Jardins da China (5) – O recinto das flores de ameixeira

(Meihuashu ji)

Por Zhong Xing

Zhong Xing (1572-1624), também conhecido por Zhong Xinghui, foi um letrado e historiador chinês que viveu durante a dinastia MIng.

Quando se chega aos Três Wu (três cursos de água que rodeiam Suzhou), pergunta-se se ainda se estamos num rio: do barco ou da margem, só se vêem jardins. Jardins? Sim, jardins sobre a água! Sobre a água, na água, à esquerda, à direita, em terraços elevados, em habitações escondidas, quiosques arejados, galerias sinuosas, cais horizontais, rochas verticais, flores no chão e pássaros no ar, caminhos em todas as direcções, tudo em jardins, nada mais que jardins.

Por que precisa toda a gente de um jardim? Porque o homem é tal que, se estiver sempre no meio de jardins, já não se apercebe disso, e tem de ter o seu próprio jardim para saber que está num jardim.

Quando navego nos Três Wu, encontro-me sempre num jardim, sem poder conhecer todos os jardins desse jardim. Em Liangxi (Wuxi) é o Vale do Velho Estúpido de Zou, em Gusu (Suzhou) é o Político Desastrado de Xu, a Paz Celestial de Fan, a Montanha Fria de Zhao: cada pessoa que se preze tem o seu próprio jardim.

Mas os jardins não estão apenas na água, ou podem estar na água e continuar a ser diferentes, como é o caso do Recinto das Ameixeiras em Flor do meu amigo Xu Xuanyou. Fica em Fuli, onde Lu Guimeng da dinastia Tang viveu (no século IX). Se é diferente, é porque se chega lá através do rio Wusong, o único rio dos Três Wus que merece esse nome.

Vim ao Recinto com Lin Maozhi no inverno do ano jiwei da era Wanli (1619) e prometi escrever uma prosa sobre este jardim, mas não cumpri a minha promessa até agora, no ano xinyou da era Tianqi (1621). Vejo-o muitas vezes na minha mente, mas não consigo lembrar-me de todas as suas voltas e reviravoltas, como o pintor de bambus que projecta mentalmente toda a imagem sem ser capaz de contar os nós do caule. Só um poema que escrevi sobre este jardim é que o traz de volta à memória. A água dos Três Wu, que corre mais livremente em Fuli, torna-se invisível a poucos passos do Recinto, para reaparecer no interior, onde tem de entrar por um canal subterrâneo.

Abra uma porta e estará no mesmo nível que o Pavilhão das Líchias e dos Crisântemos1, depois suba uma escada sinuosa até ao Pavilhão do Reflexo. Não se vê apenas a água lá em baixo: o que se avista do quiosque, o que a galeria acompanha, o que a ponte atravessa, onde as pedras sobem e descem, onde os salgueiros e os bambus se reflectem, é água.

O meu poema diz: “Fecho a porta e domino uma corrente fria, levanto a mão e encontro uma paisagem”. Se nos virarmos nos degraus, podemos ver uma sucessão de picos, que são rochas colocadas arrastadas na parte ocidental do jardim. Se deixarmos o nosso olhar vaguear ao longe, veremos água rodeada por uma galeria que, por sua vez, está rodeada de um muro. A água, verdejante com árvores e plantas aquáticas, reflecte-se nas nossas roupas. Do outro lado do muro há um outro pavilhão, solitário, que julgas estar ao teu alcance, mas não sabes como lá chegar, porque o caminho é traçado e depois desaparece. Como diz o meu poema: “Avançamos e paramos, os desvios têm os seus mistérios.” Quando se desce do pavilhão, é preciso ter cuidado com os pés para não molhar a roupa; chega-se à entrada da Gruta dos Perfumes, no fim da qual se atravessa uma piscina numa ponte de pedra. Depois de passar a Gruta do Pequeno Mont You, páre no Pavilhão da Hospitalidade, perto do Banco do Murmúrio do Brocado, uma rocha musgosa corroída pela água.

A galeria do outro lado da água é ladeada por bambus; o ruído e o brilho da água misturam-se com o canto do vento e o jogo do sol nos bambus, iluminando-os e encobrindo-os alternadamente, como evoca o poema: “Galeria imóvel entre os bambus, sons e luzes que se movem ao perto e ao longe.”

Virando para norte, chega-se a um quiosque triangular no coração da torrente, onde o ar é tão fresco que parece de outono ou de inverno. Depois, siga por um beco entre sebes e, de repente, verá um Pavilhão do Repouso Verde, com vista para o Pavilhão do Reflexo e para as estranhas pedras que foram respeitosamente chamadas Elã Divino. A galeria rodeada de água começa aqui; o seu nome, Galeria das Sombras Fluidas, foi desenhada por Chen Meigong.

Percorra depois a balaustrada verde e rubra até ao Pavilhão Azul Celeste. Algumas dezenas de passos mais à frente, virando para sul, a ermida dedicada a Weimoji2 marca o centro da galeria. Vinte ou trinta passos mais à frente, chega-se à Ponte da Lua sobre as Ondas, com um quiosque para a contemplar. O vento anima a superfície do lago, um espelho onde as aves do ar se misturam com os peixes da água.

A ponte conduz à Sala do Ócio Merecido, a mais bela sala do jardim, onde se podem sentar cem pessoas no terraço de pedra onde se realizam concertos e festas. A noroeste, encontra-se um pequeno templo dedicado a Buda. Do Pavilhão do Reflexo à Sala do Ócio Merecido, passa-se de um retiro escondido para um espaço aberto, e do salão para o templo regressa-se ao silêncio, como se deve. O templo fica junto à água, que se atravessa no Vau Flutuante Vermelho.

A norte, a Torre da Biblioteca e, um pouco mais adiante, o Santuário, lugar de repouso do Mestre do Jardim, ao qual só são admitidos convidados íntimos. Na ribeira a leste da Sala do Ócio Merecido encontra-se um quiosque denominado Lavadouro dos Tinteiros. Uma porta cortada na parede dá acesso ao Pavilhão do Pura Água Profunda, que é aquele que se vê ao longe sem saber como lá chegar.

Deixe para trás todas as vistas requintadas, que se sucedem no interior, mas ao resignar-se por um momento, descobre-se uma nova paisagem, mais clara e mais ampla. Fora do pavilhão, o bambu é lavado pela névoa e pela geada, as flores e os frutos são coloridos por nuvens iridescentes, os lagos são purificados pelas estrelas, e há uma suavidade e um brilho primaveris, mesmo no tempo frio e sombrio. O meu poema diz: “Eu costumava evitar o outono e o inverno para ver os jardins, mas se eles mantiverem a sua beleza, não importa a estação do ano”.

Apesar de só lá ter estado uma vez, o meu coração e os meus olhos falam-me de todas as suas estações e gostaria de lhe chamar o Jardim das Flores Eternas. Mas, com as suas extensões de água límpida, evoca sobretudo o outono, e termina com uma Ermida do Outono em Movimento, porque o outono é o culminar das outras estações. Como já disse, a água dos Três Wu não é mais do que jardins, mas nós só vemos as cidades e as aldeias e esquecemo-nos dos jardins.

O jardim de Xuanyou é todo água, mas só se vêem os quiosques e os pavilhões e esquecemo-nos da água. Água? Jardim? É difícil de dizer! O homem de lazer olha para um sítio com tranquilidade, o homem sábio é exímio no seu paisagismo, o homem superior retira dele a quintessência. Cada um vê as coisas à sua maneira. Como diz o meu poema: “Vemos o ócio nestas pontes e nestes quiosques? Podes ser ocioso e competente, eles não estão lá por acaso.”

Tradução de Miguel Lenoir

1. Alusão literária (a Lu Guimeng, que aí viveu, e a Su Shi) a uma vida frugal e feliz.
2. Weimoji, um eremita que se diz ter tido uma conversa com o Buda.

Wynn Palace | Evento junta vinhos portugueses e chineses

Os vinhos português e chinês irão unir-se num programa promovido pela concessionária Wynn nos próximos dias 10 e 11.

“Uma Mistura Intoxicante de Culturas Vínicas Únicas | Douro Boys X Ningxia Girls” apresenta-se como “a primeira apresentação de sempre de vinhos chineses e portugueses” num só espaço, reunindo os “Douro Boys”, grupo constituído por cinco produtores de vinho da região do Douro, das marcas “Quinta do Vallado”, “Niepoort”, “Quinta do Crastro”, “Quinta do Vale Meão” e “Van Zellers &Co”.

Por sua vez, as “Ningxia Girls” apresentam a produção daquela que é considerada a principal adega da região chinesa, com as marcas “Fei Tswei”, que ganhou o prémio de melhor vinho chinês nos “Wynn Signature Chinese Wine Awards”. Serão ainda apresentadas as marcas “Helan Qingxue Winery” e “Kanaan Winery”.

Assim, nos dias 10 e 11 de Janeiro, o Wynn Palace acolhe um Fórum, uma masterclass, eventos de degustação de vinho e um jantar. Com esta iniciativa, a Wynn pretende “reforçar o seu papel na promoção da ligação entre Macau e Portugal” e promover “a cooperação entre adegas chinesas e portuguesas, ao mesmo tempo que dá a conhecer o potencial dos vinhos chineses a um público mais vasto”, destaca a organização.

Cinema | Festival “KINO” tem Sandra Hüller como estrela maior

A edição deste ano do KINO, festival que celebra o cinema alemão na Cinemateca Paixão até 21 de Janeiro, dá destaque à actriz Sandra Hüller, uma das estrelas da sétima arte germânica. A actriz participa amanhã numa conversa com o público da Cinemateca Paixão

 

Fez a “Zona de Interesse”, no papel da mulher de um oficial alemão das SS, e depois a “Anatomia de uma Queda”, interpretando uma mulher que fica viúva depois do marido cair da janela de um chalet no meio das montanhas. A actriz alemã Sandra Hüller é cada vez mais um nome presente no cinema internacional e é a actriz em destaque do KINO – Festival de Cinema Alemão, patente na Cinemateca Paixão até 21 de Janeiro.

Um dos eventos em destaque é a conversa que o público poderá ter com a actriz amanhã, a partir das 15h, em “O outro mundo incrível de Sandra Hüller”, que terá Joyce Yang como oradora e moderadora. Nem de propósito, um dos filmes exibidos amanhã, integrado na programação do KINO, é, precisamente, “Anatomia de uma Queda”, a partir das 16h30. A “Zona de Interesse”, que remete para os horrores do Holocausto na Alemanha nazi, pode ser visto no dia 21 de Janeiro.

Outro filme que conta com a participação da actriz é “Sissi e Eu”, que o público poderá ver no dia 19, e que conta a história de Irma Condessa von Sztáray. A protagonista começa a enfrentar desafios quando se torna dama de companhia da Imperatriz Elisabeth, que ficou conhecida como Imperatriz Sissi, que leva uma vida pautada por dietas rigorosas e exercício físico. As duras rotinas de Sissi, que sofre com problemas de depressão, acaba por unir as duas, cujo rumo de vida se altera por completo quando regressam a Viena.

No dia 12, a Cinemateca Paixão exibe “In the Aisles”, também com a participação de Sandra Hüller, cuja história gira em torno das vidas de empregados de uma loja: Christian é novo no serviço, sendo apadrinhado por Bruno, que trabalha na secção das bebidas. É então que, por entre corredores da loja, Christian apaixona-se por Marion, uma mulher casada que é responsável pela secção dos doces. Tudo muda quando Marion fica de baixa, deixando o novo funcionário muito depressivo.

Outros filmes

Para quem se interessa por cinema alemão há ainda outras oportunidades na Cinemateca Paixão que vão além do trabalho da actriz em foco. É o caso de “O Divórcio de Andrea”, exibido amanhã a partir das 19h30, e que se exibe novamente a 17 de Janeiro.

Neste filme, Andrea é uma polícia que quer divorciar-se, mas que subitamente se vê envolvida num atropelamento acidental do seu marido viciado em álcool. A polícia foge do local do acidente, mas no dia seguinte descobre que Franz, professor e também alcoólico, assumiu a culpa pelo acidente, o que faz iniciar um ciclo de comportamentos em que Andrea tenta eliminar os vestígios da sua participação no acidente.

A 18 de Janeiro exibe-se “15 Anos”, que gira em torno da vida de Jenny, que foi condenada a uma pena de prisão de 15 anos por um crime que não cometeu e que, cumprida a pena, tenta recomeçar a vida numa casa de apoio cristã.

Uma das valências de Jenny é o facto de tocar muito bem piano. Quando aceita actuar ao lado de Omar, cantor sírio, num programa de televisão, descobre que, por ironia do destino, o apresentador do programa é um antigo amante e o mesmo homem que a incriminou. É então que Jenny tenta vingar-se.

No dia 14 apresenta-se “Além da Fronteira Azul”, uma película que remete ao tempo em que a Alemanha estava dividida em duas. No ano de 1989, na República Democrática da Alemanha, Hanna e Andreas tentam desafiar a autoridade e tornam-se alvos da polícia, o que os leva a abandonar os planos de vida por serem perseguidos pelo regime comunista. É então que ambos decidem fugir pelo Mar Báltico, estando separados da liberdade desejada por apenas 50 quilómetros.

“Artur e Diana” é o filme escolhido para o dia 15, exibindo-se a partir das 19h30. Com realização de Sara Summa, o filme centra-se no casal de irmãos que dá nome ao filme. Diana tem um filho de dois anos, e estes decidem um dia sair de Berlim em direcção a Paris para renovar o registo do velho carro da marca Renault. Porém, a viagem revela-se atribulada, com os irmãos a lidar com discussões e memórias do passado.

O cartaz do KINO inclui ainda títulos como “Exile”, “Every You, Every Me”, “Weekend Rebels”, “Oito Dias em Agosto” e “Terra Queimada”. Os bilhetes para as sessões custam 60 patacas.

Hotelaria | Mais de 1,17 milhões de hóspedes em Novembro

Os hotéis de Macau receberam, em Novembro, 1.174.000 de pessoas, uma descida de 2,5 por cento em termos anuais. Nos primeiros 11 meses do ano passado, os estabelecimentos hoteleiros hospedaram 13,24 milhões de pessoas, mais 8,1 por cento em relação a igual período de 2023, disse a Direcção dos Serviços de Estatísticas e Censos (DSEC) em comunicado.

O número de hóspedes internacionais (111 mil) aumentou 15,7 por cento comparativamente ao mesmo mês do ano passado, indicou a DSEC na mesma nota. Os hóspedes da Coreia do Sul (29 mil), da Malásia (10 mil) e dos Estados Unidos (seis mil) aumentaram 44,4 por cento, 15,5 por cento e 9,3 por cento, respectivamente.
Em contrapartida, Singapura (8 mil), Japão (7 mil) e Índia (6 mil) desceram 13,7, 3,9 e 6,7 por cento, respectivamente, foi acrescentado.

Em Novembro, o número de entradas de visitantes que chegaram em excursões a Macau foi de 213 mil, mais 5,2 por cento, face ao mesmo mês de 2023, dos quais 189 mil eram visitantes em excursões provenientes do Interior.

Nos primeiros 11 meses de 2024, o número de entradas de visitantes que chegaram em excursões a Macau ultrapassou a fasquia de 1,9 milhões, ou mais 70,9 por cento, face ao mesmo período de 2023.

Destes, quase 1,7 milhões eram visitantes em excursões provenientes do Interior da China e 182 mil eram visitantes internacionais em excursões, mais 63,4 por cento e 179,4 por cento, respectivamente.
No final de Novembro, existiam em Macau 146 estabelecimentos hoteleiros, num total de 43 mil quartos de hóspedes, menos 6 por cento em termos anuais.

Davis Fong prevê receitas mensais de pelo menos 20 mil milhões

O director do Instituto de Estudos sobre a Indústria do Jogo da Universidade de Macau, Davis Fong, acredita que as receitas de jogo vão atingir 20 mil milhões de patacas durante todos os meses deste ano. A previsão foi feita pelo ex-deputado em declarações ao Jornal Ou Mun.

Em 2024 apenas em Maio e Outubro as receitas do sector ultrapassaram os 20 mil milhões de patacas, porém, Fong acredita que essa barreira pode ser ultrapassada todos os meses.

No entanto, alertou que para calcular essa média é preciso considerar os meses de Janeiro e Fevereiro em conjunto, dividindo o montante total por dois, para ter em conta as receitas do Ano Novo Lunar, que se celebra a 29 de Janeiro, e o facto de nos primeiros dias os turistas evitarem viajar, por terem os tradicionais jantares de família.

Sobre as metas do Governo, Davis Fong acredita que as receitas podem chegar aos 24 mil milhões de patacas em alguns meses, e podem mesmo aproximar-se mais de 25 mil milhões de patacas em alguns meses.

Medidas favoráveis

Ao longo do ano, Davis Fong acredita que o mercado do jogo vai ser beneficiado com algumas medidas, como a autorização de mais entradas múltiplas em Zhuhai, o maior número de grandes eventos organizados pelas concessionárias de jogo e até os recentes acidentes aéreos, que podem levar mais pessoas a optar por visitar Macau, em vez de viajarem para outros destinos que requeiram ligações aéreas.

Em relação a este último aspecto, Fong indicou que tanto Macau como Hong Kong são destinos que têm todas as condições para beneficiar com um eventual medo de voar por parte dos turistas do Interior.

Por outro lado, o académico elogiou as receitas de Dezembro, de 18,20 mil milhões de patacas, por tere, ultrapassado as suas previsões, mesmo num período especial, numa referência não assumida às deslocações oficiais durante a transferência.

Jogo | Receitas ultrapassaram 226 mil milhões em 2024

Com um total de 226,78 mil milhões de patacas em receitas no ano passado, os casinos encaixaram mais 43,72 mil milhões de patacas do que em 2023. Apesar da recuperação, as receitas apuradas em 2024 ficaram a mais de 65,68 mil milhões de patacas do registo de 2019

 

No ano passado os casinos de Macau registaram receitas brutas de 226,78 mil milhões de patacas, o que significou um crescimento de 23,9 por cento face a 2023. Os números foram divulgados, na quarta-feira, pela Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ).

Em 2023, as receitas dos casinos tinham atingido 183,06 mil milhões de patacas, no que foi um aumento de 333,8 por cento em comparação com 2022, ano em que o território ainda estava paralisado pelas políticas de combate à pandemia. Em Janeiro de 2023 foram levantadas as restrições de circulação com o Interior, Hong Kong e o resto do mundo, depois de anos da política de zero casos de covid-19.

Com as contas do ano fechado, é possível verificar que as receitas de 2024 estão a 77,5 por cento dos níveis de 2019, o último ano antes da pandemia, quando os casinos encaixaram 292,46 mil milhões de patacas, mais 65,68 mil milhões de patacas do que aconteceu no ano que terminou.

Dezembro negativo

Os números revelados na quarta-feira mostram também que ao longo de todos os meses do ano houve um crescimento das receitas mensais em comparação com 2023, à excepção de Dezembro. O último mês do ano ficou marcado pela visita de Xi Jinping à RAEM para a celebração do 25º aniversário da transferência do território que resultou num grande aparato de segurança.

As receitas ficaram assim pelos 18,20 mil milhões de patacas, uma diferença de dois por cento face a 2023, quando tinham sido de 18,57 mil milhões de patacas. O abrandamento era esperado, como indicaram os banco de investimento JP Morgan Securities (Asia Pacific) e Citigroup, nos relatórios mais recentes, citados pelo portal GGR Asia.

“O número ficou 2 a 3 por cento abaixo do consenso do lado da venda (18,5 mil milhões de patacas a 18,8 mil milhões de patacas), mas não achamos que isso faça uma grande diferença, já que se antevia um Dezembro lento de qualquer maneira, dada a visita do presidente Xi”, escreveram os analisas DS Kim, Mufan Shi e Selina Li da JP Morgan Securities.

Por sua vez, o relatório do Citigroup indicou que os dias da visita de Xi terão afectado as receitas, mas que depois disso o fim do mês foi muito forte.

Previsões para o ano

Em relação às receitas para o ano que agora começou, o Citigroup prevê um crescimento de 5 por cento, o que significaria um montante total de 238,12 mil milhões de patacas, ainda abaixo dos valores de 2019. Os analistas do Citigroup explicaram também que nos primeiros dois meses do ano, altura em que se celebra o Ano Novo Lunar, uma época alta para as receitas do jogo, deverá haver um crescimento de cerca de 6 por cento das receitas.

EPM | Dois professores novos despedidos a meio do ano lectivo

Os professores leccionavam as disciplinas de economia, matemática e físico-química e deixam a instituição e meio do contrato, que tinha começado no início do ano lectivo

 

A Escola Portuguesa de Macau (EPM) despediu no final do ano civil dois professores que tinham sido contratados localmente, numa altura em que se depara com falta de docentes e pretende autorizações de licenças especiais junto do Ministério de Educação, Ciência e Inovação (MECI) para trazer docentes de Portugal.

Um dos docentes demitidos leccionava a disciplina de economia e o outro as disciplinas de matemática e físico-química. Ambos foram contratados com o corrente ano lectivo em andamento, numa tentativa de preencher o quadro de docentes, depois de várias saídas da instituição durante o Verão, que motivaram inclusive queixas às autoridades locais.

Ao HM, Diana Massada, uma das professoras afastadas, mostrou-me muito preocupada com a decisão, não só pelo impacto para a vida pessoal, mas porque os alunos da turma do 11º ano, a quem leccionava economia, vão ter um exame, cuja nota contará para a admissão na universidade.

“Eu estou preocupadíssima com os alunos, devo dizer-lhe. Os alunos do 11º ano da EPM vão ter exame bienal no final do corrente ano, e esse exame é utilizado para o acesso à universidade”, afirmou a docente, em declarações ao HM. “Os alunos perderam um mês de aulas e agora podem perder mais tempo, no segundo período. E o terceiro período, este ano, é extremamente curto e seria utilizado para rever a matéria do 10º ano e ajudar os alunos a prepararem-se para um exame bienal, que não é propriamente fácil, porque tem matérias de dois anos”, acrescentou.

A professora admitiu não esperar a decisão, dado que não tinha recebido qualquer comunicação sobre o seu desempenho. “Fui surpreendida, nunca houve nenhuma reunião para me dizerem que estavam contentes ou descontentes [com o meu trabalho]. Portanto, não recebi nenhuma comunicação que os pais se tivessem queixado e não tenho nenhuma informação de que houvesse descontentamento ou movimentos contra a minha pessoa”, contou. “Nem o director tinha conhecimento disso. Ele disse-me que tinha sido informado sobre o descontentamento dos pais, mas ele não tinha recebido queixas”, acrescentou.

Diana Massada afirmou ainda que no caso de haver queixas, estas deveriam ter sido apresentadas aos docentes, para averiguar a veracidade das imputações, haver direito ao contraditório, que considerou não ter existido, ou então corrigir alguma falha identificada, para beneficiar os alunos.

Planos diferente

A docente contou ainda que quando foi contratada estava previsto ficar até ao final do ano lectivo a leccionar na EPM, e também na Escola Oficial Zheng Guanying, ao abrigo do protocolo entre a EPM e a Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ. Embora anteriormente tivesse exercido as funções de professora no ensino superior, actualmente está inscrita como docente do ensino secundário na DSEDJ, que terá aceitado o registo. A demissão tem implicação nas duas instituições de ensino.

O despedimento foi comunicado oralmente a 19 de Dezembro, e, na altura, a professora indicou que estava previsto a EPM avançar para a demissão com justa causa. Na primeira reunião, a docente alertou Acácio Brito, director da EPM, que o despedimento no final do ano civil ia ter implicações na Escola Oficial Zheng Guanying, uma vez que as disciplinas são avaliadas a cada semestre, e sem a avaliação da docente da disciplina poderia haver o risco de os estudantes não conseguirem concluir o ano escolar.

Posteriormente, houve uma nova reunião em que lhe foi comunicado que a EPM ia avançar para o despedimento sem justa causa, e quando seria o seu último dia de trabalho.

Situação controlada

O HM contactou ontem o director Acácio Brito, que se encontra em Portugal, para obter uma reacção ao despedimento dos docentes. Apesar de um contacto inicialmente bem estabelecido, a diferença horária fez com que a conversa fosse adiada para cerca de duas horas depois. Até ao fecho da edição do HM, as restantes tentativas de contacto não foram bem sucedidas.

Por sua vez, Filipe Regêncio Figueiredo, presidente da Associação de Pais da Escola Portuguesa de Macau (APEPM), afirmou ter informações que a situação está “controlada” e destacou que o relevante é que os alunos não sejam afectados pelas mudanças. “A Associação de Pais tem a informação de que as coisas estão controladas. O relevante é que não haja problemas para os alunos”, afirmou Filipe Figueiredo, em declarações ao HM. O presidente da APEPM indicou também que havia descontentamento de pais face à prestação dos docentes, mas optou por não elaborar sobre os motivos do descontentamento.

Recentemente, a APEPM enviou uma carta a vários órgãos de soberania de Portugal, a pedir autorizações de licenças especiais que permitam à EPM contratar professores em Portugal e colmatar a carência de docentes.

Segundo o presidente da APEPM, estes processos de despedimentos não devem afectar a emissão das autorizações. “Os professores foram contratados localmente, não têm nada a ver com o Ministério de Educação [Ciência e Inovação]. Parece-me normal que a escola vá ajustando o quadro do seu pessoal de acordo com as necessidades e frequência necessária”, sublinhou.

SMG | Temperaturas de 2024 batem recordes

Os Serviços Metereológicos e Geofísicos (SMG) consideram que a temperatura média anual do ano passado foi de 23,6 graus celsius, sendo 0,8 graus celsius superior aos valores médios climáticos. Porém, os SMG consideram que “é provável [que esta temperatura] seja igual à de 2019, classificado como o ano mais quente”.

Esta classificação surge depois de a Organização Meteorológica Mundial (OMM) das Nações Unidas ter referido que 2024 poderá ter sido “o ano mais quente de que há registo. No caso de Macau, Abril foi o mês mais quente desde 1952, “tendo a temperatura média mensal, a temperatura média mensal mais elevada e a temperatura média mensal mais baixa batido todos os recordes, atingindo o valor mais elevado de sempre para o mesmo período”, destacam os SMG.

2024 teve um total de 42 dias quentes em Macau, mais 10,7 em relação aos valores médios climáticos, de 31,3 dias.

Coloane | Deputado pede detalhes sobre Campo de Aventuras

Lei Chan U pediu ao Governo detalhes sobre o futuro Campo de Aventuras Juvenis da Praia de Hac Sá. Numa interpelação escrita, o deputado recordou que, em Setembro, o secretário para a Administração e Justiça, André Cheong, referiu que o Instituto Cultural iria iniciar trabalhos de escavação arqueológica no local, que deveriam terminar em Dezembro.

Desta forma, Lei Chan U deseja saber qual o andamento das escavações, recordando que o Governo prometeu concluir o plano do Campo de Aventuras na primeira metade daquele ano, com a previsão do arranque de obras para a segunda metade de 2024.

Tendo em conta ainda as opiniões que desejam mais instalações educativas e de lazer, incluindo instalações para a prática de desportos de aventura e em família, o deputado dos Operários pede que sejam divulgados mais detalhes de planificação desta área.

Lei Chan U quer também saber o andamento do projecto de construção do trilho que irá ligar o Campo de Aventuras a outros locais de Coloane.

Economia | Ella Lei espera mais liderança do novo Governo

Ella Lei considera que o Governo deve ter maior liderança ao nível da gestão das finanças públicas, a fim de garantir que as empresas têm mais capacidade de desenvolvimento.

Em declarações ao programa matinal “Fórum Macau”, do canal chinês da Rádio Macau, a deputada recordou que tendo em conta as mudanças no sistema de consumo dos residentes, o surgimento de novas indústrias e demais ajustamentos do mercado, muitas pequenas e médias empresas continuam a sofrer com o desenvolvimento desigual da economia.

Com maior espaço de progressão, as empresas conseguem pagar mais aos empregados, o que se traduz na melhoria da economia e melhores condições para o bem-estar da população, defendeu.

Ella Lei disse também que cabe ao Governo reforçar a cooperação com entidades médicas comunitárias para proporcionar mais acesso à saúde à população. Paul Pun, secretário-geral da Caritas Macau, referiu no mesmo programa que o Governo deve promover o aumento de vagas em lares, encurtar o tempo de espera para novas admissões, além de aumentar o subsídio para cuidadores a tempo inteiro.

IAM | Ex-presidente José Tavares recebe louvor de André Cheong

Elevado sentido de responsabilidade, notável capacidade de planeamento e organização e extraordinário empenhamento pró-activo. São estes alguns dos elogios deixados ao ex-presidente do IAM pelo secretário para a Administração e Justiça

 

Apesar de ter explicado as alterações recentes na direcção do Instituto para os Assuntos Municipais (IAM) com o caso das placa toponímicas, o secretário para a Administração e Justiça, André Cheong Weng Chon, elogiou o percurso de 40 anos de José Tavares na Administração Pública. A mensagem foi deixada através de um louvor, publicado ontem no Boletim Oficial, com data de 25 de Dezembro.

Na mensagem com quatro parágrafos, André Cheong destaca que ao longo dos 40 anos no sector público, o ex-presidente do IAM mostrou “sempre elevado sentido de responsabilidade, notável capacidade de planeamento e organização e extraordinário empenhamento pró-activo”, o que lhe valeu “o respeito e estima dos colegas”.

No texto, escrito quando Tavares ainda estava nas funções, pode ainda ler-se que “merece uma especial menção a forma exemplarmente empenhada e competente como tem vindo a conduzir a realização de actividades do Instituto para os Assuntos Municipais, no seu âmbito de atribuições, enquanto presidente do Conselho de Administração para os Assuntos Municipais do IAM, designadamente os projectos de reordenamento de mercados, construção e optimização de instalações de lazer e embelezamento urbano, assim como a criação do ‘IAM em Contacto’”.

Sobre a aplicação IAM em Contacto, André Cheong elogiou o projecto como “uma forte ponte de ligação com os cidadãos dos diversos estratos sociais e fundamental para elevar o nível dos serviços municipais”.

Gesto público

Na mensagem, o secretário destaca também “o apurado sentido de dever, a elevada dedicação e relevantes qualidades profissionais no combate à pandemia do novo tipo de coronavírus” revelado por José Tavares. “Pelas razões expostas, por ocasião da sua desligação do serviço para efeitos de aposentação, é-me muito grato reconhecer publicamente a excelência dos serviços prestados pelo José Maria da Fonseca Tavares, conferindo-lhe público louvor”, foi acrescentado.

O louvor surge dias depois do secretário ter emitido um comunicado, no dia em que tinha sido anunciado que Chao Wai Ieng seria o presidente do IAM, indicando que as mudanças no IAM haviam sido motivadas pela investigação interna ao caso das placas toponímicas.

“O relatório de investigação interna revela que o incidente teve um impacto negativo na sociedade tendo demonstrado ainda deficiências na criação do regime da área de obras do IAM e falhas na gestão interna e o respectivo pessoal de direcção e chefia deve assumir a respectiva responsabilidade”, pode ler-se no comunicado.

“Após uma rigorosa ponderação, o secretário para a Administração e Justiça propôs ao Chefe do Executivo que procedesse ao ajustamento da direcção do IAM e o Conselho de Administração para os Assuntos Municipais procedeu, também, ajustamentos de algum do pessoal de chefia do IAM”, foi acrescentado. Por sua vez, José Tavares afirmou que a sua saída da presidência do IAM estava prevista desde o Verão do ano passado.

Gabinete de Ligação | Director realça desenvolvimento de Macau

Zheng Xincong, director do Gabinete de Ligação do Governo Central em Macau, destacou que o território alcançou nos últimos 25 anos, graças “ao trabalho árduo”, “a melhor fase de desenvolvimento da história”, levando Macau a ser “uma das cidades mais ricas, seguras, dinâmicas e com maior felicidade em todo o mundo”.

Numa mensagem de Ano Novo, o responsável destacou ainda “a eleição do sexto Chefe do Executivo que foi realizada com sucesso, com uma nova equipa de governação forte e pronta a agir”.

Para Zheng Xincong, este será um ano importante “para implementar o espírito presente nos importantes discursos de Xi Jinping durante a visita a Macau”. “Acreditamos que o Chefe do Executivo e o novo Governo vão unir e liderar todos os sectores da sociedade, tendo em mente as sinceras instruções do Presidente Xi Jinping”, referiu. Tudo para que o “comboio do desenvolvimento” de Macau possa “andar rápido e de forma constante, com maiores contributos para a construção de um país forte e para o rejuvenescimento nacional”.

MNE | Liu Xianfa destaca Macau como ponte para o exterior

O comissário do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) chinês em Macau, Liu Xianfa, referiu que,nos últimos 25 anos o território tornou-se numa “metrópole internacional de renome mundial”, e “uma importante ponte para a abertura de alto nível do país ao exterior”.

Na mensagem de Ano Novo, Liu Xianfa referiu também que o número de “cidades irmãs” e o “círculo de amigos” internacionais de Macau tem crescido nos últimos anos, além de que “a cooperação com os países e regiões que constroem ‘Uma Faixa, Uma Rota’ tem continuado a aprofundar-se”.

Liu Xianfa afirmou ainda que Macau tem cada vez mais atracções nas áreas da gastronomia, cultura e eventos, que representam os “cartões dourados de visita” da cidade.

Governação | Sam Hou Fai destaca “Um País, Dois Sistemas”

Na mensagem de Ano Novo, Sam Hou Fai declarou que o princípio “Um País, Dois Sistemas” é fundamental para o desenvolvimento de Macau. O líder do Executivo apontou como objectivos de governação a salvaguarda da estabilidade social e a diversificação económica

 

Sam Hou Fai proferiu uma mensagem cheia de esperança para o ano de 2025, mas também de alerta em relação ao que Macau precisa de fazer com um novo Executivo. O Chefe do Executivo, que tomou posse no passado dia 20 de Dezembro, defende que “a maior vantagem” de Macau é o princípio “Um País, Dois Sistemas”, cuja “base fundamental é a salvaguarda da soberania, da segurança e dos interesses de desenvolvimento” da China”.

O governante da RAEM defendeu que é necessário “estabelecer firmemente a consciência comum de ‘um país’ e persistir nesse imperativo, de modo a garantir que a prática de ‘Um País, Dois Sistemas’ não seja alterada ou desvirtuada”, acrescentou.

Em 2025, o sexto Governo da RAEM vai “aproveitar melhor” as vantagens de “Um País, Dois Sistemas” e tomar iniciativas “com espírito de reforma e inovação”, garantiu. Tendo em conta os próximos cinco anos de governação, Sam Hou Fai referiu que Macau “encontra-se numa nova fase de desenvolvimento”, pelo que o Governo deve “insistir na confiança institucional” no princípio “Um País, Dois Sistemas”.

É também necessário “saber identificar” os problemas, “dar respostas” e “procurar alternativas, aproveitando as oportunidades e realizando reformas com determinação”. Assim, cabe a Macau “aplicar, de forma plena, precisa e inabalável, o princípio “Um País, Dois Sistemas” e salvaguardar a paz e a estabilidade sociais”, além de “dedicar maior empenho na promoção efectiva da diversificação adequada da economia”.

Uma maior eficácia

No discurso de Ano Novo, Sam Hou Fai realçou a importância de seguir uma “governação de acordo com a lei e as responsabilidades assumidas, tendo em vista o aumento da eficácia da governação da RAEM e a construção de um Governo eficiente e eficaz orientado para servir a população”.

Foi também deixada a ideia de que deve ser criada “uma plataforma de abertura ao exterior de qualidade mais elevada” e uma maior integração “na conjuntura de desenvolvimento do país”.

Neste contexto, a aceleração da “construção da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin” deve ser feita “com uma nova mentalidade, uma nova abordagem e um maior empenho”. Sam Hou Fai, ex-presidente do Tribunal de Última Instância, não esqueceu a referência à “concretização da desejada perspectiva de uma Macau alicerçada no Estado de Direito, dinâmica, cultural e feliz”.

O governante mostrou-se confiante em relação ao ano que se inicia. “O desenvolvimento do nosso país está em constante transformação e é imparável. Macau encontra-se numa nova fase de desenvolvimento, em que a recuperação passa a ser o crescimento de alta qualidade, e tem um futuro promissor”, rematou.

Transportes públicos vão prolongar horários e frequências hoje à noite

A Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) anunciou ontem que ambas as companhias de autocarros públicos e o Metro Ligeiro vão reforçar os serviços de transportes e prolongar os horários de funcionamento esta noite, para corresponder ao aumento de passageiros nocturnos devido à passagem de ano.

O Governo adiantou que TRANSMAC e STCM vão prolongar 22 carreiras diurnas de autocarros até à 01h e 02h da madrugada no primeiro dia de 2025, e que as frequência de partidas de várias carreiras, incluindo as nocturnas, serão também aumentadas.

A DSAT indicou também que “todas as linhas do Metro Ligeiro vão prolongar o horário de funcionamento, a última partida da noite da passagem de ano será adiada para as 02h30”. Em paralelo, a DSAT coordenou também com as operadoras de jogo para prolongar o horário dos serviços de autocarros shuttle e aumentar as respectivas frequências.

O Governo irá também ajustar o trânsito em locais onde se espera maior afluência de pessoas para a passagem de ano. Assim sendo, a DSAT refere que “serão implementados condicionamentos provisórios de trânsito nas imediações da Torre de Macau, na Taipa e na Estrada do Istmo, com ajustamentos provisórios em algumas paragens de autocarros e na praça de táxis da Torre de Macau”.

Cidade em festa

Esta noite Macau será inundada de luz, cor e muita música e não vão faltar motivos para moradores locais e turistas celebrarem a entrada de 2025 (ver páginas de Eventos). No Cotai, destaque para o concerto de fim-de-ano da boys band de Hong Kong Mirror e para os espectáculos de fogo-de-artifício organizados pelos resorts integrados Venetian, Parisian e Londoner.

Além disso, o Instituto Cultural organizou dois pontos-chave para as celebrações, nas Casas-museu da Taipa e junto ao Lago Sai Van, na península, onde serão apresentados espectáculos musicais, dança e magia.

2025 melhor

Hoje termina este 2024. Os portugueses só desejam que 2025 seja muito melhor. O ano que agora finda não deixa muitas saudades. Em muitos aspectos. Tivemos um Portugal cheio de episódios que em nada valorizaram a qualidade de vida das populações.

Alguns episódios até degradantes como aquela história da cunha do Presidente da República para que umas gémeas brasileiras passassem à frente de outras crianças portuguesas para serem alvo de uma cirurgia que custou mais de quatro milhões de euros e que até provocou uma Comissão de Inquérito Parlamentar, onde se assistiu às maiores mentiras, desculpas de mau pagador, bodes expiatórios e surpresas nas hostes políticas. Um pouco de tudo aconteceu neste cantinho à beira-mar plantado.

Não podemos esquecer antes de mais que passámos a ter um novo governo de direita que em nove meses só tem feito propaganda eleitoral, sempre com o receio que venham aí eleições antecipadas. Caiu um governo de maioria absoluta por causa de um parágrafo num comunicado do Ministério Público que anunciava que o primeiro-ministro António Costa estaria sob investigação.

E o que fez o Presidente da República? Simplesmente aceitou a demissão de um chefe do Executivo que não foi acusado de nada e que até hoje nada se sabe sobre que crime terá cometido. De concreto foi a ida de António Costa para um cargo de grande prestígio como o de presidente do Conselho Europeu. Um governo formado pelo PSD, que obteve o mesmo número de deputados que o Partido Socialista, e por um partido do táxi, como é o CDS. Este governo tem tido uma grande preocupação e, nesse sentido, tem levado a cabo um trabalho incessante: substituir todos os presidentes de institutos, directores de instituições importantes, como a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e o Serviço Nacional de Saúde, que tinham sido contratados pelo anterior governo.

Não interessa se as personalidades são competentes ou não, o importante é arranjar “tachos” para os amigos da mesma cor política. Dirão os leitores que todos os governos fizeram o mesmo, mas nunca como neste 2024 sob a batuta de Luís Montenegro. Simples exemplo: António Costa não substituiu Pedro Santana Lopes na gestão da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Eleições antecipadas que nos trouxeram uma surpresa negativa: a eleição de 50 deputados para o parlamento nacional de um partido neofascista.

A fuga de Vale de Judeus deixou Portugal vergonhosamente nas bocas do mundo, tendo fugido cinco criminosos dos mais perigosos a nível nacional e internacional. Uma fuga que ainda faz correr muita água por baixo da ponte porque não se compreende como é que um presídio daquela importância nem tina em funções um director. Não se compreende como é que todos os reclusos tinham telemóveis, como é que um dos fugitivos foi pacatamente ao ginásio da cadeia buscar uma escada e transportou-a até ao muro da fuga.

Não se compreende ainda por que razão acabaram com as torres de vigia no estabelecimento prisional e muito menos há compreensão para o facto de apenas estar um vigilante a controlar todas as câmeras de vídeo. O certo é que a imagem da segurança em Portugal ficou na rua da amargura.

Não podemos deixar de referir os incêndios de Setembro onde, mais uma vez, tudo esteve descontrolado, com vidas em perigo e dezenas de casas de famílias completamente ardidas. Afinal, para que servem os milhões de euros gastos na protecção civil?

Feio, muito feio e triste, foi o facto de os “senhores” técnicos do INEM terem entrado em greve e o que aconteceu? 11 mortos por falta de socorro. Um caso revoltante que deixou os portugueses preocupados com o futuro do INEM. Lamentavelmente chegou-se já a falar em privatizar o instituto, o que seria um erro político de palmatória.

Não podemos deixar passar em claro nesta resenha do que tivemos em Portugal durante o ano de 2024, o lamentável acontecimento em alguns bairros de Lisboa após um agente da polícia ter disparado a matar contra um morador negro. A partir desse momento foi o caos: caixotes de lixo e dezenas de pneus incendiados, paragens de autocarros destruídas, dezenas de carros incendiados e para cúmulo do descontrolo policial até assistimos que uns energúmenos atirassem um coquetel Molotov para o condutor de um autocarro da Carris que o levou quase à morte, tal a gravidade dos ferimentos por queimaduras.

O inacreditável passou-se neste ano em que se comemorou os 50 anos do 25 de Abril. Uma data histórica em que nos foi devolvida a liberdade. Assistiu-se a uma acção policial completamente descabida no Martim Moniz, em Lisboa, onde foram encostados à parede dezenas de cidadão imigrantes, ao bom estilo nazi, e no final encontraram uns gramas de haxixe e um canivete… afinal, para quê anunciar que vivemos num país democrático que cumpre a Carta dos Direitos Humanos?

Muitos, muitos episódios haveria por descrever, mas o mais importante é que o povo velho e jovem continua sem uma casa para habitar, continuam os estudantes que terminam o seu curso a emigrar, continuam as reformas miseráveis cujo aumento anual de algumas determinado pelo Governo é de apenas sete euros…, continua a corrupção a alto nível e nos mais diversos quadrantes da política e da vida empresarial, continua a caça à multa dos automobilistas, uma forma de o Governo arrecadar mais uns milhões de euros extra, sendo ao fim e ao cabo mais um vector de impostos indirectos, continuamos a ter um combustível caro, os preços nos supermercados a aumentar todas as semanas e, no fim, Luís Montenegro, na sua primeira mensagem de Natal como primeiro-ministro só soube querer convencer os portugueses que estamos a caminho do paraíso.

Portugueses, não! Inacreditavelmente Montenegro na sua mensagem nem uma palavra dedicada aos milhões de portugueses que vivem no estrangeiro. Ignóbil.

Bem, não vos entristeço mais e apenas dizer-vos que antes de partir até às Beiras para passar com familiares a mudança de um ano velho para ano novo, quero desejar a todos os amigos leitores deste grande jornal um ano de 2025 com muita saúde, prosperidade e felicidade. Em chinês diríamos Kung Hei Fat Choi…

Taça GT | Corrida da Grande Baía inspira campeonato no Interior da China

Um novo campeonato para viaturas da classe GT4, sediado na China e com o nome de SRO GT Cup, será lançado em 2025. A competição foi inspirada no sucesso alcançado nos últimos anos pela Taça GT – Corrida da Grande Baía, do Grande Prémio de Macau

 

Nas vésperas de Natal, o SRO Motorsport Group, a empresa que organiza, entre muitas outras provas e campeonatos, o GT World Challenge Asia e co-coordena a Taça do Mundo de GT da FIA em Macau, anunciou a criação de uma competição para viaturas GT4 na China, com estreia marcada para 2025. O campeonato contará com um total de oito corridas sprint de 30 minutos, cada uma com um único piloto por carro, distribuídas por quatro eventos que terão início em março. Haverá duas corridas por fim de semana.

O calendário dos quatro eventos foi apresentado, sendo que a temporada começa em Xangai, integrado no programa do Grande Prémio da China de Fórmula 1. Com dois circuitos ainda por oficializar, a outra prova confirmada será no novo circuito urbano de Pequim, no fim de semana do GT World Challenge Asia. Uma certeza: o Grande Prémio de Macau não fará parte do calendário.

Benjamin Franassovici, Director Geral da SRO Motorsports Asia, disse: “Este é um capítulo incrivelmente empolgante para a SRO na Ásia, especialmente na China. Muitas das maiores equipas do país e os pilotos mais experientes já competem no GT World Challenge Asia e além, mas ainda existe um grande mercado, em certa medida inexplorado, para amadores aspirantes, jovens profissionais e equipas de nível nacional que desejam correr mais perto de casa. O evento de GT4 em Macau, que atraiu mais de 25 inscrições no mês passado, é um excelente exemplo disso.”

Ambição e muita concorrência

A SRO não esconde a expectativa de contar com grelhas de vinte carros na temporada de estreia, cujas inscrições abrirão a 9 de Janeiro.

Para alcançar esse objetivo, a organização europeia, em colaboração com os seus parceiros chineses, restringiu a participação a pilotos não profissionais. Assim, apenas pilotos classificados pela FIA como “Bronze” ou “Silver” poderão competir. Outro trunfo da SRO é a aplicação do seu mundialmente reconhecido “Balance of Performance”, um sistema que equilibra a performance entre diferentes carros e que tem sido um dos pilares da credibilidade da Taça GT – Corrida da Grande Baía nos últimos anos.

“Estou confiante de que o nosso formato e a mistura de eventos de alto perfil proporcionarão uma alternativa desejável, mas também acessível, à oferta doméstica actual”, referiu Benjamin Franassovici, que sabe que a SRO GT Cup vai encontrar uma feroz concorrência dentro de portas.

Para além da SRO GT Cup, serão realizados no Interior da China, em 2025, pelo menos mais três campeonatos de âmbito nacional para carros de GT: o GTCC – GT China Cup, organizado pela TopSpeed, que colabora na Taça do Mundo de FR da FIA; o Campeonato da China de Endurance (CEC); e ainda a Mintimes GT Series, organizado pela empresa responsável pelo Campeonato da China de F4.

Como de melhor se faz lá fora

A SRO GT Cup será a segunda competição dedicada a viaturas GT4 na Ásia. Esta categoria, que reúne marcas de prestígio como Aston Martin, Audi, BMW, Lotus, Mercedes-AMG, McLaren, Porsche, entre outras, conta também com diversos campeonatos na Europa, incluindo o renovado Campeonato de Portugal de Velocidade e o Iberian Supercars Series.

Para aliciar as marcas, os resultados das corridas da SRO GT Cup também contarão para o Ranking de Construtores de GT4 da SRO, um título atribuído à marca presente na categoria GT4 com melhor desempenho no final de cada temporada. A SRO GT Cup junta-se à sua equivalente asiática, a Japan Cup, numa lista que também inclui competições continentais e nacionais na Europa, América e Austrália.

BRICS | Tailândia vai aderir amanhã como Estado associado

O Governo da Tailândia anunciou ontem que se vai juntar ao grupo de economias emergentes BRICS como Estado associado a partir de amanhã, num ano em que a Rússia preside à organização.

“Esta parceria oferece oportunidades significativas para reforçar os laços com os Estados-membros dos BRICS, os mercados emergentes e os países em desenvolvimento com elevado potencial de crescimento”, afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros tailandês num comunicado.

Na nota, o Ministério indicou que este passo foi dado após uma crescente cooperação com o grupo desde 2017 e que representa um compromisso com o multilateralismo, sobretudo entre os países emergentes. As autoridades tailandesas acrescentaram que continuarão a trabalhar com o bloco sob a presidência do Brasil no próximo ano.

Na cimeira do grupo realizada em Outubro, na cidade russa de Kazan, o Governo russo afirmou que havia divergências sobre a expansão do bloco, mas o comunicado final aprovou o estatuto de Estado associado para diminuir o descontentamento entre os países candidatos.

Chegou a ser divulgada uma lista de países que seriam incluídos nesta categoria – Turquia, Indonésia, Nigéria, Argélia, Bielorrússia, Cuba, Bolívia, Cazaquistão, Vietname, Tailândia, Malásia, Uzbequistão e Uganda –, mas a entrada destas nações não foi confirmada.

Os BRICS são constituídos pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul e em 1 de Janeiro de 2024 foram aceites como Estados-membros o Egipto, o Irão, os Emirados Árabes Unidos e a Etiópia, enquanto a Arábia Saudita e a Argentina mudaram de ideias sobre a adesão ao grupo.

Jeju Air | Anunciadas inspecções devido a problemas com trens de aterragem

O Governo sul-coreano anunciou ontem “inspecções rigorosas de segurança” à companhia aérea Jeju Air, na sequência de dois episódios com problemas nos trens de aterragem, um dos quais causou a morte a 179 pessoas no domingo. O segundo incidente aconteceu ontem, forçando o regresso do avião à pista após a descolagem

 

A companhia aérea responsável pelo avião que se despenhou no domingo na Coreia do Sul, causando a morte a 179 pessoas, vai ser alvo de “inspecções rigorosas de segurança” devido a problemas com trens de aterragem das aeronaves, avançou ontem o Governo sul-coreano. “Planeamos implementar inspecções rigorosas de segurança aérea, em resposta aos incidentes com os trens de aterragem”, afirmou Joo Jong-wan, responsável pelo departamento de aviação no ministério sul-coreano dos Transportes, após uma reunião ontem em Seul.

A reacção do Governo sul-coreano surge depois de, no domingo, um acidente com um avião da Jeju Air no Aeroporto Internacional de Muan (sul) causar a morte de 179 pessoas e de, na manhã de ontem, um segundo avião da mesma companhia aérea ter registado um problema semelhante, forçando-o a regressar ao aeroporto de partida.

Joo referiu que a Jeju Air, uma das principais transportadoras aéreas de baixo custo do país, é conhecida pela elevada taxa de utilização dos aviões, o que, segundo alguns peritos, poderá ter contribuído para os incidentes.

O funcionário do ministério sul-coreano dos Transportes acrescentou que o Conselho Nacional de Segurança dos Transportes dos Estados Unidos vai estar envolvido na investigação dos incidentes e que a Boeing, fabricante de ambos os aviões do mesmo modelo, também foi contactada para cooperar.

Segundo acto

Um avião da Jeju Air foi ontem forçado a regressar ao aeroporto de partida, o Aeroporto Internacional de Gimpo, na ponta ocidental de Seul, depois de registar uma anomalia com o trem de aterragem, semelhante ao problema ocorrido com o aparelho que falhou a aterragem no domingo no aeroporto de Muan, acidente que causou a morte de 179 pessoas.

O voo 7C101 da Jeju Air, que partiu do aeroporto internacional de Gimpo com destino a Jeju, no sul da Coreia do Sul, às 06h37 de segunda-feira (05h37 em Macau), detectou um problema no trem de aterragem pouco depois de levantar voo.

A transportadora disse que tenciona retomar as operações depois de trocar de aparelho, também um Boeing 737-800, considerado um dos mais seguros do mundo. A Jeju Air, transportadora sul-coreana de baixo custo, opera 39 aparelhos 737-800 numa frota de 41 aviões.

No domingo, o avião que fazia o voo 7C2216 da Jeju Air explodiu no final de um “pouso de barriga”, sem trem, derrapando na pista do aeroporto de Muan até embater num muro de betão, matando 179 pessoas e deixando apenas dois sobreviventes, naquele que é o pior acidente de sempre da aviação civil em solo sul-coreano.

Ambiente | Fixada quota de 30% de eléctricos para viaturas oficiais

O Ministério das Finanças da China anunciou ontem uma directriz segundo a qual, pelo menos, 30 por cento dos veículos adquiridos para uso público devem ser eléctricos e híbridos

 

O ministério explicou que “em princípio, os ‘veículos de energia nova’ devem representar, pelo menos, 30 por cento do total” das aquisições.

De acordo com a directriz, as agências governamentais de aquisições devem dar prioridade à compra desses veículos, desde que cumpram os requisitos funcionais e operacionais necessários, informou a televisão estatal CCTV.

O ministério disse ainda que, para situações em que os veículos têm rotas fixas, como os que se destinam a serviços de comunicação confidenciais ou operam principalmente em áreas urbanas, apenas devem ser adquiridos modelos eléctricos.

A pasta prevê ainda a contratação de serviços de aluguer de automóveis, referindo que, nestes casos, os organismos governamentais devem dar prioridade à utilização de veículos eléctricos.

Numa tentativa de promover este tipo de automóvel, reduzir a poluição nas cidades chinesas e impulsionar o sector das novas energias, as autoridades locais e nacionais da China anunciaram, nos últimos anos, todo o tipo de medidas, incluindo medidas fiscais, para promover a utilização de automóveis eléctricos.

A taxa de penetração destes veículos no mercado chinês atingiu 25 por cento em 2023, contra 15 por cento na Europa e 8 por cento nos Estados Unidos, segundo um estudo publicado no ano passado pela empresa de consultadoria Bain & Company.

Mudança de paradigma

As vendas de veículos eléctricos devem ultrapassar as dos automóveis com motores de combustão interna na China, pela primeira vez, em 2025, segundo dados do sector.

A China deve ultrapassar as previsões internacionais e os objectivos oficiais de Pequim, com as vendas domésticas de veículos eléctricos – incluindo baterias puras e híbridos – a crescerem cerca de 20 por cento para mais de 12 milhões de unidades, em 2025, de acordo estimativas de bancos de investimento e grupos de investigação citadas pelo jornal britânico Financial Times.

O rápido crescimento da indústria chinesa de veículos eléctricos ameaça agora as marcas alemãs, japonesas e norte-americanas, que dominam o mercado mundial de automóveis há várias décadas.

Adolescente condenado a prisão perpétua pela morte de colega de turma

Um tribunal da província de Hebei, no norte da China, condenou ontem um adolescente de 13 anos a prisão perpétua pelo seu papel no assassinato de um colega de turma, num caso que chocou a opinião pública chinesa.

O Tribunal Intermédio de Handan condenou Zhang, de 13 anos, a prisão perpétua, pelo assassinato, em Março passado, de Wang, da mesma idade, informou a agência de notícias oficial Xinhua. O cúmplice, Li, também de 13 anos, foi condenado a 12 anos de prisão. O terceiro menor envolvido, Ma, que tinha a mesma idade e que não participou directamente no assassinato, mas ajudou a destruir provas, foi isento de responsabilidade criminal e será submetido a um programa de reintegração.

O crime teve origem numa disputa entre os arguidos e Wang. Zhang concebeu o plano, persuadindo Li a colaborar no assassinato e na distribuição do dinheiro de Wang. Os preparativos incluíram a escolha de uma estufa abandonada como local do crime e a escavação de um buraco para enterrar o corpo.

Em 10 de Março de 2024, Zhang atraiu a vítima para o local combinado. Li, por sua vez, transportou Ma até ao local sob o pretexto de carregar a bateria da sua mota eléctrica. Durante o trajecto, Ma foi informado do plano. Na estufa, Zhang atacou Wang com uma pá, enquanto Li o imobilizava. Ma, ao testemunhar o acto, fugiu do local.

Depois de cometerem o crime, Zhang e Li enterraram o corpo, roubaram dinheiro da conta de Wang e destruíram o seu telemóvel. Posteriormente, Ma cooperou com as autoridades, fornecendo a localização onde se encontrava a vítima.

O tribunal considerou que os actos de Zhang e Li, sendo deliberados e executados “de forma particularmente cruel”, constituíram crime de homicídio premeditado.

Deixados para trás

Embora ambos tivessem 13 anos na altura do crime, o Código Penal chinês estipula que, em casos graves, os menores com idades compreendidas entre os 12 e os 14 anos podem ser responsabilizados criminalmente se for autorizado pelo Supremo Ministério Público do país, o que a instituição fez em Abril. Zhang foi identificado como o principal responsável pela concepção e execução do plano, enquanto Li foi identificado como cúmplice activo, embora com um grau de responsabilidade menor.

Na altura, o caso suscitou preocupações sobre a delinquência juvenil na sociedade chinesa. Após o incidente, a imprensa local explicou que os três adolescentes acusados são “crianças deixadas para trás”, um termo utilizado nas redes sociais chinesas para descrever menores que vivem com os avós em zonas rurais enquanto os pais trabalham nas cidades.

Além disso, Wang estava a ser vítima de abuso na escola, o que levou várias vozes no país asiático a apelar para a “criação de sistemas especializados de prevenção do ‘bullying’ nas escolas”, para a adopção de uma atitude de “tolerância zero” para com os agressores e de medidas de apoio às vítimas.

Hangzhou e o Grande Canal

O Rio Qiantang (钱塘江), o primeiro dos cinco rios que abastece de água o Grande Canal, tem junto à sua foz Hangzhou (杭州). Durante 1400 anos a cidade foi o terminal dessa vasta via aquática e é um dos centros para onde confluem e se reúnem, ou intersectam vários canais dos seus diferentes percursos.

De Hangzhou parte o Grande Canal (Da Yunhe, 大运河) para Norte e em Zhenjiang atravessa o Changjiang entrando em Yangzhou, de onde por duas diferentes vias se pode navegar até Wuxi, aproveitando as águas do lago Tai, ou no percurso até Huai’an, a antiga secção Leste do Tongji (Tongji qu, 通济渠), usando o Rio Huai (Huaihe) por o antigo canal Hangou, de Shanyang (山阳, actual Huai’an) a Jiangdu (江都, hoje Yangzhou).

Era o canal Shanyang [Shanyang du] dragado na dinastia Qin com 85 km de comprimento, a começar no Changjiang (Rio Yangzi) ia até Suzhou, de onde já no Período Primavera-Outono havia ligação a Wuxi. Yangdi, Imperador da dinastia Sui, em 605 mandou alargá-lo e estender o comprimento desse canal de Shanyang (actual Huai’an) até Yangzijin (扬子津), parte Sul da cidade de Jiangdu (actual Yangzhou).

O canal Jiangnan yunhe (江南运河) vai para Sul até ao Rio Qiantang (Qiantangjiang) chegando a Hangzhou e para Leste da cidade, em Xixing, distrito de Binjiang, começa o Canal Zhedong (浙东运河, Zhejiang Leste ou Hangyong) com 240 km, a percorrer o Norte da província de Zhejiang, passa por Shaoxing (绍兴) e conjugando-se ao Rio Yong chega a Ningbo (宁波), onde no distrito de Zhenhai, termina o Canal. Já a Norte, as águas do Rio Qiantang vão desaguar no Mar da China do Leste. A cidade de Ningbo, a Nordeste da província de Zhejiang, é oficialmente considerada desde 2013 o término Sul do Grande Canal.

Por etapas descontínuas, nas visitas a Zhejiang (浙江) percorremos todos esses cursos em diferentes alturas, repetindo-os ao visitar a capital da província Hangzhou, Shaoxing e Ningbo, ou para Oeste, na senda da seda, passando por Huzhou (湖州), Hanshan (含山), Wuxing (吴兴), no eixo Hangzhou-Huzhou, ou na via Shanghai-Hangzhou, encontramos na província de Jiangsu, Shengze [(盛泽), no distrito de Wujiang, pertencente a Suzhou e em conjunto com esta, a par de Hangzhou e Huzhou, foi uma das quatro cidades da seda], Tongxiang (桐乡) e a quinze quilómetros Wuzhen (乌镇), visitada era ainda uma antiga pequena aldeia com vida ao longo de canais ligados ao Grande Canal, a meio caminho entre Shanghai (Xangai) e Hangzhou.

Nestas viagens, poucas vezes com oportunidade de as realizar por água e daí percorridas em autocarro, acompanhando em paralelo o Grande Canal, grande parte dos trajectos e era ver os barcos passarem lado a lado com a estrada, aparecendo ao mesmo nível desta.

ONDAS NO RIO QIANTANG

Desde há dois mil anos registado na literatura e poesia o fenómeno ocorre próximo do Festival do “Meio do Outono”, entre o 15.º dia do oitavo mês lunar, sendo o clímax no 18.º dia. Ondas de dois metros e meio penetram no Rio Qiantang e chegam à baía de Hangzhou, atraindo milhares de espectadores todos os anos. Esta extraordinária ocorrência deve-se a um conjunto de factores como a gravitação de corpos celestes, a força centrífuga produzida por a rotação da Terra e a forma de gargalo da baía de Hangzhou, sendo o melhor local para observar no concelho de Haining, em Haiyan e Xiaoshan.

Hangzhou, com o nome de Lin’an, foi desde 1138 a capital da dinastia Song do Sul (1127-1279) devido à tribo tártara Jurchen (conhecida mais tarde por manchu, proveniente do Nordeste da China), ter em 1126 conquistado aos Song do Norte a capital Kaifeng. Levaram da corte quase três mil presos para Harbin [onde desde 1115 como dinastia Jin (1115-1234) os Jurchen tinham a capital Imperial em Huining (Harbin) e edificaram Zhongdu (Beijing)], e no inverno de 1141 os Song cederam aos Jin um vasto território, tornando-se como vassalos, pois pagavam um tributo anual de prata e seda.

O restante da corte da dinastia Song retirou-se para Sul, fugindo das investidas dos Jin, e instalou-se em Nanjing (actual Shangqiu, província de Henan) onde Zhao Huan foi feito Imperador Qin Zong (1125-1127). O seu irmão, Zhao Guo, no ano de 1127 proclamou-se Imperador com o nome de Gao Zong e deu início à dinastia Song do Sul (1127-1279), mudando em 1138 a capital para a beira-mar, na cidade de Hangzhou.

Era já em 907 chamada Lin‘an, quando Qian Liu fundou o reino Wuyue e aí fez a capital, governando Zhejiang, parte de Jiangsu e Fujian. Como a China do Norte se encontrava em guerra, as populações aí se foram refugiando pois Qian Liu pacificou o reino, expandindo-se este economicamente. O reino Wuyue (907-979) durou 72 anos, com três dinastias e cinco soberanos e só foi conquistado em 978 por a dinastia Song do Norte (960-1127) cuja capital era em Kaifeng.

A História dos Dez Reinos ligados com as Cinco Dinastias (907-960) refere ainda o reino Wu (902-937), situado onde se encontram as províncias de Jiangsu, Anhui, Jiangxi e Hubei, com a capital em Yangzhou e Nanjing, durou 35 anos e teve quatro soberanos. Foi conquistado por o reino Tang do Sul (923-936) aos Liang Tardio (907-923), a dinastia que sucedeu à Tang (618-907). Shi Jingtang, o fundador da dinastia Jin Tardia (936-946) conseguiu o apoio dos Liao (916-1125) [tribo mongol dos Chitan na China] e conquistou o poder ao reino Tang do Sul, voltando a mudar a capital para Kaifeng.

Só a dinastia Tang Tardio (923-936) teve Dong Du (Luoyang) como capital, pois nas restantes quatro pertencentes às Cinco Dinastias (Wu Dai, 五代, 907-960) era em Kaifeng. Já a vitória sobre os Han Tardio (947-950) de Zhao Kuangyin, chefe da dinastia Zhou Tardio (951-960), levou os seus oficiais a colocá-lo no lugar de Imperador com o nome de Taizu, fundando em 960 a dinastia Song, que durou até 1279. De 963 a 979 os Song conquistaram um a um os nove Estados do Sul e unificaram a China.

ORIGENS DE HANGZHOU

Próximo do mar, o local onde hoje está construída a cidade de Hangzhou encontrava-se originariamente coberto de água e na maré baixa, as águas do Rio Qiantang deixavam ver baías criadas pela areia. No tempo da dinastia Xia (2070-1600 a.n.E.) a este lugar foi dado o nome de Yuhang, por aí ter Yu, o primeiro rei dessa dinastia, chegado de barco (=hang).

Antes da dinastia Zhou pertencia à área de Yangzhou (uma das nove regiões administrativas da então China). Durante a dinastia Qin (221-206 a.n.E.) começaram a construir-se casas no sopé do monte Lingyin, a Noroeste do lago e com o assoreamento, esse núcleo original foi-se expandindo para os vales a Leste e a Norte. Em 326, reinava a dinastia Jin de Leste quando foi construído o templo do Recolhimento das Almas, Lingyin si, sendo um dos dez mais importantes templos de Budismo Chan na China.

Como cidade, Yuhang, o antigo nome de Hangzhou, só começou a ser construída em 406, entre as margens do lago Oeste já formado, e daí ao rio. Situada num vale ao longo do Qiantangjiang, com 410 km de zona fértil de plantações de arroz (com três colheitas ao ano), salinas, arbustos de chá pelas colinas envolventes, fábricas produtoras de seda, flores e pássaros de uma vegetação temperada. Nessa exuberância de produtos, não era de estranhar a capital da província de Zhejiang, Hangzhou, pela abundância ser de onde a grande parte dos impostos, normalmente pagos em géneros, partiam como tributos rumo às cidades Imperiais.

O centro de Hangzhou gira em torno do imenso lago, antigamente denominado Búfalo Dourado, formado a partir de uma inicial lagoa, alimentada pelas águas do Rio Qiantang. Conta a lenda viver o búfalo dourado deitado no fundo do lago e sempre que começava a diminuir o nível das águas, o búfalo emergia e voltava a enchê-lo. A história reporta-se à dinastia Han (206 a.n.E.-220), quando oficiais locais, para agradar ao Imperador, pediram à população para drenar as águas do lago. Seco, logo o búfalo apareceu e os oficiais correram para o apanhar.

Furioso, o búfalo produziu água suficiente num só momento que encheu o lago e desde então nunca mais secou. Hoje lá está o búfalo dourado numa estátua dentro de água a recordar as origens desta cidade.

Durante a dinastia Sui, Hangzhou foi muralhada quando Yangdi, o segundo imperador mandou rasgar o Grande Canal. Na dinastia Tang, conjuntamente com Yangzhou e Guangzhou, Hangzhou era um dos três portos de Trato, tanto com ligações marítimas, como fluviais.

Os viadutos vieram modernizar Hangzhou, que num momento se encheu de automóveis e pessoas, mas tapam, escondendo o que fica ao nível de solo. Voando de carro por um viaduto em primeiro andar somos dirigidos por a zona Norte da cidade, ficando assim sem visão dos muitos canais que atravessam a cidade. Só mais tarde ao caminhar pelas ruas, as pontes em arco chamam a atenção, agora desenquadradas devido à diminuição do espaço a envolver o canal por necessidade de aumentar as vias rodoviárias. Na parte Nordeste do lago, a planta da cidade feita em relevo na estrutura do passeio, permite perceber a rede de canais, os limites das muralhas, a área ocupada pelo vasto lago e em visão aérea, planar por séculos da História de Hangzhou.

Após passear nas margens do Lago Oeste (Xihu, 西湖), dirigimo-nos para a praça Wulin e caminhando por o antigo centro, duas antigas pontes deslumbram ao longo do trajecto iniciado na estação rodoviária do Norte.
Chegados à praça central de Wulin, do cais terminal do Grande Canal queremos embarcar para ir visitar o Museu do Grande Canal. Nem barco de carreira para aí nos levar [existente dois anos depois], pois esse era o meio para navegar num primeiro contacto por esta enorme via de água. Sem outra possibilidade partimos de táxi.

Chegados à praça referenciada como o local do museu, uma antiga ponte chama a atenção, toda de pedra com três arcos, construída em 1631, é a ponte Gongzhen a salvar esta viagem, pois o museu está fechado por três dias, como o porteiro nos indica. Mais tarde ficamos a saber faltarem três dias para o museu ser inaugurado, quando em 2007, seis meses após viajar de barco por o Grande Canal, aí voltamos, agora num turístico barco de carreira até à nova zona de museus de Hangzhou.

Cinemateca Paixão | Filmes japoneses e alemães marcam entrada em 2025

Para quem deseja ver cinema no último dia do ano a Cinemateca Paixão apresenta hoje uma série de clássicos. Um dos destaques vai para “Merry Christmas, Mr. Lawrence”, filme de 1983 de Nagisa Oshima e com banda sonora composta por Ryuichi Sakamoto. O clássico, que tem David Bowie no elenco, conta a história de um campo de prisioneiros de guerra na II Guerra Mundial. Além da sessão de hoje, marcada para as 21h30, o filme volta a ser exibido a 11 e 25 de Janeiro.

Hoje passa também, às 19h30, o filme “8 Dias em Agosto”, inserido no festival de cinema KINO, dedicado ao cinema alemão. A película realizada por Samuel Perriard, que pode ser vista novamente a 11 de Janeiro, conta a história de um casal que passa férias com o filho, amigos próximos. A tranquilidade é perturbada com um súbito acidente de saúde.

No primeiro dia do ano o público poderá ver o filme japonês “My Sunshine”, que repete nos dias 5 e 12 de Janeiro. Apresentado no Festival de Cinema de Cannes e vencedor de três prémios no Festival de Cinema de Taipei, o filme tem como protagonista o adolescente Takuya, jogador de hóquei no gelo que fica encantado quando vê Sakura no ringue de patinagem. Ambos passam a ser treinados pelo treinador Arakawa, traçando-se uma história sobre o amor, camaradagem e melancolia.

Também amanhã pode ser vista a comédia “Toni Erdmann”, exibida às 16h, protagonizada pela actriz alemã Sandra Huller. O filme centra-se na história de Winfried, que raramente vê a filha, Ines. Um dia, o pai decide surpreender a filha, mas tudo se torna num desastre porque Ines trabalha como executiva e a visita do pai altera a sua rotina de trabalho. Chegados a um impasse, Winfried decide regressar à Alemanha. O filme é realizado por Maren Ade.

Passagem de ano | “Mirror” e German Ku abrilhantam a noite

Os fãs de cantopop podem desfrutar de muita música na noite de passagem de ano. Hoje à noite os “Mirror” sobem ao palco do Studio City para um concerto integrado na tournée “Mirror 2024 Grand Finale”. Destaque ainda para a actuação do macaense German Ku na praça do Lago Sai Van

 

A chegada de um novo ano em Macau faz-se com muita música e estrelas bem conhecidas do universo artístico da região. Depois do concerto desta segunda-feira, os “Mirror”, a mais badalada boys band de Hong Kong, sobem hoje novamente ao palco do Centro de Eventos do Studio City, a partir das 22h30, para um segundo espectáculo de passagem de ano, integrado na “Mirror 2024 Grand Finale”, que já está esgotado.

Esta constitui uma nova oportunidade para ver e ouvir quatro membros integrantes do grupo, nomeadamente Edan, Keung To, Anson Lo, Jeremy, tendo em conta que os “Mirror” trouxeram a Macau outros espectáculos em Maio, nomeadamente na Galaxy Arena, integrados na tour mundial “Mirror Feel the Passion Concert Tour 2024”.

Recorde-se que antes deste ano repleto de espectáculos, os “Mirror” estiveram parados durante algum tempo devido a um acidente ocorrido em Julho de 2022, no Coliseu de Hong Kong, quando um ecrã de grandes dimensões caiu no palco, de uma altura de quatro metros, ferindo dois bailarinos. O incidente acabou por afastar os “Mirror” dos palcos durante algum tempo, tendo também deixado chocada a sua legião de fãs que, ao mesmo tempo, aguardava pelo seu regresso. Apesar da noite de passagem de ano se fazer no Studio City com apenas quatro membros do grupo, os “Mirror” são compostos por 12 cantores.

Além desta pausa, a banda tem estado activa desde 2018, depois da formação no concurso televisivo de talentos “Good Night Show – King Maker”, tendo lançado o primeiro single a 3 de Novembro desse mesmo ano, “In a Second”.

Desde então, a boys band tem ganho inúmeros prémios, sendo considerada uma das principais bandas do género cantopop de Hong Kong. Em 2020, foi lançado o single “Ignited”, que entrou para a lista dos “Top Ten Song of The Year” dos “Ultimate Song Chart Awards” e também dos “Chill Club Music Awards”. No ano seguinte, o single “Warrior” também registou os maiores sucessos, permanecendo no “Ultimate 903 Charts” durante duas semanas.

Além de pertencerem ao projecto “Mirror”, alguns membros da banda mantém carreiras individuais no mundo da música e também na representação para televisão e cinema.

Festa aberta

Com organização do Instituto Cultural (IC), a festa de passagem de ano faz-se de forma gratuita em dois locais distintos, nomeadamente a praça do Lago Sai Van e nas Casas-museu da Taipa. Apesar do rol de convidados, o destaque vai novamente para o género cantopop e para German Ku, macaense vencedor este ano de um concurso de talentos da TVB, estação televisiva de Hong Kong, o “Meia-Idade, Canta e Brilha”.

Com 36 anos de idade, o macaense canta desde jovem. Em 2009 participou no concurso de talentos “Asian Million Star”, da ATV, tentando sempre um lugar no mundo da música. A vitória no concurso da TVB catapultou-o para a fama, tendo em conta que o programa durou nove meses e teve enorme competição, com mais de 100 cantores a participar.

Depois da consagração no programa da TVB, German Ku estreou-se a solo, na sua terra natal, no Venetian Theatre. Nem de propósito, o nome dado à série de espectáculos, ocorridos em Agosto, foi “German Ku – I’m Home”.
German Ku vai ainda partilhar o palco, a partir das 22h, com outros artistas, nomeadamente os conceituados cantores de Hong Kong George Lam e Sally Yeh, e ainda bandas e cantores como Maria Cordero, Vivian Chan, Rico Long, Nick Ngai, FIDA, Daze in White, Ocean Walker, Ying May Supermarket, KC Ao Ieong e DAX One Dance Complex. Esta série de concertos será apresentada por Bobo Leong e Jeoffrey Wong.

Por sua vez, nas Casas-museu da Taipa, o anfiteatro enche-se de música a partir das 20h30, com nomes bem conhecidos do público, como é o caso das bandas “Concrete/Lotus” e “Peony & Lon”, além do cantor pop de Hong Kong Johnny Yip.

A festa nas Casas-museu complementa-se também com actuações de Victor Kumar e o seu Bollywood Dreams Group, destacando-se a cultura indiana, sendo que as danças tradicionais filipinas se apresentam com a actuação da Associação Bisdak de Macau. Destaque também para a apresentação das danças tradicionais da Indonésia, Myanmar e do Vietname interpretadas por grupos locais.

Jason Fong irá protagonizar um “espectáculo de malabarismo com luzes e magia”, existindo no local expositores das diversas comunidades destes países.

No Cotai não faltarão ainda opções para celebrar a entrada em 2025, nomeadamente no Le Jardin, junto ao The Parisian. A partir das 21h30 haverá festa com a actuação de “Tess Collins & The Party Animals”, sem esquecer a música de DJ Ryan que se prolongará pela noite dentro. Fica a promessa de um espectáculo de cores e luzes bem perto da meia-noite e nas primeiras horas de 2025.

Fronteiras | Circulação automóvel subiu 26% até Novembro

O movimento de automóveis nos postos fronteiriços aumentou 26,3 por cento nos primeiros 11 meses do ano face ao mesmo período de 2023, num total de 8.342.671 viaturas. Dados da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) revelam que, só em Novembro, circularam nas fronteiras 832.830 viaturas, mais 21,5 por cento face a Novembro de 2023.

Mais concretamente, neste mês, o movimento de automóveis ligeiros de passageiros equivaleu a 781.613, mais 22,5 por cento face a Novembro de 2023), dos quais 153 milhares de entradas e saídas eram de automóveis com matrícula única de Macau que circularam entre Macau e Hengqin e 128 milhares de entradas e saídas eram de automóveis ao abrigo da política “Circulação de veículos de Macau na província de Guangdong”, com aumentos de 31,8 e 14,9 por cento, respectivamente.

Destaque ainda para o aumento de 9,2 por cento de novos carros em Macau, um total de 11.862 entre Janeiro e Novembro deste ano, sendo que desse total 3.654 eram carros eléctricos.

No que diz respeito a acidentes de viação, em Novembro deste ano houve 1.416, mais 15,6 por cento em termos anuais, que resultaram em 507 feridos. Ocorreram ainda, entre Janeiro e Novembro, 14.392 acidentes, causando duas vítimas mortais e 4.998 feridos.

Relativamente às viagens no aeroporto, nos primeiros 11 meses do ano houve 51.639 voos comerciais, um aumento de 48,8 por cento face ao mesmo período homólogo de 2023.