CTM Taça de Carros de Turismo de Macau | Tetra de Poon

[dropcap style=’circle’]P[/dropcap]aul Poon e Samson Fung, dois veteranos das provas locais e amigos de longa data, levaram os dois Peugeot RCZ do Teamwork ao triunfo. Esta foi a quarta vitória do veterano piloto-empresário Poon, campeão da especialidade de Hong Kong, no Circuito da Guia. O piloto dominou os acontecimentos desta prova desde o primeiro dia, obtendo tempos que o permitiriam alinhar na Corrida da Guia. CTM_GCS
O ex-vencedor do defunto Troféu Hotel Fortuna, Chou Keng Kuan, foi o terceiro classificado e o melhor de Macau, beneficiando de um erro cometido por Andrew Lo a duas voltas para o fim. Três macaenses terminaram nos dez primeiros. Sem motor no seu Chevrolet para acompanhar os Peugeot nas rectas, Filipe Souza foi o quinto classificado, enquanto Célio Alves Dias foi oitavo e Jerónimo Badaraco nono, recuperando desde o 15º posto à partida.
Ainda no que respeita aos nomes portugueses participantes, Eurico de Jesus ficou em 17º lugar e Rui Valente ficou em 18º, Álvaro Mourato no 20º posto e Hélder Rosa em 21º.
A corrida foi marcada pelo violento acidente do Peugeot de Andy Yan. O campeão chinês de turismos vinha a rodar entre Poon e Fung quando bateu forte nos muros, o que obrigou a entrada do safety-car e uma ida do piloto de Hong Kong ao hospital, onde lhe foram diagnosticadas duas costelas partidas.

23 Nov 2015

Taça do Mundo de GT poderá mudar de formato

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]primeira edição da Taça do Mundo FIA de GT apresentou-se com um formato diferente do que era a Taça GT Macau até aqui, isto porque a corrida em si teve uma Corrida de Qualificação, realizada no sábado, que não existia, e a corrida a valer foi no domingo. Christian Schacht, presidente da Comissão de GT da FIA, esteve presente na RAEM este fim-de-semana e afirmou à imprensa internacional que o formato da prova ainda poderá sofrer alterações no futuro.
“Talvez um formato com dois pilotos por carro é algo que temos que considerar no futuro também, pois esse é o espírito das corridas de GT. Mas depois, a corrida terá que ser longa”, disse o responsável dos GT na federação internacional, que no entanto acrescentou que “em termos de comunicação, é melhor ter apenas um piloto como campeão do mundo.
É algo que teremos que falar no futuro”, disse apenas.
Apesar da FIA ter tentado um acordo a longo termo com Macau, após o território ter vencido o concurso lançado pelo Conselho Mundial da organização para a organização da provas, ambas as partes ainda terão que se sentar à mesa depois do evento deste fim-de-semana para discutir o futuro desta competição entre nós.

Macau Road Sport Challenge | Piloto local leva vitória

A primeira corrida do fim-de-semana teve um vencedor da casa. O piloto de Macau Leong Ian Veng, ao volante de um Mitsubishi Lancer EVO 9 de “outro campeonato”, confirmou o seu favoritismo, triunfando pela primeira vez na categoria que puxa pela criatividade dos preparadores locais de automóveis. Leong esteve intocável durante todo o fim-de-semana, acabando por levar a melhor na corrida de nove voltas – quatro delas atrás do safety-car – sobre o japonês Mitsuhiro Kinoshita, num Nissan GTR34 preparado na China continental.
O terceiro a subir ao pódio foi Billy Lo, piloto residente em Hong Kong mas que corre com licença desportiva de Macau e que tripulou um Mitsubishi Lancer EVO 7. Luciano Castilho Lameiras, o único piloto de matriz portuguesa em prova, foi o 12º classificado da geral. A prova ficou marcada pela violenta colisão nos primeiros metros da corrida entre Wong Wan Long, vencedor desta corrida em 2014, e Choi Kei Lei, com este último a demorar algum tempo até abandonar a sua viatura antes de ser transportado para o hospital para ser observado.

Suncity Lotus Celebrity Cup | Anónimos apagam estrelas

A corrida de celebridades com os dezasseis Lotus Elise que se qualificaram teve um pódio sem uma única celebridade, sendo composto por três pilotos que conseguiram comprar lugares na grelha de partida. Sin Ling Fung de Hong Kong venceu a corrida, seguido dos conterrâneos Vincent Chao e Kevin Liu. O actor Fong Lik Sun foi a primeira celebridade na lista, vendo a bandeira de xadrez no sétimo posto da geral.

Casinos discretos

Os mais atentos terão certamente reparado na presença muito mais discreta este ano das operadoras de jogo do território nos placares de publicidade no circuito na edição deste ano. As limitações de publicidade e a quebra de receitas são as justificações mais plausíveis para esta descrição. No entanto, a Comissão do Grande Prémio afirmou que terá reunido apoios na ordem daqueles obtidos o ano passado.

Polémico BOP

A maior reclamação dos pilotos da prova do GT ao longo do fim-de-semana foi certamente o BOP (balanço de performance), a fórmula que a FIA aplica em todas as corridas desta categoria para equilibrar o andamento de carros tão diferentes. Edoardo Mortara, Earl Bamber, Kevin Estre e Álvaro Parente foram alguns dos pilotos que se mostraram desagradados com os BOP aplicados nos seus carros.

Subaru TCR sem peças

Alain Menu teve uma curta passagem pelo Circuito da Guia, visto que logo na quinta-feira o motor do seu Subaru Impreza TCR cedeu. A equipa italiana Top-Run não trouxe nenhum motor sobressalente e a concessionária de Macau só vende o motor 2.5 turbo em vez do 2000cc. Como mandar vir um novo motor de Hong Kong demorava dois dias a chegar a Macau, a equipa desistiu da prova.

Yip Jr desinveste na Europa

Teddy Yip Jr voltou este ano a estar presente no Grande Prémio, onde a sua Theodore Racing apoiou novamente a Prema PowerTeam. Porém, o sobrinho de Stanley Ho reduziu a sua operação europeia. Em 2016, a Status Grand Prix, abandonará a GP3 Series, categoria rival à Fórmula 3, para se concentrar na GP2 Series, a antecâmara da F1. Yip Jr comprou o ano passado a equipa de GP2 a Tony Fernandes, o patrão da Air Asia.

80 mil assistiram

Cerca de 80 mil pessoas assistiram das bancadas ao GP. Nos dias de treinos, somaram-se 22.500 pessoas na assistência, com os dias de corridas a fazerem 60 mil lugares serem ocupados

Taça da Corrida Chinesa | Finalmente Macau

Michael Ho, em representação da Associação Geral de Automóvel Macau-China (AAMC), venceu a segunda edição da Taça da Corrida Chinesa, naquele que foi também o primeiro triunfo da AAMC nesta competição em duas épocas. Cui Ye, a correr pela Federação do Desporto Automóvel da República Popular da China (FASC), e Lo Ka Chun, a representar a federação de Hong Kong, completaram o pódio. Hélder Assunção teve um sábado infeliz, não tendo o seu BAIC Motor Senova D70 completado uma volta sequer.

23 Nov 2015

Taça Intercontinental FIA de Fórmula 3 | Acidentes e emoção ao rubro. Vitória dupla para Rosenqvist

[dropcap style=’circle’]F[/dropcap]elix Rosenqvist igualou o recorde de Edoardo Mortara e tornou-se ontem o segundo piloto a vencer por duas ocasiões a Taça Intercontinental FIA de Fórmula 3. O sueco teve um fim-de-semana imaculado em Macau, dominando os dois treinos de qualificação, para além de ter triunfado na Corrida de Qualificação de sábado, apesar desta vitória decisiva ter acontecido na secretaria.
O piloto da Prema Powerteam viu-se surpreendido por Charles Leclerc, que é por agora provavelmente mais conhecido pela cadeia de supermercados da família que pelas suas proezas em pista, na travagem para o Lisboa.
O piloto do Mónaco surpreendeu e tonrou a corrida emocionante, já que estava decidido a obrigar Rosenqvist a um esforço suplementar. Depois do nórdico ter recuperado a primeira posição no Reservatório, Leclerc voltou a ultrapassá-lo no Lisboa. 62ndMacauGP_Sun_F3055 A corrida viria a ser interrompida à segunda volta, devido a um acidente na Curva dos Pescadores que deixou de fora Gustavo Menezes, Ryan Tveter e Mitsunori Takaboshi. No recomeço, Rosenqvist, que este fim-de-semana vestiu a camisola da Theodore Racing, não se deixou surpreender e Leclerc viu-se superado por Sam MacLeod. Leclerc só voltou ao segundo posto na sétima volta, enquanto que o escocês viria às boxes com problemas no seu monolugar, após um ligeiro toque no Ramal dos Mouros, regressando já no final para efectuar a melhor volta, mas para um mero 20º lugar.
“Quando cheguei à curva, o carro escorregou completamente. Acho que havia cimento, óleo ou alguma porcaria na estrada. Não sei. Infelizmente bati contra a parede e parti o volante. Depois disso, mudei o volante e voltei mas já era tarde. Estou desiludido porque poderíamos ter dado cartas, com a posição em que estávamos”, frisou ao HM.
Com Leclerc mais preocupado em segurar o segundo posto, Rosenqvist teve uma segunda parte de corrida tranquila rumo ao triunfo. Alexander Sims foi o terceiro classificado, usando a sua experiência para subir ao último lugar do pódio, apesar de ter terminado com Antonio Giovinazzi na sua traseira. O italiano da Carlin, que venceu em pista a Corrida de Qualificação, subiu seis posições ao longo da corrida.
O único lusófono em pista, o brasileiro Sérgio Sette Câmara, era quinto quando o que o jovem terá tido uma disputa com dois outros carros, ao que o HM apurou, que o obrigou a ir às boxes por o que terá sido um furo no carro, terminando no último lugar da corrida.
O espanhol Dani Juncadella não alinhou na corrida de domingo, porque a monocoque do Dallara-Mercedes da Fortec Motorsport ficou comprometida no acidente de sábado.

O que disse… Rosenqvist ao HM

Rosenqvist disse que poderia conduzir em GT no próximo ano (Foto de Kelsey Wilhelm)
Rosenqvist disse que poderia conduzir em GT no próximo ano (Foto de Kelsey Wilhelm)
“É um sentimento especial vencer duas vezes seguidas. Só um piloto fez isso antes de mim. Rosenqvist disse que poderia conduzir em GT no próximo ano (Foto de Kelsey Wilhelm)[/caption]A corrida de hoje foi muito boa e tivemos a boa estratégia, defendi a minha posição”, frisou, dizendo que não sentiu que a corrida tinha sido mais competitiva do que no ano anterior. “Este ano tive de mais para cosnseguir, mas isso é sempre bom e nunca é fácil vencer aqui. Foi algo que me fez provar a mim mesmo que eu consegui. É a melhor demonstração de que merecemos, quando vencemos duas vezes.” Depois de ter vencido a Taça Intercontinental de F3 pela segunda vez, o sueco admitiu ao HM que poderia regressar à Guia para uma outra prova. “Não acho que vou voltar em Fórmula 3, mas em GT talvez. Nunca se sabe.”

Andy Chang cumpriu

Andy Chan (Foto de Kelsey Wilhelm)
Andy Chan (Foto de Kelsey Wilhelm)
Antes do início do fim-de-semana Andy Chang Wing Chung apontava um lugar no “Top-10” como o ideal, mas sabia que se não terminasse dentro dos vinte primeiros a continuidade no desporto motorizado poderia estar seriamente comprometida. O piloto do território, tal como já acontecia nas provas de karting no Kartódromo de Coloane, voltou a dar-se bem com os ares da casa. Apesar de nunca ter andamento para os dez primeiros, ao longo do fim-de-semana, o jovem teve rasgos de competitividade terminando a corrida de domingo no 14º lugar, depois de partir do 18º lugar, superando muitos dos seus habituais adversários no europeu da especialidade. “Sinto-me bem, cumpri o objectivo dos top15. Estou feliz. Volto para o próximo ano. É difícil ter carro para os primeiros dez, mas tentamos sempre”, disse ao HM.

Sábado polémico

A primeira volta da Corrida de Qualificação de sábado acabou por ser um momento determinante no decorrer da prova de Fórmula 3. Isto porque Dani Juncadella e Antonio Giovinazzi colidiram entre o Lisboa e a subida para São Francisco, com o espanhol, que se tinha qualificado em segundo, a terminar a sua corrida nos muros. O italiano da Carlin, que partiu de terceiro no sábado, ultrapassou Rosenqvist e acabou mesmo por vencer a corrida em pista. Contudo, os Comissários Desportivos aplicaram-lhe uma penalização pela manobra que causou o acidente e que retirou de prova o vencedor do Grande Prémio de Macau de 2012, atirando-o para o 10º lugar final. Esta decisão polémica, pois pelas imagens televisivas é difícil culpar Giovinazzi pelo acidente, fez correr muita tinta na imprensa inglesa que não foi meiga com a decisão dos Comissários Desportivos. Estes, em vez de esperarem pelas imagens de vídeo do carro do piloto transalpino ou ouvirem a versão dos factos apresentada por Giovinazzi, como é habitual, mas não obrigatório nestas situações, tomaram a decisão no momento, não dando hipóteses à equipa Carlin de apelar.

Portugueses em provas não será para breve

Após praticamente uma década e meia representado na Taça Intercontinental FIA de Fórmula 3, Portugal voltou este ano a não ter nenhum piloto presente na prova, algo que não deverá mudar nos anos mais próximos. “Actualmente não existe nenhum piloto português a competir em Formulas de iniciação com resultados de destaque, por isso não vejo a possibilidade de termos algum piloto português a participar em Macau na F3 nos próximos dois anos”, disse ao HM Nuno Pinto, fundador da WinWay – Intensive Driver Development Program, uma empresa portuguesa de gestão e treino de pilotos com vários sucessos além-fronteiras.
O também ex-piloto relembra que nos últimos 15 anos Portugal obteve “primeiro a vitória do André Couto e depois a do António Félix da Costa, em 2012, um feito único para o desporto automóvel português”. A crise que atravessa Portugal e a falta de aposta na formação jogam contra a internacionalização dos jovens lusos e só um cenário radical poderá eventualmente mudar o actual panorama pouco animador.
“É uma pena que a BMW não tenha motores na F3 pois assim talvez pudéssemos ter novamente a presença do António [Félix da Costa] em Macau para também ele tentar alcançar uma segunda vitória numa prova que acredito que é uma das suas preferidas”, refere Pinto.

23 Nov 2015

TCR pode ser possível para os locais no próximo ano

[dropcap style=’circle’]F[/dropcap]O conceito TCR para as corridas de carros de turismo teve uma estreia auspiciosa em Macau, com a audiência a esquecer depressa a saída do WTCC da Corrida da Guia. Com um custo a rondar os cem mil euros por viatura, estes carros de turismo equipados com motores 2.0 turbo estão a tornar-se uma força viva no automobilismo mundial, com vários campeonatos nacionais e regionais a adoptarem a regulamentação lançada apenas este ano por Marcello Lotti, o antigo patrão do WTCC.
Portugal, Itália, Alemanha e o Benelux vão avançar já com os seus campeonatos no próximo ano. Na Ásia, a Tailândia já aderiu e a República Popular da China poderá ser a seguinte, sendo que no caso chinês os carros do TCR serão integrados dentro de uma das três actuais categorias do Campeonato da China de Carros de Turismo (CTCC). 2015_TCR_International_Series_Malaysia_Race_1_start
Por agora, a Associação Geral de Automóvel de Macau-China (AAMC) terá eventualmente recusado esta aposta a curto prazo, mantendo a regulamentação 1.6 litros turbo vigente na sua categoria rainha, a “AAMC Challenge”, o que tem sido alvo de críticas de vários pilotos, dada a impossibilidade de usar estas viaturas fora dos campeonatos especialidade de Macau e Hong Kong, para além dos custos que têm subido em flecha.
Por seu lado, segundo fonte bem posicionada junto da Associação Automóvel de Hong Kong (HKAA), a aceitação das viaturas 2.0 litros turbo do TCR no campeonato de turismo do território em 2016 está ser ponderada, havendo a hipótese destes carros serem colocados numa das já existentes classes.
SEAT, Honda, Volkswagen, Ford, Subaru, Opel e Alfa Romeo já aderiram a este novo conceito, sendo que a KIA, Peugeot e Audi poderão juntar-se no futuro.

23 Nov 2015

À conversa com…Nuno Pinto

“Rosenqvist e Juncadella não têm nada a provar, tanto em Macau como na F3”
O português Nuno Pinto, fundador da WinWay – Intensive Driver Development Program, é um dos treinadores de piloto da Prema Powerteam e tem a particularidade de ter trabalhado de perto com os dois ex-vencedores do GP Macau F3 que estarão novamente prova este fim-de-semana, Felix Rosenqvist e Dani Juncadella

Tanto o Rosenqvist, como o Juncadella venceram a prova de F3 em Macau. Ao voltarem este ano, não têm mais a perder que a ganhar?
É verdade que os dois já não têm nada a provar tanto em Macau como na F3, mas a verdade é que ambos voltam principalmente pela paixão que têm por esta prova e pela vontade de voltar a competir naquele que é o seu circuito e evento preferido. Claro que em termos de carreira não existe muito para ganhar, mas é bom perceber que alguns pilotos ainda correm pelo simples prazer de conduzir num dos circuitos mais desafiantes para um piloto e não deixa de ser um aliciante suplementar o facto de poderem tentar igualar o feito do Mortara. Para além disto, o Felix é o único piloto da Prema com experiência prévia de Macau e desde o início do acordo com a equipa que estava previsto que ele ia participar novamente na prova para servir de referência aos novos pilotos.

O Rosenqvist é mesmo o piloto a bater este fim-de-semana?
Sim, o Felix é o claro favorito para esta prova uma vez que é o piloto mais experiente do pelotão da F3 e vem de uma época em que finalmente conseguiu o seu grande objectivo de vencer o campeonato FIA F3, tendo demonstrado ser também o piloto mais rápido ao longo de todo o ano. Depois de cinco temporadas na F3, onde foi sempre rápido mas pouco regular de forma a poder lutar pelo campeonato, a verdade é que desde que ingressou na Prema, que tem sido a equipa a bater na F3. O Rosenqvist ganhou nova motivação e confiança e dominou totalmente os adversários, não tendo assegurado o título com maior antecedência apenas porque foi vítima de alguns infortúnios e incidentes causados por outros pilotos na primeira metade da temporada. Penso que ele chega agora a Macau ainda mais motivado para fechar com chave de ouro um ano memorável na sua carreira.

O que fez o Juncadella voltar a Macau, sabendo à partida que, devido ao facto de ter estado afastado das provas de monolugares nos últimos anos, pode pecar por falta de ritmo?
O Dani, depois de ter ganho em Macau em 2011, ter vencido o Masters de F3 e o Campeonato FIA F3 em 2012, tornou-se piloto profissional no DTM com a Mercedes e foi ainda 3º piloto da Force India na F1 em 2014, mas nunca deixou de afirmar que o GP de Macau tinha sido o momento mais especial da sua carreira e que desejava voltar a competir aqui. Tem nos últimos anos tentado regressar, mas devido a compromissos no DTM ou na F1 não foi possível. Este ano desde o início que sabia que não haveria coincidências de calendário e esteve o ano inteiro a “chatear”, passe a expressão, os responsáveis da Mercedes para correr na prova dos GT. Essa participação esteve perto de acontecer mas no final a marca propôs que ele competisse antes na F3 uma vez que duas das equipas Mercedes iriam alinhar apenas com pilotos “rookies” em Macau. Quando surgiu esta possibilidade, ele não hesitou e volta não só para representar a marca mas também para cumprir o sonho de voltar a correr em Macau. Claro que não vai ser fácil e falta-lhe ritmo de F3 mas o trabalho que fez na F1 nos últimos anos permitiu-lhe não estar três temporadas sem pilotar um monolugar. Ele rodou um dia com o F3 da Fortec em Silverstone antes dos carros partirem para Macau e participou na última corrida do EuroOpen F3 em Barcelona, o que não é suficiente para estar ao nível dos pilotos que competiram toda a temporada com estes monolugares. Mas a motivação do piloto está em alta e pode ser que consiga fazer alguma surpresa e dê trabalho aos favoritos.

20 Nov 2015

Taça Intercontinental FIA de Fórmula 3

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap] Prema Powerteam de hoje não é a mesma equipa que André Couto correu de 1995 a 1998 de F3 em Macau. Hoje, a equipa da família Rosin, fundada nos anos oitenta do século passado como Prema Racing, está ainda mais forte. O investimento encapotado do empresário canadiano multi-milionário Lawrence Stroll, pai do seu piloto Lance Stroll, trouxe outra estabilidade e possibilidades de ir mais além, como investir em desenvolvimento e contratar este ano o “veterano” Felix Rosenqvist.

Na sua quinta tentativa, o sueco venceu o europeu da especialidade, dando o quinto título consecutivo aos milaneses. Este ano, Rosenqvist vai tentar repetir o feito do ano passado e igualar o recorde de duas vitórias de Edoardo Mortara. Ao mesmo tempo o piloto nórdico continuará a servir de “tutor” dos seus companheiros de equipa Jake Dennis e Stroll, este último piloto da academia de pilotos da Ferrari e que para o ano poderá ter uma posição na Williams F1 Team.

Rosenqvist admite o estatuto de favorito este ano, até porque a equipa transalpina goza de uma relação privilegia com a HWA Mercedes, mas também diz “que só é possível vencer em Macau com um pouco de sorte”.

Como nos últimos três anos, a equipa italiana veste o traje da SJM Theodore Racing, trazendo à memória a antiga equipa do saudoso Teddy Yip, agora com o seu filho, Teddy Yip Jr, ao leme.

“O René fornece-nos consistentemente os carros melhores preparados da grelha de partida e a nossa longa relação com a SJM assegura que a Theodore Racing esteja sempre na frente do clamor e excitação deste carnaval conhecido mundialmente da cidade”.

Sob a bandeira da SJM Theodore Racing, a Prema Powerteam venceu esta corrida em 2013 com o inglês Alex Lynn. Mas enganam-se todos aqueles que pensem que esta vai ser uma caminhada fácil para o sueco.

Antonio Giovinazzi será o ponta-de-lança da equipa Carlin, a poderosa formação britânica que conta com motores VW e que ajudou Félix da Costa a vencer aqui em 2012. O italiano venceu o Masters de Fórmula 3 em Zandvoort e foi o maior adversário de Rosenqvist ao longo do ano.

“Macau é sempre Macau, nunca sabes o que pode acontecer. Saímos do Reino Unido 100% preparados para vencer. Veremos o que conseguiremos no domingo”, diz o simpático piloto que hoje está na esfera da Audi.

Devido às medidas de contenção de custos impostas pela FIA, os carros são os mesmos: Dallara F312, iguais para todos, mas com motores diferentes – Mercedes-Benz, VW, Toyota, e Tomei. Se é da Europa que chegam a maior parte das equipas, do Japão aterra como é hábito em Macau uma equipa que todos respeitam. A Tom’s voltará a trazer os seus monolugares equipados com os badalados super-motores Toyota, este ano entregues ao campeão e vice-campeão japoneses, Nick Cassidy e Kenta Yamashita. Destaque igualmente para o regresso de Daniel Juncadella, o vencedor da edição de 2011, que aproveitou a vaga causada pela desistência do neto de Emerson Fittipaldi. O espanhol que tem estado empenhado no DTM só fez uma corrida de F3 este ano, mas como diz o povo, “quem sabe, nunca esquece…”

O que esperar:

Tudo o que não seja um triunfo de Rosenqvist será uma surpresa. Contudo, o Circuito da Guia é dado a surpresas e Giovinazzi já mostrou que ombrear o rival sueco em condições normais. O campeão japonês Nick Cassidy foi a revelação da corrida de 2014 e num evento onde a sorte conta mesmo, ninguém poderá ignorar a experiência de Juncadella ou Sims.

Correr pela sobrevivência

A incompreensível política de atribuição subsídios para as provas internacionais pode fazer este fim-de-semana várias vítimas, mas esta pode ser a mais pesada, pois trata-se do único piloto da RAEM com menos de 20 anos e com uma carreira internacional já lançada. Visto que é o único representante de Macau na corrida, Andy Chang Wing Chung terá que terminar nos “70% dos melhores resultados na classificação final” na corrida de domingo se quiser estar habilitado a receber o precioso “subsídio a pilotos locais participantes nas corridas no exterior em 2016”, isto, segundo o regulamento publicado em Julho passado. A estudar em Inglaterra e sem apoios para mais, Chang fez apenas cinco eventos do Campeonato da Europa FIA de Fórmula 3, tendo terminado no 18º posto em três ocasiões nas catorze corridas que completou. Para conseguir o seu objectivo primordial, Chang irá tripular um Dallara-Mercedes da equipa inglesa Fortec Motorsport, equipa que desapontou ligeiramente esta temporada, e espera “um lugar nos dez primeiros seria fantástico, mas não será fácil de obter porque a concorrência é muitíssimo forte este ano”. O ano passado Chang terminou no 19º lugar, um resultado que este ano “caía quem nem uma luva”.

20 Nov 2015

Arranca primeiro dia, numa quinta-feira à maneira

Com Joana Freitas

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]manhã as coisas são mais a sério, mas o dia de ontem não deixou de ser marcante por diversos aspectos no Grande Prémio de Macau. O dia foi de treinos-livres e cronometrados e foi também o dia das primeiras alegrias e desilusões. Como em todas as quinta-feiras de GP, o, pouco se decide, pois o fim-de-semana é longo e ainda há três dias pela frente. Mas, além deste ser o dia perfeito para tirar a temperatura do que será o fim-de-semana que aí vem, alguns casos mudaram de figura e apresentam intrigantes eventuais mudanças.

Rosenqvist na F3 e McGuiness nas motas

O sueco que venceu na prova rainha do ano passado, Felix Rosenqvist, conseguiu ontem a pole-position provisória para a corrida de qualificação de F3 no sábado. Mas, se Rosenqvist já conhece bem o Circuito da Guia, o mesmo não se pode dizer de Calum Ilott, estreante no circuito que conseguiu ser o segundo mais rápido, ficando a mais de oito décimas do sueco, que conseguiu percorrer a Guia em 2m11s841ms, depois de conseguir descer por duas vezes o tempo.
Ilott, que tem apenas 17 anos, correu bem perto de Rosenqvist e deixou-se seguir por Antonio Giovanazzi, Sam McLeod e Daniel Juncadella, outro ex-vencedor da F3 em Macau. O piloto de Macau Andy Chang foi o último na sessão, muito devido aos problemas de caixa-de-velocidades no seu Dallara-Mercedes. Ao contrário do habitual, a corrida foi calma e sem interrupções. Mas sábado é que é a doer, já que é aqui que se decidem os lugares definitivos na grelha.
Nas duas rodas, assistiu-se à surpreendente performance do veterano John McGuiness, que deixou atrás de si Michael Rutter e Martin Jessopp. McGuiness fez um tempo de 2m27s246ms, deixando o veterano Rutter muito, muito aborrecido. Easton surpreendeu, mas pela negativa, já que o piloto – titular do melhor tempo de sempre na Guia em motos – ficou-se pelo 15º lugar. Aspecto negativo foi ainda a queda aparatosa do estreante Russ Mountford, britânico, que teve de ser hospitalizado. Não corre risco de vida, mas não se sabe qual a condição em que se encontra.
Os representantes da lusofonia, Nuno Caetano, que chegou a Macau lesionado, e André Pires, foram o 24º e o 29º na corrida que promete ser, como sempre, uma das mais emocionantes de amanhã.

Ávila e Couto em bom plano

Os dois pilotos portugueses do território, André Couto e Rodolfo Ávila, estiveram em bom plano, tanto na Taça FIA de GT, como na Corrida da Guia. No que respeita aos carros de Grande Turismo, a Mercedes-Benz colocou os seus dois automóveis nas duas primeiras posições, com Renger van der Zande a superar Maro Engel por apenas duas décimas.
Eduardo Mortara e o seu novo Audi foram terceiros. Ainda na Taça do Mundo FIA de GT, André Couto foi o melhor dos Mclaren, batendo o compatriota Álvaro Parente, como o francês Kevin Estre. Parente ainda conseguiu estar mais rápido que Couto, mas o piloto da casa, que ainda se está a adaptar ao carro inglês, ficou a 2.5 segundos da marca do melhor Benz. Foi o sétimo da geral, mas as esperanãs continuam altas para a corrida que aí vem. Nos acidentados treinos da Corrida da Guia, Rob Huff pulverizou a concorrência, com o seu Honda a rodar em tempos impossíveis de acompanhar pelo resto do pelotão do TCR internacional ou asiático. Henry Ho, também em Honda, foi o melhor piloto local, tendo sido o quinto da geral, três décimas à frente de Rodolfo Ávila, que lamentou as dificuldades que os SEAT têm em acompanhar os carros nipónicos nas zonas sinuosas do traçado do território.

Macau domina na Road Sport e Taça Chinesa

A RAEM dominou os acontecimentos na Macau Road Sport, com cinco representantes no Top-5, liderados por Leong Ian Veng. Na Taça CTM, Paul Poon, veterano piloto de Hong Kong, foi o mais lesto. Entre os pilotos da casa, Chao Chong In foi o quarto da geral, tendo Filipe Souza obtido um motivante quinto “crono” e Célio Alves Dias o sétimo. Na Taça da Corrida Chinesa, Michael Ho fez o melhor tempo com o BAIC da AAMC, enquanto Helder Assunção posicionou o carro na 6ª posição. Mas, como lá diz o povo: “o primeiro milho é para os pardais…” e muito mais há a acontecer.
As corridas continuam hoje e as emoções, essas, nem se fala.

20 Nov 2015

GP | Francisco Mora vem à descoberta do GP

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Francisco Mora

[dropcap style=’circle’]D[/dropcap]urante vários anos consecutivos Portugal esteve representado na Corrida da Guia do Grande Prémio de Macau pelo portuense Tiago Monteiro. Contudo, o Campeonato do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCC) rumou a outras paragens e com ele levou Monteiro. Mas, a bandeira da República Portuguesa continuará a estar presente na prova, dado que o jovem Francisco Mora fará a sua estreia no Circuito da Guia na prova rainha de carros de turismo do Sudeste Asiático.

O jovem português falou ao portal de automobilismo SportMotores.com pela primeira vez publicamente sobre esta sua participação na prova. O piloto de 19 anos disse que o objectivo principal passa por fazer duas boas corridas, sem erros.

“Sei que Macau é uma das pistas mais difíceis e exigentes do mundo onde cometer um erro é fácil. Tenho que estar muito concentrado pois não há escapatórias e o mais pequeno erro significa um acidente”, explicou. Sabendo que a concorrência é forte e tem nomes sonantes como Gianni Morbidelli, Rob Huff, Alain Menu ou o compatriota Rodolfo Ávila, Mora é cauteloso quando se trata de falar de resultados.

“Vamos ver como corre e onde terminamos, visto que esta será a primeira vez que vou correr [em Macau] e muitos dos meus adversários já lá andaram”, realçou.

O jovem da Maia participou este ano em algumas corridas do Campeonato de Itália de GT com um dos Mercedes da Sports & You, mas na segunda metade da temporada virou-se para o Campeonato Nacional de Velocidade, sendo o único inscrito na categoria de Turismos, aos comandos de um SEAT Léon TCR da Veloso Motorsport, sagrando-se sem grandes dificuldades campeão nacional da especialidade.

Antes disso, Mora também tinha alinhado nas duas corridas da TCR International Series no Autódromo Internacional do Algarve, com resultados expectativa dada a sua curta experiência ao volante deste tipo de viaturas. Mora está inscrito com um SEAT Léon TCR da Target Competition, fazendo equipa com Rafaël Galiana, Andrea Belicchi, Keith Chan, Jordi Oriola e Stefano Comini, o líder do Campeonato de Pilotos e que vai para a prova de Macau discutir o título da TCR International Series com Pepe Oriola e Jordi Gené. O piloto luso revelou também à mesma fonte que não irá ter qualquer oportunidade de testar pela equipa italiana antes da prova do Circuito da Guia.

Audi com baixa pesada

Entretanto a Audi sofreu uma baixa pesada. Lucas Vanthoor não marcará presença na Taça do Mundo FIA GT, devido às lesões que sofreu no acidente na prova de Misano do Blancpain Sprint Series. O piloto da Audi e quarto classificado na Taça GT Macau o ano transacto protagonizou um violento acidente na corrida italiana há um mês, tendo na altura lhe sido diagnosticado uma fractura numa perna e duas fracturas na anca. O belga esperava poder estar recuperado a tempo de participar na prova do território. Vanthoor foi submetido a exames pelos médicos da Audi na quarta-feira passada, tendo estes lhe negado a participação na corrida. “Os médicos da Audi disseram que se eu tivesse mais um acidente poderia magoar ainda mais a minha anca. Eu estava preparado para arriscar mas não fui autorizado e respeito a decisão”, escreveu Vanthoor na rede social Twitter. A marca de Ingolstadt, que estreia nas ruas de Macau o novo R8 LMS GT3, deverá nomeou o alemão René Rast, ex-vencedor das 24 horas de Spa-Francorchamps e 24 horas de Nurburgring, fazer parelha com Edoardo Mortara e Marchy Lee.

13 Nov 2015

GP | Dani Juncadella vai tentar repetir o feito de 2011 em F3

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap] piloto espanhol do DTM, que triunfou em Macau com a Prema Powerteam em 2011, assinou com a Fortec Motorsport e vai substituir o brasileiro Pietro Fittipaldi, neto de Emerson Fittipaldi, que decidiu não se estrear no Circuito da Guia este ano. O acordo foi conseguido na segunda-feira com a bênção da Mercedes-Benz Motorsport, que fornece motores à Fortec Motorsport e com quem o ex-piloto de testes da Force India Formula 1 tem contrato. Juncadella será companheiro de equipa do piloto da RAEM Andy Chang e do chinês Martin Cao. gt carros
Esta será a segunda tentativa de Juncadella para repetir o feito. Já na qualidade de campeão europeu da especialidade, Juncadella tentou vencer esta prova por uma segunda ocasião em 2012, mas ficou aquém do esperado, tendo terminado no quinto lugar na edição ganha pelo português António Félix da Costa. Para se qualificar para a corrida de final de época da Fórmula 3, o espanhol fará a prova da Euroformula Open (ex-Campeonato de Espanha de Fórmula 3) em Barcelona no dia 1 de Novembro. Juncadella não será o único piloto em pista que tentará igualar o recorde de Mortara, pois o vencedor da edição de 2014, o sueco Felix Rosenqvist, será uma das estrelas da edição deste ano.

Easton muda de equipa

Stuart Easton não vai defender as cores da Paul Bird Motorsport no Grande Prémio de Macau de Motociclismo. Segundo a imprensa inglesa especializada, o escocês, que iria fazer equipa com Ian Hutchinson, vai correr com uma Yamaha da equipa SMT alugada à equipa SMR. Esta troca de equipa para a prova do Circuito da Guia deveu-se ao contrato que Easton, que dominou nas ruas de Macau de 2008 a 2010, assinou para a próxima temporada no Campeonato Britânico de Superbikes. “Será uma grande oportunidade para mim tripular a Yamaha mais cedo, mesmo sendo um circuito citadino”, disse Easton ao site bikesportnews.com.

23 Out 2015

Arquitecto português voltou a liderar projecto do circuito FIA de Pequim

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap] segunda temporada do Campeonato FIA de Fórmula E, o primeiro campeonato mundial para automóveis de motorização eléctrica, arranca no sábado nas ruas da capital chinesa e o traçado citadino localizado nos arredores do Parque Olímpico de Pequim, que relativamente a 2014 não sofreu alterações profundas, voltou novamente a sair da lapiseira do arquitecto português Rodrigo Nunes.
“O circuito será praticamente o mesmo, tendo sido removida somente a primeira chicane e alterada a segunda. Também a definição da última curva será materializada de uma outra forma”, explicou o arquitecto português ao HM, referindo ainda que estas alterações, acima de tudo, “são resultado da análise do que se passou na corrida do ano passado e também de um melhor entendimento relativamente ao comportamento destes carros”.  
O director do gabinete R+S Project aclara que “um ano passou, o carro melhorou, e o que há um ano era uma quase completa incógnita, este ano já é possível tentar adaptar os circuitos à realidade Fórmula E”. Nunes explica também as novidades introduzidas no circuito de 3439 quilómetros e 17 curvas, o mais longo do campeonato: “O termos retirado a primeira chicane surge na tentativa de criar mais uma zona clara de ultrapassagem que será este ano na travagem para a Curva 3. Os pilotos serão obrigados a efectuar uma forte travagem, o que previsivelmente aumentará as hipóteses de ultrapassagem. Redesenhamos também a segunda chicane dado que tivemos alguns problemas com a saída o ano passado. Estava demasiado lenta e não ajudava ao espectáculo”.
A corrida do ano transacto, a primeira da história da disciplina, ficou marcada pelo espectacular acidente entre Nicolas Prost e Nick Heidfeld na última curva da volta final. Esta colisão, em que o monolugar do piloto alemão acabou por capotar, obrigou a mexidas no traçado. “Mesmo tendo sido o resultado de um conjunto de “azares”, vamos tentar que uma situação semelhante não aconteça”, clarificou Nunes.
A Fórmula E vai ter  onze corridas em três continentes, onde se destacam esta temporada a entrada no calendário de corridas no centro de Paris e num circuito permanente, o Autódromo Hermanos Rodriguez, bem no coração da Cidade do México. António Félix da Costa, o único piloto que venceu com a bandeira de Portugal o Grande Prémio de Macau de Fórmula 3, é o representante luso no campeonato e tentará repetir o triunfo do ano passado nas ruas de Buenos Aires. A Língua Portuguesa ainda está representada em pista pelos brasileiros Nelson Piquet Jr, Bruno Senna e Lucas Di Grassi, e ainda pelo português Bruno Correia que conduz o BMW i8 “Safety-Car”.

Além da China

Na primeira temporada da competição de carros eléctricos, Nunes não foi só responsável directo da construção do circuito de Pequim, tendo também liderado os projectos de Berlim e Moscovo. Em jeito de balanço, o portuense diz que “é muito interessante concluir que em todos foi diferente trabalhar. As culturas e mentalidades de trabalho são completamente distintas e temos de nos adaptar, dado que o nosso objectivo é claro….terminar a construção do circuito a tempo”. O arquitecto também está envolvido no projecto para o circuito de Hong Kong que em Outubro de 2016 será a prova de abertura da terceira temporada. “Finalmente foi encontrada uma solução que aparentemente permite a realização do evento”, explica sem entrar em detalhes.

22 Out 2015

Hong Kong | Governo da região vizinha apoia Fórmula E

[dropcap style=’cricle’]D[/dropcap]ois dias após a conferência de imprensa de apresentação da 62ª edição do Grande Prémio de Macau, aqui ao lado, em Hong Kong, a associação de desportos motorizados local, a HKAA, na sua sigla inglesa, ajudou a colocar de pé a conferência de apresentação da prova do Campeonato do Mundo FIA de Fórmula E no litoral da Ilha de Hong Kong. Na pretérita sexta-feira, o Chefe do Executivo Leung Chun-ying marcou presença no evento e sublinhou a perfeita localização do circuito, com os portos como plano de fundo.
O Chefe do Executivo, que disse que “este foi um sonho tornado realidade”, aproveitando a ocasião para salientar os benefícios do evento para o território: trará turistas e ajudará a promover os veículos eléctricos. O traçado terá cerca de 2.2 quilómetros, com partida na Lung Wo Road, em Admiralty, onde aconteceram os protestos pró-democracia, passando em frente do International Finance Centre e pelo Star Ferry Pier, em Central, onde se espera que os carros atinjam velocidades na ordem dos 225 km/h.
O Hong Kong ePrix já tem data marcada – 9 de Outubro de 2016 – e será a prova de abertura da terceira temporada do Campeonato do Mundo FIA de Fórmula E que contempla dez eventos, um deles em Pequim. Cerca de 20 mil espectadores são esperados para este evento de um dia só, sendo que os bilhetes rondarão cerca de 1400 patacas, apesar do Governo ter aconselhado um preço razoável aos organizadores.

Fantasmas do passado

Nelson Ângelo Piquet, filho do ex-campeão do mundo de Fórmula 1 e também ele ex-piloto da disciplina rainha do desporto automóvel, esteve presente no evento na qualidade de campeão em título da disciplina. O brasileiro afirmou à imprensa que “espera ter a oportunidade de correr neste circuito”.
Contudo, esta é a terceira tentativa que a HKAA tenta colocar este evento de pé. A primeira versão do circuito foi chumbada pela FIA e a segunda, por passar em frente a edifícios governamentais, não saiu do papel. Por seu lado, a última corrida de automobilismo realizada em Hong Kong foi o Grande Prémio Internacional de Karting no Victoria Park em 1992, evento que se realizava desde 1967 e que chegou a ser a prova de karting com o maior prémio monetário do planeta. O evento acabou por ser proscrito devido às queixas sobre o ruído das associações de residentes da área Causeway Bay-Tin Hau.
Várias outras tentativas de colocar de pé circuitos permanentes e citadinos nas últimas duas décadas esbarraram em condicionantes colocadas por departamentos governamentais.

Quanto custa?

Se a presença do Chefe do Executivo enviou a mensagem de que o Governo de Hong Kong apoia incondicionalmente o evento, há dúvidas sobre o financiamento, cujos detalhes não foram dados a conhecer à imprensa.
“Em termos de trazer os carros para Hong Kong, preparativos e outros custos, acredito que vai custar entre 250 a 300 milhões de dólares de Hong Kong. A Fórmula 1 custa muito mais”, disse, citado pelo South China Morning Post, Lawrence Yu Kam-kee, o presidente da HKAA.
A Formula E Holdings, empresa com sede precisamente na ex-colónia britânica, e os organizadores locais serão responsáveis pelos custos, com o apoio governamental na colocação da infra-estrutura e do Departamento de Turismo que será responsável pela promoção. Como comparação, o orçamento disponibilizado para a edição deste ano do Grande Prémio de Macau é na ordem dos 200 milhões de patacas. Já antes Yu tinha declarado publicamente que o evento será realizado apenas com fundos privados e chegou mesmo a afirmar que havia um rol de patrocinadores dispostos a financiar este projecto.

15 Out 2015

Malaca assegura futuro do Circuito de Zhuhai

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]fantasma da demolição que há mais de uma década paira sobre o Circuito Internacional de Zhuhai, a única infra-estrutura permanente para a prática de automobilismo e motociclismo nos arredores de Macau, terá por agora desaparecido com o memorando de entendimento assinado este fim-de-semana em Malaca pela LBS Bina Group Bhd, os proprietários do circuito e os seus parceiros locais, a Zhuhai Jiuzhou Group Holdings Ltd. A assinatura deste memorando – intitulado “Paradigma do Circuito Urbano Integrado no Desenvolvimento da China” – contou com a presença de Tun Mohd Khalil Yaakob, o Governador de Malaca, e de Zhu Xiaodan, Governador da Província de Guangdong.
“As duas empresas vão integrar os desportos motorizados na vida urbana moderna de uma forma aberta, através da demolição dos existentes muros em redor do circuito”, lia-se no comunicado enviado às redacções.
O memorando compreende áreas tão diferentes como a promoção dos desportos motorizados, turismo e as relações económicas entre a Malásia e a China. Entre os planos está a criação de um Centro de Turismo, com especial foco na promoção do Distrito Norte de Zhuhai, estabelecer um centro multicultural que encoraje as trocas culturais entre os dois países e um museu.
Tan Sri Lim Hock San, o director executivo da empresa malaia, disse que “o LBS Bina Group está a desempenhar um importante papel no reforço da transformação de laços comerciais bilaterais entre a China e Malásia”.
“Usando Guangdong como um corredor para formar uma ligação mais estreita, pretendemos estabelecer um museu cultural, um centro multi-cultural e uma sala de exposições dentro Circuito Internacional de Zhuhai. Isto só é possível com o forte apoio do Governo de Malaca”, acrescentou.
Lim também confirmou a construção de um Museu, que irá mostrar a cultura e tradições de Malaca, um centro mercantil onde os portugueses criaram um importante entreposto comercial nos séculos XVI e XVII, e que ajudará promover os laços culturais entre a Malásia e a China. Isto, esperam os responsáveis, irá fortalecer a indústria do turismo da Malásia e atrair no futuro mais empresas internacionais a investir no país.
Já antes tinha sido  anunciado um parque temático e um hotel nas premissas do circuito. O ZIC Ltd resulta de uma joint venture entre o LBS Bina Group Bhd e a Zhuhai Jiuzhou Holdings. Com uma presença de 15 anos em Zhuhai, a LBS é uma das dezoito empresas que actualmente têm investimentos na cidade.
Erguido em 1996 com o intuito de receber o primeiro Grande Prémio da China de Fórmula 1, algo que nunca viria a acontecer, o Circuito de Zhuhai foi no entanto o primeiro circuito permanente do continente. Desde a sua fundação recebeu várias provas internacionais, como o FIA GT, A1 GP ou Intercontinental Le Mans Series. Nos últimos anos a pista tem optado por organizar os seus próprios eventos, abdicando das provas internacionais.
O ano passado, tanto o poderoso campeonato alemão de carros de turismo DTM, como o mundial da especialidade, o FIA WTCC, estiveram próximos de ter eventos na cidade, o que por razões diferentes não se concretizou. Recorde-se que no início do ano a Associação Geral Automóvel de Macau-China e o ZIC Ltd fizeram uma parceria que permitiu o regresso do Campeonato de Macau de Carros de Turismo (MTCS), num acordo que, segundo os responsáveis de ambas as partes, segue a linha de aproximação entre as duas cidades vizinhas que, com o intuito de expandir as corridas de automóveis e a sua cultura, pretendem aumentar o intercâmbio e cooperação de forma a que ambas as partes possam usufruir de vantagens complementares, dando assim uma nova forma e impulso à indústria dos automóveis de competição no delta do Rio da Pérolas. O Circuito de Zhuhai é igualmente importante para as equipas de Macau, visto que são várias as estruturas da RAEM, profissionais e amadoras, que lá têm as suas bases operacionais.

28 Set 2015

Taça GT | FIA aquém de número de construtores desejado

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Federação Internacional do Automóvel (FIA) queria sete construtores a participar na Taça do Mundo FIA de GT, que terá como palco o Grande Prémio de Macau, mas só cinco aceitaram o desafio. Na sexta-feira, a federação internacional comunicou que a Aston Martin, Audi, McLaren, Mercedes e Porsche inscreveram-se na competição que se pretende assumir como uma das mais importantes do panorama global das corridas de carros de Grande Turismo e que será disputada entre os próximos dia 19 e 22 de Novembro entre nós.
De fora e por razões diversas, entre elas a obrigatoriedade de pagar 30 mil euros de inscrição, ficaram a Bentley, BMW, Ferrari, Lamborghini, Lexus, Dodge e Nissan. Christian Schacht, Presidente da Comissão de GT da FIA, mostrou-se mesmo assim bastante satisfeito com o apoio reunido: “Estamos muito satisfeitos por termos recebido inscrições de cinco dos mais famosos construtores automóveis de competição do mundo neste primeiro evento. Isto é resultado de duas histórias de sucesso: o conceito FIA GT3 usado na maioria dos campeonatos de GT do mundo e o lendário Grande Prémio de Macau”.
O dirigente da federação internacional aproveitou também para dizer que “graças ao estatuto do Grande Prémio de Macau e aos direitos de transmissão assinados pelo AAMC, o evento terá um impacto a nível mundial, e com o seu formato sprint, espectadores e adeptos terão a oportunidade de ver um espectáculo magnifico”.
A prova tem um triunvirato a liderar a organização – a Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC), a FIA e a SRO, o grande responsável pelo sucesso mundial da filosofia GT3 e promotor das séries europeias Blancpain GT. Com a Aston Martin e a McLaren inscritas na competição, existe a possibilidade de Portugal estar representado na Taça do Mundo FIA de GT, uma vez que Pedro Lamy é piloto oficial da primeira e Álvaro Parente da segunda.
Recentemente, Parente admitiu ao HM que gostaria de estar presente na prova do Circuito da Guia. “É evidente que gostaria de estar presente. O traçado da Guia é fabuloso, muito exigente e onde o piloto pode fazer a diferença, o que entusiasma qualquer um”. Já Lamy, que na década de noventa foi 2º classificado na prova de Fórmula 3 do território, terá mais dificuldades, visto que tem obrigações no Campeonato do Mundo FIA de Endurance (WEC) no Bahrein, neste mesmo fim-de-semana.
A corrida está aberta a 28 concorrentes, sendo que os restantes, aqueles não nomeados pelos cinco construtores envolvidos, deverão ser provenientes de competições locais. Por outro lado, a FIA não irá permitir a presença de pilotos classificados pela FIA como “Platina” ou “Ouro”, em viaturas que não sejam destas cinco marcas, mas permitirá que pilotos amadores ou pilotos classificados como “Bronze” e “Prata” o possam fazer.
Recorde-se que o piloto de Macau André Couto, o único piloto do território que até agora mostrou publicamente interesse em participar nesta corrida, está classificado como “Ouro”. As cinco marcas têm até ao dia 25 do presente mês para nomearem os seus três pilotos. A lista de inscritos da prova será conhecida a 7 de Outubro na habitual Conferência de Imprensa de apresentação do Grande Prémio de Macau. Sete dias antes será revelado o nome do fornecedor exclusivo de pneus do evento. Entretanto, os prémios monetários, que vão até ao décimo classificado, já são conhecidos: 12 mil dólares norte-americanos para o piloto vencedor e 30 mil para o construtor que sair vitorioso deste confronto.

14 Set 2015

HK | Circuito citadino ainda nos planos para 2016

[dropcap style=’circle’]H[/dropcap]ong Kong ainda não desistiu do seu circuito citadino. Apesar dos sucessivos revés, o território vizinho espera entrar no calendário da terceira temporada do Campeonato FIA de Fórmula E. A antiga colónia inglesa chegou a fazer parte do calendário provisório da primeira temporada da competição destinada a monolugares eléctricos, porém diversas dificuldades em homologar o traçado em redor da Lung Wo Road têm adiado o projecto bandeira da actual direcção da Associação Automóvel de Hong Kong. Isto, numa altura em que as entidades de Hong Kong querem promover o uso de viaturas amigas do ambiente, há quem veja como positiva a realização de um evento desta natureza.  Na primeira metade de 2015, o número de veículos eléctricos registados já tinha ultrapassado as duas mil unidades, um número que mesmo assim continua aquém das expectativas.

A melhor divulgação

Em entrevista à revista Driven, Dr Lawrence Cheung, Director Geral de Peças e Acessórios Automóveis no Conselho de Produtividade de Hong Kong, afirmou que “não há melhor publicidade do que uma corrida de EV (sigla inglesa para veículos eléctricos). Ambos, indústria automóvel e automobilismo, têm seguido a tendência, até a Fórmula 1 utiliza motores híbridos. Embora as pessoas de Hong Kong adorem corridas de automóveis, devido às limitações geográficas, não há uma pista ou um recinto para os que condutores possam acelerar legalmente. Uma prova de Fórmula E seria em certa medida uma compensação”. Apesar dos esforços dos grandes construtores automóveis, como a Audi, Renault ou BMW, os consumidores ainda têm uma percepção errada sobre os EV. “Há muita gente que ainda pensa que um EV é um brinquedo. A realização de uma corrida em Hong Kong irá permitir que as pessoas vejam uma imagem agressiva e a velocidade espectacular dos EV”, concluiu o dirigente. Mesmo contando com o apoio de alguns quadrantes de Hong Kong, o presidente da HKAA, Lawrence Yu, sente-se ainda desapoiado.
“Apesar do governo falar muito em promover os EV, nós temos a sensação que é tudo conversa, pois quando a HKAA, como membro da FIA,  quis pegar o touro pelos cornos ao tentar organizar uma corrida de Formula E desde 2013 uma das razões em que falhamos, não uma vez, mas duas vezes, foi a falta de apoio do governo e isso supera-nos”, afirmou no editorial da publicação. Contudo, Yu e seus pares não querem deixar cair a ideia. “Nós estamos determinados a ser uma das cidades que acolherá a Fórmula E em 2016 e a HKAA começou a pavimentar o caminho há bastante tempo. Lung Wo Road continua a ser a nossa primeira escolha. Não só pela vista impecável do Victoria Harbour, mas também porque o investimento é comparativamente pequeno e estimado em cerca de 1.5 mil milhões de dólares de Hong Kong, tudo incluído”. O dirigente também disse que apenas os custos de repavimento do traçado seriam cobertos pelo governo, sendo que existe um leque de patrocinadores privados interessados em cobrir o resto das despesas. Para começar a preparar o futuro, a HKAA tem organizado cursos para comissários de pista, a exemplo do que Macau faz anualmente para preparar aqueles que ajudam em pista a tornar o Grande Prémio possível. A associação também tem usado os eventos dos campeonatos de carros de turismo locais, realizados na China Continental, para ganhar experiência. Envolvida nos desportos motorizados desde 1950, a HKAA teve um papel primordial na organização do Grande Prémio de Macau até ao início da década de oitenta do século passado, onde a sua posição perdeu relevância em prol da actual Comissão da prova. A decisão da FIA sobre o calendário da terceira época da Fórmula E só será conhecida no primeiro trimestre de 2016. A segunda temporada da Fórmula E arranca em meados de Outubro em Pequim. O brasileiro Nelson Piquet Jr foi o primeiro campeão da disciplina, aos comandos um dos monolugares do Team China.

28 Ago 2015

GP Internacional de Karting chega em Dezembro

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap] RAEM voltará a organizar este ano um evento internacional de Karting, o Campeonato CIK-FIA KF Ásia-Pacífico. Esta prova, a que a Associação Geral Automóvel de Macau – China (AAMC) se candidatou no início do Verão do passado e foi aceite pela Comissão Internacional de Karting no final de 2014, estava prevista para ter lugar de 8 a 11 de Outubro, no entanto, será realizada de 10 a 13 de Dezembro. De acordo com a Comissão Internacional de Kart da Federação Internacional de Automobilismo (CIK-FIA), “o organizador, a Associação Geral Automóvel de Macau – China, pediu uma reunião no início do ano com as partes envolvidas, sobre o timing e a (nova) data proposta é provavelmente de maior interesse para pilotos e equipas internacionais, incluindo os europeus”. Sabendo que as categoria KF e KF-Junior não têm números elevados na região e que a categoria KZ não goza de particular sucesso neste ponto do globo, a participação europeia é extremamente importante para o evento do território. Por outro lado, dado que o transporte da Europa demora pelo menos duas semanas, não era possível às principais equipas enviar o seu material a tempo para Macau se esta fosse disputada a 10 de Outubro, pois o Campeonato do Mundo KF e KF-Junior termina a 27 de Setembro em La Conca (Itália).

De volta à ribalta

Este evento marcará o regresso do à ribalta do karting internacional do Kartódromo de Coloane, aquela que é reconhecidamente uma das melhores infra-estruturas no continente asiático para a prática da modalidade. A AAMC vai novamente apostar forte neste evento e quer atrair uma panóplia forte de concorrentes estrangeiros. A CIK-FIA publicou uma nota no final de Julho na sua página electrónica dizendo que a AAMC vai oferecer aos pilotos internacionais das classes KZ/KF um subsidio em dinheiro no valor de pelo menos 3,000 dólares americanos, cerca de 24,000 patacas por participante. Para além disso, cada concorrente irá ter direito a dois quartos duplos por cinco noites na Pousada Marina Infante. Transporte e desalfandegamento local estão incluídos, e serviço de transporte do Kartódromo de Coloane até ao hotel oficial da prova durante o evento também parte do pacote que terão direito os concorrentes que se deslocarem a Macau.

21 Ago 2015

Taça da Corrida Chinesa regressa ao GP este ano

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Tudo indica que o programa da 62ª edição do Grande Prémio de Macau terá mais uma corrida, para além das sete já anunciadas. Depois da estreia no Circuito da Guia em 2014, a Taça da Corrida Chinesa – competição que coloca frente-a-frente pilotos da China continental, Macau, Hong Kong e Taipé Chinês com viaturas idênticas – deverá regressar este ano, apesar da Comissão do Grande Prémio ainda não o ter anunciado.
No passado dia 31 de Julho, em Pequim, realizou-se a cerimónia de abertura. A Shanghai Lisheng Racing Co, a empresa chinesa promotora do campeonato, divulgou o calendário aos jornalistas, que inclui corridas em Penbay (Taipé Chinês), Xangai (China continental), Yancheng (que é o circuito da China continental escolhido para a prova de Hong Kong) e o Grande Prémio de Macau. Apesar do programa detalhado de provas de 19 a 22 de Novembro não estar disponível ainda na página oficial do evento, quem utilizar a aplicação de telemóvel do Grande Prémio constará que a corrida da Taça da Corrida Chinesa, com oito voltas, será disputada na tarde de sábado, depois do 49º Grande Prémio de Motos.
Cada federação da “Grande China” tem a sua equipa, cujos representantes são facilmente reconhecidos pelas cores do carros: vermelho para a equipa da Federação do Desporto Automóvel da China (FASC), verde para a da Associação Geral de Automóvel de Macau-China (AAMC), amarelo para a Associação de Automóvel de Hong Kong (HKAA) e azul para a equipa da Associação do Desporto Automóvel de Taipé Chinês (CTMSA). Cada associação tem à sua disposição quatro carros Senova D70 ou “Shenbao” D70, um carro que tem como base o Saab 9-5. Todos os carros são iguais e equipados com componentes “made in China”, com a particularidade deste ano usarem pneus de estrada da marca Qingdao Sen Kylin em vez de pneus slick de competição.
A organização voltará a distribuir um milhão de renminbis de prémios monetários. A AAMC terminou na última posição da primeira edição deste torneio que juntou as quatro associações automóveis da Grande China, sendo que o seu melhor representante foi o macaense Hélder Assunção que terminou na nona posição da geral.
E este fim-de-semana disputou-se a primeira corrida da Taça da Corrida Chinesa no Taipé Chinês. Contudo, desta vez, visto que os Senova não estavam disponíveis, os 16 concorrentes tiveram que conduzir viaturas da marca Caterham, modelo Seven. Devido aos estragos causados pela passagem do tufão Soudelar, não houve acção em pista até à manhã de domingo. As cores de Macau foram defendidas nesta ronda inicial por Michael Ho, Hélder Assunção e Ip Un Hou. Ao fecho da redacção, os resultados ainda não se encontravam disponíveis.

10 Ago 2015

GP | Conhecido o número de vagas para os pilotos locais

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Associação Geral Automóvel de Macau China (AAMC) publicou um boletim no início da semana, na sua página electrónica, com o número de vagas para os pilotos locais para as corridas Taça de Carros de Turismo de Macau – CTM e Macau Road Sport Challenge da 62ª edição do Grande Prémio de Macau. A exemplo do ano passado foram abertas 40 vagas no total para as duas corridas, mas com uma distribuição diferente.
Sendo assim, depois de disputadas as duas jornadas duplas de apuramento no Circuito Internacional de Zhuhai, 24 dos 27 concorrentes que disputaram as quatro corridas da categoria “AAMC Challenge” vão ter entrada directa na Taça de Carros de Turismo de Macau – CTM. Quer isto dizer que todos os macaenses e portugueses que participaram na competição foram apurados, incluindo aqueles que passaram por maiores dificuldades nos dois eventos realizados na pista permanente da cidade chinesa adjacente à RAEM, como Hélder Rosa ou Rui Valente.
Com uma grelha de partida que contempla 36 viaturas, os restantes participantes virão do Campeonato de Hong Kong de Carros de Turismo (HKTCC), que este ano contou apenas com oito concorrentes, a que se juntarão alguns convidados da China continental e, provavelmente, de outras paragens do continente asiático.

Estrelas de fora

Dado o maior interesse global que existe na categoria Road Sport, o número de vagas disponíveis para os pilotos locais foi de apenas 16, duas menos que em 2014, o que, por agora, deixa de fora vários nomes sonantes da categoria.
O vencedor por quatro ocasiões e recordista de vitórias na Corrida Macau Road Sport Challenge, Sun Tit Fan, não conseguiu o apuramento automático, assim como o ex-campeão de Macau da categoria Un Wai Kai, o português Sérgio Lacerda ou o veterano macaense Belmiro Aguiar. Estes terão que esperar por desistências ou por pilotos que optem por alinhar noutras corridas do extenso programa do Grande Prémio, para ter acesso à prova principal da temporada.
Aqueles que não participarem também não estarão habilitados ao subsídio a pilotos locais participantes nas corridas no exterior em 2016. Entretanto, segundo o regulamento da Corrida da Guia de Macau 2.0T – Suncity Grupo, dada a natureza da prova, os pilotos de Macau e Hong Kong que queiram participar necessitam de convite por parte da AAMC.
O 62º Grande Prémio de Macau realiza-se entre os dias 19 e 22 de Novembro deste ano e as inscrições para as duas corridas aqui mencionadas deverão abrir em breve.

6 Ago 2015

Filipe Souza conquistou o título da classe AAMC Challenge

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]macaense Filipe Clemente Souza sagrou-se campeão de carros de turismo de Macau na classe “AAMC Challenge”, tendo bastado uma vitória na categoria na primeira das duas corridas do passado fim-de-semana no circuito permanente de Zhuhai. Aqui ao lado disputou-se a segunda e derradeira jornada dupla do Campeonato de Carros de Turismo de Macau (MTCS, na sigla inglesa) e decisória no que respeita ao apuramento dos pilotos locais para a Taça de Carros de Turismo de Macau – CTM e Corrida Macau Road Sport Challenge do 62º Grande Prémio de Macau. O facto dos pilotos desconhecerem o número de entradas directas para o Grande Prémio e um boletim meteorológico que prometia chuva, o que viria a não se materializar, trouxe a esta jornada um clima de incerteza suplementar. Depois de ter vencido uma corrida no fim-de-semana de Junho, Filipe Clemente Souza (Chevrolet Cruze) estava disposto a repetir a proeza e logo no sábado obteve a pole-position para a primeira corrida, com meio segundo de avanço sobre o segundo classificado. O piloto do Macau David Group Racing Team fez um bom arranque, mas viu-se pressionado nas duas primeiras voltas por Cheong Chi Hou (Peugeot RCZ), que viria a ser o segundo classificado à frente de Chao Chon In (MINI). Assim que se livrou do seu rival, Souza caminhou autoritariamente para o seu segundo triunfo do ano. “Estou agradecido à minha equipa pelo trabalho árduo e aos meus patrocinadores por tornarem isto possível”, disse o piloto macaense. O fim-de-semana de Souza só não foi mais perfeito, porque na terceira volta da segunda corrida, quando liderava, acabou por ser atirado para fora por Chou Keng Kuan (Peugeot RCZ) que haveria por vencer o último embate da época. Outro macaense esteve em evidência no fim-de-semana. Álvaro Mourato (Peugeot RCZ) deu finalmente um ar da sua graça na segunda corrida. Após ter sido o quarto na qualificação matinal de domingo, o macaense foi o terceiro classificado nesta segunda corrida do “AAMC Challenge”, apenas atrás de Chou e de Cheong Chi Hou. Celio Alves Dias (MINI) e Eurico de Jesus (Ford Fiesta), 8ª na segunda corrida e 10º na primeira, foram os outros pilotos de matriz portuguesa a entrarem no “Top-10” numa grelha de partida composta por 25 viaturas. Hélder Rosa (Peugeot RCZ) arrecadou um 17º e um 15º lugares, enquanto Rui Valente (MINI) voltou novamente a passar por dificuldades com a sua viatura, sendo que o 19º e o 17º lugares não correspondem ao verdadeiro andamento de um dos mais experientes pilotos do território.

Roadsport à medida de Leong

Leong Ian Veng (Mitsubishi) foi novamente o homem em destaque na “AAMC Road Sport Challenge”, ao realizar a pole-position para ambas as corridas, triunfando à segunda. Leong poderia ter protagonizado uma fácil dobradinha, mas, quando liderava folgadamente a primeira corrida, na penúltima das 12 voltas ao traçado da cidade vizinha adjacente a Macau, entrou nas boxes com dificuldades na caixa-de-velocidades e acabou por dar de bandeja a vitória a Lei Kit Meng (Nissan GT-R). O ex-piloto de Fórmula 3 esteve muito mais forte este fim-de-semana, somando à vitória de Sábado um segundo lugar na corrida de domingo. Wong Ka Hong (Mitsubishi Evo10) e Lam Kam San (Mitsubishi Evo7) completaram o pódio na primeira corrida, ao passo que Billy Lo (Mitsubishi Evo7) foi o terceiro classificado na segunda corrida. No que respeita ao três nomes portugueses em prova, solucionados os problemas de motor, Luciano Castilho Lameiras (Mitsubishi Evo8) selou o apuramento com um 9º e um 12º lugar. Após ter desistido no sábado, devido a um problema na caixa-de-velocidades, Sérgio Lacerda (Nissan Z33), sem equipamento para ombrear com os mais rápidos da categoria, conseguiu um 14º lugar na segunda corrida. Com um carro também claramente inferior à concorrência e ainda com problemas de motor, Belmiro Aguiar (Mitsubishi Evo7) foi o 20º colocado na primeira corrida e abandonou na segunda, o que poderá colocar em risco a participação do veterano piloto do território na sua prova mais querida.

Às cambalhotas

Tal como no primeiro fim-de-semana do “Festival de Corridas de Macau”, realizaram-se dentro do programa mais três corridas de qualificação para a “Taça Lotus de Celebridades”. Sem acrescentar qualquer interesse desportivo ao fim-de-semana, estas três corridas ficaram marcadas pelo aparatoso acidente de Christine Kuo. Felizmente a actriz de Hong Kong saiu ilesa após o seu Lotus Elise ter dado umas “cambalhotas” na curva de entrada para a recta da meta.

* com Cheung Chi Wai

30 Jul 2015

Bianchi correu duas vezes em Macau. Avô ganhou na Guia

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Fórmula 1 e o automobilismo em geral estão de luto. Vinte e um anos depois de Ayrton Senna, um piloto de Fórmula 1 sucumbiu por lesões causadas por um acidente em pista. Jules Bianchi partiu após nove meses de agonia, quando tinha apenas vinte e cinco anos e estava predestinado a um volante na Scuderia Ferrari em 2016.  
O jovem francês foi vítima de um infeliz incidente durante o Grande Prémio do Japão, em Outubro do ano passado, ficando em estado comatoso desde então. O nome Bianchi faz obrigatoriamente parte da história do Grande Prémio de Macau. Houve um Bianchi a vencer no Circuito da Guia, mas curiosamente não foi Jules, mas sim Mauro. Mauro Bianchi, avô de Jules, venceu o Grande Prémio do território em 1966, para dois anos depois, nas 24 Horas de Le Mans e ao volante de um Alpine, ter ficado bastante marcado fisicamente por um acidente que acabou por colocar um ponto final prematuro na sua carreira.
Jules correu no Circuito da Guia em 2008 e 2009 na prova de Fórmula 3. Já na altura o francês estava extremamente bem cotado na praça e era considerado como um dos melhores da sua geração, sendo a sua carreira gerida por Nicolas Todt, filho do presidente da FIA Jean Todt. Por isso mesmo, e pelos triunfos que arrematou em corridas de Fórmula 3 na Europa, Bianchi sempre teve um estatuto de favorito nas provas em que participou entre nós. Depois de uma estreia discreta em 2008, onde foi 9º classificado na Corrida Principal, após ter sido uma das vítimas da carambola da Corrida de Qualificação, o piloto francês era um dos grandes favoritos à vitória em 2009.

A melhor do mundo

“Macau é a melhor corrida de Fórmula 3 do mundo. Depois de ter vencido o Masters de F3 e a Euro Series, quero mesmo vencer Macau agora”, disse Bianchi, que já estava na órbita da Scuderia Ferrari, aos jornalistas na quinta-feira do 56º Grande Prémio de Macau, em 2009.
Jules também não esquecia o feito do avô 44 anos depois. “Ele venceu aqui e se eu vencer será especial para mim, porque vencer depois do meu avô o ter feito terá um significado especial”.
Contudo, a roleta de Macau ditou outra sorte. Bianchi esteve em destaque na qualificação, andou depressa como lhe competia, marcando até o melhor tempo. Mas quatro pilotos queixaram-se aos comissários desportivos, o que lhe valeu uma penalização de cinco lugares para a grelha de partida da Corrida de Qualificação, aquela que se disputa no sábado à tarde. E foi no sábado que Bianchi perdeu definitivamente a hipótese de repetir o feito do avô no Circuito da Guia. Um acidente na travagem para a subida de São Francisco com Edoardo Mortara, que curiosamente seria o vencedor da edição de 2009, selou o destino do fim-de-semana. O francês, que há época já tinha um contrato para subir à antecâmara da Fórmula 1, a GP2 Series, depois de uma paragem nas boxes para reparação no Dallara-Mercedes, ainda voltaria à corrida para terminar no 21º lugar.
No domingo, sem hipóteses de ambicionar um lugar no pódio, Bianchi conduziu pela última vez no Circuito da Guia, terminando na 10ª posição. Em comunicado, no fim-de-semana, a Federação Internacional do Automóvel (FIA) lembrou que o desporto motorizado “perdeu um dos maiores talentos desta geração de pilotos “, mas foi Bruno Senna, sobrinho de Ayrton e também piloto, quem tocou na ferida: “Espero que tenhamos aprendido mais uma lição para evitar outras tragédias assim no futuro”.

27 Jul 2015

Jovem piloto de Macau Andy Chang voltou a competir

[dropcap style=’circle’]W[/dropcap]ing Ching Chang, ou Andy Chang, como é conhecido no mundo automobilístico internacional, regressou no passado fim-de-semana à competição. O jovem piloto da RAEM que, desde da estreia no Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 o ano passado, andava afastado das pistas, participou na prova do Campeonato da Europa FIA de Fórmula 3, que no fim-de-semana se disputou em Zandvoort, na Holanda.
Arredado da competição automóvel ao mais alto nível devido à falta de apoios para participar na temporada completa do competitivo europeu da especialidade, Chang juntou-se à equipa inglesa Fortec Motorsport para fazer o restante da temporada no lugar que até aqui pertencia ao chinês Cao Hongwei, sendo presença quase garantida na corrida de final de ano nas ruas de Macau.
Num fim-de-semana composto por três corridas, entre 34 concorrentes, Chang partiu para a primeira corrida do 32º lugar para subir doze posições durante a acidentada corrida e terminar no “top-20” da classificação. Na segunda corrida, marcada pela intervenção do “Safety-Car” em duas ocasiões, o piloto do território foi o 26º da geral, quatro posições acima do seu lugar de partida. Por fim, na derradeira corrida no sempre difícil traçado holandês, o piloto de 18 anos que reside em Oxford, terminou novamente no 26º posto. formula 3
O Campeonato da Europa FIA de Fórmula 3 regressa no primeiro fim-de-semana de Agosto a Spielberg, na Áustria, e depois segue para Portugal, para uma ronda no Autódromo do Algarve. Entretanto, Chang está esta semana na Alemanha com a sua equipa a testar um Fórmula Renault 2.0 no circuito de Nurburgring para preparar a prova de Setembro no mítico circuito germânico.
Entretanto, as inscrições para o Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 – Suncity Grupo – Taça Intercontinental de F3 da FIA arrancam em Agosto. O director do Departamento do Circuito de Campeonatos e Secretário Geral Desportivo da FIA, Frederic Bertrand, afirmou na Conferência de Imprensa de apresentação do evento realizada em Abril que a Fórmula 3 teve sempre um enorme sucesso em Macau e, hoje, a categoria está muito forte no Japão, como na Europa.
Bertrand disse ainda acreditar que a Taça Intercontinental de F3 da FIA irá, uma vez mais, atrair uma lista de inscritos forte e as corridas serão um espectáculo fabuloso. O 62º Grande Prémio de Macau realiza-se entre os dias 19 e 22 de Novembro deste ano.

19 Jul 2015

Parceria com franceses para a Taça do Mundo FIA de GT

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap] Associação Geral Automóvel de Macau – China (AAMC), entidade promotora da primeira edição da Taça do Mundo FIA de GT, escolheu a empresa francesa SRO Motorsports Group para coordenar todo o trabalho operacional desta corrida que decorrerá no fim-de-semana da 62ª edição do Grande Prémio de Macau. A SRO é a empresa que organiza os campeonatos de carros de GT com maior sucesso a nível mundial, onde se destacam as séries Blancpain e os campeonatos nacionais de França e Inglaterra. A empresa do ex-piloto e empresário francês Stéphane Ratel foi também responsável pelo defunto Campeonato do Mundo FIA GT1 até 2012 e este ano conseguiu os direitos para organizar as 12 horas de Sepang, na Malásia. Com apenas cinco meses até ao evento do Circuito da Guia, a prioridade da SRO será trabalhar para conseguir o objectivo da FIA e do AAMC para que cada construtor automóvel inscreva três carros na prova.
As entidades federativas esperam persuadir sete construtores a alinhar neste desafio, isto num ano em que vários construtores lançaram novos carros de competição para o mercado. Como a grelha de partida da corrida de GT estará este ano limitada a 28 carros, caso o objectivo da FIA e do AAMC seja atingidos, as restantes sete inscrições estão destinadas a pilotos do campeonato asiático da especialidade ou a pilotos locais. gt carros
Sobre esta parceria, Chong Coc Veng, o presidente da AAMC, disse em comunicado que “nós estamos muito contentes por trabalhar em conjunto com a SRO e com o apoio do Governo de Macau e da FIA nós esperamos criar uma excitante e cheia de sucesso Taça do Mundo FIA de GT em Macau.” Por sua vez, Stéphane Ratel, CEO e Fundador da SRO Motorsports Group, afirmou estar “muito satisfeito por coordenar e trabalhar em conjunto com a AAMC em fazer a edição inaugural da Taça do Mundo FIA de GT o sucesso que merece. É também uma honra e um prazer para a SRO trabalhar num evento da FIA outra vez”.
A Taça do Mundo FIA de GT era um velho desígnio da federação internacional que até aqui não tinha conseguido encontrar um promotor adequado para a prova. A Comissão do Grande Prémio de Macau vinha a realizar desde 2007 a Taça GT Macau, prova que reunia a elite asiática e alguns ilustres convidados de renome mundial, o que motivou a FIA a endereçar um convite a Macau. O transporte subsidiado da Europa até à RAEM e outras condições que não são do conhecimento público terão facilitado um acordo e que irá incluir no programa do evento do território não uma, mas duas corridas, uma no sábado e outra no domingo.

7 Jul 2015

Zhuhai recebeu as primeiras provas de apuramento para o GP Macau

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Circuito Internacional de Zhuhai acolheu o primeiro dos dois Festivais de Corridas de Macau de 2015, evento que contemplou as duas primeiras jornadas duplas do Campeonato de Macau de Carros de Turismo nas categorias AAMC Challenge e Macau Road Sport Challenge. Esta é a competição que apurará os pilotos locais para as corridas de suporte do 62º Grande Prémio de Macau.
Seis anos depois da última visita da caravana das corridas de carros de turismo da RAEM ao circuito que foi imaginado para um dia organizar o primeiro Grande Prémio da China de Fórmula 1, assistiram-se a boas corridas, principalmente as de sábado, que mereciam outra atenção e público nas bancadas. Pilotos e máquinas foram postos à prova num fim-de-semana extremamente duro devido às altas temperaturas que se fizeram sentir nos três dias do evento e que tiveram reflexos negativos nas mecânicas das viaturas. Incólume a qualquer contratempo, Leong Ian Veng (Mitsubishi Evo9) venceu as duas corridas da categoria Road Sport Challenge. O piloto da Macau David Racing Team apenas viu o seu domínio beliscado quando na primeira corrida o antigo campeão Sun Tit Fan (Mitsubishi Evo9) pareceu capaz de ter uma palavra a dizer na luta pelo triunfo.
Depois de um mau arranque, Wong Wan Long (Mitsubishi Evo10) acabou mesmo por herdar a segunda posição, ao passo que Lam Kam San (Mitsubishi Evo7) fechou o “top-3”. Na segunda corrida, Leong largou do primeiro lugar e teve 12 tranquilas voltas à frente do pelotão, terminando à frente de Lei Kit Meng (Nissan GTR), que na primeira corrida chegou a estar na luta por um lugar no pódio até um problema o ter atrasado irremediavelmente, e Billy Lo (Mitsubishi Evo7). Esta foi uma jornada terrível para os pilotos de matriz portuguesa, sem excepção. Sérgio Lacerda (Nissan Z33), Belmiro Aguiar (Mitsubishi Evo7) e Luciano Lameiras (Mitsubishi Evo8) quedaram-se por posições secundárias devido a problemas mecânicos de diversa ordem nas suas viaturas.

Vitórias macaenses

O equilíbrio foi maior na classe AAMC Challenge, porém o macaense Filipe Souza (Chevrolet Cruze) destacou-se entre os demais. Também ele a correr pela equipa Macau David Racing Team, Souza foi “pole-position” para a primeira corrida, que não venceu, apesar de ter liderado até aos momentos finais.
A corrida de sábado, talvez a mais animada do fim-de-semana, ficou também marcada pelo acidente ainda nas primeiras voltas entre Jerónimo Badaraco (Chevrolet Cruze) e Patrick Chan (Peugeot RCZ), tendo o macaense, que haveria de ter um domingo mais positivo, sido abalroado violentamente para fora na Curva 4 pelo seu adversário. A corrida teve ainda a intervenção do “Safety-Car” nas últimas voltas, juntando o pelotão, o que atrapalhou de certa maneira Souza, que ao mesmo tempo se viu a braços com um problema electrónico no seu Chevy nas voltas finais.
Num final emocionante, em que a vitória só se decidiu nos últimos metros, Célio Alves Dias (MINI Cooper), Chao Chong In (MINI Cooper) e Souza cortaram a linha de chegada por esta ordem separados por apenas meio segundo. Partindo novamente da “pole-position” para o segundo confronto, no domingo, Souza liderou desta vez de fio-a-pavio, obtendo uma vitória merecida. Cheong Chi Hou (Peugeot), que foi uma das revelações do fim-de-semana, tendo colocado Souza sempre sob pressão em ambas as corridas, e Dias completaram as posições de honra, depois de Kevin Tse (Chevrolet Cruze), quarto na primeira corrida, e que parecia capaz de subir ao pódio desta vez, ter desistido com um princípio de incêndio na sua viatura. O português Rui Valente teve um fim-de-semana recheado de problemas no seu MINI, o mesmo tendo acontecido com Hélder Rosa, cujo Peugeot RCZ branco se recusou a cooperar. Organizado pela Associação Geral Automóvel de Macau-China, o segundo Festival de Corridas de Macau está marcado para 25 a 26 de Julho, novamente no circuito permanente da cidade chinesa adjacente a Macau.

2 Jul 2015

Pilotos do WTCC interessados em voltar à Corrida da Guia

[dropcap style=’circle’]T[/dropcap]iago Monteiro, Rob Huff, Tom Coronel e Yvan Muller são alguns dos nomes que nos habituamos a ouvir nas notícias no mês de Novembro. Por dez anos consecutivos, o Campeonato do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCC) visitou Macau e alguns destes senhores, todos eles conceituados pilotos de carros de turismo, fizeram parte do quotidiano da semana do Grande Prémio.

Contudo, o WTCC despediu-se no final de 2014 do Circuito da Guia e este ano a principal corrida de turismo, cujos regulamentos abrem a porta ao novo conceito de carros de turismo TCR, terá outros intervenientes. A boa notícia é que o WTCC viu-se obrigado a mudar de data da sua última corrida no Qatar, que coincidia com o Grande Prémio do território, permitindo agora aos pilotos do mundial de carros de turismo participarem na “Corrida da Guia de Macau 2.0T – Suncity Grupo”. E o interesse existe.

“Mesmo que o WTCC não volte, não quer dizer que eu não venha cá! Tenho de arranjar alguma coisa para vir a Macau. Há muitas corridas por aí…”, disse Tiago Monteiro ao HM no passado mês de Novembro, enquanto acrescentava que esta decisão vai depender da Honda. “Só tenho 38 anos e vencer em Macau é sempre uma esperança”, relembrou o português.

Monteiro é piloto oficial da Honda no WTCC e foi a sua equipa, a italiana JAS Motorsport, quem construiu e é responsável pelo desenvolvimento dos Honda Civic do novo campeonato TCR International Series.

Ambição de vencer

Esta semana, ao saber das alterações do calendário do WTCC, também Rob Huff mostrou interesse em regressar à RAEM. “Sou o piloto de carros de turismo com mais vitórias [no Circuito da Guia] e gostaria de tentar estender esse recorde” disse Huff ao portal TouringCarTimes.com.

O vencedor de sete corridas do WTCC no Circuito da Guia lembra que há “obviamente mais oportunidades” de voltar agora em carros de turismo e disse acreditar nesta hipótese para regressar à sua “pista favorita”. O piloto britânico está confiante que terá ofertas para voltar à prova, porém terá ainda que ter a autorização do construtor automóvel russo Lada, com quem tem contrato no WTCC e que não está envolvido no TCR.

O regulamento da “Corrida da Guia de Macau 2.0T – Suncity Grupo” ainda não está acessível, no entanto, de acordo com Chong Coc Veng, Coordenador da Subcomissão Desportiva da Comissão do Grande Prémio de Macau, este ano, “a Corrida da Guia será realizada sob os regulamentos de carros 2.0T. Muitas marcas e modelos estarão aptas a competir, incluindo as que participam no TCR”. O responsável acredita que se pode esperar “esperar uma competição acérrima, o que já é habitual na Corrida da Guia”.

25 Jun 2015