa considerou dois cenários diferentes: o primeiro pressupõe um crescimento estável no quarto trimestre de 2022 e um número de visitantes a atingir, de novo, o nível do final de 2021: 1,95 milhões. O segundo cenário estudado apresenta piores condições: Macau enfrentará mais um mês de confinamento, recebendo apenas 1,31 milhões de visitantes. Os investigadores observaram também que, sem receitas turísticas, a economia de Macau “poderá não conseguir desenvolver-se normalmente”, se as restrições de viagem rigorosas forem mantidas. As previsões apontaram também que, perante os dados atuais, as várias rondas de apoios à população, lançadas pelo governo desde 2020, “têm apenas um impacto a curto prazo e limitado, e não podem substituir os rendimentos obtidos pelas empresas e cidadãos através de transações normais de mercado”. Nos primeiros oito meses do ano, Macau recebeu 3,8 milhões de visitantes, menos 25,8% do que em igual período de 2021 e menos 86% do que em 2019, antes do início da pandemia. A esmagadora maioria dos visitantes, mais de 290 mil, é oriundo da China continental.
Hoje Macau Manchete SociedadeMacau deve ‘vender’ mercado da Grande Baía e atrair multinacionais – BNU O presidente do Banco Nacional Ultramarino (BNU) defendeu hoje que Macau tem “todas as condições para atrair ‘holdings’ multinacionais” e que “deve vender-se” como porta de entrada para a metrópole mundial chinesa da Grande Baía. Carlos Álvares sublinhou que os encargos fiscais em Macau são mais baixos, numa comparação regional, algo que por si só é um elemento de atratividade para a fixação destas empresas, o que teria óbvio impacto na criação de emprego. Por outro lado, o presidente do BNU em Macau sustentou que a região administrativa especial chinesa devia “vender-se” não como um território de menos de 700 mil habitantes, mas cuja escala de potenciais clientes para as empresas fica mais perto dos 80 milhões, que vivem na Grande Baía. Tanto mais porque, salientou o líder do BNU, que pertence ao Grupo Caixa Geral de Depósitos, Macau tem ligações fortes com estas cidades e porque está inserido numa região de “aceleração rápida” a nível económico e financeiro. A Grande Baía é um projeto de Pequim para criar uma metrópole mundial que integra Hong Kong, Macau e nove cidades da província de Guangdong, numa região com cerca de 80 milhões de habitantes e com um Produto Interno Bruto (PIB) superior a um bilião de euros, semelhante ao PIB da Austrália, Indonésia e México, países que integram o G20. As declarações de Carlos Alvarez foram realizadas à margem do “Concurso de Inovação e Empreendedorismo (Macau) para Empresas de Tecnologia do Brasil e Portugal 2022”, no qual são selecionados 14 projetos dos dois países lusófonos, com os vencedores a poderem desenvolver os projetos na região da Grande Baía. Com esta iniciativa pretende-se “descobrir mais projetos de destaque dos países de língua portuguesa, e promover a interação entre a China e os países de língua portuguesa na inovação, empreendedorismo e intercâmbio tecnológico”, assinalaram os organizadores. O concurso é promovido pelo Gabinete de Desenvolvimento Económico e Tecnológico do Governo de Macau e concretizado pela Parafuturo de Macau e pelo Centro de Incubação de Jovens Empresários de Macau.
João Santos Filipe Manchete SociedadeCaso Suncity | Juíza ameaça advogado com proibição de falar A sessão de ontem do julgamento do caso Suncity ficou marcada pelas ameaças da juíza Lou Ieng Ha contra o advogado Pedro Leal. De acordo com o portal Macau News Agency, quando se debatia a admissibilidade das provas em julgamento, a juíza não terá gostada da oposição de vários advogados e ameaçou Pedro Leal, advogado de Celestino Ali, que se voltar a mostrar oposição como fez ontem fica proibido de falar durante o julgamento. O momento quente da sessão, surgiu quando se debateu em tribunal se os depoimentos por escrito dos arguidos, prestados em fase de investigação diante da polícia, deviam ser admitidos como prova pelo tribunal. Depois de abordar o assunto, Lou Ieng Ha determinou que o tribunal admite provisoriamente os depoimentos e que mais tarde vai tomar uma decisão definitiva. No entanto, segundo o portal Macau News Agency, a decisão causou oposição por parte de vários dos advogados presentes, que defendem que os depoimentos prestados apenas perante a polícia não devem ser admitidos como prova pelo tribunal. Vale tudo Assim que vários advogados tentaram intervir e argumentar, Lou Ieng Ha mostrou que a decisão estava tomada e que não há espaço para recuos: “Vocês não podem falar [desta maneira] para forçar o tribunal a fazer algo que não quer… Todos estudaram Direito e todos vocês sabem que há formas de recorrerem da decisão, mas não devem agir desta maneira”, avisou os causídicos. Neste momento, Pedro Leal tentou ainda argumentar mais uma vez e foi ameaçado que seria proibido de falar: “O tribunal já tomou uma decisão…. estou a avisá-lo pela última vez, se voltar a mostrar oposição outra vez [como hoje] vou bani-lo de falar neste julgamento a partir de agora”, intimidou Lou Ieng Ha. Em relação à sessão de ontem, terminou a parte do julgamento em que se ouve a versão dos arguidos. Durante a sessão de hoje, devem começar a ser ouvidas as testemunhas. Alvin Chau é acusado de ter liderado uma sociedade secreta dedicada ao branqueamento de capitais e à promoção de jogo ilegal, tanto online como em apostas paralelas nos casinos de Macau. Segundo a acusação, o grupo criminoso levou a Administração a perder cerca de 8,26 mil milhões de dólares de Hong Kong em receitas fiscais desde 2013.
Andreia Sofia Silva SociedadeColoane | Placas de sinalização em inglês retiradas A Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) explicou ontem que as placas de sinalização de trânsito em inglês, encontradas junto à rotunda do Altinho de Ká Hó, em Coloane, já foram substituídas por placas em português e que a mudança se deveu a um projecto de filmagem no local. “Verificou-se que, devido às necessidades de filmagem, o Type-F Studio, uma produtora local, instalou provisoriamente adereços das placas de sinalização de trânsito no local, no dia 27 de Setembro, entre as 9H30 e as 13h. Na altura, estavam presentes agentes policiais para manter a ordem do trânsito e o requerimento da filmagem tinha sido previamente submetido aos serviços competentes.” De frisar que o deputado José Pereira Coutinho denunciou o episódio nas redes sociais.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeSemana Dourada | Governo prepara actividades para receber turistas Fogo de artifício para comemorar o Dia Nacional e novos elementos no Museu do Grande Prémio já a partir de sábado. São estes alguns ingredientes preparados pelas autoridades para revitalizar o turismo e a economia no período da Semana Dourada que se avizinha Os operadores turísticos e económicos estão de olhos postos nos feriados da Semana Dourada, que se celebra na próxima semana, entre os dias 1 e 7 de Outubro, a propósito do aniversário da implementação da República Popular da China. Com vista à recuperação do turismo e da economia, a Direcção dos Serviços de Turismo (DST) procura “atrair visitantes a Macau através de uma série de actividades festivas diversificadas, enriquecer a experiência turística e, ao mesmo tempo, atrair os visitantes para diferentes zonas comunitárias, revitalizando a economia”. Um dos primeiros eventos acontece no sábado, com um espectáculo de fogo de artifício às 21h na baía em frente à Torre de Macau. Com a duração de 15 minutos, o fogo de artifício será composto por quatro temáticas intituladas “Viva a Pátria”, “Anos Dourados”, “Aspirações comuns para o futuro” e “Juntos traçamos o sonho chinês”. Também a partir de sábado o Museu do Grande Prémio terá dois novos elementos para atrair mais visitantes, tal como um simulador de Fórmula 3, para replicar “a experiência extraordinária de ser piloto”. Será também organizada uma visita guiada de realidade aumentada com o nome “Uma Jornada de RA pela História do GP de Macau”, tendo sido adicionados mais jogos interactivos com o nome “A Partida Clássica” e “Sou Piloto”. Despertar da comunidade Outro projecto que também arranca no fim-de-semana é “O Esplendor das Ilhas – Visitas guiadas às zonas comunitárias” em locais históricos e tradicionais como as Casas-Museu da Taipa e a vila de Ka-Hó, em Coloane. Estes percursos acontecem no sábado, domingo, e nos dias 8 e 9 de Outubro. Para estes dias estão também agendadas visitas guiadas à Rua dos Ervanários, local no centro histórico da península com muito comércio tradicional, e no Largo de Santo Agostinho. A DST organizará ainda a “Feira de Diversões para Desfrutar Macau” nas Casas-Museu da Taipa e a iniciativa “Turismo Nostálgico de Coloane e Património”, nos estaleiros navais de Lai Chi Vun e na vila de Coloane. Na próxima semana, entre quinta-feira e domingo, será possível participar na 22ª edição do Festival de Gastronomia do Sudeste Asiático, que decorre na Rotunda de Carlos da Maia e na Rua da Restauração. Entre amanhã e domingo, dia 9, decorre a actividade “Beleza dos Bairros Antigos 2022 – Feira da Taipa”, sem esquecer a exposição de lanternas “Celebração de Arte e Cultura – Festival de Lanternas Artísticas”, que começa hoje e que termina a 31 de Outubro no Grand Lisboa Palace. A DST aposta ainda nas habituais campanhas promocionais do turismo de Macau e em programas de descontos em parceria com plataformas de comércio electrónico.
João Santos Filipe Manchete SociedadeAPOMAC | Pedido apoio a Santos Silva contra discriminação Jorge Fão enviou uma carta ao presidente da Assembleia da República para que intervenha junto do Governo e permita aos pensionistas portugueses em Macau serem contemplados com o complemento extra da pensão Jorge Fão, presidente da Assembleia Geral da Associação dos Aposentados, Reformados e Pensionistas de Macau (APOMAC), enviou uma carta a Augusto Santos Silva, presidente da Assembleia da República, a pedir que os pensionistas portugueses a viver em Macau recebam o complemento excepcional de pensão. No passado dia 5 de Setembro, o Governo de Portugal, liderado por António Costa, decidiu atribuir um complemento excepcional aos pensionistas, equivalente a 50 por cento do valor mensal da pensão. O Governo liderado pelo Partido Socialista deixou de fora os reformados que residem fora do território, numa medida anteriormente criticado por Jorge Fão como discriminatória. Agora a associação foi mais longe, e enviou uma carta ao presidente da Assembleia da República, também ele membro do Partido Socialista, para que intervenha junto do Governo. “É entendimento dos associados da APOMAC que deve haver igualdade de tratamento e justiça na atribuição de direitos e regalias a todos os cidadãos portugueses, na medida em que todos contribuem, com o seu voto, para as decisões tomadas pelo Governo Português”, é argumentado na missiva. “Venho por este meio, em nome dos associados APOMAC, solicitar a Vossa Excelência, Senhor Presidente da Assembleia da República, que se digne intervir junto do Governo Português, no sentido de os aposentados, reformados e pensionistas de Macau, com direito a pensões, subsídios e complementos, serem contemplados no complemento excepcional a atribuir a todos os pensionistas da Caixa Geral de Aposentações”, é acrescentado. Dificuldades gerais São vários os argumentos apresentados pela APOMAC para que os pensionistas em Macau sejam incluídos pelo Governo português na medida. Por um lado, Jorge Fão explica a Augusto Santos Silva que a inflação não é exclusiva da Europa e que atinge “todas as latitudes deste mundo”. Na carta é igualmente apontado que os reformados em Macau não podem ter acesso aos outros apoios, por limitações geográficas, como a limitação do aumento das rendas, ajuda financeira para o pagamento da tributação dos rendimentos prediais auferidos em 2023, possibilidade dos consumidores de electricidade voltarem ao mercado regulado ou ainda a redução na carga fiscal nos consumos de gasolina sem chumbo ou de gasóleo rodoviário. Por outro lado, Jorge Fão recorda também que a partir de 2011, com fundamento na Contribuição Extraordinária de Solidariedade, os pensionistas portugueses em Macau foram, à semelhante dos que estavam em Portugal, afectados pelos cortes impostos pela troika. Segundo Fão, os pensionistas de Macau “aceitaram pacificamente, pese embora o enorme prejuízo”.
Hoje Macau SociedadeHepatite C | Governo lança projecto piloto de testes rápidos Os Serviços de Saúde de Macau (SSM) têm implementado um projecto piloto de realização de testes rápidos de despistagem do vírus da Hepatite C (VHC) “com o objectivo de prestarem serviços de rastreio rápido, de diagnóstico e de acompanhamento médico às pessoas com alto risco de contrair o VHC”. Segundo uma nota de imprensa, os destinatários do projecto são apenas os residentes de Macau com uma idade igual ou superior a 18 anos que não tenham sido acompanhados pelo Centro Hospitalar Conde de São Januário devido à doença ou grupos de risco, tal como indivíduos com histórico de abuso de drogas (incluindo drogas injectáveis e não injectáveis), “homens homossexuais e bissexuais” ou “indivíduos infectados ou suspeitos de serem portadores do vírus HIV /SIDA”. Os indivíduos que reúnam as condições podem marcar o teste rápido através do telefone n.º 2850 00600 durante o horário de expediente. O local da realização do teste é no bloco A do Edifício do Lago (Equipa de Serviços Especiais de Prevenção dos Serviços de Saúde), situado na Estrada Coronel Nicolau de Mesquita da Taipa (lado do Centro de Saúde de Nossa Senhora do Carmo – Lago).
Andreia Sofia Silva SociedadeTJB | Agressão a funcionária em supermercado dá prisão O Tribunal Judicial de Base (TJB) condenou, na última sexta-feira, duas pessoas a penas de prisão no âmbito do caso de agressão a uma funcionária num supermercado da cadeia Tai Fung, em Outubro do ano passado. Segundo a sentença, divulgada pela Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau (ATFPM), o TJB condenou um dos arguidos, cliente do supermercado, a três anos de prisão efectiva pelo crime de ofensa grave à integridade física, enquanto o outro arguido, também cliente, foi condenado a uma pena de três anos e três meses de prisão efectiva pelo mesmo crime. Os dois arguidos devem ainda pagar 100 mil patacas por danos não patrimoniais à vítima da agressão, bem como 36,429 patacas por danos patrimoniais à cadeia de supermercados Tai Fung. A ATFPM comenta a decisão dos juízes afirmando que “graças à justiça de Macau, a funcionária está emocionalmente mais calma”. Este caso foi acompanhado pelos deputados José Pereira Coutinho e Che Sai Wang, ligados à ATFPM, desde o início. Na altura, a mulher foi agredida por dois clientes e recebeu tratamento no Centro Hospitalar Conde de São Januário (CHCSJ), mas queixou-se aos meios de comunicação social de ter sido “obrigada” a deixar as instalações hospitalares sem que a família tenha sido notificada da alta. Os Serviços de Saúde de Macau sempre afastaram qualquer irregularidade no processo de saída da doente.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeUM | João Veloso quer mais alunos de fora da China a aprender português O novo director do departamento de português da Universidade de Macau pretende, a curto prazo, atrair mais alunos de países asiáticos e de língua portuguesa, bem como reabrir o doutoramento na área da literatura, suspenso por falta de docentes São três os desejos de João Veloso na qualidade de novo director do departamento de português da Universidade de Macau (UM). Depois de mais de 30 anos ligado à Universidade do Porto, onde foi pró-reitor, João Veloso confessou querer “aumentar o intercâmbio de alunos de fora da China, sobretudo dos países asiáticos e de língua portuguesa”. Mas João Veloso quer também que a UM seja um lugar de “realizações culturais”, para que o português também se ensina através da literatura, do cinema e de outros eventos, aproveitando as actuais infra-estruturas. Outro objectivo é a reabertura do programa de doutoramento em literatura, suspenso devido à falta de docentes doutorados. No entanto, João Veloso acredita que a questão será “mitigada” a curto prazo, uma vez que estão abertos concursos de recrutamento de docentes nesta área. João Veloso diz ter encontrado um “departamento muito numeroso”, com cerca de 800 alunos, não incluindo estudantes de pós-graduação, bem como 40 docentes. “Os números são surpreendentes em si, porque creio que não haverá muitos departamentos do mundo exclusivamente dedicados ao português que tenham um número tão elevado de alunos. Mas isso é também uma responsabilidade muito grande, pois temos de assegurar tantos alunos mantendo a qualidade”, disse ao HM. Falta de rede João Veloso chegou a Macau em Julho e fez o seu “trabalho de casa” no que diz respeito ao panorama do ensino do português, lamentando a pouca cooperação entre diversas instituições do ensino superior. “Há aqui um conjunto de recursos impressionantes [para o ensino do português], se pensarmos na dimensão geográfica e demográfica do território. Poderia haver uma maior concertação entre instituições, pois parece-me que não dialogam nem cooperam como poderiam”, frisou. Tendo em conta que cada universidade tem o seu perfil nesta área, João Veloso defende que a UM “deverá assumir-se como um local de investigação em estudos portugueses”. “Falo das áreas centrais como a linguística, literatura e cultura portuguesas. Isso reflecte-se nos programas de pós-graduação que oferecemos”, acrescentou, em comparação à Universidade Politécnica de Macau, que “tem um papel importante na formação de professores de português para Macau e para o Interior da China”. “Há aqui especializações e os destinatários destas formações não são propriamente coincidentes. Um passo a dar seria promover mais iniciativas conjuntas”, disse. Questionado sobre o papel que Macau vai desempenhar tendo em conta o aumento de professores de português qualificados no Interior da China, João Veloso acredita numa complementaridade. “À medida que [as universidades chinesas] vão tendo mais programas de pós-graduação haverá maior oferta de formação e investigação, e isso é de salutar. Nesse cenário, as universidades de Macau vão ter de entrar numa relação de intercâmbio e criar um trabalho em rede. Macau terá sempre uma posição peculiar em relação à língua portuguesa, que Pequim ou Xangai nunca terão”, rematou.
Hoje Macau SociedadeHotelaria | Agosto com menos 10% do número de hóspedes Durante o passado mês de Agosto a taxa de ocupação hoteleira média dos quartos de hóspedes foi de 36,4 por cento, menos 2 pontos percentuais, em termos anuais. Segundo os dados revelados ontem pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), a taxa de ocupação média dos quartos de hóspedes dos hotéis de 3 estrelas e a dos hotéis de 4 estrelas decresceram 12,2 e 6,4 pontos percentuais, respectivamente. Ao longo do Agosto os estabelecimentos hoteleiros hospedaram 390.000 indivíduos, volume que representou em termos anuais uma quebra de 10,4 por cento. O período médio de permanência de hóspedes manteve-se em 1,8 noites. Em termos agregados, de Janeiro a Agosto, a taxa de ocupação média dos quartos de hóspedes dos estabelecimentos hoteleiros foi de 37,6 por cento, menos 12,9 pontos percentuais, relativamente ao mesmo período do ano anterior. Participaram em excursões locais em Agosto 2.600 visitantes, o que representou mais 46,6 por cento face ao mesmo mês do ano passado.
Hoje Macau SociedadeDSC | Serviços em choque com agentes envolvidos em rede de prostituição A Direcção de Serviços Correccionais (DSC) está chocada com o caso dos dois agentes alegadamente envolvidos numa rede de prostituição ilegal. A posição foi tomada ontem, em comunicado, depois de uma operação da Polícia Judiciária (PJ) que resultou na detenção de nove pessoas em Macau, entre as quais dois agentes da DSC. Segundo as informações, a rede de prostituição ilegal terá gerado mais de 15 milhões de patacas em lucros, e as prostitutas pagavam 300 patacas por cada anúncio para se promoverem. Os nove detidos em Macau estão indiciados pela prática dos crimes de “burla, associação criminosa e exploração de prostituição”. “A Direcção dos Serviços Correccionais fica muito chocada e dolorosa em relação à alegada suspeita de violação da lei por pessoal da guarda prisional”, pode ler-se no comunicado. A DSC garante ainda que “cooperou integralmente com os órgãos de execução da lei nas suas investigações, instaurou imediatamente os processos inquéritos disciplinares internos contra os guardas envolvidos, aplicou a estes dois guardas a medida de suspensão preventiva do exercício das funções e procedeu à efectivação das suas responsabilidades disciplinares”. Além disso, foi deixado um aviso interno: “A DSC reitera que atribuiu sempre importância ao carácter pessoal e à consciência de observância da lei do seu pessoal. Se forem constatados actos por parte do pessoal que violem a lei e a disciplina, a DSC irá trata-los severamente nos termos da lei e não os vai tolerar”.
Andreia Sofia Silva SociedadePJ | Fotojornalistas do Ou Mun vencem prémios em concurso A edição deste ano do concurso de fotografia “A Polícia Judiciária – Vista pelos Olhos da Imprensa” premiou, na sua maioria, fotojornalistas do diário Ou Mun, atribuindo três primeiros prémios e seis menções honrosas de um total de 57 trabalhos apresentados a concurso. O primeiro lugar foi atribuído a Ho Chin Hang, do jornal Ou Mun, com uma fotografia sobre a detenção de Alvin Chau, ex-CEO do grupo Suncity, actualmente em julgamento pela acusação dos crimes de burla e branqueamento de capitais. O trabalho fotográfico do jornal Ou Mun obteve também o segundo e terceiro lugares. Por sua vez, as seis menções honrosas foram atribuídas a Ho Chin Hang, do Ou Mun, Lam Seng Chou, do jornal Sengshi Kuai Pou, Vong Weng Kuong, do Today Macau Journal, Zheng Weixin do jornal Hou Kong Daily e Kwan Wing Yin, do Ou Mun. Os prémios foram escolhidos na segunda-feira e visam implementar o conceito de “policiamento de proximidade”, a fim de melhorar a colaboração entre a polícia e a imprensa. A Polícia Judiciária adianta ainda que “o objectivo deste concurso é evidenciar, através de imagens captadas durante o trabalho diário dos jornalistas, todos os aspectos do dia-a-dia da polícia, nomeadamente a investigação, recolha de provas e o trabalho de cooperação entre a polícia e a população”. A PJ realizou, desde 2006, 16 edições do concurso de fotografia, à excepção do ano de 2020, quando surgiu a pandemia da covid-19.
João Santos Filipe Manchete SociedadeIAS | Leong Hong Sai quer base de dados de idosos a viver sozinhos O deputado dos Moradores levanta muitas dúvidas sobre a eficácia da aplicação móvel do Instituto de Acção Social para divulgar informações aos mais velhos. Além disso, pediu ao Governo para fazer um levantamento do número de idosos que vivem sozinhos O deputado Leong Hong Sai, ligado aos Moradores, considera que o Instituto de Acção Social (IAS) deve criar uma base dados com informação dos idosos que vivem sozinhos. Foi desta forma que Leong reagiu ao caso de dois irmãos encontrados mortos, em avançado estado de decomposição, na semana passada num apartamento na Rua da Penha. Segundo o jornal Ou Mun, Leong defendeu que o caso mais recente de abandono veio mostrar um problema cada vez mais presente na sociedade de Macau e que deve “chamar a atenção de todas as pessoas”. Sobre a situação em concreto, o deputado dos Moradores afirmou que se trata da “ponta do icebergue” e um problema muito mais profundo que é necessário tomar medidas, para tentar evitar ocorrências semelhantes e aumentar com o envelhecimento. Neste sentido, o deputado exige que o IAS elabore uma base de dados, que deve ser actualizada frequentemente, com informações referentes aos idosos que vivem sozinhos e sem familiares. Ao mesmo tempo, com o mecanismo, o deputado considera que seria possível formar e enviar equipas de apoio, que visitem de forma regular os idosos. Descuidos móveis Para lidar com o problema do isolamento, o IAS lançou o “Posto de Informações dos Serviços a Idosos da RAEM”. Este programa de apoio aos mais velhos é uma aplicação móvel que divulga informações “sobre os serviços a idosos”, “o Cartão de Benefícios Especiais para Idosos” ou realizar cursos de formação ou actividades culturais, recreativas e desportivas. No entanto, Leong Hong Sai expressa muitas dúvidas sobre esta estratégia. No entender do deputado, não só grande parte dos idosos tem grandes dificuldades em mexer em dispositivos móveis, como também não acredita que a plataforma seja muito descarregada entre a população mais velha. Não é a primeira vez que um deputado se mostra preocupado com as consequências da crescente digitalização da sociedade e a falta de alternativas para os mais idosos ou quem não tem dispositivos móveis. Numa intervenção na Assembleia Legislativa, Wong Kit Cheng argumentou que a imposição do código de saúde tem contribuído para o aumento da taxa de suicídios em Macau, com a população idosa a sentir-se isolada, incapaz de circular na cidade e frequentar algumas lojas e restaurantes por não ser capaz de fazer o preenchimento digital da declaração.
Hoje Macau SociedadePJ | Interrogado por abuso de menina com três anos Um pré-adolescente, com 12 anos, foi detido por haver suspeitas que abusou sexualmente de uma menina de três anos. O caso foi relatado ontem pela Polícia Judiciária (PJ). Segundo as autoridades, a situação verificou-se na sexta-feira, depois da menina ter sido levada pelos pais para uma biblioteca na Taipa, onde estava com um menino de cinco anos, e os respectivos encarregados de educação. O incidente ocorreu quando o menino de cinco anos e a menina foram à casa-de-banho das crianças juntos. Nessa altura, o pré-adolescente entrou na casa-de-banho, trancou a porta, tirou as cuecas da menina e tocou-lhe nas nádegas. A situação foi interrompida porque os pais terão estranhado a demora e batido à porta da casa-de-banho. Surpreendido o rapaz de 12 anos conseguiu fugir, o que levou a que as autoridades fossem chamadas ao local. A detenção aconteceu no sábado. O pré-adolescente foi acompanhado pelos encarregados de educação à polícia e o caso terá sido transferido para o Ministério Público (MP).
João Santos Filipe Manchete SociedadeJogo | Acções disparam após anúncio de retorno de e-vistos e excursões As acções das concessionárias de jogo tiveram uma segunda-feira de valorização depois do anúncio do retorno da emissão de vistos electrónicos e excursões. Analistas receberam as novidades como um pequeno passo para a normalização do mercado O anúncio de que as autoridades chinesas vão voltar a permitir a emissão de vistos electrónicos e a vinda de excursões a Macau, passados três anos de interrupção, foi bem-recebido pela indústria do jogo. A boa nova divulgada no sábado pelo Chefe do Executivo teve efeitos imediatos no valor das acções das concessionárias ontem na bolsa de Hong Kong, entre 4,65 por cento e 15,65 por cento. A Sands China foi a que mais ganhou (15,65 por cento), seguida da SJM (11,57 por cento), Wynn Macau (10,63 por cento), Galaxy (7,18 por cento), Melco (5,26 por cento) e MGM China (4,65 por cento). Também os analistas que normalmente se debruçam sobre o sector, registaram com optimismo o anúncio. A JP Morgan Securities indicou mesmo que no quarto trimestre do ano os operadores de casinos podem potencialmente regressar a resultados EBITDA (resultados antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) positivos. O analista DS Kim, da JP Morgan, reagiu ao anúncio feito por Ho Iat Seng como “boas notícias” e “o caminho para a normalidade”. Recorde-se que o retorno da emissão de vistos electrónicos e excursões está previsto para o final de Outubro ou início de Novembro, com o Chefe do Executivo a estimar a subida do número de visitantes diários para 40 mil. No passado mês de Agosto, a média diária de entradas em Macau não chegou aos 11 mil. “Prevemos que as receitas brutas do sector de massas recuperem entre 25 e 30 por cento dos níveis pré-covid no quarto trimestre do ano e que continuem a aumentar ao longo de 2023”, estima o analista, citado pelo portal GGR Asia. “A maioria dos operadores pode regressar a resultados EBITDA positivos quando as receitas brutas do segmento de massas atingirem entre 30 a 35 por centro dos níveis pré-pandemia, excepto a SJM [Holdings Ltd] que precisa de níveis mais elevados de receitas para compensar as elevadas despesas operacionais dos novos casinos”, é acrescentado. Desejos de ano novo O relaxamento das restrições fronteiriças foi também assinalado pelos analistas da Morgan Stanley Asia Ltd, que no passado mês de Julho haviam previsto resultados EBITDA acumulados para este ano com perdas equivalentes a 800 milhões de dólares norte-americanos, a não ser que o panorama geral da indústria se invertesse. “Acreditamos que começou a gradual abertura das fronteiras e esperamos que continue ao longo do próximo ano. Apesar de as receitas e lucros de 2023 não chegarem aos níveis pré-pandemia, esperamos que em 2024 as receitas do segmento de massas ultrapassem os resultados de 2019, ou seja, que regressem os lucros”, apontam os analistas. A análise da Morgan Stanley não deixa escapar que a maioria dos cidadãos chineses podem viajar para Macau vindos do Interior desde o Outono de 2020 e que, ainda assim, o trimestre com a melhor média diária de entradas ficou-se “apenas pelas 22 mil”, o que representa menos de um terço do fluxo verificado antes da pandemia. Na nota publicada no domingo, a JP Morgan realça que “o contratempo mais referido na indústria foi a eliminação da possibilidade de pedir vistos electrónicos, sendo necessário o pedido em pessoa num balcão, o que requer marcação prévia e aproximadamente sete dias para obter aprovação”, processo muito mais complicado do que a simples aprovação instantânea num quiosque. “Acreditamos que o reinício dos vistos electrónicos e das excursões podem aliviar o atrito para conseguir viajar para Macau e sinalizar que é um destino seguro, aumentando a procura como destino de férias no final deste ano e para 2023. Finalmente, sentimos que estamos a voltar à normalidade”, acrescentou DS Kim.