GP Motos | Só André Pires se classifica entre os portugueses para 50ª corrida

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Grande Prémio de Motos de Macau assinala este ano a 50ª edição mas, em ano de festa, a representação portuguesa na corrida de duas rodas mais emblemática do sudeste asiático é a mais pequena dos últimos anos. André Pires será o único motociclista luso à partida na edição deste ano, isto depois de Portugal ter estado representado por dois ou até três motociclistas em edições anteriores.
A presença da representação lusitana está todos os anos pendente do número de convites que as entidades de Macau endereçam à Federação Motociclismo Portugal (FMP). Em Março, o Coronel Armando Vieira Marques, Director-Geral e Membro da Comissão de Velocidade da FMP, tinha afirmado ao HM que gostaria de manter a quota das edições passadas, de dois pilotos, algo que foi impossível.
“Este ano a representação lusa fica apenas a cargo do André Pires pois é único piloto nacional que cumpre com os requisitos impostos pela organização do Grande Prémio de Macau”, esclareceu ao HM o Coronel Armando Vieira Marques.
Pires e Nuno Caetano foram nos dois últimos anos os únicos motociclistas lusos na corrida. Porém, Caetano, que o ano passado se viu privado de participar na corrida do Circuito da Guia devido a uma lesão na clavícula, após se ter qualificado na 30ª posição, anunciou em Fevereiro o abandono das pistas. No regulamento do Grande Prémio de Motos de Macau existe um critério de selecção onde é considerada a experiência em corridas do mesmo estatuto do Grande Prémio em duas provas, nos dois anos anteriores, 2014 e 2015, “principalmente na North West 200 (NW200), na Isle of Man Tourism Trophy (IOM TT) e no Grande Prémio do Ulster (UGP)”.
Sendo assim, após o abandono de Caetano, Pires é actualmente o único motociclista luso com currículo para alinhar na prova do território. “Será uma honra estar novamente no meio de grandes pilotos e numa prova de grande valor histórico como o 50º Grande Prémio de Macau”, escreveu o piloto apoiado pelo município de Vila Pouca de Aguiar na rede social Facebook. “Este ano tenho a oportunidade de ir com a fantástica Bimota BB3 pela Bimota UK”, salientou também Pires, que confirmou ter já “testado em Inglaterra”, considerando que esta é “sem dúvida uma grande mota com acabamentos de classe”.

Robert Huff fora da Guia

A Corrida da Guia 2.0T vai ser mais pobre este ano. Os regulamentos deixaram de fora o piloto recordista de vitórias na prova, Rob Huff, vencedor desta corrida por oito ocasiões, uma delas o ano passado. Huff viu a sua inscrição na prova recusada pela organização.
O ex-campeão do mundo de carros e piloto oficial da Honda no Campeonato do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCC) não cumpriu o critério que obriga a que todos os pilotos inscritos na Corrida da Guia 2.0T tenham obtido uma classificação em pelo menos uma prova de carros de turismo com motorizações 2 litros turbo. As viaturas do WTCC usam motores 1.6 litros turbo.
Huff, que nos fins-de-semana do WTCC conduz um Honda Civic TCR para convidados, ficou indignado com a decisão, até porque já tinha contrato com a equipa para correr novamente com um Honda, bilhetes de avião pagos e reservas de hotel. “É muito frustrante e uma situação tonta que eu nunca tinha ouvido antes”, disse Huff ao site anglo-sueco TouringCarTimes.

12 Out 2016

André Couto consegue classificação no campeonato japonês de GT

Na Tailândia, André Couto sentiu que o estado do carro lhe permitiria chegar ao pódio. Mas um toque de um Honda remeteu-o ao quarto lugar

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]ndré Couto terminou na quarta posição da classe GT300 na corrida do campeonato japonês Super GT, que se disputou este fim-de-semana no Circuito Internacional de Chang, na Tailândia.
O Nissan GT-R Nismo GT3 do Team Gainer, que o corredor de Macau partilha com o japonês Ryuichiro Tomita, mostrou-se bem mais competitivo na única prova do campeonato realizada fora do Japão do que até aqui se vinha a mostrar. Os dois pilotos qualificaram-se para a prova de 500 quilómetros na terceira posição.
No domingo, o Nissan nº0 esteve sempre na luta pelos lugares do pódio na classe GT300 e até a vitória parecia ao alcance do duo luso-nipónico, apesar do Toyota 86 MC da dupla Takeshi Tsuchiya/Takamitsu Matsui, que acabaria por vencer a corrida, ter um ligeiro ascendente. Contudo, uma manobra arriscada de um Honda NSX da classe GT500, que vinha a lutar com um adversário e ao mesmo tempo a ultrapassar os mais lentos concorrentes da GT300, acabou por arruinar as hipóteses de subir ao pódio no circuito de Buriram.
“Infelizmente, tivemos um contacto com um GT500 e perdemos algumas das partes da frente no final do meu turno”, escreveu André Couto nas redes sociais. “Deixamos a Tailândia com sentimentos mistos! O carro estava muito bom durante toda esta semana e acredito que poderia ter lutado pela vitória”, acrescentou.
Com este quarto lugar, o segundo melhor resultado da temporada 2016, o ainda campeão em título subiu à sétima posição no campeonato. A última prova do campeonato Super GT, que tem a particularidade de ser uma jornada dupla, está marcada para o fim-de-semana de 12 e 13 Novembro no circuito de Motegi.

11 Out 2016

Félix da Costa deu nas vistas na Fórmula E de Hong Kong

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]primeira prova de automobilismo de carácter internacional da cidade de Hong Kong foi realizada no passado fim-de-semana, num traçado de 1,8 quilómetros em frente ao Porto Victoria em Central. O Hong Kong ePrix foi a prova de abertura da temporada 2015/2016 do Campeonato FIA de Fórmula E e a corrida de 50 minutos, que teve a habitual paragem nas boxes para troca de monolugar, foi ganha pelo suíço Sébastien Buemi da Renault.

Mas o português António Félix da Costa, que não foi além do 13º lugar na atribulada sessão de qualificação, terminou num impressionante quinto posto. Largando desse mesmo lugar de imediato, o vencedor do Grande Prémio de Macau de 2012 iniciou a corrida ao ataque, com excelentes manobras até à altura de paragem nas boxes para mudança de carro, onde regressou à pista no 8º lugar. Depois, o piloto luso da MS Amlin Andretti suplantou Nelsinho Piquet, Jerome D´Ambrosio e ainda Oliver Turvey.

Félix da Costa a realçou no final da corrida o “excelente trabalho que toda a equipa fez na pré época, que felizmente conseguimos materializar em resultados hoje na corrida com o meu 5º lugar”.

No plano desportivo o evento, que contou com a presença de Jean Todt, o presidente da FIA, correu bem, sendo que a única dor de cabeça para os organizadores a chicane onde Robin Frijns teve um aparatoso acidente na qualificação, felizmente sem consequências físicas para o piloto holandês.

Apesar do preço alto dos bilhetes, que ascendiam às 2340 patacas por pessoa, a prova foi relativamente bem acolhida pela população, tendo fontes oficiais confirmado que um quarto dos espectadores que assistiram ao evento eram turistas. Contudo, a imprensa do território vizinho aponta para prejuízos na ordem dos 50 milhões de dólares de Hong Kong.

A ex-colónia britânica tem ainda mais dois anos de contrato para organizar este evento. Porém, a organização do Campeonato FIA de Fórmula E tem o direito a realizar uma segunda prova em território chinês se assim o desejar.

11 Out 2016

Yokohama perde exclusivo de pneus do GP ao fim de 33 anos

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Conselho Mundial da Federação Internacional do Automóvel (FIA) comunicou na madrugada de quarta-feira que a Pirelli será o fornecedor exclusivo de pneus da Taça do Mundo FIA de Fórmula 3. O construtor italiano de pneus irá ocupar o lugar até aqui da Yokohama que desde a primeira edição, em 1983, assumia esse papel. A Pirelli, que fornece em exclusivo os pneus para a Fórmula 1, não tem na sua gama de pneus um exemplar para a Fórmula 3, apesar de fornecer as “borrachas” que equipam os monolugares dos campeonatos GP2 e GP3 Series. A Pirelli terá levado a melhor nesta adjudicação sobre a Yokohama e sobre a sul-coreana Kumho, dois construtores com maior experiência na Fórmula 3. Dado que as equipas e pilotos de Fórmula 3 não tiveram qualquer contacto com estes pneus até hoje, o comportamento destes poderá ser um factor decisivo em termos de resultados na tarde do dia 19 de Novembro. Para além da Fórmula 3, a Pirelli também manteve a exclusividade da Taça do Mundo FIA de GT, mas no caso dos carros de Grande Turismos a empresa milanesa tem um vasto historial. A empresa transalpina é fornecedora oficial de pneus das Blancpain GT Series, a maior competição da especialidade na Europa e que é gerida pela empresa SRO Motorsports Group, que este ano assume uma vez mais o papel de relações com os concorrentes na prova de GT da RAEM. Em Março de 2015, a Pirelli foi vendida à China National Chemical Corp (ChemChina) por 7,7 mil milhões de euros. Desde ai o quinto maior fabricante de pneus do mundo tem reforçado a sua presença em termos desportivos no continente asiático, particularmente na República Popular da China.

30 Set 2016

F3 | Piloto de Macau Andy Chang vai para a terceira participação na prova

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]ndy Chang Wing Chung vai sair do retiro temporário. O piloto de 19 anos da RAEM, que o ano passado fez meia temporada do Campeonato da Europa FIA de Fórmula 3, vai disputar as duas últimas provas do europeu – Imola e Hockenheim – como preparação para a refeita Taça do Mundo FIA de Fórmula 3 do Grande Prémio de Macau. O piloto de Macau assinou um contrato para estes três eventos com a equipa inglesa T-Sport e irá tripular um Dallara-NBE.

“Temos vindo a falar com o Andy há já alguns anos e estamos muito satisfeitos por colocarmos de pé este programa juntos”, afirmou Russell Eacott, o patrão da equipa T-Sport, que acredita que a experiência do jovem do território será uma mais valia na edição deste ano da prova.

Concentrado nos estudos em Inglaterra, e sem apoios que lhe permitam competir na Fórmula 3 ao mais alto nível a tempo inteiro, Chang ainda não fez uma única corrida de monolugares esta temporada, tendo apenas participado numa prova de karts no início do ano para manter a forma. Depois de se ter estreado no Circuito da Guia na edição número sessenta na corrida da Formula Masters China Series com um 7º lugar, Chang irá para a sua terceira participação na prova de Fórmula 3 do Grande Prémio de Macau.

Em 2014, Chang classificou-se no 19º lugar e o ano passado terminou na 14ª posição. Ukyo Sasahara será o companheiro de equipa do jovem nesta aventura, no entanto o japonês irá utilizar um motor Tomei construído pela ThreeBond no Japão, ao passo que Chang terá à disposição um motor arquitectado no Reino Unido pela Neil Brown Engineering.

Apesar de não ser uma das equipas de topo da Fórmula 3 internacional, a T-Sport conseguiu um surpreendente pódio na corrida do território em 2014 com o neo-zelandês Nick Cassidy. Contudo, sem o ritmo dos seus adversários, Chang não poderá almejar muito mais que um resultado dentro do 15 primeiros. Com a demissão de Barry Bland da co-organização da prova e a confusão que lhe seguiu, as inscrições para esta corrida apenas terminam no dia 30 de Setembro, sendo que a lista de inscritos só será conhecida no final de Outubro, aquando da tradicional conferência de imprensa de apresentação do evento.

22 Set 2016

Grande Prémio | FIA tranquiliza equipas e garante prova de Fórmula 3

Os responsáveis da Federação Internacional Automóvel (FIA) reuniram com os chefes de equipa para os tranquilizar e garantem que serão feitos todos os possíveis para que a prova da RAEM decorra dentro da normalidade e asseguram que o transporte está também em andamento.
Segundo o que o HM apurou, a Federação Internacional, que terá mais peso na organização da prova a partir de agora, informou as equipas que tudo será organizado segundo os parâmetros habituais e que irá disponibilizar mais pormenores nos próximos dias às equipas.
As reacções surgem depois da demissão de Barry Bland do cargo de coordenador da Taça Intercontinental FIA de Fórmula 3 do Grande Prémio de Macau, que foi obviamente assunto no paddock do Campeonato Europeu FIA de Fórmula 3 que se disputou no passado fim-de-semana no Circuito de Nurburgring, na Alemanha. Depois da inesperada notícia da semana transacta, a incerteza e preocupação reinavam no paddock da competição que mais carros fornece à prova da RAEM. Muitas das equipas aguardam impacientemente instruções para poderem preparar a prova e vários pilotos, que tinham já verbalmente acertado a sua presença na prova, vão ter agora que esperar por uma resposta final sobre a sua participação.
“As equipas foram todas apanhadas desprevenidas. Até aqui, quando o assunto era o Grande Prémio de Macau, as equipas falavam com Barry Bland. Com a demissão ficamos todos à nora, pois não sabemos com quem falar, nem sequer como vai ser a prova”, explicou um Team Manager que preferiu ficar no anonimato. No entanto, apesar do oceano de dubiedades, em muito ajudado pela a incapacidade da Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau em prestar um esclarecimento público rápido e assertivo, há um tom de esperança nos discursos.
O transporte, que alegadamente estava atrasado em dois meses, estará a ser arranjado e não será fonte de preocupação. Recorde-se que a federação internacional tem vindo a estudar a possibilidade de mudar o estatuto da prova de Fórmula 3 de Macau, promovendo-a a Taça do Mundo à imagem da actual corrida de GT.

Quem era o Sr Bland?

Barry Bland foi quem em 1982 convenceu Rogério Santos, na altura o presidente do Leal Senado de Macau, a introduzir a Fórmula 3 no Circuito da Guia, quando a organização da prova considerava trazer a Fórmula 2 para substituir a decadente Fórmula Atlantic. Esta aposta foi a mais acertada, saltando o Grande Prémio para a ribalta internacional. Durante estes últimos trinta anos, o inglês, que sempre primou pela discrição, foi o elo de ligação entre as equipas de F3 que vêm a Macau. Era a Motor Race Consultants, a empresa de Barry Bland, que preparava toda a logística, tanto de carros, como das equipas. Bland, o “Ecclestone da F3”, como lhe chamou a imprensa inglesa a semana passada, foi também peça instrumental em acordos celebrados entre equipas e pilotos, pouco prováveis de acontecer sem a sua influência. Era também ele que fazia de elo de ligação entre a FIA e os delegados técnicos e as equipas. O capital de confiança que gozava o inglês junto do paddock permitiu que a prova mantivesse sempre o seu elevado estatuto de “grande evento de final de ano”, mesmo em períodos em que a F3 passou por maiores dificuldades.

13 Set 2016

GP | Stuart Easton e Michael Rutter juntos em Macau

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] BMW tem a particularidade de ser o único construtor que se pode gabar de ter vencido no Circuito da Guia tanto em carros como em motos. Depois de décadas em que a BMW coleccionou triunfos na Corrida de Guia e escreveu um pouco da história no automobilismo do Sudeste Asiático, o construtor alemão que tem as suas origens na indústria aeronáutica venceu pela primeira vez o Grande Prémio de Motos de Macau o ano passado, graças a uma performance imaculada do até aqui quase desconhecido inglês Peter Hickman. E este ano, altura em que a prova comemora o seu quinquagésimo aniversário, a BMW arrisca-se a repetir o feito. Isto porque, além da supremacia das suas máquinas, a BMW terá uma dupla de peso a representá-la que soma entre si, nada mais, nada menos, que doze triunfos na prova.

Stuart Easton, quatro vezes vencedor da prova, assinou com a Bathams SMT BMW e fará com Michael Rutter uma das duplas mais fortes da 50ª edição do Grande Prémio de Motos de Macau. Antes, Easton fará três provas do campeonato inglês Pirelli National Superstock, onde Rutter tem participado, como preparação para a duríssima prova de Macau. Aliás, antes mesmo da separação da ePayMe Yamaha, a sua antiga equipa, Easton já tinha acordado com a equipa de Robin Croft para correr na RAEM em Novembro.

“Tendo um acordo para competir de Superbike desde o Grande Prémio de Macau do ano passado, eu mantive o contacto regular com o  Robin e a equipa”, assegura o escocês, que reconhece que “precisa de milhas antes de Macau” e precisa de se habituar à BMW porque nunca conduziu  uma antes. “Portanto competir nestas três provas em três dos meus circuitos favoritos é uma oportunidade para mim. Eu tenho visto o que o Michael tem andado a fazer na classe Superstock, portanto quando o Robin me colocou à frente esta oportunidade, eu pensei que seria algo de muito bom para mim e ajudará a voltar a colocar-me um sorriso na face”, frisa.

Ironicamente, as BMW de Easton e “The Blade” vão ter pela frente, entre outras, a oposição da Kawasaki de Hickman. As inscrições para o Grande Prémio de Motos de Macau terminam esta sexta-feira, mas a lista oficial de inscritos só deverá ser dada a conhecer em Outubro.

Nada de especial

A BMW S 1000 RR é uma moto de sucesso em quatro continentes e não é por acaso que há 250 equipas em todo o mundo a utilizar as motas germânicas, tanto em provas de pista, como em provas de estrada. Sobre a presença em Macau em Novembro, fonte oficial da BMW Motorrad Motorsport afirmou ao HM que estar “muito orgulhosos do resultado do ano passado e, claro, ansiosos pela edição deste ano”.

Contudo, o construtor da Baviera não tem planos para organizar qualquer evento especial durante o evento da RAEM, pois “não existe nenhum envolvimento da BMW Motorrad e, como tal, não há qualquer evento especial marcado para a prova”. Porém, o departamento de competição vai “apoiar, via os nossos engenheiros e técnicos do departamento BMW Motorrad Motorsport, as equipas privadas que competirem em Macau”. Pois para a casa alemã “isto faz parte da estratégia a longo prazo da competição-cliente”.

Também nos GT

Depois de uma aparição discreta em 2013, numa parceria com uma equipa privada de Taiwan que não correu tão bem como certamente gostaria, o ano passado a BMW não arriscou participar na Taça do Mundo FIA de GT. Porém, este ano a marca bávara irá regressar à RAEM. A equipa alemã ROWE Racing irá participar com dois BMW M6 GT3, graças ao patrocínio da empresa chinesa de sistemas de armazenamento de energia CATL.  “Para nós (BMW), é particularmente especial aparecermos com um parceiro asiático tão forte na final de GT em Macau”, disse Jens Marquardt, director desportivo do braço automóvel da BMW. O construtor alemão não revelou ao público quem serão os seus dois pilotos, mas o construtor bávaro conta nas suas fileiras com dois especialistas lusófonos do Circuito da Guia, como são o português António Félix da Costa ou o brasileiro Augusto Farfus.

9 Set 2016

André Couto faz o melhor resultado da época em Suzuka

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]ndré Couto conquistou o terceiro lugar da classe GT300 na prova rainha do campeonato Super GT, os 1000 quilómetros de Suzuka, no passado fim-de-semana. Este foi o melhor resultado de uma temporada que tem sido particularmente difícil para o piloto que é campeão em título da categoria. “Devemos estar satisfeitos porque foi um bom fim-de-semana no geral”, verbalizou Couto, que faz equipa este ano com o japonês Ryuichiro Tomita, no final da prova. Largando da sexta posição, para uma prova que teve mais de cinco horas de duração, Couto fez o primeiro turno de condução, entregando o carro ao seu companheiro de equipa já na segunda posição. Depois, Tomita teve um alegado contacto com o Subaru BRZ oficial e foi penalizado, caindo o Nissan do Team Gainer para fora dos dez primeiros. A corrida teria o seu primeiro momento de “Safety-Car” à 98ª volta já com Couto ao volante e o seu Nissan à frente da categoria GT300. Fruto de diferentes estratégias, Couto desceria para a segunda posição e depois, com a chuva a cair no final da corrida, o Nissan cinzento ainda haveria de perder mais uma posição, desta vez com o piloto nipónico novamente ao leme. Ainda assim o resultado do duo luso-nipónico foi visto como bastante positivo. “Foi o nosso primeiro pódio do ano esta temporada”, explicou Couto, acrescentando que “os 1000 quilómetros de Suzuka são a prova mais dura do campeonato e estamos orgulhosos deste resultado neste evento. Houve momentos de má sorte na corrida, mas também de sorte – e no fim fomos capazes de marcar pontos (13 pontos) também, o que é bom”. O campeonato Super GT regressa em Outubro para sua única prova fora do Japão, no Circuito Internacional de Chang, em Buriram, na Tailândia, terminando em “casa”, no mês Novembro, com uma jornada dupla na pista japonesa de Motegi.

Temporada difícil

O ano passado Couto venceu na classe GT300 os 1000 quilómetros de Suzuka, colocando-se em posição privilegiada para ser campeão da categoria, o que viria a acontecer uma prova mais tarde. Contudo, hoje, Couto e Tomita têm apenas 24 pontos e ocupam apenas o nono lugar a 23 pontos dos líderes do campeonato, a dupla japonesa da equipa oficial da Subaru, Takuto Iguchi/Hideki Yamauchi. Apesar de Tomita ser claramente inferior a Katsumasa Chiyo – o jovem japonês que o ano passado acompanhava o piloto da RAEM no Nissan do Team Gainer na maior parte das provas – há muitas outras razões para explicar os resultados mais modestos do GT-R Nismo GT3 Nº 0 esta temporada. A Dunlop, que equipa o Nissan de Couto, tem tido nas locais Yokohama e Bridgestone oposição à altura, sendo que nenhum dos fornecedores de pneus tem mostrado supremacia incontestável em relação aos seus rivais em nenhum ponto do campeonato. Ao contrário da BMW, Audi ou Ferrari, a Nissan não lançou um carro novo para esta época e continua a utilizar o mesmo carro de anos anteriores, apostando em pequenas actualizações para tentar equiparar-se aos seus adversários. Depois, as atenções da Nissan parecem na classe GT300 estar focadas no carro nº3, entregue aos seus protegidos Kazuki Hoshino/Jann Mardenborough. Igualmente, existe uma queixa recorrente que o Balanço de Performance (BOP – na sigla inglesa – que é responsável pelo equilíbrio de performance em pista de viaturas com princípios técnicos tão diferentes) é desfavorável às viaturas FIA GT3, como o Nissan de Couto, em comparação com as viaturas “made in Japão” JAF300, como é o caso do Subaru que lidera o campeonato. Couto tem sido cauteloso nas palavras sobre este assunto, mas nem todos os pilotos têm sido assim tão contidos. Nobuteru Taniguchi, que conduz um Mercedes-Benz AMG GT3, queixou-se depois da corrida de Suzuka que “só nas paragens boxes os JAF300 ganharam 20 a 30 segundos”. Uma ideia reforçada por Takashi Kobayashi, que tripula um BMW M6 GT3, para quem “o lastro que carregava, mais a restrição da compressão do turbo estipulada, fizeram parecer que conduzia um GT200…”

2 Set 2016

Dúvidas continuam sobre a aceitação de pilotos consagrados na prova de F3

[dropcap style=’circle’]D[/dropcap]esde da recusa da Federação Internacional do Automóvel (FIA) em deixar participar o ex-piloto de Fórmula 1 Nelson Piquet Jr no Grande Prémio de Pau de F3, em Maio, que é desconhecida qual será a posição do organismo máximo que regula o automobilismo a nível mundial no que respeita à Taça Intercontinental FIA de Fórmula 3 do Grande Prémio de Macau. O HM sabe de fonte próximas ao processo que a federação internacional ainda não tomou uma decisão e entende que este assunto só será discutido no Conselho Mundial da FIA do próximo mês de Setembro. Stefano Domenicali, o presidente da Comissão de Monolugares da FIA, sempre se mostrou cauteloso sobre este assunto, ele que vetou a participação de Piquet Jr, o que gerou uma onda de indignação nos bastidores do automobilismo e na imprensa especializada. Há duas correntes válidas de opinião: uma que defende que a F3 deve ser uma categoria exclusivamente apenas para jovens pilotos em ascensão na carreira e outra que considera que é o mais valia a presença de pilotos consagrados, que além de serem um desafio ao mais novos, trazem novos focos de atenção à competição.

Félix da Costa discorda

António Félix da Costa venceu a Taça Intercontinental FIA de Fórmula 3 em 2012 e regressou ao Circuito da Guia em 2013 para tentar revalidar o título, terminando no segundo lugar. O jovem lisboeta é no entanto a favor que haja restrições quanto à participação de determinados pilotos nesta categoria de formação. “A Fórmula 3 é uma categoria de formação e lançamento de pilotos. Todos os que vencem em Macau são respeitados no automobilismo mundial e muitos dos que vencem chegam à F1 ou a categorias de grande importância, tornando-se 99% deles pilotos profissionais”, explicou Félix da Costa ao HM. Curiosamente o actual piloto da BMW no DTM e da equipa Andretti no campeonato de carros eléctricos Fórmula E reconhece que “apesar de ser espectacular de correr no Circuito da Guia e ter saudades de o fazer de Fórmula 3, colocar pilotos mais velhos, com tanta experiência e palmarés não faz sentido. Há que entender que esta é uma categoria para os mais novos se lançarem”. Félix da Costa afirma também que há tempo para tudo, “se vence na altura certa ou o nosso tempo passou”. O ex-piloto da Red Bull Racing no entanto confessa que o triunfo em Macau é “um dos títulos mais saborosos que tenho no meu CV, aquele que mais me tocou provavelmente mas mesmo que não o tivesse feito, teria de aceitar que o meu tempo passou. Há alturas para tudo”.

Já Nuno Pinto é a favor

Nuno Pinto, o Director Desportivo da Prema Powerteam, a equipa que venceu as últimas edições da Taça Intercontinental FIA de Fórmula 3, é a favor da proposta da FIA “em limitar a três anos a participação de um piloto na F3 de forma a evitar os especialistas e dar vantagem a pilotos muito mais experientes”, mas o também treinador português de jovens pilotos reconhece que “por exemplo deixar que um piloto estrela, ou consagrado, faça uma prova esporadicamente, sem que marque pontos para o campeonato, pode ser um factor adicional de interesse. Ou seja, para mim um piloto jovem devia querer medir-se contra os melhores e não ter receio de defrontar um consagrado, especialmente na Fórmula 3 porque isso tem de ser sempre um factor extra de motivação”. Pinto dá como exemplo o que se passou em Pau: “Falando do caso em concreto do Piquet Jr. todos os nossos pilotos na Prema eram a favor de que ele tivesse participado em Pau, porque consideravam um desafio interessante e tinham um misto de motivação e confiança que o podiam bater e assim ver as suas performances ainda mais valorizadas”. Numa altura em que os pilotos, principalmente dos escalões superiores, onde se destaca a Fórmula 1, são criticados por serem demasiado “politicamente correctos” e previsíveis, Pinto destaca que “se ainda existem pilotos com paixão e desejo de fazer provas pelo simples facto que tem prazer em correr nessas categorias ou circuitos, temos de incentivar para que isso aconteça e não o contrário”. O nosso interlocutor realça também que “Macau é especial e continua a ser a corrida preferida de muitos pilotos que já subiram de categoria mas não seria interessante termos os jovens pilotos a competir e vencer contra alguns dos campeões da últimas edições, como o Mortara, Juncadella, Félix da Costa, Rosenqvist? E se juntássemos um par de pilotos de Fórmula 1 como Ricciardo e Verstappen? Não seria espectacular? Não iria dar um grande destaque a um jovem que conseguisse semelhante proeza? Eu penso que sim e são desafios como esses que tornam os jovens pilotos ainda melhores…”

26 Ago 2016

GP | Carros do CTCC bem-vindos na Corrida da Guia

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Corrida da Guia vai, este ano pela primeira vez, aceitar os carros do Campeonato da China de Carros de Turismo (CTCC). Segundo o regulamento da prova publicado na semana passada na página electrónica do Grande Prémio de Macau, a mais célebre corrida de carros de turismo do sudeste asiático irá colocar frente-a-frente, num duelo inédito, os carros do campeonato chinês e os carros da categoria internacional TCR.
Apesar de terem regulamentos técnicos diferentes, ambas as categorias reconhecidas pela FIA utilizam motores 2.0 litros turbo e por isso esperam-se andamentos muito parecidos entre as viaturas em confrontos.
Instado a comentar quem será superior no circuito citadino de Macau em Novembro, o piloto da casa, Rodolfo Ávila, disse ao HM que “é difícil dizer exactamente quem será mais rapido, pois dependerá de muitos factores, como os pneus, afinações, qualidade dos pilotos, etc”. O vice-campeão asiático do TCR Asia Series em 2015 e que este ano fez duas provas do CTCC com a Shanghai Volkswagen lembra que “em Zhuhai, por exemplo, os carros do CTCC são mais rápidos. Mas por outro lado os carros do TCR são mais fiáveis e as equipas muito mais experientes e conhecedoras do Circuito da Guia”.
Outro factor importante do regulamento da edição deste ano é o facto deste ditar que os pneus para a prova são livres. De acordo com o que apurou o HM junto de uma das equipas chinesas que participa no CTCC, os carros do mediático campeonato chinês deverão correr com pneus da marca Kumho, enquanto os participantes do TCR, pelos regulamentos próprios do campeonato, terão que correr com pneus da marca francesa Michelin.
Recorde-se que até à edição de 2015, e durante uma década, a Corrida da Guia pontuou para o Campeonato do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCC). O ano passado a prova foi palco da prova final do TCR International Series, uma competição lançada pelo ex-patrão do WTCC, Marcello Lotti e que tem ganho enorme afectado junto dos fãs e dos construtores automóveis.
A Corrida da Guia deste ano voltará a ter o formato de duas corridas de dez voltas, a disputar no domingo e separadas por apenas quinze minutos, sendo que será declarado o vencedor da Corrida da Guia aquele que vencer o segundo confronto.

AAMC revela quotas dos locais para o GP Macau

Em nota à imprensa, a Associação Geral Automóvel de Macau – China (AAMC) deu a conhecer o número de pilotos locais que têm entrada directa nas duas corridas carros de turismo de carácter regional da 63ª edição do Grande Prémio de Macau. No total, a AAMC abriu quarenta e uma vagas para os pilotos da RAEM nas corridas Taça de Carros de Turismo de Macau e Macau Road Sport Challenge, uma vaga a mais em relação ao ano passado.
Vinte e seis pilotos representarão a RAEM na Taça de Carros de Turismo de Macau, mais dois que em 2015, e 15 na Corrida Macau Road Sport Challenge, menos um que na edição transacta. Ambas as corridas têm um limite máximo de 36 concorrentes, sendo que os restantes deverão de outros pontos do continente asiático.
Praticamente todos os pilotos que participaram nas duas jornadas duplas de apuramento no Circuito Internacional de Zhuhai terão o direito de estar à partida do evento desportivo mais importante da RAEM. As inscrições para estas duas corridas abriram ontem e encerram a 9 de Setembro, tendo um custo de seis mil patacas.
As outras provas de automóveis confirmadas para o programa deste ano – Corrida da Guia, Fórmula 3 e Taça do Mundo FIA de GT – não têm quotas para os pilotos da casa. O Suncity Grupo 63º Grande Prémio de Macau terá lugar de 17 a 20 de Novembro de 2016.

16 Ago 2016

Fórmula E não resistiriam ao Circuito da Guia

[dropcap styçe=’circle’]A[/dropcap] cidade vizinha de Hong Kong vive com algum entusiasmo e ansiedade a chegada da caravana do Campeonato FIA de Fórmula E prevista para o fim-de-semana de 8 e 9 de Outubro. Esta será a primeira vez que a ex-colónia britânica recebe um evento de automobilismo à escala mundial, num traçado com dois quilómetros junto à marginal, em Central, e desenhado pelo arquitecto português Rodrigo Nunes da empresa R+S Project.
Quando Jean Todt, visitou o Grande Prémio de Macau no sexagésimo aniversário do evento, o presidente da Federação Internacional do Automóvel (FIA) disse à imprensa que faria todo o sentido que o campeonato de carros eléctricos, que na altura estava a dar os seus primeiros passos, tivesse um dia um evento na RAEM. Terão existido até contactos para que o campeonato realizasse um evento no território, mas a resposta de Macau terá sido “vamos esperar para ver”, pois a competição precisava de tempo para amadurecer.
Se hoje, ao fim de três anos, a Fórmula E se apresenta como um campeonato em pleno crescimento e com outra maturidade, a verdade é que o seu começo não foi assim tão fácil. Só quando a Liberty Global plc e a Discovery Communications Inc, do milionário norte-americano John Malone, compraram parte do capital da Formula E Holdings Ltd, o campeonato ganhou estabilidade. Estabilidade essa que ajudou a fixar e atrair os construtores automóveis, como a Renault, Citroen DS, Mahindra e mais recentemente a Jaguar.
Muitos um dia provavelmente dirão que Macau perdeu a oportunidade para Hong Kong para acolher a única prova em território chinês deste pioneiro campeonato de corridas de automóveis. Contudo, poucos saberão que o Circuito da Guia não se coaduna a este campeonato tão particular.
“Felizmente já tive a oportunidade de visitar o Circuito da Guia por duas vezes. É um circuito muito interessante no meu ponto de vista, dado que conjuga zonas muito rápidas e largas com zonas muito estreitas e técnicas. Claro que ultrapassar não é uma tarefa fácil para os pilotos mas para quem como eu aprecia circuitos puros, este é sem dúvida um dos circuitos mais interessantes da actualidade”, explicou ao HM Rodrigo Nunes, cuja lapiseira também criou o traçado que acolheu a Fórmula E nos dois primeiros anos em Pequim. Devido à natureza do Circuito da Guia e à limitação das actuais baterias, os monolugares de Fórmula E, que ainda não aguentam uma corrida completa sem uma paragem nas boxes para troca de carro, não aguentariam o desafio.
“Para um campeonato como a Fórmula E, e na sua configuração actual, não é o circuito do momento dada a sua extensão total e às suas longas rectas”, aclara o arquitecto português, que realça também que “este campeonato tem uma margem de progressão enorme e quem sabe se num futuro próximo (o Circuito da Guia) não poderá ser uma opção”.
Apesar da prova nas ruas de Pequim ter saído do calendário da terceira temporada do campeonato, este, que arranca precisamente em Hong Kong, terá uma maior presença chinesa dado o apetite que existe na China continental pelo desenvolvimento de veículos eléctricos, para além de motivadores apoios governamentais. A equipa norte-americana Dragon Racing assinou uma parceria técnica e financeira com a Faraday Future, o braço automóvel do coglomerado LeEco, mais conhecido por “Netflix da China”.
Por seu lado, a equipa anglo-japonesa Team Aguri, por quem corria o piloto português António Félix da Costa, foi adquirida pelo fundo de investimento chinês Chinese Media Capital que o ano passado saltou para a ribalta quando comprou 13% do Manchester City. Já a equipa do construtor de carros eléctricos chinês NextEV, que pertence a dois empresários que fizeram fortuna em projectos online relaccionados com a indústria automóvel e que ambicionam criar a Tesla do Oriente, irá este ano alinhar com a sua equipa técnica, abdicando da assistência técnica de outras equipas como até aqui vinha fazendo.

5 Ago 2016

Karts | Campeonato CIK FIA Ásia-Pacífico KZ está de regresso

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]edição de 2016 do Grande Prémio Internacional de Kart de Macau já tem data marcada. O evento organizado desportivamente pela Associação Geral de Automóvel de Macau-China (AAMC), que regressou em 2015, terá novamente como cabeça de cartaz o Campeonato CIK FIA Ásia-Pacífico KZ e será tutelado pela Comissão Internacional de Kart da Federação Internacional de Automobilismo (CIK-FIA).
Apesar de não ter sido ainda anunciado à imprensa, o evento anual mais relevante do Kartódromo de Coloane está agendado para o fim-de-semana de 10 e 11 de Dezembro. Segundo fonte oficial contactada pelo HM, a data e o evento já receberam a aprovação da Comissão CIK e do Conselho Mundial da federação internacional.
Em 2015 a prova rainha do programa foi ganha pelo italiano Lorenzo Camplese (Parolin/TM Racing/Bridgestone – Chassis/Motor/Pneus). Apesar do número de inscritos na prova do Campeonato CIK FIA Ásia-Pacífico KZ ter ficado aquém do esperado, a prova mereceu mesmo assim rasgados elogios por parte das entidades internacionais.
Além do “prato principal”, ao exemplo de anos anteriores, existirão várias outras categorias e troféus em disputa no mesmo fim-de-semana. Recorde-se que o ano passado deslocaram-se a Macau 140 pilotos oriundos das mais diversas paragens para este mesmo evento. Para a edição de 2016 foram igualmente registados no calendário internacional da CIK FIA a “Taça Macau”, para a categoria KZ, e a “Taça AAMC”, na categoria Max Sr.
Depois da visita a Macau no primeiro fim-de-semana de Junho, o Campeonato Open Asiático de Karting (AKOC, na sigla inglesa) regressa em Dezembro e com ele traz a nata do karting do sudeste asiático nas categorias Rotax Max Júnior & Sénior, ROK Sénior, X30, 125 Júnior, 125 Sénior e Veteranos Open. Macau é actualmente o único território a receber duas jornadas daquele que é o mais representativo campeonato asiático da modalidade. De acordo com dados publicados esta semana, o Fundo do Desporto apoiou, através da AAMC, a primeira prova do AKOC na RAEM, realizada no passado mês de Junho, em 690.700 patacas.

29 Jul 2016

F3 | Estatuto de Taça do Mundo pode não trazer mudanças

[dropcap style=’circle’]C[/dropap]om os anúncios milionários da renovação do Museu do Grande Prémio e do patrocinador da 63ª edição, à qual se alia um programa em todo igual ao do ano passado, os aspectos desportivos do evento do próximo mês de Novembro ficam por agora em segundo plano. Contudo, durante a conferência de imprensa do anúncio do patrocinador da prova deste ano, que será novamente o Suncity Grupo, Pun Weng Kun, Presidente do Instituto do Desporto, referiu um ponto importante: a organização que agora lidera tem “esperanças em aumentar a envergadura da corrida de Fórmula 3”, ambicionando o título de Taça do Mundo FIA.
A prova de Fórmula 3 de Macau goza actualmente do estatuto de Taça Intercontinental FIA, algo sem semelhante na disciplina e em qualquer outra categoria de monolugares. A passagem da prova a Taça do Mundo FIA, como acontece actualmente com a corrida da Taça GT Macau, pode na prática não significar qualquer mudança. Nuno Pinto, director desportivo da Prema Powerteam, equipa que venceu as últimas três edições desta corrida, antevê que esta mudança, a acontecer, “não trará grandes vantagens”. Isto porque “Macau já tem um estatuto muito elevado e é uma prova com um grande estatuto em termos internacionais”.
Criada em 1983, a prova de Fórmula 3 ganhou maturidade ao longos dos anos e é hoje um evento incontornável no desporto motorizado mundial. Não é por acaso que ex-vencedores da prova, como António Félix da Costa, ou Daniel Juncadella, quiseram regressar, tendo mais a perder que a ganhar, pelo simples prazer de a disputar.
“Macau é Macau, independentemente do campeonato para qual pontua e ser denominado Taça Intercontinental ou Taça do Mundo. Para os pilotos e equipas não creio que fará grande diferença”, conclui o português que também é o treinador de pilotos da equipa patrocinada por Teddy Yip Jr.

FIA estuda mini-mundial

Entretanto, nos bastidores, a Federação Internacional do Automóvel e as equipas do Campeonato Europeu de Fórmula 3 estão a estudar a possibilidade de criar um campeonato do mundo com três provas, isto numa iniciativa que também inclui reduzir o número de eventos do actual campeonato europeu de dez para oito, com intuito de cortar nos custos anuais dos pilotos e equipas. A prova de final de ano no Circuito da Guia também faz parte desse plano que ainda está numa fase embrionária.
“Fala-se desta mudança, mas integrada numa ideia da FIA de ter um campeonato europeu com menos corridas e depois criar uma Taça do Mundo que integrará o Grande Prémio de Macau e mais uma ou duas provas especiais que irão compor esse segundo campeonato por assim dizer”, explicou Pinto ao HM.
O Grande Prémio do território poderá pontuar para esse mini-campeonato, o que poderá ter pontos negativos, como por exemplo, os pilotos abdicarem da luta pelo triunfo para somarem preciosos pontos para o campeonato. Se este cenário acontecer, para Pinto “até tira um bocadinho de importância à vitória no Grande Prémio de Macau por si só”. Mas o responsável frisa: “vamos esperar mais um pouco para se ter uma definição mais clara sobre esta ideia para o futuro da Fórmula 3”.

22 Jul 2016

Taça Mundial da FIA não sofrerá grandes alterações este ano

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]pesar de ainda não revelado à imprensa, a Federação Internacional do Automóvel (FIA) já tem tudo alinhavado para a segunda edição da Taca GT Macau – Taca GT Mundial da FIA, que se irá disputar no mês de Novembro nas ruas da RAEM, como parte do programa de provas do 63º Grande Prémio de Macau. Serão poucas as novidades a introduzir este ano, continuando a prova a ser exclusivamente destinada a viaturas FIA GT3.
Apesar da FIA ambicionar a longo prazo tornar esta corrida numa prova com um formato mais longo e até com trocas de pilotos, o formato de 2016 irá continuará a ser o mesmo, com uma Corrida de Qualificação de 12 voltas no sábado e a Corrida decisiva de 18 voltas, ou 75 minutos de duração, no domingo. No que respeita aos participantes, em vez de três carros, este ano cada construtor estará limitado a inscrever dois carros oficiais apenas, o que irá reduzir os esforço das marcas.
A FIA irá no entanto continuar a cobrar 30 mil euros de inscrição para os construtores, para além de seis mil euros por cada carro que alinhe na prova. A exemplo do ano transacto, os pilotos amadores (categorizados como Bronze pelo sistema da federação internacional) continuarão a ser aceites na corrida, mas terão que cumprir o critério da qualificação máxima de 107% da melhor volta na qualificação para tomarem parte nas corridas de sábado e domingo.
Com as inscrições a encerrarem no final de Agosto, a lista oficial de participantes, em que o Comité da Taça GT Mundial da FIA tem a última palavra, será conhecida no mês de Outubro, aquando da tradicional Conferência de Imprensa oficial do maior evento desportivo de carácter anual da RAEM.
A empresa anglo-francesa SRO Motorsports, que organiza com sucesso as Blancpain GT Series na Europa, também terá já renovado a sua parceria com a Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC), mantendo assim a sua posição de ponte com as equipas estrangeiras e construtores automóveis. Entretanto, o Instituto do Desporto já abriu o concurso público, que termina a 27 de Julho, para a angariação de um patrocinador para a corrida.

E quem vem?

A quatro meses da prova, apenas a Porsche e a Lamborghini mostraram interesse público em participar na corrida. Contudo, como em anos anteriores, a Audi e a Mercedes-Benz, que venceu a corrida o ano passado, também deverão marcar presença oficial devido aos interesses que têm no mercado asiático. Os planos para a prova da Aston Martin, Bentley, McLaren, BMW ou Nissan são por agora desconhecidos.
Certo é que a Ferrari não se fará representar oficialmente, como aliás é tradição da marca italiana, que oficialmente só se faz representar oficialmente na Fórmula 1. Contudo, esta estratégia da casa de Maranello poderá não impedir que os espectadores que assistirem às corridas do Circuito da Guia tenham a oportunidade de ver em acção um dos novos Ferrari 488 GT3, avaliados em cerca de cinco milhões de patacas, pois estes poderão aparecer nas mãos de concorrentes privados.

15 Jul 2016

Automobilismo | Conhecidos representantes de Macau na Taça Chinesa

[dropcap style≠’circle’]J[/dropcap]á são conhecidos os três pilotos do território que vão defender as cores da Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC) na terceira temporada do troféu monomarca “Taça da Corrida Chinesa”. Hélder Assunção, Jo Rosa Merszei e Lam Kam San são os três seleccionados, sendo que Assunção foi o único que transitou da temporada passada.
“A Taça Chinesa é uma competição muito emocionante. Corro há vários anos e nunca participei numa competição tão emocionante, são corridas competitivas e altamente disputadas”, diz Assunção, que foi o único piloto do território a participar em todas as edições do campeonato.
Com passagens pela Taça Intercontinental FIA de Fórmula 3 e pela corrida do Campeonato do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCC) do Grande Prémio de Macau, Merszei é um dos pilotos com um currículo mais extenso e variado no automobilismo local. Ausente este ano do Campeonato de Macau de Carros de Turismo (MTCS), o piloto macaense regressa a esta competição depois de uma passagem fugaz em 2014.
Apesar de ser também um veterano do automobilismo do território, tendo inclusive vencido a Taça do Automóvel Club de Portugal em 1996 e 1997, Lam Kam Sam irá estrear-se na Taça da Corrida Chinesa este ano. A competição, cuja apresentação oficial deverá acontecer em breve em Pequim, irá novamente fazer parte do programa de provas do 63º Grande Prémio de Macau. Criada em 2014 pela Shanghai Lisheng Racing Co, a Taça da Corrida Chinesa é uma competição constituída por quatro provas em que todos os participantes conduzem viaturas BAIC Senova D70 (um carro que tem como base o Saab 9-5), com a particularidade de cada associação automóvel da Grande China – China continental, Macau, Hong Kong e Taipé Chinês – ter o direito de inscrever três viaturas. As restantes viaturas participantes nas corridas são alugadas a pilotos privados e não pontuam para o campeonato das associações.
Além da corrida no Circuito da Guia, que encerra a temporada, irá ser realizado um evento em Xangai, outro no Taipé Chinês e ainda um outro no circuito dos arredores de Zhaoqing, a casa do desporto motorizado de Hong Kong.
Ao vencer a corrida integrada no programa do Grande Prémio de Macau do ano passado, Michael Ho foi até hoje o único piloto local a vencer nesta competição, sendo que a associação da China Continental (FASC) levou de vencida as duas edições anteriores da competição. O 63º Grande Prémio de Macau será realizado entre os dias 17 e 20 de Novembro do corrente ano.

6 Jul 2016

Campeonato Chinês de Carros de Turismo

[dropcap style=’circle’]R[/dropcap]odolfo Ávila teve uma segunda experiência inglória no Campeonato Chinês de Carros de Turismo (CTCC), pois a fiabilidade do VW Lamando GTS da SVW333 Racing voltou novamente a travar a performance do piloto do território. Depois de ter sido o mais rápido nos treinos-livres de sexta-feira, Ávila não completou uma só volta na qualificação de sábado devido a um problema na bomba de água do VW nº16 quando este se preparava para sair das boxes. Arrancando da última posição na primeira corrida do programa de domingo, Ávila foi da 17ª posição até ao 5º posto, até que, a três voltas do fim, tal como tinha acontecido na corrida de Zhuhai, ficou sem direcção assistida, vindo a terminar com muito esforço no oitavo lugar. A exemplo do WTCC no passado, o oitavo lugar na primeira corrida dá direito à posição de pole-position para a segunda corrida do fim-de-semana. E o português não comprometeu quando as luzes de partida se desligaram, liderando durante as primeiras quatro voltas até que, desta vez, o “launch control” do Lamando GTS se activou por si, ditando o fim prematuro da corrida nas boxes para desespero do piloto. “Não tenho muito a dizer. Foi um fim-de-semana difícil para nós, mas vamos tirar as ilações positivas disto tudo e trabalhar no sentido de preparar a próxima corrida”, disse Ávila.

Couto preparou Sugo

Com o cancelamento da prova de Autopolis, o campeonato japonês Super GT só volta ao activo em Sugo no fim-de-semana de 23 e 24 de Julho. As equipas e marcas não perdem tempo e André Couto esteve precisamente na Sugo Speedway para dois dias de testes colectivos. “Nós estivemos a fazer séries longas para encontrar os melhores pneus para a corrida”, escreveu Couto nas redes sociais. O piloto português, campeão em título da classe GT300, foi o sétimo mais rápido da categoria, admitindo que o equilíbrio do Nissan GT-R Nismo GT3 do Team Gainer, equipado pela Dunlop, melhorou substancialmente.

Leong deu oficialmente o salto

Impedido de competir na prova de abertura do Campeonato da China de Fórmula 4 no mês de Abril, por não ter ainda a idade mínima de 15 anos para participar na prova, Charles Leong Hon Chio fez finalmente a sua estreia nas corridas de monolugares no passado fim-de-semana na prova de Zhuhai do campeonato Fórmula China Masters Series. Nas três corridas do programa, a maior esperança do automobilismo da RAEM fez um quinto e dois quartos lugares, entre catorze concorrentes presentes, deixando uma muito boa imagem de si.

Motores voltam a aquecer em Zhuhai

Já a partir da próxima sexta-feira os motores voltam a roncar em Zhuhai para o segundo “Festival de Corridas de Macau”. Esta será a jornada decisiva para o apuramento dos pilotos locais das corridas de carros de turismo para a edição deste ano do Grande Prémio de Macau. Para além das habituais provas das categorias AAMC Challenge e AAMC Road Sport Challenge, será também realizada mais uma prova – a Taça Richburg – que será aberta a viaturas que cumpram os regulamentos das categorias TCR e Road Sport.

22 Jun 2016

Rodolfo Ávila irá fazer mais provas do CTCC

[dropcap style=’circle’]R[/dropcap]odolfo Ávila foi o primeiro português a competir no Campeonato da China de Carros de Turismo (CTCC), quando no primeiro fim-de-semana de Junho alinhou na prova da classe Super 2.0T disputada no Circuito Internacional de Zhuhai. O piloto que defende as cores do território deixou uma boa impressão na estreia e vai repetir a experiência já este fim-de-semana, em Xangai, regressando assim à competição de velocidade mais importante do continente chinês. Quando no final da conferência de imprensa de sábado uma jornalista chinesa perguntou ao piloto português que tal se sentia no CTCC e qual a sensação de estar a disputar esta corrida em Zhuhai e vir a realizar também a sexta prova do ano, Ávila sorriu e respondeu: “julgo que saberá mais do que eu sobre o assunto”. Afinal, o piloto da RAEM apenas foi inicialmente convidado para conduzir em Zhuhai e após a qualificação do seu primeiro fim-de-semana no campeonato desconhecia os intentos da SVW333 Racing, a equipa oficial do construtor SAIC Volkswagen no CTCC. “Acho que a equipa gostou do meu trabalho em Zhuhai e a oportunidade de voltar a conduzir por eles chegou ainda mais cedo do que eu esperava. Não estou a disputar o campeonato, porque faltei à primeira corrida, nem sequer posso realizar todas as provas até ao final do ano por motivos profissionais, mas nas provas que possa disputar, lá estarei”, disse Ávila ao HM, isto depois de ter anunciado os seus planos para este fim-de-semana nas redes sociais Facebook e Weibo. Uma das razões para o piloto luso querer repetir a experiência no CTCC é o facto de não ter conseguido em Zhuhai traduzir a sua rapidez em resultados, muito por culpa das condições meteorológicas e da ausência de uma pontinha de sorte. Segundo na qualificação, Ávila teve uma primeira corrida inglória, pois arrancou com pneus de chuva e ao fim de duas voltas a pista inicialmente molhada praticamente secou e assim teve que abdicar da liderança da corrida para terminar num desapontante sétimo lugar, ficando sem direcção assistida no processo. Na segunda corrida, quando lutava pela vitória com um dos Ford Focus de fábrica, Ávila acabou por ser um dos vários pilotos apanhados incautos pelo torrencial aguaceiro que se abateu sobre o circuito quando a corrida se aproximava do fim. Para todos os efeitos e frustrações à parte, o vice-campeão do TCR Asia Series de 2015 admite que “foi uma experiência diferente de tudo aquilo que já tinha feito até aqui. É um campeonato com um projecção mediática na China enorme e tem vários construtores presentes de forma oficial. O resultado de Zhuhai não foi o que eu gostaria que fosse, portanto gostava de tentar de novo e provar que também aqui posso terminar entre os primeiros, apesar da prioridade ser sempre ajudar a equipa”. A SVW333 Racing inscreve quatro VW Lamando GTS a tempo-inteiro no CTCC este ano, um deles para o popular piloto-escritor Han Han, autor do blogue mais lido na República Popular da China, que por ter uma agenda bastante ocupada nem sempre pode participar em todas as corridas do campeonato.

17 Jun 2016

Rodolfo Ávila testou um sport-protótipo na Malásia

O piloto português de Macau Rodolfo Ávila testou na passada terça-feira, no
Circuito Internacional de Sepang, o sport-protótipo ADESS 03 LMP3 da equipa Infinity Race Engineering. Para Ávila esta foi uma experiência nova, ele que nos últimos anos tem competido em corridas de carros de Turismo e de Grande Turismo.
Este sport-protótipo de cockpit fechado tem um motor Nissan Nismo V8, capaz de debitar 420 cavalos, e pesa 930 kg. “Foi um convite inesperado e de última hora quando estava em Chengdu na prova de Fórmula 4 China. Fico grato à Infinity Race Engineering Group e ao Vignesa Moorthy por se terem lembrado de mim e me terem dado esta oportunidade”, disse Ávila ao HM.
Sobre o teste em si, o piloto luso diz que foi uma experiência “realmente boa”. “Tudo era novo para mim mas eu adaptei-me rapidamente a um carro diferente de tudo o que tinha guiado até aqui”, acrescentou.
Para além de Ávila, a Infinity Race Engineering testou no circuito malaio o australiano Jon Collins e o malaio Daniel Woodroof. Curiosamente, Ávila foi o primeiro piloto de nacionalidade portuguesa a alguma vez conduzir um carro da categoria LMP3 (Le Mans Prototype 3), classe que não corre nas 24 horas de Le Mans mas que é aceite e bem-vinda em campeonatos como o European Le Mans Series, Asian Le Mans Series e na Asian Le Mans Sprint Cup.
“O motor não me impressionou, mas o carro tem bastante downforce e mais aderência do que eu esperava. Os tempos que consegui foram promissores e estou certo que poderíamos ser mais rápidos se tivéssemos tempo para trabalhar nas afinações, mas esse também não era o objectivo principal deste teste. Posso imaginar que correr com um carro destes deva ser bastante agradável”, explicou Ávila que esta temporada não tem um programa desportivo ainda definido.
O piloto da RAEM também não tem qualquer plano concreto para correr no Asian Le Mans Series, campeonato que arranca em Outubro em Zhuhai, pois “o convite foi apenas para testar o carro”, mas não esconde que participar a tempo inteiro no campeonato de resistência organizado pelo Automobile Club L’Ouest na Ásia “poderia obviamente ser uma experiência interessante”.

2 Jun 2016

Zhuhai recebeu a primeira ronda de qualificação para os pilotos do território

[dropcap sryle=’circle’]O[/dropcap]Circuito Internacional de Zhuhai recebeu a primeira ronda de qualificação para o 63º Grande Prémio de Macau destinada aos pilotos do território. A primeira das duas jornadas duplas do Campeonato de Carros de Turismo de Macau (MTCS) trouxe algumas surpresas, com o mau tempo que se fez sentir no sábado passado a trocar as voltas a muitos favoritos.
Chao Chong In e Filipe Clemente Souza venceram no “prato principal”, a categoria AAMC Challenge, e Ng Kin Veng foi o único a subir ao lugar mais alto do pódio na categoria Macau Road Sport Challenge.
O segundo “Festival de Corridas de Macau”, organizado pela Associação Geral – Automóvel de Macau – China (AAMC), está agendado para o fim-de-semana de 24 e 25 de Junho, novamente no circuito permanente da cidade chinesa adjacente à RAEM, mas o apuramento está praticamente selado para todos aqueles que participaram no evento do pretérito fim-de-semana.

Vitórias repartidas

Poucos apostariam à partida num pódio constituído por Chao Chong In (Mini Cooper S), Ip Tak Meng (Ford Fiesta) e Leong Chi Kin (Mini Cooper). Contudo, no sábado, as condições meteorológicas adversas ditaram este resultado final de todo inesperado. Célio Alves Dias ((Mini Cooper S) foi o quarto, terminando com Jerónimo Badaraco (Chevrolet Cruze) logo atrás de si. Rui Valente (Mini Cooper S) foi buscar um precioso oitavo lugar, enquanto Eurico de Jesus foi 11º. Souza foi um modesto 17º, mas o campeão em título foi obrigado a abrandar devido à falta de visibilidade dentro do seu Cruze. Hélder Rosa (Peugeot RCZ) foi 18º classificado e o último a terminar na mesma volta do carro vencedor. Álvaro Mourato (Peugeot RCZ) não terminou devido a uma saída de pista quando seguia na disputa por um lugar o top-10.
No domingo, dia dos segundos treinos de qualificação e corridas, o São Pedro restabeleceu a normalidade climatérica e com isso os resultados voltaram ao habitual. Souza venceu, mantendo viva a chama da luta pela reconquista do título, seguido de Alves Dias e Badaraco. Contudo, Badaraco, que tinha sido o mais rápido na qualificação dominical, foi penalizado em 30 segundos por alegada falsa partida, descendo para o 18º lugar na classificação final. Com a penalização de “Nóni”, Patrick Chan (Peugeot RCZ) foi promovido ao pódio. Depois de uma qualificação pouco brilhante, Mourato fez uma corrida de recuperação, do 16º lugar até ao sétimo! De Jesus foi o 12º classificado e Valente terminou o fim-de-semana com um décimo quinto lugar. Rosa foi o 19º numa categoria onde se apresentaram todos os 26 pré-inscritos.

Veng é senhor na Roadsport

Ng Kin Veng (Mitsubishi Evo9) venceu as duas corridas do fim-de-semana com um certo à-vontade, sendo acompanhado na subida ao pódio nas duas ocasiões por Wong Wan Long (Mitsubishi Evo10) e, no último degrau do pódio, por Lei Kit Meng (Nissan GTR-34), no sábado, e Wong Ka Hong (Mitsubishi Evo10), no domingo. Com problemas mecânicos na sua viatura, o favorito e o campeão em título, Leong Ian Veng (Mitsubishi Evo9), saiu desta primeira jornada a zeros, não tendo completado qualquer das corridas de 12 voltas. O único nome português na categoria, Luciano Castilho Lameiras, em Mitsubishi Evo9, foi o 10º classificado na corrida disputada em piso molhado no sábado, enquanto no domingo ficou de fora com problemas no motor de arranque.

1 Jun 2016

Provas de apuramento para o GP Macau começam este fim-de-semana

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]edição de 2016 do Campeonato de Carros de Turismos de Macau (MTCS, na sigla inglesa) tem início este fim-de-semana no Circuito Internacional de Zhuhai, no que será a primeira das duas jornadas duplas que compõem a competição que apura os pilotos de carros de Turismo do território para o Grande Prémio de Macau em Novembro.
Este é o primeiro dos dois “Festivais de Corridas de Macau” que se realizam este ano novamente na cidade continental chinesa adjacente à RAEM. Dividido em duas categorias – AAMC Challenge e AAMC Road Sport Challenge – o campeonato irá reunir um total de 42 concorrentes de acordo com as listas de inscritos publicadas no portal da Associação Geral Automóvel de Macau – China (AAMC). Num desporto que amarga de falta de renovação, destes 42 pilotos, há apenas dois novatos nestas andanças esta temporada, sendo os restantes participantes velhos conhecidos do desporto motorizado do território.

Os suspeitos do costume

A categoria AAMC Challenge, para viaturas derivadas de série com motores até 1.6 turbo, tem 26 inscritos. Pelo que foi dado a ver nas três provas do GIC Challenge – o mini-campeonato de Inverno que se realiza no Circuito Internacional de Guangdong – os Chevrolet Cruze de Filipe Clemente Souza, campeão em título e Jerónimo Badaraco são favoritos às vitórias.
Num ano em que o ex-pluri campeão Chou Keng Kuan não estará presente, a maior oposição ao duo macaense deverá vir dos Peugeot RCZ de Patrick Chan e Cheong Chi Hou. Há outros nomes portugueses a ter em conta e que se não tiverem uma palavra na luta pela vitória à geral, poderão pelo menos ter uma palavra na luta pelas posições do pódio.
São eles Álvaro Mourato (Peugeot RCZ), Célio Alves Dias (MINI Cooper S) e Eurico de Jesus (Ford Fiesta ST). Sem os meios da concorrência, Rui Valente (MINI Cooper S) e Hélder Rosa (Peugeot RCZ) terão como prioridade o apuramento, o que poderá até nem ser muito difícil, já que no ano passado 24 pilotos de Macau desta categoria conseguiram entrada directa na Taça de Carros de Turismo de Macau – CTM.

A crise bateu à porta

A escalada de custos num ambiente económico pouco propício e a maior limitação de entradas para o Grande Prémio tornou esta categoria menos atractiva este ano. Apenas 16 concorrentes se inscreveram, onde se destacam os suspeitos do costume: o campeão e vencedor desta mesma corrida no Grande Prémio Leong Ian Veng (Mitsubishi Evo9), Wong Wan Long (Mitsubishi Evo10), Lei Kit Meng (Nissan GTR-34) ou Ng Kin Veng (Mitsubishi Evo9). O único nome português inscrito é Luciano Castilho Lameiras no seu Mitsubishi Evo9. Notória é igualmente a ausência de Sérgio Lacerda e Belmiro Aguiar, dois pilotos lusófonos que animaram a categoria a época passada e que não se apuraram para o Grande Prémio do ano passado, perdendo assim qualquer hipótese de receber o subsídio.

25 Mai 2016

Nelson Piquet Jr. poderá estar na próxima edição do Grande Prémio

Nelson Piquet Jr., filho do tricampeão mundial de Fórmula 1 Nelson Piquet, pode fazer uma aparição surpresa na Taça Intercontinental FIA de Fórmula 3 no Grande Prémio de Macau. O ex-piloto de Fórmula 1 vai correr este fim-de-semana no Grande Prémio de Pau de Fórmula 3 e espera ser convidado para correr em Macau no mês de Novembro.
Depois de uma curta passagem pela Fórmula 1 com a equipa Renault, que ficou marcada pelo escândalo na prova de Singapura de 2008, onde causou um acidente propositadamente para o seu companheiro de equipa Fernando Alonso vencer a corrida, Piquet Jr virou-se para outras disciplinas dentro do automobilismo.
Aos 30 anos “Nelsinho” sagrou-se campeão da Fórmula E a temporada passada, competição onde continua a participar actualmente. A última prova de Fórmula 3 de Piquet Jr foi precisamente em 2004 no Grande Prémio de Macau, na altura com a sua própria equipa, a Piquet Sports, curiosamente a primeira e única equipa 100% lusófona a participar no evento de Fórmula 3 do território.
Na altura, no final a prova, Piquet disse ao HM estar “ligeiramente desapontado” com o 10º lugar obtido na corrida de domingo da 51ª edição do evento, ele que tinha chegado à RAEM com o título de campeão britânico da especialidade e algum favoritismo às costas. Piquet Jr confessava que “como esperava o Circuito da Guia é um circuito super exigente” e que “gostaria de um voltar um dia, apesar da prioridade (da altura) ser continuar a trabalhar arduamente para chegar à Fórmula 1”.
Fora de parte que está um eventual regresso ao “Grande Circo”, neste seu inesperado regresso à Fórmula 3, Piquet Jr irá conduzir um dos Dallara-Volkswagen da equipa Carlin, a mesma formação que venceu Grande Prémio em 2012 com o português António Félix da Costa. Sobre a sua mais nova contratação, Trevor Carlin disse ontem que “nós acreditamos que é uma grande mais valia para a equipa e para os nossos jovens pilotos” e que a equipa está “desejosa de trabalhar com ele em Pau e esperançados repetir em Macau”.
O chefe da equipa britânica enalteceu o espírito do brasileiro, a “fazer lembrar Jim Clark, dos tempos  em que os pilotos corriam pela pura paixão de competir”. Caso concretize a ideia, Piquet Jr será o primeiro ex-piloto de Fórmula 1 a competir na corrida de Fórmula 3 de Macau depois de ter passado pela categoria máxima do desporto automóvel.

Piquet vs Piquet

O mais curioso é que Nelson Piquet Jr poderá competir contra o irmão mais novo, Pedro que, depois do ano passado ter vencido o campeonato brasileiro de Fórmula 3 por duas ocasiões, este ano está a participar no europeu, podendo também ele correr no Grande Prémio no final do ano. O neto do conhecido médico brasileiro Estácio Gonçalves Souto Maior está a dar os primeiros passos no mais competitivo automobilismo europeu esta época aos 18 anos, esperando também ele ter direito a convite para participar na prova rainha de Fórmula 3 nas ruas do território.

13 Mai 2016

André Couto soma (mais) pontos

[dropcap style=’circle]A[/dropcap]ndré Couto continua a amealhar pontos no campeonato nipónico Super GT. O piloto português residente no território terminou no 5º lugar da categoria GT300 na prova disputada esta Semana Dourada no circuito de Fuji.
Depois dos problemas sentidos com a traseira do Nissan GT-R Nismo GT3 nos treinos-livres, Couto e o Ryuichiro Tomita qualificaram-se na nona posição da classe. Tal como na prova de abertura em Okayama, a dupla luso-nipónica fez uma corrida de recuperação. Antes de passar o volante a Tomita, Couto ocupava a terceira posição da categoria onde foi campeão em 2015.
O Nissan do Team Gainer desceu depois até ao quinto posto com a entrada do “Safety-Car”, que estragou a estratégia da equipa. A corrida foi ganha por outro Nissan, aquele inscrito pela formação semi-oficial e conduzido pela dupla Jann Mardenborough/Kazuki Hoshino. Couto e Tomita são agora oitavos no campeonato.
A Autopolis deveria receber a próxima corrida do Super GT nos dias 21 e 22 de Maio, mas devido aos últimos tremores de terra no Japão o circuito ficou danificado. A organização do campeonato anunciou que irá decidir nos próximos dias sobre a eventual a realização de uma jornada dupla num dos eventos já agendados até ao final do ano. A próxima prova do Super GT está marcada apenas para Julho, em Sugo. S.T.

6 Mai 2016

GP | Lotti realça importância de Macau e GIC Challenge chega ao fim com macaenses

[dropcap style=’circle]M[/dropcap]arcello Lotti, o ex-patrão do Campeonato do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCC) e pai do novo conceito de carros de turismo TCR, disse em entrevista ao jornal português Autosport que o Circuito da Guia é o palco certo para promover a sua mais nova criação a nível global.
Questionado sobre o relevo do evento da RAEM, Lotti explicou que Macau “é uma das corridas mais importantes na Ásia, não só em termos de carros de turismo, mas também na Fórmula 3 e GT”. “A Corrida da Guia existe há mais de 50 anos. Por isso temos que considerar uma plataforma perfeita para o conceito”, frisou ainda.
Apesar disso, Lotti, no seu discurso, opta por não exacerbar na relevância da prova: “Mas não quero dizer que é o evento mais importante, porque adoro todas as nossas corridas”. GP PRINCIPALMarcello Lotti
No entanto, para o empresário italiano que também organiza provas do campeonato em concomitância com Grande Prémios de Fórmula 1 um pouco por todo o mundo: “Macau é sempre Macau, é fantástico”.
O programa da 63ª edição do Grande Prémio de Macau ainda não foi dado a conhecer ao público, sendo no entanto através do calendário internacional da FIA possível saber que a exemplo do ano passado farão parte corridas pontuáveis para o TCR International e TCR Asia Series. Em 2015, os concorrentes de ambos os campeonatos juntaram-se na Corrida da Guia, corrida que assim não ficou órfã após o fim da ligação decana com o WTCC.

GIC Challenge chega ao fim
Entretanto, chegou ao fim o “GIC Touring Car Challenge” de 2016; o mini-campeonato organizado pela Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC) no Circuito Internacional de Guangdong e que serve de para os pilotos de carros de turismo locais prepararem baterias para as provas de apuramento para o Grande Prémio de Macau.
Curiosamente, a última jornada dupla, que contou com a presença de apenas 16 concorrentes divididos por três classes, teve como único vencedor à geral o veterano piloto de Hong Kong Paul Poon.
Os macaenses Filipe Clemente Souza e Jerónimo Badaraco, ambos em Chevrolet Cruze, visitaram o pódio na primeira corrida, mas ambos desistiram no segundo embate. Patrick Chan, que guia um Peugeot RCZ, sagrou-se campeão na categoria mais relevante.
Num fim-de-semana em que o circuito da cidade de Zhaoqing esteve particularmente animado, uma última nota ainda para o pódio à classe alcançado na corrida pontuável para o “Hong Kong Automobile Association Autosport Challenge” pela dupla luso-chinesa Rui Valente/To Lap Pang, em Honda DC5, o que permite ao veterano português liderar a Classe 2 para pilotos de Macau da competição de cinco corridas de uma hora de duração, quando faltam ainda duas corridas por disputar. A dupla Álvaro Mourato/Luciano Lameiras lidera a Classe 1.

6 Mai 2016

Ford GT estará disponível em Macau

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Ford GT, o novo supercarro da marca da oval azul, vai estar disponível no mercado a partir do dia 12 de Maio nos Estados Unidos da América e em alguns países europeus (Portugal não incluído), sendo que o construtor norte-americano confirmou que vai aceitar pedidos de Macau, China e Filipinas a partir do dia 24 de Maio.
O construtor norte-americano optou por colocar à venda o seu carro de luxo em Macau, um território onde actualmente estão registadas mais de mil viaturas consideradas “de luxo”, deixando de fora o sempre apetecível mercado de Hong Kong.
A nova versão Ford GT foi apresentada no Salão de Detroit o ano passado, mas só agora é que a produção das 500 unidades terá o seu início. “O processo de aquisição para o Ford GT é tão único quanto o nosso novo supercarro,” explicou Henry Ford III, director de marketing global da Ford Performance, quando apresentou as linhas gerais de aquisição da viatura.
Com um custo estimado superior a três milhões de patacas, a compra da viatura tem um processo de selecção bastante sui-generis. Os interessados devem registar-se no site da Ford e preencher um detalhado questionário para que a Ford perceba se é ou não o cliente certo. O candidato a cliente tem de provar que está presente em redes sociais como o Facebook, Instagram ou Twitter, especificando os dados demográficos do seus seguidores. Para além da obrigatoriedade de presença nas redes sociais, o candidato também terá de publicar um vídeo de um minuto online, num site como Youtube ou o Youku, a explicar por que razão seria um bom proprietário do carro.
A aquisição da viatura apenas se conclui com a assinatura de contrato onde o proprietário fica impedido de vender a viatura durante um certo período de tempo. O Ford GT é o herdeiro do famoso Ford GT40, carro que brilhou nas pistas dos anos 60, tendo inclusive vencido as 24 horas de Le Mans, e chega ao mercado munido de um motor V6 de 3,5 litros capaz de debitar mais de 600 cv de potência. A Ford Motor Company é representada em Macau pela Winson Motors (Macau) Limited, uma subsidiária da Vang lek Group.

5 Mai 2016