Gaza | China muito preocupada com ocupação israelita

A China manifestou sexta-feira “grande preocupação” com o plano israelita de assumir o controlo militar da cidade de Gaza e apelou a Israel para “cessar imediatamente as acções perigosas” no território palestiniano.

“Gaza pertence ao povo palestiniano e é parte integrante do território palestiniano”, afirmou um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, numa resposta escrita à agência de notícias France-Presse (AFP).

O Conselho de Segurança de Israel aprovou sexta-feira de madrugada uma proposta do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, para a ocupação militar da cidade de Gaza, no norte do enclave.

Detido diplomata do PCC que liderava departamento internacional

As autoridades chinesas prenderam o diplomata Liu Jianchao, que liderava o departamento internacional do Partido Comunista Chinês (PCC), agência paralela ao Ministério dos Negócios Estrangeiros, responsável pelas relações com formações de outros países.

Segundo o jornal americano The Wall Street Journal (WSJ), o diplomata terá sido preso no final de Julho, ao regressar a Pequim após uma viagem ao estrangeiro. Por enquanto, não se sabe o motivo da detenção, que não foi confirmada oficialmente pelas autoridades.

De acordo com o site do departamento mencionado, a última actividade pública de Liu ocorreu no dia 29 de julho, quando se reuniu com funcionários locais na Argélia.

Grandes expectativas

Antes de assumir o seu cargo actual em 2022, Liu foi porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros China e, posteriormente, embaixador nas Filipinas e na Indonésia. Depois disso, trabalhou em cargos importantes em agências anti-corrupção e voltou a Pequim em 2018 para ingressar na Comissão Central dos Negócios Estrangeiros.

O seu perfil público e a sua agenda, que incluiu reuniões com o ex-secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, fizeram com que Liu fosse apontado como possível ministro dos Negócios Estrangeiros da China.

A sua detenção foi a de mais alto nível para um membro do corpo diplomático do gigante asiático desde meados de 2023, quando o então ministro dos Negócios Estrangeiros, Qin Gang, perdeu o cargo apenas sete meses após a sua nomeação e depois de não ter sido visto em público durante um mês.

Nesse mesmo ano, o ministro da Defesa, Li Shangfu, também foi demitido sem explicações e posteriormente expulso do PCC após ser acusado de um crime de corrupção. E, no final de 2024, as autoridades oficializaram a detenção e o julgamento do titular da Agricultura e Assuntos Rurais entre 2020 e 2024, Tang Renjian, por supostamente aceitar subornos.

Após sua chegada ao poder em 2012, o actual secretário-geral do PCC e Presidente do país, Xi Jinping, iniciou uma campanha anti-corrupção na qual vários altos funcionários chineses, tanto institucionais quanto de empresas estatais, foram condenados por aceitar subornos milionários.

Ucrânia | Xi encoraja Putin a melhorar relações com EUA

Xi Jinping falou ao telefone com Putin na sexta-feira aconselhando o líder russo a dialogar com os Estados Unidos a fim de se encontrar uma solução política que ponha fim ao conflito na Ucrânia

 

O Presidente chinês, Xi Jinping, encorajou sexta-feira ao telefone o homólogo russo, Vladimir Putin, a melhorar as relações com Washington para solucionar a crise na Ucrânia, noticiou a televisão estatal chinesa CCTV.

“A China gostaria que a Rússia e os Estados Unidos mantivessem contactos, melhorassem as relações e promovessem uma solução política para a crise na Ucrânia”, disse Xi a Putin, segundo a CCTV, citada pela agência de notícias France-Presse (AFP).

A televisão chinesa referiu que a conversa telefónica partiu da iniciativa de Putin, segundo a agência russa Ria Novosti. As agências russas noticiaram o contacto telefónico entre os dois líderes, mas sem qualquer informação por parte de Moscovo, usando como fonte a CCTV.

“Os líderes dos dois países apreciaram muito o elevado nível de confiança política e de cooperação estratégica entre a China e a Rússia”, escreveu a agência TASS. Xi e Putin concordaram “em fazer avançar conjuntamente as relações entre os dois países para um maior desenvolvimento”, acrescentou, citando a CCTV.

Em relação à Ucrânia, Xi afirmou que não existem soluções simples para questões complexas e que a China continuará a promover a paz e as negociações, de acordo com a mesma fonte citada pela Ria Novosti.

Outras conversas Putin também manteve sexta-feira conversações telefónicas com os presidentes do Cazaquistão, Kassym-Jomart Tokayev, e do Uzbequistão, Shavkat Mirziyoyev, com quem falou sobre a reunião com o enviado especial dos Estados Unidos, Steve Witkoff, acrescentou a Ria Novosti.

Após a reunião com Witkoff na quarta-feira, a Rússia anunciou que Moscovo e Washington tinham concordado na realização de um encontro nos próximos dias entre Putin e o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Putin admitiu mais tarde que a reunião poderá realizar-se nos Emirados Árabes Unidos.

A audiência a Witkoff ocorreu dois dias antes de terminar um ultimato que Trump tinha dado a Putin para suspender os ataques contra a Ucrânia, sob pena de enfrentar sanções duras dos Estados Unidos. A Rússia invadiu a Ucrânia em Fevereiro de 2022, mergulhando a Europa naquela que é considerada a mais grave crise de segurança desde a II Guerra Mundial (1939-1945).

O conflito causou dezenas de milhares de mortos, segundo várias fontes, mas o número exacto de vítimas é desconhecido.

Imigrantes mais-valia

Em qualquer cidade do país se frequentamos ou nos deparamos com um hotel, restaurante, hipermercado, obra de construção civil, apoio domiciliário, hospital, loja comercial, fábrica, vindima, colheita da azeitona ou de outros frutos, encontramos imigrantes de Angola, Guiné-Bissau, São Tomé, Brasil, Cabo Verde, Índia, Nepal ou Bangladesh. Todos a falar português, integrados na grande necessidade que Portugal tem de falta de mão-de-obra e a contribuir para a sustentação da Segurança Social. É com grande satisfação que somos atendidos num bom restaurante onde os funcionários, vestidos a rigor, de uma educação extrema e amabilidade exemplar nos transmitem que são de Angola, da Guiné-Bissau ou do Brasil.

São seres humanos como os portugueses que optaram por Espanha, França, Alemanha, Finlândia, EUA, Austrália, Canadá ou Timor-Leste. Portugueses que foram aprendendo a língua local, integrando-se na sociedade e, essencialmente, recebidos com os benefícios sociais em vigor nesses países. Em Portugal, ainda não recebemos os imigrantes com a dignidade que mereciam. A maioria ainda tem de arrendar um quarto ou uma casa ou, depois de integrados, assumirem um crédito bancário para adquirirem um imóvel.

Alguns imigrantes que já trabalham, que descontam para a Segurança Social são ainda dominados pela impossibilidade de viver dignamente porque aguardam o título de residência, caem nas mãos das mafias que lhes vendem uma barraca nos arredores das grandes cidades. Muitas vezes, existem autarcas que antes de construírem habitação social enveredam pela demolição das barracas deixando essas famílias sem tecto e a dormir ao relento, num gesto de grande crueldade e incompreensão.

Naturalmente que os imigrantes que se desloquem para Portugal com um visto de turismo e que depois ficam por aqui ilegalmente e a viverem 20 num quarto, esses, não podem pensar em adquirir o estatuto de residentes. Vivem na penúria, explorados por próprios compatriotas e ilegais perante a lei portuguesa. Neste particular, o governo está a tomar medidas de regulação para a entrada de imigrantes. No entanto, essa regulação não pode ser radical como defende André Ventura, que, por sua vez, apenas deseja que não entre em Portugal nem mais um imigrante e por vontade do neofascista até seriam expulsos todos os imigrantes. Ventura tem alegado que a criminalidade em Portugal se deve à presença dos imigrantes. Nada mais errado.

A teoria de que a imigração é responsável pelo aumento do crime, de que a mais recente vaga de imigração, qualquer que seja a sua nacionalidade, é menos desejável que as anteriores, de que todos os recém-chegados devem ser encarados com uma atitude de suspeição é uma teoria quase tão antiga como as colónias criadas pelos ingleses na costa da Nova Inglaterra. Recentemente, o director da Polícia Judiciária citou números referentes à criminalidade violenta, a qual tem vindo a diminuir desde há 20 anos e o facto de o rácio de estrangeiros reclusos ter evoluído na razão inversa do aumento da população imigrante.

O mesmo tipo de evolução sucedeu com os detidos pela polícia que Luís Neves dirige. Assim, se em 2009, quando a população estrangeira residente somava menos de meio milhão (454 191), a PJ deteve 631 estrangeiros (correspondendo a 138,9 detidos por 100 mil imigrantes), em 2023, com o número de estrangeiros residentes mais que duplicado (1 044 605), foram 513 os detidos, correspondendo a 49,1 por 100 mil residentes.

Para consubstanciar as suas afirmações, o director da PJ explicou mais: não só esta redução do rácio de detidos estrangeiros face ao número de residentes não portugueses foi consistente nos últimos 14 anos, como uma parte considerável dos detidos e reclusos estrangeiros, sobretudo relacionados com tráfico de estupefacientes, não são imigrantes, mas elementos daquilo a que dá o nome de “criminalidade transnacional” – com relevo para as “mulas de droga”.

Um outro facto demonstrativo de que o aumento da criminalidade não está directamente ligada aos imigrantes são as provas que os municípios têm divulgado. Municípios com maior peso de imigrantes têm menos criminalidade.

Alguns exemplos de municípios onde a população estrangeira tem um impacto significativo na população residente, com dados de 2023: Vila do Bispo (onde os imigrantes representam 43,68% da população total), Odemira (41,8%) e Lisboa (28,7%). Se houvesse uma relação directa entre imigração e criminalidade, a expectativa seria de que o aumento dos estrangeiros residentes se reflectisse directamente numa subida dos crimes registados pelas autoridades policiais.

Porém, nada mais errado. Municípios com maior peso de imigrantes têm menos criminalidade. Em relação ao Porto, onde têm aumentado os crimes contra imigrantes reportados na comunicação social, a evolução crescente dos residentes estrangeiros também não é acompanhada por um aumento da criminalidade, verificando-se até uma diminuição da criminalidade nos anos de maior aumento da imigração. Em 2009 foi registado um total de 17.383 crimes, ano em que ali residiam 8809 estrangeiros. Em 2019, os crimes desceram para 15.422 e os estrangeiros residentes aumentaram para quase o dobro: 14.558. Em 2023, os estrangeiros residentes no Porto voltaram a duplicar – para 35.653 – e o total de crimes registados foi de 14.552. No Porto, os estrangeiros representam neste momento 14,3% da população.

De tudo isto, podemos depreender que o que André Ventura e o seu partido propagandeiam a toda a hora relacionando o aumento de criminalidade com os imigrantes não passa de uma balela racista com vista a igualar as atitudes dos neonazis que tudo têm feito violentamente contra imigrantes.

Gastronomia | Governo promove zona do ZAPE com atracção turística

Decorre esta semana a iniciativa turística e gastronómica “ZAPE com Sabores”, entre as zonas pedonais da Rua de Cantão e Rua de Xangai. Do dia 15 ao dia 24 deste mês será possível participar numa feira que conta com a participação de comerciantes locais e que traz atracções musicais e de entretenimento

 

A zona do ZAPE [Zona de Aterros do Porto Exterior] tem estado na ordem do dia com pedidos de requalificação urbanística e de turismo, tendo em conta o encerramento de alguns casinos-satélite no local. Nesse contexto, a Direcção dos Serviços de Turismo (DST), em parceria com a Associação Geral dos Chineses Ultramarinos de Macau (AGCUM), decidiu juntar esforços e realizar uma feira com gastronomia misturada com entretenimento.

“ZAPE com Sabores” é o nome do evento que decorre entre os dias 15 e 24 deste mês, tendo lugar nas zonas pedonais da Rua de Cantão e da Rua de Xangai. Segundo uma nota da DST, a feira “contará com a participação de comerciantes e grupos de espectáculos locais, combinando gastronomia diversificada e elementos culturais e criativos”. A ideia é que, apresentando um projecto desta natureza no ZAPE, se possa “mostrar o encanto comunitário de Macau”.

Desta forma, pretende-se fomentar o turismo nesta zona, com os petiscos a serem servidos entre as 15h30 e as 22h sob o tema “Sabores da Comida de Rua no Food Truck”. Combinam-se “costumes do Sudeste Asiático e a diversidade gastronómica de Macau”, contando-se com seis rulotes de comida e temática e mais de 30 bancas.

Música para todos

Nesta feira do ZAPE irá servir-se, além de comida, jogos e entretenimento para todos os gostos, já que “artistas e associações locais irão apresentar danças e canções em palco, proporcionando-se aos visitantes experiências diversificadas”, dentro das ideias de turismo associado à gastronomia e, por sua vez, ao consumo.

Haverá uma centena de lugares para refeições e “uma zona com várias instalações para o público tirar fotografias”.

Há ainda incentivos ao consumo, pois “durante o período da feira, caso o público queira comprar qualquer produto no local, por cada 100 patacas em compras terá uma oportunidade de entrar num jogo de garra para apanhar brinquedos”, sendo que “quanto mais alto for o valor de consumo, maior o número de ofertas”. Há ainda promoções online integradas na programação de “ZAPE com Sabores”.

As entidades organizadoras deste evento dizem ter consultado as associações de comerciantes da zona “para explicar o conteúdo desta actividade e recolher opiniões”, a fim de garantir a realização do evento sem sobressaltos ou grande impacto em termos de barulho e gestão urbana.

Air Macau | Companhia alerta para promoções falsas

A companhia aérea Air Macau publicou um alerta nas redes sociais em que pede à população para ser mais vigilante, a fim de se evitarem burlas ou esquemas associados a falsas promoções em nome da empresa.

“Recentemente a nossa empresa descobriu falsas páginas de agências de viagens, com marcas locais, na rede social Facebook. Estas páginas divulgam falsos anúncios em nome da Air Macau onde se disponibilizam voos mais baratos, apelando aos utilizadores para que preencham dados pessoais [online]”, lê-se no comunicado.

Desta forma, a Air Macau sugere que os utilizadores verifiquem sempre a origem da informação nestes websites, confirmando através da página oficial da Air Macau ou mesmo por chamada telefónica para as próprias agências de viagem. Em relação aos falsos anúncios que apelam a pré-pagamentos, a Air Macau deixa o alerta para que os utilizadores não transfiram dinheiro através de plataformas de pagamento que não sejam comuns, ou caso seja pedido o acesso à conta bancária do utilizador, por existir o risco de burla.

Wynn Macau | Lucros caíram mais de 20% no segundo trimestre

A Wynn Macau registou lucros operacionais de 128,3 milhões de dólares no segundo trimestre de 2025, menos 20,78 por cento do que no mesmo período em 2024. A operadora de jogo vai investir este ano 250 milhões de dólares nas duas propriedades em Macau

 

Os lucros operacionais da Wynn Macau desceram 20,78 por cento no segundo trimestre deste ano, face ao período homólogo, ainda assim atingindo 128,3 milhões de dólares, segundo resultados apresentados pela operadora de jogo na sexta-feira.

A empresa indicou que os lucros ajustados antes de juros, impostos, depreciação, amortização e rendas (EBITDAR) da concessionária de jogos no segundo trimestre em Macau atingiram 253,7 milhões de dólares, uma queda de 9,5 por cento em relação ao ano anterior.

As propriedades operadas pela Wynn Macau registaram receitas de 883.5 milhões de dólares entre Abril e Junho, valor que se manteve praticamente inalterado (-0.2 por cento) em comparação com o mesmo período de 2024, anunciou a Wynn Resorts Ltd, que opera dois resorts com casino na Região Administrativa Especial de Macau (RAEM): o Wynn Macau, na península, e o Wynn Palace, em Cotai.

Por propriedade, as receitas operacionais do Wynn Palace diminuíram 1,5 por cento em relação ao ano anterior, para 539,6 milhões de dólares, enquanto o EBITDAR ajustado da propriedade caiu 14,8 por cento, para 157,2 milhões de dólares.

Já a Wynn Macau, registou receitas operacionais de 343,8 milhões de dólares, um aumento de 1,9 por cento em relação ao ano anterior, com o EBITDAR ajustado a avançar ligeiramente para 96,5 milhões de dólares.

Os casinos Wynn Macau e Wynn Palace foram responsáveis pela maioria do volume de negócios da empresa, arrecadando 741,7 milhões de dólares em receitas, mais 2,2 por cento do que no segundo trimestre do ano passado.

Investimentos deste ano

“Em Macau, embora a retenção de VIPs tenha afectado negativamente os resultados, gerámos uma quota de mercado saudável e um fluxo de caixa livre significativo, apoiando o nosso investimento contínuo nas propriedades de Macau”, afirmou, Craig Billings, presidente executivo da Wynn Resorts Ltd., citado no comunicado da empresa-mãe.

Em termos semestrais, a Wynn Macau registou lucros operacionais de 255,4 milhões de dólares entre Janeiro e Junho de 2025, menos 30,5 por cento do que nos primeiros seis meses do ano anterior.

A concessionária revelou também que vai gastar até 250 milhões de dólares este ano, incluindo melhorias na torre do hotel na sua propriedade Wynn Macau no centro da cidade e no seu resort Wynn Palace em Cotai. A informação foi revelada por Julie Cameron-Doe, directora financeira da empresa-mãe, Wynn Resorts Ltd, durante a teleconferência sobre os resultados do segundo trimestre do grupo. “Iniciámos dois projectos – uma expansão da área de jogos do Chairman’s Club no Wynn Palace e uma renovação dos quartos do Wynn Tower no Wynn Macau e, juntamente com os nossos outros projectos de investimento em curso, esperamos gastar um total entre 200 e 250 milhões de dólares em 2025.”

Dados recentes do Governo indicam que os casinos da região registaram, nos primeiros sete meses do ano, um aumento de 6,5 por cento da receita bruta acumulada em termos anuais, com um total de 140,896 mil milhões de patacas contra 132,348 mil milhões de patacas entre Janeiro e Julho de 2024.

Turistas | Despesas per capita caem quase 13 por cento

Apesar da subida anual de quase 15 por cento do número de turistas que visitaram Macau nos primeiros seis meses do ano, os gastos totais no território, não relacionados com jogo, cresceram apenas 0,2 por cento. A despesa per capita caiu 12,8 por cento no mesmo período, para uma média de 1.970 patacas

 

O aumento do número de turistas que visitou Macau na primeira metade deste ano não se reflectiu na economia fora dos casinos. Segundo dados divulgados na sexta-feira pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), a despesa per capita dos visitantes não relacionada com o jogo (1.970 patacas) registou um decréscimo homólogo de 12,8 por cento.

Em termos de origem, os dados da DSEC mostram que os turistas do Interior da China registaram despesas per capita de 2.253 patacas nos primeiros seis meses do ano, valor que representa uma quebra de 14,4 por cento. Porém, o decréscimo mais acentuado verificou-se nos turistas internacionais, com uma quebra de 16,9 por cento (para 1.885 patacas per capita), uma variação negativa com pouco impacto nas contas finais tendo em conta a pequena proporção deste segmento no volume total de turistas. Os visitantes de Hong Kong registaram a despesa per capita mais baixa (940 patacas), uma quebra de 13,4 por cento em termos anuais.

Quando analisada a razão para a visita a Macau, os turistas que vieram nos primeiros seis meses do ano ao território para participar em convenções/exposições e para assistir a espectáculos/competições continuaram a registar despesas per capita mais elevadas, com 4.232 patacas e 4.161 patacas, respectivamente.

Mar de gente

O número de turistas que passou por Macau na primeira metade de 2025 só foi superado entre Janeiro e Junho de 2019, antes da pandemia de covid-19, período em que registou quase 20,3 milhões de visitantes.

Apesar da entrada de 19,2 milhões de visitantes no primeiro semestre deste ano, (uma subida anual de 14,9 por cento), as despesas totais realizadas no território apenas aumentaram 0,2 por cento, para cerca de 37,86 mil milhões de patacas. Neste capítulo, a DSEC salienta que a despesa total dos excursionistas (7,85 mil milhões de patacas) aumentou 7 por cento, porém, a dos turistas (30,01 mil milhões de patacas) desceu 1,4 por cento.

Porém, a evolução da despesa total melhorou entre o primeiro e o segundo trimestre, tendo em conta que no último período a DSEC registou uma subida de 4,6 por cento para um total de 18,25 mil milhões de patacas entre Abril e Junho. Durante este período de tempo, tanto as despesas totais não-jogo de excursionistas (3,61 mil milhões de patacas) aumentaram 5,5 por cento, como de turistas (14,64 mil milhões de patacas) subiram 4,4 por cento em termos anuais, graças ao aumento significativo de turistas que visitaram Macau.

Ainda assim, no segundo trimestre de 2025, a despesa per capita dos visitantes acompanhou a tendência negativa com uma quebra anual de 12,3 por cento. A DSEC destaca que “a despesa per capita dos turistas (3.663 patacas) e a dos excursionistas (673 patacas) baixaram 2,1 e 19,3 por cento, respectivamente”.

Habitação | Nova quebra do preço das casas

Dados da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) revelam que os preços da habitação continuam a cair. A queda foi de 3,1 por cento face ao primeiro trimestre, destacando-se uma maior queda nas habitações já construídas

 

As casas estão mais baratas, após a segunda queda de preços este ano. Os dados mais recentes são divulgados pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), que fala de uma quebra de 3,1 por cento do Índice de Preços da Habitação (IPH), situado nos 196,1 pontos, em relação aos meses de Janeiro e Março de 2025.

Por sua vez, a queda foi maior nas habitações já construídas, com o IPH a situar-se nos 213,4 pontos, menos 3,7 por cento no segundo trimestre em relação aos primeiros três meses deste ano. Já o IPH das habitações em construção, foi de 214,9 pontos, mais 2,7 por cento, o que mostra que neste segmento as casas encareceram.

A DSEC avança ainda que entre Abril e Junho o IPH baixou 2,3 por cento face aos meses de Março a Maio, com uma maior quebra nas casas da ilha da Taipa, de 2,4 por cento. Por sua vez, a quebra do IPH entre Abril e Junho na ilha de Coloane foi de 2 por cento face ao trimestre anterior.

Se olharmos para as diferenças em termos anuais, verificamos que a quebra do IPH é ainda maior, uma vez que entre os meses de Abril e Junho deste ano o IPH baixou 10,4 por cento em relação ao período homólogo do ano passado. “Destaca-se que o índice de preços de habitações da Península de Macau e o índice da Taipa e Coloane diminuíram 10,1 por cento e 11,6 por cento, respectivamente”, aponta a DSEC, também nos mesmos meses e em comparação com igual período do ano passado.

Sempre a descer

Os dados estatísticos da DSEC mostram que o IPH das casas construídas baixou globalmente 2,2 por cento, sendo que a maior quebra diz respeito às casas com 11 a 20 anos de construção, registando-se, também no segundo trimestre do ano, uma quebra de 3,3 por cento face ao primeiro trimestre. Segue-se uma quebra de 2,2 por cento nas casas com cinco ou com mais de 20 anos.

Em termos de área útil das fracções autónomas, o IPH de casas do escalão inferior a 50 metros quadrados de área útil baixou 3,6 por cento. Por sua vez, o índice do escalão igual ou superior a 100 metros quadrados desceu 2,1 por cento, também entre os dois primeiros trimestres do ano.

A DSEC apresenta ainda dados dos preços por altura de edifícios, com o IPH dos prédios com sete ou menos pisos a baixar 2,9 por cento. Já em edifícios de altura superior, a quebra foi de 2,1 por cento.

Além dos preços das casas estarem mais baixos, também o número de transacções apresenta uma tendência de descida. Segundo dados divulgados pela DSEC no último mês, as transacções de imóveis para habitação registaram uma quebra anual de quase 50 por cento. Em Junho deste ano houve 219 negócios de compra e venda de habitação, o que representa uma redução de 47 por cento.

Comércio | Volume de pagamentos electrónicos caiu mais de 10%

Nos primeiros seis meses deste ano, o volume de transacções feitas através de pagamentos electrónicos caiu 10,2 por cento, face à primeira metade do ano passado, para um total de 25,05 mil milhões de patacas, segundo dados revelados na sexta-feira pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC).

A maior descida verificou-se no ramo das quinquilharias e mercadorias de armazéns, com a descida das compras com uso aplicações móveis a ser de quase 18 por cento. Lojas de artigos de couro e comércio de relógios e joalharia ocuparam os restantes lugares no pódio negativo, com quebras de 11,9 e 10,3 por cento, respectivamente.

Os únicos dois ramos analisados pela DSEC que registaram subidas anuais no primeiro semestre nos pagamentos electrónicos foram os supermercados (1,5 por cento) e farmácias (7,7 por cento).

No mesmo período, o sector da restauração seguiu o percurso inverso, com a subida dos pagamentos electrónicos de 3,1 por cento, para um total de 6,75 mil milhões de patacas. Importa referir que o sector do comércio a retalho tem um volume de negócios quase quatro vez superior à restauração.

Os restaurantes que registaram maior subida de transacções através de meios electrónicos foram os de comida rápida (fast food).

Macau / Xangai | Sam Hou Fai defende maior intercâmbio

O Chefe do Executivo, Sam Hou Fai, defendeu ao jornal Jiefang, de Xangai, a necessidade de um maior intercâmbio com a cidade conhecida como a capital financeira do país. As declarações foram proferidas no contexto de uma entrevista concedida àquela publicação.

“Quando Macau passou para [a administração] da China, em 1999, o primeiro Chefe do Executivo [da RAEM], Edmund Ho, disse-me que como Macau era um pequeno território, teria de estabelecer laços estreitos com Xangai caso quisesse acompanhar o desenvolvimento nacional”, começou por dizer.

“Xangai foi sempre uma região prioritária no intercâmbio e cooperação com Macau, e temos um crescente intercâmbio nas áreas da cultura, finanças, turismo, juventude, educação, ciências e tecnologia”, defendeu Sam Hou Fai.

O governante máximo da RAEM disse ainda pretender aumentar a cooperação na área das grandes indústrias, a fim de combinar as vantagens de ambas as cidades. Um dos exemplos apontados pelo Chefe do Executivo diz respeito ao facto de Xangai ser forte nas indústrias transformadoras, pelo que Macau pode ser um canal importante de ligação e acesso das empresas de Xangai nos países de língua portuguesa e espanhola.

FDC | Criado apoio financeiro a projectos de cultura intangível

O Fundo de Desenvolvimento da Cultura (FDC) lança, pela primeira vez, o “Plano de Apoio Financeiro aos Projectos do Património Cultural Intangível de 2026”. O novo apoio visa incentivar entidades que se dedicam à salvaguarda do património cultural intangível, associações ou fundações locais que promovam a participação da comunidade na transmissão, sensibilização, estudo e divulgação do património cultural intangível”.

A FDC afirmou que vai aceitar também candidaturas ao “Plano de Apoio Financeiro para Actividades/Projectos Culturais de 2026”. Ambos os períodos de candidatura abrem na próxima quarta-feira e encerram a 8 de Setembro.

O âmbito de apoio financeiro é limitado aos projectos incluídos na lista e no Inventário do Património Cultural Intangível de Macau. Enquanto o “Plano de Apoio Financeiro para Actividades/Projectos Culturais” abrange artes visuais, criação literária, música, arte musical (incluindo diálogo musical) e actividades recreactivas (canções clássicas e populares), teatro, dança, património cultural tangível, moda, design, cinema e televisão, animação.

Metro | Nick Lei diz que inundações afectam confiança do público

Nick Lei acha que as inundações que se verificaram em estações do Metro Ligeiro durante as intensas chuvadas das últimas semanas afectaram a confiança da população na qualidade da construção das estruturas. O deputado pediu ao Governo e à empresa do Metro Ligeiro para esclarecerem o que se passou e resolver os problemas que originaram vídeos nas redes sociais

 

Nas últimas semanas, foram publicadas nas redes sociais vídeos que mostravam estações de Metro Ligeiro totalmente alagadas e infiltrações nas coberturas que criavam autênticos chuveiros. Nick Lei pediu ao Governo e à empresa Metro Ligeiro de Macau que clarifiquem o que se passou e resolvam os problemas que levaram às inundações o mais rapidamente possível.

Segundo o deputado ligado à comunidade de Fujian, os problemas de infiltrações e falta de impermeabilidade das coberturas afectou a confiança do público na qualidade da construção das estações. Além disso, como a rede do Metro Ligeiro está em expansão, o legislador pede que seja feita uma revisão à qualidade dos materiais. Para tal, pede a realização de testes rigorosos à capacidade de resistir a chuvadas em todas as estações novas, e às soluções para lidar com inundações e salvaguardar a segurança do público.

Em declarações ao jornal Cidadão, o deputado reiterou que esta não foi a primeira vez que estações do Metro Ligeiro inundaram. Já no ano passado, surgiram imagens e queixas de residentes sobre a entrada de água através das coberturas que deveriam proteger as plataformas de embarque. Além disso, Nick Lei realça que a empresa que gere o transporte fez reparações no passado e que, ainda assim, os problemas voltaram a surgir levantando ainda mais questões sobre a qualidade da construção e a sua manutenção. A resposta da Metro Ligeiro de Macau também não descansou o deputado, que acusa a empresa de fugir às questões afirmando apenas que foram escolhidos materiais e equipamentos à prova de água para as instalações das estações.

Metros e litros

Face às inundações e queixas do público, a empresa afirmou que iria intensificar os esforços para limpar a água acumulada nas áreas das estações durante os dias chuvosos e colocaria sinais de aviso para alertar os passageiros.

O deputado da bancada parlamentar de Fujian considera que esta resposta não é suficiente, e que se mantém o risco de quedas nas estações do Metro Ligeiro. Como tal, instou os departamentos públicos responsáveis e a empresa a “realizarem uma revisão completa, esclarecerem a causa do problema e resolvê-lo o mais rápido possível”.

O deputado salienta também que recentemente a Linha da Taipa apresentou falhas por duas vezes e em que em nenhuma das circunstâncias a empresa que gere o transporte emitiu comunicados a explicar o que se passou.

A resolução dos problemas nas estruturas deve ser solucionada o mais rapidamente possível, tendo em conta o aumento de passageiros que usam o Metro Ligeiro. Nick Lei salienta que entre Janeiro e Outubro do ano passado, aproximadamente 13.600 passageiros utilizaram o transporte diariamente e, desde que as linhas de Seac Pai Van e Hengqin abriram, esse número tem aumentado. Entre Janeiro e Julho deste ano, a média diária de passageiros subiu para 24.000.

Em relação à conectividade na rede de transportes públicos de Macau, Nick Lei sugeriu que o Governo aproveite o fim das concessões com as operadoras de autocarros, no próximo ano, para negociar medidas de transferência com o Metro Ligeiro que beneficiem os passageiros e façam com que o Metro Ligeiro seja o principal transporte, enquanto os autocarros são complementares.

Modi disposto a pagar o preço por defender país face às tarifas norte-americana

O primeiro-ministro indiano admitiu ontem vir a “pagar pessoalmente o preço” da defesa dos agricultores do país face à decisão de Donald Trump de aumentar as sobretaxas aduaneiras sobre os produtos da Índia.

“Não vamos comprometer os interesses dos nossos agricultores, do nosso sector dos laticínios, dos nossos pescadores”, afirmou Narendra Modi, num discurso proferido numa conferência em Nova Deli. A declaração é vista como a primeira resposta pública de Modi à subida das tarifas aduaneiras decidida pelo Presidente dos Estados Unidos, segundo a agência de notícias France-Presse (AFP).

“Sei que vou ter de pagar o preço pessoalmente, mas estou pronto”, acrescentou, sem dar mais pormenores. Washington anunciou na quarta-feira um aumento de 50 por cento das sobretaxas aduaneiras sobre os produtos indianos importados, devido à compra de petróleo russo por Nova Deli.

A venda de petróleo é uma fonte de receitas fundamental para a Rússia, que enfrenta sanções ocidentais desde que iniciou a guerra contra a Ucrânia, em fevereiro de 2022.

Para Nova Deli, um dos principais pontos de discórdia é a exigência de Washington de acesso ao vasto mercado agrícola e de lacticínios da Índia. O Governo indiano está a tomar uma posição dura para defender o sector agrícola de mão-de-obra intensiva e para evitar perturbar os agricultores, um poderoso bloco eleitoral, segundo a AFP.

O executivo está também preocupado com a possibilidade de a importação de produtos lácteos poder ofender as sensibilidades culturais e religiosas da maioria hindu da Índia, que venera as vacas como animais sagrados.

Bons princípios

Os Estados Unidos são o maior parceiro comercial da Índia, com Nova Deli a exportar 87,4 mil milhões de dólares de mercadorias para o país. As negociações entre a Índia e os Estados Unidos sobre as tarifas de Trump começaram sob auspícios promissores.

Em Fevereiro, Trump descreveu Modi como um “negociador muito mais duro” do que ele próprio e afirmou que existia uma “ligação especial” entre ambos.

Os meios de comunicação social indianos noticiaram a possibilidade de Modi visitar a China no final de Agosto, o que aconteceria pela primeira vez desde 2018, mas a informação não foi confirmada por nenhuma fonte oficial. Modi e o Presidente chinês, Xi Jinping, encontraram-se pela última vez na Rússia em Outubro de 2024.

MSF | Ajudas da Fundação Humanitária são “assassinatos orquestrados”

A organização Médicos Sem Fronteiras exigiu ontem o encerramento dos pontos de distribuição de alimentos geridos pela Fundação Humanitária de Gaza (FHG), controlada por Israel e Estados Unidos, considerando-os locais de “assassinatos orquestrados” de palestinianos.

A organização internacional explica estar a fazer a acusação com base numa análise de dados médicos e de testemunhos de médicos e doentes em duas clínicas que gere em Gaza, na Palestina.

Segundo a Médicos Sem Fronteiras (MSF), os locais de distribuição de alimentos da FHG são cenário de “uma violência dirigida e indiscriminada por parte das forças israelitas e dos fornecedores privados norte-americanos contra os palestinianos famintos”.

Por isso, a MSF apela ao “desmantelamento imediato do programa da FHG e à reposição do mecanismo de prestação de ajuda coordenado pela ONU” e pede aos governos, “especialmente aos Estados Unidos, mas também aos doadores privados, para que suspendam todo o apoio financeiro e político à FHG”.

A organização de ajuda médica denuncia, num relatório ontem divulgado, os “horrores testemunhados” em duas clínicas que recebiam regularmente fluxos em massa de vítimas após a violência em locais geridos pela FHG, organização que, entre 07 de Junho e 24 de Julho, foi a única com permissão para distribuir ajuda humanitária em Gaza.

No período em causa, adianta a MSF, “1.380 vítimas, incluindo 28 mortos, foram recebidas nas clínicas Al-Mawasi e Al-Attar da MSF, no sul de Gaza, localizadas perto dos locais de distribuição geridos pela FHG”.

Durante essas sete semanas, as equipas da organização internacional trataram “71 crianças com ferimentos de bala, 25 das quais tinham menos de 15 anos”, adianta, explicando que “sem alternativas para encontrar comida, as famílias famintas enviam frequentemente adolescentes para este ambiente letal, uma vez que são muitas vezes os únicos homens da casa fisicamente capazes de fazer a viagem”.

Entre os doentes tratados nas clínicas da MSF estiveram também um rapaz de 12 anos atingido por uma bala e cinco raparigas, uma das quais com apenas 8 anos, também baleada.

“As crianças foram baleadas no peito enquanto tentavam apanhar comida. As pessoas foram esmagadas ou sufocadas em debandadas. Multidões inteiras foram baleadas em pontos de distribuição”, conta a diretora-geral da MSF, Raquel Ayora, citada no relatório.

“Nos quase 54 anos de operação da MSF, raramente assistimos a tais níveis de violência sistemática contra civis desarmados”, garante, sublinhando: “Isto tem de acabar já”.

Com intenção

A análise da MSF adianta que os ferimentos de bala dos pacientes hospitalizados mostraram que 11 por cento dos ferimentos de bala foram na cabeça e no pescoço, enquanto 19 por cento foram em áreas que abrangem o tórax, o abdómen e as costas. Em contraste, as pessoas que chegavam do Centro de Distribuição de Khan Yunis tinham muito mais probabilidades de chegar com ferimentos de bala nos membros inferiores, refere a organização.

“Os padrões distintos e a precisão anatómica destes ferimentos sugerem fortemente que as pessoas dentro e em redor dos locais de distribuição foram intencionalmente alvejadas, em vez de disparos acidentais ou indiscriminados”, acusa a MSF.

Em 22 meses de guerra, mais de 61 mil palestinianos morreram e os restantes foram alvo de um bloqueio imposto por Israel a produtos essenciais, como alimentos, medicamentos ou combustível.

MICAF traz “Annie, O Musical” e teatro para bebés este fim-de-semana

O MICAF – Festival Internacional de Artes para Crianças de Macau continua este fim-de-semana a disponibilizar espectáculos para os mais pequenos. É o caso de “O Bosque dos Sonhos”, peça de teatro para bebés que sobe ao palco do Estúdio I do Centro Cultural de Macau (CCM) até domingo, tendo a primeira sessão decorrido esta quarta-feira. Há três horários disponíveis: 11 horas, 14h45 e 17 horas.

A ideia é, segundo a sinopse do espectáculo, construir “pequeninos passos sensoriais”, levando os bebés “a viver uma nova aventura e a descobrir as boas sensações das quatro estações do ano”. Neste palco, “a luz do sol brilha nas cavernas para detectar animais em hibernação, e a neve e o lago congelado derretem gradualmente”, sendo também possível “acordar com a brisa e a luz da Primavera, antes de entrar nas alegrias de Verão com novos amiguinhos”.

“O Bosque dos Sonhos” é uma produção local, que conta com produção de Chan Si Kei e a coreografia de Wendy Choi e Anette Ng. Trata-se de um espectáculo que se realiza há quatro temporadas destinado a bebés dos quatro aos 15 meses.

Annie marca presença

O grande destaque do cartaz do MICAF para este fim-de-semana é a apresentação do espectáculo internacional “Annie, O Musical”, que sobe ao palco do Grande Auditório do CCM amanhã, domingo e segunda-feira.

Este é um espectáculo que funciona como uma máquina do tempo que nos leva à Broadway e à cidade de Nova Iorque dos anos 30. “Annie é um musical perfeito para toda a família que nos conta as exaltantes aventuras de uma pequena e corajosa menina. Encenada ao som de uma banda sonora memorável, incluindo canções clássicas como ‘Tomorrow’ e ‘It’s the Hard Knock Life’, esta é uma das mais amadas produções, vencedora de sete prémios Tony, incluindo, claro, o de Melhor Musical”, lê-se na sinopse.

“Annie, O Musical” já foi transformado em filme, nomeado para os Óscares, nos anos 80, tendo partido em digressão, primeiro nos EUA e depois pelo mundo, chegando agora a Macau.

A história centra-se em Anne, que decide ir procurar os pais e escapar às garras de Miss Haningan, a malvada directora do orfanato. É assim que Annie vai parar a Nova Iorque, sendo que “na mansão de Oliver Warbuck, um solitário e excêntrico bilionário, encontra uma nova família, mudando para sempre a sua vida”.

“Desfiando impecáveis dotes vocais e enérgicos movimentos coreográficos, este esfusiante espectáculo retrata de forma colorida a tensão entre a espontaneidade infantil e a malícia dos mais crescidos”, descreve a mesma sinopse.

Hong Kong | STAYC e Xdinary Heroes em destaque este mês no Asia World Expo

Primeiro são a “girls band” pop STAYC a actuar já este sábado, seguindo-se, num registo musical diferente, a banda de rock Xdinary Heroes. A música sul-coreana está em destaque na agenda cultural de Hong Kong este mês, com a Asia World Expo a acolher os concertos das digressões dos dois grupos musicais

 

Para quem gosta de música pop cantada no feminino, ou de sons a roçar o rock, o Asia World Expo, em Hong Kong, proporciona ao público e amantes da música duas opções, e ambas vindas da Coreia do Sul. Este sábado, dia 9, é a vez da girls band STAYC actuar, a partir das 18h, com bilhetes que custam entre 899 e 1,899 dólares de Hong Kong.

As STAYC são formadas por seis raparigas, de nome Sumin, Sieun, ISA, Seeun, Yoon, J, que se estrearam no mundo dos palcos em Novembro de 2020 com a música “SO BAD”, retirada do álbum “Star To A Young Culture”.

As ideias por detrás da criação do grupo prendem-se com conceitos próximos da cultura adolescente, a fim de criar uma onda de confiança e novas sonoridades, criando-se uma nova forma de fazer música dentro do género K-Pop, “com o visual marcante e os tons únicos de todas os seis”, lê-se no website da High Up Entertainment, responsável pela carreira do grupo.

Este ano as STAYC lançaram um álbum com apenas três singles, “BEBE”, “DIAMOND” e “PIPE DOWN”, revelando uma “identidade musical mais madura” e “a nova direcção que as STAYC querem alcançar”, com apelos a sentimentos como a sensualidade, sofisticação e auto-estima, lê-se no mesmo website.

No que diz respeito a “BEBE”, a música é descrita como sendo “mais do que uma canção”, em que a letra “expressa o desejo de libertação de uma imagem esperada por outros e para que se possa revelar a verdadeira identidade”. Trata-se de uma música que “não se refere a alguém em particular, mas representa as noções pré-concebidas que o público tem tido sobre as STAYC”.

“Ao quebrar estes estereótipos, o grupo revela a sua marca e o lado sensual como nunca fez antes”, seguindo-se o single “DIAMOND”, uma música que “brilha intensamente como um diamante, mostrando uma mentalidade sofisticada e forte”.

Já a terceira faixa do álbum, “PIPE DOWN”, aborda a ideia de auto-estima, “silenciando uma contraparte mais barulhenta, como se existisse um botão para desligar, completando a transformação total das STAYC”.

Lugar ao Rock

Dentro de um género musical completamente diferente apresenta-se o grupo Xdinary Heroes, com a digressão “Beautiful Mind World Tour” a 24 de Agosto. O espectáculo começa às 18h e os bilhetes têm um custo que varia entre os 699 e os 1,699 dólares de Hong Kong.

No dia 7 de Julho deste ano foi a vez do grupo ligado ao rock lançar um novo single, “FiRE (My Sweet Misery)”, depois da música “Beautiful Minds”, lançada em Março deste ano.

Segundo o website da banda, cujas músicas são editadas com a chancela da JYP Entertainment, todos os membros do grupo participaram na composição do mais recente single, “FiRE (My Sweet Misery)”, que é uma “canção com duas facetas emocionais”. Juntamente com “Beautiful Mind” a banda “descobriu a forma mais bonita de encarar a vida e o mundo”.

“FiRE (My Sweet Misery)” é descrita como sendo “uma música que explode com uma energia enlouquecida, combinando um som metal intenso com sintetizadores”. Além disso, “os vocais que alternam entre sussurros e gritos e os instrumentos musicais criam uma sinergia rock poderosa que ultrapassa os limites”, descreve-se ainda no website da banda.

Aviação | Cathay Pacific encomenda 14 Boeing 777-9

A companhia aérea de Hong Kong Cathay Pacific vai adquirir 14 aeronaves do modelo 777-9, novo avião de grande porte da Boeing, o seu primeiro pedido em 12 anos ao fabricante aeronáutico norte-americano, anunciaram as duas empresas na quarta-feira.

A Cathay Pacific “exerceu os seus direitos (…) para comprar 14 aeronaves Boeing 777-9”, indicou a companhia, num documento enviado à Bolsa de Valores de Hong Kong. A companhia mencionou uma opção para adquirir até sete aeronaves Boeing 777-9 adicionais. As entregas estão previstas até 2034, de acordo com outro documento enviado à bolsa.

Este anúncio, por um valor não especificado, vem somar-se a uma encomenda de 21 aeronaves 777 feita em 2013, elevando para 35 o número de exemplares deste avião de longo curso que a Cathay Pacific deverá receber.

“A encomenda torna a Cathay Pacific a maior operadora do 777-9 na Ásia-Pacífico”, salientou a Boeing. As entregas do birreator, apresentado em novembro de 2013 e que será fabricado em três versões – 777-8, 777-9 e 777-8 Fret -, deveriam começar em 2020.

A última estimativa apontava para o início das entregas em 2026 para este aparelho, que se destina a ser o maior bimotor operacional do mundo. A Cathay anunciou esta encomenda por ocasião dos seus resultados do primeiro semestre, marcados por um ligeiro aumento (+1 por cento) do lucro líquido para 3,6 mil milhões de dólares de Hong Kong.

A transportadora beneficiou de um aumento na procura por viagens na Ásia, o que contribuiu para um aumento de 9 por cento na sua facturação, para 54 mil milhões de dólares.

Ucrânia | China pede aos cidadãos que evitem envolvimento na guerra

A China afirmou ontem ter instado os seus cidadãos a evitarem qualquer envolvimento na guerra na Ucrânia, reiterando a defesa de um cessar-fogo e negociações de paz, depois de Kiev denunciar a presença de mercenários chineses no conflito.

Em comunicado, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Guo Jiakun, afirmou que “a posição da China sobre a crise ucraniana é coerente e clara: estamos empenhados em promover as conversações de paz e facilitar um cessar-fogo”.

Guo assegurou que “a China emitiu vários alertas de segurança, instando os cidadãos chineses a manterem-se afastados das zonas de conflito armado e a evitarem qualquer envolvimento no conflito”. As autoridades chinesas salientaram, “em particular, que os cidadãos chineses devem abster-se de participar em operações militares de qualquer uma das partes”, acrescentou o porta-voz.

Desde o início da guerra na Ucrânia, a China tem mantido uma posição ambígua, apelando ao respeito pela “integridade territorial de todos os países”, incluindo a Ucrânia, mas também à consideração das “legítimas preocupações de todos” os Estados, numa alusão à Rússia.

Pequim opõe-se às sanções “unilaterais” contra Moscovo e defende uma “solução política” para o conflito. O Ocidente tem acusado a China de apoiar a campanha militar russa – o que Pequim nega – e de fornecer componentes essenciais para a produção de armamento por parte de Moscovo.

Vários países europeus têm apelado ao Presidente chinês, Xi Jinping, para que use a sua influência sobre Vladimir Putin com vista ao fim da guerra.

Taiwan | Pequim classifica William Lai de “belicista” por exagerar ameaça chinesa

A China acusou ontem o líder de Taiwan, William Lai, de “belicismo” e “separatismo”, por “exagerar a ameaça chinesa” durante um discurso na terça-feira, na abertura do Fórum Ketagalan, dedicado a temas de segurança, em Taipé.

A porta-voz do Gabinete para os Assuntos de Taiwan do Conselho de Estado, Zhu Fenglian, afirmou que Lai “aderiu obstinadamente à posição separatista da independência de Taiwan e à estratégia errada de depender de potências estrangeiras para procurar a independência”.

Zhu acusou o líder taiwanês de “promover a falsa narrativa de democracia contra autoritarismo” e de revelar a sua “verdadeira natureza de sabotador da paz, belicista e provocador”. Segundo a responsável, durante o primeiro ano do seu mandato, Lai impulsionou a “desvinculação e ruptura dos laços através do Estreito [de Taiwan], prejudicando os intercâmbios e interacções”.

“Lai negligenciou a economia e o bem-estar da ilha, traindo sem escrúpulos Taiwan, prejudicando os seus interesses e enfraquecendo a sua economia”, acrescentou. A porta-voz advertiu ainda que “quem persegue a independência de Taiwan e o separatismo acabará inevitavelmente por provocar a sua própria destruição”.

No seu discurso, William Lai afirmou que o orçamento da Defesa de Taiwan representará cerca de 3 por cento do Produto Interno Bruto em 2026, valor semelhante ao deste ano, reiterando o compromisso em manter o “status quo” e garantir a “paz e estabilidade” no Estreito.

Economia | Comércio externo desafia previsões e cresce em Julho

Ao contrário das previsões de especialistas e economistas, os resultados de Julho surpreenderam com as exportações a registarem um crescimento homólogo de mais de 7 por cento e as importações a contrariarem a Bloomberg que apontava para uma contracção

 

O comércio externo chinês disparou em Julho em relação ao mês homólogo anterior, segundo dados oficiais publicados ontem, contrariando as previsões dos economistas em plena trégua na guerra comercial entre Pequim e Washington.

As duas maiores economias mundiais concordaram no mês passado em manter uma pausa na guerra comercial para continuar as negociações. Isto fixou temporariamente as taxas adicionais dos Estados Unidos sobre os produtos chineses em 30 por cento, enquanto os impostos chineses sobre as importações norte-americanas permanecem em 10 por cento.

Apesar deste contexto incerto, as exportações chinesas registaram um aumento homólogo em Julho (+7,2 por cento), de acordo com as estatísticas oficiais, superando a previsão dos economistas consultados pela agência Bloomberg (5,6 por cento).

As importações também aumentaram 4,1 por cento, em relação ao mesmo mês do ano anterior, enquanto as previsões da agência de notícias Bloomberg apontavam para uma contracção. A trégua entre Pequim e Washington deve terminar na terça-feira, data em que as taxas poderão voltar a níveis mais elevados. Persiste a dúvida sobre a capacidade das duas potências chegarem a um acordo sobre uma trégua mais duradoura.

O representante comercial dos Estados Unidos, Jamieson Greer, declarou no final de Julho, após a última série de negociações em Estocolmo, que o líder norte-americano, Donald Trump, teria a “última palavra” sobre qualquer prorrogação dessa trégua. Trump congratulou-se com a entrada em vigor, na quinta-feira, de novas tarifas que afectam dezenas de parceiros comerciais – incluindo uma taxa de 35 por cento sobre o Canadá.

Washington condicionou a continuação das negociações com Pequim ao fornecimento de terras raras pela China, depois de o país asiático ter imposto restrições à exportação desses materiais indispensáveis para a indústria energética, electrónica e de armamento.

Bons sinais

Um sinal positivo a este respeito é que os dados alfandegários chineses publicados na quinta-feira indicam que as remessas de terras raras permaneceram sólidas em Julho, apesar de uma ligeira diminuição após um pico em Junho.

A ausência de um acordo entre as duas potências pode pesar fortemente sobre o comércio da segunda maior economia mundial.

Embora as exportações chinesas tenham sido impulsionadas pela criação de reservas de produtos por receio de novas taxas, as vendas para os Estados Unidos caíram 6,1 por cento entre Junho e Julho, de acordo com as alfândegas chinesas.

O crescimento das exportações chinesas “pode abrandar nos próximos meses, com o fim da constituição antecipada de reservas para escapar às tarifas americanas”, antecipou Zhiwei Zhang, economista-chefe da Pinpoint Asset Management.

As exportações chinesas também podem ser afectadas por novas taxas norte-americanos sobre produtos que procuram contornar as tarifas através de países terceiros. “A grande questão é saber em que medida as exportações chinesas irão abrandar e como isso irá repercutir-se no resto da economia”, observou Zhiwei Zhang.

O Partido Comunista Chinês estabeleceu a meta ambiciosa de um crescimento de “cerca de 5 por cento” do PIB em 2025. Além da guerra comercial, o país asiático também enfrenta uma longa crise imobiliária que pesa sobre o moral dos consumidores e as finanças das autoridades locais.

O crescimento das importações em Julho “pode reflectir uma constituição de reservas para certas matérias-primas, em vez de uma retoma mais geral da procura interna”, apontou Zichun Huang, economista da Capital Economics.

Operação Trovoada | Interceptadas cinco pessoas

O Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) anunciou que foram interceptadas cinco pessoas entre terça-feira e quarta-feira, no âmbito da Operação Trovoada 2025.

De acordo com as autoridades, citadas pelo jornal Ou Mun, três pessoas foram detidas, porque o visto de permanência em Macau tinha expirado. Além disso, outras duas mulheres foram interceptadas por disponibilizarem serviços de prostituição, no que foi considerado um abuso do visto com que estavam no território.

Segundo o CPSP, nesses dias foram realizadas operações de patrulha em 81 pensões e salas de massagem, além de terem sido abordadas 281 pessoas para efeitos de identificação. A nível do trânsito, foram mandados parados 40 veículos, não tendo sido registada qualquer violação da lei.

Troca de dinheiro | Detido homem com 31 anos

A Polícia Judiciária (PJ) anunciou a detenção de um homem com 31 anos, do Interior, que se suspeita estivesse a realizar trocas ilegais de dinheiro para o jogo. O caso foi revelado durante a tarde de ontem e citado pelo jornal Ou Mun.

A situação foi descoberta na quarta-feira, quando o homem foi encontrado num casino do Cotai a trocar dinheiro com um jogador, dentro de uma sala para fumadores. Quando os dois homens foram abordados, o jogador confessou que ia trocar 9.350 renminbis por 10.000 dólares de Hong Kong, para apostar.

Além disso, durante a investigação, descobriu-se que horas antes, o mesmo suspeito teria efectuado uma troca de 4.675 renminbis por 5.000 dólares de Hong Kong. Com o homem, foram apreendidos 35.000 dólares de Hong Kong em fichas de jogo, que as autoridades suspeitam iriam ser utilizadas para outras trocas de dinheiro. O caso foi encaminhado para o Ministério Público e os dois homens foram arrolados como testemunhas.

Economia | Falências batem recorde de dez anos

Na primeira metade de 2025, foram criadas menos empresas, ao mesmo tempo que se registaram mais falências nos últimos dez anos. Apesar do recorde negativo, no primeiro semestre, continuaram a ser constituídas mais empresas do que as que foram dissolvidas

 

Nos primeiros seis meses deste ano, foram constituídas 2.020 empresas e dissolvidas 469, o que representou um crescimento líquido de 1.551 empresas. Segundos dados divulgados pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) na quarta-feira, o capital social das empresas criadas na primeira metade de 2025 fixou-se em 303 milhões de patacas.

Apesar do saldo positivo entre empresas criadas e dissolvidas, no primeiro semestre deste ano as 469 falências registadas bateram o recorde dos últimos dez anos. Segundo dados avançados pela TDM – Rádio Macau, as falências no primeiro semestre de 2025 aumentaram 5 por cento face aos primeiros seis meses do ano passado, quando foram dissolvidas 445 empresas. O cenário fica mais negro comparando com os números de 2023, com o aumento de um quarto das falências, quando foram dissolvidas 376 empresas.

A emissora pública realça também que na última década, apenas em dois anos faliram menos de 400 empresas no primeiro semestre.

As estatísticas divulgadas pela DSEC mostram ainda que isolando o segundo trimestre deste ano foram constituídas 1.107 sociedades, “a maior parte destas pertencia ao ramo de actividade económica do comércio por grosso e a retalho (380) e ao ramo dos serviços prestados às empresas (326)”. Entre Abril e Junho, foram extintas 283 empresas, o que representou um crescimento líquido do número de sociedades de 824, mais 97 face aos primeiros três meses de 2025.

Baixa natalidade

O primeiro semestre deste ano, acumulou outro recorde dos últimos 10 anos, além das falências. Na última década, o primeiro semestre de 2025 foi aquele em que foram constituídas menos empresas. As 2.020 empresas criadas no período em análise representaram uma quebra anual de 12 por cento, uma vez que nos primeiros seis meses de 2024 foram criadas 2.296 sociedades.

Pelo menos desde 2016 que não eram registadas tão poucas empresas, com a tendência decrescente no primeiro semestre a ser a tónica dominante dos últimos três anos. Porém, o fosso é ainda maior quando a comparação é feita com os anos antes da pandemia. Nos primeiros seis meses de 2019, foram criadas 3.278 empresas, mais 1.258 do que no primeiro semestre de 2025.

Apesar do declínio do tecido empresarial de Macau, verificado nos números de falências e criação de sociedades, nos últimos dez anos o saldo positivo entre os dois factores foi uma constante, ou seja, foram sempre constituídas mais empresas do que dissolvidas.

Acidente | CPSP aguarda autópsia de condutora

O Corpo de polícia de Segurança Pública (CPSP) está à espera da autópsia ao corpo da condutora da viatura participante no acidente mortal ocorrido esta segunda-feira e que resultou em quatro mortos e três feridos.

A mulher tinha 20 anos e a autópsia poderá dar mais pistas sobre um possível estado de embriaguez na hora da condução, foi noticiado pelo canal chinês da Rádio Macau. Os agentes do CPSP revelaram ontem que a condutora esteve num bar na zona do ZAPE entre as 2h e as 6h da madrugada de segunda-feira. De saída, a mulher terá transportado os seis passageiros envolvidos no acidente.

O acidente ocorreu quando o carro passou na Avenida Dr. Sun Yat-sen em direcção à Areia Preta, tendo a viatura batido nas barras da estrada. Os agentes já tinham pedido uma análise ao nível de álcool no sangue da condutora, mas como esta faleceu, tal não foi possível. Nos restantes passageiros, foi identificado um elevado nível de álcool no sangue.