Taça Mundial da FIA não sofrerá grandes alterações este ano

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]pesar de ainda não revelado à imprensa, a Federação Internacional do Automóvel (FIA) já tem tudo alinhavado para a segunda edição da Taca GT Macau – Taca GT Mundial da FIA, que se irá disputar no mês de Novembro nas ruas da RAEM, como parte do programa de provas do 63º Grande Prémio de Macau. Serão poucas as novidades a introduzir este ano, continuando a prova a ser exclusivamente destinada a viaturas FIA GT3.
Apesar da FIA ambicionar a longo prazo tornar esta corrida numa prova com um formato mais longo e até com trocas de pilotos, o formato de 2016 irá continuará a ser o mesmo, com uma Corrida de Qualificação de 12 voltas no sábado e a Corrida decisiva de 18 voltas, ou 75 minutos de duração, no domingo. No que respeita aos participantes, em vez de três carros, este ano cada construtor estará limitado a inscrever dois carros oficiais apenas, o que irá reduzir os esforço das marcas.
A FIA irá no entanto continuar a cobrar 30 mil euros de inscrição para os construtores, para além de seis mil euros por cada carro que alinhe na prova. A exemplo do ano transacto, os pilotos amadores (categorizados como Bronze pelo sistema da federação internacional) continuarão a ser aceites na corrida, mas terão que cumprir o critério da qualificação máxima de 107% da melhor volta na qualificação para tomarem parte nas corridas de sábado e domingo.
Com as inscrições a encerrarem no final de Agosto, a lista oficial de participantes, em que o Comité da Taça GT Mundial da FIA tem a última palavra, será conhecida no mês de Outubro, aquando da tradicional Conferência de Imprensa oficial do maior evento desportivo de carácter anual da RAEM.
A empresa anglo-francesa SRO Motorsports, que organiza com sucesso as Blancpain GT Series na Europa, também terá já renovado a sua parceria com a Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC), mantendo assim a sua posição de ponte com as equipas estrangeiras e construtores automóveis. Entretanto, o Instituto do Desporto já abriu o concurso público, que termina a 27 de Julho, para a angariação de um patrocinador para a corrida.

E quem vem?

A quatro meses da prova, apenas a Porsche e a Lamborghini mostraram interesse público em participar na corrida. Contudo, como em anos anteriores, a Audi e a Mercedes-Benz, que venceu a corrida o ano passado, também deverão marcar presença oficial devido aos interesses que têm no mercado asiático. Os planos para a prova da Aston Martin, Bentley, McLaren, BMW ou Nissan são por agora desconhecidos.
Certo é que a Ferrari não se fará representar oficialmente, como aliás é tradição da marca italiana, que oficialmente só se faz representar oficialmente na Fórmula 1. Contudo, esta estratégia da casa de Maranello poderá não impedir que os espectadores que assistirem às corridas do Circuito da Guia tenham a oportunidade de ver em acção um dos novos Ferrari 488 GT3, avaliados em cerca de cinco milhões de patacas, pois estes poderão aparecer nas mãos de concorrentes privados.

15 Jul 2016

Automobilismo | Conhecidos representantes de Macau na Taça Chinesa

[dropcap style≠’circle’]J[/dropcap]á são conhecidos os três pilotos do território que vão defender as cores da Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC) na terceira temporada do troféu monomarca “Taça da Corrida Chinesa”. Hélder Assunção, Jo Rosa Merszei e Lam Kam San são os três seleccionados, sendo que Assunção foi o único que transitou da temporada passada.
“A Taça Chinesa é uma competição muito emocionante. Corro há vários anos e nunca participei numa competição tão emocionante, são corridas competitivas e altamente disputadas”, diz Assunção, que foi o único piloto do território a participar em todas as edições do campeonato.
Com passagens pela Taça Intercontinental FIA de Fórmula 3 e pela corrida do Campeonato do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCC) do Grande Prémio de Macau, Merszei é um dos pilotos com um currículo mais extenso e variado no automobilismo local. Ausente este ano do Campeonato de Macau de Carros de Turismo (MTCS), o piloto macaense regressa a esta competição depois de uma passagem fugaz em 2014.
Apesar de ser também um veterano do automobilismo do território, tendo inclusive vencido a Taça do Automóvel Club de Portugal em 1996 e 1997, Lam Kam Sam irá estrear-se na Taça da Corrida Chinesa este ano. A competição, cuja apresentação oficial deverá acontecer em breve em Pequim, irá novamente fazer parte do programa de provas do 63º Grande Prémio de Macau. Criada em 2014 pela Shanghai Lisheng Racing Co, a Taça da Corrida Chinesa é uma competição constituída por quatro provas em que todos os participantes conduzem viaturas BAIC Senova D70 (um carro que tem como base o Saab 9-5), com a particularidade de cada associação automóvel da Grande China – China continental, Macau, Hong Kong e Taipé Chinês – ter o direito de inscrever três viaturas. As restantes viaturas participantes nas corridas são alugadas a pilotos privados e não pontuam para o campeonato das associações.
Além da corrida no Circuito da Guia, que encerra a temporada, irá ser realizado um evento em Xangai, outro no Taipé Chinês e ainda um outro no circuito dos arredores de Zhaoqing, a casa do desporto motorizado de Hong Kong.
Ao vencer a corrida integrada no programa do Grande Prémio de Macau do ano passado, Michael Ho foi até hoje o único piloto local a vencer nesta competição, sendo que a associação da China Continental (FASC) levou de vencida as duas edições anteriores da competição. O 63º Grande Prémio de Macau será realizado entre os dias 17 e 20 de Novembro do corrente ano.

6 Jul 2016

Campeonato Chinês de Carros de Turismo

[dropcap style=’circle’]R[/dropcap]odolfo Ávila teve uma segunda experiência inglória no Campeonato Chinês de Carros de Turismo (CTCC), pois a fiabilidade do VW Lamando GTS da SVW333 Racing voltou novamente a travar a performance do piloto do território. Depois de ter sido o mais rápido nos treinos-livres de sexta-feira, Ávila não completou uma só volta na qualificação de sábado devido a um problema na bomba de água do VW nº16 quando este se preparava para sair das boxes. Arrancando da última posição na primeira corrida do programa de domingo, Ávila foi da 17ª posição até ao 5º posto, até que, a três voltas do fim, tal como tinha acontecido na corrida de Zhuhai, ficou sem direcção assistida, vindo a terminar com muito esforço no oitavo lugar. A exemplo do WTCC no passado, o oitavo lugar na primeira corrida dá direito à posição de pole-position para a segunda corrida do fim-de-semana. E o português não comprometeu quando as luzes de partida se desligaram, liderando durante as primeiras quatro voltas até que, desta vez, o “launch control” do Lamando GTS se activou por si, ditando o fim prematuro da corrida nas boxes para desespero do piloto. “Não tenho muito a dizer. Foi um fim-de-semana difícil para nós, mas vamos tirar as ilações positivas disto tudo e trabalhar no sentido de preparar a próxima corrida”, disse Ávila.

Couto preparou Sugo

Com o cancelamento da prova de Autopolis, o campeonato japonês Super GT só volta ao activo em Sugo no fim-de-semana de 23 e 24 de Julho. As equipas e marcas não perdem tempo e André Couto esteve precisamente na Sugo Speedway para dois dias de testes colectivos. “Nós estivemos a fazer séries longas para encontrar os melhores pneus para a corrida”, escreveu Couto nas redes sociais. O piloto português, campeão em título da classe GT300, foi o sétimo mais rápido da categoria, admitindo que o equilíbrio do Nissan GT-R Nismo GT3 do Team Gainer, equipado pela Dunlop, melhorou substancialmente.

Leong deu oficialmente o salto

Impedido de competir na prova de abertura do Campeonato da China de Fórmula 4 no mês de Abril, por não ter ainda a idade mínima de 15 anos para participar na prova, Charles Leong Hon Chio fez finalmente a sua estreia nas corridas de monolugares no passado fim-de-semana na prova de Zhuhai do campeonato Fórmula China Masters Series. Nas três corridas do programa, a maior esperança do automobilismo da RAEM fez um quinto e dois quartos lugares, entre catorze concorrentes presentes, deixando uma muito boa imagem de si.

Motores voltam a aquecer em Zhuhai

Já a partir da próxima sexta-feira os motores voltam a roncar em Zhuhai para o segundo “Festival de Corridas de Macau”. Esta será a jornada decisiva para o apuramento dos pilotos locais das corridas de carros de turismo para a edição deste ano do Grande Prémio de Macau. Para além das habituais provas das categorias AAMC Challenge e AAMC Road Sport Challenge, será também realizada mais uma prova – a Taça Richburg – que será aberta a viaturas que cumpram os regulamentos das categorias TCR e Road Sport.

22 Jun 2016

Rodolfo Ávila irá fazer mais provas do CTCC

[dropcap style=’circle’]R[/dropcap]odolfo Ávila foi o primeiro português a competir no Campeonato da China de Carros de Turismo (CTCC), quando no primeiro fim-de-semana de Junho alinhou na prova da classe Super 2.0T disputada no Circuito Internacional de Zhuhai. O piloto que defende as cores do território deixou uma boa impressão na estreia e vai repetir a experiência já este fim-de-semana, em Xangai, regressando assim à competição de velocidade mais importante do continente chinês. Quando no final da conferência de imprensa de sábado uma jornalista chinesa perguntou ao piloto português que tal se sentia no CTCC e qual a sensação de estar a disputar esta corrida em Zhuhai e vir a realizar também a sexta prova do ano, Ávila sorriu e respondeu: “julgo que saberá mais do que eu sobre o assunto”. Afinal, o piloto da RAEM apenas foi inicialmente convidado para conduzir em Zhuhai e após a qualificação do seu primeiro fim-de-semana no campeonato desconhecia os intentos da SVW333 Racing, a equipa oficial do construtor SAIC Volkswagen no CTCC. “Acho que a equipa gostou do meu trabalho em Zhuhai e a oportunidade de voltar a conduzir por eles chegou ainda mais cedo do que eu esperava. Não estou a disputar o campeonato, porque faltei à primeira corrida, nem sequer posso realizar todas as provas até ao final do ano por motivos profissionais, mas nas provas que possa disputar, lá estarei”, disse Ávila ao HM, isto depois de ter anunciado os seus planos para este fim-de-semana nas redes sociais Facebook e Weibo. Uma das razões para o piloto luso querer repetir a experiência no CTCC é o facto de não ter conseguido em Zhuhai traduzir a sua rapidez em resultados, muito por culpa das condições meteorológicas e da ausência de uma pontinha de sorte. Segundo na qualificação, Ávila teve uma primeira corrida inglória, pois arrancou com pneus de chuva e ao fim de duas voltas a pista inicialmente molhada praticamente secou e assim teve que abdicar da liderança da corrida para terminar num desapontante sétimo lugar, ficando sem direcção assistida no processo. Na segunda corrida, quando lutava pela vitória com um dos Ford Focus de fábrica, Ávila acabou por ser um dos vários pilotos apanhados incautos pelo torrencial aguaceiro que se abateu sobre o circuito quando a corrida se aproximava do fim. Para todos os efeitos e frustrações à parte, o vice-campeão do TCR Asia Series de 2015 admite que “foi uma experiência diferente de tudo aquilo que já tinha feito até aqui. É um campeonato com um projecção mediática na China enorme e tem vários construtores presentes de forma oficial. O resultado de Zhuhai não foi o que eu gostaria que fosse, portanto gostava de tentar de novo e provar que também aqui posso terminar entre os primeiros, apesar da prioridade ser sempre ajudar a equipa”. A SVW333 Racing inscreve quatro VW Lamando GTS a tempo-inteiro no CTCC este ano, um deles para o popular piloto-escritor Han Han, autor do blogue mais lido na República Popular da China, que por ter uma agenda bastante ocupada nem sempre pode participar em todas as corridas do campeonato.

17 Jun 2016

Rodolfo Ávila testou um sport-protótipo na Malásia

O piloto português de Macau Rodolfo Ávila testou na passada terça-feira, no
Circuito Internacional de Sepang, o sport-protótipo ADESS 03 LMP3 da equipa Infinity Race Engineering. Para Ávila esta foi uma experiência nova, ele que nos últimos anos tem competido em corridas de carros de Turismo e de Grande Turismo.
Este sport-protótipo de cockpit fechado tem um motor Nissan Nismo V8, capaz de debitar 420 cavalos, e pesa 930 kg. “Foi um convite inesperado e de última hora quando estava em Chengdu na prova de Fórmula 4 China. Fico grato à Infinity Race Engineering Group e ao Vignesa Moorthy por se terem lembrado de mim e me terem dado esta oportunidade”, disse Ávila ao HM.
Sobre o teste em si, o piloto luso diz que foi uma experiência “realmente boa”. “Tudo era novo para mim mas eu adaptei-me rapidamente a um carro diferente de tudo o que tinha guiado até aqui”, acrescentou.
Para além de Ávila, a Infinity Race Engineering testou no circuito malaio o australiano Jon Collins e o malaio Daniel Woodroof. Curiosamente, Ávila foi o primeiro piloto de nacionalidade portuguesa a alguma vez conduzir um carro da categoria LMP3 (Le Mans Prototype 3), classe que não corre nas 24 horas de Le Mans mas que é aceite e bem-vinda em campeonatos como o European Le Mans Series, Asian Le Mans Series e na Asian Le Mans Sprint Cup.
“O motor não me impressionou, mas o carro tem bastante downforce e mais aderência do que eu esperava. Os tempos que consegui foram promissores e estou certo que poderíamos ser mais rápidos se tivéssemos tempo para trabalhar nas afinações, mas esse também não era o objectivo principal deste teste. Posso imaginar que correr com um carro destes deva ser bastante agradável”, explicou Ávila que esta temporada não tem um programa desportivo ainda definido.
O piloto da RAEM também não tem qualquer plano concreto para correr no Asian Le Mans Series, campeonato que arranca em Outubro em Zhuhai, pois “o convite foi apenas para testar o carro”, mas não esconde que participar a tempo inteiro no campeonato de resistência organizado pelo Automobile Club L’Ouest na Ásia “poderia obviamente ser uma experiência interessante”.

2 Jun 2016

Zhuhai recebeu a primeira ronda de qualificação para os pilotos do território

[dropcap sryle=’circle’]O[/dropcap]Circuito Internacional de Zhuhai recebeu a primeira ronda de qualificação para o 63º Grande Prémio de Macau destinada aos pilotos do território. A primeira das duas jornadas duplas do Campeonato de Carros de Turismo de Macau (MTCS) trouxe algumas surpresas, com o mau tempo que se fez sentir no sábado passado a trocar as voltas a muitos favoritos.
Chao Chong In e Filipe Clemente Souza venceram no “prato principal”, a categoria AAMC Challenge, e Ng Kin Veng foi o único a subir ao lugar mais alto do pódio na categoria Macau Road Sport Challenge.
O segundo “Festival de Corridas de Macau”, organizado pela Associação Geral – Automóvel de Macau – China (AAMC), está agendado para o fim-de-semana de 24 e 25 de Junho, novamente no circuito permanente da cidade chinesa adjacente à RAEM, mas o apuramento está praticamente selado para todos aqueles que participaram no evento do pretérito fim-de-semana.

Vitórias repartidas

Poucos apostariam à partida num pódio constituído por Chao Chong In (Mini Cooper S), Ip Tak Meng (Ford Fiesta) e Leong Chi Kin (Mini Cooper). Contudo, no sábado, as condições meteorológicas adversas ditaram este resultado final de todo inesperado. Célio Alves Dias ((Mini Cooper S) foi o quarto, terminando com Jerónimo Badaraco (Chevrolet Cruze) logo atrás de si. Rui Valente (Mini Cooper S) foi buscar um precioso oitavo lugar, enquanto Eurico de Jesus foi 11º. Souza foi um modesto 17º, mas o campeão em título foi obrigado a abrandar devido à falta de visibilidade dentro do seu Cruze. Hélder Rosa (Peugeot RCZ) foi 18º classificado e o último a terminar na mesma volta do carro vencedor. Álvaro Mourato (Peugeot RCZ) não terminou devido a uma saída de pista quando seguia na disputa por um lugar o top-10.
No domingo, dia dos segundos treinos de qualificação e corridas, o São Pedro restabeleceu a normalidade climatérica e com isso os resultados voltaram ao habitual. Souza venceu, mantendo viva a chama da luta pela reconquista do título, seguido de Alves Dias e Badaraco. Contudo, Badaraco, que tinha sido o mais rápido na qualificação dominical, foi penalizado em 30 segundos por alegada falsa partida, descendo para o 18º lugar na classificação final. Com a penalização de “Nóni”, Patrick Chan (Peugeot RCZ) foi promovido ao pódio. Depois de uma qualificação pouco brilhante, Mourato fez uma corrida de recuperação, do 16º lugar até ao sétimo! De Jesus foi o 12º classificado e Valente terminou o fim-de-semana com um décimo quinto lugar. Rosa foi o 19º numa categoria onde se apresentaram todos os 26 pré-inscritos.

Veng é senhor na Roadsport

Ng Kin Veng (Mitsubishi Evo9) venceu as duas corridas do fim-de-semana com um certo à-vontade, sendo acompanhado na subida ao pódio nas duas ocasiões por Wong Wan Long (Mitsubishi Evo10) e, no último degrau do pódio, por Lei Kit Meng (Nissan GTR-34), no sábado, e Wong Ka Hong (Mitsubishi Evo10), no domingo. Com problemas mecânicos na sua viatura, o favorito e o campeão em título, Leong Ian Veng (Mitsubishi Evo9), saiu desta primeira jornada a zeros, não tendo completado qualquer das corridas de 12 voltas. O único nome português na categoria, Luciano Castilho Lameiras, em Mitsubishi Evo9, foi o 10º classificado na corrida disputada em piso molhado no sábado, enquanto no domingo ficou de fora com problemas no motor de arranque.

1 Jun 2016

Provas de apuramento para o GP Macau começam este fim-de-semana

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]edição de 2016 do Campeonato de Carros de Turismos de Macau (MTCS, na sigla inglesa) tem início este fim-de-semana no Circuito Internacional de Zhuhai, no que será a primeira das duas jornadas duplas que compõem a competição que apura os pilotos de carros de Turismo do território para o Grande Prémio de Macau em Novembro.
Este é o primeiro dos dois “Festivais de Corridas de Macau” que se realizam este ano novamente na cidade continental chinesa adjacente à RAEM. Dividido em duas categorias – AAMC Challenge e AAMC Road Sport Challenge – o campeonato irá reunir um total de 42 concorrentes de acordo com as listas de inscritos publicadas no portal da Associação Geral Automóvel de Macau – China (AAMC). Num desporto que amarga de falta de renovação, destes 42 pilotos, há apenas dois novatos nestas andanças esta temporada, sendo os restantes participantes velhos conhecidos do desporto motorizado do território.

Os suspeitos do costume

A categoria AAMC Challenge, para viaturas derivadas de série com motores até 1.6 turbo, tem 26 inscritos. Pelo que foi dado a ver nas três provas do GIC Challenge – o mini-campeonato de Inverno que se realiza no Circuito Internacional de Guangdong – os Chevrolet Cruze de Filipe Clemente Souza, campeão em título e Jerónimo Badaraco são favoritos às vitórias.
Num ano em que o ex-pluri campeão Chou Keng Kuan não estará presente, a maior oposição ao duo macaense deverá vir dos Peugeot RCZ de Patrick Chan e Cheong Chi Hou. Há outros nomes portugueses a ter em conta e que se não tiverem uma palavra na luta pela vitória à geral, poderão pelo menos ter uma palavra na luta pelas posições do pódio.
São eles Álvaro Mourato (Peugeot RCZ), Célio Alves Dias (MINI Cooper S) e Eurico de Jesus (Ford Fiesta ST). Sem os meios da concorrência, Rui Valente (MINI Cooper S) e Hélder Rosa (Peugeot RCZ) terão como prioridade o apuramento, o que poderá até nem ser muito difícil, já que no ano passado 24 pilotos de Macau desta categoria conseguiram entrada directa na Taça de Carros de Turismo de Macau – CTM.

A crise bateu à porta

A escalada de custos num ambiente económico pouco propício e a maior limitação de entradas para o Grande Prémio tornou esta categoria menos atractiva este ano. Apenas 16 concorrentes se inscreveram, onde se destacam os suspeitos do costume: o campeão e vencedor desta mesma corrida no Grande Prémio Leong Ian Veng (Mitsubishi Evo9), Wong Wan Long (Mitsubishi Evo10), Lei Kit Meng (Nissan GTR-34) ou Ng Kin Veng (Mitsubishi Evo9). O único nome português inscrito é Luciano Castilho Lameiras no seu Mitsubishi Evo9. Notória é igualmente a ausência de Sérgio Lacerda e Belmiro Aguiar, dois pilotos lusófonos que animaram a categoria a época passada e que não se apuraram para o Grande Prémio do ano passado, perdendo assim qualquer hipótese de receber o subsídio.

25 Mai 2016

Nelson Piquet Jr. poderá estar na próxima edição do Grande Prémio

Nelson Piquet Jr., filho do tricampeão mundial de Fórmula 1 Nelson Piquet, pode fazer uma aparição surpresa na Taça Intercontinental FIA de Fórmula 3 no Grande Prémio de Macau. O ex-piloto de Fórmula 1 vai correr este fim-de-semana no Grande Prémio de Pau de Fórmula 3 e espera ser convidado para correr em Macau no mês de Novembro.
Depois de uma curta passagem pela Fórmula 1 com a equipa Renault, que ficou marcada pelo escândalo na prova de Singapura de 2008, onde causou um acidente propositadamente para o seu companheiro de equipa Fernando Alonso vencer a corrida, Piquet Jr virou-se para outras disciplinas dentro do automobilismo.
Aos 30 anos “Nelsinho” sagrou-se campeão da Fórmula E a temporada passada, competição onde continua a participar actualmente. A última prova de Fórmula 3 de Piquet Jr foi precisamente em 2004 no Grande Prémio de Macau, na altura com a sua própria equipa, a Piquet Sports, curiosamente a primeira e única equipa 100% lusófona a participar no evento de Fórmula 3 do território.
Na altura, no final a prova, Piquet disse ao HM estar “ligeiramente desapontado” com o 10º lugar obtido na corrida de domingo da 51ª edição do evento, ele que tinha chegado à RAEM com o título de campeão britânico da especialidade e algum favoritismo às costas. Piquet Jr confessava que “como esperava o Circuito da Guia é um circuito super exigente” e que “gostaria de um voltar um dia, apesar da prioridade (da altura) ser continuar a trabalhar arduamente para chegar à Fórmula 1”.
Fora de parte que está um eventual regresso ao “Grande Circo”, neste seu inesperado regresso à Fórmula 3, Piquet Jr irá conduzir um dos Dallara-Volkswagen da equipa Carlin, a mesma formação que venceu Grande Prémio em 2012 com o português António Félix da Costa. Sobre a sua mais nova contratação, Trevor Carlin disse ontem que “nós acreditamos que é uma grande mais valia para a equipa e para os nossos jovens pilotos” e que a equipa está “desejosa de trabalhar com ele em Pau e esperançados repetir em Macau”.
O chefe da equipa britânica enalteceu o espírito do brasileiro, a “fazer lembrar Jim Clark, dos tempos  em que os pilotos corriam pela pura paixão de competir”. Caso concretize a ideia, Piquet Jr será o primeiro ex-piloto de Fórmula 1 a competir na corrida de Fórmula 3 de Macau depois de ter passado pela categoria máxima do desporto automóvel.

Piquet vs Piquet

O mais curioso é que Nelson Piquet Jr poderá competir contra o irmão mais novo, Pedro que, depois do ano passado ter vencido o campeonato brasileiro de Fórmula 3 por duas ocasiões, este ano está a participar no europeu, podendo também ele correr no Grande Prémio no final do ano. O neto do conhecido médico brasileiro Estácio Gonçalves Souto Maior está a dar os primeiros passos no mais competitivo automobilismo europeu esta época aos 18 anos, esperando também ele ter direito a convite para participar na prova rainha de Fórmula 3 nas ruas do território.

13 Mai 2016

André Couto soma (mais) pontos

[dropcap style=’circle]A[/dropcap]ndré Couto continua a amealhar pontos no campeonato nipónico Super GT. O piloto português residente no território terminou no 5º lugar da categoria GT300 na prova disputada esta Semana Dourada no circuito de Fuji.
Depois dos problemas sentidos com a traseira do Nissan GT-R Nismo GT3 nos treinos-livres, Couto e o Ryuichiro Tomita qualificaram-se na nona posição da classe. Tal como na prova de abertura em Okayama, a dupla luso-nipónica fez uma corrida de recuperação. Antes de passar o volante a Tomita, Couto ocupava a terceira posição da categoria onde foi campeão em 2015.
O Nissan do Team Gainer desceu depois até ao quinto posto com a entrada do “Safety-Car”, que estragou a estratégia da equipa. A corrida foi ganha por outro Nissan, aquele inscrito pela formação semi-oficial e conduzido pela dupla Jann Mardenborough/Kazuki Hoshino. Couto e Tomita são agora oitavos no campeonato.
A Autopolis deveria receber a próxima corrida do Super GT nos dias 21 e 22 de Maio, mas devido aos últimos tremores de terra no Japão o circuito ficou danificado. A organização do campeonato anunciou que irá decidir nos próximos dias sobre a eventual a realização de uma jornada dupla num dos eventos já agendados até ao final do ano. A próxima prova do Super GT está marcada apenas para Julho, em Sugo. S.T.

6 Mai 2016

GP | Lotti realça importância de Macau e GIC Challenge chega ao fim com macaenses

[dropcap style=’circle]M[/dropcap]arcello Lotti, o ex-patrão do Campeonato do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCC) e pai do novo conceito de carros de turismo TCR, disse em entrevista ao jornal português Autosport que o Circuito da Guia é o palco certo para promover a sua mais nova criação a nível global.
Questionado sobre o relevo do evento da RAEM, Lotti explicou que Macau “é uma das corridas mais importantes na Ásia, não só em termos de carros de turismo, mas também na Fórmula 3 e GT”. “A Corrida da Guia existe há mais de 50 anos. Por isso temos que considerar uma plataforma perfeita para o conceito”, frisou ainda.
Apesar disso, Lotti, no seu discurso, opta por não exacerbar na relevância da prova: “Mas não quero dizer que é o evento mais importante, porque adoro todas as nossas corridas”. GP PRINCIPALMarcello Lotti
No entanto, para o empresário italiano que também organiza provas do campeonato em concomitância com Grande Prémios de Fórmula 1 um pouco por todo o mundo: “Macau é sempre Macau, é fantástico”.
O programa da 63ª edição do Grande Prémio de Macau ainda não foi dado a conhecer ao público, sendo no entanto através do calendário internacional da FIA possível saber que a exemplo do ano passado farão parte corridas pontuáveis para o TCR International e TCR Asia Series. Em 2015, os concorrentes de ambos os campeonatos juntaram-se na Corrida da Guia, corrida que assim não ficou órfã após o fim da ligação decana com o WTCC.

GIC Challenge chega ao fim
Entretanto, chegou ao fim o “GIC Touring Car Challenge” de 2016; o mini-campeonato organizado pela Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC) no Circuito Internacional de Guangdong e que serve de para os pilotos de carros de turismo locais prepararem baterias para as provas de apuramento para o Grande Prémio de Macau.
Curiosamente, a última jornada dupla, que contou com a presença de apenas 16 concorrentes divididos por três classes, teve como único vencedor à geral o veterano piloto de Hong Kong Paul Poon.
Os macaenses Filipe Clemente Souza e Jerónimo Badaraco, ambos em Chevrolet Cruze, visitaram o pódio na primeira corrida, mas ambos desistiram no segundo embate. Patrick Chan, que guia um Peugeot RCZ, sagrou-se campeão na categoria mais relevante.
Num fim-de-semana em que o circuito da cidade de Zhaoqing esteve particularmente animado, uma última nota ainda para o pódio à classe alcançado na corrida pontuável para o “Hong Kong Automobile Association Autosport Challenge” pela dupla luso-chinesa Rui Valente/To Lap Pang, em Honda DC5, o que permite ao veterano português liderar a Classe 2 para pilotos de Macau da competição de cinco corridas de uma hora de duração, quando faltam ainda duas corridas por disputar. A dupla Álvaro Mourato/Luciano Lameiras lidera a Classe 1.

6 Mai 2016

Ford GT estará disponível em Macau

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Ford GT, o novo supercarro da marca da oval azul, vai estar disponível no mercado a partir do dia 12 de Maio nos Estados Unidos da América e em alguns países europeus (Portugal não incluído), sendo que o construtor norte-americano confirmou que vai aceitar pedidos de Macau, China e Filipinas a partir do dia 24 de Maio.
O construtor norte-americano optou por colocar à venda o seu carro de luxo em Macau, um território onde actualmente estão registadas mais de mil viaturas consideradas “de luxo”, deixando de fora o sempre apetecível mercado de Hong Kong.
A nova versão Ford GT foi apresentada no Salão de Detroit o ano passado, mas só agora é que a produção das 500 unidades terá o seu início. “O processo de aquisição para o Ford GT é tão único quanto o nosso novo supercarro,” explicou Henry Ford III, director de marketing global da Ford Performance, quando apresentou as linhas gerais de aquisição da viatura.
Com um custo estimado superior a três milhões de patacas, a compra da viatura tem um processo de selecção bastante sui-generis. Os interessados devem registar-se no site da Ford e preencher um detalhado questionário para que a Ford perceba se é ou não o cliente certo. O candidato a cliente tem de provar que está presente em redes sociais como o Facebook, Instagram ou Twitter, especificando os dados demográficos do seus seguidores. Para além da obrigatoriedade de presença nas redes sociais, o candidato também terá de publicar um vídeo de um minuto online, num site como Youtube ou o Youku, a explicar por que razão seria um bom proprietário do carro.
A aquisição da viatura apenas se conclui com a assinatura de contrato onde o proprietário fica impedido de vender a viatura durante um certo período de tempo. O Ford GT é o herdeiro do famoso Ford GT40, carro que brilhou nas pistas dos anos 60, tendo inclusive vencido as 24 horas de Le Mans, e chega ao mercado munido de um motor V6 de 3,5 litros capaz de debitar mais de 600 cv de potência. A Ford Motor Company é representada em Macau pela Winson Motors (Macau) Limited, uma subsidiária da Vang lek Group.

5 Mai 2016

Jovens de Macau podem habilitar-se a um lugar na Renault Academy

Aproveitando o último Grande Prémio da China de Fórmula 1, o Groupe Renault confirmou que irá ajudar a promover o desporto automóvel na China, quase duas décadas depois do seu primeiro envolvimento nesta região, na altura com os Renault Spyder. A Renault Sport e a Dongfeng Renault Automotive Company anunciaram que o jovem chinês de 15 anos Sun Yue Yang fará parte daqui em diante da Renault Sport Academy. Ao mesmo tempo, o grupo francês prometeu que irá também oferecer um lugar na sua academia de pilotos em 2017 para o piloto de nacionalidade chinesa que mostrar melhor potencial nas últimas três provas do Campeonato Asiático de Fórmula Renault que realizam todas no continente chinês: Xangai, Zhuhai e Zhejiang.
Na conferência de imprensa do projecto, em Xangai, François Provost, Director de Operações da Renault China, disse que: “nos últimos anos, houve muito poucos pilotos chineses que conseguiram sair das categorias juniores do automobilismo e nenhum chinês competiu num Grande Prémio. Há muitas razões para tal, mas uma das razões recorrentes é a falta de fundos para correr além fronteiras”.
Esta bolsa está ao alcance de qualquer jovem piloto da China continental, mas também de Macau e Hong Kong. Para Rodolfo Ávila, campeão asiático da Fórmula Renault em 2003 e único piloto da RAEM a vencer esta competição, esta é “sem dúvida” uma excelente oportunidade para qualquer jovem piloto do território com sérias ambições no automobilismo.
“Na realidade actual de Macau, dificilmente um jovem piloto poderá pretender correr ao mais alto nível se não tiver um apoio desta natureza, no entanto, só aqueles que realmente tiverem talento e empenho poderão sonhar com este tipo de oportunidades”.
O Campeonato Asiático de Fórmula Renault nasceu em 2000, tendo feito parte do programa do Grande Prémio de Macau entre 2002 até 2005. O HM sabe que o ano passado o organizador do campeonato, a Formula Racing Development de Hong Kong, voltou a arriscar entrar no programa de provas do Grande Prémio, mas tal como outras competições candidatas, foi preterida pela corrida de celebridades.

Germânicos foram os primeiros
O primeiro construtor automóvel a apostar na formação nacional foi a Volkswagen China, com o seu programa “Star Racing Academy” nascido em 2012 e que ainda vinga na Fórmula Master China. Após um processo criterioso de selecção, o construtor germânico apoia dois pilotos chineses com um subsídio equivalente a meia temporada na competição que visitou o Grande Prémio de Macau uma única vez em 2013.
Ao mesmo tempo, o construtor germânico oferece oportunidade os seus protegidos de participarem nas competições seniores promovidas pelo Grupo VAG na região, como a Taça Porsche Carrera Ásia, a Taça Audi R8 LMS ou o Super Troféu Lamborghini. Curiosamente, os pilotos, mesmo aqueles chineses, nascidos em Hong Kong ou Macau, não estão habilitados a participar neste programa.

O exemplo chinês
Quem também não quis ficar atrás nesta corrida foi a Geely, o fornecedor de motores do Campeonato da China de Fórmula 4 e que cuja holding Mitime organiza o campeonato agraciado pela FIA. Para atrair sangue novo ao seu campeonato, o gigante automóvel chinês, dono da marca sueca Volvo, subsidia esta época os pilotos menores de 19 anos que participem no campeonato, com prémios monetários e descontos em material. Ao mesmo tempo, a Geely irá ajudar a promover os melhores jovens pilotos que aceitem este desafio, não sendo no entanto claro como estes poderão dar o “salto” para outras paragens, já que o construtor chinês não tem qualquer actividade automobilística fora de portas, apesar de ter adquirido recentemente um circuito nos Estados Unidos da América.

2 Mai 2016

Teddy Yip Jr à conquista das 500 milhas de Indianapolis

[dropcap style=’circle’]T[/dropcap]heodore “Teddy” Yip Jr, sobrinho de Stanley Ho e filho do seu incontornável sócio-fundador na Sociedade de Turismo e Diversões de Macau, o falecido Theodore “Teddy” Yip Snr, continua a sua senda a reavivar a Theodore Racing. Já este ano Yip Jr levará a Theodore Racing a três eventos da IndyCar Series, campeonato norte-americano de monolugares mais conhecido como Fórmula Indy e cuja prova mais relevante, onde a equipa com raízes a Macau também vai participar este ano, é a “Indy 500” (ou 500 milhas de Indianapolis), a mais antiga corrida de automobilismo do mundo.
Para tornar este regresso possível, a Theodore Racing juntou-se à Rahal Letterman Lanigan Racing, uma equipa que pertence a um trio de famosos constituído pelo ex-piloto Bobby Rahal, o empresário do ramo do equipamento de construção Mike Lanigan e o apresentador do “CBS LATE SHOW” David Letterman. A parceria com a Rahal Letterman Lanigan Racing teve início no fim-de-semana passado no Grande Prémio de Long Beach, um evento que o seu pai apoiou no início da década de oitenta e depois, quando em 1981 organizou uma das mais famosas festas a bordo do seu barco “Queen Mary”.
A equipa norte-americana coloca nas pistas dois monolugares Dallara-Honda para os norte-americanos Graham Rahal, filho de Bobby Rahal, e Spencer Pigot, este último apenas em alguns eventos.
Para Yip Jr, que reside no Canadá, este parceria “faz todo o sentido”. “O Bobby conhecia o meu pai e tal como eu, o Graham faz parte de uma nova geração que quer manter o legado e deixar a sua própria marca nos livros de história”.
Apaixonado pelo automobilismo no seu todo, Yip Snr apoiou equipas na Fórmula Indy entre 1977 e 1984, conseguindo vencer as famosíssimas 500 milhas de Indianapolis com Tom Sneva em 1983.
Esta decisão de regressar aos Estados Unidos da América com a Theodore Racing vai de encontro com as ambições de Yip Jr que quer ser uma figura activa no paddock do campeonato Indycar Series, como foi em tempos foi o seu pai.

Legado respeitado cá na terra

A Theodore Racing faz parte da história do Grande Prémio de Macau desde que Teddy Yip Sénior competiu pela primeira vez como piloto em 1956. Mesmo após poisar o capacete, o entusiasta empresário, que faleceu em Julho de 2003, continuou a patrocinar equipas no evento até 1992, ganhando a prova rainha do programa por seis ocasiões. Depois 21 anos de ausência, em 2013, o nome da Theodore Racing voltou ao Grande Prémio e com o inglês Alex Lynn venceu pela sétima vez no Circuito da Guia.
Novamente em parceria com a equipa Prema PowerTeam e com o forte apoio da Sociedade de Jogos de Macau, a Theodore Racing voltou aos triunfos em 2015 na corrida principal do evento, a Fórmula 3, desta vez graças ao sueco Felix Rosenqvist.
A Theodore Racing faz parte dos livros de história do automobilismo mundial, nem que seja pelo simples facto de ter colocado em pista quatro ex-campeões do mundo de Fórmula 1: Ayrton Senna, Keke Rosberg, Mika Hakkinen e Alan Jones.

Status GP na corda-bamba?

19 Abr 2016

Super GT | Organizadores anunciaram corrida para 2017

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]campeonato nipónico Super GT, onde corre o piloto de Macau André Couto, está a tentar colocar de pé uma corrida na China. Numa conferência de imprensa no passado fim-de-semana, em Okayama, quando questionado sobre quais os planos futuros para a internacionalização da competição japonesa, o presidente da empresa promotora do campeonato, Masaaki Bandoh, disse que há planos para a realização de uma corrida extra campeonato entre participantes da classe GT300 e concorrentes do Blancpain GT series.
O dirigente máximo da GT Association afirmou aos jornalistas que a corrida será realizada na China, mais precisamente na cidade de Cantão, tendo apontado como data 1 de Fevereiro de 2017. Apesar da capital da província de Guangdong possuir um circuito permanente, situado na cidade de Zhaoqing, Bandoh disse que a prova será realizada num circuito montado numa base aérea.
A corrida será co-organizada pela GT-Association e pela Stéphane Ratel Organisation (SRO), contando para isso com dez viaturas convidadas do Super GT, todas elas da classe GT300, e outras dez do campeonato Blancpain GT series. A organização de Stéphane Ratel, que coloca de pé as séries Blancpain na Europa, goza de uma relação privilegiada com os japoneses, pois as viaturas GT3 da classe GT300 correm com o “Balanço de Performance” dos campeonatos da SRO.
A organização francesa, que tem escritórios em Londres, está hoje em dia também presente na Ásia, organizando as 12 horas de Sepang, na Malásia, onde os GT300 de construção japonesa são aceites, para além de ser instrumental na organização da Taça do Mundo FIA de GT do Grande Prémio de Macau. A SRO ainda não fez qualquer comentário público sobre este anúncio.

Experiências falhadas

O campeonato Super GT tem tentado por diversas vezes organizar uma corrida na República Popular China, mercado vital para os construtores automóveis nipónicos e fornecedores da indústria automóvel do país do Sol Nascente. Porém, todas as tentativas passadas para a realização de uma prova na China Continental não tiveram sucesso.
Em 2004, a GT-Association planeou uma All-Star Race” para o circuito permanente da cidade Zhuhai que acabou por não se realizar. Em 2012, houve uma nova tentativa, com um resultado final idêntico. Dois anos depois, o campeonato Super GT, desta vez em parceria com o campeonato alemão DTM, anunciou novamente que pretendia organizar um evento conjunto na China Continental em 2015. Também este projecto não saiu do papel.

Couto soma os primeiros pontos

André Couto iniciou a sua participação na edição do campeonato nipónico Super GT no fim-de-semana passado com um oitavo lugar na ronda de abertura, realizada no circuito de Okayama. O campeão em título da classe GT300 fez uma corrida de recuperação, após ter largado da 17ª posição da grelha de partida. Depois das indicações dadas nos testes oficiais de pré-temporada, as dificuldades que o piloto português residente em Macau encontrou nesta corrida eram expectáveis, com o Nissan GT-R Nismo do Team Gainer, calçado pela Dunlop, a demonstrar dificuldades em voltas de qualificação. Contudo, Couto e Ryuichiro Tomita conseguiram com este oitavo lugar arrecadar valiosos pontos na categoria nesta primeira corrida. O campeonato continua com os 500km de Fuji, prova que tem a singularidade de ser disputada a uma quarta-feira, 4 de Maio, durante o período de férias da “Semana Dourada”.

12 Abr 2016

GP | Taça da Corrida Chinesa quer voltar

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]HM sabe que os organizadores da Taça da Corrida Chinesa gostariam de regressar pelo terceiro ano consecutivo ao Circuito da Guia, o que depende das autoridades do território. Estes têm ainda ambições de fazer parte da primeira corrida de automobilismo nas ruas de Hong Kong em Outubro, um cenário que ainda será mais difícil. Isto, porque a organização da Fórmula E obriga à utilização de viaturas eléctricas nas corridas de suporte dos seus eventos.
O calendário para a temporada de 2016 ainda não foi apresentado pela Shanghai Lisheng Racing Co, a empresa promotora do campeonato, mas a ideia dos mentores deste projecto nascido em 2014 passa novamente por um mini-campeonato de quatro eventos com os Senova D70, ou “Shenbao” D70, como é conhecido na China continental – um carro que tem como base o Saab 9-5 e que é preparado para competição em Cantão.
O conceito do troféu chinês é simples: cada federação automóvel da “Grande China” – Macau, Hong Kong, República Popular da China e Taipé Chinês – tem a sua equipa e nomeia os seus pilotos. Além dos participantes indigitados pelas quatro federações, os únicos que pontuam para o campeonato, o ano passado a organização colocou à disposição meia dúzia de viaturas para quem as quisesse alugar.

Rota das rodas

O calendário deverá ter uma ronda em Julho, no Taipé Chinês, outra em Agosto, no Circuito Internacional de Guangdong, aquela que é a “casa do automobilismo” da federação de Hong Kong, uma prova em Setembro, no circuito de Fórmula 1 de Xangai, e por fim, a confirmar, o Grande Prémio de Macau. Quando tudo estiver definido em termos de calendarização e prémios a atribuir será realizada a tradicional conferência de apresentação à imprensa em Pequim. Michael Ho, Hélder Assunção e Ip Un Hou representaram a Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC) em 2015, tendo o primeiro vencido a prova do programa do 62ª Grande Prémio de Macau.

Couto continua a preparar nova época

André Couto completou no passado fim-de-semana mais dois dias oficiais de testes do campeonato japonês Super GT. Para o piloto português e campeão em título da classe GT300, estes dois dias em Fuji foram de real importância para o Team Gainer desenvolver novos pneus para a temporada de 2016 em colaboração com a Dunlop. Couto menosprezou os tempos obtidos pelo Nissan GT-R GT3 que ostenta o número zero, explicando nas redes sociais que o trabalho da equipa se focou em encontrar um bom compromisso para longas distâncias, dada a natureza de “endurance” da competição nipónica. No computo geral, Couto, que foi constantemente mais rápido um segundo por volta que o seu novo companheiro de equipa, Ryuichiro Tomita, considerou o trabalho satisfatório. A temporada do campeonato Super GT arranca no próximo dia 9 de Abril, no circuito de Okayama.

1 Abr 2016

Federação de Motociclismo de Portugal quer manter quota no GP Motos

No próximo mês de Novembro Macau celebra o seu 50º Grande Prémio de Motos, um evento que será tão relevante para a RAEM, como também o é para Portugal, onde o evento goza de muitos aficionados. Mantendo a boa relação com as entidades responsáveis da RAEM, que dura deste o tempo da Administração portuguesa do território, a Federação de Motociclismo de Portugal (FMP) quer estar representada à altura na celebração da quinquagésima edição.
André Pires e Nuno Caetano foram nos dois últimos anos os únicos representantes de Portugal na prova. Caetano, que o ano passado se viu privado de participar na corrida do Circuito da Guia devido a uma lesão na clavícula, após se ter qualificado em 30º, anunciou em Fevereiro o abandono das pistas. Na sua página oficial da rede social Facebook, o experiente piloto português, 24º classificado no Grande Prémio de Macau em 2013 e nome habitual nas principais provas de estrada mundiais, revelou que decidiu pendurar o capacete para se dedicar totalmente à sua vida profissional e familiar. Contudo, a FMP está confiante que se irá manter bem representada no evento de fim de época.
“A participação de pilotos portugueses no Grande Prémio de Macau está dependente do amável convite da Comissão Organizadora do Grande Prémio à FMP. Satisfeito este pressuposto, o que nos agradaria seria de, pelo menos, manter a participação dos anos anteriores”, explicou ao HM Armando Vieira Marques, Director-Geral e Membro da Comissão de Velocidade da FMP.

Tudo sobre rodas

Apesar da ausência certa de Caetano e dos rigorosos critérios de selecção de participantes, o dirigente português está tranquilo quanto à qualidade da participação lusitana na prova, pois existem “outros pilotos que já participaram no Grande Prémio de Macau e que poderão cumprir com os critérios de elegibilidade”, diz.
Poucos dias depois de Caetano ter dito adeus à competição, André Pires aproveitou para, também na rede social Facebook, revelar que um dos seus projectos para 2016 será competir no TT da Ilha de Man, a prova rainha da especialidade. Pires, que está mais habituado à competição em autódromos no Campeonato Nacional de Velocidade, onde foi campeão de Superbike em 2014, para além de contar com dois título nacionais em 125GP e SuperStock 600 no seu currículo, ainda não definiu onde correrá este ano, mas é praticamente presença confirmada na prova de Macau se Portugal mantiver a quota de dois convites.
O motociclista de Vila Pouca de Aguiar foi 20º classificado na edição passada do Grande Prémio, aos comandos de uma Yamaha, tendo logo na altura deixado claro “querer vir cá outra vez” este ano.

18 Mar 2016

FIA confirma continuidade da Taça Mundial de GT

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Conselho Mundial da Federação Internacional do Automobilismo (FIA), realizado na passada semana em Genebra, na Suíça, confirmou a continuidade da Taça do Mundo FIA de GT no Circuito da Guia.
“Encorajado pelo sucesso da primeira edição da Taça do Mundo FIA de GT em Macau no último mês de Novembro, o Conselho Mundial da FIA aprovou a proposta da Comissão de GT para o regresso da Taça do Mundo FIA de GT à localização icónica de Macau a 19-20 Novembro, 2016”, era possível ler no breve comunicado emitido pela federação internacional.
Este anúncio não chegou com surpresa, até porque a RAEM terá sido a única opção para acolher o evento, não constando ter existido um outro candidato capaz de cumprir os requisitos desportivos e financeiros exigidos pela FIA. A Comissão de GT da FIA não revelou se haverá alterações ao formato da prova que até 2015 se chamou apenas Taça GT Macau, limitando-se apenas a anunciar os próximos procedimentos.
“Como resultado da confirmação da segunda edição da Taça do Mundo FIA GT, a FIA irá lançar convites para concurso de um fornecedor único de pneus e um fornecedor único de gasolina para o evento”.
Curiosamente, a FIA também aproveitou este Conselho Mundial para lançar o concurso para a organização das Finais Mundais de Fórmula 4. Esta ideia surgiu pela primeira vez em 2014 pelas mãos de Gerhard Berger, então responsável pela Comissão de Monolugares da FIA. O ex-piloto de F1 austríaco era a favor do Circuito da Guia para acolher a organização deste evento que reunirá os melhores pilotos dos dozes campeonatos de Fórmula 4 espalhados pelo mundo. O sucessor de Berger, o italiano Stefano Dominecali, também reconheceu numa entrevista recente na imprensa inglesa que Macau seria uma excelente localização, mas a primeira prioridade da FIA era equiparar as viaturas dos concorrentes de vários campeonatos e não o palco do espectáculo.

8 Mar 2016

Patrícia Fernandez quer correr no GP Macau Motos

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap] norte-americana Patrícia Fernandez quer ser a primeira senhora a competir com uma Superbike no Grande Prémio de Macau de Motos. A edição deste ano deverá novamente atrair os nomes sonantes das provas de estrada e reunir em Macau as habituais estrelas internacionais desta corrida tão peculiar. Contudo, aquela que é uma das mais populares corridas do programa poderá ter ainda este atractivo mediático adicional.
Para melhor preparar a difícil aventura que tem pela frente, a nativa de Oklahoma, que vai para a sua terceira temporada como profissional, está a considerar participar com uma moto de 1000cc na célebre prova Ilha de Man TT, onde espera assumir-se internacionalmente como uma corredora de Superbikes, depois de duas temporadas a tripular uma Yamaha YZF-R6 600cc no campeonato MotoAmerica Superstock 600. Mas como a corrida urbana na dependência da coroa britânica também exige uma preparação escrupulosa, a latina de 30 anos viajou no passado fim-de-semana até Philip Island, na Austrália, para disputar a prova de abertura do Campeonato Australiano de SuperBikes.
Num circuito que desconhecia, Fernandez terminou as três corridas na mesma volta do vencedor, tendo obtido um honroso 22º lugar, entre 34 participantes, como o seu melhor resultado. Apesar das dificuldades em encontrar patrocinadores para financiar esta nova fase da sua carreira, Fernandez espera conseguir ter verba para correr em Novembro no Circuito da Guia. Aliás, este é um objectivo que já tinha o ano passado e apenas a restrita regulamentação da prova do território travou as intenções da primeira motociclista norte-americana a competir no exigente Grande Prémio Ulster.
“Tentamos correr no Grande Prémio de Motos de Macau o ano passado”, disse Fernandez em entrevista ao site Roadracingworld.com. “A razão para eles não me aceitarem foi porque eu não tinha qualquer experiência profissional de Superbikes”.
Já com os olhos na sua próxima prova, a Daytona 200, nos EUA, Fernandez vai somando importante quilometragem para ser aceite pela organização desportiva do Grande Prémio de Macau e assim homenagear o seu namorado e ex-piloto Dane Westby, que faleceu tragicamente no início do ano passado num acidente rodoviário.
O Grande Prémio de Motos de Macau comemora este ano o seu quinquagésimo aniversário. Este acontecimento marcante só por si irá proporcionar uma atenção suplementar sobre a única corrida de duas rodas que resta do programa do evento motorizado da RAEM.

4 Mar 2016

F1 dos barcos quer vir a Macau e negociações já começaram

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Campeonato do Mundo F1H20, mais conhecido como Campeonato do Mundo de Motonáutica, ou ainda, como “a F1 dos barcos”, confirmou ao HM estar em negociações para realizar um evento em Macau ainda em 2016. Em entrevista à Rádio Macau, no início de Fevereiro, José Tavares, ainda na qualidade de presidente do Instituto do Desporto, tinha admitido a possibilidade da realização de um evento de motonáutica na RAEM, não revelando no entanto qual a especialidade em questão.
“Estamos em negociações, é mesmo o F1H2O”, confirmou fonte oficial do campeonato ao HM, remetendo mais informação para mais tarde.
Macau tem hoje sob jurisdição do território 85 quilómetros quadrados de áreas marítimas, porém, o então dirigente máximo do desporto no território admitiu na entrevista à rádio de língua portuguesa as dificuldades em colocar de pé o evento com corridas de barcos que atingem impressionantes 240 km/hora, pois as provas de “barcos de alta de velocidade, obrigam a cercar uma boa área marítima só para isto” e o canal marítimo de Macau “é bastante utilizado, pelo que não é fácil fechar por umas horas”. “Tem que ser muito bem estudado, antes de lançar qualquer coisa”.
Sobre os requisitos para o circuito, a organização do F1H20 explicou ao HM: “Não há mais regras do que uma área capaz de acomodar um circuito de perímetro de cerca de dois mil metros, em águas abertas, rios ou lagos, com vias navegáveis. Localizações relativamente abrigadas são preferenciais”.
A competição mundial tem já duas provas marcadas na República Popular da China, a 4 de Setembro, em Hairbin, e a 3 de Outubro, em Liuzhou. Duas outras provas encontram-se por confirmar, sendo que estas serão realizados no continente asiático.
As datas de 16 de Outubro ou 6 de Novembro são as disponíveis para estes dois eventos e para a realização da prova em Macau, caso esta se concretize.

Do que se trata

Competindo com motores V6 de 2,5 litros e com uma potência capaz de atingir os 400 cavalos, estes impressionantes “barcos voadores” demoram pouco mais de quatro segundos a chegar dos zero aos 160 km/h e possuem a capacidade de virar 180 graus a 150 km/h, gerando uma força até 4,5 G.
As corridas com mais de três décadas de tradição têm duração de 45 minutos e são habitualmente muito animadas. O campeonato deste ano, que arranca em Março no Dubai, terá 18 concorrentes, incluindo uma equipa portuguesa, a F1 Atlantic Team, e uma chinesa, a campeã CTIC F1 China. Portugal acolhe há dois anos um evento desta modalidade, em pleno Rio Douro, entre as margens da Ribeira do Porto e de Vila Nova Gaia.
Segundo noticiou a imprensa portuguesa, o orçamento total da organização da prova rondou em 2015 cerca de quatro milhões de patacas. Através da televisão, a prova terá sido transmitida por 30 canais, para mais de cem milhões de casas em todo o mundo, segundo números avançados pela Câmara Municipal do Porto.

25 Fev 2016

Prova de Fórmula E em Hong Kong terá corrida extra

A moda pegou. A corrida do Campeonato FIA de Fórmula E nas ruas de Hong Kong no próximo mês de Outubro poderá ter uma corrida de celebridades para encher o programa, com viaturas eléctricas conduzidas por artistas e vedetas do mundo social e recreativo da região especial vizinha. A informação foi confirmada ao HM por fonte oficial do campeonato de carros eléctricos promovido pela federação internacional.
“Na nossa prova anterior em Buenos Aires também foi realizada uma corrida de celebridades usando pequenos carros eléctricos. Como campeonato que promove a mobilidade sustentável e tecnologias verdes, qualquer corrida de suporte ou categoria terá que usar carros eléctricos ou outros veículos de energias alternativas”.
Na última conferência de imprensa, dada antes do Ano Novo chinês, a organização do Hong Kong ePrix deu a conhecer os preços dos bilhetes e também deu conta que o evento poderá ter a duração de dois dias, em vez de um só, como na maior parte dos eventos da Fórmula E.
“Neste momento estamos em discussão com os organizadores de Hong Kong sobre o formato do evento. Ainda não tomamos qualquer decisão se o Hong Kong ePrix será disputado em um ou dois dias”, disse fonte oficial da organização da Fórmula E ao HM. “O objectivo do campeonato é minimizar as disfunções da cidade, causadas pelo evento em si, e é por isso que o formato da Fórmula E consiste em ter os treinos-livres, qualificação e corrida a acontecer no mesmo dia”, acrescentou.
O evento irá custar cerca de 300 milhões de dólares de Hong Kong, mas o apoio do governo cinge-se apenas à promoção e facilitação no erguer do circuito. A organização espera conseguir vender 40 mil bilhetes, sendo que 30 mil darão apenas acesso à “eVillage”, localizada em Central, mas não terão vista para a pista, tendo os espectadores que seguir a prova pelos ecrãs gigantes ali colocados.
Estes bilhetes custarão entre 500 e mil dólares de Hong Kong. De acordo com Alan Fang, chefe executivo da Formula Electric Racing (Hong Kong), os bilhetes VIP para a bancadas irão superar os dez mil dólares de Hong Kong.

Pequim em dúvida

O evento de Hong Kong tem já data, 9 de Outubro. Contudo, a prova do território vizinho poderá não ser a prova de abertura do calendário, como inicialmente se esperava. Alejandro Agag, o CEO do campeonato, afirmou a semana transacta à imprensa especializada que o calendário do próximo ano poderá sofrer alterações, estando as provas de Pequim e Punta del Este, no Uruguai, em dúvida.
“Se nós formos a Pequim, essa será a prova de abertura”, verbalizou Agag. “O ano passado tivemos que atrasar a data da prova e quase que gelámos. Tivemos grande sorte em termos uma janela de bom tempo. Não queremos regressar a Pequim em Outubro, a ser, terá que ser em Setembro”.
O Canadá, país candidato a entrar no calendário da temporada 2016/2017, é outra forte possibilidade a abrir as hostilidades.

Mais famosos na Guia?

O programa da 62ª edição do Grande Prémio de Macau incluiu uma corrida de celebridades, com viaturas da marca Lotus e apoio do distribuidor local. Apesar da corrida em pouco contribuir em termos desportivos para o evento e ter sido motivo de chacota nas redes sociais, o HM sabe que o promotor da ideia tem vontade de assegurar novamente a “slot comercial” do programa da edição deste ano. A prova do ano passado foi ganha por Sin Ling Fung de Hong Kong, piloto que não é uma celebridade, mas que aproveitou a oportunidade da prova estar igualmente aberta a quem pudesse comprar um lugar e para subir ao degrau mais alto do pódio do evento.

17 Fev 2016

Kartódromo de Coloane sem provas internacionais

Os dois eventos do Campeonato Open Asiático de Karting (AKOC, na sigla inglesa) são por agora as provas mais importantes do calendário de provas do Kartódromo de Coloane para 2016. Como é tradição, a maior competição da disciplina no continente agendou dois eventos para Macau, o primeiro e o último do campeonato composto por cinco etapas. Assim, a caravana do AKOC visita o território nos fins-de-semana de 4 a 5 de Junho e de 10 e 11 de Dezembro. Pelo meio, os participantes nas categorias Cadete, Mini ROK, Júnior 125, Sénior 125, Master 125 e Veteranos 125 vão também correr nas Filipinas (Carmona), Tailândia (Bira) e Singapura. A RAEM recebeu o ano passado uma prova do Campeonato CIK FIA Ásia-Pacifico KZ, no que representou o regresso do Grande Prémio Internacional de Karting ao território, com a participação de 140 pilotos de vários pontos do globo, mas por agora o Kartódromo de Coloane não tem calendarizado nenhum evento de cariz internacional.
“Não há nenhum evento marcado para Macau em 2016 até agora”, disse fonte oficial da Comissão Internacional de Kart da Federação Internacional de Automobilismo (CIK-FIA) ao HM. Porém, o mesmo responsável da federação internacional esclarece que “um evento pode ser proposto à Comissão CIK e depois ao Conselho Mundial da FIA mais tarde no ano, mas sem garantias”.
Para além dos dois eventos asiáticos de 2016, o Kartódromo de Coloane deverá continuar a ser o palco único das provas do Campeonato de Karting de Macau, cujo calendário para esta temporada ainda não foi publicado.

3 Fev 2016

SRO espera renovar parceria com a AAMC

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap] primeira edição da Taça do Mundo FIA de GT foi a grande novidade do programa de corridas da 62ª edição do Grande Prémio de Macau. A segunda edição desta competição ainda não foi oficialmente confirmada pela Federação Internacional do Automóvel (FIA), mas tudo indica que será novamente disputada no Circuito da Guia. E se assim acontecer, a SRO Motorsports Group, a empresa que assessorou a Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC) nesta corrida em particular, espera renovar a parceria para a edição do próximo mês de Novembro.
A empresa promotora de eventos automobilísticos francesa que organiza os campeonatos de carros de GT com maior sucesso a nível mundial, onde se destacam as séries Blancpain ou o recém-criado Intercontinental GT Challenge, foi também responsável pelo defunto Campeonato do Mundo FIA GT1 até 2012 e na Ásia conseguiu os direitos para organizar as 12 horas de Sepang, na Malásia. Stéphane Ratel, o fundador e CEO da SRO Motorsports Group, diz que a primeira edição que contou com a participação dos portugueses André Couto e Álvaro Parente foi um sucesso. carros zhuhai
“Não há como negar que a Taça do Mundo FIA de 2015 em Macau teve uma boa qualidade de pilotos e carros e nós estamos encantados por coordenar e ter trabalhado em conjunto com o AAMC neste evento inaugural que teve o sucesso merecido”, disse o ex-piloto, agora empresário, citado pelo portal português SportMotores.com.
A empresa francesa espera este ano continuar a cooperar com as entidades do território na ainda também designada Taça GT Macau. Mas nem o facto do Grande Prémio de Macau voltar a coincidir em datas com a última prova do Campeonato do Mundo FIA de Endurance (WEC) – o que foi apontado na imprensa especializada como uma das razões para algum absentismo na prova do ano transacto – impede o optimismo gaulês.
“Macau é um lugar fantástico e o evento tem um grande potencial. Esperamos que em 2016 a SRO volte a assistir a AAMC e a FIA na organização da Taça do Mundo FIA de GT”.

Bom investimento

Na primeira edição da corrida, apenas a Audi, a Mercedes-Benz, a Mclaren e a Porsche aceitaram pagar 30 mil euros à FIA para se inscreverem oficialmente na prova, um valor que outros construtores se terão recusado a desembolsar. A prova ficou aquém dos sete construtores que a FIA ambicionava para a edição inaugural. Contudo, os construtores que participaram não se terão arrependido.
A Porsche foi a primeira marca a confirmar a presença na prova de 2016, porque esta corrida “está cada vez mais e mais importante como corrida, portanto cada vez a levamos mais e mais a sério”, disse Frank-Steffen Walliser aos jornalistas, à margem da “Noite dos Campeões” que a marca germânica organiza anualmente em Dezembro.
A Porsche irá fazer-se representar pela equipa oficial Manthey Racing e três novos Porsche 911 GT3-R (Tipo 991). A Audi e a Mercedes-Benz, com interesses comerciais fortíssimos neste ponto do globo e com uma tradição enorme no automobilismo, deverão igualmente voltar com as suas equipas oficiais. A Bentley, a Mclaren, a Lamborghini, a BMW e a Nissan são outros construtores que poderão eventualmente optar por uma participação mais a sério na prova de Novembro de 2016.

22 Jan 2016


Automobilismo | Época 2016 começou mais cedo

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]temporada de automobilismo no delta do Rio das Pérolas começou como tradicionalmente encerra, com a realização dos 500 quilómetros de Zhuhai. A prova de resistência que habitualmente é a festa de encerramento de temporada foi este ano calendarizada para o segundo fim-de-semana do ano, isto por uma questão de disponibilidade do Circuito Internacional de Zhuhai, a entidade organizadora do evento. A corrida de três horas contou com a participação de um número recorde de quarenta e cinco viaturas, entre carros de Turismo, GT e Protótipos.
Vários pilotos da RAEM marcaram presença num evento animado que pela primeira vez teve cobertura televisiva na íntegra. Kevin Tse foi o melhor classificado entre os pilotos do território, terminando no 2º lugar da geral. O piloto residente em Hong Kong, mas que corre com licença desportiva de Macau, aproveitou para fiabilidade do Porsche 991 GT3 Cup para obter um resultado surpreendente. Também em pista esteve o português Rodolfo Ávila. O vice-campeão do TCR Asia Series foi chamado à última hora para fazer equipa com o piloto chinês Yang Xi num dos dois SEAT Léon TCR da equipa Asia Racing Team.
Ávila – pole-position da edição de 2012 com um Radical SR8 – não participou nos treinos livres, nem na qualificação, e viu o seu companheiro de equipa efectuar o primeiro turno de condução. Após ter partido do décimo segundo posto da grelha de partida, o duo luso-chinês terminou no sexto lugar da geral e terceiro da classe A (para viaturas com motorização 2.000cc ou superior), apenas atrás de um Caterham R500 e de um Lotus Evora, sendo o melhor dos muitos carros de turismo que participaram do evento. Aos comandos de um Honda Integra DC5, Kelvin Leong/So Ieng Hong/Chan Hei foram os 10º classificados e venceram a classe B. Jerónimo Badaraco liderou a ofensiva até ao 15º posto da geral do outro Honda Integra DC5 da David Group Racing Team, fazendo equipa com Chan Weng Tong, So Ieng Hong e Wong Kwai Wah. Com um carro igual, o trio composto por Miguel Kong/Henry Ho/Eurico de Jesus foi o 22º classificado. Já o Honda FD2, com as cores da MRT e Li Tak Wing ao volante, foi o 24º classificado. O veterano Rui Valente fez equipa nesta prova com dois pilotos chineses num Nissan Tiida, mas não terminou, pois um dos seus companheiros de equipa plantou a sua viatura na gravilha da última curva a duas voltas do fim. Filipe Souza esteve inscrito na prova, mas não participou porque um dos seus companheiros de equipa não foi autorizado a correr.
Num final dramático, a corrida foi ganha pelo Lamborghini Húracan SuperTrofeo de Smart Tse e Zhang Jin, dois pilotos da Ilha Formosa, isto após o favorito Audi R8 LMS GT3 da Absolute Racing ter desistido com um problema de caixa-de-velocidades a quatro minutos da bandeirada de xadrez.

Campeonato de Macau já tem datas

Tal como aconteceu em 2015, o circuito permanente da cidade chinesa adjacente a Macau deverá receber as duas habituais provas que compõem Campeonato de Macau de Carros de Turismo (MTCS) em 2016. Apesar de não existir ainda uma confirmação oficial por parte da Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC), fazem parte do calendário de provas do Circuito de Zhuhai, publicado nas redes sociais, um “Festival de Corridas de Macau” no fim-de-semana de 28 e 29 de Maio e outro no fim-de-semana de 25 e 26 de Junho. Estes dois eventos, realizados pela primeira vez na época transacta, deverão novamente servir para o apuramento dos pilotos locais de carros de turismo para as provas de suporte da 63ª edição do Grande Prémio de Macau que este ano se disputa de 17 a 20 de Novembro.

19 Jan 2016

GP | Motociclistas acidentados na Guia recuperam bem, mas Mountford desiste de correr

[dropcap style=circle’]R[/dropcap]uss ‘Monty’ Mountford foi um dos dois motociclistas azarados na 49ª edição do Grande Prémio de Motos de Macau. O britânico teve um aparatoso acidente na zona sinuosa do Circuito da Guia durante os primeiros treinos de qualificação, que se saldou em várias fracturas na bacia, externo, perna esquerda e algumas vértebras. Depois de ter sido operado por uma equipa de cirurgiões do Centro Hospitalar Conde de São Januário e após uma semana de convalescença em Macau, Mountford regressou a casa, à cidade de Wigan, onde decidiu colocou colocar um ponto final na sua carreira.
Na véspera de Natal, o motociclista britânico anunciou na rede social Twitter que seguiu o conselho do seu cirurgião. “Decidi retirar-me”, escreveu, para depois falar ao jornal Wigan Today, reforçando a ideia deixada na RAEM, onde afirmou aos jornalistas ter sido este “o acidente mais grave da carreira”. Mountford foi operado novamente à bacia no regresso à terra natal, tendo passado mais duas semanas na Wigan Infirmary, sendo que irá novamente ser intervencionado em breve, pois o dedo mindinho esquerdo precisa de mais uma cirurgia.
Os médicos reconhecem que o motociclista de 33 anos, pai de duas crianças, precisará de mais quatro meses para voltar a caminhar normalmente.
“Já praticamente decidi que acabaram as corridas de estrada para mim. Venho a correr há muito tempo e não será justo colocar a minha família na possibilidade de passar por isto outra vez. Nunca tinha experimentado nada parecido com a quantidade de dor em que tenho estado nas últimas cinco semanas”, afirmou Mountford à publicação de língua inglesa. “Obviamente eu fazia isto para viver e agora terei que encontrar um trabalho. Os próximos seis meses vão ser duros, mas eu quero concentrar-me na minha família”, concluiu Mountford, que antes de enveredar profissionalmente pelas corridas de motos trabalhava numa tipografia.

McHale quer continuar

Pelo Centro Hospitalar Conde de São Januário também passou Tom McHale, que protagonizou um acidente ainda mais grave. O estreante britânico perdeu o controlo da sua Honda na Curva do Mandarim a mais de 230km/h, batendo com gravidade nas barreiras de protecção. Segundo os pais do motociclista de 31 anos, que assistiram ao acidente através das televisões colocadas nas boxes, este demorou sete dias até reconhecer a família, fracturou vinte e quatro ossos, incluindo cinco vértebras, rasgou o céu da boca e teve um hematoma no cérebro e outro no fígado.
Segundo a equipa responsável do hospital público do território, as lesões mais graves foram mesmo as duas fracturas na coluna vertebral, que poderiam ter consequências nefastas caso não tivessem sido logo tratadas. Contudo, este acidente no Circuito da Guia não tirou pitada de motivação a McHale, que à imprensa do seu país disse que conta os dias para voltar à competição.
“Preciso de esperar para que o meu braço recupere. Se recuperar bem, vou estar de volta no próximo ano. O objectivo é competir nas provas de estrada no próximo ano. Só o movimento das minhas mãos é que me impedirá”, explicou McHale ao jornal North-West Evening Mail, resumindo assim o por quê de tanta pressa em regressar ao activo: “Quando se gosta mesmo de fazer algo, isto torna-se a nossa paixão.”

29 Dez 2015